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PORTUGUÊS SOLDADO COMBATENTE Leitura e Intepretação de Texto + Variação Linguística
Além das questões de pronúncia outra. Por exemplo, no Hino Nacional brasileiro, embora pareça, pela
(muitas vezes, ligada aos construção da frase, que algumas pessoas desconhecidas ouviram um
sotaques), a variação regional brado retumbante, se organizarmos o período, perceberemos que “as
se dá recorrentemente pelo margens plácidas do Ipiranga” são responsáveis por ouvir o tal brado.
vocabulário também. Os termos
trios “tangerina, mexerica e Veja:
bergamota” e “aipim, mandioca e macaxeira” exemplificam bem esses
casos. “Ouviram do Ipiranga as margens plácidas de um povo heroico um brado
retumbante”, na ordem direta da língua portuguesa, ficaria “As margens
Diacrônica ou Histórica plácidas do Ipiranga ouviram um brado retumbante de um povo
heroico.”.
Essa variação deixa claro como a língua varia de acordo com o período
histórico. Fica evidente quando assistimos a alguma produção de época Você sabe a diferença entre o texto literário e não literário?
e comparamos a fala dos personagens com a atualidade. Por exemplo, a
palavra "você" sofreu várias modificações ao longo do tempo, antes era O texto literário busca a criatividade, ou seja, propõe uma nova maneira
“vossa mercê”, que foi para “vosmecê” e hoje pode ser até "vc”, na de ver o mundo sem estar apegado necessariamente à realidade que nos
comunicação escrita, ou “cê” na comunicação oral. limita. Por isso, esse tipo de texto tem um cuidado maior com a seleção
lexical. Os contos, romances, poemas são exemplos de gêneros textuais
Diafásica ou Situacional em que se usa com frequência a linguagem literária.
Quando falamos de variação diafásica ou situacional, o nível de Já o texto não-literário tem como o objetivo maior passar ao leitor
linguagem varia de acordo com a situação comunicativa, ou seja, a informações, oferecendo apenas uma interpretação daquilo que está
ocasião é que será determinante para a escolha do modo de falar. Nesse sendo dito. A subjetividade e o ponto de vista do escritor não possuem
caso, o vocabulário escolhido e principalmente o grau de formalidade – espaço nesse tipo de texto. É o caso das notícias e dos livros didáticos.
linguagem culta/formal ou coloquial/informal – podem variar.
É comum que, no trabalho, lidemos com o nosso chefe ou superior Para compreendermos melhor, a ideia de texto literário e texto não
hierárquico, com determinado vocabulário e formalidade, enquanto que, literário, cabe que conheçamos os conceitos de objetividade e
em casa ou num ambiente de maior intimidade, falaremos com familiares subjetividade.
e amigos de forma mais informal e menos monitorada em relação à
linguagem utilizada. ● Objetividade
Além de variar levando em consideração fatores como localidade, tempo, A objetividade diz respeito à forma como são apresentadas as ideias, no
situação e grupo social, a língua também sofre variações inerentes a ela campo mais diretamente semântico. Ser objetivo implica, basicamente,
mesma, isto é, levando em conta fatores internos à língua. Para a anulação do eu (onde reside a subjetividade). A intenção discursiva é
reconhecer esses fenômenos, é preciso conhecer as áreas de estudo da caracterizar algo sem que estejam presentes elementos que sugiram um
língua. conteúdo pessoal. Em geral, ao buscar essa objetividade, o enunciador
garante ao texto certo tom de veracidade e imparcialidade.
• Semântica Por exemplo, na descrição de uma paisagem serão apresentados os
elementos físicos do local, sem a presença de juízo de valor, dando
A semântica é a área da língua responsável pelo estudo da relação das preferência a adjetivos classificadores (exatos, como “espaço
palavras a partir de seu significado, como os sinônimos (palavras de quadrado”) e não qualificadores (subjetivos, como “imagem linda”). As
mesmo significado), antônimos (palavras de significado oposto) e afins. observações e sensações pessoais ficam, portanto, de fora dessa
Por exemplo, quando temos a tríade “mexerica”, “tangerina” e análise.
“bergamota”, temos três palavras de igual significado, isto é, que se
referem à mesma coisa. ● Subjetividade
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1 - advérbios e locuções adverbiais (possivelmente, obviamente, Exemplo: Sua presença é aceita desde que se comporte. (Há ali uma
obrigatoriamente, igualmente); condição, a presença da pessoa não é irrestritamente aceita).
Exemplo: Possivelmente, sairemos amanhã. (denota que não há certeza, 3 - Verbos que trazem em si uma ideia de sentimento ou estado de
mas alguma possibilidade) espírito diante de um fato (lastimar, sentir, saber, ...);
2 - verbos auxiliares (dever, poder, tentar, começar); Exemplo: Maria lamentou a notícia. (a notícia, para ela, era ruim, digna de
lamento).
