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1.

Função afim ou linear

Definição

Denomina-se função do 1º grau (ou afim) a toda função do tipo f ( x)=ax+ bcom
¿
a R e b R.
Chama-se função afim qualquer função de R em R dada por uma lei da forma
f ( x)=ax+ b, onde a e b são números reais dados e a ≠ 0. O número a é chamado de
coeficiente de x e ob de termo constante.
Exemplos
a) f ( x )=2 x – 6(a=2 e b=−6)
b) y=−x+ 4( a=−1e b=4)

a. Gráfico, intercepto

Como o gráfico da função afim é uma reta, precisamos de apenas dois pontos distintos
para construir a mesma, pois, ao estudarmos geometria, verificamos que, dois pontos
distintos determinam uma única reta, logo, atribuímos dois valores arbitrários para a
variável independente x , em seguida, obtemos os valores da variável dependente y .

Na reta f ( x )=ax+ b, o valor do coeficiente da variável independente x, no caso a, é


denominado Coeficiente Angular, sendo determinado pela tangente do ângulo que a reta
forma com o eixo positivo dos x no sentido anti-horário. Este coeficiente representa
uma variação na variável dependente y (y) ocasionado por uma modificação ocorrida
na variável independente x (x). O valor de b é denominado Coeficiente Linear, que
equivale à distância da origem ao ponto onde o gráfico intercepta o eixo− y .

1- Construir o gráfico da função f ( x)=3 x – 1.


y f(x) = 3x-1
x y (x, y)
0 -1 (0, -1)
1 2 (1, 2)
2

f ( 0 )=3.0−1=−1
f (1)=3.1 – 1=2 0 1 x

b. Domínio e contradomínio

O domínio das funções lineares é igual a todo o conjunto de números reais de x. Isso
ocorre porque não temos nenhuma restrição aos valores de x. Da mesma forma, a
imagem de funções lineares também é todo o conjunto de números reais em y. A seguir,
veremos mais detalhes sobre a imagem e o domínio das funções lineares.

O conjunto domínio: O domínio da função do 1º grau é o conjunto dos números reais:


D ( f ) =R

O conjunto imagem: o contradomínio da função do 1º grau é o conjunto dos números


reias: ℑ ( f )=R

Crescimento e decrescimento

 Função crescente: Para a > 0: se x1 < x2, então ax1 < ax2. Daí, ax1 + b < ax2 + b,
de onde vem f(x1) < f(x2).
 Função decrescente: Para a <0: se x1 < x2, então ax1 > ax2. Daí, ax1 + b > ax2 + b,
de onde vem f(x1) > f(x2).

Função Identidade e Função Constante

A função identidade f : R → R , definida por f ( x)= x para todo x Є R , é afim.


Também são afins as funções lineares, f ( x)=ax e constantes f : R → R , definida por
f ( x)=b.
Gráfico de uma função identidade Gráfico de uma função constante

D : RCd : R ℑ : R
Análise de Gráficos quanto aos coeficientes
Gráfico Coeficientes Função
1 a>0 e b>0 Crescente
2 a>0 e b<0 Crescente
3 a<0 e b<0 Decrescente
4 a<0 e b>0 Decrescente
5 a>0 e b = 0 Linear
6 a<0 e b=0 Linear
7 a=0 e b>0 Constante
8 a=0 e b<0 Constante
2. Função quadrática

Uma função quadrática ou função polinomial do segundo grau, é qualquer função f : R


↝ R dada por uma lei da forma f ( x )=ax 2+bx +c , onde a , b e c ∈ R e a ≠ 0, ou seja,
quando o maior expoente que acompanha a variável x (termo desconhecido) é 2.

a) f ( x )=2 x 2; onde a=2 ; b=0 e c=0


b) f ( x )=x 2 +3 x ; onde a=1 ; b=3 e c=0
c) f ( x )=x 2−4 ; onde a=1 ; b=0 e c=−4
d) f ( x )=3 x 2 +4 x +6 ; onde a=3 ; b=4 e c=6

Gráfico de uma função quadrática 

O gráfico de uma função quadrática (função do segundo grau), é sempre uma


parábola, que pode estar voltado para cima ou para baixo, tendo os seguintes casos:

 A função quadrática tem parábola voltada para cima se o valor de “a” for


positivo, ou seja, quando a> 0.
 A função quadrática tem parábola voltada para abaixo se o valor de “a” for
negativo, ou seja, quando a< 0.

