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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL

UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DO PARÁ –


UFOPA
CAMPUS ALENQUER

REDAÇÃO OFICIAL
REDAÇÃO OFICIAL, TÉCNICA OU EMPRESARIAL

Prof. Francisco Igo Leite Soares


IMPORTÂNCIA DA REDAÇÃO OFICIAL

DIMENSÕES
• Intelectuais;

• Comportamentais

• Técnicas;
ETAPAS DO CURSO

• Parte I - Diagramação;

• Parte II – Pontuação Gráfica;

• Parte III – Novo Acordo Ortográfico;

Dinâmica do Oficio em Branco


Redação Oficial

É a maneira pela qual o poder público


redige comunicações oficiais e atos
normativos.
A finalidade principal da Redação Oficial

É comunicar com impessoalidade e clareza


para que a mensagem ali transmitida seja
compreendida por todos os cidadãos.

Em resumo, a Redação Oficial deve ser:


clara, precisa, coesa, objetiva, concisa,
impessoal, formal e padronizada.
a) Clareza
Pode-se definir como claro aquele
       

texto que possibilita imediata


compreensão pelo leitor.

No entanto a clareza não é algo


que se atinja por si só. Ela depende
estritamente das demais características
da redação oficial.
b) Precisão
        Completa a Clareza.

• Articulação da linguagem comum ou


técnica para a perfeita compreensão da
ideia veiculada no texto.
• Manifestação do pensamento ou da ideia
com as mesmas palavras.

• Escolha de expressões ou palavras que


não configure duplo sentido.
c) Objetividade
Ir diretamente ao assunto que se
       

deseja abordar, sem voltas e sem


redundâncias.

Atentar para a ideia primária e


secundária (hierarquia de ideias).
d) Coesão e coerência
Conexão, ligação, harmonia entre os
       

elementos de um texto.

Palavras, frases e parágrafos


entrelaçados, dando continuidade uns
aos outros.

Por substituição, por elipse, por


conjunções
        e) a impessoalidade, que evita a
duplicidade de interpretações que
poderia decorrer de um tratamento
personalista dado ao texto; É
importante salientar que o caráter
impessoal do texto é mantido pela
utilização do verbo na terceira pessoa
do singular ou plural, ou ainda na
primeira pessoa do plural.
       *Carater Público.
Impessoalidade

a) ausência de impressões individuais de quem


comunica; Ex.: na minha opinião / e aí, como vai?

b) impessoalidade de quem recebe a comunicação; o


destinatário sempre é o público; e

c) caráter impessoal do próprio assunto tratado.


f) o uso do padrão culto de
linguagem, em princípio, de entendimento
geral e por definição avesso a vocábulos de
circulação restrita, como a gíria e o jargão;
     g) a formalidade e a padronização,
que possibilitam a imprescindível
uniformidade dos textos;
     h) a concisão, que faz desaparecer do
texto os excessos linguísticos que nada lhe
acrescentam.
Concisão

É a economia de palavras. É redigir um


texto capaz de transmitir o máximo de
informações com um mínimo de
palavras.
Formalidade e padronização

As comunicações oficiais devem ser


sempre formais, isto é, obedecem a
certas regras de forma: além das já
mencionadas “impessoalidade” e uso do
“padrão culto de linguagem”, é
imperativo, certa formalidade de
tratamento.
Não se trata somente da eterna dúvida
quanto ao correto emprego deste ou
daquele pronome de tratamento para
uma autoridade de certo nível. Mais do
que isso, a formalidade diz respeito à
polidez, à civilidade no próprio enfoque
dado ao assunto do qual cuida a
comunicação.
       
A formalidade de tratamento vincula-se,
também, à necessária uniformidade das
comunicações. Ora, se a administração
pública é una, é natural que as
comunicações que expede sigam um
mesmo padrão.
A clareza da digitação, o uso de papéis
uniformes e a correta diagramação são
indispensáveis para a padronização.
Pronomes de tratamento

Lembrando:

Primeira Pessoa do discurso: a que fala

Segunda Pessoa do discurso: com quem se fala

Terceira Pessoa do discurso: de quem se fala


Pronomes de tratamento

Os pronomes de tratamento (ou de segunda


pessoa indireta) apresentam certas
peculiaridades quanto à concordância
verbal, nominal e pronominal. Embora se
refiram à segunda pessoa gramatical (à
pessoa com quem se fala, ou a quem se
dirige a comunicação), levam a
concordância para a terceira pessoa.
Pronomes de tratamento

ATENÇÃO!

DECRETO Nº 9.758, DE 11 DE ABRIL DE 2019.

