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Vibrações Mecânicas
Análise Dinâmica de Sistemas
com 2 ou mais Graus de Liberdade
09/2020
2
frequência angular natural nula, por consequência existe um modo de vibração de corpo
rígido [1, p. 192].
X
F1 (t) = m1 ẍ1 (t)
X
F2 (t) = m2 ẍ2 (t)
assim
m ẍ (t) = −k x (t) − k (x (t) − x (t))
1 1 1 1 2 1 2
(1.1)
m ẍ (t) = −k (x (t) − x (t))
2 2 2 2 1
m ẍ (t) + (k + k ) x (t) − k x (t) = 0
1 1 1 2 1 2 2
(1.2)
m ẍ (t) − k x (t) + k x (t) = 0
2 2 2 1 2 2
x1 (0) = x10 ẋ1 (0) = ẋ10 x2 (0) = x20 ẋ2 (0) = ẋ20 (1.3)
" #
x1 (t)
⃗x(t) = x(t) = {x(t)} = (1.4)
x2 (t)
" # " #
ẋ1 (t) ẍ1 (t)
⃗ẋ(t) = ẋ(t) = {ẋ(t)} = , ⃗ẍ(t) = ẍ(t) = {ẍ(t)} = (1.5)
ẋ2 (t) ẍ2 (t)
" #
m1 0
[M ] = (1.6)
0 m2
Por exemplo no Método dos Elementos Finitos tem-se a matriz de massa consistente
que é simétrica.
" #
m11 m12
[M ] =
m21 m22
" #
(k1 + k2 ) −k2
[K] = (1.7)
−k2 k2
e (1.7) têm uma propriedade especial, são simétricas. Uma matriz simétrica é uma matriz
que é igual a sua transposta. A transporta de uma matriz, denotada por [A]T , é formada
pela troca de linhas e colunas da matriz. A primeira linha de [A]T é a primeira coluna de
[A], e assim por diante.
Exemplo 1.1
Solução
" # " #
a b a c
[A] = = = [A]T
c d b d
Comparando os elementos de [A] e [A]T tem-se que c deve ser igual a b para que [A]
seja simétrica.
As condições iniciais podem ser escritas na forma matricial.
" # " #
x1 (0) ẋ1 (0)
{x}0 = , {ẋ}0 = (1.10)
x2 (0) ẋ2 (0)
com λ = ωn2 .
Observando-se também que {u} ̸= {0}, solução não trivial, pois do contrário {x(t)} =
{0}, solução trivial e o sistema não estaria em movimento.
Assim,
−λm + k + k −k2
(1.15)
1 1 2
=0
−k2 −λm2 + k2
m1 m2 λ2 − (m1 k2 + m2 k1 + m2 k2 ) λ + k1 k2 = 0
cuja solução é
p
(m1 k2 + m2 k1 + m2 k2 ) ± (m1 k2 + m2 k1 + m2 k2 )2 − 4m1 m2 k1 k2
λ1,2 = (1.16)
2m1 m2
p
ωni = ± λi rad/s
As expressões (1.17) e (1.18) quando resolvidas permitem apenas encontrar uma rela-
ção entre os elementos de cada vetor {u}1 e {u}2 , pois esses dois sistemas homogêneos de
equações possuem determinante nulos, assim existem menos equações do que incógnitas,
e os sistemas possuem innitas soluções.
" #
u1i
(−λi [M ] + [K]) {u}i = {0}, {u}i =
u2i
Exemplo 1.2
Determine os valores dos elementos dos vetores {u}1 e {u}2 das equações (1.17) e
(1.18) para valores de λ, [K] e [M ] dados por:
Solução
|−λ[M ] + [K]| = 0
−9λ + 27 −3
= (−9λ + 27)(−λ + 3) − 9 = 0
−3 −λ + 3
logo
√
λ = 2 ω = ± 2 (rad/s)
1 n1
ou
λ = 4 ω = ±2 (rad/s)
2 n2
então
9u − 3u = 0
11 21
(i )
−3u + u = 0
11 21
Assim existem duas incógnitas u11 e u21 e uma equação. A solução é adotar o valor
de uma das incógnitas.
logo,
u11 1 u21
= u11 =
u21 3 3
" #
1/3
{u}1 = u21
1
Um valor numérico para cada elemento do vetor {u} pode ser obtido arbitrando o valor
de um elemento. Por exemplo, fazendo u21 = 1, então o valor do vetor {u}1 é:
" #
1/3
{u}1 =
1
então
−9u − 3u = 0
12 22
(ii )
−3u − u = 0
12 22
u12 −1 −u22
= u12 =
u22 3 3
assim
" #
−1/3
{u}2 = u22
1
" #
−1/3
{u}2 =
1
A solução da equação (1.8) sujeita as condições iniciais {x}0 e {ẋ}0 pode ser construída
em termos dos escalares ±ωn1 e ±ωn2 e dos vetores {u}1 e {u}2 . Esse procedimento é
similar a obtenção de solução para um sistema de 1 gdl já discutido.
