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M AT E M ÁT I C A – P R O V A V E R D E – Q U E S T Ã O 0 1 PS AEN 2 010

Questão 01
Sejam f e g funções reais de variável real definidas por f(x) = 2 — arcsen (x2+ 2x)
com − π < x < π e g(x) = f(3x). Seja L a reta normal ao gráfico g—1 no ponto (2, g—1(2)),
18 18
onde g—1 representa a inversa da função g. A reta L contém o ponto

a) (— 1, 6) b) (— 4, —1) c) (1, 3) d) (1, — 6) e) (2, 1)

alternativa D

Temos, de acordo com o enunciado, que g(x) = f(3x), logo, o domínio de g é tal que

3. − π < x < 3. π −π π

2
< x < . Dessa forma g(x) = f(3x) = 2 – arcsen((3x) + 2(3x)) =
18 18 6 6
= 2 – arcsen(9x2 + 6x).

O valor de g – 1 (2) é tal que g – 1 (2) = a ⇔ g(a) = 2 ⇔ 2 – arcsen(9a2 + 6a) = 2


⇔ arcsen(9a2 + 6a) = 0 ⇔ sen(0) = 9a2 + 6a ⇔ 9a2 + 6a = 0 ⇔ a = 0, pois
a = – 2 /3 não pertence ao domínio de g, logo g – 1 (2) = 0 ⇔ g(0) = 2. Decorre que
(2, g – 1 (2)) = (2, 0).
1
O coeficiente angular da reta L, normal ao gráfico de g – 1 no ponto (2,0) é − .
(g ) (2)
−1 '

Temos que g – 1 (g(x)) = x e pela regra da cadeia, (g – 1)’ (g(x)) . g’(x) = 1.


Fazendo x = 0 na expressão acima, temos que (g – 1)’ (g(0)) . g’(0) = 1 ⇔ (g – 1)’ (2) . g’(0) = 1
⇔ –
1
−1
= – g’(0).
(g )' (2)
1 .(9x 2 + 6x)' = - 18x + 6
Como g’(x) = [2 – arcsen(9x2 + 6x) ]’ = – ,
1 − (9x 2 + 6x)2 1 − (9x 2 + 6x)2
- 18.0 + 6 1
temos que g’(0) = = – 6 e consequentemente – = –(–6) = 6.
1 − (9. 0 2 + 6.0 )2 (g −1 )' (2)

A reta L, terá equação y – g – 1 (2) = –


1 . (x – 2) ⇔ y – 0 = 6.(x – 2 ), que dentre
(g −1 )' (2)
as alternativas apresentadas, contém o ponto (1, – 6 ).
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Questão 02
Considere f uma função definida no conjunto dos números naturais tal que
f(n+2) = 3 + f(n) , ∀ n ∈ IN , f(0) = 10 e f(1) = 5. Qual o valor de f(81) − f(70) ?

a) 2 2 . b) 10 . c) 2 3 . d) 15 . e) 3 2 .

alternativa B

De acordo com o enunciado e os valores apresentados, f(0) = 10 e f(1) = 5, logo temos que
f(2) = f(0 + 2) = 3 + f(0) = 3 + 10 = 13 e f(3) = f(1 + 2) = 3 + f(1) = 3 + 5 = 8.
Logo, temos a seguinte sequência:

 f(n − 1) − 5 , se n é ímpar
f(n) =  para n > 0.
 f(n − 1) + 8 , se n é par

Usando que f(n + 2) = 3 + f(n), temos que f(81) = 3 + f(79) = 3 + 3 + f(77) = 6 + 3 + f(75) =

9 + 3 + f(73) = 12 + 3 + f(71) = 15 + f(71).

Como f(n) = f(n – 1) – 5 para n ímpar, decorre que f(71) = f(70) – 5.

Logo, f(81) = 15 + f(70) – 5 ⇔ f(81) – f(70) = 10 ⇔ f(81) − f(70) = 10 .


