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NOTAS DE AULA
Joinville (SC)
Setembro 2020
Sumário
Sumário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
1 INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
REFERÊNCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61
4
1 Introdução
d→
− d2 x(t)
→
− d x (t) →
−
F (t) = m =m 2
= m ẍ (2.1)
dt dt dt
→
−
Onde ẍ é a aceleração da massa.
Obs: No caso de movimento rotacional:
−
→ →
−
M (t) = J θ̈ (2.2)
Onde:
−
→
M (t)=Momento Resultante Sobre o Corpo;
J=Momento de inércia de massa;
→
−
θ̈ =Aceleração Angular resultante;
A aplicação da eq. 2.1 resulta em:
Ou,
mẍ + kx = 0 (Equação do movimento) (2.3)
d 1 2 1 2
mẋ + kx = 0
dt 2 2
1 1
2ẋẍ + 2kxẋ = 0
2 2
mẍ + kx = 0
No equacionamento estático,
ωn = mg = kδst
Que é idêntica á equação 2.3. Podemos ignorar o peso W desde que x seja medido em
relação ao equilíbrio estático.
com C 6= 0,
ms2 + k = 0 (equação característica)
k 12
Definimos ωn = m como a frequência natural do sistema.Teremos como soluções,
a partir dos valores característicos
x 1 = C1 s1 t e x 2 = C2 s2 t
Como ambas as funções satisfazem a equação 2.4, temos a solução geral na forma,
x(t = 0) = xo → A1 = xo
A1 = A cos φ , A2 = A sin φ
com, q
A = (A21 + A22 ) → Amplitude
A2
φ = arctan → Ângulo de fase
A1
pode-se escrever,
A = [x2 + ( ẋo )2 ] 21
o ωn
x(t) = A cos(ωn t − φ) (2.10)
φ = arctan ( ẋo )
o xωn
ou na forma de seno,
A = A = [x2 + ( ẋo )2 ] 21
o o ωn
x(t) = Ao sin(ωn t + φo ) (2.11)
φ = arctan ( xo ωn )
o ẋo
Capítulo 2. Vibrações Livres - Sistemas com um Grau de Liberdade 9
𝑥0 𝑋
𝜙
𝜔𝑛
𝑥 𝑡 = 𝑋𝑐𝑜𝑠(𝜔𝑛 𝑡 − 𝜙) 𝑡
2
𝑥ሶ 0 𝑥ሶ 0
𝑋= 𝑥02 + 𝜙 = arctan
𝜔𝑛 𝜔𝑛 𝑥0
Exemplo 1 Encontrar:
a) A frequência Natural e o período natural de vibração transversal da caixa d’água.
b) A resposta de vibração x(t) resultante de um x0 = 0, 35.
c) Valores máximos de velocidade e aceleração.
x(t)
m m
l
Solução:
Capítulo 2. Vibrações Livres - Sistemas com um Grau de Liberdade 10
a)
P 3EI
K= = 3
δ L
r r
K 3EI 2π
ωn = = (rad/s) → τ = (s)
m L3 m ωn
b)
ẋo
x = xo cos (ωn t) + sin (ωn t)
ωn
Logo:
π
x(t) = 0, 25 cos (ωn t) ou x(t) = 0, 25 sin (ωn t + )
2
c)
π
ẋ = 0, 25ωn cos (ωn t + )
2
π
ẍ = −0, 25ωn2 sin (ωn t + ) = 0, 25ωn2 sin (ωn t + π)
2
Exemplo 2 Encontrar a vibração transversal resultante devido a queda da massa m.
√
A massa m cai e atinge M com velocidade Vm gh. Pelo principio da conservação do
momento linear:
mVm = (M + m) ẋo (Choque inelástico)
m m p
ẋ0 = Vm = gh → C.I.
M +m M +m
Para determinar xo , precisamos encontrar a nova posição de equilíbrio do sistema.
