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Instituto Técnico de Saúde do Namibe

Língua Portuguesa | Ficha de Apoio - 10.ª Classe


Prof. Vanêzio Francisco

Pronomes de tratamento

Os pronomes de tratamento são certas palavras e locuções que valem por


verdadeiros pronomes pessoais, e designam a forma de tratamento a ser usada no
trato com as pessoas.
Ex.: você, o senhor, Vossa Excelência...

 Apesar de designarem a pessoa com quem se fala (a 2.ª, neste caso), os pronomes
de tratamento levam os verbos e outros pronomes para a 3.ª pessoa.
Ex.: Onde é que você vai?
Como o senhor se chama?
Vossa Excelência, Senhor Governador, permita-me apresentar o meu
projecto de educação literária.

Os únicos pronomes de tratamento que admitem o uso de artigo acompanhando-os


são: senhor, senhora, senhorita.
No quadro que se segue, apresenta-se a lista das formas de tratamento reverente e as
suas abreviaturas com que são indicadas na escrita.
Pronomes de Abreviaturas Aplicação
tratamento Singular Plural
Para tratamento pouco formal, de igual
Você V. VV. para igual ou de superior para inferior.
Em situações de não intimidade,
Senhor, senhora Sr., Sr.ª Srs., Sr.ªs
indicando respeito ou cortesia.
Apenas para funcionários públicos
graduados, oficiais (chefes, até coronel),
Vossa Senhoria V. S.ª V. S.ªs vereadores, em cerimónias.
Vossa Alteza V. A. --- Príncipes, arquiduques e duques
Vossa Eminência V. Em.ª V. Em.ªs Cardeais
A princípio, para altas autoridades do
governo, generais das forças armadas,
Vossa Excelência V. Ex.ª V. Ex.ªs comissários da polícia. Mas, usa-se
também para pessoas a quem se quer
manifestar muita reverência.
Vossa Magnificência, V. Mag.ª V. Mag.ªs Reitores de Universidades
ou Magnífico
Vossa Majestade V. M. --- Reis e imperadores
Vossa Reverendíssima V. Rev.mª V. Rev.mªs Bispos e arcebispos
Vossa Paternidade V. P. V. Ps. Abades, superiores de conventos
Vossa Reverência V. Rev.ª V. Rev.ªs Sacerdotes em geral
Vossa Santidade V. S. --- Para o Papa
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Emprego das formas de tratamento

A forma Vossa Excelência (V. Ex.ª) é tratamento directo, adoptada quando se dirige,
directamente, à pessoa com quem se fala, ou a quem se dirige a correspondência, isto
é, a 2.ª pessoa.
Ex.: Vossa Excelência, Senhor Governador, o director dos recursos humanos
está ao telefone.
A forma Sua Excelência (S. Ex.ª) é utilizada em relação à pessoa de que se fala, isto é,
a 3.ª.
Ex.: Na abertura do presente ano lectivo, Sua Excelência, Senhor Presidente
da República assegurou estarem preparadas as condições mínimas
necessárias para o combate à corrupção e ao nepotismo nas escolas do país.
As formas de protocolo V. Eminência, Vossa Magnificência, Vossa Excelência etc., no
tratamento frontal, podem ser substituídas por formas também respeitosas, mas
menos solenes, por exemplo, 2Senhor Padre”, “Senhor Ministro”, “Senhor Cardeal”.

Exercício de aplicação

Transforma os textos, alterando a forma de tratamento, de informal (por TU) para


formal (O SENHOR ou Vossa Excelência). Sublinha inicialmente, em cada verso, as
expressões que devem ser modificadas.

Eu queria escrever-te uma carta


amor
uma carta que dissesse
deste anseio
de te ver
deste receio
de te perder
deste mais que bem querer que sinto
deste mal indefinido que me persegue
desta saudade a que vivo todo entregue...

António Jacinto

A seguir, consideram-se alguns textos utilitários. Lê a explicação referente a cada


texto, conhece os modelos correspondentes e resolve os exercícios de aplicação.
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Requerimento

O REQUERIMENTO é um documento específico para fazer um pedido ou solicitação a


uma autoridade competente.
Pode, por exemplo, servir para obter informações, solicitar providências ou a
atribuição de um direito apresentando, argumentos para fundamentá-lo.

