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Exercı́cios de

Análise Matemática II-C


Normas, produtos internos e métricas

1. Seja

f : Rn −→ R
(x1 , · · · , xn ) −→ |x1 |+ · · · + |xn |.

Mostre que f é uma norma.

2. No espaço das funções contı́nuas C ([a, b]) mostre que a função g definida por

g (f ) = maxt∈[a,b] |f (t)|,
é uma norma.

3. Considere o espaço vetorial real P2 dos polinómios reais p de grau menor ou igual a 2 com as
operações usuais da adição de polinómios e multiplicação de um polinómio por um número real.
Mostre que fica definida uma norma em P2 fazendo

g (p) = max(|p(0)|, |p(1)|, |p(2)|), p ∈ P2 .

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4. Considerando as normas da soma, do máximo e euclidiana em R2 represente as bolas
centradas em 0 e de raio 1.

5. No espaço das funções contı́nuas C ([0, 1]) mostre que a aplicação definida por

p : C ([0, 1]) × C ([0, 1]) −→ R


Z 1
(f , g ) −→ f |g = f (x)g (x) dx
0

é um produto interno. Justifique que fica definida uma norma em C ([0, 1]) fazendo
s
Z 1
ρ(f ) = (f (x))2 dx.
0

6. Seja (. | .) um produto interno em Rn e considere a norma induzida por este produto interno.
Mostre que:
1
(a) x | y = (kx + y k2 − kx − y k2 ),
4
(b) kx + y k2 + kx − y k2 = 2(kxk2 + ky k2 ).

(c) x | y = 0 se e só se kx + y k2 = kxk2 + ky k2 .

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7. Verifique que a função d definida em Rn × Rn por
(
1, se x 6= y
d(x, y ) =
0, se x = y ,

é uma métrica. Mostre que fazendo d(x, y ) = kx − y k não fica definida uma norma em Rn .

Rectas, planos, cónicas e quádricas

1. Represente geometricamente em R, em R2 e em R3 o conjunto dos pontos que verificam:


(a) a condição x = 2, (b) a condição |x| ≤ 3.

2. Represente geometricamente em R2 e em R3 o conjunto dos pontos que verificam cada uma


das seguintes condições:
(a) y = x, (b) x 2 + y 2 = 4, (c) max{|x|, |y |} ≤ 2.

3. Represente graficamente, em R2 , as cónicas de equação:


x2 (x − 1)2
(a) + y 2 = 16 e + (y − 2)2 = 16,
9 9
(b) x 2 − y 2 = 1 e x 2 − y 2 − 4x − 2y + 2 = 0,

(c) y = −x 2 e y = −x 2 + 6x − 8.

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4. Seja S o conjunto dos pontos (x, y ) do plano satisfazendo as desigualdades seguintes. Faça
um esboço gráfico do conjunto S. Determine int(S), fr (S) e S 0 . Diga, justificando se S é aberto,
limitado e compacto:
(a) 3x 2 + 2y 2 ≤ 6, (b) y > x 2 e |x| < 2,
(c) (x 2 + y 2 − 1)(4 − x 2 − y 2 ) > 0.

5. Represente graficamente os seguintes conjuntos. Determine o interior, a fronteira e o conjunto


derivado de cada um dos conjuntos indicados. Diga, em cada caso, se o conjunto é aberto,
limitado e compacto:
(a) A = {(x, y ) ∈ R2 : 1 < x 2 + y 2 ≤ 4} ∪ {(0, 0)},
1
(b) B = {(x, y ) ∈ R2 : x = , n ∈ N ∧ y = 0},
n
(c) C = {(x, y ) ∈ R2 : −1 ≤ x < 1 ∧ y = 0},
(d) D = {(x, y ) ∈ R2 : | arcsin(x 2 + y )| > 0}.

6. Seja S o conjunto dos pontos (x, y , z) de R3 satisfazendo as desigualdades seguintes. Faça um


esboço gráfico do conjunto S. Determine int(S), fr (S) e S 0 . Diga, justificando se S é aberto e
compacto:
(a) |x| < 1 e |y | ≤ 2 e |z − 1| < 3, (b) x + y + z ≤ 1,
(c) x 2 + 4y 2 + 4z 2 − 2x + 16y + 40z + 113 < 0,

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7. Determine a intersecção de cada uma das superfı́cie de equações z = x 2 + y 2 e z 2 = x 2 + y 2
com:
(a) cada um dos planos coordenados, (b) os planos de equação z = a, a > 0,
(c) os planos de equação z = a, a < 0. (d) Esboce o gráfico da superfı́cie dada.

8. Esboce em R3 as superfı́cies quádricas:

(a) x 2 + z 2 = 9, (b) z = x 2 + y 2 − 6,
(c) x 2 − y 2 − z 2 = 9, (d) x 2 + y 2 − z 2 = 9,
(e) x 2 + 2y 2 + z 2 = 1, (f) x 2 + y 2 = z 2 , (g) z = x 2 − y 2 .

9. Esboce em R3 os domı́nios definidos pelas condições:


(a) x 2 + 2y 2 + z 2 ≤ 1 ∧ z ≥ 0,
(b) x 2 + y 2 + z 2 ≥ 1 ∧ x 2 + y 2 ≤ 9 ∧ 0 ≤ z ≤ 3,
(c) x 2 + y 2 ≥ z 2
∧ x 2 + y 2 ≤ 16,

(d) −2 ≤ y ≤ 3 − x 2 + z 2 ,
p p
(e) z − 1 ≤ − x 2 + y 2 ∧ z ≥ x 2 + y 2 ,
(f) z ≥ x 2 + y 2 ∧ x ≥ y,
(g) z ≥ x 2 − y 2 ∧ x 2 + y 2 ≤ 9 ∧ −1 ≤ z ≤ 4,
(h) x 2 − y 2 − z 2 ≥ 1 ∧ 1 ≤ x ≤ 2.

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Funções de várias variáveis. Limites e continuidade

1. Considere a função real de duas variáveis definida por


p
f (x, y ) = 1 − x 2 − y 2 .

(a) Determine o domı́nio de f e represente-o geometricamente.