Capítulo 2. Vibrações Livres - Sistemas com um Grau de Liberdade 11
M m
P.E. 1
M x(t)
P.E. 2
K
K
=
Com as condições iniciais encontradas,
√
mg m 2gh
x(t) = − cos(ωn t) + · · sen(ωn t)
K M +m ωn
r s
k 3EI
ωn = = 3
M +m l (M + m)
ou
x(t) = Acos(ωn t − φ)
r
xo
A = (xo )2 + ( )2
ωn
ẋo
φ = arctan( )
xo ωn
L p
2 2
Logo,
X
mẍ = Fx
mas,
x 2x
tgθ = −→ θ =
l/2 l
2T 2 4T
mẍ(t) + x = 0 −→ mẍ(t) + x=0
l l
Da eq. do movimento podemos identificar que:
r
4T
ωn = [rad/s]
lm
ou r
1 4T
fn =
2π lm
Jo θ̈ + kt θ = 0 (2.12)
onde, r
kt
ω= (2.14)
Jo
A solução da equação 2.12 terá a forma:
θ̇
θ = θo cosωn t + senωn t (2.16)
ωn
Ѳ m Fr
Ѳ
W=mg
m Fr
Ѳ m
W=mg
X
Jo θ̈ = Mo = −Fr · l
Jo θ̈ = −W lsenθ=
˜ − W lθ
Jo θ̈ + W lθ = 0
mas,
Jo = Jcg + ml2 −→ N este caso Jcg << ml2
Logo,
g
θ̈ + θ = 0
l
r r
g 1 g
ωn = [rad/s] e fn = [Hz]
l 2π l
massa - m K
M
2
ml2 l
Jo(barra) = +m
12 6
Métodao da Energia:
2
kl2
k lθ 1
V = = θ2
2 9 2 9
2
Jo θ̇2 M
2l
T = + θ̇
2 2 3
Capítulo 2. Vibrações Livres - Sistemas com um Grau de Liberdade 15
Assim, temos:
ml2 4M l2 kl2 θ
+ θ̈2 + =0
9 9 2
k
θ̈ + θ=0
m + 4M
sendo ωn , r
k
ωn =
m + 4M
T1 + U1 = T2 + U2 (2.17)
T1 + 0 = 0 + U2
Tmáx = Umáx
x(t)
M
x
O deslocamento até a distância y, em relação ao suporte, é y l . A velocidade do
elemento dy é y ẋl . E a energia cinética do elemento de mola é:
1 ms y ẋ 2
dTs = dy
2 l l
Capítulo 2. Vibrações Livres - Sistemas com um Grau de Liberdade 16
kx2
U=
2
Admitindo movimento harmônico:
Obs: Para este caso, a massa equivalente é obtida adicionando 1/3 da massa da mola à
massa principal do sistema
x(t)
r
Ѳ
o
m, J
Capítulo 2. Vibrações Livres - Sistemas com um Grau de Liberdade 17
mẋ2
TT =
2
mẋ2máx 1 J ẋ2máx
1 J
Tmáx = + = m + 2 ωn2 A2
2 2 r2 2 r
kx2máx kA2
Umáx = =
2 2
Igualando,
1 J k
m+ 2 ωn2 =
2 r 2
Desse modo, s
k
ωn = J
m+ r2
J
Obs: m + r2
é a massa equivalente.
mẍ = −cẋ − kx
Ou,
mẍ + cẋ + kx = 0. (2.18)
Capítulo 2. Vibrações Livres - Sistemas com um Grau de Liberdade 18
K C
Kx Cẋ
M M
x(t) x
Figura 6 – Diagrama de corpo livre massa-mola amortecido
Consideramos a solução,
x(t) = Cest , (2.19)
ms2 + cs + k = 0 (2.20)
Define-se amortecimento crítico cc como o valor de c para que o radical da eq. 2.21
seja nulo,
c 2 k
c
− =0
2m m
r
k
cc = 2m = 2mωn
m
Define-se fator de amortecimento como ξ = ccc . Logo,
c c cc
= · = ξωn
2m cc 2m
.