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Questão 03
A inequação x2 — 6x ≤ — x2+ px + c tem como solução o intervalo [0,2] , onde p, c ∈ IR.
IR
x +1 x +1
Seja q a maior raiz da equação 4 = 16.2 − 64 . A representação trigonométrica do
número complexo p + iq é

5π 5π 
a) 2 3  cos + i sen 
 3 3 
3π 3π 
b) 2 2  cos + i sen 
 4 4 
π
c) 2  cos + i sen 
π
 6 6
π
d) 2 3  cos + i sen 
π
 3 3
π π
e) 2 2  cos 7 + i sen 7 
 4 4 

alternativa B

Temos que x2 – 6x ≤ –x2 + px + c ⇔ 2 x2 + (– 6 – p)x – c ≤ 0 que possui a solução


[0, 2], logo as raízes do polinômio 2 x2 + (– 6 – p)x – c são 0 e 2 e dessa forma:
( −6 − p)
− = 0 + 2 ⇔ p = − 2.
2
Temos ainda que 4
x +1
= 16.2
x +1
− 64 ⇔ 4 x +1 − 16.2 x +1 + 64 = 0 ⇔ (2 x +1 −8 )
2
=0

⇔ 2
x +1
−8 =0 ⇔ 2
x +1
= 23 ⇔ |x + 1| = 3 ⇔ x = – 4 ou x = 2.

Portanto q = 2 e desse modo p + i q = – 2 + 2 i = 2 2 . − 2 + 2 2 . 2 .i =


2 2
3π 3π
= 2 2 .  − 2 + 2 .i  = 2 2  cos + i sen
.

 2 2    4 4 

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Questão 04
 (1 − k) x + y + z = 0
2x + (2 − k) y + 2z = 0 , onde k ∈ IR. O conjunto de equações que
Considere o sistema 
 x + y + (1 − k) z = 0

permitem ao sistema admitir solução não-trivial é
a) x = — y + z ou (x + y + 3z = 0 e y — z = 0)
b) x = y — z ou (x — y + 3z = 0 e y + 2 z = 0)
c) x = — y — z ou (x + y + 3z = 0 e y + z = 0)
d) x = — y — z ou (x + y — 3z = 0 e y — 2z = 0)
e) x = — y — z ou (x — y — 3z = 0 e y — z = 0)

alternativa D

1 − k 1 1 
O sistema possui a matriz incompleta dos coeficientes descrita por  2 2−k 2 
 
 1 1 1 − k 
cujo determinante é (1 – k)2.(2 – k) + 2 + 2 – ( 2 – k + 2.(1 – k) + 2 (1 – k) ) = – k3 + 4k2.
Para que o sistema admita soluções não triviais, o determinante da matriz incompleta deverá
ser nulo, logo – k3 + 4k2 = 0 ⇔ k = 0 ou k = 4. Dessa forma:

x+y +z =0
•k=0 ⇒ 2x + 2y + 2z = 0 ⇔ x+y +z =0 ⇔ x = −y − z
x+y +z =0

− 3x + y + z = 0 (I) 2(I) + 3(II)


− 4y + 8z = 0 x + y − 3z = 0
•k=4 ⇒ 2x − 2y + 2z = 0 (II) ⇔
x + y − 3z = 0 y − 2z = 0
x + y − 3z = 0

Portanto, as equações que permitem ao sistema admitir soluções não triviais são
x = –y–z ou (x + y – 3z = 0 e y – 2z = 0).
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Questão 05
x −1
A figura que melhor representa o gráfico d a f u n ç ã o y = e x +1 é

a) b)
y y

e e
x x

-1 x -1 x

c) y d) y

e e
x x

1 x 1 x

e) y

e
x

-1 x

alternativa A

x −1 x −1 x −1
 x −1 ' 2
Temos que y = e x +1 , logo, pela regra da cadeia, y’ = x +
e .1 =
 x +1 
e x +1 .
(x + 1)2
Como y´> 0 para todo x ≠ – 1, temos que y será crescente em todo seu domínio.
x −1 2
1−
x +1
Fazendo e x +1 =e , temos que:

