Você está na página 1de 231

Esta publicação tem como princip¿l objetivo apresentâr con<eitos

técnicas relacionadag com a elaboração e ¿ud¡tor¡a do orçârnento d


obrâs públicâs. Trata'se 9em dúvida de um l¡vro sem similar na l¡terâtur
técn¡ca, abordando um ¿ssunto bastante recente no Brasile no mund(

Parte do livro é dedicada à apresentação de ferramentas de anál¡se


de auditor¡¿ de planìlhas orçamentár¡ôt.5ão apresentadas metodok
9iâs para aná¡¡se de preços de umô obra e os diferentes métodos par
se câlcular sobrepreço e superfâÎur¿mento.5ão também àpresent¿d(
métodos pâra se verificar a manutenção do equilíbr¡o econômico-{
nanceiro dos contràtos de construção civ¡l após a celebração de adit
vos, em egpecial o método do balanço e o método do desconto-

Esta obra terá um caráter ¡nédito ao apresentâr os pr¡nc¡pais sistemi


referenciâis de custos da adm¡nistração públ¡ca e suâ utilização na el¡
boração de um orçamento. Com efe¡to, por elpressa disposiçâo leg¡
existente nas últ¡mas Leis de Diretrízes Orçamentárìâs, o gestor públic
ou o projet¡sta que desempenh a função de orçar obr¿s públicas prr
cisâ conhecer bem os sistemas referenc¡a¡s de custos, principalmente
Sistemà Nacional de Pesqu¡sâ de Custos e fndices då construção Ci\,
- Sinap¡, mèntido pela Câixâ Econömica Federal, e o sìstema de Cust(
Rodoviários - Sicro, do DNIT.

Nos primeiros (apítulo5 do l¡vro é feita uma exposição bastante didát


ca de lodo o (onteúdo relac¡onado com a orçamentação de obras e dc
terv¡ços de engenhar¡a. Porém, adota-se um viés voltado para a anális
Ìl e auditoria de orçâmentos. São ãpresentãdos alguns estudos de câsos
!, exercíc¡os resolvidos pâra o ¡eitor Ao longo de toda a exposição do (o¡
I teúdo, será apresentada jur¡sprudênc¡ô do Tr¡bunãl de Contas da Uniã
com entendimentos técôi(os e legais sobre os temas rel¿c¡onâdos cor
o orçâmento e auditor¡ã de obras.

Considerâ-se que a presente publi(ação sejâ de interesse para os gest(


res que planejam e executam obrâs públ¡car e, tâmbém, para os serv
dores que trabalham em órgãos de controle da Administração p¡:¡blic¡
âùditândo licitações e contratos de obras públicâs.
O livro é focado na auditor¡a do orçamento de obras públicas. Todavii
i os conce¡tos e técnicas âpresentados são plenamente válidos para a ar
ditoria de orçamentos de obras privðdas. Nerse aspecto, é important
,l
ressâltar que o mercado de auditoria independeñte de obras a¡ndã
¡ncipiente, mas ven se tornando cada vez l¡ais importante no Brasil
',1
ij
no mundo, exigindo que os engenhei¡os da área dominem técnicas d
I ¿nálise de orçamentos.

4.... 5.
D¿dos lnternac¡ona¡s de Câtalogação nã publicação (Clp)

(Cãmara Bras¡leira do Livro, SB Bras¡l)

8aeta, André pachioni


Orçamento e controle de preços de obras
públicâs/André Pach¡on¡ Baetâ. - -
São Paulo I Pini, 2012.

Biblioqraf¡¿
rsBN 978-85-7266-2s7-4

L Engenha¡ia 2. Obrâs públ¡ca, _ Controle de


preços 3. Obrâs públicas, Orçamento t. Título.

12-04688 cDD"62o

Indices para catálogo sistemático:


l. Orçamenlo e controle de preços : Obras
Públicas : Engenhâriè 620

Orçamento e controle de preços de obras públicas


@Copyrìght Edjror¿ PlNf Lrda.

Todos or direitos de reprodução reservêdor petâ Editor¿ plNt Ltda

Coordenação de Manuèis Técnicos: Josiani Souza


Projeto gráf¡co e capa: Granun Design
Þedico esse livro à memória de minha mãe, Roseli,
Revisão: Ricardo Sanovick Shimada
Ao meu pai, Márcio, exemplo parô que eu me tornaste um homem íntegro,
i
Editorê PlNl Lrda. À minhã esposa, Cléa, por me âfiare me aturar,
Rua Anhaia, 964 - CEp 0fi30,900 5ão paulo, Sp
- Aos meus f¡lhos, Artur e Vítor, pelo amor e compênhe¡r¡smo.
lel.i11 2173-2328 - Fêr<t 11 2173-2327
wv,ýw.p¡n¡web.com - manuais@pini.com.br

1'ed¡ção: junho/2012
l
André Baeta
dezembro de 2011 que re(ebide
Foi nas ùltimassemanàs de
'-î.'i"i" ¿" o¡,4 que ora é l¿nçada no merc¿do editorial
E' à me-
'.rruo de que tinha
u"' m"i' ,ne convencia
:,i:';:"ffi;;ä:;p-ituto' 'aau
]inã iä'.t. .-t um inesperado presente de Nat¿l
"t novo,milènio' o controle das obras
oesde os primeiros meses deste
vulto inédito na hietóriã do Brâsil Diversos órgão5'
Ioüi.",
:;;t;;;;;;"rru-iu ¿;ntàs da união (rcu)' a controrâdor¡a Gerôl da
crìaram
e tribunà¡s de contas e5taduais'
i,i;""ì.;;;;;.ì;';;ederal ântes praticâmente inexisten-
de obras'
Ï,räJiï"- tocalizaçåo
" ."meÁto loi criado o ìnstituto Brasileiro de Audi
:::.i:;;;;;:;" para que as deficièncias'
ì"r'"ä"ã0r", too,'.s (lbr¿op) Não 1àrdou
do' e'p'eendimentos púbìi(os
:: ;:;;r;;;; ;;"suìo' de.e'u"o'
públìca e da ìmprensa'
li'läir"., .¡"rn"n¿t ¿ àten(ão da opiniáo es(ándàlo
:J;ä: il;;;;;os ântes pelo trittemente conhecido
o" ,urut Trabalhist¿ de 5ão Paulo o TRT/SP
ä"ät,*J.
problemðs de sobrepreço e superfa-
Exsurqiràm, então' os re(orrentes Publicã' (u¡a
,".".'"nî'ii*tiriu¿ts nos conrrâtos dâ Administraçäo
¿¡ficuldade: a carência de
:i:ïä";"*;:;l uma incontorn¿""t
parð o cnfrentamenlo das questöes
uma literatura técnica su+iclente
públicat'
âtinentes ao orçamento dà5 obras
como artigos e manua¡s' e m€smo
Timìdamente, publicaçöel té(nicas poucore ruz
:ì:lüil,;;J;t;;m à ser pubricðdos' Iançando um
quase ignorâda' até mesmo no mero
..ä"""i" ã'*0,'"" até então
acadêmico.
publicaçáo de orçamento
Éççe oroces5o evolutivo vem culminàr com a
em afirmar
:':'"ää";;;;;;e òbr¿s Públic¿s Não teñho receio
e rundamentada já l
m¿ie complet¿' consistente
Ë;;;;;;;;; dos orçamentos dâs obràs
públicas
å-n_çJu no e,",it no t"mpo
passos para a elaboração d€
-u-a conteúdo
Seu não se lim¡tâ a informar os
como seråo obtidos os dâdos lundamen_
orç"rn"n,o, ,"ln
""larecer encontramos nas pu-
..,. .,.. ..u" aotoo'i(åo' como ordìnariàmente
;ïiä;;*-;J- ;å ,n""u¿o Ao (ontrário' toma o or(amentistade uma
::;;;;;.;"' cadâ etãpa da construçåo do preço
"m o l"ito' encontrârá a ¡ndic¿-
ä;:. tîå; ;".*n" "u¿t¡o '"rnpre encontrado'
para superação do obttácuto
iäìo.".i"r'" " p""<,rrer a

..7.

6...
BDI (Bonifi-
Mas este l¡vro ainda nos traz mâis. Taxas complementares usadat na orçamentação ' como o
(âção e Despesàs ìndirelas) e o5 encârgos sociaìs - não são apenâs apre5entadas vagamente como "mé- s u m an o
dia observada no mercado", forma usualmente en(ontlada. Elâ5 são dissecâdas, têm a sua composiçåo
ânalft¡ca demonstrâda com sólida fu ndâ mentação técn i(ô êiurisprudenc¡al.Ascomposìçõesdecusto não
se limitam à sua forma ma¡5 comum, aos serviços mai5 simples e corr¡queiros Evoluem
parâ a produçâo
horária de equ¡pes e custos de equipamentos. Parcetas como administração local da obra, mobilizêção e
desmobilização e manutenção do cante¡ro não são apreseñlâdãs como percentua¡s genér¡cos do empre_
end¡mento. 5ão detalhad¿s e exemplificadas E o ensino da orçãmentâção não se lim¡ta às obras propria-
mente ditas, Vai além, al<ançando também os contratos de engenhar¡a consultiva.
lá não bastasse esta publ¡cação 5e const¡tuir num completo guia para os profissÌonais que elaboram fl Apresentâção ...... 5
orçamentos, geus últimos capítulos foram ded¡cados ê uma matéf¡a nova, de relevânciã crescente num
Brasil que reenconttou o câminho do desenvolvimento e prec¡sa recriar a suâ Ìnfraestfuturâ: a auditor¡a
de orçamentos de obras públ¡cas. Ê Prefác¡o 7

Neles, o fiscâl de obras públicas e o profiss¡onal do Controle lnterno ou Externo encontrârão toda a
orientação necersáriâ à ànál¡se critica das plan¡lhal orçamentár¡âs, ¡ncluindo a adequada forma de se g sumár¡o 9
util¡zarem or preços referenciais lega¡s e a descrição dos art¡fícios utilizados parâ se provocar o superfa- |
turamento dâs construçõe5.
Uma publ¡câção tão robusta e consislente não poderia ser da lavra de alguém que não t¡vesse sól¡da ! lntrodução..,.............. 17

experÌênc¡a num campo ainda tâo carente de doutrina técnic¿ E André 8ãeta parece não ter perd¡do
nenhum minuto dot seus quase dez ânos de trabalho diár¡o como àud¡tor de obras do lcu, not quais 2l
E¡ Capítulo I- Conce¡to e Propr¡edades do Orçamento de Obrâs'...... ....
enfrentou desatios lais qual a avaliâção dos preços das obrôs da usina nuclear Angra ill e do estádio do
1.1 Engenharia de cûstos e suas Apl¡(açöe5'..' 22

Atualmente titulâr da divisão responsável pelo desenvolv¡mento de nofmas. métodos e procedimentos 1.2 conce¡to e Propriedades do orçamento de obras .. ..... ... ....... 22
de auditor¡a de ob.as públicas, no âmbito da 1'Secret¿ria de Fiscâlìzâção de Obrâs do TcU, BÂet¿ traz a 1.2.1 Espec¡fic¡dade....,
públíco mu¡to do que ãprendeu em 5ua trajetória profissional, marcãdâ pelo d¡nam¡smo e pela inqu¡e'
1.2-2 Temporâl¡dade.... 24
tude dôqueles que nâo se conformâm em ver os recursos de investimentos públicos serem maìvers¿dos,
já labo- 1.2.3 Aprox¡mação....... 24
o Brasil f¡nalmente é presenteado com um l¡vro que, âlém de iluminar o c¿m¡nho daqueles que
ram ñas áreas de elaboração e aud¡toria dos orçamentos de obras, não deixará de5âmparados os novos 1.2.4 V¡n(ulação ao lnstrumento Contratual..
prof¡ss¡onair que ingressam em 1ão árduo campo de atuação.
1.3. Responsâb¡lidadeTécn¡ca do Orçament¡stâ 27

1.4 CUB ,,.,,........ 29

1.5 Exercicios Resolvidos 35


André Luiz Mendes
Secretário de Fiscalização de Obras do TCU
E Capítulo 2 - Prec¡såo do orçâmento de Obras ''...... .. -. ..................... ..'. .-'- ..41

2.1 Orçamento e Estimât¡vâs de Custo ........... .,42

..44

2.3 orçamento Detalhado...........-............-.-.-. ..46

2.4 Pre(¡são de um orçarnento de obra Públ¡ca. '..... . .. . . ...... ......... .,47

2,5 Estudo de caso Anál¡se5 Expeditas.. ..-.. .-54


-

& .........9.
6.5.1 Cooperâtivas de Trabalho e Contratos de Trabalho com Prazos Determinêdos 177

6.5.2 Adicionãis de Peri(ulosidade e lnsalubr¡dede. ..... .. .........'...... .. 174

6.5.3 Hora5 Extras, Ad¡cional Noturno e Obras Executadas em Vár¡oslurnos . . .. . 179

6-5.4 Contratação de Pessoas Jurid¡cas-.... ..- 181

6,5.5 EnGrgos Ad¡ciona¡' sobre a Mão de Obra . . .'..... -.-.-.-.-...-. 1AZ

6.6 Exercício Resolv¡do 185

3.6 Estudo de Caso... 92

ø Capítulo 7 - Materiais de Consttução, Mob¡l¡zação e Desmob¡l¡zação, lmplantação

I Capítulo 4 - Análise dos Quantitat¡vo5 de Serviços.... ... . .. ... ........ ... '...... ...'...''.."-..-....... .........105
4.1 Levantamento dê Quãntitat¡vos de Serv¡ço5............... ......... ..... ...,....,..,.,..,,.., 106

4.2 Cr¡tér¡os de Medição e Pagâmento ........,.., ,.,..109

4.3 Exemplos de Cr¡tér¡os de Medição e Pâgamento Utílizados ..., . ......... 111 ?.1.2 Preços un¡tá.¡os dos Mater¡a¡s.....................

4.4 A lnfiuênc¡a do Crítér¡o de Medição nal compos¡ções de custo Un¡tá¡io ..-..........'.. 1'12 7.1.3 Produt¡vidãdê Variável parâ Materia¡s. .

4,5 ldent¡licação de Outras lrregular¡dades a Part¡rdas Análises de Quantìtat¡voJ. ..... 115 7.2 Mobilização e De5mobil¡zãção............ .... ..

4.6 Análise dos Quant¡tat¡vo5 de Serv¡ço5 de Teraplânagem .... .. ........... 115 7.3 lnstâlação do Canteiro dê obrãs.... . .. .... ........... ..

4.7 Exercíc¡o Resolvido 7.4 Adñ¡n¡stração [oaal e Manutenção/operação do canteìro de obrâs ..

7.5 Auditoria dos Custos com AdmÌnìstração Local...... " .. .. ......-..... .. ....,.

! Capítulo Relação entre Orçâmento e Plane¡amento de Obras... 129 7.5.1 5ãlários da Mão de Obra lnd¡retâ... .. .....
5 -
5.1 Conversão de Composiçôes de Custos Un¡tár¡os em Composições de 7.5.2 Al¡menta(ão dos Empre94do5......''.... .. . .

Custos com P¡odução Horár¡â......... . . .. . 130 7.5.3 Transporte dos Empregados.. .......................
5.2 A lmportánc¡a das Composições de Custo Unitár¡o para o Planejamento da Obra...-....'.'. 135 7.5.4 Custo Com Veículos Leves e Outras viaturas
5.3 O lmpacto do Prazo de Exeaução no custo da Obra. .. ... . ... .....'... 141
7.5.5 Equ¡pamentos de Proteção lnd¡vidual e coletiva. .,.....'.......... . .
5.4Exercíc¡o Resolv¡do 143
7.5.6 Ferramentas Mânua¡s..,.

E Capítulo 6- Mão de Obrã e Encargos Soclars ....... 147 g Câpítulo I - Custo Horár¡o dos Equ¡pâmentos.....'..-.... . . . .....

6.1 sâlár¡os 148


8.1 ConE¡derações Gerais,.....
6.2 Fontes Referenc¡a¡s pâra obtenção de salár¡os ., ,.. ... .. 151
8.2 Custos operãt¡vos e lmprodut¡vos........ . . ..
6.3 Produt¡v¡dade da Mão de obra ,,....,...... 152
8.3 Produção das Equ¡pe5 Mecânicas e Rend¡mento dos Equ¡Pamentos
6,3.'l causag para a Diminuição da Produt¡v¡dade da Mão de obra ls3 8.4 Detalhamento dos Custos Operativos e lmprodut¡vos... . .. ...........

6,3.2 Estimât¡va da Produt¡vidade da Mão de Obrâ no Orçamento de obras t5s 8.4.1 Depreciaçáo...,,..,.......
r58
158 .-
8.4.3 Seguros e 1mpostos.......,................,--.--.
6,4.2 Mão de Obra Mensâl¡sta......,,.,.......-....... 8,4.4 Custos de Manutenção...............,.,.,.............. ..

6,5 Tópicos Especiå¡s sobre Encargor soc¡â¡s.... 177

u
'11.3,3 Preço de Serviços semelhante5.... 288
8.4.6 Detalhamento dos Custos lmprodutivos. ..-225

...226 11,3.4 Contratos por Adminìstração.. .. . aaa


8.5 A Escolhâ entre locação e Aqu¡sição de Équ¡pamentos..,,.,,-...,.

8.6 Exerc¡c¡o Resolvido ..,228


..-230 E Capftulo 12 - curvâ ABC de Serv¡ços e Curvâ ABC dê lnsumos...'. ...'. 291
8.7 Estudo de cãso..,...
12,1 Aspectos a serem Observados na Aud¡toria dos Orçamentos de Obras. .. . .. ...". ..... 292

12.2 D¡ferença entre Sobrepreço e Superfaturamento ......... .. .....'...... 292


ICåpítulo9-BDl...
9.1 Exigèn(¡â de Detalhamento do 8D1.......,.,,...
12.3.1 Rote¡ro Passo a Pa55o pârã Elaborãr uma Curva ABc de Servi(os 296
9.2 Pa¡celas que Compõem o BDI ,..................,...
12.1.2 Seleção e Tamanho da Amostra ... ......... 296
9.2.1 Despesâs F¡nanceiras..,.,..,.,,............. ,....,....,.-.,....................241
12.3,3 Seleção dos Curtos Referenc¡âis....... .. . 297
9,2,2 Admin¡strãção Centrà1..............,.,,....
12.3.4 Ajustes rias Composíçõe5 Referenc¡ais de Preços.....'... . .'. '.. '... 294
9.2.3 1mpostos..............
12.3.5 Data-base dos Custos Parad¡gma5 ....... 299
9.2.4 Seguros e Garant¡a.....,.....................

9,2.5 R¡scos (¡n(ertezas e cont¡ngências).


12.3.6 Obtenção de um BDI Parad¡9ma. . .. ..... 799

12.3.7 O que Fazer quando não são En(ontrados Preços Referenciais


9.2.6 lucro.,.....,.................-..........
pãra Alguns Seru¡ços?. ....300
9,3 Fórmula de cálculo do 8D1...............
12.3.8 Extrapolação dq Percentual de Sobrepreço Ver¡ficado na Curva ABc?...... ... .,..101
9.4 BDI D¡ferênciado påra Aqu¡s¡ção de Equ¡pamentos.
12-4 Curvâ ABC de lnsuños.....,.
9.5 Obtenção de um BDI Parad¡9ma,...,. .-_,..--..257

E Capítulo 10 - Rote¡ro para Elaborâção de um Orçamento ........ .....263


13.1 Detin¡ção do Jogo de Plan¡lha
10.1 Rote¡ro parâ Elaboração de um Orçamento ...,............. ,,...264
13.2 Pressupostos para Ocorrência do Jogo de Planilha...'......'. . ... . ... ...308
10.2 Formas de Racional¡zar a Elaboração do Orçamento... .-...264
13.3 Apuração do logo de P¡4ni1h4....... .......... ...310

13.3-1 Determinãção do Ponto de Equilíbr¡o Êco nôm ¡co'F¡n an(eiro . ...........'..... .,.. ..... _310
q Capítulo 1l - O¡(ahento de contratos de Engenhar¡a Consult¡va 271
13.3.2 Análise de serv¡(os que não são Mâter¡almente Relevantes . .--. .--..... . . ......'310
11.1 Percentuâl sobre o Valor da Obra 272
13.3.3 Orçamento Correto a serTomado como Paradigma .............'. ... . .- ..311
11.2 L¡stagem de At¡vidades e Determ¡nação das Quânt¡dade' de Horas-Témica5 Aplicâdâs 274
13.3.4 Jogo de Plan¡lha F¡ãudulento e alteraçóeJ de Proieto Tecnicâmente Justificáve¡s - 312
11 2-1 Custo Direto de Salár¡os.. 277
,.........,.....315
".. ............'
13.:1.5 lnclusão de Novos Serv¡ços.
11 2.2 Ëncargos 9ocia¡s (K1)....... 279
13.3.6 Comparação com Propostas dal Demais L¡citantes. ........ ..- -.--..... . -.... ., " "315
11 2.3 Admin¡5tração Central ou "Overhêad" (K2) ... 280

11 2.4 Lucro Bruto (K3).........,..... 284

11 2.5 lmpostos (K4)...............,... 244

1 1.2.5 Dema¡s Despesâs D¡retas (DD)............................... 285


'13.7 Como Evitar o logo de Plan¡lha?. ... .....'. ,..321
11.3 Outrâs Forñag de Orçâr Serv¡ços de Engenhar¡ã Conault¡va 247
13-8 Exercíc¡o ReJo1vido...,......................--.--.-.-.
...323
11.3.1 Contagem de Documentos â sÊrem Produzidos........ 247

11.3.2 lmportân<¡a do Serv¡ço no Empreendimento..........,. 248

:13
..12..-.-
,,...371
Sinapi ..,327 15.2.5 Relatór¡os do sicro-2 " "" " ""'
I Capítulo 14 - Apresentação dos Pr¡nc¡pa¡s Sistemås Referenc¡ais de Preços e do "'
Transporte ,.,,.371
f5.3 Obtenção de Preços de Escavação, Carga e
14,1 Pr¡nc¡pa¡s S¡stemas Referenc¡a¡s de Preços .. '.....-. - _ - -_ --' .....314
5,4 Transporte Lo(al X Tra nsporte Comerci¿l '
Mant¡dot Por Órgãos/Ent¡dades da Adm¡n¡stração Públicã Federal" ...328
1
14.1.1 sistemas ......376
_" ,..329 15.5 O BDI do S¡cro.....'
14.1.2 S¡stemâs Referenc¡a¡s Mant¡dos por Órgãos Estaduais ou Muni<¡pãiç "' ....,,377
15.6 Problema5 e Lim¡tações do s¡cro " " '
14.1.3 S¡stemes de Referênc¡a de Preços das Companh¡as/Departamentos ......377
.... _ " 330 15.6.1 Custo dê Aqu¡s¡ção e Valor Res¡dual dos Equ¡pamentog"" " '
Egtaduâ¡s de Habitâção e Urban¡zação.... . " ''"
........378
14.1.4 Sistemas de Referência de Preços dag Companhias Estaduais de Sâneamento ' 330 15.6.2 chuva'. .

Rodagem 33l 15,6,3 Preços do S¡cro x Preços efetivamente contratados


pelo DNIT'' " ' ........379
14.1.5 S¡stemas Referen(¡a¡s dos Depârtamentos Estaduãis de Estrada5 de
adotados pelo S¡cro-2 " ,..380
14.1,6 S¡stemas Mantidos por Entidades Privadas .' 15.6.4 Sùperestimat¡va dos custos com mão de obra

14.1.7 Outras Fontes de Referênc¡a de Preços ,........ 15.7 Ëxercíc¡os Resolv¡dos ..

14.2 H¡stórico do sinap¡


.,,,.......347
14,3 Como o SinapiFunciona? I câpítr¡lo 16 - Tóp¡cos Espe(¡a¡5 sobre Preços Referenc¡ais' " " " '
pelo Contrâtado ' ..-........388
14.4 T¡po5 de Relatório' Gerados pelo S¡naPi...... 16.1 Utilização dos Custos Efetivâmente lncorr¡dos
393
14.5 Versöes do S¡naP¡... .. . ..... 16.2 Ut¡l¡zàção de Cotações de Preços

16.3 Util¡zação da Méd¡a de Preços Ofertados


pela5 Lic¡tantet Hâbilitadas -- -' ..,,,.......396
14-6 Gêração de Relatór¡os 5¡nâp¡ Pas5o a Pâs
obras Semelhantes .,..........398
14.7 Problemat e Lim¡ta(ðes do 5¡napi...... ....... 16.4 Preços Obtidos em Edita¡s ou Contratos de '

14.7.1 D¡vergênc¡a entre os Custos Reais e os Constantes do Sinap¡"


" " " '342 " ""
por Preços Excess¡vos e por Jogo de Plan¡lhâ ....,.401
14,7.2 Abrangêrcia L¡m¡tada. """ " "'344 E Capítulo17 - cát(ulo do Supeffaturamento
,.402
14.7.3 Ausência de um Caderno de Encargos Assoc¡âdo ao Sinap¡" - " """ " 344 17.1 Métodos de cálculo do sobrepreço "
407
14-7.4 lnterface com Pouaos Recursos e Funções. ..... """ """'"'345 17,2 Apl¡(ação dos Métodos de cálculo do Sobrepreço - -- - "-' " '
de Preços " ' ............411
't4,7.5 obras Executadas em Áreas Rurâis ou Afastadas dos Grandes centros Urbanos 345 17.3 Part¡<ularidades na Apuralão do Superfaturamento
,.,.....,,..411
14.7 -6 Pouca Transparên(¡a na Estimativa do Custo Horár¡o dos Equ¡Pãrnentos .' 345 17.3.1 Extrapolação do BDI Parâdigma para os Serv¡çoi
não Aval¡ados'
..........,,412
14.8 Exercic¡o Resolv¡do .........................-,............,,..,....346 17.3.2 Datê-Base dos Preços Paradigmas

14-9 Elaboração de um Orçãmento Ut¡lízando o S¡napi ... -_ -__-_--- " " """'353
--_- -
14.9.1 Pr¡meiro Método- Comparação do Orçamento com o S¡nap¡ "- "" " "354 ! Capítulo 18 ' Outros T¡pos de Superfaturamento " " """ " .' " " " " 415
14,9.2 Segundo Método - Ela boração do O.çamento com o Própr¡o S¡nâp¡ " "363 18.1 Cálculo do SuPe¡'faturam€nto de Quant¡dade " " " "" ' ,.....,....418

18.2 Cálculo do superfaturamento de Quâl¡dade ''--_----_--_- "" "" "-" "420


g " "" " "'_--' ,,............367 18.2.1 Alteração de serv¡ço... .- "-__ ---- """"""" " 42O
CAPÍTULo '15
- s¡stema de custos Rodov¡ár¡o5 .
.....-........,...... 421
15.1 H¡stór¡co do S¡cro.
......,,....,.,,.....368 18.2.2 Custo de Reparo dos Serviços Defeituoso5 " "---- -
ÚÎil .422
15.2 Como o 5¡<ro Funa¡ona? .......-...-. -- - - ....,..........-'...369 18,2.3 Perda Econôm¡ca Deaorrente dâ Redução da Vida
da Menor Qualidade' .422
15.2.1 Custo de Aquisição do5 Equìpâmentos
.....,,..........369 18.2,4 Valor Presente Líquido da Perdâ de Rece¡ta Decorrente
da Metodolog¡a Execut¡va _" " " .422
15.2.2 Custo horário produtivo e improdut¡vo do5 €qu¡pamentos " ................,...370 18,3 Supertaturômento Decorrcnte de Alteração
_- ___ -_ - -423
15.2.3 Cuito dos Mâter¡a¡e.'.. -.,......,.......,.,370 18.4 Supelâturamento por Reajustes lrreguÌaret "" -_
.425
._...-...........,-.370 18.5 Superfaturâmento por Adiantamento
de Pagamentos '
15.2.4 Custo da Mão de Obra.

.15
14
18.6 Superfaturamento por DistorÉo do Cronograma Físico-F¡na nce¡ro ...... .. .". ,..,.........-....-427
't8.7 superfôturamento Devido à Prorrogação lnjust¡f¡(ada do Prazo Contratual. .........,..,...,.,431 lntrodução
18,8 Calculo do SupeÍfaturamento Tota1................. .................. 431

¡Cap¡tulo19-Rote¡rodeQuant¡f¡caçãodeSupedatu¡amento...--.................................................433
Em atendimento às disposições cont¡das nas Últimâs Leit de
Diretrizet Or_
19.1 Roteiro de Quant¡f¡cação do Superfâturamento............,..,,.,,,...,,...,...,,..,.....,..................... .434
çamentárias anuais, o Tribunaì
de contas da un¡ão realiza anualmente o
19.2 D¡v¡são do Superfãturamento ao Longo da Execução ContÌatua|........ ..... ........ .-.. .......435 i¡scobras, denominação de um extenlo progrâmâ de auditor¡as de obras
19.2,1 D¡stt¡b(l¡Éo com Base nos Quântitativos Med¡do5 em cada Boletim de Medição .436 públì(¿5 executadas com re(ursos feder¿il

o grande qìrant¡tativo de fiscalizações de obras realiz¿das pelo Tcu ¡€-


19.2.2 D¡stribu¡ção do Superfatu¡amento com Base em Fator Constante de Sobrepreço..438
prÃenta uma importante fonte de dados sobre ot Pr¡n(¡pa¡s problemas
19.2,3 Distr¡bu¡ção do Supedaturamento por Estimât¡va.............,. .........-.....440
existentes no planejamento, lic¡tação, contratação e execução de obras
públicôs no país. Atâbela a segu¡r apresenta a consol¡dâção das pr¡ncipa¡s
pelo TCU no âm-
irregr.rlaridades encontradal nas f¡scal¡zaçôes re¿lizadas
¡ Listâ de Fiquras... 443
bito do Fiscobraÿ2011

fabelâ 1- Pr¡ncipa¡s kregulal¡d¿det constãtadas


I L¡sta de Tabelas..,.,,,..,,,.,,,.,.,..., 445
petoTCU na F¡scal¡zação de obrâs

¡ Referênciar Bibliográt¡cas .-...451

ffi ffi ':..,: . ,,


ffi,É
ffi
ffis
ffi
ffi¡ñ#Êw ffis
ãþffiiffiw
i
.
princìpais
Ver¡fica-se que o sobrepreço e superfaturamento são duas dâs
¡regularìdades observadas em nossas obrat públicâs, encontradâs em
màis da metâde das 231 obras fiscalizadas em 20l l

Entrea5 principais cautas da ocorrência de sobrepreço ou


de superfaturâ_
mento, podem-se elencar os seguintes fatores:
.preços orçâdos e/ou contratados injust¡ficôdamenle acima
dos existentet em sistemas referencia¡s de preçot (5inapi, si-
cro etc.);
.percenlualde lucros ¡ndiretas- LDlexcess¡vo ou apre-
e despesas
sentando dupli€idade com outros serviços constantes da planilha
orçamentár¡a da obrâ;
.l'.aôenlocConroledePreços¡JcObrasPúblic¡s
I

tementeassintóticoquandoonúmerodel¡c¡tantesaumentaprogressivamente'demonstrandoqUenão
quando a con<orrênciã aumenta
.pagamento de serviçot não fealizados; I
nì i""ài".i, o" oferrarem preços inexequíveis
i
"r.."strutoras
.jogo de planìlha. pÊRElRAr(hegouãumresultadoânálogoemumettudocontemplandolo35obrasPúblicas'detipolo_
a seqìrir'
como o poten<ial de dano destas ir¡e- ;;";r.iä;;;;;ilare5 o resultâdo obtido encontrâ-se sintetiz¿do no 9ráfico
A frequente constataçáo do sobrepreço/superfaturamento, bem ì
patrimônio público, a necessidade de o gestor público' encarregado da elâ-
nri"rii"¿", ao iustifiiam
de custos Tål habilidade
I
emlunçáo do número de con(orrentes
da engenharia t¡gura 2 ' lndice Preço ctlsto do Contrato
-
Éoraçao ao, ori"."ntos, conhecer profundamente a ciênci¿ I
do fCE PE'
de analitar licitaçöes e contratos de obras ptlblicas em licitações- estudo
também deve ser inerente âo auditor ¡ncumb¡do
i

Pode.se afirmôrque a m¿¡orparte das fraudes detectãdê5 em procedimentos licitêtórios ou na execução


dos contratos dest¡na-se a obteralgum tipo devântagem
financeira indevidâ na execução dâ obra Dessa 1.25
obra acaba por conduzìr o auditor 't,.0
ãrma, a ocorrência de alguma modalidade de superfaturâmento na
de obra a constatar ¡rregularidades nos procedìmentos ìicitatórios e na obrâ' l.lg
em rel¿ção ao orçâmento base da lic¡ta(ão quando
l.lo
Estudos demonstram haver descontos significativos l.0s
pâra a real concor-
há grande quantidade deconcorrentes A quântidade elevada de l¡citantet s¡naliza
maisampla 1,00
r.¿ìii",. quåi¿ *" ¿""sperar, em face dea possibilidade de acordos ser tanto menorquanto
0.06
priiaipåcaå Por exemplo. ârtigo de LIMAr apresenta um estudo contemplando lic¡ta(ões de obras
"roioviárias realízadas pelo DNtr, cuio fesultado encontra-se sintetizado
no gráfico a seguir: ,¡ ú.Êo
E ô"Ës
(oncorrentes €m l¡c¡ta(óes do DNll 0.90
fìgurâ 1 - fnd¡ce Preço Cutto do Contrato em funçáo do número de
0.75
oJo MÊ¿n+1.06"5E
0.85 = Mo¡n.1.58"SË
0.o0 Ë Mê¿n+sÊ
!Ýleån'8E
0.65
r 3 67 ø11 131416lôl7{6 â2t2A26272Ð3t33
2Ôt224æ ú32
1

24d a lo 12
NfrMÉRo DE PARllclPAltrEs ct-AsslFlcADÓ3
â alqum tipo
determinado contrato geralmente é assoc¡âdo
a Ante o exposto, o sobrepreço orig¡nal em poJ" editalfcia restr¡tiva' alqum indí_
das licrtani's t"'ulgtfnu ¿¿utulâ
E de restrição à ampla competiçåo de licitântes
ou a descìassificação/inâbilitâção ind€vida
t"ttat"
T cio de conluio entre os p",titlpant"' Oo
é também importante ver¡fi(ar em que
T ä;ä;;;;;;i,l¡t-uc!o ¡"i,n, n"
"n¿ti'"
¿e um orçamento'
da obra audit¿dâ'
i¡r.rnst¿n.ius o.o,r"u o procedimento de contràtação
de fodos os âgentes envolvidos no
planejamento li(¡tação' exe-
Outro aspecto merece atenção especial a pârtir de projetos
(ução e {iscalizaçào de ob'"', poit fn''tu' Jr"'
ptltrliias sao Iicita¿as e contrâtadas
a execução de
entre todos os problemas que assolâm
básicos deficienter_ Talu"a, ,"1" o fnuii 9ái
"*"
obras públicas no País.
detalhado da obra'
elencados pelâ Le¡ 8 666/93' o orçamento
Denfe ot componenles do projeto bás¡co qre o proieto' é a peça d€
pt"ntur, r"rnori"it compò.em
etaborado a partir de toar. u, "rp".ìii."çã", " quantitativor e linancêiros'
;J",,ìi;; :;;n.t,l,o do pro¡eto' trad'zlnao-; em termos
que 05 geÍores públi(os e âs con5trutoras nào
tèm dâdo a devìdâ impor
Nesse aspecto, considera_se pol. urn t"¿o' Administrâ(ão Públicâ necessit¡
No gráfico, o IPCC é o íôdice preço-custo do contrato'
dado pela râzão entre o preço vencedor do proces- o'curn"nto.-i"illf'l¿o
ráncia para a elaborâç¡o ¿" " la e exi'ten
,o tiltutArio o pr"ço orçâdo pela administração Obsêrvâ_se hâver descontos 5ìgnificativos em reìação " o" fecursos orçamentários par¿ exêcutá uma obr¡
conhe(er o custo estimado dè obra, oo,r'or"i'* licita
" s¡naliza ter hav¡do real concorrência no - i"rnlnit l*vitåvel quandô se
uo o.ç"."*o oår" qr"nio há mâis de oito licitântes' o
que
óbices legais ao aditam"nto in¿i"'iflì¡nuii¿itå*|."itì I
congtrutoras levou o preço contratâdo da obra pàrâ parâmetros p'"ta'io o'tãt-u_aol"' n"t"ssitam estudar minuciogamente
certame. A verdâdeira disputa entre as
â partir de um proieto eo'
"rnpt"it"ltt
que o desconto obt¡do mostrã um comportamento aparen-
de mercado, É importante também constalar
2001
Conta! dô Enadode PernañbÙ'o'
lLlMÁ:Mafuscðvðkanri.comÞalaçãodecunosfoleleÑia¡,dooNlleLicilaçõesbemsÙc.d¡dã')(lllSlNAoP-5lMPósloNAcloNALDtÀUD'lofilADÊ 2 PEBEIÂAj Gurtavo,Audiloria ds tnqenh¡ria'lnbunalde
oBRAs PÙBLlcat Ponoaleqre (Â5) 2010

10.
Orçamento e Conlrole de Preços de Obrãs Públi.âs

orçamento dâ obrã para elâborar â proposta de preços, (onsidera ndo todos os (omponentes de custo da
obra, Também deveriam ut¡lizar o orçamento como ferramenta pârâ gestão e controle dos seus custos
durânte a execução da obrâ.
Conforme será visto neste texto. só exìste cond¡ção de se montar urn orçâmento detalhado e fidedigno
se o projeto contiver um grau de desenvolv¡mento e detalhamento suficiente para a completa e5timâti
va de custo d¿ obra, Contudo, (ontrar¡ando a lei, essa condição é poucas vezes observável nos projetos
básicos ut¡lizêdos nas licitaçóes de obrar públicas.
Conceito e Propriedades
Sem urn projeto básì<o confiável, o orçamento dâ obrâ nada mais é do que umâ peça de ficção. Pârâ
exemp¡if¡car esie típo de situaçâo, reproduzEM-se à seguir alguns trechos do voto condutor do Acórdão
do Orçamento de Obras
:i
TCU n" 1.428/2003 - Plenário, que julgou um caso em que se lic¡tou uma barragem de terra, mas a obra
efelìvâmente executada fo¡ uma barragem de Concreto Compactado è Rolo (CCR): O qüe é Engenharia de Custos e qua¡s suas aplicações?
"(...) não posto concord¿r coñ o raciocín¡o simpl¡tta de que a alteração rcalìzada no projeto Quais as propriedades do orçamento de obras?
inicialmente licìtado rtão ultrcpatsou o [íñíte de 25% e, por isso mesmo, não ex¡st¡u nenhuma
ilegal¡dade. Mu¡to menot posso concotdar.orn osfundamentos aprcsentados pela [...]quando Qua¡s os tipos de orçamento seBundo o 8râu de precisão?
defende que uma barragem de teîra (..,)tem seu método construtivo alterado pêra uma de O que é CUB? Como fazer avaliações expeditas do custo de
"e
concfeto compacl¿tdo a rolo (CCR), não te pode de modo algum afiftnar que houve alteração edificaçôes com este indicador?
do objeto'. Por cefto continuatá sendo uma barîagem, m¿s jamais podeftá ter consideftdo o
ñesmo objeto Iic¡tado.
É oportuno novameîte enfatizar que só existe cond¡ção de se montar
(...) Não se alegue qùe não houve ¿ltercção do prcjeto bás¡co, mas apenat o seu detalhamen-
um orçãmento detalhado e lided¡gno se o projeto contívet um gråu de
to no projeto executivo, poít apesar de teconhecer que este possa fazer algumas cofteções desenvotv¡mento e detalhâmento suf¡(¡ente para a completa est¡mativa
naquelq não pode altet¡áJo de modo â se constituìt objeto completamente d¡st¡nto do ¡nìcÌal- de custo dâ obra. Tal condição é poucâs vezes observável nos projetos
mente licitado. Alterações sign¡ficativas, antes de inÌc¡ada a obra exlge a rcalizaçâo de novo básicos utilizados nas l¡citações de obrâs públìcas. 5em um projeto bá5ico
proced¡mento lìcìtêtórÌo e não att¡natura de teftno aditivo."
confiável, o orçamento da obrã nada mais é do que uma peça de fìcção'
Diante destâ breve introdução, espera'se ter deixado (laro que a ausência de um projeto conf¡ável é a Foivisto na introdução deste livro que, entre as principais irregularidades
mâior lìmítação da engenharia de custos, Não é possível estimâr com precisão o custo de qualquer em- observadas pelos técnicos do Tribunal de Contas da União em auditorias
preendimento sem um projeto ãdequado e, tampouco. é possível àvaliar um orçamento de obr¿s sem
de obras, estão o sobrep¡eço e o superfâturamento.
urn nível de detalhamento âdequado ou baseado em um projeto que será posteriormente alterãdo.
Tais irregularidades estão intimâmente relac¡onadas ao orç¿mento da
Ante o exposto, a pr¡meira parte deste l¡vro, composta pelos onze prime¡ros capítulos, apresentará con- obrâ, justificando que o auditor de obrâs, bem como o gestor público'
ceitos relativos à orç¿mentação de obras, ferramenta indispensável para que o engenheiro encarregado que elabora ou aprova orçamentos de obras, detenham conhecimentot
de orçâr ou de aud¡tar uma ob¡a ãnalise ãdequãdamente todos os seur componentes de custo. O conte-
sobre orçamentâção de obras, uma das pr¡ncipais âtividades da engenhâ'
údo será exempl¡ficado com vários estudos de casos e exercícios resolv¡dos.
ria de custos. Por ¡sso, desde já se apresenta um tópico específ¡co sobre a
A segundâ parte do fivro aprerentará as té(n¡cas de análire de plânilhâs orçamentár¡as e de alteraçôes responsâb¡l¡dade técn¡ca do engenheiro orçamentislâ
de escopo contr¿tual. Afguns capítulos serão dedicados a introduzir os princ¡pais ristemas referencia¡s
Também é de vital importância compreender ¿s propriedades do orça-
de preços dê administração pública, bem como ãpresentarão ferramentas par¿ obtenção de preços que mento e conhecer ès técn¡cas de orçamentãção aplicáveis em cada fase
servirão pâra o gestor ou pâra aud¡tor de obras como pâradigmâ de mercâdo. Tambêm serão expostos
do desenvolvimento de projetos, as5unto que será ãprofundãdo no pró-
os diverros tipos de superfaturamento encontrados em obràs ptlblicas e os métodos par¿ ¿ su¿ apuração.
x¡mo capítulo.

Por fim, apresentam-se neste capítùlo ãlguns conceitos sobre o cljB, Custo
lJnitário Bási(o, umã impodante ferram e nt¿ para o orçamentista ou para
o auditor de obras realizarem anál¡ses expeditâs do custo de ed¡ficações'

20.......

ù.
Cdp'iulo l:( on ¡rloPP'up'icd¡d¡dÔO'\J'n"ñrodorrh'{

equ¡pamentos. Preço é o valor final p¿go âo contrâtado pelo contrâtante, ou seja, é o custo
acrescid<
1,1 Enge nharia de Custos e suas APlicações do lucro e despetas ¡ndiretas
DaíadvémoÙtrade{in¡çãodeorçâmento:éaprevisãodecustoslconsiderâdaâlemUneraçãodocons
Segundo losé Marques Ferreìrô vicente, ex-presidente do IBEC - lnstituto Brasileiro de Engenharia de trutor, para a ofertã de Lrm Preço.
Custos, Engenhar¡a de Custos "é o ramo dð engenharia que estuda os métodos de projeção, apropriação quði
Aldo Dórear apregenta a5 segLliñtes caractefístìcas ou propliedèdes de um orçãmeñto de obfas, a5
e controle dos recursos monetáriot necessárìos à lealizâção dos serviços que constituem uma obra ou
serão objeto de comeñtários ad¡cionais not próximos tópicos:
projeto"r.
.EsPecific¡dade
pode também ser def¡nida como uma a ciência voltada para a resolução de problema5 de estimativa de
custos, orçameñìâção, àvaliâção econôm¡ca, planejamento, gerenciamento e controle de empreendi_ .TemPoralidade
mentoS. .AProximação
Tratâ.se, sem dúvida. de atividåde multidisciplinâr envolvendo conhec¡mentos dãs áreas de engenharia Em êdição às propri€dades elencâdas acima, julga-se haver aindâ um
quarto atributo de um orçamentr
(aivil. mecânica, elétrica e química), economia, finançâs e adminìstração
de obra: â vincLrlação ao ìnstrumento contratu¿1.
Ar aplicaçóes típic¿s da Engenhar¡a de custos são:
. anál¡se econômica ou avaliação da rentabilidade de determinado projeto ou empreendi_ 1.2.1 Especificidadg
mento;
. previsâo de custo de obras, investimentos e projetos;
A propr¡edade da etpecif¡c¡dade está relacionada com três d¡ferentes
(onjuntos de condições relacion¿
. planejamento da fase de construção/implânlação; dos (om a obra a ser execulada:
. controle dos custos de execução de emPreendimentos; .espec¡ficações e projetos da obra;

. âvaliação dos custos de manutenção e de operâção de projetos; .condiçóes dâ empresa que executará a obra;

. estabelecimento de estratégias para o desenvo¡vìmento e ¡mplantação dos projetos; .condiçöes locais da obra (<lima, relevo, vegetação, condições do solo' quâlidâde da mão d
obra, faciì¡dade de âcesso a matérìas-primas etc )'
. acompanhâmento dos índices de produtividade na execução e operação de empreend¡mentos;

. mon¡toramento e ðvaliação do processo de gestão de mudârìçês no escopo do empreendi_


característi'ãs de cadâ obr
mento, assim como 05 ¡mPâctos nàs meta5 estâbelecidâs; Determinado 5erviço de engenharia terá seu custo varìando em função dâs
por p¡nturã externa de uma edificação com trê5 andâres é diferente do pr'
Por exemplo, o preço m¿ de
. acompanhâmenlo da realização dos pfincipait mârcos durante as fases de desenvolvimento pois, no primeiro caso, exigiÊse-á o emprego de andaìmes par
ço por m; para pintar uma casa térrea,
e implantèção do5 projetos;
å.*".rçaå ao t"ruiço, e a produtivid¿de obtida provavelmente será ¡nfer¡or' Mesmo no caso de
dui
. análhe de propostas de fornec¡mento de equipamentos ou de contratação de serviços edi{icaçáes térreas mr.rìto semelhantes, o preço do serviço de p¡nturô pode variar cons;deravelmente e
pode ex¡qir o uso de un
função de diferenças entre especifì€ações técnicas Determinada especifi(¿ção
em três demãos, enquanlo outrâ especificação aceita uma qualid
tintå de qualidade super¡or, apli(ada
1,2 Conceito e Propriedades do Orçamento de Obras de intermedìária det¡nta e ex¡ge â aplicação apenas de duas demãos
de tintâ Assìm' o preço unitário (
p¡nturã pode variar consideravelmente entre esses do¡s e¡emplo5
que executará a obra Empresas diferent
LIMMER'zdefine um orçamento como "Â determinação dos gastos necessários para â reâlìzação de um O orçamento t¿mbém está intrinsecamente ligado à empreta
ou desvantagens comparat¡vas Assim' espera_
projeto, de acordo com o p¡ano de execução prev¡amente estabelecìdo, gastos esses traduzidos em ter- têm ;sttuturas de <ustos distintâs, bem como vantagens
tenha, também' dois orçamentos diferenteg' embo
mos quant¡tat¡vos". qu" ,4" o¡r" orçu¿" por duas empresas d¡ferentes
.om vâlores relativâmente próximos
Pode-setambém conceituaro orçamento como a descrição, quanlificâção, anál¡se e va lo râção dos custos
d¡re1os e indiretos para execução dos serviços previStos na obra, os quais, ãcrescidos dâ màrgem de lucro É fácil perceber quË, para executâr umâ obra
na cidâde de São Pôulo' uma construtorã local terá men
do construtor, retultam nâ adequada previsão do preço f¡nâl de um empreendimento. custo com mobilização/desmobitização de equipâmentos do que outrâ conttrutora sediada no Esta(
(aso, que a construtofa paulistâ detém uma vantagem comparati
Denomina-se custo tudo aquilo que onera o construtor; representâ â soma dos ìnsumos necessá¡ios do R¡o Grânde do sul. D¡z-se. ñesse
à constrr.rtora gaúcha Se todos os demaiS componentes do custo de âmbas âs construtor
à reâliza(ão de um serviço, âí compreend¡dos os gastos com mão de obrâ, materia¡s e operação de em relação
poderia cobrar um p¡eço ligeiramente inferior âô da constrÙtc
fossem iàênticos, a construtora pauÌista
qaú(hâ pelo fato de ter menor (usto parâ mobilização/desmobilização
l DlaiPauloRoberoMlel¿tngenh¿ri¡deCoro5,l"ed¡ção.RiodeJanciroiCREARl;lBEC,200l,

P¡ni' 2006
2 Lllì¿MER.CàrlV. Planejamenro, O4añenrtãoe Controlè de P¡oielos e obr¿i RÌo de Janeiroì ùC - liv¡oi lé(nkd e Cienlilìcô, Êditora5A,1997 I MAÍO' Àldo Dóre4, Como PÉParato4àmeniosdeObra! sáo Påulo: Edilorâ

23..
ã;;;;Ti;;;;ii;,;;; " "''-"22" "'" ' '-"
O¡ç¡menro e Conl'olede rre(osde Ob¡¿s Priblic¡s Cdpilulo 1: Conc.i,o ¡ P'Òp',¡d"d! doO'!¿nrentodeO

Ressalta_se, aínda, que cada construtora detém estruturâ e (apacidâde organizacionãl diferenc¡ada na . estimativa do custo horário dos equ¡pâmeñtos, que variam em fuñção de sua vida útil. v¡
administração de re<ursos humanos e técnicos, bem como pode adotar diferentes decisóes estratég¡cas residual, cond¡ções de operação, custos com manutenção etc.;
na escolhâ dos processor executivos dâ obr¿.
. imprevistos (condições cl¡méticas derfavoráveis, danos cêusados por terceiros ou por fe
A especif¡cidâde t¿mbém está relacion¿da com condições locâis da obra. Um único projeto d€ ed¡ficação, menos naturðis, refazimento de serviços por má quãlidade);
se executado em reg¡õer distintas, vaiter ìrm orçamento d¡fereñte para cada locðl¡dade. por exemplo,
a construçâo de um presid¡o em zonà urbana de umâ grahde capitaltem custos bem infer¡ores aos
. estimativã dos cÚttos ind¡retos do construtor
da
sua execução em uma região inóspita. Mesmo dentro da mesma zona urbana, o simples fâto Obviamente, mu¡tos dos exemplos ¿presentados acima fogem do controle do orçament¡sta e, tamb¡
de alterar
â locâl¡zação da obra pode resultâr em soluções construt¡vas d¡ferenles pâra as fundações do construtoi podendo contribu¡r para v¿riâçôes observãdâs entre o custofinale o inicialmente prevì
da edificação.
àlterando o cu5to da obra. de uma obra. Ass¡m, o orçamento nâo tem que ser exato (d¡fic¡lmente se consegue tâûlanha proeza).
entanto, o orçamento necessitâ ser prec¡so.
1,.2.?-Ternporalidade Conforme o grau de precisão, os olçamentos podem ser classificâdos em:
. estimativa de custogj
A propriedade dâ tempora¡id¿de do orçamento mostra que um orçamento real¡zado tempos
atrás não é
. orçamentoprel¡min¿r;
válido pãrâ hoje, bem como aquele orçarìento elâborado hoje pode não corresponderaos
custos quese_ . orçâmento def¡nitivo ou detàlhado.
rão enfrentados pela construtora durante â execução dâ obra. Apesar dè possib¡lidade do reàjust¿men_
to. existem flutuâções de preços dos inrumos, a¡terações tr¡butáriat evorução dos métodos conrtrutivos, Or trêr tipoq de orçamento âpresentàdos acima vão se diferenciar eñ razão dos seguintes elementos
bem (omo diferentes cenários f¡nanceiros e gerencia¡s que r¡mitam no tempo a .
vârid¿de e a prec¡são de etâpa de concepção do empreendimento;
um orçâmento.
. propós¡to ou finalidade da est¡mat¡va ou do orçamento;
Relevante também destacâr que os projetos básicos de a¡guns t¡pos de empreendimeñtos,
obr¿s lineares de grande extensão (rodovias, ferroviar, âdutorâs etc.), têm tendência
notaafamente . . t¡po e qu¿lidade das informaçóes d¡9poníveis;
â fiaar desâtua¡i-
zado em um período relâtivamente (urto. Ë comum o surg¡mento de interferênc¡as
no peacurso da obra . métodos de prepar¿ção e avâliação;
com o decorrer do tempo, orig¡n¿ndo a necessidade de âlterações de traçado,
pactârâo o o¡çâmento da obra,
as quâis cert¿rnêñte im_, . tempo de execução da estimativa ou do orçamento;

Em regra, quônto mais tempo trènscoÍer após a elaboração de determinado orçamento,


. gràu de precisão esperado,
menor será a
sua precisão na e5t¡mêt¡vã do cuslo efetivo da obrâ_ Não se faz um único orçâmento duranle todas as etapas de implâñtação de um empreendimento.
verdade. são fe¡tas váriâs estimativas que vão sendo aprimoradâs e detalhad¿s conforme aument,
grau de def¡n¡ção e de detâlhâmento do projeto. O processo de orçamentêção é um processo iterât¡v
1.2.3 Aprox¡mação
dinâmico, al¡mentândo a escolha das alternativas estudadâs e, poster¡ormente, rendo alimentâdo p€
definições tomadas no decorrer do desenvolvimento dos projetos.
A últìmã propriedade, â âproximação, nos diz que, por basear_se em prevjsóes, todo orçàmento é Mesmo após o iníc¡o de execução da obrâ. sutge a necessidade de a¡teràr o orçamento que ¿cabou
apro-
ximâdo. Além disso, a estimativa de quânt¡tativos de vár¡os serviços contém incertezàs ser e¡aborado. lmprevistos nâ execução da obra, cond¡ções (limáticas âdversas. novas negociações c,
intrÍnsecas, como,
porexemplo, ô medida de volumes de mov¡mentação de terra ou a profundid¿de fornecedores, atrasos e antecipações de cronogrâmas, alterações de escopo dor projetos, enfjm, vá¡
de cravação de ertacâs
pré'moldâd¿s. ocorrências ensejam a revisão e ¿tualizâção dos orçàmentos. Na etapa de execução, o orçamento torr
Aldo Dórea a¡nda apresenta uma série de exemplos em que o orçament¡rta faz âlgum tipo -se a pr¡nc¡pal ferr¿mentâ de controle gerenc¡aldo9 custos,
de prevkão
ou aprox¡mação na elaboração dos orçåmentos, as quâis podem não se concret¡zar ou variar considerâ-

estimâtiva da produt¡vjdàde da mão de obra e dos equipamentos ñas equípes;


est¡màt¡va deencargossociaisetrabalhistas, ut¡lizândo premissâs ,obre o grau de incidência
de a(identes de trabâlho, rotatividade da mão de obra parâ o cálculo das verbas resc¡sör¡as
e o percentual histórico de falt¿s justificadas observadas;

var¡¿ção no preço dos insumos e/ou alíquotas de tributos no decorrer tfa obrâ;

estimativâs fe¡tas sobre å5 perdâs de môter¡â¡s ou sobre ¿ quantidade


de reaproveitãmentos
de determinado ¡ns¡tmo;

25.....
cnpilulo lì (:û¡.ciloe lroPried¡ic¿Ò Orç¡¡rcnl{,.J¡: ()br¡s

Diante do exposto, os momento5 em que cada tipo de estrmativa é reâlizado durante o (ialo de desenvol- L.?,1-yi1-ç.{hs¡,'-"19.I9jlse!!9.ç"el,ltlljf I
vimenlo de um projeto é mais bem compreendido â partir da figura a seguir, que exemplifica as etapas
de desenvolvimento de um projeto rotineìramente adotad¿s pela indústria do petróleo ou na implanta- oúltimoatributodoorçamentoquemereceserabordadodizrespeitoàsCondiçõescontratuaispara
ção de plantas industriâis (fonte: 5PRANGER & CONFOR-iO)¡5i execuçãodaobfa'Ummesmoempreend¡mentopúblicopodesercont.atadopordive¿sosreqimesde
execuçáo contratual: empreitada por preço unitário, empreitada
por preço globãl' empreìtada integral'
contraiação inlegrada (<onhecida no mejo empresârial como turn key) e tarefa. Na iniciativa privãda,
mi5to5'
Figura 3 - Estimat¡vas de (!'lo realizadas dufante at fâses de desenvolvimento de um empreend¡mento, ainda é comum a contratação de obras por administração ou utilizando sìstemas
no preço final dâ obrã serão mais bem
A descrição destes regimes de execoção contratual e os impactos
que o BDl Por ho'a' basta saber que o regime
FEr2 detalhaios no capítulo que trata das parcelas compöem
influ¡ndo no BDI que
W de execução <ontratual induz a uma diferenciação no grãu de ris<o do construtor'
será cobrâdo peìa construtofa

r-|:**". Além do regime de execução, outras cláusulas e condições contrãtuais lambém


com aláusula de reajuste tende â ser
têm impado na elaborâ-
<ontratado por um orça-
ção do orçamento da obra lJm contrâto
:irrl:lirì+J-.rllÌ.ìir.{H Ëüñ"erÿrôÐåÿ.sii}- @ mento inferíor ao caso de um (ontrato sem (láusula de reajuste, pois neste o consÌfutor embutirá umâ
t;.r
expectativâ de variaçáo de preços no orçamento da obrâ

r¡F,.È.$,s iLÈ¡r-,'; t ffiffi No entanto, â vatiável contratual com maior influência no orçamento dâ obla
Nãturâlmenle esperâ_se um cutto maior para uma obra executadâ em ritmo
é o prazo de execução'
acelerâdo de execução'
'om
em vários turnos de
mobilizaçâo de ma¡or contingente de mão de obra e de equipamentos' executãda
(ontrðtualtem grande impâcto
trabalho e com pagamento de horas extras Assim, o prâzo de execução
da obra
nos custos (om de obra, mobilização' ¡nstalação do (ânteiro de obras e administração loca'
mão
por fim, divertâs outfas exigências contratuais podem trazer (ou suprimir) custos Por exemplo. em a{gu
pelos custos consumos (águã e luz)
mas s¡tuaçöes, o órgãolentidade contratante se responsabil¡za 'om
pode hâver algumâ ditposição ou editâlícia'
do construtor no canteiro Em outro exemplo, 'ontr¿tuãl
o cumprimenlo de diversos requisitos ambientais e de sustentabilidade da obra'
estabelecendo

1 .3. Responsabilidade Técnica do Otç1tn9n1i:11


Adiscussào sobreostipos de orçdmento. tegundo o9r¿u de pre.isáo, terá ¿profunddd¿ no próximo c¿pítulo.
principaìs irregularidädes observådas nas au
considerando que o sobrepreço e suPedaturamento são as
desde logo questáo acerca da responsabil¡dâde técnici
ditoria5 de obr;s públicâs, é oportuno abordar a
que elaborou o orçamento da obra Neste ponto' provavelmente Já houve ã percepçã(
do engenheìro
complexa e' nos termos dos artigos 13
de quã a elaboraçao de um orçamento é ât¡vidâde tecnicamente
14e15daLe¡5.194ll9666,deveserexecutadaporump'ofissionâllegalmentehab¡litado'nocasoun
4 CoNroRlq sérqio, 5PRAN6ÊR, Mônka, Aporila do (ußo "lnimatvas de.uros de ¡nÿestiÒenû p¿ra oùp'ccrd menro5 indorriais", diniirrado Òo ICU
engenheiro,
Aliás, tod05 os elementos que compõem o Projeto Básico devem ser
elaborãdos por profissionâl legal
s ftonl Ênd toading ou iimpl¿smenlê FEI ó um pro.eýo muilo uliÞ¿dô em proþloicm quo sercq!ùem expreßivo5 nvdimcnlos

o rELéd vidido om l¡ôs l¿se5 com ponlosd¡¿nálirce àprov¡çá0, rhâmðdos de "qðÞ1. Es(as f¡rer rão:
6 tûi5.194/1966:
FÉLl -(oûespond? à lôso dsànáiiso do m9ó(io, ujo objerivo e ¿v¿lir â âtàlivid¿dseoponunidadcde inÿorimEnlo No5ta f¿sc, os obje(iÿos do projelo táo
allnhados ¿o5 obier¡vos e$.àtéqko, da o¡qar ¡a(áo
"Ânl]'ose5ludo'planl¡'pfojelo'l¿Udo'equâlquelÒUlrotâbalhodeengenhafia,de¿fqUjteIÙlàedeaglonomi¿,qUÚpúbli@,quelpàfl¡culàísoñont(
das *torirlaoc comp"renrcs e sô re¡ã;v¿|d þfídko
qúndo çú aúro'cs form |)ro¡ßiorâi, h¿brriGdos de â(ordo
páàà,i" ,.i"i¡i,.,i;;,
FEI ll- (or6ponde à lasede 6lodo de ýiab¡¡dade récñn¿ e e(oDômka. Erl¿ fase é ¡eepon5åv.lcm reie(ionarar aile¡nar¡vâs, errâléqia de (onrr¿raçáo o
""¡;ñ-ro

Al'14'Nolt.abalhosqfáfi.o'esp{ili.âçõs'ofç¿mento'paf€@'e3,ìaÙdosealosjudi.ìâisoÚ¿dñiôì5l¡¿îiÝÔ'éobfig¿lóliaalémdâ4,¡n¿Úa'prod]dà<
profissioiàlqú! os subs(everF dô núme¡o da.àneifà
tEt lll - roresponde à fa*deêngmh iabáikà(primeiâhçdalmÞlanuçãodeump'ojetoemqù¿sãorcviíososrâbâlhddceô9eôhariap¡cl¡¡¡in¿rque .ìi.;,ìirã,i, ,",É¿,¿., i*,ìri!áo;ú fifm;a qùe inkresa¡ed, a monção dpiftira do rirúrodo
con5¡!te¡m êslodos dê viàbildàde, lßtâ d! equipâm!ntos, flúxôEam¿r e layouls)o vira ào dcsonvolvlmènro do p¡ojeto bá5ico e do planolâmenlo dà exeoçào
dop'oþro
Afl'15-såonUlo'deplenodileiloo5@tlfalo5lefele.k,aqÙâlquel'¿mod¿engenhaD'alqUltetÙl¿oUdaag'onoú¡'l[.Uliýeael¿bola(ãodep,ojelo,di
0l lcltorerque dc5eiarom sc ¿prolondar no asunlo podom lor o adlo "o proceso dê p'ôjeto em Meqa empreerdinenlo5:.o¡side¡açõos sob¡o â5 crðpas ;i;;;ï;ä;J;;;il;;;¿-r-i^"i*p",*io"¿.p,i¡rià - panor¿r¿om pe$oa hsràouiu,diGnãoreeàlmen,chabjrrad¿ap¡àric¿rã¿,iýidad
ini.iais de Pl¿nojamênþ" de ROMÉRO eANDERY dirpoûiÿelem: htlp/mN.atquilelur¿.eesc.ùrp.b/rÿo¡krlìopog/seohda'jaýANÂlS/ n¡qo-16.pdf.