Estrutura do requerimento
O requerimento comporta a seguinte estrutura:
1. VOCATIVO, isto é, a entidade e instituição a que se dirige o respectivo
requerimento (deve conter os termos por extenso, como, por exemplo:
“Excelentíssimo Senhor Director do Instituto Técnico de Saúde do Namibe”;
“Sua Excelência Senhor Governador do Namibe etc.”);
2. IDENTIFICAÇÃO DO REQUERENTE , através de informações como nome completo,
naturalidade, filiação, estado civil, data de nascimento, número de bilhete de
identidade, número de contribuinte, endereço, profissão etc., conforme o que é
solicitado e as exigências da instituição (escola, repartição fiscal, administração
pública...). Aconselha-se a usar a fórmula de cortesia (a 3.ª pessoa gramatical
pela 1.ª). Pois, é um pedido, não uma exigência.
3. A SOLICITAÇÃO e a sua fundamentação, com o objectivo de facilitar o
pronunciamento do destinatário: deferir ou indeferir. É possível fundamentá-
la recorrendo a leis, decretos, portarias e outros documentos legais, e
apresentar o motivo e a finalidade. Devem-se enumerar os argumentos caso
sejam muitos.
4. FECHO, que contempla:
a) Fórmulas como: “Nestes termos”, “Pelo que” (numa linha) “Pede
deferimento”, “Espera deferimento”, “Aguarda deferimento” (na linha
logo abaixo);
b) Local e data (separados por vírgula);
c) Assinatura do requerente, ou do seu representante legal.
Observações:
 Deve-se deixar, entre a invocação e o início do texto, um espaço suficiente por
onde a autoridade colocará seu despacho (sua decisão);
 Não se utiliza um requerimento para fazer um pedido dirigido a chefes,
directores, ou gerentes, de instituições que não sejam públicas. Nesses casos o
instrumento adequado é a carta.
 Quando o requerimento é feito por várias pessoas, recebe o nome de “abaixo-
assinado”.
Lê a seguir este um exemplo de requerimento:
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Excelentíssimo Senhor
Vocativo
Administrador Municipal
De Moçâmedes

Adilson Osvaldo Ageu, solteiro de 22 anos de idade,


estudante, filho de João Ageu e de Analmim Ageu, natural
Identificação de Moçâmedes, província do Namibe, portador do B.I. n.º
do 005123157NE039, passado pelo arquivo de Identificação
Requerente
Nacional, em 28 de Setembro de 2016, residente no Bairro
Popular, município de Moçâmedes, rua Espírito Santo, casa
S/N;

Vem mui respeitosamente requerer a Vossa Excelência se


Solicitação digne autorizar a aquisição de uma parcela de terra, um
lote de 120 m2 nos arredores da cidade, para a construção
de uma moradia.

Pelo que;
Fecho
Espera deferimento.

Namibe, 26 de Agosto de 2020.

Adilson Osvaldo Ageu

Exercício de aplicação
Seguindo este modelo apresentado, escreve um requerimento ao Director do teu
Instituto, solicitando autorização para que a tua turma disponha de uma sala para
assistir ao filme angolano O Comboio da Canhoca.
Não te esqueças de referir os objectivos desta actividade.

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A Carta ― o que é? Como se escreve?

A carta é um texto que serve de correspondência entre pessoas ausentes, ou fisicamente


separadas.

Podem ser divididas em informais (de carácter pessoal, destina-se a familiares e amigos) e
formais (de carácter empresarial e institucional), mas cada um desses tipos pode ser
subdividido numa série de outros tipos conforme as situações e a natureza da
comunicação.

Estrutura

Convencionalmente, as cartas seguem uma estrutura constituída por:

 Nome e morada do emissor e do receptor (carta formal)


 Local e data (separados por vírgula)
 Saudação inicial
 Assunto (opcional)
 Corpo da carta
 Fórmula de despedida
 Assinatura

Linguagem

A linguagem de uma carta, principalmente a formal, deve apresentar as seguintes


qualidades:

 Clareza, concisão, precisão e objectividade (frases curtas, vocabulário adequado e


cuidado, sem ideias repetidas ou expressões inúteis);
 O tom deve ser cortês, ponderado e positivo, espontâneo e afável, e não tão
cerimonioso, frio e impessoal;
 A correcção ortográfica, sintáctica, semântica, de pontuação, de acentuação, de
translineação, de construção de parágrafos ou das margens. Sobre cada erro pesa
uma penalização do leitor;
 Originalidade (para conferir um cunho personalizado).

