Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
DIVISÃO DE AGRICULTURA
_____________________________________
Supervisor
________________________________
E-mail: existotrabuco@gmail.com
Celulares: 827529345
869780451
AGRADECIMENTO
À Deus todo-poderoso e misericordioso, pela vida, Amor, Saúde que te me dado a cada dia para
superar todas dificuldades quotidianas.
A minha mãe Amina Sande Trabuco pela educação e ensinamento da vida e toda a família Trabuco
pela força que me deram durante a minha carreira estudantil.
Aos docentes do Instituto Superior Politécnico de Manica (ISPM), que deram me todo apoio durante o
curso e em particular ao meu supervisor drº Danilo Ribeiro Alberto pela confiança, apoio
incondicional prestado, moral, científico e pela disponibilidade nos encontros de trabalhos que meu
muito obrigado.
Ao Laboratório Regional de Veterinária em Chimoio, em particular ao Prof. Drº Carlos João Quembo,
drª Pertina Nhavene, drº. Manuel Pompiscky, aos zootecnistas Futre e Geraldo, aos técnicos Alberto e
Sangoma e todo pessoal de apoio.
A igreja Católica pelas orações, forças e apoio que me deram durante a realização dos meus estudos
A todos meus colegas do curso, em especial a António, Bocosse, Benjamim, Campira, Cinturão
Correia, Dança, Mavoto, Narquinicale, Teia, Rodrigues e Mateus Mbofana.
Endereço meu muito mais muito obrigado a todos amigos e os demais que directa e indirectamente me
fizeram o acompanhamento dos meus estudos e que por pouco contribuíram para o meu sucesso
Muito obrigado!
DECLARAÇÃO DE HONRA
Eu, Existo Colher Trabuco, declaro por minha honra que este trabalho é da minha autoria e nunca
foi apresentado em nenhuma outra instituição para obtenção de qualquer grau académico. Todas
obras de outros autores, utilizadas neste trabalho foram devidamente citadas e listadas nas
referências bibliográficas.
_____________________________
DEDICATÓRIA
Em primeiro lugar a Deus pela vida, saúde e força que me concede dia e noite. A minha
maravilhosa família, em especial a minha mãe Amina Sande Trabuco, minha esposa Tereza
Miguel Trabuco, os meus petizes Tavares, Assucela e Edna Trabuco, a todos meus irmãos pelo
apoio moral e sacrifícios incansável, pela paciência imensurável nos momentos mais difícil da
minha longa ausência na busca do sonho de ser Zootecnista, onde sempre estiveram ao meu lado.
% Percentagem em Porcentos
Qui- Quadrado
E Erro máximo
Ei Frequência esperada
mℓ Mililitros
n Número de Amostras
ºC Graus celsos
Oi Frequência observada
P Prevalência
Z Nível de Confiança
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Características Morfológicas de Carraça da Família Ixodidae. ........................................ 7
Figura 2: Ciclo Biológico de um Ixodideo. ...................................................................................... 9
Figura 3: Ciclo de Vida de Carraça de um Hospedeiro. ................................................................. 10
Figura 4: Ciclo de Vida de Carraças de três Hospedeiros .............................................................. 11
Figura 5: Ciclo de Vida da Babésia Fonte: Fighera (2001). ........................................................... 13
Figura 6. Gado Bovino com Tripanossoma .................................................................................... 26
Figura 7: Glossina Sp. .................................................................................................................... 27
Figura 8: Ciclo de Vida das Glossinas............................................................................................ 28
Figura 9: Exemplo de Armadilhas Utilizadas no Controlo de Glossinas. ...................................... 32
Figura 10: Montagem de Armadilha no Povoado da Ilha de Sardinha no Distrito de Luabo-
Zambézia ........................................................................................................................................ 33
Figura 11: Prevalência Geral de Hemoparasitas Transmitidos por Caracas e Mosca Tsé-Tsé no
Distrito de Luabo, Província da Zambézia. .................................................................................... 40
Figura 12: A Prevalência em Percentagem de Hemoparasitas Transmitidos por Carraças e Mosca
Tsé-Tsé em Bovino de Raça Brahman no Povoado de Caoxe, no Distrito de Luabo na Província
de Zambézia Em 2017. ................................................................................................................... 42
Figura 13: A Prevalência em Percentagem de Hemoparasitas Transmitidos por Carraças e Mosca
Tsé-Tsé Em Bovino De Raça Brahman No Povoado Ilha de Sardinha no Distrito de Luabo na
Província de Zambézia em 2017. ................................................................................................... 42
Figura 14: A Prevalência em Percentagem de Hemoparasitas Transmitidos por Carraças e Mosca
Tsé-Tsé em Bovino de Raça Brahman no Povoado de Mbuaia no Distrito de Luabo na Província
de Zambézia Em 2017. ................................................................................................................... 43
Figura 15: A Prevalência em Percentagem de Hemoparasitas Transmitidos por Carraças e Mosca
Tsé-Tsé Em Bovino De Raça Brahman no Povoado de Moma no Distrito de Luabo na Província
de Zambézia em 2017. .................................................................................................................... 43
ÍNDICE DE TABELA
tabela 1: Classificação Científica da Espécie Rhipicephalus Boophilus Microplus (Carraças), que
Transmitem Babésia ou Anaplasma aos Bovinos............................................................................. 8
Tabela 2: A Tabela Ilustra os Locais, Número de Armadilhas e Moscas Capturadas ................... 34
Tabela 3: Comparação Da Susceptibilidade A Infecções com Hemoparasitas entre Vacas do
Povoado de Ilha Sardinha com Novilhos de Caoxe no Distrito de Luabo. .................................... 44
Tabela 4: Comparação da Susceptibilidade a Infecções com Hemoparasitas entre Vacas do
Povoado de Mbuaia com Novilhos de Caoxe no Distrito de Luabo. ............................................. 45
Tabela 5: Comparação da Susceptibilidade a Infecções com Hemoparasitas entre Bovinos do
Povoado de Ilha Sardinha com Novilhos de Caoxe no Distrito de Luabo. .................................... 56
Tabela 6: Comparação da Susceptibilidade a Infecções com Hemoparasitas entre Vacas do
Povoado de Mbuaia com Novilhos de Caoxe no Distrito de Luabo. ............................................. 56
EPÍGRAFE
Amina Sande
RESUMO
ABSTRACT
Parasitic diseases are a constant concern in veterinary practice in production animals, and
Hemoparasites in cattle cause large losses in the livestock sector on a national scale. The present
study aimed to diagnose diseases transmitted by ticks and tsetse fly in beef cattle from the district
of Luabo in Zambézia province, between October and December 2017, made at the Regional
Veterinary Laboratory in Chimoio . In the diagnosis of hemoparasites the trypanosomes sp,
Theileira Sp, Anaplasma sp, Babésias sp, stand out due to their high morbidity and mortality
rates. These diseases are characterized by the character of their agents as they are transmitted by a
vector agent (usually tsetse fly and ticks). The clinical signs are varied but, generally, the animals
present anemia, dehydration, fever, anorexia, and prostration. Currently the therapeutic
alternatives of diseases caused by the tsetse fly and ticks, it is recommended the prophylactic
treatment with Berenil, Oxitetracicline at 20% LA and after the first treatment, that is after 14
days to administer Trypamidium. Blood samples collected in the Luabo District of Zambezia
province, fixed with methanol, stained with 10% of the Giemsa solution and observed under
optical microscopy with a 100X objective, showed high percentages of 77.2% of Trypanosomes,
74.24 % of Theileiria, 57.14% Anaplasma and 48.33% Babesias in the villages of Sardinha,
Caoxe and Mbuaia Island; while in the village of Moma; 16.12% Trypanosomes, 45.16%
Babesias, 32.25% Theileira Sp, 35, 48% Anaplasma. In the district of Luabo in the province of
Zambézia, 252 blood smears were collected.
1. INTRODUÇÃO
A bovinocultura revela-se como uma actividade pecuária em expansão, sendo praticada em todo o
país, com ênfase maior nas zonas rurais, onde se concentram sistemas de produção extensivo,
onde os produtores não reúnem conhecimentos técnicos, baixos investimentos, exploram raças
dos animais não produtivas embora que são resistentes ao parasitismo e outros factores ambientais
(Ferrão, 2011).
De acordo com Urquhart et al., (1996), o parasitismo por Hemoparasitas é um dos principal
problema na produção de bovinos em todo o mundo, tendo em vista que as perdas económicas
estão relacionadas à baixa produtividade, baixa conversão alimentar, perda de peso, custos com
tratamento e profilaxia, além de ser letal em alguns casos, sendo extremamente necessário um
controlo efectivo dos vectores.
O controlo dos vectores de Hemoparasitas pode ser por pesticidas e tripanocidas para o controlo
de carraças e Tripanossomas respectivamente. Mas a falta das informações sobre as espécies de
hemoparasitas que infectam os animais de uma determinada região, os tratamentos feitos nem
sempre podem dar efeitos significativos (Alves et al., 2011).
Para o combate aos hemoparasitas e diminuição do impacto económico negativo nas explorações
pecuárias, é urgente a implantação de novas de formas de controlo. Monitorar o aparecimento de
carraças e moscas Tsé-tsé é de grande importância para determinar a ocorrência de agentes
patogénicos e as potenciais espécies de vectores, o que confere uma visão sobre o risco de
transmissão de doenças em determinadas áreas (Antunes et al 2016).
Com isso, o trabalho tinha como objectivo de analisar a prospecção de doenças transmitidas por
carracas e mosca Tsé-tsé no gado bovino de corte do sector privado no distrito de Luabo na
Província de Zambézia por análises laboratoriais, como forma de conhecer as doenças que
infectam aqueles animais permitindo fazer tratamento usando as drogas recomendadas e fortificar
os banhos e análises periódicos.