26 27


I
rJ'.r'¡¡{ir¡t¡ t ôDr'¡t¡ ¿trr'1,Ô''Ir'a'¡ Ir\lrtiLi'i5

mente habilitãdo, sendo ¡ndßpensáv€l o registro da respectiva Anotação de Responsabilidade Técnica_ 1,4 CUB
ART. bem como â identificação do autor e sua assinatiJra em cada uma das peç45 9ráficas e documentos
produzidos. Deve ser verificada â ex¡stência de Anotação de Responsabilidade Técnica - ART in(lusive do pârâme'tro nã determina-
responsável pela elaborâção do orçamento ba5e7 da licit¿çâo. O Custo Unitário Básico (CUB) loi criado pelã Lei 4 591/1964 para servir como
obrigou que os Sindicatos Estaduais da lndústria da Construção Civil
çao dos custos dos imóveß A
Lei
No orçamento de obrãs públicas executâdas com recLlrtos federâis, por expressa d¡spotição legãl exlsten- Estado Atualmente' a Norma
åiurlgassem menralmente os custos unitários da construção do respectivo
te nä5 Leis de Diretrizes Orçamentárias, somente em cond¡ções espec¡a¡s, dev¡damente juslificådâs em Bras¡;ira qu€ e5tãbelece a metodolog;a de cálculo do CUB é a ABNT
NBR 1272112006'
relatório lécnico circunstanaiado, elaborado por profissional habiìit¿do e aprovâdo pelo ór9ão gestor tipos de edificaçóes É de{¡nidc
dos recursos ou seu mandâtário, poderão os respectivos custos unitérios exceder os constantes do Siste- O CUB po5sibilita uma primeira referência de custos dos mâis diverso5
p'ojeto_padrão considerãdo' cêl'ulado de acordc
ma Nãcional de Pesquisa de custos e índices da construção c¡vil _ slNAÞ1, e, no caso de obras e serviços como o custo por metro quâdrado de construção do
para a avãliação d€
rodoviários, å tabela do Sistema de Custos de Obras Rodoviárias - SICRO. (om a metodologiâ estabelecidâ na normâ ABNT NBR 1272112006 e serve de base
parle dos (usto! de constru(ão das edifi(¿(öes
Deverâo constâr â¡nda do projeto básico, inclusive de Suas eventuais alter¿ções, a ãnotâção de responsa-
da obra e não o global, ìsto é, não leva em conta ôs custos rel¿cionâ
o cuB/m2 representâ o custo parc¡al
biìidade técnica e declaração expressa do autor dâs plân¡lhas orçamentári¿5, quanto à compatibiljdade
dos com a execução de fundaçöes especiais, 9L¡bmuramentos, pârede5 diafragma' tirante5 rebaixament(
dos clrstos constantes de referidas planilhas com os quantitativos do projelo de engenharia e 05 custos
como: fogões' aquec€dores
do SINAPI ou do 5lCRO3. de lençol freátiá; elevâdores; equipamentos e instalações especiais' tais
playgroun(
Uortu, a" l.".utqr", incineração, ¿r_condicionâdo, cãlefação ventilação e exaustào' outros;
No âmb¡to dos tribunaìs de contas, no desempenho de sua {unção.onslitucìonãl de fiscalizâr a âpli (quando não clas;ificàdo como área construída); obras e serviços complementares;
urbanização' recrea
cêção de ¡ecursos em obras públicas. é comum ¿ respongãbilização dos orçamentistas por falh¿s na âjardinamento, instalação e regÚlãrizãção do condomínio; impostos
çåo {pir.in".,.u.po, ae esporte),
elaboração dos orçamentos que càusaaâm prejuízo5 aos cofres públicos em virtudes de sobrepreços aartorìais, projetos; aquisição de terrenos; remuneração do conslrutor e remune
tu*",
identificâdos na obrã. " "tolurn"ntos
ração do incorporador'
Cita-se como exemplo o Acórdão TCU 2.029/2008 - Plenário que determinou a citâção dos responsáveis o CUB pâ'â fazer uma av¿
É importante que o orçamentistâ e o auditor de obras conheçam e utilizem
pela elãboração do orçamento base da lic¡tação com sobrepreço. Aquelâ Corte de Contas também tem
liàçäo inicidl do (ufo de obrds de edific¿\öeç'
entendimento pacifico sobre a exigência de ART nas peças técnicâs. Tal entendimento está consubstân
c¡¿do nã súmufâ n' 260:
1272112006
Caracter¡zação dos projetos-padrão, conforme â ABNT NBR
cujos custos unitários básicos são divulg¿
"É dever do gestor exig;r apresentação de Anotação de Responsâbil¡dade Técnica - ART re- Apresentam'5e, ã seguir, alguns exemplos de proietoÿpadrão'
ferente a projeto, execução, supervisão e fiscalização de obras e serviços de engenhãriâ, com dos mensalmente por câda Sìnduscon E5taduâlroi

indicação do responsável pefâ elâboraçâo de plantas, orçamento base, especificaçöes técnicãs, . R1'B Residênciâ unifamiliar padrão baixo: 1 påvrmenlo, com 2 dormitórios' sâla' banheiro' cozinh¿
composi(ões de austos unitár¡os, cronograma {ísico-financeiro e outras peças técnicas." áreâ para t¿nque.
. Rl-A Residên.iâ unífamiìiar padrão alto: 1 pavimento 4 dormitórios (incluindo Lrmâ suíte com closr
sala de jântar e sala íntima, circulação, cozinh
e out.a 5L]Íte sem closet), baôheiro social, saìa de estãr,
área de servìço completâ e vârandâ (abrigo para âutomóvel)'
pavimentos't¡po Gãraqem esc
. R8-a Residência multif¿miliâr, padrão alto: garâ9em, pilotrs e oito
cômodo e lixo' depósito e instalâção sânitária Pilot
da, Jevadores, 4S vagas de garagem cobertas,
h;ll de entradÂ, salão de Testas, salão de jo'os, copâ, 2 banheiros, centrâl de gás
escada, elevadores,
elevadores e 2 ap¿ftamentos por andãr' com 4 dc
g.,arita. Puuimento tipo: halls de circulação, es(ada,
banheiro e cfoset, outro (om banheiro, bânheiro social, sala de estar, sa
Áitórios, sendo um suíte com
e varandâ'
"Aû i..Todo.o¡rrato, escritô ou verb¿1, pà'â a exe@çãode obras ou prenaçào de qùaitqusr 5ery¡ços p¡olirrìonaú.cfo¡cñlorà Engonharià, àarq!ileloÉ e à
de jantãr e s¿la íntima, circulação, cozinha, á'ea de serviço completa
agrononia lka sujoiroà ^anola(ão de ne5pon5¿bllidàdelécnk¿" (Aßl)
. CSL-16 EdifÍcio comerciaì, <om lojas e salas: garagem,
pavìmento térreo e 16 pavimentos-tipo- Gar
Art 2'- A aRl dêfinê o¡rà or efûllos leqai5 os rosÞon5áÝeis lécni.or pelo emprerndimenlo do êngonharia, atqùilotura e a!rronomla.'
escadâ, eìevadores 128vâgasde g¿ragem cobe'tas, cômodo de lixo' depósito e inetalação sãr
9em: pavimento,t¡po: halls de cifculã(ã
iária. pavimento téneo: escâda, elevadores, hall de entrada e lojas.
escadâ, elev¿dores e oito salas com sanitário prrvâtivo por andar
I A't.12sda Lell2 465/20rr (100de2012):
" q 4'Dùùá .oßtar do projeb básko a que io ¡arÊ¡e o ¿rLl¿ inti3o rx ¿à lcl lrc 8é66-dc 2l dsjr!¡¡!l! 1991, inclúiýe ;e roð dmru¿is ¿lreÉ!ós, a 9P¿laâplÔfúû']amÊ¡to¿o¡53Ùnto,.0omendas¡âlc]lucd¿NofmaABNlNsR]2'72I12006c¡l¿c¿flìlhadoSìndÚron/¡M6-cUroUniúfioßási.o(cU8/m¡)
ânora(ão¿o reiponsabilidàde ú.ôi.â pe¡as plaDllharo¡ç¿menúriat¿s quâis deýoráo ser.ompaùve¡rcomoproje(o o os ruilos do sisienr¡ de ¡0lo¡ôndà, nos

Lei¡ s91/196-4 d¿dMrlq¿r mersa!menleÛC


rO 5indùrcon é a 3¡91¿ ¿dotadâ Pel6 sinditab trladÙ¿isd¡ trìdúr'iôdaconrrÚ!ãoCiÝil' sníd¡d6ircumbidaspol¿

2,
28
(ì¡Þin'lo l: con.o(o. ProP¡(l ùl¡i do or(.nr.nkr ¡c (ìh¡¡r
O',,." 8nt¡ ¡ a'tr'r.!nc.Jc Iru(t^.lr ñl'iß lùLli.i'

. GlGalpão industriål: área compostà de um galpão com área administrâtiva, 2 bãnheiros, um vestiário Metodolog¡a de (álculo do CUB
e um dePósito. ocUB/m,écâlculadocombasenosdiversospfojetos-padrãoestabelecidospelåA8NTNBR12721/2006,
se em consideração os lotes básicos de insumos
(materiais de construção, mão de obra, despesâs
Conforme a NBR 1272112006, os projetos padrão são caracterizados quânto âo acåbamento como baixo. levando
respectivos pesos constantes nâ refelldâ norma
normal e alto, correspondenles a diferentes projetos arqu¡tetôni(os. A referida Norma apresenta deta- aclministrãtìva5 e equipamentos) com os
lhadamente as espec¡ficações dos ¿cabamentos dos projetoÿpadrão. de insumos é composto de materiãìs de constru-
De acordo com a ABNT N8R 1272',|12006, o lote básico
arquitetôn¡cos dos projetoÿpadrão também se encontram em anexo à NBR 1212112006-Pot mao au obra, despesas administrativas e equipamentos As quantidâdes de insumos' por metro
Os desenhos çao,
qraaruao A".onrtl.uçao, pãra cadâ projeto_padrão, estão ditponíveis na (itada normå té'ni'ã
exemplo, a planta bâixâ do projeto-pâdrão R18 (residência unifamiliar de Pâdrão bâ¡xo)l
permite a consecução de ind¡cadores murto reâlistas Os
A metodologia de cálculo do cU8/mr é simples e
Fiqu¡a 4 - Planta ba¡xa do projeto-padråo R1B. saìários, os f,reços dos materiaìs de construção, ¿s despesas administralivas e ot custos com aluquel de
o pâÍs
iao p"tquisâdos mensalment€ pelos Sindicatos da ìndústriã da construção de lodo
"frip"t"ni"t

r
I
FÀô¡€ç¡O ¿ç¿C*¡¡Jf¡ ------*--*"t consulta aos valores do CUB
é possível obter' em único local' os resul
I Sugere-se aos le¡tores vis¡tar o tite www.cub org bt Em tal site
I serv¡ço informaçóes gerais sobre o cUB/m'?: principâi!
1 taios dos cUB,s de vários Éstados. o site ainda {ornece
f projetos padrão representativos, tote básrco de insumos' metodologiâ de cálculo etc
carãcterísticas,
t
i ÈJ
i quoflÕ
I Utilização do CUB para est¡mât¡vas de Custos
f. 8,0êiñ2
pode ser feito por vários mé
O processo para delerminação dos custos parâ â execução de umâ obra
próprios. Uma dâs alternâtivas empregãdas (
toåos, cada um com carâcterísticas, precisão e limitaçóes
exped¡ta. Portanto, será demonstrado como é feito o re{erido tipo de av¿l¡açã(
denominâda aval¡ação
@ com a utilização doCUB Antes, porém, é necessário indicar
quais são os principais cuidâdos pâra dim¡

nuir os possívei5 erros nesse processo:


. o indicador deve 5e referir à obra com a5 mesmas caracterísficas da que está sendo anali5ã
da.No(asodoCUE,deveseescolhe¡oCUBreferenteaoprojeto-padrãoquemàis5e¿s5e
--J melha âo cãso em análise
@ . A dâta-ba5e do indícador deve ser atual¡zada, de forma
que a comparação de ¡ndicadores s
dê sempre na mesma data Neste aspecto, â ulilizâção do CUB não traz maioreç dificuldâde:
d
pois o;ndic¿dor é dìvulgado mensålmente pel05 sind;catos da ¡ndústria da construção
cada Êstado
SÕlo quorfo
12,'I2dr2 g.l4rn2 Observar a região em que será realizadâ a obra,
que deve ser próxima èquela tomada pc
base no indicador
Numa edrficâção' observ¿
Tomar cuidado com parcel¿s e fâtore5 não plevistos no indicador
CUB (fundações e
que parcelas relevantes do cLlsto de construção não estáo incluíd¿s no
de incêndio ar-condicionado' remuneração da construtor'
peciiir, etevudores, instålações
l
taxas, projeto e despesâs com instalação e reguìarização do condomínio)
impostos e
l L ¿¡g!s&_es$R!a^- J (lucro e despesôs indiretat da base c
O ideal é comparar custo (om custo, exclìlìndo o BDI
ì
cálculo a ser utilizada pãra apuração do ¡ndicador a ser utilizado'

L
Actsso
I
I

30
.
¡t
(:¡pilùlo l: (:r)¡.¡ilo I rrrôÞr¡ùl¡dc do ()r!¡nì.¡1. (l(ì ()l)¡

h) estacionamento sobre ter.enor 0,05 a 0,10;


Homogenêização da5 áreas para fins de aálculo de custo
i) á¡ea de projeção do t€rreno sem benfeitoria: 0,00;
O custo unitário básico só poderá ser aplicado à área da edif¡cação p¿ra fins de obtenção de custos 9lo_
bais dâ edificação qoando esta for convertida, usando-se a metodolog¡a da normã NBR 1272112006' em j) área de serviço aberta: 0,50;
érea equivalente à área de custo pãdrão. k) bârrilete: 0,50 a 0,75;
para
Deve-se esclarecer que a ABNT NBR 1272112006 apresentâ um capítulo específico sobre os cr¡térios
pavimento, l) cåixã d'á9ua:0,50 a 0,75;
determìnação e cálculo de áreas, em que se podem obter os conceitos dâ área real do área
reâl privativa da un¡dade autônoma. ár€a real de uso comum, áleâ coberta, áreâ de5cobertå, área equi_ m) casa de máquinas: 0,50 a 0,75j
va'ente et(. A NBR 12.721 traz definições para o uso da metodologia: n) pisc¡nas:0,50 a 0,75;
. Área cobertã real: medida da superficie de qua¡squer dependên(;as cobertas, nelâ incluidâs o) quintais, calçâdas, j¿rdins elc.: 0,10 a 0,30.
as superlícies das projeções das påredes, de pilares e demâis elementos construtivos

. Área coberta padrão: áreâ coberta de padrão de ãcabamenlo semelhante a do projeto'


Então, a área tot¿l equivâlente em área de custo padrão da edificaçâo será obtida com o auxílìo de um
-padrão e5colh¡do, entre os pâdronizados na norma
tabela remelh¿nle å apresentada logo a 5e9uir:
. Áreâ cobenã dê padrão d¡ferente: área coberta com padrão de âcabamentô substancialmen-
te infer¡or ou super¡or a do projelo pâdrão escolhido dentre os padronizados na Norma'
. Área coberta equ¡valente de construção: área virtual cujo custo de construção é equ¡valente Figura 5 - Modelo de formulário pära estimativa do c¡rsto peia á¡ea equivalente de construção,
ao rusto da respectiva áre¿ rea¡, util¡zada quando este custo é diferente do custo unitário
bás;co da construçáo, adotado como refetência Pode 5el conforme o caso, mãior ou menor
que a área realcorrespondente. Obra: Modelo

qoe se Datai
A área eqùìvalenle é calculadã mediante uma proporção entre aquelâ área considerada e ãs áreas
apartamento BASE ESTllr¡ATIVA: Dala-base
enquadram nâ especi{¡cação da área cobert¿ padrão Por exemplo. è áreâ dâ sacada de um
tem Lrm valor de 75% do valor da áreã-padrão interna e uma garagem, no subsolo da edificação, tem
um custo de 50% dovalor do m'¿de uma unidade individualautônoma Aáreaequivalenteéobtidapela CÁLCULO DAS ÁREAS
multiplicação da áreâ real por esse coeficiente
Pode também considerar que determinadâ área coberta tem padrão de acâbãmento superior ä ¿re¿_
-pâdrão. Por exemplo, 5e determinadâ área reãì coberta de padrão difereñte, com 100 m'z, tiver um custo
unìtáf¡o de acãbamento sensivelmente melhor (digãmos qLre tenhâ um custo 50yo maior do que o cu5to
da área padrão), ã área equivãlente será:

A"q = 100 m'zx ('l + fator de äjuste) = 150 m'¡


ESTII\4ATIVA DE CUSTOS
RS/m, nâ data'base: R$

as áreâs equiv¿lentes podem ser estimadãs mediante a multiplicâção das áreas re¿is com os segL¡intes conshução estimada
coeficientes médio5
a) garagem (subsolo); 0,50 a 0,75i Cálculo do custo globâl R$

b) áreã privativa {unidade autônoma pãdrão): 1,00;

c) área privativa salas com acâbamento: 1.00;


A estimativa dos custos de construção é feita a partir dos cu5tos unitários básicog correspondentes a(
d) área privãt¡va salas sem acabamentor 0,75 â 0,90; projetos-padrão definidos na NBR 1272112006 e dâs áreas equivalentes em áreã de custo padrão calcul¿
das como indrcâdo anteriormente.
e) área de loja sem acabamento;0,40 a 0,60;
O valor estimado do custo global da construção é a soma dâs seguinteg parcelas:
f) varandas:0,75 a 1,00;
q) terra(os ou áreas descobertas çobre lajes: 0,30 a 0,60;
a) produto da áreã equivalente em áreâ de (usto padrão globãl pelo Clrsto Unitário Básico, co
respondente ao proieto-pâdrão que mâis se âssemelhe ão dê ed¡ficação objeto de ¡ncorporaçã(
não incluídas nas relações 2) Avaliação do custo de construção:
À\ -"...1â< â¡licionãi5, rel¿tivâ9 a todos oç elementos ou condiçóes
":J";ì'*"rt";;; e de obra correspondentes ao projelo- Custo = 299 x R$ 700/m? = R$ 209 300,00
; ,.,i.inu¿"' de m¿teri¿is máo
plâygroLrnd'
equipamentos e instalaçóes'
-padräo, tars como: fundãções especrars, elevadores'
servlços;
obras c serviços complementãres e outros
3) Avãliação do preço de construção:
c) outras despesâs indiretas; por uma construtora que cobrou um BDlde 250lo e que
Supondo-se que o imóveltenha s¡do construÍdo
metodo-
d) impotos, l¿x¿s e emolumento\ carlorários: :i a" a"r" a"mandou os seguintes custos ¿dicionais que não estão contemplados na
"-aonrtrrçao
logiâ do CUB:
e) projetos; 'I
I
f) remuneração do construtor;
.Fundações: R$ 20 mìl
g) remuneração do incorporador'
; .Ar-condicionâdo e instalações especiais: R$ l0 mil

pode se também fazer a estimativa de um preço finãl por metro t.


. Projetos, 'taxas e emolumentos cartorários: R$ 10 mil
De posse da área totâl equ¡vãlente,
:.|

quairado para a e¡i{¡cação em análise o auxílio da sequìnte equação:


'om
Asgim, o preço final de construção 5erá
(1 + BDI) 000'00) = R$ 336 63s 00
VF = ÍCUB + (E+ F+ Ie + Outros)/a*l x Pr€ço = 1,25 x (R$ 209 300,00 + R$ 20 000,00 + R$ 10 000,00 + R$ 30

onde
VF = preço finâl Por metro quadrâdo
CUB = CL¡sto unitário Básico por m':do
proJeto'pâdrão mâis semelhante ao analìsado' 1-5 Exercícios Resolvidos
especiais e instalaçöes e5peciais, projetos e
E, F, le, outros = custo com elevadoresi fundações
demais pãrcelas que náo entram no cálculo do CU8 Aprêsentação do Prime¡ro Problema:
A< = área construída equivalente Uma escola públìca tem a seguinte divisão de área
e desPesas indiretâs do constrLltor'
BDI = tucro. custos finânceiros, impostos . Área padrão = 400 m¿;

. Pis.ina = 100 m,; e


o seguinte caso:
Como exemPlo do cálculo exposto acima. apretenta_se Área descobefta (estacionâmento pavimentado) = 600 m'?

Considerândo-se que o CUB para residênci¿s


unifãmlliâre5 com um pavimento de padrão de åcabamento
preço de construçáo de uma câsa com áreã de 400 m'zsubdi-
altoé de RS 700/m'z, åvalia se em seglrida o
D¡ànte do exposto, respondâ aos teguintes quettionamentos:
vididâ da sequinte forma
(A"q)?
1) Qual é â área equivalente de conttrução
un¡dâde habitacional autônoma d
.Garâqem:40 m'z 2) Cons¡derando-se que o CUB mâis adequado âo caso seia o de uma
qual seria o preço estimado da (onstrução? Na resposta deve-s
pudl.ao bui*o, no u"lo, de R$ 70O,Oo/m'?'
.Salâ, qoartos e demâis dependências com área padrão: 200 m'z
considerarumBDldoconstrutorde25%eadmitirquenãoexistam.LlstosådicionâiscomfUndaçõe
pela metodologiâ do CLJB
.Vãranda5:60 mz instalaçõe9 especiâis ou qualquer outra par.elã de custo não contemplada

.Área de Serviço: 20 m'?

.Terraço: 80 m'? Apresentação do Segundo Problema:


utilizado como sec
que será
Na análise de uma l;citâção para construção de um edifício de 11 ãndåres
edificâção com 50 602'97 m'? c
de determ¡nado órgão do Poder Judiciário as etapâs de execução da
1) Cálculo da áreã equ¡valente
¿rea enconlr¿m_se descritas n¿ tabela a tegLrir:
(20 x O 50) + (80 x 0'30) = 299 m'
A.q = (40 x 0,s0) + (200 x 1.00) + (60 x 0,7s) +

35
c¡Þíluk) r: con(cilo c hot)r &r(1.ì.lo Orç¡nttrk) (lc ()briç
()¡(¡ùre¡lo c cdìlrcl.¿c l'rera$ dc olJlf l'Úbln¡! -.....-.
.t.-....-...
Fiqura 6 -valores do cljB para ot proietos Pãdronìzãdos
-labelã 2
- Etapas de execução da construção de uma nova sede
para u órqão público

I
Ì "^;J-^iro
I',
l

j
I ","..,
7;.... I

D¿tã-Base ÁrêãTotal Vôlorlotal Rs) l l

50. 97 79.673" ii I l l
i:
cuslo - E ::. i
D Vâlorda Etãpã I I
I
1 etosArquitetura e Com 625.0O0,m
: I
2 Serv¡ Preliminares 955.000,m
840.000,m
i
3 Mov¡mento de Terra
1
4 Fundåées Es 3.300.000,m

I Eslrutura r:.48!.0.!S!0
2.900.000,m
6
7120.000,m Resolucão do Prìmeiro Problema:
l Elquådriàs e Vidros
8 lnstala es llidráulicas 3.410.000,m A áreâ equivalente de construção é dada por:
Instâl¿ções Elétricas 6.330.000,m
9 A"c = 400 m')+ 0,50 x 100 m'z+ 0,05 x 600 m')= 480 m':
lnstalaø es de lnfor¡Ìátìca 11. 315.000,m
10
11 lm ermeabiliza 56&000,m
12 istemade dimat¡zado e eyaL¡stâo 9.250.000,m No caso, foram util¡zados 05 coeficientes mínimos de homogeneização para ca¡cular ât áreas equivaleñ
Revèstìmentos e forros ro.550.000,m tes da piscína e do estacionâmento.
13
14 Pintura 3.080000,m
4.160 000,m o preço globaìestimado da escola será:
15 Servì Co p

16 Flêvadores 1.790.000,m Preço globãl estimâdo da escolâ = (480 m'zx R$ 700,00) x 1,25 = R$ 420.000,00
Total 79,67100O,0o

Resol urÐ-riqscgulìlaÌoþþ4q:
pré
lnicialmente deve se escolher o CUB do projeto p¿drão mais adequado para estimâr o custo do
dio em análise. Considerando tratar-se de um prédio com 11 pãvimentos que será sede de um ór9ão d(

Poder ludìciário, considerâ-se que o projeto-padráo mais adequado é o CAL'8 de


padrão alto, cujo cUl
é de R$ 783,64. Por outro lado, â utilização do projeto CSL-16 (alto padrão), ãpesar de çe referir a un
orçamento base do edital' no qual está
Diante do expo5to, avalie se há ou não ¡ndício de sobrepreço no prédiocomercialdesalageloias-edifi.açãocomcaracterísticasdiferentesdeumprédioadministrativ¡
data,base do orçâmento e na UF de execução da obra, o Sindus(on iocaldi
incluso um Bòtde 24%. Na - conduz a umâ análrse maís conseavadora, por se tratar do projeto com maior valor do CUB
vulqou os seguintes valores do CIJB pâra 05 projetos padronizados:
n
Deve-se recordar que várias etâpâs apresentãdas na pl¿nilha não se encontrâm contempladâ9
metodologiadocUB.Nâlormaçãodestescu5tosUnìtár¡osbási(osnão{oramconsiderad05ossegL]inte
itens, que devem ser Ievados em conta nå determinâção dos preços por metro quadrado de constru
ção, de ¿cordo com o estabelecido no
projeto e espec¡ficações correspondentes â câda caso particufal
fundações, submuramentos, paredeÿdiafragmã, tirantes, rebaixâmento de lençol freático; elevadore:
equipamentos e instâlações especiais, 1âis como: fogões, aquecedore5, bombas de lecalque, incineraçã(
ar-condic¡onado, calefação, ventilaçâo e exaustão, outros; playground (quôndo não tlâssifi(ado com
(piscinas, càmpos de esporte
áreâ construída); oblas e serviços complementâres; urbanização, recreação
ajardìnamento, inst¿lação e regularização do condomínro; ¡mpottos, taxas e emolum€ntos cartoriai:
projetos e Íemuneração do construtor.

36
I

¡ì lr
(:¡pil!k) l: (ÌtR'iþ. P'oP,lc(l¡{k ¡o (lr. ¡ rrrLt) dc ()hnr\
nnìlL''J'
O,(¡nrcnùr t !' ... l'r¡ \d dr nl'ã5l1'ltr' Js.
..1.........
Encontrou-se um custo pof m)de R$ 784 62, llgeìramente superiorao
cuB do pfojeto padrão paradigrrìâ
portanto. para fins de análise, foram suprimidas 4' 1O' 12' 15 e 16 do orçamento em avalia-
ãs etapas 1'
contemplados no CUB Dà mesmâ forma' a (R$783,64),repfesentandoUmìndíciocle5obfepreçodeapenas0,12%'observa-sequese{osseutilizado
estão
-ã^ nh<êrvã-çe oue 05 custos com impermeabilização outroprojetopadrão,oCSL_16,nãohaveriasobrepreçoTambémnãosedispõedeoutrâsinformaçöes
de terrà, merece alguns comentários A NBR 12 72112006 p4rã a composição do
etapa 2 (movimentaçào sobreopadrãodeacabâmentoe05projetosd¿ed¡fi(ãção,inviabilizandoumcálculomaisapUradocom
orç;mento da infraest.utura, adota o seguinte critér¡o: a ulilização do conceito de áreâ equivalente-
ctitér¡os foram utilizados:
"Para a composiçâo do oryamento da infaestrutÛra
os segu¡ntes
total das etapas não anâlisadas (1' 4, 10, 12, 15 e 16) representa R$ 30 440 000'00
Ressâlta'se que o preço
(...) (38,2%doValorto.laldoorçamento)'sefáquenãoexistesobrepreçonessasparcelasdâobrã?Aspalcelas
ã 61'8% do valor do orçamento'
.coladesoleiradop¿v¡mentotérreocomo+1,20memfelaçâoaoRNparaospléd¡oscomsubsolo; àa obra que tiveram o seu custo efetìvamente anâlisado correspondem
é uma análise
Portanto, no câso em questão, a análise do CIJB não apresentou Sobrepreço Porém'
-volume de teftaplenagem (escavação) calculado em função desta cota;" pode erros de cerca de * 30% Tâmbém não
prelimìnar, pois o grâLr de precisão deste mé'todo enseiãr
ìoram analisados todos os itens do orçamento e houve uma simpl¡ficação do método por não se dìspor
e volumet dos serviço5 de terraplanagem sofre do projeto para o cálculo da área equivalente de construção
Porém, o custo totãl (considerando 05 preços unitários
de um¿ série de Tâtores: tipo de mâtefial a ser escavâdo Golo, ro<ha etc ); equipamentos
interferência
profundidade de escavação; topografiå do
utiliru¿o, n" escavãção; di5tân(ias médias de transporte;
terreno; pretençâ de água etc
(onsiderada pela NBR 12 72112006 deve ser consideradð como
Qualquer condrção ou dificuld¿de não
ùo contemplaja no CUB. Para fins de correção do exercício, manteve-se a etapâ 2 (movimentação de
terra) dentre as etapas (ujo cu5to está coberto pelo CUB-
remânescentes para fins de obtenção de um
Por fim, foi desconlado o BDI estimado de 24% das etapâs
custo por quadrado
metro O resultado obtido encontra se apresentado nâ tabela a segu¡r:

fabela 3 - Cálculo do (usto de constru(ão Para comparaçáo com o CUB'

Precð lRSl

2 955.0m,m m161"4
-larrn 84{ì.fm,m 677.419,35
3 Mov¡ mento de
L3_480.0m,00 1ß.870967,74
5 Estrutura
2.90ûOm,m 2.33&7æ,8
6
7 tr adrias e udros z20.m,m 5.74L935,Æ
3.41G0m,m L75n m
a lnslãlâ s Hidråulicas
Eléù¡cas 6.330.0m,00 5.191_ 1I
9 lñstal
¡liza 568.0m,m 45&064,s2
11
13 Rêvestimentos e forros 10.s0.0ß,m &50e064,5¿
3.ß0.0m,00 2.4A3.a1s,91
t4
Totd Ã9, 4-7c,¿l03426

39
l8
Frecisão do Orçamento de
Obras
Qual é adiferença entre orçâmento e estimativa de custos?
precisão?
Quais os tipos de orçâmento, segundo o grau de
'; um orçamento para licitação de uma
Quâl a precisão necessária de
obra pública?
I
um orçamento detalhâdo
Foi exposto que só existe condição de se montãr
:

projeto contiver um gìdu de desenvolvimenlo e delalha


e li¿ediqno se o
esrimativà de cutto da obrã
-enro s,.,ficiente para a completa
Ne5te capítulo, o conceito de precisão
de um orçamento de obras será
t"t...o definir a pr€'isão de um orçamento ou de uma
"ìr.ìr"å"4".
estimâtivã de cutto?
pre( isio e a indi(¿çåo do grau
seoLrndo a AA( Llt o inlerv¿lo esper¿do de
poderá vari¿r
.r.a" para um delerminado empreendimento
"ì "rl"
l.",uçào oo custo etlimãdo A pre(is¿Ô
ê 1r¿di(ionalmente expressd
"r
ãa uu,iuçao p"r."ntrul para mâis ou Pãra
menos e está relacionada com
estatísticâ de que o resultado de
,. rì""ìir"lo"*rni"a;o de confiança
custos estará dentro deste rntervalo'
esperado de precisão é definido
Parã a indústria de processo, o intervâlo
ou sej¿' à probabilidade de q're o
^"., "m nível d€ (onli¿n(¿ de 9oolo' d"nt'o deste ìnterv¿lo é de 900/0)
ï.åì,"n i" oto""
".**"dii"nto conceitos diferentes
Contudo, outrãs fontes bibliográficas apresentam
precisão como a fâixa de vãriâção
so¡l." pr".itao Neste livro, define-se
p"r" tuit ou para menos do orçamento inicial em relação ao
"a.irriu"t,
.',rrn".ì. i.", o" åbtido com ¡¿s" not tustos elelivdmenle enfr en_
"¡t", à conclus¿o dê
taåos pelo conrtrutor apó5 ''hrâ

1Àßociàtion forÁdý¡n.êment olCosL hì9 neerinq lnLernallÔÔal aacEróum¿eñlid¿defundadâem1956


n*^¡o n¿s àrrÝidades de tnqenha¡iâ de
;,ü:ffi;: il;'.;ilõ,;i", "'á'¡"0"á'
i¿ æi'""

(oýLn'f,ir¡rd$ ràro1SÝ:l¡ñ AÀCt lnrc'¡d


2 AÀ(t nrpndr'ôn¡'R*omnÞroÞdÞrdlr'eÑÞì7Rq/ àtÂpp ieo n rnsiteJ r!
iiJ,i"".'*å"¡ì;'"i'r.*'sRe?.Lo.rÍý,4þ{r¡$i!'ùo1\v{"d
Prô.ùrcnerl, ¿nd Comrúdion for ùo P¡o'es hdun¡ies

:1.
il.
i
r. ,l
.lrin enlo c Cr)ttrolc,lu ll(..\ ¡r { )i)'r\ Jrtib n ¡s (-{4rulu r I r'.^iôd,, Cr\r nrf r¡r!tL, rJ

A medida da precisão só pode ser tomada quando o projeto iniciaimente orçado é execut¿do sem alte- Podem, por exemplo, ser utifizados índices específicos conhecidos no mercado, a exemplo do Custo t
rações quãJitatrvås ou quantitatrvas relevantes. Portãnto, não se deve confundir o conce¡to de precisâo tário Básico - CUB, para avalìâçâo expedida do (usto de construção de edificações. O cUB nada mã
com o limite de aditamento contrã'tuãl prev¡sto na Lei de L¡citações e Contratos. do que o custo por unidade de áre¿ construída parâ algun5 t¡pos de projetos padronizados estâbelec¡
pela NBR 1272112006. Outros exemplos de estimativas de custo são o custo por MW de potència in:
AdeJlìais, a medida de precisáo de Lrm orçamento não guarda relação entre o orçamento base dâ Ad
lâdã, no caso de usinas termoelétricãs ou a estimativa de custo de rodovias mediante o uso de um cu
mìnistração Pública e o orçamento apresentado pelas lic¡tantes. A9sim, não pode ser relacionado com
médio por Km de rodoviâ construídâ.
eventu¿l desconto ou sobrepreço obtido no processo I'citatório. tampouco ser adotado como critério de
acertâbilidade de preço unitário ou global- Diversãs entidâdes e associações norm¿tivas ¡nternacionais apresentâm fâixa5 de prec¡são de uma e
m¿t¡v¿ de cu5tos:
fim, o conceito de precisão não explica o sobrepreço observado na comparação entre um orçômento
Por
contratado e um orçâmento paradigma de mercado, obtido mediante consult¿ a sistemas referenciais
de preços, pois o orçamento referencìàl também tem determinado grâu de precisâo se for comp¿rãdo
Tabela 4 - Faixås de prec¡sáo de uma est¡mat¡ýa de custos,

com os preços efetivamente enfrentados pelo executor da ob¡a. Conforme enfatizado, a precisão aqui
definrdâ é sempre obtidâ compôrando-se os orçamentos com 09 p¡eços reais de uma obra, Pressupóe-se,
WW
' ì . a 500ó .. ... ' . . . ,

então, que a medida finâl de precisão só pode ser oblida após a conclusão da obra.
AAc E (Am€ia¿n,ltsio(irtrón ôf cosa [n8ineers] F¿ixa hte¡ior: -20q0
t00ry0
fdix¿ supe¡ior +10¿ + I , .

2.1 Orçamento e Estimativas de Custo ¡e¡ltÈ r4i;s¡l¡in'ì¡Ciil¡¡r¡¡¡¡¡¡'q!¡:1].1;:;1,,:ir',.fr:::¡ó!t¡ì+so%,,, r.:ìì.i....,: .¡ì:t:!r.jriit:ìi,l::ä:iàÍi.1:+

conforme ¡á comentado ¿nteriormente, uma obra somente pode ser orçadâ se houver um proleto su- Neste cãpítulo, a prec¡sâo de um orçamento ou estimativa foi definida como à Taixa de vðrìâção adn
f¡cientemente detãlhado, de modo â possibilitar o lev¿ntâmento de quantidades e a definição dos mé- síve¡, p¿ra mais ou parâ menos, do orçamento inic¡al em relação ao orçâmento realda obr¿, obtido c,
todos construtivos e dos serviços que serão executâdos. O custo de elaboração de um orçamento é base nos clrstos efetivamenle enfrentados pelo construtor após a conclusão da obra,
significativo uma vez que é necessário realizar açôes como: levantar os quantitãlivos e montar váriaì
compos¡ções de preços unitários dos diferentes serviços identificados; consultar preços lunto a fornece- Por exemplo, se uma estimativa de custo de determinâdo projeto ãväliou que o custo de implân
dores de equipamentos e materiaìs e ut¡lizar publicações especializâdâs ou sistemas reJerenciais pâra a ção ficará em aproximadamente R$ tO0 milhões e apresenta uma fãixa de precisão de -j0% a +50
obtenção de preços vigent€s no mercado- espera'se que o (usto efetivo do projeto, ver¡ficâdo após su¿ implantação, oscile enlre R$ 70 milhi
e R$ 150 milhöes.
Pon¿nto, no caso de um empreendimenlo que ãinda esteja em estudo, não sejustificâ o custo de execução de
um projeto com orçâmento detalhado 5e não houvercertezâ då viabì|dade econômica do empreendimento- Os conceìtos apresentados acima demonst¡am a importåncia das estimativès de custos âos proprietár
do empreendímento (oû gestores públicos) e aos projetistas contratados para o desenvolvimento (
Para SPß^NCER & CONIORTOT, essa ó a grande importåncia das estimativas de custos: poss¡bilitar ã
estudos e p.ojetos. Mas qualé â importánc¡a da est¡mativa de austos pârâ o aud¡tor de obras?
análise dâ viâbilidade dos empreendimentos e a escolh¿ dâ alternativa a ser desenvolvida na et¿pa de
detalhamento dos projelos sem impor o elevado ônus da elaboraçáo de um orçamento. Elaborar uma Orã, a âvaliação expedita do custo dos investimentos iambém ecoßomiza mu¡to tempo de ânálise
estimativa não tequer muitas informaçóes detalhadas sobre o projeto e, por isso, o seu custo é murto auditor Ao invés de gast¿r semanas an¿l¡sando o orçamento detalhado de um empreendimento
menor do que o costo de elaborar um orçamento completo. A efaboração de uma estimativa, porém, auditor de obras pode empregar métodos expedilos de avaliaçâo, pelo menos par¿ emitir um ju.
requer muita experiência do estimadot além de conhec¡mento, seosibilidade e informâçöes âtualizadas. prelìminâr sobre o custo da obra. será que se justifica prosseguir em umã longa análise do orçàmer
detalhado da obra, se uma estimativa expedita demonstroù que ela possui um parâmetro de pr€
O fato de a estimativa ser feita m¿is rapidãmente e ã menor custo do que urn orçamento não deve sign;- dentro de padrões de mercado?
ficat no entanto, que eìa seja menos séria ou menos conf¡ável do que o orçâmento. Nâturalmente terá
em seus valores componentes, ou em seus detalhes, menor precisão do que um orçamento. Também é oportuno ressaltar que, muitas vezes, o aud¡tor de obras não tem um orçamento com o ni
de detafhamento adequado para anál¡se. Apesar de a Lei de Lic¡tãções e Contrâtos ex¡gir um orçãmer
Entretanto, é importante destacar que, mesmo não dispondo de dâdos delalhados. o estimador terá que
detalhado aomo requis¡to essencial para a l¡citâção de obr¿s, infelizmente ainda é comum encontrarn
avaliar os custos o måis próximo possível da realidade. Afinâ1, normâlmente, a decisão de investir oú não
situação diferente em mu¡tos órgã05 e entidades integrantes dâ Aclministr¿ção públjca. Em muitos cas
será tomada com base no Estudo de V¡abilidâde Técnica e Econôm¡ca - EVTE desenvolvrdo â pa¡trr dessa
nâo se dispõe até mesmo dor projetos da obra.

EIaborâr uma estimativa de custos é, portanto, uma ôtividade bem difereñte de elâborâr um orçamen-
to, pois se aplicam técnicas distintas em cada caso. A estimativa de custos pode ser deftntdâ (omo uma
ôvaliêção expedita feita com base em custos hislóricos, índices, gráficos, estudos de ordens de grândeza,
correlações ou comparação com projetos similares.

I SPIìAN6[n, t¡ônicâiC0NFoRTo 9ó¡g¡q Cl¡rif.a(ào d¡s Lriù¡riv¡r ds Cúno, disÞo¡iýeleñ h p://sp'ângerenimalìva.coñ/

42-
c¡pírolo2: Prc.isio do orç¿rnùìlod. obr¡s
O'\" -' ñ.rñnr'ôhJcP''( tl¡r'l nl\'l'1""
.. .
..t...............
para O 9ral] de incerteza émenol mas pode-se fâzer u5o do levantamento expedito de algomas quantidãdes
que o åuditor de obras fâça usode métodos expeditos
Nestes cãsos, É absolutamente necessár¡o ea,tribuiçâodecr'rstodealgun5ge.viços.ExemplosdelevantâmentosexpeditosqUepodemserutilízados
¡^..'¡(fô<.lå obra. O Reqlmento lnterno do TCU' emseL¡art 21O' prevêo uso da estimât¡va
^ -rì--r^ -' neste tipo de orçamento:
quando niio houver outro meio disponível'
iaru qìantifiraçao de débito . Vol concreto (mr) x 12
Área de fôrmâs (m'z) =
5 1" A apuração do déb¡to far-se'á mediante:
possível quantíf¡car com exat¡dão o realýalot devido;
. Peso de âço (Kg) = Vol. concreto (mr) x 100
I ver¡ficaçâo, quando for
por confíáveit apurar-se quant¡a que seguramente nào exceder¡a
. Vol.lotal de concreto (mr) = área construída x 0,16
tt - estímativa, quando' me¡os
.
o real valor deý¡do. Volume de remoção de entulho = volume de demolição x 2

Segundo be àquele que se ut¡liza de rcQrtos públicos coñprovat sua boa e


M ENDESa, " ca
Íegular apl¡ca' . Área de reboco = área de âlvenaria x 2
'çaZ. ao mercado e re'
,- ônus da prcvar a boa - que s¡gnif¡G vant¿iosa' em relação
ouu", put"r-s, o
le¡-apl¡cação dos recursos é do gestot Esse entendimento
iular- que s;gnifica en coûfoÍm¡dade com a
93 872' de 1986' e a Em regra, os orçamentos preliminares são elaborados quando â exectrção do
projeto de engenharia de
Zrä 1967' no aft. 93 do Dec:etÔ-Lei n'200 o art 66 do Decreto n"
-a"n,firrato
"rit¡roo'anau provocado no âmb¡to do Mandato de segu' detalh-amento já foi contratada, o que propiciará â geração de mu¡tos dados, embor¿ não de{ìnitivos'
ao rpnño Tríbun¿l Federal (SlF)' qÛando
pàra o orçamentistã dados como os
para servirem de base pârâ o orçâmento Assim, estarão disponiveis
rança 2o.335/82, teguem na mesma direçâo'" prelimìnðret de equ¡pamen_
costos dos serviços de engenhariâ, que já foram .ontratâdos; especif¡(açóes
de obras' deve encontrar a de-
Assim, o órgão de controle, quândo nâ execução de uma fiscàlização tos de processo e de utilidades; e littâs prelimin¿res de materiais Também
poderá dispÔr de dâdos sobre
(ou do contrato' se iá foifirmâdo) cumpre os preceìtot
.onrir"çao-a" qu" o orçamento-bate da licitação
o tipo de fúndações que serão <onstruídãs e plantas ¿rquitetônicat dâs edificaçõet
preços de mercado'
da leie átende ao princípio constitucìonâlda economicidade' não extrâpolando
os
grandeza ou as consultas
do orçamento - o que por si só já constitu¡ De posse dessâs informaçöes, será possível substituir as análi5es de ordem de
Detectada a inexisiência ou o detðlhamento insuficiente fornecedores de equipamentos e materiais
avaliâr se há ìndícios de sobrepreço na contratação aos indices e gráficos por pedidos d¡retos de cotação aos
u-" irl'"9rf"l.iauO" -, restará ao órgão de controìe
apenas o preço do equ¡pa-
de custos' selecionados. Èstas consultås deverão ser fe¡tas solia¡tândo ôo fornecedor não
valendo-ie dos meios disponíveis, ¡nclu5ive da util¡zação de est¡mativas expeditãs
mento ou do materíal, mas também todos os componentes do preço de venda, como ¡mpostoç inciden_
de controle
outra util¡dâde dâ5 estimat¡vat de (uitos pâra os âud¡tores de obras os órgão5
Ex¡ste âinda tes, embalagens e 5obressalentes
difi(uldade em obter aotâções reais de preços de equipâmentos ou ¡nsumos espe(iai5
lêm uma natural é o peso
que não constam dos 5istemat referenciais de preços - junto âos fornecedores
as coiâçõe5, quando um dado importânte que selá util¡zado na estimât¡va de custos da montâgem eletromecânica
- ofertas ou oulras condiçõ€s negociais do eqúipamento e âs (ondições de entrega no canteiro de obras, se pré_montâdo em fábricâ ou se des_
obtidas, contêm preços "de tabela", não considerando descon'tos' porte'
montâdo pârâ montãgem no camPo no (aso de equipamentos de grande
pârã ãva liação desses itens Ao f¡na l detse ca-
Então, o âud itor de obras pode lânça r mão de métodos rápidos reduzido' prevalecendo
pítulO Será apresentado um egtUdo de Caso reâlenVolvendo ãvaliações expeditas de equipâmentos especiais' Neste tipo de orçamento, o uso de índi(es e correlâções de custos ficâ bastanle
diretas aos fornecedores Entretanto, um ou outro componente de cuSto a¡ndâ será estimado
consulta5
por meio desses métodos rápidos de estimat¡vâ.
jglri.:1: Pârâ Lrm orçãmento preliminãt o grau de precisão esperado é tignificativamente
super¡or ao de uma
precisão divulgada5 por en-
estìmativa de custos. Na tðbela â seguir são apresenlãdas algumas faixãs de
=*9H,T*ts reãlizar efet¡vamente o empreendimenlo e' tidades especializadas em engenhariâ de cuslos:
Umâ vez qúe o EVIE tenha indicado a conveniência de se
de investimento deverá ser
sendo de fato lomadâ tal dec¡5ão, seguramente um orçamento Prelim¡nar
preliminares, elabofâ-se o anteprojeto d-e engenhâri¿ pâra o Tabela 5 - Fa¡xãs de prec¡são do orçåmento preliminar
npo, u .onclusão dos estudos
"i"ioruao. aprov¿da, bem como para â defini(ào dos principais
desenvolvimento da melhor solução técni¿â a
'er
obra'
componentes ârquitetônÍ(os e estrLlturais da
é reãlizado' as informações ãinda não
Na fase de desenvolvimento do projeto em que esse orçamento
são definitivâs, mas o enqenheiro orçamentistâ certamente disporá de muito mâis dâdos para serem :'ilit:'r.r':¡..1i¡i.ìÏ
',:lìi1ii'rìì.:::;ì,iÌi',;..ri.l,il
utilizâdos em seu trabâlho
.r{aó,rEr{È;¿Ìi¡ü"ißlf.Cð¡r:ÈiÀ'hê!i!:-:i.u.0.:ir,', !lütr:tllÌt{..i1ì:lÍ:r,1,i¡ 1rl

Assim, o orçamento prelìminâr é mais detãlhado do


qoe a ettimativa de custos- Prersupöe o ìevantâ'
mento de q;antidades e requer pesqLlisa de preços dos principais insumos e serviços se a eçtìmativa de
preliminar costumã çer utilizado nâ
custos é geralmente utilizad; no estudo de viâbilidâde, o o'çamento
fase de ¿nteprojeto

¡ MÊNDE5,Ardré 1., P¿'ãm¿lrÒ5do P¡eroi pa.a Obrâ5 Públk¿t Âev¡5Þ CapìtaLPúbl¡co' srasili¡' o¿¡ço/20r1
a)¡ir!lo:1. J'ì.tr l!.io du () !.Lr

2.4 Precisão de um Orçamcnto de Obra Pública


2.3 Orçamento Detalhado
de obrâs e serviços de engenharÌa?
analítico ou delãlhado' montâdo com Afinal, qual é o tipo de orçâmento exigiclo parâ a licitação
Nã fase de projeto básico ou executivo é elãborâdo o orçamento que dispöe no art T'' q 2'que:
pesquìsa de preços dos insumos O referido orçamento pro- A resposta é dãda pela própria Lei 8 666/93
as (omposições de custot unitários e extensa
cura cheqar â um valor bem próxìmo do cústo "real" com uma reduzida margem de incerteza "9 2' obras e 05 serv¡ços sontente poderão ier l¡citados
As
quando:
um orçamento delalhado se disponível para exatne dos
Comocomentado na ìntrodução deste capítuÌo, só existesentido em se elaborar t- houvet proieto básico aprovado pela autotidade competente e
comporçóes de custo unitárìo só podem ser ela-
o pro;eto tiver um grau de desenvolvimento suficiente As ¡nteressados em partic¡par do processo l¡c¡tatórìo;
com em especi{icações técnicas detalhadas e de medição e pagamento bem definidos'
boraias base
'ritér¡os ll-exist¡rorçamentodetalhadoempl¿nilhasqueexpres5emãCompos¡çãodetodosos5eus
o orçamento analítico
Ljtilizado em aonjunto com os cLlslos apropriados e com o âvanço físico dâ obla' t custos unitários; "
de custos, mostrândo onde devem ser implementadas âçóes corretiva5-
toana possível defin¡r tendénciàs já se m¿nìfestou diversas veze5 sobre o tema' por exemplo' no
de equipâmentôr e mãteriãis e de O Tribunal de Conlas da união também
Eìe poierá servir também par¿ negocìâr contratos de fornecimento
prestâção de serviços
I a.órdão TCU 1.72612008 Plenário:
I orçamento detalhado eîn pla'
dâ obra já estarão disponi t "g.1.2. nos pÍocessos de I¡c¡tuçaode obrase seruiços' laça constaÍ
Na época de sua elaboração, todos os dâdos do projeto aom impâcto no custo unitários' conforme pÍesct'¡to no art
de materiais, especificações firmes de equìpamentos' nilhas que exprestem a composiçâo de todos osseuscustos
veis, sendo possível a obtenção de listas completas Acordão 1 705/2003 - Plenár¡o' ex¡qndo'
7", 5 2', incito tt, da Le¡ a 666/93 e iá detern¡nado no
assim como o proielo detalhâdo, contendo os projetos de estruturas' fundações e todos os
civìl mais ! que detalhem os seus pÍeços e custos;"
d¡ndã dot part¡cip¿ntes, demonstftt¡vos
t¡pos de ¡nstalações Prediai5.
O entendimento é pacífico no âmbito do TCU, conforme
demonstra a recente 5úmulê n" 258:
afunção primordiãldo orçamento d€talh¿do servircomo parâmetro para ¿ licitâção daobra' mâstam_
é
|ocìais e do BDI inteqram c
bém J umô ferramenta para o controle de custos de implantação do empreendimento
A negociação de "As compos¡çóes de custos unitários e o detalhamento de encargos
devem constar do:
aditâmentos contratuais deve sempre se pautar no orçãmento detalhado dâ obra orçamento que compõe o projeto básico dd obrà ou se1¡ço de engenhâria'
não podeñ ser ¡ndiQdos mediante
anexos do editalde ticitaçãoe das propostds das l¡c¡t¿ntes
e
especialìzadas em en-
As fa;xas de precrsão para um orçamento detâlhado, segundo algumat entidãdes unídades genér¡cas"
uso da expîesião 'verba' ou de
genharia de cu'los, sào apresenlâd¿s a Sequir:
projeto tem impacto direto no qfaL
conforme comentâdo anteraormente, o grau de detalhamento de
incertezas relacìonadas ao preço' tais como equívo
Tabelâ 6 ' Faìxas de precisão do orçamento detalhâdo Je precisão do orçamento dele clecorrente Existem
no refereocial de preço unilário; ocorrén'iâ de economi¿ d(
.* n" r"t"çao a"-.o.posição cie serviços
de inflação ou de{lação de preços no perí
escala em ålação à efetivâ compra de mâteriais; ocorrência
enlre o BDI estimado pela administração e o BDI åpresentad(
odo de execoçlo da obra; divergéncias
em virtude de sua realldade operacional; divergências
entre o percentllal dr
,.-"50/d'ã-+l p"ø .ontu,uoa,
".pr"r"
incargos sociais estimado e o efetivo; produtividades das equipes
diferente da prevista; entre oulros
$¡¿1à ji¡i; li:iäfiilr-,iììit¡r,ú,i.'litÌ.',ì,ú,¡'ri'
Também ocorrem incertezas relãcionâdas aos
quãntitãtivos de sefviços, advindas de erros de projetc
erros de cálculo; situações imprevistas; entre outros Esses
fâtores e ìncertezas' na medida em qLre ocorr'
Se um orçâmento é sempre estimãtivo, resta-nos estabelecer qÙâl seria o grâu de precisão necessário e na fundameniação do orçâmento' tendem ã diminuir'
mâs nunc
;;;r;;".""i.
para o orçamenlo de uma obra pública. Tal assunto é ôbordado a seguir' ".;"talhamento
des¿parecem comPletamente
precisão em função do estágio d
Pàra uma obra deedificâção, CARDOSO5 apreçenta âs seg uinles faixas de
dos proletos, citando 9ráfico de autoria de Yimin Zhu (Florid¿ lnternãtional University)
desenvolvimento

5t,lRDosoRobèrtosaleto(a¡enlodeobr¿!emfo(o uùNovoollErsobroòÉnqe¡h i¿decoros 5;oP¿uo Ediror¡Pinr'2009

46
Verificã,se na visão âpresentadã que o orçamento detafhãdo efâborado a partir do projeto executi
terá uma precisão de r50l0. Por sua vez, Danicl I IALPIN e nonald IA/OODHEAD6 afirmam que:
Figur¿ 7 - Prec¡sáo do orçâmento em fun(ão do estágio de desenvolvimento dos projetos.
"A fase de det¿lhamento do pÍojeto termina com as plantas e especificações que são fornecic
ao contltutot p¿tà e[eilos de concoÍÍèn(i¿.
(...)
+50%
Ess¿ estimativa deve te¡ uma pre(¡rão de t 3%, já que o pro¡eto fínal está disponivet,'
+40%

Mu¡tas referênc¡as apresentam uma fâixa de precisão âssimétrica, com maior percenluâf de ¡mprecis,
+34o,6
na hipóte5e de estouro do orçamento e menor percentual de imprecisão no caso de economiã no cus
finãfda obrâ em relação ao in¡(iafmente orç¿do.
+20%
lnúmeras fontes de erros possíve¡s nâ elâboração de orçâmentos, bem como ålteraçôes no poder aqui
8+ ¡os¿ tivo da moeda, fazem com que o orçamento realtendã a våriar em ma¡or percentual para vâlores acir
do orçâmento prevrçto. Pode se explicar o fenômeno da assimetriâ da faixa de precisão em função d
0% 6'r ¡.Ê\ 4
seguintes er¡os cometidos na el¿borâção do orçamento:

a) Não inclusão ou esquecimento de serviços necessáaio5 para a execução da obra. Erro mãis (
-n0% met¡do nã elabo¡ação de um orçamento. O percentu¿l de varíação dependerá da importân(
Ê relativa do serviço omitido.
-20% b) Não ¡nclusão de insumos nas composÌções de serviços unitários.
t
1
c) Não (onsìderâção ou subestimâtiva de variaçöes sãlariaìs ou no preço de mâleriais no d
correr da execução da obrâ. Atendência ãscendente de preços (ou inflação) é mais umà imp(
- 40%
tante explicação para a assimetria existente na faixã de variação dã precìsão das estimativ
orçamentárias.
Dé!¡ÌBh.ibqEb Fojrlo¡dc g@åäiae,¿,) d) Falta de reãlismo na estimativê dos riscos e contingênc¡as inerentes à execução da obra.
grande diversidade de problemas que podem ocorrer na execução da obra tornâ ¡mprováv
sua totâ¡ identificação por parte do engenheiro orçamentista. Há uma tendôncia em se trab
lhar com condições padronizadas na montâgem do orçamento, negligenciando ¡mportãnt
fãtores de rìsco.
No gráfico anterior, pode-se visualizar que os estágios de desenvolv¡mento dos proJetos podem ser
clâramente sepârâdos em quatro fases.
No sentido oposto, como princìpal cãusa para a obtenção de um preço real ¡nlerior ao orçado, podem-
citar os descontos obtidos por ocasiâo d¿ negociação com fornecedores quando dð efetivâ âquisição (
a execução de serviços com produtividades melhores do que ¿s consider¿das no orçamento,
Tabelâ 7 " Prec¡são do orçãmento em função do estágio de desenvolvimento dos projetos.
Apesâr de å Lei n'8.666/93 hãver previsto quais característicâs mínimãs devem estâr reflelidas no proi

.'-ll.:
wffi&wffiffiåtrËilffiffi cri4¡ d
to básico, não houve prev¡são de qual percentual de grau de prerisão se consideråriâ adequado para
orç¿mento base,
làs¿ ,
Èspqo
:.i.r1.,

DÌspõe sc de
Entre 5 t;:ejgot: '15:/q':

6HÀtPlN,D¿nioltwooDHtAD,nonald,Admin¡5l.¡fáodâConsl.u(ãoC¡vil,2"td(ãoRiodelaneio:t¡a-tiýos¡¿.nkosoCic¡trfkorÊdbra5Â,2004

48
()l<inronlo. Conl(,lc ¡c l'reqos dc Obr¡s l'Llbl.¡s

No Brâsil, o assunto Joilratâdo por meio da Resolução CONfEAT n' 361/1991, que estãbeleceu o seguinte: l) projeto de instalaçöes de ar'.ondicionado;

"Att. 3" - As pîincipa¡s características de um Projeto qás¡co são: m) projeto de instalação de lrãnsporte verticãl;

(...) n) Projeto de PaÈãgismo


elencâdos nã
f) def¡nír as quantidades e custos de se iços e fornec¡mentos coît pÍecisáo compatível .om o obse¡va-se, assìm, que um projeto básico de edificação, contendo todos os elementos
que os 115%'
tipo e porte da obra, de tal foma a ensei¿r a deterñìnação do custo global da obra @m preci' referida Orientação Técnica, admite uma margem de erro menor do
são de ma¡s ou menos 15% (quinze por cento), " que de precisão do orçamenlo, o projeto executivo propicra um orçamento com
grau
Considera-se em termos
O percentual de precisão apresentado pela Resolução CONFEA 361/1991 parece contraditórìo (om os dedetalhamentosemeìhãnteâodoprojetobásico,definidono5exatostemosdaLeiS,666/93,poisesteúltimo
para â confecção de um orçameñto detalhâdo
percentuais de CARDOSO e de HALPIN e WOODHEAD. deve contertodos os elemeñtos e informações necessárias

Des5a forma, em nossa op¡nião, o percentlralde


preci5ão de 15% previsto na Resolução coNFEA 361/1991'
A nos5o vet tâl divergéncia decorre do fato de que a Re5o¡ução CONFEA 361/1991 foi aprovadâ dois ânos
precisão do orçâmento da
anles dâ promulgação da Lei n'8.666/1993. À época de sua edìção, encontrâvâ se vigente o Decreto-Lei .t'
deve ser utilizado com cautela, pois a Lei 8 666/1993 exige um percentual de
n'2.300/86. Em seu Art. 5', Vll, o norm¿tivo citãdo definia Projeto básico como: obra mais rigoroso.

"o conjunto de eleñentos qùe def¡na a obÍa ou serv¡ço, ou o complexo de obras ou serviços ob'
i
1: Diante do exposto, compilando.se todas as informações, (onsidera-se ãdequad¿ a adoção
das 5eguintes
precisão do orçâmento nâs divertâs fases do projeto'
margens de eno para fins de aferição do 9rãu de
a
jeto da licitação e que possibil¡te a estim¿tiva de seu custo Í¡nal e pÍazo de execução"
I
Da leilura do disposit¡vo, verifica-se que em su¿ vigèn(ia era eÌigido estágio de desenvolv¡mento me- I - Prec¡sáo do orçâmento em fun(ão da fase de projeto'
I Tabela I
nos avançado para os projetos básicos quando comparãdò com a legislâção atual (lnciso lX, art 6', Lei
8.666/93).

Para ilustrar melhor ã alterâção ocorrìda no conceito de proieto básico- sâbe_se que erâ prática cor-
I
W W A'ea.¡re
:9t"nf g.TLtlf4li?da Po.r um i'ìdi:¿do.:
ou Ùso de c0rÿ45 (le custo'
rente, nâ vigên(ia do Decreto-Lei n'2.300/86, ìicìtar obras de edificaçôes com base âpenas no projeto iË¡rüTj.i+Íliìiiiiiil tû-HrE¡*,trffi :

de arquitetura, situação em que o percentual de precisão de al5% previsto na Resolução 361/91 seria
inteìramente âplicável. O entendìmento técnico e legål atual sobre a definìção de projeto básico presen- .å;.Ë¡itrË,ji,Ë,ÿ,t!
:ì1ìl¡liüË,)il:tt¡Ìì:i. !;,:
te nã Leì 8.666/93 encontra-se consubst¿ncrado nô Orientação Técnica 1/2006 do lnstituto Brasilejro de
Audirorìa de obrãs Públicas (lbraop). i
-Iécnica prevê que os elementos mínimos do projeto bá5ico de obras de edificaçóes
A releridã Or¡entação
são os segu¡ntes:

a) levantãmento topográf icoi

b) sondagens;

c) projelo àrquitelóni(oi
d) projeto de te¡¡aPl¿nàgem; oportuno enlatizâr que o grêu de precisão de um orçamento sofre forte influência da tipoìogia
da
É
exemplo, uma obrâ rodoviária com volumosos quantitativos de serviços
e) proieto de fL¡ndações; obå que se está orçando. Por
um orçamento menos preciso do
de terraplanagem - se*iços com maior impr€cisão na estimativa tem
f) projeto estrutural; quantitãtivos mais relevãntes podem ser estimados com grânde
que o de uma obra de edifiaâção, cujos
g) projeto de instalações hidrossan¡tárias; precisao por meio de cálculos de volumeS, áreas e perímetros Também se espera mâìs riscos advindos
em obrâs
h) p¡ojeto de instalaçôes elétri(as; de condiçoes geoiógi<âs (solos moles, afloramentos de rochâ et( ) e climáticas desfavoráveis
rodoviáriàr do que em obràs de edificaçöes.
i) projeto de instalâçõe5 telefônicas;
Por Ýim, quâl a relação do 9râu de prec¡são de um orçamento com a auditor¡â
de obrâs?
j) projeto de instalâções de detecção e ala.me e de combate a incêndio;
jÚetificativê para desconfiqoração
O grâu de precisão de um orçâmento, muitas vezes, é utilizado como
k projeto de instalações lógicâs; do-sr..rperlaturamento. Existem alguns pre(edentes julgados no Tribu¡al de Contas da União que tratâm
do as;unto, a exemplo do Acórdão - TCU - 941/2010 Plenário, que analísou o ¡ndí(io de superfaturã-
na construção de um conjunto habitacional e admitiu um pequeno percentu¿l de supelfâturâ-
mento
i redq¡ldc tngcnhariâ,Arqúiteto¡ã eAqronomi¡ (Conleâ)éùúa auÉrqui¿ públira leder¡l inr¡loida pelo D4relo'n'21.569, de l1 do dezembro
preços. Apresenta se, a segu¡l um tre<ho do voto condutor dã referida decisão:
O Coßelho
dô rgll. fiÍ¿ft¿çáo ¿doàporfsiço¿monlo do etrci.io e dâ3 at¡vrdados profiß¡onai5 d¡
suà mí$ão¿ al0ùr (oDo a inirãn(¡à eupe¡lordà verifi.àção, d¿ mento de
engenhenot âqrõno os,Oeótoqosq0ó9r¿fot,mereoßoqnas,lé.nkoscle(¡óloqos.^rúàmcrle,oConfo¿órogidopclatei5.l94,de?4deddembrode
1966, e posu¡ cerca de 770 ùil profßr onð¡5 regislrãdo5.

51
O(a¡rcnlo. Conrr,Ì. (1. l'¡...\.¡c ()irr.ìs l,ribln¡\
.
't¡tr',1ù
2: | ,('\À ¡ LJt, r
',(i'¡,i]4,1¡ (ìl

"77. Não se pode afímat pot isto, que o pro¡eto básícq apesar de mal elaborado, .onduziu a -14. Afirmou também o representante |egal da empresa contratada que, [...], mesmo admit¡ndo o
contratação pot valofes expressivos (t¿lvez em razão da sìmplic¡dade das obfts), atè porque,
brcpreço hoje exístente de R6 10.741.770,31, este "rcpresenta aproximadamente 9,50% do valor glo
ainda que se consideratse ovalor inicialmente jndicado peta Secob nã derra(leira instruçào, que
da contratação, percentual este ainda dentro da margem de varÌação aceita pelo CONFEA e tamb
repretenta 12,2% de "superfaturamento", segundo aquela unidade técnica, esse valor a¡nda é pot inúmeîos julgèdos dessa C. Co¡1e de Contas" (grífo original). Essa generaliz¿çâo Ío¡ prontâñe,
inferior ao parâmetrc de va ação ditado pelo Confea, que é de Ne.isâo de êté lS%. Adeñêìs, repudiadâ pelo Minßtro José Jorge na se55ão plenár¡a da semana passada, gue deixou assente que c¿
.o\s¡defando os ãjustes aqu¡ apontadot, tequet hauve va ríação ,upeior a 7% (ou 3o/o se expur- p¿rtícula dades que aptesenta. Manifesto a minha concordànc¡a c.
caso deve seÍ analìsado à luz d¿s
gado aquele apontado com base no Si.rol)...,, pe,r¿merfo. este Tribuna¡ pode. eventuãlmente. ãdm¡tir precos de determinados ¡tens acimâ (
eise
referenc¡a¡s de orecos of¡c¡ais em sit
te "tolerável" de sobreoreco globâlêñ um determi0qdltt$pte_ej-dinelltp. "(grifo nosso)
Outros precedentes do Tribunal vão em sentido contrár¡o, por exemplo, o Acórdão j.3471201o_pfenário
ou o A<ótdão 844r2004_Prenário, no quar o Tribunar considerou que um sobrepreço de 5,6% é suficiente lndependenlemente de qual tese vìer a prevalecer com a consolidação da jurisprudència do Tribunãl
para carâaterjzar débito, Apresentâ-se, ¿ segu¡r, um trecho do voto condutor do
refer¡do A(órdão: Contas da União, são necessár¡as algumâs observações sobre a descâracter;zação de baixos percentL
de supeffâturâmento em decoraência dâ imprecìsão intrínseca de todo o orçamento,

Primeirameote, conforme já abordado, o conceito de precisão não está relâcionâdo ao sobrepreç¡


"11. Poder'te-ia afirmat que percentuais da ordem de 5,6%, ¡n.identes sobre o valor gtobal de
part;r da compâração entre um orçåmento contrat¿do e um orçamento parâdigmã de mercado, obtì
um contîato, não são s¡gn¡ficatívos a ponto de configurar a existênc¡a real de ,obrepreço,
Câso med¡ãnte consultâ â sistemas referenciais de preços, Além disso, ressãlta-se que:
essa comparcção estivesse sendo reêlizada com urna projeçâo ínicial de custo,
eu tenderìa ã
acatar tal obseNação. Não obstênte, não é esra a s¡tuaçâo deste, autos. e) A aplicâbilid¿de do percentuãl de 15% da Resolução 361/91 deve ser avaliada em fåcr
mudança leg¡slativa ocorrida em 1993 com a publicação de Lei de Licitaçóes e contratos e
12- Os ýalores que representam a divergêncía entrc â estimativa que deveria ter s¡do elaboßda
face da existência de outras {ontes de referência apresentôndo faixas de precisão entre mais
pelo [...] e as eventu¿¡s propostas são aqueles conrtantes do Acótdâo \O74/2OOJ - plenário,
meno5 5% ã 10%o.
sobre os qua¡t foi sorìcitado àquete depaftamento que justificaste as diferenças.constatadas.
Percentua¡s pequenos nessa primeirà anélìse ter¡am,ido evidente¡nente desconsideftdor. f) Observarqueaimprec¡sãode15o/"previstãnaResolução361/91 abrange e.ros nas est¡m;
vas de quantitat¡vos de seryiços e erros nas estimâtivas de preços unitár¡os. Nâo se pode, ass
r3. Ô5 varorcs representantes dã posição atù¿r, entretanto, tão de.orrentet de dnàrise'
b¿stante aplicar o referido percentual unicãmente à imprecisão dos preços un¡tários,
detalhadas e crite osas, que envolveram um? reýisão especílica do, parâmetros ertabelecidós
pelo Sistema S¡cto, análße dat justificativas ápresentadas peto [...], e a comparação de
custos
g) Conforme enfatìzado anteriormenle, a aplic¿ção da precisão de 15% nâ compâração entr
com um sistema ad¡c¡onal, o Sinap¡/tBGE. As análises abr¿ngeßm curtos e quantitat¡vos orçamento ¿nalisado e o orçamento relerenciãl é indevìda, pois o conceìto de precisão se refer
de mão
de obra, matedâis e equípamentot além da própri¿ compos¡çâo dos itens oÍçêmentáÍios. diferença entre o orçamento analisado e o custo efetivo da obra. Ademais, não se pode aplic¿
Sem_
pre que presente dúvjda razoável, lofam adotados os valores mais favoñveis à pol¡ção conceito ã um orçamento com sobrepreço, po¡s â superestimativâ de preços e quant¡tativos de
defen-
did¿t pelo [...]. Todas essas razões revâû-me a concruit que tak t/arores devem ser.ons¡derados pode ser várias vezes maior do que o percentual de precisão previsto na literatura té<nic¿.
como sobÍeprcços efet¡vos, e não ¿pen¿s ert¡matívor.
h) As re(entes disposições dâs Leis de Diretrìzes Orçamentár¡as estabelecem que, salvo raz,
t4. Importante dettacar êinda que, sob o êspecto metodológico, a desconsideração de percentu- dev¡damente justit¡cadas em refatórÍo técnico circunstanciado, não serão aceitos preçot ac¡
à¡s inferioret a determínado varor (digamot a títuro de exempro, 5%) conduziia daqueles constântes no Sinãpi ou no 5icro, conforme o t¡po de obra executâdâ com recursos
à necesr¡dade
Iógica de dedução desse mesmo varor nos percentuaís que lhes fossem superíores (encontrado derais, Assim, entende-se qLre qualquer percentuãl de sobrepreço decorrente de extrâpolaçr
sobrcpreço de 12%, deveriã ser exigida a recomposição de âpenas 7%), pois tal ,,variação pe'- injustifrcadas de preços acima do sinapr ou do Sicro não deve ser admitido, pois viola expres
mitida" (o percentual de 5o/Ò) seia apticáveÌ a todos os casos. mente a lei.
15. Tomados como sobreprcços efetivos, surge a ner:essidade inescapável de rct¡f¡caçào dos res- ¡) Não é qualquer superfatu¡amento de bâixo percentual que é explicado pela característ
pect¡vos contrato, por meio da celebração de termos êdítivos, independentemente do porte de estimâtivâ dos orçâmentos, A{inal, superfaturamentos advindos de ãditamentos contratL,
da divergência (em percentualfrente ao valor gtobal do contrato).,, irregulares ou de reajustamentos de preços.om erro de cálculo não podem ser jLrstrlica dos I
Cita-se também o recente Acórdão 1.894/2011-plenárjo, em qLte o ICU não
terem baixo percentual em relâção ao v¿lor do contrato. o mesmo pode ser dito com r€la(
acatou a afirmâção dã con- ao soper{aturamento decorrente de pagamenlo por serviços não executados.
1rãtada de que a precisão do projeto básjco (conforme defjn¡do em Resolução
do Confea) ab¿r(ari¿ e
justificaria percentuais de sobrepreço detectâdos, elidindo,os por
esse molivo. Assim, não há qu€ se falar
em tole¡åncia de sobrepreço sob o ârgumento de que seu percentual
encontra,se dentro da margem de
vôriação aceita pelo Confea como precisão do projeto bási(o. São
conceitos distintos, nao se podendo
justifi(ar ìrm pelo outro. A seguir åpresenta se um trecho
do voto condutor do.referido acórdãô:

5.2 53
o¡(¡'r.nlo ¡ co¡lrt(: rlc ¡rc(osrJ,! Olr¡s P(iD|.¡s
C¡liílrlo 2: l,'e.i\io (lo Or(¡nrartô ¡. (j

2.5 Estudo de Caso - Análises Expeditas Os investimentos prevìstos são expressivos, da ordem de Rg j6 bilhões. e encontram_se disariminado:
t¿bela a seg!¡it Verifica-se que R$ 5,7 bilhões são custos relatìvos aos equip¿mentos da usinâ, entr{
quais as tùrbinâs e geradores de energia.
Estimêtiva do p¡eço das turbinas e geradores do Complexo H;droelétri(o de Belo Monte. -Iexto ãdaptado
do estudo que embâsou o Acórdão ICU n. ?31/2010,P1enário
Aoresentacão do Problema:
Tãbela 9 - Resumo do orçamento para implântâção dã UHE Belo tVIonte.
As licitações pâr¿ contratação de energia e a outorga de concessåo de novos empreendimentos de ge-
ração são regidas pelâ legislação setorial específica, especialmente pelas Leis 1O-B4B/ZOOA, B.ggit19g;,
9.O74h995 e A.66611993, sendo que, no åmbito do TCU, a matér¡a está regutada pela tnstrução Norma_
W 2.s313?143..

tiva TCU n'27l1998. ssoj.g¡qz¡-


5_70ú149,74 .
No caso em concreto, o fribunal rearizou o acompanhâmento do reiião n" 006/2009 pâra contratação )t.79i.93i,45 .
de energiâ proveniente d¿ L,sina Hidrerétrica de Bero Monte, no Rio xingLr, bâcia h¡drográfica ãm¿zô- t.,t31529,03...
nic¿ no Estado do Pârá, com post€rior outorga de concessão de uso de bem público para explorãção e 534.85126
aproveitamento hidrelétrico, para o Sistema ¡nterligado Nacional - 5rN, no Ambiente de contratação Cuslo {lc Ccração SemJDc. t5.atóJlt/{.
Regulâda - ACR, que compreende ¿ obtenção de energið para o ¿tendimento aos consumidores com È5.ooo,ûò..
ta¡ifas reguladas.
O empreendimento. que é do åmbito do proqrama de Ace¡eração do Cresc¡mento - pAC, terá potência * Ju¡os durante à.onstruçãô
initalâdâ de 11.200 MW, e a ent¡ega de sua energia está prevista pâra ter ¡nício em 2014.
Para defin¡ção de um valor jLrsto dâ tarifa de energ¡a, torna-se pr¡mordial que o TCU anal¡se o As carãcterísticas gerais da casa de cada casa de força estão ¿presentadas na tâbela a segujr:
custo
estimâdo para execução do investimento, o arrânjo geral do empreend¡mento encontra-se descr¡to na
figura a seguir:

Tabel¡ l0 - Caracteristicar dàs (asas de forç¿ da UHE Belo Monte.