Em síntese:
Fórmulas de Fórmulas de
Tipos de cartas Estrutura
saudação inicial despedidas
- Sem outro assunto de
momento, subscrevo-
- Nome e morada do me de V. Ex.ª
remetente e do - Excelentíssimo Senhor - Com os melhores
destinatário; (Exmo. Sr.); cumprimentos;
- Local e data; - Estimado Dr. - Com os nossos
- Saudação inicial; - Exmo. Sr. Dr. / melhores
Formal
- Corpo da carta; Director / Presidente cumprimentos,
- Despedida; Sem outro assunto,
- Assinatura. apresento os meus
melhores
cumprimentos,
Atenciosamente...
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- Local e data; - Querido amigo; - Com um abraço /


- Saudação inicial; - Queridos pais; Um beijo do seu filho;
Informal - Corpo da carta; - Caríssimo; - Abraço amigável;
- Despedida; Olá, Dinis. - Muitos beijos;
- Assinatura. - Beijinhos.
-

Vê o exemplo de carta informal que se segue.

Local e data Alexandria, 22 de Julho 2004.


Oi, Íris!
Saudação inicial
Como vai?
Estou há poucos dias no Egipto, mas já começo a sentir
saudades de Angola.
Aqui está tudo bem. A família de Ramsés é muito fixe,
recebeu-me com carinho. Ainda bem que os tios dele falam
português, senão eu estaria perdida, pois não falo nenhuma
palavra em árabe, a língua que se fala no Egipto. Alexandria é
uma cidade linda, mas ainda não tive tempo de passear muito.
Corpo da carta

Primeiro estou a conhecer os hábitos da família. Eles seguem


uma religião chamada islamismo e rezam cinco vezes por dia.
Mas muitas coisas são parecidas com as nossas: eles vêem
televisão e assistem até a um desenho animado muito
engraçado, que se chama Sipi Bad. Eu não entendo nada! Só
sei que ele se parece com o Aladim, lembras-te daquela
história que lemos uma vez na escola?
E tu, que tens feito de bom?
Escreve-me logo, pois sinto falta dos amigos.
Despedida
Um abração.
Assinatura Clarice.

in https://ensinarhoje.com/carta-pessoal-texto-e-atividades/
(Consultado em 18-01-2021, adaptado)

Exercícios de Aplicação

Após a leitura do texto, responde:


1. Que género textual é esse?
2. Para que serve esse tipo de texto?
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3. Quem o escreveu?
4. Quem é o destinatário?
5. Onde e quando a carta foi escrita?
6. Como a remetente fez a saudação ao destinatário?
7. Que motivos levaram a remetente a escrever a carta para o destinatário?
8. Como a remetente se despede do destinatário?
9. Em que país a emissora está?
10. Fala-se a mesma língua que a nossa no país de onde a emissora escreveu o
texto? Justifica a tua resposta com passagem do texto?
11. A emissora relata no seu texto que a família que a recebeu é fixe e que
alguns hábitos são parecidos com os nossos. Que hábitos são esses?
12. Em que país o receptor provavelmente mora?

IMPORTANTE:

13. Escreve uma carta a um ex-colega, contando-lhe como têm sido as aulas no
Instituto Técnico de Saúde do Namibe.
14. Ou, escreve uma carta a um professor, pedindo-lhe um livro de um escritor
angolano de quem tanto gostas.
Vê agora um exemplo de carta formal, na página seguinte.

A seguir, redige uma carta, respondendo ao seguinte anúncio de emprego:

PRECISA-SE DE :
Três técnicos de enfermagem, quatro de diagnóstico e terapêutica (um de
análises clínicas, um de fisioterapia, um de estomatologia e de nutrição e
dietética). Deve possuir experiência de seis (6) meses. Contacte a direcção da
Clínica Endiama do Namibe, no bairro Saidy Mingas II, Rua dos Cubanos,
Moçâmedes.

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Nome e morada Marlene Tchivela


do remetente Av. 14 de Abril, 225-03
Moçâmedes

Nome e morada Farmácia Nabefarma


do destinatário Rua Joaquim Morais,
Moçâmedes
Local e data Moçâmedes, 18 de Janeiro de 2021.
Assunto (opcional) Assunto: Envio de documentação

Saudação inicial Exmo. Sr. Dr. Francisco

Em resposta ao vosso anúncio, publicado na Rádio Namibe, no dia 05


de Janeiro de2021, apresento a minha candidatura para a função de
Gestor de Depósito de Medicamentos.
Chamo-me Marlene Tchivela e sou Técnica Média em Farmácia pelo
Corpo da carta

Instituto Técnico de Saúde do Namibe.


