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UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – UNIJUÍ


DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA – DETEC
CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA – EGE

Aula 09
“MODELOS – TRANSFORMADORES E CARGA”

Disciplina: Análise de Sistemas de Energia Elétrica


Prof. Sandro A. Bock
Sandro.bock@unijui.edu.br
1. Introdução
1.1 Aspectos Gerais
• Escopo Geral
– Estudar a representação de transformadores e cargas sob condições
de regime permanente equilibrado.

• Representação
– Emprega-se a representação por fase.
– Definem-se modelos para cargas de impedância, corrente e potência
constante.

• Estudos relativos
– Regulação de tensão.
– Rendimento.
– Fluxo de potência.
– Representação por diagramas de impedância.
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2. Transformadores
2.1 Princípio de Funcionamento
• O transformador opera segundo o princípio da indução mútua entre duas (ou
mais) bobinas ou circuitos indutivamente acoplados (Lei de Faraday-Lenz).

φ Trafo Ideal
d d
e1 (t ) = − N1 φ1 (t ) = − N1 φm (t )
dt dt
φ φ d d
e2 (t ) = − N 2 φ2 (t ) = − N 2 φm (t )
dt dt
e1 N1
= =a
e2 N 2

V1 = tensão de suprimento aplicada ao primário;


E1 = tensão induzida no enrolamento primário;
E2 = tensão induzida no enrolamento secundário;
V2 = tensão que aparece nos terminais do enrolamento secundário;
f1 = componente de dispersão do fluxo que concatena apenas com a bobina 1;
f2 = componente de dispersão do fluxo que concatena apenas com a bobina 2;
fm = fluxo mútuo, compartilhado por ambos os circuitos, concatenando as bobinas 1 e 2;
N1 = número de espiras do primário;
N2 = número de espiras do secundário;
a = relação das espiras primárias para as secundárias ou a relação de transformação.

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2. Transformadores
2.1 Princípio de Funcionamento
• Para que haja conservação de energia

p1 = p2 = e1i1 = e2i2
e1 i2 e1 a ⋅ e2 e
= =a Z1 = = = a2 2 = a2 ⋅ Z2
e2 i1 I1 I 2 / a I2

• Num transformador real, embora hermeticamente acoplado pelo núcleo de ferro,


uma pequena porção de fluxo disperso é produzida nos enrolamentos primário e
secundário, f1 e f2, respectivamente, além do fluxo mútuo, fm.

• O fluxo disperso primário, f1, produz uma reatância indutiva primária XL1 e o fluxo
disperso secundário, f2, produz uma reatância indutiva secundária, XL2.

• Além disto, os enrolamentos primário e secundário são constituídos de


condutores de cobre, que têm certa resistência. A resistência interna do
enrolamento primário é r1 e a do secundário é r2. As resistências e reatâncias dos
enrolamentos produzem quedas de tensão no interior do transformador, como
resultado das correntes primária e secundária.

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2. Transformadores
2.2 Modelo Referido ao Primário
• Na figura abaixo está representado o circuito equivalente de um transformador
com a impedância de carga e a resistência e reatância internas secundárias
refletidas ao primário.

Modelo Exato
Referido ao Primário

• Rm representa o parâmetro equivalente às perdas de potência no ferro do núcleo


do transformador (perdas por histerese e por correntes parasitas) e devidas à
corrente de magnetização, Im.

• Note-se que XLm está em paralelo com Rm e representa as perdas reativas devido
a excitação magnética do núcleo.

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2. Transformadores
2.2 Modelo Referido ao Primário
• Se o transformador estiver com carga, a componente de carga da corrente
primária I1’ pode ser muito maior que a corrente de magnetização, Im, sendo
esta considerada como desprezível.

• Portanto, é possível agrupar as resistências e reatâncias internas dos circuitos


primário e secundário, de modo a produzir os seguintes parâmetros equivalentes:
– Re1 = r1 + a2r2 = resistência equivalente referida ao primário.
– Xe1 = XL1 + a2XL2 = reatância equivalente referida ao primário.
– Ze1 = Re1 + jXe1 = impedância equivalente referida ao primário.

