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Análise Matemática II

Mestrado Integrado em Engenharia Electrotécnica e de Computadores

Ano Lectivo 2011/2012 – 2o Semestre

Exercı́cios propostos para as aulas práticas

I. Cálculo Diferencial em Rn

Departamento de Matemática da Universidade de Coimbra


I Cálculo Diferencial em Rn Análise Matemática II - MIEEC - 2011/2012 Geometria analı́tica

0 Revisões de geometria analı́tica

0.1 Vectores, rectas e planos


1
1. Mostre que o produto escalar verifica a identidade ~u · ~v = (k~uk2 + k~v k2 − k~u − ~v k2 ).
2
~v
2. Determine o produto escalar de ~u pelo versor de ~v (ou seja, ), sendo:
k~v k
1 1 (c) ~u = 2ı̂ + 3̂ + 5k̂, ~v = ı̂ + ̂;
(a) ~u = 2ı̂ + 3̂, ~v = √ ı̂ + √ ̂;
2 2
(d) ~u = 2ı̂ + 3̂ + 5k̂, ~v = 3ı̂ + 2̂ + k̂.
(b) ~u = 2ı̂ + 3̂, ~v = ı̂ + ̂;
3. Em R2 , determine dois vectores unitários paralelos a 2ı̂ + 3̂.

4. Em R2 , determine dois vectores unitários ortogonais a (ou seja, perpendiculares a) 2ı̂ + 3̂.

5. Em R3 , determine quatro vectores unitários ortogonais a 2ı̂ + 3̂.

6. Determine o vector projecção de 2ı̂ + ̂ + k̂ sobre ı̂ + 3̂ − k̂.

7. Sejam ~u = 3ı̂ + 4̂, ~v = ı̂ + ̂.

(a) Qual a projecção escalar de ~u sobre ~v ?


(b) Sendo w
~ = ı̂ − ̂, qual a combinação linear de ~v e w
~ que é igual a ~u?

8. Calcule os produtos vectoriais ~u × ~v e ~v × ~u quando:

(a) ~u = ı̂, ~v = k̂; (c) ~u = ı̂ + 3̂ − k̂, ~v = −ı̂ − 3̂ + k̂;


(b) ~u = 2ı̂ + 3̂ − k̂, ~v = ̂; (d) ~u = 2ı̂ + 3̂ − k̂, ~v = ı̂ + 2̂ + 3k̂.

9. Mostre que ı̂ × (ı̂ × ̂) 6= (ı̂ × ı̂) × ̂.

10. Calcule a área do paralelogramo definido pelos vectores ı̂ + 3̂ e 2ı̂ + ̂.

11. Calcule o volume do paralelepı́pedo definido pelos vectores ı̂ − ̂ + 2k̂, 3ı̂ + 6k̂ e 2ı̂ − 2̂ − 3k̂.

12. (a) Escreva a equação da recta que contém os pontos (1, 2) e (3, 5).
(b) Escreva as equações paramétricas da recta que contém os pontos (1, 2, 1) e (3, 5, 2).
(c) Escreva a equação do plano que contém os pontos (1, 2, 1), (3, 5, 2) e (0, 1, 0).

13. Sejam P = (1, 0, −1), Q = (2, 4, 5), R = (3, 1, 7).

(a) Determine um vector ortogonal ao plano que passa pelos pontos P, Q, R;


(b) Calcule a área do triângulo P QR.

14. (a) Escreva as equações paramétricas e as equações simétricas da recta que passa no ponto (1, 2, 3)
e é paralela ao vector 4ı̂ + 5̂ + 6k̂.
(b) Determine a distância entre a origem (ponto O = (0, 0, 0)) e a recta da alı́nea anterior.
(c) Escreva a equação do plano que contém o ponto (1, 2, 3) e é perpendicular ao vector 4ı̂+5̂+6k̂.

1
I Cálculo Diferencial em Rn Análise Matemática II - MIEEC - 2011/2012 Funções de várias variáveis

(d) Determine a distância entre a origem e o plano da alı́nea anterior.