Dispõe sobre a forma de tratamento e de


endereçamento nas comunicações com agentes
públicos da administração pública federal.
Decreto nº 9.758/2019:
Tratamentos vedados para servidores
públicos federais:
 I – Vossa Excelência ou Excelentíssimo
 II – Vossa Senhoria;
 III – Vossa Magnificência;
 IV – Doutor;
 V – Ilustre ou Ilustríssimo;
 VI – Digno ou Digníssimo; e
 VII - Respeitável
§ 1º O agente público federal que exigir o uso
dos pronomes de tratamento de que trata o
caput, mediante invocação de normas
especiais referentes ao cargo ou carreira,
deverá tratar o interlocutor do mesmo modo.
Emprego dos Pronomes de Tratamento
       
Como visto, o emprego dos pronomes de
tratamento obedece a secular tradição.
São de uso consagrado:

        Vossa Excelência, para as seguintes


autoridades:
EMPREGO DO PRONOME “VOSSA EXCELÊNCIA”

PODER EXECUTIVO CONTINUAÇÃO


• Presidente da • Embaixadores;
República; • Secretários-Executivos
• Vice-Presidente da de Ministérios e
República; demais ocupantes de
• Ministros de Estado; cargos de natureza
• Governadores e Vice- especial;
Governadores de Estado • Secretários de Estado
e do Distrito Federal; dos Governos
• Oficiais-Generais das Estaduais;
Forças Armadas; • Prefeitos Municipais.
EMPREGO DO PRONOME “VOSSA EXCELÊNCIA”

PODER LEGISLATIVO PODER LIGISLATIVO


• Deputados Federais e
Senadores;
• Ministro do Tribunal de
Contas da União;
• Deputados Estaduais e
Distritais;
• Conselheiros dos
Tribunais de Contas
Estaduais;
• Presidentes das Câmaras
Legislativas Municipais.
EMPREGO DO PRONOME “VOSSA EXCELÊNCIA

PODER JUDICIÁRIO APLICAÇÃO DO VOCATIVO


• Ministros dos • O vocativo a ser
Tribunais Superiores; empregado em
• Membros de comunicações
Tribunais; dirigidas aos Chefes
• Juízes; de Poder é
• Auditores da Justiça Excelentíssimo
Militar. Senhor, seguido do
cargo respectivo:
Excelentíssimo Senhor Presidente da
República,

Excelentíssimo Senhor Presidente do


Congresso Nacional,

Excelentíssimo Senhor Presidente do


Supremo Tribunal Federal.
As demais autoridades serão tratadas
com o vocativo Senhor, seguido do
cargo respectivo:

Senhor Senador,
Senhor Juiz,
Senhor Ministro,
Senhor Governador,
Prezado Contribuinte,
Vossa Senhoria é empregado para as
demais autoridades e para particulares.
O vocativo adequado é:

        Senhor Fulano de Tal, ou

Prezado Senhor*

(...)
Exemplo: - ERRADO
“Vossa Senhoria nomeareis o substituto”

- CORRETO
“Vossa Senhoria nomeará o substituto –
Da mesma forma, os pronomes possessivos
referidos a pronomes de tratamento são
sempre os da terceira pessoa:

"Vossa Senhoria nomeará seu substituto"

É errado: “Vossa Senhoria nomeará vosso


substituto".
Já quanto aos adjetivos referidos a esses
pronomes, o gênero gramatical deve
coincidir com o sexo da pessoa a que se
refere, e não com o substantivo que compõe
a locução. Se o interlocutor for homem, o
correto é "Vossa Excelência está atarefado",
"Vossa Senhoria deve estar satisfeito";
Se for mulher, "Vossa Excelência está
atarefada", "Vossa Senhoria deve estar
satisfeita".
Singular ou plural nas redações oficiais?
Quando quem a subscreve representa o
órgão em que exerce suas funções, é
preferível o emprego da primeira pessoa do
plural. Ex.: Comunicamos a Vossa
Senhoria.../ Convidamos Vossa Excelência
para.../ Encaminhamos a Vossa Senhoria...
Singular ou plural nas redações oficiais?

Quando o ato contiver assunto de


responsabilidade exclusiva e pessoal de
quem o assina, então caberá o emprego da
primeira pessoa do singular: Ex.: Atesto,
para fins de.../ Em cumprimento ao
despacho.../ Certifico que...
Fechos para Comunicações

        O fecho das comunicações oficiais


possui, além da finalidade óbvia de
arrematar o texto, a de saudar o
destinatário. O documento deve levar
assinatura e identificação do signatário.
Há dois fechos diferentes para todas as
modalidades do texto oficial:
Respeitosamente, (para autoridades
superiores a do remetente, inclusive o
Presidente da República);

Atenciosamente (para autoridades de


mesma hierarquia, de hierarquia inferior ou
demais casos).
CUIDADO!!!!! NÃO use Cordialmente,
Graciosamente; Calorosamente; Com
Afeto; Amorosamente...

