Você está na página 1de 56

DEFINIÇÃO ..................................................................................

2
GRÁFICO ..................................................................................... 2
ZEROS ou RAÍZES ...................................................................... 3
DISCUSSÃO DAS RAÍZES .......................................................... 5
RELAÇÕES ENTRE COEFICIENTES E RAÍZES ........................ 8
VÉRTICE .................................................................................... 12
CONCAVIDADE ......................................................................... 12
MÁXIMO OU MÍNIMO ................................................................ 12
IMAGEM ..................................................................................... 13
FORMA CANÔNICA .................................................................. 18
CONSTRUÇÃO DA PARÁBOLA................................................ 21
EIXO DE SIMETRIA ................................................................... 32
COEFICIENTES a, b E c NO GRÁFICO ................................... 32
SINAL DA FUNÇÃO QUADRÁTICA .......................................... 34
INEQUAÇÕES DO 2º GRAU ..................................................... 38
INEQUAÇÕES PRODUTO E QUOCIENTE ............................... 43
SISTEMA DE INEQUAÇÕES DO 2º GRAU ............................... 46
RESPOSTAS ............................................................................. 51
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ................................................ 55

Todos os exercícios sugeridos nesta apostila se


No final das séries de exercícios podem aparecer referem ao volume 1.
sugestões de atividades complementares. Estas
sugestões referem-se a exercícios do livro
“Matemática” de Manoel Paiva fornecido pelo FNDE e
adotado pelo IFMG – Campus Ouro Preto durante o
triênio 2015-2017.

vidigal.ouropreto.ifmg.edu.br cassio.vidigal@ifmg.edu.br
DEFINIÇÃO c) f(x) = -3x2 +5x -1
Uma quadra poliesportiva de uma onde a = __, b = __ e c = __.
escola tem forma retangular com 40 metros de d) f(x) = x2 – 4
comprimento e 20 metros de largura. A onde a = __, b = __ e c = __.
direção da escola pretende amplia-la. Para e) f(x) = 2x2 +5x
isso vai construir em volta dela uma faixa de onde a = __, b = __ e c = __.
largura constante. f) f(x) = -3x2
onde a = __, b = __0 e c = __.
____________________________

GRÁFICO
O gráfico da função quadrática é uma
parábola1.

Ex1: Veja, no exemplo abaixo, o gráfico


Suponhamos que x seja a largura da da função f(x) = x2.
faixa, em metros. Os lados da nova quadra x x2 y
medem (40 + 2x) e (20 + 2x). Sua área é uma -3 (-3)2 9 A = (-3; 9)
função de x. -2 (-2) 2
4 B = (-2; 4)
S  40  2x   20  2x  -1 (-1) 2
1 C = (-1; 1)
S  800  80 x  40 x  4 x 2 0 02 0 D = (0; 0)
S  f x   4 x 2  120 x  800
2
1 1 1 E = (1; 1)
2 22 4 F = (2; 4)
2
A fórmula que define essa função é um 3 3 9 G = (3; 9)
polinômio de 2º grau na variável x. Funções Vamos agora localizar, no plano cartesiano, os
reais como esta são chamadas de funções pontos encontrados na tabela.
quadráticas ou funções do 2º grau.

FUNÇÃO QUADRÁTICA
ou
FUNÇÃO DO 2º GRAU
é toda função real do tipo
y = f(x) = ax2 + bx + c
sendo a, b e c números reais com a  0.

Exemplos de funções quadráticas:


a) f(x) = x2 – 3x + 2
onde a = 1, b = -3 e c = 2.
b) f(x) = 2x2 + 4x – 3
onde a = __, b = __ e c = __.

1
Parábola é uma das 4 curvas cônicas

CASSIO VIDIGAL 2 IFMG – CAMPUS OURO PRETO


3 -32 -9 G = (3; -9)

𝐷 = ℝ e 𝐼𝑚 = [−∞, 0[
Note que, quando multiplicamos a
Ligando-se os pontos, formaremos o gráfico:
função por -1 (g(x) = -f(x)) obtemos um gráfico
simétrico ao anterior em relação ao eixo das
abscissas.

Observação: Neste momento, não


trabalharemos com construção de gráficos.
Faremos isto mais a frente.

ZEROS ou RAÍZES

Chamam-se de raízes ou de zeros da


função do 2º grau os valores de x que tornam
nula a função 𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐.
Uma das técnicas utilizadas para
𝐷 = ℝ e 𝐼𝑚 = [0, ∞[ encontrar as raízes de uma função do 2º grau
é a Fórmula de Báskara amplamente
Ex.2: Vamos, agora, construir o gráfico conhecida e relativamente fácil de ser
da função g(x) = -x2 localizando alguns pontos aplicada. Abaixo segue a demonstração da
e ligando-os em seguida. fórmula:
x -x2 y
2
-3 -(-3) -9 A = (-3; -9) 𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐
-2 -(-2)2 -4 B = (-2; -4) 𝑓(𝑥) = 0 ⇔ 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 = 0
2
-1 -(-1) -1 C = (-1; -1) 𝑏𝑥 𝑐
0 -02 -0 D = (0; 0) 𝑎 (𝑥 2 + + )=0
2
𝑎 𝑎
1 -1 -1 E = (1; -1) 𝑏𝑥 𝑐
2 -22 -4 F = (2; -4) 𝑥2 + + =0
𝑎 𝑎

MATEMÁTICA I 3 FUNÇÃO QUADRÁTICA


𝑏𝑥 𝑏2 𝑏2 𝑐  b     5  1 5  1
𝑥2 + + 2− 2+ =0 x  
⏟ 𝑎 4𝑎 4𝑎 𝑎 2a 2 1 2
𝑇. 𝑄. 𝑃.
5 1 5 1
𝑏 2
−𝑏 2 + 4𝑎𝑐 x1  2 x2  3
(𝑥 − ) + =0 2 2
2𝑎 4𝑎2
𝑏 2 𝑏 2 − 4𝑎𝑐 Logo, as raízes da função são 2 e 3
(𝑥 − ) =
2𝑎 4𝑎2
𝑏 𝑏 2 − 4𝑎𝑐
𝑥− =±√ Ex2.: Quais os zeros da função
2𝑎 4𝑎2 𝑓(𝑥) = 9𝑥 2 − 12𝑥 + 4?
𝑏 √𝑏 2 − 4𝑎𝑐
𝑥− =± Resolução:
2𝑎 2𝑎
𝑏 √𝑏 2 − 4𝑎𝑐 Etapa i)
𝑥= ± 𝑎 = 9, 𝑏 = −12, 𝑐 = 4
2𝑎 2𝑎
2
𝑏 ± √𝑏 − 4𝑎𝑐
𝑥= Etapa ii)
2𝑎
  b 2  4ac   12  4  9  4  144  144  0
2
(continua)

Chamando de  a expressão 𝑏 2 − 4𝑎𝑐,


temos:
𝑏 ± √∆
𝑥=
2𝑎

A seguir veremos alguns exemplos de


aplicação da fórmula de Báskara.

