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Índice
Introdução..........................................................................................................................4
Objectivos..........................................................................................................................4
Metodologia.......................................................................................................................4
Formas de tratamentos.......................................................................................................5
Conceito.............................................................................................................................5
Concordância de género..................................................................................................10
Concordância de pessoa..................................................................................................10
A pessoa do emissor........................................................................................................10
Vossa Magnificência.......................................................................................................11
Conclusão........................................................................................................................14
Bibliografia......................................................................................................................15
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Introdução
Os pronomes de tratamento são palavras que exprimem o distanciamento e a
subordinação em que uma pessoa voluntariamente se põe em relação a outra, a fim de
agradá-la e desejar um bom relacionamento. Porém, seu emprego abusivo poderá
afectar negativamente a dignidade da pessoa que os emprego.
Objectivos
Objectivo geral
Objectivos específicos
Metodologia
A metodologia usada durante a pesquisa para a elaboração deste trabalho foi
fundamentada, basicamente na referência bibliográfica. Trata-se de um método de
abordagem qualitativa do tipo descritivo exploratório e de paradigma histórico,
portanto, sobre a elaboração do trabalho foi possível com o uso da consulta documental
e bibliográfica, obedecendo as regras de elaboração de trabalhos científicos.
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Formas de tratamentos
Conceito
Segundo Cunha e Cintra (2002), denominam-se pronomes de tratamento certas palavras
e locuções que valem por verdadeiros pronomes pessoais como: você, o senhor, Vossa
Excelência.
Portanto Haverkate (1994), diz que pronome de tratamento são palavras ou sintagmas
usados pelo falante de uma língua com o objectivo de dirigir-se ou referir-se a outra
pessoa estando em uma relação de interacção comunicativa, seja ela uma relação
hierárquica ou de respeito. Além disso, os pronomes de tratamento caracterizam-se por
apropriarem-se das estruturas conjugais dos pronomes pessoais. Mais do que simples
direccionamentos, as formas de tratamento são engrenagens linguísticas que designam
uma série de significados na relação com o falante.
Goffman (1982), indica que todo tipo de pronome (pessoal, possessivo, demonstrativo,
indefinido etc.) segue regras gramaticais estabelecidas na língua portuguesa padrão que
norteiam o seu uso. No caso dos pronomes de tratamento, algumas regras devem ser
levadas em consideração:
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ela é o tema, portanto, na 3ª pessoa. Com relação à flexão verbal, em ambos os casos,
será sempre feita na 3ª pessoa (Lima, 2006). Veja nos exemplos abaixo:
Inúmeras são as situações em que devemos nos expor ou apresentar os nossos saberes,
perante os outros.
Os pronomes de tratamento são usados para se dirigir às pessoas com quem se fala (2.ª
pessoa). Eles representam as formas educadas, de acordo com a idade ou cargo
ocupados, e assumem o papel de pronomes pessoais.
Exemplo:
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embaixadores.
Vossa Excelentíssima V. Ex.a V. Ex.as Bispos e arcebispos.
Reverendíssima Rev.ma Rev.mas
Vossa(s) V. Mag.a. ou V. Mag.as ou Reitores de universidades.
Magnificência(s) V. Mag.a V. Mag.as
Vossa(s)Majestade(s) V. M. VV. MM. Reis e rainhas, imperadores
e imperatrizes.
Vossa Reverência V. Rev.a V. Rev.as Sacerdotes e outras
autoridades religiosas do
mesmo nível.
Vossa(s) V. Revma., V. V. Revma., Sacerdotes e outras
Reverendíssima(s) Rev.ma ou V. V. Rev.mas autoridades religiosas do
Rev.ma ou Rev.mas mesmo nível.
Vossa Santidade V. S. - Papa.
Vossa(s) Senhoria(s) V. S.a ou V. S.as ou Oficiais, funcionários
V.S.a V.S.as graduados e tratamento
comercial.
Estas formas aplicam-se à 2ª pessoa, àquela com quem falamos; para a 3ª pessoa aquela
de quem falamos, usam-se as formas Sua Alteza, Sua
Eminência, etc. Mas as últimas podem empregar-se com valor das primeiras, como
expressão de máxima cerimónia, mormente quando seguidas de aposto que contenha um
título determinado por artigo (Rodrigues, 2002).
É lícito dizer-se
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O tratamento é um sistema de significação que contempla diversas modalidades de
dirigir-se a uma pessoa.
As formas de tratamento fazem parte dessas regras sociais que sancionam determinados
comportamentos como adequados ou inadequados.
Quando duas ou mais pessoas conversam, uma pode dirigir-se à outra empregando um
nome ou um pronome, que cumprirão a função de apelar ou chamar a atenção do
interlocutor. O tratamento é, pois, um sistema de significação que contempla diversas
modalidades de dirigir-se a uma pessoa. Trata-se de um código social que, quando se
transgride, pode causar prejuízo no relacionamento entre os interlocutores.
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1. Formas pronominalizadas, isto é, palavras e expressões que equivalem a
verdadeiros pronomes de tratamento, como as formais você, o senhor, a senhora.
2. Formas nominais, constituídas por nomes próprios, nomes de parentesco, nomes
de funções (como professor, doutor, etc.).
3. Formas vocativas, isto é, palavras desligadas da estrutura argumental do
enunciado e usadas para designar ou chamar a pessoa com quem se fala.
Normalmente, essas são acompanhadas por pronomes pessoais explícitos ou
implícitos.
4. Outras formas referenciais, isto é, palavras usadas como referência à pessoa de
quem se fala.