(e) Escreva as equações simétricas da recta que passa no ponto (1, 2, 3) e é perpendicular ao plano
de equação x + y + z = 2.
(f) Escreva a equação do plano que contém o ponto (1, 2, 3) e é paralelo aos vectores 4ı̂ + 5̂ + 6k̂
e ı̂ + ̂ + k̂.
x−1 −z
15. Designemos por r a recta de equações =y+3 = .
2 2
(a) Determine equações paramétricas da recta s que é paralela a r e passa por (0, 1, 2).
(b) Determine a equação do plano que contém r e s.

16. Escreva uma equação para cada um dos seguintes planos em R3 :

(a) o plano que contém o ponto (1, 2, 3) e é perpendicular ao vector (−1, 1, 0);
(b) o plano que contém os pontos (2, 1, 3), (−3, −1, 3) e (4, 2, 3);
(c) o plano que contém o ponto (6, 0, −2) e é paralelo aos vectores (1, 0, 0) e (0, −2, 1);
(d) o plano que contém o ponto (4, −1, 2) e é paralelo ao plano 2x − 3y − z = 5.

0.2 Cónicas e quádricas

17. Identifique e esboce a secção cónica definida pela equação:


(a) y 2 = 64x; (e) (x + 4)2 − 9(y − 5)2 = 1;
(b) 9y 2 = 36 − 9x2 ; (f) y 2 − 8x + 8y + 32 = 0;
(c) 9y 2 = 144 − 16x2 ; (g) 4x2 + y 2 − 24x + 4y + 36 = 0;
(d) x2 − y 2 − 4 = 0; (h) x2 − 9y 2 + 8x + 7 = 0.

18. Identifique e esboce a superfı́cie quádrica definida pela equação:

(a) x2 + z 2 = 9; (f) x2 + 4 z 2 − y = 0;

(b) x2 − y 2 + z 2 = 4; (g) z = 2 + y 2 ;

(c) 4 x2 + 9 y 2 + 36 z 2 = 36; (h) x2 + y 2 = 4 − z;

(d) 4 z 2 − x2 − y 2 = 1; (i) x2 + y 2 + z 2 = −2 z;

(e) (z − 4)2 = x2 + y 2 ; (j) z = x2 − y 2 .

19. Represente geometricamente o sólido S definido pelas condições:

(a) x2 + y 2 ≤ z ≤ 2 − x2 − y 2 ; (c) x2 + y 2 ≤ 1 e 0 ≤ z ≤ x + y;

(b) x2 + y 2 ≤ 4 e x2 + y 2 ≥ (z − 6)2 ; (d) 0 ≤ z ≤ 2 e x2 + y 2 − z 2 ≤ 1.

20. Faça o esboço gráfico dos seguintes subconjuntos de R3 :

(a) S = {(x, y, z) ∈ R3 : x ≥ 0, y ≥ 0, z ≥ 0 e 6x + 3y + 2z ≤ 12};


(b) S = {(x, y, z) ∈ R3 : x2 + y 2 = 6y e x2 + y 2 + z 2 ≤ 36};
p
(c) S = {(x, y, z) ∈ R3 : 4 + z ≥ x2 + y 2 e 2 − z ≥ x2 + y 2 }.

2
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1 Funções reais de várias variáveis reais

1.1 Funções de várias variáveis

21. Descreva e faça um esboço do domı́nio das seguintes funções:


s
xy x2 + y 2 − 1
(a) f (x, y) = ; (f) f (x, y) = ;
y − 2x x2 + y 2 − 2x

x+1
(b) f (x, y) = p ; (g) f (x, y) = ln[x ln (y − x2 )];
1 − x2 − y 2

(c) f (x, y) = ln (xy); (h) f (x, y) = ln [(16 − x2 − y 2 )(x2 + y 2 − 4)];

x3 sin(x4 + y 6 )

(d) f (x, y) = + arcsin (y + 3); 
 se x > 0
3 x4 + y 6


(i) f (x, y) =
 y + √1 − x
p 
(e) f (x, y, z) = 4 − x2 − y 2 − z 2 ;


se x ≤ 0.