(b) Faça um esboço do gráfico da função f .
1
(c) Designe por C a curva de nı́vel de valor da função f . Represente C geometricamente.
2

2. Seja f : R2 −→ R2 definida por


p !
log(x 2 + y 2 ) x
f (x, y ) = , p .
y 4 − y2

Determine o domı́nio de f , represente-o graficamente e indique a sua fronteira.

3. Seja f : R2 −→ R2 definida por


!
1
q
f (x, y ) = sin2 x − y 2 , p .
π2 − x 2 − y 2

Determine o domı́nio D de f e represente-o graficamente. Indique os pontos interiores, fronteiros


e de acumulação de D. Indique se D é aberto ou fechado.
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4. Esboce as curvas de nı́vel das seguintes funções para os valores c indicados:

(a) f (x, y ) = −1 − x − y , c = −1, 0, 1,

(b) f (x, y ) = x 2 − y 2 , c = −1, 0, 1,

(c) f (x, y ) = x 2 + 4, c = 0, 4, 20, 85.

5. Considere a função definida por

x2 − y2
 
g (x, y ) = 2xy , Dg = R2 \ {(0, 0)}.
x2 + y2

(a) Mostre que

2|xy | ≤ x 2 + y 2 .

Sug: Comece por mostrar que 4x 2 y 2 ≤ (x 2 + y 2 )2 .

(b) Utilize a alı́nea anterior para mostrar que se (x, y ) ∈ D então |g (x, y )| < x 2 + y 2 .

(c) Dado δ > 0 indique ε > 0 tal que se (x, y ) ∈ D e ||(x, y )|| < ε então |g (x, y )| < δ.
(d) Diga, justificando, qual o valor de lim(x,y )→(0,0) g (x, y ).

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6. Utilizando a definição de limite de uma função num ponto, mostre que:

xy 2 2x 2 − 4xy + y 2
(a) lim = 0, (b) lim = 0,
(x,y )→(0,0) x 2 + y2
p
(x,y )→(0,0) x2 + y2

xy 2x 2 + 2y 2 + x 3
(c) lim = 0, (d) lim = 2,
x2 + y2
p
(x,y )→(0,0) x2 + y2 (x,y )→(0,0)

p
x |y | x 2 sin y
(e) lim = 0, (f) lim = 0.
x2 + y2
p
(x,y )→(0,0) x2 + y2 (x,y )→(0,0)

7. Determine, caso existam, os seguintes limites:

3 − 2x 2 3x + 2y
(a) lim(x,y )→(0,0) (b) lim(x,y )→(0,0)
x2 + y2 + 1 5x − 3y
x sin y
(c) lim(x,y )→(0,0) (Sugestão: considere limites direcionais)
x2 + y2
y6 x 3y
(d) lim(x,y )→(0,0) (e) lim(x,y )→(0,0)
x2 + y6 2x 6
+ y2
 
sin(x + y − 2) 1
(f) lim(x,y )→(1,1) (g) lim(x,y )→(0,0) x cos
x +y −2 xy

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x3 + y3 (Sug.: considere o limite relativo ao conjunto
(h) lim(x,y )→(0,0)
x −y A = {(x, y ) ∈ R2 : y = x − x 3 })
y3 xy
(i) lim(x,y )→(0,0) (j) lim(x,y )→(0,0)
x2 +y x +y
y3 (Sug.: considere o limite relativo ao conjunto
(k) lim(x,y )→(0,0)
x2 − y2 B = {(x, y ) ∈ R2 : y = x + x 2 }.)
xy xy
(l) lim(x,y )→(0,0) (m) lim(x,y )→(0,0)
|x| + |y | |x| − |y |

8. Determine o limite

1 − cos(x 3 (y − 1))
lim .
(x,y )→(0,1) x 2 + (y − 1)2

1 2
Sugestão: comece por mostrar que 1 − cos t ≤ t .
2

9. Determine o limite
1 − cos(x 2 + y 2 )
lim .
(x,y )→(0,0) x 2 y 2 (x 2 + y 2 )

1 − cos(x 2 + y 2 ) 1 − cos(x 2 + y 2 )
Sugestão: comece por mostrar que ≤ .
(x 2 + y 2 )3 x 2 y 2 (x 2 + y 2 )

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10. Determine o limite

x4 + y4
lim ,
(x,y )→(0,0) x2 + y2

(a) Utilizando a definição de limite de uma função num ponto.


(b) Utilizando coordenadas polares.

11. Utilizando coordenadas polares determine o limite

x 2y
lim .
(x,y )→(0,0) x2 + y2

12. Mostre que a utilização de coordenadas polares no cálculo do limite

x 2y
lim ,
(x,y )→(0,0) x 4 + y2
é inconclusiva. Mostre que não existe o limite considerado.

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13. Considere a função g (x, y ) definida por

2x 3 − 2y 3
g (x, y ) = .
x2 + y2
(a) Indique o seu domı́nio D. É um conjunto fechado? Justifique.
(b) Justifique que para todo o par (x, y ) ∈ D se tem que
p
|g (x, y )| ≤ 4 x 2 + y 2 .

(c) Dado δ > 0 indique ε > 0 tal que para todo o par (x, y ) ∈ D satisfazendo
p
x 2 + y 2 < ε se tenha |g (x, y )| < δ.
(d) Indique c ∈ R de forma a que a função

 2x 3 − 2y 3

, se (x, y ) 6= (0, 0)
G (x, y ) = 2 2
 x +y
c, se (x, y ) = (0, 0),
seja contı́nua.

14. Considere a função f definida no conjunto D = {(x, y ) ∈ R2 : y 6= x} por

sin x − sin y
.
x −y

Prolongue f por continuidade a R2 .

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15. Estude a continuidade das seguintes funções:

1
 (x 2 + y 2 ) sin
 , se (x, y ) 6= (0, 0)
(a) f (x, y ) = x2 + y2

1, se (x, y ) = (0, 0),

 x
 sin , se y 6= 0
(b) f (x, y ) = y

1, se y = 0,
x y2
2

, se (x, y ) 6= (0, 0)


(c) f (x, y ) = x y + (x − y )2
2 2

1, se (x, y ) = (0, 0),

16. Considere a função f = (f1 , f2 ) : R2 −→ R2 , com


 3
 x , se (x, y ) 6= (0, 0)
f1 (x, y ) = x 2 + y 2
0, se (x, y ) = (0, 0),


2 cos(2x 2 + π)
 2y p

, se (x, y ) 6= (0, 0)
f2 (x, y ) = x2 + y2

0, se (x, y ) = (0, 0).
Mostre que f é contı́nua no ponto (0, 0).