Portanto, os valores característicos 2.21 ficam:
p
s1,2 = −ξ ± ξ 2 − 1 ωn (2.23)
Capítulo 2. Vibrações Livres - Sistemas com um Grau de Liberdade 19
Portanto, √ √
−ξ+i 1−ξ 2 ωn t −ξ−i 1−ξ 2 ωn t
x(t) = C1 e + C2 e , (2.24)
ou, h p p i
x(t) = A1 cos 1 − ξ 2 ωn t + A2 sen 1 − ξ 2 ωn t e−ξωn t , (2.25)
onde,
p
1 − ξ 2 −→ ωd (frequência de vibração amortecida)
.
Obs: ωd é sempre menor que ωn . (e−ξωn t ).
Como isso, temos: p
x(t) = Xe−ξωn t cos
1 − ξ 2 ωn t − φ . (2.26)
−1 −A2
q
2 2
X = A1 + A2 , φ = tg
A1
Note que a resposta é uma função oscilatória, de frequência ωd cuja amplitude decai
exponencialmente com o tempo (e−ξωn t ).
As constantes dão determinadas por meio das C.I.s,
ẋo + ξωn xo
A1 = xo e A2 = p
1 − ξ 2 ωn
. Logo,
−ξωn t ẋo + ξωn xo
x(t) = e xo cosωd t + senωd t (2.27)
ωd t
x(t)
𝜏 = 2𝜋/𝜔𝑑
𝑋𝑒 −𝜉𝜔𝑛 𝑡
𝑥 𝑡 = 𝑋𝑒 −𝜉𝜔𝑛 𝑡 𝑐𝑜𝑠(𝜔𝑑 𝑡 − 𝜙)
0
t
C1 = xo e C2 = ẋo + ωn xo
x(t)
máx
xo
tmáx
t
Td = −ct θ̇
−→ Equação de Movimento:
x(t) ζ=1
ζ=1.25
ζ=1.5
x_0
0
0 t
Figura 9 – Gráfico para um Sistema Superamortecido
−→ Frequência Natural: s
kt(eq)
ωn = (2.32)
Jeq
−→ Amortecimento crítico / Fator de amortecimento:
ct(eq) ct(eq)
ξ= = (2.33)
ct(cr) 2Jeq ωn
kt
ct
m(b2 +a2 ) a 2
Sabendo que: Jcg = 12 e Jo = Jcg + 2
a)Considere amortecimento crítico e encontre o valor da constante de amortecimento.
b)Se a porta é aberta a 90◦ , qual o tempo para atingir 1◦ com amortecimento crítico?
c)Se a porta está inicialmente fechada em θo = 0, qual deve ser a velocidade inicial-
mente transmitida a porta para que ela abra 80◦ .
Solução:
a) Sendo
ct = 2Jo ωn
temos que,
Jo = 1, 64 + 4, 91 = 6, 55Kg.m2
logo,
N ms
ct = 16, 32
rad
b)
Capítulo 2. Vibrações Livres - Sistemas com um Grau de Liberdade 24
x(t)
1 1
t= =⇒ tmáx =
ωn ωn
Logo, como o enunciado especifica θo = 0,
rad
θ̇o = 4, 729
s
Exemplo 10 Desprezando a massa da barra, encontre a frequência de vibração amorte-
cida do sistema, para pequenas oscilações.
L1 L2
L3 o
c
Ѳ
Solução:
X
Mo = Jo θ̈
x(t)
− − ф)
o
Xo e−ξωn t cos(ωd t − φ)
x(t)
δ = ln = ln
x(t + τd ) Xo e−ξωn (t+τd ) cos(ωd (t + τd ) − φ)
2π 2πξ
δ = ξωn τd = ξωn p =p (2.34)
2
1 − ξ ωn 1 − ξ2
para ξ << 1,
δ
δ = 2πξ =⇒ ξ ≈ (2.35)
2π
Desta forma, conhecendo o decremento logarítmico, é possível obter o fator de amor-
tecimento do sistema. Isso pode ser feito experimentalmente através da medição dos
valores de deslocamento em picos sucessivos.