É ERRADO ABREVIAR QUALQUER


UM DESSES FECHOS: Att., Atcs.
Identificação do Signatário

        Excluídas as comunicações assinadas


pelo Presidente da República, todas as
demais comunicações oficiais devem trazer
o nome e o cargo da autoridade que as
expede, abaixo do local de sua assinatura. A
forma da identificação deve ser a seguinte:
  
(espaço para assinatura – não usar traços
NOME (maiúsculo, sem negrito)
Chefe da Secretaria-Geral da Presidência
da República

(espaço para assinatura)


NOME
Ministro de Estado da Justiça
  
para evitar equívocos, recomenda-se não
deixar a assinatura em página isolada do
expediente. Caso seja necessário,
transfira para essa página ao menos a
última frase anterior ao fecho.
Numeração das páginas: obrigatória
somente a partir da segunda

Posição: no rodapé ou acima da área de 2


cm da margem inferior, na fonte calibri
ou carlito
ATIVIDADES:
Observe as afirmações, certifique se verdadeira ou
falsa, em se tratando de Redação Oficial; justifique
quando necessário.

1 – Os pronomes “SEU”, “SUA” e as variações


pronominais “O” e “LHE” não devem ser empregados
quando se usa as formas de tratamento altamente
cerimoniosas de excelência e eminência.

2 – Pode-se abreviar os tratamentos Vossa Excelência e


Sua Excelência quando aplicados ao presidente da
república.
3 – Usa-se a expressão “Vossa Excelência” para
Secretário Nacional de Ministério.

4 – Podem ser utilizadas expressões locais ou regionais.

5 – Escrevem-se os valores monetários em algarismo,


seguidos da indicação, por extenso entre parênteses.

6 – O vocativo para Vossa Senhoria é “Senhor.

7 – Doutor é uma forma de tratamento usual.

8 – Pode-se utilizar Vossa Excelência e Vossa Senhoria,


respectivamente para o presidente da câmara e vereador.
Expressões artificiais

Não confunda respeito e impessoalidade com


o uso de expressões artificiais que estão em
desuso como “Venho por meio desta”, “Tenho
a honra de" ou "Cumpre-me informar que“,
“Com os cumprimento desta...”. Tais
expressões devem dar lugar à forma direta, à
objetividade.
 Não empregue PRECIOSISMOS: palavras
raras, muitas vezes arcaicas, antigas, em
desuso. Ex.: Outrossim

 Não empregue NEOLOGISMOS: criação


de palavra (barrichelização do Felipe
Massa).
 Não use BREGUICES:

• “Prezados”, “caros”, no vocativo;


• “Outrossim”, “Destarte”(desta maneira), ...
• “Sem mais, subscrevemo-nos.”;
• Traço para a assinatura.
• “Vimos por meio desta...”
• “Temos a satisfação de comunicar...”
BREGUICE (continuação)

• “Nada mais havendo para o momento,


ficamos à disposição para maiores
informações necessárias.”

• “Subscrevemos, mui atenciosamente.”

• “Aproveitamos o ensejo, para protestos


da mais elevada estima e consideração.”
Procedimentos para redigir textos concisos:

a) eliminar palavras ou expressões


desnecessárias: Exemplo:
• ato de natureza hostil => ato hostil;
• decisão tomada no âmbito da diretoria =>
decisão da diretoria;
• pessoa sem discrição => pessoa indiscreta;
• neste momento nós acreditamos =>
acreditamos;
• travar uma discussão => discutir;
• na eventualidade de => se;
• com o objetivo de => para;

b) evitar o emprego de adjetivação


excessiva: o difícil e alarmante problema da
seca => o problema da seca;
c) dispensar, nas datas, os substantivos dia,
mês e ano: no dia 12 de janeiro => em 12 de
janeiro; no mês de fevereiro => em fevereiro;
no ano de 2000 = > em 2000;
d) trocar a locução verbo + substantivo pelo
verbo: fazer uma viagem => viajar; fazer uma
redação => redigir; pôr as ideias em ordem =>
ordenar as ideias; pôr moedas em circulação =>
emitir moedas;
e) usar o aposto em lugar da oração
apositiva: O contrato previa a construção da
ponte em um ano, que era prazo mais do que
suficiente => O contrato previa a construção da
ponte em um ano, prazo mais do que suficiente.
O que se tem é a anarquia, que é a bagunça
pura e simples, irmã gêmea do caos => O
que se tem é a anarquia, bagunça pura e
simples, irmã gêmea do caos;