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17. Seja f : R3 −→ R uma função linear tal que

|f (x)| ≤ M||x||, ∀x ∈ R3 ,

onde M é uma constante real positiva.

(a) Prove que f é contı́nua na origem.

(b) Utilizando a linearidade de f e a alı́nea anterior prove que f é contı́nua em qualquer


ponto de R3 .

(c) Mostre que, qualquer que seja a função linear f : R3 −→ R, existe uma constante
real positiva M tal que |f (x)| ≤ M||x||, ∀x ∈ R3 .

(c) Que conclusões é possı́vel tirar a partir das alı́neas anteriores?

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Derivadas parciais, diferenciabilidade

1. Considere a função

f (x, y ) = e x sin y + cos(x − 3y ).

(a) Calcule as funções derivadas parciais de primeira ordem de f .


(b) Determine a equação do plano tangente ao gráfico de f no ponto (1, 0, f (1, 0))
(c) Calcule o gradiente de f num ponto genérico (x, y ).
 
1 1
(d) Seja ~v = √ , √ . Determine a derivada direcional D~v f (1, 0).
2 2

2. Considere a função
 3 3
x − y , se (x, y ) 6= (0, 0)
g (x, y ) = x 2 + y 2
0, se (x, y ) = (0, 0).

(a) Determine os limites


g (h, 0) − g (0, 0) g (0, h) − g (0, 0)
lim e lim .
h→0 h h→0 h

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(b) Mostre que g não é diferenciável em (0, 0).
Sugestão: mostre que se g fosse diferenciável em (0, 0) poder-se-ia escrever

h13 − h23 q
2 2
= h1 − h2 + (h1 , h2 ) h12 + h22 , com lim (h1 , h2 ) = 0.
h1 + h2 (h1 ,h2 )→(0,0)

3. Considere a função
 2
 3x sin y , se (x, y ) 6= (0, 0)
f (x, y ) = x2 + y2
0, se (x, y ) = (0, 0).

(a) Estude f quanto à continuidade no ponto (0, 0).


∂f ∂f
(b) Calcule as derivadas parciais (0, 0) e (0, 0).
∂x ∂y
(c) Estude a existência da derivada direccional D √1  f (0, 0). Será f diferenciável
, √2
5 5
em (0, 0)? Justifique a resposta.

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4. Seja a função definida em R2 por
(
x + y, se xy > 0
f (x, y ) =
0, se xy ≤ 0.

∂f ∂f
(a) Calcule as derivadas parciais (0, 0) e (0, 0).
∂x ∂y
(b) Calcule D √1  f (0, 0). Que pode concluir quanto à diferenciabilidade de f no
, √1
2 2
ponto (0, 0)?

5. Mostre que, no ponto (0, 0),


(a) a função
 3 2
 x − y , se (x, y ) 6= (0, 0)
f (x, y ) = x + y 2
2
0, se (x, y ) = (0, 0).

não é contı́nua e não tem uma derivada parcial. O que pode dizer acerca da
diferenciabilidade em (0, 0)?
(b) a função  xy
 , se (x, y ) 6= (0, 0)
f (x, y ) = x2 + y2
0, se (x, y ) = (0, 0).

não é contı́nua mas tem derivadas parciais. O que pode dizer acerca da
diferenciabilidade em (0, 0)?
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(c) a função
xy 2

 , se (x, y ) 6= (0, 0)
f (x, y ) = x2 + y2
0, se (x, y ) = (0, 0).

é contı́nua, tem derivadas parciais, mas não é diferenciável.


(d) a função
 2 2
 x y , se (x, y ) 6= (0, 0)
f (x, y ) = x 2 + y 2
0, se (x, y ) = (0, 0).

é diferenciável. O que pode dizer acerca da continuidade em (0, 0)?

6. Considere a função
 
x 2 arctg y − y 2 arctg x ,
  
se xy 6= 0
f (x, y ) = x y
0, se xy = 0.

∂f ∂f
(a) Calcule (0, y ) e (x, 0).
∂x ∂y
∂2f ∂2f
(b) Mostre que (0, 0) 6= (0, 0).
∂x∂y ∂y ∂x

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7. Considere a função
 2
 2x y tg (px 2 + y 2 ), π

se (x, y ) ∈ B (0, 0), \ {(0, 0)}
f (x, y ) = x 2 + y 2 2
0, se (x, y ) = (0, 0).

(a) Determine as derivadas parciais de primeira ordem da função f em (0, 0).


(b) Estude a função f quanto a diferenciabilidade no ponto (0, 0).

8. Considere a função

xy 2

 , se (x, y ) 6= (0, 0)
f (x, y ) = x2 + y2
0, se (x, y ) = (0, 0).

(a) Estude a continuidade de f .


(b) Mostre que f (tx, ty ) = tf (x, y ), ∀(x, y ) ∈ R2 , ∀t ∈ R.
(c) Utilize (b) para mostrar que f~u0 (0, 0) = f (u), ∀~u ∈ R2 .
∂f ∂f
(d) Utilize (c) para mostrar que (0, 0) = (0, 0) = 0.
∂x ∂y
(e) Estude a diferenciabilidade de f em (0, 0).

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Derivação da função composta, funções definidas implicitamente,
função inversa
p
1. Seja f ∈ C 2 (R), z = f (r ), com r = x 2 + y 2 , r 6= 0.
Mostre que se z verifica a Equação de Laplace, isto é

∂2z ∂2z
+ = 0,
∂x 2 ∂y 2
então
d 2f 1 df
+ = 0.
dr 2 r dr

2. Seja u : R2 −→ R, com u ∈ C 2 (R2 ). Considere a mudança de variáveis


(
x =s +t
y = s2 − t2.