Ex1.: Quais os zeros da função abaixo?


𝑓(𝑥) = 𝑥 2 − 5𝑥 + 6.

Resolução:
Vamos dividir a resolução em três etapas:
i) Destacar os coeficientes
ii) Calcular o discriminante  .
iii) Calcular as raízes

Etapa i)
a = 1, b = -5, c = 6

Etapa ii)
  b 2  4ac   5  4  1  6  25  24  1
2

Etapa iii)

CASSIO VIDIGAL 4 IFMG – CAMPUS OURO PRETO


Etapa iii) 3º Caso:  < 0:
 b     12  0 12  0 Como √∆ ∉ ℝ quando  < 0, a função não
x  
2a 29 18 apresentará raízes nesta situação.
12  0 2 12  0 2
x1   x2  
18 3 18 3
01) Determinar as raízes reais das funções a
seguir;
2 2
Logo, as raízes da função são e . a) f x   x 2  8 x  15
3 3
Ex3.: Quais os zeros da função
f x   x  6 x  10 ?
2

Resolução:
Etapa i) a = 1, b = -6, c = 10

Etapa ii)
  b 2  4ac   6  4  1  10  36  40  4
2

Etapa iii)
 b     6    4
x 
2a 2 1

Como -4 não possui raiz quadrada real, b) f x   x 2  2 x  8


dizemos que a função dada não possui raízes
reais.

DISCUSSÃO DAS RAÍZES


A existência das raízes de uma função
quadrática fica condicionada ao fato da √∆ ∈
ℝ.
Assim, temos três casos a considerar:  > 0,
 = 0 e  < 0.

Vamos discutir os três casos: c) f x   x 2  6 x  9

1º Caso:  > 0: Quando  > 0, a função


apresentará duas raízes reais distintas:
b  b 
x1  e x2 
2a 2a

2º Caso:  = 0: Neste caso,   0 , assim


temos que
b
x1  x 2 
2a

MATEMÁTICA I 5 FUNÇÃO QUADRÁTICA


d) f x   x 2  4 x g) f x   21x 2  22x  5

h) f x   x 2  4
e) f x   x 2  3x  10

i) f x   x 2  6 x  5
f) f x   2 x 2  5 x  3

CASSIO VIDIGAL 6 IFMG – CAMPUS OURO PRETO


j) f x   x 2  5 x  9 02) Qual o valor de b para que a função
f x   x 2  bx  3 tenha duas raízes iguais?

5 4
k) f  x   x 2  x
3 9
03) Determinar as condições sobre k na
função 𝑓(𝑥) = 3𝑥2 – 2𝑥 + (𝑘 – 1) a fim de
que 𝑓 não admita raízes reais.

MATEMÁTICA I 7 FUNÇÃO QUADRÁTICA


04) A função RELAÇÕES ENTRE COEFICIENTES
𝑓(𝑥) = (𝑝 – 1)𝑥 2 + 3𝑥 + (𝑝 + 1) E RAÍZES
possui duas raízes reais iguais. Nestas
condições, qual o valor de 𝑝?
Sendo 𝑥1 e 𝑥2 as raízes de uma função
do segundo grau do tipo
𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥2 + 𝑏𝑥 + 𝑐, podemos afirmar
que:
𝑏
𝑥1 + 𝑥2 = −
𝑎
e
𝑐
𝑥1 ∙ 𝑥2 =
𝑎
Estas relações são chamadas de
relações de Girard e podem ser facilmente
demonstradas. Acompanhe:

b  b 
Fazendo x1  e x2  ,
2a 2a
temos que
 b    b    2b b
05) Qual é o menor número inteiro 𝑚 para o x1  x 2    
qual a função real de variável real dada 2a 2a 2a a
por 𝑓(𝑥) = 4𝑥2 + 3𝑥 + (𝑚 + 2) não admite e
raízes reais?
x1  x 2 
 b    b    b   
 
2
 2

2a 2a 4a

x1  x 2 
 2

 b  b  4ac  b  b  4ac  c
2 2 2

4a 4a a

Ex.1: Encontrar a soma e o produto das raízes


da função f(x)=2x2 + 4x – 30 sem calcular as
raízes.
Resolução: a = 2; b = 4 e c = -30
𝑏 4
𝑥1 + 𝑥2 = − = − = −2
𝑎 2
𝑐 −30
𝑥1 ∙ 𝑥2 = = = −15
𝑎 2
Logo, a soma das raízes é −2 e o produto é
−15.

Ex.2: Escreva uma função do segundo grau


cujas raízes seja 4 e -1.

Resolução:

CASSIO VIDIGAL 8 IFMG – CAMPUS OURO PRETO


𝑏 b) -1 e 2
−= 4 + (−1) = 3
𝑎
Fazendo a = 1, temos que b = -3
𝑐
= 4 ∙ (−1) = −4
𝑎

Tomando a = 1, temos que c = -4.


c) -5 e -4
Assim, uma equação procurada é
𝑓(𝑥) = 𝑥 2 – 3𝑥 – 4

Observação: Se tivesse sido atribuído a outro


valor qualquer (diferente de 1), os valores de
b e c mudariam mas, ainda assim, seria
encontrada uma função cujas raízes são 4 e d) √3 + √2 e √3 − √2
−1.

06) Calcule a soma e o produto das raízes das


funções abaixo;
a) f(x) = 3x2 – x + 5

e) 0 e 8

b) f(x) = -x2 + 6x - 5

f) 3 e 3
2
c) f(x) = 2x - 7

d) f(x) = x2 – 3x - 2
g) √7 e 6√7

07) Obtenha uma função do segundo grau


cujos zeros sejam:
a) 3 e 4

MATEMÁTICA I 9 FUNÇÃO QUADRÁTICA


08) Mostre que uma equação do 2º grau de 09) Uma das raízes da equação
raízes x1 e x2 pode ser escrita na forma f(x) = 𝑥 2 + 𝑝𝑥 + 27 = 0 é o quadrado da outra. Qual
x2 – Sx + P sendo S = x1 + x2 e P =x1 ∙ x2. o valor de 𝑝?

10) As raízes da função


𝑓(𝑥) = 3𝑥 2 – 10𝑥 + 𝑐 são tais que uma é o
inverso da outra. Qual é a maior das duas
raízes?

CASSIO VIDIGAL 10 IFMG – CAMPUS OURO PRETO


11) Uma das raízes da equação 13) Sendo 𝑚 e 𝑛 as raízes da equação
2
𝑥 – 25𝑥 + 2𝑝 = 0 excede a outra em 3 3𝑥 2 + 10𝑥 + 5 = 0, qual o valor de:
unidades. Encontre as raízes da equação e o a) 𝑚 + 𝑛
valor de p.

b) 𝑚 ∙ 𝑛

1 1
c) +
𝑚 𝑛

12) A diferença entre as raízes da equação


𝑥 2 + 11𝑥 + 𝑝 = 0 vale 5. Encontre as raízes e
o valor de 𝑝.
d) 𝑚2 + 𝑛2

MATEMÁTICA I 11 FUNÇÃO QUADRÁTICA


VÉRTICE
No início desta
Se 𝒂 > 𝟎 , a parábola tem a
concavidade voltada para cima.
apostila, tivemos uma
ideia inicial acerca do
gráfico da função do
segundo grau. Você viu
que o gráfico tem o
formato da curva ao
lado. O ponto V na
figura, é chamado de Se 𝒂 < 𝟎 , a parábola tem a
vértice da parábola e concavidade voltada para baixo.
está localizado sobre o seu eixo de simetria.