f) empregar o particípio do verbo para


reduzir orações: Agora que expliquei o
título, passo a escrever o texto => Explicado
o título, passo a escrever o texto.
Depois de terminar o trabalho, ligo pra você
=> Terminado o trabalho, ligo pra você.
Quando terminar o preâmbulo, passarei ao
assunto principal => Terminado o
preâmbulo, passarei ao assunto principal;
g) eliminar, sempre que possível, os
indefinidos um e uma: Dante quer (um)
inquérito rigoroso e rápido. Timor-Leste se
torna (uma) terra de ninguém. A cultura da
paz é (uma) iniciativa coletiva.
Os atributos fundamentais da Redação Oficial
decorrem da Constituição Federal, que dispõe,
no artigo 37:

"A administração pública direta, indireta ou


fundacional, de qualquer dos Poderes da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios obedecerá aos princípios de
legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência (...)"
A QUEM SE DESTINA ? SIMPLICIDADE TEXTUAL
Não há dúvida que um texto
marcado por expressões de
circulação restrita, como a
   gíria, os regionalismos
vocabulares ou o jargão
técnico, tem sua
compreensão dificultada.

IMPESSUALIDADE E PUBLICIDADE, SÃO


PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS
        Lembre-se que o padrão culto nada
tem contra a simplicidade de expressão,
desde que não seja confundida com
pobreza de expressão.
De nenhuma forma o uso do padrão culto
implica emprego de linguagem
rebuscada, nem dos contorcionismos
sintáticos e figuras de linguagem próprios
da língua literária.
Há necessidade de empregar
determinado nível de linguagem nos
atos e expedientes oficiais
Há consenso de que o padrão culto é aquele
em que:

a) se observam as regras da gramática


formal, e

b) Emprega um vocabulário comum ao


conjunto dos usuários do idioma.
É importante ressaltar que a obrigatoriedade do
uso do padrão culto na redação oficial decorre
do fato de que ele está acima das diferenças
lexicais, morfológicas ou sintáticas regionais,
dos modismos vocabulares, das idiossincrasias
(particularidades comportamentais individuais)
linguísticas, permitindo, por essa razão, que se
atinja a pretendida compreensão por todos os
cidadãos.
No envelope, o endereçamento das comunicações dirigidas às
autoridades tratadas por Vossa Excelência, terá a seguinte forma:

A Sua Excelência o Senhor A Sua Excelência o Senhor


Fulano de Tal A Sua Excelência o Senhor Fulano de Tal
Ministro de Estado da Justiça Senador Fulano de Tal Juiz de Direito da 10a Vara
Esplanada dos Ministérios Senado Federal Cível
Bloco T 70.165-900 – Brasília. DF Rua ABC, no 123
70.064-900 – Brasília. DF 01.010-000 – São Paulo. SP

Novo endereçamento das comunicações dirigidas às autoridades terá


a seguinte forma:
A Sua Excelência o Senhor
Ao Senhor
Ao Senhor Fulano de Tal
Ministro de Estado da Justiça
Senador Fulano de Tal Juiz de Direito da 10a Vara
Esplanada dos Ministérios
Senado Federal Cível
Bloco T
70.165-900 – Brasília. DF Rua ABC, no 123
70.064-900 – Brasília. DF
01.010-000 – São Paulo. SP
No envelope, destinado a pessoas
tratadas com Vossa Senhoria deve
constar do endereçamento:

        Ao Senhor
        Fulano de Tal
        Rua ABC, no 123
        70.123 – Curitiba. PR
       
Art. 4º O endereçamento das comunicações dirigidas a
agentes públicos federais não conterá pronome de
tratamento ou o nome do agente público.
Parágrafo único. Poderão constar o pronome de
tratamento, na forma deste Decreto, e o nome do
destinatário nas hipóteses de:

I - a mera indicação do cargo ou da função e do setor da


administração ser insuficiente para a identificação do
destinatário; ou
II - a correspondência ser dirigida à pessoa de agente
público específico.
       