Modelo Aproximado
Referido ao Primário

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2. Transformadores
2.3 Parâmetros Equivalentes
• Circuito equivalente p/ teste de circuito aberto:

V12 V1
Rc1 = ; Ic =
P0 Rc1
V1
I m = I − I ; X m1 =
2
0
2
C
Im

• Circuito equivalente p/ teste de curto-circuito:

Vsc Psc
Z e1 = ; Re1 =
I sc (I sc )2
X e1 = Z e21 − R e21
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2. Transformadores
2.4 Desempenho
• Perdas em vazio e corrente de excitação:

– São as perdas que ocorrem no núcleo do transformador, por isso


também são conhecidas como perdas no ferro.

– É a energia consumida, na forma ativa, devido às perdas por efeito


Histerese e por correntes parasitas de Foucault, e, na forma reativa,
devido à excitação magnética do núcleo. Não dependem das variações
de temperatura e da corrente de carga, mas sim da tensão aplicada
sobre as bobinas.

– O ensaio é realizado aplicando a tensão nominal nos terminais de


baixa tensão do transformador, com os terminais de alta tensão sem
carga.

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2. Transformadores
2.4 Desempenho
• Perdas em carga e impedância percentual:

– São as perdas que ocorrem nos enrolamentos dos transformadores,


por isso também são conhecidas como perdas no cobre.

– Manifestam-se, na perda ativa, sob a forma de calor (efeito Joule), e,


na perda reativa, como a energia armazenada na forma de fluxos
magnéticos dispersos na unidade transformadora. Dependem
diretamente da carga do transformador e das condições de
temperatura dos enrolamentos.

– O ensaio é realizado aplicando a corrente nominal nos terminais de


alta tensão do transformador, com os terminais de baixa tensão curto-
circuitados.

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2. Transformadores
2.4 Desempenho
• Rendimento:

potência de saída n × S × fp
η= =
potência de entrada (n × S × fp ) + n 2 × Pcu + Pc

onde n = fração da carga nominal; S - potência aparente nominal;


Pcu = perdas no cobre; Pc = perdas no ferro e fp = fator de potência

• Regulação:
V2( semc arg a ) − V2
REG(%) = ×100
V2

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2. Transformadores
2.4 Desempenho - Exemplo
• Um transformador monofásico, 60KVA, 4800/2400V foi submetido aos ensaios a
vazio e em curto-circuito, obtendo-se os seguintes resultados:

– Ensaio a Vazio: Aplicada a tensão nominal no enrolamento BT, com o


enrolamento AT aberto. Sob tais condições se obteve no enrolamento BT:
• I=2,4A; U=2400V e P=3456W.

– Ensaio em Curto-Circuito: Aplicada um tensão reduzida de 1250V no


enrolamento AT com o enrolamento BT em curto-circuito. Sob tais
condições se obteve no enrolamento AT:
• I=12,5A; U=1250V e P=4375W.

• (a) Determine os parâmetros do circuito equivalente referido ao lado de AT.

• (b) Determine a regulação de tensão e a eficiência do transformador se este


estiver operando a plena carga com fp=0.8 indutivo e tensão terminal de 2400V.
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2. Transformadores
2.4 Desempenho - Exemplo
• Resolução – Parâmetros do circuito equivalente:
– A partir dos dados do ensaio a vazio, tem-se:
V22 (2400)
2
V 2400
Rc 2 = = = 1.666,667Ω; I c 2 = 2 = = 1,44 A
P0 3456 Rc 2 1666,67

Im = (2,4)2 − (1,44)2 = 1,92 A; X m2 =


V2 2400
= = 1250Ω
I m 1,92

– Referindo ao primário os parâmetros do ramo magnetizando:


2
 4800 
Rc1 = 1666,67  = 6666,67Ω
 2400 
2
 4800 
X m1 = 1250Ω  = 5000Ω
 2400 
– A partir dos dados do ensaio em curto-circuito, tem-se:
Vsc 1250 P 4375
Z e1 = =
I sc 12,5
= 100Ω; Re1 = sc 2 =
(I sc ) (12,5)2
= 28Ω X e1 = (100)2 − (28)2 = 96Ω