1.1.PROBLEMA DO ESTUDO
Por outro lado, a falta de cumprimentos dos calendários de banhos carracicidas, diluição
inadequado de drogas carracicidas podem contribuir para a prevalência das hemoparasitas e
introdução de animais vindos de outras zonas sem o conhecimento da sua situação sanitária
contribuem para a constância prevalência (Alves et al., 2011).
Segundo Tembue et al., (2011), diz que os animais infectados pelo hemoparasitas transmitidos
por carraças e mosca tsé-tsé causam perda de peso, emagrecimento, altos custos na aquisição de
drogas para o combate, tratamento e em situações severos nota se mortalidade dos animais. E a
insuficiência das informações sobre as ocorrências desses hemoparasitas em uma região, pode
afectar as actividades planificadas para o controlo das doenças que afectam os animais, e em
outras situações o uso inadequado de drogas.
Sendo assim torna se imprescindível interpretar os potenciais impactos que advém destes
problemas, danos directos aos animais. Isto deixa aos técnicos veterinários e criadores de gado
bovino do Distrito de Luabo preocupados com este problema. Desta maneira, o objectivo geral
deste estudo foi fazer a prospecção de doenças provocadas por carraças e mosca Tsé-tsé em
bovinos de corte criados em sistema extensivos no Distrito de Luabo.
Quais são os hemoparasitas provocados por carraças e mosca Tsé-tsé que afectam o gado
de corte criado no Distrito de Luabo?
1.2. JUSTIFICATIVA
O conhecimento da epidemiologia dos agentes etiológicos transmitidos por carraças e mosca Tsé-
tsé em uma determinada região geográfica é para o desenvolvimento e planeamento de programas
que possam interromper a cadeia epidemiológica e reduzir os prejuízos causados a pecuária
nacional pela redução de produtividade, morbilidade ou mortalidade de animais através da
aplicação de medidas de controlo ou profilaxia destas enfermidades (Tembue et al., 2011).
1.3. OBJECTIVOS
1.3.1. Geral
Diagnosticar as doenças transmitidas por carraças e mosca Tsé-Tsé no Distrito de Luabo na
província de Zambézia.
1.3.2. Específicos
Identificar os agentes etiológicos transmitidos por carraças e mosca Tsé-tsé;
Comparar a prevalência das doenças de acordo com as categorias dos animais;
Comparar as prevalências das doenças de acordo com o local de criação.
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1.Produção de bovinos em Moçambique
A produção animal nacional está muito longe de atender à demanda doméstica, além de que
os produtos disponíveis têm um elevado custo de aquisição e não atendem aos padrões
sanitários regional e mundial (Tembue et al., 2012).
A produção pecuária tem sido afectada por uma série de doenças que restringe a locação de
animais em determinadas áreas do país e que afectam a produtividade de diferentes espécies.
Porém, a informação confiável sobre a ocorrência espacial e temporal das doenças
específicas, bem como do seu impacto económico é escassa (Morris, 1999).
De acordo com o mesmo autor o impacto negativo das doenças na produção pecuária se
manifesta de várias maneiras, desde a mortalidade precoce, redução do peso corporal e
infertilidade temporária ou crónica, redução dos rendimentos na produção de carne, bem
como a redução da capacidade de trabalho (tracção animal). Cada uma das doenças que
afectam as manadas faz com que os seus efeitos tenham graves reflexos sobre a eficiência na
produção pecuária e no seu conjunto global.
tecnologias no processo da produção, que faz desenvolver a cadeia de produção de gado de corte,
desde o controlo de doenças, controlo nutricional, reprodutivo como também deve haver
conhecimentos técnicos dos produtores.
Com as importações das espécies pecuárias realizadas a partir dos meados da década 90 e
princípios do ano 2000, o país recebeu animais de diversas raҫas, sendo, a maioria
proveniente da África do sul e do Zimbabwe. No entanto, não houve registos das raças que
entraram no país durante a implementação não-governamentais pecuário nacional, conduzido
pelo governo, organizações não-governamentais e iniciativas privadas (DINAP, 2004)
2.2.Vector de Hemoparasitas
2.2.1. Espécies de Ixodideos que parasitam os bovinos
As carraças são vectores notáveis de inúmeros agentes patogénicos, algum dos quais podem
causar doenças graves em diversos hospedeiros, incluindo o homem, (De la Frente et al 2008;
Domingos et al 2013).Taxonomicamente, as carraças estão incluídas na classe arachida, Ordem
acari, Sub-ordem Ixodida, (Estrada-pena et al 2004a).
As carraças são da família Ixodidae, são denominadas de " carraças duras", são relativamente
grandes entre (2 e 20mm), achatadas, dorso-ventralmente, com um escudo dorsal, que no caso dos
machos cobre o corpo todo e as fêmeas só parcialmente, (Taylor et al 2007).
Os Ixodideos reinem uma série de características que lhes conferem um potencial como vectores
de agentes patogénicos, alimenta se durante largos períodos (vários dias), a sua picada é
geralmente indolor e permanecem firmemente fixados sobre o hospedeiro. Cada estádio se
alimenta uma única vez, podendo parasitar a uma grande variedade de espécie de animais em
diferentes tipos de habitas, (Magnarelli 2008).
As carraças são aracnídeos, ectoparasitas hematófagos obrigatórios. Existe duas famílias mais
importante na produção pecuária que são Argasidae e Ixodidae. A família Argasidae apresenta na
actualidade 183 espécies descritas e inclui carraças moles, assim denominados devido à ausência
de escudo quitinoso e são representados pelas carraças que parasitam aves e outros animais
(Barros-Battesti et al., 2006).
Figura 1: Características morfológicas de carraça da família Ixodidae (Fonte: Barros-Battesti et al., 2006).
Tabela 1: Classificação científica da espécie Rhipicephalus Boophilus microplus (carraças), que transmitem Babésia
ou anaplasma aos bovinos.
Reino Animália
Filo Arthropoda
Subfilo Chelicerata
Classe Arachnida
Ordem Acaridia
Família Ixodidae
Género Boophilus
Na região da África Austral, os estacões do ano estão bem definidas compreendendo verão e
inverno e um período curto de chuvas, havendo deste modo um padrão de ocorrência sazonal
das doenças transmitidas por carraças que é regulado por carraças adultos por meio da diapausa
(Pegram e Banda, 1995; Mattili et al., 1997).
A diapausa é um estado caracterizado por baixa actividade metabólica das carraças que está
associado a morfogénese reduzida, para permitir maior resistência a condições ambientais
adversas. A diapausa não afecta só o ciclo de vida e a sobrevivência das carraças mas também
influencia na epidemiologia das doenças por eles transmitidas (Pegram e Banda, 1995;
Mattili et al., 1997).
Estudos realizados mostram que o padrão sazonal de algumas espécies de carraças, seja definido
pelas carraças adultos, que só são activos sob condições climáticas específicas relativas à
Existo Trabuco Página 8
[Prospecção de doenças provocadas por carraças e mosca tsé-tsé no gado de corte no distrito de Luabo-Zambézia 2019
temperatura, precipitação e humidade do ar, enquanto as larvas são mais sensíveis a factores
adversa (Randolph, 1997)
As carraças apresentam três estádios: Larva, Ninfa e Adulto (Macho ou fêmea), e pode ter um,
dois ou três hospedeiros. Durante as fases activas as carraças alternam entre períodos de intensa
actividade (procura de hospedeiro e alimentação) e períodos não activos (metamorfose e
diapausa), necessitando sempre de uma refeição de sangue do hospedeiro para passarem ao
estádio evolutivo seguinte, (Silva et al 2006).
Ninfa
Larva
Fêmea Macho
Ingurgitada Fêmea
Ovos
Nas carraças de um hospedeiro todo desenvolvimento de larva para adulto ocorre num único
hospedeiro, na carraça de dois hospedeiros, as larvas e ninfas desenvolvem se num hospedeiro e
os adultos em outro, por fim nas carraças de três hospedeiros cada estágio de desenvolvimento
(larva, ninfa e adulto), ocorre em diferentes hospedeiros, segundo (Taylor et al 2007)
Os estudos feitos pela EMBRAPA (2005), indicam que as carraças são ectoparasitas obrigatórios
de vertebrados e necessitam de alimentação sanguínea para completar seu desenvolvimento e
possuem um ciclo de vida complexo, apresentando uma fase parasitária de alimentação sanguínea
e outra de vida livre (período de oviposição e entre mudas), podendo haver ou não mudança de
hospedeiro.
O ciclo biológico dos ixodídeos consiste de um estágio inactivo (ovos) e três estágios móveis e
hematófagos (larva, ninfa e adulto). As larvas não apresentam estigmas respiratórios, são imaturas
sexualmente e possuem três pares de pernas. Ao saírem do ovo apresentam aspecto semelhante
aos adultos e após alimentação sofrem ecdise e passam a ninfas, também imaturas sexualmente,
porém com placas espiraculares e quatro pares de pernas, (Gonzalez 2003).
Assim como as larvas, após alimentação também sofrem ecdise, e dão origem aos adultos,
machos e fêmeas. Cada estágio requer vários dias de fixação no hospedeiro e longos repastos
sanguíneos. O ciclo biológico dos carraças duros pode, de acordo com a espécie, envolver um,
dois ou três hospedeiros, dependendo do número de animais que o carraça parasita durante seu
desenvolvimento, (Barros, 2003).
Conforme Dias (1960), nos países onde o clima é tropical húmido o ciclo ocorre durante todo o
ano, sem a interrupção causada pela hipobiose das larvas, determinada pelas baixas temperaturas.
Geralmente o ciclo biológico das carraças de um hospedeiro é curto, e no caso de Rhipicephalus
(Boophilus) microplus, a espécie consegue produzir de cinco a seis gerações anuais sob boas
condições climáticas.