2 2 2
1− 1− 1− 1
• lim e x +1 = lim e x +1 =e • lim e x +1 =
x -∞ x +∞ x 0 e

2 2
1− 1−
• lim e
+
x +1 = 0 lim e
-
x +1 = + ∞ (y é descontínua em x = – 1)
x -1 x -1

x −1 '
  '
 2 e x +1   2 y  2y'.(x + 1) 2 − 2y.2(x + 1).1
y” =  2 
=   =
 (x + 1)   (x + 1)
2
 (x + 1) 2
 
2y'.(x + 1) 2 − 2y.2(x + 1).1
Fazendo y” = 0, temos que = 0 ⇔ 2y '.(x + 1)2 − 4y.(x + 1) = 0
(x + 1) 2
x −1 x −1
y´.(x+1) = 2y ⇔ e +1 .
x 2
. (x + 1) = 2 e +1
x ⇔ 1
x +1
= 1 ⇔ x = 0
(x + 1)2

Logo, (0, f(0)) é ponto de inflexão. Dentre as alternativas apresentadas, somente o gráfico
correspondente à alternativa A satisfaz a todas as condições encontradas.

e
x

-1 x
x
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Questão 06

Sejam f(x) = ln(cosx)2, 0 ≤ x ≤


π
2
e F(x) = ∫[ (f '(x)) 2
+ sen 2 2x) ] dx .

Se F(0) = − 5 , então lim F(x) vale
8 π
x
4

a) — 2 b) — 1 c) 0 d) 1 e) 2

alternativa B

1 .
Temos que f(x) = ln (cosx)2, logo f ‘(x) = 2 cosx.( −senx) = – 2 tg x e
cos 2 x
1 cos(4x)
(f ´(x))2 = (– 2 tg x)2 = 4 tg2x e que sen2(2x) = −
2 2

Como
∫ (f ´(x))2 dx e ∫ sen2(2x) dx existem, temos que ∫[ (f ´(x))2 + sen2(2x)] dx =

=
∫ (f ´(x))2 dx +
∫ sen2(2x) dx =
∫ 4 tg2x dx +
∫ 1 cos(4x)
2

2
dx.

Como d( − x + tgx) = tg2x , temos que


dx
∫ 4 tg2x dx = 4 . ( – x + tgx + c1 ) = – 4x + 4 tgx + 4c1

Dessa forma ∫ 4 tg2x dx + ∫ 1 cos(4x)


2

2
x sen(4x)
dx = – 4x + 4 tgx + 4c1 + −
2 8
+ c2

e F(x) = ∫[ (f ´(x))2 + sen2(2x)] dx = 4 tgx –


7 x sen(4x)
2

8
+ c, onde c = 4c1 + c2 .

7π 7π 7π
Como F(0) = − 5 , temos que 4 tg(0) –
7 (0) sen(0)
2

8
+ c = −5 ⇔ c = −5.
8 8 8
7 x sen(4x) 7π
Portanto, lim F(x) = lim 4 tgx – − + −5 =
π π 2 8 8
x x
4 4

π 
7 
π  4  sen( π ) 7π 7π 7π
= 4 tg – − + − 5 = 4–0 – + – 5 = 4 – 5 = – 1.
4 2 8 8 8 8
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Questão 07
Considere r e s retas do IR3 definidas por

 x = 2t
x + y − z + 1 = 0

r: y =1−t , t ∈ IR e s :  . Se θ é o ângulo agudo formado pelas
 z = 2 + 3t  2x − y + z = 0

retas r e s, então cossecθ vale

a) 7 b) 6 c) 2 14 d) 42 e) 42
7 6 7

alternativa D

 x = 0 + 2t

Dado que r :  y = 1 − t , temos que r = (2, – 1, 3) é um vetor diretor de r.
z = 2 + 3t

1 2
Fazendo z = 0 nas equações de s obtemos x = − e y = − e fazendo z = 1, obtemos
3 3