Desde que as equações resolvidas são lineares, a soma de qualquer solução é também
solução. Dos cálculos dos autovalores λ1 e λ2 obtém-se quatro frequências angulares
naturais ±ωn1 e ±ωn2 , que formam a solução da equação (1.8).
{x(t)}1 = {u}1 e−jωn1 t , {x(t)}2 = {u}1 e+jωn1 t , {x(t)}3 = {u}2 e−jωn2 t , {x(t)}4 = {u}2 e+jωn2 t
{x(t)} = (a1 ejωn1 t + a2 e−jωn1 t ) {u}1 + (a3 ejωn2 t + a4 e−jωn2 t ) {u}2 (1.19)
X
n
{x(t)} = Ai {u}i sen(ωni t + ϕi ) (1.21)
i=1
A forma da equação (1.20) tem signicado físico. Ele indica que cada massa oscila nas
duas frequências ωn1 e ωn2 . Essas são chamadas frequências angulares naturais.
Vamos supor que A2 = 0. Com essa condição inicial cada massa oscila com somente
uma frequência natural, ωn1 , e a posição relativa das massas a qualquer instante de tempo
é determinado pelo vetor {u}1 . Portanto {u}1 é chamado de primeiro modo de vibração
do sistema .
De maneira similar, se a condição inicial é tal que, A1 é igual a zero, as massas oscilam
a frequência ωn2 , com a posição relativa dada pelo vetor {u}2 chamado de segundo modo
de vibração do sistema .
Exemplo 1.3
Solução
" # " #
x1 (t) A1 u11 sen(ωn1 t + ϕ1 ) + A2 u21 sen(ωn2 + ϕ2 )
{x(t)} = =
x2 (t) A1 u12 sen(ωn1 t + ϕ1 ) + A2 u22 sen(ωn2 + ϕ2 )
Substituindo os valores
vem
" # " √ #
x1 (t) 1
A sen( 2t + ϕ1 ) − 13 A2 sen(2t + ϕ2 )
= 3 1 √ (i )
x2 (t) A1 sen( 2t + ϕ1 ) + A2 sen(2t + ϕ2 )
" # " #
1 1
A1 sen(ϕ1 ) − 13 A2 sen(ϕ2 )
= 3
(ii )
0 A1 sen(ϕ1 ) + A2 sen(ϕ2 )
" # " √ #
0 2
A1 cos(ϕ1 ) − 32 A2 cos(ϕ2 )
= √3 (iii )
0 2 A1 cos(ϕ1 ) + 2 A2 cos(ϕ2 )
As equações (ii) e (iii) representam quatro equações com quatro constantes desconhe-
cidas, A1 , A2 , ϕ1 e ϕ2 .
Escrevendo essas quatro equações, tem-se:
3 = A1 sen(ϕ1 ) − A2 sen(ϕ2 )
0 = A sen(ϕ ) + A sen(ϕ )
1 1 2 2
√ (iv )
0 = 2 A1 cos(ϕ1 ) − 2 A2 cos(ϕ2 )
0 = √2 A cos(ϕ ) + 2 A cos(ϕ )
1 1 2 2
√
2 2 A1 cos(ϕ1 ) = 0 tal que ϕ1 = π/2, pois A1 ̸= 0
A − A = 3
1 2
A + A = 0
1 2
cuja solução é
A1 = 3/2 e A2 = −3/2
Assim,
" # " √ #
1 1
x1 (t) sen( 2t + π/2) + sen(2t + π/2)
= 32 √ 2
x2 (t) 2
sen( 2t + π/2) − 3
2
sen(2t + π/2)
então
" # " √ #
1
x1 (t) (cos 2t + cos 2t)
= 32 √
x2 (t) 2
(cos 2t − cos 2t)
Quando resolvemos um sistema com 1 grau de liberdade foi útil dividir a equação do
movimento pela massa. Portanto vamos resolver o sistema de duas equações descritas
pela forma matricial, equação (1.8), fazendo uma transformação de coordenadas, que é
equivalente a dividir a equação do movimento pela massa do sistema. Para esse objetivo
considere a matriz raiz quadrada denida por [M ]1/2 tal que
[M ]1/2 [M ]1/2 = [M ]
a matriz massa.