As principais espécies de ocorrência em Moçambique que apresentam este ciclo são Amblyomma,
Haemaphysalis spp. e Rhipicephalus microplus (Tembue et al., 2011). As fêmeas ingurgitadas
caem na vegetação e iniciam a oviposição aproximadamente em dez dias sob condições
favoráveis de temperatura e humidade. A fêmea pode levar várias semanas para iniciar a
oviposição sob condições climáticas desfavoráveis. A massa de ovos é colocada por um período
variável entre 10 a 30 dias, quando a fêmea morre. A eclosão dos ovos se dá após um período de
incubação de aproximadamente 30 dias, sendo que em algumas podem ter um período de
incubação de até dois meses.
O controlo das carraças baseia-se largamente no uso de acaricidas químicos aplicados quer por
imersão total nos tanques carracicidas, quer sub-forma de spray com pulverizador a dorso, e entre
outros métodos. Estão disponíveis no mercado mundial uma grande variedade de formulações de
organofosfatos e insecticidas peretroides. Quando os animais se encontram severamente
parasitados de carraças necessitam de um tratamento individual, formulações especiais de
acaricidas suspensas em uma base gordurosa podem ser aplicadas nas áreas afectadas, Taylor et
al 2007).
O numero de banhos carracicidas dependem de inúmeros factores e muitas vezes significa que o
intervalo entre cada tratamento varia de acordo com a estação do ano, depende da duração, da
toxidade do produto da actividade sazonal do Ixodideos e de tempos que as carraças passam no
hospedeiro, (Andrews et al 2004).
A queima fria das pastagens no final da estação seca que coincide com a abundancia de estádios
evolutivos das carraças nas pastagens, ajuda a reduzir a população de carraças, no entanto, se for a
única forma esta de controlo utilizada, após a queima a população de carraças volta a aumentar
devido à carraças que permanecem nos seus hospedeiros e que voltam para as pastagens, (Queirós
2000).
2.9.Etiologia
Conhecidas por nomes como, Babesiose bovina, Piroplasmose, Febre do Texas, "Redweatr" nos
estados unidos da América, febre de carraças, tristeza bovina e tristeza parasitaria, esta doença
pode ser causada por pelo menos seis espécies de Babesias, (Smith 2009).
As espécies mais importantes de Babesia que afectam bovinos são as consideradas grandes
(Babesia major e Babesia begemina) e as Babesias pequenas (Babesias divergens e Babesia
bovis), (Andrews et al 2004).
Entre as espécies de Babésia associada à Babesiose bovina, a Babésia bovis e a Babésia begemina
e a Babésia divergens são consideradas as mais virulentas, (Elsify et al 2014). Conforme Smith
2009, a espécie Babésia bovis é mais virulenta comparada com a espécie Babésia bigemina.
A transmissão natural das espécies da Babésia ocorre principalmente através da alimentação dos
vários estágios das carraças. As carraças mais frequentemente infestadas pela via transovarica-
verticalmente, (Smith 2009).
A Babesiose é uma doença parasitária provocada por protozoários do género Babésia, que
invadem e se multiplicam dentro dos eritrócitos maduros. Estes parasitas em multiplicação levam
à destruição dos eritrócitos, resultando em anemia seguida de perda de peso severa e, por vezes,
morte (Fighera, 2001). O ciclo de vida da Babésia envolve dois estágios, sendo no hospedeiro
vertebrado (mamíferos) e no vector intermediário (carraça), após a inoculação pela carraça, entra
na corrente sanguínea do hospedeiro definitivo sob forma de esporozoíto e invade os glóbulos
vermelhos. O parasita multiplica-se assexuadamente por fissão binária e surgem de seguida as
formas tipicamente piriformes (os merozoítos), como ilustra afigura a seguir.
A Babésia bigemina é uma Babésia grande que aparece nos esfregaços sob a forma de corpos
piriformes (pêra), em pares, unidos pela sua extremidade estreita em ângulo agudo. Os vectores
desta espécie são carraças do género Boophilus (Howard et al., 2001). A Babésia bovis é uma
pequena babésia normalmente encontrada como um corpo único redondo dentro do eritrócito. Por
vezes, podem surgir vários parasitas no mesmo eritrócito. À semelhança de Babésia bigemina, o
vector desta espécie também é a carraça do género Boophilus. Esta Babésia é actualmente
considerada a mais patogénica de todas as espécies conhecidas (Howard et al., 2001).
2.11. Epidemiologia
A Babésia foi relatada pela primeira vez em 1888 por Viktor Babes, na Roménia, que detectou a
presença de corpos redondos e intra-eritrocitarios no sangue de bovinos infestados. Em 1893,
Theobald Smith e Frederick Kilborne, nos estados unidos, publicaram os resultados de uma série
de experimentações que demostraram que o Rhicephalus annulatus foi responsável pela
transmissão de uma doença chamada Febre da carraça para carraças susceptíveis.
Conforme Fighera, (2001), diz que os sinais clínicos de babesiose têm início 2 a 3 semanas após a
inoculação do parasita pela carraça. Muitas vezes o primeiro sinal observável é o isolamento do
animal do seu grupo habitual. O indivíduo afectado mostra sinais de depressão, procura sítios de
sombra e fica prostrado. Em termos clínicos, o sinal inicialmente mais aparente é a febre. De
seguida surgem a anorexia e a atonia ruminal.
Apetite diminuído, com paragens frequentes da ruminação, tornando o animal magro e anémico.
As perturbações digestivas traduzidas por constipação e diarreia, observam-se com frequência,
sendo no primeiro caso as fezes duras e de cor amarelada. A febre não se faz acompanhar de
temperaturas elevadas (Furlong, 1993). Nos casos crónicos, os animais perdem condições, sendo
conduzidos a um estado de miséria orgânica mais ou menos apreciável. Mucosas pálidas e, com o
avanço da doença, podem ficar amareladas e respiração acelerada.
2.13. Diagnóstico
2.13.1. Exame clinico
Os sinais observados em bovinos em áreas exóticas com carraças podem fornecer dados
suficientes para um diagnóstico presuntivo. Os sinais clínicos manifestam se dois a três semanas
após a infestação de carraças, onde o período de incubação deste após a inoculação de sangue
pode ser superior a cinco dias ou mais de cinco semanas, dependendo de volumes de inoculo
(Smith 2009).
Perante os estudos ainda feito por Smith em 2009 diz que são observados sinais clínicos, tais
como febres (40 a 42ºC) depressão, Ictericia, Anorexia, Taccardia, Tacpneia, Anemia,
Hemoglobinemia, Hemoglobumiria, Abortos e mortes, (Smith 2009).
nos casos de hematocritos com valores abaixo de 10%. O sucesso de tratamento depende do
diagnostico precoce e da terapia imediata, de acordo com (Smith 2009).
Muitos medicamentos podem curar a babesiose nos primeiros estágios, como Fenamidina,
Berenil, Inomazene e Imidocarbo. Injectam-se subcutaneamente com facilidade e, administram-se
de acordo com o peso do animal. O controlo baseia-se na eliminação das carraças vectores
mediante banhos de imersão e outras formas de controlo. Os animais que se recuperam da doença,
têm uma forte resistência à ela e A isto se denomina “premunidade” para a doença e, pode durar
até 4 anos (Gonzales, 1995). Os animais convalescentes devem receber alimentação adicional
durante algumas semanas.
O controlo da Babésia bovina pode ser efectuado pelo controlo das carraças, imunização,
Tratamentos com fármacos anti-Babesiano ou por combinação destes, (Suarez e Noh 2011).
Babésia occultans
Vectores de Babésia
Boophilus micropilus
Boophilus decoloratus
Rhipicephalus evertsi
Hyalomma rufipes
3.0. ANAPLASMOSE
O género anaplasma sp, ao contrario do género Theileria sp e Babesia sp, não é um protozoário
mas sim uma riketsia, inserido assim no Reino protista, Filo Protiobacteria, Classe
Alphaprotiobacteria, Ordem Riketsialea, Família anaplasmataceae e Género Anaplasma sp,
(Taylor et al 2007).
Anaplasmose é uma doença que afecta principalmente os bovinos, sendo causada por uma
bactéria gran-negativo intracelular denominada Anaplasma marginale, (Theiler 1910). A
Anaplasma marginale é o agente causador da anaplasmose em bovinos e ruminantes selvagens,
(Razmi et al 2006).
A Anaplasma sp, pode ser transmitido por carraças, e também mecanicamente por moscas
hematofagas ou instrumentos cirúrgicos contaminados, (Taylor et al 2007).
Uma doença não contagiosa do gado bovino, causado por uma rickéttsia (não um protozoário),
um pequeno microorganismo que se aloja nos glóbulos vermelhos, transmitido por carraças. Há
duas formas da doença, uma grave, causada pelo microorganismo Anaplasma marginal e, a outra
menos grave, chamado Anaplasma central. Ambos parasitas são transmitidos principalmente por
espécies de carraças do género Boophilus. Outras espécies de carraças e moscas picadoras podem
difundir a doença (Rocha e Leite, 1996). É provável podem transmitir também os parasitas na
utilização de agulhas ou instrumentos não esterilizados.
Vectores de Anaplasma
Rhipicephalus appendicultus
3.1. Epidemiologia
A Anaplasma sp é a mais prevalente das infecções transmitidas por carraças em todo o mundo e
continua sendo uma série restrição na produção pecuária em regiões tropicais e subtropicais,
conforme (Smith 2009). A Anaplasmose bovina é comum na África, Austrália, Rússia, América
de Sul e Estados Unidos, (Razmi et al 2006).
Estudo realizado por Geale (2011), afirma que a Anaplasmose sp é endémica em área tropicais,
subtropicais em certas áreas temperadas doo mundo, nomeadamente México, América central e
do Sul.