1 1  1 2   1 1 
x= − e y = , logo A =  − , − , 0  e B =  − , ,1  e s = AB = (0, 1, 1)
3 3  3 3   3 3 

r .s (2, − 1, 3) . (0, 1, 1) 2.0 + ( −1).1 + 3.1 2 1


Logo, cos θ = = = = =
r .s 2 + ( −1) + 3 . 0 + 1 + 1
2 2 2 2 2 2 14 . 2 14 . 2 7

2
 1  6 1 1 7 42 .
e dessa forma, senθ = 1−  = e cossec θ = = = =
 7 7 sen θ 6 6 6
7
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Questão 08
Considere um cone circular reto com raio da base 2 2 cm e geratriz 4 2 cm. Sejam A e B
pontos diametralmente opostos situados sobre a circunferência da base deste cone. Pode-se
afirmar que o comprimento do menor caminho, traçado sobre a superfície lateral do cone
ligando A e B, mede, em cm

a) 4 2 b) 2 2 π c) 8 d) 4 e) 3 3 π

alternativa C

Como a medida da geratriz do cone reto é o dobro da medida do raio da base, o cone será
equilátero. O comprimento da circunferência da base será 2 π .( 2 2 ) = 4 2 π (em cm).
A planificação da superfície lateral do cone resulta num semicírculo de raio equivalente à
geratriz desse cone, segundo a figura a seguir:

A B

4 2 4 2

O comprimento do arco AB equivale ao comprimento da semicircunferência da base


2 2π π
do cone, de modo que m(AÔB) = = rad = 90°.
4 2 2
O comprimento da menor distância unindo A e B equivale ao comprimento da corda AB no

semicírculo acima, portanto, AB2 = 4 2 ( )2 + (4 2 )2 ⇒ AB = 8 (em cm).


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Questão 09
 1 3i − 1 
 
Considere a matriz A =  2i − 2 i  com elementos no conjunto dos números
 
 1 − 2i i − i  3
πn 2(n + 5) π
— cos   —1 é
2
complexos. Sendo n = detA , então o valor da expressão tg2 
48  135 

125 1 125 343 1


a) − b) c) d) e) −
216 216 216 216 216

alternativa E

1 3i − 1 L2+L3 1 3i −1 iL1+L2 1 3i −1
Temos que det A = 2i −2 i = 2i −2 i = 3i −5 0 =
1 − 2i i −i 1 −2 +i 0 1 −2 +i 0

3i −5
= (–1) . (–1)1+3 . = – ( – 6i + 3i2 – (–5) ) = – (2 – 6i) = –2 + 6i.
1 −2 +i

Logo, | det A | = | – 2 + 6i | = ( −2)2 + (6)2 = 40 e n = | det A |2 = ( 40 )2 = 40.

3 3
 2πn  2(n + 5) π    2 π 40  2( 40 + 5) π  
Portanto, tg − cos   − 1 = tg − cos   − 1 =
 48  135    48  135  

3 3
 2 5π 2π    3   1    1 1 1
2 3
− 1 
3
1
= tg − cos   − 1 =  −  −  −  − 1 =  + −  = = − .
 6  3   3   2    3 2 
 6  216

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Questão 10
A curva de equação x2 — 14x = y2 + 2x intercepta a reta 4y + 1 = x nos pontos A e B. Seja
C a circunferência com centro no ponto médio do segmento AB e cujo raio é a medida do
maior eixo da curva de equação x2 + 2y2 = 2 3 x — 8y — 2. A circunferência C tem por
equação
35 − x 2 − y 2 20 − x − y
2 2
x 2 + y 2 − 25
a) x= b) x= c) x=
2 2 2
x 2 + y 2 − 35 25 − x 2 − y 2
d) x= e) x=
2 2

alternativa D

As coordenadas dos pontos A e B satisfazem ao sistema x − 14 = y + 2x , logo:


2 2

4y + 1 = x

x 2 − 14 = y 2 + 2x (4y + 1) 2 − 14 = y 2 + 2 (4y + 1) 16y 2 + 8y − 13 = y 2 + 8y + 2