Mostre que
∂2u ∂2u ∂2u ∂2u ∂u
se = então x +y 2 + = 0.
∂s 2 ∂t 2 ∂x∂y ∂y ∂y

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3. Sejam g e h duas funções reais e de classe C 1 em R. Considere a função
f : R3 −→ R2 definida por
  
x
f (x, y , z) = xg (yz), h .
y
Determine a matriz jacobiana de f no ponto (1, 1, 0) em função das derivadas de g e de h.

4. Seja f : R2 −→ R uma função real de classe C 2 e g : R2 −→ R2 a função definida por


(u, v ) = g (x, y ) = (g1 (x, y ), g2 (x, y )) = (sin(xy ), cos(x 2 + y 2 )). Sabendo que

∇f (u, v ) = (1 − uv 2 , 3u 3 + v 2 ),

calcule √ 


π
∇(f ◦ g ) π, .
2

5. Seja g : R2 −→ R3 uma funçãode classe C 1 em R2 tal que g (0, 1) = (1, 1, 0) e cuja matriz
1 2
jacobiana no ponto (0, 1) é 3 4 . Seja f : R3 −→ R3 definida por
5 6

f (x, y , z) = (e xyz , x 2 + y 2 + z 2 , xy 2 z 3 ).

Determine a matriz jacobiana de (f ◦ g ) em (0, 1).

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6. Sendo θ uma constante real considere a aplicação de R2 em R2 , definida por
(
x = u sin(θ) + v cos(θ)
y = u cos(θ) − v sin(θ).

Seja f : R2 → R diferenciável e g (u, v ) = f (x, y ). Mostre que se tem


 ∂f 2  ∂f 2  ∂g 2  ∂g 2
+ = + .
∂x ∂y ∂u ∂v

7. Considere a função f : R2 → R2 definida por

f (x, y ) = (e x−y , e x+y )

e g : R2 → R uma função continuamente diferenciável. Seja ainda

h = g ◦ f : R2 → R.

Mostre que, em qualquer ponto P0 = (x0 , y0 ) do seu domı́nio, se têm as igualdades


     
∂h ∂h ∂g
+ =2 e x0 +y0 ,
∂x P0 ∂y P0 ∂v f (P0 )
     
∂h ∂h ∂g
− =2 e x0 −y0 .
∂x P0 ∂y P0 ∂u f (P0 )

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8. Mostre que a equação

x + sin(y + z) = 0
define numa vizinhança de (0, 0, 0) uma função y = φ(x, z). Utilizando o teorema da função
∂2φ ∂2φ
implı́cita calcule 2
(0, 0). Explicite a função φ e calcule de novo (0, 0).
∂x ∂x 2

9. Mostre que a equação


p
x+ x 2 + y 2 + z 2 − cos y = 0
define x como função de y e de z numa vizinhança do ponto (x0 , y0 , z0 ) = (0, 0, 1). Para essa
∂x
função, determine no ponto em que y0 = 0 e z0 = 1.
∂z

10. Mostre que a equação

e xy + x cos z + y − 1 = 0
∂y
define y como função de x e de z numa vizinhança do ponto P0 = (0, 0, π). Calcule no ponto
∂x
(0, π).

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11. Mostre que o sistema (
e xu − 2y + log(v + u) + 1 = 0
2x 3 − y 2 + u + v 2 = 0
∂φ
define, numa vizinhança do ponto (0, 1, 0, 1), uma função φ : (x, y ) → (u, v ) e calcule (0, 1).
∂x

12. Considere o sistema de equações


(
log(xu 2 ) + y + v = 0
xe v − yv 2 − u = 0.

Mostre que o sistema define u e v como funções de x e y numa vizinhança do ponto


∂v
P0 = (x0 , y0 , u0 , v0 ) = (1, 0, 1, 0) e determine (1, 0).
∂x

13. Considere o sistema (


xz + y − x 2 + 1 = 0
yz 2 + xz = 0.
Mostre que o sistema define y e z como funções de x numa vizinhança do ponto
∂y ∂z
(x0 , y0 , z0 ) = (−1, 1, 1). Determine (−1) e (−1).
∂x ∂x

AM II-C 29 de Março de 2020 23 / 53


14. Considere a função f : R2 → R2 definida pela expressão

f (x, y ) = (2x + y 2 , x 2 + 3y ).

(a) Estude a invertibilidade de f numa vizinhança do ponto (1, −1).


(b) Calcule Jf −1 (3, −2).

15. Considere a função F : R2 \{(0, 0)} → R2 definida por

F (x, y ) = (x 2 − y 2 , 2xy ).

Mostre que:

(a) F ∈ C 1 (R2 \{(0, 0)}).


(b) (Det F 0 )(a,b) 6= 0, ∀(a, b) ∈ R2 \{(0, 0)}, mas F não é invertı́vel em R2 \{(0, 0)}.

AM II-C 29 de Março de 2020 24 / 53


16. Considere a função de classe C 1 , f : R2 → R2 , definida por
(
f1 (x1 , x2 ) = y1
f2 (x1 , x2 ) = y2 .

Supondo que J = Det(f 0 (a1 , a2 )) 6= 0, mostre que, sendo φ = (φ1 , φ2 ) a função inversa, definida
em alguma vizinhança de (b1 , b2 ) = (f1 (a1 , a2 ), f2 (a1 , a2 )), se tem que

∂φ1 1 ∂f2 ∂φ2 1 ∂f2


(b1 , b2 ) = (a1 , a2 ) e (b1 , b2 ) = − (a1 , a2 ).
∂y1 J ∂x2 ∂y1 J ∂x1

17. Considere a aplicação f (x, y ) = (u, v ) de R2 em R2 , definida por


(
u =x +y
v = ye x .

∂x
Justifique que f é localmente invertı́vel numa vizinhança de (0, 0) e determine (0, 0).
∂v

AM II-C 29 de Março de 2020 25 / 53


Extremos, extremos condicionados

1. Sem recorrer ao cálculo de derivadas, identifique os extremos das seguintes funções:


p
(a) f (x, y ) = (x − 1)2 + (y − 3)2 , (b) f (x, y ) = x 2 + y 2 + 1,
(c) f (x, y ) = 3x 2 + 2y 2 − 6x − 4y + 16, (d) f (x, y ) = 4 − |x| − |y |,
p
(e) f (x, y ) = x − x 2 + y 2 , (f) f (x, y ) = x 2 + y 2 − |xy |,
(g) f (x, y ) = |1 − (x 2 + y 2 )|.