Para o exemplo da matriz massa dada pela equação (1.6), matriz diagonal, a matriz
raiz quadrada torna-se
" √ #
m1 0
[M ]1/2 = √ (1.22)
0 m2
A regra para calcular a matriz raiz quadrada de uma matriz massa consistente que
possui elementos diferentes de zero fora da diagonal principal pode ser encontrada em
bibliograa de álgebra matricial.
A inversa de uma matriz diagonal [M ]1/2 , chamada de [M ]−1/2 , torna-se:
" #
√1 0
[M ]−1/2 = m1
(1.23)
0 √1
m2
desde que
matriz identidade.
A expressão (1.25) se reduz a:
A matriz
−ω 2 [I] + [K̃] {v} ejωn t = {0}
−ωn2 [I] + [K̃] {v} = {0}
É importante observar que o vetor constante {v} ̸= {0}, pois do contrário {q(t)} = {0},
solução trivial, não existindo movimento.
Fazendo λ = ωn2 na equação (1.29) tem-se:
Do autoproblema generalizado
que resulta em
Exemplo 1.4
Solução
Fazendo
" #" #
−1/2 −1/2 1/3 0 9 −3
[M ] [K] [M ] =
0 1 −1 3
" # " #
1/3(9) + 0(−1) 1/3(−3) + 0(3) 3 −1
= =
0(9) − 1(1) 0(−3) + 1(3) −1 3
logo
" #
3 −1
[K̃] =
−1 3
Note que
assim
" # " #
−1/2 T 9 −1 9 −3
([K] [M ] ) = ̸= = [K] [M ]−1/2
−3 3 −1 3
não é simétrica.
O problema de autovalor simétrico tem inúmeras vantagens. Por exemplo, pode ser
mostrado que a solução da equação (1.30) corresponde a números reais. Também pode ser
mostrado que os autovetores que satisfazem a equação (1.30) são ortogonais como são os
vetores unitários (î, ĵ, k̂, ê1 , ê2 , ê3 ) usados na análise vetorial de forças.
Dois vetores {v}1 e {v}2 são denidos como ortogonais se o produto escalar é zero,
isto é, se
qual que seu comprimento seja 1. A norma Euclidiana de um vetor é escrita como ∥{v}∥
é denida por
v
u n
p uX
∥{v}∥= {v}T {v} = t (vi2 ) Norma Euclidiana (1.32)
i=1
Um conjunto de vetores que são ortogonais entre si e possui norma unitária é chamado
de ortonormal.
Os vetores do sistema de coordenadas cartesianas formam um conjunto de vetores
ortonormais:
î × î = 1, î × ĵ = 0 ou {ei }T {ej } = δij .
Condição de ortonormalidade, delta de Kronecker.
i = j, 1
{v}Ti {v}j = δij =
i =
̸ i, 0
Exemplo 1.5
Solução
ou
" #
3 − λ −1
{v} = {0} (i )
−1 3 − λ
3 − λ −1
= λ2 − 6λ + 8 = 0 ⇒ λ = 2, λ = 4
−1 3 − λ
q q √ 1
∥{v}1 ∥= v11 + v21 = v21
2 2 2 2
+ v21 = 2v21 = 1 ⇒ v21 = √
2
" # " #
√1 1 1
{v}1 = 2
=√
√1 2 1
2
assim
v12 = −v22
q q √ 1
∥{v}2 ∥= 2
v12 + 2
v22 = 2
(−v22 )2 + v22 = 2v22 = 1 ⇒ v22 = √
2
" √ # " #
1/ 2 1 1
{v}2 = √ =√
−1/ 2 2 −1
1
{v̂} = p {v} (1.33)
{v}T {v}
Cada vetor {u}i está associado a uma frequência angular natural ωni , é normalizado
com respeito a matriz massa [M] pelo escalonamento do vetor modo de vibração, o que
satisfaz a equação (1.13) ou (1.34) tal que o vetor
{w}i = αi {u}i
satisfaz
{w}Ti [M ] {w}i = 1
ou
1
αi = p (1.36)
{u}Ti [M ] {u}i
pois
{w}Ti [M ] {w}i = 1
{v}Ti {v}i = 1
Então, a substituição
O fato dos autovetores {v}i serem ortogonais pode ser usado para desacoplar as equa-
ções do movimento de qualquer ordem de um sistema sem amortecimento ou com amor-
tecimento proporcional, denindo uma nova matriz [P ] composta dos autovetores norma-
lizados, tal que cada vetor forme uma coluna da matriz [P ].