Raízes ou zeros de uma função do 2º grau

Para calcular as raízes ou os valores de x que anulam uma função do 2º grau, devemos
igualar a zero a mesma transformando-a numa equação do 2º grau e, em seguida,
resolvendo-a através da fórmula de Bháskara.
Encontre as raízes de cada função abaixo:
a) y = 3x2–5x+2
Resolucao
3x2 – 5x + 2 = 0 (a = 3, b = -5, c = 2)
Cálculo do discriminante (delta).
¿

- Cálculo das raízes.


−b ± √ Δ −(−5) ± √1 5 ±1
x= x= = ¿
2a 2.3 6
2
Logo, V ={1 , }
3

Gráfico de uma Função Quadrática.

O gráfico de uma função quadrática é uma curva denominada de Parábola. Ela apresenta
vértice, concavidade e eixo de simetria.

Função do tipo 𝒚=𝒂𝒙𝟐

Como aconntece com qualquer função, para representar graficamente a função do


2
y=a x temos que verificar o valor coeficinte "a" se é posetivo ou negativo, para termos
noção da parabola se esta virada para cima ou esta virada para baixo, em seguida
teremos que construir uma tabela de valores e por fim unirmos os pontos no sistema
carteziano ortogonal (S.C.O).

Ex: Esbolce o grafico da função f (x)= x2


A função y=x 2 tem como o valor de a=1. Uma vez que o valor "a" é posetivo, então a
concavidade da parabola esta virada para cima.
f ( x )= y =x 2
x y=x
2

-3 y=(−3) =9
2

-2 y=(−2) =4
2

-1 Ex.2: Esboce o gráfico da função


y=(−1)2=1
f ( x)=−x2
0 y=(0) =0
2

A função y=−x2 tem como o valor de


1 y=1 =1
2

2x 2 a=−1. Uma vez que o valor "a" é


y=2y=−x
=4 2
negativo, então a concavidade da
3-3 y=3
2
=3∗3=9
2 parábola esta virada para
y=−(−3) =−9
2
( )
f x = y =−x
-2 y=−(−2)2=−4
-1 y=−(−1) =−1
2

0 y=−(0)2=0
1 y=−(1)2=−( 1∗1 ) =−1
2 2
y=−(2) =−( 2∗2 )=−4
3 y=−(−3)2=−( 3∗3 ) =−9
Exemplo: construir o gráfico da função y=x 2 + x

x y

-3 6

-2 2

-1 0

0 0

1 2

2 6

Ex3: Dada a função f (x)= x2 – 3 x +2, construa o gráfico

f ( x)= x2 – 3 x +2
2
x – 3 x +2= 0 (a = 1, b = -3, c = 2)

Δ=b 2−4. a . c=(−3 )2−4.1 .2=9−8=1

−b ± √ Δ −(−3)± √1 3 ±1
x= = = ⇒¿
2a 2.1 2
Cálculo do vértice.

−b −(−3) 3 3
x v= = = = =1,5
2a 2.1 2 2
− Δ −1 −1
yv= = = =−2,25
4 a 4.1 4

V= ( −32 ,− 14 )
Construção da Tabela e do gráfico.
x y (x, y)
0 2 (0, 2)
1 0 (1, 0)


1
4 ( 32 ,− 14 )
2 0 (2, 0)
3 2 (3, 2) 1 2

Estudo do sinal da Função do 2º Grau

Para estudar o sinal da função (valores de x que à torna positiva, negativa ou nula) do 2º
grau f(x) = ax2 + bx + c, utiliza-se o seguinte procedimento:

Verifica-se se o valor de a é positivo ou negativo.