As coordenadas no vértice da parábola


podem ser encontradas a partir dos
coeficientes por meio da fórmula:

𝑏 ∆
𝑉 = (− ;− )
2𝑎 4𝑎
MÁXIMO OU MÍNIMO
(Na página 51 desta apostila, você encontra a
demonstração da fórmula que nos permite encontrar as Dada uma função 𝑓 podemos dizer que
coordenadas de V.) ela admite máximo se, e somente se existe
𝑥𝑚 , 𝑥𝑚  𝐷(𝑓) tal que:
𝑓(𝑥𝑚 ) ≥ 𝑓(𝑥) ∀𝑥 | 𝑥 ∈ 𝐷(𝑓)
O número 𝑓(𝑥𝑚 ) é chamado de valor
Determinar as coordenadas do vértice da máximo de f.
parábola que representa graficamente a
função 𝑓(𝑥) = 𝑥 2 – 4𝑥 + 3. E podemos dizer que ela admite mínimo se, e
Resolução: somente se existe 𝑥𝑚 , 𝑥𝑚  𝐷(𝑓) tal que:
𝑏 −4 𝑓(𝑥𝑚 ) ≤ 𝑓(𝑥) ∀𝑥 | 𝑥 ∈ 𝐷(𝑓)
𝑥𝑣 = − =− =2
2𝑎 2 O número 𝑓(𝑥𝑚 ) é chamado de valor
2 2
𝑏 − 4𝑎𝑐 (−4) − 4 ∙ 1 ∙ 3 mínimo de f.
𝑦𝑣 = − =− = −1
4𝑎 4∙3
Uma função quadrática admite ponto
Logo, 𝑉 = (2, −1) de máximo no vértice quando
a < 0.

Uma função quadrática admite ponto


CONCAVIDADE de mínimo no vértice quando
A parábola que representa a > 0.
graficamente a função quadrática y = ax 2 +
bx + c pode ter a concavidade voltada para
cima ou para baixo de acordo com o sinal do
coeficiente 𝑎.

CASSIO VIDIGAL 12 IFMG – CAMPUS OURO PRETO


IMAGEM b) y = –x2 + 4x

A partir do esboço do gráfico da função


quadrática 𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐, podemos
notar que a ordenada do vértice limita sua
imagem, assim, se 𝑎 > 0, 𝑦 ≥ 𝑦𝑣 e se 𝑎 <
0, 𝑦  𝑦𝑣 , logo:

Para 𝑎 > 0

𝐼𝑚 = {𝑦 ∈ ℝ|𝑦 ≥ − }
4𝑎

Para 𝑎 < 0

𝐼𝑚 = {𝑦 ∈ ℝ|𝑦 ≤ − } c) f(x) = –x2 + 5x – 3
4𝑎

14) Em cada uma das funções quadráticas a


seguir, determine o vértice da parábola da
representação gráfica e aponte a direção da
concavidade da parábola. Determine também
a imagem da função.
a) f(x) = x2 – 2x + 2

1 2
d) f x   x x2
2

MATEMÁTICA I 13 FUNÇÃO QUADRÁTICA


e) f x   3x 2  6x  2 15) Para que valores de m o gráfico da a
função f(x) = (m – 5)x2 + 2x – m tem a
concavidade voltada para cima?

x 1
f) f x    x 2  
2 4

16) O vértice da parábola da função


y = x2 +bx + c é o ponto V(-3; 1). Calcule b e c.

g) f x   x 2  2 x  0,4

CASSIO VIDIGAL 14 IFMG – CAMPUS OURO PRETO


17) Sabe-se que a parábola que descreve a
função y = x2 + kx + 2k passa pelo ponto (1:
7).
a) Determine k.

b) Quanto vale f(0)? E f(3)?

18) Calcule b e c sabendo que a parábola de


y = x2 + bx + c passa pelos pontos
(1; 1) e (2; 6).

MATEMÁTICA I 15 FUNÇÃO QUADRÁTICA


19) Determine a função quadrática b) Encontre a fórmula de y em função de x.
f(x) = ax2 + bx + c tal que f(0) = 2, f(1) = 6 e (dica: se y é proporcional quadrado de x, então y é igual a x2
multiplicado por uma constante, ou seja, a função é do
f(-1) = 0. (Você deve determinar a, b e c) tipo y = ax2)

c) Obtenha y para x = 3?

20) O arco de
parábola da figura
ao lado é o gráfico
de uma função em
que y é proporcional
ao quadrado de x. 21) O preço de uma pizza é diretamente
proporcional à sua área. Por isso, a fórmula
a) Qual o domínio e imagem da função? que dá o preço (em reais) de uma pizza em
função de seu raio R (em cm) é do tipo P =
kR2. No caso, k é uma constante real não nula.
Uma pizzaria vende uma pizza de raio igual a
20cm por R$12,00.
a) Qual o valor de k?

b) Por quanto deve ser vendida uma pizza de


30cm de raio?

CASSIO VIDIGAL 16 IFMG – CAMPUS OURO PRETO


22) Um substância sofreu mudanças de
temperatura durante 8 minutos. Sua
temperatura T em graus Celsius, t minutos
após o início do experimento, é dada pela
fórmula T = -2t2 + 16t + 10. Encontre:
a) a temperatura inicial da substância.

b) o instante em que ela atingiu a temperatura


máxima.

c) Qual a taxa de variação média do preço da


pizza por centímetro de raio quando este
muda de 20cm para 30cm? E quando muda
de 30cm para 40 cm?
c) a temperatura máxima atingida.

d) os instantes em que a temperatura atingiu


24ºC.

______________________

MATEMÁTICA I 17 FUNÇÃO QUADRÁTICA


FORMA CANÔNICA
ATIVIDADES COMPLEMENTARES
Pág. 180 – Exercícios 07 a 14 A construção do gráfico da função
quadrática com o auxílio de uma tabela como
está apresentado no início desta apostila
torna-se as vezes um trabalho impreciso. Não
era o caso daqueles exemplos e de outros que
você vez nos exercícios, mas isto pode
acontecer quando, por exemplo, a parábola
intercepta o eixo horizontal ou vertical em
pontos de abscissa ou ordenada não inteiros.

A fim de podermos fazer um estudo


analítico mais detalhado da função quadrática,
vamos, em princípio, transforma-la em outra
forma chamada de FORMA CANÔNICA.