Exemplo: Ele tentava realizar um grande ato. (denota que o fato não
aconteceu necessariamente, apenas a tentativa) 4 - Verbos que apontam uma visão sobre o fato (pretender, supor, alegar,
presumir, imaginar,...);
3 - expressões cristalizadas (é necessário, é urgente, é improvável...);
Exemplo: Ele alega que não estava lá no dia do acidente. (mostra que o
Exemplo: É necessário que todos preservem o meio ambiente. (denota autor não confia, não se responsabiliza ou tenta ser imparcial quanto à
necessidade acerca de algo na visão do autor) veracidade do que diz o outro).
4 - “orações” (tenho certeza de que..., vê-se a possibilidade de..., é sabido Reforçando: as diferenças entre conotação e denotação:
que..., sabe-se que...).
Os sentidos presentes nos textos dependem, sobretudo, dos gêneros
Exemplo: Sabe-se que no carnaval as pessoas desnudam seus desejos. textuais (propaganda, reportagem, conto e outros) e da intenção
(denota impessoalidade e conhecimento geral) comunicativa daquele que o produz (informar, convencer, emocionar,
entreter e outros). Esses fatores são relevantes para a delimitação de
5 - locuções verbais, em geral com verbo principal no infinitivo (ter que linguagem será utilizada nas produções, se denotativa ou conotativa.
de/que ou precisar + infinitivo, dever + infinitivo); Assim, textos jornalísticos, científicos ou jurídicos, por exemplo, tendem
a ser mais denotativos, pois objetivam trazer informações factuais. Já os
Exemplo: Ele tem de me pagar ainda hoje. (denota obrigatoriedade) textos literários são fortemente permeados pela conotação, ou seja, pelo
sentido figurado. Compreender tais características é de suma
Observe agora a modalização operada pelo verbo “dever” nos seguintes importância para interpretação textual. Veja o exemplo abaixo:
enunciados:
“Em junho deste ano, foram criados 811 cargos efetivos para a
Todos os pais devem educar seus filhos com paciência. (= Defensoria Pública da União (DPU) por meio da Lei 14.377. Desse
obrigatoriedade) quantitativo, 410 são para analistas, de nível superior.”
Ele deve ir à praia amanhã. (= possibilidade) O exemplo acima foi retirado do jornalístico “folha dirigida” e exemplifica
um texto denotativo, porque traz apenas informações acerca de cargos
É possível perceber, a partir do exemplo, que um mesmo indicador modal para defensoria pública. Note que, nessa frase, não há margem para mais
pode exprimir modalidades diferentes. Por isso, é importante estar de uma interpretação, além de ela não conter valores semânticos que
sempre atento ao contexto. excedam o que conhecemos no dicionário. Portanto, textos dessa
natureza pertencem ao campo da denotação, pois são objetivos e
Os elementos de modalização não devem ser confundidos com os diretos.
chamados marcadores de pressuposição, que veremos abaixo.
Diferentemente das ocorrências linguísticas denotativas, que enfocam
Marcadores de pressuposição os sentidos mais comuns, estabelecidos geralmente nos dicionários, os
textos conotativos permitem que os valores semânticos se estendam,
Os marcadores de pressuposição marcam ideias subentendidas no texto, indo além. Assim, em textos conotativos, há linguagem figurada, a qual
permitindo o entendimento de informações não-explícitas nos será dependente, sobretudo, dos contextos sociocomunicativos (país,
enunciados. situação socioeconômica, idade e outros). Vale citar, por fim, que esse
recurso linguístico confere maior expressividade ao texto. Com a
Veja a frase: conotação, o enunciador tem a possibilidade de externar seus
sentimentos, emoções e pensamentos de maneira mais enfática.
Ana e Pedro não vão mais casar. . Observe o exemplo que se segue:
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de “bater as botas”. Tal rompimento, além de gerar humor, evidencia que Opção 4) A escola deve, na formação da criança, desenvolver as
o sentido denotativo da expressão em análise prevalece. habilidades fundamentais para que elas venham a ser pessoas
autônomas e inventivas.
Hora de resumir!