Calculam-se as raízes.

Marcam-se as raízes no eixo das abscissas (0X).

 Se as raízes são diferentes, y assume valores com sinais de a à direita de x” e à


esquerda de x’. Entre as duas raízes, y assume valores com sinais contrários de
a.
 Se as raízes são iguais, tanto à direita como à esquerda das raízes, o y assume
valores com sinais de a. Neste caso, não tem sinal contrário de a, apenas y
admite valor nulo quando x = x’ = x”.
 Se não apresentar raízes, y assume o mesmo sinal de a.

3. Funcao exponencial
Chamamos de função exponencial a toda função do tipo f(x) = ax, definida para todo x
real com a > 0 e a ≠ 1.
Exemplos:
a) f ( x )=2 x

()
x
1
b) f ( x)=
2

Conceito de função exponencial

A expressão “crescimento exponencial” refere-se a um crescimento muito rápido.


Assim, a função exponencial possui múltiplas aplicações:
 na área financeira, em tabelas progressivas a juros fixos;
 no crescimento populacional;
 em biologia, no crescimento de alguns vegetais, entre outros.

Gráfico da função exponencial:

1º caso A base é um número real maior que 1: a> 1. Função Crescente

2º caso A base é um número real maior que 0 e menor que 1: 0< a<1. Função
Decrescente
Características da função exponencial

 A curva da função f(x) = ax passa pelo ponto (0,1);


 O seu domínio é o conjunto dos reais D=R ;
 O seu conjunto imagem é Im = R+¿ ¿; ¿

 A função é crescente para a base a maior que 1 (a> 1);


 A função é decrescente para a base a maior que 0 e menor que 1 (0< a<1).

Funções logarítmica

Definição de Logaritmo: Sejam a e b números reais positivos, com a ≠ 1, chamamos de


logaritmo de b na base a, o expoente real x ao qual se eleva a para obter b.
x
Portanto, se log a b=x ↔ a =b , em que b> 0 , a>0 e a≠ 1.

Função logarítmica: É a função bijetiva f: IR*+ →IR em que f(x) =


log a x , com 0 < a ≠
1. Essa função é a função inversa da Função Exponencial.

Exemplos:

1) Calcular
log 2 32 .
x=log 2 32 ⇒2 x =32⇒ 2x =25 ⇒ x=5
Logo , log 2 32=5 .
log 1 8
2) Calcular 16 .

( ) =8 ⇒ (2
x
1
x=log 1 8 ⇒ −4 x
) =23 ⇒ 2−4 x=23 ⇒−4 x=3 ⇒ x=−3
16
16 4
3
Logo , log 1 8=−
4
16 .
Gráfico da Função Logarítmica.

OBSERVAÇÕES:
1. Os gráficos das funções logarítmicas sempre cortam o eixo x no ponto (1,0).
2. Quando a base é maior que 1, os números maiores que 1 tem logaritmos
positivos e os números entre 0 e 1 tem logaritmos negativos.

{ x>1⇒loga x>loga 1⇒log a x>0 ¿ ¿¿¿ .


3. Quando a base é menor que 1, os números maiores que 1 tem logaritmos
negativos e os números entre 0 e 1 tem logaritmos positivos.

{ x>1⇒loga x>loga 1⇒log a x>0 ¿ ¿¿¿ .


 Domínio da função logarítmica
O domínio da função logarítmica é o conjunto dos números reais estritamente positivo:
D ( f ) =R¿+¿ ¿
 Contradomínio da função logarítmica

O contradomínio da função logarítmica é o conjunto dos números reais: D ´ f =R


Funções Periódicas ou trigonométricas

As principais funções trigonométricas são: a função seno, a função cosseno e a função


tangente e são representadas da seguinte forma:

 y=senx
 y=cosx
 y=tgx

Essas funções podem ser representadas no plano cartesiano e são classificadas como
periódicas, porque o comportamento gráfico se repete de forma cíclica.