Figura I -Arranjo geral da UHE Be¡o [4onte (pA)


¡Wffiflü¡ÞT'.ffi$æ HffiHffiffiffi
'Sffiffi lt_000 233)

\r Qurd¡ ì.iq da No'¡inat(m)


25,9

D;ante da situèção colocada, torna-se necessário que o auditor de obras avalie o custo esttmado p,
aquisição e montagem dos equipamentos, ressãltando,se que não foi viável obter cotãções reãis jur
aos fornecedores, Ressalta-se tâmbém que a potência unitária das turbinãs do tipo Francis é mujto €
vâda, com poucos similares no mLlndo. Como proceder a avaliação destes equipamentos?

Então, será visto como foÌ procedido no estudo que embasou o Acórdão 131/2010 plenário que ¿pro!
o estudo de viabii¡dade submetido åo TCU

Anál¡se do TCU:

Buscou-se levântâr as informações disponíveis a respeito de diversas urinas construídas nos últimos an
Frise-se, entretanto, que ¿s dimensões do AHE Belo Monle destacôm-se sobre a5 demais usinas qLre po(
r¡am ser considerâdas como pãrâmetros para uma avaliação dos preços dos equrpãmentos. Não se po
olvidar que, comumente, obras de enorme vulto como essa em questão tendem a apresentar 9rèn(
ganh05 de escal¿ nos custos contratâdos-

55
OrcamenloeControledePreçosdcOb.asPúblicâs
càpnulo2: P.c.ßàodo Orçèmcnlo de Obràs

2,5 Estudo de Caso - Análises Expedifas os invest¡mentos prev¡stos são expreslivos, da ordem de Rg 16 bilhões, e encontram-se d¡scriminados na
tabela a seguit Verifica-se que R$ 5,7 b¡lhões são custos relativos âos equipâmentos da usina, entre os
qu¿is às turbinas e geradores de energia,
Estimativa do preço das turb¡nas e geradores do comprexo Hidroelétr¡co de Bero r\¡onte, Texto adâptado
do estudo que embasou o Acórdão TCU no 131/201o-plenário.
Aoresentação do Problema:
Tabela 9 - Resumo do orçamento pã¡a implantaçåo då IJHE Belo Monle,
As l¡c¡t¿ções para contrataçáo de energiâ e a outorga de concessão de novos empreendimentos
de ge_
ração são regidas pela legislação setoriâl especÍf¡ca, especi¿lmente pelas Lejs io.g4g/2004,
a_galhggs,
9.07411995 e A.66611993, sendo que, no âmbito do TCU, ã mâtériâ está regulada pela
lnstrução Norma-
i¡ù¡i0:rùùi¡Ì$ii.ÿl*1.8$ä#ffi"#t**SÞì# i'¡ *Hfr ì
t¡và TCU n" 2711998. ¡.ô.!.Ët&t1ÈillÌÞffiftwiHÌÿ *lli' ì.
:r+iÈ{6ãt6t+effi *$#å#$!**{i}i}1!ùi'*Èfê.i+}$
No caso em concreto, o Tribunal reafizou o acompanhamento do le¡lão no O06nOOg para
de energ¡¿ proven¡ente da Usina H¡drelétr¡ca de Belo Monte, no Rio Xingu, bac¡à
contratação
h¡drográfica âmazô-
iliì30ÞiÌ!ü!ÊF:b.*åâ WåìffiR : åä *l
It¡ijÉ:¡ìiiÈiëj'Ht1fië!äi$Tì'åSì.f:*$ÿÄ.iìt"{.i.i$¡;l ¡
nica no Estâdo do P¿rá, com posterior outorga de concesjão de uso de bem públ¡co para
exploração e .Èi6Ál¿È:i.Èl9i.i:ììSËWffi&ìí1:;1ttà.ìX'iÞ;$3ii
âprove¡tamento hidrelétrico, para o Sistema ¡nterligado Nacional _ SlN, no Ambiente
Reguladã - ACR, que compreende a obtenção de energ¡a parâ o atend¡mento âo,
de Contratâção $.irô;¡ì,ilT.åiååi¡fi Ì.uffi+ffiÌß\iirriluii{$i._sFrirq ï1iåiältri4Ý*i!i*$*ií_ï.íirùFãr¡,ffiffi trffi'.ffiìltått
consumidores com irUhåTåÈÆitã.Èì:i- ji$'il,:$¡;iðiffiÞ
târifas reguladas.
ìó¡rî:ÌìÈi$dý-rriË{f#Æå!,'È!S.}.Ëliffi it}'riiïiiig,lÌt:.i,ä
O empreend¡mento, que é do åmb¡to do programa de A<eleração do
Cresc¡mento _ pAC, terá potênc¡¿ rluros durânte a construção
instalada de 11.200 MW e a entrega de sua energia está prev¡sta para ter início
em 2014.
Para defin¡ção de um valor ¡usto dâ tarifa de energiâ, tornð_se primordial que
o lcu ãnal¡se o custo As carôcterísticas gerais da casa de cada côra de forçâ estão apresentâdas na tabela a seguir:
estimado pâra execução do inveslimento. O arrânjo geral do empreendimento
encontrâ-se descr¡to na
f¡gurâ a segu¡r:

Iabela 10 - Caracterlst¡câs das caras de força da UHE Belo Monte.

Figura 8 -Ar¡anjo geral da UHÊ Belo Monte (pA),


iùñ.üi1å.{Þ.ü1ñ.rs#..-tr$,gff têï,rHí1.t!ìjftiÌ3iei.w,5ÍTtr
p.rô¡dôr;iúbd;(,üdr'?TEç,.:{,S.::'t ¡ r' -,' i . -.' 1., itëli-rÞlÍëi#ìÞf iËþ-Ïffif ,,.7
r.r:rjoo'r . !Ìi¡Ìä::-.Þ¡:T*'üï,ti4Tf üHëäffi låS.åÿ:
i'r'ñr.ftùdffiF¡ffiê&.ffaffi.\sffi ñFllÌriì*ilÊi-i:.Í::rl"ËlÌH{Itil í,liå:,þiÌÌi:$Tllì:itrüfi ffi ffiÆS.À*l

\r :Niù'ùfi¡þ¡iÂ&è**Eü.iRãmW¿,.W.ÈÈ, il¡];rT:1i:Ë-tlÍ1!¡1,:{21¡,:.f. 1
ir"ìslc-rìi¡;äÈid':drdÀffsi¡Þ,$[î:!frÉiiÊÈiå!.siiit!:ii,Èú¡lã!iaÈ:l¡l!¿.iìi.Ì
i,äti,i.{Ð.!*r¡ì*iï,,$àëff kt$wffiï
!i'fçI'lil!î$"f.ú.$:i,Þ:*ilì{Sffi{W1ä¡i
i;.*!ìÈêi*i;.i¡ÌrÌi:ittì#i;tl$i it".É¿È.ì,¡ri($li:iìiiiiþgffiiiìffii{È

Diânte da s¡tuação colocada, tornà-se necessáa¡o que o aud¡tor de obras âv¿lie o curto est¡mado para
aquisição e mont¿gem dos equipamentos, ressâltando-se que não foi viável obter cotações reais junto
aos fornecedores. Ressaltê.se também que a potênciâ unitária das turb¡nas do tipo Frâncir é muito efe-
vãda, com poucos Similares no miJndo, como proceder a ôval¡ação destes equipamentos?

Então, será visto (omo foi procedido no estudo que embasou o Acórdão 131/201o-plenár¡o que aprovou
o estudo de viab¡lidàde submetido ao TCL.

I \ Buscou-se levantar as informaçöes disponíveis a respeito de d¡versas usinôs construldâs nos últimos anos,

c
\ Fr¡se-se, entretânto, que ar dimensões do AHE Belo I\ronte destacam-!e sobie as demais usinasque pode-
riâm ser cons¡derâdas como parâmetros parâ um ava¡iação dos preços dos equipamentos, Não se pode
olvid¿r que, comumente, obras de enorme vulto como essâ em questão tendem a apresentâr gr¿ndes
ganhos de escalâ nos custos (ontratados.

55
rrpirù1,, 2. I', 1ß,r,¿,r (rr\, r,a ¡, ¡l, r'lr15
rl'( lf'\' 'LlL lltri'r1'l Ir!
'rfnrnIL'\rr"'l'rn

ôârâ.ão com outras usinag:


Em s¡tuaçöes assim, alguma5 ânálise5 expeditas podem ser Úte¡s, se não como châncela das estimativas,
ou fundamento para rejeição dos preços orçados, pelo menos como indíci05 de erros g.osseiros ou de outra Torma utilizada para reforçar a vefif¡càção da adequação das estimât¡vâs feâlizâdâs consistíu nã
relaçöes de preços completamente desconformes AsSim, ¡n¡ciou-se a presente avaliação com uma análise coleta de informações sobfe d¡versas \rsinas hìdrelétficâs. E55e expediente tem
por finãlìdadê aferir se ôç
expeditâ capaz de âuxiliar na aferição dos preços estimados preços utilizad05 no OPE estão próximos àqueles orçados pâra outrot empreendimentos Assim, foram
liçtadâs nâ t¿belâ
Verificou-se um contrato da Usina de ltaipu, por ocasião do aumento do potencial dãquelã usina de levantados dados sobre ¿s usinas hidrelétricâs, cL¡ias principaìs caràcterísticas estão
12.600 MW para 14.OOO MW- E5se contrâto decorreu de licitäção internãcionâl e fol as5inado com o Con' seguinte.
sórcio Ceitaipu (liderado pefa empresa Alston e formado àinda pela Atea Brow Boveri, siemens e Voith)
O objeto do contrato em tela era ã implantação, no regime de empreitada integral, de 2 (duâd unìda-
des geradoras de eñergia elétrica, completas, com potência de 700 MW cadâ, incluindo â execução do Tabefa l1 -CarãcterÍsticâs técnicas de algumås usinas hidrelétr¡cas
projeto. a fabr¡cação, os testes em fábricô, o transporte, o armazenamento, as obras civis a montagem
eletromecânica, os ensaios parã colocâção em serviço e o comissionamento. Tratavâ se naquela o(â9¡ão
de turbinas Francis, assim como no caso presente.
ffi
.r¡r;liró;ié ll.00q0' 623,6 37,50

2266
så; s"li;¡o;
De acordo com o que {oi noticiado larqamente na imprensã, e que podem ser confirmados nas notas t;b¡|. r.03q0. 1!7,5' 2tt20
.siitâ
expli(ativ¿s às demonstraçöes contábeis dos exercícios de 2006 e 2005 da empresã ltâipu Einacional, esse Pei;o.!ãeÌo¡9:
contrâto foi assinado em novembro de 2000 peìo vaìor de U5$ 184,6 milhões, resultando num custo de sL5 . 26,3 .
trltt
u5$ 131,86/kW 95,60

Convertendo para reãis es5e vâlor parametrìzado (taxa de cåmbio de novembro de 2000) e atualizando 3.J00,0

financeirômente ãté o mê5 de dezembro de 2008 (utilizando o índjce de obras hidrelétrìcas - loH, espe_ 52,5

cífi(o para equipamentos nac¡onàis), o preço unitário pastãrìa a ser de R$ 484,37lkw 3.150,{ 71,þ

ll25,tJ 332,0
Esse preço parãdigma pode ser comparado com o preço estimado no OPE (Orçamênto Pãdrão Eletro- '
236þ
brá5) de Belo Monte parâ equipamentos similares àqueles incluídos no contrato de ltaipu, desde que 355,0 432,0
'
parâmetrizado pela potência ìnstalada (exclusivãmente ã casâ principal- turbina Francit Assim.âfim 2r3,3
de realizar essa comparâção, foram somadas diversês parcelas do OPE, a fim de se (onformar os itens 10r,9 10t,65
selecionados âo contaato em questão, Nesse sentido, {oram incluídos nessa anál¡se itens como turbinas
Francis. geradores, comportãs, grâdes, condutos forçados, equ¡pâmentos elétricos acessórios, transporte,
seguros, montagem, testes e eventuais. Pode-se aSsoc¡ar o valor encontrado pela somã desses itens no turbinas utikzâdas no AHE Belo Monte serão predominantemente do tipo Francis A
É notór¡o que as
OPE com o valor cobrãdo pelo contrâto que visou â cobrir aquele escopo já descrito anteriormente
contribuição da casâ de força complementâr (turb¡nas Bulbo) representa menos de 3% da potência ins-
A partir parâmetrizado pela potênaia do empreendimento, os
dessa análise singelâ, é possível observar que, talada total. Ass¡m, analisando os dados reunidos, entendeu se pertin€nle excluir då presente análise
preços estimadoç pârâ Belo Monte estão aproximâdamente 14olo superiores (R$ 553,40/kW contra R$ 484, aqueles empreeñdimentos de turbinas Kapfan e Bulbo Foi excluída também a Usina de Dardanelos lsso
37lkw àqueles praticados na us¡na de ftaipu, cujo escopo era similar mâs ainda um pouco mais abrangente porque sua turbina erâ do típo horizontal, mãs pr;ncipalmente devido ao fato de que as tr'jrbin¿s dessa
usina são de dimensões significãtivamente menores. tendo em vista a potênciâ un¡tár¡a de cada turbina
Prezando pela confiâbilidade da aná¡ise, optou_se por excluir os custos de transporte (5%) dos preços do
representar menos de 1O% da potênc¡a unitária da turbina útilizada em Belo Monte
OPE de Belo l¡onte, apesar de esses custos estarem previstos no contrãto de ltaipu e nãô têr
expurgâdos. Adotou-se es5e expediente pelo fâto de qLre é notório que o trantporte parè Belo Monte considerando exclusivamente âs usinas com turbinaS Frãncis loi possivel Jazel uma compãração entre
será sobremaneira mâis caro do que aquele para a Usina de lta;pu. Entretânto, mesmo sem transporte, elas, no que tange âo custo dâs contas relativas a equipamentos. Nesse sentido, elaborou-se ã tabelâ
o preço parametrizãdo (R$525,39/kW) contìnua 8,5% superior ao do contrato. Frisando sempre que o a seguir, com os valores atLlalizados pãra dezembro de 2008, utiliz¿ndo o lndice de obrås Hidrelétricas
contrato engloba ainda os custos com transporte (lOl_l) para Equipamenlos Nacionaìs. A tabelâ âpresenta, além dos valores absolÙtos atL'alizados uma
(tanto para
relação entre a estimaliva dos custos de equipamentos e a potência instalada daquelâ usina
É evidente que se trata de contrâtos diferentes, em regiões diferentes do país, e tudo isso deve ser levado
a contâ .13, quanto para a soma da5 demais contas),
em conla, Nadã obstante, uma análise na descrição do escopo do contrato de ltãipu permite observar
que se incluem ali diversos serviços não inseridos nâ tâbela anterior (por exemplo, obras civis, projetos,
BDI etc.), o que reforça ê segurançâ dâ presente ãná¡ise.

Feitas essas consideraçóes 5obre as incertezas envolvidas nessa verificâção, pode-se con€luìr que a ordem
de grandeza da eslimatìvã de preços para os equipamentos da AHE de Belo Monte está razoável (omo
âproxìmãção. Todaviâ, cumpre ressalt¿r que umá otimização por pafte do empreendedor ainda poderá
ser feild ne\5e inves(imento de form¿ d dim¡nuir seus custos,

56. 57
C¡pilulo 2: I'rùr!¡o (lo Or(¡nrxìk) de ()br¡5

tab€lä f2 - Custos (om equ¡pämentos e potêncià ¡nstal¿da de algumas 0sin¿s hidrelétricas Tâbelã 14 - custo atualizado {dez/2008) de qeradores de alguns empreendimentos hidrelétricos.

ffi
dirdù:éìþi
¡.4ìi¡tr, ,.:
r':
.
ffiisäiffiwffiffi
ffiffi.wffiËmffiffiffiÌffiñH&ãiffi
611573,26

141.214.4J
5.24134ø,t)7

t.756.995)3
120,536,96

425,t4
WÞ91õ.Mq4lsl..:,,:. ...
ffiffiffiiWffiffM
rt:: 1.i
ce:àdoÌ.i;ntipâtîA8rr
-
::,

cc;a¡ôicioi;ðìj - 'rr rì3: r' ,i


::l
, c;à¡ó;foB, '.1 ',,:l J¡: .' - .60050.325,J4
ti.rìizrrqio
.t!0p5
ì12,0t

55367,76 124.589,t9 30.323,44 .21331,19 15701 . Gù¡dor{cl¡1],. _r. ri' .:ì¡ j: ì.:.r: ' i7.2ar.6s,t,si,. 2lJ.t50 12729

135.721¿,24 33.653,32 J3422 311,57 :l¿¡iìi!!ñìi,ô;i .. cciðdor lÍro')al) : -r.5r r'r' 35ioijeo,4í 205.{ro rzòlsú'

224.094,9? 10 751,7t .. c";;* roB . 't ,, io tl'¡-zot,¡o r0r097 20J,s¡

4.436,70 475,52 ß7,ri


tie,s¿ 14i,15

3+5.10

Mesmonessaânálise,percebe-sequeta¡toovalordeturbinaquãntoodegerador(parametrizâdos
pelas potênciâs unitária5) estão ac¡ñâ da nìédia das demâis usinas. comparando-se os custos parametri
zados, observa-se o preço da turbi;a em Belo Monte aproximadamenle 13% superior à médiâ, enquanto
Analisando a tabela ¿cima, é de se notar que o valor total relacionado à turbina e âo gerador (conla .13)
o do gerador encontra se 30% âcimã da média
estão significativamente acima (ôproximadamente 40%) da média das demais usinas- Aliás, o preço estimâdo
para o AHE Eelo Monte está superior â qualquer outro relativo às demak usinas, o que indica uma possibi Destâque-se ainda que 05 valores parâmetrizados para turbinâ e gerador só estão âbâixo dos valores es_
lid¿de de esses va¡ores estarem ¿c¡m¿ do que deverá ser ¡nvest¡do pelo em preendedor vencedor do leilâo. timados em simplício. TodâVia, é de 5e observaf que esse Valor mais âllo em Simplício decorre lambém do
falo de essa us¡na apresentãr turbinas com potência bem menor que ¿s demais, o que implica um custo
Ao contrário, quando se aonsidera a somã das demais contâs relacionadas a equip¿mentos, ponderadã
por turbina mais bâixo, mas um Custo parametrizado (R$/KW) gefâlmente mais a|to. A mesmå conclUsão
pela potêncía ¡nstaladã dâ usinâ, a €stimativa dos preços do AHE Belo Monte está àbaixo da média das
pode ser atribuída também pâra o gerador
demâis usinas (aprox¡mãdâmente 40%).
Cumpre destacar a quantidade de conjuntos turbinã/gerâdor (18) que serão contrâtados no AHE Belo
Ressalte-se que a conta .13 representa qu¿se 80% do tot¿l gasto com equipamentos. Some-se a isso o
Monte,númerobemsuperioraosdemaiscasos'Nãosepodemdesprezarosganhosdeescâlaocasiona.
fato de que a conta -14 (â segunda mais materiãlmente relevante) é estimad¿ por um percentual dä
dos pela compra de 18 unidades de turbin¿ e gerador, que fatâlmente inlluirão nos preços contratâdos,
contâ .13. Assim, pode-se levantâr a suspeitê de que esses custos de equipamentos em gerâl estejam
tendendo a diminuí-los.
ãcima daquele5 de referência, que serão efetivamente prati(¿dos pelo empre€ndedor ao adquirir tãis
equipamentos. Aliás, reforça essa tese a avaliação dos preços estimados para a (asa de força complementâr de Belo
Monte, projetada para ut¡lizâr tUrbinas BUlbo' Pode.se realizar a mesma análise €xpost¿ na5 tabelas
Como destacado, a conta.l3 é predomiô¿ntemente form¿da por preços de turbina e geradot A55rm,
antefìores, comparando os custo5 parâmetrizôdos (R$/kw) de cada lurbina Bulbo de aelo Monte com 05
procurou-se anali5ôr mais detidamente esses custos entre as usinas estudadâs. Dessa vez, entretanto,
custos estimados no OPE do AHE de Jìrau, Procedendo-se o mesmo.álculo para o custo de cada gerador
optou-se por pârametrizâr os custos de equipãmentos pela potência unitária de cadâ um deles. Também
(R$ 420,84/kW) es-
nessa análise foiconsìderado o IOH específico de equipamentos nacionais para a alualização até dezem- Essa ânálise resultou na conclusão de que os custos de turbina Sulbo em Belo Monte
bro de 2008. Os dados para comparação estão demonstrados nas tãbelas seguintes. tão 47% acima dos custos desse tipo de tufbina estimados para a usina de lifau (Rs 286,'1g/kw). QLrãnto
âos geradoret, o preço de Belo Monte está 57% âc¡ma do de Jirau (R$ 313,41lkVA contra R$ 199.56/kVA)
Es5adiJerença5ópodeserexPlic¿dapelogânhodeescala,vi5toqueemBeloMonte5elãoadqUiridas6
turbinâs (ontra 44 a serem adquiridag em Jirau.
Tâbe¡a 1 3 - Custo atua l¡zado (dez/2008) de turb¡nas de a lgu ns empreend¡mentos hidrelétricos.
possam ser
Por decoraência, é de se esperar qLle os conjuntos turbinas Frantis/ger¿dores em Eelo l\¡onte
wffi MöffiJ*tn4¿"fftüffi å9ffi ffi ffi
625.530
ffi ôdquiridos num custo parametrizðdo ainda menor qoe o da médiã

532.000 l5r,5l
5 35.270 43921
Conclusöes e Liqãe5t3p-l!€od{iê5:

A existência e disponibilidade de um b¿nco de dâdos com preços de equ¡pamentos de outros


empreen-
3 dimentos hidrelétricos demonstrou ser indispensáveì para resolver o problema
3 de
É necessário cuidado para não fazer comparaçöes indevidôs No <a5o em concreto, teve-se a câutela
separar ãs hidrelétr;casem função dotipo deturbina (Francis, Kâplan, Bulbo e Pelìon) Os'ustosetécni'
cas construtivas vâriam muito a depender do tipo de equipamento.
É necegsário fazer comparações sempre na mesma data_base, atuôlizando
ou deflacionândo os preçot
que compõem a amostra de dados.

58
Orçamentos Sintético e Analítico
O que são composições de custo unitário?
Quais elementos um orçamento sintótico deve colìter?
Como organízar um orçamento de obrâs?

Quais os elementos de uma composição de custo unitário?


O que são insumos?
Como analisar os coeficientes de uma composição de custo
unitáflô?

Nos câpítulos anterìores, foram apresenlados os conceitos e as ploprie-


dades do orçamento, bem como o grau de precisão do orçamento em
funçào do estágio de desenvolvimento dos projetos.
Então, iniciã-se um estudo mais âprofundado das técnicas de orçamenta-
ção de obras, começando pela montagem e estruturação de um orçamen
to sìnlético, em que se pretende apresentar os conceitos de discriminação
orçamentária e o plano de contas do orçãmento, Em Seguida, vâmos con_
ceituar o orçamento analítico e as composiçöes de custo unitário.
Chega-se, ar5im, â um dos pro(edimentos mais ¡mportãntes e rot;neiros
de uma auditoria de obrãsr a análise das composições de custo unitário
dos serv¡ços que compõem a obr¿,

Para exemplìficâr os conceitos apresentados, serão expostos alguns estu-


dos de casos em que foi necessário efeluar anáfises e ajustes em composi-
çöes de custo unitário.
Orç¿'n.¡¡,) | Ciùìlr.le ¡c Prcçosrjc Obr¡, J'>tlbl¡c¡! C¡Þ¡rlo J: r)r.¡nù¡r(os 5iûrari.ô. A¡¡lni.o

3..1 lntrodução aos Custos Diretos e lndiretos plènìlha orçâmentáriâ da obra pode englobar milhares de itens Algumas
Ape5ar do termo sintético", a
vezes. o orçamento sintético pode abranger d¡versas elapas ou pârcelâs de um empreendimentô ê ser
formado por Lrma grande quantidade de planilhas orçamentárias d;stintès Na tabela a seguir, ¿presen-
Costuma-se delinir o preço de venda (PV) de uma obrã ou de um serviço a pãrtir da segujnte relação:
la-se a prime¡ra pârte do orçamento sintético de um¿ típica obra de edificação

PV= C (1 + BDI)
labela 15 - Pr¡meira parte de um orçamento sintético (exemplo)

ondel oßR coNsrRuçÃo DE rR ÉDro r t{A¡ tvo


^DMrNrs
PV é o preço de vendâ;
corresponde aos custos do construtor;
C

BDI (ou LDI) corresponde às despesãs indìretâs e ao lucro do construtor


ffi
W
ffi
ffi
.ì.i-:::, rapurc¿¡ i¡¿p¿ ¿e mi¡eir¿ ;ompei5a¿a {6;n) . . '.': ll' 1165,30 2ZO5 .265e¿33
Custos diretos, custos ¡ndiretos e despesas são conceìtos com definições contábeis diferentes, ì.¡i. rn,rur"ço* e-,,ó'^1ù"ùaãq¡co¡.qenkaia prcøsóia dc lsuà tl;4'
. . .i, I ì2 ò5qoo :. --.r¿¡ù00
j3. Prao¡¡obú¡..h¿pa¡caço8atÿ¿niuado{dooxeoont ri 1 136J7 11611
Custo é â soma dos gêstos incorridos e necessários para produção ou a prestação de serv¡ços previstos no
r.e dc ob'f, l25t3o l:siso
objeto sociâf da entidade. Despesa é o valor gästo com bens e serviços relativos à manutenção da ativi- ^tôbil¡r¿\¡o
Ir Oftcfu(dôr n'¡rtrien(io do cdrkno ñõ\ lZ ls r'¡l,OO rgi t'tOOO
dade da empresâ, bem como aos esforços para a obtenção de receitas através da venda dos produtor,
'r.6 Dclmob'rização'ieobrð. . cj. 1 l2t5,3o t2!rso
Os custos lêm a câpacidade de serem atribuídos ao prodLrto final, enquanto âs despesas são de c¿ráter
geral, de difícíl vinaula(ão ¿os produtos obtidos. ffiffi
2t tquip¡^dminisi,¿úodJObr¿llnEenhcnom\idcnl..^lc\lrorrcObEr,^po¡l;Jór mß t2 j9.c6{,,00 424.5¡}2.00
Os custos podem ser diretos, quando podem ser identificados e diretamente apropriados a cada tipo de
22 Âlimetrta(ãoer.ð¡5ponc¡'oslmr'88¿dDs :. : íê .lr .¡ru¡.gs lolôe¡,se
serviço ou produto, ou podem ser indiretos, quando não é possjvel apropriar diretamente a (ad¿ tipo de
bem ou serviço, necessitando de algum critér¡o de rateio. ffiiw$¡$ftÿ .t t
ffi
209s627
3.r Pmj.ro\^s0trrr.rl.Ìgu'l.lu'¿.|¡lritu.hi'lrdurrúelo8ir¿lcl.lônidì zo'¡aizt
Na construção civ¡1, os custos diretos são tipiaamente composto5 pelã mão de obra, mater¡ãis e equipa-
mentos utilizâdos nð execoçâo de cada serviço. por sua vez, os custos indiretos são tipicamente repre-
LëffinÌrv¡î.
4.t Dcnolição¿e alrcnaña dE lÙolû.ó'ùm,scD reafìrov¿il¡Dônlô
wffi :6.sii,ii
sentados pelos gartor com ¡mplantação do canteiro de obras, com mobilização/desmobifi¿ação e com D¡mol4åo.obùlur¿ ûrclh¿s ¡.C- (n lir¿Jd . 6.oii,¿t
a administração foc¿l da obra. Embora os custos indiretos não possam ser apropriados em cada serviço, nonml\Jo.\lrbl..ôh.¿ ülclhð\ LC..'Jrclncdd 30r,30 5,20 '1.722,.4?
45
podem ser perfeitamente apropriados em determinâda obr¿, discriminâdos na plàn¡lha orçamentáriã, (oncrclo¡¡nrrdôdóììrada ot 16¿35 û.d5,26
Drnoltãoht.¡nì.ð de 67,85
bem como serem passíveis de medição, As desperas indjretôs do construtoi ao contrário, necessitam de 45 De¡rcliçãon¡nualdr.oncßló sìmplcs./mù¡d¡ I n' 27t,72 t)s,t/ 15.eiz,òi
âlgum critéaio de rateio para serem apropriadas entre as obras executadas pela empresa e não são pa5- Lodç¡ô da Obr¿ a'., n: 4Û29,29 0,63 3.293,92
/''-
síveis de medição direta, po¡s não podem ser discriminadas na p¡anilha orçamentária.
W frlNff ffiffi
Por enquanlo, é o necessário pâra prosseguir com o estudo sobre as (omposiçòe! de custo un;tário e sl Iti\D (^o
os orçamentos sintét¡co e anafítico, Outros capítulos vão detalhar o BDI e as parcelâs que compõem o, 5.r.1 Es@Eção E¿nùâl em Letra com lr¡Dsfìorle :m'. 4,50 11,25 4,&1
austos diretos e indiretôç 512 cônúdo usin¡do bombodo f4-30npa, i¡clûs¡vecolo(¡Éo, crp¡lhôÍctrlo 49,51 306,79 ìr'uti,
51.3 rornì¡pinhÒ3ãp/co¡mloe fun¡tação;a¡Éÿ 2 Ýezes -.otle/ronhscm ñr 55,50 ¡¿oo r.rJE00

Arñðdura CA,5O . rB I ò60,00 5]A .


2.!64ou
3.2 Orçamento Sintético e Plano de Contas sl.t [.tat; ùmG li]ìo hó,i@ (onlínùã 060¿m m. ì a0,00 60,00 2¡aqoo

! ConrclorstrdorìoDrlr¡dof(k=25n'pà,inclûsiÝccolo.i(ão,r ¿lh¿nìtdlo )62,72 2A2,50 45.9ç010


O orçamenlo sinlético ou planilha orçamentária é a relãção de todos os serviços com as respect¡vas uni-
5.2.2 rôn¡¡ rôn ¿n¿pô con'pms¡dã plôriñcÀd¿ lzmm,F¿r¡ertulùr¿ n'¿ s"a,5D Ìn5l 1ß-o94,15
dades de medida, quantidades e preços unitários, calculados a partir dos projetos e demais e5pecilicâ, I i.zt 50 k ì0.532100 17o
ções técnicâs. No caso em que a planilha orçamentáriâ inclui diretamente o percentual de BDI nos preços ^rnr¡dtrrac^
Ll¡q246-C^-60 Painel 3,00 277,43
dos serviçor são apresentados âpenas os preços unitários e o preço total no orçamento sintético.
,.
No entanto, é muito comum apresentar nô orçamento sintético os custos ìJnitários e o custo totaì orçã
do, representado pela soma dos custos p¿rciÀis de cad¿ serviço. Neste caso, o percentual de BDI aplicado
encontra-se discriminado no final da planìlha, bem como o regpectivo montânte Jjnâncerro Somândo-se
o custo totâl orç¿do e o montante linanceiro do BDt, obrém-se o preço total dã obrâ. ìi
orc¡nrcrr.r c co.lfole ¡. lrfcços dc ()br¡s lì,bli(¡\ (:¡Þilùlo.Jì Or.¡ûrrìro\ Sinklt.o. Anatítr.o

Èúw ffi! fabela l6 - Segunda e última pãrte de um orçamento sintét¡co (exemplo).

WWffi
6.t trrrur{rd d¡d\of¡rà rôbc.luÆ: Gb¡iqJo. lrrnporc nonL¿;cm x8 ù3.343,33. 0,50
e 5s5.21r,4s

W
ffi
i:r
i2 '
;ltiôìijã c'í b'Go ú-¡i'ni,
!.,¡bìènp.Edoìn@lôr
F¡4.m
lom4 .
:
I .
'
o'
t.4t7¡3 '':36;31
: 45,ii. rù0,06
ffiffi!Ë*
52175,tD

7.01223
ffi
ffi
ffiæffiä
ffi
ã' D¡;isÀiì; ;;nir¡rjà dû s.;Dibr¡.zl ¡Ddùrinth,.ôr 2.û drcspÉsxr¿
:ii,r¡,1: r.J'riä'qlélii!
7a ndm¡eJeSesodkno ddoromcn $J'¡enrû.2'1fl¡iorcnlinlr¡ú'liô n, ,,4.so 51.4? {q.¡{370 2\,21..
ffi ffiåìÞ'ÆËË
ili,.,,l, :(iìr.¡!'1;¡ipaqìlý,"..r'.i¡¡¡]ry.rt..:..:,....,,r'..,.r.-,..:r,:..1-:,i":
.o
&1.
32
8.3:
r,on¿ de Abn¡01 folha -
p";j ¡qriþ¡¡i òi
ldneld deAlùn¡Dio -
i"rh,
m¡dcha
dii'isóiÀ n¡ÿ¡r,
fcÈagùß{8tl2lol :.
(o;
ýdro liro 4rnn - 4lolh¿\
hr¿ßem {so¡2i0)
: q5¡i
'Lýo',
,.:!?,9!i
. r6rtQ
5U,Si
2.050,4O W
j"q¡;'r. Pt501
ffi
9¡. Jdncl¡ dû
^lunrnio
\4dro litô 4rm . ìlolhJ: ..
':.zsq.
'''iiì. :1i7,84 1À4s,so
:i.qiì:"' ,',+iù"ø i!;¡¿i:iþ.eiù.ti",r,ìá;p r.ar,l;aiì 1i=:ô i!. :, ì,r l.òotoo r,is,aiìr ì .aa6j52þ
JãnciJ ßds.ul¿nlcdc Alumlnro.!¡dm Lro 4nrnr 13A739
578p8 ' 2tztq7
Feiroril er'. irá;¡l)oro.br;n.o È3.n r:¡5.n ' rii: : !r¡¡. :.r..'.,a¡op;1ì.
: 'éï!,
4.073,13

È.7 cob¿!ãòd;vùrò li,o¡iroiore=4'nm,ìnìtùsìrcüdrô' si?z' '¡ii¡ fARtDFs E ltlos


c¡apirc ,¡, pare.dg¡ i9¡Iì a.rs!¡¡:¡ dc dog¡tô c ¿rcia lrôco I :,1 2,849,00 . tot .... .14j¡s,e!.
tnbo(o p¿ulirra om pãredes i¡;mð' ts,2?. . . .4ß,930.,24
Convém destâcâr que algumas relevantes informâções são apresentadas nos titulos da planilha
I nasnmtô d. pdr.d6 . tclor :¡.io,rz '+.i¡:-: jr4rir,sà.
. descrição da ob¡a a que se refere;
rinluß lálc\aún¿. dmùh¡16 rntJcrl.2 dcn¡ot .. 2,51. . ?:2:i"a:ti?2
. data-bâse (lembre-se da propriedâde dâ temporafidade dos orçâmentos); 20r 20 (m, Ρl a, nd Õr b;Jn.r nFc rr.9r¿lq
^/ul¡jo
. indicação do edital ou contrato a que se refere; ¡o". ¡" eì."a qc?'to4riià ó¡ qn;ãr;n;lo e 2 ,lc;ãos de pinlûà
t77t,3l
. númêrô dâ revisãô

Pßo !ÿámico 4o ì 40 i;;PEri5;t¡¡ ;i@ dc d'cir¿ linlra 12,01

Atenção t¿mbém para ¿s colunäs do orçamento sintét¡co


. item ou subitem;
. descrição do serviço;
. ùnidade de med¡ção;
. quåntidâde estimado do serviço;
. preço unitário e preço totâl de cada serviço. 8"€i:!.. !" e.t9l"-scT rto.p!19..14:- ,
1 -.: . . . 4 .q4.r. 141l?

fic8ßlro dP B¿rcld rom ønôplú ø l,ÿ2' e,òo t0\4!. ¡n,5¿


rerri¿ pðÉ lrýr¡ló¡ói q r¿?: ¡qíýclr 0 12: Pç atag. 515.?,
É uma boa prática incluir subtotai5 parã cada grupo de serviços que compõem uma etapa ou parcela do -!9rq.cjr.sðle.Daláliço
Be¡á çâùjlárj¿ cqùifjãd¿ ¡ôñ ásiq'tlqc e$óios rqo0 r.5ll,r0
empre€ndimento, conforme apresentado na planilha acìma. A tãbel¿ ã seguir contém a contìnuação do
orçamento sìntéti<o utiliz¿do como exemplo Ressâltä-se que ã apre5entação do total geräl do orçâmen- larlorio Jc rmùuln .5!i,9!
-
to é indispensável. ükrûjo alloiifo¡ad! àn pcn.iri:q'.,1 ì .
t!6.1,-0

rlrQ Bar¿¿e¿poio : . - ,t...,. ::: ...... ,,, ..ond - 2,oo 9r¿òo ls9,2o.
1211 r.'râ tupcrhs. ridb. crùk isò¡isiiq uùd . .23,00 1le 2e6s

r2.r¿ tlon-dd E.onito .i¡È r;dù;¡o .:ì: : ,.: . lq5t 13{,21 164874

r2.r3 r5peb;.rin¿i.:4;mi"n.;'d;É¡'i,al;;ítrio 7,30 þa,\ ltrl,so

64 65
i
{
l),(tr¡ì.¡ro. cùìr(t. d. Pi:tos dr o|rr¡! l\lbl.¡s C¡píl!kr:l O(¡mcn(os SinlÉti(o c
^ì¡tírn¡

ffiffi
r3.r t¡linrô' d.l"mndiôao, (,kß p( t5 t24.c7 4.37i.çt
quaisquer serviço5 necessários ao processo de construção. bem como aqueles necessários ao pleno fun-
cionâmento e operâção do empreend¡mento.
.rl¡rl,,i .qil¡1qi;;""r';¡¡ rrs¡1¡¡a;q,ir,1,ri..;..,,,...,. .pt ... ,a,, .. iì¡,* ' .: .riii.î Como cada obra é única, apresentândo características singulares, o plano de (ontas deve ser pensado
Hiffi
r"r Lumrn¿nJ fuor.\..nlc,lorobF¡,r'..om¿l¡mpð¡l$ l5 ¿3t, t27\,
iffi para ateñder às espec¡ficidades de câda construção.

Com a discriminação orçamenlária. é possível subdivid¡r a obra em atividades constitutivas¡ o que pos-
s6A:\t3.
s¡b¡ljta o coñtrole dos insumos. Um plano de (ontas màis específico e detalhado possib¡lita mais rigor e
14,2' LùDinói¡ dc ùnbulir, pùà 4,âDpada! Î!ôiìrò¡id; rawÌr 5
detâlhâmento no controle da obra
ron;â rhonôrásid2 Ì + r univ.^.t ': ':.. : . ìc'5jzó
para a preparação do orçâmenlo sintético, recomenda-te d¡vidir â obra em sùâs diversas parcelas. Essa
Tom¿Jâ ltfciirJ I P
'
r unn.rul , ,rr1
divisão deve¡á obedecer âos cr¡térios de afinidade de serviços e obse¡var, de preferênciâ, a ordem cro-
l"Loruplor \i'¡p,,\ d¡ I lcJ¿. tonjuß,'J; ron tom¿d;2p I I rnts
r4.6
\ cMt .. l?t.05 nológicâ da súâ execução,
Inlcr@plordel tml¡si'nDl¡s .... , ,. . 2rrq Em geral, âdota-se a ordern de execução dos serv¡çot para ordenar os itens de serviço no orçamento. Se
Õixô dc risâç¡D rìrráriã z.x 4', s"i*"li;ìira¡,r,ilìpiii". :zrpo o empreendimento for composto por várias etapâs, trechog, parcelas ou edificações, costumâ-se montar
14.3 Ercì;dul.;¡úh(osûtÿanihdû¡rogo rôiütoràroÁ . ' 316q50 um orçamento sinlético pãra cada etapa, trecho, parcela ou ediJicação.
Can¿utorde.obre 1,5
'ñar,.lass
5,750ÿ,r' ... i.' Como exemplo, reproduz-se a seguir a discrimina(ão orçamentáriâ espelhada na NBR 12.72112006. A
.irdL,Lo¡¡c.ôb;¿snD,,.trss5,7s0v. ., ì
classificação e a discríminação ad¡ante apresentadôr dos serv¡ços que podern oao.rer na construção de
2216t,00
uma edificação foram elðboradas com o objet¡vo de sigtematizãr a elâborâção de orçamentos. Busca
Illl co¡dd;rde.obrc 4,0 nrný, clalso 5, 7s0v' q.øizao
^se evitar qLralquer omisgão dos serviços necessár¡os à aompleta ¡mplãntação do empreendimento, em
1412 Condutor¡h.Õbrc6,0mnr,.lassc5,750V: . . obediênaiâ ao paojeto âprovado e de acordo com o estabelecido nos memoriâis descritivos e nas especi-
iì J'lro dc di:lriLu'lio dr rncrAi¡ ôn b¡F.ìmùrtodc obr, .j ficações técnicâs.
14.r]
dô d¡junlo¡cs e prolclorc! dr 'o'hn
su.¡ole (e¡Ìãd.¡o¡fomD pojcto r410eJl

i{ffiË
rt.l ßloúrcrmin¡l coDìt,ad lßct côr^h13 p¿re5 , 50
ffiffi 1 Serviços ¡n¡c¡ais

t5.2
P¿l.h cord neláfi.o ulr,¡ p¡rrs.¡lcgoria s¿i RJ-¡s/
nJ-45, ì 563-^ 1L35 79t,lo 1.1 Serv¡ços técnicos
I
câbô rrr"râ¡i.o crp,^pl.-sN-so,roo ;.;i5 zi¡t
rffiffi - levântâmento topográf ico;
.

- estudos geotécnicoýsondâgens;
5P-20c5P ?r ' Con i.ion¡do¡dcarsplil.a!sd¡-
24_000 ùll/lì 2 .. s 41,90
- consultorias 1écnicas;
5P ?2 a 5P-26 - Condj.¡Õdâdordc rrsDli(.asscle, .
.5
r3000 BIU/h cj 2¿359,50
- f íscalização/acompanhâmento/gerenciamento;
Drc r ¡Bctrì .lc ¿r<on d ùio tr¡do tr¡r'o pvc sotdáýcì 25 hm 452 - projeto ¿rquitetônico;
ffiffi
r7r I imn¡/d Ãerdl lld ot" I 2.444,00 0.12 224\45
- projeto estruturâl;

ffi - projeto elétrìco/telefôni(o;


- projeto hidrossanitário;
- projeto ar-condicionado;
A construção (iviÌ é ufla ôtividade industrial de elevado grau de complexidade e que precisâ ser bem - projeto prevenção contra incêndio;
caracterizada quanto aos serviços previstos parâ que os processos de orçâmentação e controle da obra
sejam reâlizâdo5 de forma eficiente. - p.ojeto luminotécni(o;
- projeto som ambiental;
Assim, é importante existir um plano que dis.r¡mine e orgãnize as várias fases de execução da obrâ. -Iâl
pl¿no é denomin¿do discriminação orçamentária ou plâno de cont¿5 da construção_ - proieto pàisàg¡smo e urban;,,a!äo;

O plano de contås relaciona ¿ sequência dos diferentes serviços que entram na composiçáo de um oÊ - maquete/perspectivas;
çamento e que são possíveß de ocorrer durante a execução de umâ obrã, Objetiv¿ sistemåtizar o rol - orçamento/cronograma;
dos serviços a gerem considerãdos durante ð execuçào de orçamentos, de modo ã não hâver omissão de
- folografia5.

66 : h7
ì
i,
Lip'lulñ I (ìr\inn ñr,a Sn triL!..\nrl'i D

de de l,reços de OLrras Públicrr

- con5umos (ombustíveis e lubrifìcantes;

1.2 Serviços Prelìminares - consumos á9Lr¿, luz' lelefone;


- demol¡çõesj - mâterial de escritór¡o;
- cóPias e Plotagens; - medicamentos de emergência;
- desPesas legais; - EPUEPC;

- licenças, tãxas, regìstros; - bebedouros. extinlores;


- seguros . PCMAT/PCMSO.

1.3 lnstalèções Provisórias


1.6 LimPeza da obrâ
- tãpumeýcercaS;
- lìmpeza Permãnente dâ obra;
- depósitoÿe5cr¡tór¡olproteção transerlntesi
- retiradâ de entulho.
- Placa de obra;

- ¡nstalação Provisór¡a á9ua; 1.7 Transporte


- entrada Provisória de energia; - transpofte interno;
- ¡nstalação provisóriâ un¡dade san¡tária; - tfansporte externo
' sinâlização;
- instâlação de bombâ5; 1.8 Trabalhos em terra

- bandeja5 salva-vidas; - limpezâ do terreno;

- locação da obrâ' - desmâtamento e destocãmento;


- rePlantio de árvores;
1.4 l\¡áquinâ5 e {erramentas _ escavações manuaìs;
- 9rua5;
- escâvações mecânìcas;
- elevador com torle, cabine'
guinchoi
- reaterro;
_ andaimes fachãdeiro e suspenso;
- comPactÀção de sofo;
- plataforma metálicâ com torres e engrenagens;
- desmonte de rocha;
- guinchos;
- movimenlo de terrâ;
- bãlancinýcâde¡ra5 susPensas
- retirada de terra'

gera¡ç 1.9 Diversos


1.5 Admìnistrãção da obra e despesas
,-!
- laudos e despegâs com vizinhos;
- engenheiro/arquiteto de obra;
.
- mestre de obra;
i
- contramestres; !
_ aPontâdor; 2 lnfraestrutura e obras complementares

- guincheiro; - escoramentos de terrenos de viz¡nhos;


,

- vigia; - esgotâmento, rebâixamento lençold'águâ e drenâgent;

- Pessoal administrativo;

69
68,
dc Pteços dc Obr¡s Públic¡s
c¡pLtù1.ì I ll'!¡ rcrL.r 5irìtr:tno cAn¡trfaJ
O¡(¡ ìc¡lo eCo lrolc

- pteparo dês fundâções; cortes em rochas, lastros; 4.3 Vidros

- f undaçöes sLrperf iciais/rasas; vidros Iisos transparentes;

- fundações profundas; - vidros fantasia;

- re{orços e <onsolidâção dô9 fundàçõesi - vidros temperados;

- pfovãs de cargas em estac¿s; - vidros aramêdos;

- prov¿s de carg¿ sobre o terreno de fundãçåo, - vidros de segurançâ;


- lijolos de vidro.

3 Supraestruturâ

- concreto prot€ndido; 4.4 Elementos de composição e proteção fachadas

- concreto ârmâdoj

- estrutura metálica;

- estruturâ de madeira; 5. Coberturâs e Prote(ões

- eltruturà mistã.
5.1 Cobertura

4 Paredes e pa¡né¡s - estrutLrra de made¡r¿ para cobertura;

- estrutura metálicâ pârâ cobertura;

4.1 AlvenÂrias e div;sóriat coberturâ corn telhas f ibroc;mento;

- alvenârias de tijolos maciços; - cobertura com telhãs cerâm¡cas;

- âlvenar¡ãs de tijolos Jurados; - cobertura com telhas plásticàs;

- afven¿riâs de blocos; - cobertur¿ (om telh¿s de ¿lumínio;

- paredes de get5o ¿cartonado; - cobertura com ìelhas de âço;

- div¡sór;as leves; - cobertur¿ com telhas sanduíche;

- elementos vâzâdos. - outros tipos de coberturas;

funilar¡a-

4.2 Esquadr¡as e ferr¿gens

- esquadria5 de made¡ra; 5.2 lmpermeabilizações

- esquadrias de ferro; - impermeabrlização da fundaçöes;

- esquâdrias de alumínio; - impermeabilização de sanitários;

- esquôdriâs Plásticas; impermeabil¡zâção de cozinhas;

- esquadrias mi5ta5; - impermeabilízação de terraços e jârdins;

- persianas e outros; - impermeabilização de lajes descobertas;

- ferrãgens; impermeabilizâção de lajes cobertas;

- pe¡toris. - impermeabilização de lajes de subsolo;


- juntas de dilatação.

7.0.
fråtamentos especlars - @if a;
5.3

- tratamenlo térmìco; 'balcões de madeirã;

il - outros tratãmentos especiais. - caixã de correio;


ì1, - escadâs metálicas;
.
6. Revestimentos, foros, marcenâr¡a e serralher¡å, p¡nturas e tratâmentos esPe(iais
- outros.

l 6 1 Revestimentos (interno e externo)


: 6.4 Pinturã - selador P¿redes
f evestimentos de argamåssa; selådor portas e made¡ras;
- tevestimentos (erâmicoýazulejos; - massa corridâ PVâ e âcrílica;
- revestimenlos de mármore e granito; - pintura PVA;
- revestimentos de pastilhas; - pìntura acrílicâ;
- outros revestimentos; - revestimento texturìzãdo;
peitorìs. - pinturã ã câl;
- pinturã esmalte sobre ferroi
6.2 Forros e elementos decorãtivos
- pintura esmalte sobre madeira;
- de argamassa;
- pintLrra vern¡z sobre madeira;
- forros de gergo em pfacô;
- pintura verniz sobre âlvenaria;
- forro5 de gesso acãrtonado;
- outros tipos de p¡nturas,
- forros de madeira mine¡ãlizada;

- forros de âlumínio;
6,5 Tratômentos espec¡a¡s internos
- forros de plásticoi
- tratamento âcústico;
- forros de madeira;
- outros lipos de tratamentos.
- oLrtros tipos de forro;

- ¡odãforros e outros complementos

7 Pav¡mentações
6,3 Mãrcenarìa e seraalherìa

- fechamento de shafts;
7.1 Pâvimentações
- ãlçapão;
- contrapiso;
corrimão e guarda-corpo;
pisos ceråmicos;
escadã de marinheìro;
- pisos de ardósia;
- gradis e grâdes;
- concreto desempenado;
- portôes de veiculos e de pedestres;
- cìmentâdos;
- porta corta-fogo;
pisos de basalto;
- grelhas de piso;
' pisos de madeirã;
'châminé melálica;

72 73
fr¡r,t, r¡4,r¡lì ¡! ù¡\¡*¡l, rrr,r!li,r,lt,'\
"r.r C¡Pílùlo 3: orç¡Dìcnlos Srnt¡tico.
^r¡títi<)
pisos de mármore e granito;
- lavâtórios;
pisos plástico5;
- tanques;
- carpetes e tãpetes;
- mictórios;
- pisos de grânitina;
- tampos;
- pisos de blocos;
- complementos de loL¡ç¿;
- meio-fioj
- equipamentos sanitários para deficienter;
degr¿us e patamares.
- såboneleira par¿ líquido;

- secâdor de mãos elétríco


7.2 Rodapés, soleiras

- rodapé cerâmico;
8.2 lnstalâçôes elétricàs
rodapé cimen'tado;
- eletrodutos, conexões, buchas e arruelas;
- rodêpé de ardósia;
fios e cabos;
rodapé de madeirâ;
- caixas e quadros de comando;
- rodapé pfástico;
- tomadas e interruptores;
- rodapé de granitina;
- lumináriãs, acessórios, postes, låmpadas;
- rodapés de mármore e granito;
- equipamentos d;ve¡sos eiétricos;
rodapés de basêlto;
- entrada de energia;
- sole;ra de ardósia;
- eletrodutos e conexões telefônjcãs;
soleirã de madeirâ;
- f¡os e câbos telefôn¡cos;
soleirâ de gran¡tina;
- caixâs telefônicas;
- soleiras de mármore e qranito, - equipamentos diversos telefón;cos;
- soleÌrås de basâlto.
- eletrodutog, fìos, cãixas pãra Iógica e TV â r¿bo;

- sistema de proteção contra descargês atmosférjcas;

- mão de obrâ
8 lnstalâ(ões e ¿pârelhos

8.3lnstâlâçóes hidráulica, sãn¡tária e gás


8.1 Ap¿relhos e melâis
- tubos e conexões de água fria;
- registros;
- lubos e conexôe9 de ágLra quente;
- válvulas;
- tubos e conexöes de esgoto sðnitário;
Jigações f¡exíveis;
- lubos e conexòes de águas pluv;a¡s;
, sifões;
- instalações de GLP;
- torneirâs;
- mão de obra.
- b¿cias 5aniláriãs;
- cubas;

74
Orç¡menlo eCo¡lroledc d¡¡ Obr¡s Ptibli.¡s Câpilulo 3. Orç¡me¡tos Sint¿lico e
"¡eços
^n¡tirico

8.4 Prevençâo e combate a incêndio t g.5 Recebimenlo da obra


- tubos e coñexõe9; - ensaios gerais nâs instalâções;
- válvul¿s e registros; - at¡emates;
- abrigos, hidrantes, mangueiras, extintores - hab¡te-se.

8.5 Ar-condicionado
9,6 Despesas eventua¡s

8.6 lnrtalações mecânicas - indenizações a terceitos;

- elevãdoresj - imprev¡stos d¡versos.

- montâ-cârgas;

- escàdas rolantes; l0 Honorários do construtor


- e5teir¿s e plãnos ¡nclinados;

- outras instalaçöes mecånicas 1l Honorár¡os do in(orporador

8.7 Outrâs ¡nstâlações


3.3 Orçamento Analít¡co
9 Complementação da obra

O orçâmento analítico é aquele que apresenta as composiçóes de custos un;tár¡os de todos os serv¡ços.
9.1 Câlafete e limpezâ
Assim, câda item do orçamento sìntético é desmembrado em uma compos¡çâo de custo un¡tár¡o.
- limpeza fínal;
Por sua vez, càda compos¡ção de curlo unitário defíne o valor financeiro â ser despendido na execução
- retirada de entulhos; de umâ unjdade do respectivo serviço e é elaborada coûì base em coef¡cientes de produtividâde, de con-
sumo e de aproveitamento de ìnsumos, cujos preços são coletados no mercado.
- desmontagem do canteiro de obrâs
lnsumo é o elemento que entra no processo de produção dos serviços que compöem a planilha orç¿,
mentária, Podem ser máquinas e equipâmentos, trâbâlho humano, materiôit de constrLtção oo outros
9.2 Compfementação artíst¡ca e pôisâgismo
latores de produção, Doravante, classificam-se os insumos em três categorias: mão de obra, mãter¡ais e
- paisagismo; equ¡pamentos.
- obrâs ãrtisticâs e painéis;

- dìversos. Cada composição deve conter. no mínimo

9.3 Obras complemenlâres


. Código da compos;ção, nome do serv¡ço e respect¡va unidade de medida;
- complementog, acabamentos, âcertos finais
. D;scr¡minâção de aada insumo, unidade de medidð, sua produtividade/consumo na realização do ser-
viço, preço unitário e cus'to pârcial;
9.4 Ligâção definitìva e cert¡döe9
. Custo unitário total do serviço, representado pela somâ dos custos parciais de (ad¿ insumo,
- ligações de águâ, luz, telefone, gás etc.j
Pèrâ se chegar à composição de custo unitário de cada serv¡ço, é necessário ettimar o consumo de câdâ
- ligações de redes públ¡cas; rnaterial e os coeficienter de produtividade da mão de obrâ e dos equiparnentos åssocíados à execução
do servìço. A título de exemplo, apresenta-se a ieguir à compos¡ção de custo unitário utilizâdâ pelo
Sicro-3 (Sistema de Custos Rodoviáriot do DNIT para o serviço "cona¡eto F,k= l5 MPa: com arcia e brita
comeÍcía¡s e controle tipo B aom preparc e lançamento"l

76 77
rlu r Conlulc d¿ lûlu\.]t, )bris i,ùlJli, d5
(l¡pilrl.Jl:()r(¡ r!ntortr¡l{1.oc¡rtirr(¡)

Tâbe¡ã 17 - Composição de custo t hitário do concreto de F¿ : lS Mpa Tabela l8 - Composição de custo unitário dâ escavação cargâ e transporte de material de 2. catêgor¡a

770?212 Con.rero Fd = 15 MPar com âreia e brita comerciãis e conkôtê


B com preparoe langamentomi
DNtl ' 5¡5temä3 de ù¡nos no
0082
0 25.m0 23 000
audounirárlode Relerèn.ia M¿5:rurho/2ooe MlnãsceÞis
Brita 1
0.¡m 28.0m 5.8800 250¡1ot!ür.E5icàrgãrmsp.Mar2àGr1600.13æc/ë P¡oduçãodàEqúipê:12zoom: ýc!Ò¿r¿nls)
3¡it¿ 2
o63m 2a cf)o 77.64@ À,tqjP¡neo
0424
5.504n 11.000 616m0
108.120@ .006. Moroiivêl¿doß.110s k\{)
9504 Betoneira de 3201 motor dieset
0.7100 74.1/U) 9,3507 106r €f¿vådeiE Hidfãuri.â conersD{roorw) ¡¡o 233¡s
h 2.m00 I36AA 14.7376
f4r,. cân!nrãôbfu ànb ¿ot(rTr rwr
3 ftma) 49 m50
cjoHoláodrFadÞànc¡¡olr'ols'oq
64.3426

observa-se que a composição acimà uti¡iza os sequintes insumos: areia médi¿, adÉM.o..foÌãD¿ ar 1r5.s1%)
britã r, brita 2, cimento, cìro Hoi¡'bde Exè¡udo
pedreiro, servente e betoneira de 320litros.

Os coelicientes são estimados ern função dâs especificações


técnicas do ,erviço. por exemp¡o, se ¿ resis- ru6o é esÞ¿$3r¡dkdð oe,60%) 7,67
tênciã especif¡cadã para o concreto fo. alterada de 15 Mpa para 30
Mpa, certámente será necessár¡o um
aumento no coeficieñte do cimento e um pequeno ajuste no5 coe{¡ciente5
da areia e brifa,
Outro exemplo que pode ser extraído da composiçâo ¿c¡ma. C¿so sejâ suprimida
a etapa de lançâmento
do con(reto, rerão ne(essárias menos horas de gerveñte parâ cadâ Esse tipo de composÌção é denominado "composição de custos com produção horária,,e é rotineira,
metro cúbico de con(reto p¡oduzido,
bem coano poderá haver completâ supressão do pedreiro na composição, pois mente empregâdâ em 5erviços predominantemente mecanizados (terraplanâgem, pavimentação etc_)_
esse profjssiona¡ nào pêr-
tic¡pa da etapa de preparação do concreto em betoneirâ. A conversão de (omposições de custo unitário em composições de (ustos com produção horária será
¿presentada em outro tópico deste lìvro,
Muitas composições apresentam tâmbém produções horária5 de execuçâo
dos servtços e costumam se-
gregar os custos com eqLtipamentos em duag pârcelas: custos Neste ponto convém fazer algumas observações. primeiao, deve-se ¡eparar que no canto infer;or esquer
operativos e custos jmprodutivog, Ass¡m,
como no caso do orçamento sintético, pode,se apresentaao BDldestacâdo do d¿ compos¡ção ¿cimâ é apresentada a especificâção de serviço aplicável. Neste caso são utilizadas as
n¿ composição, A composição
que apresenta o 8Dr é châmada de composiçâo de especif¡câçöes de serviço DNER-E5-280 e DNER ES 281. Conforme já foi exemplific¿.1o, os eqLripamentos.
ofeco unitáfio. caso contrário, é denom¡nada com;o_
5ição de estq unitár¡o. mão de obrå e ,n5umos apresentad05 na composição, bem com os respectivos coeficientes, não poder¡am
ser utilizados pâra orçar um serviço com especificação ou critério de medição distinto.
A titulo de exemplo, apresenta,se a seguir oma composição de preçq unitário
extraida do Sicro2 do DNtT També¡Ì se deve observar que ô composição apresentada como exemplo refere-se ao Estado de Minas
para o serviço escãvação, cargã e trànsporte de môteri¿l de 2â
categoria distânciã média de transporte Gerais, Com efeito, se a obra fosse orçada pôra execução em oL¡tra localidade, poder;am ocorrer varia-
1600 a 1800 metros, com o oso de escavadeirè. A referida composição
de preço unjtár¡o contemplâ o
uso de custos operâtivos e improdutivos dos equipamentos, bem como ções nos preços dos insumos,
âpresen; a produçâo horária da
equipe envolvida na execução do servjço e djgcrim¡nâ o BDI utilizado. Por fim, deve-se lembrar dâ propfledade da temporalidade dos orçamentos. Ou seja, o orçamento só é
válido pãra um período restrito de tempo. Neste caso, a composição foi montadô tendo julh0/2009 como
d¿ta'base.
O servìço descrito âcimô é executado com uma produção horária de 127 mr e com um custo horário
de execuçào de R$ 1.081,84. A pãrtir dã divisão do custo horárjo de exe(ução com a produção horár¡a,
obtém'se um custo unitário de execução de R$ 8,52lm3, os quâis, âcrescidos de um percentuâl de lucro e
despesas indiretas de 19,60%, resultam num preço unitário de execução do serviço de Rg 10,19/mr.

Os coeficientes unitários de consumo dos insumos, e as produçõe5 horárias das equipes têm 9rânde im-
portáncía no planejamento da obra, em especiâf na montâgem do cronogrâma físico-ftnanceiro, âssunto
tratado no quinto câpítulo.

,.

7.8 l 7.9

¡-
O.ç¡n,e.o o (ioùlrole.lc ¡,rc(oJ.lo Obr¿s Pribli..T
c¡p'rùk :t Orça¡rcntos sñl¡ti{r.,\ni ir.o

Continuândo-se com ã exposição dos concejtos envolvidos nas composiçôes de custo unjtárjo, apresenta_
-5e ã segu¡r uma compos¡ção de custo unitário extr¿ída do sinapi Sktem¿ Nacionar
A aolocação dãs a¡maduras na eslrutura também necessita de outros insumos, por exemplo, o uso de
de pesquisa de espaçadores para manter o afastamento das armaduras das pãredes das formas de madeira, de forma a
Custos e Índ¡<e5 da Construção Civil, mantido peta Caixa Econômica Federal. O serviço
em qLÌestão é o evitar o recobr¡mento insuficiente das barras de a(o pelo concreto.
" fornecimento, corte, dobra e colocaçâo de aço CA-50 12,7 mm (t/2,,),,
lOprocessodecorte,dobragememontagemdasãrmaduraspodeeventuâfmenleserJeitocomoutros
materiais e insumos, Por exemplo, pode-se utilizar uma máquina de corte ¡o processo, consumindo de_
, terminado quant¡tativo de discos de corte. A amarraçâo das barras também pode ser feita por processo
Tabelã 19 - Compos¡ção de custo unitário da armaçáo em aço CA_50 (S¡nâpi)
de 50ldagem, ao invés do processo de amarrâção com arame recozido. Neste caso, serâo utilizâdos ele-
trodos no processo.
por veze5, o peso das peçâs armadas pode ficar elevâdo, exigindo o uso de guindâstes para o transporte
e posicionamento das armadúras. A composição a seguia foi util¡zadâ na orçamentâção do serviço de
ârmação da Usina Nuclear de Angra 3. Ela ilustra como as especificaçôes técnjcas e peculiaridàde5 do
projeto podem alterôr ð composiçâo de custo unitário de um serviço.

Observe-se que â unjdade de medição deste serviço é a mâssa


dâ ârmêção em ãço CA,50 produzida e
colocada nãs estruturas. porém, cada quilo de armação produzida
consome i,05 quilos de aço Cn_50,
estando implÍcitos 5% de perda deste insumo n¿ execução do serviço, l
Trôta_se de um percentual ra_
zoável, conside¡ando que as barras de aço geralmente são fornecidas
em comprimentos padronizados
de 1Z metros e no processo de co¡te das barras eventualmente sobram pontâs
com compr¡mento insu-
ficiente para reaproveitamento em outros elementos estruturais.
Outros exemplos de coeficientes de .onsumo de materiais rotineiramente
utilizados em composições de
custo unitário representando perdãs de insumos:

No êssentamento de um piso de cerâmrc¿, normalmente se considerâ


um consumo de l,,l m2
de cerâmica pâra cada 1,0 m, de piso execulãdo, ficândo implícìtâ
umã perdâ lO% decorren_
tes de qoebras e recortes das peças.