2. Texto 1
DENOTAÇÃO CONOTAÇÃO Piratininga virou São Paulo: o colégio é hoje uma metrópole
Enunciado com Enunciado com significação Os padres jesuítas José de Anchieta e Manoel da Nóbrega subiram a Serra
significado restrito. ampla, fortalecida pelo do Mar, nos idos de 1553, a fim de buscar um local seguro para se instalar
contexto. e catequizar os índios. Ao atingir o planalto de Piratininga, encontraram o
Enunciado com significado Enunciado com significados e ponto ideal. Tinha “ares frios e temperados como os de Espanha” e “uma
comum, possivelmente sentidos com valores sociais, terra mui sadia, fresca e de boas águas”. Os religiosos construíram um
encontrado no dicionário. afetivos, ideológicos, etc. colégio numa pequena colina, próxima aos rios Tamanduateí e
Linguagem objetiva. Linguagem criativa e artística. Anhangabaú, onde celebraram uma missa. Era o dia 25 de janeiro de 1554,
data que marca o aniversário de São Paulo. Quase cinco séculos depois,
Linguagem precisa. Linguagem expressiva. o povoado de Piratininga se transformou numa cidade de 11 milhões de
habitantes. Daqueles tempos, restam apenas as fundações da construção
Exercícios feita pelos padres e índios no Pateo do Collegio.
Piratininga demorou 157 anos para se tornar uma cidade chamada São
1. Paulo, decisão ratificada pelo rei de Portugal. Nessa época, São Paulo
ainda era o ponto de partida das bandeiras, expedições que cortavam o
interior do Brasil. Tinham como objetivos a busca de minerais preciosos e
o aprisionamento de índios para trabalhar como escravos nas minas e
lavouras.
(Disponível em http://www.cidadedesaopaulo.com/sp/br/a-cidade-de-
sao-paulo)
Texto 2
Soneto sentimental à cidade de São Paulo
Ó cidade tão lírica e tão fria!
Mercenária, que importa - basta! - importa
Que à noite, quando te repousas morta
Lenta e cruel te envolve uma agonia
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6.
Óia eu aqui de novo xaxando
Óia eu aqui de novo pra xaxar
Vou mostrar pr’esses cabras
Que eu ainda dou no couro
Isso é um desaforo
Que eu não posso levar
Que eu aqui de novo cantando
Que eu aqui de novo xaxando
Óia eu aqui de novo mostrando
Como se deve xaxar.
A fala da vizinha "Só deu para entrar e tirar ele" é exemplo de:
Vem cá morena linda Opção 1) fala popular;
Vestida de chita Opção 2) linguagem muito culta;
Você é a mais bonita Opção 3) gíria;
Desse meu lugar Opção 4) linguagem regional;
Vai, chama Maria, chama Luzia Opção 5) fala de jovens.
Vai, chama Zabé, chama Raque
Diz que tou aqui com alegria. 9.
(BARROS, A. Óia eu aqui de novo. Disponível em Acesso em 5 mai 2013)
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10. Texto I Opção 1) Existe uma diferença de formalidade entre os textos. No caso,
BITCOIN - Uma moeda simples que está criando milionários pelo mundo. a variação se deu em função do contexto comunicativo, é, portanto,
denominada variação diafásica.
O Bitcoin, uma criptomoeda, tem ficado cada vez mais popular. É Opção 2) Com o passar do tempo, a linguagem muda, sofre
crescente o número de pessoas que querem saber como investir na transformações. No caso, a variação regional é visível no Texto II, em que
moeda digital, se bitcoin é seguro e se é um bom investimento. os personagens utilizam redução de palavras, gíria e outros fenômenos
Muitos países olham para a moeda com interesse. O Japão já que passaram a acontecer na atualidade, como o uso do "a gente” no
reconhece o bitcoin como forma de pagamento em diversos lugar do pronome "nós”.
estabelecimentos, alguns países da África e Europa Oriental lideram as Opção 3) No Texto II, como no Texto I, predominam as características
pesquisas sobre a criptomoeda. Há banco mundial que aceita depósitos típicas de língua falada (cara, ia voltar, né, a gente, tá, pior...). Apesar de
em bitcoin e não faltam casos de pessoas que enriqueceram com o serem gêneros textuais diferentes, não existe a variação diamésica.
bitcoin. Um deles é Erik Finman, um dos primeiros a investir na moeda. Opção 4) A variação entre os textos é regional, ou seja, diatópica. A
Hoje, Erik tem 403 bitcoins a preços atuais perto de 4.400 dólares, o que variação linguística utilizada no Texto II é típica da região sul do Brasil.
lhe confere a fortuna de 1,8 milhões de dólares, aproximadamente 5,7
milhões de reais. Nada mal para um garoto de 18 anos. Erik fez a primeira 11.
compra em 2011, quando adquiriu 83 moedas pelo valor de 12 dólares
cada uma. Com a valorização, em 2013, o rapaz já tinha acumulado 100
mil dólares.
Naquela época, o dólar estava bem mais barato no Brasil, fechou 2011
na casa dos R$1,85. Você teria investido R$ 1.842,60 para comprar as 83
moedas. Se tivesse simplesmente feito isso e não comprado mais
nenhum bitcoin, você teria hoje mais de R$1.100.000,00.
