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de coordenadas
A construção que acabamos de fazer nos permite estabelecer uma correspondência biunívoca (cada
ponto do plano tem associado um e somente um par ordenado) entre os pontos do plano e o conjunto
de pares ordenados de número reais.
O produto cartesiano R 2 (R x R ) fica definido por:
R2 = {( x, y ) : x ÎR e y ÎR }
Particularidades
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𝑃 𝜖 1 quadrante ⟺ 𝑃𝑥 ≥ 0 e 𝑃𝑦 ≥ 0
𝑃 𝜖 2 quadrante ⟺ 𝑃𝑥 ≤ 0 e 𝑃𝑦 ≥ 0
𝑃 𝜖 3 quadrante ⟺ 𝑃𝑥 ≤ 0 e 𝑃𝑦 ≤ 0
Figura 2
𝑃 𝜖 4 quadrante ⟺ 𝑃𝑥 ≥ 0 e 𝑃𝑦 ≤ 0
O sistema cartesiano será denominado oblíquo se o ângulo entre os eixos x e y não for de 90º.
- Adição
( x1, y1 ) + ( x2 , y2 ) = ( x1 + x2 , y1 + y2 )
EX. 1: (2, 3) + (-1, 4) = (1, 7)
EX. 3: ( x + y, x - y ) = (5, 3) Û x = 4 e y =1
Dados dois pontos P1(x1,y1) e P2(x2,y2) no plano. Como mostra a Figura 3, a partir de P1 e P2
podemos construir o triângulo retângulo P1AP2. Em termos das coordenadas de P1 e P2, as medidas
dos catetos deste triângulo são x1 - x2 e y1 - y2 . Logo, a distância (hipotenusa) d entre P1 e P2 é:
3
( x2 - x1 )2 + ( y 2 - y1 )2
ou
d (P , P ) = ( x2 - x1 )2 + ( y 2 - y1 )2
1 2
d ( A, B) = x2 - x1 + y2 - y1 = d ( B, A ) = x1 - x2 + y1 - y2 =
= = = =
ou
= = 10 = = 10
Convém observarmos que, como a ordem dos termos nas diferenças de abscissas e ordenadas não
influi no cálculo de d, uma forma simples da fórmula da distância é:
d=
Com Dx = x2 - x1 ou Dx = x1 - x2 e Dy = y2 - y1 ou Dy = y1 - y2 .
EX. 5: dados os pontos A(8,11), B(-4,-5) e C(-6,9), obter o circuncentro do triângulo ABC.
ìï d ( P, A ) = d ( P, B ) ® (1)
P ( x, y ) í
ïî d ( P, B ) = d ( P,C ) ® ( 2 )
Figura 4
4
Da condição (1), temos:
( x + 4 ) 2 + ( y + 5 )2 = ( x + 6 )2 + ( y - 9 )2
x2 + 8x +16 + y2 +10 y + 25 = x2 +12x + 36 + y2 -18 y + 81
(4)
-4x - 28 y = 76
x - 7 y = -19
Substituindo a equação (4) em (3), obtemos:
3 ( 7 y -19) + 4 y = 18
25 y = 75 (5)
y=3
Agora substituímos y = 3 na equação (3):
x = 7×3-19 = 2 (6)
Portanto, o centro da circunferência circunscrita ao triângulo ABC está no ponto P(2,3)
EX. 6: dados os pontos B(2,3) e C(-4,1), determinar o vértice A do triângulo ABC, sabendo que é o
ponto do eixo y do qual se vê BC sob ângulo reto.
ì (1) ® AÎ y
ï
A( x, y ) í Þ
ïî( 2 ) ® AC ^ AB
ì
ï (1) ® x2 = 0
Þ í Figura 5
ïî( 2 ) ® d 2 ( A, C ) + d 2 ( A, B ) = d 2 ( B,C )
Da condição (2),
( x + 4 ) + ( y -1) + ( x - 2 ) + ( y - 3) = ( 2 + 4 ) + ( 3 -1)
2 2 2 2 2 2
(3)
16 + ( y2 - 2 y +1) + 4 + ( y2 - 6 y + 9) = 36 + 4
2 y2 - 8 y -10 = 0 (4)
y2 - 4 y - 5 = 0
Resolvendo a equação (4) de 2º grau,
5
2 -b ± b2 - 4ac
a x +b x+c = 0 ® x = (5)
2a
Obtemos:
y2 - 4 y - 5 = 0 ® y=
2 ×1
y = -1 ou y = 5
4. SISTEMA POLAR
onde,
r = OP ( r ³ 0 ) é a distância polar ou raio vetor de P
Reciprocamente, dado um par ordenado de números reais, é possível localizar no plano um único
ponto, do qual aqueles números são as coordenadas polares.