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2. Transformadores
2.4 Desempenho - Exemplo
• Resolução – Regulação e rendimento:
– Considerando carregamento nominal e fp=0.8 ind.
S * 60000∠ − 36,87o
I2 = * = = 12,5∠ − 36,87o A
V 4800
– Assim, tem-se V1 dado por:

V1 = 4800 + ((28 + j 96) × (12,5∠ − 36,87o ))5848,29∠7,368oV


– A Regulação:

 5848,29 − 4800 
VR =   × 100 = 21,839%
 4800 
– Rendimento:

η=
(60)(0,8) × 100 = 85,974%
(60)(0,8) + 3456 + 4375
– Qual é o carregamento no qual se obtém o máximo rendimento??

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2. Transformadores
2.5 Modelo Transformador em Fase - Efeito do TAP
• Na figura a seguir, apresenta-se o modelo de transformador em fase,
considerando a variação de TAPs.
– Neste caso, as perdas no ramo magnetizante são desprezadas.

• Relação de transformações (transformador ideal)


_ _
_ _
 _  _ _

_ _ I pm = Y km V p − V m  = Y km  akmV k − V m 
   
V p = akm V k
_ _ _
 _ _

_ _
I km = akm I pm = akm Y km  akm V k − V m 
 
I km = akm I pm
_ _ _
 _ _

I mk = − I pm = − Y km  akm V k − V m 
 
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2. Transformadores
2.5 Modelo Transformador em Fase - Efeito do TAP
• As correntes Ikm e Imk podem ser reescritas como:
_ _ _ _ _ _ _ _ _ _
I km = a Y km V k − akm Y km V m
2
km I mk = −akm Y km V k + Y km V m

• O modelo do transformador pode ser representado por um modelo PI:

• As relação entre de corrente e de tensão no modelo PI são dados por:


 _ _  _ _ _
I km = ( A + B )Vk + (− A) Vm
_ _ _ _
I km = AVk − Vm  + B Vk = ( A + B )Vk − AVm
 
_
 _ _  _ _ _
I mk = AVm − Vk  + C Vm = − AVk + ( A + C )Vm
_ _ _

  I mk = (− A)Vk + ( A + C )Vm

• Comparando as equações, tem-se:


_ _ _
A = akm Y km B = akm (akm − 1)Y km C = (1− akm )Y km
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2. Transformadores
2.5 Modelo Transformador em Fase - Efeito do TAP
• Exemplo: Dado um transformador trifásico, 138/13,8kV, 100MVA, cuja a
reatância de dispersão seja 5% (na base do transformador), determinar o
circuito equivalente do transformador se as base do sistema são:
– a) 138/13,8kV, 100MVA
– b) 169/16,9kV, 200 MVA
– c) 169/15kV, 250MVA

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2. Transformadores
2.6 Modelo de três Enrolamentos
• Transformador de três enrolamentos pode apresentar potências nominais
diferentes.
– A impedância de cada enrolamento de um transformador desse tipo
pode ser expressa em valor percentual ou por unidade, tomando por
base os valores nominais de seus próprios enrolamento.

• As três impedâncias podem ser medidas pelo teste padrão de curto-


circuito, como segue:

– Zps = impedância medida no primário com o secundário curto-


circuitado e o terciário aberto;
– Zpt = impedância medida no primário com o terciário curto-circuitado
e o secundário aberto;
– Zst = impedância medida no secundário com o terciário curto-
circuitado e o primário aberto.
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2. Transformadores
2.6 Modelo de três Enrolamentos
• Se as três impedâncias medidas em ohms forem referidas à tensão de um dos
enrolamentos, as impedâncias de cada enrolamento em separado, referidas a
esse mesmo enrolamento, estarão relacionadas da seguinte maneira:
Z ps = ( Z p + Z s ) Z pt = ( Z p + Z t ) Z st = ( Z s + Z t )

– onde, Zp, Zs e Zt são as impedâncias dos enrolamentos primário,


secundário e terciário, referidas ao circuito primário, se Zps, Zpt e Zst
forem as impedâncias medidas e referidas ao circuito primário.
Resolvendo as equações acima, temos:
1
Z p = ( Z ps + Z pt − Z st )
2
1
Z s = ( Z ps + Z st − Z pt )
2
1
Z t = ( Z pt + Z st − Z ps )
2
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3. Modelos de Cargas
3.1 Classificação
• A cargas podem ser equilibradas ou desequilibradas, sendo representadas
por um conjunto de impedâncias complexas Z = R + jX.