2. Determine os pontos de estacionaridade das seguintes funções:

(a) f (x, y ) = 4xy − 2x 2 − y 4 , (b) f (x, y ) = x 3 + 3xy 2 − 3x 2 − 3y 2 − 4,


2 2
(c) f (x, y ) = x 3 + y 3 , (d) f (x, y ) = x 3 + y 3 ,
(e) f (x, y ) = |x| + |y |, (f) f (x, y , z) = x 2 + y 2 − z 2 + 4y − 2x + 1.

3. Estude as seguintes funções quanto à existência de extremos locais.

(a) f (x, y ) = 2y 3 + 2x 2 + 2xy , (b) f (x, y ) = 2(x − y )2 − 2(x 4 + y 4 ),


(c) f (x, y ) = x4 − 2x 2 y 2 + y4 + 2, (d) f (x, y ) = x 4 + 2x 2 (y 2 − 4) + (y 2 − 4)2 ,
2
−y 2
(e) f (x, y ) = (x 2 + y 2 )e −x , (f) f (x, y ) = x 2 + 2xy 2 + y 4 − y 5 ,
2 2 2
(g) f (x, y , z) = 2x + y + 4z , (h) f (x, y , z) = x 4 + y 4 + z 4 − 4xyz.

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4. Estude a existência de extremos da função quadrática

g (x, y ) = Ax 2 + 2Bxy + Cy 2 , AC − B 2 6= 0.
Considere, em separado, os casos A 6= 0 e A = 0.
Sugestão: no caso A 6= 0 use a seguinte expressão da função quadrática
2 
AC − B 2
 
B
g (x, y ) = A x + y + y 2.
A A

5. Determine o paralelipı́pedo de área mı́nima entre os de volume constante C .

6. Considere no plano XOY a reta de equação Ax + By + C = 0, com A e B não


simultaneamente nulos. Determine a distância da reta considerada à origem. Determine ainda a
distância da reta ao ponto P0 = (x0 , y0 ) não pertencente à reta.

7. Determine três números reais positivos cuja soma seja 1000 e cujo produto seja máximo.

8. Determine o ponto da reta interseção dos planos de equações x + y + z = 1 e x − y − z = 3


que está à menor distância do ponto (0, 0, 0).

9. Determine o máximo da função f (x, y , z) = x 2 y 2 z 2 na superfı́cie esférica de equação


x 2 + y 2 + z 2 = c 2 e conclua que a média geométrica de três números positivos nunca excede a
sua média aritmética.

AM II-C 29 de Março de 2020 27 / 53


Cálculo de integrais duplos e triplos

1. Calcule o valor dos seguintes integrais repetidos:


Z a Z √a2 −x 2 ! Z 2 Z 2
!
(a) (x + y ) dy dx, a > 0 (b) ye xy dy dx
0 0 1 1/x
!
Z π Z a(1+cos θ)
(c) r 2 senθ dr dθ, onde a é constante.
0 0
Z π Z π  Z 1 Z 1 sin x

(d) cos(x + y ) dy dx (e) dx dy .
0 0 0 y x

2. Inverta a ordem de integração nos seguintes integrais repetidos:


Z 2 Z x  Z b Z x 
(a) f (x, y ) dy dx (b) f (x, y ) dy dx
1 0 a a
x+6
!
Z 8 Z
7
Z 3π Z cos x 
(c) √
xy dy dx, (d) f (x, y ) dy dx.
−6 3x −3π −1

AM II-C 29 de Março de 2020 28 / 53


3. Calcule o valor dos seguintes integrais duplos:
ZZ
(a) (x 2 + y 2 ) dσ, onde A é o domı́nio triangular de vertı́ces (−a, 0), (a, 0), (0, a), a > 0.
A
Calcule o integral utilizando a ordem de integração inversa da utilizada.
x2 y2
ZZ
(b) dσ, onde A é o domı́nio limitado pela elipse de equação 2 + 2 = 1.
A a b
ZZ
(c) y dx dy , onde A é o domı́nio limitado pelas curvas
A

x ≥ y2 ∧ x − 3 + 2y ≤ 0 ∧ y ≥ 0.

4. Calcule as áreas dos domı́nios limitados pelas curvas:

(a) x 2 + y 2 − 2x = 0 ∧ x 2 + y 2 − 2y = 0, (b) y 2 = 2x ∧ 2x − y = 2,

(c) y 2 = 4ax + 4a2 ∧ y 2 = −4bx + 4b 2 , com a, b > 0, (d) x + y = 5 ∧ xy = 6.

5. Determine o volume dos seguintes domı́nios:

(a) Limitado pela superfı́cie parabólica z = 2 + (x 2 + y 2 ), pelo plano z = 0 e compreendido


entre as superfı́cies cilı́ndricas x 2 + y 2 = 1 e x 2 + y 2 = 2.
(b) Fechado, limitado pela superfı́cie parabólica z = −a(x 2 + y 2 ) e pela superfı́cie cónica
z 2 = x 2 + y 2 (z ≤ 0), com a constante positiva.