4y + 1 = x ⇔ 4y + 1 = x ⇔ 4y + 1 = x

y2 = 1 y = +− 1 x = −3 e y = −1
⇔ x = 4y + 1 ⇔ x = 4y + 1 ⇔ ou
x = 5 e y =1

 − 3 + 5 −1 +1 
Dessa forma, A = ( – 3, – 1 ) e B = (5, 1) e M= ,  = (1,0).
 2 2 

Temos ainda que x2 + 2y2 = 2 3 x – 8y – 2 ⇔ x2 – 2 3 x + 2y2 + 8y + 2 = 0

⇔ x2 – 2 3 x + 3 + 2y2 + 8y + 8 = – 2 + 3 + 8 ⇔ (x – 3 )2 + 2 (y + 2)2 = 9

⇔ (x − 2 3 ) (y + 2 )2
2
+ = 1 . Logo, temos uma elipse cujo eixo maior mede 2 . 9 = 2.3 = 6
9 9
2

A circunferência C terá equação (x – 1)2 + (y – 0)2 = 62 ⇔ x2 – 2x + 1 + y2 = 36

x 2 + y 2 − 35 .
⇔ x=
2
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Questão 11
Sejam A e B conjuntos de números reais tais que seus elementos constituem,
− 1 + 2senx
respectivamente, o domínio da função f(x) = no universo [0, 2π ] e o
1 + 2senx
1 1

π
conjunto solução da inequação − > 0 para 0 < x < π , com x . Pode-se
cossecx secx 2
afirmar que A — B é igual a

π π   5π 11π   5π 7π 
a)
 6 , 4  ∪  4 , 6  b)  ,
 6 6 
c) Ø

π π   7π 11π   5π 
d)  ,  ∪  , e)  ,π 
 6 4   6 6   6 

alternativa E

− 1 + 2senx − 2 + 1 + 2senx
O domínio da função f é tal que
1 + 2senx
≥0 ⇔ ≥0
1 + 2senx
−2 1 1
⇔ +1 ≥ 0 ⇔ ≤
1 + 2senx 2
⇔ 1 + 2 senx < 0 ou 1 + 2 senx ≥ 2
1 + 2senx
7π 11π π ≤ x ≤ 5π
⇔ senx < −
1
ou senx ≥
1
⇔ <x< ou , no universo [ 0, 2 π ] ,
2 2 6 6 6 6
π 5π   7 π 11π 
logo, A =  , ∪ ,  .
 6 6   6 6

≠ π , temos 1 1
⇔ ⇔
Para x − >0 senx – cosx > 0 senx > cosx
2 cossecx secx
π π 
⇔ < x < π , logo B =  ,π  . Dessa forma:
4 4
π
4 π
B
π 5π 7π 11π
6 6 6 6
A
B – A 5π π
6
 5π  .
P o rt a n t o , A – B =
 6 ,π 
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Questão 12
Sejam A e B, matrizes quadradas de ordem n, cujos determinantes são diferentes de zero.
Nas proposições abaixo, coloque (V) na coluna à esquerda quando a proposição for
verdadeira e (F) quando for falsa.

( ) det(— A ) = (—1)n det (A


A), onde — A é a matriz oposta de A.

( ) det A = — det At, onde At é a matriz transposta de A.

( ) det A— 1 = (det A)— 1 , onde A— 1 é a matriz inversa de A.

( ) det (3 A. B)
B = 3. det A. det B

( ) det (A
A + B)
B = det A + det B

Lendo-se a coluna da esquerda, de cima para baixo, encontra-se

a) (V) (F) (V) (F) (F)


b) (F) (F) (F) (V) (F)
c) (F) (V) (F) (V) (V)
d) (V) (V) (V) (F) (F)
e) (V) (F) (V) (F) (V)

alternativa A

Enumerando as afirmativas como I, II, III, IV e V, temos:

