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UNIVERSIDADE ABERTA ISCED

FACULDADE DE CIÊNCIAS DE SAÚDE


LICENCIATURA EM NUTRIÇÃO

Formas de tratamento em língua portuguesa

Geraldo da Silva Raju Muiaia - 81231919


Nampula, Março de 2023
UNIVERSIDADE ABERTA ISCED
FACULDADE DE CIÊNCIAS DE SAÚDE
LICENCIATURA EM NUTRIÇÃO

Formas de tratamento em língua portuguesa

Trabalho de Campo a ser submetido na Coordenação do


Curso de Licenciatura em Nutrição da UnISCED.
Tutor:

Geraldo da Silva Raju Muiaia - 81231919


Nampula, Março de 2023
Índice

Introdução ......................................................................................................................... 3
Formas de tratamento ....................................................................................................... 4
Formas de tratamento nominal ......................................................................................... 4
Formas de tratamento verbal ou vocativo......................................................................... 5
Formas de Tratamento – Função ...................................................................................... 5
Formas de Tratamento e Endereçamento ......................................................................... 6
Conclusão ......................................................................................................................... 7
Referencias bibliográficas ................................................................................................ 8

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Introdução

O trabalho fala das formas de tratamentos em língua portuguesa, que são palavras ou sintagmas
usados pelo falante de uma língua com o objetivo de dirigir-se ou referir-se a outra pessoa
estando em uma relação de interação comunicativa, seja ela uma relação hierárquica ou de
respeito. Além disso, os pronomes de tratamento caracterizam-se por apropriarem-se das
estruturas conjugais dos pronomes pessoais. Mais do que simples direcionamentos, as formas
de tratamento são engrenagens linguísticas que designam uma série de significados na relação
com o falante.
O uso das formas de tratamento é a expressão linguística da estrutura que vigora em um
determinado meio social. O emprego dos tratamentos não depende propriamente do sistema
linguístico, mas da forma como a sociedade está organizada. Sabemos que a sociedade está
sujeita a mudanças.

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Formas de tratamento

As formas de tratamento consistem em marcadores linguísticos e discursivo-textuais capazes


de expressar distâncias quer do eixo horizontal quer do eixo vertical, graus de delicadeza e
relações simétricas (ou recíprocas) ou assimétricas (ou não-recíprocas) entre os participantes
de uma interação comunicativa.
As formas de tratamento se constituem nos modos pelos quais nos dirigimos às autoridades,
quer por meio de correspondência oficial, quer de forma verbal em atos solenes.
Segundo Cunha e Cintra (2002), denominam-se pronomes de tratamento certas palavras e
locuções que valem por verdadeiros pronomes pessoais como: você, o senhor, Vossa
Excelência.
Formas de tratamento são palavras ou sintagmas usados pelo falante de uma língua com o
objetivo de dirigir-se ou referir-se a outra pessoa estando em uma relação de interação
comunicativa, seja ela uma relação hierárquica ou de respeito. Além disso, os pronomes de
tratamento caracterizam-se por apropriarem-se das estruturas conjugais dos pronomes pessoais.
Mais do que simples direcionamentos, as formas de tratamento são engrenagens linguísticas
que designam uma série de significados na relação com o falante.
No processo de produção de documentos institucionais ou então de textos administrativos,
somos obrigados a usar formas de tratamento específicas referentes às entidades a que nos
dirigimos (Biderman, 1972).
Assim, convém conhecermos as seguintes formas de tratamento referentes e as abreviaturas
com que são indicadas na escrita.

Formas de tratamento nominal

Formas nominais, constituídas por nomes próprios, nomes de parentesco, nomes de funções
(como professor, doutor, etc.).
No processo de produção de documentos institucionais ou então de textos administrativos,
somos obrigados a usar formas de tratamento específicas referentes às entidades a que nos
dirigimos.
Estas formas aplicam-se à 2ª pessoa, àquela com quem falamos; para a 3ª pessoa aquela de
quem falamos, usam-se as formas Sua Alteza, Sua Eminência, etc. Mas as últimas podem
empregar-se com valor das primeiras, como expressão de máxima cerimónia, mormente quando
seguidas de aposto que contenha um título determinado por artigo.

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Formas de tratamento verbal ou vocativo

Os vocativos pertencem a uma categoria formal independente, visto serem assinalados


estilisticamente à superfície. A sua função de formulação de um objeto direto encontra se
marcado por [+ênfase].
Formas vocativas, isto é, palavras desligadas da estrutura argumental do enunciado e usadas
para designar ou chamar a pessoa com quem se fala. Normalmente, essas são acompanhadas
por pronomes pessoais explícitos ou implícitos.