(...) O vocábulo abaixo que é classificado como modalizador por inserir uma
opinião do enunciador sobre o assunto veiculado é:
O que é Bitcoin? a) apenas;
b) consome;
O bitcoin é uma moeda digital usada para transações comerciais. Com c) quente;
ela, compram-se produtos ou serviços, assim como fazemos com o real, d) elétrico;
o dólar, o euro ou qualquer outro dinheiro. A grande diferença é que ela e) ensaboar.
não existe fisicamente, não é uma nota com o rosto de um presidente ou
um animal da nossa fauna. O bitcoin é um código, foi criado pelo 12. Verbo ser
misterioso Satoshi Nakamoto, que alega ser um japonês que já QUE VAI SER quando crescer? Vivem perguntando em redor. Que é ser?
ultrapassou os 40 anos. É ter um corpo, um jeito, um nome? Tenho os três. E sou? Tenho de mudar
A criptomoeda é descentralizada, ou seja, não existe um servidor único quando crescer? Usar outro nome, corpo e jeito? Ou a gente só principia
ou local físico onde são criadas todas as moedas. Dessa forma, qualquer a ser quando cresce? É terrível, ser? Dói? É bom? É triste? Ser:
um pode acessar a rede de computadores e minerar um bitcoin. pronunciado tão depressa, e cabe tantas coisas? Repito: ser, ser, ser. Er.
Texto adaptado de http://blog.procureacherevista.coiri.br/bitcoin-a-moeda-que-
R. Que vou ser quando crescer? Sou obrigado a? Posso escolher? Não dá
esta-criando-iiiilionarios-pelo-mundo/. para entender. Não vou ser. Não quero ser. Vou crescer assim mesmo.
Sem ser. Esquecer.
ANDRADE, C. D. Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1992.
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13.
A matéria saiu no New York Times, foi publicada na Folha de São Paulo;
deveria ser bibliografia obrigatória do ensino fundamental à pós-
graduação, deveria ser colada aos postes, lançada de aviões, viralizada
nas redes sociais, impressa em santinhos, (l. 1-3).
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Alepo, a principal cidade do conflito da Síria, elas estão sem água, sem Opção 3) intolerância dos leitores
comida, remédios, energia elétrica. Alepo virou um verdadeiro inferno. E Opção 4) inferioridade dos leitores
a gente pode fazer um pouquinho mais do que ficar indignado. Talvez
isso esteja muito longe da gente. Mas a gente aqui no Brasil tem como 19. Os truísmos são parte inseparável da boa retórica narrativa, até
ajudar. Existem várias entidades como a Unicef que estão fazendo um porque a maior parte das pessoas não sabe ler (l. 1-3)
trabalho de socorro aos civis na Síria, especialmente as crianças, galera.
A gente pode fazer doações para essas entidades. E às vezes uma O narrador justifica a necessidade de truísmos pela dificuldade de leitura
pequena quantia pra você pode fazer uma P. diferença pruma criança lá da maior parte das pessoas. Encontra-se implícita no argumento a noção
na guerra. de que o leitor iniciante lê melhor se:
A fala do youtuber Felipe Castanhari tem características fortes da Opção 1) estuda autores clássicos
oralidade, que são diferentes das características da variante escrita da Opção 2) conhece técnicas literárias
língua. Assinale a alternativa que apresenta uma comparação correta. Opção 3) identifica ideias conhecidas
Opção 1) As repetições “porque no meio disso tudo...” e “porque no meio Opção 4) procura textos recomendados
de todo esse sofrimento...” são características da escrita e são usadas
pelo youtuber para ajudar o leitor a guardar as ideias em sua memória. 20.
Opção 2) Na fala, precisamos nos direcionar ao ouvinte com expressões TEXTO I
do tipo “Mano” e “Véio”, ao passo que a escrita não dispõe de recursos A característica da oralidade radiofônica, então, seria aquela que propõe
para abordagem direta do leitor. o diálogo com o ouvinte: a simplicidade, no sentido da escolha lexical; a
Opção 3) As frases curtas, como “Meteu bala geral”, são típicas da concisão e coerência, que se traduzem em um texto curto, em linguagem
oralidade, e a escrita é o lugar preferencial das frases longas, em coloquial e com organização direta; e o ritmo, marcado pelo locutor, que
períodos complexos. deve ser o mais natural (do diálogo). É esta organização que vai “reger”
Opção 4) Os verbos no imperativo, tais como “Lembra que estamos a veiculação da mensagem, seja ela interpretada ou de improviso, com
fazendo de conta...” e “vamos entender isso...”, revelam o tratamento objetivo de dar melodia à transmissão oral, dar emoção, personalidade
que o texto oral dispensa ao ouvinte, enquanto na escrita os imperativos ao relato de fato.