Nos serviços de ¡nstalâção hidráurica, gerarmente são considerados


r,10 metros de tlrbo de
PVC pâra cãdã metro de ¡nstâração exe(utada (os tubos são
fornecidos em barras com seis
metros de compr¡menlo e sobram pontas não âproveitáveis).

Também deve ser observâdo que a composição do Sinapitraz


êlgumas simplificações em retãção ao serviço
que é executâdo, Por exemplo, consjderou se qLte toda
ð ¿rmação será executada em aço CA,50 de 12,7
mm No entanto, é comum utir¡zar outras bitoras de bârfas. aJém de
utir¡2ar estribos com brtor¿s menores
na montâgem das ârm¿ções, Existe, assim, um¿ aparente sjmplificação
ao utilizar o preço de um¿ única
bitola de barr¿ para reproduzir o .usto dès demais bitolas que
são uti¡izadas no serviço de armação.

û1
(Ý\,,m.¡ru I L,{'rr,h,,,ù It¡\,^ d.
uù¡J\ tubltrr\
c¡pi(ùlÒ llr orcimeùtos 5nÌ¡lirc e Aì¡ìíri.ñ
Tâbelå 20 - Comporição de custo ¡tn¡tário da armação
de åço CA-50 (Obra deAngra 3).
rya,se que a composição apresentada ãnteriorrnente adota um coeficiente de consumo do aço
..çA-50de 1,10 toneladas pa¡a cada tonelada de àrmação produzida. ou seja, considera uma perda de
O% de âço no Processo P rodul¡vo. A composição apresentada cons¡dera também que parte d aço será
Compos¡çöo dê Preço t_Jnjtó¡¡o
marrad¿ com arâme recozido e pârte será soldada, por isso, é utílizado insumo "eletrodo E 70t 8 c,,
OSRA USINA ÑUCLEAR Ä\GRA III Ë-Àe(essáriâ também â uti¡ização de um conjunto de (orte ô ox¡ôcetileno, pois os elementos estruturais
ìontém grande densìdade de ãrmaduras, e a Tixação de placas e p¡nos de an(oragem exige o corte de
'ìlgumâs b¿rrâs de aço após a fix¿ção dâs ârmãdu¡ãs.
'Como as peças armadâs são grãndes e pesadas, é necessárià a utilização de gruat e guindãstes para o
Ìãtorde pnoo5 r738p.óm.êrera 4 rôn iransporte horizontal e vertical das armaduràs. O trôtor de pneus com carretã é utilizado no transporte
'6aârc2-2as Ec-H12-ât. 6sl¡tt.S0,s
das peças produz¡das na central de armâção até as frenles de serviço. por fim. a compjexidâde dos servi-
;Gru¿rca.132 EC H3{tc.sslãtt.62,0
ço5de armação exige um coeficiente diferenciado de uti¡izâção de mão de obra {armador e ¿judante),
croà rc5-93,lHc-¿k.sDlâk.72,5
bem como a supervisão dos trabalhos por um encarregâdo de armação.
c!indãse to¡que5sm, ãtr24,9m.¡psooo[3
Continuando a exposição sobre o tema, utilizã-se agora a compos¡ção do serviço ,,demolição de (oncreto
årmado com martelete pneumático", extraída do sistemâ referencial de custos do DNOCS - Departamen-
to Nacional de Obras contra a seca. Tal sistema é apelidado de Tabela DNOCS.

Tabela 21 - Composiçáo de custo un¡tá¡io dã demolição de aon(reto armado (fabela DNOCS)

]
d¡Jdnre de aJmàdo' H 9/,274000

:cA - Aro C4 50¿ -rohâcimeñrô


c)r(rmrrro I (Ì't'or(,¿e r¡c.os dcOtr¡¡s t,ribtn.i!
C¿ÞirùJù :l: Or(¡'rc¡1o5 Si¡t¡1ti.o i¡ Àn¡tiri.r)

A exemplo das composições do sicro, ãs composições do DNocs


tãmbém apresenram os coe{¡cientes
produtìvos e improdutivos dos equipamentos, bem como Tabela 22 - Composição de custo unitár¡o da alvenar¡a de fundãção (Tàbela DNOCS)
os respectivos cLilol horários produtivos
¡mproduttvos. Todavia, â mão de e
obra (
quanto o sarár¡o nomin",o",
".0,";"'J"il"I1:l::iÏfi".i,.,,.ï::j,iJlï?îü,îî]'.1,1,i.ïlåiî.il;
representam a pãrcelâ mais expressiva do custo com
a mão de obra, R$ tA,:zÀora, representanco
do salário nomtnaldos empregados. t:Sø
olo.onumcomåEãñàsrde cimentoe ârei¿¡ô
A composição do Sinapj anter¡ormente apresentada não
detãlha os g¿stos (om encargos sociais, mâs
informa os percentuais utilizados (113,gj% pa trabalhadores
mensalistas), os qu¿is se encontram incluídos
horjsias .-rò:r* p*"trabâlhadores
nos custos horários com u fnro Ju *r".
Nð composição do DNOCS também existe
um item específico de transporte. O Sicro também
ãdotãr o transporte de insúmos nâs.ômposições costuma
de serviço. taro porqra oOa"r aodoviárias oLr cons_
trução de bâtragens 5ão obras que costumâm ser ", rrrbanos,
realjzadas fora dos centros exigindo custos
relevantes de fretes e trânsporte de mâteriâis.
Até mesmo o custo de trâ;rion" Oo. inrrfno,
canteiro de obras e ãs frentes de ,erv¡ço pode o
"n,r"
muito relevante. como no caso de obras rodoviárias.
ser
Enar¿crdo dc cûndero e obras
Esses gastos com transporte de insum.rs devem 9er considerados pelo
orçament¡sta, sob penâ de se co_
meler erros gros5ejrot de or(ament¿çåo.
Nesse último exemp¡o de composição, encontra,se
destacâdo um percentuål de 5o¿ sobre a mão
pâra cobrìr <ustos com ferramentas manuais, de obra
A composição do Sicro_2 adota um procedimento
lhante äo ¡nclu ir um percenruaf de t 5,5I %o sobre seme_

cobre 05 custos com trãnsporte, âl¡mentação e


o custo åm a mão J" J". iri" o"r.un,u"t de 15,51%
equipamentos de p¡otuçao inaìuiaJ"l ao,
O uso de âdicion¿js sobre â mão de obra "r'npreg"aor.
será abordãdo em momento oportuno. por
sâber que os custos corn transporte, alimentação, hora é irnportante
equipamentos de pioteçao inOiviauat, ferramentâs Adi(ronãl aô uro de Fcrâmo¡ras
manu¿i5 où ex¿mes âdm¡ssionais podem ser<onsiderados
pelo orçam"ntirt" aoa robre â mão
de obrâ, a exempro das composiçôes de preço unitário "àiaion"¡r
do sicro-i e ¿o olvois, oL, po¿em ser incruídos
na ptan¡thã orçamenrária como itens 5eparados ou..r.
:1".iå""" o"r."t;:;" admjnistração tocat
Na composição de preço únitário do DNOCS
também pode ser visto que uma pârcela do serv¡ço
posta por "serviços ¿uxiljares,,. Nesse úttimo é com-
caso, não hâvia nunt u. ,nl.uiço'"u*ììtur.
serv¡ços são moito comprexos. envorvem grande Contudo, ol.jtros
diversidãde de equip"r*"i.ì, ,li o".0." ou mâteriais
na execução ou são executados em processos que podem
se, metodologian."næ ,"ga"guOor. t,:urr",
casos, recomenda-se lazer o uso de (omposiçöes
de custo àuxiliâres_ A aorn"porifao ,"g u,n,",
traída dâ tabela do DNOCS, descreve o serviço ,,alvenarjã ,"rnOea
de fLrndaçâo .orn "r-
urgu."rru
de cimento e are¡a notraço de 1t4,,. "rn',lotilornr.
A argamassa de c¡rnento e areia no traço de.1:4
é utilizada em vários serviços distintos de
alvenariâs, assentamento de placas de granito, regularjzåção umâ edificação:
de pìsor, af,"p,r.a,_"rr"*"a""to de portas
e janelês etc. Dessã forma, convém fazer
uma composição de custo unitáiio auxilìar para
inclu¡r o cLtsto unitário dã argamassa como uma
atividade âuxihar na c.rnp;riç;;.
-' esse se¡viço e

Na composição âbaixo, cadâ m3de alvenaria


utiliza 0,3 mr de argâmassa de cimento e âre¡â 1:4.

H}
ÊFlcþs r orsPEsas rNDrAErÀs - oDt
BENEÍcros E DEspFsÀs rNorRFrÀs - Bor (r)
(r¡

B4
85
CIK¡menlo c coûr(te dc ),¡c(osdcobr¡s t,úl)tiùs
( ¡f'r'/l¡, {: ()4, nrD ù. \inrcr¡1,,4 Anit,tr.o

Acomposiçãoâuxiliardaargamâssadecimentoeare¡al:4éapresentadaaseguir.observa-sequenãohá
inclusão de BDt nâ composiçâo auxitiar para ev¡târ dup¡a incidência
de eOt noir"lo Ãital.io ao s"ruiço. .4 Análise de Composições de Custo Unítário

Tabela 23 - Compos¡ção de austo un¡tário da arga¡nassa de


cimento e areiâ l:4 (Tabela DNOCS).
este t ópico, sintetizam-se os
passos que o orçamenti'ta ou auditor de obras devem sequir nã análise de
¿ composição de (usto unitáriol

't.lniciã-se â ânálise de preços após uma le¡tura geral do projeto e do orçamento da obrâ, de
forma que se tenha uma compreensão do objeto como um todo. Esse procedimento é ¡ndi5-
pensável, pois permitirá a identifi(ação de duplicidades de serviços e possrbilitará a (ompre
ensão do escopo do se¡viço cuja composição está em análise.

2. É necessário também ler a especificâçâo técnica e o crìtér¡o de medição e p¿gãmento do


serv¡ço a ser ãvaliado- Tãl etêpã fornecerá informações valiosâs sobre os coeficientes de con-
sumo dos materi¿is e âs produtividades d¿ mão de obra e dos equipamentos ut¡lizados nâ
€xeaução do servìço.

3. Avaliar o custo unitário dos insumos utilizados na composição. Geralmente é uma etapâ
simpl€s, mas pode-se defrontar (om insumos cujos p¡eços nâo são coletados para alimen,
tôção dos sistemas referencta¡s de preços, exigi¡do qlre orçamentista ou o auditor de obras
busquem outrês fontes de preço, inclLlsive por meio de cotações junto aos forne(edores do
,,*]
4, Venf¡car se todos os insumos listados são realmente necessários para a execução do serviço
em vista das espec¡fícações técnicas exigidâs parâ a execução, bem como se houve a omíssào
de algum insumo necessário para a execução do servtço.

5, Analisar os coeficientes de consomo dos materiais, procedimento que em grande p¿rte das
vezes pode ser executado a partir de considerãçöes geométr¡câs elemenlares, considerando
as perdas ou reaproveitãmentos inerentes aos m¿teriais utilizados.
6. Verifìcar os coeficientes de produtividâde dos equipamentos utilizados na execução do serv¡ço.
Para tal procedimento, podem-se utilizar os seguintes métodos, entre outros:
Análise de catálogos dos fâbricantes ou fornecedores dos equipamentos.

Pesquisas em publ¡câções especializadas ou em composiçòes de preços existentes em siste-


mas referenciais de preços para serviços sim¡la¡es que utilìzem o mesmo equipamento,

Multiplicação do coeficiente do equipâmento pelo quânt¡tativo total do serviço. Às vezes, o


coeficiente está tão exagerâdo que o resultado do produto resulta em uma qu¿nt¡dade de
hor¿s que não cabe dentro do cronograma.

Se ã obra estiver em andamento, é sempre váiido âfer¡r ln /oco a produtividâde obtida na


execuçâo do serviço, bem como quãis 5ão efel¡vãmente os equipamentos qLte estão sendo
util;zados, utilizando-se a metodologia âpresentada um pouco adiante.
Nos casos de obras concluídas, quåndo se dispöe dãs med¡çöes de serviços, diário de obras e
outras fontes de consulta, pode-se estimar o quantitativo médro de serviço que foi exe<uta-
do entre as medições e, por viâs indiretãs, estimar a produtividade obtida no serviço.
fr
I 7. Verificar os coeficientes de produtiv¡dade da mão de obra utilizados nå execução do serviço.
i: Nesse (ãso, o problemâ é mâis complicado do que a ânálise dos coeficjentes dos equipamen-
I 'tos, Podem-se utilizar os seguintes métodos, entre outros:

86
()r.:¡nrcnlo c c(r)tru c ir. tte(o\ (rc ()b,¡s t,ribt¿ì\
Ci¡pnrl.r :l: ()(.n¡ûntr\,<¡nì¿tn¡ c^¡itítnì

' aferiçöes /', /oco, se o serviço estiver sendo executãdo no momento


da auditora, conform€ e) anotar a5 condições climáticas dos dias e horár¡os em que as observôções forãm efetuâdãs,
metodologia âpresentada no tópico seguinte.
notâdâmente nos casos que tais falores exercem influència sobre a produtividade da equìpe;
. Pesquis¿s em public¿çôes espec¡¿lizadas ou em composiçóes de preços existentes em si5te f) anotar das datas e períodos em que os serviços foram execu'tâdos;
mas referenciãis de preços parã serviços similares.
. g) registrar da Ut município e endereço dã obra analisada;
Multiplicação dos coeficientes da mão de obrà pelo qu¿nt¡tativo total
do serviço. lâl pro_
cedimento deve se¡ âplicâdo conjuntamente em out¡as composjções h) registrar o nome dâ empr€sa encarreg¿da da execução dos serviços ou, eventualmente, da5
de cLlsto unitário, mas
permite avaljar o total de horas utilizada para cãdã categoria profissional empresas subconlrâtadðs;
na montagem do
orçamento e seu conf¡onto com alguma fonte fidedigna (diário de i) registrêr as demâis condições que possam in{luir nâ produtividade e desempenho da equ¡pe,
obras, folha de pâga_
mento acompânhadas dâs guías de recolhimento da prev¡dênc¡a socj¿l tâis como diståncia do cante¡ro até asfrentes detrabÂlho; númerodo pavìmento onde oserviço
etc.).
. As mediçöes de serviços e os diários de obra podem ser utiliz¿dos parã
estimar o quãntitati-
se realiz¿; controles de acesso existentes; serviços prestados em âltura etc,;
vo de serv¡ço medido em determinâdo periodo, bem como o contingente j) caracterizar o item de serviço analisado;
de tr¿balhadores
ãlocados no referido serviço, servindo de parâmetro p¿râ estimat¡va
de um coeticiente de k) registrâr eventuãis falh¿s na execução do serviço.
produt¡vidade.
F¡nalizando o presente tópico, é oportuno destâcar qLre ¿ análise de (omposições
de cLrsto un¡tário é, em
ãlguns casos, tarefa complexã, que exige profúndos conhecimentos Especificamente na apropriação dos coeficientes de con5umo de materiais, deverão s€r observados os
de engenharia e da técn¡ca executiva
do serviço a ser avâl¡ado. teguintes procedimenlos complementarer:

Assim, nos processos de auditoriâ de obras do TCU nâo é rãro que umâ
ún¡ca composição de cu5to un¡-
tário se transforme em umã discussão técn¡ca de dezenas de páginas. a) registrar as marcas dos materíais ut¡lìzados e suâ âderência às especificações e normas técnicas;

Ajuda mùito na anál¡se pergìtntâr ao responsável pela elâborãção do orçamento qLtât b) Ievantâr o quantitativo de materiãis efetivàmente empregâdos no serviço e o qoantitâtivo de
foi ¿ fonte ou serviço produzido, com vistãs a se obter os coeficientes de ut¡lizâção de mater¡ais;
critério utiJizado pãrã obtenção de coefjcientes de produtividade.
Lembre-se: o ônus dã prova da boa e regular apl¡cação dos re(ursos c)registrar os quan'tit¿tivos de materiais perd¡dos dùrante o processo de execução do serviço, se-
é do gestor!
gregando as perdas ¡nerentes âo processo produtivo daquelas decorrentes de incúria, imperícia
oo descumprimento de normas e especificações técnicâs;
3.5 Apropriações de Custo e Aferi ções de Composíções de Cusfo Unitário d) no caso de materiais que rão reaproveitados, por exemplo, chapãs de compensado para a
(onfecção de fôrmas, deve-se estabelecer um procedimento especial pârâ observar o número
médio de reaproveitãmentos, o qual dependerá o caso concreto;
A elâbo¡ação de uma composição de custo unitário ¿ partir de apropriaçöes
de custo re¿l¡zadôs em câm_
po ou â âferjção de composiçöes de (usto unitário por meio de e) anolar as ferramentas empregadas no manuseio e n¿ instèlação dos materiais,
medições realizadãs na obra são proce-
dimentos que podem sofrer grande variação em sua metodofogia, a jepender
da naturezã dos se¡viços
cujos custos se deseja avaljar.
A ãferição dos coeTicientes de mão de obra deverá ser {eita observândo-se os seguintes aspectos:
Dessa forma, no presente tópico, sâo apresentãd¿s algumas orientaçöes de câráter geraf para
a execu
ção de apropriações ou àferições em campo Em quârquer caso, o gestoLr ou o âuditor de obras deverão
observar as seguintes premissås: a) registrar a quant¡dade de trabalhadores empregâdâ na execução do serviço avaliado e as res-
peativas funções, obtidas mediante entrevrstas;

a) observar o critér¡o de medição e pâgðmento previsto para â execução b) registrar a mão de obra indiretâ reeponsável pela supervisão dos trãbâthadores;
dos seru¡ços ¿ serem
c) registrar â escala de trabalho e o turno em que o serviço se reâliza;
b) ler as especificações técnicas dos serviços avaliâdos; d) observar se há eventùaltrab¿lho prestâdo em regime de horô extra;
c) registrðr vôstâmente a execução do serviço por meio de fotogrâfjas e) registrâr os equjpamentos de proteção individuäl utilizados pela equipe e os equipamentos de
e filmagens, procurando
acompanhar a execução de pelo menos um ciclo produtivo completo de determrnado proteção coletiva relacionados com o serv¡ço;
serviço,
anotando,se a produção horária média obtida pelâ equipe;
f) observar se â equipe trabalhã em condições perigo5as ou insalubres;
d) e desejévef que os pro.edimentos de àferi(åo ou apropriãçáo lejdm rearizados
vånas vezes, g) âo finâl da análise, devem ser obtidos os coeficientes associados.om cada profissional que
preferencialmente em dias distjntos e com equipes diferentes, propic¡ando
maior confiab¡¡ida- participa da execução do serviço.
de estatíst¡ca aos dados oblidos;

BB
û9
orç¡trìc¡lo¿ Coìtrole de |r.iços rlc ()br¡5 t)úbtn:¡s

Na aferição dos coefi(ientes de equipâmentos, deverão ser ãclotados


os seguintes procedimentos
Iabelã 24 - Modelo delormulårio pàra apropr¡açôes de custo ou afer¡çóes de composições.

a) regjstrar a mârca, modelo e ano de fabricâção de cada


equjpamento utilizado nã execução
do serviçoj
b) registrôr às condiçòes ger¿is dos equipâmentos;
.:i::ir:i¡:il:ltltÍi¡iìF,ir,tìi,iÈiti:;,ìiÌrt::::iitì.r.;itì]:l:.;.ííìi1il¡lii:t'.ìiÌ¡ ,ì;i,::i
c) diferenciôr o uso de equiparnentos locados ,r::iir'r:i':iJ:].lìÌ"1ji:lì-Ìlg;i:.:,1ì,:,1,..ì:
do uso de equ¡pamentos de propr¡edacte do cons- :Íi:ì:i::ì':il:i1.triìijilirtir:'aìjijlrr'ì
truto¡;
d) estabelecer o equ¡pamento líder, que com¿nda â
equ¡pe;
e) estabelecer tempos operât¡vos e improdutivos par¿
câdâ equipamento, bem como coeficien_
tes ôproximâdos de utilização operativa e improdutiva;

f) registrar dado5 sobre os operâdores dos equipamentos e as funções registrâd¿s


em cartejra de
trâbalho;
g) registrâr tempos de ciclo, velocidâdes médìa
de t¡ansporte, tempos de carga descarg¿ e mâ,
nobra, rnterferênciâs de tráfego, distáncias de
transporte;
h) registrar a localização de todas asjazidãs,
botâ_foras, áreas de empréstimo;
i) registrar capacidades, potên(iàs e demais especificações
viço;
de interesse parâ a execução do ser- ffiffiffiffiffiwffiffi
j) medir o tempo destinâdo à tro.a de operadores, reposicionamento ou manutenção
dos equ! '..1¡j t: jr: iii,lin ir,: r:rt.:..
pãmentos;
t:i:,lf :. 19,6..,jl,i:nt:,.
k) medir tempos, dj5tåncias e formas de deslocamento :¡.|!ø'íe'ii;ùaô,.:::,, È¡ì¡Þ!4*i:rj,rtlj:.i:i,t,ì..::t'xä..:..:.t;i:.::.i:,i.i]'.]!1r:ä:..x1'¡q:.:...r::ii .':iiiì:.:i:ì:r..jio,ìi.ì.,.i]li r'::,:,1
en.tre o canteiro e âs frentes de serviço.
itt]l.i¡:.)ir']i:l:.ý:i:r j ji':l.l.l'.ti itjÎ ,, i;ii:rl jrr..,Ìì.i l.:tJ:;ii

O quâdro a seguir apresent¿ um modelo de .:í-å¡¡lí.,Þ.d;-_;¡..,ir,.í.iirtrt::E¡'iiiì-i¡.4i.iii_!:ì,'.;:i;¿;.iù.a:i¡!à!¡¡i:o.¡;Èi:.;'ùj.jj4'jt!rÞj;.¡ói,:.¡.4Ë:..djiÈ..rcìeti r,.lq¡ilqri44,iÍiiÌlì:'Jrit


ficha que pode ser Lttilizado em apropriaçöes de
obter emp;ricamente os coefic¡entes de uma composição custo p¿râ
se
de custo un¡tário; fiil*:I",1¡;¡rii!¡iÌ¡¡ti.¡il¡i {üiÌii:::il:it.: ir:'i:... l:]'l: ¡:..ii::r.i.i:'¡: :,ri.i
,tì:!::.r :l.rÍ¡ìi¡;t-i¡-;rr..ì.
i;¡i¡q :.:l ',:: t ::l::ì.¡c.È;.ÌÈ.;âù1i;!;,ìri. r ::: :jtìr : t¡ ::.ì:ì.i,cìúÀ.ôiìÀìjii;ìd;:: f
ìj,i.:l:
î!iì;ìól:..',.:

WWW
t$.r¡a:il'l.l:
,i.1È.18';;it{¡ì6fjffi ¡l¡ffi1ïr{í¡iì$W
:i¡!!i:1 ì
qpÉ. r.i :.ço€ll Japr9d.j.,ill,i :
;r::.ì::'. : ::::1' :.;
È!.::rr

90
91

å
( !(inr'ñr" ù ( ù¡'r,'¡" t¡! l"r'r,D ti, ùLrr\ l'úll¡ is (i¡pit¡rlo :li Or(¡rr¡¡1oç 5i'r.:li.o.,AD¡lili.Õ

3.6 Estudo de Caso Tabela 26 - compos¡çáo A0x¡l¡ar- Confecçáo de (oncreto Fd = 40 ll/lPa

Composição de custo unitário de concreto de ¿lto desempenho utilizado em um estádio de futebol.

AþresentaEãe llqPrqhleloa:
Serviço: auxilia. 'Confècçào.le concreto Fck 40 MPA
Dâtã Bãe:09/2009
Um estádio de futebol com cerca de 40 mi¡ lugares loi licitado contendo um serviço cuja (omposição de R$ R$
Mão ão)
custo unitário se encontra ¿ seguirj 4,00 3.51
10 4
suÞiorãr (Rs): 24,44
130 50% 3i 89
Tabela 25 - Compos¡ção de (lrsto unitáÍ¡o do coh(eto Fd= 40 [4på. Tolâl de N4ão de obrâ (R$): 56,33

Serv¡ço:3.8 Concreto F.k40 MpA - Lânçamento, ãdensamento, lJnidade: m3 cuslo Unitário (R$)
ãcabamento ê.u.å- Data Bâse: 09/2009 ks 486,00 o57 2t7
Mão de Obra (discrimirìa Coeficiente Cusro Unirário (R5) custo Pàrcial(R5) 0,64 39,9 25,54
130 90
0,23 3,51. 0,81 Brila nr l 0,70 lAT
Servente o23 86 o,?5 192.41 4A,10
10,40 2,13 22.15
Subtotal RS 1,67 Aditi\o Superplastif cânle
2910 115 33,47
Encã Sociåis (130 2,r1
Toùaì Matedãis (R$) s37,14
Total de Mão de Obrå R 3,84
Equi
cuýo uniráfio (R$)
Custo Unirário (RS) custo Parc¡al(RS)
Betó¡eirâ Elélricâ - 320 lit¡os 0,8 3,8 3,04

3,04
Total Mãter¡ais (R

R$)

596,55
BDÌ (26
Se¡viços Auxil¡ares
): 596,55
Descr¡ção Custo Unitário(8S) custo P¿rcial (R$)
Confecção de Concreto F¿ = 40 MPå 7,O1 s9655 638,31
Bombeamentode Concreto 1,07 47,02 93,11
Adensãmentô de côn.retô I,O7 7,AA 8,44
7,07 4,95 30
TotalServi Aux¡liares Rs) 745,75
custo LJnjtár¡o (R9 748r99
BDt (26,5% 198,48
Unitár¡o (R 947,47

Existem ainda composições de serviços auxiliares (bombe¿mento de (oncreto, adeñsamento d€ concreto,


confecção de concreto de alto desempenho e curâ de concreto). Tais composições são apresentadàç
em
sequèncid:

92 !ìl
:li:::t::l:: :ir'rl11::1:.i1î!î: y: :Ìi:iÌ.'.ii!:::.. Câpnulol: Or(¡herlos s¡'rali.o eAn litico

Tabela 27 - Co¡npor içáo Aux¡liar - Bombeamento de concreto. Tabela 28 - Compos¡çáo Aux¡liar -Adensamento de Concreto.

w¡ço: Auxili¿r. EombÉamenüo de Concrèro se iço: aurllla¡ -adensmento de concretõ

Cusro Unir¿rio (Rg)


0,45 3.51 1.53
3 2,60 8,32
0,60 156
0,32
5A% 10,06 É 50%
(R 19.18 7,24

Cuslo U.ìláio (R$) )

Equl

de concreto 73 m3/ho¡á 0,80 vihÉdô, de lmeß¿ô c/ motôr elél.ico 2HP 60 0,6


84,8 67.U

): 67,0¡t

Coslo Un¡láio (R$)

Tolaì seruicosAurrll¿ré5 (Rt):


lotâ¡ SerylçosÀu¡¡¡¡âEs
7,80
Et,02 Êor
BOt (26,
E7,02

9.4 95
r)r\,'nrL' ¡,, (n'i¡r,1,.,t¡Jlu\u n.¡rr¡!ll,trtrr,r)
c¡l)ildo l: ()rçiûr!¡tos Snìr¡tico ¡) .titr.o
^
Tãbela 29, Compos içã o Aüx¡liar
- Cura de Concr€tô
antemào, verificou_se que:

Se ûiço: Aurt,ta r , Curâ dê Concrerô


Os encârgossociais adotados na composição de custo un¡tário (130.50%) estão idênticos aos
do Sinapi;
020 2 Os salários horários do profìss¡onais estão idênticos aos do Sinapj;
0,52
0,52
O tr¿ço do concreto utilizado na composição parece razoável¡ e o preço
34,5A% unitário dos seus
1,20
insumos está igual à mediana do Sinapi_

150 3,75 Ássim, o audilor resolveu âprofundãr a análise e pesquisou outrâ composição de cltsto unttário
do Si-
napi, agora considerando um concreto estrutural de F.r = 20 Mpa e preparado na obra com betonei.a
3,75
(¡nclui lançamento e adensâmento):

Tâbela 31 - Composição do concreto ertrutural Fd 20 MpA preparado em betone¡rå (Sinapj)


= -

(RS

BDt {26,

4,95

5erâo aonsum¡dos aproximâdamente


30

Ë":"",ïïjï::",#.,""î.,T:1äflT:J:Ëii::"".j":Ë;:1ï:;ïïï:J:.""îi,lî,j;:tåj::j
¿...,uou,,,,¿,;o¿Jsì;;:iläär,',::ï:?'"ii"_ìå";:"".,ï:,:::::;::::l::U*j*:*
:ï|fi,"-:iJïi:i"';iJ::':"";:,:'""""'" 0"'"",o,, '",,,,c'lJ" "i..-nä"'i.ì'ii" r.,= ru -p Também pesquitou outra composição de concreto preparado
em betoneira (não inclui lânçamento e
'0", âdensamento):

Täbetã 30 _ Compos¡ção do (oncreto


usi¡ado t¿= 35 týpA (Sinap¡) lãbela l2 - Com pos¡ção do conc.eto F(t = 1 5 lt
pA
- prepãrado em betone ira (S¡nap¡).
D€ PÊSOUISA OE COSìros tNDrcEs
E Þa coNsrRuçÁo crvr!

;.oõõ.ñ--!-;;-

96
97
-,.'>r)t(.
or'¡ù, n.. (:,rrrrt)1. rJ.l)',{)\.J¡ ol,.r\ l"'hh, ir
C¿¡itut.l: Or(¡rùrnros Sin¡¡ti.. c /1n¡JítiÛ)
_

Diante do exposto, responda ¿os seguintes questionamentos


Figura 9 - Fôrma de uñ blo(o de fundaçáo de um estádio de futebol.

l) É possível ônalisâr â composição de custo unitário apresentada anteriormente?


2) Existe sobrepreço no serviço "Concreto FCK 40 MpA , Lançamento, adensamento, ãcabamen_

3) Aprerente as inaonsistências verificadas nâs composições ¿presentadas que podem câracteri-


zar sobrepfeço no serviço,

4) Apresente uma composição de preço unitário referencjal para referido serviço, considerândo
que o concreto será inteiramente confeccionado em centr¿ldosadora instalada no canteiro
de obrâç.

Resolucão do Probleme:

1) É possível ¿nãlisar a compos¡ção de custo unitário apresentada acima?

Resposta; 5em o projeto completo de engenharìã, inalu¡ndo âs €specificâções técnicas do


serviço, a análìse fica comprometida. No entanto, é possível apont¿r d¡vers¿s inconsistências
nas composições de cLtsto unitário apresent¿dar.

2) Exrste sobrepreço no serviço ,,Concreto FCK 40 MpA - Lançamento, adensamento, acabamen_

Resposta: Siml Apesar de haver alguma dificuldade para o estâbelecimento de uñì preço Não é razoável e tecnicamente justificável preparar mais cle 30 mil mr
de conc¡eto em be,
paradigmâ, observam-se d¡versâs inconsistênc¡as nas composições apresentêdas que estão toneira portátil de 320litros. Numa obra deste porte, provãve¡mente haverá à instalação
superestimândo o preço do serviço. de uma central dosãdora de (oncteto no c¿nteiro de obras ou o concreto será fornec¡do
por uma concreteira d¿ região. A preparação do (oncreto em obra com betoneira por_
tátil êcarreta um aumenlo de cercâ de R$ 75lm3 no preço unilério do concreto, Mesmo
3) Apresente ãs inconsistêncìas verificâdas nas composições apresentadas que podem cara(ter! que se admitisse o preparo do concreto com a betoneira, verifica_se que
zar sobrepreço no serviço. o coeficiente de
utilização do equ¡pamento está superior ao do Sinapi. O custo horário do equipamento
Resp05ta: As inconsistências detectâdas estão ãpresentadas abaixol no Sinapi é R$ 3,05 e à composição apresentâda Àdotou rrm custo horário ligeìramente
. super¡or (R$ 3,80).
t
O preparo do concreto em betoneira está consumindo g HH (4 horas de servente e outras
Os serviços de lançamento, adensamento e bombeamento de concreto co¡]somem 2,2 I
HH 4 horâs de pedreiro) nâ orçamento ônalisado, enquânto o Sinapi prevê 6 horas
(homens-hora) na primeira composição do Sinapi ãpresentâda, enquanto na obrâ de servente
da arena I
consomem 4,81 HH. Não se vislumbra justjficâtjva técnica pfausível para este caso. Aliás, n¿ Þara o serviço. Não p¿rece råzoável a participação do pedreiro na execução do serviço de
preparo de concre'to, pois este proftssionâl pãrticipa apenas d¿ fase de lânçamento,
obrâ do estádio esperava-se encontrar uma quântidade de HH inferior a do Sinapi, pois os adensa_
mento e acabamento do concreto.
elementos estruturais de um estádio de futebol nâo são esbeltos como em uma típica obra I
de edifiração, consumindo individualmente maiores volumes de concreto. Assim, exigem-se t: O coefjcjente do equipamento ,,bombâ pãra lançamento de concreto (73
mr/h)" está apa_
menos mud¿nç¿s da equipe de concretâgem durante o processo, rnenos interrupções då lì rentemente superest¡rnado (0,8 horãs parâ lançar j mr de concreto). T¿mbém não é todâ
concretagem para vibrãção e adensâmento do concreto, bem como maiores períodos de I atividâde de concretâgem que utìliza a bomba.
tempo com a bomba de concreto operando sem interrupções, melhorãndo a produtìvidade 't
O coeïiciente de consumo do concrelo (1,07 mr/1,00 m3), pre5supondo uma perda de 7% nâ
dã equipe. Tal Jato pode ser const¿lãdo nâ fotografia âbaixo, onde é ãpresentada uma ti-
quãntidâde de concreto, está ligeir¿mente superior ao coeficjente de perdâ adotãdo pelo
pica fôrmô de um bloco de lundãção, Um único elemento estruturâj consome aproximãda_
Sinapi (5%). Considerando que os elementos estruturais de um €stádio de futebol sâo mâis
mente 10 m3 de concreto_ l vo¡umosos do que os de uma típica obrâ de edifi(ação, julga-se qLre a perda de 7% é dema_

(l¡l
l
I

I
o¡çinrc' v c Conrr,lE de r.,1ô\ dr, ìhri\ t1'LhLrs
C¡pilLno l: Orç¡Drcntos 5'Ìlúlico c
^n¿líl¡.o

siada. Os 2yo de perdâ âdic¡onâis considerados c¿usam um aLrmento de Rg 17,62


no preço Na estimativa do coeficìente da bomba de concreto com câpacidade para 73 m3/hora, utilizou-se a me-
unitário do concreto.
mória de cálculo ap.esentada na tabela a segu¡r No cálculo do fâlor de eficiência da bomba de concreto,
O coeficiente do vibrador de imersâo ut¡l¡zado na compos¡ção (0,60) a equipe de auditoria observou a razão entre o tempo que a bomba estava operàndo, e o tempo tolal
se encontra injustifica_
damente duas vezes acima do coeficiente utilzado pelo S¡nap¡ (0.30). em que o equipamento estava com moto¡ ligado. Considerando que os elementos a serem concretados
posguíam volumes elevados de concreto, obteve se um f¿tor de ef¡cièncta de 70%,

Por outro lado, contiderando que o preparo do (oncrero em betoneira


é indevido, o reitor deve consi_
derar que o prepãro do con(reto em centrâl dosado¡a no c¿nteiro trãz alguns
outros custos n¿o consa
derados nas cornposiçóes apresentadàs no enunciÂdo do exercício, Em espãcial, Tabela 34-Cálaulo do coeficiente da bomba de concreto.
deveria ser considerado
o custo horário dâ central dosãdora de concreto e dos caminhöes betoneiras
fãzendo o transporte do
coocreto no cânteiro. o custo horário desses equipamentos e os respectivos
coeficientes operat¡vos sào ÐEscRrÇÃo rNsuÀro COEFICIENTE
est¡mados ño item a seguir, PRODUTMOADE

Auto bomba estac 73 ms/h 180 Hp 0,020000 51,100000


4) Considerando ã ôecessjdade de apresentar uma composiçåo de preço
unitário referencial
para o çerv¡ço, são apresentâdos mâis alguns dados PREM ISSAS
hipotéticos sobre o ciclo de tr¿nspone
do concreto nos caminhões betoneiras, po;s a produtividade horárià
do equ¡pamento de,
pende dâ distância de tr¿nsporte e da velocidade de Produt¡v¡dade (Rendimento)
tráfego, bem como do tempo Oe carga
e descarga. Máximo Teórico 73,00 m3/h
Vålor rcllfado do calálogo do fabricanre do equlpamento.

Número de Equipamentos 1,00 unid


A título de exemplo, admite-se que, na vistoria da obrã, a equipe de
auditoria apurou que o tempo
de carga e do (arninhão betoneira era de 14 minutos, e ôs velocidades Produtiv¡dade total
médias deìrátego eram de 25 73,00 m3/h
Km/h (ida) e 40 Krn/h (retorno). A d¡stância média de transporte ent¡e
a central dosadora e os locais
de con(retagem era de 400 metros. po¡fim, o tempo total de desc¿¡ga
e mânobras dos caminhões que Ef¡c¡ência de operação 70,00% Aeliciênciada oæ¡åção considerou a dificuldade do
foi aferido pelâ equipe é de 9 minutos. Diante do exposto, foi possí-vef realizar lançamsnto, adolándo uma p¡em issa cons€rvadora.
o cálculo da produção
horária do equipãmento e obter um coefic¡ente operativo de 0,058 h/mr. Produt¡v¡dade cons¡dêrãda
A tabelã â segujr demonstrâ
o cálculo realizado. para â Composição de Custo 51,10 m3/h

Coeficiente 0 02 h/m3

labela 33 - Calculo do (oef¡ciente do caminhão betoneira

O coeficiente da central dosadorê de concreto foi est¡mado conforme memór¡a de cáfculo â seguir,
CaÍbhào 8€bDúå Observâ-se que, apesar de o equ¡pamento ter uma produção nominal de 80 mr/horâ, ã produção efetiva
cons¡derada foi de 20 mThora.
70 Íß
O custo horário referenc¡al do caminhão betoneira obtido foi de Rg 140,00. por sua vez, o custo horário
Coícrdo FCK=40 [æA referenciâlda centraldosadora é de R$ 310,00.

0,4

3¿,0 rS4ì

25,N

10,m

100..
101
OK¡Ììcnró c (:ùrlrolc ¡c llc(.r ¡r Ob¡¡s tìtbjn,,\
C¡pilú1,,.1:O'.r r.¡LosSrìtiÌr.o.^¡¡ljr ro

Tâbela 35 - Cálculo do coef¡ciente da bomba de concreto


Tabelâ 36 * Composição referenciâl para o Concreto de F.r = 40 t\4pA.

erviço:3.8 - Concreto Fck 40 MPA - Lançamento, adènsãmento,


Dala B¿sr09/200s

0,6 3,51 2,11


1,8 2,60 4,68
Subtol¿l (R$) 6,79
de .iclo pôE mistur. do .ônûÞ s6iais {130,50% I,A6
Total de lMão dê obrâ 15,64

k9 510 30 0,57 290,87


0.67 399 26,A1
0,74 137,45
4,26 192,41 50 51
Aditi\o Supe¡plaslincãnte kq 10,92 213 23,26
kg 30 56 1,15 3514
2,50 15 3,75
567,78

Bomb¿ p/ lançamen(o de corcteto - 73m3hoø o,a2 84,8 1lO


âpf oximâdâmente 309ó dã p¡odução Nôûinaf
Vib6dorde lmeßão c/ motorelékico 2 HP 0,30 10a 0,32
Cent¡al dosarlora de concreto 8O m3/hôrá 005 310 15,50
0,058 140 4,12
25,64

Ante o exposto, â composição referencial pðra o serviço encontrã_se Cuslo Unitário (R$)
apresenfadâ na tãbela a seguir
Optou-se por âpresentar o resultâdo em omã única composição
de preço uniti:rio, sem fazer uso de com-
posições auxiliâre5. A referida composição (onsiderou
o quantitât¡vo de r,6 h de rerv"nte u outrâs 0,6 h
de pedreiro p¿ra o Iançamento, adensãmento e acabamento Totâl Sêruiços Auxlli¿res
do concreto. Além disso, foram adicionad¿s
outras 0,2 horâs de servenle parâ a realjzação da curâ do aoncreto, cusro uô¡rár¡o (Rs): 609,07
haja vista que a composição do Sinapi
não contemplâ es5a et¿pa, BDI 161
un¡r¡trio (Rs) 7-10,47
os coeficientes de consumo de materiãis consideram
umâ perda de 5olo do coñcreto produzido na centrar

Verificâ-se, portanto, que o preço de referènci¿ p¿râ


o concreto de F,k = 40 Mpa e de R$ 770,47.

i
tQ2
i 10.1
Análise dos Quantitativos de
$erviços

Como ànalisar os quantitativos de servjços das planilhas


orçamentárjas?

Qual a infiuência dos critérios de medição dos serÿiços nas


eslimativas de quantidades e nas composições de custo unitários?
Como analisar quantitativos dos serviços de terraplanagem?

Neste c¿pítulo, ¿presentà-se um rmportante assunto relâcionado a uma


das mais graves irregularidâdes observâdas em auditorias de obräs públi_
casr o superfã'turamento dos quantitativos de serviços.
Tornâ-se entâo indispensável que o auditor de obras dedique parte
do
tempo disponível da auditoria a fim de reãljzôr a conferêncra dos prin(i_
pais quãntitativos de serviços d¿s obras.

A reãlizãção desse proced¡mento também permite identificar outras irre_


gularidades além do superfâturamento de qu¿ntitativos:
adiantamento de
pagamentos, reâlização de serviços sem
coberturã contratuâ1, defi(iônciâ
do projeto básico e ''quimica,,,. lodãs essas irregularidades aparecem quan_
do as quàntidades de serviços contratuâ¡s são efetivamente conlerjdar,

Ë muito rnteressante saber que as falhas de um projeto


são idenliJtca-
das a partir de um processo de quantificação dos serv¡ços.
eu¿ndo não
se consegue quantificar ãlgum ¡tem da planjlhå â pârtir
das inlormaçôes
ap¡esentadas no projeto básico, há de fato alguma coisa
errada com e¡e.
Prov¿velmente, ¿s licitantes se depararâm com o mesmo problemà
e não
puderam elâborar suas propostas de preço com total
conhecimento clo
objeto a ser licitado. por vezes, uma srmples omissão de uma
cota invrabj_
liza a conTerênc¡ð de algum qoantitativo. Outras vezes, f¿lta
âlgum deta-
Ihämento ao projeto oû, sjmplesmente, não há projeto dos
seiviços que
se pretende quantificar

I Doûnìção de'qùimi(a" d¿d¿ no ýoto.ondubrdo^(órdào 1.606/2008 pteñário: "29 A obrà re¿lbàseàda


ch um ÿo¡ro d,hrerre do thràdo ,n ob¿do p 5cñ t. tc. d,ndà. d no(¿oÞ¡dtr u" rpL¡.ùro\ eýdÝq \cnoo
p¿9¿oôrdmoIr"9Lter{o1,¿rrq,n"1roderêrui(o.doot di ",rd..omo!o1\trùo,ìddun:,Jdrpt-ór.i¡à
o0 r{u rqtpr¿tiú @ñh\',ddrcjþr9.odàÞn9ê¡tdd,oro "rtur.à !oì,rþer,.,trq,rm \0p,rrrmõnro,
:e:1to'(ô,novor..m,obù'u¿,onuar,ài.ro,odop.ojcrooril:,Jnenrp,ir¿doLr,"r0oÝr;.à;àrdd.
m4ro tror +û.!o Ah, ia, rcnrdnb dd p'dr l\à de p e\or origh,,t. ým spa t,ø aÞ¡ù,"0
"
I dAtp,
û nm0t pà à lL¡J,¡ hdrdÞ1 cý,ornrêmq,le üe ¡¡¡9 j.,n0àde 9,d;rriT" -
'omor4jð(ào.
,lr, ,l l , rrL '.li, r\

É oportuno ressaltãr que o erro no cálculo dos qoântitâtivos pelo orçamentistâ pode te¡ consequênciâs
elétrica cle Llmã edi{ìcação sem o projelo de
como quantificar os serviços que compoem a Instôlação graves e, ¡nc¡us¡ve, ser enquadrado como crime de improbidade adminrstrativa. Nesse sentido, a Lei
instaìãções elélricãs? 8.42911992 dispöe que:
de encar
por fim, para quanti{icar adeqLrad¿mente um serviço' devc se observÎ' " :Ï-" :ltï"^i -0"'no
e pag¿mento do ilem d¿ planìlha
aécnica sobre a tonra cle medição
n., "" """rp".'t'."Ca" Att. 9'Const¡tu¡ ato de improb¡dade adm¡nistrat¡va impoftando enr¡quecimento ¡lícito auferir
de qe'
dos serviços exige conhecimentos elementares
O leitor também descobrìrá que a quantificação "'AD" Esta é sem qualquer tipo de vantagem patrimon¡¿l ¡ndevída em ßzão do exercíc¡o de cargo, mandato,
com o emprego de softwares
ometliâ, e esse procedimento pode ser racionalizado função, emprego ou ativ¡dade nas entidades mencionadas no añ. l' destd le¡, e notadamente:
dúvidâ,umaboânotícia.Noentanlo.âquant¡ficaçãodeservìçosrequerqueoorçamentrstaeoauditor
projetos (...)
tenham capacidade técnic¿ para ler e inlerpretar
Vl - recebet vântageñ econômicâ de quãlqueÍ natuÍeza, d¡reta ou ¡ndireta, para fêzet decla-
ração falsa sobre medição ou ¿valiação em obras públ¡casou qualqueroutîo teru¡ço, ou sobre
4..1 Levantamelrto de Quant¡tativos de Serviçcs quantidade, peso, med¡da, qualidade ou característica de mercador¡as ou bent fornecidos ã
qualquer das entidades menc¡onadas no aÍt. 1' desta lei;"
item de serviço é uma das mais trabalhosâs
do pro-
A etapa de levãntämento d¿s quantidades de cada insumos a sefem âd-
que define å quantidade cle
cesso de orçamentãçâo e é de cruc¡âl importancia, ¡;
Também deve ser lembrâdo que as últimas Leis de Diretrizes Orçamentáriâs têm estabelecido ex¡gênc¡a
quiridos e o dimens¡onamenlo das equiPes d¿ obra
o de ânotação de responsabìlìdade técnica para o engenheiro que elaborou as p¡an¡lhas orçamentár¡as, exi-
Em regra, o levåntamento de quantitativos se
dá ¿ partir dã leiturâ e análise de proietos' fazendo-se
no caderno de encargos'Ìou gindo inclusive declaração expr.essa sobre a adequação de quantitativos presentes no orçamento dâ obra,
na forma estabelecidâ
cálculo das quantidades dos ciiveßos t¡pos de serviçoì
critérios de mediçao e pagåmento previstos para a execução dos serviços Portanto, recomenda-se sempre ao âuditot buscôr a memória de cálculo dos quântitâtivos. A existênciâ
nos
elemen- ou não de memória de cáfculo fornece ¡nforrnações valiosås sobre como o empreendimento está sendo
As quãntidades geralmente podem ser
verificâdas por simples contagem ou por pro'edimentos
volumes) Também é bastante (omum conduzido.
comprimenlos e
a"r"-t J" n""."t," t.alculo de áreas perímetros'
em Llnldades de massa, por exemplo' Kg oLr tonelåda Ape A análise do quantitativo de alguns serviços pode ser comprometid¿ em função do estágio dâ obrâ ou
o levantamento cle quantitalivos de serviços
trabalhosos eexigìrmujtl aten:a:-?:l/e setâmbémterem do não detalhamento dos projetos (por exemplor (omprimento das fundâções com ô obra concluÍda ou
-l'jor., "lnr* Af.rf"spodem 5erbasta;te 1ào podem 5er estimados com precisâo O melhor
exem_
a quantidade, em qu¡los, de ãço ut¡lizâdo nas armações da estruturâ âpós suâ conc¡etagem).
mente que os quôntitativos de aìquns serviços de sondãqens e
de est¿(as pre moldadas Mesmo-dispondo
oi. J"rl" p-¡i"t, a,vez seja o <1e cravaç;o Não é râro surgirem denúncias de superfaturamento em obras já (oncluídas em que o auditor não con-
prever com exatidão a profundìdãde em
de um proieto de {undaçoes, o orçamentiìta nunca 'onseguirá segue obter os e'ementos tócn¡cos (projetot necesrários parâ â análise dos quantitôtrvos. verdadeiros
que cadå eslãcô será cravâda trãbãlhos periciais tornam-se necessários em tâis câsos. A tecnologia existente âtuâlmente permite pe-
os cálculos de quãntit¿tivos po'lem se tornar
extre- ricìar 05 quantitativos efetivamente executados com boa precisão, embora requeir¿ grande tempo para
A clepender do porte e da complexidade da obra' Nesse aspecto' é oportuno
tempo das auditori¿s- execLrção dos trâbalhos.
r"r'""i",r"o"ln*"t, tomando razoável pãrcel¿ de de quantitativos
|."rrrl,"l. or. softwares "CÀo" racionalizä o procedimento de análise
*'1,-Cão cle Por exemplo, um dos problem¿s .ecorrentes é o dâ verificação dâ profundidâde de fundaçöes em obras
" prova da boa e regul"'S*'it tt-:l',t:Ïbl:i"é aoncluídas. Mu¡tas vezes, há suspeitas de superfaturamento nesses se¡vìços. Uma técnica simples e bãrâta
Também é;mportante reìembrar que o ônus da 9*contratãnte a memo
procedimento válido solicitâr ao órgáo/enlidade é o ensa¡o Pllr, que permite verificar o comprimento e a integridade das estacas.
¿"o o"rtor. ponunro, ,umpr e e um
a" å" i"nr'. t t"O" p"', o .ult'to du'
q'"nticlades de serviços da planiìha orçamentária No outro exemplo apresentãdo, â quâñtidâde de âço cA'50 utilìzada nas estruturâs de concreto armado
"a quant¡dâde5 (ou
5e o qestor, o proietista ou o orçamentista
da obra não tèm a memória de cálculo das pode ser estimâda após a concretagem. Basta que o audìtor de obras faça o uso de um locâlizador de
also muito estranho deve estar aconlecendo na obra aLrdûadâ' barras de aço, equipâmento que indica è posição e orientação das barras da armadura, bem como forne-
;ï:ï"i#il;; "" "'oi"o, partes como "as qu¿ntidades for¿m es- ce o recobrimento de concreto sobre o elemento de aço e apresentâ uma estrmativa dâ bitola da trarra
das
o-* o" ,n*tr., é comum o auditor ouvir explicãções é que a5 quantidades
^i*" com base nã experìência dos
timadas projetisaur". òu"rn ,"rpr" o que se verifica de aço utilizâda. A foto å seguir ilustra o equipamento sendo utilìzado em umâ estrutura.
para fins es(usos
foram inventadas ou cleliberadãmente adulteradas
guarde uma detâlhada memória de cálculo dos quantitativos
Recomenda-se, a5sim, que o orçâmentista por algum órsão de
;;;ì;;,pi,;'";ou"l'"ni" tul docuÃento será demandado no futlrro' seja
controle ou peìa própria fiscalização do órgão conlratante'

Nor¡a!menle I Enrðio dê ¡tegridðd¿ Pll


teD (omo objetiÿo priù(ipala avali¡ção da inteq'idade edô profundid¿dc de í!nd¡(óú. Colo(aio ùm a(elorónetro n¿ en¿.¿
).¡.lo ò¿o!n.¿roo5éum.oniurlorlo¡nlormaço05'omplemcnü'es¿ÚpoJelo'J¡l'nit¡lo'ornodeÝ¿3erp'o'cd'Jà¿c'e(Ù(ã-odos'eNi(or
***'¡'**o droi Lre mod (¿o o p¡qatnrode Gd¿ otì en,¿iàda A p¿'lr
do golp6 (om m¿'rclo ê nel¿ retle\åo d¿r on'Jàs qe.âdas por ere! qolper, ldentif¡.¿m sc bro.¡5 ¿ ¡¿lhar.¿se5t¿.à5.0 nr0!mo prin(iplo
¡ ¡.-*i,r" -r..""r"tume. no quåt.r¡o -*ûL'd"'rÁ ú 6Þe';;l:à'* ü'li'"' "
e Ôs
'' podc e' ul lt"dô pdd
¿ oýfliqr¿!.o ou ro1h,ma.o do,orprir¡nto dp pn¿ld,.
dor ,edi(ß provistor pa'¿ ¿ obr¡.

It].i ... 1,07.....


Ciprrulo a: dos Qu¿nt'rariÝos de SerÝ'ços
^náhsc
O'(Jn.rrlo c I onrrulF do Pr¡\o\ dc OLì'¡s Pubìil¿\
_.t.......... ...... . ....
p¡lar de concrêto 4.2 Critérios de Medição e Pagamento
F¡gura l0- Ut¡l¡z¿ção do localizador de bãras de aço em um

Neste tóp¡co, faz-se uma observação ¡mportântíssimal os quantitativos e os preços unitários presentet
na planilha orçamentária podem vâriar (onsideravelmente em função dot critérios de medição e paga-
mento dos serviço9,
Por exemplo, o serviço de esc¿vação, carga e transporte de materìal de pr¡me¡râ câtegoria sofre grãnde
¡nfluênci¿ do cr¡tério de rnedição utilizâdo, pois o solo sofre o fenômeno do empolamento ou aumento
do volume do soto após este se¡ removido do seu estado natural, em que se encontra compactado.li_
p¡camente, no caso de mâleriais arg¡losos, ocorre um aumento de 30ÿo do volume do solo escavado em
virtude de sua descompactação.
O Sistema de Custos Rodov¡ários do DNIT- Sicro - utiliza como crìtério de medição pâra os serv¡çot de esca-
vação o volume medido no corte, ou sej¿, cons¡dera o volume do mâterial àntes de h¿ver o empolãmento.

5e â obra não contar com apoio topográf¡co, pode ser mais simples medir o volume escavado por meio
de outro método, por exemplo, mediante a contagem do número de viagerìs e das resPectivas capa(ida-
des dos câm in hões tra ns po rtando o mâterìâl escavado. Neste caso, o solo está sendo transportado 5olto,
após sofrer o processo de empolamento,

Espera-se haver, entre estes dois critérios de medição. grande variâção no volume de escavação medi-
do, po¡s o volume med¡do no corte está 9em empolamento e o volume medido no transporte está com
empolamenlo,
Obv¡amente, o preço unitário dos serviços também é afetado pelo critério de medição e pagamento
Ora, se um determinado volume a ser escavêdo for medido no corte ou no tran5porte' ¿s quant¡dades
medidâs serão diferentes, mas a natureza do Serviço é essenciâlmente a mesma: esc¿var um determinado
volume de terra. Dessa forma, o preço global de escavaçâo deve ser sempre o mesmo¡ independente do
critério de med¡ção âdotâdo.
que âlguns serviços são permanentes' f¡cando in(or-
A análise de quantitativos deve observar também Portanto, os preços unitários deverão ser inversâmente proporcionais aos quant¡tativos medidos confor-
¿ o¡," too, pintura' âlvenaria ou concreto)' e outros são provisórios' utìlizados apenas me cada um dos critérios de mediçáo, de forma a manter o preço total do serviço constante. A tabela
".lrJo, "remPlo, e removidos em seguida (por exemplo, fórmas para.as esrruturas, escorâ-
;;;;;;; f;r" ¿;..^rtruiåo segu¡nte ilustra o raciocínio desenvolvido para um determÌnado volume de escavação, ondefoiâssumido
llni", *ou't"t, auo"mes, barracão de obra e dema¡s instafações provisórias etc ) haver um empolamen'to de 400lo:
quantitativos do5 serviços permânentes após a conclusão
5âlvo poucas exceções, podem-se tevantar os
âo mesmo que, em alguns câsos, seja necessár¡o o emprego de alguns
ã" oira.u¿iunt" ulrtofìa locâ1,
de barras de â(o) fãl afirmação
Jn*ã, *",out*tos (por exemplo, o ensaio PIT ou o locaìizadorquantitativos após a conclusão da
." Tâbela 37-Compara(ão dos quantitativos e pre(os un¡tár¡os ent¡e os métodos de hedição do serv¡ço de escavação'
para os serv¡ços provisóri05, cujo levantâmenlo de
¿
ä¡r" "*¿Jir'-
"4" pro¡etos, diários de obras' especificações' fotograf¡as e outros documentos
a
"rignl -"*lr"
u
particularmente complexâ em várìoi tþos d-e obraslro-
A análise dos quantitativos de terraplanagem é pos-
o apoio de serviços de topografia parè melhor avaliação E sempre
Alîf"t,l"rr.n"* exigíndo
documentos técnicos produzidos:
"..1, topogiáficos utiìizados e os
sível ao audìtor solic¡târ os levântâmentos
quadros de cubagem etc
levantamentos planìaltimétricos, seçöes transversais'
combagenosdocumentosobtidos,pode_severificafseosquantiìàtivosdeterraplanâqemforampagos' topográficos
;";;;;";;;;; t. o âuditor pode estar trabalhândo â Pârtir de levantamentos
"ntanto,
levantamento topográfico acompãnhado pelo aÚditor ou conduz¡do sobfe a
adulterados, somente um
pouco mais de segurânça sobre âs quantidades efetivas de movimen'
orientação deste pode trazer um
taçáo de terra.
capÊ
será assunto èprofundado em tópico específico deste
A âná¡ise dos quantìtativos de terrapìânagem
tulo,dadâsua¡mportânciaPâraâorçamentaçãoeauditor¡adealgumâstipologiâsdeoblas'
...109...
I

o serv¡ço de execução de cobertura de medição è ser adotâdo, a empresa pode vencer a l¡c¡tâção utìlizando o metro quêdrado de projeção
Outro exemplo para melhor entendimento dâ matérìa Considere-se
galvanizâdo Podem ser adotados pelo menos do¡s critérios de medição ditt¡ntos: horizontàl como (ritér¡o de medição na formulação de su¿ propostô. Após o serv¡ço execotado, a empresa
com telhas de aço
pode discutir, por via administràtivâ ou judic¡al, a adoçâo då metragem sobre à área efetiva e não sobre ã
projeção da área de telha trocada, alterando o equilíbr¡o-econômico finance¡ro do contrato â favor dela.
a) considerâr a área de proieção horizontal do telhâdo <omo parâmetro de medição;

b) considerâr a área de lelhado efetivãmente executâda, a qual sofre ¡nfluência da geometriâ' 4.3 Exemplos de Critérios de Medição e Pagamento Utilizados
do grau de ¡nclinâção do telhado e do nÚmero de águas executadas,
Para me¡hor compreeñsão do leitor acerca dos critérios de med¡ção e pagamento, apresentam.se a se-
O pr¡me¡ro critérìo de med¡ção a 5er util¡zado pode parecer grosseiro e impreciso, mas tem a râzão
de gu¡r ¿19uns exemplos adotados para os principãis servìços de uma edificação. Os critérios de med¡ção fo-
de custos deve considerar na estimati- râm extraídos do Mãnual de Obra5 Públiaas-Edifi(ações (extintã Secretâria de Estado
ex;sr¡r e de ser rotine¡rômente utilizâdo. Nerte câso, o engenheiro - Práticas dâ Seâpi
geometr¡a
vâ de quantidades e do preço unitário do serv¡ço todo o projeto do telhâdo, em especiãl suâ dã Adûìin¡stração e Patr¡mônio).
qualquer cr¡térìo
e inclinação, Espera-se que o cu5to total de um determinado telhâdo, orçàdo segundo
de mediçâo, seja sempre o mesmo, afinal o objeto do serviço é o mesmo telhado' Tabela 38 - Cr¡tér¡os de mediçào e pagamento de âlguns serviços

Espera-se, também, que ¿ precisão do orçamento a ser elabo¡ado para o telhado seja sempre a mesma'
(r¡tério de
afinal, o projeto disponível para a est¡mativa de (uttos é o mesmo, ¡ndependentemente do
med¡ção adotado.

Portanto, o primeiro método de medição do telhâdo' cons¡derando apenas a área de Projeção hori- ìlil4i$.!tió,ptd;. Âìjiìi::,'.:;:.;.;ì.1;!;:,,:¡ .¡:ô.È¡iÉil,;"¡+ii¡s!¡,s'!l¡:ø.pri.ü!ù.*:ô¡r¡iir$¡äíieiá!ji:iÍq{'i:¿ãiÌÀi riój.{eü
zonlal, não é melhor nem pior do que o segundo método. Em algumas s¡tuaçôes âcaba simplif¡cando a
formadeapuraçãodosserviçosexecutado'dUranteoandamentodãobra,permitindoaquantíficação .
; -
.
- .. ,i nêdicåô $rá ÊrrLuåd¡ prro út{De de øn.¡.eto a}rjødoj hc¿i¡,o !¡ ô6do @ú ôr {ißs - ,
por âpontadores ou por outros tipos de profissiona¡s sem elevada qualilicação profissionål '-c"9' 'õA¡n;¡dud
no pþF q eD n.¡@mpuÉn¡o os tÕ'um6ódùn!àrth¡r pcçarüú¿ row¿

O eñgenheiro orçament¡stâ deve, portanto, considerar devidamente o crilérìo de medição do serviço


por sua vez, deve
ao estimar as quantidades dos se.v¡ços e os respectivos preços unitário5 O projet¡sta,
especificarumcritériodemediçãoepagâmentoqueseiamais¡ndicâdoparacâdacasoemconcreto'
É clãro! o auditor de obtãs deve observar o critério de med¡ção e pagamento nos
proced¡mento5 dê
4
veif ¡(ação dos quanl¡tativos.
Em tunção da nôtureza do serv¡ço que está sendo executado, deveie àdmit¡r alguma margem
de erro
,tr,¡,,."r¡l¡* I , .. r :
- ^nEil!"9ýrJcllluâJdpcro.(ômpdñrnrollnai¡dirdðsBr,@'urili¿ãdß;jndcpm¡rdrÈ
mùred¿Pròturdd¿dc¡ÛnB'dr '
ou roterâncìa nos quanlìt¿tivos apurados Por exemplo, não 5e pode ter o mesmo grau de rigor na me- : t .
d¡çãodasquântìdade'deapârelhosdearcondicionâdoinstaladosemUmaed¡ficaçâoenômediçãodo i¡o- ¡lo
-n*r,i .¡¡,¿, ; ø," ,rì,ó b-,"ì Á
TdlÉn .-á.prduddd po, mer.o. o¡\iileÉioo s1 o ænip;moro a;ae a orà ae n:na+
,

volume de aterro executado em uma obra rodoviáriâ, uma vez que a precisão obtida nas duàs med¡dâs
invariôvelmente é diferente ,a n.d\lô {rô ercru¿!¿ p¡r o:, ¿purd¡Jo-se ¡ ¿r!¡ (ontome as {,iDe¡rõ6 indir¡¡,¿s ¡o r
¡'':,''-'''r,.
Wl¡{Ëiiiiffi :'
por composições de prej¡tô d6.o¡Èndo 5c¡nrcßtuhô'ir. lôdôt oi ÿ¡ot å|€¡r dei;/io5 oL¡?Ê €hnie¡res ßrñj-
Foi visto no capítulo anterìor que ot valores unitár¡os dos serviços são calculâdos
ê
lurdis que inlcdìrdm r¿r ¿lwn¿li
pâra cadâ serv¡ço
custo unitárias que cons¡deram os ìñsumos e respectivos coef¡c¡enles de produtividade iËä,¡iì;¡!-i:iiÈliillrr-i:, rl.;.r:,r:.'.,:t::::::,:ìl 'À'iì!d.r'È.;jiA;r"i""!i.r6i!,!'iqldi¡¡r"ûi!¡,¡;"i.hii¡t]ånr1ù!¡!iÈiì¡)¿ì;J:,ìóíÊIù.,.
Na est¡mativa dos coefic¡entes de produtividade, deve-se considerar o (ritér¡o de medição e de àceita'
A t¡fditã-o *rá úêrúd¿ p0lã ¡'ù dê ÿiijru obiidd a!Éß da5 din.nrÖs de @dâ pç(d. (on-
bilidade dos serv¡ços, bom como a sua forma de execução, f¿is elementos necessâriamente devem com- róÞ¡ o Éùojdo. .m rì
doúdo *r ðædo¡dadæ p¿rà rd¡, 6i nì!&,or ¿e 0.05 h.
(ob¡rr!È
por a9 especificações téan;cas pré-estâbelec¡dâs no memorial descritivo e/ou nos cadernos de encargos Á DrdiÉo xr¿ crct!¿dd
prô,fro en m¡.
pel¿ ¿Ed de pmjÊ(ão ¡iô no rlÐo ho¡tuonr¡l, ú¡lome
- : .,..
oficialmente adotados pela Adm¡n¡strãção. sua {inalidade é or¡entar previamente os Ii.itântes sobre âs A medifãô será .,crùà¿ä pdà lû de pjlo @nfomre ãs d'4Èn!Õ6 ¡nr,iç¿d no p|ojorq cD
regrâs que serão seguidas pelâ f¡scalização durânte a execução do contrato, âlém de ãtender aos requi- n\ i0ñdod6þni?dò a áÉrde ýdlid o! ilroLÌ¡¡.iàr qùc ¡\<.ddn:m á î,r0 nr,

sitos est¡pulados por lei para a elaborâção do Projeto Básico.

Ersas informaçóes necessariamente serão consideradas e incorporadas nas compos¡ções de custos un¡tá- td,;í;r ,{ mediÊôr.á cl.lùàd¡ n¡r n1 dAenlãndo{c n; qù; dÓ;fa r0o,¡,,6i¿¿iordjm
. '-
E

r¡os, deTin¡ndo â jurta relâção entre os encaagos do contratado e a sua remìJneração finãnce¡ra' sÛPrx.'c5 ¡ie ropô n¿o rc|am {mrrdd!._ , - .

4 nc¡l¡(lo *ri€feru¿d¿ por ñeuo de rùbulãçåo iÚtàldà. ónfms prcj€lo


5e os critérios de medição e pagamenlo não forem o sufícìentemente precisos, pode haver pagômentos
indevidos pela âdoção de critérios de medição distìntos entre o efetivâmente reâlìzado pela fiscâlizâ-
ì!';,Éi";{.;';q;;È;';ì-¿,¿¡¡¡ièìgì¡;r,¿i;d;t!;..iËi;;¡n¡¡jr' :;,:
(ão e aqueìe que lo¡ considerado na elàboração das composiçõe9 de custo. Voltando ao exemplo da
construção do telhado de uma edificãção, se em nenhum documento ofi(¡al houver descr¡ção do critér¡o lÝ1anul de obràs Públi6s de Edifi.¿çóer P¡áii.¿ d¿ 5e(era a dè Errado dàadnirisra(áoe do patrimôn¡o (9r-ap): PÉjeto.

. . -..11.0-

i;:ìrt.
Orçamento€ Conùole deP.eços de Obras Públicas
...,..................-c:t'::g::l'til:::::s:::tt"-i:,::.d.".::Í::1î:

Outras ent¡dades adotam cr¡térios de mediçöes distiñtos para os serviços. Sogere-se a Ieilura de alguns Aplicando o Teorema de pitágoras, obtém-se que x é ¡gual a 1,05. Ou seja, pârê
cada m, de áreã de pro_
dos (ritérios de medição p.esentes na TCPO5 da editora PlNl e <onlrontá-los (om os critérios de med¡ção jeção horizontal do telhado, há 1,05 m, de área efetivà
do telhado. A råu"tu uo ot:ocs up,"senta a se-
utilizados nas Práticas da SeaP guinle compogição de custo unitário para o serv¡ço (mediçào considerando
área efet¡va clo têlhàdo):

4.4 A influência do Critério de Medição nas Composições de Custo Unitário


Tabela 39 - Composição do serv¡(o ',Cobertura e/ou revest¡mento com chapãs
corrugadas de ãlur¡ín¡o- (DNOCS).

