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21-07-2014

Teoria de Quadripolos Teoria de Quadripolos


Quadripolo é um circuito eléctrico com dois terminais de entrada e dois Classificação dos quadripolos
terminais de saída. Neste dispositivo são determinadas as correntes e
tensões nos terminais de entrada e saída e não no interior do mesmo.
Lineares – quando contém apenas elementos lineares.

m p Não Lineares – quando contém pelo menos um elemento não linear


I1 I2
E1 U1 U2 ZC Activo – quando contém fontes de tensão ou de corrente ou ambas.
n q

Passivo – quando não contém nenhuma fonte.

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Quadripolo activo m p

I1 I2
A P ZC
E1 U1 U2
n q

Para o quadrípolo simétrico:


Os quadrípolos podem ser simétricos e não simétricos. Um quadrípolo
p m
designa-se simétrico se aos trocarmos o posicionamento da fonte e da I 1  I 1 ; U 1  U 1
carga, as respectivas tensões e correntes não mudarem I1 I 2
E1 U1 U2 ZC I 2  I 2 ; U 2  U 2
q n

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Descrição Matemática dos quadripolos U1  Z11 I1  Z12 I 2
2. Modelo Z

Para um quadrípolo pode-se determinar o número de U 2  Z 21 I1  Z 22 I 2
combinações possíveis aplicando a relação:

4! 3. Modelo A U 1  A11 U 2  A12 I 2


C42  6 
2 ! ( 4  2)  I 1  A21 U 2  A22 I 2

1. Modelo Y  I1  Y11 U1  Y12 U 2 4. Modelo H U1  H 11 I1  H 12 U 2


 
 I 2  Y21 U1  Y22 U 2  I 2  H 21 I1  H 22 U 2

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Para qualquer quadrípolo estes coeficientes podem ser calculados ou
 I1  G11 U 1  G12 I 2 determinardos experimentalmente.
5. Modelo G 
U 2  G21 U 1  G22 I 2 Pressupõ-se que tanto a carga como as tensões de entrada podem
variar, enquanto que as configurações das ligações internas e as
impedâncias permanecem inalteradas.
6. Modelo B U 2  B11 U1  B12 I 1 No estudo que faremos vamo-nos basear no modelo de parâmetros A

 I 2  B21 U 1  B22 I1
Na obtenção do modelo A, foi suposto que
Nas equações (modelos) apresentadas Y, Z, A, H, G e B são
parâmetros gerais do quadrípolo e dependem: E1  U m n  U1 ; U 2  I 2 Z C  U p q
a) Do modo como os elementos estão ligados no interior do
Pelo teorema da compensação, a impedância de carga pode ser
quadrípolo;
substituída por uma fem com sentido contrário ao da corrente na carga
b) Dos valores das impedâncias e da frequência
e numericamente igual a tensão na carga.
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Obtenção dos parâmetros do modelo A Y22 1
De (2) pode-se escrever: E1  E2  I2 (3)
m p
Y12 Y12
I1 I2
E1 U1 U2 E2   I 2 Z C
Substituindo (3) em (1): Y11Y22  Y122 Y
I1  E2  11 I 2 ( 4)
n q Y12 Y12

Subistituindo as fem pelas respectivas tensões, os paramentros


Escrevamos as expressões das correntes em função das fem e das A resultantes são:
admitâncias.
Nestas equações Y11 e Y22 são admitâncias Y22 1 Y Y  Y122 Y
 I 1  Y11 E1  Y12 E2 (1) A11  ; A12  ; A21  11 22 ; A22  11
 próprias e Y12 e Y21 são admitâncias de Y12 Y12 Y12 Y12
 I 2  Y21 E1  Y22 E2 ( 2) transferências e Y12=Y21.

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Consideremos o caso em que trocarmos o posicionamento da fonte e da
carga Substituindo (7) em (6): Y11Y22  Y122 Y
p m I1  E2  22 I 2 (8)
Y12 Y12
I1 I 2
E1 U1 U2 ZC Substituindo as fem pelas respectivas tensões, o modelo de
q n parâmentros A resultantes, neste é:

U1  A22 U 2  A12 I 2


 I 2  Y11 E2  Y12 E1 (5) 
  I1  A21 U 2  A11 I 2
 I 1  Y21 E 2  Y22 E1 ( 6)
Os parâmentros lineares A são relacionados por: A11 A22  A12 A21  1
Y11 1
De (5) pode-se escrever: E1  E2  I2 ( 7) No caso de um quadrípolo simétrico: A11  A22
Y12 Y12

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Determinação dos coeficientes de quadripolos 1. O método analítico no caso em que se conhecem a configuração do
esquema das ligações internas e os parâmetros dos elementos será
Os coeficientes complexos do modelo A pdem ser determinados : analisado na aula prática.
1. Analiticamente conhecendo a configuração do esquema das ligações
internas e parâmetros dos elementos; 2. Método da marcha em vazio e curto-circuito
2. Analiticamente usando os regimes de marcha em vazio e curto-
circuito; a) Terminais p e q em vazio, isto é, I2= 0
3. Experimentalmente usando os regimes de marcha em vazio e curto- m p
circuito;
I1 I2
4. Analiticamente usando as configurações equivalentes em T ou em Π; U 10  A11 U 20 U 10 A11
 Z 10   U1 U2
5. Analiticamente representando um quadrípolo complexo por meio de  I 10  A21 U 20 I10 A21 n q
quadrípolos simples, com ligações em série, em cascata ou em
paralelo.