22. Esboce os gráficos das funções seguintes, e em seguida, algumas das suas curvas de nı́vel.

(a) f (x, y) = 2 + y 2 ; (f) f (x, y) = 2 − 4x2 − 2y 2 ;

p
(b) f (x, y) = 4 − x2 − y 2 ; (g) f (x, y) = 2x − x2 − y 2 ;

p
(c) f (x, y) = −1 +
p
1− x2 − y2 ; (h) f (x, y) = − x2 + y 2 − 1;

p
(d) f (x, y) = x2 − y2; (i) f (x, y) = −1 + x2 + y 2 ;

√ (j) f (x, y) = y − 1.
(e) f (x, y) = 1 − x2 ;

23. Esboce algumas “superfı́cies de nı́vel” para as seguintes funções:

(a) f (x, y, z) = x + y + z; (c) f (x, y, z) = x2 + y 2 ;

(b) f (x, y, z) = x2 + y 2 + z 2 ; (d) f (x, y, z) = x2 + y 2 − z.

1.2 Limites e continuidade

24. Prove, usando a definição, que:

x3 y 2
(a) lim x2 + y 2 − 2y = −1; (b) lim x(y − 1) = 0; (c) lim = 0.
(x,y)→(0,1) (x,y)→(1,1) (x,y)→(0,0) x2 + y 2

3
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25. Calcule, caso existam:


3x2 y
x2 (f) lim ;
(a) lim ; (x,y)→(0,0) x2 + 2y 2
(x,y)→(1,2) x2 + y 2

1 x2 − y 2
(b) 2
lim (x + 2y ) sin ; 2 (g) lim ;
(x,y)→(0,0) xy (x,y)→(1,−1) x+y

 
sin x 2 (h) lim e−xy sin(πz/2) ;
(c) lim ln + (yz) 3 ; (x,y,z)→(3,1,1)
(x,y,z)→( π2 , √1 , 21 ) 2
2

2xy xy − 2x − y + 2
(d) lim ; (i) lim ;
(x,y,z)→(1,−1,4) (x + y)2 (x,y)→(1,3) (x − 1)(y 2 − 4y + 4)

3x2 sin y x2 + xy − y 2
(e) lim ; (j) lim p .
(x,y)→(0,0) x2 + 2y 2 (x,y)→(0,0) x2 + y 2

26. Usando trajectórias convenientes tire conclusões sobre a existência dos seguintes limites:

x2 (x − 1)yz
(a) lim ; (d) lim ;
(x,y)→(0,0) x2 + y 2 (x,y,z)→(1,0,0) (x − 1)3 + y 3 + z 3

xy 2xy − 2y
(b) lim ; (e) lim ;
(x,y)→(0,0) x + y2
2 (x,y)→(1,0) (x − 1)2 + y 2

xy(x − y)
x2 y (f) lim .
(c) lim ; (x,y)→(0,0) x3 + y 3
(x,y)→(0,0) x4 + y 2

27. Determine o domı́nio das seguintes funções e estude a existência de limite nos pontos P0 indicados.

x |y|
(a) f (x, y) = , P0 = (0, 0);
|x| + |y|

x
(b) f (x, y) = , P0 = (0, 0);
x2 + y2

 2xy

 x2 + y 2
 se (x, y) 6= (0, 0)
(c) f (x, y) = , P0 = (0, 0);


0 se (x, y) = (0, 0)


 x
 se x = y
(d) f (x, y) = , P0 = (1, 1).

x2 se x 6= y

4
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28. Determine o subconjunto de R2 formado pelos pontos onde são contı́nuas as funções:

  y
2 2 se x2 + y 2 ≤ 1
 x +y
  ex
 se x 6= 0
(a) f (x, y) = (c) f (x, y) =
 
0 se x2 + y2 >1 2y se x = 0
 

3x2 y
 

 se (x, y) 6= (0, 0)  x+y
 se xy = 0
x2 + y 2

(d) f (x, y) =

(b) f (x, y) = 
0 se xy 6= 0

 

 0 se (x, y) = (0, 0)

2 Derivadas parciais, derivadas direccionais, gradiente

2.1 Derivadas parciais

29. Usando a definição de derivada parcial, calcule:

(a) fx (0, 0) e fy (1, 2), onde f (x, y) = x2 y;


(
∂f ∂f x se x < y
(b) (1, 1) e (1, 0), onde f (x, y) =
∂x ∂y y se x ≥ y.