Apresenta-se neste tópico como a mudança de um determinâdo cr¡tério de medição e pãgamento Ìnflui
nos coeficientes de umâ compos¡ção de preço un¡tário.

Como exemplo, (onsidere o servi(o "Cobertura e/ou revestimento com chapas corrugadas de alumínio"
previsto nâ Tabela do DNOCS. O câderno de encargos daquela Autarquia apresenta o seguinte cr¡tério
de medição:

"CRITÉRIo DE MEDIçÃo:

será feita pelã iárea, em metro quadrado (m'z), de cobertuÊ executada, conlorñe d¡mensõesdo Proieto

Obs.: O assent¿mento e fohecimento dos rufos, cumeeirat rincões e esp¡gõet, setão med¡dot e pagos

Os ncôes e esp¡gões serão pagos como cumee¡ra,"

Trata-se, assim de !im cr¡tério de medição que prevê a áre¿ efetiva de telhado executada, difer¡ndo do
caderno d¿ Seap que prevê medição pela área de projeçáo da cobertura no plano horizontal, conforme
projeto, em m,.
Os dois cr¡tér¡os resuham em duas d¡ferentes composições de custo unitário parâ oserv¡ço. Quânto mâ¡or
a incìinação do telhado, maior será â diferença entre as duas composiçöes de custo unitário. P¿r¿ exem-
pl¡ficat considera-se um telhâdo com 32% de ¡nclinâção (a cada metro no plano hor¡zontal, ocorre umâ
elevação de 32 cm no plano vert¡(al):

tigura l1 - lnfluênc¡a dâ ¡nclinâção na área efet¡va de um telhôdo.

x
cr3?

terândo-se o crilério de med¡ção do refer¡do


serv¡ço, ut¡lizando â área de projeção horizontal do telha-
como unidêde de med¡dâ, é ne(essário fâzer u
m aluste n¿ composi(ão de custo unitár¡o apresentada
c¡ma, r¡ult¡plicando todos
os coeficjentes pelo fâ1or 1,05

STabel¡s de Composiçõ4de P.e(ospaÉ oqamenlo!-¡CPq Ed þrâ Pini,20l0.

I
....,........._............."..t12. ...:l1i
,.1
O.çamenloe Conl¡olede Preços de Obras Pública, Câpiluloa Anàli5e dos Quãntrr¡t'vos de 5erÝrçor

Tabeta 40 - Compos¡ção do serv¡ço Cobertura com chapas corrugadas de alumín¡o (com (itér¡o de med¡çao alterado) 4.5 ldentificação de Outras Irregularidades a partir das Análíses de Quantitatívos

Além do superfatur¿mento. â âná¡ise de quantitat¡vos perm¡te ideñtificar outros tipos de irreguf¿ridade:


ôdiânt¿mento de pagamentos, realização de serviços sem cobertura contratuô1, deficiência do projeto
básico e "quimica".

Na introdução deste cèpítulo, já foi (omentado como a deliciênciâ de projetos é constatadâ pela análise
de quântitâtivos. Neste tópico convém tecer âlguns comentár¡os robre as demàis irregularidãdes.
O Adiantamento de pagamentos. a "quimica" e a execução de serviços sem coberturâ contrâtuãl sâo
identificados quando se faz o confronto dos vàlores p¿gos em medições parciâÌs com o andâmento da
obrâ e com as prev¡sões do projeto.
O ãdiântamento de pagamentos difere do superfaturamento de quantidades basic¿mente pelo fãto de
que, no primeiro, ocorre a efelìva verificação dâ execução das quantidades pagas antecjpâdamente em
et¿pas futuras da obra. No segundo. as quantidade5 medidas e pagâs a maior simplesmente não fo¡âm
executadâs.

A "quím¡ca" e a execução de serviços sem cobertura contratual são irregularidades detectãdâs durante
a vistorìa da obrâ, quando o auditor constatâ haver serviços executados sem previsáo nâ planilha orça-
ad¡don¡l ao u$ d€ FêBmentar lcl mentária, os denominados serviços "extrðcontratuâ¡s",
Portanto, o auditor de obras deve ded¡câr atenção também para as planilhas de medição dos serv¡ços,
em espe(¡al no confronto dos serv¡ços que foram Þagos com âqueles efetivamente consl¿tâdos durante
a reâlização de vistor¡a na obra.
châpâ mrruBêda de alumfnio

rt 4.6 Análise dos Quantitativos de Serviços de Terraplanagem


rf:,ljÈ:

O custo do mov¡mento de terrâ é s¡gnif¡cat¡vo em relâção ao custo total de ôlguns tipos de obrãs (por
exemp¡o, barragent, canais, construção.de ferrovias ou estradas et(,), sendo, portanto, um item impor-
tante a ser an¿lisado quando se audita esses tipos de obras.
Nos locais onde os materia¡s de corte tiverem condições de ser utilizados nos aterrot, o equìlíbrio entre
volumes de cortes e aterros, minimizando emprést¡mos e/ou bota-foras, acarreta em menores custos de
cutrou lTÁRoDAÞrÊcÙçÄoDossERvrcoslrì =lFl+f Gl+{Hl +{r}
rrNFFi€ros E orsPEsas rNorR€fÀs - Bo' 116) fKl terrêplenagem.
BrNÉFfrOs oEsPÉras rNorREras - Bor l9rl {Û = lrl
E r (,{
p¡ECo uflrrÁßo Do sERvrço (M) frl + tt) Para o cálculo do volume de ter¡aplan¿gem, é necesgár¡o supor que existe um determ¡nado sólido geo-
'
métrico, cujo volume será fac¡lmente calaulado, O mélodo u5ual (onsiste em considerar o volume como
proven¡ente de uûa sér¡e de prìsmoides, por meio dos qua¡s o cálcufo ou a medição dos quanlitativos de
terraplanagem é feito pelo rìétodo das sem¡d¡stân(ias, conforme ilustrado n¿ f¡9ura a segu¡16:

5e a inclinação do telh¿do fosse maior, digàmos 50%, o (oeficienle a ser ãplicado seriô de aproximãda-
mente 1,12.

6 trg4ð reh'¿da de MÀCEDO, EdN¿ldo lin5i No(oerdelopogr¿fià p¿ra Projelos Rodoviåriot disponívê¡ em; hnp/Mw,ropogrãfaqe¡ãl,conýCußo/Doù¡bad/

.:114 ...-Ú5.....
; .':..,
":,iì;S.llQ.¡.,..

Orçamento e Controlede P¡eçotde Obra, PúDli.as Ccprrulo¡: dÒ, Qu¡nriiårivo< de SeNiços


^náli3e

Figurâ 12- lluskaçao do método das sem¡distândas. Antes do ¡ní(io do levantêmento, recomendð-se obter os seguintes documento5:

a) projeto geométr¡co;
b) projeto de terrêplenagem;
c) mâpas de cubâção/notas de serviço/dìagrâmas de Bruckner;
d) boletins de med¡ção;
e) cadernetas de câmpo dos levàntamentos topográfico5;
0 arquivos digitais, em forñado compatível com o AutoCAD e/ou Topograph, contendo o le
vântamento topográfi(o dô iuperfíc¡e do terreno, incluindo os arquivos originâis das esta-
ções totais utilizados nos levâñtâmentog de câmpo, t¿nto pâr¿ projetos (prim¡tiva do terre-
no), como para medições de seryiços executados;
g) relôçâo de referências de nível com as retpect¡vas coorden¿das e cotås;

h) sistema qeodésico util¡zâdo (SAD69/SlRGA5200o/WG584 etc.).

Recomendà-se que, diante do tempo disponível pâra â aud¡tor¡a e dos custos necessáríos pêra lealizal o
levantâmento topográfico completo de algumas obr¿s, apenås alguns trechos sejam analìsados, selecio-
A f¡gura ac¡ma representa um trecho de corte em uma obrâ rodov¡ária, em que o volume do prismoide nândo aqueles em que estejam previstos os seruìços mais relevantes, Para tanto, devem ser contiderados
pode ser câlcul¿do mediante ã fórmula: os volumes de corte e/ou âterro, bem como o valor desses serviços, a necess¡dade de trãnsporte de ma-
terial pâaa bota-forâ e/ou caixas de empréstimo. entre outrot fatores.
Quando ainda náo houve a execução de serviços de terrèplenâgem no terreno, o objet¡vo pr¡mordia¡ da
v=!Ø'+ hn,t,) auditoria é verificar o terreno primilÌvo. Esia ver¡ficâçâo visa â identif¡car se a superfície prim¡t¡va de pro-
jeto está €orretÂ. Ressaltã+e gue, depois de reâl¡zadã a terraplenagem. dificilmente haverá condições de
onde: sâber â reâl superfície pr¡mitiv¿. Assim, a verificação do terreno primitivo Ýisâ âo cotejãmento dos quan-
titâtivos de mov¡mento de terra constantes do projeto com ¿queles calculados a partir de uma sllperfíc¡e
Ar e A2 são as áreas d¿s seções transversa¡s extremas;
gerada com 05 dados do levantamento topográfico e de outrâ superfícìe representando â <onformação
A, é a área da seção trañsversal no ponto médio entre A1 e Ar; fin¿l do terrapleno, gerada com dados de projeto. Pðra esse cálculo. é possível a ut¡lizåção de softw¿res
A, e Ar. especÍficos, como o AutoCAD C¡v¡l 3D ou o Topocraph.
Lé a dislância entre as seçóes
Quando a ãuditoriã reâlizã um novo levântâmento topográfico, o tipo màis comum de Irôude consta-
tadâ nas 5uperfic¡es primitivàs são os falsos vales nas áreas de aterro ou fâlsos p¡cos nas áre¿s de coate.
Umafórmula âproximada, obtida coniiderando A. como médið dasseçóes extremas Ar e A¡, comumente
lsso porque not cortes, a elevação da superfícìe de terreno primit¡vo, sem a correspondente elev¿ção da
uti¡izada para o cál(ulo dos volumes dos prìsmoides é a chamada fórmula das áreàs médias:
superfície de terrâpleno, ¡mplicà âumento do volume de corte, Nos aterros, por sua vez, ao se rebâixar
a prim¡tiva, sem rebaixo do terrapleno. há aumento do volume de aterro. a figurà à seguir mostra um

v-=t Ø*A,) exemplo de adulteração de primitiva em 9eção transvers¿l de uma rodoviâ.

Obtêm-se valores exatos para os volumes quândo àmbàs as seçöes trâñsversais são i9uâ¡s. Pâra outras
condições, or resultados são l¡geiramente d¡ferentet. Na práticâ. o erro cometido é geralmente menor
do que 2Vo.

A aud¡toria de quantitativot de serviços de tefiaplènagem necess¡ta de ut¡lização de serviçot topográf¡-


cos e tem como objetivo cornparar os dados resultantes desse levântamento com aqueles constantes dos
boletins de med¡ção ou d¿ superfíc¡e primit¡va apresentada no projeto.

116 ...117.
Or(¿mcnlo c Conlrole dc P¡êços de Obràs PubJici, Capftulo4 Análise d05 Quântilalivos de Serviços

Figura 13 - Exemplo de adulteração da primit¡va do terreno em umå obra rodol/¡ár¡a. Em algumas tipologias de obras; notadamente naquelâs que tequerem grandes movimentações de massas,
05 custos de transporte rep¡esentam parcela express¡va do custo global da obra, à5 vezes super¡or a 30%,
Emborâ a utilização de levântamentos topográficos permita âo auditor concluir com ¡âzoável certeza
robre o quântitat¡vo de volumes de terra movimentados, não permite identificar a or¡gem e destino dos
mâteriais transportados.
A âdulteração das diståncias efet¡vas de transporte também é uma fraude muito comum nos serviços de
terraplanagem.
llá
Quando é executado otransporle de solo de Um corte para um aterro, asd¡stån(¡as detransporte se àlteram
a cada v¡agem, sendo necessáriâ¡ portanto, â determinação de uma distânc¡ô média de transporte, a quãl
deverá ier iguâl à distância entre os centros de grav¡dade dot treahos de cortes e aterros compensados.

Ex¡stem vár¡as maneirês de se executar uma d¡stribuição de terras na t€rrâplenàgem, Càda uma das
alternativas corresponderá a uma dislânc¡à média de transporte global e, por conregu¡nte, a um deter-
minado custo de terraplenagem. Logo, um projeto racÌonal de terrapfenagem deverá indicar a melhor
distribuição de terrar, de maneirâ que ð diståncia média de transporte e o custo das operaçöes de ter-
raplenagem sejam reduzidos a vâlores mínimos. O método mais utilizado para estimativa das d;stâncias
médias de tra nsporte entre trech os compensados é o método do Diagrama de BrLlcknet ferramenta que
lac¡lÌta sobremaneira a análise d¿ distribuição dos mater¡ai5 escavãdos. Essa distrìbuição corresponde a
¡¡6 rL .ll.: 0.0Oûn2 ¡/.0 d¿ ol Éi ]95.l00m?
def¡nir a orìgem e o destino dos solos objeto das operações de terraplenagem, com ¡ndicação de seus
Ár€d dlf€¡ençö lõpògrôClr - seçõ€s' â0,65ñ2 volumes, classificações e diståñcias médias de transporte.
O diâgrama é cãlculado a part¡r de uma tâbela com volumes acumulados, â exemplo de a tabela apre-
sentada a seguir:
Em outra gituação, quando na obra âuditada já ocorreu a execução de 5erv¡ços de terraplenagem, a au-
Tabela 4l-Tabela aux¡liar para a elaborado do Diaq¡ama de Brückner
d¡tor¡a terá como objet¡vo conferir os quantitativos de serviços medidos. Nesse câso, deve-se considerar
que há duas superfíc¡es que podem ser passfveis de alteraçâo no ¡ntuito de se elevar os quânt¡tatìvos
medidos, Pode-se fraudar a superfície prim¡t¡vâ, mediânte o mecanismo ¿presentado anteriormente, ou
pode-re fraud¿r a guperflcie de terrapleno.

Nesse último câso, nos cortes há o reb¿ixamento do terrapleno ¡mplìcando no ¿umento do volume de cor-
te, Já nos àterros, ocorre elevação do terrapleno, resultando em aumento do volume de aterro, A figura â
sequir mostra um exemplo de medição irregular de terrapleno em seçáo trarìsvertâl de umã rodoviê.

t¡gu¡a 14 - Exemplo de adulteraçåo da supellcie de corte em umâ obrå rodov¡ária.


WffiffiffiffiffiffiWffiffiW
Explicè se, a seguir, cada uma das colunas da tâbela acima
E lr.¿o- êl
Colo ¿o lo: 750,705
Coluna 1: estac¿s dos pontos onde foram levantâdâs as seções tra nwersô ¡s.

Coluna 2: áreas de corte, medidås nas seçôes,


úa,e Coluna 3: áreas de alerro, medidas nas seçôes.
'k,, " coluna 4: produto da coluna I pelo fâtor de conversão (pâra argilâ, o S¡cro con5idera que
750
1 m3 de volume no corte produ¿ 0,9 m3 de aterro).
psf cie r rdäâ Coluna 5: somâ das áreas de corte de duas seções consecutivas na (oluna 2.
Coluna 6: som¿ dat áreat de aterro de duas seções consecutivas na colûna 4,
0
Coluna 7: semidistânc¡â entre 9eções consecutivas,

118 119..
Orçâmeñtoe Conùofede P¡eçosde Obrâs Públic¡s Câpílulo4: dos Qu¿nritat¡vos de Serviços
^náli3e

coluna 8: voÌumes de (orte entre seçôes consecutivas, Ressâlta-se que o diagrama de mãssas nãose confundecom o perf¡rnâturardo terreno e nãotem nenhumã
relação com a suâ topograf¡â. O diagrama de massas apresentè as seguintes propriedâdes:
Coluna 9: volumes de ¿terro entre seçöes consecutivas,
Coluna 10: vôlumer âcumolados, obtidos pela somâ âlgébrica acumulãda dos volumesobtidos
nas colunas I e 9. Os volumes acumulâdos são colocados como ordenadas ao fin¿l dã esta(a. lnclinaçôes muito elevâdâs das linhas do diâgrama indicam grandes mov¡mentos de terrag.

Todo trecho ascendente do diagrâma correspoñde a um trecho de corte (ou predom¡nánc¡a


Pâra ¿ construção do diagrâma, calculam-se inìc¡almente as chamêdâs "ordenàdas de Brúckner", corres- de cortes em seções mistat.
pondenter ãos volumes de cortes (considerados posit¡vos) e aterros (considerados negativos) âcumulados
Todo trecho descendente do diagràma corresponde a um trecho de aterro (ou predom¡nán-
súcess¡vamente. A somatór¡a doj volumes é feita a part¡r de uma ordenada ¡nicialarbitráriâ.
(ia de aterros em seções mktas).
As ordenadas calculãdas são plotadas, de preferên(¡a sobre uma cóp¡ô do perf¡l longitud¡nal do projeto.
No eixo das âbscissas é colocado o estaqueamento e no eixo das ordenadâs, numa escôlô adequðdâ, os
A d¡ferença de ordenadas entre dois pontos do diagram¿ ñede o volume de terrâ entre
esses pontot.
vâlores acumu¡ados para âs ordenadas de Brückner, seção a seção. os pontos asgim marcados, un¡dos por
uma linhô curva, formâm o Diagramã de Brückner, ¡lustrado ña f¡gurô a seguiy': Pontos de máx¡mo correrponden à passagem de corte para aterro,

Pontos de mín¡mo correspondem à passagem de aterro pâta coate,


Fìgurô 15 - Diagrama de B¡ückner colnpârâdo com o perfil long¡tud¡nal de ur¡a rodovia.
Qualquer horizontàl trâçêda sobre o diagrama determina trechos de volumes compensados
(volume de corte
Ponto de [ráximo =volume de aterro corrig¡do). Esta horizontal, porconseguinte, é chamad¿
Ond de l¡nha de compensação (ou linhâ de terr¿). A rned¡da do vo¡ume é dada pelâ diferençâ de
ordenadar entre o ponto máximo ou mínimo do tre(ho compensado e a liñha horizontal de
compenlação.
DIAGRAMA DE IVASSAS
A pogição da onda do diagrama em relôção à linha de compensação ind¡ca a direção do
o
o I movimento de terra. Ondas positiv¿s (linha do diâ9rama âcima da Iinhâ de compensâção)
f B indicam transpone de terrâ no sentido do estaqueamento da estrada_ Ondas negat¡vas ¡ndi_
cam transporte no sentido contráfio ao estaqueâmento da estrada.
l
o A área compreendida entre a curva de Brücknere a ¡inha de compensação mede o momento
de transporte dâ dírtribuição coñsiderada. Define-se o momento de trânsporte como o pro_
lrl
c
) dLrto dos vo¡umes trãnsportados pe¡as diståncias méd¡as de trênsporte:

o D
.t'
Ponto de Mínimo
M=v.d^

Terreno
Onde:
I
M = momento de transporte, medido em rn3.km;
Corte V= volume naturaldo solo, em m3;
Gre¡de d" = d¡stånci¿ média de transporte, efiì km.
O PP1 PP2

Adistânciã médiâ de transporte de côda distribui


Trecho de Volume V' ,.de áreô
ção pode sercons¡deradà como a base de um retângulo
equivalente à do segmento compensado e de âltura ¡gual à rnáxima ordenadâ deste seqmento.
PERFIL LONGITUDINAL ESTACAS f¡gura ¿ sequir â presentô a Onda de B

7 rigu¡¿ rel¡rada de MACÉDq Ediv¿ldo LiD!; Noçõa dë'Iôpôgrôfia paa Prcjelos Âodaviáriot di5ponív.l em; htlpr ,w,lopogràûã9e¡al,(om/Curso/DoMloadl

ln :121......
iilÌ',S.âß.triiÏ

O rçame¡ lo e Con trolc de P.eços de Ob¡as Públicas Câplulo-4: Anárise dos Quanrilarivos de Setuiços

Figura 16 -A onda de Brückner tigura 18 - Ot¡mizåção das distånaias de transpone a pan¡r do diagramâ de Brü(kner

2
o

Æi,
\
d

Como v¡sto ãnteriormente, o método nos fornece meios simplificados para o cálculo de d., da segu¡nte
maneirâ: toma-se a metade dâ altura dâ ondà e traçã-se uma hor¡zonlal nesta altura. A distáncia média
de transporte é a distânc¡a entre os pontos de interseção destã reta com o diagrama, medid¿ na escôla 100 tot 102 r03 t0¿ 105 ios t0? to3 l0È ttô 1ll 112 1,13 111116 116 117 ll3 119 120
hor¡zontal do deteñho. O momento de transporte é igual à área d¿ onda de BrückneI que pode ser eÿ
timèda pelo produto da ôlturâ dà onda (V) pela distânc¡ê médiâ de transporte (d.), como é apresentãdo
na figurã a segu¡r:

Ê¡gura l7 - Cálculo do momento de tranrporte a part¡r do d¡ôgraña de 8rückner

I
tI
A¡ea da curva V.dm Ë
Curva dê Brucknet Æ =
¡
n
E Dlft
I LINHÀS DE
õõMPENsaçÄo

i00 rof i0¿ 103 t04 r05 105 107 103 109 110 111 112 113 111 1t6 116117 11A 119 120
ESIACAS
O resultado final da otimização dâs di5tânc¡as média5 de transporte é apresentado no diagrama de
Bri¡ckner hipotético a segui¡a:
4.7 Exercício Resolvido

Ajtiste nas Compos¡ções de Custo Un¡tár¡o e lnterpretação dos Critérios de Med¡ção e Pagamento
Cohsidere o seguinte projeto de um posto de saúde:
:rii

I Êigura reliÉda de MAc€Ðo, Ed vàldo LDst Nofõs de lopografiâ pâra Pojeto, Âodoviádor disponlvel emì hnp;//ww,lopo9r¿fiageral.com/cußo/04nload,¡


lt
Orçãmenloe Coñlrolede Preços de Obrãs Públ¡ca5 Capf ulo 4: Aóálise dos Quâñt¡tatiÝos de 5erviçôs

Figura l9- Pro¡elo-padtão de um posto de saúde do s¡napi, ext¡aído do sìte do SinaP¡-Web labelà 42 - Compos¡ção do serv¡ço de pintura da parede externa (.ritér¡o de med¡ção do DNoCS)

o 3,rF
ff

t1-7

tf-J

L ooø oo

A Tâbelâ do DNOCS apretenta o seguinte critér¡o de mediçâo p¿ra o serviço "Pintura com tinta à base de
látex, em paredes exterñas duas demãos sem massâ":
"será fe¡ta pelâ árca, em metro quadrado (m2), de superllcie p¡ntada, conlorme diñensões do prcjeto"
A composição de custo un¡tár¡o do serv¡ço é apresentadâ na tabela a seguir, onde se obtém um custo de cuw uNrrÁiro M Rr@øo æs sÈBllcor t¡t : tf, + {G) } fHì + ì
R$ 8.45 por metro quadrado de parede pintada: rNslcror.ÉPsrNdFÆ. 3dt9ln
P¡¿Co oñfÀm ñ swrco rMl ' rr +lrì

Com b¿se na referidà composição de custo unitário e considerando que a edificação tem um pé d¡reito
de 2,80 metros, responda aos seguìntes questionamentos:

1) Apresente qual será a composiçâo de custo un¡tário pâra o serviço no mesmo projeto, caso
seja ¿dotado o critério do cêderno d¿ Seap ("4 medição ierá efetuada porm2, dercontando-
-se, apenas¡ o que exceder â 2,00 m¿, áreas de vazios ou interferências."). Considere que o
custo total do serviço é execut¿do apenâs nâs paredes externâs e que seu (usto total deve
permanecer exâtâmente igual segundo os do¡s critéri05 adotados.
2) Vo(ê acha que o critério de medição da se¿p pode gerar litíg¡o5 entre o construtor e o con-
trãtânte na execução dessa obra hjpotétíG? Explique sua resposta.
3) Você identif¡cou âlguma(s) falha(s) no projeto àpresentado? Qual(is)? A falta de detalha-
mento do projeto compromete a estimativâ de algum quantitat¡vo? Explique.

-:tz4 :125..
.,.1ì.,\âR...

Orçåmenloe Contro¡ed€ Preços de Ob.¡s Públicas serviço5


.,.......,..,...,..,-.:,,t]ruto.1:^ná[sedosQunrirarivosde

Resoluçåo do Problemâi o preço ìotal, segundo o cr¡tério de medição d¿ seap, deve ser o mesmo.
afinàr trata-re da pintura
da mesma área! Então, o preço unitário do serviço, segundo o criterio
A prime¡ra questão é bastânte sìmples. A área tot¿l de pintura externa, segundo o critério de medição 741,15/106,54 m, = Rg 6,95/m¡. A composiçào de custo unitár¡o
ae meJiçao aa Seap, é de Rg
da seap, é de: ajustada é apre;tada a seguir.
Todos os coeficientes da composiçáo foram mult¡pl¡cados pelo
2 x 6,45 m x 2,8 ñ +2x 1 1,75 m x 2,8 m + 12 x 0,20 m x 2,8 m - 2,10 mZ = 106.54 m: fator 0,A233. que corresponde à divisão
entre os quant¡tativos de áreas de pinturâ calculados segundo o critério
de meàição da tabela do DNocs
O ún¡co vão que excede os 2,00 m'¿ é o da porta de entrada do posto de sa¡ide. Ao tentar calcuìâr a área e segurìdo o crìtério do caderno da Seap, respectivamente.
de p¡ntura, percebe-se que ex¡ste uma ¡ndicação aparentemente erradâ no projeto Em um dos consul-
A compos¡ção de custo un¡tário segundo o critério de medição da
tórios, conrta a legenda "C1", ¡ndicando que serão executados cobogót de 1,30 x 1,00 No entanto, o SEAp é apresentadâ a seguir:
desenho ¡ndica que serão executadas janelas de 1,30 x 1,oo com peitor¡l a 1,10 metros de altura do piso.
Tabela 43 . Compos¡ção do serv¡ço de p¡¡tu¡a da parede
Pâra resolver o problema. cons¡deaâ-se como correta a indicação de janelãs no segundo consuìtór¡o. externa (critério de med¡ção dã SEAP).

Observa-se também a necessidade de considerar as árêas laterais da5 sal¡ênc¡as dðs alvenarias, conforme
¡ndicãdo ña f¡gura a seguir:

t¡gura 20 - Detalhes a serem aonsiderados no cálculo da áre¿ de pi¡tura

!
;

Ùi¡uidoprèeeádolde$p!ddg

ôo

Pelo (ritér¡o de medição do DNOCS, todos os vãos devem ser ¡ntegralmente descontâdos Área tota¡ dos
vãos, portas e janelas: 20,93 m'z, cãlculados da seguinte formal

Janelas: 8 x 1,30 m x 1,OO m = lO,4 m'¿

Porta deentrada: 2,10 m'z

Cobogósr 5 x (1,30 m x 1,00 m) + 0,3 m x 2,10 m + 2 x 1,30 m x 0,5 m = 8,43 m'¡ O Projeto apresentådo dernonstrô que
uma pequenâ m¿rquise de 0,60 m, nas lâter¿is, e de O,8O m, nâ
ffente e nos fundos, será executãd â ao longo dâ edifica
Área total de pinturð externa calculada segundo o crjtério do DNocs é de 87,71 m'¡. Pera fins de reso ução do exercício ôão se
ção.
siderou que a refer¡dà m¿rquise será pintâd¿
Mult¡plicando o quantitativo acima pelo preço unitário d¿ composição do DNocs, apresent¿da no enuñ' resolução do segundo quest¡onamento,
ciado da queslão (R$ 8,45), chega'se ao preço total de Rt 741,15 para o serviço. é importante fazer umâ observação sobre å redação do cr¡-
o de rned¡ção e pâgamento da
Seap.

.....126........-. :lu
.-:iì:!.,åR,

Orçâmen{o e Conl.ole de Prcços de Ob¡¡s Públicas

Anter de (alcular a área de p¡ntura das paredes. deve-se ¡dentif¡car os vazios e interferênciàs cuja áreà
seja sùper¡or a 2,00 m,, no câso âpenâs â porta de entrada do posto de 3aúde (2,10 m'¿).

É um pouco controverso de¡xarde descontarosvãos dasjanelas e cobogós do cálculo dà área de paredes.


Fâzendo-se outrã interpretâção do critério de medíção estabelec¡do no Caderno da seap, ôs trêsjanelas
ex¡stentes no consultório poder¡am ser cons¡deradas como uma única esquâdr¡â com 4,20 m'z de vão, o
que alteraria cons¡deravelmente os quãntitativos de serv¡çosde p¡ntura externã. No exeûplo, prefer¡u-se
geguir literâ¡mente o critério apresentado no C¿derno d¿ Seãp, mas enfâtiza-se que, no caso em (oncre- Relação entre Orçamento e
1o, podem surg¡r litlgios entre o construtor e o contratante em virtude das dúas interpretâções possíveis
para o cr¡tério de medição e pagamento dô seap. Planejamento de Obras
Outro problemê é que a redação do refer¡do cr¡tér¡o é bastânte vaga, dândo mârgen5 â diversas inter-
pretaçöe5. Por exemplo, no cálculo do que exceder os 2,00 m'zdeve serconsiderado cada vão isoladâmen- Como converter compos¡ções de custo unitário em composições
te? Ou o conjunto de vão5 de uma parede? de custo com prod¡rçäo horár¡â?
Aindâ existe confusão do critérìo do Caderno da Seap com o íitério adotado pel¿ TCPO para med¡ções Qual a ínfluênc¡â do prazo de execução no custo da obrâ?
em alvenarià, A referidâ publ¡cação consider¿ è área exe(utada sem descont¿rvãos inferio¡es a 2 m'¿. Em
Como elaborar o cronograma físico-financeiro da obra a partir das
vãor ma¡ores que esta área desconta-se a área do vão dÌminuído de 2 mr do quant¡tâtivo a ter med¡do.
compos¡ções de custo unitário?
A rac¡onalidade do critério da TCPO está em compensar o traba¡ho extra necessár¡o para executar os
arremates no vão, contando uma quantidade de mão de obra equ¡valente aotrabalho pâra realizar 2 m'1
do mesmo tipo de serv¡ço. Em novembro de 2010, o presidente Lula inâugurou as eclusâs da Hidroelé_
tr¡c¿ delucurui. uma do proqr¿ma deAceleracão do Crês,
das grandes obras
Êsta éoutra interpretação que se pode fazer do cr¡tério da seap. Ao invés de se descontar a áreè total
cimento. Após quðse trés cté(ôd¿s de obrôs, ocorridas durðnte
dos vãos super¡ores a 2 m¿ (2.10 m'¿), alguns podem entender adequado descontar somente aquilo que o;àndato de
sete Presidentes da Repúbl¡ca e dâ gestão de 21 Ministros dos -Iransportes,
extrapola 2 m¿ em cada vão (0,10 m¿).
enfim, as eclusas começâram a operâr no Rio Tocânt¡ns, no pará,
Novamente. para fins didát¡cos, foifeitã uma le¡tura estrita do critério de medição do câderno dâ seap.
5ímbolo da dificuldâde que o setor púb¡ico tem para t¡rar obras públ¡cas
Com relação às falhas de projeto ob5ervadas e conforme cor¡entado nâs respostas dos outros tópicos, do papel, o empreendimento consumiu Rg 1,6 bilhôes. A obr¿
foi iniciâda
o projeto escolhido não está suficientemente detalhado para o cálculo dos quantitativos. Entre outros em 1981, no Governo do presidente João Figue;redo. De lá pra
cá, houvê
problemas, foi detectado que: váriôs iñterrupçðes e retomad¿s, Em vários momentos,
o projeto sofreu
com â falÌa de recursos no orçamento público e suspensão
das obras por
denúncias de irreqularidàdes.
Não há indicação se os banaos de (oncreto são ou não vôzados por baixo, prejudicando a
A obra, ¡nclusive, chegou ¿ ser listâda como priorifárià
áreâ de cálculo do piso de cerâmica. no relatór¡o final
da Com¡s5ão Temporár¡a dâs Obras lnacabada, do Senado
Federâ1, inÿ
Não há projeto estruturâ1. d¡ficultando o cálculo dâ áreà de alvena.;a. laladà em t995,. A referida Com;ssão do Senado
Federal inventariou âs
Há uma contradição na indicêção das esquadr¡âs do segundo consultór¡o. o projeto indica obJas ¡nacâbãdas em todo o pâis, custead¿s com re(ursos federaís, e iden. ô'i
que será executado um cobogó, mas o que está efetivamente desenhâdo é uma esquadria. utl(ou grâver fâlh¿s em seu gerenciamento. Todàviâ, l,ì!:
nem ¿ssin ¿ obras
das eclusas de lucuruí êndâram
Não há indì(ação do tamanho da esquâdr¡a na sala de curat¡vor.
Ex¡s tem
num r¡tmo adequado!
i
d¡ver5os outros exemplog seme¡hantes de obras (oncluídas
Nas área5 molhadas não foi especif¡cado se ex¡st¡rá algum t¡po revest¡mento, influ¡ndo no r¡Âs décadas de âtraso. para
com
aálculo da áreà de pinturà interna. cìt r màis um (aso, as obras aivis da Usina $
r de Angra 2 foram contr¿tadas e iniciadâs em t976.
EDtretânto, aìf
Part¡ r de 1983, o empreendimento teve o seu ritmo progressivamente
lerãdo dev¡do à redução do5 recursos finance¡ros
disponíveis. i:.::.

1991, o Governo decidiu


retomar as obras de Angrâ 2, mas a compos¡_ :li
'r::'
dos recursos financeiros
necessários à conclusão do empreendimento
ente foi definida ao
finôl de 1994 sendo então reali?âdã, em 1995, a

LComitrãolþôpo¡á id ds Ohas tn¿(¿bad¿,


Retðtó¡io finatn.)/r995, dnponíÿeleñ hrpr/
D aùÿ¡d¿de/nàte¡irgetpDt4pt=56461¿Þ=l

l2¡
Orç¿mcnto e conlrolc dP Preçosdc ohrrs Ptibhcas
... .....:.".ï:i:.,i.i:,j.Jt: :ll::.irTÌ:.: :li::iii:ti:,,r.", gï::
conaorréncia para ¿ contratação da montagem eletromecånicâ dâ usinâ. somente em 2001, a us¡na de Dessa for¡nô. apresehta-se a seguir um roteiro pâra se obter as equipes
mecånicas e as procfuções horá_
Angra 2 <omeçou a operar comerc¡almente. rias â partir de composições de custo puramente un¡tárias.

outras gfandes obras públ¡câs a¡ndã não vir¿m luz ôo fim do túnel ou ficâram esquec¡dâs na nossã hi5- Tomando-se cor¡o exemplo a composição do Sicro_3 ,,Escav. cãrga
transpone mat,.l. cat. DMT 1400 ¿
tóriå. Exemplos como o da rodovia Transamazônica ou da Ferroviâ Mâdeirâ-Mamoré 1600 m -caminhos de serviço em leito nâturâ¡, com o uso de pá
carregadeira e caminhão bâscuiante de
t0 mr", confolme tãbela abaixo:
Osâtrasosna execuçã o d as obras ¿ presentâ m diversas causas, como problemas ambienla¡s, decisõegjudi-
ciais embargando obras, problemès com desapropriâções, f¿lta de recursos orçamentários etc. Contudo,
labela 44 - Composição do serv¡ço de escavação, carga e transporte de mater¡al
todos esses empteendimenlos têm um problema em comum: a fôltâ de planejamento de l. Categoria.

Existem d¡versas ferrament¿s e técn¡cas para ô programação e planejameñto de obrasì redes PERT/CPM,
Gráf¡cos de Gantt, Curva 5. Método dâ Linha do Bâlanço. Histogramas etc Não é objetivo desta obra 1600
apresental tâis técnicas, Para aprofundamento no assunto, recomendâ-se ¿ leitura do Lìvro "Planejâ'
10
E5P çórs 234/97
ES E5 2A ý97
mento, Orçamentação e Coñtrole de Projelos e Obrôs", de Càrl Limmer.
9511 Cârecâdeirâ de pnèûs,.ap. 3.1 m3(136kW)
146,t21ú
Neste capítulo, prossegue se com o ettudo sobre as composições de custo un¡tário, demonstrândo como 9ý7 rde E*ei'as - con lámia (228tWJlr¡poos) 0,0o43 279,4W 11906
o orçamento de uma obra se torna um dos principais ¡nsumos para o planejamento da sua execução 9579 ñinhão Basculãnte ep lO m3 - 15 t {170 krr) o,o27a 2,18L3

Por outro lado, decisóes tomâdâs na fase do planejamento têm impacto d¡reto no orçâmento dð obrâ' h
0,0869
Pode-se dizer que a progrâmàção e a orçamentação da obra são atìvid¿des int¡mamente interdepen-
0,0369
denter. aliás, o orçâmento n¿da ma¡s é do que uma das ferrâmen'tas do planejamento voltôda parâ a
previ5ão de rece¡tas e despesas futurâs.

Enfim, será demonstrado como os cronogrâmas físico-{inan(e¡ros das obrâs podem ser mont¿dos à partir
do estudo das composições de custo un¡tário do5 serviços. Além disso, tâmbém será âbordada a impor_ Para obter as equipes mecânicas e as produçöes horáriâs devem
ser executados os seguintes procedimentos:
tante relação entre o custo de uma obrâ e o seu prazo de execução É de senso comum que quanto ma¡or
o prazo de execução de uma dada obra, maior será o preço total dela Contudo, obrâs com pr¿zo de
execução exígrtos lãmbém consomem ma¡s re(ursos finance¡ros duraflte â fase de construção Portanto, i)_ldentif¡car o equipâmento líder, ou seja, aquele que comândà a produção.
No caso em questão,
planejar é poupar dinheiro. élácil perceber que è cãrregadeira de pneus é o equipamento líder, pois
os caminhões só podem
operâr se forem cârregados, e o trator de esteir¿ não pode trab¿lhâr
de fo¡ma independente e
isol¿da das carregadeiras e cèminhões, câso contrário o volume
do material removido pelo trator
pode acumulàr inv¡ab¡lizando a continuidade do5 trâbalhos
5.1 Conversão de Composições de Custos Unitários em Composições de escavação.

com Custos de Produção Horária


2) Adotar para o equipamento líder a quântidade de uma
unidade e utilização operativa de
100%, (orrespondendo â uma utiliz¿ção improdutiva de O%.
Composições de custo unitário são demonstrativos de como interagem os fatoret de produção pâtâ â

formação de um preço (vendâ) ou custo (produção).


3)_ Estlmar a produção horári¿ da equipe através da inversão do coeficiente
No Sicro-2 ou na tabela do DNOCs, por exemplo, as composições de custo unìtário são compostas pela do equipâmento
lfder.
demonstrâção adicional do custo horár¡o para equipamentos e mão de obra, posteriôrmênte trãnsfor;
mâdos para custo unitário por meiô dâ divisão com a produção horária dessat equipes Materiais, servir 1 / 0,0047 = 212,8 mtthora.
Por outro lâdo, em outros
ços agregados e trañsportes 9âo considerados na sr.¡a forma unitária clátsica.
sistemas referenciais de preços, a exemplo do SINAPI, âs composiçõe5 de custo são puramenle unitárial.
4) Multiplicar todos os coeficientes unitár¡os pela produção adotada para
As compo5ições de custo com indicâção da produção horár'¿ são bastante didáticas e permitem a fátil encontrar as quântj_
d¿des necesiárias de equip¿mentos e mão de obra. Com os produtos
calculados anteriormente,
identif¡cação da composição dâs equipes. devem-se arredondar os números encontradog para mâior
e adotá-los como quantidade;
Eventualmente. pode surgir a necessidade de se compaaarem compos¡ções de custo elâborãdâs 'om essâs Trator =>0,0043 x 212,8= 0,9i49, âdotar a quântidade de
duas sistemáticas distintas. As composições de custo com produção horária também são mais adeqoâd¿s
l.
para serem util¡zadas ña elâboração do cronograma físico'Tinanceiro dô obrâ, assunto âbord¿do no tó- Cam¡nhão =>0,0278 x 212,9= S,9.149, adotar a qu¿ntidade de 6.
pico seguinte deste capÍtulo. Servente =>0,Ol40 x 2.12,9= 2,9787, adotdt à (,uàntjdade de
3.

:130
-,.{l.l(,.,-,-

dc Obr¡\ PubliL¡'
Câplulôs: RelaçãÒenlre OrçáDento e ptanejâmento de Obr¡s
Or(¿m¡nlo c Conl'ole dê ...
P'cços
:.:::.:..........,....
demais equipamentos' de ¿cordo com as O custo ho'rár¡o operâtivo de cadâ equip¿mento pode ser obtido a part¡r da seguinte equação
5) Calcula_se â ut¡lização operat¡va e improdutiva dos
fórmulãs; tott.opù¿¡. t tuýaoryat.+ coet.inpn¡l x aßto iñprcd
rotf .¿qú¡P. \ n ßt o t ¡i¡.caulonento = nt.e¡lub. x
ptuduçõo honi ia ¿o e¡N ip¿
UO=CU.PA/Q
Ul= 1-UO

Assim, parã a carregàde¡rã de pneus tem-se a seguinte equação (âdotou-se o custo jmprodutivo dâ car-
onde: regade¡ra igual a R$ 12,00, correspondendo ao salário-hora do seu operador):

Uo - util;zação operâtiva do equipâmento; 0,0047 x RS 146,1 2 = 1 x (1 x custo operât¡vo + 0 x R$ 12,00) / 212,8

Ul - util¡zação improdutivâ do equ¡pamento; Resolvendo â equâção obtém o custo horário operativo da carregade¡râ de pneus igual a R$ 146,12.

CIJ - coefíciente unitár¡o da composição em análise; Reôlizândo procedimento análogo para o caminhão basculante (adotou-se o (urto improdutivo do câm¡-
nhâo ¡gual ô R$ 12,00, correspondendo ao salário horário do motorista):
PA - produção adotada na composição de cutto unitário;
0,0278 x R$ 100,01 = 6 caminhõer x (0.99 x custo operativo + O,Ot x R$ 12) t 212,a
Q' quantidade cãlculada de equ¡pamentos
Resolvendo a equação, obtém-se um custo horár¡o operâtivo de R$ 99,48 para o câminhão. Pâra o trator
de esteiras, realizando procedìmento ânálo9o. obtém-se um custo horário operativo de Rg 279,84.
Fara o Trator,
7) Com base nos (oeficientes operat¡vos e ¡mprodutivos e respectivog custos operât¡vos e ¡mpro-
uohi. -- cu.PA/o
dutivos obtidos nos parágr¿fos precedentes, pode-se mont¿r uma compos¡ção de custo com
UOfub,=0,0043x212,8/1 produção horária pâra o serviço:

UO,,"r", = 0,9149
Tabela 4 5 - Composição de custo com produçáo horár¡a pôra o seru¡ço de ECI de mater¡al de 1 . Categ oria.
Então â ut¡lização operativa do trator será de 0,91

U1i..,", = 1 - UOr.,., adotadã


ut = 1-0.91
ur = 0.09
Então â util¡zação improdutiva do trâtor será de 0,09
T*6û¡ ã¡ùiqresßús5

Para o Cãminhão,

UO.,.,"n,. = CU.PA/O

UO-. = 0,0278 x 212.8/6


^,,å.
UO,",,^n,. = 0,9858

Então a utìl¡zação operalivâ do caminhão será de 0,99

Ul...r.há" = I - UO.",i"h¡. adotada

Ul =1-0,99 ì
Então ¿ ut¡lizâ(ão improdutiva do câminhão será de 0,01

6) O próximo passo é obter os custos operativos e ¡mprodutivos dos equipamentos,


observândo-
-se ;ue ot preços ¡rnitários apresentados nâ (omposição de custo unitár¡o dadâ como exemplo
são obtidos pela ponderação dos custos operât¡vos e improdutivos dos equipamentos,
multipli_
cados pelos respectivos coeficientes operativos e improdutivos'

......132 133..

iiì
Cnpirulo q: R¡l¡(do rlire Or\rm.¡to ¡ ptdr,ejôm¡nro do OL¡às
Orçmenloe Conlrolede Preço!de Obr¡s Públ'càs

(R$ 4,76) difere ligeiramente do apresentâdo na composição de custo


, Tabelã 47 - Composìção de custo com produção horár¡a para o concreto de Fa 15 Mp¿
=
o (usto direto unitár¡o oblido
e âproximações reâlizadas nos
unitár¡o do exemplo (R$ 4,74) Tâl f¿to se deve â aìguns arredondamentos
rákulos. Àßa.oMrRû^ß.oü r߀p^ßo Eúdç4MÉNro
Sicro-3 para o serviço de
Em outro exemplo, considera_se a composição de custo unitário extraídã do
preparo e lançâmento de um concreto F,r = 15 MPa: tosÐr BûoNrRAr2oLtrL(nrat

MPa' @sro Fo¡^Â10 DÊ ÊourPÀMINr.


Tabela 46 - Composição de custo un¡tár¡o pâra o concreto de F¿ = 15

óm êiãebiltaomcroi¿isê@nÛolctipoB@m

crme¡rocPllE-32 tusroHo¡RromrñÞaM¡oo¡ oBÂa


osroBoRÁnoor Éxrùso
Ba¡onermd¿ læ l- morord e5cr{7kw)

Apresenta-se também uma compotição de custo com


produção horária pâra o referido serviço' pois nes-
se exemplo, o método de resolução é lige¡ramente diferente'

Ver¡fic¿-se haver uma p;oporção de 1:4 enlre as hor¿s de


pedre¡ro e de servente A equipe deve ser mon-
possíveì (não é possível alocar um Observa-se que o custo horário improdut¡vo dâ betone¡ra é zero, pois é um equ¡pêmento operado pelo
ladâ de forma a mànter e5ta proporção com o menor número inteiro
para equìpe) servente, cujo custo já se en(ontra discr¡mín¿do nã composição de (u5to unitário. Os custos horários dos
número fracionário de profissioñais a
equipamentos serão tratados em outro capítuìo.
Assim, â equ¡pe ideal deve ser composta por 1 pedreiro e 4 serventes
algum profissíonal ocioso
É fácil constâtâr que umâ equ¡pe formada por umâ proporção diferente terá
parâ o serviço em questão
durante (erto perÍodo. Uma equìpe composta por 1 pedre¡ro e 3 serventes
pedfeiro com algum período ocioso'
Lälnp_sÍî"Ti*_9-ï"_*le"':'x::9:-_9."**J*ti:rqllr
resultaria em serventes sobrecafregados e pfovâvelmente em um o Planejamento da Obra
por pedreiro e 5 serventes' teria o pedreiro Sobrecârregado e os
Ao contrário, uma equipe composta 1
serventes com algum perlodo improdutiýo'
forma quace instantâneâ Se 2 o tempo de duração (ou prazo) de um empreendimento se reveste em um dos elementos fundamentais
A produlão horária da equipe de 1 pedreiro e 4 serventes é oblida de (oncreto' Essa é a
concreto, t hora de pedreiro resulta em 0'5 mr de do seu pìanejâmento. Ele é defin¡do com base n¿ duração de cada uma das atividâdes que compöe o em-
ho?as de pedreiro produzem 1 mi de
encontra- preendimento e no inter-relacionamento entre elas, que resultâ dâ metodolog¡a de execução definida.
froirlao no,eri" à" A compo5ição de custo com produção horária do refer¡do serviço
"qoipe. A duração de cada alividâde é definida em função do t¡po e da quàntidade de serviço que a compòe,
-se apresentâda a seguir:
bem como em função da produtividade da equipe que a executa. Também pode ser est¡mada por pro-
f¡ss¡onal experiente, tomando como base obras similares executadâs ànter¡ormente, A duração de deteÊ
minâdo serviço ou âtividâde "i" pode ser obtida ¿ pârtir da fórmuja:

T¡ = Q¡/Pi. em que

Ti é a duração da atividade "i";


Q¡ é â quantìdâde de serviço ã ser executado, obtido a partir do projelo ou do orçamento;
Pi é â prodotividade da equipe (mão de obra e equípamentot que executâ a at¡vidade.

134 135....

i
{ ¡p'lulo r: F.lJ\¿o cnire ofçJnenlu c Plãn'iàñcnro de ob'"

95:i::::.".::l::Î':9:.:'.'.ç::.'.:9P:::L11l:: " "' poderia ser executado iñtegralmente portrês equipes traba-
Assim, o duantitativo de serviço coôtrâtual
consiSle em fazer a esca' um mè5' e por duai equipes tràbalhando em turno duplo'
Tõmando-se, por exemplo, umà
obra rodoviárià nã qual uma de 5u¿5 etapas ilã"J" a^* de trâ;alho, durante
de segunJJ t"t"go'¡"' po¿"-t" o plâneiamento d¿ execuçáo "å-_ã.it por duas equipes trâbalhando em três turnos' du-
va(iio de 254 000 m3 de material "l"borar do DNIÏ o,ir"ii" o outro aer. poder¡a também ser executâdo
c;sto unitá¡io extrafda do sicro2 turno ún¡co' durante os dois meses'
.leste servi(o a partir da segrilnte
(omposrção de ;;; ;;; ;:;"t. "
outrå equipe trabalhando
o.r em

e mater¡al de 2" Câtegona Aesco¡hâentreaaltefnativâdemobilizarmaisequipesoudetrabâlhalemváriosturnosenvolveanáli-


TÂbela 48 - Composição d e custo do se¡v¡ço EcT d
5egeconômicasComvistasaminimizaroCustodeexecr:çãodosserviços'ofesultadoót¡moa5erobtido
depende dos 5eguintes dados:
1) o custo de mobiliz¿ção de cada equipe;
2) o custo de manÙtenção das equipes no
canteiro' incluindo custoscom implôntação de aloja-
e equipamentos de proteção
transporte
mentos, oficinas para equipam;ntos' al¡mentação'
fo6?-6(às¡dn dñút¡ <oñ6d¿Þ00rw)
H

E4t edihãosüluhde-'zorGu rýl ind¡vidual dos trabalhadores;


saìários dos trabalhadores no segundo e terceiro tur-
3) encargos ad¡cionais incidentes sobre os
nos, em especialadicional noturno e horâs extras

escavação for. repetido todos os demais serv¡ços da


se o exercÍcio aqui realizado para o serv¡ço de .para físico-finance¡ro é
do croñograma
ùoq!b45drdå 0e,60x) ;;, ;; ;;,;; <ronograma físico firianceiro dela A elaboração
" t a6o/ó3, pois tal peça apresenta in{ormaçôes vjtôis p-ara o âcompanhamento contra-
*'"
ãir""iun"
e financeirâ do órgåo(-ontràt¿nte Af¡qura
â seguìr
",
tual, influindo inalusive na programação orç;mentár¡¿
,iniétìå d" fisico-financeiro p¿ra a construção de um ýiaduto:
u,n t'onogr¿ma
åoì"r"ìil
que uma composta por ". "r".oa
è de 127 m3/hora Assim' est¡mâ'te
A produ(ão horár¡a da equìpe mecánica _equipe
um en-
cinco t"minn*: O:j::':T::,:^":t
tonelâdas'
uma motoniveladora, uma escavadeìrà r"Jàulic"' para serviço em aproximadamente
o qu"ntit"tivo contratual previsto o '
(arreqado e trêt servent", por mê5;
""et't" s" ,
riiì't¡or"). trabalha em média 2oo horas
duâs mit horas de trabal¡o (zs¿ m¡l m, ¡ "qr¡p" uma única equipe.
o q,ontitatìvo de serviço previ'to com
serão ne(essários 1o me,", p"|¡u "'".utu,
combasenosa'pectosContratuaisaseremobsefvadospeloconstrutor,emespetiêlosprazoscontratuais rede
ser etauor."do o ptan";"iJnio
gtoo"ì ¿" ou'" to' ¡åse em técnicas consagradâs:
de execução, deve
PERT/CPM, gráfico de Gântt etc'

Tâloloced¡mentopermitifáobtelum¿abofdagemót¡madeexecuçãode.todaaobrâpeloconstfutor, dÂs ati-


p*t"¿e"tl" íodo' o""tuiçot tonttatuâ¡5 e o camìnho crÍt¡co
:îrä#;:r" ""J;;;"'1" "nt* no prazo de contlusão de todos ot
vidades, composto pelos serviços cu;o
atåtol" "*t'Ce" impacta
serviçot subsequentet.
técni(às de planejamento empregâdas nâ execução de
Não é nosso objet¡vo apresentar as
dâs composições de custo unìtáiio
'.ger¿lmente
obras. contùdo. esperå-," d"ton"|.u' no-p'"'"nt" tOilto " 'titi'"çao
no planejômento global da obra'
indi<ou que o serviço de escavação de
materialide
D¡9amos que o planejamento da
obra.rodoviár¡a
custo qni
sequndâ categoriâ lem qu" tont'''ooì'i up"nus aoi' t"'"'
cot base nâ composição de
'"r. n"t"Jt¡-J'l"t t"'"' ¿" ut" equipe para concluìr o serüiço
tário do serv¡ço, verifi(ou_'" ou" 'inica
"o
Então'ocon5triJtorteráqueoptarentremob¡lizarC¡ncoequipegparaexeluçãodesteserviçooutla- caso' o
porém' em vários turnos de trâbalho Nesse último
;:ìiï; :;';;il;o-,n'"noi'¿" "quip"'' de alternativas 5e uma rlnicâ equipe trabalhando em um
arranio escolhido pode aont"rnptut urnu_J'iå
fnut' pode produzir 50 800 m3 trabalhando
i

turno de trabalho, executa 25 400 m' d;'età""t* "rn "rn


rl
¿-"o,r,"*.t m3, trâbalhando em três turnot de trabalho'

"i ^.r00
il

..136
Capltulos: Relação ¿ntre O¡çanenlo eptaneþhênlodc Obrâ,
Obr¡ ILILllri\.,,..
...;-..,.. ..." ....,. .
or(" ¡r o ¡ (onirnl¡ dc Prr ç!\ Jc
--

Na figura apresentada, observa-se que âs linhas apresentam os señiços ou atividades a serem realizadas nâ
F¡gura 21 - Exemplo de cronogramâ flsi(o-finânceìro
obra,já ðscolun¿s ¿presentâm os me9e5 de duração delâ. A penúltima e a última linhâ da tabela âpresentam
ã total¡zação por àtividâde e por mês e o valor acumìrlado, respect¡vamente. lambém é apresentado um
cronograma de barras (ou grálico de Gânttr), em que as célulât com barra prela âpresentãm os servíços em
d execução no mêt e as células na cor bran(a indicârn que não há previsão de exe(ução da ãtiv¡dade no mès.
å
A ¿nálise (onjunta de todos or rerviços dâ obrâ tambérn permite conhe€er os efetivos de todos os pro-
fiss¡onais e â relação de equipamentos â serem mobilizados para a obra. Tâis dãdos revestem-se de
¡mportância fundâmental pãra o d¡mens¡onamento dâs d¡versâs instâlâçóes do canteiro de obrâs e parâ
c
ã å a el¿bo.ação do próprio orçamento, pois as estimat¡vâs dos custos de adm:nistração locàlda obrâ e de
mobilização e desmobilização são âlimentadas com base nos efet¡vos de mão de obrâ e de equipamentos
obtidot corn base no proced¡mento apresent¿do.
É s å Tâmbém serão obtidos os quañtitativos tota¡s de (ada um dos materíaii a serem apl¡cados nã obra para

il
å" å
É å
câda mês de execução, permit¡ndo que â gerência da obra elâbore um plano de aquis¡çâo de insumos e
in¡cie negociações de preços e prazos junto aos fornecedores,

á 4
tq A representâção gráfica dos contingentes de mão de obra, materiair ou equipamentos â serem mobiliza-
É É
dos para execução dos serviços se dá por meio de histogrâmas. A fjgurã a segu¡r ¿presenta um exemplo
de h¡stogrâmâ de rnão de obra tipicamente observado em uma obra de grande porte.

I
I å
No início da obra, o cont¡ngente de mão de obra começa pequeno, pois o canteiro da obra ainda está
em ímplantação, e apenas alguns serviços preliminares estão em execução. Com o desenvo¡vimento dos
ã ã
projetos e a abertura de novas frentes de servìço, o contingente de mão de ob.â tende â âumentâr 9ra-
dat¡vamente até at¡ng¡r um máximo.

I É A partir daí, na med¡da em que as parcelas e etapas dã obrâ forem sendo final¡zâdas, o contingente de
trabalhadores vaì sendo dispensado, caso não sejâ âlocâdo em outr¿s âtividâdes, reduzindo-se a zero até
o térm¡no completo da obrã.

g R

c Ê_ å
I å

e g :1 â Á
E Ã ä
s Ê e É E ä=

É
é =
ç
e É 3
ã '3
Á
É É

I F
ç E
ç
6
'3

€.
È
É
Þ
É

Ë
ð
E é I É É,
ñ É
þ Ê
5
4
ã I a Ë
=
= 0diagrama de 6aon é un iñrrumento que pe¡mhe môdolarâ plânilìcaçáode ra¡efar ne@sár¡a! par¡ a reàlÞàçãode um proþld
m diaqr¿madè 6¿ntt @da t¿refð é .ePrèsentada
PÒrunâ linha,€nquanto as (olunai reprerentamoi diàs, em
ð ou mss do ølMdáno de ôcotdo com
proþlo. 0 temp¡ at¡ibu¡do a um¿ i
dâ noddar por úma bdrâ ho zonral oj¿ ert¡ehidàdê erquerda é poei.¡ nada lobre a dâ$ previrà de
exlrehidaded reiÞ 3obre a dau previita pðÉ o fìû da ¿livid¿d?,Ái rãrelas podsm liq¿Eer¡quon.i¿lmenleou re¡ exeot¿d¿, eñ pðtalslo.

:139.
,:138
Or(r¡¡cnlo e Conlrole de rreço5 de ùbrâs Püblicrs prmcþñmro
..,..... ::l,l:lî:_.i:r.".c.î :nrre,o¡çamenro,e de obr

t¡gura 22 - Histograma de mão de obra. 5.3 Oimpacto do Prazo de [xecução no Custo da Obra

O custo de um projeto varja em função do tempo, sendo interessante conhecer esta


lGsioqr¡iÞ d€ m¡odè obrå variação, â fim de
(omputá-lã no orçâmento do projeto.
3000 No processo de execução de uma obra ex¡stem (ustos vâriáveis e custos fixog. os curtos var¡áve¡s
osc¡lam,
de forma linear, em função da quântidade produzida, dentro de umã determin¿da escãl¿
! 2500
Os cristos fixos ocorrem independentemente dã quântidade produzida.
produção. de
2000
Alguns autores àiñda apresentam uma terceira cfâss¡ficação dos custos de acordo com o vorume
! de pro-
1900
dução. Os denominâdos custos semivariáveis osc¡lam em funçâo da quantidade produzida, porém.
de
1000 forma não linear. Assirn, um acréscimo de 20% na quantidade produzidà de um determinado produto
corresponde â umè variação diferente de 20% no custo de produção.

Parã se executâr uma atividade em menor prazo, devem-se ut¡rizar mâit certos re(urtos,
tais como mão
910 11 12 13 14 15 16 17 13 19 20 de obra. Pode-se lançar mão de hora5 extras, prolongando ¿.iornada diár¡a de trãbâlho, ou realizar
â
atívid¿de em mais de um turño de trabâlho. O custo vâriável da mão de obra âumentará, não só por-
que o número de obrâs trabârhadas àumentará, mas tàmbém porque incidirão
encargos soc¡ãis ma¡ores
sobre as obras trabarhadas (horâs extras e adicionôl noturno). Também, conforme será visto
É comum a apresenlação de hittogramðs de mão de obra5 com duas barrãs men5ãit, uma indicândo o no próxirno
càpftulo, espera-se que a produtividade dâ mão de obra decresça um pouco, em função da fadiga
contingente previsto e outra indicando o contingente efetívamente reâlizado A figurâ a segu¡r apre- da
mão de obra.
sentà esse tipo de h¡stograma-
A execuçâo de uma obra em menor prazo pode ensejar a necesridade de mobiljzação de ma¡or con_
Observa-se, também, que concâvÌdades devem ser evitadas n¿l execução do planejamento da obra e na
tingente de mão de obra ou de equipamentos para a execução dos serviços, aumentando a parcela
montagem dos histogramas, Uma concavidâde significa que, ãpós atingir um máximo relativo, parte do de
custo com mobilização/desmobilizâção da obra. bem com ex¡gindo ã construção de
contingente de trabalhadores teve que ser dem¡t¡do e, após âlguns meses, recontratâdo Trat¿-se, assim, um cante¡ro de obrâs
dotado de maior quant¡dade de alojamentos e demais aparâtos para comportar o aumento c,a
de um gasto inútil com mob¡lìz¿ção/desmobìl¡zação ou demissão/contratação de tr¿balhadores que po- mão de
obra. A aglomeração de grande contingente de trabalhadores e equipâmentos
deria ser evitado com um rearraôjo no planejamento da obra também é fator que cau-
sa perda de produtividade dã mão de obra, ajudândo a incrementar os <ustos dã
I obra.
No gráfico a seguir, pode se visuâlizar que houve dispensas de trabalhadores nos meses de outilbro/2008
Em contrapartída, esperâ-se que a dirninuição do prâzo de execução de umâ tarefa
a mâr(o/2009 e julh0/2009 a março/2010. tr¿ga econom¡a àos
custos fixos dâ obra sendo o mãis rerevånte deres o custo de adm¡nistr¿ção rocar
dâ obr¿, ¿brangendo
¿s despesâ' de toda a mão de obra indireta do cânte¡ro de obràs, os
F¡gurã 23 - Exemplo de h¡stograma de mão de obra åpresentando concavidadet custos com alimentação, trânsporte
eequipamentos de proteção ¡nd¡vidual e co¡etiva do9 trðbâlhadorer, bem como
despesâs com consumos
do canteíro de obras (água, ¡uz, gás, telefone, materiâl de ¡impeza etc.).
HISIOGRÀMA DE PERI{ANÊNCIAOE I¡AO OE OBRÀ Por outro ¡ado, o aumento do prazo de exe(ução de uma obra proporc¡ona redução dos
obråsCMs custos variáveis,
¿to parso que ocorre um ¡ncremento dos custos fixos.

:140 .._-:14:I
---leon.
Capiulo s: Rclação entre Orçamenlo e P¡a¡ciâmcntô dè Obr¡5

9:::::1:.".9::::i':.9::::':: ::.9i:i: l'':'l::: "' Aumentar o prazo de execução a partir do seu ótimo. causa o aumento
do custo da obra principãlmente
locâl dâ obra e com
encontla-se represenlad¿ na figura
a Seguir:
por aonta dâ manutenção dos custos fixos, em especiâl os custos com a adminislrâção
A relação tempo_(usto em projetos
a manutenção e operação do canteiro de obraç
de empreend¡mentos' ñefasto sobre o custo' obrigando
tigÙra 24- Cl¡rua de tempo'custo para ìmplantação A interrupção e retomada da obra pode gerâr um efeito ainda mais
dâ obra e de deterioração de
o.ontl.ut"nt" arcar com o ônus de novô mobìlização/desmobilização
"
servìços já concluídos

5.4 Exercício Resolvido

com Produção Horárià'


Conversão de Composìções de Custo Unitárìo em Composições
do Sicro_31
Considere a seguinte composição de custo un¡tário extraída

Tabela 49 - Conlposiçáo de cütto un¡tár¡o para o seruiço de desmonte de rochâ

ûaút

Iúim

ô,@

no quâl o custo de execu-


Assim, obsefva-se haver um
pfazo ótìmo para execução do empreendimento'
pr;zo ótimo de execuçáo câLrsâ um incremento no seu
(ão é mínimo. A âceleraçao a" ou," " pani, aeste
c,¡sto devido aos fatores
ja elencàdos ðnteriormente:

. maiore5 despesas com mobilização/desmobilização;


de trabalhadores;
. perdas de produtividade da mão de
obra devido à fadiga e aglomeração
de horas extrâs e adicional notulno; aos seguintes
. åumento dos encargoisociais decorrentes do pagamento Elabore umâ composição de custo com produção horária para o serviço' respondendo
de obras que5tionàmentos
. aumento dos custos de instalação
do
'ânteiro
1) Qualé o equ¡pamento líder da equipe?
O:::]:":t^ï-':-:**'pação do em- 2) Quàl é a produção horária da equipe?
Ressalte-se que o 9ráfico acima
nåo considera os ganhos de rece¡ta
Adote o custo improdutivo de todos os equipameñtos em R$ 12'00 por hora
ï::ä;:,ä;;"';"*,'*:*,:j".j:.î""","..å1""i.:ffi:ìJilif::.",åi:::j?ffJll,:ifli::
erétrico' po¡s ambos os tiposùe
ij,liïlåTlil:iïil:,ä':J"Jåi'"å',ïj;;';;;;;;;;;"'"r
geram grandes receitas ãi"''u'tionu'''
tornp"ntundo com ampla mârqem o aumeôto
empreendimento
do custo de imPlantação'
ger¿m receitas ou alqum outro tipo
de
Outras t¡pologias de obrag
públicat notadamente âquelag que nåo é mínimo
quundo o custo de implantâção
no-p'u'o åtlrno' quipamento líder da equ¡pe é â perfuratriz sobre esteiras, 5em o qoâl não ocorre o desmonte de
ro_
benefí<ìo socìaì relevante, d"u"r¡"m '"' "*"t'tä' pois há um âumento do custo e produção horária da equipe é:
de uma obra àlém do pràzo ót¡mo' .e força todos os demais equ¡pamentos â parârem de operar' A
Jama¡s se deve planejar a execução (enário que algumas obras púbì¡cas
u nesse
do prèzo de implanta(ào do projeto '""'""-"""'ì"¿t' l/0,028'11 = 35.57 m3/hora Gerá arredondada pâra 36 m3/hora)
no Brasil são efetivamente exe(utàdès'
143.
142
Lrolc de Prcços de Obrás Públicat
Câpírulo5 RelaçãÕcntr¿ orçamentoe ptanej¡mc¡to de Obr¡s
orcâñên to e Con
i........,........,. .... .

obra: labela 50 - Compog¡ção de custo com produção horária para o serv¡ço de desmonte de ¡ocha.
Coeficientes oÞerativo e imorodutivo dos eouioamentos e mão de
com coeficiente de
Os equipâmentos perfuaâtriz sobre esteiras, mâatelete e compressor de ar trabalhâm
uso operativo igual a 1 e coef¡ciente de uso improdutivo igual â 0
da equipe'
A mâo de obra, servente e blâster têm o mesmo coeficiente do equ¡pamento líder
(0,00974/0'0281 1) e coef¡cìente ¡m-
A carregade¡ra de pneus trabalha com coeficiente operôtivo de 0,35
produtivo de 0,55. o¡Ârc Dr PNfus cAr esoc ß,1o[fr
Para obtero número de caminhões, multiplica-se a produção horária da equipe pelo coefi'iente do cam¡nhão:

Número de cam inhöes = 36 x 0,2145 = 7,722 (ddotou-se a quant¡dade de I cam¡nhões)


cusro or ¿ô!rPÁMrxrô
A utilizðção operâtiva dos caminhõet seráì 0.2145 x 36 / 8 <amìnhões = 0'95
koÀÁR¡o
B. MÃO DT OÈÀÀ sUPL€M¿dIAß

A ut¡lização ¡mprodutiva dos caminhões será de 0,04.