Possuo como experiência profissional um estágio na Farmácia Eco-
Farma e experiência de dois anos na área de controle do stock de
medicamentos da Clínica MBD.
No que respeita à formação complementar, possuo um curso de Gestão
Qualidade.
Junto envio o meu curriculum vitae para vossa apreciação.
Agradecendo antecipadamente a atenção que possam dispensar-me,
Despedida
apresento os melhores cumprimentos.
Assinatura Marlene Tchivela
Anexo:
Anexo
Curriculum vitae

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Acta

A ACTA é o registo de acontecimentos, opiniões, propostas e decisões tomadas no


seguimento de uma assembleia, conselho ou reunião de uma instituição.

Funções de uma acta


 Função constitucional: este documento serve de garantia da vontade
colectiva de uma instituição, ou um dos seus departamentos, ou uma
organização e regula as suas acções;
 Função executiva: o que se regista numa acta deve ser cumprido;
 Função documental: ao ser arquivada, a acta permite a continuidade da
instituição ou organização e pode funcionar como prova em acções legais.

Estrutura de uma acta


Numa acta, devem constar os seguintes elementos:
 Número da acta (por extenso);
 Data e hora exacta (aos _____ dias do mês de _____, do ano de _____, pelas
_____ horas);
 O local da reunião;
 Tipo de reunião (ordinária ou extraordinária);
 Identificação do presidente e das demais pessoas convocadas (presentes e
ausentes);
 Ordem de trabalho (conforme a convocatória);
 Síntese das principais intervenções, votações, deliberações e decisões
tomadas;
 Fórmula de encerramento da reunião (“Nada mais havendo a tratar, deu-se
por encerrada a sessão de que se lavrou a presente acta que, depois de lida
e aprovada, vai ser assinada pelo presidente e por mim que a secretariei.);
 As assinaturas do presidente e do secretário, ou assinaturas dos vários
elementos, consoante às circunstâncias, os hábitos e as exigências das
formalidades. Em alternativa poderá existir uma folha de presenças anexa à
acta.

Como elaborar uma acta


 Numa acta, todos os números devem ser redigidos por extenso (Acta
número um);
 Relatar os assuntos por ordem em que foram tratados na reunião
 Usar linguagem concisa e objectiva, para relatar o que foi dito e decidido,
isto é, somente o essencial;
 Antes das assinaturas, deve ler-se em voz alta para ser aprovada;
 Todos os espaços em branco devem ser trancados “—-- --—“;
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 Não deve conter siglas, acrónimos nem abreviaturas;


 Não deve conter rasuras. Em caso de engano, deve-se escrever a palavra
“digo” e, depois, o que se pretende registar (Ex.: ... e foram traídos, digo,
trazidos para a assembleia...).

Vê a seguir um modelo de acta.

Instituto de Formação de Professores de Chibututuíne

Acta

Acta da reunião da turma R1

Ao quarto dia do mês de Maio de dois mil e dezassete realizou-se, na sala três, a
terceira reunião ordinária da turma Regular um, presidida pela directora de
turma, Aurélia Mudiue, na qual participaram todos os formandos. A mesma teve
os seguintes pontos de agenda: _____________________________________________

 Leitura da acta da reunião anterior; ___________________________________

 Integração dos formandos no instituto; ________________________________

 Estruturação da turma; ______________________________________________

 Limpeza da sala de aulas. ____________________________________________

Antes da abordagem dos pontos da agenda, a presidente tomou a palavra e


saudou todos formandos da turma. _________________________________________

Sobre o primeiro ponto da agenda, o formando Penino Faduco leu a acta da


primeira reunião que,após reconhecer-se que reflectia os assuntos tratados, foi
aprovada e assinada pelo secretário, Penino e pela presidente (directora da turma).

No segundo ponto, a presidente perguntou aos participantes como iam os


primeiros dias na instituição. Em resposta, os formandos disseram que estavam
sendo difíceis devido às dificuldades de adaptação ao horário (acordam cedo e
dormem tarde) e ao elevado número de disciplinas (dezasseis). Sobre esta
resposta, a presidente pediu aos formandos para se empenharem na adaptação
rápida pois o curso é intensivo e exige muito esforço, o horário não ia mudar, nem
o número de disciplinas ia diminuir, por isso, havia que aprender rapidamente a
gerir o tempo para satisfazer todas as obrigações curriculares e co-curriculares.
Acrescentou que ela sempre estaria disponível para dar todo o apoio que os
formandos precisassem. __________________

No concernente ao terceiro ponto da agenda, com recurso às eleições, a turma foi


estruturada da seguinte forma: _____________________________________________

1. Chefe de turma: Henriqueta Matola ______________________________________

2. Chefe-Adjunto da turma: António Mahumana _____________________________


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3. Chefe da limpeza: Hélder Samboco _______________________________________

4. Chefe da informação: Adelaide Budula ____________________________________

5. Chefe da produção: Filomena Simbine ____________________________________

6. Chefe do desporto: Dicla Gidália _________________________________________

7. Chefe do estudo nocturno: Ramiro Seco ___________________________________

8. Chefe da cultura: Silva Ngovo ____________________________________________

No que respeita ao quarto e último ponto da agenda, para garantir a limpeza da


sala de aulas, foi elaborada a escala que segue, por grupos, para os cinco dias da
semana.