30. Mostre que a função f definida por


2xy


 se (x, y) 6= (0, 0)
f (x, y) = x2 + y4

 0 se (x, y) = (0, 0)

tem derivadas parciais de primeira ordem em (0, 0), embora seja descontı́nua nesse ponto.

31. Calcule as (funções) derivadas parciais de 1a


¯ ordem das funções seguintes:
3
(a) f (x, y) = e2xy ; (e) f (x, y, z) = ln(ex + z y );

(b) f (x, y, z) = ex sin y + cos(z − 3y); (f) f (x, y) = (cos x)sin y ;


s
x2 − y 2 √
(c) f (x, y) = arcsin ; (g) f (x, y, z) = cos(y x2 + z 2 );
x2 + y 2
  xy
 x se xy 6= 0  se x + y 6= 0
(d) f (x, y) = (h) f (x, y) = x+y
 y se xy = 0;
x se x + y = 0.

32. Calcule as derivadas parciais de 2a


¯ ordem das funções seguintes:
(a) f (x, y) = x4 y 3 ; (b) f (x, y, z) = sin(xyz); (c) f (x, y, z) = x2 eyz + y ln z.

5
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33. Mostre que a função definida por f (x, y) = − ln(x3 + y 3 ) verifica fxy = fx fy .
Nota: a segunda igualdade acima não é, em geral, verdadeira.

34. Uma função f (x1 , x2 , . . . , xn ) diz-se harmónica se verificar a equação de Laplace,


∂2f ∂2f ∂2f
+ + . . . + = 0. Mostre que as seguintes funções são harmónicas:
∂x1 2 ∂x2 2 ∂xn 2
y p 1
(a) f (x, y) = arctan ; (b) f (x, y) = ln( x2 + y 2 ); (c) f (x, y, z) = p .
x x2 + y 2 + z 2
35. Sejam u(x, y) e v(x, y) duas funções com derivadas de 2a ¯ ordem contı́nuas. Mostre que se
(
ux (x, y) = vy (x, y)
uy (x, y) = −vx (x, y)

então u e v são funções harmónicas.


Nota: as equações anteriores são conhecidas como Equações de Cauchy-Riemann, que são im-
portantes em Análise Matemática III, nomeadamente no estudo das funções complexas da forma
u(x, y) + i v(x, y).

2 2
36. Sendo w(x, y) = cos(x − y) + ln(x + y) mostre que ∂ w2 − ∂ w = 0.
∂x ∂y 2

37. Utilizando o Teorema de Clairault, mostre que não existe nenhuma função f : R2 → R tal
∂f ∂f
que = xy 2 + 1 e = y2.
∂x ∂y

xy 2

se x 6= −y


x+y

38. Considere a função f : R2 → R definida por f (x, y) =


 0 se x = −y
Calcule fy (x, 0), fx (0, y) e mostre que fxy (0, 0) 6= fyx (0, 0).

39. Mostre que caso f tenha derivadas parciais de 3a ordem contı́nuas se tem fxxy = fyxx .

2.2 Diferenciabilidade e diferencial

40. Determine a equação do plano tangente às seguintes superfı́cies nos pontos indicados:

(a) z = x2 + 2y 2 , (1, −2, 9); (d) x2 + y 2 + z 2 = 1, (1/2, −1/2, 1/ 2);

(b) z = 9 − x2 , (2, 4, 5); (e) x = z 2 − y 2 , (0, 0, 1);



(c) 2x2 + 3y 2 + z 2 = 1, (0, 1/ 3, 0); (f) 4x2 − y 2 + 2z 2 − 2 = 0, (1, 2, 1).