• A potência absorvida por uma carga depende de sua natureza, e pode


variar em função da tensão a ela aplicada.

• Existem vários modelos para a representação do comportamento da carga


em função da tensão aplicada, dentre os quais destacamos:

– cargas de corrente constante com a tensão;


– cargas de potência constante com a tensão;
– cargas de impedância constante com a tensão.

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3. Modelos de Cargas
3.2 Carga – Corrente Constante com a Tensão.
• Para as cargas de corrente constante com a tensão, o módulo da corrente
absorvida e o fator de potência permanecem constantes.
• Estes valores são obtidos a partir das potências ativa e reativa absorvidas
pela carga quando alimentada com tensão nominal. Assim, sendo:
S n = Pn + jQn = S n ∠θ
Sn * S n ∠ − θ S n ∠ϕ − θ
In = = = = I n ∠ϕ − θ
Vn = Vn ∠ϕ Vn * Vn ∠ − ϕ Vn

• Para qualquer valor de tensão aplicada à carga, a nova corrente será:


I = I n ∠ϕ1 − θ
• E a potência absorvida será dada por:
Sn
S = V ⋅ I * = V∠ϕ1 ⋅ I∠θ − ϕ1 = V ⋅ I∠θ = V ⋅ I ⋅ cos θ + jV ⋅ I ⋅ senθ S =V ⋅I =V ⋅
Vn

A potência absorvida pela carga varia linearmente com a tensão a ela aplicada.

• Exemplo de cargas potência constante: fornos a arco e lâmpadas de descarga.


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3. Modelos de Cargas
3.3 Carga – Potência Constante com a Tensão.
• Para as cargas de potência constante com a tensão, as potências ativa e
reativa permanecem constantes, iguais aos seus valores nominais, ou seja:
S n = Pn + jQn = S n ∠θ

• Neste caso, a corrente absorvida pela carga, quando alimentada com uma
tensão qualquer V = V∠ϕ1 , é obtida por:

Sn * S n ∠ − θ S n ∠ϕ1 − θ
I = = =
V * V∠ − ϕ1 V

A corrente absorvida é inversamente proporcional à tensão aplicada.

• Exemplo de cargas potência constante: motor elétrico.


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3. Modelos de Cargas
3.4 Carga – Impedância Constante com a Tensão.
• Para as cargas de impedância constante com a tensão, a impedância da carga mantém-se
constante, e é obtida a partir das potências ativa e reativa absorvidas pela quando
alimentada com tensão nominal. Assim, sendo:
2
V
S n = Pn + jQn = S n ∠θ R = n cos θ
2 2 Sn
VVn
Z = R + jX = = n ∠θ
Sn * Sn V
2
Vn = Vn ∠ϕ X = n senθ
Sn
• Para qualquer valor de tensão aplicada à carga,V = V∠ϕ1 a potência absorvida
será dada por:
2
V2 S  V 
S = =  n2  ⋅V 2 =   ⋅ S n
Z *  Vn   Vn 

A potência absorvida pela carga varia quadraticamente com a tensão a ela aplicada.

• Exemplo de cargas potência constante: capacitores, equipamentos resistivos.


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3. Modelos de Cargas
3.5 Carga – Comportamento.
• Na figura abaixo está representada a variação da potência absorvida em
função da tensão, para os modelos de corrente, potência e impedância
constantes com a tensão.