I. (V). det(k.A) = ( k)n.det(A), onde n é a ordem da matriz A e k um número real.

II. (F). Se A = I2 , At = I2 , logo detA ≠ – det At, onde I2 é a identidade de ordem 2.

III. (V). A.A – 1 = I ⇔ det (A.A – 1) = det (I) ⇔ det A. det A – 1 = 1 ⇔ det A – 1 =
1
=(detA) – 1 .
detA
3 0 
IV. (F) Se A = B = I2 então 3AB =   , det (3AB ) = 9 e det A = det B = det I2 = 1, logo
0 3 
det (3AB) ≠ 3 detA.det B.
2 0 
V. (F). Se A = B = I2, A + B =   , det (A + B) = 4 e det A + det B = 1 + 1 = 2, logo
0 2 
det (A + B) ≠ det A + det B.

Portanto, encontraremos: V F V F F.
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Questão 13
Três cilindros circulares retos e iguais têm raio da base R, são tangentes entre si dois a
dois e estão apoiados verticalmente sobre um plano. Se os cilindros têm altura H, então o
volume do sólido compreendido entre os cilindros vale

a) R H (4 3 − π)
2

4
2
b) 3π 3 R H
2
c) R H (4 3 − π)
2

2
d) R H (3 3 − π)
2

2
e) R H (2 3 − π)
2

alternativa E

De acordo com o enunciado, temos que a base do sólido pode ser representada pela
região hachurada no interior do triângulo eqüilátero de lado 2R, na figura a seguir:

R R

R R

R R

2 (2 3 − π )
A área da base do sólido será dada por (2R) 3 − π R
2 2
=R .
4 2 2

Portanto, o volume do sólido compreendido entre os cilindros é:

R 2 . (2 3 − π ) . H (2 3 − π )
2
=R H .
2 2
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Questão 14
Sejam a, b e c as raízes da equação 12x 3 — 4x 2 — 3x + 1 = 0. Qual o

valor de a3 + b3 + c3 + 1 ?

f) 2 21 b) 2 7 c) 2 7 d) 21 e) 21
9 3 9 9 9

alternativa A

Temos que 12x3 – 4x2 – 3x + 1 = 0 ⇔ 4x2 (3x – 1) – 1. (3x – 1) = 0

⇔ (4x2– 1). (3x – 1) = 0 ⇔ (2x – 1).(2x + 1).(3x – 1) = 0 ⇔ x = 1 ou x = −


1
ou x =
1
2 2 3

1 1 1
Fazendo a= , b= − e c = , temos que a 3 + b3 + c 3 + 1 =
2 2 3

1 
3
 1
3
1 
3
1 1 1 28 2 7 2 21 .
=   + −  +   + 1 = − + +1 = = =
2   2 3  8 8 27 27 3 3 9
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Questão 15
Uma progressão geométrica infinita tem o 4° termo igual a 5. O logaritmo na base 5 do
produto de seus 10 primeiros termos vale 10 — 15 log52. Se S é a soma dos termos dessa
progressão, então o valor de log2 S é

a) 2 + 3 log2 5 b) 2 + log2 5 c) 4 + log2 5 d) 1 + 2 log2 5 e) 4 + 2 log2 5

alternativa C

Chamando o termo geral da PG de an , temos de acordo com o enunciado, que a4 = 5, logo:

a4 = 5 ⇔ a1 . q3 = 5 ⇔ a1 =
5
. Temos que log5(a1.a2....a10) = 10 – 15 log52 ⇔
q3
 10 10.9 
log 5  a1 .q 2  = 10 – 15 log52
 
⇔ log5 (a110 .q45) = 10 + log52 –15 ⇔
 
  5 10 
log 5   3  . q 45  = 10 + log52 –15
 
⇔ log5 (510 .q15) = 10 + log52 –15 ⇔
 q  

log5 (510) + log5 q15 = 10 + log52 –15 ⇔ 10 + log5 q15 = 10 + log52 –15 ⇔
log5 q15 = log52 –15 ⇔ q15 = 2 –15 ⇔ q = 2–1 =
1
2
. Logo a1 =
5
3
= 40 e
1 
 