Caso os picos estejam afastados em mais de um período,
1 x(t)
δ = ln ,
n x(t + nτ )
onde n um número inteiro de períodos.
k k L
kL
kL
barra rígida
Lcos
mg mg
L/2
o o
mL2 W Lsenθ
θ̈ + (2kLsenθ)Lcosθ − =0
3 2
para ângulos pequenos,
mL2 WL
θ̈ + (2kL2 − )θ = 0
3 2
Teremos a seguinte equação característica,
mL2 2 WL
s + (2kL2 − )=0
3 2
Logo, v
u 2kL2 − W L
u
p
2
s1,2 = ±t mL2
= ± −α2
3
Caso 2: α2 = 0 −→ s1 e s2 nulas.
Teremos assim,
θ(t) = C1 t + C2
Ѳo
t
˙ 0>0
Figura 13 – Gráfico do caso 2 com theta
1
θ(t) = [α(θo + θ̇o )eαt + (αθo − θ̇o )e−αt ]
2α
Ѳ (t)
t
Figura 14 – Gráfico da Instabilidade Divergente
mẍ + cẋ + kx = γ ẋ
mẍ + (c − γ)ẋ + kx = 0
.
Capítulo 2. Vibrações Livres - Sistemas com um Grau de Liberdade 30
. Caso 1: (c − γ) > 0
Neste caso, a parte real de s1 e s2 são negativas,
x(t)
Caso 2: (c − γ) = 0
Solução para sistema não amortecido,
x(t) = Xcos(ωn t − φ)
x(t)
Note que a exponencial possui argumento positivo e real. Temos, portanto, umas
solução oscilatória cuja a amplitude aumenta exponencialmente com o tempo. O sistema
é instável (“flutter”).
x(t)
x(t) x(t)
mg mg
Kx >0 Kx <0
N N
F= .mg F= .mg
Figura 19 – D.L.C. do sistema
ou,
|ẋ|
mẍ + µmg + kx = 0 −→ EDO não Linear
ẋ
É possível obter uma solução analítica se analisarmos a equação para cada meio ciclo.
Teremos,
mẍ + kx = −µmg
mẍ + kx = µmg,
com resposta,
µN
x(t) = A3 cos (ωn t) + A4 sin (ωn t) + .
k
Consideremos o caso no qual x(t = 0) = xo e ẋ(t = 0) = 0. Para o primeiro meio
ciclo,
µN
A3 = x o − ; A4 = 0
k
µN µN
x(t) = xo − cos (ωn t) +
k k
Esta solução é válida para
π
0 < t <
ωn
π
sendo ωn meio período.
π
Quando t = ωn ,
π 2µN
x t= = − xo −
ωn k
2µN
Obs: ocorreu uma redução na magnitude do deslocamento de k em relação ao
deslocamento inicial.
Esta será a condição inicial para o segundo meio-ciclo. Neste caso, a resposta será,
3µN µN
x(t) = xo − cos (ωn t) −
k k
e é válida para
π 2π
< t <
ωn ωn
2π 4µN
No fim do segundo meio-ciclo: x t = ωn = xo − k
Esta será a CI para o terceiro meio-ciclo. O processo de solução continua até que o
sistema encerre o movimento. Isso ocorre quando a força restauradora da mola é menor
do que a força de atrito.
π
k x 2n
< µmg
ωn
Capítulo 2. Vibrações Livres - Sistemas com um Grau de Liberdade 34
x(t)
xo
4
(xo- )
2
- (xo- )
Principais Características:
1. Equação de movimento não-linear;
2. O sistema oscila com a frequência natural;
3. O sistema encerra o movimento após um certo número de ciclos, atingindo o repouso;
4. Amplitude decai linearmente com o tempo.
35
3.1 Introdução
Um sistema mecânico sofre vibração forçada sempre que a energia externa é fornecida
ao sistema durante a vibração.
Neste momento, consideremos os casos nos quais a excitação tem comportamento
harmônico no tempo,
F (t) = Fo · ei(ωt+φ)
Ou,
F (t) = Fo cos(ωt + φ) ou F (t) = F0 sin(ωt + φ)
K C
Kx Cẋ
M M
x x
F(t) F(t)
Figura 21 – Sistema Massa-Mola
Capítulo 3. Vibrações Excitadas Harmonicamente - Sistemas com um Grau de Liberdade 36
Neste caso, a solução geral é dada pela soma da solução homogênea xn (t) com a
solução particular, xp (t).