Segunda-feira: Primeiro grupo (de número um a número seis); _________________

Terça-feira: Segundo grupo (de número sete a número doze); __________________

Quarta-feira: Terceiro grupo (de número treze a número dezoito); ______________

Quinta-feira: Quarto grupo (de número dezanove a número vinte quatro); _______

Sexta-feira: Quinto grupo (de número vinte e cinco a número trinta). ____________

No fim da reunião, a presidente orientou os participantes, em grupos constituídos,


a definirem princípios que permitam uma convivência harmoniosa e positiva na
turma, tendo em conta o respeito mútuo, a solidariedade, a união e aprendizagem.

Não havendo mais nada a tratar, deu-se por encerrada a reunião, da qual se lavrou
a presente acta que, depois de lida eaprovada, foi assinada por mim, Penino
Faduco e pela presidente, Aurélia Mudiue. __________________________________

O Secretário ___________________________ O Presidente ________________________

Exercício de Aplicação

Imagina que tu e os teus os colegas realizaram uma reunião com a seguinte ordem de
trabalhos:
1.º Analisar a situação da Covid-19 na cidade de Moçâmedes;
2.º Discutir as condições de biossegurança da vossa escola.
3.º Diversos
Elabora uma acta dessa reunião imaginária, de acordo com o exemplo apresentado.

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Biografia e autobiografia

Estes são dois textos muito confundidos. Vê as diferenças.

Biografia

A biografia é o relato organizado da vida de uma personalidade, escrito de modo


cronológico por outra pessoa.
Para a escrita de uma biografia é necessário recolher informações sobre o
biografado,
 consultando documentos, livros, enciclopédias;
 entrevistando a própria entidade;
 registando depoimentos de familiares ou amigos e conhecidos.

Elementos característicos

 Nome completo da personalidade biografada;


 Datas e local de nascimento e morte (caso já não esteja vivo);
 Lugares (onde viveu, passou parte da vida);
 Acontecimentos marcantes da vida do biografado.

É freqüente constar na contracapa ou numa das badanas de um livro. Portanto,


conforme a intenção, a biografia pode aparecer como uma simples nota biográfica
ou mesmo como um livro.

Autobiografia

A autobiografia é um relato retrospectivo que a própria pessoa faz da sua vida,


sob forma documental ou ficcional.

A escrita autobiográfica requer alguma impessoalidade e distanciação do autor em


relação a si mesmo, o que exige conhecer-se e perceber o que diferencia a sua
identidade singular da identidade dos outros.

Diferenças discursivas entre biografia e autobiografia

Biografia Autobiografia
Redigido na 3.ª pessoa Redigido na 1.ª pessoa
Carácter informativo Carácter expressivo
Predomínio da linguagem objectiva Predomínio da linguagem subjectiva
Sequência cronológica obrigatória Sequência cronológica não obrigatória

Vê, a seguir, exemplos textuais de biografia e autobiografia.