O ângulo x é a variável independente e o valor da função é a variável dependente.

A função seno

a) A função seno é periódica, pois:

sen ( x+2 π )=senx

Em que o período da função é t=2 π

b) O domínio da função seno está no conjunto dos números reais. Sabemos que,
para todo número real, existe um valor para sen(x ), então podemos afirmar que
o domínio da função é D f =R e o contradomínio da função seno está no intervalo
[−1; 1].
π
c) O valor máximo da função é 1 em x= e o valor mínimo da função é -1 em
2

x=
2
d) A função é continua em todo o seu domínio

e) É uma função crescente no intervalo 0 ; [ ] [π


2
e

2 ]
; 2 π e decresce no intervalo

fechado de [ π 3π
;
2 2 ]
f) A função seno é considerada uma função ímpar, ou seja, sen ( – x )=– sen ( x ) , e o
gráfico é simétrico em relação a origem (0, 0)
Função do tipo: 𝑦=𝑐𝑜𝑠𝑥

Chamamos de função cosseno a função f : IR → IR em que a lei de formação é


representada por f ( x)=cos( x ), sendo x o ângulo em radianos.

a) A função cosseno é periódica, pois:


cos ( x +2 π )=cosx
E o período da função é T =2 π
b) o domínio da função cosseno é o conjunto dos números reais. Podemos
representar por D f =IR e o contradomínio da função é [– 1 ,1]
c) O valor máximo da função é 1 em x=0 ou x=2 π e o valor mínimo da função é -
1 em x=π
d) A função é continua em todo o seu domínio
e) É uma função crescente no intervalo [ π ; 2 π ] e decresce no intervalo fechado de
[0;π ]
f) A função cosseno é considerada uma função par, ou seja, cos (x)=cos(– x), e o
gráfico é simétrico em relação ao eixo das ordenadas.

Função do tipo: y=tgx

A função tangente possui um comportamento diferente das funções anteriores. Ela não é
limitada como a função seno e a função cosseno. A lei de formação da função tangente
é f ( x)=tg( x ).

a) A função tangente é periódica, pois:


tg ( x + π )=tgx

E o seu período da função é: t=π

b) O domínio da função é Df =IR / {π2 +kπ , k ∈ Z }, e contradomínio da função é


todo conjunto dos números reias, ou seja, CD f =R.
c) Esta função não têm extremos locais;
d) A função é continua em todo o seu domínio;
e) É uma função crescente em todos os pontos do domínio
f) A função ímpar, pois: tg (− x ) =−tgx , e o gráfico é simétrico em relação à origem
(0,0).
Conclusão

As funções são definidas por certas relações. Por causa de sua generalidade, as funções
aparecem em muitos contextos matemáticos e muitas áreas da matemática baseiam-se
no estudo de funções. Deve-se notar que as palavras "função", "mapeamento", "mapa" e
"transformação" são geralmente usadas como termos equivalentes. Além disso pode-se
ocasionalmente se referir a funções como "funções bem definidas" ou "funções totais".
O conceito de uma função é uma generalização da noção comum de fórmula
matemática.

As funções descrevem relações matemáticas especiais entre dois elementos.


Intuitivamente, uma função é uma maneira de associar a cada valor do argumento x (às
vezes denominada variável independente) um único valor da função f ¿ ) (também
conhecido como variável dependente).
Bibliografia

Cuambe, V. (2010), Matemática 10ª classe: M10. 2ª edição. Maputo: Textos Editores
Lda
Barboni, A. & Paulette, W. (2007). Fundamentos de Matemática: Cálculo e Análise.
Editora LTC.
Iezzi, G. & Murakami, C., (2004). Fundamentos de Matemática Elementar 1, conjuntos,
funções. São Paulo: Atual

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