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Quelimane
2022
1. Introdução
Segundo Lança (2020), é de conhecimento geral, o latim foi a língua que deu origem às
línguas românicas ou neolatinas. Neste caso, é importante referir a língua portuguesa como
uma das línguas latinas.
A primeira coisa que se deseja fazer com uma língua é falar com as pessoas. Mas, em
Português europeu, uma pessoa está sujeita a ser interpelada de quatro, ou mesmo de cinco
modos diferentes e a cada um desses modos está associado um grau diverso de intimidade
ou de respeito (Lešková, 2012).
O trabalho teve como base uma pesquisa bibliográfica, os conteúdos abordados foram
artigos publicados nas plataformas digitais, constituído pesquisa de natureza básica e
exploratória.
2. Quadro teórico
2.1. Conceito de língua
De acordo com o mesmo autor a língua de o poder, de fazer com que os seres humanos
consigam persuadir, manipular e convencer um público, através de palavras escritas ou
simplesmente ditas oralmente.
Conforme Lança (2020), o sistema de formas de tratamento tem causado alguma discussão
entre autores, revela-se importante distinguir, primeiramente e na maior parte das línguas,
os tratamentos pronominais, os tratamentos nominais e os tratamentos verbais.
Formas de
Descrição Função
tratamento
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Tu, você, vocês, V. Exª, VV. Exas, Têm o papel de recordar a pessoa a
tendo como exemplo “Tu queres? Vocês quem se dirige o enunciado, segundo o
Pronominais
querem? V. Ex.ª quer. contexto social, a profissão, o género, o
grau de parentesco ou a intimidade.
O senhor, a senhora, o senhor Doutor, o
meu amigo;
Nominais Nos tratamentos pronominais e verbais
Emprego do verbo no imperativo
têm a função de apenas chamar a
afirmativo “quer”;
atenção do interlocutor para o contexto
Utilização da desinência do verbo como
a que está subjacente.
Verbais referência ao interlocutor sujeito:
Queres?, Quer?, Querem?
1ª – Pronome pessoal de 2.ª pessoa do singular. Existem duas séries pronominais de 2.ª
pessoa do singular, ancoradas nas formas nominativas tu e você, respetivamente. A opção
por uma ou outra forma pronominal depende do tipo de relação social e/ou familiar que
existe entre o falante e o ouvinte.
2ª – Sendo o português europeu uma língua de sujeito nulo consistente o falante pode não
usar explicitamente os pronomes e usar apenas a forma verbal apropriada a cada um deles.
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3ª – O falante pode ainda usar uma forma nominal equivalente ao paradigma de 3ª pessoa
de você (Você quer? O senhor quer?).
Emprega-se a forma de tratamento por ‘‘tu’’ quando entre os interlocutores existe uma
relação de proximidade e intimidade, geralmente por serem familiares, amigos ou colegas.
Ao passo que, O uso de você em português europeu apresenta diferentes padrões de uso que
tornam a sua aprendizagem por aprendentes de português língua estrangeira bastante
complexa. o uso do pronome você entre pessoas cultas e entre os mais velhos implica que o
falante tenha com o ouvinte uma relação social de igualdade ou de superioridade (de patrão
para empregado, por exemplo).
Formas no tratamento de igual para igual, superior para inferior e que não implicam
intimidade: você
Formas próprias de intimidade: tu
Formas de cortesia que implicam as distâncias diversas entre os interlocutores: o
senhor, o senhor Doutor, o Joaquim, a Maria, a senhora Maria, a D. Maria, a
senhora D. Maria, Vossa Excelência, etc.
Nome próprio e/ou apelido, e.g., António, Antónia, (António) Marques, Antónia Marques;
Nome de parentesco95, e.g., pai, mãe, filho, avô(ó), tio(a), irmão(ã), etc.;
Título
Indicativo de idade, género, etc.: e.g., menino, menina, senhor (Sr.), senhora (Sr.ª), dona
(Dª) + nome(s), senhora dona + nome(s);
Insultos, e.g., burro(a), canalha, estúpido(a), bacoco(a), palerma, cão, cabra, etc.
Existem cinco tipos de textos que são classificados com base em estruturas específicas. Eles
se dividem em: narrativo, descritivo, expositivo, dissertativo e injuntivo. Geralmente, o
tempo verbal que predomina nesse tipo de texto é o passado (Cardoso, 2021).
A elaboração do texto, é indispensável que seja bem elaborado, sem problemas gramaticais,
sem ambiguidades, sem rodeios, sem gírias, sem expressões coloquiais que o aproximem da
intimidade familiar (Pessoa, 2018).
Redação empresarial
• Carta
• E-mail
• Aviso ou Comunicação Interna
• Memorando (Memorando circular)
• Convocação
• Declaração
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• Atestado
• Recibo
• Procuração
• Requerimento
Redação Oficial
• Ofício
• Memorando
• Portaria
• Requerimento
• Atestado
• Certidão
• Edital
• Ata
• Parecer
• Despacho
2.4.4.1. Medidas
Os documentos do padrão ofício (A4 – largura 21 cm; 29,7 cm) devem obedecer à seguinte
forma de apresentação:
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Forma de
Título Vocativo Abreviatura
Tratamento
Presidente da República Excelentíssimo Vossa Excelência V.Exª
Senhor (cargo)
Presidentes do Supremo Tribunal Excelentíssimo Vossa Excelência V.Exª
administrativos e do Congresso Nacional Senhor (cargo)
Vice-Presidente da República, Ministros Senhor (cargo) Vossa Excelência V.Exª
de Estado, Secretário-Geral da
Presidência da República, Procurador-
Geral da República, da Justiça e do
Estado, Embaixadores, Presidente, Vice-
Presidente e membros da Câmara dos
Deputados e do Senado, Presidentes e
Membros dos Tribunais, Promotor
Público, Juízes, Desembargadores,
Governadores, Vice-Governadores de
Estado, Secretários de Estado dos
Governos Estaduais, Presidentes e
membros as Assembleias Legislativas
Estaduais, Prefeitos Municipais, Vice-
Prefeitos, Presidentes e membros das
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3. Conclusão
4. Bibliografia
Allen, A. S. (2019). O sistema de formas de tratamento em português europeu.
Universidade de Lisboa.
Bento, I. (s.d.). Modulo 1 de Portugues. Moçambique.
Bizarro, R. (2011). Abordagem das Formas de Tratamento nas Aulas de Português
Língua Segunda/Língua Estrangeira. Universidade Porto.
Cardoso, E. S. (2021). O que sao textos administrativos.
Lança, C. S. (2020). Algumas formas de tratamento em português e em espanhol no
contexto escolar, social e familiar. Universidade Beira Interior.
Lešková, J. (2012). As formas de tratamento em Português Europeu. Univerzita
palackého v olomouci filozofická fakulta.
Nascimento, M. F., Mendes, A., & Duarte, M. E. (2018). Sobre formas de tratamento
no português europeu e brasileiro. Diadorim, Rio de Janeiro, 245-262.
Nascimento, S. S., Sales, J. d., Sampaio, C. M., Pessoa, A. W., Serpa, M. d., Lima, M.
d., & Silva, R. R. (2014). Manual de Documentos Oficiais / Organizadores. Fortaleza-
Ce: Universidade Estadual do Ceará.
PESSOA, C. J. (2018). Manual de Produção Textual Administrativa Interna. Paraíba:
IFESTP.