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LICENCIATURA EM NUTRIÇÃO
Código: 81231884
LICENCIATURA EM NUTRIÇÃO
Código: 81231884
Índice
I. Introdução............................................................................................................................ 4
Tratamento .................................................................................................................................. 5
Formas nominas.......................................................................................................................... 7
Pronominais ................................................................................................................................ 7
Verbais ........................................................................................................................................ 7
Autoridades Judiciárias............................................................................................................... 9
Conclusão ................................................................................................................................. 13
I. Introdução
Este trabalho pretende aferir a frequência de certas formas de tratamento pronominais verbais
e nominais. Onde perante o desenrolar do mesmo ira se desenvolver assuntos relacionados com
o tema visto que é evidente que os tratamentos acompanharam essas mudanças e, não raro,
refletem os costumes mais liberais que vêm caracterizando a sociedade nos últimos tempos.
Formas de tratamento
Quando duas ou mais pessoas conversam, uma pode dirigir-se à outra empregando um nome
ou um pronome, que cumprirão a função de apelar ou chamar a atenção do interlocutor.
Papa ou papa
Santa ou santa
Desembargador ou desembargador
Tratamento
O tratamento é um sistema de significação que contempla diversas modalidades de dirigir-se a
uma pessoa.
As formas de tratamento fazem parte dessas regras sociais que sancionam determinados
comportamentos como adequados ou inadequados.
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Quando duas ou mais pessoas conversam, uma pode dirigir-se à outra empregando um nome
ou um pronome, que cumprirão a função de apelar ou chamar a atenção do interlocutor. O
tratamento é, pois, um sistema de significação que contempla diversas modalidades de dirigir-
se a uma pessoa. Trata-se de um código social que, quando se transgride, pode causar prejuízo
no relacionamento entre os interlocutores. Por formas de tratamento designamos tanto os termos
que se referem ao par falante/ouvinte, como os vocativos usados para chamar a atenção do
destinatário.
Pronomes de tratamento
Segundo NASCIMENTO, (2006). Pronomes de tratamento são palavras ou expressões que
usamos para nos referir às pessoas, em consideração ao cargo que exercem, posição social, ou
ainda, para indicar formalidade e respeito. Os pronomes de tratamento correspondem a
pronomes pessoais e o verbo correspondente é conjugado na 3ª pessoa. As formas de tratamento
abrangem tanto os chamados pronomes pessoais de tratamento quanto as formas nominais, isto
é, o uso de nomes próprios, títulos, apelidos e outras formas nominais que identifiquem a pessoa
referida.
A linguagem é um veículo para a interação com outras pessoas, por isso é utilizada diariamente
e, muitas vezes, as pessoas não reconhecem o quanto ela é importante. Como não se pode
desvincular a linguagem da sociedade, é preciso conhecer o conjunto de normas que regulam o
comportamento adequado dos membros de um meio social. Por isso cada sociedade estabelece
regras que regulam esses comportamentos. As formas de tratamento fazem parte dessas regras
sociais que sancionam determinados comportamentos como adequados ou inadequados.
Quando duas ou mais pessoas conversam, uma pode dirigir-se à outra empregando um nome
ou um pronome, que cumprirão a função de apelar ou chamar a atenção do interlocutor. O
tratamento é, pois, um sistema de significação que contempla diversas modalidades de dirigir-
se a uma pessoa. Trata-se de um código social que, quando se transgride, pode causar prejuízo
no relacionamento entre os interlocutores.
(i) Com as diferentes formas nominais de nos dirigirmos ao outro (em 1a., 1d., 1e.,1f.,
1g.);
(ii) com o pronome “você” (em 1h.);
(iii) Sobretudo, com o sujeito nulo (em 1b.), uma opção que permite evitar os mal-
entendidos decorrentes de um uso inapropriado de “você”. Com efeito, o pronome
“você”, quase generalizado.
Em certas situações, é até considerado apropriado, o que já não acontece com a variante
“vossemecê”, que deve ser evitada em situações formais. Paiva Boléo (BOLÉO, 1946) confirma
este uso, entre senhoras e senhores da chamada boa sociedade, se entre eles existir
familiaridade. Refere também o facto de o uso de “você” ser mais urbano, em conversas
informais entre jovens, embora seja mal considerado, ou mesmo visto como insultuoso, se for
usado num ambiente rural.