41. Usando a definição , verifique se são diferenciáveis as seguintes funções nos pontos dados:

(a) f (x, y) = xy, em qualquer (a, b) ∈ R2 ;

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(b) f (x, y, z) = x y z , em todo o seu domı́nio;


(
x2 + y 2 se x 6= 0
(c) f (x, y) = no ponto P = (0, 0) ;
y4 se x = 0
(
0 se x 6= y 2
(d) f (x, y) = no ponto P = (1, 1) .
y−1 se x = y 2

42. Usando as condições suficientes/necessárias que conhece para uma função ser diferenciável num
dado ponto, verifique se são ou não são diferenciáveis as seguintes funções nos pontos dados:
2 +y 2
(a) f (x, y) = ex , no ponto (2, 1);

(b) f (x, y) = 3 xy, no ponto (1, 0);
(
0 se xy = 0
(c) f (x, y) = , no ponto (0, 0);
1 se xy =
6 0

(d) f (x, y, z) = x2 eyz + y ln z, no ponto (1, 2, 1);



 sin(xy2− y)2 se (x, y) 6= (1, 0)

(e) f (x, y) = (x − 1) + y

 0 se (x, y) = (1, 0), no ponto (1, 0);

(f) f (x, y, z) = cos(y x2 + z 2 ), no ponto (0, 1, 0).

43. Determine a equação do plano tangente às seguintes superfı́cies nos pontos indicados:
(a) z = cos(x2 + y), (0, π, −1); (b) z = x3 y 2 , (1, 1, 1) .

44. Usando aproximações lineares, calcule o valor aproximado das seguintes funções nos pontos dados:

(a) f (x, y) = cos(x2 + y) , no ponto (0, π2 );


p
(b) g(x, y, z) = x2 + y 2 + z 2 , no ponto (2.001, 0.003, −0.001);
(c) h(x, y) = x3 y 2 , no ponto (1.02, 0.97).

45. Calcule um valor aproximado para (3.05)2 × (2.01)3 × (1.006)6 .

46. O comprimento e a largura de um rectângulo foram medidos como 30 cm e 24 cm, respectivamente,


com um erro de medida de, no máximo, 0.1 cm. Utilize os diferenciais para estimar o erro máximo
cometido no cálculo da área do rectângulo.

47. Uma caixa sem tampa vai ser construı́da com madeira de 0.5 cm de espessura. O comprimento
interno deve ter 70 cm, a largura interna 40 cm e a altura interna 35 cm. Utilize a aproximação
linear de uma função conveniente para calcular a quantidade aproximada de madeira que será
utilizada na construção da caixa, e compare o resultado com valor exacto.

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2.3 Derivada da composta (“Regra da Cadeia”) e matriz jacobiana

48. Considere as funções:


f : R2 → R2 , definida por f (u, v) = (u cos v, u sin v);
g : R2 → R, definida por g(x, y) = x2 + y 3 ;
h : R2 → R, definida por h(u, v) = (u cos v)2 + (u sin v)3 .

(a) Determine as matrizes jacobianas de f , g e h.


∂h
(b) Calcule (3, π).
∂u
√ √
2 2
49. Seja g : R3 → R2 uma função diferenciável tal que a matriz jacobiana de g no ponto ( 2 , 2 , 0)
" #
1 0 2
é e seja h definida por h(r, θ, φ) = g(r cos θ sin φ, r sin θ sin φ, r cos φ).
0 1 1
Calcule a matriz jacobiana de h o ponto (1, π4 , π2 ).
(
du x = 3t2
, sendo u = ln sin x

50. Calcule y e √
dt y = 1 + t2 .
(
∂u ∂u 2 xy 2 x = s2 t
51. Calcule e , sendo u = x e + y sin(xy) e
∂s ∂t y = s et .

y2
 
1
52. Sendo z = +φ + ln y , onde φ é diferenciável em R, mostre que y zy + x2 zx = y 2 .
2 x
y z 
53. Sendo u = x3 F , , onde F é diferenciável em R2 , mostre que x ux + y uy + z uz = 3u.
x x

54. Suponha que a função f (u, v, w) é diferenciável e que as suas derivadas parciais satisfazem:

fu (α, α, β) = fv (α, α, β) = αβ
fw (α, α, β) = α2 − β 2 .

Calcule o valor das derivadas parciais de g(x, y) = f (x2 − y, 3x − 3y 2 , 2x), no ponto (2, 1).