De acordo com Rocha e Leite, (1996), dizem que o período de incubação na infecção natural é
relativamente longo, podendo ir de 50 a 100 dias e mesmo mais, depois de uma carraça infectada
picar o animal. Temperatura corporal aumenta (40ºC). Com invasão parasitária, há destruição dos
glóbulos, resultando numa marcada anemia. A bilirubinemia e bilirubinúria são sempre presentes
e, a icterícia aparece apenas no final da doença.
3.2. Diagnóstico
3.2.1. Exame Clinico
O período de incubação típico de Anaplasma sp é de 15 a 30 dias, concorrendo com a
manifestação de sinais clínicos, de acordo com a taxa de inoculação e sensibilidade do hospedeiro
(Schenk 1998 e Smith 2009).
De acordo com estudos feitos pelos Radostits et al 2007 e Smith 2009, afirmaram que os sinais
clínicos são altamente variáveis, desde da fase aguda da doença a infecção subclínica,
dependendo da estirpe da Anaplasma e da sensibilidade do hospedeiro.
Nos bovinos, Anaplasmose é caracterizada pela Anemia, Hematocrito em queda sendo este um
excelente critério para fins de prognósticos e para determinar a gravidade da infecção, (Smith
2009).
Estudos estabelecidos por Smith 2009 e Jaswal 2013), afirma que o diagnóstico serológico mais
frequentemente utilizado é de ELISA, que proporciona uma alta especifidade.
De acordo com os mesmos autores a detenção de eritrocitos com Anaplasma dentro de capilares
de cortes histológicos corados com solução de Giemsa a 10%, podem ser utilizados para
confirmação de Anaplasma.
Os Tetracilcinas são antibióticos de escolha para o tratamento de doenças e não foi relatada a
resistência. Na Anaplasma aguda a Oxcitetraciclina a 20% LA, por cada 24h é eficaz, (Smith
2009).
Para Karric et al 2009, o tratamento com dipropinato dimidicarbi demostra ser bem-sucedido
contra Anaplasma, necessitando apenas de uma dose para remissão dos sinais clínicos.
O tratamento com as Tetraciclinas dão bons resultados se for no início da doença, a dose total. As
recaídas aos 20-30 dias ou mais tarde não são raras. O controlo pode ser feito com medidas que
limitem as carraças, fazendo controlo dos movimentos animais, evitando contacto com animais do
mato (Furlong, 2005).
Se os vitelos estiverem expostos a doença por picada de carraças infectadas, podem desenvolver
imunidade ou premunidade, que os protegerá na sua vida posterior. Contudo, permanecerão como
portadores do parasita. Animais convalescentes devem ser alimentados. O gado bovino de
qualquer idade, pode ser vacinado, utilizando uma vacina de Anaplasma central, que produz a
forma benigna da doença (Furlong, 2005). Deve-se recordar que, tanto a anaplasmose como a
Babesiose, podem propagar-se aos animais sãos pelo sangue infectado de uma seringa ou agulha
utilizada para colher amostras de sangue ou, quando se aplicam injecções. Por essa razão, usar
uma agulha nova para cada injecção.
Pata Thuuler et al 2007, diz que o uso de acaricidas esta se tornando cada vez mais problemático
devido a selecção de populações resistentes. Além disso a presença de resíduos na carne e no leite
são preocupações de saúde pública e em última instancia, podem interferir na estabilidade exótica,
tornando os animais susceptíveis tanto a Anaplasmose quanto a Babesiose bovina.
4.0. THEILERIA
4.1. Agente etiológico
Theileria sp, insere se no Reino Protista, Filo protozoa, Sub-filo Sporozoa, Classe Esporozoa,
Subclasse Piroplasmida, Ordem Aemosporida, Família Theileridae, Genero Theileria sp, (Levine
et al 1980 e Taylor 2007).
Nos bovinos, Theileria parva e Theileria annulata são os principais agentes etiológicos da
Theileriose clínica severa, Theileria orientales, um parasita benigno do género Theileria, também
Para Smith 2009, a espécie Theileria orientales pode ser definida como complexo sinónimo de
Theileria mutans, Theileria buffeli e Theileria sargenti. Enquanto Taylor 2007, a Theileriose é
uma doença encefálica dos bovinos que é causada pelos parasitas de espécie Theileria annulata e
Theileria parva.
Uma doença de gado bovino, não contagiosa, provocada por um protozoário parasita, Theileria,
transmitida pela carraça Rhipicephalus appendiculatus, uma carraça de 3 hospedeiros, que se
encontra nas regiões de África, onde as precipitações e a temperatura são adequadas para a sua
sobrevivência (Gonzales, 1995). O parasita é uma das espécies que se incluem no género
Theileria, por isso é que, as diferentes doenças que causam, recebem o nome de Theileriose.
Os bovinos são infectados quando as carraças sugam o sangue e os esporozoitos são inoculados,
estes rapidamente entram nos linfocitos associados a uma glândula linfática, geralmente a
parótida onde sofrem esquisogomia e misogomia, (Taylor et al 2007 e Elcife et al 2014).
Os eritrocitos infectados com Theileria são ingeridos com carraças onde ocorrem a fase sexual
seguida pela produção de milhares de esporozoitos haploide infecciosos nas glândulas salivares.
O parasita tem um ciclo de vida principalmente haplóide com breve fase diplóide na carraça
correspondente a estagio de zigoto, (Mehlhornceshis 1984).
Para completar o ciclo de vida, os piroplasmas necessitam de ser ingeridos pelos estágios de larva
ou ninfa de três hospedeiros. Esta fase ocorre no intestino da carraça seguido pela formação de
esporoblastos nas glândulas salivares. As carraças fêmeas alimentam se continuamente por cerca
de 1º dia e os machos intermitente durante um período mais longo, isso permite um tempo mais
Tipos de Theileria
Theileira parva
Theileira lawrenci
Theileria bovis
Vectores de Theileria
Rhipicephalus appendicultus
4.1. Epidemiologia
O complexo Theileria orientales (Theileria sergente, Theileria bulferi e Theileria mutans), tem
sidos relatados em todo o mundo, (Uilenberg 1981).
Quando uma ninfa ou uma carraça adulta infectada pica o animal, os sintomas da doença
manifestam-se 10-25 dias mais tarde. O animal apresenta os seguintes sinais: Hipertermia
traduzida por elevação súbita de temperatura, que atinge 40-41-42,5ºC. Apesar dessa temperatura,
mostram-se aparentemente em bom estado, apenas ligeiras perturbações da marcha. Continua a
revelar apetite, tendo as dejecções aspecto normal (Pereira et al., 2002).
Para Vignau et al (2005), pouco tempo depois, a inapetência revela-se. Ruminação diminui,
acabando mesmo por cessar, bem como a produção de leite. Observa-se corrimento nasal mucoso,
lacrimejamento acentuado. Algumas vezes observa-se constipação, porém a diarreia constitui o
sintoma mais comum, sendo as fezes por vezes hemorrágicas, observado por volta do 8º ou 10º
dias da doença. Um sintoma característico é a poliadenite linfática, a qual afecta a maior parte dos
gânglios superficiais como os pré-escapulares, supraparotidianos, submaxilares, faríngicos, pré-
crurais (Vignao et al, 2005).
A lesão pós-morte mais característica é a acumulação de líquido nos pulmões (edema). Outras
lesões incluem normalmente gânglios linfáticos agranados e hemorrágicos, úlceras e hemorragias
no abomaso e, hemorragias no intestino e recto. Os rins apresentam manchas brancas e outros
órgãos estão aumentados de tamanho, (Ferrolho et al 2016).
4.2. Diagnóstico
O critério de incubação desta doença dura cerca de uma semana quando nem os parasitas, nem as
lesões podem ser detectadas, (Taylor et al 2007).
De acordo com as ideias do mesmo autor, aproximadamente a uma semana após a infecção, em
um animal totalmente susceptível, o músculo linfático que drena área picada da carraça,
geralmente a parótida, aumenta de tamanho e o animal torna se febril (40 a 41ºC). Dentro de
alguns dias há o aumento generalizado dos nódulos linfáticos superficiais, orelhas, olhos e regiões
sub mandibulares, o animal torna-se anoréctico, apresenta diminuição de produção de leite e
perde rapidamente a condição corporal, secção a ruminação, torna se fraco, aumenta a frequência
cardíaca e hemorragias petequeais podem ocorrer na língua.
O diagnostico das infestações causadas por Theileria sp, é realizada através da microscopia e
métodos serológicos, (Brigido et al 2004).
Na infecção por Theileria parva, os macros esquisontes são facilmente detectados em esfregaços
a partir de biopsia de nódulo linfáticos e baço. Em casos avançados, os esfregaços de sangue
corados a solução de Giemsa a 10% mostram piroplasma nos erotrocitos podendo até 80%
estarem parasitados.
O Smith 2009, diz ocasionalmente os sinais nervosos são relatados e atributos a presença de
merosoitos nos capilares celebrais.
Adiminazeno (berenil), também actua contra os primeiros estágios de parasitas e continuam a ser
indicada devido a sua eficácia em co-infecções com hemoparasitas Anaplasma e Babésia ou
quando ocorrem infecções bacterianas.
Nos primeiros momentos da doença, é eficaz tratar com antibióticos (Oxitetracicline). O controlo
da doença é o banho, podendo ser de imersão, chuveiro, pulverização ou outras formas
conhecidas, em cada 5-7 dias. Na África do Sul e Suazilândia, o controle intenso das carraças é o
reforço das disposições legais da erradicação da doença. O gado que se introduz nas zonas onde
havia a Febre da Costa Oriental, deve ser submetido a um programa intenso de controlo de
carraças (Foreyt, 2005). O gado procedente de áreas infectadas e, se leva para zonas livres da
doença, deve submeter a uma quarentena durante pelo menos 25 dias sob controlo das carraças,
devendo tornar-se frequente fazer esfregaços de sangue para exames. Se produzir infecção, a zona
de quarentena não deve ser utilizada durante mais de 15 dias e, não permitir que o gado entra em
zonas isentas da doença.