No caso amortecido, a solução homogênea decai com o tempo. Desta forma, a solução
geral se aproxima de xp em regime permanente.
ou,
ẍ(t) + ωn2 x(t) = fo cos ωt
Fo
onde fo = m. A solução homogênea é dada por,
Fo
sendo δo = k .
Considerando a solução geral x(t) = xn (t) + xp (t) e aplicando as condições iniciais:
Fo fo ẋo
A1 = x o − 2
= xo − 2 2
e A2 =
k − mω ωn − ω ωn
temos,
Fo ẋo Fo
x(t) = xo − cos ωn t + sin ωn t + cos ωt (3.6)
k − mω 2 ωn k − mω 2
Capítulo 3. Vibrações Excitadas Harmonicamente - Sistemas com um Grau de Liberdade 37
ω
Quando 0 < ωn < 1 o denominador da 3.7 é positivo e a resposta xp está em fase
com a força externa.
F(t) xp
F0 X
t t
ω
Quando ωn > 1 a solução particular fica:
δo
xp = −X cos ωt e X = 2
ω
ωn −1
F0
t t
-X
ω
Quando ωn = 1, X −→ ∞. Esta condição, onde ω = ωn é denominada ressonância. Para
este caso, a solução particular não é linearmente independente, logo a solução será:
xp = X sin ωt (3.8)
e
xo δo ωn t
x(t) = xo cos ωn t + sin ωn t + sin ωn t (3.9)
ωn 2
Capítulo 3. Vibrações Excitadas Harmonicamente - Sistemas com um Grau de Liberdade 38
δ 0 ωn t
aonde 2 é amplitude e aumenta linearmente com o tempo.
x(t)
0
2
xo
2
0
−
2
Obs: A solução que considera pequenas deflexões para linearidade dos componentes
deixa de ser válida.
Solução
Fo
x(t) = (cos ωt − cos ωn t)
k − mω 2
ou,
2Fo ωn + ω ωn − ω
x(t) = sin t sin t
k − mω 2 2 2
Com a amplitude conhecida:
2Fo
= 0, 2
k + mω 2
Capítulo 3. Vibrações Excitadas Harmonicamente - Sistemas com um Grau de Liberdade 39
portanto,
m = 0, 2976Kg
Exemplo 12 Projete um suporte com a qual a câmera terá uma deflexão máxima de
0,01m. Qual é o comprimento L se a seção transversal tem 0,2x0,2m.
Nota: O comprimento deve-se ter no mínimo 0,5m para que se tenha uma boa visão.
Vento Focost
Câmera
L Suporte
Solução
Pontos a se considerar:
i) Desprezar vibração torcional, ii) Ignorar a massa do suporte e iii) C.I.s: xo = ẋo = 0.
x(t)
Focost
x(t)
K Focost
K
Capítulo 3. Vibrações Excitadas Harmonicamente - Sistemas com um Grau de Liberdade 40
A eq. de movimento é:
3EI
mẍ(t) + x(t) = Fo cos ωt
L3
Para uma viga retangular:
bh3
I=
12
Portanto,
3Ebh3 Ebh3
ωn2 =
=
12mL3 4mL3
Para a amplitude menor do que 0,01m:
fo
x(t) = (cos ωt − cos ωn t)
ωn2 + ω2
sendo:
2fo 10 N
ω 2 − ω 2 < 0, 01 e EAlum = 7, 1.10 m2
n
2fo
Caso 1: −0, 01 < 2 −ω 2
ωn
2fo
Caso 2: 2 −ω 2
ωn
< 0, 01
Assim, escolheremos o caso 2, considerando que este caso poupará mais material.
Tendo em vista, que as limitações do projeto: 0, 5m < L < 0, 576m.