Formas de Tratamento – Função

Quando duas ou mais pessoas conversam, uma pode dirigir-se à outra empregando um nome
ou um pronome, que cumprirão a função de apelar ou chamar a atenção do interlocutor.
O tratamento é um sistema de significação que contempla diversas modalidades de dirigir-se a
uma pessoa.
Trata-se de um código social que, quando se transgride, pode causar prejuízo no relacionamento
entre os interlocutores.
Por formas de tratamento designamos tanto os termos que se referem ao par falante/ouvinte,
como os vocativos usados para chamar a atenção do destinatário.
As formas de tratamento abrangem tanto os chamados pronomes pessoais de tratamento quanto
as formas nominais, isto é, o uso de nomes próprios, títulos, apelidos e outras formas nominais
que identifiquem a pessoa referida.
A linguagem é um veículo para a interação com outras pessoas, por isso é utilizada diariamente
e, muitas vezes, as pessoas não reconhecem o quanto ela é importante. Como não se pode
desvincular a linguagem da sociedade, é preciso conhecer o conjunto de normas que regulam o
comportamento adequado dos membros de um meio social. Por isso cada sociedade estabelece
regras que regulam esses comportamentos (Moura, 2000).
A linguagem é um veículo para a interação com outras pessoas, por isso é utilizada diariamente
e, muitas vezes, as pessoas não reconhecem o quanto ela é importante. Como não se pode
desvincular a linguagem da sociedade, é preciso conhecer o conjunto de normas que regulam o
comportamento adequado dos membros de um meio social. Por isso cada sociedade estabelece
regras que regulam esses comportamentos.
As formas de tratamento fazem parte dessas regras sociais que sancionam determinados
comportamentos como adequados ou inadequados.

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Quando duas ou mais pessoas conversam, uma pode dirigir-se à outra empregando um nome
ou um pronome, que cumprirão a função de apelar ou chamar a atenção do interlocutor. O
tratamento é, pois, um sistema de significação que contempla diversas modalidades de dirigir-
se a uma pessoa. Trata-se de um código social que, quando se transgride, pode causar prejuízo
no relacionamento entre os interlocutores.

Formas de Tratamento e Endereçamento

Umas das características do estilo da correspondência oficial e empresarial é a polidez,


entendida como o ajustamento da expressão às normas de educação ou cortesia.
A polidez se manifesta no emprego de fórmulas de cortesia (“Tenho a honra de encaminhar” e
não, simplesmente, “Encaminho…”; “Tomo a liberdade de sugerir…” em vez de,
simplesmente, “Sugiro…”); no cuidado de evitar frases agressivas ou ásperas (até uma carta de
cobrança pode ter seu tom amenizado, fazendo-se menção, por exemplo, a um possível
esquecimento…); no emprego adequado das formas de tratamento, dispensando sempre atenção
respeitosa a superiores, colegas e subalternos.
No que diz respeito à utilização das formas de tratamento e endereçamento, deve-se considerar
não apenas a área de atuação da autoridade (universitária, judiciária, religiosa, etc.), mas
também a posição hierárquica do cargo que ocupa.

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Conclusão

Chegados a este fim, os pronomes de tratamento foram adotados no Império Romano, no final
da antiguidade, como uma forma de demonstrar a diferença social existente entre as maiores
autoridades do Estado e aqueles aristocratas que apenas integravam a cada vez mais numerosa
classe senatorial. O tratamento de Ilustre era reservado aos cargos mais elevados, como o de
Cônsul, então já simbólico, de Prefeito Pretoriano, responsável pela supervisão da
administração das províncias, e de Ministro do Palácio. Abaixo do Ilustre vinha o Respeitável,
tratamento dado aos que exerciam cargos menores, porém ainda de muito prestígio, como o de
Vigário, encarregado da administração civil de uma diocese, e de Procônsul, comandante
militar de uma província. Abaixo de Ilustre e de Respeitável vinha o Preclaro, destinado a todos
os senadores.

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Referencias bibliográficas

Biderman, M. T. C. Formas de tratamento e estruturas sociais. Alfa, São Paulo, v.18/19, 1972
Cunha, C. & Cintra, L. F. L. (2002). Nova Gramática do Português Contemporâneo (17ª Ed.).
Lisboa: Edições João Sá da Costa
Moura-Neves, Maria Helena (2000). Gramática de Usos do Português. São Paulo: UNESP

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