Formas nominas
As formas nominais, ou nomes vocatórios, podem ser acompanhadas de determinantes
definidos e/ou possessivos, de adjetivos e de uma partícula interjetiva. O determinante utilizado
pode aumentar ou reduzir a relação de proximidade ou de afastamento entre as pessoas. Os
enunciados “ele é o meu caro amigo” e “ele é um amigo” distinguem-se, porque a escolha do
possessivo precedido de artigo definido, no primeiro exemplo, implica uma familiaridade entre
os interlocutores, enquanto o uso de um artigo indefinido, no segundo exemplo, implica a
ausência de proximidade.
Pronominais
Em princípio, os pronomes de tratamento da 2ª pessoa devem acompanhar o verbo para evitar
confusão com o sujeito da terceira.
Verbais
No que diz respeito ao tratamento verbal, nota-se que, na variedade-padrão do português, o
singular só se usa na 3.ª pessoa, independentemente do grau de cortesia (“você”/“o senhor”) ao
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passo que, em Português, a oposição entre a 2.ª e a 3.ª pessoa do singular marca a distinção
entre um contexto informal e um contexto formal.
Segundo BASTO (1932) O pronome de tratamento “si” parece funcionar, tal como surge nos
diálogos acima, como uma variante popular e de respeito, relacionada com outras variantes que
se caracterizam por requererem uma forma verbal na 3ª Pessoa Singular (“você” ou “senhor”),
consoante a maior ou menor proximidade existe No plural, emprega-se a 3.ª pessoa em ambas
as variedades do português para referir o alocutário em contextos formais e informais (“os
senhores”/“vocês”/“O falam português?”). A forma verbal na 3.ª pessoa sem sujeito expresso,
ou com sujeito nulo, constitui, em PE, uma estratégia que neutraliza o grau de deferência ou,
em outras palavras, a expressão linguística com “grau zero de deferência”.
Autoridades Universitária
Cargo ou Por Extenso Abreviatura Abreviatura Vocativo Endereçamento
Função Singular Plural
Reitores Vossa V. Mag.ª ou V. Mag.asou Magnífico Ao Magnífico
Magnificência V. Maga. V. V. Magas. ou Reitor ou Reitor ou Ao
ou Vossa Exa. ou V. V.Ex.as ou Excelentíssimo Excelentíssimo
Excelência Ex.ª V.Exas. Senhor Reitor Senhor Reitor
Nome Cargo
Endereço
Vice-Reitores Vossa V.Ex.ª, ou V.Ex.as ou Excelentíssimo Ao
Excelência V.Exa. V. Exas. Senhor Vice- Excelentíssimo
Reitor Senhor Vice-
Reitor Nome
Cargo Endereço
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Autoridades Judiciárias
Cargo ou Por Abreviatura Abreviatura Vocativo Endereçamento
Função Extenso Singular Plural
Auditores Vossa V.Ex.ª ou V. V.Ex.as ou Excelentíssimo Ao
Curadores Excelência Exa. V. Exas. Senhor + cargo Excelentíssimo
Defensores Senhor Nome
Públicos Cargo Endereço
Desembargadores
Membros de
Tribunais
Presidentes de
Tribunais
Procuradores
Promotores
Juízes de Direito Meritíssimo M.Juiz ou V.Ex.as Meritíssimo Ao Meritíssimo
Juiz ou V.Ex.ª, V. Senhor Juiz ou Senhor Juiz ou
Vossa Exas. Excelentíssimo Ao
Excelência Senhor Juiz Excelentíssimo
Senhor Juiz
Nome Cargo
Endereço
Autoridades Militares
Cargo ou Por Abreviatura Abreviatura Vocativo Endereçamento
Função Extenso Singular Plural
Oficiais Vossa V.Ex.ª ou V. V.Ex.as, ou Excelentíssimo Ao
Generais Excelência Exa. V. Exas. Senhor Excelentíssimo
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Autoridades Eclesiásticas
Cargo ou Por Extenso Abreviatura Abreviatura Vocativo Endereçamento
Função Singular Plural
Arcebispos Vossa V.Ex.ª V.Ex.as Excelentíssimo A Sua
Excelência Rev.ma ou Rev.mas ou Reverendíssimo Excelência
Reverendíssima V. Exa. V. Exas. Reverendíssima
Revma. Revmas. Nome Cargo
Endereço
Bispos Vossa V.Ex.ª V.Ex.as Excelentíssimo A Sua
Excelência Rev.ma ou Rev.mas ou Reverendíssimo Excelência
Reverendíssima V. Exa. V. Exas. Reverendíssima
Revma. Revmas. Nome Cargo
Endereço
Cardeais Vossa V.Em.ª, V. V.Em.as, V. Eminentíssimo A Sua
Eminência ou Ema. ou Emas. ou Reverendíssimo Eminência
Vossa V.Em.ª V.Emas ou Reverendíssima
Eminência Rev.ma, V. Rev.mas ou Eminentíssimo Nome Cargo
Reverendíssima Ema. V. Emas. Senhor Cardeal Endereço
Revma. Revmas.