Capítulo 3. Vibrações Excitadas Harmonicamente - Sistemas com um Grau de Liberdade 41
ωn − ω = 2ε
ωn2 − ω 2 = 4εω
2π 2π
τd = 2ε = ωn −ω −→ Período de batimento: tempo entre dois pontos de amplitude zero
ωd = 2ε = ωn + ω −→ Frequência de batimento
Capítulo 3. Vibrações Excitadas Harmonicamente - Sistemas com um Grau de Liberdade 42
xp = X̃eiωt (3.12)
sendo X̃ uma constante complexa. A solução física é dada pela parte real. Substituindo
a equação 3.11 em 3.12:
Logo,
X(iω) 1
= = G(iω) = G̃(ω) (3.13)
Fo (k − mω 2 ) + (cωi)
Essa é a chamada Função Resposta em Frequência (FRF) complexa do sistema. Multi-
plicando numerador e denominador por [(k − mω 2 ) − icω],
k − mω 2
cω
X̃ = Fo −i (3.14)
(k − mω 2 )2 + c2 ω 2 (k − mω 2 )2 + c2 ω 2
Fo /m
X̃(ω) = X(iω) =
ωn2 − ω 2 + i2ξωωn
ou,
Fo /k
X̃(ω) = X(iω) =
1 − (ω/ωn )2 + i2ξω/ωn
x(t) = Fo G̃(ω)eiωt
X̃(ω)
onde G̃(ω) = F̃ (ω)
é a função resposta em frequência do sistema dada pela equação 3.13.
A FRF é uma função de ω que depende apenas das características do sistema e é
independente da excitação. A função dada pela equação 3.13 é a chamada receptância
do sistema.
1 1/k
G̃(ω)= p = (3.17)
[(1 − (ω/ωn ) ) + (2ξ(ω/ωn ))2 ]1/2
2 2 2
(k − mω ) + (ωc) 2 2
" #
−1 Im[G̃(ω)] ωc
φ(ω) = tg − = tg −1
Re[G̃(ω)] k − mω 2
ṽ(ω)
V (iω) = −→ Mobilidade
Fo
sendo ṽ(ω) é a Amplitude da Velocidade.
ã
Ã(ω) = −→ Acelerância
Fo
Fo
Z̃(ω) = −→ Impedância mecânica
v
Capítulo 3. Vibrações Excitadas Harmonicamente - Sistemas com um Grau de Liberdade 44
3
ξ=0
ξ=0.2
2.5
2
X k/F = k|G(iω)|
ξ=0.3
1.5 ξ=0.4
0
ξ=0.6
1
ξ=0.7
ξ=0.8
0.5 ξ=1
ξ=1.2
0
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3
r
Observações:
Xk
i) Para ξ = 0, Fo −→ ∞ quando r −→ 1.
Xk
ii) Qualquer valor de ξ > 0 reduz Fo .
iii) Para qualquer valor de r, um valor mais alto de ξ reduz M.
Xk
iv) Em um caso de força constante, r = 0 −→ Fo = 1 X = Fo /k = δo .
Xk
v) A redução de Fo na presença de amortecimento é mais significante na ressonância (ou
próxima).
Xk
vi) Quando r −→ ∞, Fo −→ 0.
p p
1 X
vii) Para 0 < ξ < √2 , δo ocorre quando r = 1 − 2ξ 2 ou ω = ωn 1 − 2ξ 2 .
máx p
X 1
viii) δo = √ , quando r = 1 − 2ξ 2 em ω = ωn , têm-se δXo = 2ξ
1
.
máx 2ξ 1−ξ 2
ix) Para ξ = √12 , dM √1
dr = 0 quando r = 0. E para ξ > 2 o gráfico decresce monotonica-
mente.
200
ξ=0
ξ=0.2
ξ=0.4
ξ=0.6
150 ξ=0.8
ξ=1
ξ=1.2
ξ=2
100
φ
ξ=1.6
50
0
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5
r
Para ω >> ωn :
Fo
X(ω) '
mω 2
Região Massa controlada. Fase entre excitação e resposta próxima a 180◦ .