2 
a1 40
S = = = 80. Portanto log2 S = log2 80 = log2 16 + log2 5 = 4 + log2 5.
1−q 1−
1
2
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Questão 16
Seja L uma lata de forma cilíndrica, sem tampa, de raio da base r e altura h. Se a área

da superfície de L mede 54 π a2 cm2, qual deve ser o valor de r 2 + h 2 , para que L tenha
volume máximo?

a) a cm b) 3a cm c) 6a cm d) 9a cm e) 12a cm

alternativa C

De acordo com o enunciado, temos que a área de L será dada por

A = π r2 + 2 π r h = 54 π a 2 (em cm 2 ) e o volume V = π r 2 h.
54a 2 − r 2
Dessa forma, temos πr 2
+ 2 π r h = 54 π a 2
⇔ h = .
2r

Consequentemente V = π r2h = π r2. 54a 2 − r 2 = π (– r 3 + 54 a 2 r) e


2r 2

V´(r) = π (– 3r 2 + 54 a 2 ) , de modo que V´(r) = 0 ⇔π (– 3r 2 + 54 a 2 ) = 0


2 2
⇔ r 2 = 18a 2 ⇔ r = 3a 2 (em cm).

Como V”(r) = π (– 6r) = – 3 π r e V” (3a 2 ) < 0, temos que 3a 2 é abscissa


2
de um ponto de máximo.
2
Assim r = 3a 2 e h =
54a 2 − 18a 2
=
6a
e portanto r 2 + h2 = (3 2a ) + 
2  6a 
 =
2 (3 2a) 2  2

= 18a 2 + 18a 2 = 36a 2 = 6 a (em cm)


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Questão 17
Sejam C1 e C2 dois cones circulares retos e P uma pirâmide hexagonal regular de
aresta da base a . Sabe-se que é C1 circunscrito à P, C2 é inscrito em P e C1 , C2 e P
têm a mesma altura H. A razão da diferença dos volumes de C1 e C2 para o
volume da pirâmide P é

π 3 2π 3 π 3 π 3 π 3
a) b) c) d) e)
6 3 3 9 18

alternativa E

Como os cones e a pirâmide têm a mesma altura, a razão pedida será entre a diferença
entre as áreas das bases de C1 e C2 e a área da base de P. Logo, de acordo com a figura,
temos:

a a

2 2
O lado da base de P equivale ao raio da base de C1, logo, VP = 6 . a 3 ⋅ H = 3 3 a H e
4 2

VC1 = π a2 H. O raio da base de C2 equivale ao apótema da base de P, que vale


a 3
2
e,

3 π a2 H
2
a 3 
consequentemente VC2 = π   H =
4
.
 2 
3π a 2 H π a2H
VC1 − VC2 π a2H − π 2
Portanto a razão pedida será = 4 = 4 = ⋅ =
2
VP 3 3a H 3 3 a2H 4 3 3
2 2
π π 3
= = ⋅
6 3 18
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Questão 18
Considere a equação x2 + bx + c = 0,
0 onde c representa a quantidade de valores inteiros
que satisfazem a inequação 3x − 4 ≤ 2 . Escolhendo-se o número b ao acaso, no conjunto

{ — 4, —3, —2, —1, 0, 1, 2, 3, 4, 5 } , qual é a probabilidade da equação acima ter raízes reais?

a) 0,50 b) 0,70 c) 0,75 d) 0,80 e) 1

alternativa A

Temos que 3x − 4 ≤ 2 ⇔ – 2 ≤ 3x – 4 ≤ 2 ⇔ 2 ≤ 3x ≤ 6 ⇔ 2 ≤ x ≤ 2 , intervalo


3
este que possui dois valores inteiros (1 e 2), logo c = 2.