AM II-C 29 de Março de 2020 29 / 53


(c) Fechado, limitado superiormente pela superfı́cie parabólica z = 5 − (x 2 + y 2 ) (z ≥ 0) e
inferiormente pela superfı́cie esférica x 2 + y 2 + z 2 = 11 (z ≥ 0).
z2 7
(d) Limitado superiormente pela superfı́cie x 2 + y 2 + = (z ≥ 0) e inferiormente pela
2 8
superfı́cie x 2 + y 2 + z 2 = 1 (z ≥ 0).
x2 y2 z2
(e) Limitado superiormente pela superfı́cie 2
+ 2 + 2 = 1 e inferiormente pela superfı́cie
a b c
x2 y2 z2
2
+ 2 − 2 = 0.
a b c
x2 y2
(f) Limitado pelo parabolóide z = 1 − − e o plano z = 0.
4 9
x y z
(g) Limitado por + + = 1 e pelos planos coordenados.
2 3 4
p
(h) Limitado inferiormente pela superfı́cie z = 3(x 2 + y 2 ) e superiormente pela superfı́cie
2 2 2
x + y + z = 1.
1
(i) Limitado superiormente pela superfı́cie parabólica z = x 2 + y 2 , inferiormente pelo plano z =
4
e lateralmente pela superfı́cie cilı́ndrica x 2 + y 2 = 1.
y2
(j) Limitado pelo plano z = 3 e pela superfı́cie parabólica z = 1 + x 2 + .
4

AM II-C 29 de Março de 2020 30 / 53


x2 y2
 
(k) Limitado superiormente pela superfı́cie parabólica z = 4 − + e inferiormente pela
 2 2 8
y2

x
porção da superfı́cie cónica z 2 = 2 + , z ≥ 0.
2 8
3
(l) Limitado superiormente pelo plano z = e inferiormente pela superfı́cie esférica
2
x 2 + y 2 + (z − 2)2 = 1.
1
(m) Limitado pelo parabolóide z = x 2 + y 2 − 1 e compreendido entre os planos z = − e z = 0.
2
ZZ
6. Considere o integral duplo e xy dx dy , em que A é a região do primeiro quadrante,
A
x 1 2
limitada pelas rectas y = e y = x e pelas hipérboles y = ey = .
2 x x
(a) Exprima o integral duplo considerado num integral repetido.
ZZ
(b) Calcule o integral duplo e xy dx dy , efectuando a mudança de variáveis
A
(
u = y /x
v = xy .
 −1
∂(x, y ) ∂(u, v )
Observação: note que = .
∂(u, v ) ∂(x, y )

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Regularidade da representação paramétrica de linhas

1. Estude a regularidade das seguintes representações paramétricas de linhas planas:

( (
x = 2(t − sin t) x = cos t + t sin t
(a) , 0 ≤ t ≤ 6π. (b) , 0 ≤ t ≤ 2π.
y = 2(1 − cos t) y = sin t + 13 cos t

( (
x = t + t2 x =0
(c) ,t ∈ R (d) ,t ∈ R
y = t − t2 y = |t|

( (
x =0 x = cos (e t )
(e) ,t∈R (f) ,t ∈ R
y = t |t| y = sin (e t )

AM II-C 29 de Março de 2020 32 / 53


Integrais curvilı́neos; teorema de Green no plano
Z
1. Calcule x(x + 2y ) dx, de A = (0, 0) a B = (2, 1), sendo L:
L

x x2
(a) a recta de equação y = , (b) a parábola de equação y = .
2 4

2. Calcule Z
z dx + x dy + y dz,
L
ao longo do arco de hélice 
x = a cos t,
 0 ≤ t ≤ 2π
y = a sin t, a, k > 0

z = kt,

percorrido no sentido crescente do parâmetro.

3. Calcule o valor do integral Z


x dx + x 3 dy ,
L+
ao longo do caminho descrito na figura, e confirme o resultado através de um integral duplo.

AM II-C 29 de Março de 2020 33 / 53


4. Use a fórmula de Riemann para calcular por meio de um integral duplo o valor do integral
Z
(x + y )dx + 3xdy
L+

y2
ao longo da elipse x 2 + = 1.
4

AM II-C 29 de Março de 2020 34 / 53


5. Determine o valor de Z
x 2 dy − y 2 dx,
C+
sendo C o contorno indicado na figura.

Confirme o resultado por aplicação da fórmula de Riemann-Green.

AM II-C 29 de Março de 2020 35 / 53


6. (a) Determine Z
xydy ,
C+
sendo C o contorno indicado na figura.

(b) Determine o valor do integral referido em (a) através de um integral duplo, utilizando
coordenadas polares.

AM II-C 29 de Março de 2020 36 / 53


7. Determine o valor do integral Z
y 3 dx + ydy ,
C
sendo C o contorno indicado na figura, através de um integral duplo.
Sugestão: utilize uma conveniente mudança de variáveis.

AM II-C 29 de Março de 2020 37 / 53


Integrais triplos

1. Calcule ZZZ
(x 2 + z 2 ) dv ,
D
sendo D a esfera de centro na origem e raio 1.

2. Determine ZZZ ZZZ


I1 = dv e I2 = xdv ,
D D

sendo D o domı́nio do primeiro octante limitado pelo plano XOY , o cilindro x 2 + y 2 − 2ax = 0, o
parabolóide x 2 + y 2 = az e o plano XOZ (a > 0).

3. Considere o integral triplo ZZZ


x 2 dxdydz,
D

x2
sendo D o domı́nio fechado limitado superiormente pelo elipsóide + y2 + z2 = 2 e
9
x2
inferiormente pelo parabolóide z = + y 2.
9

AM II-C 29 de Março de 2020 38 / 53


ZZZ
(a) O integral triplo x 2 dxdydz pode ser calculado a partir do seguinte integral repetido
D
Z a Z f (x) Z g2 (x,y )  
x 2 dz dy dx.
−a −f (x) g1 (x,y )

Determine a, f (x), g1 (x, y ) e g2 (x, y ).


(b) Utilizando as coordenadas (ρ, θ, z) definidas por

x = 3ρ cos θ

y = ρ sin θ

z=z

o integral triplo considerado pode ser calculado através da soma dos seguintes integrais
Z b Z 2π Z f1 (z)   Z c Z 2π Z f2 (z)  
h(ρ, θ, z)dρ dθ dz + h(ρ, θ, z)dρ dθ dz.
0 0 0 b 0 0

Determine b, c, f1 (z), f2 (z) e h(ρ, θ, z).