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b) Terminais p e q em curto-circuito, isto é, U2= 0 Pode-se formar o sistema de quatro  A11
 Z10 
equações com quatro incógnitas: A21
U 1cc  A12 I 2 cc U 1cc A12 
 Z 1cc    A
I 1cc A22 Z1cc  12
 I 1cc  A22 I 2 cc  A22
 A
c) Terminais m e n em curto-circuito, isto é, U2= 0 De onde podem ser obtidos os valores  Z 2 cc  12
dos parâmetros:  A11
m p
U 1  A22 U 2  A12 I 2  A11 A22  A12 A21  1
I2 I1 
U2 U1
 I1  A21 U 2  A11 I 2
Z10 Z 1cc A11 A
n q A11  ; A12  A11 Z 2 cc ; A21  ; A22  12
U 1cc  A12 I 2 cc U A Z 2 cc ( Z10  Z 1cc ) Z 10 Z 1cc
 Z 2 cc  1cc  12
 I1cc  A11 I 2 cc I 1cc A11

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3. Método experimental da marcha em vazio e curto-circuito No caso do esquema apresentado, por exemplo, são medidos os valores:

U 10 , I10 , P10

Com base nestes valores são obtidos :

U 10 P10
Z10  ; 10  arccos  Z10  Z10  10
I U10 I 10
10
Neste método, os valores anteriormente calculados analiticamente são
obtidos experimentalmente, recorrendo-se ao esquema apresentado no O mesmo procedimento é feito nos casos de curto-circuito dos terminais p
qual são medidos três valores: tensão, corrente e potência. e q e curto-circuito dos terminais m e n.
O mesmo esquema é utilizado no caso de curto-circuito dos terminais p
e q e m e n.

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Impedância característica de um quadrípolo
m p

Num quadrípolo, o quociente da tensão de entrada pela Z en I2 I1 U1  A22 U 2  A12 I 2


corrente de entrada designa-se impedância de entrada Z1 U2 U2 
 I1  A21 U 2  A11 I 2
n q

m p

I1 I2
U1 U2 ZC A11 U 2  A12 I 2 U1 A22 Z1  A12
Z en1  Z en 2   ; U 2  I 2 Z1
n q A21 U 2  A22 I 2 I1 A21 Z1  A11

Z en1  f ( Z 2 ) ; Z en 2  f ( Z1 )
A11 Z 2  A12
Como: U 2  I 2 ZC  I 2 Z 2 Z en 1 
A21 Z 2  A22
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Estabelece-se que para um As impedâncias Z1 caract , Z 2 caract
Z 2  Z 2 caract , Z 1  Z 1caract São designadas impedâncias
quadrípolo não simétrico
características.
existem tais valores
A11 Z 2 caract  A12 A11 A12
Z en1  Z 1caract Quando nos terminais pq está ligada a impedância Z 1 caract  Z en 1  Z 1 caract 
de carga A21 Z 2 caract  A22 A21 A22
Z c arg a  Z 2  Z 2 caract
A22 Z 1 caract  A12 A22 A12
Z 2 caract  Z en 2  Z 2 caract 
Z en 2  Z 2 caract Quando nos terminais mn está ligada a impedância A21 Z 1 caract  A11 A21 A11
de carga
Z c arg a  Z1  Z1 caract A12
Para um quadrípolo simétrico: Z 1 caract  Z 2 caract 
A21

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4. Método Analítico usando as configurações equivalentes Z1 Z Z
Z U 1  I1 Z1  I 2 Z 2  U 2  (1  ) U 2  ( Z1  Z 2  1 2 ) I 2
Z

1
em T ou em Π
2
Z3 Z3
I3
I2 Z1 Z Z
I1
U2
U1  A11 U 2  A12 I 2 A11  1  ; A12  Z1  Z 2  1 2
U1 Z3
; I1  I 2  I 3 Z3 Z3

 I1  A21 U 2  A22 I 2

A11  1 A 1 1
I Z  U2 Z1  ; Z 2  22 ; Z3 
I 2 Z2  U2  I 3 Z3  0  I3  2 2 A21 A21 A21
Z3
1
A21 
1 Z2 Z3
I1  U 2  (1  ) I 2 ;
Z3 Z3 Z
A22  1  2
Z3
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Z1
U2
5. Acoplamento de quadrípolos
  U 1  I1 Z1  U 2 ; I1   I2
I1
I