Vamos transformar a função na forma


polinomial 𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 para a forma
canônica, veja:

f  x   ax 2  bx  c
 b 
f  x   a x 2  x  c 
 a 
 b b2 b2 
f  x   a x 2  x  2  2  c 
 a 4a 4a 
 b b2   b2 
f  x   a  x 2  x  2    2  c 
 a 4a   4a 
 b   b 2  4ac 
2

f  x   a  x    
 2a   4a 2 
2
 b   b 2  4ac 
f  x   a x    
 2a   4a 

Esta forma é a chamada forma


canônica. Representando 𝑏 2 – 4𝑎𝑐 por ,
também chamado de discriminante do
trinômio do 2º grau temos a forma canônica
como a conhecemos:
2
 b  
f x   a x   
 2a  4a

CASSIO VIDIGAL 18 IFMG – CAMPUS OURO PRETO


Ex.1: Vamos passar a função 23) Passe as funções quadráticas a seguir
2
f(x) = x – 5x + 6 para a forma canônica: para a forma canônica e, em seguida,
encontre as raízes, caso existam.
f x   x 2  5 x  6 a) f x   x 2  3 x  2
25 25
f x   x 2  5 x   6
4 4
2
 5 1
f x    x   
 2 4

Ex.2: Passar a função quadrática


f x   3x  7x  2 para a forma canônica e em
2

seguida determinar suas raízes caso existam.

Resolução:
𝑓(𝑥) = 3𝑥 2 − 7𝑥 + 2
7 2
𝑓(𝑥) = 3 (𝑥 2 − 𝑥 + )
3 3
7 49 49 2
𝑓(𝑥) = 3 (𝑥 2 − 𝑥 + − + )
3 36 36 3
7 2 25
𝑓(𝑥) = 3 [(𝑥 − ) − ]
6 36
2
7 25
𝑓(𝑥) = 3 (𝑥 − ) −
6 12 b) f x    x 2  7x  12

Vamos agora encontrar as raízes. Para isto,


vamos igualar a 0 a expressão encontrada:
7 2 25
3 (𝑥 − ) − =0
6 12
7 2 25
3 (𝑥 − ) =
6 12
7 2 25
(𝑥 − ) =
6 36
7 25
𝑥− = ±√
6 36
7 5
𝑥= ±
6 6
12 2 1
𝑥1 = = 2 𝑜𝑢 𝑥2 = =
6 6 3
1
Assim, as raízes são 2 e .
3

MATEMÁTICA I 19 FUNÇÃO QUADRÁTICA


c) f x    x 2  7x  12 e) f x   x 2  2x  2

3
f) f x    x 2  x 1
2
d) f x   3x 2  7x  2

CASSIO VIDIGAL 20 IFMG – CAMPUS OURO PRETO


g) f x   x 2  2x  1

CONSTRUÇÃO DA PARÁBOLA

Nos exemplos a seguir, construiremos


gráficos de funções do segundo grau
(parábolas) a partir de sua forma canônica
mas antes vamos entender algumas
translações que podemos realizar nos gráficos
de funções do segundo grau.
Nas páginas 2 e 3 desta apostila,
construímos o gráfico da função 𝑓(𝑥) = 𝑥 2 .
Para tal partimos de uma tabela, localizamos
os pontos no plano e ligamos construindo o
gráfico. Relembre:

x x2 y
-3 (-3)2 9 A = (-3; 9)
2
-2 (-2) 4 B = (-2; 4)
-1 (-1)2 1 C = (-1; 1)
2
0 0 0 D = (0; 0)
h) f x   x 2  2x 1 12 1 E = (1; 1)
2
2 2 4 F = (2; 4)
2
3 3 9 G = (3; 9)
Vamos agora localizar, no plano cartesiano, os
pontos encontrados na tabela.

Ligando-se os pontos, formaremos o gráfico:

MATEMÁTICA I 21 FUNÇÃO QUADRÁTICA


DESLOCAMENTO VERTICAL
Agora, vamos construir o gráfico da
função 𝑔(𝑥) = 𝑥 2 – 1.
Este gráfico pode ser obtido a partir do
gráfico anterior deslocando todos os seus
pontos em uma unidade para baixo já que
para cada valor de x em 𝑓(𝑥) = 𝑥 2 , a imagem Veja, na sequência abaixo, diversos
relativa a 𝑔(𝑥) = 𝑥 2 – 1 estará uma unidade gráficos ilustrando esta situação:
abaixo.
Veja como ficará o gráfico:

p(x) = x2 + 5

k(x) = x2 + 2

f(x) = x2

g(x) = x2 – 1

h(x) = x2 – 4
Continuando nesta linha, vamos
construir o gráfico de ℎ(𝑥) = 𝑥 2 – 4.
Observando as construções anteriores,
Agora, a partir de 𝑓(𝑥) = 𝑥 2 , vamos
podemos concluir que, somando-se ou
“descer” todos os seus pontos em 4 unidades
subtraindo-se uma constante de uma função
do segundo grau, deslocamos o seu gráfico
verticalmente.

DESLOCAMENTO HORIZONTAL
Vamos, agora, provocar
deslocamentos horizontais no gráfico.

CASSIO VIDIGAL 22 IFMG – CAMPUS OURO PRETO


Mais uma vez, partiremos do gráfico da
função 𝑓(𝑥) = 𝑥 2 . Agora construiremos o gráfico de
𝑔(𝑥) = (𝑥 – 3)2 .

𝑥 𝑥−3 (𝑥 + 2)2 𝑦 (𝑥, 𝑦)


0 −3 (−3)2 9 𝐴 = (0; 9)
1 −2 (−2)2 4 𝐵 = (1; 4)
2 −1 (−1)2 1 𝐶 = (2; 1)
3 0 02 0 𝐷 = (3; 0)
4 1 12 1 𝐸 = (4; 1)
5 2 22 4 𝐹 = (5; 4)
6 3 32 9 𝐺 = (6; 9)

Localizando no plano e construindo o gráfico,


temos:
Vamos agora construir a tabela e, em
seguida, o gráfico de ℎ(𝑥) = (𝑥 + 2)2 .