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A polidez se manifesta no emprego de fórmulas de cortesia (“Tenho a honra de
encaminhar” e não, simplesmente, “Encaminho…”; “Tomo a liberdade de sugerir…”
em vez de, simplesmente, “Sugiro…”); no cuidado de evitar frases agressivas ou
ásperas (até uma carta de cobrança pode ter seu tom amenizado, fazendo-se menção, por
exemplo, a um possível esquecimento…); no emprego adequado das formas de
tratamento, dispensando sempre atenção respeitosa a superiores, colegas e subalternos.
Concordância de género
Com as formas de tratamento, faz-se a concordância com o sexo das pessoas a que se
referem:
Concordância de pessoa
Embora tenham a palavra “Vossa” na expressão, as formas de tratamento exigem verbos
e pronomes referentes a elas na terceira pessoa:
A pessoa do emissor
O emissor da mensagem, referindo-se a si mesmo, poderá utilizar a primeira pessoa do
singular ou a primeira do plural (plural de modéstia).
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Emprego de Vossa (Excelência, Senhoria, etc.) Sua (Excelência, Senhoria, etc.)
Vossa (Excelência, Senhoria, etc.), é tratamento directo – usa-se para dirigir-se a pessoa
com quem se fala, ou a quem se dirige a correspondência (equivale a você): Na
expectativa do atendimento do que acaba de ser solicitado, apresento a Vossa Senhoria
nossas atenciosas saudações.
Sua (Excelência, Senhoria, etc.): em relação à pessoa de quem se fala (equivale a ele
fala): Na abertura do Seminário, Sua Excelência o Senhor Reitor da PUCRS falou sobre
o Plano Estratégico.
Vossa Magnificência
É assim que manuais mais antigos de redacção ensinam a tratar os reitores de
universidades. Uma forma muito cerimoniosa, empolada, difícil de escrever e
pronunciar, e em desuso. Já não existe hoje em dia distanciamento tão grande entre a
pessoa do reitor e o corpo docente e discente. É, pois, perfeitamente aceita hoje em dia a
fórmula> Vossa Excelência (V. Exa.). A invocação pode ser simplesmente Senhor
Reitor, Excelentíssimo Senhor Reitor.
Saussure, em seus estudos, já deixa claro que o estudo da linguagem requer considerar
apuração de dados externos à língua, ainda que ele, para analisar o sistema, tenha
recortado de seus estudos os elementos externos:
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Nossa definição da língua supõe que eliminamos dela tudo o que lhe seja
estranho ao organismo, ao seu sistema: tudo quanto se designa pelo
termo “linguística externa”. Essa Linguística se ocupa, todavia, de coisas
importantes. E é sobretudo nelas que se pensa quando se aborda o estudo
da linguagem. (Saussure, 2012, p. 53)
É perceptível, com a recomendação de Saussure, que ele mesmo já considerava que o
estudo língua em uso (ou da linguagem) requer o reconhecimento de forças externas ao
sistema. O linguista ainda afirma serem língua e a fala objectos complementares, ou
seja, para se entender a fala, a língua se faz necessária, mas a língua é estabelecida pela
fala. É importante lembrar que a fala é um objecto cujos elementos são externos ao
sistema da língua. Saussure também diz que a fala vem sempre antes, com relação à
História, entendida, neste caso, como fatos, acontecimentos e fenômenos humanos, de
que trata a narrativa histórica.
Sem dúvida, esses dois objectos estão estreitamente ligados e se implicam mutuamente;
a língua é necessária para que a fala seja inteligível e produza todos os seus efeitos; mas
esta é necessária para que a língua se estabeleça; historicamente, o fato da fala vem
sempre antes. (Saussure, 2012, p. 51)
Fávero (2017) afirma, com relação às formas de tratamento, que cortesia (ou polidez) é
um conjunto de normas, em uma comunidade, que regulam o comportamento de seus
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membros, mas que, além dessa concepção tradicional, a cortesia está ligada a
fenômenos cognitivos (Escadel – Vidal), custo benefício (Leech) e preservação da face
(Goffman, Brown, Levinson e Kerbrat - Orecchioni). Pode-se compreender, mais uma
vez, que a perspectiva acerca das formas de tratamento não pode ser feita somente pelo
viés da língua, excluindo factores externos.
Com base nisso, trata-se aqui das formas de tratamento sob o olhar da variação
linguística e também pelo paradigma da gramaticalização. No que diz respeito à
variação linguística, serão abordados os conceitos vistos em Ilari e Basso (2014) e em
Martelotta (2011). E, no que diz respeito ao paradigma da gramaticalização, os
conceitos observados em Gonçalves e Santos (2011) e Gonçalves, Lima-Hernandes e
Casseb-Galvão (2011). No que se refera aos aspectos de linhas mais tradicionais, serão
mencionados Azeredo (2008), Cegalla (2004), Cunha (2010), Tufano (1985), cujos
conceitos acerca das formas de tratamento serão apresentados no desenvolver da análise
a seguir.
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Conclusão
Pronomes de tratamento são palavras ou expressões que usamos para nos referir às
pessoas, em consideração ao cargo que exercem, posição social, ou ainda, para indicar
formalidade e respeito.
As formas de tratamento fazem parte dessas regras sociais que sancionam determinados
comportamentos como adequados ou inadequados.
Quando duas ou mais pessoas conversam, uma pode dirigir-se à outra empregando um
nome ou um pronome, que cumprirão a função de apelar ou chamar a atenção do
interlocutor. O tratamento é, pois, um sistema de significação que contempla diversas
modalidades de dirigir-se a uma pessoa. Trata-se de um código social que, quando se
transgride, pode causar prejuízo no relacionamento entre os interlocutores.
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Bibliografia
AZEREDO, J. C. (2013). Gramática Houaiss da língua portuguesa. São Paulo:
Publifolha, 2013.
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