restringem-se à fala de personagens VELHO, A. P. M. A linguagem do rádio multimídia. Disponível em:
Opção 5) Diferentemente da escrita, na fala, o uso do ‘que’ como www.bocc.ubi.pt.
articulador abre um leque variado de interpretações a ser resolvido pelo Acesso em: 27 fev. 2012.
ouvinte, como em “E vocês devem ouvir falar muito sobre a tal guerra na TEXTO II
Síria. Que estamos o tempo todo na tevê e na internet”. A dois passos do paraíso
A Rádio Atividade leva até vocês
Texto para as questões 17, 18, 19 Mais um programa da séria série
“Dedique uma canção a quem você ama”
Porque a realidade é inverossímel Eu tenho aqui em minhas mãos uma carta
Escusando-me1 por repetir truísmo2 tão martelado, mas movido pelo Uma carta d’uma ouvinte que nos escreve
conhecimento de que os truísmos são parte inseparável da boa retórica E assina com o singelo pseudônimo de
narrativa, até porque a maior parte das pessoas não sabe ler e é no fundo “Mariposa Apaixonada de Guadalupe”
muito ignorante, rol no qual incluo arbitrariamente você, repito o que Ela nos conta que no dia que seria
tantos já dizem e vivem repetindo, como quem usa chupetas: a realidade o dia mais feliz de sua vida
é, sim, muitíssimo mais inacreditável do que qualquer ficção, pois esta Arlindo Orlando, seu noivo
requer uma certa arrumação falaciosa3, a que a maioria dá o nome de Um caminhoneiro conhecido da pequena e
verossimilhança. Mas ocorre precisamente o oposto. Lê-se ficção para Pacata cidade de Miracema do Norte
fortalecer a noção estúpida de que há sentido, lógica, causa e efeito Fugiu, desapareceu, escafedeu-se
lineares e outros adereços que integrariam a vida. Lê-se ficção, ou Oh! Arlindo Orlando volte
mesmo livros de historiadores ou jornalistas, por insegurança, porque o Onde quer que você se encontre
absurdo da vida é insuportável para a vastidão dos desvalidos que povoa Volte para o seio de sua amada
a Terra. Ela espera ver aquele caminhão voltando
João Ubaldo Ribeiro De faróis baixos e para-choque duro...
Diário do Farol. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2002 BLITZ. Disponível em: http://letras.terra.com.br. Acesso em: 28 fev.
2012 (fragmento).
1 escusando-me − desculpando-me
2 truísmo − verdade trivial, lugar comum Em relação ao Texto I, que analisa a linguagem do rádio, o Texto II
3 falaciosa − enganosa, ilusória apresenta, em uma letra de canção,
a) estilo simples e marcado pela interloculação com o receptor, típico
17. O título do texto soa contraditório, se a verossimilhança for tomada da comunicação radiofônica.
como uma semelhança com o mundo real, com aquilo que se conhece e b) lirismo na abordagem do problema, o que o afasta de uma possível
se compreende. Essa contradição se desfaz porque, na interpretação do situação real de comunicação radifônica.
autor, a ficção organiza elementos da vida, enquanto a realidade é c) marcação rítmica dos versos, o que evidencia o fato de o texto
considerada como: pertencer a uma modalidade de comunicação diferente da radiofônica.
Opção 1) linear d) direcionamento do texto a um ouvinte específico divegindo da
Opção 2) absurda finalidade de comunicação do rádio, que é atingir as massas.
Opção 3) estúpida e) objetividade na linguagem caracterizada pela ocorrêcia rara de
Opção 4) falaciosa adjetivos, de modo a diminuir as marcas de subjetividade do locutor.
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21. Ausente para os outros, continuava docemente presente para si lógico-temporal é complexa.
mesmo. (l. 7) d) sintetizar a seqüência dos episódios, para explicar a trama da
narração.
Uma reformulação que mantém sentido equivalente ao da frase acima é: e) confundir o leitor, provocando incompreensão da seqüência
Opção 1) Continuava docemente presente para si mesmo, porque narrativa.
ausente para os outros.