Assim, a matriz [P ] é denida por
[P ]T [P ] = [P ][P ]T = [I]
Exemplo 1.6
Solução
" #
1 1 1
[P ] = √
2 1 −1
Fazendo-se
Exemplo 1.7
Solução
[Λ] = [P ]T [K̃][P ]
A matriz de autovetores [P ], equação (1.39), pode ser usada para desacoplar as equa-
ções dinâmicas de movimento acopladas em n equações desacopladas.
Note que as condições iniciais no novo sistema de coordenadas são encontradas resol-
vendo:
para o vetor {q(t)} e fazendo t = 0. Para recuperar {q(t)}, a equação (1.42) é pré-
multiplicada por [M ]1/2 , o qual conduz a:
por
{q(t)} = [P ]{η(t)}
[P ]T [P ] = [I]
e a equação
[P ]T [K̃] [P ] = [Λ]
1 0 ... 0 η̈1 (t) ωn2 1 0 . . . 0 η1 (t) 0
0 1 . . . 0 η̈2 (t) 0 ωn2 2 . . . 0 η2 (t) 0
. . + . . = .. (1.50)
. . . . . .. .. . .. . . .
. .. .
. . . . . . . .
0 0 ... 1 η̈n (t) 0 0 . . . ωn2 ηn (t) 0
ou
s
2
η̇i0 + (ωni ηi0 )2 −1 ωni ηi0
ηi (t) = sen ωni t + tg , i = 1, 2, . . . , n (1.52)
ωn2 i η̇i0
Uma vez conhecida a solução modal (1.52), as transformações [M ]1/2 e [P ] podem ser
aplicadas a {η(t)} para recuperar a solução {x(t)} nas coordenadas físicas. Para obter
o vetor {x(t)} a partir do vetor {η(t)}, substitui-se a equação (1.46) na equação (1.42),
obtendo
O produto matricial [M ]−1/2 [P ] é novamente uma matriz chamada de [S] que é cha-
mada de Matriz Modal ou Matriz das Formas Modais.
A matriz [S] pode também reduzir o número de passos necessários na realização das
transformações de coordenadas.
Expandindo a matriz [S] na equação (1.57) em seus fatores como dados pela equação
(1.54), vem:
ou
Exemplo 1.8
iv. Dados
A equação matricial que governa o problema é:
" # " #
1/3 0 1 1 1
[S] = [M ]−1/2 [P ] = √
0 1 2 1 −1
logo
" #
1 1/3 1/3
[S] = √ (iii )
2 1 −1
" #" #
1 1 1 3 0
[S]−1 = [P ]T [M ]1/2 =√
2 1 −1 0 1
então
" #
1 3 1
[S]−1 = √ (iv )
2 3 −1
" #" #
1 3 1 1
{η}0 = √
2 3 −1 0
" #
1 3
{η}0 = √ (v )
2 3
" #
0
{η̇}0 = [S]−1 {ẋ}0 = [S]−1
0
então
" #
0
{η̇}0 = (vi )
0
s
2
η̇10 + (ωn1 η10 )2 −1 ωn1 η10
η1 (t) = sen ωn1 t + tg
ωn2 1 η̇10
3 √
η1 (t) = √ cos 2t (vii )
2
Para i = 2
s
2
η̇20 + (ωn2 η20 )2 −1 ωn2 η20
η2 (t) = sen ωn2 t + tg
ωn2 2 η̇20
3
η2 (t) = √ cos 2t (viii )
2
Na forma matricial
" √ #
√3 cos 2t
{η(t)} = 2
√3 cos 2t
2
" # " √ #
1 1/3 1/3 3 cos 2t
{x(t)} = √ √
2 1 −1 2 cos 2t
" √ #
1
(cos 2t + cos 2t)
{x(t)} = 2 √
3
2
(cos 2t − cos 2t)
A dissipação de energia viscosa pode ser introduzida na solução por análise modal.
Novamente, como na modelagem de um sistema com 1 gdl, o amortecimento viscoso é
introduzido mais por conveniência matemática do que por uma verdade física.