AM II-C 29 de Março de 2020 39 / 53


4. Seja D o domı́nio limitado superiormente pelo parabolóide
p de equação z = 2 − (x 2 + y 2 ) e
inferiormente pela superfı́ce cónica de equação z = x 2 + y 2 .
(a) Calcule o volume do domı́nio D, utilizando um integral triplo.
(b) Calcule ZZZ
(x 2 + y 2 )dv .
D

5. Determine o volume do domı́nio que se obtém por rotação de 2π radianos em torno do eixo
dos ZZ da linha do plano YOZ

p 3
y = 1 − z 2, ≤ y ≤ 1.
2

6. Considere o integral

Z √1−(x 2 +y 2 )
√  q 
2 1 −x 2
ZZZ Z Z !
2 2
f (x, y , z)dv =  √ f (x, y , z)dz dy  dx.
D 0 0 x 2 +y 2

(a) Identifique o domı́nio D.


(b) Escreva o integral triplo começando por projectar o domı́nio D no plano YOZ .
(c) Calcule o valor do integral utilizando coordenadas cilı́ndricas e sendo f (x, y , z) = 2z.

AM II-C 29 de Março de 2020 40 / 53


Superfı́cies

1. Seja S uma superfı́cie que admite as equações paramétricas



x = ϕ(u, v )

A = y = ψ(u, v )

z = θ(u, v )

e seja P0 = (x0 , y0 , z0 ) um ponto regular, correspondente ao valor dos parâmetros (u0 , v0 ).


(a) Mostre que a equação do plano tangente à superfı́cie S no ponto P0 = (x0 , y0 , z0 ) pode
escrever-se na forma

∂(y , z) ∂(z, x) ∂(x, y )


(x − x0 ) + (y − y0 ) + (z − z0 ) = 0.
∂(u, v ) ∂(u, v ) ∂(u, v )

(b) Determine uma equação cartesiana do plano tangente à superfı́cie de equações paramétricas

x = uv

y =u+v

z = u − v,

no ponto correspondente ao valor dos parâmetros (u0 , v0 ) = (1, 2).


(c) Indique, justificando, uma equação da recta normal à superfı́cie no ponto considerado.

AM II-C 29 de Março de 2020 41 / 53


2. Considere a superfı́cie cónica
x 2 + y 2 − z 2 = 0.
Determine as equações do plano tangente e da normal à superfı́cie no ponto (3, 4, 5).

3. Determine a área da porção da superfı́cie parabólica

z = 2 + x2 + y2

limitada pelos planos z = 3 e z = 6.

4. (a) Mostre que a representação paramétrica da superfı́cie S gerada pela rotação de 2π


radianos da linha do plano YOZ ,
p
y = 1 − z 2, 0 ≤ z ≤ 1

em torno do eixo dos ZZ , pode ser dada por:


 √
2
x = √1 − u sin v ,
 0≤u≤1
y = 1 − u 2 cos v , 0 ≤ v ≤ 2π

z=u

(b) Calcule o valor da área de S.

(c) A superfı́cie S é parte de uma superfı́cie quádrica. Identifique essa superfı́cie e faça um
esboço do gráfico de S.

AM II-C 29 de Março de 2020 42 / 53


Campos vectoriais e campos escalares

1. Considere o campo escalar definido pela função f (x, y , z). Mostre que se tem

grad(f n ) = nf n−1 grad(f ).

2. Seja ~r = x~i + y~j + z ~k e r = k~r k .


(a) Mostre que o campo vectorial r p~r é irrotacional mas só é solenoidal se p = −3.
(b) Seja ~a um vector constante. Determine uma expressão tão simples quanto possı́vel de

∇ · (r p (~a × ~r )).

AM II-C 29 de Março de 2020 43 / 53


3. Seja
~u = u1 (x, y , z)~i + u2 (x, y , z)~j + u3 (x, y , z)~k
um campo vectorial, e f uma função, ambos continuamente deriváveis. Mostre que:
(a) ∇ × (f ~u ) = f (∇ × ~u ) + ∇f × ~u ,
~ = ∇g × ∇h, com
~ , tal que se tenha rot w
(b) Determine, caso exista, um campo w

g (x, y , z) = e x − y + z e h(x, y , z) = x 2 + sin y + z 2 .

p
4. Considere o campo escalar f (x, y , z) = x 2 + y 2 + z 2 definido num aberto D ⊂ R3 que não
contém a origem.
(a) Mostre que f ∇2 f = 2 k∇f k2 .
(b) Seja g (x, y , z) um campo escalar não identicamente nulo, definido e admitindo derivadas
parciais contı́nuas até à segunda ordem num subconjunto aberto A de R3 . Determine ∇ · ∇g 2
em função de g , k∇g k e ∇2 g .

AM II-C 29 de Março de 2020 44 / 53


Integrais curvilı́neos de campos vectoriais

1. Calcule a circulação do campo vectorial


√ ~
~v (x, y , z) = y i + 2x~j + 3y ~k

ao longo da linha definida por 


x = t

y = t2 , 1 ≤ t ≤ 2.
z = t3

2. Calcule Z
y dx − y (x − 1) dy + y 2 z dz,
L
sendo L a parte do primeiro octante da linha definida por
(
x2 + y2 + z2 = 4
(x − 1)2 + y 2 = 1,

desde A = (2, 0, 0) até B = (0, 0, 2).

AM II-C 29 de Março de 2020 45 / 53


3. Determine as funções primitivas da diferencial exacta

2xz dx + z 2 dy + (x 2 + 2yz) dz

por dois processos.

4. Determine a função potencial do campo vectorial

~ (x, y ) = −2xe −y~i + x 2 e −y~j


w
Z
que se anula no ponto (1, 0) e calcule ~ dP, sendo L uma linha regular percorrida de
w
L
A = (1, 0) para B = (0, 1).

5. Utilizando o facto do campo


2
+y 2 +z 2
+y 2 +z 2
+y 2 +z
~u (x, y , z) = (2xe x )~i + (2ye x + z)~j + (e x + y ) ~k

ser conservativo, determine uma função potencial f e determine ainda


Z Z
~u dP = u1 dx + u2 dy + u3 dz,
C C

AM II-C 29 de Março de 2020 46 / 53


sendo C a linha definida por 
x = cos t

y = sin t

z = log(1 + t),

com 0 ≤ t ≤ π e percorrida no sentido crescente do parâmetro t.