Opção 2) Continuava docemente presente para si mesmo, quando 24. “(...) Escobar vinha assim surgindo da sepultura, do seminário e do
ausente para os outros. Flamengo para se sentar comigo à mesa, receber-me na escada, beijar-
Opção 3) Continuava docemente presente para si mesmo, embora me no gabinete de manhã, ou pedir-me à noite a bênção do costume.
ausente para os outros. Todas essas ações eram repulsivas; eu tolerava-as e praticava-as, para
Opção 4) Continuava docemente presente para si mesmo, portanto me não descobrir a mim mesmo e ao mundo. Mas o que pudesse
ausente para os outros. dissimular ao mundo, não podia fazê-lo a mim, que vivia mais perto de
mim que ninguém. Quando nem mãe nem filho estavam comigo o meu
22. E como manejava bem os cordéis de seus títeres, ou ele mesmo, títere desespero era grande, e eu jurava matá-los a ambos, ora de golpe, ora
voluntário e consciente, como entregava o braço, as pernas, a cabeça, o devagar, para dividir pelo tempo da morte todos os minutos da vida
tronco, como se desfazia de suas articulações e de seus reflexos quando embaçada e agoniada. Quando, porém, tornava a casa e via no alto da
achava nisso conveniência. Também ele soubera apoderar-se dessa arte, escada a criaturinha que me queria e esperava, ficava desarmado e
mais artifício, toda feita de sutilezas e grosserias, de expectativa e diferia o castigo de um dia para outro.
oportunidade, de insolência e submissão, de silêncios e rompantes, de O que se passava entre mim e Capitu naqueles dias sombrios, não se
anulação e prepotência. Conhecia a palavra exata para o momento notará aqui, por ser tão miúdo e repetido, e já tão tarde que não se poderá
preciso, a frase picante ou obscena no ambiente adequado, o tom dizê-lo sem falha nem canseira. Mas o principal irá. E o principal é que
humilde diante do superior útil, o grosseiro diante do inferior, o arrogante os nossos temporais eram agora contínuos e terríveis. Antes de
quando o poderoso em nada o podia prejudicar. Sabia desfazer situações descoberta aquela má terra da verdade, tivemos outros de pouca dura;
equívocas, e armar intrigas das quais se saía sempre bem, e sabia, por não tardava que o céu se fizesse azul, o sol claro e o mar chão, por onde
experiência própria, que a fortuna se ganha com uma frase, num dado mo abríamos novamente as velas que nos levavam às ilhas e costas mais
mento, que este momento único, irrecuperável, irreversível, exige um belas do universo, até que outro pé de vento desbaratava tudo, e nós,
estado de alerta para a sua apropriação. postos à capa, esperávamos outra bonança, que não era tardia nem
RAWET, S. O aprendizado. In: Diálogo.Rio de Janeiro: GDR, 1963 dúbia, antes total, próxima e firme (...)”.
(fragmento). (Fragmento do livro Dom Casmurro, de Machado de Assis)
No conto, o autor retrata criticamente a habilidade do personagem no A narração dos acontecimentos com que o leitor se defronta no romance
manejo de discursos diferentes segundo a posição do interlocutor na Dom Casmurro, de Machado de Assis, se faz em primeira pessoa,
sociedade. A crítica à conduta do personagem está centrada: portanto, do ponto de vista da personagem Bentinho. Seria, pois, correto
a) na imagem do títere ou fantoche em que o personagem acaba por se dizer que ela se apresenta:
transformar, acreditando dominar os jogos de poder na linguagem. a) fiel aos fatos e perfeitamente adequada à realidade;
b) na alusão à falta de articulações e reflexos do personagem, dando a b) viciada pela perspectiva unilateral assumida pelo narrador;
entender que ele não possui o manejo dos jogos discursivos em todas as c) isenta de quaisquer formas de interferência, pois visa à verdade;
situações. d) indecisa entre o relato dos fatos e a impossibilidade de ordená-los.
c) no comentário, feito em tom de censura pelo autor, sobre as frases
obscenas que o personagem emite em determinados ambientes 25. Nada superará a beleza, nem todos os ângulos retos da razão. Assim
sociais. pensava o maior arquiteto e mais invocado sonhador do Brasil. Morto em
d) nas expressões que mostram tons opostos nos discursos 5 de dezembro de insuficiência respiratória, a dez dias de completar com
empregados aleatoriamente pelo personagem em conversas com uma festa, no Rio de Janeiro onde morava, 105 anos de idade, Oscar
interlocutores variados. Niemeyer propusera sua própria revolução arquitetônica baseado em
no falso elogio à originalidade atribuída a esse personagem, responsável uma interpretação do corpo da mulher. Filho de fazendeiros, fora o único
por seu sucesso no aprendizado das regras de linguagem da sociedade. ateu e comunista da família, tendo ingressado no partido por inspiração
de Luiz Carlos Prestes, em 1945. Como a agremiação partidária não
23. Ora, aí está justamente e epígrafe do livro, se eu lhe quisesse pôr correspondera a seu sonho, descolara-se dela, na companhia de seu líder,
alguma, e não me ocorresse outra. Não é somente um meio de completar em 1990. “O comunismo resolve o problema da vida”, acreditou até o fim.