Mencionemos, ainda, a forma Vossa
Magnificência (V. Magª), empregada
por força da tradição, em
comunicações dirigidas a reitores de
universidade. Corresponde-lhe o
vocativo:

        Magnífico Reitor,


        (...)
Os pronomes de tratamento para religiosos, de
acordo com a hierarquia eclesiástica, são:
 Vossa Santidade, em comunicações
dirigidas ao Papa. O vocativo
correspondente é: Santíssimo Padre,
 Vossa Eminência ou Vossa Eminência
Reverendíssima, em comunicações aos
Cardeais
O vocativo correspondente é :Eminentíssimo
Senhor Cardeal, ou Eminentíssimo e
Reverendíssimo Senhor Cardeal,
       
 Vossa Excelência Reverendíssima é usado
em comunicações dirigidas a Arcebispos e
Bispos;
 Reverendíssima ou Vossa Senhoria
Reverendíssima para Monsenhores,
Cônegos e superiores religiosos.
 Vossa Reverência é empregado para
sacerdotes, clérigos e demais
religiosos.
Títulos profissionais e honoríficos:

Dom: título honorífico aplicável aos


membros da família imperial, monges
beneditinos e dignitários do clero (conjunto
de religiosos) a partir dos bispos. Ex.: D.
Pedro, D. Bernardo. No feminino, aplica-
se o termo Dona às senhoras de qualquer
classe social: Ex.: D. Helena, D. Mercedes.
Egrégio: significa nobre, distinto,
admirável; é tratamento forense
dispensado aos tribunais superiores.
Ex.: Encaminhamos a este Egrégio
Tribunal...

Excelso: significa alto, elevado,


sublime; aplica-se, como tratamento, ao
Supremo Tribunal Federal, na expressão
“Pretório Excelso”
Na correspondência, reservar palavras como honra,
satisfação, prazer e outras semelhantes para a
transmissão de mensagens que sejam, realmente,
motivo de honra, satisfação, prazer, etc. Ex.: Temos
a honra de convidar Vossa Excelência para
comparecer à solenidade.../ Temos a satisfação de
comunicar a Vossa Senhoria que, a partir desta data,
está à sua disposição.../ Temos o prazer de enviar-
lhe um exemplar do primeiro número da
publicação.../ Ficamos muito honrados com o
convite para...
O Padrão Ofício
       
Havia três tipos de expedientes que se
diferenciavam antes pela finalidade do
que pela forma: o ofício, o aviso e o
memorando. Com o fito de uniformizá-
los, extinguiu-se o aviso e o
memorando adotando apenas o ofício.
O Padrão Ofício
        Partes do documento
=> Cabeçalho – apenas na primeira página do
documento, centralizado.
=>Deve conter: a) brasão das Armas no topo.
O uso da marca da instituição deve ser
evitado.
=>Brasão disponível em
http://www2.planalto.gov.br/acervo/simbolos-
nacionais/brasão/brasao-da-republica
O timbre é elemento pré-textual – a Res. nº 17 – Consun, artigo 14, não utilizar o brasão D´Armas e da Ufopa no mesmo documento. O
Brasão D´Armas utiliza-se quando o documento for destinados à autoridade do poder executivo, legislativo, judiciário, forças armadas e
autoridade eclesiástico da esfera federal
Os dados do órgão, tais como endereço, telefone,
endereço de correspondência eletrônica, sítio eletrônico
oficial da instituição, podem ser informados no rodapé
do documento, centralizados.
O timbre é elemento pré-textual – a Res. nº 17 – Consun, artigo 14, não utilizar o brasão D´Armas e da Ufopa no mesmo documento. O
Brasão D´Armas utiliza-se quando o documento for destinados à autoridade do poder executivo, legislativo, judiciário, forças armadas e
autoridade eclesiástico da esfera federal
O Padrão Ofício
        Partes do documento (cabeçalho)
b) Nome do órgão principal;

c) Nomes dos órgãos secundários, quando


necessários, da maior para a menor
hierarquia e;

d) Espaçamento: entrelinhas simples (1,0)


Identificação do expediente
a) Nome do documento: por extenso, com todas letras
maiúsculas
b) Indicação de numeração: abreviada, padronizada como

c) Informações do documento: número, ano (com quatro
dígitos) e siglas usuais do setor que expede, da menor para a
maior hierarquia, separados por barra (/);
d) Alinhamento: margem esquerda da página.
        Exemplos:

OFÍCIO Nº 123/2019/GAB/PROGES/UFOPA
       
Variações dos documentos oficiais

a) [NOME DO EXPEDIENTE] + CIRCULAR: Quando um órgão envia o


mesmo expediente para mais de um órgão receptor. A sigla na epígrafe será
apenas do órgão remetente.

Ex.: OFÍCIO CIRCULAR Nº 652/2018/MEC

b) [NOME DO EXPEDIENTE] + CONJUNTO: Quando mais de um órgão


envia, conjuntamente, o mesmo expediente para um único órgão receptor. As
siglas dos órgãos remetentes constarão na epígrafe.