1
I2 Z3 a) Cascata
U1 U2
Z2 Z3 U2 Z
U1  (  I 2 ) Z 1  U 2  (1  1 ) U 2  Z 1 I 2
Z3 Z3
  Z1 U1a I1a I2a U 2a U1b I1b I2b U2b
A11  1  ; A12  Z 1
Z3
U1 1 Z U
I1   I1  [(1  1 ) U 2  Z 1 I 2 ]  2  I 2
Z2 Z2 Z3 Z3
Z1  Z 2  Z 3 Z Z  Z2  Z3 Z U1 I1 I2 U2
I1  U 2  (1  1 ) I 2 ; A21  1 ; A22  1  1
Z 2 Z3 Z2 Z 2 Z3 Z2

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U 1  U 1a  U  U  U  U  b) Série
   ;  2    2b  ;  1b    2 a 
 I 1   I1a   I 2   I 2 b   I 1b   I 2 a 

U1a I1a I2a U 2a


U 1   A11 A12  U 2  U   A11 A12  U 2  I1 I2
   A   ;  1    
 I 1  a  21 A22  a  I 2 a  I 1  b  A21 A22  b  I 2 b
U1 U2 U1 I1 I2 U2

U 1   A11 A12   A11 A12  U 2   A11 A12  U 2 


   A A22  a A A22  b    A A22   I 2  U1b I1b I2b
 I 1   21  21  I 2   21 U2b

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No caso do acoplamento em série o modelo prárico para se utilizar é o Z: c) Paralelo

U1   Z11 Z 12   I1  U  Z Z 12   I1 
   Z   ;  1    11
U 2  a  21

Z 22  a  I 2  a U 2  b  Z 21 Z 22  b  I 2  b U 2a
U1a I1a I2a

 I1   I1   I 1   I1  U1  U 1  U 1  U2 U U2
    ;    ;     I2 1 I1 I2
U1 I1
 2  a  2  b  2   2  a  2   2  a U 2  b
I I I I U U
U 1    Z11 Z 12   Z11 Z 12    I1  U1b I1b I2b U2b
     Z 
Z 22  a  Z 21

Z 22  b   I 2 
U 2    21

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No caso do acoplamento em paralelo a obtenção do quadrípolo resultante Transformacao do modelo A em outros e vice-versa
torna-se efectivo com o modelo Y:
a) A em Z e vice-versa
 I1  Y11 Y12  U1  I  Y11 Y12  U 1   A11 A A
   Y   ;  1   U  I1  (  11 22  A12 ) I 2
 I 2  a  21

Y22  a U 2  a  I 2  b  Y21 Y22  b U 2  b  U 1  A11 U 2  A12 I 2 (1)  1 A21 A21
  1 A
U1  U 1  U 1   I 1  A21 U 2  A22 I 2 ( 2)  U2  I 1  22 I 2
       A21 A21
U 2  U 2  a U 2  b
 A11 A12 A21  A11 A22  A11 1
 I1   I1   I1   Y11 Y12  Y Y12   U1  U 1  A I1  I2 U1  A I 1  I2
          Y  11  A21 A21
 I 2   I 2  a  I 2  b   21 Y22  a Y21 Y22  b  U 2  
21
1 A 
21
1 A22
 U2  I 1  22 I 2 U 2  I1  I2
 A21 A21  A21 A21

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A11 1 1 A b) A em Y e vice-versa
Z11  ; Z 12   ; Z 21  ; Z 22   22
A21 A21 A21 A21
 1 A11
 U 1  A11 U 2  A12 I 2 (1)  I 1  A21 U 2  A22 ( A U 1  A U 2 )
12 12
 Z11 Z12 .Z 21  Z11 Z 22  
U1  Z11 I1  Z12 I 2 (3) U 1  Z U 2  Z 21
I2  I 1  A21 U 2  A22 I 2 (2)  I2 
1 A
U1  11 U 2
21
   A12 A12
U 2  Z 21 I1  Z 22 I 2 (4) 1 Z
 I1  U 2  22 I 2
 A22 A21 A12  A22 A11  A 1
 Z 21 Z 21 U 2  I 1  22 U1 
 I 1  A U 1  A  A A
U2
12 12 12 12
 1 A  1 A
Z11 Z .Z  Z11 Z 22 1 Z  I2  U 1  11 U 2  I2  U 1  11 U 2
A11  ; A12  12 21 ; A21  ; A22   22  A12 A12  A12 A12
Z 21 Z 21 Z 21 Z 21

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Concordância de um quadrípolo instalado entre uma
A22 1 1 A
Y11  ; Y12   ; Y21  ; Y22   11 fonte de CA e a carga para obtenção de potência
A12 A12 A12 A12
máxima na carga
 Y 1
 U1   22 U 2  I2
 I1  Y11 U 1  Y12 U 2 Y21 Y21 m p
  Y Y Y
 I 2  Y21 U 1  Y22 U 2  I1  (Y12  11 22 ) U 2  11 I 2 Z int
 Y21 Y21 E1 Zent1 Z ent 2 ZC

Y22 1 Y Y Y n q
A11   ; A12  ; A21  Y12  11 22 ; A22  11
Y21 Y21 Y21 Y21
 Z en t1  Z i
A11 A22  A12 A21  1 ; Z 21   Z12 ; Y21  Y12  
Z ent 2  Z c arg
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