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3. Modelos de Cargas
3.5 Carga – Comportamento - Exemplo
• Um alimentador primário com 5km de extensão, suprido por tensão nominal de
13,8 kV, constituído por cabo CAA 336,4 MCM, com impedância de seqüência
direta (+) z=0,2053+j0,3753 ohms/km, supre um carga de 6 MVA com fator de
potência 0,92 indutivo. Pede-se a tensão na barra de carga sabendo-se que a
tensão no início da linha é a nominal.
_  Sbase  _  100 
z pu =  2  z =  2
 × (0,2053 + j 0,3735) = 0,1078 + j 0,1971 pu/km
Valores em PU V
 base   13,8 
_
6,0∠23,074o
S= = 0,06(0,92 + 0,3919) pu
100

_*
Queda de Tensão
= 0,06(0,92 − j 0,3919) pu
S
“Modelo de corrente constante” i=
Vnom− pu
_
∆v = li z pu = 0,06 × (0,92 − j 0,3919 )× 5 × (0,1078 + j 0,1971) = 0,06739∠38,251 pu

v = 1 − 0,06739∠38,251 = 0,94799∠ − 2,522 pu ⇒ 13,082∠ − 2,522 kV


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3. Modelos de Cargas
3.5 Carga – Comportamento - Exemplo
_*
Queda de Tensão
= 0,06(0,92 − j 0,3919) pu
S
ik =
“Modelo de Potência constante” Vnom− pu

_
1º Iteração
∆vk = li z pu = 0,06 × (0,92 − j 0,3919)× 5 × (0,1078 + j 0,1971) = 0,06739∠38,251 pu

vk = (v0 − ∆vk ) = 1 − 0,06739∠38,251 = 0,94799∠ − 2,522 pu ⇒ 13,082∠ − 2,522 kV


_*
S 0,06(0,92 − j 0,3919)
ik +1 = = = 0,0632∠ − 20,55 pu
Vk 0,94799∠ − 2,522
_
2º Iteração
∆vk +1 = lik +1 z pu = (0,0632∠ − 20,55)× 5 × (0,1078 + j 0,1971) = 0,07099∠40,774 pu

vk +1 = (v0 − ∆vk +1 ) = 1 − 0,07099∠40,774 = 0,9473∠ − 2,805 pu ⇒ 13,073∠ − 2,805 kV


_*
S 0,06(0,92 − j 0,3919 )
ik + 2 = = = 0,0633∠ − 20,267 pu
Vk 0,9473∠ − 2,805
_ 3º Iteração
∆vk + 2 = lik + 2 z pu = 0,0633∠ − 20,267 × 5 × (0,1078 + j 0,1971) = 0,07114∠41,056 pu

vk + 2 = (v0 − ∆vk + 2 ) = 1 − 0,07114∠41,056 = 0,94753∠ − 2,825 pu ⇒ 13,076∠ − 2,825 kV


27/02/2015 Análise de Sistemas de Energia Elétrica 25
3. Modelos de Cargas
3.5 Carga – Comportamento - Exemplo
Queda de Tensão _
VR 12 (v ) 1,0
z= * = = 16,66∠23,074o pu ik = r = = 0,06∠ − 23,07 pu
“Modelo de impedância constante” s 0,06∠ − 23,074o Z 16,66∠23,074o

_
∆vk = li z pu = 0,06 × (0,92 − j 0,3919)× 5 × (0,1078 + j 0,1971) = 0,06739∠38,251 pu 1º Iteração
vk = (v0 − ∆vk ) = 1 − 0,06739∠38,251 = 0,94799∠ − 2,522 pu ⇒ 13,082∠ − 2,522 kV

ik +1 =
(vrk ) = (0,94799∠ − 2,522) = 0,0569∠ − 25,59 pu
Z 16,66∠23,074o
_
2º Iteração
∆vk +1 = lik +1 z pu = 0,0569∠ − 25,59 × 5 × (0,1078 + j 0,1971) = 0,06391∠35,72 pu

vk +1 = (v0 − ∆vk +1 ) = 1 − (0,06391∠35,72 ) = 0,9488∠ − 2,254 pu ⇒ 13,094∠ − 2,254 kV

ik + 2 =
(vrk +1 ) = 0,9488∠ − 2,254 = 0,0569∠ − 25,32 pu
Z 16,66∠23,074o

_
3º Iteração
∆vk + 2 = lik + 2 z pu = (0,0569∠ − 25,32)× 5 × (0,1078 + j 0,1971) = 0,0639∠35,99 pu

vk + 2 = (v0 − ∆vk + 2 ) = 1 − 0,0639∠35,99 = 0,9489∠ − 2,227 pu ⇒ 13,09∠ − 2,270 kV


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4. Representação do SEP
4.1 Diagrama Unifilar
• Temos, já, os modelos de circuito para geradores, transformadores, linhas de
transmissão e carga. Veremos, agora, como agrupar todos esses componentes de
forma a simular um sistema completo.