K|()| ф
Amortecimento - controlada
1 / n 1 / n
Figura 28 – Gráficos da FRF (Receptância)
x
x(t)
M M
K C .
K(x-y) C( -y)
y(t)
Base
Se y(t) = Y eiωt , a resposta em regime permanente tem a forma x(t) = X̃eiωt , logo,
k + iωc
X̃(ω) = Y (3.20)
k − mω 2 + iωc
ou,
X̃(ω) k + iωc
T̃d =
= (3.21)
Y k − mw2 + iwc
Obtendo a magnitude e fase da equação 3.21 é possível obter:
s 2 + (ωc)2
s
X k 1 + (2ξ(ω/ωn ))2
Td = = 2 2 2
= (3.22)
Y (k − mω ) + (ωc) (1 − (ω/ωn )2 )2 + (2ξω/ωn )2
mcω 3 2ξ(ω/ωn )3
−1 −1
φ = tg = tg
k(k − mω 2 ) + (ωc)2 1 − (ω/ω)2 + (2ξω/ωn )2
A resposta em regime permanente será:
1 + i2ξr iωt
xp (t) = Re Y e (3.23)
1 − r2 + i2ξr
(s )
1 + (2ξr)2
xp (t) = Re Y ei(ωt−φ) −→ Excitação − y(t) = Y cosωt (3.24)
(1 − r2 )2 + (2ξr)2
(s )
1 + (2ξr)2
xp (t) = Im Y ei(ωt−φ) −→ Excitação − y(t) = Y senωt (3.25)
(1 − r2 )2 + (2ξr)2
3
ξ=0
ξ=0.2
2.5
ξ=0.4
X/Y
1.5
ξ=0.6
ξ=1.2
ξ=1
0.5 ξ=0.8
0
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3
r
200
ξ=0
150
ξ=0.2
ξ=0.4
100
φ
ξ=0.6
ξ=0.8
ξ=1
ξ=1.2
50
0
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5
r
Observações:
i) Diferentemente da transmissibilidade de deslocamento, a força não necessariamente cai
√
quando r > 2.
Ft
√
ii) Conforme ξ aumenta, kY tende a aumentar drasticamente para r > 2.
Ft
iii) As expressões para Td e kY são úteis no projeto para a proteção de sistemas contra
vibrações indesejadas.
Exemplo 14
x(t)
0,02 m
6m
Capítulo 3. Vibrações Excitadas Harmonicamente - Sistemas com um Grau de Liberdade 50
( n )2 (n )1 / n
Caso 1
rad
ωn = 6, 324
s
m
Vc = 6, 038 −→ Ressonância
s
ξ = 0, 158
Caso 2
rad
ωn = 5, 08
s
m
Vc = 4, 85 −→ Ressonância
s
ξ = 1, 27
Capítulo 3. Vibrações Excitadas Harmonicamente - Sistemas com um Grau de Liberdade 51
Amplitude para 20 Km
h ,
5, 81
r1 = = 0, 923 e Y = 0, 01m
6, 303
1/2
1 + (2ξr)2
X=Y = 0, 0319
(1 − r2 )2 + (2ξr)2
X
|
Y
r1 1 r
V (Km/h) 20 80 100 150
ω(rad/s) 5,817 23,271 29,093 43,633
Caso 1 - X (cm) 3,19 0,12 0,09 0,05
Caso 2 - X (cm) 2,52 0,07 0,05 0,03
com
x = X̃ei(ωt)
Região de 1 2 r
Amplitude Região de
Isolamento
s
X 1 + (2ξr)2
Td = =
Y (1 − r2 )2 + (2ξr)2
s
Ft 1 + (2ξr)2
= r2
kY (1 − r2 )2 + (2ξr)2
xr = e · senωt
logo,
ẍr = −eω 2 senωt
Portanto, voltando a equação de movimento,
= 0.707
=1
r
Figura 36 – Gráfico da Função
massa grudada
na hélice Modelo
0.5Kg
e
ω rt
15cm m
ms= 60Kg
k , ms
ωr 20Kg
Solução
Primeiro precisamos determinar a massa equivalente da asa na extremidade livre,
assim, usaremos a equivalência de energia cinética e um modelo com um grau de liberdade
para determinar a frequência natural de vibração.