𝑥 𝑥+2 (𝑥 + 2)2 𝑦 (𝑥, 𝑦)


−5 −3 (−3)2 9 𝐴 = (−5; 9)
−4 −2 (−2)2 4 𝐵 = (−4; 4)
−3 −1 (−1)2 1 𝐶 = (−3; 1)
−2 0 02 0 𝐷 = (−2; 0)
−1 1 12 1 𝐸 = (−1; 1)
0 2 22 4 𝐹 = (0; 4)
1 3 32 9 𝐺 = (1; 9)

Observe, em verde, no plano a seguir,


os pontos encontrados a partir da tabela e o
gráfico da função ℎ. Neste caso, foi possível observar que
somando ou subtraindo uma constante ao x, o
gráfico da função sofre um deslocamento
lateral. Veja no conjunto de gráficos a seguir:

MATEMÁTICA I 23 FUNÇÃO QUADRÁTICA


𝑘(𝑥) = (𝑥 + 3)2 𝑔(𝑥) = (𝑥 − 3)2
2
𝑓(𝑥) = 𝑥
ℎ(𝑥) = (𝑥 + 2)2 𝑝(𝑥) = (𝑥 − 4)2
De maneira informal, mas que Na figura, além do gráfico, foram
proporciona um bom entendimento, podemos destacadas linhas em três cores de duas
dizer que somando-se uma unidade ao tonalidades cada. Ressaltando que em
argumento x, o gráfico é deslocado uma 𝑓(𝑥) = 𝑥 2 os valores de y variam com o
unidade para a esquerda e subtraindo uma quadrado de x e tomando como referência o
unidade do argumento x, o gráfico é deslocado vértice da parábola, podemos observar que:
uma unidade para a direita.  Em azul: quando x varia uma unidade, y
varia 12, ou seja, 1 e quando x varia em
ABERTURA uma unidade para a esquerda, y varia
Em termos de abertura, as parábolas em (-1)2, ou seja, 1.
podem ter a concavidade mais aberta ou mais  Em vermelho: quando x varia duas
fechada ou ainda a concavidade voltada para unidades, y varia 22, ou seja, 4 e quando
baixo. x varia em duas unidades para a
Mais uma vez, começaremos com o esquerda, y varia em (-2)2, ou seja, 4.
gráfico da função 𝑓(𝑥) = 𝑥 2 mas agora  Em verde, quando x varia três unidades,
destacaremos uma nova situação em termos y varia 32, ou seja, 9 e quando x varia em
de deslocamento. Observe o gráfico. três unidades para a esquerda, y varia
em (-3)2, ou seja, 9.
Tente observar o mesmo padrão para x
variando 4 unidades.

No entanto, se tivermos uma constante


multiplicando o “x2”, esta constante
influenciará diretamente na taxa de variação
de y em relação a x. Veja no exemplo a seguir
com a função 𝑔(𝑥) = 2𝑥 2 .

CASSIO VIDIGAL 24 IFMG – CAMPUS OURO PRETO


quadrados das variações em x. Isso se deve
1
ao fator multiplicando o “x2”.
2

Vejamos, agora, o papel de uma


constante negativa multiplicando o “x2”.

No gráfico a seguir, utilizaremos o fator


-1 e o resultado observado vale, também para
quaisquer outros fatores negativos.

Veja que, neste caso, as variações em


y são o dobro dos quadrados das variações
em x. Isso se deve ao fator 2 multiplicando o
“x2”.
É possível observar que, para cada
deslocamento horizontal a partir do vértice, o
Veja este outro exemplo com a função
1 deslocamento vertical varia com o quadrado
ℎ(𝑥) = 𝑥 2 . de x porém para baixo, Desta forma, a
2
parábola tem a concavidade voltada para
baixo.

Assim, em termos da influência da


constante a no gráfico de 𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥 2 ,
podemos concluir que se a > 0, a parábola tem
a concavidade voltada para cima e se a < 0,
a parábola tem a concavidade voltada para
baixo (isso já foi falado na página 12). Além
disso, podemos dizer que quanto maior o valor
de a (em módulo), mais fechada estará a
parábola e quanto mais próximo de zero for o
A valor de, mais aberta estará a parábola.

Agora pode-se perceber que as Agora vamos focar noutro ponto.


variações em y são equivalentes à metade dos

MATEMÁTICA I 25 FUNÇÃO QUADRÁTICA


Na página 17, vimos que a forma Ex.:Construir o gráfico da função
canônica da função 𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 é f x   x 2  4 x  3 .
Resolução: (Na coluna ao lado)
2
 b   Forma canônica:
f x   a x   
 2a  4a f x   x 2  4 x  3
Na página 12, vimos que as
f x   x 2  4 x  4  4  3
coordenadas do vértice da parábola são:
 
f x   x 2  4 x  4   4  3
 b  f x   x  2  1
2
V   ; 
 2a 4a 
Assim, temos que:
Assim, podemos reescrever a forma a = 1 e V = 2,1
canônica como:
A partir daí, localizamos o vértice no
plano e em seguida alguns outros pontos da
𝑓(𝑥 ) = 𝑎(𝑥 − 𝑥𝑣 )2 + 𝑦𝑣 parábola de acordo com o que estudamos:

Observe que, nesta notação, podemos


notar de forma clara, os três elementos que
acabamos de estudar:

A partir do que foi visto,


detalhadamente, nas últimas páginas, vamos,
agora construir gráficos de funções do 2º grau O passo seguinte será ligar estes
sem a necessidade de partir de uma tabelinha. pontos em forma de parábola formando,
assim, o gráfico procurado.
O nosso procedimento será encontrar a
forma canônica das funções e, a partir dela
localizarmos o vértice e fazermos os
deslocamentos sobre o plano para encontrar
pontos de referência para a construção do
gráfico.

Acompanhe os exemplos a seguir:

CASSIO VIDIGAL 26 IFMG – CAMPUS OURO PRETO


Os demais exemplos, nas próximas
páginas, construiremos juntos em forma de
exercícios.

24) Construir o gráfico da função


f(x) = x2 – 2x - 3

MATEMÁTICA I 27 FUNÇÃO QUADRÁTICA


25) Construir o gráfico da função 26) Construir o gráfico da função
f(x) = x2 – 4x +4 f(x) = x2 – 2x

CASSIO VIDIGAL 28 IFMG – CAMPUS OURO PRETO


27) Construir o gráfico da função
f(x) = 2x2 – 4x – 1

MATEMÁTICA I 29 FUNÇÃO QUADRÁTICA


28) Construir o gráfico da função 29) Construir o gráfico da função
1 3 f x   x 2  4 x  5
f x   x 2  x 
2 2

CASSIO VIDIGAL 30 IFMG – CAMPUS OURO PRETO


30) Construir o gráfico da função
f x    x 2  4 x  3

MATEMÁTICA I 31 FUNÇÃO QUADRÁTICA


31) Construir o gráfico da função EIXO DE SIMETRIA
f x   x 2  10x  26 “O gráfico da função quadrática admite
um eixo de simetria perpendicular ao eixo
horizontal que passa pelo vértice da parábola”.
A afirmação acima está presente no livro
“Fundamentos da Matemática Elementar” e
sua demonstração encontra-se na página 52
desta apostila.
Esta conclusão nos permite construir
apenas um ramo da parábola (à esquerda ou
direita do vértice) e simetrizar este ramo em
relação ao eixo de simetria para construir o
outro ramo.

COEFICIENTES a, b E c
NO GRÁFICO

Os parâmetros 𝑎, 𝑏 e 𝑐 de uma função


quadrática apresentada sob a forma
𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 nos dão informações
interessantes e importantes sobre a natureza
do gráfico. Vamos ver nos acasos a seguir:

1. Parâmetro c
O coeficiente 𝒄 indica o ponto onde a
parábola cruza o eixo vertical.

A parábola cruzo o eixo das ordenadas


no ponto (0, c).