Ex.: OFÍCIO CONJUNTO Nº


005/2019/PROGES/PROCCE/UFOPA

c) [NOME DO EXPEDIENTE] + CONJUNTO CIRCULAR: Quando mais de


um órgão envia, conjuntamente, o mesmo expediente para mais de um órgão
receptor. As siglas dos órgãos remetentes constarão na epígrafe.

Ex.: OFÍCIO CONJUNTO CIRCULAR Nº 795/2018/CC/MJ/MRE


Nos expedientes circulares, por haver mais de um receptor, o órgão remetente poderá inserir no rodapé as siglas ou nomes dos órgãos
       
que receberão o expediente.
b) Local (sem UF) e data em que foi
assinado, por extenso, com alinhamento à
direita e ponto:
       Ex.: Brasília, 15 de março de 1991.

c) destinatário: o nome e o cargo da pessoa


a quem é dirigida a comunicação. Deve
ser incluído também o endereço(ver novo
decreto).
d) assunto: resumo do teor do documento
            
Exemplos:
Tud
Neg o
rito

Assunto: Produtividade do órgão em 2002.

Assunto: Necessidade de aquisição de novos


computadores.
Ponto
Final
Alin
ha men
        to à
marg
em e
sque
rda
TEXTO
Nos casos em que NÃO for de mero
encaminhamento de documentos, o expediente
deve conter a seguinte estrutura:
– introdução, que se confunde com o
parágrafo de abertura, na qual é apresentado o
assunto que motiva a comunicação. Evite o
uso das formas: "Tenho a honra de", "Tenho o
prazer de", "Cumpre-me informar que“...
- Ao invés disto, empregar a forma direta
    – desenvolvimento, no qual o assunto é
detalhado; se o texto contiver mais de uma
ideia sobre o assunto, elas devem ser tratadas
em parágrafos distintos, o que confere maior
clareza à exposição;
  – conclusão, em que é reafirmada ou
simplesmente reapresentada a posição
recomendada sobre o assunto.
Já quando se tratar de mero
encaminhamento de documentos a
estrutura é a seguinte:

        – introdução: deve iniciar com


referência ao expediente que solicitou o
encaminhamento.
Se a remessa do documento não tiver sido
solicitada, deve iniciar com a informação do
motivo da comunicação, que é encaminhar,
indicando a seguir os dados completos do
documento encaminhado (tipo, data, origem
ou signatário, e assunto de que trata), e a
razão pela qual está sendo encaminhado,
segundo a seguinte fórmula:
"Em resposta ao Aviso nº 12, de 1º de
fevereiro de 1991, encaminhamos,
anexa, cópia do Ofício nº 34, de 3 de
abril de 1990, do Departamento Geral
de Administração, que trata da
requisição do servidor Fulano de Tal."
OU,

"Encaminhamos, para exame e


pronunciamento, a anexa cópia do
telegrama no 12, de 1o de fevereiro de
1991, do Presidente da Confederação
Nacional de Agricultura, a respeito de
projeto de modernização de técnicas
agrícolas na região Nordeste."
– desenvolvimento: se o autor da
comunicação desejar fazer algum
comentário a respeito do documento
que encaminha, poderá acrescentar
parágrafos de desenvolvimento; caso
contrário, não há parágrafos de
desenvolvimento em aviso ou ofício
de mero encaminhamento.
FORMA DE DIAGRAMAÇÃO

a) Tamanho do papel: A4 (29,7cm x 21cm;


b) Margem lateral esquerda: no mínimo, 3
cm de largura;
c) Margem lateral direita: 1,5 cm;
d) Margem superior e inferior: 2cm
e) Área do cabeçalho: na primeira página 5
cm a partir da margem superior do papel;
g) Impressão: pode ser frente e verso;
FORMA DE DIAGRAMAÇÃO
h) Alinhamento: justificado;
i) Espaço entre linha: simples
j) Parágrafo: 6 pontos após, recuo 2,5cm;
numerado quanto tiver três ou mais parágrafos
(vocativo e fecho não se numera)
k) Fonte: CALIBRI ou CARLITO
l) Tamanho da Fonte: 12 no corpo, 11 nas
citações e 10 no rodapé
m) Impressão: pode ser frente e verso;
n) Símbolos: symbol e wingdings
Não deve haver abuso no uso de
negrito, itálico, sublinhado, letras
maiúsculas, sombreado, sombra, relevo,
bordas ou qualquer outra forma de
formatação que afete a elegância e a
sobriedade do documento;
A impressão dos textos deve ser feita
na cor preta em papel branco. A
impressão colorida deve ser usada
apenas para gráficos e ilustrações;