Obtenção do custo horário operativo dos equ¡pamentos:


c!5ro Ho¡ÁRo ÒÀ MÀo oE os¡À
obServa-se que os custos relativos âos equipamentos apresentados no enunciado
do exercício não são cusro BoRÁRrô rorÆ oa MIo ô¿ oeÂa
e os improdutivos multi-
cuslos operat¡vos. Na verdade, são uma ponderação entre 05 custos operat¡vos
plicâdos pelos respectivos coefic¡entes operatÌvo e improdutivo

O custô horár¡o operativo de cadâ equipamento pode ser obtìdo a partir da seguinte equação: Ê¡roEðÂoc{ss.r20-rrMM
Ñ^M IÉAø(GEúNNÀAÞ¡ôALì

x fls¡o apcIt + @Í iûptod. xatstoimltod


oßtounit .doùundodolo^errjo = nt tqýip x
|to¿uçoo horcrio do e9 iPe
rai¡å Þ/ Pr¡f uÂari¡¿ or 6råÀa
6ÌÈ 3Á
IIJVA ¿/ PTR¡URAIß12 DÊ
Pu ro¡lP¡À.uRÀr ¿orrrsR^
mÀÔÁP/Prßruranrz BÉM
Ass¡m, para a carregadeira de pneus a seguinte equação é vál¡da:
D€

cusro roÀÁÀrô DE M^rrRhß


0,0097 x Rf 146,12 = (0,35 x custo operativo + 0,65 x R$ 12,00) / 36
pneus igual a R$ 123'50
Resolvendo a equâção, obtém'se o cuslo horário operativo da carregadeirô de osrÔ fo8^tuo DAs Á1vrD^DB

Realizôndo proced¡mento análoqo para o càminhão b¿sculante:

0,2145 x R$ 177,69 =8 caminhõesx (0,96 x(usto operativo + 0,04 x Rl 12) / 36

p¿ra o caminhão'
Resolvendo a equação, obtém-se um custo horário operativo de R$ 178,16

No caso da perfuratr¡z sobre esteiras, do compressor e do martelete. pode-se adotar


diretamente o <usto
no enunciado do exef(ício como custo horário operât¡vo' pois tais equipamentos
unitár¡o apresentado
trabaÌham com coef¡ciente operativo ìgìral è I

Composição de custo com produção horária pârâ o serviço:


no valor
Então. monta-se a (omposição de custo com a produçâo horária (há umâ pequena divergência
l
f¡nâl do custo em função do arredondamento feito na produção horária da equipe):
I
i
I

,l

1M :145......,.
ì
i

Mão de Obra e Encargos Sociais


Como anal¡sar os salários da mão de obra e o respectivo percentual
I
de encargos sociais? I
Qua¡s fatores ¡mpactam na produtividade da mão
de obra?

Como calcular o percentual de encarSos sociais?

Foivisto que o preço de venda (PV) de uma obr¿ ou de um serviço é câl'


culado com base na seguinte relação;

PV=c(l+BDl)

ondei
PV corresponde âo Preço de venda;
c corresponde ao custo do construtor;
BDI(ou LDI) corresponde àsdespesas indiretas e âo lucro do construtor

Neste e nos próx¡mos capítulo5, apresentam-se o detâlhamento dâs par- I


a:1:

celas e os latores que formãm o custo de uma obra ìniciã-se o estudo trð-
!l
tando dos custos âssociados à mão de obra, aí compreendidos 05 5alárìos,
encargos socia¡5 e a produtividade dâs divertas categorias profissionais ¡.
que âtuam em uma construção.

salienta-se que a superest¡malivâ das parcelat que (ompõem os custos


com mão de obr¿ é uma irregularidade recorrente em êuditorias de obras
públ¡cas.
C¿pítu'o6: Mão de Obrâ e ÊncârgosSoc¡sis
O'(àmenlo c Cônlrôlede rrêços rleOÙras P!bli(rs

Tabelâ 51 - Distr¡br¡¡ção dos trabalhadores durante o pelodo de execução da obra.


6.1 Salários

mão de obra são obtidos a partir


Os custos horário5 das diversas categoria5 profissionais que ¡ntegram a
sociais e trâbãlhistas
das convençöes colet¡vas de trabalho, âcrescidos dos respect¡vos encargos
por exemplo, conltruções em
Deve-se tomar espec¡al cuidâdo em considerar as peculiaridades da obrâ, 100

que os profissìona¡s costumam exigir sâlários d¡ferenciados dos trabâlhadores alo(a- 150
re9¡ões isoladas, em lulho 2011 200
dos em obrâs executadas em centros urbânos 400

O orçamentista também deve consider¿r a política de remunerðção de sua


empreta ou exigências do ór- 700
1.100
os dìreitos e vãntagens dos trâb¿lhadores ãlém daqueles
previstos
9ão;ontratante. contemplando todos
auxítio moradia' seguros de v¡da em
ías convençôes coletivas de tr¿balho. Pode_se citar como exemplo
grupo, planos de saúde e oulros beneïi(ios.
vedados
Por fim, em obras públicâs deve-se ter em mente que reajustes de preço são exprelsãmente
dàs
pela legislãção ântes do interregno mín¡mo de 12 meses coôtâdos a partìr da data de apresentação 2.800
propostas ou da data-base a que estas propostas se referilemr' 2.800
(ontratual devem ser conside- Julho 2012 1,700
Assim, variaçõe3 previsíveis no custo de mão de obra durante a execLrção 1,700
râdas na elaboração do orçâmento pelâs construtorôs' 900
900
a títufo de exemplo, que a datâ-base
É relativamente simples executar este procedimento. Considere-se,
da propostâ fot maiol2011'
do d¡ssíd¡o dâ categor¡a em análise seiã outubro de cada ano se a dâta-bâse
29.050
o contrato só poderá ter reãjustes após maio/2012.
Em função da ofertâ e demanda do merc¿do de mão de obra, bem como
da inflação acumulada no '
concretas do s¡ndicato d¿ (ategoria' o engenheiro de i
periodo ou, âté me5mo, dìante de reivìndicações
de reajuste esperada parâ a categoria em função do dissíd¡o coletivo em
:ustor deve arb¡trãr uma taxa Figurå 25 - H¡stograma de mão de obra
um reajuste provável
outubro/2011. D¡9amos que as condições atuãis do mercado de trabalho ¡ndiquem
em torno de 6ÿ0, em outubro/2o11
HislogBña dê måo de obñ
(ada ano' ou seja' entle novem_
O custo da mão de obra ficôrá com preço constante de maio â outubfo de
um rea¡uste de Suponha que a obra em ânálise lem prazo
bro e abril o salár¡o da mão de obrâ conterá 6olo.

de execução contrâtual de 20 meses, com início a partir de O1/05/2O11 uma distr¡buição hipotética do
q¡lantita;vo detrabalhadore! e o respectivo histograma são apresentados na tabela e na figura a seguirì b

3
e

7B 910 11 12 13 14 15 16 f7 1A 19 20
1 rP' n' 1o 19,,, de l4 de lpvercirode 2o¡1
cúro5 de produíão
;i. ;;i;'i,;; ;ñ;ìr"
;1, æi¡omoner¿,¿ ou a" reaiusre po, Índk6 de pßços sùais, letoriais ou
qùe rêrrram ¿ vàrià!ão do5

"
ou dos inrumo5 útiÌi¿ðdos no, @nr¿ro, de Pao de durafão
iqualou peioràomàno
reàju5r€ ou @re!ão monelária de pê¡¡Ûdic¡dade infer¡ora Ùm ano
õ lJlì1,t. ¿.pl"no¿i'"¡toq-lquùenipùlðção de
{-..1
Públi.a dirêra ou indi¡et¡ da uñìáo, dos Ert¿dot do DisF¡to tedeøledo! Múni'
)i.j u n.-.-.. ". -"*¡, *ne ó,0ão ou enrdàde¿.dàadmnisrr¿çáo
*,¿"., fii5pú4õs dsra Lei. e no quecom náo (oñrìir¿fem.da 1ein"8.666.de21 de
äj;,;;;ö'j",ä;;ïl*,"1*"*,** a5 era

da pfopoýa o!do o(âmú.


iiii,.¡"íii¿.a" -*, _, .^r.åro, dê que r,àr¿ o GpùrdÊre adìsose.á conrada p¡frir da dala timire åpfesenrâçáo
a p¿ra

.......148
ii
.il.
_,! ç.+p

Orçrrnenlo e Coñlrol¡ de Preçô5de Obni Ptjbli.ãs CapirùJo6; Mãô de Obrã e E¡.ârßos Socia's

Ofatordevariôçãosafarialaseradotadosobreosalár¡odacategoriapodeserobtìdodaseguinteform¿ 6.2 Fonfes Referenciais para Obtenção de Salários

Entre maio e outubro de 2010 serão gastos 2 650 homeng x mês. Na análise do orçamento dâ obra e das composições de custo un¡tário, um dos procedimentos
bás¡cos do
Entre novembro/2011 e abril/2012 serão gattos outros 15 000 homens x mê5. êúditor de obfas é vefificar à adequação dos sarários previstos para a5 diversâs categoriâ5 profissionais.

Como o décimo terceiro satário é (alculado com base no salár¡o de dezembro, há um custo
Onde podem ser encontrados v¿lores referenciais parâ os salários?
ad¡(ion¿l equiv¿lente ¿ 1.900 homens x més.
Sobre o quàntitativo total de homens x mês de novembro/2011 a âbril/2012, inclu¡ndô déci- S;stemâs referenciair de preços de obras, entre eles o Sicro, o Sinapi e mu¡to, outros.
mo terce¡ro 5alário (16.900 homens x mêt, aplicð_se o fãtor de reajuste de 6%, obtendo-se
Instituto Dat¿folhâ publ¡c¿ mensalmente sãlários de diversos cârgos na conrtrução civ¡¡, co_
um quantitativo de homem x mês (orr¡g¡do i9u¿l â 17.914.
mércio, indústriô e serv¡ços na região melropolitâna de São paLrlo (consulta disponível no
No período de m¿io a outubro de 2Ol2 estão previstos um total de 10.800 homens x mè!- site: http://dâtafolhâ.folhâ.uol.com.br/precolsalar¡oÿsalarios_index.php). Apesar da bôse
Aqui os quantitat¡vos de homem x mês não seráo reâjustados, po¡s os preços dos serviços de d¿do9 se restriôgir à região metropolit¿na de São pâulo. ainda je presta (omo referênc¡a
contrãtuais serão reajustados em vìrtude do transcurso do prâzo de um ano de vigênci¿ de preços parâ outrar locàlizãdas, se for considerada ¿ tendência de os 5alár¡os de Sâo pauto
contratuâ1. Por simplicidade dos cálculos, foi suposto que o índice de reajuste conlrâtuâl sejã serem superiores à média nâc¡onal.
igual ao índiae de re¿juste do5 5alários.
Sâlariômetro - Consult¿ de salários pagos aos trabalhôdores de todo o país. Trata_se cfe uma
Nos dois últìmos meses do contrato 5ão necessários âpenas 600 homens x mês e outros 300 ferrâmentâ elaborada pelo Governo de São paulo com o apoio da Fipe. Util¡za o banco de
para pagamento do décimo terceiro salário de dezembro. Estes 900 homens x mês sofrerão dados dâ CAGED - Càdastro Geral de Empregâdos e Desempregados. Todas as empresâs
um reajuste de 6%. Assim, obtém-se ¡rm quantitat¡vo equivalente de 954 homeñs x mès. bràsileiras têm que informâr o governo federãl sobre as contralâçóes e os desligarlìentos
somândo-se os quantitâtivos equ¡valentes de homens x mê51 1 900 + 17.914 + 10.800 + 954 ocorridos durante câda mês, âlimentândo assim o CAGED. Cadà contratação informada vem
acompanhâda do perfil de quem está sendo êdmitido. O Salariômetro utjliza essâs informa_
= 32.318 homens x mês.
ções, fornecidas pelo M¡nistério do Tr¿balho, parâ calcular o sãlário médio dos coñtrãtados
Div¡d¡ndo-se o quantitâtivo equ¡valente de homens x mês pelo quântitativo nomìnal de ho- com o mesmo perfil ind¡cado na sua consulta, para os trabalhadores resjdente, no Estado de
mens mês(31.250, poisloram incluídos osquèntitativos relativosaodécimoterceirosalário), 5ão Paulo, o Salar¡ômetro (alcu¡a o salário rnédjo no municípjo indjcado pelo interessado.
obtém-se o fator de var¡¿ção salarial de mão de obra: 1,034176 Para os trabalhadores dos demais estâdos, o Salariômetro calcul¿ o safário médio da respec_
tivâ Unidâde da Federação (disponível em: http://wr /wsal¿rjometro.sp.gov.br).
Ou seja, nesse caso em concreto, a expectât¡va de reajuste de 6% no dissídio dâ câtegoria resulta num Acordos e Convenções Coletivas de lrabalho - O aud¡tor de obrâs pode buscar na ¡nternet.
fator de 1,034171 a ger aplicado linearmente sobre os sâfários de todos os profissiona¡s para fins de elâ- principalmente nos sites dos sindicatos da construção pesadã ou de outr¿s câtegorias, âs
borâção do orçâmenÎo. convençóes coletivas de trabâlho. Os sãlários acordâdos podem ser âdm¡tidos como salár¡os
de mercãdo, haja vista que são fruto de intensa negoc¡ação entre sindjcato, e empregado_
Ressaltå-se que. nos orçâmentos båses elaborados pelos órgãos contratantes, costuma se desprezar este
res. No link do sistema Mediador do Ministério do Trâbalho e Êmpreqo (http/www2.mte.
fator de variação salârial, pois não está contemplâdo no BDI âdotado no orçâmento e. tãmpouco, eslá
gov.brlsistemaýmediador/) exisie uma consultâ dos instrumentos co¡"iiuo, l."girtrudor.
contemplado nos sâlários obtidos a partir dos sistem¿s referenciais de preços, pois e5tes geralmente
cons¡deram os salários das convenções coletivas de tràbalho. Contiderando que, em cenários com infla_ Folhês de pagamento acompanhadas dã guiã de recolhimento da previdência social, Muitas
(ontratual e ãs dãtãs de dissídio
ção moderada, o des(asâmenlo existente entre a data-base de re¿¡uste vezes. os auditores de obrât conseguem obter a folha de pagàmento da empresô contrâtada.
coletivo provo(am pequenos impactos no custo global do construtor, é corrique¡ro incluir esse custo em RAls - Relâção Anual de Informaçöes Sociâis - se for v¡ável, pode-se formular um ped¡do de
afguma rubrica do BDI (lucro ou rìscos/¡mprevistos) ou, åinda, ¡n(luf_lo na est¡mat¡v¿ dô !ålário horário informaçôes âo Ministério dâ previdência Sociêl solicitãndo os dâdos da RA¡S. As informa-
dos diversos profissionais alocèdos n¿ obra.
çóes podem ser fornecidas inclugive individua¡izadas pefo CNPJ dâ empresa e com a relação
nominal dos trab¿lhadores contratados.

final mente, destacâ-se que há certo grau de subjetividade


na comparação entre os salários const¿ntes
rh um orçamento de obras e os obtidos
das dìversâs fontes referen.¡âis.itâ das ânter¡ormente, Existem
úvidôs sobre às ¿tribuições e qual¡f¡(¿ções
exigidas para algum¿s cãte gor¡ãs profiss¡onait o que dificul
as compar¿ções de salários.

...150..,........ 151
O¡ç¿menro c Cûnlrole dc P¡.ços de Ob¡ãs Públic¿s Crpilulo6: M¡o de Ob,a c tn.ár8ôs Soc¡¡is
i1

6.3 Produtividade da Mão de Obra Ou sejâ, ô tempo efetivo de trâbãlho na execução d€ serviços ern uma jornada típicâ corresponde
a êpe_
nas 49% do tempo total

Até então, abordou-se a pàrte mâis s¡mples dâ est¡matìva do custo com a mão de obra, os salários. A paÊ
6.3,1 Causas para a diminuição da produtividade da mão de obra
te mais (omplexa da est¡mativa do custo com os trabalh¿dores é a escolhâ dos íñd¡ces de produtiv¡d¿de
a serem âdotados nas composiçóes de custo unitário,
l, A produtividade'?da mão de obra na construção civil é uma ¡mportante preocupação dos construtores
Na construção civi¡, existem vár¡as circunstånc¡âs e eventos que podem câusar um de(línio no nível de
produtivid¿de. or danos devido a quedas de produt¡vidade não ficâm lim¡tados aos custos diretos. É
e contratantes, bem como dos engenheiros de custo. Os custos de construção e cumpr¡mento de crono-
gramas dependem extremamente da qual¡dade do planejamenlo da execução do projeto e da área do
fá(il perceber a relação entre a perda de produt¡vidade e o aumento no prazo de execução do empre_
endimento, com o consequente aumento dos custot indiretot. A AAc! ¿presenta as principait cã¡Jsas de
canteiro de obras. A produtividâde do trâbalho é frequentemente o maior fator de risco sobre os cu5to5
perda de produtividade:
dã obra, Também é a maiorfonte de incertezas sobre o cumpr¡mento de prazos contratuais.
Os prazos e orçamentos-que são estimados são combinados pr¡nc¡palmente com bâse em dados histór¡-
à. Absenteísmot corresponde à tâxa de ausênc¡a dos trâbalhadores em seus postos de traba_
lho, incluindo faltas e atrasos. euando uma equipe está no seu p¡co produtìvo, a ausênc¡a
cos de desempenho. No entanto. este método não demonstra por que a prodotividade diminui ou saide
de qualquer integrante pode influír na taxa de produção da equipe, po¡s a equipe pode ser
controle em alguns cãsos. Tâmbém nâo oferece suporte para decìsões ou ações corretívas para aumentar
incapaz de produzir a mesma tax¿ de produção com menos recursos ou talvez com um mix
a produtividade do processo de trabalho.
diferente de níve¡s de hab¡lidader e experiências.
Para siqnif¡cativàs otimizações no prâzo e no custo do empreendimento, a medida direta de produtivi-
dade deve ser utilizada. No 9ráfico a seguir é apresentado um lípico resu¡tado obtido a part¡r desse tipo
b. Condições cl¡máticas adversas: chuva5 e condìções c¡imát¡aa9 adversàs são fatores esperados
em quase todos os proietos. porém, serviços senlíveis ao tempo podem ter produt¡vidêde
de análire de produt¡vidader:
dim¡nuída ¿té mermo em períodos de tempo bom, caso estes sejam ¡ntercalados entre perío-
dos de chuv¿. As operaçöes de comp¿ctâção são um exemplo clássico, ex;gindo vário, dias de
t¡gura 26 - Part¡.¡pação do tempo de trabalho efet¡vo da mão de obra êm relâção ao tempo totã|.
tempo bom, após a ocorrência de chuvas fortes, para ating¡r (ondiçöes idea¡s de execução.
c. Falta de mâo de obra qualif¡cada: é sabido que â qualidade dâ mão de obrâ está intimamen-
te ligada à produtividade, dentro do princípio de fâzer âlguma cois¿ corretâmente e com
ef¡ciênc¡a. Os índices de produtividade poderão ser substânciâlmente aumentãdos com a
ut¡l¡z¿ção de mão de obra qual¡f¡câda.

d. Mudançâs de projeto e retrâbalho: é esperado que todos os projetos sofram algum tipo de
alterâção dur¿nte a construção. No ent¿nto, mudânças forâ do escopo do trabãlho previsto,
bem como mudanças frequentes também irnpactam a produtividade da mão de obra. A
necessidade de descartar o trabalho realizado, os ¿tr¿sos parà âtendimento às alterações de
projeto, a necessidade de replanejamento e novo sequenciamento trâbalho, por exemplo,
também podem cèusâ. a quedâ da produtividade.
e. Aceleração da Execução: a redução, intencionâl ou não, do prazo de implantação do projeto
pode resultar no uio de vários turnos de trabàlho e de horas extr¿ordináriâs de trâbalho.
Também pode ocorrer a contratação de mais mâo de obra que possa ser gerida de forma
ef¡caz e coordenadâ.

f. Rotatividãde de mão de obra: se a equipe de tràbalho sobre de elevàdê rotat¡vidade, é im-


provável que alc¿nce elevada produtívídade, simplesmente porque um ou vários membros
d¿ equipe podem ainda estar na curvê de aprendizado. Assim, a produção de toda â equipe
fica àfetada.
g. Aglomeração de trabalhadores: para alcançar boa produtívidade, cada membro dâ equipe
2 Para aprofûndamenio nos aspeclos relacionadosà produùìidàded¿ náo dê obra, sogerimos a leitura da55ègui¡lgs noha5: deve ter espâço de traba¡ho srif¡(iente para desenvolver o trabãlho sem interferir com ou-
AÀCÊ lnlenahonalRe(omnended Pradice N'22n 0l -'oiect tabd Prodûdivity Mlarurement- ¡sApplied i¡ Coôrùucrion ¿nd M¿jor Mâi¡tena¡c.'
ÂAC E lnlènàl¡on a! R{omm ended Pr¡ dke N' 2 5 R-01, ' E maling Lor Labor ProduclivÌty in aonnruction Clams' tros integrânter dã equ¡pe. Quândo mais trabalhadores são colocãdos parâ trabalhar em
uma área delimitada, m¿js provávelque ocorra a interferência, reduzindo a produtividade.

3Adapl¿do dro¡emploãp¡e5entado na ¡ÀCE lnlernùlion¿ln(ommêndêd Pr¿clice N'22R-01 -'oirecl Lôbor P¡odùcliÝiry Meâeúremenl-a5Applied in
Consirudio¡ and M¡ior MainÞnance'

1s3
- - \-+R

Or(amenroe Conrrole de P'eços de Obrås Públic¡s


Caplulo 6: MãodeObrâe Encargos socinis

h Projetos defic¡entes ou incompletos: quando desenhos ou especificaçöes estão com erros, Esc¿ssez de material, ferramentâs e equipamentos: se â equipe não ter¡ todos os
tnsumos
ambiguidade ou s¡mple5mente não estão (laros o suf¡c¡ente, é provável haver declínio de para o trabalho dìsponíveis na hora e lugar corretos, suã produtividâde provavelmente
será
produtividade, pois os integrânter da equipe não estão certossobre â forma exata de desen- reduzidâ. o mesmo acontece se o trâbalho for executado com ferramentas ou equipêmenlo,
vofver suag atriboiçöes ou simplesmente vão perder mais tempo interpretando or projetos. de alguma forma sub ou superdimensionados ou inâproprìados para a execução das târefas,
Oiluição da supervisão: quando âs equipes estão divìdìdas para realizar o trabalho em vários p Trabalho realizado fora da sequência: quando não é seguìda uma ordem lógica na execução
'l locâis ou qu¿ndo o trabalho é constantemente alterado, â supervisão de campo é muitas dos tråbalhos, a produtividade pode ser afetada.
vezes íncapaz de efetivaheñte executâr â sua tarefa primordial observar se as equipes
q Rertrições na área de trabâlho ou no canteiro de obrâs; se às equipes tiverem dificuldâdes
trâbâlham de forma produtiva. A superviião de campo acaba gâstando mêis tempo com
para chegar às frentes de serviço ou se estês forem d¡stantes ou tiverem acesso limitado, ha-
planejamento e replânejamento de superv¡são. Dessa forma, é provável haver declín¡o na
produtividade das equipes supervis¡onadâs, porque âs ferramentas, os mâteriâis e equipã- verá perda de produtividàde da mão de obra, po¡s mâior parte do tempo diá¡¡o de jornada
será gâsto com deslocamentos ou egperas,
mentos podem não ertar no lugar certo no momenlo certo.
Condições dâs frentes de servi(o: cond¡çôes físicas Golos satur¿dos, por exemplo), logíst¡câs
Excesso de horâs extras: vár¡os estudos documentaram o f¿to de que a produt¡vidade de(li-
(presença de linhas de força, por exemplo), ambientais (proibições de executar construções
na conforme o trabãlho extraordinár¡o se prolonga, As razões mais comunç para este fato
em certas áreâs durante aigumas épocas do ãño) e legais (proibi(öes de produzir ruídos du-
incluem a fadiga dos trabalhadores, o ðbsenteísmo incremental, ¿ perdâ de quâl¡dade dos
âcabamentos, mâior número de âcidentes detrabalho e redução da efetividade da supervisào.
rante determ¡nâdos horár¡os do dia) podem âfetâr a produtividade.

k. Falta de coordenação entre os construtores, subcontratados e fornecedores: se a equipe de


6.3,2 Estimativa da produtividade da mão de obra no orçamento de obras
9erêncìa do projelo falha em obter os materiais, serviços subcontrat¿dos e equipamentos no
lugar correto e nâ hora (erta, a produtividade dâ equipe pode reduzir-se.
Fadigê: 05 trabãlhadores que estão cansados tendem a retardâr o trêbalho, cometer m¿is 05 <oeficientes de produt¡vidâde dos trabôlhado¡es são obtidos, geralmente, por ¿propriação de custos.
erros do que o normal e sofrer mais acidentes. Ass¡m, a produtìv¡dade pode diminuir para a Em uma ou mais obras, pode-se verificar efet¡vâñente quâl a quantidade de unidades de serviço execu_
equipe inteira e nåo só pârâ os trabalhadores fatigados. tad¿s e qualfoi o número de horâs de trabàlho de cada (ategoria profissionâl para realizar â execução
ãfer¡da. Tal proced¡mento pode ser sintetizado pela fórmula a seguir:
Fatores relacionâdos à5 relaçöes de trabafho: exigências legais, condições inseguras de trâ-
balho, questões de segurança de acesso às instâlâçöes, alarmes de evacLlação em instalações
existentes, emissão intempestiva de lìcenças de acesso. Todos estes fatores podem impactar
Coeficiente de Produt¡vidade = Número de Unidâde produzidas / Número de horas de tråbãthô
ðdversamente a produt¡vidade do trabalho.
lal procedimento deve fevar em conta as cond¡ções normais de exe€ução dos serv;ços e deve 9er prove-
Curva de aprendizado: em toda a obrâ há uma típicâ curva de aprendiz¿do, enquanto as equ¡-
niente de tratamento estãtísti(o realizado em algumas obrês do mesmo tipo com diferentes profiss¡onais
pes se familiar¡zam com o projeto, sua locação, padrões de qualidade requeridos e layout do
trâbalhando nâ execução dos serviços. Sugere-se a utilização de formulário semelhante ao apresentãdo
(anteiro de obras. O gráfico
à seguìr exemplifíca uma curva de aprendizado. Observa-se que,
no capítu¡o 3 pâra realizar a âpropriação de custos.
conforme a obra prossegue, são necessários men05 homens-hor¿ por unidade produzidà,
Na hora de elaborar o orçâmento de umâ obra em p¿rt¡culâr, o engenheiro de custos deve ident¡ficar
fatores que possam afetar a produtividade. Alguns fatores podem contribui¡ para o aumento da produ-
Figura 27 - Curva de aprend¡zado
t¡vidade: gånhos de escafa adv¡ndos de uma mãìor repetição dos trabalhos, projetos ma¡s s¡mples do que
o normal, condições cl¡máticas favoráveis da região etc.
€r0
':, Também deve ser observado haver maior influênc¡a de alguns fatores sobre
ïts determinados serv¡ços em
pârticulâr Condições climáticas desf¿voráveis podem afetar os serv¡ços
executados ao ar livre, mas não
aqueles executados nas áreas internas dà construção, Em outro projeto pode
I exemplo, o arquitetôn¡co
.ter grande impacto nâ produt¡v¡dade para confecção e montâgem de fôrmâs, mas tem baixa influência
¡os serviços de inrtalàção elétrica
lm, o engenheiro de custos pode adotar um fãtor de produtividade, a ser multipficâdo pelos coefi-
entes de mão de obra presentes em uma det€rm¡nadâ cornposição
å' ríst¡cãs previstâs para a exe(ução do seaviço:
de custo unitário em função das

Nún.Þd.u'r¿¡¿.! Pltfu¡ Fator de Produtividâde = Produtìvidâde Esperãda / produtividade padrão

"..154
_,_ç+Q

Or(rmenroL,CoñûoledePreçosrlcObrás Públ'.ãs capítulo 6; Mão de Ob.a e Encarßos Soc¡ais

A lcPo apresenta um método ma¡s elabor¿do, obtido a partir de diversas tabelâs de produtividade va- Figurå 28 - Fa¡xa de vari¿çáo da produt¡v¡dade para a execução de fôrmas pãra p¡lares (fonte: TCPO/2010).
riável pâra os principâis serviços dâ construção civ¡1. Os coef¡c¡entet de consumo de mão de obrâ podem
registrar variações, dependendo dã tipologia da obra, do projeto ârquitetônico e do treinamento dos
profiss¡onais envolvidos n¿ execução. A pârtir de uma anál¡se dessar tabelas de produtiv¡d¿de variável,
Mín = 0,32 Méd = 0,70 Máx = 1,80
é possíve¡ convergir os coef¡cieñte5 de utilização de mão de obra para a realidade da obra a ser orçada,
apr¡morando a precirão do orçamento.
A mensuração detal prod utiv¡d¿de va riáve I pode ser feita por meio de um indicador que relac¡one a quan- P¡ôdûrividad€ dos operári05 (fl h/m,)

tidàde de recursos demàndados à quant¡dade de produto obtido (por exemplo, a execução de alvenària
de ved¿ção pode demandar 0,60 h de pedreiro e 0,30 h de ajudanle para cada 1 m, de pârede produzid¿). Seøo lmnsve¡sal g¡ande Seçâo transveßâl pequena

5e as caracterí5t¡(as do serviço fossern sempre ãs mesmas, or.i seja, se nào ocorressem v¿r¡¿ções de fatores Predominånciå de pilares retangulares em Predornináncia de oilares em lJ em luoar
lugarde pilares em lJ de pilâres retanquÉres
de conteúdo e de (ontexto, a produtividade seriâ constante. No exemplo dâ alvenaria de vedação. isso
Predomináncia de prlares não de quinå Predominância de pilares de quna
implicôria que todag at pâredes t¡vessem o mesmo tamanho, os blocos fossem exatamente os mesmos, a
ferramenta de aplicação da ârgamâssa não se âlterasse, o fornecimento de materia¡s fotse ôdequado, bem Quanlidade reduzida de lravas por met¡o Ou¿nlidade elevãda de lr¿vas por metro
quadr¿do quadmdo
como se existìssem cond¡çôes estáveis do cl:ma, entre outros aspectos, No entanto, tait fatoret var¡am de
Nivelamenlo direlo dos paineis Nivelamenlo dos gaslâlhos
uma mâneira não desprezível, o que provoca uma concom¡tênte variação da produtividâde.
Aprumargrades Ap¡umarpai¡eis
Dentro do contexto descr¡to, em lugar de utilizar apenàs um índice médio histórico de produtividade, Uso de laser nâ Jocrç5o locação com manque¡ta
¡n(lui-5e (para alguns serviços) a apresentação de uma faixa de valores (indi(ando-9e os valores mínimo,
Serviço em condições favoráveis: ciclos SeryiÇo em condiÉes desfavoráÿeis:
med¡ano e máx¡mo) para o consumo de mão de obrà. Taì faixa é compostã com base ña obserÿação real cuños; pouco retÉbalho; falores clÌmáticos ciclos lonqos; muùo relrabalho; latores
do desempenho ocorr¡do em obràs de construção re(entes, favoráversi baixa rolalividade; oper¿dos climálicos deslâvoraveisj alta rolâliy¡dade;
sãlisleilos operádos insal¡sfe{os
Os valores máximos e rnín¡mos representâm os extremos da fa¡xa. representando, obviamente, situações
limites do banco de dôdos dispon¡vel. Portanlo, é muito pouco provávelextrapolartais Iimites, a não ser
no caso de obras especiais que se afastem das característ¡Gs das obras partic¡pantes da pesqu¡ra realiza-
da, O valor med¡ano representa a região centr¿l do conjunto de dados, ¡sto é. represeñta o desempenho Concloi-5e este tópico enfatizando que, na estimat¡va de produtiv¡dâde de mão de obr¿, a engenharia
que mâis âconteceu nos casot estudadot, sendo, portanto, aqueie ma¡s provável de acontecer,
de custot se aJseme¡ha ma¡s a uma arte do que a uma ciênc¡â, Realmente é a parte d¿ elaboraçâo de u¡na
Nafigura asegu¡rtem-se uma faixa devariaçãoda produtiv¡dade para a execução de fôrm a r para pilares compos¡ção de custo unitár¡o que exige mais experiência do orçamentistå e o conhecimento adquirido
de concreto ârmâdo. A consideaação dos fâtores âpresentados permite, por comparação, prognosticâr em outras obras.
que uma obra estârá ma¡s para o lado esquerdo ou direito do ¡ntervàlo em função da presença ou não Ressaltà-se também que os grêndes desvios entre a estimativâ de custo e o custo efetivo de execução dâ
dos fâtoaes associados a cada uma dessas extlemidãdes. Tâis f¿tores 9ão variáveis a serem cons¡der¿d¿s obra ocorrem exatâmente not aspectos rel¿cionôdos à produtividade dã mão de obra, Ocorrido o desvio
na estimativa da produtiv¡dâde, isto é, são indicadas as razôes que levarâm o desempenho a se afastar no custo esperado de¡a, não se deve imputáJo un¡c¿mente ao orçâmentista, por vezet o orçameñto
mâis para a esquerda ou parà ã direitâ da faixa. Portanto, para se adotar um valor ma¡s ou menor afaÿ realmente estavô adequâdo, mas a extrapolação de custo se deve ão descontrole administrativo ou faltà
tado do valor mediano, em direção ao valor mínimo ou máximo, seria interessante ¿valiar ð prev¡são de superv¡sâo dâ obra pelo construtor
quânto à ocorrência dos fâtores indutores de variação.
No exemplo exposto, observa-se que pìlares com seção transversâl retangular de áreâ grande tendem a
puxar a expectativâ de produtivìdade para o lãdo esquerdo, utiliz¿ndo menos mão de obrà por metro
quadrado de fôrma.

:156.. .:157.
,.,s+R

O¡ça nento e Coñrôle de Preçôsde Obr¡r Públicas


Capfulo6: Mãô de Obra e Encarßôs Sociais

6.4 Encargos Sociais Número médio de diâs de afastâmento por âc¡dentes do trêbalho: em virtude dâ
ausêncta
de estatísticas, foi adotado conseruâdoramente o prazo de 15 dias. período máximo previsto
na legislação em que o ônus do ãfastamento recãi sobre o empregador
Os encargos sociais ¡ncidem sobre os custos de mão de obra e são tratados de duas formas diferentes:
Percentua¡ de rescisóes sem jurta caus¿ por iniciat¡vâ do empreqador: 52,6% (fonte: Minirtér¡o
sobre â folha de pagamento, no caso de profiss¡onair que trabalham em regime men5al. os mensal¡stas,
do Trab¿lho e Emprego/Dieese, Movimentação Contratuâl ño Mercado de Trabalho Formal e
ou sobre o custo operacional de mão de obrð, no caso dos profiss¡onais hor¡stas.
Rotat¡vidàde no Erasil, disponível no endereço eletrônico: http:/ ¡/ww.mte.gov.brlinstitucjo_
Podem ser classificàdos em quatro grandes grupos, a seguir discr¡minadosl nal/rotatividâde mao_de-obra.pdf). O referido percentualé uma estâtística geraldo merc¿do
Grupo A- Encargos sociô¡s básicos: são as contribuiçôes socía¡s obrigâtórias por lei que incidem de trabalho no Brasil. Em virtude da ausênc¡¿ de dados setor¡ais específicos, fez se âqui
um¿
sobre à folha de pagamento. âprox¡mação åo êdotar o refer¡do percentual geral parê o setor de construção (ivil.

Grupo B - Såo aqueles que sofrem incidênc¡¿ dos encargos sociais básicos. Percentual de rescisôes sem justâ causa por iniciàt¡vâ do empregâdo ou exonerâção a pedi_
do: 19,4% (fonte: Minigtér¡o do Trabâlho e Ernprego/Dieese, Movimentação Contratual no
Grupo C- 5ão aqueler que não sofrem incidência dos encargos soc¡a¡s bá5icos.
[¡erc¿do de Trabalho tormal e Rotatividade no Brasil, disponlvel no sít¡o: http://ra¿ww.mte.
Grupo D - Taxa de Reincidênc¡a, govbr/institucional/rotativ¡dade_mao_de_obrâ.pdf). Em v¡nude d¿ âusência de dados seto_
r¡ais específicos, fez-se aqui um¿ aprox¡m¿ção âo adotar o .efer¡do percentual gerâl p¿ra o
setor de constauçâo (¡vil.
Nos pârágràfos segu¡nter, o assunto será detâlhâdo, po¡r muitas vezes o orçamentista e o auditor de
Percentual de rescisões com justa causa: t,3olo (fonte: Ministério do -Ir¿balho e Emprego/
obras necessiTam aval¡ar as rubricas que compõem o percentuôl de eñcârgos sociais,
Dieese, Movimentação Contràtuâl ôo Mercado de lrabalho Forma¡ e Rotativ¡dade no Brâsil,
dhponível em: http://wvrav.mte.gov.brlínstitucìonal/rotat¡v¡dâde_mâo-de obra.pdf). Em vir_
6.4,1 Mão de Obra Horista tude då ¿usência de dados setor¡â¡9 específicot fez-se Àqui uma aproximação ão âdotar o
referido percentual geral pâ.ô o setor de construção civil.
Para a mão de obra horisla, não existe nenhum encârgo incluído no salário hora, portanto, no percentu- Percentûâf de rescisões decorrente5 do término do contrato de trabâlho, da transferência
al dos encargos soc¡èis, deve ser considerôdo tãnto o repouso semanal remunerâdo quânto os fer¡ados, do trabalhador entre ertabelec¡mentos da empresa ou de out¡os motivos: 27,2% (fonte: M¡-
pois essãs parcelas 5ão pagas aos empregados complementarmente. rìistério do Trabalho e Emprego/D¡eese, Movimeñtação Contratual no Mercado de Trabalho
O percentuàl de encargos soc¡ait para horistas incide normalmente sobre o talário de operários remu- Formal e Rotât¡vidade no Brôsil, disponível no segu¡nte endereço eletrôni(o: http://wra r'v.
nerados por horar eletivamente tr¿bâ¡hâdas, tomadas por apontadores. As (omposiçöes de custo direto mte.gov.brlinstitucionâl/rotètividade_mao_de-obra.pdÐ. Em v¡rtude da ausência de dados
comumente (onsider¿m eñcãr9os sociã¡s dos hofistas (pedreiros, serventes, carpinteiros, armadores etc,), setor¡aìs específ¡cos, fez-se aqui umâ aproxìmâção ao ¿dotar o referido percentuâl gerâl
parô o setor de construção civil.
Apresenta-se nos próximos parágrãfos memórià detâlhadâ de cálculo dos encârgos rociais:
Percentoal de homens e mulheres na Construção Civil: de acordo com a Râ¡s 2008, e459o¿
Prem¡ssas e dâdos estatísticos
do estoqoe de trabalhadores formais na construção civ¡l possuem idãde entre 1g e 49 anos,
sendo que 92,35% são homens e 7,65% são mulheres.

Taxa de lnc¡dência de Acidentes do Trabalhot 3,026% (fonte: ânuário estatístico de aciden- Taxa médiâ de rot¿tìv¡dade dâ con5trução civil por estabelecimento; 74,2% (fonte: Ministé_
tes de tr¿balho - 2004 disponível no endereço eletrônico: http://www I previdencia. gov. brl .
rio do Trâbalho e Emprego/D¡eese, Movimentação Contrâtual no Mercâdo de Trabâlho For.
pg secu nda riaýp rev¡d e ncia_5ociã l_ 1 3_07-8. asp). Considerou-se taxà de inc¡dênciâ para 09 mal e Rotâtividade no Brasil, disponÍvel no segu¡nte site: http://www.mte.gov.br/¡nst;tucio-
trãbêlhadores acidentados em empregas de códigos CNAÊ iniciâdo em 45 (construção civi¡). nÀl/rotatividâde_mao_de_obra.pdf). Tal valor resulta em um tempo médio de permanêñciã
A t¿xa de incidêncià de ãcidentes do traba¡ho pode ser calculadâ pela seguinte fórmula: do trabalhador n¿ construção c¡vif de: l/0,742 x t2 meses = 16,17 meses.

a lval r p¿rece conservador em face âo tem po médio de permanência dos empreg¿dos da construção
aú¿ctu d¿ ioýoscaes d¿ odd."bs do Edb¿lho asý;t¡olos - - . .
- il:38,5 meses, conforme média dès regiõ es metropolitènâs de I elo Horizonte,
ùúwÞ n¿d¡o aùa¡ ¿¿ýbcul6 Dirtrito Federa
Alegre, Recife, Salvador e São Paulo (fonte: Dieese, Boletim frabalho e Construção, setembro/2009,
nível em no seguinte site: http://wwwdieese.org.brlesp/BoletimTrabalhoConstrucaoErtrutur¿l.pdf)
entÀnto, a referidâ fonte de dado s, reproduzid¿ no quadro ô seguir,
Taxâ de natalidade da populâção brasileira (no ano de 1999): 21,2 nascimentos anuais pârâ não foi adotad¿ por envolver
balhadores dos setores públjco e privado.
cada 1000 habitantes (fonte: lEGE - dado disponível no endereço eletrôni(o: http://www.
I
¡bge.gov.brlibgeteen/pesquísaÿfecundidâde.html#ancl).

.t5E . -....,159
ì
._..ru
".-+R
OrçãmenloeCôñlróledeP¡eçosdeObr¡tPúblicas

crp¡ulo6:
lâbela 52 -Tempo médio de permanéncia dos empregados otupados na construção civ¡|,
'- " Mão dc Obr¿ e Enc¿¡pôs
......... .. .. .. .. ... .;.
sd.j:iq
,... .. . .
Parâ 5 di¿s de ôfast¿mento:

7,]333 x 5 x0,OZ1Z/O,a4S9 x 0,923s


= 0,85 ho¡as
. licença mâternidðde, feitâ5 at mesmas
considerações anteriores' porém,
do legalde 120 djès: util¡zàñdo o perío-

7.3333 x 120 x 0,021A0,8459 x


0,0765 = r,69 horas
Obrervação: A l¡cença maternid¿de
ent¡a.no cálculo dâ9 horas produtivas,
salárjos pagos ã título de lic€ no entânto os
descons¡derados no cálcr'rlo dos
sociais, pois o seu custo , encargos
. ";ä: i"fll:tiataîo
F¿ltas legaís, considerando uma
médiâ de 2 dias por ano: 14,67 h.
. Acidentes do t¡abalho, considerando
conservadoramente o perlodo máxjmo
afastâmento por ano e umâ méd¡â de tS dias de
de ocorrénc,; ;; r;;;il i;;;J"rrl
n * o.oror. ,,r, n.
. Tota¡ de horâs não trabalhadas
na jornadâ anuãl: 688,46 h.
=

Cál(ulo das Horâs Produtivar:


Para o cáiculo dos encargos socia¡s, necessìtå-se jni(ialmente do cálculo das horas produtivas, quaj Obseýâçãoi poder-t-se considerar dias de
chuv¿ ou outr¿s dificuld¿des no
o é th¿dâs, dêsde que não tenh¿m s¡do cômputo de horas não traba_
aPretentàdo a seguir: cons;derÀd", * o" rì...ìï¡rnpåìi,jlä ro,. o p.u."n,"rn"_
. "r"
r tais imprevistos,
;;. ;"';;;;
Jornadà de trabâlho señanal: l¡4 horâs; i:i::il11;1å,ff::î,':ïil:Ë11",::"'idero o"*" oos orçamen-
. de trab¿lho na semana: 6 diàs (segunda â sábådo);
D¡ês
:"J#ilLrîi;îi+:*ïil"",äi:iry:iï"::ï,ËiË:,: i:::::ï¿:::1iiji": {:H:lî
lornâda diária: 7,33j3 h/dia (equivare 44 horas semana¡r / 6 diâs de trabarho na semana); rjxo, de manutençào do canreiro
' é met¡or trat¿r os iust-o-s:äî;;";î.:..rr,", de obras. A nosso ue;
. Jornada Mensal: 7,3333 h/dia x 30 d¡as 220 h/mês; cômputo dos encargol;;.ì;;;.
- "'* '"''"t"nte nâ tàx¿ de riscos do BDl, excluindo-se
seus efeitos no
=
. Número de dias por ano, coñsiderando os anos bissextos (365 x 3 + 366)/4: 365,25
diâr;
. N'de semanas por mês: 365,25 diaý12 rneser¡/ dias 4,3482 semanas/ mès;
=
Cálculo daJ Horas produtivâs:
. Jorn¿dã Anual: 365,25 diâs x 7,3333 h 2.678,50 h.
=
Jornada ânu¿li 2.678,50 h
Horas não trabèlhàdas na jornâd¿
anuaji C) 68g,46 h
Cálculo de Hor¿s Dercontadas: Totaldas horas produtivas 1.990,04 h
. Fér¡asi 30 x 7,3331= 220 horas.

Des(an'. Semanàr Remunerãdo, considerêndo Grupo A: En(argos So(¡ai,


' 11 mese5 trabarhados n o anoi 1r x 4,34g2 x Bás¡.os
7,3333h=350,76h. 41. Previdêhc¡a Soc¡ãl
. Feriados, consjderando-se l3 por âno, com um fer¡ado caindo no domingo e outro ferjado lnc¡dência:20,00%
ocorrendo durâôte as férias: l1 dias x 7,3333 h 80,67 h. ,::;i
=
Fundâmentação: art. 22,
Auxílio enfermidade. adot¿ndo-se o parâmetro da editora plNt 15 dias x 7,3331 h x 15% inciso I da Lei n.8.2.12l91
=
2,25 d¡as = 16,50 h.
FGIS
L¡cença paternidade, consjderando que â Lei prevê 5 diàs de licença; que
92,650/o do efeti,
vo de trâba¡hâdores dâ construção (¡vil é do sexo magculino. Dada ¿ taxa de lnc¡dência B,O0%
nataliciade da
população residente no país de 2,12%. Admitindo de forma conservadora que
toda è repro_ Fundàment¿ção: art. t5
dução ocorre com a populèção dâ faixâ etári¿ de t8 ã 49. a qual, de â(ordo (om â da tei n.8.036/90 e ârt. 2", jnciso ll¡, da Constituição Federâl
Rais 200g, de 19e8.
represent¿ 84,59% do estoque de trabalhâdores formais na construção civil. Sabendo_se que
92,35% dos trabâlhâdores nessa faixa etária são homens.

160
.161.
O¡çàmenro e Coñlrole de lreç05 dc Obr¿s Pùbli.às
C¡plulo6: Mro de Ob,¿ e tncarÂos Sociãiç

43. salár¡o Educação Grupo B: Encargos Soc¡a¡s que Ìecebem as inc¡dênc¡as de A


lncídência:2,50% 81 - Descãnso Semânâl Remunerâdo e Fer¡ados: Sobre as t.990,04
horas de produção durante
um ano, há que se considerarem as horãs correspondente, aos domingos
Art. 3', inciso l, do Decreto n" 87.043/82 e feriados pagas
pelos empregadores:

44. SESI e SESC


\''' (350,75 +80,67) x 100 / 1 .ggO,O4
lnc¡dência:1,50%o =21,6A%.
l" Fundamentação: Art. 68 e ârt. 70 da Consoljdâçåo das Leis do
tundamentação: êrt. 30 dâ Le¡ n'8.036/90 e art. da Lei n'8.154/90 trabâlho (CLT)
82 - Auxílio Enferñidade: Os primeiros t5 dias de auxílio doençâ concedidos pelo INSS devem
ser pagos pe¡o5 empregàdores. Nestas condições, a dedução poderá
A5. SENAI e SENAC ser orientada da segu¡n_

lncidênc¡a:1,00%
Fundamentaçãor Decreto-Lei ñ' 2.318/86
16,5 x Ì00/ 1.990.04 = 0,83%.

46. SEBRAE
Fundamentação: Art. 18 da Le¡ 8212, de 24107/91 e Art.476 da CLI

lnc¡dêñc¡â: 0,60%

Fundamentação: Lei n" 8-029/90, alterada pela Lei n'8.154/90. 83 - L¡cença Paterh¡dade: para os S dias de afastêmento, que foif¡xado provisoriamente, (onfor-
me artigo t0ó, inciso ll, S j.
d¿s Disposiçóes Trâns¡tór¡as dô Constituiçãol

AT.INCRA
ln(idência:0,20% 0,a5 t 1.990,04 = O,04%

Fundament¿ção: art. 1o, ìnciso l, do Decreto-Lei n" 1.146nO Fundamentação: Art.7", inciso XIX da Coñstituição Federalde 1988

48. seguro para ac¡dentes de Trabalho 84 - Licençâ Mâtern¡dade: A constituição prevê 120 dias de afastamento,
os quais serão custeados
pela Previdência Social. No entanto, o empregâdor a¡nda arca
com os;ncargos relativos ôo
lncidência:3,00% 13'salário. fériôs e ao adicionãl de fériàs relativo ôo período de afâstamento:
Fundamentação: art. 22. inciso ll, alfneas'b'e'c', da Lei n" 8.212y91. Cabe ressaltar que essa taxa
pode ser reduz¡da através da eficác¡a da prevenção de ac¡dentes. medìda ânualmente pelos
(O,O212/0,a459 x 0,076s) x
coeficientes de gravidade e de frequên(ia de ac¡dentes reg¡strados em (ada empresâ. I l12O x7,333) t 1.gg},O4j x ((22O + 22O + Z2O/3V 1.ggo,O4l = O,o2%
Fundamentaçâot Art.7", inc¡so Xlll da Constituição Federô¡de 1988.
A9 - SECONC|

ln(idência: 1,00% (Apenàs nos est¿rdos onde fo¡ adotâdo por convenção coletiva). 85- 13"5a1ár¡o: Os empregadores estão obrigâdos âo pâgâmento de um t3.salário,
a ser liquida-
Fundàmentação: O Seconci- Serviço Social da lndústriâ dâ coñnrução e do Mobiliário, embora tenha do no mês de dezembro de cada ano, podendo a primeirâ rnetade
ser paga por ocasião das
nomendatura "Serviço Social". não pertence ao cham¿do Sistema 5. poit a9 contribuições que recebe férias dos empregados.
não decorrem de uma obr¡gatoriedade prevista em lei. e sim de previsão em convenção coletiva do
Sindic¿to dos Trabalhadores da construção civ¡l ou do Sindicâto das lndústr¡at na construção civi¡.
30 x 7,3333 x 100 / 1.990,04
Pode ou não haver um acordo entre empresâs e empregados da conlrução (ivilque origine ess¿ des- = 11,060/.
pesâ. Em São Paulo. há conveñção coletiva estipulando a alíquola em l%. Tendo em v¡sta que pode Fundâmentaçãor Lei n" 4 OgOt62, Leì n" 77g7/Bg e lnciso
Vl do Art.70 da CF/BB e complementåres.
hôver diferenças ent.e as convenções coletivâs detrâbalho de cada região, o referido percentual não
fo¡ ¡ncluído na presente memór¡a de cálculo. No entanto, âconselha-se que orçâmentila verifique o
conteúdoda convenção em vigor no localondeserá executâdâ a obra, considerândoa referida rubri-
câ de encargossociais cãso seja aplicável,

Total do grupo A: 2O,0Vo + 8,0Vo + 2,So/o + 1,5yo + 1,0yo + 0,6Þ/0 + 0,2o/o + 3,0o/o = 36,a0oÃ.

.....,....t62......... .....163.......
Orçãmenro e Conlrole de Preços de Obrà! Públi.¡s C,ptluto6r Mão dc Obrâ e Fncargos Soc¡ais

86 - Ac¡denter de Trabalho: Conforme artigo 473 da CLL é permit¡do ao empregado se ausentar Foi;onsideradâ umâ ñédia de 2 diãs de ¿fâstañento por ano por funcionário para tais ocorrências:
do trabalho sem perda de remuneração.

14,67 x 10O I 1.990,04 = 0,74th


3,33 x 1O0 I 1.990,04 = 0,17 o/o
Fundãmentação: Arts.473 e 822 da CLT
Fundamentação: Le¡ 6367n6 e Afi.473 da CLT.

89 - Av¡so Prév¡o lnde¡¡zado: Com o âdvento da Constjtuição Federal a durãção do aviso prévio
B7 - Férias: Conforme artigo 473 da CLT, é permitido ao empregado se ausentar do trabalho tem erâ, até outubro/2011, de 30 (trinta) d¡as, independentemente do tempo de serv¡ço
perda de remuneração. A sua remuneração será acresc¡da de um terço.
do ern_
preg¿do ha empresa. Com a pubticàção dã Lei 12.5O6t2O11, a par1c¡ de 13h0t2}11,
a d!¡:ação
passou a ser considerada de acordo com o tempo de serv¡ço
do emp.egado. podendo che;ar
¿té a 90 (noventa) dias. A le¡ d¡spõe que o aviso prévio deve ser concedido na proporção
220 x 1,3333 I 1.990,04 = 1 4,7 4o/o de
30 dias àos empregâdos que possuem até urn âno de serv¡ço na mesmã empresa.
Estabelece,
Fundamentação: Art. 142 d¿ CLT e lncito XVll do Art. 7" dà Constitu¡ção Federâl ainda, que ao aviso devem ser acrescidos três dias por ano de serviço prestado na mesma
emprera, àté o máximo de 60 dias, em um total de até 90 diâs.
Considerando que o prazo médio de perûìanência do trabalhador d¿ construção c¡vil é de 16,17
BB - Faltas Lega¡s: A contolidaçåo dâs Lei5 do Trâbalho (cLI) cita nove casos em que ¿ auséncià
meset adota-re um prazo médio de 33 d¡as de aviso prévio.
do trabalhðdor deve ser abonada, ou seja, o empregador tem de pagôr pelos d¡as não traba-
lhâdoç. São eles: Há do¡s c¿sos d¡st¡ntos de av¡so prévio:

a) 100% indenizado (5 lo. art.487, da CLT);


.em cåso de fâlecimento do cônjuge, ascendentes, descendentes, irmãos ou pessoas que, decla- b) com horár¡o reduzido de duas horas diárias ou sete dias (orridos, sem prejuízo
do salárìo. con_
râdas em documento, v¡vâm sob dependência e(onôm¡ca do empregado - é permitidâ a fâlta forme ârt.488 da CLT
em até do¡s d¡as consecutivos;
Observândo-se que o percentu¿l de rescisões sem justa câusa por inici¿tivâ do empregador
é de
.ña ocàsião do casamento do empreg¿do - é permitido faltar por três (3) d¡as seguidos; 52,6%, r¡tuação que 9erâ o d¡reito do avjso prévio, e conservadoramente est¡mando que
.no decorrer dâ primeira semàna do nasc¡mento de filho - falta é permitida por cinco diâs; 95% dos avisos prév¡os são indenizados, tem-se:
a

.em câso de doâção voluntár¡a de sangue, dev¡damente comprovadâ - por um dia em cada doze Aviso prévio indenizado:

meses de trabàlho;

.parâ se al¡star como ele¡tor, nos termos da ¡ei respect¡va - até do¡s dias, consecutivos ou nåo; 33x7,3333 12
:
>< 52,60/o x 95ok 4,510/o
.quândo o empregado tiver de apresentar ao órgão de seleção do serviço mil¡tãr obrigâtório
se
L990,04 16,17 meses (permanência)
ou cumprìr demair exigências p¿ra o a¡istãmento, também poderá faltar, conforme a letra "c"
Fundamentação: àrt. 7o, inciso XXI, da Constituição Federal, a¡.t. 487 da Lei 12.506/201 I
do Artigo 65 da Lei n'4.375, de 17 de agorto de 1964 (Le¡ do Serviço Militar) CLT e

.nos dias em que estiver comprovadamente realizando provas de exame vesti lar para ¡ngresro
em estabelecimento de ensino 5uperior;
810 - Av¡so Prévio lrâbalhado:Nesse câso, admite-se que 5% do universo restânte do percentltãl
.quando o empregado for arrolado ou convoc¿do para compareaer à Juttiça como testemunhâ
de 52,6% dâs dem¡ssõer sem justa causa de ¡niciativa do empregador geram dire¡to ao aviso
poderá laltàr as horas que forem ne(et3áriô5;
prév¡o trabalhâdo. Além disso, deve-se cons¡derar o percentual de resc¡sóes sem just¿ causa
.e, ã part¡r de 12.05.2006, por força da Lei 11.304/2006, pelo tempo que se fizer necessário, por ¡niciativa do empregado (19,4%). O aviso prévio das demissões por
iniciàt¡va do trâba¡ha-
quando. nã quàlidade de representante de entidade síndícâ1, o tr¿balhador estjver pârtidpah' dor pode ser cumprido na modalidade trôbalhada ou com dispensâ de aviso prévio. Situação
do de reL¡nião oficial de or9¿nismo internãcionàl do qual o Brasil seja membro. muito incomum, m¿s possível pefa leg¡slâçáo em vigor, é o trâbalhador pagar o aviso prévjo
nocasodeoempregâdornãodìspensaroseucumprimento.Oprazodecumprimentodoavi-
so prévio por iniciat¡va do trabâlhador não foialterado pela novâ lei 12.50612011. pa'â lins
de (álculo dos encargos sociais, estima-se conservadoramente que SOold de todas as exonerâ-
ções â pedido do trâbalhador tenham o av¡so prévio cumpr¡do na modalidade trabalhãdo,

..:164...--.. 165............._..
Capítu¡o 6: Mão dè Obra e Encår8osso.iõie
ortÀmenloe ConLrolcde Preços de Obt¿s Publi'à'3

cálculo:
Aviso Prévio trabalhado:

8.33otox
220 ¡sz óo/n=0 480/i
7 17,333
x 12 . x52,60/o\ 5o/o = t)þsùh
' 1.990,04
1.990,04 16,17 meses {Permon¿ndo)

+ Fundâmentação: art. 18. 5 1', da Lei no 8.036/90.

7!t91, t2 . , xts.4a/0xs00/o- 0,toa/o


1.990,04 1ó,17 mcses ípeîmonèndal Total do grupo C:4,18% + OAA% = 4,66%

Total âv¡so prévio tra b alhàdo: 0,24o/o Grupo D: Taxa de Reinc¡dênda


Fundamentação: ârt. 7', in(iso XXl. da Constitu¡ção Federal, art 487 da CLT e Lei 12 505/2011 Re¡ncidência de A sobre B. (36,80% x 54,02%l = 19,88%: CaLula(rdo a ¡ncidênc¡a dos 37,80%
D1 -
do agrupamento representado pelos encargos so(iais básicos, sobre os 39,17% dos que rece-
bem a sua reincídência, deve-re àcrescentar ao totâl mais 14,81%.
Total do grupo g: 21,68 % +O,a3o/o +0,04% + O'O2o/o + 11,06% +O]7% + 14'74% + O'7 4% + 4'51Þ/o
+ O,24% = 54,O2o/o
Grupo c: Encargos so(¡a¡9 que não receberñ ãs inc¡dênc¡as do grupo A Totôl dè En.argos So(iais = 36,80ý0 + 54,O2o/o + 4,66./0 + 19,AAo/o = 115,36%.
O resumo do cálculo eïetuado a(im¿ se encontra aprêsentàdo na tabela a seguir:

C1 - Depós¡to por Despedide lniurta: Refere-se ao depósito de 40% do montante acumÚlado


por
dos depósitos do FGIS no momento em que há o desfazimento do vínculo empregatíc¡o
¡niciativa do empregâdot sem justa caus¿. A Lei Complementar 110/2001 criou um âdicional
de 10%, de forma que o empregador arcå âtuâlmerìte com um percentual total d soo/.
qu
sobre o montante dot depós¡tos efetuados para o FGTS do trâbâlhador Observa-se
depósitos do FGT5 têmbém são efetuãdos sobre o 13'salário e sobre o ad¡cional de féri

cálculo:

(,
-, ?9!!:,4 !. 4!1]1!!!!, l )
t..- t2 12 3) . të,17 t qr'hl¡.k\Ãott 5004ñúlt¿" 5!,.'tol¡ltûß,ot) 4.t8%

Fundðmentação: art.7', ìnc¡so l, dâ Constituição Federal; ârt 487 da CLT; àn 1'da Lei com-
plementâr 110/2001.

li
C2 - lndenização ad¡cional: No caso de demissão de funcionário sem iusta câusâ no período de 30
d¡¿s que ântecede â convenção <oletiva de trabalho' deve'se pagar ao mesmo umâ inden¡za-
memór¡a de cá¡culo, consideroìr_se qÚe
ção adicional equivãlenle a um salár¡o mensal Nesta
8,33% das demissões ocorram nesses 30 d¡as

... -.:16þ. 167...


OrçamenLo c Co¡lrolede Preços deObràs Públicas C¡pftulo6: Mão de Ob¡¡ e Encargos Sociais

labela 53 - Retumo dos encargos soc¡a¡s pâra Ùabalhadores horìstas Tabela 54 - Comparat¡vo das rub¡¡car de en(argos soc¡ais ur¡lÞadas por algumâs fontes de preços referenc¡ais.

ENCAR@S SOCIÀIS SOBRE O SÀLÁRIO HORÂ


ln.ldå nté s obr6 llo¡å Norñal

cóDtGo DESCRçÄO E@
w w w
GRUPOD

tNss I
sEst
1,0
o,2

SEBRIìE 0,6

ses uþ Conlrã ¡¿ldenles TÞbalho 3


a,o%
FGTS
sEcoNcl I
s GRUPO B

B1 uso Semanâl Rehunerâdo e Feriado 21

82 0,0

B3 O,O4Yo

o,02%
11,064h
B5
B6 0,171, I
B7

r BA

810
Aýso prèvo indeni¿do 4,51

o,24 I
GRUPO C G@
c1 Oêpôsiro Rês cisåo señ Juslâ Causå
c2
D E@W I@
ñ@
ô1
sualoTrJs GE
B I@ 54,O2%
1S,88%
19,88%
:ll
ìl
TOTÁL OOS ENCÀRGOS SOCTAS SOBRE O S¡l¡'qlo HORA 115,36%
ili
ri:
iiì
En.ontra-se, assim. ¿ porcentagem total que incide sobre o valof nominal da mão de obrà da ¡ndústr¡a
da construção civìl: 115,36%' T SEN 126,30r/o 12935a/o 121,08"/r
Ressalta-seque o valor dos encaagos soc¡ais pode sofrer grande variação de uma empresa pâra outra
bem corho
Além djsso, os seusv¿lores sãofortemeñte influenc¡ados pelo prazo de execução dos serviços,
pelo ìmpacto do trabalho inlormâl no preço do li(itante. Portânto, a 5ua análite deve çef feita conside-
pafa trabâlhâdore9
rando as pecutiarìdades de cada c¿5o. A tâbela è seguif apresenta os encargos sociais
hôrktâs extrâídos de trêt sistemâs referenciais de preços, encâr9os so(iais pôra trabalhadores horistas
e mensal¡sta, àdotâdos pelo S¡nap¡ var¡¿m em função da
Ressalta-se que aS trê5 conceituad as fontes referenciais de preços adotam Critérios bAstânte
distintos Com de da Federação. Novamente percebem-se d¡feren
ças conceituâis entre â compos¡çâo de encarqos
relação aos encargos sociais. As divergências decorrem das d ife renças tempora it entre os estudos realiza' is do Sinapi e dâs outr¿s fontes
referenciôis dpresen tadas no quadro ânter¡or (SCO, Sicro e PìNl)
dos e da consideãçao de d¡ferentes critérios e rubricas de enaârgos soc¡ais
por cada sistema referenciâl
de preços.