Entretanto o amortecimento viscoso é um excelente modelo em muitas situações físicas
e representa um progresso signicante sobre o modelo sem amortecimento. Esse método
de modelar o amortecimento é chamado de amortecimento modal.
O amortecimento modal acrescenta um termo de dissipação de energia na forma
2 ζi ωni η̇i (t) na equação (1.51).
Logo, a equação (1.51) torna-se:
q
ωdi = ωni 1 − ζi2 (1.65)
s
(η̇i0 + ζi ωni ηi0 )2 + (ηi0 ωdi )2
Ai = 2
(1.66)
ωdi
ηi0 ωdi
ϕi = tg −1 (1.67)
η̇i0 + ζi ωni ηi0
Exemplo 1.9
Solução
i. Dados
Do exemplo 1.7,
√
ωn1 = 2 (rad/s) (i )
" #
1 3
{η}0 = √ (iii )
2 3
" #
0
{η̇}0 = (iv )
0
√ p
ωd1 = 2 1 − 0, 07072 ⇒ ωd1 = 1, 41 (rad/s) (v )
p
ωd2 = 2 1 − 0, 12 ⇒ ωd2 = 1, 99 (rad/s) (vi )
iii. determinação de Ai e ϕi
Substituindo (i) a (iv) nas equações (1.66) e (1.67), vem:
" #1/2
(η̇10 + ζ1 ωn1 η10 )2 + (η10 ωd1 )2
A1 =
(ωd1 )2
" √ √ 2 √ 2 #1/2
0 + 0, 0707 × 2 × 3/ 2 + 3/ 2 × 1, 4107
=
(1, 4107)2
A1 = 2, 1266 (vii )
√
−1 η10 ωd1 −1 3/ 2 × 1, 4107
ϕ1 = tg = tg √ √
η̇10 + ζ1 ωn1 η10 0 + 0, 0707 × 2 × 3/ 2
" #1/2
(η̇20 + ζ2 ωn2 η20 )2 + (η20 ωd2 )2
A2 =
(ωd2 )2
" √ 2 √ 2 #1/2
0 + 0, 1 × 2 × 3/ 2 + 3/ 2 × 1, 99
=
(1, 99)2
A2 = 2, 1320 (ix )
√
−1 η20 ωd2 −1 3/ 2 × 1, 99
ϕ2 = tg = tg √
η̇20 + ζ2 ωn2 η20 0 + 0, 1 × 2 × 3/ 2
ϕ2 = 1, 47 (rad) = 84, 2o (x )
" # " #
2ζ1 ωn1 0 0, 2 0
[Z] = [P ]T [C̃] [P ] = =
0 2ζ2 ωn2 0 0, 4
ou
" #
c1 + c2 −c2
[C] =
−c2 c2
logo,
c1 = 2, 4 Ns/m
c2 = 0, 3 Ns/m
A matriz [C] é simétrica e em geral quadrada em ”n”, com ”n” o número de gdl.
Assim, o sistema de equações para um sistema amortecido é representado pela equação
(1.71).
A diculdade em trabalhar com esse modelo é que a análise modal teórica não pode ser
geralmente usada para resolver a equação (1.71). Isso é verdade porque o amortecimento
impõe um acoplamento adicional entre as equações de movimento e não podem ser sempre
desacopladas pela transformação [S].
A análise modal teórica pode ser usada diretamente na solução da equação (1.71) se a
matriz de amortecimento [C] puder ser escrita como uma combinação linear das matrizes
massa e rigidez, isto é, se
com α e β constantes.
Essa forma de amortecimento é chamada Amortecimento Proporcional.
Substituindo a equação (1.72) na equação (1.71) conduz a:
ωn
η̈i (t) + α + β i η̇i (t) + ωn2 i ηi (t) = 0 , i = 1, 2, . . . , n (1.76)
2
ωni α ωni
2 ζi ωni = α + β ⇒ ζi = +β i = 1, 2, . . . , n (1.78)
2 2ωni 2
1
ωni = α
2ζi
que signica que a alteração de α tem inuência nas frequências mais altas como mostra
a gura (1.5)
Agora fazendo-se α = 0 na equação (1.78), obtém-se
2ζi
ωni =
β
que signica que a alteração de β tem inuência nas frequências mais baixas como mostra
a gura (1.5)
(−ω 2 [M ] + [K]) {X} + ω[C] {Y } − {F }0 cos ωt+
+ (−ω 2 [M ] + [K]) {Y } − ω[C] {X} sen ωt = {0}
Como essa equação tem que ser igual a zero para todo t ≥ 0, escolhe-se dois instantes
de tempo para determinar {X} e {Y }, ωt = 0 e ωt = π/2.