55. Sejam f e g funções de uma variável com derivadas de 2a ordem contı́nuas e c ∈ R uma constante.
Mostre que a função u(x, t) = f (x + c t) + g(x − c t) verifica a equação das ondas:
∂2u 2
2∂ u
= c .
∂t2 ∂x2
56. Uma função diz-se homogénea de grau n se verificar a condição f (tx, ty, tz) = tn f (x, y, z) (para
quaisquer t > 0 e x, y, z ∈ R). Mostre que uma função homogénea de grau n com derivadas parciais
∂f ∂f ∂f
contı́nuas verifica a condição x +y +z = nf (x, y, z).
∂x ∂y ∂z
57. Um carro A viaja para norte na auto-estrada A1, e um carro B viaja para oeste na auto-estrada
A25. Os dois carros aproximam-se da intersecção dessas duas vias rápidas. Num certo momento,
o carro A está a 0.3km da intersecção viajando a 90km/h, ao passo que o carro B está a 0.4km da
intersecção viajando a 80km/h. Qual a taxa de variação da distância entre os carros nesse instante
(ignorando a altura do viaduto e supondo que as auto-estradas são rectas perpendiculares)?

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2.4 Derivação implı́cita

58. (a) Mostre que a equação (x2 + y 2 − 1)(y − x) = 0 define implicitamente y como função de x numa
vizinhança de (1/2, 1/2).
√ √
(b) Verifique se o mesmo acontece para os pontos (1, 0) e ( 2/2, 2/2).
dy
59. Determine, utilizando a derivação implı́cita, nos casos seguintes:
dx
(a) x2 − xy + y 3 = 8; (b) cos(x − y) = xey .
∂z ∂z
60. Determine, utilizando a derivação implı́cita, e nos casos seguintes.
∂x ∂y
(a) xy 2 + yz 2 + zx2 = 3; (b) xey + yz + zex = 0.

61. Seja G : R2 → R uma função com derivadas parciais contı́nuas e não nulas numa vizinhança de
(1, 1), e tal que G(1, 1) = 0.
z y
(a) Mostre que a equação G , = 0 define implicitamente z como função de x e y (z = φ(x, y))
x x
numa vizinhança do ponto (2, 2, 2).
∂φ ∂φ
(b) Mostre que x (x, y) + y (x, y) = φ(x, y), para (x, y) numa vizinhança do ponto (2, 2).
∂x ∂y

2.5 Derivadas direccionais e gradiente

62. Usando a definição, calcule as derivadas direccionais das funções seguintes nos pontos P0 dados e
segundo o vector ~v indicado.

(a) f (x, y) = x2 − xy em P0 = (0, 1) e ~v = 35 ı̂ + 45 ̂ ;


(b) f (x, y, z) = xyz 2 em P0 = (0, 1, 0) e ~v = √2 ı̂ + √1 ̂ + √1 k̂.
6 6 6

63. Usando a definição, determine os vectores ~v para os quais D~v f (P0 ) existe, sendo:

(a) f (x, y, z) = 2x + y + z + 3, P0 = (1, 0, 0);

(b) f (x, y) = x2 − y 2 , P0 = (1, 1);



 xy 2 , se y ≥ 0
(c) f (x, y) = , P0 = (0, 0).
 x3 , se y < 0

64. Calcule Dv̂ f (P0 ), sendo:


̂
(a) f (x, y) = ex tg y + 2x2 y, P0 = (0, π/4), ~v = − √ı̂2 + √2 ;

(b) f (x, y, z) = 3x2 y + 2yz, P0 = (−1, 0, 4), ~v = √ı̂2 − √k̂2 ;


(c) f (x, y, z) = x2 z + y exz , P0 = (1, −2, 3), ~v = ı̂ − 2̂ + 3k̂;
(d) f (x, y) = x2 − xy − 2y 2 , P0 = (1, 2), ~v é um vector que faz um ângulo de 60o com OX.

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I Cálculo Diferencial em Rn Análise Matemática II - MIEEC - 2011/2012 Derivadas parciais

65. Determine, caso exista, o vector gradiente das seguintes funções nos pontos indicados:
 3
 x + y se (x, y) 6= (0, 0)

(a) f (x, y) = x2 + y 2

0 se (x, y) = (0, 0), P0 = (0, 0);

(b) f (x, y) = sin(xy), P0 = (0, 0);

(c) f (x, y, z) = x2 + y 2 + z 2 , P0 = (1, 2, 3);

(d) f (x, y, z) = x2 z + yexz , P0 = (1, −2, 3).