.168......... ;169.......
Conrrole de P¡eços de Obras Pública5 Cãp'rulo6: Mão de Ob¡à e fnc¡¡Âos So.i¡is

Tåbela 55 - Resumo dos enca¡gos gociå¡s ut¡l¡zados pelo s¡nap¡ (percentua¡s vál¡dos para o Distr¡to Federâl) 6,4.2 Mão de Obra Mensalista
Para a mão de obra mensalistâ, os valores dos salários.já
eng¡obam certos itens do custo, ou seja, o re-
pouso semânal remunerado e os feriado, considerados
comà leis sociais. pðrâ erte câso, (onsidefêm_se
aproximadãmente entre 176 a tBO horas de trâbalho por mês.
HORISTA MENSALISTA O percentual de encargos para mensâl¡stas incide normalmente
cóDtco DESCRIçAO sobre o sâlário de integrantes da equipe
técnicã e administrat¡va dâ obra.
GRUPO A
ÌNSS 20,00 20,00 Nos parágrafos seguintes apresenta-se uma memóriâ de
cálculo detalhada para os trabâlhadores mensà-
A2 sÊsI 1,50 1,50 listas, adotando"se as mesmâ9 premis5as estatíst¡cas utilizâdas para
o cálculo
dos encargos dos trabalha_
A3 SENAI 1,00 1,00 dores horist¿s. Observa-se que o cálcu¡o deve ser feíto em
bases mensaiq adotandore tZ meses por ano.
INCRA 0,20 o,2a
SEBRÂE 0,ó0 0,60
Sàládo-Educação 2,50 2,54 Grupo A:
Sequm Contm Acidentes de Trabalho 3,00 3,00
41. Prevìdência So.ial
FGTS 8,00 8,00
sEcoNc! 1,00 1,00 hcidência: 20,00%
Fundâmentação: art. 22, inciso I d¿ Lei n" g.212l91
Total dos Encaraos Soclâls gáslcos 37,80 37,4O
GRUPO B
Ér1 Repouso Senìãnal Rerrunerôdo 77,81 0,0! 42, FGTS
BZ 0,00
B3 12,79 10,20 lncidência 8,00%
u 0,77 0,62
Fundômentação: art. t5 da t-e¡ no 8.036/90 e art. 7., inciso
B5 13o Salário 10,31 4,22 l, da Constituição Federal de 1988
86 Ucençà Patemldade 0,06 0,0s
a7 Ausênciàs Abonadôs/Dês de chuvã 2,24 1,78 a¡
43. Salárío Educação
B Total de Encãr9os soclôls ue recebem lncldêncl¿s de a 44,51 20 87 lncidênciâ:2,500/o
GRUPO C
Fundâmentàção:art.3., inciso l, do Decreto n"A7.O4;l/A2.
c1 Depósito de Resclsão sem lusta Causa 5
c2 Fénas (Inden¡zadas) 13,74 10

Total dos Encargos Socìals que não Recebem ås 44. SESI e SESC
c lncldenclas globals de A 19.68 15 79
GRUPO D ¡ncidência:1,50%
D1 Reincldênciã de A soble B 18,34 1,49 Fundamentêção: art. 30 da Lei no 8.036/90 e ârt. 1. dà Le¡ n" B.tS4l90
D Total das Tôxas lncldênclas e relncldenclas 18,34 7,49

45. SENAI e SENAC


lncidência: i,00%
Fundômentaçãoi decreto-Lei n" 2.318/g6

46. SEBRAE

lncidência:0,60%
Fundèmentâção: lei n.9.029/90, alterada pela Lei
n. g.154/90

. _170
Orçamen tô e Conlrote de Pr€ços de Obras Púbìica5
C¿pitulo6: Mào de Obrà € En

A7. INCRA Cálculo:


lncidência: 0,20%
Fundamentâção: art. l', inciso l, do Decreto-Lei n" 1.14610. ffi" rlr*, z,t2ob (nototídwJe) x
ffi þarrí.ipação ñasaltina): q03o/0

48, seguro paÍa A<¡dentes de Trabâlho 83. L¡(ençâ Matern¡dade


¡ncidênc¡a: 3,00%
A const¡tuição prevê r20 d¡âr de afajtàmento, os quais serão
custe¿do, pela previdên(ia sociar.
Fundamentåção: art. 22, ¡nciso l¡, alineas'b'e 'c', dã Lei n" 8.212t91 No ent¿nto, o empregador aindâ àrcô corh os encargos
rerativos ðo 13o sarário, fér¡as e ao àdi-
cional de fér¡¿s relativo ao período de âfastamento:

a9 - sEcoNct
-:: i)
lncidênc¡a: 1,00% (Apenâs n09 estados onde foi adotado por convenção coletiva) t20 dios | ---- r,, 2E knrotìdod"), nuthùes) = 0,0r0/a
Fundamentaçãoi pode ou não haver um acordo entre empresas e empregados da construção sLu#øorticipaçöo
<ivil que origine ersa degpesa. Em Sâo Paulo, há convenção coletiva est¡pulando a alíquota em
1%. Tendo em v¡sta que podem haver diferenças entre as convenções <olet¡vas de trabâlho de
Fundâmentação: a¡t. 7o, in(iso Xll¡ dã Constituição Federal
cada região, o referido percentual não fo¡ ¡nclufdo na presente memór¡a de cálculo. No entanto, de 19gB
aconselha-se que orçamentista verifique o conteúdo da convenção em v¡gor no local onde será
executadâ a obra, congiderando a referida rubrica de encôrgos sociâis câso sejâ aplicável.
84, 13'sâlár¡o
Esta rubrica serve parâ provisionar o pagâmento da gr¿tif¡cação
n¿tâlinâ, que corresponde a uñ
TotaldogrupoA:20,OVo+A,0o/o+2,5o/o+1,5o/o+1,0%+0,60/0+0,2o/o+3,0%=36,A0ÿ0 salário menralpor åno além dos 12 dev¡dos.
Fundamentação: art. 7", inc¡so Vllt, da Constituição Federal,
Lei n.4. 090/62 e Lei n" 7.1A7/Bg.
Grupo B: Cálculo

81. Auxíl¡o Doençâ


r solório \ -,L:
¿ mqses
o,oB3J = 8.330/0
Està parcelâ tefere-se aos dias em que o empregado f¡ca doente, e a contratâda deve provi- I

denciar ¿ subst¡tu¡ção. No caso em concreto, foiadotado o cr¡tér¡o da Editora plNl sej¿, um


período de ausência média de 2,25 d¡alano.
85. Ac¡dente de Trabãtho
Fundàment¿ção: art. 18 dâ Le¡ n'8.21291 e ârt. 476 da CLT
É referente âos 15 primeiros d¡às em que o empregado
cálculô: não pode exercer suas ativ¡dades devido
ê algum âcidente no trêbalho. e a contrat¿dâ d"u" ,"rnun"rá_lo.
p."u¡¿Cn.i"
Apó, pìr-iJo,
soc¡al assume este ônus. considerou-se i5
2,25dios I dias de afastamento por ano"rr" ,I" _lJ¡u"- ¿" o.or.ren_
^,-^. cia de 3,026%
u
30 dias 12 meses

Fundâmentação: lei n. 6367n6 e art.473 da CL-l


82. L¡cença Patern¡dade Cálculo:

Cons¡derando que a Lei prevê 5 dias de l¡cença e que 92,65% do efet¡vo de trabalhadores da
construção civ¡l é do sexo masculino; observando-se a taxa de nôtôlidade do Bra5il é de 2,12%; 15 dias
admit¡ndo de forma conservðdora que toda5 os f¡lhos gerador são d¿ população da fâixa etária
jõ dios
< 3,0260k
r 2;ã;: 0,1Jo/o

de 18 ¿ 49, a qual, de ôcordo com a Rais 2008, repretenta 94,59% do estoque de trabalhadores
formais na construção civ¡l; e sabendo.se que 92,35% dos trabalhâdores nessa fâixa etária 5ão
homens,
Fundamentação: art. 7', ¡nciso XlX, da Constìtuição Federal

...........:172... 173.....
Capílulo6rMão deObra e EncarÂos Sociars
ôr.ãmênro e conl role de Pteços dcobras P¡bìi<as
-..:,,....,................
89. Aviso Prév¡o Trãbâlhâdô
86. Fér¡as e um Terço Const¡tuc¡onal
habi- Nesse caso, admite-9e que 50/o do un¡verso restante do percentuâl de 52,6% das dem¡ssões
que o subst¡tuto trabâlha quando o empregado
Neste ¡tem, há o pagamento dos dias em sem jurtâ causa de inicialiva do empregador geram direÌto ao aviso prévio trabalhado. Além
para o Pagamento do adicionâl de um terço das
i".ïn.." i"i*, 1". .omo é feita â provisão
pelo número disso. deve-se considerar o percentuâl de rescìsóes sem justa cèusa por iniciativa do emprega-
iJr,ui. ,"r" ao.oor,uisvàlores div¡de'se um salár¡o acresc¡do de 1/l de 9eu vãlor
do (19,4olo). O av¡so prév¡o dàs demissões por ini(¡¿tìva do trabâlhador pode ser cumprido na
de meses no âno (12) modâlìdade trabâlh¿da ou com dispensa de âv¡so prévio. Situaçâo mu¡to incomum, mâs pos-
Fundãmentação: inciso XVll do art 7" da Constituição Federal e art 142 dê CLT
5ível pelâ leg¡slação em v¡gor, é o trabalhador pagar o aviso prévio no caso de o empregâdor
não dispensar o seu cumpr¡mento, O prazo de cumprimento do àviso prévio por ¡nicÌâtivã do
cálculo:
trabalhâdor não fo¡ alterado pela novå le¡ 12.506/2011. Para fins de cálculo dos encargos so-
tI r \ntái¡J t -:::::--
lsdóio\ LI - 0,11It-
^.,,,, tI,llo/o cia¡s, estimô-re coniervadoramente que 50% de todai as exoneraçôes a pedÍdo do trabalhador
\ J )1,. --
lz meses teñhañ o ôv¡so prév¡o cumpr¡do nâ modalidade trabâlhado.
Av¡so prévio trabalhado
87. Faltâs l-ega¡s 7 dios 1
52,60/o x 5o/o: 0,044/o
pode faltâr por determinadas râzões' 30 16,17 meses (permotênrio) "
É composto por um conjunto de càsot em que o funcionár¡o
p"lu lei, cada fr¡ncionáriotem dìreìto a faltar:2 dias em câso de morte do côniu'
."rn ul,p"r" f"gul.
g", as."nd"nt"iu des..ndente; 1 dia para registro de nascimento def¡lho; 3 d¡as para casamento; +
ele¡toral e 1 dia para ex¡gências do serviço
íiia prrt aoaçao de ,ungue; 2 di¿s para âlistamento
porano nesta rubrica Zly, _=---1.(pctmonôncio)
.-.-.-,- . x r e, a/o x) t)u o = 0, t 4ob
2faltãs
milita; entre outros Nocaso em concreto, adotou-se umâ médi¿
30 =16,17 meses 4

Fundâmentação: arts. 473 e 83 da CLT.


Total aviso prévio trabalhado: 0,18%
Cálc'_jlo:
Fundamentação: ¿rt. 7", incigo XXl, dâ ConstitLr¡ção Federal, ârt. 487 dâ CLT e Lei 12.506/2011
2 dios I ^-.",
u,Joao
30 dits l2 mües
fotal do Grupo B: 0,63 % + 0,03o/o + 0,01o/. + 8,33o/o + 0,13o/o + 11,11o/o + 0,56o/o + 3,40o/o + 0,18% = 24,37ÿo
-x -:
88, aviso Prévio lnden¡zãdo
prévio era, até outubro/2o11, de Grupo c
com o âdvento da Constituição Federal a durðção do aÿiso
do tempo de serviç o do empr egado na empresa Com a C1. Depósito por Desped¡dâ ln¡usta
30 (tr¡nta) dias, independentemente
passou a 9er considerada de
publicação da Le¡ 12 506/2011, â part¡r de 1 311012011, a duração Corresponde ao depósito de 40% do montante acumulado dos depósitos do FGTS no momento
do, podendo (hegar ãté â 90 nta) diâs. A le¡
¿cordo com o tempo de serviço do emprega
em que há o desfazimento do vfnculo empregatlcio por in¡ciativa do empregðdor, sem justa
na p roporção de 30 dias aos pregados que
dispõe que o aviso prévio deve ser concedido
causa. A Lei Complementâr 110/2001 criou um adicional de t0%, de forma que o empreg¿dor
âbelece, a nda, que âo ¡so devem 5er
potguem ¿té um ano de 9erviço na meSma e mPresa. Est ¿rca atualmente com um percentual total de 500¿ sobre o mont¿nte dos depós¡tos efetuados
por prestå do na mesma empresa' até o máxi de 60 dìâs,
ãcresc¡dos três d¡¿s ano de serv¡ço pàra o FGTS do trabalhador. Observa-se que os depósitos do FGTS também são efetuâdos sobre
em um total de até 90 dias' o 13'salár¡o e sobre o adicional de férias.
do trabalhâdor da construção (iv¡l é de 16''t7
Considerando que o prazo méd¡o de permañência Fund¿mentação: art. 7', inciso l, da Constitu¡ção Federal; art.487 da CLT; ¿rt. 1' da Le¡ Comple
mese9, adot¿¡-9e um prazo médio de 33 diâs de
âvito prévio'
mentâr 110/2001.
observando'sequeopercentualderes(i9õessemju'taCausaporiniciâtivadoempregadoréde Cálculô
est¡mando que 950lo
iiã"¿,¡rr"rro ou" n"ra o direito do aviso prévio, e conservadoramente
dos âvisos prévio3 são indenizados, tem-se t+L*L*L
12 t2 3
Bub x s00/o x s2,ó0k xt ó,17 xlZ: 3,I sE|
)x
Av¡so prév¡o indenizado:

33 x 5 2, 60/o x 9 5o/o : 5, 40o/o


.10 t 6,1 7 rne se s (pennonênci o)

Fundâmenlação: art. 7", ¡nciso XXl, da Constitoição Federâl'


4n 487 da CLT e Lei 12 506/2011

--:175. --.-
Orçamenþ e Conlrole de Preços de Cìbr¡s Públi.âs Câpílùlo 6i Mão de Ob¡a etnca.BosSociâis

C2, hdenização Àd¡c¡onâl Tâbela 56 - Resumo dos en(a¡gos soc¡ã¡s para trãbâlhadores mensàj¡st¿s.

No caso de demissáo de luncionárìo sem justa causâ no período de 30 d¡as que antecede â con'
ENcÂF@s socrats soBRE o sÀ!,Âflo MENSaL
venção colet¡va de trabalho, deve-se pagar ao mesmo umã ¡ndenização âdicional equ¡valente
l¡c¡dollt€ sob¡e Hora Norna¡
a um salário mensal. No caso, considerou-se que 8,33% das demissões ocorram nesses 30 dìas e
cóDlGo DEscRtçÂo GRUPO S
que 52,6% do5 trâbalhadores demitidos têm dìreìto âo benetício.

Fundamentação: art. 18, 5 1", dâ Lei n" 8,036/90.


GRUPO

tNss
Â
ffiffiffiffiww
20,0%
sEst 1,5Y.
cålculo:
SENA 1,O%

8, 3 3ok x x s2, óok : 0, 3 7 ok o,2%


It SEBRÀE 0,60¿

2,5%
Seguþ Contrã ,q.idontes frab¿lho 3,O%
Totaldo Grupo C: 3,15o/o +0,37% = 3,52ÿo FGfS a,o%
sEcoNct 0,0ï,

Grupo D 810
B GRIJPO B sffi 0,63ôl
WW
D1. lnc¡dênc¡a dos encargos do grupo'A sobre os itens do grupo'8" B2 0,03%
B3 0,01%
l30Salá¡io 8,33%
36,80o/o x 24,37 o/. = a,97 ÿo B5 Acid6nles d6lrabálho 0,130h
B6 11,1Iy"
B7 0,560/.
Total dos Éncarqos Soc¡a¡s parâ Trabalhadores Mensalistas: BA AÝisop'é!io iiden'zdo 3,40%
B9 AÝiso pré\,1o lrâbâlhado 0,18ÿo

Cál.uloi 36,80ÿ0 + 24,37% + 3,52o/o + A,97o/o = 73,66%


c
ct
GRUPO C

Depòsito Rosclsåo sem Just¿C¿usa


ffiffi ffi
3,15%
c2 0 37%

o resumo do (álculo efetuado ¿c¡mà se en<ontra apresentâdo na tâbela ¿ seguir D

D1
GRUPO D
ËWffiffi 8,97%
SUBTOIAS (GERÁL) 36,€0% 24,370/o 352% 8,97%
TotÁL Dos ENCARGoS soctAs soBRE o s¡LÁRro tlENsÂL 73,66

6.5 Tópicos Especiais sobre Encargos Sociais

, .6J,1 Cooperativas deTrabalho e Confratos deTrabalho com prazos Determinados

Le¡ 9.601, de 21101/1998, dispõe que as convenções e or acordos colet¡vos de trabâlho poderão instituir o
¡trato por pr¿zo determinado.
t¡po de contrâto de trabalho, os empregados nãotêm dire¡to ao avìso prévio e suas incidênciôt no caso
cumprido o prazo acordado, Or cílculosde encalgos sodais apresentados âcima nãofazem qu¿lqueraonsi-
sobre a influência defa regra nos encargos sociait que afet¿ria sensivelmente o resultâdo doscálculos,

...:17ß.. .....,...:177....
,,.:i'{Ð.-J2 )+
Oltà' rúbln ß Câpílulo6: Mão deObra e Encar8os Sociais
ô'.:menloc(onlrolÞ de P'cçosde.'
:::::::l::.....:........ -:.. """.' '

da utilização de contfatot de 6.5.3 Horas Extras, Adicional Noturno e Obras Executadas em Vários Turn os
o ìmpacto da redução nos encargos soci¿is em decorrência
FRE|REa calcUlâ
trabalho temPorár¡os:
De forma geral, mantém-se o enterìdimento de que â prestação de horâs extras é uma decisão gerenciâl
dâ contratada (não pode ser mensùrado com prec¡são pelâ admin¡stração) e, portâñto, a administr¿ção
l/12 do décimo ter(eiro salário:27,81h; não deve remunerar essas horas. Contudo, em êlgumàs siluações, o prazo estabelecido parâ con(lusão
1/12 dâs Férias: 37,08h; da obra exige a ace¡t¿ção de determinâdo percentual de horâs extrâs para os empregados dâ contratadâ.
Este percentual não pode ser excessìvo, pois os empregados preciSam de horas de descanso suficientes,
Aviso Prévio:329,18h;
Conforme foiv;sto ôo capítulo anterior, nâ exposição relativa à curva tempo,custo da obra, con(lui-se que
FGIS sobre êviso Prévio: 27,98h;
o cLrsto total d¿ obra tende a ser incrementado ào executá,|â em ma¡s de um turno ou com o pâgamento
Àbono FGTS: 137,65h. de horas extras. Ass¡m, a Adm¡nistração públicâ somente deve prever a execução de obrâs nessa situaçâo
nos càsos em que comprovadamente haja um ganho de receitas em virtude da ¿ntec¡pação do prazo de
implantação do eûìpreendimento, a exemplo d¿s obras do setor petrolífero ou do setor de energia.
o total dos encargos 5ociais' após as
Computando-se o total de horas reduzidâs no cálculo de encargos'
ot 126'68% adotados' n¿ época' pelâ Edi- O prazo previsto para execução de algumas obrðs pode ser muito exíguo, exig¡ndo o trabalho em dois
*¿uco"r, ¿ ¿u 101,2%, uma diferençã de mais de 25% coñìr¿
(om prazo indeterminado de contrato de trabâlho' ou trêt turnos e a prestação de horas extras. Dia¡te do exposto, pode ser composto um novo percentual
tora àlI\l para trabalhadores
de encargos soci¿is, engiobando a inc¡dência de adic¡onal de trabãlho noturno e de horâs extrâs par¿
por meio da cooperal¡vâ de
O mesmo autor aval¡a que, quando o construtor contrata mão de obra determ¡nâdo percentual do cont¡ngente de trabalhadorer da obra.
já que o lrabâlhador cooperado' encarâdo como sócio da
serviçol. os custos sao aindâ ma¡s reduzidos,
nenhum direito trabalh¡stâ, exceto à contribuição de 15% dã fatura ao lN55' Na composição deste petcentual de encargos sociais deve-se congiderar que ã hora noturna equivâle a
coope,atiu", nao taz ¡us a
ârt lV âpenat 52 m¡nutos e 30 segundos e é remunerâda com 20% de acré9cimo em relação à hora normal,
devìdâ pe¡o contratante da cooperat¡va, conforme a tei 8 212' 22'
resultãndo num custo 37,14% superior ao custo da hora normaltrabalhada.
que os p¡sos salar¡ais das
como não há beneflcios trabalhistas, ex¡ste a expectat¡va de salários maioret
não são (onhecidas pesquisas salariais junto às cooperãtívas André E9- O vâlor da hora extra é remunerâdo com 50% de acréscimo em refação å hora normâ|. Contudo, os
categorias profissionais, todãvia,
TCE-RJ' que
obr"aor, no, processos relativos âos contratos de cooperalivas que t'am¡låvâm no
encargos sociais sobre ês hor¿s extras são ligeirâmente menores do que os encargo5 sobre as horas nor-
aou"io
p¡sos d¿5 categoriâs mais, po¡s náo incidem as taxas de lìcençê paternidade, o auxí¡io enferm¡dade e âc¡dentes de trabalho e
os salário5 dosoperários contrâtados por cooperativas não erâm 1O% superiores aos
construção c¡vil do Rio de Janeìro' diferença âs faltâs abonadas. Podem ocorrer casos em que os empregêdos {açam jus ao pagamento de horã extra
oliiAo, n" .onu"nçao .oletivà de trabalho da indústria da
custos or¡undâ dos dire¡tos tr¿balhislas não reconhecidos' com 100% de acréscimo em relação à hora normâ1, situâção que ocorre quando o serviço é prest¿do nos
qr.re não cobre a redução de
domingos e feriados (hora €xtra do tipo llt). Tãmbém deve ser cons¡derâdo qual é o percentual de em-
de tràbalho representâ de
Segundo DlASt, a remuneração dos custos âdministrativos da cooperâtiva pregados que traba¡ham em cãda turno de trâbalho.
que tâxas usua¡s de encargos sociais astociâd05
13% a t8% sob¡e os custos. ESte mesmo autor informa as

por meio de cooperãtìvâs de trâbalhovatiam de 38o/' ã 43o/o' . As tabelas se guintes demonstram os pasgos parâ o cálculo dos encargos sociais ponderados para uma
à contratação de trâbalhadores
obrâ hipotética (om do¡r tuhos de trabâlho e prestação de horas extras_ No càso exempl¡f¡cado, 75% do
contingente traba¡ha no prìmeiro turno de trabalho e os 25% restantes trabalham no segundo turno. O
6. 5.2 Adic¡ona¡s de Periculosidade e lnsalubrid quadro a seguir apresenta as premissat do cálculo.

Os artigos 189 â 197 da CLT tratam do adicional ao salárìo


devidb ão trabal ho insãlubre. A âPlicação Tâbela 57- Parâmetros para o cálculo de encarqos soc¡âis de uma obra executada em do¡s tùrnos de trãbâlho.

deste a-créscimo, o percentual a ser adotado e as proleçóes ¿ serem fornec¡dat dependem das cond¡ções
dessa pãrcela deve ser anâl¡sada i
de trabalho, de acordo com perícia técnica. Assim sendo, â cons¡deração
em cãda caso em concreto.
às calegorias que trabalhem com
De acordo <om art. 193 dâ CLT, deve sef âcrescido percentual de 40%
rìsco de v¡da ta¡s comol mànuse¡o de explosivos ou locais sujeitos a desmoronamento o Sislema de
Custos Rodoviáriot do Dnit inclui esse percentual nas categorias
de blaster e 1râbalhadores em tubulão

A formâ diretâ de se considerar este percentual é aplicá-lo d¡retamente ao salário


do prot¡ssional' inc¡_
soc¡ais sobre o sãlárìo do profissional mullipl¡cado pelo
dindo-se todas as demais rubr¡(ar c,e encafgos
fator I,40

4ÊRElnE,AndréEscoledooimpa.lodosEncarq4so'iai'jnosPreçosdeReferên(¡adeobÈs

5DlÂ5PàuloFobenovilelaEnsmhariàdecùrot3'edi(ãoRiodeJaneiro:CREA_FIjlBÊC,2001

....178.............. ...1,79
..-l:r-,. .

Or(¡mênlo eConlrole d¡ Pteço, de Ob'ic rúbìi.¡s yt:.9:9ilÌ


....:."r1:19 :j :.1::::qî: :î:,:::
em tod05 os d¡as da se-
O quadro seguinte discr¡m¡na as horas normaìs e extrôordinárias trabalhadas fabela 60- Demonitrat¡vo de cálculo dos encargos socia¡s ponderâdos.
que o percentual de encargos sociais aplicáveis aos
mana no primeiro turno de trabalho Observa_se
deçseturno real¡za
trabalhadores do primeiro turno é de 136,48%, ¡á considerando que 607o do efet¡vo
regularmente horas extras.

Deñonstrâtivo do cálculo dos encargos so(¡a¡s com horat e)ctras - pr¡me¡ro luÍno'
Tâbelå 58 -

'-Ûgdia{ns|ùsrNrNqs*g{¡

7'!3.ÐÆ¡õq!tsdßlw¡ú3Eis3

todos os dias da semana 6.5.4 Cont ratação de Pessoas lurídicas


O quâdro seguinte discrimina âs horas normãis e extraordinárias trabalh¿das em
em cada d¡¿'
no segundo turno de trabalho Apresentâ também o totâl de horôs noturnas considerâdâs
aos trâbalhadores do seguñdo turno é de A denominada terce¡rização na at¡vidade-fim das pessoas jurídicas é prática mu¡to comum no
Observa-se que o percentuâl de encargos socia¡s apl¡cáveìs ramo dã
já cons¡derando que 40% do efetivo desse turno realiza regularmente horas extrãs O referido construção c¡vil, espec¡ôlmente nàs empresas prestadorâs de serviço de eñgenharìà
177,36%, consult¡va, em que
pois
percentual consideru também o custo da hora no\na 37,14Þlo m¿io¡ do que o custo dâ hora diurna' predorninam os profissjonais de maior qua¡ificação e remuneração.
(orresponde a apenas 52 minutos e\0 segundos e é remunerada (om 200lô de acrés(¡mo
a hora noturna A prática fo¡ impulsionâda pelo disposto no artigo 129 da Lei 11. t 96/05 (apelidada de ,,Mp do Bem,,):
em relação å hor¿ norm¿l
"Art- 129. Paø f¡ns fitca¡t e previdenciário, a prestação de serv¡ços ¡ntelectuai, ín.lusive o,
Tabela 59 - Demon(rativo dos encargos socia¡s com holâi extras e adicional notuho -segundo turno' de naturcza cientifícà, artßtica ôu cultural, eñ caráter person¿líssímo ou nào, com ou
sem
a designação de qua¡squet obt¡g¿ções ¿ sòcios ou emprcgado, da sociedade prestêdora
de
serv¡ços, quando por esta realízadâ, se sujeita tão somente à legislação
aplicável às pesroa,
ju dicat, señ prejulzo da observânc¡a do disposto no art. 50 da Lei n" 10.406, de 10 de ja-
neiro 2002 - Código Cìý¡|.,'
É notória a dìferença dos gastos com os prestãdores de servi
ços na condiçào de pessoàs ju.Ídicãs e pes-
soas ffsicàs.
Enquanto a pri¡neirà tem como encargos tributár ios o lRPl e âs contribui
ções sociâjs com âll-
uotas reduz¡das, à segunda tem como encargos tributários
o lRpF (que pode ter àlÍquota de até 27,5%,
ma¡s os encãrgos trâbalhistàs, como o FGTS, fériãs remunerad âs, av¡so prév¡o, indenizàção de diJpensà,
itl crmo terceiro sa átio, degcanso semônal remunerado, entre
outros.
ém do ¿rpecto tributário, é interessànte tecer at guns
comentár¡os com re ação âo aspecto trabalhista,
is, para se usufruir do benefício tributário nð r
ontrat¿ção
de pregt¿doref de servi ços nâ condição de
oas juríd¡car, é necessário cumprir âlguns requis¡tos na esfera
traba¡histã , sob penê de â emprcsâ
ntratânte ser multãda e ter que ârcar com os encargos traba
histas e tributários do prestãdor de servi-
contratado como se fosse pessoa fÍsica
com o cálculo do percentual de encargos soc¡ais ponderados encontra_se n¿ tabela
a
o demonstrat¡vo
percentual de encârgos ponderâdos é apli(ado de forma homogêneâ â todos os trabalhadores' trinadores e juristas tr¿balhistas têm se referido a tal prátic¿
segu¡r. O como mera contràtâção ind¡reta de
..-".'¿"ru"l. 0"" tuø do coitingente trabalha no pr¡meiro turno e outros 25% trabalham no segìrndo o de obra. para a corrente trâbå hista
majoritária, â contratâ çao dor prestèdores de gerviço na con-
turno. obteve_se o percentual de eôc¿rgos ponderados de 146,7% o de pessoas
iurldicas só é legal se o prestâdor de serviço co ntratàdo não t¡ver vÍn(ulo empregatl(io
¿¡ empre5a (ontrãtânte

180 1B:1..
Orç¡mcntoeConlroledePrcçosdeObrâs Púb¡icas Câpítuìo 6: Mão deObrac EncarAos Socia¡s

As empresas que utilìzârem esse art¡fício dâ leì para


forçãr os lrabalhadores a se tornàrem pessoâs jur¡- Seguro de Vida em crupo
d¡cas. quãndo eles defato trôbalhârem como empregâdos, estarão cometendo uma fraude, serão muf-
Dire¡to previsto em âlgumas convenções colet¡vas de trab¿lho
Ìadat e terão que arcâr com os encargos tributários de pessoa física e com os dire¡tos trab¿lhistas do
empregado, conforme prevê a CLT. Fo¡necimento de Cestas Básicas

O fato é que o assunto ainda é controverso e o ¿uditor de obras deve apenðs ver¡ficar se não está haven- Direito previsto em algumas convençóes colet¡vas de tr¿bâlho
do um pagamento indevido à empre5a contratada, Por exemplo, a empresa consignou em su¿t proposta P¡anos de saúde
determinado salário para um profissional e ¡nclu¡u um percentual de eñcârgos sociais, mas n¿ prática
está pa9¿ndo um salário menor ou está contratando uma PJ sem haver inc¡dência de um elevado per- D¡reito previsto em ålgum¿s (onvenções coletivas de trabalho
centual de eñcêrgos sociait.
É prática comum incluir os encargos relat¡vos âo pagamento de vale-transporte, de âliment¿ção, de
(onsultôs e exames médicos per¡ódicos previstos em le¡, dentre outros, nas rubr¡cas de encargos socia¡s.
6.5,5 Encargos Adicionais sobre a Mão de Obra
O s¡stema de Custos Rodoviár¡os do DNIT, por exemplo, âdota tal prát¡ca. Os encargos adicionais sobre
mão de obra do Sicro-2 correspondem â 20,51% são compostos pelos seguintes itens:
Um¿ grande questão sobre os custos com mão de obra diz respeìto âo que se considerar como custo de
mão de obra: deve-se incluir todos os gaslos, que vão desde os de re(rutamento, seìeção e admissão, até
Equipamento de Proteção lnd¡v¡dual (1,12%)
05 necestários ao desligamento do empregado, por ocâsião de sua saída da empresa? Todos esset gôstos
estão relac¡onôdos ao ciclo de vìda de determinado func¡onár¡o na empresa. l'ansporTe (4,79o/o)

O ciclo de v¡da do empregado na organização pode ser d¡vidido em três grandes etôpas: adm¡ssão, perma- Alimentação (9,60%o)

nência e desl¡gamento. Ferramentas Manuais (5,00%).


Na fase de ãdmissão, há gastos com recrutamento eseleção (entrevistas, exames admíssionais, provas práti-
cas etc.). No desligamento, dependendo do motivo e de outras va¡iáveis, são påga9 verbas resc¡sór¡âs d¡ver- A nossover, a melhotfolma de se orçar os custos com transporte de emprcgado5, alimetìtâção, planos de
sâs. Porém, é durante à permânênc¡a que se concentrâ o custo mair relevante; nesta fase os gastos podem saúde, segu¡os de vida em grupo, equ¡pamentos de prôteção ¡nd¡v¡duale colet¡va, ferramentas manua¡9
ser subdiv¡didos ainda em três gruposi remuneração direta, remuneração ind¡reta e contribuiçôes sociais. e outros cuitos assoc¡ados decorrentej de leis, nolmas ou acordos e convençõei coletivas,
à mão de obrâ,
é a sua inclusão no custo de ãdm¡n¡stração locaf da obra, pois são despesas de fácil mensurâção e quanti-
Foi v¡sto que o salárío do trâbâlhador e os encôrgor soc¡ais já incorporam-os custos com as verbas resci^
f¡cação e, geralmente, estão assocíadas ao cont¡ngente de trabalhâdores e ao prazo de execução da obra.
sórias e grande parte dos custos de permanênc¡ð do empregâdo na empresa\ntudo, uma par(ela dos
custos de permanêncìa dos empregados na empresa não está contida nor grupo\ A, B, C e o das rubricas Transforñar estas despesas em rubricas de encârgor sociais que tão apl¡cãdâs linearmente sobre todàs
que compõem os encargos sociais, Podem ser elencados os seguintes custos: / as categor¡as profissionâ¡s parece ser um método um tanto impreciso de orçâmentação. por exemplo, o
custo de al¡mentêção de um empaegado é um montànte fixo. representando um per(entual ma¡or em
. Equ¡pamentos de Proteção lnd¡v¡dual
relação ðos profissionais de pior remuneração (serventes e ofj(¡ais) e um percentual menos signif¡cante
De acordo com oârt. 162 da CGT e NR 6 e 18. referente à segurança e medicina dotrabalho, . em relação aos empregados mais qu¿l¡ficados e de mêior remune¡ação (operadores de equ¡påmento
é obrìgâtór¡o o fornecimento dos equipamento de proteção ¡ndividual, gratuìtamente aos . petãdo, mesttes de obra, engenheiros etc,),
empreg¿dos.
Astirn, no capftulo seguinte, serão apresentadas algumês formas de estimativa dos custos dessas pârcelas,
. .
'Þorhorâ,expõem+ealgumãsequôçõesutilizãdaspelotnstitutodeEngenharia6epelosicro-Zparaocálcu-
Transporte dos Empregados
:. lo de ¿lgumas rubricôs de encargos soc¡ais complementares. O Sic¡o-Z do Dnit adot¿ os
De ôcordo com a Le¡ 7.418/1985, regulâmentadô pelo Decreto 95.247, de 17111n9A7, é obti- segu¡ntes percen-
¡ili tua¡s para transporte e alimentação dos empregãdos:
g¿tório o fornecimento de lransporte aos empregados. ;iì:i
. Alimentaéo Transporte de Empregados
i - Percentual do trânsporte em relação êo sa¡ár¡o médio: 6,Byo
O fornec¡mento de alimentação a05 trâbalhôdores é (ada vez mais frequente nos àcordos
colelivos de t¡abalho. Assim sendo, a obrigatoriedade adquire força de le¡. Ademair, é prá- - Participação dos empregados de ãcordo com art. 9. ¡nc¡so I do decreto 95.247 de 1987t 6yo
tica usual o fornec¡mento de alimentação nas obras de construção rodoviárias ou afâstadas
- Percentual de ded u çã o Íiscali 25Vo
das regiôes urbânas.
. FeÌrameñtâs Manua¡s
Enc¿rgo adicional de trânsporte = fO,O68 x (t -0,06)lX ( 1-0,25) x looo/o = 4,79o/o
O forne(¡mento das ferramentas manuais necessár¡as à execução dos serviços.

Metodol€iadeCákolod¿laxadoBorêCusr6DietospàÉEtabor¿çãodoOrçamento¡aCon5ùoçãocivit,hsäruùodeEngenha r2009.

182
Orçâme¡to e Controle de PreçordeObras púbticas
C¿Dflulo6: Mão de Obr¡ e [nca¡,ìos Soci¡is

Al¡mentação de Empregados Fe;râmenta5 M¿nuâisl


- Percentual do custo médio de aì¡mentâção em relação ao salár¡o méd¡o: 16%
- Percentual da part¡cipação máx¡ma do trabalh¿dor permìt¡da de acordo (om Lnqt+ P,F, + \F, +.....Pnrn
à Le¡ 6.321
de 14 de èbril de1976t 20o/õ
F xl0O
- Percentual de dedução fiscali s
25o/o

En.argo ¿d¡cional de alimentâção = IO,l6 x (l,O,2O,I X (1-O,2Sl X l}Oo/o 9,60%


=

onde:
O lnstituto de Engenhar¡a adot¿ uma abordagem diterente, considerando que os ehcargos
compte, N = número de trab¿lhâdores na obra;
I
mentares não são fixos e dependem dos custos vigente, em câda local de execução dos
serviços. Ass¡m,
apresenta as segu¡ntes equaçõer para o cálculo dos encârgos sociâis complementâres: S = salár¡o médio mensal;
I
Pr, Pr, Pr, ...P. = Custo de cada EPI ou ferramenta manual;
i
Vale-transporte FÍF¡,F3,...F" = Fâtorde ut¡l¡zaçãodo EP¡ouda ferramentas ma nu a is, dado pela segu ¡nte fórm u Iâ

_t
-=l4!/N -(sxq06\ xl00
5
'-vu
Onde:

Café da Mânhã: t = tempo de permanência do EPt ou da ferramenta à d¡sposição da obra em meses;


c,xN - (0,033xsx 22) xg0 t VU = Vida útil do EPI ou ferrament¿ manoâl em mêses
VC x]00
5

Almoço ou Jântar: 6,6 Exercício Resolvido

CrxNx0,95
VR x|00 : Encargos socia¡s em obras executâdâs com pagamento de horàs extras e em vár¡os turnot de trabâlho
5

onde: AorêrÞñ+'.ã^ ¡^ Þ.^kr--,


Cr é â tar¡fã de transporte urbaho; i. .Cons¡dere a segointe situação h¡potética, em gue determinðda construtora utilizô 114Vo
<omo percen-
de enc¿rgos socia¡s incidentes sobre a mão de obra nas horas normais traba h¿dâs, o passo que 05
C2 rep¡esenta o custo do café dà manhã;
so ct a¡s incìdentes robre a hora extraordinária 9ão de 109%
Ca é Vale-Refeição - def¡nido em Acordo Sindicâl;
a sagrou-se vencedora de um cert¿lme para construìr uma linha de tr¿nsmissão, por exigêncià
Ir Né o número de d¡astrabàlhâdos no mês; o editàt , â obra terá que ser executâdâ num prazo
extremamente exfguo, exigindo o pagamento de
rês extras, bem (omo a reâlização de serviços
Sé o salário méd¡o mensal dos trâbalhãdores. em do¡s turnos de trabalho
nte do exposto, calcule o percentual de encargos soc¡ais a ser ut¡l¡zado nô elaboração do orçamen-
Equip¿mentos de proteção ind¡vidual obra. Considere que tOO% da mão de obra fàrá hora extra em àproximâdâmente eO% dos dias
também que o turno de trabalho será ertendido aos sábador, inclusive com o pâgamento de
extrãs. Por fim, considere que 70% do efetivo trâbalharão no pr¡me¡ro turno e 30% do efet¡vo
)ìEFt + P,f, + P,\ +......pnFn harâo no turno noturno.

x|O0
s

:i
i

lii
'.'-:lu .............195
lLi
J+
ôrçâmcnrôe Co¡lrole de Preços de Obras Públic¿s

Resol ucã-9-dog9þlcua:
O rer¡-r¡tado é 152,69%. As plan¡lhas detalhando o cáìculo efetuãdo são apresentadas ê seguir

fabela 6l - Demonstr¿t¡vo do cálculo dos encargos sociã¡s com horãs extra! - primei¡o turno.

Materiais de Construção,
r Drú/'ç¡oo^s'lmsnÆ^lmswÆ
Mobilização e Desmobilização,
lmplantação do Canteiro de
1tÃ!22t Obras e Administração Local
2.ûsM¡ç¡oo^s'ø3nÆau¡AsErhs

Como auditar os gastos com administração local da obra, rÌ


implantação do canteiro de obras e mobi¡ização/desmobilização?
labela 62 . Demonstrâtivo dos encargos socia¡s com horas extras e ad¡(¡onal noturno - segundo turno.
Essas parcelas de gastos devem ser incluídas na planilha
orçamentária da obra ou no BDI?
I. dsD^c¡ousmã'Rßr@ß seÀs Quais os cu¡dâdos na orçamentação dos materiais de construção
civil?
Como âs especif¡cações técnicas e os cr¡térios de medição de
pa8amentos influem nas estimativas de custos dos materiais? trl
li:
i
i:.
2 ûsM^c¡ousHMýidLtuÆkrss Nefe capítulo, continua-se com o eludo tobre os componentes do costo di-
reto de umã obra, apresentando os princ¡pâis conceitos relacionâdos aos :ll
ma- !:.
ter¡ais de construção. Os custos con admin¡lra(ão lo(al da obra, mob¡l¡zacão/
1ý,65%
desñobílizâção e implantðçáo do cànteiro de ob¡¿s tambem Éo detalhados.

lnicialmente, vale (omentâr que despesas relativ¿s à adm¡nistração t,

lo_
Tabela 63 - Demonstrâtivo de cálculo dos encargos socia¡s ponderados . cal de obras, pelo fâto de poderem ser quantificadàs e
djscriminadas por ,
. meio de simples contabi¡ização de seus componentes, devem constar
na
planilha orçamentáriâ da respectiva ob.a.
A mesma afirmâtiva pode ser i'
realizada para despesas de mobilização/desmobilizâção
e de in ttalãção e
manu tenção do c¿nteiro de obras. Ess¿ prática vira .
m 5pàrencta nâ
âbordçäo do o¡çamento d¿ obra, o que vem
sendo recom endado pelo
bun¿l de Contas da União em soas f¡scâlizações. A jurisprudênc¡a
do i.
U é pâcíficâ no sentido de que os itens ¿dmjnistr¿çã
o local, instalação
cànteiro e mobi¡ização e desmobil¡zação. visando
maior trân rparencta,
m constâr nà planilhà orçamentária e não no B Dl. Citam-se como
plos os Acórdãos 325/2OO7,rCU 2.OA1/ZO
08, 1.47 1 t2008, 1.A01 t200a
369/2011, todos do plenário

nde+e também expor ao le;tor ãlgurnâs ferràmentas


e fa(iljdades
orçar ou auditar essas rubricas do orçamento,

,186..
-l+
O rç¿meñ lo e Cont¡olc de Prcço5 dc Obras Púbticas

Com relaçâo aos materiais de construção, é ¡mportante que o orçãmentista e o aud¡tor de obras conhe-
7.1 ,2 Pte s Unitários dos Materiais
çam algumâs pârt¡cularid¿der presentes nãs est¡mat¡vâr de custos desses tipos de insumos, pois, âo lado
dâ mão de obra, costumam corresponder à p¿rcela mais riqnificativa do custo de uma obrâ.
A espec¡ficação dos serv¡ços também exerce grânde influência no preço unitário dos materiais, po¡5 po_
dem ser espec¡fi(ados mãteria¡s de quâl;dâde e preço diferenc¡ados.
7,1 Materiais de Construção
fambém deve ser ãv¿liâdo pelo orçâmentista qual é o local e quais são ès condições de entrega dos ma-
ter¡ais. Bàs¡cañente, o preço dos materiais pode ser cotado, entre outras formas, nãs modalidades
7.1,1 Coef¡c¡entes de consumo clF ou
FOB. Nas operações mercantis. a cláusula FOB atr¡bui âo vendedor o encargo de entregar à mercadoria
 bordo, pelo preço estaberecido, ficando as despesas decorrentes do transporte e seguro por
conta do
Os coeficientes de consumo de materiais presentes em composições de custo unltário. mu¡tas vezet, comprador, bem como os ¡i5cos até o destino. Destacâ-se que a responsabil;dâde do vendedor cessa
no
podem ser obtidos por simples (álculo5 geométricos (volumes, áreâs, perímetros, comprjmentos etc.), momento em que (olocà a mercadoriâ a bordo do navio, no porto de embarque.
devendo-se computar, quando devido, a perda dos insumos. se ìntdnsecas ao processo produtivo (por Por outro ¡¿do, a cláusula clF inclui no preço dâ mercador¡a vendida. as despesas com seguro
e frete âté
exernplo, t¡jolos, ceråmica1 aço), ou o seu reaproveitamento (por exemplo, chapas de madeira compen- o local de destino. cabe ao vendedor ¿ obrig¿çâo de entregar à mercadoria âo compradot no rocar em
sâda para execuçâo de formas ou tapumes ou pâus roliços pâra o escoramento de estruturàs). que ette tem seu estaberec¡mento, ou rocar que ¡ndicar, ou no porto de destino, correndo por
conta do
Em outros câsos, podem 5er estimados â pârtir de dados na embâlagem, ou em catálogo de fabricantes, vendedor às despetas com frete e seguro. sendo o produto ou mercadoria transportada por embarca-
por exemplo, o consumo de tinta em cada demão por unidade de área a ser pintada. ção, chegando esta ao porto de dest¡no. as despesas de frete e geguro começam a (orrer por conta do
comprador Quando o transporte é terrestre, a responsab¡ridâde do vendedor cessa no momenro em que
Alguns casos, no entanto. exigem que o orçamentista conheçâ detalhadàmente as característicâs execu-
enttega a mercador¡a âo transportador
tivas do serviço, além de se valer de informações fornec¡das porfôbricântes de equ¡pâmentos e de mâte-
riais, Cit¿-se, como exemplo, o con5umo de explos¡vos par¿ o desmonte de um metro cúbi(o de rocha na o custo com o trânSporte de arguns insumos pode ter ¡mpacto mLrito rerevante em afguns tipos de obrâs,
escâvação de um túnel ou o consumo de rol/e¡ ólfs de uma perfuratriz tipo wirth em uma obra portuári¿, por exemplo, o custo do tr¡nsporte dà brita em umà obra de congtrução rodoviåriâ.

No pr¡meiro caso,o engenhe¡ro orçamentistâ ter¡a queverificarar dimensõesda seção transversaldo tú- os sistemas de referênciâ cortum¿m apresentar umà tabefâ com todos os materiais pesqu¡sados, adotan-
nel, a malha de furos para colocâção de explosivos e a quant¡dade de explos¡vos em c¿da furo. Com bâse do-se àlgum critérioestatítico como preço de referênciâ (média de preços, mediana. menor cotação etc.).
no volume projetâdo de rocha desmontada, poderiâ est¡mar um coeficiente de utilização de explosivos Especiâl atenção deve ser dàdâ no caso de insumos importados, po¡s o custo
de internalizâção pode ul_
parâ ã (omposição de custo desejada_ trapassar 70% do custo do insumo. o engenheiro de custo .esponsáver pera âvariação
deverá observar os
Os s¡stemas referenciais de (ustos ãp¡esentam coeficientes médios de con5umo dos materiais, O pro- valores referentes aos diversos tributos, ¡ncruindo impostor, taxas e contr¡buições, que
certârnente terão
jeto, as especificêções técnicas ou a qualidade do mâterial oferecem dados mais pontuâis oferecendo de ser pagos nas comprâs de equipamenlos e mãteriàis importèdos.
subsidios para â ãdaptação das composiçöes paradigmâ (por exemplo, traço de concretos e argamassas; Apresentam-se os seguintes tr¡butos e exemplos de alíquotas incidentes
,obre a importação de equipa_
consumo de tinta; número de reaproveitamentos de fôrmès)_ mentos e mâter¡àis (tabela âdaptadâ de SPRANGERT):
No terceíro capítulo fo¡ apresentâda uma plan¡lhâ que pode ser utiliz¿da pelo auditor de obras para
reãl¡zar aferiçöes de composlções de custo ou para fazer aproprjaçôel em campo, permitindo-se estima¡ Tabela 64-Calculo do custo de ¡nter¡al¡zação de nater¡a¡s e eqû¡pàmentos.
os coefi(¡entes de consumo dos mater¡ais.

Para demonstrar a influência das espec¡ficaçöes técn¡cès do serviço na estimâtiva dos coeficientes de
consumo, utilizâ-se novamente o exemplo da pintura com tinta acrílica, O número de demãos especi,
1,0
fjcadas obviamente impacta no coefi(iente de consumo da tinta, mâs também o estado da ruperfície a
Ihposto de ¡hÞo.taçãô 74 0,14
ser p¡ntada exercegrande influênciâ no seu consumo. Ele será môiorse a tinta tor apl¡cad¿ diretâmente.
sobre o reboco e menor se houver prévio emãssâmento e l¡xamento da superfíc¡e. O consumo de tintâ, tPt 10% 0,11 ÿû sob.e a soma (clF + tr)

também é impadado pela geometrià e condições de âcesso da superfície a ser pintàda, por exemplo, se 1,65% 0,02 L,650/r' C¡F+ X
9¿sta maís tinta pintândo tetos do que pintando paredes. 0,11 7,600/6 r fctF. xì
tcMs 7A% 0,30 18%sobre â sona lCtF + tl + rpt + p¡S + COFTNS)
Ainda ut¡lizando o exemplo dâ pìntura, recorda,se que os critérios de med¡ção e pagamento influenc¡åm 3% D 0,03
os coeficientes de consumo de materiai5. Lembre-se do exercício regolvido em que o ar¡tério de medição 1,72
da tabela DNOCS foi alterado para o critério de medição do Caderno da Seâp, mudando o coe{iciente de
consuño da tintâ presente na compos¡ção de custo un¡tário do serviço de p¡ntura.

GÊR. Môiió, Cákulo dePis ¿ cotlNtem tstimai¡Ýðr d. curos de tñveit¡mentos tn du5 rr'air d isponivot em hflp//spran$reuimariva,corý

188
-Þ.,-.
Orç¡mcnlo c Conlrole de Prcços de Obras Públic¡s .'esmobirizâção, rùpranr¡ção do cânrciro de obras eAdminisrr¿ção Loc¡r
.....::f:ii,:l:yii:T:.9:.:::.'l:::::jy::rlT:c::
I
Na tabela anlerior foram apli(adès ar fórmular da lnstrução Normativa SRF n. 572, de 22 de novembro 7.1.3 Produtividade Var¡ável para Materia¡s
de 2005 (d¡sponívelem wwwrece¡tâ.fôzendâ.gov.brllegi5lacao/¡ný2005/in57220OS.htm):

Co¡izs - d x(uAx X) O consumo un¡tár¡o de mãler¡a¡s pode ser considerado como tendo a soma de umã quant¡dade teor¡_
rroo*o
camente necessária com outra quântidade composta pela perdâ normalmente ãssociada àos processos
de produção. Dentro deste contexto, há fatores que fâzem o consumo ser maior ou menor numa situ_
Pßr,n orr(crê - c x(laAx X) ação ou em outra. Ta¡s fatores podem ser âssociáveis tanto à quantidade teor¡camente necessárìã (por
exemplo, um maior número de andares-t¡po perm¡te reutilizâção de um mesmo molde de fôrrnas, o que
onde, dimjnui ð quantidade teoricamente necessáriâ de châpas de (ompensado) quanto às perdas esperâdas
(o uso de pés-de-cabra na desenforma provavelmente impl¡càrá demandas por reformas dos pàinéis ma¡s
+ex o+6x(t+a)
x- I
frequentes, induzindo um aumento da pe¡dã esperêda de chapas de compensado por rnetro quàdrado
de superfície de estrutura de concreto moldada).

A TCPO também utiliza o conceito de produtividade variável pâra o consumo de materiais, medjante a
VA = Valor Aduaneiro; índi(ação de faixas de consumo unitário, indo de oû valor mínimo a um máximo. Tôir p¿råmetros são
construldos a partir de fatores com ¡nfluência na obtenção de consumos dos materia;r. A figura a seguir
a = alíquota do lmposto de hportâção (lt); exempl¡fica o consumo unitár¡o variável pÂrâ o caso de execução de contrapisos de argamasga sobre lajes,
b = alíquota do lmposto gobre Produtos lndurtrial¡zados (lpl);

c= alíquota dâ Contribu¡ção para o Pls/Pasep tmportação;


d = alíquota da Cofins ' lmportação;
Figurâ 29 - Fa¡x¿s de coniumo de argamassâ parã a execução de confap¡sos (fonte;lcpo/2o10)

e =âlíquota do ¡mposto sobre operâçóes relat¡vãs à circu¡ação de mercãdoriâs e sobre prestâção


de serviços de transporte interestâdual e intermunicìpãl e de comunicação (ICMS).
Min =20 M 3l
As alíquotas dos tributos são vâriáveis dependendo do bem a ser importado. trðzendo bastante dìf¡cul-
dade na ertimat¡va de custo de internâlizâçâo pelo o¡çàmenlista. As alíquotôs do ll _ lmposto de lmpor_
tação e do lP¡ - lmposto sobre Produtos lndustrìalizados estão publicadas nâ TAB - larifa Aduãne¡ra do
Brasi¡. As alíquotas de ¡CMS variam conforme o produto e o estãdo de destino dâ mercadoria, exigindo Conlrapiso não contínuo enlre Conlr¿piso conl¡nuo en{re ambienles
¿nál¡se da legislação estaduâ1. êmbienles
Obrâs de o popular Obr¿s de allo padrão
No l¡nk a segu¡r, o leitor poderá consultar os tr¡butos federa¡s ¡ncideñtes sobre qualquer bem ou insumo
¡mportândo: Ate¿s pequenas de contrapiso por Áreas gBndes de conlrapiso por

htlø://www.rece¡ta.f¿zenda.govbt/AplícacoeýATRJO/Simutadortûportacao/defêutt.htm Ter p¡ojelo de c¡nlrapiso Náo lem poelo de conlrap so

As despesas alfandegárìas adotadas na tabela ac¡mâ foram de 3% robre o vâlor CjF d¿ mercadoria. No Reveslimenlo único para lodos os Vadâ o lipo de reves{imenlode
ambientes, sem mu dançã de nível åco¡do com o ambienle e oc¡íe
entanto, estâs desperar podem se alterar em função de vár¡os fatores. Assim, além do, t¡¡butos, o orçå_ mudança de nível
mentistâ também deve determinar alguns custos adicionâ¡s da importâção: Uso de fercmenlas, ßferenciåis lJso de fer¿mentas, referenciais e
j) frete¡nternacion¿l; e proædimenlos adequados na
concrctagem
p¡ocedimenlos não adequados na
conCrelagem
k) adicional de frota da marinha mercante (tributo que ¡ncide sobre o valor do frete marítimo); Transporle de a ¡gamêssâ com equi- Transporle de arga massa com equÈ
pamenlos e por viasådequadås pamentos e po¡ ÿia s inadequadas
l) segurointerna(¡onal;
m) capatazias;

n) armazenagemportuár¡¿;
o) honorário de derpachantes.

No capítulo seguinte seré apresentâdo um estudo de casosobre o assunto. envolvendo o cálcu¡o do custo
horário de um equipamento importado.

:19-0 19:L
)-
Oftj¡'r¡Ìlo c Conlrok, trc Prcços ¿c obrâs I'úbl¡.¡s

7.2 Mobilização e Desmobilização Tabela 66 - Composição de arsto de mob¡lização de trator de esteirãs.

Os custos de mobilização cor¡espondem aos gastos com transporte de equipamentos, ferramentãs. uten- 0200585 Mobiliz¡ o de lialorile Fnrirâ{ ciâ dc ìlll ¡ì 230 kWr-K\,1
Cod
síl;o5 e pessoalpara o canteiro deobras. UDi CocltJ'ìirário P Unìrário
9666 Cavab À4ecãnjco corn Reboquc - câp. 451(l58kw) 0,01m r85,5700 5,56',11
Os gastos com desmobiliz¿ção são feitos na retirada d¿s instâlâçôes e pesroais do c¿nteiro de obras ao
5,5611
finâl ou em eventual inlerrupção dos trabâlh05.
lmportante obserÿar que o custo da mobilização nâo é necessariamente o mesmo da desmobìlizaçâo.
Alguns sistemâs referenciãis de cuttos não consideram os gastos com desmobil¡zação aduzindo que ha- Tabelâ 67 - Composiçao de rurto de mobilira(áo de urin¿ de asfàlto.
veriâ pâgamento em duplicidàde no caso de a empresa se mobilìzar, ao final, de L¡mâ obrâ pãra outra_
O Jato é que nem sempre o contingente de pessoal e o parque de eqtripãmentos a rerem desmobilizados ào de Usi.a de AsràlÒ î id¡de 100/140 t,ìì - KM
Cod
correspondem exâtamente âo que foi mobilizãdo- Uni C@lUDirário I o Urìilário P
9666 Cavâlo MecâDico co¡r Iìcboqrr - câp 4-5 r (358kW) h 0,r800 l]4,8600 24,1448
A qLrantidade de equ¡pâmentos ¿ ser mobilizada será obtìda com base nos histogramâs elaborados na fase
582 Ir 0, r800 39,r600
de planejamento da obra, ou, eventualmente, atendendo-se a Âlgumâ disposição do edital ou contrato. 70488

Foi exposto no quinto capitulo que o cronogramâ de utilìzação depende da relâção ent¡e ð produção 31,1936
horár¡â dor serviços, da ìista de equipamentos obtidas nãs comporições de custos unjtários e do prazo da
ob¡a. O mesmo racioc¡nìo âplica-se à mobilização dos operários. conhecendo a relação de equipamentos a serern mobilizados, bem como a or¡gem e o
destino de cadå
equipamento, tor¡a-se umâ tarefa relativamenle simples para a construtora ðpurar o custo
Alguns equipamentos desloc¿m-se para obra por meios próprios. É o caso de veículos leves e (âminhões de mobiliza_
comuns- os custos de transporte correspondem aos custos horár¡os indiv;duais de transporte. A tabela ção de eqLripamentos. A tabela seguinre ¡lustra o detâlhamento do cálculo do custo de mobilização de
equipamentos para uma obrã hipotéti.â:
abäixo mostra um exemplo desse tipo extraído do 5¡c¡o-3:

Tâbela 68 - Detalhamento do cálculo do custo de mobil¡zaçåo de êquipahentos para a obra


fabela 65 - Colnposição de custo de mobilizàção de câminhão tanque

0200616 Mohil cidäde de 10000 llKM


Cod I¡,i Cæf Unitário
95?l CâDrinlûo TâDquc - côp. 10000 I - (l30kw) h 0,0200 8lpóoc t þ792
Tolalde Eqùrpaìnento
t,69t2

Para equipamentos com até 10 toneladâs que, por suas característicãs ou velocidâde, não possãm chegâr
até a obrâ por me¡os próprios, devem-se (onsiderâr os cu5tos de transporte sobre cãminhões, Os custo,
de seguro devem ser acrescidos.

Outros equipamentos, em virtude do peso ou dimen5õe9, necessi.tâm ser transportâdos em carretâ. Êm


casos de equipamentos com peso superior a 60 tonelðdas ou com dimensões que ultrapâssem 3,5 m de
construtora ainda poderá aperfeiço¿r a rogística de execução
largurâ, 25 m de compaimento ou 5 m de âltura, será necessário o transporte com utilizðção de esco¡ta. e reduz¡r custos da obrâ fèzendo urna
colha entre locar equipamentos ou utilizar eqLripamentos próprios,
Nesle caso, deve ser acrercido o custo dâ TUV (täxa de ut¡lização viária pâra veículos acima de 45 t) e da
esco¡ta. As tabelas a seguir mostrâm exemplos extraídos do Sicro-j: Para a adm¡nìs tração pública
fazer a estimatjva de custo da mobiliz âção, o cál(ulo deve ser conduzido
partir da ãdoção de âlgumas
hipóleses, em especial qual seré â cid ade de origem dos equipâmentos ã
m mobilizadôs

þrês de grânde e médjo porte serão disputad¿s


c m construtoras sed¡âdas em várias unidâdes da fe-
ação. lornâ-se assim jm perioso
est¿belecer um critério ¡azoável pâra a estimâtiva de custos de mo-
r¿açã feitâ pela
ådminßtråção públicã. Em regrâ, recomenda se considerar que o parque de equipâ'
entos será jntegralmente
mobilizado a partir da capital mais próximâ. No entant , djversâs situações
Jares p

192 193
o¡(¡ [nk' t Conlrolc d.l'r.](Ì)s de Oirräs l'úbli.¡s

. necest¡däde de mobilizar equipamentos por via marítima, aérea ou fluvial, caso de mobili_ Conforme foi comentado na introdução deste capÍtulo, as despesas com mobilização/desmobilizãção
zação de embarcações ou de demâis equipamentos pãra éreâs isoladas; devem estãr incluídas na planilha orçamentáriä da obr¿, ved¿ndo-5e sua inclusåo no BDt.

. 9rânde parque de equipamentos a ser utilizâdo, exigíndo suã mobilização â


partir de d¡ver_ A explicâção parâ ¡seo é simples. Basta imaginar que poderão ocorrer âdit¿mentos (ontratua¡s na obra,
sas capitais e até mesmo do exterior; elevando ou ¡eduzindo o valor do contrâto, sem que isso necessariamente represente Lrm acréscimo ou
. enconlram mobi- uma redução do custo de mobiriz¿çâo. conforme a situação observada, uma das pârtes, contrâtante ou
aonstrução de uma obrâ em etapâs, quando parte dos equipâmentos Já se
contrôtado, será indevidamente penâlizada se â rubrica estive¡ incJusa no BDI como um simpfes percentuâ1.
lizãdos no local.
T¿mbém é situação relativamente comum a necessidade de desmobilizar ou de fa¿er novã mobilizâção
É importante observar que um dos principãis fatores que causam a vantagem compar¿tivã de umâ cons-
em decorrências de indesejáveis interrupções nã execuçào dâ obra. sem o detalhàmento da mobilização/
lrlrtora sobre a outra é a Iocèliza(ão da obrâ, justâmente pe,o fato de a construtora local ter menos
desmobilizåçâo cria_se um litígio entre as pârtes pârã estabelecer um valor justo parâ â novâ mobilização.
custos com mobilizâção do que a construtorã sediada distante dâ obra

A mobilizãçâo da mão de obra também pode representar uma parcela de custo expressiva da mobiliza-
çâo da obra. Novômente é um custo måis simples de ser estimado
pela construlora do que pela admi 7.3 lnstalação do Canteiro de Obras
nistração públi€a, pois a prime¡ra sabe exâtamente quait profissionais serão deslo(ados parâ o local da
obra. A tabela a seguir detalha um exemplo hipotético de mobilização de mão de obral
O cânte¡ro de obras é um componente do custo direto necessário parã a aonstrução dã obrâ e compre-
ende os custos (om construção das edificações destinadas â abr;gar o pessoal (casas, ¿fojâmentos, refei
Tabel¡ 69 - Detathamento do cálculo do custo de mob¡lização da mão de obrã
tórios, vestiár¡os, sânitárior etc.) e com ã implantação das dependências ne(essárias à obrâ, (escritórios,
cozinhâ, enfermari¿, barracões, laborôtórios, oficinâs, ôlmoxârifados, balança, guarjta etc.).

Também abrange o custo de montagem de â19uns equipamentos e ¡nstarâções industriais (central de


britâgem, usinâ de CBUQ, central dosâdora de concreto, gruas e.tc.).
Envolve todâ a prep¿râção do terreno para ¡nstalação do canteiro, as construções de cercas ou
muros,
sinalizâção do canteiro e placas da obra, arruamentos e câminhos de serviço e instalações provisórias
de
á9ua, ¡uz, 9ás e telefone.

Na planilha a seguir, adaptada dâ pranirha conrtante nâ orientação Técnicâ n" 1/2009


do rBÊc - rnstituto
8râsileiro de Engenharia de Cusios, pro(ura-se relacronar todas as instålações, edificações e
componen_
tes de custo que podem v¡r ã compor umâ típica instalação do canteiro de obras:

É procedimento corriqLreiro no setor de construção mobilizar os profiss¡onai5 maìs qualifi€ados, con_


forme o exemplo apresentado acima, e contrãtôr no local da obra os profissionais menos qoalìficâdo5
(oficì¿is e serventes). No entanto, algumas obras exÌgem mobìlização de enormes contingentes de tra-
balhadores não qual¡ficad05, especialmente quândo as obras são realizadas em regiões afastadas de
9r¿ndes (enl ros urbanos.
Costumâ-se também estabelecer critérios diferencìados de transporte e ajudã de custo em função do
nível hierárquico do profiss¡onal que está sendo mobilizado, como no caso do exemplo âcimâ

Existetambém úmÀ logística a ser observadâ nâ mobíl¡zação de mão de obra. Em âlgLrns casos, os custog de
mobilização podem ser inferiores aos custos de seleção, recrutamento etreinâmento de novos lrabalhadoret

Por fim, além da mobil¡zação de mão de obra e dos equipamentos. ainda deve ser considerada uma
terceira parcela no cálculo dâ mobìlizaçãot mobilizâção de móveis, utensilios e ferramentas. Essa parcela
normã¡mente não representa parcelå de custo relevante do item mobilização e de5mobilizãção e é
berta com a carga, de5cargã e frete de alguns caminhôes.

1q4 195
J-
lcno d' ()br?\ c l-oc¡l
caoitutoT: Lo"slfuçJU, Mobrll¿¡ç¡o c DcsNobili2aç¡o, lnìd mL¡çio do c¡n
..-.i,... . ^1atcf¿is.lc
........... ^dnriñirr¡çãÓ

deÝfeïÌl:99:ii:1911:1:
ffiffiffi
otc ¡qìro c conrrcrc

(adaptada da oT n' 1/2009 do lBEc)


do canteiro de obras
detarhamento da instâração
fabela 70 _ pranilha com
lrf b.qq!4qí.gi,P"èf 8
E14l1Í ii.::tri':.,i:it t,: i I ì illÌiliä,,¡¡ r.l¡rlri5:
;i.ti

ffiW 4Þrigò
",

àuidnóvei.s. ri i:ìiiiiili:'jti

Iistáiâaõès.Pr¡visÞr.¡4s.',:'

:.:áèji3¡io-to

deTelefone

Íqs(m1

."r.i*i'.'é'I,.l.1(*¡l'
tÛ"X;{'.r','

.::rê¡éi¡sôrèir' --'
.:::AltenaParabólica . ':

. :'iillilo de åguq : .. .1 ' :

..¡réliiones cehrta¡es .r
:

:. rîiieDa dô Telefon€ celular

Ân te¡ìa dc Rád io Trans misso r .1.::ì,,,

¡Èareìho dear condicio


:,Tèlefone.

parelho deFax

úiianèitó.de cozinha.l ndùsÌiúl

foSao lndusrnal :r1..::..

¡lìi:.Û!èiiniò¡ iè cq,inüs ¡n¡ùet¡i¡Ll


,,!.!., nj'iqfe:l49per4yê:
iLl].Èùna¡,a¡,e ; a" n4q¡;' ¡

-l vlcrocom¡u¡adores l
i:;;!:ñölei,ô¿È,: . .. ' i..ì;¡rrifi
:t¡ja:.rr-r.1, i. ìr'
' r:.': : :.,r"! ..,¡.r::
.'.- r-o."..".r.
.

fiiÞ9¡,". ((o ru¡ ì


Or(¡DnÌnlo e Corl¡ole de Iì.ço5 dc ()bra, Públi(¡s ilÌü':.1;iii:lÌi:'r-:.ij:"1't:::l:Ì |l:rt'l'1t::::.r,:.,tÌi,lt'r'l1i:,:lflp-li't,:.c.":::.c.Ì1i:rl:.1:.!,i1,::.ï 11iì'lt:T:I:::::ll

WffiffiFffi.WffiW labela 72

0200530
-

À{od¡ß.r ô Céfu¡r
Planilha Gorn o detalhamento do custo de montågem de uma central de br¡tag€m.

BñqcDì 30 ùt¡FAtminûrñù¡oùn¡ Atrùnüi¡ ò Btúor dù Cqeh,lJN


'lc
Soflwarps;i,.:¡:-i j:.,.]:..:.:. ,'t ì.ì ,.': :
c:'RÞrii !þnì Guind¡uro - c¡Þ 6 I ( | $otw)
c¡trìirhito
Yçl!ì!i99ld,é.!'e,I.q6i Pà!ede,' ::: , : fßrûlrçñs Er¡ùùrsc Hid ùli.¡s P/cr rcktiÌttrrriris
37t9.200{J

n-elógùìÈ1Þo¡tó.::.: , . . r..., È\.rÝrçiìo M¡rD¡l cù Mîrriil'lù lâ Cdc8orìi 20_0000

Máquina de câlculå'' Fo¡mr dc TiDù¡s d. Piùho

Mèsa.1,80î1j20.incqnisaveteiro : Esrirórloc Al\ù'irì¡ò Btæos & Concnro r0\20r1{r

Mesà de R'eùnião.pa¡à4 pqssoas ..'

!¡9,tltg,9igi:¡,.,,.. :', 7.4 Administração Local e Manutenção/Operação do Canteiro de Obras


,OâUU,j;¡¡, :r:::;, :l:.,: .. t:. ., .j
4iql,jyo, .idi.?iq.aìer _4.s.y"11i'
. I
A âdministração locai da obrâ também é um componente do custo direto da obra e compreende os cus-
q,p:!! lalbji;fäâþrantas' :
tos locais do construtor no cãnteiro de ob¡d5,
Estárírìiiêji¡iáàè¡iâàùè;ia .
Abranqe toda a mão de obra indireta e apo¡o à mão de obrâ jndireta (engenheiros, mestre de obras,
d'i'á¡,þrq!ù¡¡èlgrellâao . encârregâdos, se(retár¡as, motoristas, almoxarifes, técnicos em 5egurança do trabâlho, apontadores,
apropriadores de austo etc.).
Co.lìè:t,:rì.r:i,::r:1, .. . . .'
Também considera o custo com veículos de lis(ãlização, eqoipâmentos de proteção individuaj e coletivo,
eqlãdèiiâ \ir.:1 '. .

transporte e alimentação dos trabalhadores, telefone, energiã efétrica e mâter¡âìs de con5umo, compu-
MáouiDade Café. ., tadores, mobiliário e demais equipamentos admin¡strativos do cãnte¡ro (âpenas a depreciação)
ouadro Branco ou deAvisos Contro¡e tecnológico dos materiaìs e o acompanhamento topog¡áfico da obra são despesas tipicamente
caùai'è.¿èlcù ões.i., .: ' , .... incluídas na ãdministraçâo local.