6. Considere o campo vectorial

~ = w1 (x, y , z)~i + w2 (x, y , z)~j + w3 (x, y , z) ~k


w
x 3 + xy 2 − y ~ x + x 2 + y 2 ~
= i+ j + z 2 cos z ~k.
x2 + y2 x2 + y2
1
definido em D = {(x, y , z) ∈ R3 : 9
< x 2 + y 2 < 9}.

~ = ~0.
(a) Mostre que rot w
(b) Determine
Z Z
~ dP =
w w1 (x, y , z)dx + w2 (x, y , z)dy + w3 (x, y , z)dz,
C C

sendo C a linha definida pela intersecção das superfı́cies x 2 + y 2 = 1 e z = 0.


~ é um campo conservativo.
Diga, justificando, se w

AM II-C 29 de Março de 2020 47 / 53


Integrais de superfı́cie

1. Considere o campo vectorial definido por

~ = x~i + y ~k
w

e determine o seu fluxo através da face exterior da porção da superfı́cie cilı́ndrica, de equações
paramétricas 
x = cos u, 0 ≤ u ≤ 2π

y = sin u, 0 ≤ z ≤ 1

z = z.

2. Calcule o fluxo de
~ = (xy + y 2 ) ~k,
w
através do hemisfério z ≥ 0 da superfı́cie esférica x 2 + y 2 + z 2 = 4.
Sugestão: parametrize a superfı́cie fixando convenientemente a variável r nas coordenadas
esféricas.

AM II-C 29 de Março de 2020 48 / 53


3. Determine o valor de ZZ
~ · ~n dS,
w
S

com w ~ = x~i − y~j + z 2~k, sendo S a superfı́cie total que limita o domı́nio fechado, limitado
superiormente pela superfı́cie parabólica z = 3 − (x 2 + y 2 ), interior à superfı́cie cilı́ndrica
x 2 + y 2 = 1 e acima do plano z = 0.

4. Calcule o integral de superfı́cie


ZZ
1
(yz dydz + zx dzdx + xy dxdy )
S xyz

x2 y2 z2
através da face exterior do elipsóide + 2 + 2 = 1.
a2 b c

AM II-C 29 de Março de 2020 49 / 53


Teorema de Stokes e teorema da divergência

1. (a) Calcule directamente o valor do fluxo


ZZ
(∇ × ~u ) · ~ndS, com ~u = (x + z)~j − 3xy 2~k,
S
p
sendo S a face da porção de superfı́cie z = 2 − x 2 + y 2 , 0 ≤ z ≤ 2, em que se tem
cos(~n, ~k) > 0.
(b) Determine o valor do integral referido por aplicação do teorema de Stokes.

2. Determine o fluxo do rotacional do campo ~a = y~i + z~j na face exterior da superfı́cie


y2
x2 + + z 2 = 1, com z ≥ 12 , a partir do cálculo de um integral de linha.
4

3. (a) Determine directamente o valor do fluxo do rotacional do campo w ~ = −x ~k, na porção da


superfı́cie esférica x 2 + y 2 + z 2 = 1, x ≥ 0, y ≥ 0 e na face em que cos α ≥ 0 e cos β ≥ 0 (α e β
são os ângulos que a normal à superfı́cie considerada faz com o eixo OX e OY , respectivamente).
(b) Determine o valor do fluxo referido na alı́nea anterior através do cálculo de um integral
curvilı́neo.

AM II-C 29 de Março de 2020 50 / 53


4. (a) Calcule directamente o valor do fluxo do campo w ~ = ~i + z ~k, através da face exterior da
superfı́cie S definida por
( √ )
3 2 2 2 2
(x, y , z) ∈ R : x + y − z = 0, 0 ≤ z ≤ ∪
2
( √ )
1 2
(x, y , z) ∈ R3 : x 2 + y 2 ≤ , z = .
2 2

(b) Calcule o valor do fluxo da alı́nea anterior utilizando um integral triplo.

−→
5. Seja OP = x~i + y~j + z ~k, C
~ = c1~i + c2~j + c3~k, um vector constante, e

~ ×−
~u (x, y , z) = u1 (x, y , z)~i + u2 (x, y , z)~j + u3 (x, y , z)~k = C

OP.

Mostre que se L é uma linha regular que limita uma superfı́cie S definida por uma representação
paramétrica biunı́voca e regular e se ~n é uma seminormal convenientemente escolhida então
Z ZZ
u1 (x, y , z)dx + u2 (x, y , z)dy + u3 (x, y , z)dz = k ~ · ~n dS,
C
L S

sendo k uma constante a determinar.

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6. (a) Determine directamente o fluxo do campo w ~ = ~i + z ~k através da face exterior da
y2
 
superfı́cie limitada inferiormente pela superfı́cie parabólica z = 4 x 2 + e superiormente
4
y 2 z 2
pelo elipsóide x 2 + + = 1.
4 8
(b) Resolva o exercı́cio anterior utilizando o teorema da divergência.

7. Calcule o valor do fluxo do campo w ~ = z 2~k através da face exterior da superfı́cie S que limita
o domı́nio fechado limitado pelas superfı́cies esféricas
(
x 2 + y 2 + z 2 = a2
x 2 + y 2 + z 2 = b 2 , z ≥ 0, a < b.

por dois processos.

8. (a) Determine directamente o valor do fluxo do campo

~ = x~i + z 2~k
w

através da face exterior da superfı́cie S que limita o domı́nio fechado determinado pelas superfı́cies
(
z = −1 + x 2 + y 2
z = −5 + 3(x 2 + y 2 )

(b) Calcule o integral anterior utilizando o teorema da divergência.

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9. Determine o valor do fluxo do campo

~ = y~j + ~k,
w

através da face exterior da superfı́cie (total) S que limita o domı́nio fechado limitado
3
superiormente pelo plano z = e inferiormente pela superfı́cie esférica
2

x 2 + y 2 + (z − 1)2 = 1.

10. Sendo ~r o vector de posição relativamente a uma superfı́cie S fechada e ~n a normal exterior a
essa superfı́cie num ponto genérico, mostre que
ZZ ZZZ
1 dv
cos (~r , ~n)dS = p ,
2 S D x2 + y2 + z2
sendo D o domı́nio limitado por S.

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