Assim para ωt = 0
e ωt = π/2
Exemplo 1.10
i. dados
" #
a11 a12
[A] =
a21 a22
" #
a22 a21
[D] =
a12 a11
" #
a22 −a21
[Ã] =
−a12 a11
1
[A]−1 = adj([A])
|[A]|
" #
1 a22 −a21
[A]−1 =
a11 a22 − a12 a21 −a21 a11
Fazendo
" #
[(k1 + k2 ) − ω 2 m1 ] −k2
[A] = (−ω 2 [M ] + [K]) =
−k2 k2 − ω 2 m2
Assim a inversa é:
" #
1 (k2 − ω 2 m2 ) k2
[A]−1 =
[(k1 + k2 ) − ω 2 m1 ](k2 − ω 2 m2 ) − (−k2 )(−k2 ) k2 [(k1 + k2 ) − ω 2 m1 ]
{X} = [A]−1 {F }0
1
{X} =
[(k1 + k2 ) − ω m1 ](k2 − ω 2 m2 ) − (−k2 )(−k2 )
2
" #" #
(k2 − ω 2 m2 ) k2 0
k2 [(k1 + k2 ) − ω m1 ] F20
2
" #
1 k2 F20
{X} =
[(k1 + k2 ) − ω 2 m1 ](k2 − ω 2 m2 ) − (−k2 )(−k2 ) [(k1 + k2 ) − ω 2 m1 ]F20
" #" #
1 (3 − 12 × 1) 3 0
{X} =
[(24 + 3) − 1 × 9](3 − 1 × 1) + 3
2 2 2
3 [(24 + 3) − 1 × 9] 3
2
" #
1 9
{X} =
18 × 2 − 9 54
" #
1/3
{X} =
2
[A] {X} = {F }0
D1 D2
X1 = , X2 =
D D
com
F a a
1 12 11 F1 a11 a12
D1 = , D2 = , D =
F2 a22 a21 F2 a21 a22
0 −3 18 0 18 −3
D1 = = 9, D2 = = 54, D = = 27
3 2 −3 3 −3 2
então
9 1 54
X1 = = , X2 = =2
27 3 27
Assim,
η̈i (t) + 2ζi ωni η̇i (t) + ωn2 i ηi (t) = fi (t) (1.88)
Z t
ηpi (t) = fi (τ )hi (t − τ )dτ (1.90)
0
1 −ζi ωn t
hi (t) = e i senω t
di
ωdi
• ζi = 1
hi (t) = te−ωni t
• ζi > 1
1 −ζi ωn t
hi (t) = e i senh ω t
ci
ωci
Por exemplo a solução geral ηi (t) para um sistema em vibração livre subamortecido
(0 < ζi < 1), é
Z t
−ζi ωni t 1 −ζi ωn t
ηi (t) = Ai e sen(ωdi t + ϕi ) + e i fi (τ ) eζi ωni t sen[ωdi (t − τ )] dτ
ωdi 0
(1.91)
p
com Ai e ϕi determinados a partir das condições iniciais modais e ωdi = 1 − ζi2 .