66. Para cada uma das funções anteriores, determine a expressão do vector gradiente em qualquer ponto
onde este possa ser calculado.

67. Mostre que ∇(f g) = f ∇g + g∇f .

68. Calcule as derivadas direccionais das funções das alı́neas (a) e (b) do exercı́cio 65 nos pontos aı́
indicados e segundo a direcção de um vector ~v = v1 ı̂ + v2 ̂ .

69. Calcule as derivadas direccionais das funções das alı́neas (c) e (d) do exercı́cio 65 nos pontos aı́
indicados e segundo a direcção de um vector ~v = v1 ı̂ + v2 ̂ + v3 k̂ .

70. Um alpinista encontra-se no ponto de coordenadas (4, 9, 25) de uma montanha cuja superfı́cie tem
equação z = 300 − 2x2 − 3y 2 . Qual a direcção que deve tomar para ganhar altitude o mais depressa
possı́vel?

71. Se a temperatura num ponto de coordenadas (x, y, z) for dada pela expressão 3x2 − y 2 + 16z 2 , em
que direcção deverá voar um mosquito situado no ponto (4, −2, 1) para fugir rapidamente ao calor?

72. Seja f : R2 → R a função dada por

x3

 y, se y 6= 0


f (x, y) = .


 0, se y = 0

(a) Mostre que f admite todas as derivadas parciais de 1a


¯ ordem em (0, 0).
(b) Prove que f admite derivada direccional segundo qualquer vector (não nulo) ~v do plano, sendo

Dv̂ f (0, 0) = h▽f (0, 0), v̂i .

(c) Mostre que f não é diferenciável em (0, 0), justificando a sua resposta.

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I Cálculo Diferencial em Rn Análise Matemática II - MIEEC - 2011/2012 Extremos

 3 3
 x +y se (x, y) 6= (0, 0)
73. Seja f : R2 → R definida por f (x, y) = x2 + y 2
0 se (x, y) = (0, 0).

Mostre que

(a) f é contı́nua em (0, 0).


(b) f possui derivada direccional em (0, 0) segundo qualquer vector unitário.
(c) f não é diferenciável em (0, 0).

74. Sejam f e g definidas por


( (
0 se y = x2 0 se y = x2
f (x, y) = e g(x, y) =
x se y 6= x2 x2 se y 6= x2 .

(a) Mostre que D~v f (0, 0) = ∇f (0, 0) · ~v e D~v g(0, 0) = ∇g(0, 0) · ~v para todo o ~v ∈ R2 .

(b) Averigúe se f e g são diferenciáveis em (0, 0).

2.6 Planos tangentes e rectas normais a uma superfı́cie

75. Determine as equações do plano tangente e da recta normal à superfı́cie dada no ponto indicado.
(a) x2 + 2y 2 + 3z 2 = 21, (4, −1, 1); (c) x2 + y 2 − z 2 − 2xy + 4xz = 4, (1, 0, 1);
(b) z + 1 = xey cos z, (1, 0, 0); (d) xeyz = 1, (1, 0, 5).

76. Sendo f (x, y) = x2 + 4y 2 , determine o vector gradiente ∇f (2, 1) e utilize-o para determinar a recta
tangente à curva de nı́vel f (x, y) = 8 no ponto (2, 1). Esboce as curvas de nı́vel, a recta tangente e
o vector gradiente.
x2 y 2 z 2
77. Mostre que a equação do plano tangente ao elipsóide 2 + 2 + 2 = 1 no ponto (x0 , y0 , z0 ) pode
a b c
ser escrita como
xx0 yy0 zz0
+ 2 + 2 = 1.
a2 b c
78. Determine os pontos no hiperbolóide x2 − y 2 + 2z 2 = 1 onde a recta normal é paralela à recta que
une os pontos (3, −1, 0) e (5, 3, 6).

79. Determine as equações paramétricas da recta tangente à curva formada pela intersecção do para-
bolóide z = x2 + y 2 com o elipsóide 4x2 + y 2 + z 2 = 9 no ponto (−1, 1, 2).