No controlo desta parasitose, o movimento dos animais torna se mais importantes, devendo ser
realizados por meio de vedação que impeça o acesso de animais a áreas infestadas por vectores e
tratamentos repetidos com acaricidas. Em áreas de alto risco, tais tratamentos podem requer a
frequência de aplicação de fármacos duas vezes por semana para matar as carraças.
Esta profilaxia não é só cara, como cria uma população de bovinos susceptíveis, pois acaricida
falhar no erro humano na aplicação ou na dosagem, as carraças ganham resistências aos
acarracicidas, as consequências podem ser desastrosas, (Taylor et al 2007).
Enquanto o Smith 2009, afirma que a pulverização semanal e aplicação de brincos auriculares
impregnados com cipermetrina são apontadas como eficazes numa prevenção de Theileria em
bovinos na República Unida da Tanzânia. Ainda o mesmo autor diz que a prevenção de Theileria
devia ser baseada na utilização de vacinas vivas atenuadas, que produziriam uma imunidade
sólida mediadas por células dos animais.
A vacinação com uma vacina viva atenuada e quimioprofilaxia esta disponível em certos países
do mundo, sendo que a sua aquisição é cara. No entanto a única intervenção disponível é a
utilização de acaricidas para o controlo de carraças, (Gomes et al 2016).
A Anaplasmose bovina, sendo também uma doença provocada por carraças, é muitas vezes
confundida com a Babesiose. Os organismos de Anaplasma invadem os eritrónios e podem ser
identificados como corpos de Babésia, sendo no entanto mais pequenos e localizados mais
perifericamente.
Os eritrónios infectados são removidos na circulação pelo baço, pelo que os animais não
apresentam Hemoglobinuria, aspecto importante que pode ser a base no diagnostico diferencia
entre a Anaplasmose e Babesiose.
Theileriose
A Theileriose é uma doença muito idêntica a Babesiose e cuja sintomatologia pode induzir o
clinico em erros de notar que as infecções mistas são bastantes comuns em determinadas zonas
endémicas.
5.0. TRIPANOSSOMOSE
As tripanossomoses são parasitoses que podem afectar tanto o Homem como outros animais e
cujos agentes etiológicos são protozoários do Género Trypanosoma. Estes parasitas desenvolvem-
se e multiplicam-se, extracelularmente, no sangue dos hospedeiros vertebrados (reservatórios ou
acidentais), sendo transmitidos pela picada dos vectores, insectos do Género Glossina, mais
comummente conhecidos por moscas tsé-tsé ou moscas do sono. A distribuição das
tripanossomoses em África verifica-se nas regiões onde existe o insecto vector e compreende uma
área de cerca de 8 milhões de entre 14º de latitude Norte e 20º de latitude Sul (Steverding,
2008).
A Tripanossomose Animal afecta animais selvagens e domésticos e é causada por várias espécies
de Trypanosoma, das quais se destacam Trypanosoma congolense, Trypanosoma vivax e
Trypanosoma brucei. Enquanto nos animais selvagens a infecção é geralmente assintomática, nos
animais domésticos a infecção é grave e frequentemente fatal (Steverding, 2008).
A doença pode manifestar-se por febre, emagrecimento acentuado (Fig.), secreção ocular, edema,
anemia, aborto e paralisia. Com a progressão da parasitose, o animal fica cada vez mais fraco
tornando-se inapto para o trabalho, daí a origem do nome nagana (N’gana – palavra de origem
Zulu que significa incapaz/inútil), designação dada vulgarmente a esta doença (Steverding, 2008).
Em alguns países da África Ocidental, como Burkina Faso, a Tripanossoma Animal é o maior
obstáculo ao desenvolvimento eficiente e sustentável dos sistemas de produção de gado de corte,
sendo também considerada uma das causas de fome e pobreza na maioria dos países subsarianos
(Bouyer et al., 2010).
Os tripanossomas Animal têm como vectores as glossinas de ambos os sexos (Fig). Além das
glossinas serem vectores de diferentes espécies de tripanossomas, a importância destes dípteros
deve-se também ao facto de serem agentes de incomodidade, uma vez que a picada é dolorosa e
pode ser responsável por reacções alérgicas cutâneas de maior ou menor gravidade (Gooding &
Krafsur, 2005).
A posição sistemática do Género Glossina Wiedeman, 1830 é a seguinte: Filo Arthropoda, Classe
Insecto, Subclasse Pterygota, Super ordem Endopterygota, Ordem Diptera, Subordem
Brachycera, Infraordem Muscomorpha, Superfamília Hippoboscoidea e Família Glossinidae,
(Bauyer et al 2005).
A Família Glossinidae apresenta apenas um único Género, Glossina. Dentro deste Género
conhecem-se 31 espécies e subespécies divididas em três Grupos ou Subgéneros, de acordo com
as suas características ecológicas e morfológicas, (Afonso, 2000).
Morfologicamente, as glossinas adultas são moscas alongadas (em repouso, as asas cruzam uma
sobre a outra e sobre o abdómen), de aspecto robusto, de cor acastanhada (escura ou clara) e de
comprimento entre 6 a 16 mm. As antenas apresentam o 3º segmento alongado e uma arista cuja
fase dorsal apresenta sedas secundariamente ramificadas. Nas asas, a 4ª e 5ª nervura delimitam
uma célula, ou malha, em forma de machado característica deste Género. Os machos e as fêmeas
distinguem-se através das genitálias ou terminálias (Afonso, 2000).
Ao contrário da maioria das espécies de insectos que produzem uma elevada quantidade de ovos
por cada ciclo reprodutivo, as glossinas produzem apenas um ovo que embriona e eclode no
aparelho reprodutor da fêmea, onde se desenvolve até ao 3º estádio larvar (Gooding & Krafsur,
2005). O mecanismo de viviparidade adenotrófica, existente nas glossinas, deve-se ao facto da
Fonte:http://www.raywilsonbirdphotography.co.uk/Galleries/Invertebrates/vectors/Tsetse_Fly.ht
ml e http://www.warrenphotographic.co.uk/sets.php?page=3&q=&w=0406, 4 de Abril de 2011).
Consequentemente, as moscas tsé-tsé possuem uma taxa de reprodução muito baixa, mais
próxima da taxa reprodutiva dos mamíferos do que da taxa reprodutiva de outros insectos. A
estratégia de reprodução levada a cabo por estes dípteros aposta na longevidade da descendência
contrariamente a outros insectos que apostam em posturas (ovos) em grande número, de uma só
vez, e várias vezes durante a sua “curta” existência. Assim, as glossinas são designadas por
estrategistas k enquanto a maioria dos insectos são designados por estrategistas r (Leak, 1999).
As glossinas adultas, tanto machos como fêmeas, são estritamente hematófagos e podem
alimentar-se provavelmente todos os dias se existirem hospedeiros disponíveis, possuindo uma
esperança média de vida que pode ir de dois a três meses e, em condições óptimas de clima e
disponibilidade de alimento, até quase um ano (Gooding & Krafsur, 2005; Gooding et al., 2005).
A procura do hospedeiro para a realização de uma refeição sanguínea é determinada tanto por
factores endógenos como exógenos. Os primeiros incluem a idade, o sexo e as exigências
metabólicas como a fase do ciclo reprodutivo (Gooding et al., 2005), enquanto os factores
exógenos compreendem a temperatura, a humidade relativa, os estímulos visuais, olfactivos e
mecânicos (Despommier et al., 2005).
5.1. Patologia
Para DNSV (2010), em particular criadores de sector familiar e privado usando sistema de
criação extensivo, com insuficiência sobre o maneio sanitário e/ou insuficiência financeiras para
fazer os tratamentos necessários, são gravemente afectados pela perda dos animais que possuem.
5.2. Sintomas
No gado bovino, geralmente a doença adopta uma forma crónica. A primeira evidência da
primeira infecção é uma elevação da temperatura, 5-7 dias depois de ter sido infectado por uma
mosca (Spech, 2011). Os sintomas podem desenvolver-se ao longo de semanas, mas nas vacas em
lactação, os sinais se manifestam mais rapidamente, deixam de comer, ficam tristes e perdem
energia, pelo eriçado, emagrecimento, Anemia (PCV baixo), diminuição da produção de leite, não
podendo criar seus vitelos, demonstram mal-estar à luz forte, os olhos parecem fundidos, pode
haver uma ligeira secreção e abortos. Na fase final, os animais apresentam-se debilitados, fracos
e, inchaços ao longo do ventre, morrendo o animal, (LRV, 2011).
Nesta fase, os animais apresentam Anemia progressiva, atraso no crescimento em animais jovens,
emagrecimento progressivo em animais adultos, aumento de volume de gânglios linfáticos e
redução da força de trabalho, (Specht, 2009).
5.3. Diagnóstico
Há medicamentos eficazes para o tratamento das infecções de tripanossomas, tais como Berenil,
Antrycide, Ethidim, Novidium e Samorin. O controlo e prevenção das tripanossomoses dependem
da possibilidade de diminuir ao mínimo, o contacto entre o gado, a fauna bravia e as moscas tsé-
tsé. São importantes a erradicação da tsé-tsé, o controlo dos deslocamentos de animais, um bom
diagnóstico e, emprego correcto de medicamentos (Foreyt, 2005).
O controlo vectorial foi introduzido, em África, no início do século XX e incluiu o uso do método de
Maldonado, ou processo do visco, de rondas de captura, de alguns tipos de armadilhas, a eliminação
de animais selvagens que pudessem ser reservatório e a eliminação da vegetação favorável aos locais
de repouso e larviposição das glossinas (Steverding, 2008). Apesar dos dois últimos métodos estarem
associados ao desaparecimento ou redução das moscas tsé-tsé, presentemente, não são aceites do
ponto de vista ecológico (Hargrove, 2003), tendo deixado de ser praticados.