Exemplo 1.11
Solução
i. dados
logo,
ηi (t) = Xi cos(ωi t − θi )
com
fi 1 2ζi ri
Xi = βi , β i = p , θi = tg−1
2
ωni (1 − ri ) + (2ζi ri )
2 2 2 1 − ri2
ωi
ri =
ωni
iv. determinação de ri
ω1 1 1
r1 = = √ ⇒ r1 = √
ωn1 2 2
ω2 1 1
r2 = = ⇒ r2 =
ωn2 2 2
v. determinação de βi
vi. determinação de θi
2ζ1 r1
θ1 = tg−1 ⇒ θ1 = 0 rad
1 − r12
2ζ2 r2
θ2 = tg−1 ⇒ θ2 = 0 rad
1 − r22
vii. determinação de Xi
f1 3 3
X1 = β1 = √ × 2 ⇒ X1 = √
2
ωn1 2×2 2
f2 −3 4 −1
X2 = β2 = √ × ⇒ X2 = √
2
ωn2 2×4 3 2
3
η1 (t) = √ cos t
2
−1
η2 (t) = √ cos t
2
substituindo os valores
1 3 −1
xp1 (t) = √ √ cos t + √ cos t
3 2 2 2
1 3 −1
xp2 (t) = √ √ cos t − √ cos t
2 2 2
Finalmente
1
xp1 (t) = cos t
3
xp2 (t) = 2 cos t
Exemplo 1.12
Solução
i. dados
logo,
ηi (t) = Xi cos(ωni t − θi )
com
fi 1 −1 2ζi ri
Xi = βi , β i = p , θ i = tg
2
ωni (1 − ri2 )2 + (2ζi ri )2 1 − ri2
ωi
ri =
ωni
iv. Determinação de ri
ωdr1 1
r1 = = √ ⇒ r1 = 0, 7071
ωn1 2
ωdr2 1
r2 = = ⇒ r1 = 0, 5
ωn2 2
v. Determinação de βi
1
β1 = p ⇒ β1 = 1, 9612
(1 − 0, 70712 )2 + (2 × 0, 0707 × 0, 7071)2
1
β2 = p ⇒ β2 = 1, 3216
(1 − 0, 5 ) + (2 × 0, 1 × 0, 5)2
2 2
vi. Determinação de θi
vii. Determinação de Xi
f1 3
X1 = β1 = √ × 1, 9612 ⇒ X1 = 2, 0801
ωn2 1 2×2
f2 −3
X2 = β1 = √ × 1, 3216 ⇒ X2 = −0, 7009
ωn2 2 2×4
substituindo os valores
1
xp1 (t) = √ [2, 0801 cos(t − 0, 20) − 0, 7009 cos(t − 0, 13)]
3 2
1
xp2 (t) = √ [2, 0801 cos(t − 0, 20) + 0, 7009 cos(t − 0, 13)]
2
Finalmente
Exemplo 1.13
Solução
i. valores já determinados
√
ωn1 = 2 rad/s, ζ1 = 0, 0707, ωd1 = 1, 4107 rad/s
ωn2 = 2 rad/s, ζ2 = 0, 1000, ωd2 = 1, 99 rad/s
ω1 = 1 rad/s, θ1 = 0, 20, X1 = 2, 0801
ω2 = 1 rad/s, θ2 = 0, 13, X2 = −0, 7009
η10 = √32 , η̇10 = 0
η20 = √3 , η̇20 = 0
2
η̇i (t) = −ζi ωni Ai e−ζi ωni t sen(ωdi t + ϕi ) + Ai ωdi eζi ωni t cos(ωdi t + ϕi ) − ωi Xi sen(ωi − θi )
Da primeira equação
ηi0 − Xi cos θi
sen ϕi =
Ai
s
[(η̇i0 − ωi Xi sen θi ) + ζi ωni (ηi0 − Xi cos θi )]2 + ωdi
2
(ηi0 − Xi cos θi )2
Ai = 2
ωdi
ωdi ηi0
tg ϕi =
η̇i0 + ζi ωni ηi0
s
(η̇i0 + ζi ωni ηi0 )2 + (ωdi ηi0 )2
Ai = 2
ωdi
−1
1, 4107 × ( √32 − 2, 0801 cos 0, 20)
ϕ1 = tg √
0, 0707 × 2 × ( √32 − 2, 0801 × cos 0, 20) + (0 − 1 × 2, 0801 × sen 0, 20)
0, 1166
ϕ1 = tg−1 ⇒ ϕ1 = −0, 2804 rad
−0, 4050
e
1, 41072 × ( √32 − 2, 0801 cos 0, 20)2
A21 =
1, 41072
h √ i2
0, 0707 × 2 × ( √32 − 2, 0801 × cos 0, 20) + (0 − 1 × 2, 0801 × sen 0, 20)
+
1, 41072
s
0, 11662 + (−0.4050)2
A1 = ⇒ A1 = 0, 2949
1, 41072
−1
1, 99 × ( √32 + 0, 7009 cos 0, 13))