2. Parâmetro b
Este coeficiente indica se a parábola cruza
o eixo das ordenadas com seu ramo crescente
ou decrescente. Veja cada um dos casos nos
______________________ exemplos abaixo.
1º caso: b > 0
ATIVIDADES COMPLEMENTARES
Pág. 176– Exercício 01
CASSIO VIDIGAL 32 IFMG – CAMPUS OURO PRETO
Quando b > 0, a parábola cruza o eixo vertical
com seu ramo crescente. Porém, mais do que isso, este
parâmetro determina a abertura da parábola.
Quanto maior o valor absoluto de 𝒂, menor
será sua abertura ou, em outras palavras,
mais “fechada” ela será independente da
direção da concavidade.

Veja nos exemplos a seguir:

2º caso: b < 0

Quando b < 0, a parábola cruza o eixo vertical


com seu ramo decrescente.

3º caso: b = 0

Quando b = 0, a parábola cruza o eixo vertical


no vértice, onde a função não é crescente nem
decrescente.

3. Parâmetro a
O parâmetro 𝒂 é responsável pela
concavidade e abertura da parábola. Como já
vimos, se 𝑎 > 0, a parábola tem a Estas informações são úteis, entre
concavidade voltada para cima e se 𝑎 < 0, a outras coisas, para verificar se construção do
concavidade estará voltada para baixo. gráfico está correta.

MATEMÁTICA I 33 FUNÇÃO QUADRÁTICA


Logo, podemos afirmar que:
f x   0 para x  2 ou x  3

f x   0 para x  2 ou x  3
f x   0 para  2  x  3

Ex.2: f(x) = –2x2 + 3x + 2


Resolução: x1 = -1/2 , x2 = 2 e a = -2 < 0

 1
f x   0 para x
2
ou x  2

 1
f x   0 para x   ou x  2
SINAL DA FUNÇÃO QUADRÁTICA  2
Como já vimos em funções do primeiro  1
grau, estudar o sinal de uma função é f x   0 para  x2
2

determinar para quais valores de x a função
assume valores positivos, negativos ou
mesmo zero. Ex.3: f(x) = x2 – 2x + 1
Dada uma função quadrática do tipo Resolução: x1 = x2 = 1 e a = 1 > 0
𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐, sabemos que 𝑓(𝑥)
pode apresentar duas, uma ou nenhuma raiz f x   0 para x 1
e o sinal do coeficiente 𝒂 determina a 
concavidade da parábola. f x   0 para x 1
Para estudar o sinal de uma função do
2º grau, fazer um esboço do gráfico baseado
nas raízes, caso existam, e no sinal do
Ex.4: f(x) = –2x2 + 8x - 8
coeficiente a.
x1 = x2 = 2 e a = 1 > 0
Veja, nos exemplos, alguns casos.
f x   0 para x2

f x   0 para x2
Vamos estudar o sinal das seguintes funções:
Ex.1: f(x) = x2 – x – 6
Resolução: As raízes são x1 = -2 e x2 = 3 e
a = 1 > 0, assim a parábola corta o eixo OX em
dois pontos e possui concavidade para cima.
O esboço a seguir mostra isto e apresenta os Ex.5: f(x) = x2 – 2x + 2
sinais em cada intervalo. a = 1 > 0 e f(x) não possui raízes.

CASSIO VIDIGAL 34 IFMG – CAMPUS OURO PRETO


32) Faça o estudo do sinal das seguintes
funções:
a) f x   6x 2  5x  1

Logo, 𝑓(𝑥) > 0 𝑝𝑎𝑟𝑎 ∀𝑥 ∈ ℝ

Ex.6: f(x) = –x2 + x – 1


a = -1 < 0 e f(x) não possui raízes.

Assim, 𝑓(𝑥) < 0 𝑝𝑎𝑟𝑎 ∀𝑥 ∈ ℝ


______________________________

b) f x   x 2  2x  3

Faça agora alguns exercícios


envolvendo estudo de sinais e inequações.

MATEMÁTICA I 35 FUNÇÃO QUADRÁTICA


c) f x   x 2  4x  4 e) f x   x 2  9

f) f x   2x  43x  1

d) f x   x  x 2

g) f x   2x  1x  2

CASSIO VIDIGAL 36 IFMG – CAMPUS OURO PRETO


h) f x   2x 2  x  1
j) f x   3  x 2

i) f x   x1 x   1

MATEMÁTICA I 37 FUNÇÃO QUADRÁTICA


33) Determine os valores de c para os quais
temos 𝑥 2 + 4𝑥 + 𝑐 > 0, ∀𝑥 ∈ ℝ
Ex. 1. Qual a solução da inequação
2x2 – 5x + 2 >0.
Resolução:
Em princípio devemos determinar as raízes da
função e a seguir esboçar o gráfico.
1
As raízes são x1  2 e x 2  e
2
a = 2 > 0.

Observando o esboço do gráfico,


podemos notar que a função é positiva para
1
x  ou x  2 assim:
2
1
𝑆 = {𝑥 ∈ ℝ|𝑥 < 𝑜𝑢 𝑥 > 2}
2

Ex.2:
Resolver a inequação x2 – 6x – 7  0.

As raízes são x1 = -1 e x2 = 7 e a > 0.


______________________

ATIVIDADES COMPLEMENTARES
Pág. 182 – Exercícios R.6 e R.7
Pág 184 – Exercícios 15 e 16

INEQUAÇÕES DO 2º GRAU 𝑆 = {𝑥 ∈ ℝ | − 1 ≤ 𝑥 ≤ 7}

Sendo f(x) = ax2 + bx + c com a, b e c Ex.3: Quais valores de x satisfazem a


reais e a  0, chamamos de INEQUAÇÃO DO inequação x2 – 6x + 9 > 0?
2º GRAU às sentenças do tipo f(x) > 0 ou f(x) Raízes: x1 = x2 = 3 e a > 0
 0 ou f(x) < 0 ou ainda f(x)  0.

Resolver uma inequação significa


determinar os valores reais de x que
satisfazem a condição pedida e isto é feito
analisando-se o sinal da função. 𝑆 = {𝑥 ∈ ℝ|𝑥 ≠ 3}

Veja no exemplo a seguir.

CASSIO VIDIGAL 38 IFMG – CAMPUS OURO PRETO


34) Determine o conjunto solução de cada
uma das inequações a seguir:
a) x 2  9 x  10  0

b) 6 x  x 2  0

d) x 2  36  12 x

c) x 2  4

MATEMÁTICA I 39 FUNÇÃO QUADRÁTICA


e) x 2  x  1 g) m2  m  1  2m2  m  2

h) t  2  tt  1
x2 12 x  1
f)  2x 
2 8

i) xx  4  4x  16

CASSIO VIDIGAL 40 IFMG – CAMPUS OURO PRETO


k) x  22  4a 2  2

k k 1 1
j)   k2 
2 3 6
35) Num laboratório, uma substância sofre um
processo de mudança de temperatura. Sabe-
se que após t segundos após o início do
experimento, a temperatura C, em graus
Celsius, é dada por C(t) = t2 – 12t + 35.

a) Qual a temperatura inicial da substância?

b) Qual a temperatura mínima que a


substância atinge?