Palavras estrangeiras: grafadas em


itálico
       
Deve ser utilizado, preferencialmente,
o formato de arquivo DOCX, ODT ou
RTF nos documentos de texto;

Dentro do possível, todos os


documentos elaborados devem ter o
arquivo de texto preservado para
consulta posterior ou aproveitamento
de trechos para casos análogos;
       
Para facilitar a localização, os nomes
dos arquivos devem ser formados da
seguinte maneira:
        tipo do documento + número do
documento + palavras-chaves do
conteúdo
        Ex.: "Of. 123 - relatório
produtividade ano 2002"
ATIVIDADES:
1 – Qualquer cidadão pode e deve emitir um ofício? Justifique.

2 – O Ofício só pode ser destinado a órgão ou autoridade pública?

3 – O Ofício é um documento meramente externo não podendo


circular entre as repartições de um mesmo órgão? Justifique.

4 – Posso usar palavras que desabone a moral do destinatário?

5 – Pode ser usado para tratamento de assuntos particulares?


Justifique.

6 – Elabore um Ofício para o Governador do Estado, com base no


Manual de Redação da Presidência da República, solicitando a
reposição de carteiras danificadas .
OBSERVAÇÃO

Ficam excluídas dessa fórmula as


comunicações dirigidas a autoridades
estrangeiras, que atendem a rito e
tradição próprios, devidamente
disciplinados no Manual de Redação
do Ministério das Relações Exteriores.
ATA

Documento que registra resumidamente e


com clareza as ocorrências, deliberações,
resoluções e decisões de reuniões ou
assembleia.
Por ter valor jurídico, deve ser redigida de
tal maneira que não se possa modificá-la
posteriormente. Para isto escreve-se:
Sem parágrafo ou alínea (ocupando todo
o espaço da página)
Sem abreviaturas de palavras ou
expressões;
Com número por extenso;
Sem emenda ou rasuras;
Sem uso de corretivo (tipo error-ex);
Empregando o verbo no tempo pretérito
perfeito do indicativo, exemplo: Verbo
Falar: Falou, falaram
Na Ata, escreve-se tudo seguidamente, para
evitar que, nos espaços em branco, se façam
acréscimos.
Não se admitem rasuras. Para ressalvar erro
constatado durante a redação, usa-se a palavra
“digo” , depois da qual se repete a palavra ou
expressão anterior ao mesmo erro. Exemplo:
“Aos dezesseis dias do mês de agosto, digo,
do mês de setembro de mil novecentos e
setenta e quatro, reuniram-se o...”
Quando se constata erro ou omissão após a
redação, usa-se a expressão “Em tempo, que
é colocado após o escrito, seguindo-se a
emenda ou acréscimo. Exemplo:
“Em tempo: na linha onde se lê “abono”,
leia-se “abandono”.
Em caso de contestações ou emendas ao
texto apresentado, a ata só poderá ser
assinada depois de aprovadas as correções.
Partes ou Estrutura de uma Ata

a)Título: denominação do documento


(Ata) seguida do número da reunião e
nome a Diretoria ou Coordenação;
b)Abertura: registra a natureza da
reunião, a data e o local de sua
realização, informando o nome dos
participantes.
Nesta parte do documento os números
devem ser escritos por extenso;
c) Texto: local onde se faz o relato dos
principais acontecimentos e das decisões
tomadas. Deve ser escrito em um único
bloco sem espaço entre as linhas, sem a
utilização de parágrafos;
d) fecho: quase inalterável: “nada mais
havendo a tratar, o senhor Presidente
declarou encerrada a sessão, de que
eu, (nome), nomeado Secretário, lavrei
a presente ata, a qual assino com todos
os presentes.
e) Assinatura: Geralmente, de todos os
presentes.
Nota: Os números são grafados por
extenso.
RESUMO DE ATA
 Título
 Data, horário, local e objetivos
 O presidente, a secretária da reunião e as
pessoas presentes
 Relato da reunião propriamente dita
 Encerramento (exemplo)
MODELO DE ATA
Carta

Forma de comunicação externa dirigida


a pessoa (física ou jurídica), utilizada
para fazer solicitações, convites,
externar agradecimentos, ou transmitir
informações.
Estrutura de uma Carta Oficial ou
Empresarial