3 Extremos livres e extremos condicionados

3.1 Máximos e mı́nimos locais

80. Determine os pontos estacionários e depois, mediante o estudo do comportamento da função numa
vizinhança desses pontos, os máximos e os mı́nimos locais de cada uma das seguintes funções:

(a) f (x, y) = x4 + y 6 (c) f (x, y) = 3xy + 4 (e) f (x, y) = x2 − y 2


4
(b) f (x, y) = 4 − x2 − y 2 (d) f (x, y) = x + y (f) f (x, y) = 1 − y 2

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I Cálculo Diferencial em Rn Análise Matemática II - MIEEC - 2011/2012 Extremos

81. Determine os extremos locais das seguintes funções:

(a) f (x, y) = (x − 1)2 + 2y 2 (f) f (x, y) = (x − 1)2 − 2y 2

(b) f (x, y) = x2 + xy + y 2 − 2x − y (g) f (x, y) = (x − 2 + y 2 )(x − y 2 )

(c) f (x, y) = x2 − 2xy 2 + y 4 − y 5 (h) f (x, y) = cos x + cos y

(d) f (x, y) = x3 + y 3 − 9xy + 27 (i) f (x, y) = (x − y)2 − x4 − y 4

(e) f (x, y, z) = 2x2 + y 2 + 2xy + z 2 − 2xz (j) f (x, y) = e2x (x + y 2 + 2y)

82. Seja f (x, y) = (2ax − x2 )(2by − y 2 ) com a e b não nulos.

(a) Determine a e b de modo que f tenha um máximo no ponto (1, 1).


(b) Para os valores a e b da alı́nea anterior verifique se a função tem outros máximos, mı́nimos ou
pontos sela.

3.2 Extremos condicionados: Multiplicadores de Lagrange

83. Considere a função f : R2 −→ R definida por f (x, y) = x2 + (y − 2)2 .

(a) Determine, caso existam, os máximos e mı́nimos locais e os pontos de sela de f em todo o seu
domı́nio.
(b) Seja D = {(x, y) ∈ R2 : x2 + y 2 = 1}. Justifique a existência de máximo e mı́nimo absoluto de
f em D e determine-os utilizando o método dos multiplicadores de Lagrange.

84. Sejam f : R3 −→ R definida por f (x, y, z) = 3x2 + 3y 2 + z 2 e

M = {(x, y, z) ∈ R3 : x + y + z = 1}.

(a) Determine os pontos estacionários de f em todo o seu domı́nio e analise a existência de


extremos locais e de pontos sela.
(b) Mostre que a restrição de f ao conjunto M possui um mı́nimo absoluto e determine-o.

85. Sejam E = {(x, y) ∈ R2 : 2x4 + y 4 ≤ 2} e f : R2 −→ R definida por f (x, y) = 2x4 + 2y 4 + x. De-


termine, caso existam, os extremos absolutos restrição da função f ao conjunto E.

86. Sejam D = (x, y) ∈ R2 : 0 ≤ y ≤ 1 − x2 e g : D −→ R definida por g(x, y) = x2 + 2y 2 − 1.




(a) Comente a seguinte afirmação: “g possui um máximo e um mı́nimo absolutos”.


(b) Determine os extremos absolutos de g.

87. Seja f : D −→ R, definida por f (x, y) = xy, onde D = {(x, y) ∈ R2 : 3x2 − 1 ≤ y ≤ x2 + 1}.
Determine os extremos absolutos de f .

88. Determine os pontos da superfı́cie z 2 = xy + 1 que estão mais próximos da origem.

89. Determine três números positivos cuja soma é 100 e cujo produto é máximo.

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90. Determine o volume da maior caixa rectangular com arestas paralelas aos eixos e que pode ser
inscrita no elipsóide 9x2 + 36y 2 + 4z 2 = 36.

91. Considere o cilindro (circular recto) de altura a e raio de base b. Supondo que o seu volume é dado
por πab2 (isto será demonstrado mais tarde recorrendo ao integral duplo), determine as dimensões
do cilindro (circular recto) cuja área de superfı́cie, 2πb2 + 2πab, é igual a 1 e cujo volume é máximo.

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