MATEMÁTICA I 41 FUNÇÃO QUADRÁTICA


c) Em que instante isto ocorre? Pág. 184– Exercícios 17 a 19

d) Durante quanto tempo a temperatura fica


negativa?

e) Em que intervalo de tempo a temperatura


ficou abaixo de 24ºC?

______________________

ATIVIDADES COMPLEMENTARES

CASSIO VIDIGAL 42 IFMG – CAMPUS OURO PRETO


INEQUAÇÕES PRODUTO E
QUOCIENTE
Resolver uma inequação produto e/ou 36) Resolva as inequações:
quociente do segundo grau é semelhante ao a) x 2  5x  42x 2  x  1  0
que fazemos com aquelas que envolvem
apenas funções do primeiro grau. Veja o
exemplo.

Ex.: Resolver a inequação


(x2 + 2x – 3)(4x – 1) > 0

Resolução:
Devemos estudar o sinal de cada uma das
funções.

f(x) = x2 + 2x – 3

g(x) = 4x – 1

b) x 2  x 5 x  1  0

1
𝑆 = {𝑥 ∈ ℝ| − 3 < 𝑥 <
𝑜𝑢 𝑥 > 1}
4
___________________________

Como não há novidades em relação ao


que já vimos em inequações
produto/quociente do primeiro grau, podemos
passar direto aos exercícios.

MATEMÁTICA I 43 FUNÇÃO QUADRÁTICA


c) xx 2  3x  2  0 4x 2  3x  1
e) 0
2x 2  x  1

d) 2x  3x 2  3x  10 1  x 2   0


4  x2
f) 0
x 2  6x  5

CASSIO VIDIGAL 44 IFMG – CAMPUS OURO PRETO


37) Resolva as duas inequações a seguir: 2x  1
38) Seja f x   . Determine os valores
x x 1 2x 2  1
a) 
x 1 x  2 de x em cada caso:
a) para que se tenha f(x) = 1

1 1
b)  2 2
x 1 x 1
2

b) para que se tenha f(x) > 1

MATEMÁTICA I 45 FUNÇÃO QUADRÁTICA


39) Dado f x   2x 2  x  13x 2  2x  1 SISTEMA DE INEQUAÇÕES DO 2º
calcule os valores de x em cada caso: GRAU
a) para que se tenha f(x) = 0
Resolver um sistema de inequações do
2º grau ou um sistema de inequações
simultâneas do 2º grau é semelhante àquele
envolvendo apenas inequações do primeiro
grau.

Devemos lembrar que a solução de um


sistema é a INTERSECÇÃO das soluções de
cada uma das inequações que o formam.


x  x  2
2

Ex.: Resolver o sistema  2 .



2 x  x  1
Resolução:
Devemos resolver cada inequação
separadamente e, em seguida, fazer a
intersecção entre as soluções.

x2  x  2 2x 2  x 1
b) para que se tenha f(x) > 0
x2  x  2  0 2 x 2  x 1  0
x1  1 e x 2  2 1
x1   e x2  1
2

1
S  [ 1;  ]  [1; 2]
2

CASSIO VIDIGAL 46 IFMG – CAMPUS OURO PRETO


x 2  8 x

40) Resolva os sistemas: b) x 2  9
x 2  8 x  9

2x 2  1  2x  1
a)  2
x  2x  2x  2x  3
2

MATEMÁTICA I 47 FUNÇÃO QUADRÁTICA


41) Indique o conjunto solução de cada um 1 x2 1 x
dos três sistemas de inequações simultâneas b) x 5x 
2 2 2
a seguir:
a) 4 x 2  x 2  5 x 2  4

CASSIO VIDIGAL 48 IFMG – CAMPUS OURO PRETO


c) 3 x 2  2x  1  x 2  3 x  2  2x 2  x  3 42) Sejam f x   x 2  2  5 e gx   3x 2  1.
Determine x tal que:
a) 2 < f(x) < 5

b) f(x)  g(x)

MATEMÁTICA I 49 FUNÇÃO QUADRÁTICA


43) Calcule m de modo que f x   mx 2  mx  1 44) Construir o gráfico da função:
tenha raízes reais e o gráfico seja uma x 2  4 para  3  x  3
f x    2
parábola voltada para cima.
 x  14 para x  3 ou x  3

CASSIO VIDIGAL 50 IFMG – CAMPUS OURO PRETO


45) Construir o gráfico da função: RESPOSTAS
01) a) 3 e 5 b) -2 e 4
 2x  7 para x  -2 c) 3 e 3 d) 0 e 4

f x   x² + 2 x - 3 para  2  x  1 e) -5 e 2 f) -3 e
1
x  1 para x  1 2

1 5
g) e h) -2 e 2
3 7
j) Não possui
i) -5 e -1
raízes reais
1 4
k) e
3 3
02) 2 3

4  13
03) k 04) p
3 2
05) -1
1 5
06) a) S  e P
3 3
b) S = 6 e P = 5
7
c) S = 0 e P  
2
d) S = 3 e P = -2
07) a) f(x) = x2 – 7x + 12
b) f(x) = x2 – x – 2
c) f(x) = x2 + 9x + 20
d) f(x) =x2 + 2√3x+1
e) f(x) = x2 – 8x
f) f(x) = x2 – 6x + 9
g) f(x) =x2 - 7√7x + 42
08) - Demonstração -
09) P = -12 10) 3
11) P = 77
12) As raízes são -3 e -8 e p vale 24
13) a)
10
b)
5
3 3
c) 2 a)
70
9

14) a) vértice (1; 1); Im = [1; );


concavidade para cima.
MATEMÁTICA I 51 FUNÇÃO QUADRÁTICA
b) vértice (2; 4); Im = (-; 4]  7  1
2

concavidade para baixo. b) f x     x    


 2  4 
 5 13  13
c) vértice  ;  ; Im = (-; ]; raízes: 3 e 4.
2 4  4
 7  25 
2
concavidade para baixo. c) f x   3 x    
 3 3  6  36 
d) vértice   1;  ; Im =(-; ];
 2 2 1
raízes: 2 e
concavidade para cima. 3
e) vértice (1; -5); Im = [-5; ); d) f x   x  1  1
2

concavidade para cima


Não possui raízes reais.
 1 3 3
f) vértice   ;  ; Im = [ ; ); e) f x   x  2  raiz: -2
2