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Biografia

José da Silva Maia Ferreira, escritor angolano, nasceu a 7 de Junho de 1827, em Luanda,
embora alguns estudiosos, depois de um estudo hermenêutico dos seus poemas, tenham
indicado a cidade de Benguela como seu berço natal.
A sua família, os Maia Ferreira, como algumas outras bem conhecidas como os Pinto de
Andrade, os Pinheiro Falcão, os Nascimento da Mata etc., fazia parte do grupo de euro-
africanos que enformavam a oligarquia urbana da época.
Com apenas sete anos de idade foi para o Brasil, onde viveu entre 1834 e 1845, devido à
perseguição feita a seu pai, um miguelista, identificado com os “filhos do país”. Depois de
uma estadia nos Estados Unidos, onde casou com uma norte-americana, visitou Portugal
em 1844. Regressa a Luanda em 1845.
De novo na Pátria, inicia uma carreira na Administração Pública. Logo em 1846, é
nomeado para secretário interino da Junta da Saúde para secretariar a comissão mista
portuguesa e britânica. Em 1849, assume as funções de tesoureiro da alfândega, em
Benguela. Em 1850 é nomeado oficial ordinário da secretaria do governo provincial de
Benguela e em Junho desse mesmo ano, de novo em Luanda, passa a exercer as funções de
escrivão de descargas da alfândega desta cidade. Dias depois, concretamente a 25 de
Junho, volta a Benguela para assumir interinamente, o cargo de subdelegado de Benguela,
na ausência do titular, José Justiniano da Cruz Forte, seu cunhado. Incompatibilidades
com o clima da cidade impõem um regresso antecipado à cidade capital, onde passa a
desempenhar tarefas na alfândega. Demitido em 1851, parte para Ambriz e depois para a
cidade de Nova Iorque, dedicando-se aqui à actividade comercial. Em 1856, passa a
desempenhar o cargo de cônsul de Portugal nesta cidade norte-americana, fazendo
viagens frequentes a Portugal. Em 1864 deixa os Estados Unidos rumo à cidade do Rio de
Janeiro, no Brasil.
Intelectual prestigiado, com conhecimento de autores franceses, ingleses e mesmo
clássicos, foi colaborador do Almanach de Lembranças e do Correio Mercantil do Rio de
Janeiro. Foi correspondente do Jornal do Comércio.
Considerado um dos pioneiros da literatura angolana, a sua poesia reflecte o
constrangimento e o conflito psicológico que o permanente deambular pelo mundo lhe
provoca, constituindo-se como um termómetro do modus vivendi da sociedade burguesa
angolana da época. Publicou Espontaneidades da minha alma – Às senhoras africanas (1849).
Profissionalmente sempre “amarrado” à Administração Pública, José da Silva Maia
Ferreira viveu, em saltos permanentes, entre os três cantos do triângulo marítimo
(Europa/Portugal, África e América/Brasil), situação que poderá justificar algumas
incertezas quanto à data e local do seu falecimento (1867 ou 1881?).
José da Silva Maia Ferreira. In Diciopédia 2010 Porto: Porto Editora, 2009.

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Exercícios de Aplicação

1. Onde terá nascido o escritor José da Silva Maia Ferreira?

2. De que nacionalidade é este escritor?

3. De que grupo social fazia parte a sua família?

4. Por que motivo Maia Ferreira foi ao Brasil pela primeira vez?

5. De que nacionalidade foi a esposa de Maia Ferreira?

6. Traça uma linha do tempo da carreira profissional de Maia Ferreira.

7. Procura no dicionário os significados das palavras “oligarquia” e “cônsul”.

8. Por que motivos há incertezas em relação à data e o local da sua morte?

9. Conhecer experiências de vida de uma pessoa pode ampliar nossa percepção


do mundo e nos ajudar a refletir sobre a realidade em que vivemos?

10. Na tua opinião, qual é a função dos textos biográficos?

11. Escolhe uma figura local e sobre elabora uma biografia para apresentares a
turma, oportunamente.

A AUTOBIOGRAFIA que se segue é fictícia, criada a partir de uma colagem de


depoimentos e crónicas da autora. Lê-a e, posteriormente, resolve o exercício
proposto.

Autobiografia

Sou Clarice Lispector. Nasci na Ucrânia, numa aldeia que não existe no mapa,
Tchetchelnik, e vim com dois meses para o Brasil, propriamente para o Recife.
Minha primeira língua foi o português. Muitas pessoas pensam que eu falo com
sotaque por ser russa de nascimento. Mas, é que eu tenho a língua presa. Há a
possibilidade de cortar. Tem uma palavra que eu não posso falar, senão todo
mundo cai p´ra trás: aurora.
Antes de aprender a ler e a escrever, eu já fabulava. Inventei junto com uma amiga
minha, muito passiva, uma história que nunca terminava, porque quando eu dizia:
“Então todos estavam mortos”, ela replicava: “Não tão mortos assim”. Então eu
continuava a história.

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Eu trabalho do modo mais esquisito do mundo: sentada numa poltrona, com a


máquina no colo. Por causa dos meus filhos. Quando eles eram pequenos, eu
não queria que tivessem uma mãe fechada num quarto a que não pudessem ter
acesso. Então eu sentava no sofá, com a máquina no colo e escrevia.
Os meus romances, os meus contos me vêm em pedaços, anotações sobre as
personagens, tema, cenário, que depois vou juntando, mas que nasceram de
uma realidade interior vivida ou imaginada, sempre muito pessoal.
Quando eu era criança, durante muito tempo pensei que os livros nascessem
como as árvores, como os pássaros. Quando descobri que existiam autores,
pensei: também quero fazer um livro.
Adaptado de Para gostar de ler, Vol. 9, Contos. São Paulo: Ática.