A equação x2 + bx + c = 0 terá raízes reais se e somente se, seu discriminante for maior ou

igual a zero, dessa forma:

∆ ≥0 ⇔ b2 – 4(1)(c) ≥ 0 ⇔ b2 ≥ 4c ⇔ b2 ≥ 4(2) ⇔ b2 ≥ 8 (I)

Dos 10 elementos apresentados, somente 5 deles satisfarão (I) (– 4, –3, 3, 4 e 5), portanto, a

5
probabilidade pedida é = 0,50.
10
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Questão 19
Considere o triângulo ABC inscrito em um círculo, conforme figura abaixo. Suponha que o
raio do círculo cresce a uma taxa de 3 cm/s e a altura AD do triângulo cresce a uma taxa
de 5 cm/s . A taxa de crescimento da área do triângulo no instante em que o raio e a
altura AD medem, respectivamente, 10 cm e 16 cm,
cm é
A
a) 78 cm2 / s
b) 76 cm2 / s
c) 64 cm2 / s
d) 56 cm2 / s
B C
e ) 52 cm2 / s D

alternativa B

De acordo com o enunciado, temos a figura a seguir:


A

R
h O
R
h–R

x x
B D C

Chamando o raio do círculo de R, a altura AD de h e a base de 2x, temos:

R2 = (h – R)2 + x2 ⇔ x= 2hR − h2 e consequentemente a área A será


BC.AD 2x.h
dada por = = x. h = 2hR − h 2 . h = 2Rh3 − h 4
2 2
dA
Seja t0 o instante em que R = 10 cm e h = 16 cm. Queremos, dessa forma , logo:
dt t 0
dA ∂ A dR ∂ A dh (I) , onde dR e dh representam respectivamente as taxas
= ⋅ + ⋅
dt ∂ R dt ∂ h dt dt dt
de crescimento do raio do círculo e da altura, ou seja 3 cm/s e 5 cm/s.
∂A 2h3 h2 ∂A (3R − 2h)h .
Assim, = = e =
∂R 2 2h3R − h4 2hR − h2 ∂h 2hR − h 2
Substituindo as expressões acima em (I), temos:

dA h2 dR (3R − 2h)h dh h2 ⋅ 3 + (3R − 2h)h ⋅ 5 =


= ⋅ + ⋅ =
dt 2hR − h dt
2
2hR − h 2 dt 2hR − h 2
2hR − h 2

3 h 2 + 15hR − 10h 2 15hR − 7 h 2


= =
2hR − h 2 2hR − h 2

Para t = t0, temos que:

dA 15 (16)(1 0) − 7 (16) 2 2400 − 1792 608 76 (em cm2 /s)


= = = = .
dt t 0 2 (16)(1 0) − (16) 2 64 8
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Questão 20
Considere um octaedro regular D, cuja aresta mede 6 cm e um de seus vértices V repousa
sobre um plano α, perpendicular ao eixo que contém V. Prolongando-se, até encontrar o
plano α, as quatro arestas que partem do outro vértice V´ de D (que se encontra na reta
perpendicular a α em V ), forma-se uma pirâmide regular P de base quadrada, conforme
figura abaixo. A soma das áreas de todas as faces de D e P vale, em cm2,

a ) 1 2 (1 5 3 + 1 2 ) V’

b) 144 ( 3 + 1)
c ) 7 2 (3 3 + 2 )
d ) 1 8 (9 3 + 8 ) P
e ) 3 6 (2 3 + 4 )
V

alternativa C

A soma das áreas das faces de D será a soma das áreas de 8 triângulos equiláteros de lado

2
6 cm, logo 8 . 6 3 = 72 3 (em cm2).
4

Como a altura da pirâmide P é o dobro da altura de uma das menores pirâmides que

compõem o dodecaedro D, as arestas da base de P serão o dobro das arestas de D e

dessa forma, as faces laterais de P serão triângulos eqüiláteros de lado 2. 6 cm = 12 cm.

2
Logo, a soma das áreas das faces de P é AB + AL = (12)2 + 4 . (12) 3 = 144 + 144 3 .
4
Portanto, a soma das áreas de todas as faces de D e P vale, em cm2 :

72 3 + 144 + 144 3 = 216 3 + 144 = 72 (3 3 + 2).

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