A deflexão estática de uma viga em balanço sob uma carga concentrada em uma
extremidade é dada por:
x P
y(x) ymáx
L
P L3
sendo ymáx = 3EI .
Temos que a deflexão é dada por:
P x2
y(x) = (3L − x)
6EI
Se substituirmos a priemira equação na segunda, teremos:
ymáx x2
y(x) = (3L − x)
2L3
Sabemos que a máxima energia cinética da viga em si (Tmáx ) é dada por:
1 Lm
Z
Tmáx = [ẏ(x)]2 dx
2 0 L
Capítulo 3. Vibrações Excitadas Harmonicamente - Sistemas com um Grau de Liberdade 56
Massa
M
Cristais K C
y(t) y(t)
Base
Figura 37 – Acelerômetro
A deformação dos cristais está ligada ao movimento relativo z(t) = x(t) − y(t). Pela
equação de forças:
mẍ = −c(ẋ − ẏ) − k(x − y)
ou,
mz̈ + cz̈ + kz = −mÿ (3.34)
Podemos resolver a equação 3.35 por analogia com a equação 3.11, através da definição
do Fator de Ampliação.
Fo /k
Z=p = Fo |G(iω)| (3.36)
(1 − r2 )2 + (2ξr)2
mω 2 Y /k r2 Y
=p =p
(1 − r2 )2 + (2ξr)2 (1 − r2 )2 + (2ξr)2
Assim, obtendo:
Z r2
=p (3.37)
Y (1 − r2 )2 + (2ξr)2
Capítulo 3. Vibrações Excitadas Harmonicamente - Sistemas com um Grau de Liberdade 58
Z
Y
= 0.25
Sismômetro
1
= 0.5
r≅ 3 r
Figura 38 – Gráfico da Equação
Z
Logo, para frequência ω >> ωn , Y = 1 e o instrumento pode ser utilizado para
medição do deslocamento da base.
Podemos reescrever a equação 3.36 na forma:
−1
ωn2 Z = p ω2Y (3.38)
(1 − r2 )2 + (2ξr)2
p
sendo ( (1 − r2 )2 + (2ξr)2 ) o (k|G(iω)|) e (ω 2 Y ) a amplitude de aceleração.
K|G(i)| ф
Resposta
Plana Acelerômetro
1
1 r 1
r
Figura 39 – Gráfico da Equação reescrita
ÿ(t)
z(t) =
ωn2
K|G(i)|
1
2ξ
r1 1 r2 r
Figura 40 – Gráfico da Receptância
1
|kG(iω)| = p
(1 − r2 )2 + (2ξr)2
em r = 1,
1
|kG(iω)| = =Q
2ξ
sendo "Q"o fator de qualidade.
Q
Devemos escolher dois pontos onde a magnitude será = √
2
. Para encontrar as raízes
de frequência correspondentes,
1 Q 1
p =√ = √
2 2
(1 − r ) + (2ξr) 2 2 2 2ξ
r4 − r2 (2 − 4ξ 2 ) + (1 + 8ξ 2 ) = 0
Para ξ baixo:
p
r12 = 1 − 2ξ 2 − 2ξ 1 − ξ 2 ≈ 1 − 2ξ
p
r22 = 1 − 2ξ 2 + 2ξ 1 − ξ 2 ≈ 1 + 2ξ
teremos,
ω22 ω12
r22 − r12 = − = 4ξ
ωn2 ωn2
ω22 − ω12 = 4ξωn2
Capítulo 3. Vibrações Excitadas Harmonicamente - Sistemas com um Grau de Liberdade 60
ou,
(ω2 + ω1 )(ω2 − ω1 ) = 4ξωn2
(ω2 − ω1 )
ξ≈
2ωn
Portanto, através das curvas de repostas em frequência é possível estimar o fator de
amortecimento de um sistema através das frequências na qual a magnitude é √1 H(ωn ).
2
61
Referências