Exercício de aplicação
1. Qual foi a primeira língua de Clarice Lispector?
2. Uma primeira língua é também designada por língua materna. Com a ajuda do
teu professor, diz como se designa a língua que se aprende imediatamente
após a primeira? E como se designa a língua que não faz parte do mosaico
linguístico de um povo?
3. Porque é que Clarice falava com sotaque?
4. Que habilidade tinha Clarice antes aprender a ler e a escrever?
5. Porque é que ela achava o seu trabalho o mais esquisito do mundo?
6. De onde partiam as ideias para escrever os seus romances e contos?
7. Atenta na seguinte passagem “Quando eu era criança, durante muito tempo pensei
que os livros nascessem como as árvores, como os pássaros. Quando descobri que
existiam autores, pensei: também quero fazer um livro.”
a. Na tua opinião, porque é que ela pensava que os livros nasciam como as
árvores e como os pássaros?
b. E tu, sempre quiseste fazer um curso relacionado às ciências de saúde?
Em qualquer dos casos, apresenta uma justificativa.

8. Agora, faz um comentário criativo e inteligente, entre 70 a 100 palavras sobre a


seguinte passagem do texto lido: “Por causa dos meus filhos. Quando eles eram

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pequenos, eu não queria que tivessem uma mãe fechada num quarto a que não
pudessem ter acesso. Então eu sentava no sofá, com a máquina no colo e escrevia”.
Passa pelos seguintes pontos:
 Qual é a mensagem implícita, ou lição, nesta passagem?
 Qual a tua opinião acerca deste conto? Concordas com a ideia
apresentada?
 Como relacionas a mensagem deste excerto com exemplos da tua
própria experiência e aquilo que conheces da sociedade?

Relatório

Um relatório é um texto que descreve ou narra, de forma circunstanciada e


pormenorizada ou sintética, uma ocorrência, a pedido de alguém com estatuto
para ordená-lo ou solicitar. Por isso, o relator submete-se às instruções recebidas e
às normas da instituição.

O objectivo de um relatório é comunicar uma actividade desenvolvida ou ainda


em desenvolvimento durante uma missão. Deve fornecer a informação necessária,
global e coerente, capaz de permitir tomadas de decisões adequadas.

Há diversos tipos de relatórios, sendo a sua natureza e tipologia condicionadas


pelo fim a que se destinam, pelas motivações que os originam e pelos assuntos
abordados:

 Relatório crítico (ou formal) é um texto que procede à descrição de


acontecimentos ou experiências para dar a conhecer o modo como
decorreram e a uma análise do sucedido;
 Relatório-síntese (ou informal) o mais corrente, é um texto mais abreviado
do que o anterior, elaborado a partir de uma investigação, pesquisa ou
resultado prévio.
Características do registo linguístico
 Registo formal da linguagem (cuidada, rigorosa, clara e concisa);
 Uso de verbos que chamam a atenção para determinados aspetos, como
constatar, observar, precisar, sublinhar, confirmar, lembrar, isto é, nos
tempos presente e passado com lógica e coerência.
 Emprego da primeira e/ou terceira pessoas. No entanto, aconselha-se
evitar o pronome pessoal, recorrendo a expressões mais impessoais
como “julga-se que”, “cabe, pois, concluir que”, “parece lícito supor”...
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 Recurso a frases curtas e ligadas através de conectores textuais


portadores de coerência e coesão e capazes de transmitir correctamente
as intenções do relator;
 Devem evitar-se as reticências ou pontos de exclamação e, naturalmente,
as ironias. As informações não podem basear-se em opiniões ou
especulações, mas devem ser provadas. Além disso, nada deve ficar
implícito.
 Construção de parágrafos breves.
Estrutura do relatório
A. Um relatório informal comporta a seguinte estrutura básica:
1. Cabeçalho (onde constam informações como o título, o nome do
destinatário, a data, o local e o nome do relator);
2. Introdução (apresentação dos objectivos e do assunto que se vai relatar);
3. Corpo ou parte central (desenvolvimento do assunto anteriormente
enunciado);
4. Conclusão (exposição das conclusões e balanço, com a apresentação de
propostas de actuação e eventuais recomendações);
5. Anexos, agradecimentos e bibliografia (quando necessários).
B. Um relatório formal é composto de seguintes elementos:
a. Pré-textuais (todos os que precedem a introdução propriamente dita)
Capa,
Folha de Rosto,
Agradecimentos,
Sumário,
Índice,
Resumo.
b. Textuais (os que constituem o corpo central do trabalho)
Introdução: com as indicações sobre o objecto e as finalidades
do relatório, a sua ideia central, as principais subdivisões;
Desenvolvimento: corpo do relatório, onde, numa sequência
lógica, deve haver uma parte descritiva com os assuntos, o
contexto situacional e as possíveis experiências; uma parte crítica,
com uma análise dos factos através de argumentos precisos.