as pessoas da narração com as idéias que deixarem, mas ainda um par “Ele faz com que a vida seja mais justa. E isso é fundamental. Mas o ser
de lunetas para que o leitor do livro penetre o que for menos claro ou humano, este continua desprotegido, entregue à sorte que o destino lhe
totalmente escuro. Por outro lado, há proveito em irem as pessoas da impõe.” E desprotegido talvez pudesse se sentir um observador diante
minha história colaborando nela, ajudando o autor, por uma lei de da monumentalidade que ele próprio idealizara para Brasília a partir do
solidariedade, espécie de troca de serviços, entre o enxadrista e os seus plano-piloto de Lucio Costa. Quem sabe seus museus, prédios
trebelhos(*). Se aceitas a comparação, distinguirás o rei e a dama, o governamentais e catedrais não tivessem mesmo sido construídos para
bispo e o cavalo, sem que o cavalo possa fazer de torre, nem a torre de ilustrar essa perplexidade? Ele acreditava incutir o ardor em quem
peão. Há ainda a diferença da cor, branca e preta, mas esta não tira o experimentava suas construções. Bem disse Le Corbusier que Niemeyer
poder da marcha de cada peça, e afinal umas e outras podem ganhar a tinha “as montanhas do Rio dentro dos olhos”, aquelas que um
partida, e assim vai o mundo. observador pode vislumbrar a partir do Museu de Arte Contemporânea de
(Machado de Assis, Esaú e Jacó) Niterói, um entre cerca de 500 projetos seus. Brasília, em que pese o
sonho necessário, resultara em alguma decepção. Niemeyer vira a
(*) Trebelhos: peças do jogo de xadrez. possibilidade de construir ali a imagem moderna do País. E como dizer
A intervenção direta do narrador no texto cumpre a função de: que a cidade, ao fim, deixara de corresponder à modernidade
empenhada? Houve um sonho monumental, e ele foi devidamente
a) distanciar o leitor da articulação da história, evitando identificação traduzido por Niemeyer. No Planalto Central, construíra a identidade
emocional com as personagens. escultural do Brasil.
b) despertar a atenção do leitor para a estrutura da obra, convidando-o (Adaptado de Rosane Pavam. CartaCapital,
a participar da organização da narrativa. 07/12/2012, www.cartacapital.com.br/sociedade/a-visao-monumental-2/)
c) levar o leitor a refletir sobre as narrativas tradicionais, cuja seqüência
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Quem sabe seus museus, prédios governamentais e catedrais não Vejo-o puro
tivessem mesmo sido construídos para ilustrar essa perplexidade? (3º e afável ao paladar
parágrafo) como beijo de moça, água
na pele, flor
De acordo com o contexto, o sentido do elemento grifado acima pode ser que se dissolve na boca. Mas este açúcar
adequadamente reproduzido por: não foi feito por mim.
Opção 1) descompasso. Este açúcar veio
Opção 2) problemática. da mercearia da esquina e tampouco o fez o Oliveira, dono da mercearia.
Opção 3) melancolia. Este açúcar veio
Opção 4) estupefação. de uma usina de açúcar em Pernambuco
Opção 5) animosidade. ou no Estado do Rio
e tampouco o fez o dono da usina.
26. Um dos assuntos da semana foi o rostinho 100% natural da atriz Cate Este açúcar era cana
Blanchett na capa da “Intelligent Life”, título de estilo e comportamento e veio dos canaviais extensos
da revista “The Economist”. A foto foi publicada sem nenhuma correção que não nascem por acaso
feita com o Photoshop. As revistas femininas, que usam o recurso de no regaço do vale.
correção de imagens em níveis extremos, comemoram a iniciativa alheia. Em lugares distantes, onde não há hospital
Cate, 42, exibe suas rugas discretas e está, obviamente, linda. De fato, o nem escola,
rosto da atriz é um alívio estético diante de olhos tão acostumados a homens que não sabem ler e morrem de fome
peles com textura de borracha. aos 27 anos
Mas o discurso que legitima esse tipo de opção como tendência traz com plantaram e colheram a cana
ele uma justificativa mercadológica. Vejamos. Os corpos 100% perfeitos, que viraria açúcar.
sem nenhuma marca de expressão, são irreais. Correto. Funcionam Em usinas escuras,
como fantasias inalcançáveis, por mais que as mais afoitas tentem homens de vida amarga
consegui-los com a ajuda de cirurgias, implantes e outras alterações e dura
físicas. Mas, até mesmo para as marias-bisturi, os resultados têm produziram este açúcar
limites. Seja a permanência de algumas rugas, seja a transformação das branco e puro
pacientes em seres humanos artificiais. E, mesmo com todos os com que adoço meu café esta manhã em Ipanema.