As telas impregnadas com insecticidas e as armadilhas têm sido utilizadas em muitos países
endémicos para a supressão efectiva de populações glossínicas, sendo estes os métodos mais
recomendados pelo baixo custo e simplicidade inerentes à sua utilização. Embora não evitem a
reintrodução das glossinas se não forem mantidos, estes métodos demonstraram ser eficazes no
controlo das moscas tsé-tsé em Moçambique, Zimbabwe e Zâmbia, bem como, na construção de
barreiras contra a invasão de glossinas na fronteira entre Moçambique e Norte do Zimbabwe
(Hargrove, 2003; Simarro et al., 2008).
Este método foi aplicado com sucesso na erradicação de Glossina austeni, vector de T. vivax, da
ilha de Unguja em Zanzibar (Fèvre et al., 2006). No entanto, os seus custos económicos são
elevados sendo necessária a libertação de cerca de 50 machos estéreis por cada macho selvagem e
a sua aplicação parece não ser viável em áreas onde coexistam diferentes espécies (Despommier
et al., 2005; Simarro et al., 2008).
Durante o período de pesquisa das doenças provocadas por carraças e mosca Tsé-tsé, foram
montadas seis (06) armadilhas para a captura de mosca Tsé-tsé para certificar se á área estava
infectada pela mosca Tsé-tsé causadora de tripanossoma em Bovinos. As armadilhas foram
montadas nos povoados de Caoche e Ilha Sardinha
Savana
Caoche 03 146 126 12
Luabo arbustiva
Ilha de Savana
03 162 209 6
Sardinha Arbustiva
O presente estudo foi realizado no Distrito de Luabo na Província de Zambézia com animais do
sector privado (Sena Sugar Marromeu), actualmente designada por Companhia de Sena,
produzido no sistema extensivo.
Luabo é um Distrito da Província de Zambézia, com sede na povoação de Luabo que foi criado
em 2013, com a elevação a Distrito do posto administrativo de Luabo que pertencia o distrito de
Chinde (Ministério de Administração Estatal 2013).
O Distrito de Luabo tem como limites a norte com os Distritos de Mopeia e Inhassunge, a este e
sul com Distrito de Chinde e a Oeste com Distrito de Marromeu da província de Sofala, do qual
esta separado pelo rio Zambeze, (Ministério de Administração Estatal 2013). O Distrito de Luabo
é coberto pelo clima tropical húmido influenciado fortemente pela Altitude, segundo a
classificação climática de Koppen (Ferro e Bouman, 1987). A precipitação média anual é de
1.044 mm na sua maioria concentrada na época chuvosa compreendida entre o mês de Outubro e
o mês de Março. A temperatura é condicionada pela altitude a qual varia de 500 m até 1000 m,
com a temperatura média cerca de 22 °C com uma época quente de Outubro a Abril e uma época
fresca de Maio a Setembro (MAE, 2005).
A província de Zambézia é uma das produtoras de gado bovino de corte, usando sistema
extensivo na sua maioria com um efectivo total de 47.153 cabeças bovinas. Deste efectivo 2.789
pertencem ao Distrito de Luabo e 775 cabeças bovinas são da Sena Sugar (Companhia de Sena),
segundo o arrolamento de efectivo pecuário dos Serviços Provinciais de Pecuária da Zambézia
(2017).
A amostragem foi aleatória simples estratificada, a empresa naquele Distrito possui 775 bovinos
distribuídos em diferentes Povoados (Caoxe, Ilha de Sardinha, Mbuaia e Moma). O número de
amostra a colher foi de 253 amostras de sangue colhidas em diferentes categorias e de ambos sexo
de bovinos de raça Brahman do sector privado na empresa Sena Sugar Marromeu (Companhia de
Sena).
Os animais que foram colhidos as amostras para o diagnóstico de hemoparasitas transmitidas por
carraças e mosca tsé-tsé são da empresa Sena Sugar Marromeu (Companhia de Sena), bovinos de
raça Brahman criados em sistema extensivo no Distrito de Luabo na Província de Zambézia.
Para cada animal foi colhido assepticamente um esfregaço de sangue, através da punção na veia
auricular (veia marginal), no período de manhã, com o auxílio de lanceta, lâminas e as lancetas
usadas eram imediatamente desinfectadas numa solução de vircon e conservado nas condições do
campo, eram identificadas as lâminas com lápis carvão na parte oposta a que foi feito o esfregaço,
Colhida gota de sangue de canto de extremidade da lâmina e, apoiava se com a outra que contêm
gota de sangue no primeiro com uma inclinação aproximadamente de 45 graus, aguardando que o
sangue por capilaridade espalhe-se por segunda lâmina empurrado com movimento uniforme de
modo a que forme uma área franjada na parte final do esfregaço e secava imediatamente agitando
a lâmina ao ar livre, eram usados também para a colheita de sangue os tubos hematócritos o que
permitia na centrifugação e a leitura de PCV de cada animal. Após a colheita das amostras eram
identificadas, conservadas e levadas ao Laboratório Regional de Veterinária de Chimoio- C.Z.C-
IIAM (LRV).
A Giemsa é um exame eficiente, porque consiste no método mais simples e rápido de diagnóstico
laboratorial para identificação da etiologia de casos clínicos (BARROS, 2003). Procedimento
técnico para a preparação da solução de corante Giemsa:
Em tubo de ensaio foi misturar 10% do recipiente com corante Giemsa e água corrente;
Fixar o esfregaço, cobrindo-o com 1 a 5 gotas de metanol e esperar por uns minutos para
secar;
Cobrir a lâmina com a solução comercial de Giemsa diluído (por aproximadamente
5ml) e esperar á coloração por 30 a 45 minutos;
Lavar a lâmina em água corrente para tirar o excesso de corante e deixa-la secar em
posição vertical;
Cobrir a lâmina com óleo de imersão e;
Observação ao microscópico óptico a objectiva de 100 vezes (LIMA, 1992).
Depois de se ter feito os esfregaços de sangue fixava-se com metanol durante cinco minutos no
mínimo e deixando secar a lâmina ao meio ambiente. Em seguida preparava se a solução de
Giemsa, secada a lâmina, colava-se a mesma e deixada 30 minutos. Passado esse tempo, lavava-
se os esfregaços com água corrente e deixando secar ao meio ambiente, posteriormente era levada
e observada no microscópio óptico com objectiva de 100X.
Para Júnior (2002), a prevalência de diagnóstico afecta o resultado final, pois baixas prevalências
estão associadas a baixos níveis de reprodutividade, por estes motivos deve-se informar a
prevalência.
Após a colecta das amostras de esfregaço de sangue que consistiu através da colheita de sangue
nas veias marginais das orelhas e os resultados foram importados para o pacote Microsoft Excel
para produzir resultados em percentagem e formação de gráficos. Para a comparação de
proporções como é o caso de prevalência de infecções por hematológicas em diferentes classes de
animais, utilizou o teste de Qui-quadrado .
( ) ( ) ( ) ( ) ( ) (2)
X2 = = + + +
Neste contexto o teste Qui-quadrado foi usado para a comparação das prevalências globais entre
as diferentes categorias para verificar a categoria com maior grau de infecção de modo a se traçar
um plano de urgências para essa categoria e adoptar medidas preventivas, mitigadoras que
possam actuar na manutenção e melhoria da qualidade de saúde animal.
Os dados foram processado num pacote estatístico CDC- Center for Disease Control and
Prevention, (EPINFO versão 7.2.1 para Windows).
(m x n) Onde: m = Linhas e n= colunas; para tal na tabela têm duas linhas e duas colunas.
Portanto, (m-1) x (n-1) = (m-1) x (n-1) = (2-1) x (2-1) =1 x1 =1. Na tabela de X2 foi observado o
valor de 3.84, a partir do grau de liberdade de 1 e nível de significância de 5%. Depois de extraído
o valor de Qui-quadrado na Tabela (X2T) seguiu-se com a comparação do valor de Qui-quadrado
Esperado (X2E) para diferença significativa; Onde se X2 E 2T = há diferença significativa e
se X2 E 2T = não há diferença significativa.
8.0. RESULTADOS
Dos diagnósticos parasitológicos feitos com base nas amostras de esfregaço sangue colectados,
fixados com metanol e corados com 10% de solução de Giemsa, no gado de corte da companhia
de Sena, durante os meses de Outubro a Dezembro de 2017 no Distrito de Luabo usando a técnica
e coloração com Giemsa, foi possível apurar seis (06) tipos de Hemoparasitas decorrentes em
gados de corte, nomeadamente: Anaplasma marginal, Babésia bigemina, Babésia bovis,
Theileria sp, Tripanossoma congolense, Tripanossoma vivax.
Das análises parasitológicas realizadas no Laboratório regional de veterinária de Chimoio para os
esfregaços de sangue usando o método de coloração de Giemsa para o Distrito de Luabo,
Província da Zambézia indicaram uma prevalência geral de 93,66%, como demostra o gráfico
abaixo.
Prevalencia Geral
Animais Positivos Animais Negativos
6%
94%
Figura 11: prevalência geral de hemoparasitas transmitidos por caracas e mosca tsé-tsé no distrito de Luabo,
Província da Zambézia. Fonte: Autor (2017)
Das análises parasitológicas realizadas das amostras de sangue corado pelo Giemsa indicaram
prevalência de Hemoparasitas em bovinos de raça Brahman, no Povoado de Caoxe indicou a
prevalência em percentagem de 57.14% de Anaplasma marginal, 21% da Babésia bigemina,
24.18% de Babésia bovis, 63.74% de Theileria sp; 17.58% de Tripanossoma congolense e
17.58% de Tripanossoma vivax; no Povoado de Ilha de Sardinha indicou prevalência de 34.85%
de Anaplasma; 9.09% de Babésia bigemina; 31.82% de Babésia bovis, 74.24% de Theileria;
25.76% de Tripanossoma congolense e 37.88% de Tripanossoma vivax; no Povoado de Mbuaia
foi observado prevalência de 56.25% de Anaplasma, 50% Babésia bigemina, 22.27% de Babésia
bovis, 64.06% de Theileria sp, 18.75% de Tripanossoma congolense e 15.63% Tripassoma vivax
e no Povoado de Moma indicou a prevalência de 35.48% de Babesia bovis, 32.26% de Theileria
sp, 3.23% Tripanossoma congolense e 12.9% de Tripanossoma vivax.