Cônegos Vossa V. Rev.ma V. Rev.mas Reverendíssimo Ao
Reverendíssima ou V. V. Revmas. Cônego Reverendíssimo
Revma. Cônego Nome
Cargo Endereço
Frades Vossa V. Rev.ma V. Rev.mas Reverendíssimo Ao
Reverendíssima ou V. ou V. Frade Reverendíssimo
Revma. Revmas. Frade Nome
Cargo Endereço
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Autoridades Monárquicas
Cargo ou Por Abreviatura Abreviatura Vocativo Endereçamento
Função Extenso Singular Plural
Arquiduques Vossa V.A. VV. AA. Sereníssimo A Sua Alteza
Alteza + Título Real Nome
Cargo Endereço
Duques Vossa V.A. VV. AA. Sereníssimo A Sua Alteza
Alteza + Título Real Nome
Cargo Endereço
Imperadores Vossa V.M. VV. MM. Majestade A Sua Majestade
Majestade Nome Cargo
Endereço
Príncipes Vossa V.A. VV. AA. Sereníssimo A Sua Alteza
Alteza + Título Real Nome
Cargo Endereço
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Autoridades Civis
Cargo ou Por Abreviatur Abreviatur Vocativo Endereçament
Função Extenso a Singular a Plural o
Governadore Vossa V.Ex.ª ou V. V.Ex.as ou Excelentíssim Ao
s Ministros Excelênci Exa. V. Exas. o Senhor + Excelentíssimo
de Estado a Cargo Senhor Nome
Prefeitos Cargo Endereço
Presidentes
da República
Secretários
de Estado
Senadores
Vice-
Presidentes
de
Repúblicas
Demais Vossa V.S.ª ou V. V.S.as ou V. Senhor + Ao Senhor
autoridades Senhoria Sa. Sas. Cargo Nome Cargo
contemplada Endereço
s com
tratamento
específico
Fonte: BOLÉO, (1946),
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Conclusão
Chegado ao final da pesquisa concluiu-se que o uso das formas de tratamento é a expressão
linguística da estrutura que vigora em um determinado meio social. Normalmente, as
sociedades estão divididas hierarquicamente, por isso o tratamento que recebe um membro da
sociedade depende do papel que desempenha e de suas características: idade, sexo, posição
familiar, hierarquia profissional, grau de intimidade, etc. Sendo assim, cada qual deve tratar o
outro de acordo com as posições relativas que ambos ocupam na escala social. É considerado
descortês o fato de uma pessoa se dirigir a um superior hierárquico com excessiva familiaridade.
Caso esse fato ocorra, o superior poderá imaginar que o interlocutor deseja algum favor ou que,
habitualmente, transgride as normas sociais. Da mesma forma, é inadequado dirigir-se a um
amigo íntimo de maneira formal. Se de fato ocorrer, pode ser um claro sinal de desejo de
distanciamento da relação amistosa ou de artificialidade no comportamento social.
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Referências bibliográficas
BOLÉO, Manuel da Paiva (1946), Introdução ao Estudo da Filologia Portuguesa, Lisboa,
Revista de Portugal,
BASTO, Cláudio, (1932) “Formas de tratamento em português”, Lusitana, vol. xxix, , pp. 183-
202;