 4 4 4
 3  25 
2
concavidade para cima f) f x     x    
 2 9   4  16 
g) vértice   ;   ;
 2 10  1
raízes: 2 e 
9 2
Im = [  ; );
g) f x   x  1  2
2
10
concavidade para cima raízes: 1 2 e 1 2
h) f x   x  1  1
2
15) m>5
raízes: 0 e 2
16) b = 6 e c= 10
24)
17) a) k = 2
b) f(0) = 4; f(3) = 19
18) b = 2 e c = -2
19) f(x) = x2 + 3x + 2
20) a) D = [0, ) e Im = [0, )
x2 9
b) y  c) y 
4 4

21) a) 0,03
b) R$27,00
c) 20  30: 1,50 / cm
30  40: 2,10 / cm
22) a) 10ºC
b) 4 min
c) 42ºC
d) 1 min e 7 min
23) 
2
3 1
a) f x    x   
 2 4
raízes: 1 e 2

CASSIO VIDIGAL 52 IFMG – CAMPUS OURO PRETO


25) f x   0 para x2

c) f x   0 para x2

f x   0 para 0  x 1

f x   0 para x  0 ou x  1
d) f x   0
 para x  0 ou x  1

f x   0 para x  3 ou x  3

f x   0 para x  3 ou x  3
e) f x   0
 para 3  x  3

 1
f x   0 para x  2 ou x 
3

 1
f x   0 para x  2 ou x 
 3
f)
 1
f x   0 para 2 x 
3

f x   0 para 1 x  2

f x   0 para x  1 ou x  2
26) g) f x   0
 para x  1 ou x  2
27)
28)
29)
h) f x   0 para x  
30
31) i) f x   0 para x  
32)  1 1 f x   0 para x  3
f x   0 para x  ou x  j) 
f x   0 para x  2
3 2

 1 1
a) f x   0 para x  ou x 
33)
 3 2 c>4
 1 1
f x   0 para 3
x
2  9  41 9  41 
 34) a) S  x   | x  ou x  
f x   0 para 3  x 1  2 2 

f x   0 para x  3 ou x  1 b) S  x   | 0  x  6
b) f x   0 para
 x  3 ou x  1 c) S  x   | x  2 ou x  2
d) S  x   | x  6

MATEMÁTICA I 53 FUNÇÃO QUADRÁTICA


 1 5 1 5  b) S  x   | x  3 ou x  9
e) S  x   | x 
2 2 
 41) a) S  x   | x  1 ou x  4
 1 b) S = Ø
f) S   
 2  1 
c) S  x   |   x  1
g) S  m   | m  1  2 
h) S = Ø 42) a) -2 < x <0
i) S  4 b) x  -1 ou x ≥ 2
 1 1
j) S  k   | k  ou k   43) m≥4
 3 2
k) S = Ø 44)
35) a) 35ºC b) -1ºC
c) t=6s d) 2 segundos
e) 1 < t < 11
36) a)  1 
S  x   | x  ou x  4 185
 2 
b)  1
S  x   | x  1 ou 0  x  
 5
c) S  x   | x  2 ou  1  x  0
d) S  { x   | x  2 ou
3
 1  x  1 ou  x  5}
2
e) 1
S  { x   | x   ou 45)
2
1
  x  1 ou x  1}
4
f) S  { x   | x  5
ou  2  x  1 ou x  3}

37) a) S  x   | 1  x  2
b) S  x   | x  1 ou x  0 ou x  1

38) a) x = 0 ou x = 1
2 2
b)   x  0 ou  x 1
2 2
1 1
39) a) x ou x  ou x  1
2 3
1 1
b) x  1 ou  1  x  ou x 
3 2

40) a) S  x   | 0  x  1

CASSIO VIDIGAL 54 IFMG – CAMPUS OURO PRETO


REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
MACHADO, Antônio dos Santos;
Matemática, Temas e Metas. São Paulo,
Atual, 1988.
IEZZI, Gelson e outros; Fundamentos A parábola corta o eixo vertical no ponto
da Matemática Elementar, Volume 1. São P, podemos então dizer que
f(0) = c. Sendo PQ um segmento de reta
Paulo, Atual, 5ª edição, 1977. paralelo ao eixo horizontal, temos, para o
RUBIÓ, Angel Pandés; Matemática e ponto Q, a coordenadas (k, c). Desta forma
podemos obter a abscissa de Q:
suas tecnologias; Volume 1. São Paulo, IBEP,
f (k )  c e f x   ax 2  bx  c
2005. 
PAIVA, Manoel; Matemática; Volume 1. ak  bk  c  c
2

São Paulo, Moderna, 1995. ak 2  bk  0


k ak  b   0
Links para os vídeos sugeridos: k  0 ou ak  b  0
ak  b
Pág. 30 b
k
http://vidigal.ouropreto.ifmg.edu.br/ a

coef-a-b-c-grafico/ Observando o gráfico vemos que


Pág. 31 k = 0 é a abscissa do ponto P, logo a abscissa
b
http://vidigal.ouropreto.ifmg.edu.br/ de Q é  .
a
est-sinal-f2g/ Devido à simetria da parábola,
podemos determinar a abscissa de V como
sendo a média aritmética entre as abscissas
de P e Q, assim:
Demonstração indicada na página 11. b
 0
Vértice xv  a
2
Considere o gráfico abaixo da função b
xv  
f(x) = ax2 + bx + c. 2a
Para determinar a ordenada do vértice,
basta substituir determinar f(xv).

MATEMÁTICA I 55 FUNÇÃO QUADRÁTICA


2
 b   b 
f  x v   a    b  c
 2a   2a 
ab 2 b 2
f x v   a  c
4a 2a
ab 2  2ab 2  4a 2 c
f x v  
4a 2
 ab 2  4a 2 c
f x v  
4a 2 Vamos considerar a função
f x v  
 
 a b 2  4ac f x   ax  bx  c na sua forma
2

4a 2  b 
2
 
f x   a x 

f x v  

 b 2  4ac

  2
2a  4a 
4a
 b 
como   b  4ac
2
e também que o ponto A    k, y1 
 2a 

f x v   pertence a f(x), assim,
4a

Assim, temos que as coordenadas do


 b 
2
 
𝑏 ∆
vértice da parábola, são 𝑉 = (− ; − ) f x   a  x    2
2𝑎 4𝑎
 2a  4a 

 b   b b 
2
 
Demonstração indicada na página 29 f   k   y1  a   k    2 
 2a   2a 2a  4a 
Eixo de simetria     2  
 a  k   2   a k   2  
2

 4a   4a 
Os pontos de uma reta vertical que
passa pelo vértice de uma parábola obedecem  b b 
2
   b 
 a   k    2   f   k
b  2a 2a  4a   2a 
à equação x   pois todos os pontos têm
2a
 b 
b logo, podemos ver que o ponto B   k, y1 
abscissa  .  2a 
2a
Para provarmos que a parábola tem um também pertence ao gráfico.
b
eixo de simetria, na reta x   devemos
2a
 b 
mostrar que se o ponto A    k, y1 
 2a 
pertence ao gráfico, então o ponto
 b 
B   k, y1  também pertence.
 2a 

CASSIO VIDIGAL 56 IFMG – CAMPUS OURO PRETO

Você também pode gostar