Dos resultados das análises parasitológicas, a prevalência de Anaplasma foi superior no Povoado
de Caoxe e Mbuaia em relação aos outros Povoados. A Babésia bigemina ocorreu em 21% no
Povoado de Caoxe e em seguida em Mbuaia e baixa na ilha de Sardinha e nulo em Moma; sobre a
ocorrência da Babésia bovis foi igual em ambos Povoados, a Theileria sp ocorreu de igual nos
Povoados de Caoxe, Ilha de Sardinha e Mbuaia e baixa em Moma; houve prevalência igual da
Tripanossoma congolense nos 3 primeiros Povoados e baixa em Moma, olhando na
Tripanossoma vivax ocorreu com maior frequência no Povoado de Ilha Sardinha e Baixa e igual
nos Povoados de Caoxe, Mbuaia e Moma, como pode ser observado nas Figuras 5, 6, 7 e 8.
Povoado de Caoxe
70 63,74
57,14
60
50
40
30 24,18
21
17,58 17,58
20
10 Povoado de Caoxe
0
Figura 12: A prevalência em percentagem de Hemoparasitas transmitidos por carraças e mosca tsé-tsé em bovino de
raça Brahman no Povoado de Caoxe, no Distrito de Luabo na Província de Zambézia em 2017.
Figura 13: A prevalência em percentagem de Hemoparasitas transmitidos por carraças e mosca tsé-tsé em bovino de
raça Brahman no Povoado Ilha de Sardinha no Distrito de Luabo na Província de Zambézia em 2017.
Povoado de Mbuaia
70 64,06
60 56,25
50
50
40
30 22,27
18,75
20 15,63
10 Povoado de Mbuaia
0
Figura 14: A prevalência em percentagem de Hemoparasitas transmitidos por carraças e mosca tsé-tsé em bovino de
raça Brahman no Povoado de Mbuaia no Distrito de Luabo na Província de Zambézia em 2017.
Povoado de Moma
40 35,48
35 32,26
30
25
20
15 12,9
10
3,23
5 0 0 Povoado de Moma
0
Figura 15: A prevalência em percentagem de Hemoparasitas transmitidos por carraças e mosca tsé-tsé em bovino de
raça Brahman no Povoado de Moma no Distrito de Luabo na Província de Zambézia em 2017.
Foi observado na tabela do X2 o valor de 3.84, com grau de liberdade de 1 e nível de significância
de 5%. De seguida foi extraído o valor de Qui-quadrado na Tabela (X2T), por fim procedeu-se
com a comparação com o valor de Qui-quadrado Esperado (X2E) para o nível de significativa; o
qual foi de (1.654) =X2 E
2
T (3.84) = não houve diferença significativa da prevalência de
hemoparasitas nos dois Povoados, visto que o Qui-quadrado encontrado foi menor que Qui-
quadrado tabelado, de acordo com a tabela abaixo.
Tabela 3: Comparação da susceptibilidade a infecções com hemoparasitas entre vacas do povoado de Ilha Sardinha
com Novilhos de Caoxe no Distrito de Luabo.
Foi observado na tabela do X2 o valor de 3.84, com grau de liberdade de 1 e nível de significância
de 5%. De seguida foi extraído o valor de Qui-quadrado na Tabela (X2T), por fim procedeu-se
com a comparação com o valor de Qui-quadrado Esperado (X2E) para o nível de significativa; o
qual foi de (5.4) =X2 E 2
T (3.84) = houve diferença significativa da prevalência de hemoparasitas
dos Povoados de Mbuaia e Caoxe no Distrito de Luabo, visto que o Qui-quadrado encontrado foi
maior que Qui-quadrado tabelado.
Tabela 4: Comparação da susceptibilidade a infecções com hemoparasitas entre vacas do povoado de Mbuaia com
Novilhos de Caoxe no distrito de Luabo.
9.0. DISCUSSÃO
Perante os resultados obtidos pelo diagnóstico laboratorial dos esfregaços de sangue fixados com
metanol, corados com 10% da solução Giemsa e observados ao microscópico com objectiva de
100X, podemos afirmar que os valores de prevalência, de uma maneira geral, são bastante
elevados, considerando os povoados de Ilha Sardinha, Mbuaia, Caoxe e Moma no Distrito de
Luabo como uma área de estabilidade exótica para Theileria sp, Anaplasma sp, Babésia sp e
Trypanossoma sp no gado bovino de corte.
O gado bovino de corte criado nos povoados acima referenciados pelo sector privado, constatou-
se a existência de um baixo grau de imunidade específica para esses agentes. Uma região é
considerada de estabilidade exótica, quando o percentual de animais positivos para essa doença
estiver entre 20% a 75% (Araújo et al 1999; Guimaranje et al 2011).
Segundo estudo de Costa (2009), descreve a situação de estabilidade exótica como resultado da
época seca do ano, onde as larvas dos vectores não sobreviverem com as condições adversas da
temperatura durante este período, mas no início do período chuvoso quando os bovinos são
introduzidos nas pastagens esses vectores multiplicam-se durante este período e começam a
ocorrer casos de surtos de Hemoparasitas.
Para a Theileria sp, Anaplasma sp, Babésia sp e Trypanossoma sp, vários estudos confirmam
prevalências variadas. Na Tanzânia foi realizada uma pesquisa sobre vários Hemoparasitas em
bovinos de corte incluindo Theileria sp, Anaplasma sp, Babésia sp e Trypanossoma sp, como diz
(Smith 2009), onde registou 37,7% de Theileria, 27,7% de Anaplasma, 55% de Babésia e 44,88%
de Tripanossomas, considerados valores estes altos no seu estudo.
A alta taxa de prevalência (frequência de positivos a cima de 20%) para Babésia spp, Anaplasma
spp, Theileria spp e Trypanossoma spp, verificada neste estudo permite considerar o Distrito de
Luabo como uma área de instabilidade enzoóticas para doenças provocadas por carracas e mosca
tsé-tsé no gado de corte criado pelo sector privado
Para (Costa et all, 2009) descreve a situação de instabilidade enzoóticas como resultado da época
seca do ano onde as larvas das caracas e da mosca tsé-tsé não sobreviver as condições adversas de
temperaturas durante o início desse período, mas no início do período chuvoso bovinos com
caraças são introduzidos nas pastagens essas se multiplicam durante esse período e começa a
ocorrer casos de surtos de hemoparasitas.
Estudos feitos com Ezebuiro (2009), nas regiões sul de Tanzânia e Zâmbia em bovinos de corte
onde teve uma prevalência de 20,7% e 23,9% de prevalência, considerando-se esses valores de
altos segundo o padrão.
O Linhares et all (2006), no seu estudo de Hemoparasitas em bovinos de corte ressalta que a
riscos de ocorrência de surtos destas doenças quando se movimentam manadas de bovinos de
áreas de estabilidade exóticas e para áreas livres e vice-versa. Em levantamento populacional de
Dípteros feito por Borges em 2006, notou-se que as populações de moscas (Mosca Tsé-tsé e
Tabanos), flutuam de acordo com as condições climáticas com picos nos meses mais quentes e
húmidos do ano.
Nestas áreas de instabilidade enzoóticas, como é o caso da área do presente estudo constitui
problemas que deveram merecer uma atenção especial, como o conhecimento das condições
imunológicas dos animais em diferentes povoados, considerando-se a necessidade de um maneio
sanitário adequado, controlo de vectores, que podem causar grandes prejuízos a companhia de
cena, devido a possibilidade de ocorrência de um grande número de casos clínicos com alta taxa
de mortalidade.
O mesmo pensamento é partilhado por (UILEMBERG, 1995; FURLONG et all, 2002) onde eles
dizem que a instabilidade enzoóticas numa determinada região produtora de gado bovino causa
prejuízos enormes aos criadores sendo do sector familiar ou privado devido a ocorrência de casos
de surtos de Hemoparasitas.
As altas taxas de prevalências nos povoados de Ilha Sardinha e Caoxe devem-se há vários factores
relacionados principalmente com o fraco maneio sanitário, alimentar e reprodutivo praticado pela
companhia porque a maior atenção é orientada aos campos de cana sacarina, considerada como
actividade principal da companhia.
No Distrito de Luabo os estudos sobre a prevalência de doenças provocadas por caracas e mosca
tsé-tsé são escassos. No entanto, as informações sobre a distribuição das doenças provocadas por
caracas e mosca tsé-tsé em bovinos de corte são essenciais para a elaboração de programas
estratégicas de profilaxia de controlo adequado dos vectores, ideia esta sustentada por (Morzaria
et all 2009) no seu estudo sobre a distribuição de Hemoparasitas.
CONCLUSÃO
Os resultados desta pesquisa, permitiram concluir que os povoados de Ilha Sardinha, Mbuaia,
Caoxe e Moma no Distrito de Luabo, na Província de Zambézia, são endémicos no que diz
respeito aos Hemoparasitas, tendo sidos confirmado a presença dos géneros Theileira sp,
Anaplasma sp, Babésia sp e Trypanossomas sp em bovinos de corte.
Nos estudos sobre prevalências destes Hemoparasitas na população bovina de corte nos povoados
acima referenciados, tiveram maior prevalência nos povoados de Ilha Sardinha, Caoxe e Mbuaia e
menor prevalência no povoado de Moma.