O argumento q será considerado positivo se sua orientação for a do sentido anti-horário e negativo
se no sentido horário. O argumento q admite múltiplas determinações: 2kp +q .
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Ex. 7: construir o gráfico da curva cardioide (deriva do grego
kardioeides=kardia:coração+eidos:forma) definida em coordenadas polares como: r = 1+ cos(q ) .
Figura 7
NOTA: toma-se um ponto A fixo numa dada circunferência e um ponto M que se move sobre a
circunferência. Se tomarmos dois pontos P e Q da reta AM que estão a igual distância de M, estes
descrevem o caracol enquanto M dá a volta à circunferência.
Em muitos casos é oportuno passar de um referencial cartesiano para um polar, ou de um polar para
o cartesiano.
Fazendo o eixo polar p coincidir com o eixo
cartesiano x e 0 concomitantemente pólo e
origem dos dois sistemas.
Portanto,
r 2 = x2 + y2
x = r cosq
y = r sen q (1)
tg q = y x
7
Ex. 8: passar do sistema cartesiano para o sistema polar:
(
A( x, y ) = -3, 3 3 ) ( )
A ( r , q ) = 6, 2p 3 = (6,120o )
B ( x, y ) = (3 3, 3 ) ( ) ( 6 ) = (6, 30 )
Resposta: B r , q = 6,p o
r = kq
2
æ yö
x + y = k çarc tg ÷
2 2 2
Resposta: è xø
Figura 9
Ex. 10: deduzir a fórmula da distância entre os pontos P1 = (r1, q1) e P2 = (r2, q2) em coordenadas
polares.
Sugestão:
d2 = (x - x ) + ( y 2 - y1 )
2 2
2 1
Substitua:
Resposta:
x1 = r1 cosq1 y1 = r1 sen q1
d 2 = r 2 + r 2 - 2 r r cos(q -q )
1 2 1 2 2 1
x2 = r2 cosq2 y2 = r2 sen q2
Em GA plana as equações contêm duas variáveis. Na espacial, três variáveis. O conjunto de pontos
do espaço tridimensional será indicado por R3.
R3 = {( x, y, z ) : x ÎR, y ÎR e z ÎR }
Sejam x, y e z três retas orientadas mutuamente perpendiculares entre si e concorrentes no ponto O.
Os principais elementos do triedro (Ox, Oy, Oz) são:
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- ponto O à origem do sistema cartesiano
- retas orientadas à eixos cartesianos
- planos xy, xz e yz à planos cartesianos
O sistema cartesiano em estudo estabelece uma correspondência bijetora entre cada ponto do espaço
e a terna de números reais. Os planos coordenados dividem o espaço em 8 regiões, denominadas
oitantes ou octantes.
Particularidades
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5.1 Distância entre dois pontos
Dados dois pontos P1 = (x1, y1, z1) e P2 = (x2, y2, z2), a distância d entre os pontos P1 e P2 é dada pela
fórmula:
d (P,P ) = ( x2 - x1 )2 + ( y2 - y1 )2 + ( z 2 - z1 )2
1 2
Figura 11
6. SISTEMA CILÍNDRICO
Assim, ficam determinados três números r, q e z que são suas coordenadas cilíndricas:
P(r, q, z) onde:
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6.1 Passagem do Sistema Cilíndrico para o Sistema Cartesiano Ortogonal
7. SISTEMA ESFÉRICO
P = (r, q , f)
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Para que a um ponto corresponda um único terno de coordenadas esféricas, costuma-se fazer as
seguintes restrições:
r ³0
0 £q £p
0 £ f < 2p
coordenadas:
Por construção, observe-se que PzP = OP’. O triângulo retângulo OPxP’ fornece:
Do triângulo retângulo OPzP, obtém-se:
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Cálculo de r
Dos dois triângulos retângulos em destaque temos:
OP '2 = x2 + y2 = Pz P2
e r 2 = Pz P2 + z2 ou r 2 = x2 + y2 + z2
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