recursos disponíveis, as consumidoras começaram a relatar seu fonte: “O açúcar” (Ferreira Gullar. Toda poesia. Rio de Janeiro, Civilização
descontentamento diante do espelho. Brasileira, 1980, pp.227-228)
Ironicamente, campanhas por imagens mais reais têm como principais
interessados os fabricantes de cosméticos. Cate Blanchett sem TEXTO II
Photoshop é uma bela mulher com rugas. Mas com ótima pele. Ultra bem A cana-de-açúcar
tratada. Sem manchas. Coisas que uma série de tratamentos estéticos Originária da Ásia, a cana-de-açúcar foi introduzida no Brasil pelos
não invasivos podem fazer por qualquer mulher. Pelo menos por qualquer colonizadores portugueses no século XVI. A região que durante séculos
uma com recursos suficientes para pagar por eles. foi a grande produtora de cana-de-açúcar no Brasil é a Zona da Mata
Cremes anti-idade, maquiagem de alta definição, produtos de múltipla nordestina, onde os férteis solos de massapé, além da menor distância
ação, tudo isso andava escondido sob muitas camadas de maquiagem em relação ao mercado europeu, propiciaram condições favoráveis a
digital. E a indústria da beleza, grande anunciante das revistas e esse cultivo. Atualmente, o maior produtor nacional de cana-de-açúcar é
suplementos de estilo e comportamento, começou a perceber que estava São Paulo, seguido de Pernambuco, Alagoas, Rio de Janeiro e Minas
marcando gols contra. Gerais. Além de produzir o açúcar, que em parte é exportado e em parte
Será bom, é claro, ver mais mulheres verdadeiras em capas mundo afora. abastece o mercado interno, a cana serve também para a produção de
Há muita beleza viva a ser mostrada. Mesmo assim, para grande parte álcool, importante nos dias atuais como fonte de energia e de bebidas. A
da humanidade, o acesso a um arsenal que permita chegar aos 40 ou aos imensa expansão dos canaviais no Brasil, especialmente em São Paulo,
50 com “cara de Cate” (e isso inclui, além de cosméticos, alimentação, está ligada ao uso do álcool como combustível.
exercícios e genética) é quase tão irreal quanto um par de seios (Comentários sobre os textos: “O açúcar” e “A cana-de-açúcar” )
absurdamente redondos e com design não compatível com a lei da
gravidade. 27. Para que um texto seja literário:
(Vivian Whiteman, Serafina, abril de 2012. Adaptado) Opção 1) basta somente a correção gramatical; isto é, a expressão
verbal segundo as leis lógicas ou naturais.
Assinale a alternativa que apresenta expressões com sentidos que se Opção 2) deve prescindir daquilo que não tenha correspondência na
opõem, no texto. realidade palpável e externa.
Opção 1) rugas discretas – alívio estético (2.º parágrafo). Opção 3) deve fugir do inexato, daquilo que confunda a capacidade de
Opção 2) corpos 100% perfeitos – fantasias inalcançáveis (4.º compreensão do leitor.
parágrafo). Opção 4) deve assemelhar-se a uma ação de desnudamento. O escritor
Opção 3) marias-bisturi – seres humanos artificiais (5.º parágrafo). revela ao escrever, revela o mundo, e em especial o Homem, aos outros
Opção 4) imagens mais reais (6.º parágrafo) – mulheres verdadeiras (9.º homens.
parágrafo). Opção 5) deve revelar diretamente as coisas do mundo: sentimentos,
Opção 5) maquiagem digital (8.º parágrafo) – beleza viva (9.º ideias, ações.
parágrafo).
28. Sobre os textos I e II, só é possível afirmar que:
Leia os textos abaixo para as questões 27, 28 e 29.
I. O texto I é literário também pela forma com que se apresenta.
TEXTO I II. O texto II poderia ser literário pela forma.
O açúcar III. Pela pluralidade significativa da linguagem, só é possível afirmar que
O branco açúcar que adoçará meu café o literário é o texto II.
nesta manhã de Ipanema
não foi produzido por mim
nem surgiu dentro do açucareiro por milagre.
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PORTUGUÊS SOLDADO COMBATENTE Leitura e Intepretação de Texto + Variação Linguística
Opção 1) consultar.
Opção 2) comprovar.
Opção 3) autorizar.
Opção 4) impedir.
Opção 5) incitar.
Gabarito
1. Opção 4
2. Opção D
3. Opção C
4. Opção C
5. Opção B
6. Opção C
7. Opção B
8. Opção A
9. Opção B
10. Opção A
11. Opção A
12. Opção A
13. Opção 3
14. Opção 5
15. Opção A
16. Opção 5
17. Opção 2
18. Opção 4
19. Opção 3
20. Opção A
21. Opção 3
22. Opção A
23. Opção B
24. Opção B
25. Opção 4
26. Opção 5
27. Opção D
28. Opção A
29. Opção E
30. Opção 2
11