Para esse trabalho pode-se concluir que a prevalência de Theileria spp, Anaplasma spp e Babésia
spp, é alta em bovinos de corte do sector privado nos povoados em referência, sendo que, os
povoados são considerados de instabilidade enzoóticas.
As mortalidades do gado nos povoados de Caoxe, Ilha de Sardinha Mbuaia e Moma, no Distrito
de Luabo atribui-se a presença da Caraça e da mosca tsé-tsé no local transmissores de Babésia
spp, Anaplasma, Theileria e Trypanossoma spp em bovinos. O deficiente maneio sanitário e
alimentar contribui para a mortalidade e mobilidade dos animais pois, animais com
Hemoparasitas, mas com maneios controlados sobrevivem a infecção.
Como este nível maior de infecção por hemoparasitas em bovinos de corte criado no sistema
extensivo do sector privado nos povoados estudados (acima de 20% de prevalência), desafiam o
desenvolvimento sustentável das manadas, baixando a evolução dos efectivos pecuários
(bovinos), acarretando custos para o seu tratamento, baixa taxa de natalidade, menor consumo de
proteína animal (carne e leite) assim como trabalho de tracção animal são afectados.
RECOMENDAÇÕES
Para a melhor gestão e maneio nas explorações pecuárias em particular nos povoados de Ilha
Sardinha, Mbuaia, Caoxe e Moma recomenda-se o seguinte:
12. Despommier, D.D., Gwadz, R.W., Hotez, P.J. and Knirsch, C.A., (2005). Parasitic
Diseases. 5th Edition. [e-book] New York: Apple Trees Production, LLC. Disponível em.
http://www.medicalecology.org/diseases/d_african_trypano.htm.
13. Eamens, G.J., Gonsalves, J.R., Jenkins, C., Collins, D., Bailey, G. (2013). Theileria
orientalis MPSP types in Australian cattle herds associated with outbreaks of clinical
disease and their as- sociation with clinical pathology findings. Veterinary Parasitology,
191:209–17.
14. Elsify, A., Sivakumar, T., Nayel, M., Salama, A., Elkhtam, A., Rizk, M., Mosaab, O.,
Suktan, K., Elsayed, S., Igarashi I., Yokoyama, N. (2014). An epidemiological survey of
bovine Babesia and Theileira parasites in cattle, buffaloes, and sheep in Egypt.
Parasitology International 1383-5769.
15. EMBRAPA GADO DE CORTE (2005). Passos para o controlo de carraças de bovinos.
Juiz de fora: CNPGL
16. Ferrolho, J., Antunes, S., Santos, A.S., Velez, R., Padre, L., Cabezas-Cruz, A., Santos-
Silva, M.M., Domingos, A. (2016). Detection and phylogenetic characterisation of
Theileria spp And Anaplasma marginale in Rhipicephalus bursa in Portugal. Ticks and
Tick-borne Diseases 7:443–448.
17. Foreyt, W.J. (2005). Parasitologia Veterinária: manual de referência. 5ª ed. SP, ROCA
240p.
18. Furlong, J. (1993). Controle do carrapato dos bovinos na região sudeste do Brasil.
Cad.Téc.Vet. UFMG. v.8, p.49-61.
19. Furlong, J. (2005). Carrapatos: problemas e soluções. Juiz de Fora: Embrapa Gado de
Leite. 65 p.
20. Fèvre, E.M., Picozzi, K., Jannin, J., Welburn, S.C. and Maudlin, I., 2006. Human African
trypanosomiasis: epidemiology and control. Advances in Parasitology, 61, pp.167-221.
21. Githiori, J. B; Hoglund, J; Waller P. J.; Baker R. L. (2002). Anthelmintic
activity of preparations derived from Myrsine Africana and Rapanea melanophloeos
against the nematode parasite, Haeonchus contortus, of sheep. Journal of
Ethnopharmacology, Limerick, v. 80, p. 187-191.
22. Gomes, J., Salgueiro, P., Inácio, J., Amaro, A., Pinto, P., Tait, A., Shiels, B., Fonseca, I.
P., Santos-Gomes, G., Weir, W. (2016). Population diversity of Theileria annulata in
Portugal. Infection, Genetics and Evolution 42, 14–19.
23. Gonzales, J.C. (1995). O controlo do carraça do boi. Porto Alegre, 79p.
Existo Trabuco Página 52
[Prospecção de doenças provocadas por carraças e mosca tsé-tsé no gado de corte no distrito de Luabo-Zambézia 2019
24. Gonzales , J. C. (2003). Controlo de carraças de boi. UPF editora, Universidade de Passo
Fundo-RS.
25. Grisi, L.; Massard, C. L.; Borja, G. E. M.; Pereira, J. B. (2002). Impacto econômico das
principais ectoparasitoses em bovinos no brasil. A Hora Veterinária, v. 21, n. 125, p. 8-
10.
26. Gooding, R.H. & Krafsur, E.S., (2005). Tsé-tsé Genetics: Contributions to Biology,
Systematics, and Control of Tsetse Flies. Annual Review of Entomology, 50, pp.101-23.
27. Gooding, R.H., Haines, L.R., Terry and Pearson, W., (2005). Tsetse Flies, the
Glossinidae, and Transmission of African Trypanosomes. In Marquardt et al., 2nd Edition
(2005). Biology of disease vectors. London: Elsevier Academic Press.
28. Guimarães, J. H.; Tucci, E. C.; Barros-Battesti, D. M. (2001). Ectoparasitos de
importância veterinária. São Paulo: Plêiade : FAPESP. 218 p.
29. Hargrove, J.W., 2003. Tsetse eradication: sufficiency, necessity and desirability.
Edinburgh: DFID Animal Health Programme.
30. INE - Instituto Nacional de Estatística. Evolução dos Efectivos Pecuários nas pequenas e
médias explorações (2002-2006), Moçambique. 2009.
31. Iza, J.F.B. (2010). Las garrapatas exófilas como vetores de agentes zoonóticos: estudio
sobre la abundancia y actividad de las garrapatas em la vegetación, e investigación de la
presencia de agentes patógenos en garrapatas y micromamíferos. Universidad de Léon,
Facultad de Veterinaria, Departamento de Sanidad Animal.
32. Kocan, K. M de la Fuente J, Blouin, E, F. Coetzee, J.F. Ewing, S.A. (2010). The natural
history of Anaplasma marginale« Veterinary Parasitology.
33. Lima, O. A; Soares Jb; Greco J.B. Galizzi, Cançado J.R. (1992): Métodos de
laboratório aplicados à clínica. 21-9 a 21-12.
34. Laboratório Regional da Veterinária-LRV. (2011). Boletins de recolha de amostras no
programa da mosca tsé-tsé.
35. Leak, S.G.A, (1999). Tsetse biology and ecology – Their role in the epidemiology and
control of trypanosomosis. London: CABI Publishing.
36. Levine, N.D., Corliss, J.O., Cox, F.E., Deroux, G., Grain, J., Honigberg, B.M., Leedale,
G.F., Loeblich, A.R., Lom, J., Lynn, D., Merinfeld, E.G., Page, F.C., Poljansky, G.,
Sprague, V., Vavra, J., Wallace, F.G. (1980). A newly revised classification of the
protozoa. J. Protozool 27, 37–58.
37. Marrana, E. R. M, et al (2006). Comparação dos testes serológicos de
Imunofluorescência Indirecta, conglutinação rápida, ELISA indirecta e ELISA por
Existo Trabuco Página 53
[Prospecção de doenças provocadas por carraças e mosca tsé-tsé no gado de corte no distrito de Luabo-Zambézia 2019
51. Specht, E. J. K. (2008 b). Trypanossomose bovino no sector familiar na zona centro de
Moçambique.
52. Specht, E.J. K. (2009). Estudo de impacto da Trypanossomose bovina e dos benefícios
económicos do seu controlo.
53. Specht, E. J. K. (2010). Trypanossomose bovina no sector familiar, XI congresso de
veterinária da linga portuguesa, Maputo-Moçambique.
54. Specht, E. J. K. (2011). Trypanossomose bovina no sector familiar e privado na zona
centro de Moçambique
55. Specht, E. J. K.; Pedro, M. Sangoma. G. (2011). Breve comunicação sobre a distribuição
de mosca Tsé-tsé, Magazine do investigador.
56. Tembue, A. A. (2012). Hemoparasitas transmitidas por carraças em Moçambique.
57. Vignau, M. L., Venturini, L. M. R., Eiras, D. F. B., Walter U. (2005). Parasitología
Práctica y Modelos de Enfermedades Parasitarias en los animales domésticos. (1ª ed., pp.
18-183). Faculdad de Ciencias Veterinarias, Universidad Nacional de La plata, Buenos
Aires, Argentina.
ANEXOS
Tabela 5: Comparação da susceptibilidade a infecções com hemoparasitas entre bovinos do povoado de Ilha Sardinha
com Novilhos de Caoxe no Distrito de Luabo.
E1= 66x144/147 = 64.6 E2= 66x3/147 = 1.4 E3 = 81x3/147 = 1.6 E4 = 81x144/147 =79.4
( )
X2 = Onde: Oi – Frequência observada e Ei – Frequência Esperada
( ) ( ) ( ) ( )
X2 E = + + +
( ) ( ) ( ) ( )
X2 E = + + +
( ) ( ) ( ) ( )
X2 E = + + +
Tabela 6: Comparação da susceptibilidade a infecções com hemoparasitas entre vacas do povoado de Mbuaia com
Novilhos de Caoxe no distrito de Luabo.
( )
X2 = Onde: Oi – Frequência observada e Ei – Frequência Esperada
( ) ( ) ( ) ( )
X2 E = + + +
( ) ( ) ( ) ( )
X2 E = + + +
( ) ( ) ( ) ( )
X2 E = + + +