• Como o sistema trifásico é sempre resolvido como um circuito monofásico


composto de uma das três linhas e o retorno de neutro, raramente é necessário
representar mais do que uma fase e o neutro quando se desenha o diagrama do
circuito.

• Muitas vezes, o diagrama é mais simplificado omitindo o neutro e indicando os


componentes por símbolos padronizados em vez de seus circuitos equivalentes.

• Tal diagrama simplificado de um sistema elétrico é chamado diagrama unifilar. Ele


representa, através de uma única linha a rede trifásica, indicando o modo de
ligação dos geradores, cargas, transformadores...

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4. Representação do SEP
4.1 Diagrama Unifilar

Elemento ligado em estrela com centro-estrela isolado

Elemento ligado em estrela com centro-estrela aterrado

Elemento ligado em estrela com centro-estrela aterrado por impedância

Elemento ligado em triângulo Transformador de três elementos

Barramento número 10 Carga

Linha entre barramentos 009 e 010 Disjuntor

Gerador

Transformador de dois elementos

27/02/2015 Análise de Sistemas de Energia Elétrica 28


4. Representação do SEP
4.1 Diagrama Unifilar
• A finalidade do diagrama unifilar é fornecer, de forma concisa, as principais
informações sobre o sistema.

• A importância das diferentes características de um sistema varia de acordo com o


problema sob consideração, e a quantidade de informação incluída depende do
propósito para o qual o diagrama está sendo destinado.

• Na figura abaixo está representado o diagrama unifilar de um sistema elétrico de


potência trifásico:

Diagrama unifilar para um sistema elétrico de potência trifásico

27/02/2015 Análise de Sistemas de Energia Elétrica 29


4. Representação do SEP
4.2 Diagrama de Impedâncias
• Com o objetivo de calcular o desempenho de um sistema sob condições de carga
ou na ocorrência de um curto-circuito, o diagrama unifilar é usado para traçar o
circuito equivalente monofásico do sistema.

– No diagrama de impedância representam-se os circuitos equivalentes


dos vários componentes mostrados no diagrama unifilar. A
impedância de neutro do gerador não é incluída, pois nenhuma
corrente circula pelo neutro sob condições equilibradas.

– Os diagramas de impedância, às vezes são chamados de diagramas de


seqüência positiva, pois apresentam as impedâncias para correntes
equilibradas em um sistema trifásico simétrico.

27/02/2015 Análise de Sistemas de Energia Elétrica 30


4. Representação do SEP
4.2 Diagrama de Impedâncias
• No diagrama de impedância por unidade (pu), deve-se ser feitas as
seguintes considerações:

– escolhem-se os valores de base para tensão e potência em uma parte


do sistema, referidos aos valores de linha em kV e em MVA
respectivamente;

– para as outras partes do sistema, isto é, nos outros lados dos


transformadores, a base de tensão para cada parte é determinada de
acordo com as relações de tensão de linha dos transformadores. A
base de potência será a mesma em todas as partes do sistema;

– uma impedância em pu dada numa base diferente daquela


estabelecida para a parte do sistema na qual o elemento está
localizado deve ser mudada para a base apropriada.
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Referências

• Apresentação baseada em:


– Sistemas de Energia Elétrica I. Notas de Aula – Prof. Carlos A. Castro –
UNICAMP, 2008.
• Demais Referências:
– OLLEL, E. Introdução à Teoria de Sistemas de Energia Elétrica. São
Paulo : McGraw-Hill.
– GRAINGER, J., STEVENSON, W. Power Systems Analysis: Introdução a
Sistemas Elétricos de Potência. São Paulo : McGraw-Hill.
– KINDERMANN, G. LUZZATTO, S. Curto circuito. São Paulo : Edgard
Blucher.
– Alcir J. Monticelli, Ariovaldo V. Garcia. Introdução a Sistemas de
Energia Elétrica. Campinas – SP: Editora Unicamp, 2003

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