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Conclusões: a enunciação dos resultados e as conclusões a que


se chegou.
c. Pós-textuais: (os que aparecem após a conclusão)
Bibliografia: todas as obras citadas, em rigorosa ordem
alfabética e de acordo com as normas de citação.
Anexos: em caso de mais de um, identificados pelas letras do
alfabeto, A, B, C etc.
Apêndice – textos que complementam o corpo do trabalho
(opcional).

Curriculum Vitae

O curriculum Vitae é um documento que descreve o percurso académico e


profissional de uma pessoa, completado com informações de carácter pessoal,
como forma de demonstrar as suas habilidades e competências a uma empresa ou
instituição.
Existem dois tipos básicos de curriculum vitae, conforme os objectivos e
destinatários:
a. Curriculum Académico – destinado a universidade e para as actividades de
cultura, pesquisa científica, bolsas de estudos;
b. Curriculum Profissional – para o ingresso no mercado de trabalho. Este
deve ser escrito de forma clara, objectiva e com boa apresentação gráfica
para provocar interesse a quem irá lê-lo ou avaliá-lo.
Há diversos modelos de curriculum vitae. Em geral, são três os formatos de
curriculum vitae mais relevantes:
i. Formato cronológico ― apresenta a história profissional por ordem inversa
à da realização, ou seja, começa pela descrição da situação actual e relata,
por ordem decrescente, as experiências profissionais anteriores.
ii. Formato funcional ― organiza a informação pelas funções desempenhadas
ou competências profissionais e não pelas datas.
iii. Formato misto ― utiliza o rigor do modelo cronológico com a flexibilidade
e versatilidade do curriculum funcional. Este permite observar melhor as
realizações da carreira profissional de quem o elabora.
Estrutura do curriculum vitae
Título CURRICULUM VITAE ou CORRÍCULO (em maiúsculas);
Dados Pessoais – nome, idade ou data de nascimento, estado civil,
telemóvel, e-mail e fax;
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Formação académica ou habilitações literárias e formação profissional


(devem ser escritos em ordem cronológica decrescente);
Experiências profissionais — devem ser escritas em ordem cronológica
decrescente (da mais recente para a mais antiga);
Outras informações (obejectivos ou interesses, possível intervenção no
domínio técnico e de investigação, línguas faladas ou escritas);
Data (quando necessário).
Quando o curriculum é para uma candidatura, é frequente, após o resumo, colocar
o objectivo numa ou duas frases que descrevam sinteticamente a posição que se
pretende alcançar.
A seguir, vê um modelo de curriculum vitae.

O contrato

Contrato é o documento de manifestação de vontades de pessoas, empresas ou


instituições, com o obejectivo de criar, modificar ou extinguir uma relação de
direitos e de obrigações, espelhando determinadas consequências.
No ordenamento jurídico angolano, existem diversos tipos de contratos,
dependendo do objecto e propósito dos contraentes, sendo os mais comuns os
contratos de compra e venda, locação (aluguer e arrendamento), empreitada,
trabalho e de mútuo.
Tipos de contratos
Contrato unilateral: é o chamado “contrato gratuito”, é aquele em que somente
uma das partes envolvidas assume obrigações. Exemplo: contrato de doações;
Contrato bilateral: é o contrato estabelecido quando existe entre as partes uma
transferência mútua de certos direitos e deveres por elas aceites.
Contrato Administrativo: é o instrumento utilizado pela Administração Pública
quando o acordo é celebrado com pessoas ou entidades particulares.
Estrutura de um contrato
Título (tipo de contrato a celebrar);
Identificação dos elementos subjectivos e objectivos;
Direitos e deveres das partes (escritos de forma artitulada com a descrição
de claúsula X ou Y);
Foro competente para dirimir futuros conflitos e para exclarecimentos de
possíveis dúvidas;
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Local e data da celebração do contrato;


Assinatura das partes.

A validade de um contrato exige que a vontade dos contratantes seja livre e


esclarecida, ou seja, que haja consentimento deliberado e livre das partes
contraentes.
A nulidade de um contrato acontece sempre que haja erro ou dolo essencial. O
mesmo acontece quando se verifica impossibilidade ou imoralidade nas condições
da sua existência.

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