ϕ2 = tg
1, 000 × 2 × ( √32 + 0, 7009 × cos 0, 13) + (0 + 1 × 0, 70091 × sen 0, 13)
5, 6044
ϕ2 = tg−1 ⇒ ϕ2 = 0, 7749 rad
5, 7235
e
1, 992 × ( √32 + 0, 7009 cos 0, 13)2
A22 =
1, 992
h i2
1, 000 × 2 × ( √32 + 0, 7009 × cos 0, 13) + (0 + 1 × 0, 70091 × sen 0, 13)
+
1, 992
s
5, 60442 + 5, 72352
A2 = ⇒ A2 = 4, 0254
1, 992
então
x1 (t) = 0, 0695e−0,1t sen(1, 41t − 0, 2804) + 0, 4903 cos(t − 0, 20)
+ 0, 94888e−0,2t sen(1, 99t − 0, 7749) − 0, 1652 cos(t − 0, 13)
e
x2 (t) = 0, 2085e−0,1t sen(1, 41t − 0, 2804) + 1, 4708 cos(t − 0, 20)
+ 2, 8464e−0,2t sen(1, 99t − 0, 7749) − 0, 4956 cos(t − 0, 13)
Exemplo 1.14
Solução
i. dados
m1 = 9 kg; m2 = 1 kg
k1 = 24 N/m; k2 = 3 N/m
c1 = 2, 4 Ns/m; c2 = 0, 3 Ns/m
m1 ẍ1 (t) = −c1 ẋ1 (t) − c2 (ẋ1 (t) − ẋ2 (t)) − k1 x1 − k2 (x1 − x2 )
m2 ẍ2 (t) = −c2 (ẋ2 (t) − ẋ2 (t)) − k2 (x2 − x1 )
ou
m1 ẍ1 (t) + (c1 + c2 )ẋ1 (t) + (k1 + k2 )x1 (t) − c2 ẋ2 (t) − k2 x2 (t) = 0
m2 ẍ2 (t) + c2 ẋ2 (t) + k2 x2 (t) − c2 ẋ1 (t) − k2 x1 (t) = 0
ou
Sendo
então
0 0 9 0 ẍ1 −9 0 0 0 ẋ1 0
0 1 0
0 0 ẍ2 + 0 −1 0 ẋ2 = 0
9
0 2, 7 −0, 3 ẋ1 0
0 27 −3
x1 0
0 1 −0, 3 0, 3 ẋ2 0 0 −3 3 x2 0
A solução é do tipo
{z(t)} = {Φ}e−γt
com
γ = γr + jγi
v. Autoproblema
Derivando a solução
{ż(t)} = −γ{Φ}e−γt
que é o autoproblema.
vi. Autovalor
Os autovalores γ são determinados através de
|([B] − γ[A]) |= 0
0 0 9 0 −9 0 0 0
0 1 0
[A] =
0 0 ; [B] = 0 −1 0
9 0 2, 7 −0, 3 0 −3
0 27
0 1 −0, 3 0, 3 0 0 −3 3
−9 −9γ 0
0
0 −1 0 −γ
=0
−9γ 0 − 10
27 3
γ − 3
γ 10
0 −γ 3
10
3
γ − 3 3 − 10 γ
logo
que resulta em
γ1 = 0, 2 + j1, 99
γ2 = 0, 2 − j1, 99
γ3 = 0, 1 + j1, 4107
γ4 = 0, 1 − j1, 4107
vii. Autovetor
Para se determinar os autovetores, tem-se:
−0, 2828 −0, 2828
0, 8485 0, 8485
{Φ}1 = ; {Φ} =
− 2 0, 0141 + 0, 1407j
0, 0141 0, 1407j
−0, 0424 + 0, 4221j −0, 0424 − 0, 4221j
0, 2582 0, 2582
0, 7746 0, 7746
{Φ}3 = ; {Φ}3 =
−0, 0129 + 0, 1821j
−0, 0129 − 0, 1821j
−0, 0387 + 0, 5464j −0, 0387 − 0, 5464j
X
n h i
e−γr t C1k {Φ}kr − {Φ}ki cos γik t + C2k {Φ}kr + {Φ}ki sen γik t
k
{x(t)} =
k=1
com
γr1 = 0, 2; γr2 = 0, 1
γi1 = 1, 99; γi2 = 1, 4107
" # " #
0, 0141 −0, 1407
{Φ}1r = {Φ}1i =
−0, 0424 0, 4221
" # " #
−0, 0129 0, 1821
{Φ}2r = {Φ}2i =
−0, 0387 0, 5464
C11 = 3, 2288; C21 = 0, 3970
C12 = 3, 2288; C22 = 0, 3970
Finalmente, tem-se:
x1 (t) = e−0,1t (0, 5 cos 1, 4107t−0, 035 sen 1, 4701t)+e−0,2t (0, 5 cos 1, 99t−0, 050 sen 1, 99t)
x2 (t)
= e−0,1t (1, 5 cos 1, 4701t − 0, 106 sen 1, 4701t) + e−0,2t (−1, 5 cos 1, 99t − 0, 151 sen 1, 99t)
ou