1 – A designação do tipo de documento,


número, sigla do órgão emissor e ano;
Ex.: CARTA Nº 069/2014/EFS
2 – Local e data, por extenso, à direita da
página;
Ex.: Santarém, 11 de fevereiro de 2014
3 – Vocativo: a palavra Senhor (a),
seguida do cargo do destinatário, e de
vírgula;
4 – Texto paragrafado, com a exposição
do(s) assunto(s) e o objetivo da carta
5 – Fecho: Atenciosamente, ou
Respeitosamente conforme o caso.
6 – Assinatura, nome e cargo do
emitente da carta.
MODELO DE CARTA OFICIAL OU
EMPRESARIAL
Relatório
É a exposição circunstanciada de atividades
levadas a tempo por funcionário, no
desempenho das funções do cargo que exerce,
ou por ordem de autoridade superior. É
geralmente feito para expor: situações de
serviço, resultados de exames, eventos
ocorridos em relação a planejamento,
prestação de contas ao término de um
exercício etc.
Estrutura de um Relatório

1 – Título (a palavra RELATÓRIO), letras


maiúsculas
2 – Vocativo: a palavra Senhor(a), seguida
do cargo do destinatário, e de vírgula;
3 – Texto paragrafado, composto de
introdução, desenvolvimento e conclusão.
Na introdução se enuncia o propósito do
relatório; no desenvolvimento; – corpo
do relatório – a exposição minudente dos
fatos; e na conclusão, o resultado ou
síntese do trabalho, bem como a
recomendação de providências cabíveis.
4 – Fecho, utilizando as fórmulas usuais;
5 – Local e data, por extenso.
6 – Assinatura, nome e cargo ou
função do signatário.
7 – Anexos, complementando o
Relatório, com material ilustrativo
e/ou documental.
MODELO DE RELATÓRIO
ATESTADO E/OU DECLARAÇÃO
Genival França defende que atestado é diferente de
declaração dizendo que “No atestado, quem o
firma, por ter fé de ofício, prova, reprova ou
comprova. Na declaração exige-se apenas um
relato de testemunho” (Direito Médico, p. 109). Já
o Parecer Cremesp 51.739/2001, afirma que
“Atestados Médicos e as Declarações Médicas visam
atestar ou declarar situações diversas constatadas
pelos profissionais. Assim, o que prevalece não é o
título, atestado ou declaração, mas o conteúdo
ATESTADO

Documento firmado por escrito, por servidor


em razão do cargo que ocupa, ou função que
exerce, declarando um fato existente, do qual
tem conhecimento a favor de pessoas, mesmo
que não haja registro formal.
PARTES OU COMPONETES DO ATESTADO

 Título, ou seja, a palavra ATESTADO em


maiúsculas;
 Nome e identificação da pessoa que emite (que
pode ser escrito no final, após a assinatura) e o
nome e identificação da pessoa que solicitou;
 Texto, sempre resumido, claro e preciso,
contendo o que se está confirmando ou negando;
 Assinatura, nome e cargo ou função de quem
atesta, além do carimbo.
DECLARAÇÃO

Declaração é a afirmação verbal ou escrita,


declaratória da existência ou não de um
direito ou de um fato em relação a algo ou
alguém, não importando se é favorável ou
não. É redigida da mesma forma que o
atestado.
ESTRUTURA DA DECLARAÇÃO

a) Usar o verbo Declarar no presente do indicativo,


na 1ª pessoa, para iniciar o texto.
Exemplos: Declaro que o Sr. João Armando Ferraz
Declaro que o Sra. Irene Brasil da Fonseca
b) Apresentar a finalidade da declaração no corpo do
texto.
Exemplos: Declaro para os devidos fins que o Sr ...
c) Local e data por extenso.
Exemplo: Porto Alegre, 22 de outubro de 1998.
d) Assinatura do emissor
PROCURAÇÃO
Transfere poderes do mandante ao mandatário,
também chamado de procurador.
Tipos: Pública e Particular
Forma: Não segue o Padrão Ofício
Base legal: Lei 10.406, artigo 654 (Código Civil)
PROCURAÇÃO
poderá tornar-se inválida pelos seguintes motivos
(artigo 682 do Código Civil):
1. pela revogação (ato do mandante) ou pela
renúncia (ato do mandatário);
2. pela morte ou interdição de uma das partes
(mandante ou mandatário);
3. pela mudança de estado que inabilite o mandante
a conferir os poderes, ou o mandatário para os
exercer;
4. pelo término do prazo ou pela conclusão do
negócio.
Base Legal:

Decreto Ministerial no 100.000, de 11 de


janeiro de 1991 com alterações ocorridas em
detrimento à Lei Complementar no 95, de 26
de fevereiro de 1998, ao Decreto n o 4.176, de
28 de março de 2002, e às alterações
constitucionais ocorridas no período e;
Terceira revisão do Manual de Redação da
Presidência da República.
FIM

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