WiffiÐW A adm¡nistração ¡oca¡, ãpesar da conveniênciâ de dispó-la no custo direto (perfeitamente e fâ(¡lmente
quantificável), algumas vezes âpârece no BDt. Eis âfgumas referênc¡ãs;
A depende. do porte e da complex¡dade do canteiro de obras, faz-se necessário o delalhamento das ru_
bricas acima por meio de composições de custo unìtár¡o. A seguir são apresenlâdas algumas (omposições
c) TCPO PlNl - 6% para obras grandes (edif¡cações)
de custo de implantação do canteiro de obras extraídas do Sicro-3:
d) Si.to-2 - 3,61% (obras rodoviárias)

e) Mozart Bezerra 8% (taxa médiâ pâra edifícios),


Tabel¿ 71 - Plan¡lha (om det¿lhamento do custo de montÀgem de uma usina de aslâlto

Quando inclusa no BDt , tràlà-se do item de m¿is compfexa èvålid(ão. E comL¡m en(ontr¿rem-se or(à
69 MqhgÊn ú: Usin¡d¿Arfrlrocr¡Ýnúùir lo0/ll0 /h:AdûfDiÙq-LcNAlÝc rir dc Blñd.cD¡rNro- UN ntos com taxa elevadíssima de administração local (metrôs. por exemplo), sob a justificâtiva da ne-
.cessidade de ùma quantidade de mão de obra indiret¿ extremamente elevâdâ (secretárias, motoristâs,
Crùiôh¡lo C¡r@ri¡ com Guidl¡uro ' crp, ó I ( l30kW) uxiliã res, desenhistas, técnicos dive¡sos etc.)
r¡id\-ò.rElérñc6c Hidrlulimr ÿCù¡lnis I¡dIsri r
rgem situa(ôei em que â (ontrðtànte da.¿ut¿ a atrasos n¿ execução
contratuâ1. Torña se, então, umâ
E$r¡çro MMDI cn¡ M¡E iãl ù lr C¡rc4orh a extremamente subjetiva discutir os critérios de âditamento contrâtual para
0721¡ recompor o equilíbrio
F.ÐBs dù Îìibu¡s dù P¡ù\o ômico_financeiro do aontrato. É um problema que não existe quãndo â âdmjn¡stração local consta
pl anilha orçamentária
da obrã e está dev;damente detalhadâ em umã composição de custo unilár;o.
lÿriróriormÀ¡ÿenùr¡idc Bldor ¡k ConcNrû lù2GJ0
kh¡mr¡¡iû cnì A lìqri¡ dô ßleos dt C¡Nrcrù l0r20xl0

ra, Manu¿l d0 3Dl - Cono rñ.lun 3€nd¡.ios e Derpeias tndncl¿5 0m orçâmentor de Ob¡ar d¿ connrofão Civì1. Sáo P¿ulo: Ediior¡

:198 t99

Orç¡¡r.nloc ûrrrokidc l'rc(os dc Obris l,úb¡i.¡!

Tabela 74 - Pl¿n¡lha (om detalhamenro da adm¡nistrâção toca¡


As altefações de escopo conlratuâltambém são pfoblemáti.as quando ¿ administração locâlencontra -
se ¡não de obra (adaptadã da OT n" 1/2009 do tBEC).
inclusa no BDI- Por exemplo, pode haver um ad¡tameîto contratual elevando a
qualidade ou quantidâde
de algun5 serviços, sem que isso represente necessariamente um ãcréscìmo de administrâçâo local Como ffiliffi - ': ruffiti*ïf Sìi¿*þIf tuIrdffi iffi Siìi{ïüffiffiffi #W$üM
resullãdo, o contratante vêi årcâr com um aumento indevido do custo da adm¡nistração local, Por outro -
Gerint! deco¡trató..'

lado, podem ocorrer supressões cle serviço5 que não representem diminuição do ctlsto de administração lrige4hèiioi:.ì .:-
locâ1. Nesta hipótese, a construtora será indevidameôte pcnalizãdä.
' súpiivìior.: . .
Por todas as desvantagens em se incluir a adm;nistração locaf no BDl, o Tribunal de Conlãs de União :
çârarì!¡¡dâ,Quali4de :.
{irmou o entendimento que e5sâ rubrica deve compor ¿ planilha orçamentária da obra, em prol do prin-
Pl1l9{earo.ù}redição'
cípio dâ transparência.
sþrqrìFdò lr.a.bã!h9
Uma típica composição de custo unitár¡o de administração local da obra é apresentad¿ na tabela a seguir: ì
l'{ecâiico .

labela 73'Planilha com composição do custo com administla(áo localdâ obra' Bà;i.istå

ffi|ffiffitLft!,B#iwffi
-'.;;;,;"5**,;;; R'.¿'t b7lo' .
d¿P¡¡dùçào

. enge¡lìeirotrâinec
', ".:-"-:o-o.:,:l
ÿcícuro!19:r-.i4!tp.,-a f r-00.r:pú i:r . . .s: . 12 ns35s2,s5 l'.Ìì9i2,¿3¡fq
¡muitdòSé¡io¡
t;.ì,É¿ài;itri.i.'ir!ìlri:,;r, ì,r, . . : ' 60 Rt2.5rt?0

r,iÈ¿,É¡d¡Ëí3::t:¡::.,l¡ll.ì.,,: :. ': .. '


12 45ìr:5ort¡2 ,r',:,:,':Rtrrioù;r{
.¿ôi.i'¡¿¿éi;.'iÈ;'r;1.:iîi'ì1! i..r-:'''' t2 N122Þe1rl ::.,r,i:R52jr.6ri;pd i{edico de s€s.trança dd Îr¿bâlho

þs.'rùôìjiilõ,i.::'j ar.:,::rrì.l':' ì,. . Rqia¡75iq


.i: i: .: ßi r72 so¡,sô
lnfcirneiio.:
''.i .

vrsir ìi.,,..;.Ìi,iiùi.iri...i;1,.+
'.,,,,: . :. . . ý nststig? ..,. 1 ..q5 67.0¡P,Eq

ù¡¡áìr;.!ÉrÈ;¡i'tÌ';liì;ìr:i.l.r,ì'r:. :.r .
2a n5 s:7!9r.6 . .. :r: ..ii.r.i!oqr.8r.
liipctiìr da Gãrandada Qual-idade

M¡iii;.;q.òitì¡ìii:i:t:r,:!:.:ì. :il:. :. .,... 12 8i I.ttz,i¿ .: ...:., ir¡ st.xlìt îéctico Aêìesìrranga do trabaìì$

É¡¡¿4ùôi¡itÊài!iali!.:Ìi;ir]::.r.,,' 12 rttrr.s¡or2 . . , -. ..ìR!r ó0184


,,-_,::,:¡sós.odtjìa Médio Flifi laões/Br¡âdâs
¡äù¿¡ì!t.;ìåiiôläìi!ì:iùlii¡¡:r ... :' 2Á . R9 ?.o?iJi¡ .T:{l!i9 Ì¡ÿql

¡i4a,ri- ¡;tä{ì;i'il;''.:|]]];:':r::,:r,!.:r" rz tr joÌsr,Ès -. r 85.12t373,60 lsl¿giiio dò cngenharia0u ¿rquiterùn

,ró.,ii.ô r';¡"dii.¿¡,1i¡:i :ì:i,,r.:'r,i-.,: r. : 24 ?s2s75,9P


:l ,'.: :n5.6,?,ó!te-2
'.
r: :. ¡!'aüqqo!:..
û I .. ... Â5-rz25.olq
,1-r!,ii . r;:::i-ìl:.::a', .:... l ì::'. i.::: I r, ' . i Rllasi,ir
ce¡11Y9't" a' or¡4
ñidiùiãiãot-'! ;li l '- l' r:..', . : . hùrnrnês. . 5730 n5233,40 lr'107125?'0q l;1.

Pßþrl fñtr'¡nr\ñ6 r'730 H5 ¡5ò00 nl:ssugoóo ': .l t{ãìJþìúâo .


krnrpôrede
Êcr¿¡Ìi¡Þs:::¡ ::; .r:.- :: .l : . ìr.1... . . I'oD.ùi¿Dô.. 3.7ôo n551r9. :. '. ': Rr.t2e.99¡2a. :.1:., c¡¡iole.
Dóqf tòn C¡¡.tii,ò¡ádá-t l .; r? r.98o,oo. :¡5 ?r7.6oraqi
.85 40.000.0q :ri:li|iLlôy
911!¡:.h!ipp.-¿¡tsq¡¡ q þj:qscu:..
Eóuipt¡ei!!ìù di P-mle6i l,td-iýid¡al ( [P¡ J : ß5 2?41 ¡s òardi;s¡: :li:9lglløq
D",¡Èì.¿.ì;ì'ì'i¡i¡ió'i;.: ìrl.' 12 ßs 4!oì,oo
'ir
6'oio,òo
ii,,,tn¡,nt
l!i.¡¡a4 dsìc".'tþú,;,,:,..':i.r ., , .. .. . "lò. 12 R!4r20,00 P's 5¡'t40'0q:

, n'.lqnìr o .¡.c¡i'!i;¡trl. r.:: .r,l'.'l


: ' : :t r. ,'-0,'. t2 ll.-,11'.,".
. 'l: : ,,R!¡!-i?;¡!: Ì,',*t¡rús '
ffiWffi.WËffiMffiffiW äiti¡!4i¡*.'

Tentando 5istematizâr estimativa do .usto de admìni5tração local dã obra, apresenta_se na planilha a


5e-

guir os componentes de custo relâlivos à mão de obra da administração local (âdaptada dâ OT n" 1/2009
do lBEc):

2At) 2{tl
-)'
OrçãnrenlÒ eConlrolcde Pre(os de Obr¡s Públi(¿s ciPlulo 7: M¡lc.i¡is d. (:onslroçio, MobiliT¡(io e Deÿnol)il7¡c¡o, tnrpt¡nt¡(-iìo do c¿¡tenú de otrr¡s ¡: A¡lrninistr¡çio to(.n

WWW W Tabela 75 - Plãnilha com detalh¿mento da âdmin¡stração Iocal- despesas gerais (adaptâda da or n" 1/2009 do lBEc)

56rel¡ria

Têþfônlstá
WWËÙW¡ffiMWMTÑffiNffiWWffiüffffiffiffiK
ùtu
Älisùeidchrìnop/iùpl¿nbcáodeo mðs

Au!ùelder dôncd¡amenÀe¡lÉiß nÉ. .


.4lnìotirc
Àú8u¡ll¿l¡'óÝe,pidDrnló¡iràr¡(p!bt'r nú\
¡jù;iå(q]Ur,irá;à"!bà, : " - r: l: r.ì:': :ì
comnrâdôr vì,:: 'r'.r:.. ..r.ì.'r:.illl:::::.
¡¿spÈsã; @m a¡iórùs tb , :. ,,.::,:.,,. ,., .

^uùliarde t i!ß¡l! 1.,, i,i \.t..:..-. .: .. :,,.:-


D¡rÌ1i-lììt' ìì.ìi' :
::lt .t'
¡ljù"nüÉô..r!,.:.::: _ :
. c.'¡ li.r'L1ì¡1.¡ ir ;l

::,..!.ryji9!-cq.ài',:ì,,,i,.,:,r:ti::ii.,,:''ri.!i:i:ì.:,. .i:i.. l J¿;hr.r:'. 'i. i . .

deCo?inhà ¡'úìFm;nb,i.qt,r¡brlâróiû

Copeir¡
VahMnipùte:.r. 'l ..:.
u"ir-'ù; ' '.:.. .

Cori¡ùcirc
.V¡séi....: .r .

Vip¿ o'r ÿgur¿nt¿ B9Ès:do c!ùò


&;t¡si+qr.,;ha.
tÌi'l¡arili.:i;,..r Ì..i ii.:.i::: a,ri:li':ì ì.,,. .

Jddirejro :Ave4tã! .
: .

Apmtadd M¡t riâl dè Se8qm¡Ë

¡¿¡dcidnlia
CaIÈÈtê '.: :

$].d:lri¡i:;,-r' i r,r
.r..';[âiji{it:i;],¡r::::,¡ i,tìr.r.,::.:;,,.::r::.. :::,...
MásÈrã5 em lìlm utrjd¡dc
fiá$dstoDilciàsd¿ PothUknù ùnidade
ùásàhs dcsolda: ütridide
' íiáìúìi!; ÞáÀù::i:t::iì1tli::r :.tr
ÊquiD¡hmr6de@irbaÈânì¡rndio vù. ..I .
l!¡iii.illl:ì::ìì':'iì.:,r,,::r.,,..r¡¡,r¡;,.'1. ,. :t.. .
RelJóna d€ lngj.Brr l¿ TñL¿tnD

1{li-{.1¡{!;¡îÌ...r.:I:.'.:..iir::ì : :.ì i , ì PPk l NR.eJ


PaMso(Nn-7)... ,:.::,:,..,.,
¡¡Ì1.4:lìii:l:tlt'l rrì.;,.ft1...,:,
Pcr,rAT I Nnrsl
!ùidrite..
trn,,l.dr
,-... t:]..',,
-
t:í{4{t:;:l::i. ri:;:ì,]::]ì;,r.L'ìì'' Con rlh ê|\rms ljLû'ro'idb
Àdli4deTopogafi¿ h of,.ror lr4¡do. s7n
Nivel¿do¡ M ,r'¿i,dcpýr,ü;o hô-
:l Àirb¡i¡'.de brneÆ
a!i,:.11.$ r],,¡r..ì..:..,,L,'r.rìr'tf, :..ì:: cl]I'Esa4 unirtrdc
'
l.q.l.!{.qt!,,,4.0Î!.r.j,1$i,..,i..r':.-.::r,:l::lt,ilr cópias¡1 ..i. unidade .. . . a,, .. ..
uritJ-d¡. tAgu¿ Enr,gh.rch,or¡
lryie¡lt!¡'.!,tli!Lllc.j,315 ; : i.'r'l :1ì r::;1.:
l'lil@r(mcjo
I nr¿,

D6enhjirå/c¡disF: .
. :::'' r"
uni{tarle :.,'
.Ylt!!if lì;tiii!ì:l!:,,ii. .l :'ì: J:i l¡i:l ì' ^'.ìd¡Èod;RcsDdlabtid¿de1é.nkå
^trúnr¡oiin¡,lhjsàodcp¿is@L
fr* 61€ùot,rs.s
. ùtrìdâdô i.. , I ,,:i).: ::... '
:

càþi.qÍ¡ii. !il!t1ÌiÈL:,1:-i: : ;.rt1;::i:lir i

WWffiW
:

lgffiÂffiffiffi#ftå,Hlrffiqæffi wffiffi
Uma série de custos gerais também é englobad¿ pela ¿dmin¡stração local. Apresentâ-se na p¡ãnilha a

seguir os referidos custos (adaptâda da o-I n" 1/2009 do IBEc):

202 2()-)
Orçâmenlo e Conlrole de Pre(os dc Obr¿s Públic¡s

F¡nàlmente, as despesas (om administração loc¿l da obrâ também considefam os.ustoç hofários ou
mensait de umâ série de equipamentos necessários para a operâção do cante¡ro de obras' bem como
deve levâr em (onta as despesas de depreciação da9 máquínas e ferramentãs mânuais Apresenta-se nâ
plan¡lha a segoir os referidos custos (¿daptâda da OT n' 1/2009 do IBEC): iffiTWffiffiffffiffiffiW
Dumper
labela 76 - Detalhamento da administraçáo local- velculos e ferramentås (adaptadâ dâ OT n' 1/2009 do IBEC)'
Crupo ce¡ador

BombadrÁsùa

Wffiffiffiffiffi
Veiculoi levesr , TalhaMecânica

tnSenneìrut

[ncaire8ado teEl
Grùa
À!Í$nì¡l¡?ião.

QúilomÌthàgeiì de luncìonário sinilù]P6ado


þl [ou
0uÈ¿! l,iabir.¿s;.. Èevadorde0bl¿
(Ù!i',. '
Btclr¿ Rolante

Pick'ì¡Þ!Cè &ix¡ de left?mentâs ou dechaves

. PicÌJrp4x4
Cùincho MonÞ CarSa
ta;nhão ùàs¡ulaite 187
Lix¡doin Portátiì
cajriirirao fanquó :'
SÍa Cicüìar
c?;inhã;.de üroqeriaroln Munck
Tsoum de cortu feno
C¿ìñj.¡ìhãti.de cilrmceria
Ti¡lor
Ciùùìnlìão de LuþIiñcação Fe¡Emenlãs Manu¿it par¿Consù'ução

ônþu! Pás diveßÀs com cabo

Carr¿,ia de lr¡nsporte de Equipament0s

Avião:ì
Talhadeìra
$eiicópþ¡þ ' .

lmìaä4ãó þarco, nubãnt€, balsa e et .)

[quiùáriigntos dç AÞoi¡ì
Cåninìo de I'lão
lçto¡iin: -.

Í4búlordr lmenão lmdo


ài!Ìtt¡ ian vibrador
'
neiútÀøvadò¡n.
chihan.a
ûqfljgddin dt Pneus
cordadcSisál
o;i;binádeìi? Eéhi¡a p¡n ¡ço c¡-60
Gedca
. Máìuìni ¿oûr R.eryfEìéEica 0u Manual

M¡qùiià dé cofte.tìpq Makih


MaDg e¡ladeNílel

{i9}ir1.¡,.qe!È!"*
!,1áqiüna ¿e sot¿ì

RôtiÞèdôr M anual MTflL]ìWffiffiWSffiËW
204 205
fl''r-

or!,¡nrc¡roc cùfrolc.lc fr.ý! (lc Obr¡s t'úbl¡.4\ C¡pilolo 7i Mùlcri¡is de Consr(rção, MobiliznçiÒ e Dcr¡obiÌizr(¡o, lnrpl¡¡r¡(ão do C¡nlciro.lc Obr¡s c Adhinirr¡(ào Lo.¡t

O leitor deve ter perceb¡do qoe não é nada fácil ¿udita¡ a estimativâ de custo com administração ìocal 7.5.2 Alimentaçào dos Emprcgados
No tópico a 5eguir âlgumas consideraçôes sobre o tema serão expostas

ConcluÌ se este tópico enfatizando que várias pa¡celas que compõem a âdmìnislrèção locãl podem ser A análise deve levâr em con'ta ð quanlidade previstã de refeiçôes diárias e a qualidade da refeição â ser
tâmbém orçadas como encârgos adicion¿is sobre â mâo de obra: equipamentos de proteção individual, ofertada. Pâra obras de pequeno/médio porte realizadas em centros urbanos, pode-se Lrtil¡zãr um custo
aìimentação e transporte, ferramentas manuâis, exames periódico5 etc, referencial ou paradigma por refeição.
Conforme comentado no (apí1ulo ¿nÌerior, recomenda-se inclu¡r este tipo de despesa nã rubrica de ad Ém obras de gtande porte ou execuladas em regiões isoladas, costuma-se prepãrar as refe¡ções no cân-
ministração local, em vez de incluÍ-la como encargo social incidente sobre â mão de obra A no55o ver, a teiro de obras, Neste càso, é necessária umã metodoioqiã m¿is estruturâda para se obter um custo para-
primeira forma de orçamentação é mèis direta e menos sujeita a erros e imprecisõ€s digma por tipo de refeição, que leve em conìa ¿s seguintes parcelas:
Com efei'to, transformar estas parcelâs de custo em percenluais qúe incidirão sobre um mix heterogêneo
de proJ¡ssionãis pode levar o orçâmenl¡sta ao erro. Lembre-se de que as fórmulas ãpresentadas para cal- Custo com Fornecimento de Matéria'Primaj
culÀr os per(entuais de en(argos ãdicionais dividiam os custos por um salário médio dos trabaìhâdores
Clrsto com Mão de Obra parâ Prep¿ro de Refeições;
Mas ã ìndústria de construçåo civ¡ltem diversas áreas, algumas mais intensivâ9 em mão de obra pouco
qualificada e outras mais intensivas em profissionai5 mâis qualificado5 e de melhor remuneração Erros Custo com Manutenção das lnstalôções;
grosseiros podem ocorrer ao aplicar um único percentual em div€ßos t¡pos de obra5. Custo com Controle lntegrado de Pragas;
O primeiro método também permile que ð fiscalização da obra ou o centro de controle de austos acom- Custo com Equipamentos;
panhe os cugtos efetivamente incorridos durante a execLlção da obrâ com maior nível de detalhe. Com
Custo com Utensílios;
efeito, em algum momento o construtor será obrigado a adquirir ferrament¿s, equipâmentos de prote-
ção individuâl ou a negociâr com fornecedores os quantitatívos e preços da alimentaçâo e 1r¿nsporte de Custo com Produtos de Higienização e Limpezâi
empregãdos- Obviamente, tal procedimento nâo pode ser realizado apenas com base em perceoluais
Custo com Análise Microbìo¡ógica dos Alimentos.
de encargos adicionais sobre a mão de obra, necess¡tando o cálcuìo anâlÍt¡co de todas as quântidâdes
de insumos e serviços a serem adquirido5- No entânto, a depender do propósito e da finalidâde do orç¿_ Não vamos nos aprofLrndar no tema, mas recomendà-se seguir a metodologia indicada no Cadastro de
mento, a estimatìva com base em enaargos adic¡onais sobre a mão de obra pode permitir racionalização 5erviços Terceirizâdos do Estado de Sào Paulor. O referido documento possui elevado rigor técnico, e 5uâ
e ganho de tempo na elaborâçâo dos orçamentos, metodologiâ é amplamente aceitâ pelo Tribunal de Contâs dâ LJnião, conforme d€monstrâm os Acór-
dãos 1.62412009, 3.011120i 0, 3.069/2010, 16812011,36212011 e 1.789/2011, lodos do PIenárìo.
7.5 Audiloria dos Cuslos com Administração Local
7.5.3 Transporte dos Empregados
Novamente, ressalt¿ se ¿ ìmpo¡tância de se dispor de um orçãmento detalhado para ânálise, sem o qual
o resultado ficâ comprometido, L€mbramos, mais uma vez, que o ônus da provâ dÀ boã e regular gestão No capítulo anterior foram âpresentadãs algumag formas de se estimar um percentuâl adicional de
dos recursot públicos é do gestor. encârgos sociais contendo o custo com vale-transporte dos empregados, Pode-se utilizar metodologìa
similar pârâ se obter um (usto com vale transportes a ser incluído na adminjstração local da obra.
Pâra analisar, a aomposição do custo com a administrãçâo local deve-se clâss¡ficar os elementos d€ des_
pesa em veabâs da mesmâ natureza, O problema é que, mu¡tâs vezes, a obrâ não é realizada nos centros urbanos e a construtora tem que
prover por meios próprìos o transporte dos empregâdos dos ãlojâmentos até as f¡entes de serviço. Assim,

7.5.1 Salários da Mão de Obra lndireta a estimãtìv de custo deve levar em conta ur¡a série de {atores:
. custo com combustíveis e lubrifìcantes dos veículos;

No câpílulo anterÍor, esse assunto foi abordãdo. Foivisto que o orçamentista e o ãuditor de obras podem . salários e encârgos sociais do motorista e da equipe de manutenção;
obter salários em diversas fontes de consulta: . consumo de pneus e peçâs de reposrçáo;
. Sistemas referenciâis de preços (sicro, Sinapi etc.);
. ¡mpostos e sequros incidentes sobre o veicuìo;
. lnstituto Datalolha; . d¡stância de transporte;
. Salariômetro (dados do caged); . custos de propriedade do veículo (depreci¿ção e cu5to do .apitâl).
. Dados da RAIS;
. Folhå de pagãmento da empresa contratada l6owiôdoÊn¡dodsSáoP¡ulÒ so.rel¿¡ia dc corão Públi.¿, C¿darr¡o de 5e (orle(eirÞ¿dos volúme 9: Preraçãode Sed¡çot de Nùlr(ão e^l¡mèn'
1ðção a Sonidor8 e ÊñOreOàdot 6. Âêv¡ção, 2009.

206 207
9--'-

Orç¡m{ro c C.nlrolc de Prcços de Obr¡\ PLlbli'¡r

O tema'lâmbém não será aprofundado, mãs recomenda se 5eguir a metodoìogia


iñdicâda no cådastro 7.5,6 Ferramentas Manuais
de Serviços Terceirizados do Ëstado de 5ão Pauloa

Algumas tãbel¿s de custo apresentãm o custo horário ou mensal de diversos equipamentos e ferramen_
7.5.4 Custo Com Veículos Leves e Outras Viaturas tas m¿nuais, a exemplo dã tâbela da ABEN¡1.
Geralmente, são itens de fácil obtenção de preços e sua vída útil pode ser estimâda pelo orçâmentista,
empregados- Recomendã-se sequir a me- permitindo-se, assim, fazer umâ âprop¡iação de custos horários ou mensãis para cåda equip¿mento. Os
É uma ânálise análogâ a reãlizada no cllsto com trãnsporte de
Terceirizados do Estado de 5ão Paul05' tipos e consumos dôs ferràmentâs também dependem do tipo de obra executado ou do (ontrole exer_
todologiâ indicada no Cadastro de Serv¡ços
cido pe¡o empre¡te¡ro no canteiro. O procedimento pãrâ estimâtiv¿ de custo é ¿nálogo ôo apresentado
para os equjpamentos de proteção individuàl e encontra-se exemplificado na tabela à sequ;r:
7.5.5 Equipamentos de Proteç ão lndividual e Colet¡va
Tðbela 78 - Cálculo do custo médio com ferramentas por empregado.

referenciais de
O orçamentìsta e o auditor de obras podem buscar informações nos diverSos sistemâs
<ustos ou podem pesquisar preços diretamente na internet ou
junto aos fornecedoreç São iten5 de fácil
proteção ind;v¡duâl e fåzer uma
obtenção ie preços. Pode'se estrmâr a vida útil dos equìpamentos de Custo Unitár¡o Cr¡sto

uprop.i"çao
j".urto, tensal os tipos de equipamentos de proteção individual' suâ vida útil e o €on- {Rst Toral{Rs}
com a tipologia da obra a ser Lt,22
Sllmo anuâl médio são fatores varìáveis e estão fortemente relacionados
0,8 I3,78
Balde
âuditada e com a qualidade da administração e controle do construtor' 13,50 40,5C
Colher de Pedreiro 19,8C 39,60
sobre a mão
A metodologiâ apresentada, no cãpítulo anterior' para obteñção de encãrgos adiciona¡s 0,3s 34,80 t2,18
custo mensal com equipamentos de proteção ¡ndividual por
de obra pod-e ser adaptada para obter um o,4 29,84 ).1,92
empregado. A tâbela a seguir exempl¡ficã tâl procedimento:
1,3 21,00 27,30
1 9,00 9,00
Tâbel¿ 77 - Cá¡rulo do custo médio de EPI por empregado
0,08 32,OO 2,56
0,s 54,00 27,OA
ÊPt (R$) {R5)
Serrote 0,9 27,OA 24,30
1 22,50 22,5C 2 t5,34 30 68
3 1r,00 33,00 Torquês 1,2 39,00 46,80
5 4,00 20,00 Carrinho de mão o,75 94,OO lo,5a
0,05 450,00 12,54 Pá o,4 37,30 14,92
18,00 36,00 Ser¿ c ircula r c/disco 0,6 320,0c 192,O4
1,5 60,0c 90,00
Botâ Mãkita c/ disco 0,9 185,00 166,50
Þrôtelor aurìcular tiÞo concha 0,8 72,81 r0,3c
Cav¿deirð 0,1 48,00 33,60
o,4 70,00 28,0C
16,0C
76t,14
1 16,00
custo Total M€nsãl r Empreßãdo 63,s9
0,3 12,00 3,60
ùêtão ovaltrâv¿ rosca 0,1 19,76 1,94
0,5 15,00 7 50

dor faciâl semi-desc¿rtável 2,2 4,71 I],I]


o,7 I8,0C 72,64
377,76
26,43

pôù]o sc¿rctafi¿ de 6esrão Púb ka, c¿d¿rfo de seNiosro¡cei¡i¿adoi volumo4iP¡e5la(ao dc sed¡ço, dcÍanrpone de
4 GovEfno do Enâdode sáo
tun(ion¿¡ior rob RegLme do Frer¿ ento continuo,11" iìevi5ão,2009

Me
5 6ôvùno do Éradod0 sãô pèùto - 5o(euria dù 6enão Púbt¡.a, c¡d¡fiode sefýi(os rê eii,a{lor-volúme l6:Pfcrl¿çãode seru(ÓsdeL¿¡tpore
di¿nto Lor¿çãodeV.i.ulot 1" Rêvisão, ?0Û9

20t] 209 _
I

Custo l-lorário dos Equipamentos


Quais os componentes do custo horário improdutivo e produtivo
dos equipamentos?
Como calcular a produção das equipes mecânicas e o l'endimento
dos equipamentos?
Como obter o custo horário de equipamerìtos a partir de
informações obtidas com labricantes e fornecedores?

Neste câpítulo, prossegue-se com o e5tudo sobre os componentes do cus_


to d¡reto de uma obra, apresen'tando-se os componenles do custo horário
dos equipamentos,

Em alqumês situaçõe', orç¿mentista oú o audilor de obras necessitam


avalìar o preço de serviços que utilizãm equipamentos especiãis, (uios
' (ustos horários não estão inclusos nas tabelå5 dos sistema5 referenc¡as de
preços. como proceder nesses casos?

, Não é complicâdo obter uma estimâtiva do custo horário dos eqLripamen_


tos a pãrtir de dãdos obtìdos junto aos fabricantes ou fornecedor€s do
equ¡pômento. Portan'to, é importante conhecer as parcelas que formam
ô <usto horário do equipamento e dominâr a metodologia parâ obtê_lo
C)rç¡¡rc¡lo c Co¡l¡ok d¡r lìcços d. Obras l,tibÌt¡s

8.1 Considerações GcraÍs Há controvérsja sobre as parcelas que devem compor o


custo horá¡¡o improdutivo, pois alguns sistemas
referenciais de preços, a exemplo do Sicro-2, consìderam apenas
o custå da mão de obra do operador
do equipamento. Contudo, é cada vez mai na conslrução civil a prática de locar equipamentos'
A seleção do maqìJinário a empregar na construção, cuja gama âbârcô desde pequenas ferramentas ma, aumenrando a parcefa ao custo improoutiiJlmum
nLr¿is âté grêndes aparatos mecånicos, obedece aos seguintes critérios e premissas:

Tempo operat¡vo x ¡mprodutivo


incremento da produção;
O tempo oper¿tivo é âquele em que o equipamento
está dedic¿do ao serviço, nâ frente de trabalho, com
redução dos custos g{obÀis de construção; os motores ou ãcion¿dores ligadot, quândo for o caso, ou
em condições;e trâbaJho, quando se tratar
realização de at¡vidades que não pode.iâm ser postas em prática de forma econômica por de equipamento não propefido mecãnicamente. O equ¡pamento operativo
comporta duas s¡tuações:
métodos tradicionais manuais; produtivo e em espera.

eliminação de trabalho manual pesado, com reduçâo da fadiga Na hora improdotiva, o equipãmento está parãdo, com o motor
e consequente aumento de desligâdo. aguardândo que o equipâ,
produtiv¡dade; mento qLle comanda a equipe pe¡mitaJhe operar.

reduçâo de mão de obra onde exista escassez de pessoal com ã períci¿ requer¡da; o número de equipamentos, bem como seus tempos operatívos e improdutivos, são cãrcL¡rados
em fun-
ção da produção horári¿. Será detalhado como fazer estes cálculos no tópico a seguir.
mànutenção de elevãdos níveit tecnológicos, particulârmente no contexto de execução de
estruturâs.

3:il*"gf :s""*"1^T:i-rsJ:":^îl:*:-Hgg:*gg":I-e:if-1-T-e:-p:
O projetista e o orçamentista devem ter em mente que muitas máquìnas operam de forma conjunta,
a exemplo de escâvadeirãs e caminhöes. Para obter uû resultado econômico na obra, deve existir um Todos ot equipamentos têm um rendimento e um ciclo ótimos que podem ser utilizados
como base para
correto equilíbrio entre tais equipamentos na obra. fâzer uma estimat¡vâ antecipada da produtiv¡dade. Além disso.
deve,se levâr em conta na estimativa da
produtividade â nature¿a da atividade a realiza,; a eficiência
Em empreendimentos de grânde m¿gnitude, nos qua¡s se pretende ut¡lizar elev¿do número de máqui- da máquina, a eficiência do operãdor e, no
caso dos equipamentos de es(âvãção, o t¡po de solo â
nas¡ pode ser interessante, do ponto de vista econômico, realizãr ãs tarefas de manutenção prevent¡va ser escavado.
e corret¡vã no canteiro de obrâs. lal fâto deve ser considerado pelo orçamentista e pelos gerentes de Para demonstrar a metodologia de estimâtiva dâs produçõe5
das equipes rnecâni(ãs e dos coef¡cientes
projeto no dimensionâmento da estrutura de administraçào locâlda obra. operativos e improdlrtivos dos eqùipamentos, apresentam,se
os paråmetros utilizâdos pelo s¡cro_2 do
DNll pâra o serviço de escavação, câ¡ga e transporte de mâterial
Os custos com equipamentos são expressos nas composições de custo Lrnitário em unidades de hora de de primeirã aêtegoria _ DMT 200 a 40ô
m - com o uso de pá carregade¡ra. A produção
tr¿balho, podendo ser classificados em: da equipe e os aoefic¡entes de utili;ção dos equ¡pamen
tos encontr¿m-se ditcriminados na composição
a seguir:

labela 79 - coel¡c¡entes de ütir¡za ção operativa e improdu tiva dos equipamentos


custos operat¡vos, correspondendo aos custos do equipamento em pleno funcionamento; d¿ compos¡(ão 2 s 0 r 1 00 10.
custos improdutivos, correspondendo ao curto do equipamento parado com motor desligådo e;
DNIT - Sislemâ de Custos Rodov¡ártos
alguns autore5 consideram, também, o custo operâtivo em espera (equipamento parado,
stcR02
ão dð Custo Unitário dâ R6
mas com o motor ligado). cônsrucãô Rodov¡Arta
aÙvrd'de/sêryiror 2 s 0l 100 t0 - Esc. cargâr ùôr1¡c or,'r 200 , {oon c/càr€g
_
8.2 Custos Operalivos e lmprodutivos P'odùçãodâ Êqutrê r".æ00., adlc¡onàlde Mãô d¿ obtð: o 0o(%)
L0cró ê ÞesÞesàÉ tndtf€rds:

O custo horário op€rat¡vo é câlculâdo somando-se os custos horários de operâção (mão de obra do ope Qù¡ùt,¡ltrde ttII2r.:t¿
Ol)drrlr^ trtrIrod
râdor, combuslÍveis e fubnficantes), mânutenção (mão de obra de manutenção, pneus, peças e reparos), r ò¡ de trnùñ!,.0ùrn ni /::sk{!
e propriedade (juros, depreciâção, seguros e ìmpostos).

O custo horár¡o ¡mprodutivo é iguàl ao custo horário da mão de obra do operador, acrescido dos custot
de propriedade. Não se consideram os outros custos, pois se admite que esses ocorram somente âo longo
da vida útil, expressa em hora5 operativas.

212 213
r*-
or(inrcnlo e (ìnrrolc d. Pr¡(o\ d. Obr¡r l)úblir¡s c¡p'lulo ô: cusl() llorírio (tos Equip¡rìcùtos

As variáveis e as fórmulas ut¡lizadãs para o cáfculo da produção horáriÀ da equipe e dos coeficiente5 de Este vãlor deve ser
entendido com um número ótimo, devendo ser âjustado por fatores redutores de
cada um dos equipamentos encontram-se discriminados na lâbe¡a a seguir: produtividade em decorrênciâ do tipo de solo a ser escãvado (fator de conveßão), de paradas do equipa
mento e do operãdor (fator de eficiência) e de ine{iciênc¡as nâ cãrgâ do5 equipamentos (fator de cãrgã).
Tàbela 80 - Cálculo da produçáo horária da equipe.
Fatores uljlizàdos pelo Sicro para estimativa das produções mecânicas são os seguintes:

WWW t!. i'l::rrr


v
_ '
l:r . ¡róv-(rt l!]t¡_Ì!rN¡É,¡,rr.s
qqli¡a¡ll\¡ta¡.
t!¡":+¡"¡ììi àirr
. Fâtor de Eficiència (i) - o fator de efic¡ência de um equipamento é ã relação entre o tempo de
produção efetiva e o tempo de produção nominal. Para calcular o fator de efíc¡ên(ia, o Si-
cro-2 adotâ o seguinte critério: para cada hora do tempo total de trabâlho, será estimada ã
.'l:,:?¡r1!:.r:r 12¡5.¡
9:.KlV1..,.:::.,:. produção eJet¡va de 50 minutos, para que sejâm levâdos em consideração os tempos gêstos
. Afãsl,A^t cNro em alterações de serviço ou deslocãmentos, preparâção da máquina parã o trabalho e sua
''' tto mânutenção. Fator de E{i(iência = (50/60) x 1,00 = 0,83.
' tòñsuìùo eurrr.r¡o,uìÉ)
. Fator de Conversão (h) - o fator de conversão é a relâção entre o volume do materiâl para o
I $i^çâùEñro
qualestá sendo câl(ulado o custo unitário e o volume do mesmo mater¡al que está sendo
. [iPEssuii manuseado, Na terrâplenagem, representa ã relação entre o volume do corte e o volL¡me do

¡i . ¡¡ron or c¡nc¡ ì l qeq


mâterial solto, após sofrer empolâmento. São âdotados os seguintes valoreg:
t leR Dr.coñvms^o - Mater;al de 1! Categot;a: FC = 1,0 / 1,30 = 0,77
¡AroR tE ;tiôÈNcrA .i¡ì. ' Material de 2a Categotia: FC 1,0 I 1,39 = 0,72
rancuie oroPtnrçìo =
l,lri.çun4 q¡.suer¡r'osrç,io - Materiâl de 3e Categotiat tC = 1,0 / 1,75 = 0,51
. ! qcltqqrt!.. . Fator de Carga (g) - o falor de ca¡ga é a relação entre å capacidade efetiva do equipâmento
' :NtlMÈnò Dr Piss¡D^i
e a capacìdâde ñominâ1, Or valo¡es adotãdos encontram,ge nas faixas recomendâdâs pelos
' rRofuNDiDADE .
fãb¡¡cãntes e são os segu¡ntes:
'rtMPo
ltxo (o{Rc^ D[s, 0,ìs- .:.. 2,a1
. .c Rc^ Et\4 No8fiA) - Mâterial de 1Â Categori¿: 0,90
.-aÊÀ¡Po Pfl rçu¡rso tD^) ' 0,291
- Material de 2¡ Categoria:0,80
ITMPOD[RLÍOIINO i' P,5.s

. . 1lÀ.{t,o-to.f¡! nF çrct.o
l',lfs, - Mâteriâlde 3? Cãtegoria:0,70
i4rocrD,1D[ {rDÄ} ÀrÉDr,1 ..rqaól
V[LOCIDADE NEfORNO
Considerãndo-se que a capacidade da conch¿ då pá-cârregadeira é de 3,I m3 (variável ,,b") e aplÌcando-
-se a fórmulã P= 60.b.9.h.i / s, obtém-se uma produção horária de 214 m3. Como se trâta do equipamento

l-rFcc,ñøçâo dc scniçô: DNER,tS-230


líder da equipe, o coeficiente de ut¡lizâção operâtiva é arbitrado em 1 (ou 1OO%) e, consequentemente,
É
DNtR-ES-23r. o coefic¡ente de utilização improdutiva é 0 (ou 0%)-
JI Para osootros equipamentos (onstituintes da referida equipe mecânicâ, a 5istemátìcã de cál(ulo se dá de
formà ligeiramente d¡ferente. No caso do trator de esteiras, equipamento que executa efetivamente a
escavação, estima-se um deslocamento médio de 30 metros para encher a pá com 8,7 mr de capacidâde
L00
(variável ,,b,,).
uít.t7¡ç¡o tñll RoDUlt\r\
Do manual dos fâbriaântes do equipamento, obtêm-se as velocidades médias de ida (40 metroÿminuto)
e de vo¡ta (80 metroýminuto), sendo que a velocidade de ida é inferior pelo fato de o equipamento est¿r
com a låmina abaixada executando o serviço de escav¿ção.
O Sicro-2 considerâ que, nos serviços de escavêçào com a utilização de c¿rregadeira, equipamento que
iom as velocidades médias de ida e de volta e com a d¡stánciâ percorrida {30 metros), são obtidos os
deterrninâ â produção dâ patrulha (equ;pamento líder da equipe), o tempo total de ciclo adotâdo para
mpos de ida e de retorno, que somâdos åo tempo f¡xo de cãrgâ, descarga e manobra, resultâm no
â carregâdeira de pneus situâ se na média do5 vãlores reaomendados nos manuais dos labricantes. No
mpo de cic¡o do equípamento (1,28 minutos). Aplicando-se a fórmula P= 60-b.9.h.i / 5, obtém'se umå
caso, o tempo de ciclo é 0,50 min.
ução horár¡¿ do equipâmento de 235 m3/hora

214 215
O{¡mc.lo c Coûrdc dc Prcços dc Obr¡s l'úbl¡.¡s
C¡píl{r¡o ¡: û,51o tkriirio (Jos l:{Ì!iÞim¡ (js

como o equipamento que comanda a equipe é â pá-(ârregadeirâ, a produção horária do trator ficã l¡mi- De acordo (om o gráfico ãpresentado, pode,se ver que os valores de depreciação vão diminuindo com
lada à produçâo horá.¡a da pá carregade¡rê (214 mr/hora). Asi¡m, o coeficiente de ut¡lização oper¿t¡vâ o número de anos em que o equipamento é ut¡lizado, enquanto o custo dos reparos pâra mântê-lo em
do trator será igual a 0,91 (214l215) e o coeficiente de ut¡lização ;mprodutiv¿ do equipamento será igual condições de util¡zação aumenta com o passar dos anos.
ã 0,09 (1-0,91).
Existe um momento em que as economi¿s de custo de manutenção, que se pode obter pela utilizâção
No câso dos côm¡nhôes basculantes com 14 mr de capacidade (variável "b"), o procedimento é análogo de um equ¡pamento novo, são suficiente5 para cobrir a diferença para mâis no custo de deprecìação.
ao do trâtor de esteira5, mas nesse câso, as velocidâdes médiâs de ¡dâ e vohâ são diferentes e a distâncið Este seriâ o ponto ideal de troca, poìs, emborà nesse inst¿nte os custos totais das duas opçòes sej¿m os
a ser percorrida é de 300 metros (ponto médio na fa¡xa de distânci¿ da composição: 200 a 400 metros). mesmos, o equipamento antigo entrârá, daí por diante, em regime de custos crescentes e o novo em
O tempo de ciclo é câlculado em 5,84 mìnutos. Aplicândo-se a fórmula P= 60.b.9.h.i/s, obtém-se umã regime de cústos decrescentes,
produção horária do equipamento de 83 m3/hora parã cada caminhão.
A vìda útil de um equipamento é influenciada por dois Tatores preponderantes: os cuidados com a ma-
Desrâ forma, para se obter â mesmâ produtividade do equipamento ¡íder (214 mÌhora), sâo neaersá- nuten(ão e as condiçòes de tràbâlho sob as qu¿is opera.
rios 2,58 câminhões (214183). A.redonda-se 5empre pârâ o número ¡nteiro imediàtamente soperior, no
D¡ante do exposto, a determinação da vida útil do equipâmento é complexa, pois envolve vários fâto-
caso 3 câminhões, po¡s a utilização de dois caminhões deix¿riâ o equìpamento líder ocioso em alguns
res, Os fabricantet de equipamentos sugerem valores, ¿ part¡r dos quâis fazem estimâtiva5 de custos de
momentos, pois a produção conjunta dos dois caminhões é ¡nferior (166 m3/hora) à produtìvidâde do
deprec¡ação e de repâros.
equipamento líder
Com a ut;lização de três caminhões, câda um deles terá um coeficiente de utilização operat¡va de 0,86 8.4.1 Depreciação
(3 x 83/214) e um coeficiente de utilizãção improd'rtìva de 0,14 0,86). (t
A motoniveladora não influi na produção horária dã equipe, pois o referido equipamento é util¡zado
Corresponde à pârcela reJerente à perda de valor do equipamento em deaorrêncja de uso oo obsoles-
¿pen¿s pôrd manuten!ào dos (amínhos de servi(o.
cência. A dep¡e(iàção pode ser clâssificada em três tipos:

8.4 Detalh¿mento dos Custos Operat¡vos e lmprodulivos


fís¡cã: resultante da ação do Lrso e de fatores adversos, como abrasâo, ahoque, vibr¿ção,
rmpactos etc.;
Período de Vida Út¡l do Equipamento . funcional: pela obsolescència e/ou inadequação;
. âcidentãl: resultante de acidente durante uso ou transpo¡te do equipamento_
O con(eito devida útilde um eqLripâmento é ¡lustrálo, construiu se o gráfi-
eminentemente econômìco. Pâra No <álculo do (usto horárìo, não se deve considerar ã depreciãção acidentãl do equipamento
co â 5eguir, que representou â evolução dosseu5 principa¡s componentes decusto ao longo de certo período:
A depreciãção é proporcional ao valor de aquisição do equipàmento. Portanto, pesqu¡sâs de custos sáo
. necessárias para verificar o preço de aquisição
F¡gura 30 - Custos de manutenção e de deprec¡ação de equ¡pamentos ao longo de sua v¡da út¡l
Est¡mâ-se, de acordo com a máquina, o valor minimo kesiduãl) cle veñdã, após uso. Os fâbri(ântes tâm-
bém disponibilizam a v¡da út¡lem horas trabalhãdas (ou años)-

Existem diversos métodos para ¿valiar a depreciâção (método linear, método do saldo devedor, método
da soma dos anos). Normãlmente se util¡za, pela simpljcidade, o método linear É im portante ter em
ente que os custos horár¡os de depreciação dependerão da curva de depreciãçâo considerada

Ëå étodos de Depre(¡ação

B¿seia-se n¿ hipolere da depreci¿(ào v¿r i¿r de form¿ uniforme ão longo


vidâ útil do equ¡pamento. A aplicação deste método resulta em valores baixos de dep¡eaiação nos
neìros anog de vida útil do equipâmento e muito âltos nos ânos finâis de vida útil.
, o vålor de dep¡ec¡¿çáo no ano t, é dado por: o, - PIB
Ë

Em quel
rëmD! dè ûtírtação do eqùrÞañ¿¡to(ánot
Di- depreciêçâo no ano t

216 2't7
()r.¡ûr.^ró. lìrr'ûl¡, ¿ ]'t ì,rr,l, nbf.N p!ht,, i\ C¡pilub 3: Cùs{o lloñno (los l q¡rip¡nrc rt.s

P - vâlor Ìnicì¿l (investimento) tigura 32-Depreciação pelo método do fundo de amortização.


R - valor residuãl
n - período de ämortização
Este método é rotineiramente us¿do para efeitos fiscais e é o método utilizado pelo s¡stema sicro,2 do DNIT Método do fundo de amortização
tìgura 31 - N,létodo ljneâr de depreciaçáo

100
Métode linear

ì6, 7 9, ,.e ,.:


.. . L. .., ." '.1.-
: .-...'1 ,, '

Método do serviçq €¡c!!lådo: nesse método, também linear, calcula-se â depreciação em função das
horas ¿ serem efetivamente trabâlhâdës pelo equ¡pamento durante a vidâ útil.

Método de Cole ou da somâ dos díoitos: a experiência indica que a desvãlorização ¡eal o.orrida com
os equipâmentos num mercado não segue uma linhâ reta. A perda do vaìor aomercial é acentuâda nos
primeiros anos, tendendo a estabilizâr,se com o decorrer do {empo,
5enéavidaútildoequipamentoeNumanoqLralquer,arazãodadepreciaçãoneste¿noéexpresgapor:

lvlatemat¡camente, o cálculo da depreciação horáriâ pode serfeito de forma linear, dividìndo,se â diferen- (n - N +l),Dn
ça entre ova¡orde aquis;ção (V.) e o vâlor residuãl(V) pela vida útildo equìpamento expressa em horas:

Dt,:
v. v, F¡gura ll - Depreciaçáo pelo método de Cole
VU(etit hotos)

No entanto, apesar de suã extremâ simplicidade, a depreciaçåo de máquinas e equipamento5 não é Tun-
ção linear do tempo. sendo mais acentuada no princípio do que nos úftimos anos da vida est¡mada. fal
fato é devido ao desgaste, à insegurânçâ quanto à ulilização e à perdã da garantia, cujo valor se somava
ao preço do eqLripamento quândo novo,
lýétodo do Fundo de Reserva ou de amortizãcãô:.ônsi ste em reservar-se anualmente umã quantia que,
acumulada ¿ juros compostos, retornará âo térm¡no dã v¡dâ útil do equipamento, o seu valor para aqui,
sição de um novo,

218 219
()r.rnr.nb o ûnrlrcl.'.lc l)¡e(os.Jù obr¡s Ptlbl,.¡s C¡piro1o tr Qrro rl.r¡rio.lo! Lquip¡nrenros

Deve ser observado que nes5e método a depreciação nos primeiros períodos é superior a dos ú¡t¡mos, 05 valores câlculãdos por este método são boas aproximações da realidade do mercado, quando com-
carâcterística que é bastante próxima da reãlidade prálica. Abaixo se apresentê um exemplo de um equi- parados com aqueles obtidos por me¡o de pesqutsas no mercado de máquìnas e equipamentos Ltsados,
pamento que custou R$ 5.000,00 e possuium va¡or residualestimado em R$ 1.000,00.5e a vida útildoequi- A títufo de exemplo, apljcando o método da percent¿gem constante no mesmo exemplo anterior, terí-
pamento for de cinco anos, pode-se const.uir a seguinte tabela aplicando o método da soma dos díqitos. amos o seguinte ¡esultadoj

labelâ 81 - Cálculo da depreciaçâo pelo mélodo da soma dos dígitos. Tâbela 82 - Cál(ulo da depreciã(ão pelo método da per(entagem constante

Vålor Contáh¡l
^nos
0
I

5.000
Vâlor Contábil 0,3 x (l-0,3)r rx 5.000 = 1.500 (l-0,3)' x s.000: 3.500
2 0,3 x (L-0,3)¿r x 5.000 = 1.050 (l -0,3)' x s.000:2.4s0
0 5.000 3 0,3 x (l-0,3)rr x 5.000: 735 (l-0,3)r x 5.000 = 1.715
5/15 x (s.000- 1.000) = L333 3.667 4 0,3 x (l-0,3)r I x 5.000 = 5ls (l-0,3)¡xs.000= 1.201
2 4/15 x (s.000- 1.000) = 1.067 2.600 5 0,3 x (l-0,3)'rx 5.000 = 360 (l-0,3)rx5.000=840
3 3/15 x (5.000 - 1.000) - 800 L800
4 2/15 x (5.000 I.000) = 533 1.267
5 l/15 x (5.000 1.000) = 26'7 I 000
-s,f å.ç$1g-{g-o-¿s:Iß14.9

Dentre os diferentes itens trâdicionais que compõem a estrutura de custos de <onstrução encontram-se os
Método da percentagem aonstante: esse método estabelece uma depreciâção constante em percentã-
juros sobre o (âpital imobilizado pârâ o desenvolvimento da atividade. Eles representam o custo, incorrido
gem e contínua em cada período, igual ao valor de oma taxa calculada aplicãdâ ao valor residuäl do pe-
pelo empresário, pelo fato de aplicãt num ne9ócio específico, seu câpjtâl próprio ou o capitaì captado de
ríodo ânterior, isto é, a depreciaçâo no final de um período é igual ao produto do vâlor residuafdo ¡nício
terceiros. No que diz respeito aosjuros relativos ao capital aplicado em equipamentos, existem duâs alteÊ
pela taxa calculadâ, sendo o valor da têxã função do tempo de amortização, do valor do bem quando
nativãs de ¡mpotãção. Trâdi(ionãlmente, eìes são imput¿dos drretamente no cálculo do custo horário do
novo e do valor res¡dLrâl ou vêlor de sucata,
equipamento. Outra forma de fazê-lo, ser¡a (omputâr o valor agregâdo ao resultado da operação global,
ou 5eja, remetê-lo ao LDL
F¡gurà 34 - Cálculo da deprec¡ação pelo método da percentagerh constãnte
O Sicro'2 do DNIT adotã a segunda âlternativâ, considerando que o custo com c¿pìtal ¡mobilizado nos
equipamentos será remunerado no LDl, Contudo, considera-se que a primeira forma tem mais vantê-
gens, dentre as quais 5e enumera â transparência obtida no processo de orçamentåção e ã mâneir¿ sim-
Método da percentagem constante ples como se efetuâ seu cálculo.
1CO
Os (Ìrstos comjuros corr€spondem ao rendimento de um investimento de mesmo valor do equipamento
90
ðo longo de rua vidâ ut¡1. Tal quaf a depreciação, depende do valor residual do mãquinário.
:80
2r9 Como depende do valor de aquisição do equipamen'to, maìs uma vez, é necessária uma pesquisa de
preço das máqu¡nas para se estimår o custo com juro5, O cálculo dos juros baseia-se no conceito de inves-
: 5q'
?¿o timento médio (1.) e da tâxa de juros do mercado (i)
,i..',1.
J,=U.sendo r=(u v)(i;1)+v

Onde n e a iào respe(ljvamente a vida úti{ em anos e a quantidade estimada de horas de trabâlho por
.ano. Na utiliz ação desta equâção, tânto o orçãmentkta quanto o auditor de obrâs re depârôm com a
olha da taxa de juros referencial. Recomenda-se ado'tar ã taxa selic ou a taxa de juros praticadâ pelo
DEs para financiôr a aquisição do equipamento.

22tì 221
o¡(¡ n¡rìlo (i lrole dc |rc(os rlc Obr¡s PLlbli(ù5 .t,^I¡tuiIJ.r¡'rft'\
' ù{,, rl,' i'¡
c C¡pi¡u1,, ¡.

9:19--s-:g uros c lrnpostos Em quel

M é o custo horárìo de mãnutençãoi


A ú¡t¡ma pa¡cela dos custos de propriedade são os cllstos oriundos de tmpostos e seguros, Geralmente, Vo é o vãlor de aquisição do equipamento;
devido ao alto cuslo envolvido, os grandes frotistas de equipamentos não lazem seguro de todos os seus
H é a vidâ útil em horãs e;
equipàmentos em compdnhiàs segurâdor¿\, a não 9er em casos esperi¿is.
K é o coeficiente de manutenção.
Eles própr¡os b¿ncam os riscos, representados principalmente por avarias, já que os roubos de equipa-
mentos de maior porte são raros. Já conì rel¿ção âos veículos o procedimento é d¡stinto. A porcentagem
segurada tende ¿ cres(er, mas é muito variável de empresa para empresa.
Alguns d05 coeficientes de manutenção utilizados pelo Sicro'2 tão apresentados na tãbela â seguirr
No entanto, recomendã-se considerar na elaboraçâo do orçamento somente o lpVA e o Seguro Obriga-
tório necessário paraa regulanzôção do veículo. O lpVA, (tmposto de propr¡edâde de Veículos Automo- Tabela 83 - Coefìcientes de nanutençáo de equ¡pamentos utìl¡zados pelo 5i(ro'2.
loret, imposto estadual ref¿tivo ã licenciamento de veículos, variâ rom a idade deles, segundo regrâs
próprias para cåda Estado, ¿lém do Seguro Obrigãtório, ligâdo a efe, seriam os únicos vâfores a se¡em TIPO DÐ EOUIPAMÐNTO Coef TIPO DE EQUIP,lNIENTO Cocf.
considerador nessa rubrica, total¡zândo incidênciã totalde 2,5% sobre o investìmenlo médio em veí<u, K X
los. seu valor é cãlculado pelã ãplicação da seguinte {órmula: dc cotrcrcro comfonrã dcliz¡nre M,iq i'ìr !ùvcßal D¡r. co¡c dc ch¡|l
AplicÂdorde m criâÌ r¿rnoÞllsrico I)Ôr cxrùsio
^c¡b¿dom M rclorc ¡ 33 l! 0,80
'o'rNdor23
ûuidD lÉrùico 0,t0 \la clo lrrlùr¡dor ronì¡cdor
Bârc cÿ¡c¡s de grâ!id¡de
^qùcccdôr¿c 0,80 lilicrolrrior com roç¡dcinr 0,80
(n + 1) V. x0,025
ts= c¡ldei¡a dc asaallD ¡cbocárcl 0,30
2n.HTA
0,t0 0.90
C¡minhiì. b¿scùl¡trrc p¡râ rochi Ptrftrturnrz¿ùstn" CmwlcF¿rill 0,30
0,90
0,80 Irlr.¡ vib'¡rórì¡ corì ìoor¿icscl
Em que 0,s0
Caìnpânùli dc rr co,nprnrido 0,50 0,?0
l5 = custo horárìo reìatrvo a lmpostos e Seguros 0,70
Câr¿g¡dèir¡dêp ùuscoùvâsoùri 0,70 Roçrdcn¡ o'¡ rturordc ¡ ctrs 0,70
V" = valor de aquisição do eqL¡¡pamento Roç¡dcir¡ cD Dicrormror
C com rct'dquc 0,80
H-IA = quantìdade de horas de trabalho por ano "lornecânico Rolo co¡ìt)âcr¡dor ¡trroDrll)nl\o¡ Ý,bmróri.
Char? 25 nt con rebùtdor 0.80 Rolo¿o ìpù.¿dordc Þcùs ûùroDtulrùlñt
n = vida útil Rolo coDìp¡cr¡dorcý¡irico de pNus
Compressor dc arpar¡ pnfù.J conì l¡lr.o 0,80 R.ìo coùl[crâdor Þé dc-câùEno râùni'18 0,?0
0,025 = tâxa média suger¡da, ãjustável conforme a alíquota de tpVA e o percentuâl de seguros Rol. coûìÞicla¡or I'r{lc c¡nìcro ¿ùro-vrL)
em relação åo vâlor de ãquisição do equipamento. 0.50
Distibùi'Jo¡ dc ¡ßrcßrdos ¡ùloÞr¡pùko¡ 0.70
Observa-se que å ¿fíquota aplicável de IPVA é def¡nidâ em lei e5tadual, podendo variar entre as unidâdes Disdbuido¡ de âBrcßadas rcboc¡vcl
Dklribùido¡ dc aslalto cnr canrinhio 0,?0
da {ederação.
Drâgâ dc $ìcçào ta'¿rxr¿çiôdc âreii
EqùrF. diýr dc LAìIC (Micronq) c/ cav Dìec. scri dc dsco di¡nr lad¡ pa¡âj rll
Equip. dÈrnbüidor d¿ liharsriltic¡ c'n c¡Dinh¡o 0,90
8.4.4 Custos de Mãnufencão EqùipârÐlo pâm hrdroscmcrdnn 0,80
liqnc dc c\roc¡leùr dc ¡slãllo
Tcxtür¿¡doÞ r la çâdom c/csliçào

Correspondem às despesas com a aquisição de peças de reposição, âtìvidades de lìmpezâ, låvagem, ins- Eÿabiliz¡do¡â c ncrcl¡do¡¡ a t¡ìo
peção, aluste, calibrâção, regufãgem, retoque, reaperto e (om a mão de obrâ envolvida. O custo horáno Fábnca dù Ì¡ó nìoldâdos- btrìizâdor
f-ábnc¡ de Þ¡érml¡lador ¡roùrào Îllrorcs ¡c crct¡ rcimndc200kw
de mãnutenção pode ser obtido pela fórmula: e
F¿bicã ¿c l]'¿-moldû'los gù¡rdrcortû Tr¡ro¡ùs dù cifâ ¡ró 200 kW

V" *K
H

custos com manutenção dependem, também, da vida útil do equrpâmento, do valor de aquisição e
do nú mero de horàs utilizàdås (por ano) d¿ m¿qurnâ

¿p¡ofú¡damenb do a$ùnto aos ruros dÊ dânùlençào, retonendà s0 ¿ lcilur¿ do Manualdo si.ro_ volume 1 pá91ñ¿5 52 å 70
'el¿livo

222 2t3
Orç¡nrc.lo c Coùlrole d€ I'rc(os dc Obr¡s l'úbli(âs C¡Þn!kr Il: cu\lo lktrii¡nr dos t<lùiP¡rrctrlos

Na construção civil, a grãnde ma¡oriã dos equipamentos trabalha em condições rêzoãvelmente unifor- cada hora poderá exigir ma¡or Ìempo de aceleração próxirna do máximo, ou isto não ser possível devido
mes, não sendo necessário, para cálculo do custo horário, estabelecer diferenciação dê5 condições em a constantes mônobras, com diminuição sensivel da ãceleração, inve15ão de ma¡cha ou desfocâmento
que são utilizados- Neste câso, enquadram-se, por exemplo, equipamentos de compâctâção. usinas de Jem cargâ etc.
solos e âsfalto e't(.
Os lubr¡ficantes são calcolados em fun-cão dâ potência do motot da (¿p¿cidade do cärter e do intervalo
Outros equipamentos, no entanto, podem sofrer expressiva variação de desgaste em função daS aon- de troca5 de câda equ¡pamento, Nluitos sistemas referencia¡s simplificam o tratamento dos custos com
dições de trabalho que lhes são ¡mpostâs. Nestes casos, com o objelìvo de melhor espelhar, no (usto combustíveis e lLrbrìlicantes, tratando-os em conjLrnto em uma ún¡ca rubrica do cálculo dos custos horá-
horário, esse maior desgaste, os f¿bricantes sugerem vincular sua vida útil às cond¡ções em que operam. rios dos eqLliPamentos,
os equipamentos qLre normalmente reqìJerem esse tipo de distinção são: trâtores de esteiras, pás câÍe-
com b¿se em pesquisas nos manuais de fabricantes e revístâs técnicãs especiâlizâdas, o S¡cro-2 adotou as
gadeiras, escavadeirar hidráulicas, moton¡veladoras e caminhôes.
seguintes tãxas de con5umo específico de cor¡bustíveis, valores esges que também incluem âs despesas
Esta vinculação pode ser feitâ de formâ simpl¡ficãda, estãbelecendo-se para estes equipamentos três .om lubrificantes e filtrosl
níveis de condiçõei de operação: leve, média e pesada. 5ão dois os fatores qúe influem sobre ã mãior ou
menor vida útil desses equipamentos: 1ìpo de solo com que o equipamento está operôndo e coôdições labela 85 - Consumo especifiro de combustive¡s utilizados p€lo Sicro-2 - veículos a dìesel {inclui lubrificantes).
da superfície de ¡olamento sobre a qual ele trãba¡hð.

Os fabric¿ntes de equipamentos costomam apfesentar os custos estimados para manutenção dos equ¡ EOU IPA I\,1 E NTO stcRo2
pamentos, Apresenta-se, como exemplo, o quadro dos cLrstos horários est¡mados pefa Caterpillar para
alguns equipamentosj Tratores de esteiras,'motoscrape¡s' e moloniveladoras 0,24

Compressores de âr, bâle eslâcas e grupo geradores 0,22


Íabe¡a 84 - Custos est¡mados de manutenção parã equipâmentos da Caterpillãr. Caminháo e veículos em ge¡al 0,15

Dema¡s equÌpamenlos 0,20


CATEFPILLAR
CUSTOS HORÁRIOS ESTIMADOS PAFA REPAROS EM GERAL S$
f¡PO DE EOUIPÀMÉNIO DtsTÊtBUtçÀ0 cuslo ÍAION DE cusro rÀlo8 DE cuslo Parô os equ¡pamentos â gasolina, elétricos ou a áicool, âs taxas de consumo adotadas são âs seguintes:
D0s HOFÀFIO EXTENSÁO HORANþ EXTENSÁO fiORÁRþ
cusfos alË r5.ooo h ÄlÉ moo0 h
NEPAFOS FEPÂN05 FÊPÀNOS labela 86. consumo de combustíveis utilizados pelo sicro-2 -veiculos a gasolina/álcoole equ¡pamentos elétr¡cos.
PEçÀS
ÀrE ÀtE ÄtE
15.0m h

60 6VL 40% 3,60 1,1 3,96 j,3 4,68


EOU IPA I!] E NTO stcFo2
i04 60% 40% 4,50 1,1 4,95 j,3 5,85
0,20 l,'l{W,l
70r/. 3A% 8,00 1,1 8,80 1,3 10,40
Demais equipamenlos a gasol¡na 0,30 Lkwa
246 450/c 7,50 1,06 7,95 1,21 9,08
0 20 i/kwh
93 45% 4,50 1,06 4,71 1,21 5,45
Equipamenlos elélricos 0,85kwhÂw
Carregadeira de pneus 78 60% 40% 3,30 l,l 3,63 1,3 4,23

Carregadei¡a de pneus 127 60% 40% 5,00 1,1 5,50 1,3 6,50

57 5A% 50% 1,70 1.1 1,87 1,3 221 o custo de mão de obra corresponde ao custo do salárlo (com encärgos) do operador, podendo ser obti-
90 50% 50% do nas convenções coletivas de trabalho,

91,9".,.C^-:j1LhT".,f lqf !o-sCustoslnlprodutivos

8.4.5 Custos de Operação Alguns sistemas referenciâis de custos, a exemplo do sicro-2, consideram apenas o clrsto dâ mão de obra
do operèdor do equ¡pamento com custo improdutìvo. No entanto, outros autores também <onsideram
9s custos de propriedade do equìpâmento (depreciação, iuros, seguros e impostot no cálculo do custo
Correspondem ao custo com combustível (ou energiâ elétr¡ca), óleo lubr;ficante e mão de obra de ope-
.¡orário improdutrvo. Mesmo assim, tais pôrcelas poderão ser insuficientes para cobrir os custos dos equi-
ração. Os consumos horários de combustível por KW de potência do equipamento são muito variáveie; amentos locados, pois nes5e cäso, âinda existe o BDI do locador incluso no preço do custo de locação
seos valores médios são considerados a partir de estimativâ dos fâbricantes. Entretânto, nota-se qLre ot
consum05 previstos var¡am, também, conforme o tipo de serviço. l55o porque o trabalho que realiza em

274. 2)5

,
(l'ç¡menlo c ûtrl.olcrl.r Prcços.J! Olrlìs PúL!(¡s

8.5 A Escolha entre Locação e Aquisição de Equipamenfos com relâção ä escolha entre locação ou a aquisição de equipamentos nos orçamentos de obrãs púb¡icas,
há um ¡mportante precedente do Tribunal de Contas da União, determinândo que se evite utilizat nas
ertimat¡vâs de custos, o vâlor da locação de equipamentos ao invés do seu custo horário, em especial
A maioria das máq{rinâs pode ser locâda ou adquirida. A escolha da locação ou aquisição está sujeita a para as situâções em que os dispêndios da prime¡rå opção se revelarem super¡ores ão, da segunda, como
umã análise eco¡ômicð e a possibilidâde de se utilizâr os equip¿mentos adqujridos em futuras obras, de ocorre, por exemplo, quando da util¡zação de equipamentos por fongo período de tempo e pãra
9rânde
forma que os custos de aquisição possãm ser diluídos em vários contratos, quantid¿de de serviços. Segundo o voto condutor do Acórdão 2.715/2011 plenário:
Entre as principait vantagens da alternativa de o construtor adquirir os equipamentos pode'se elencar:

"Entende [...] ser sufíc¡ente a utilização das tabelat de rcferência da Assoc¡ação Bras¡teira de
O equipâmento está sempre disponível pârâ uso do construtor Engenha a lndustrial (Abem¡), que estabelece remuneração mensal de equ¡pamentos a pârtir
O cuçto horário dos equipamentos próprios é geralmente menor do que o custo horário dos de critérios de locação destes. Aleqa ser invíável desenvolver metodologia para o cálculo do
eqL,ipãmentos locados, pois não há incidência do BDI do locador no curto horário. cùsto horário de máquinas e equ¡pamentos de proprÌed¿de das contr¿tadas, porque tâl custo
decorreia das difetentes estratég¡as empres¿ríab das empreíteiras,
O construtor pode escolher a formã de aquisição que melhor lhe convém, podendo optãr
pela compra à vista, pela compra financiadã ou por contratos de arrendamento me¡cantil, Sustenta não set possível díferenc¡at os cuttos produtÌvos dos improdutivos, por não deter a pro-
ptiedade dos equ¡pamentos de montdgeÍn industrial. Diz limitar-sea contratatseruiço| que podeñ
Os custos horários improdut¡vos dos equipêmenlos próprios são muito menores do que os
ínclu¡( em suas composições, equipamentos de proprjedade das contratadasou por elas lo.ador-
valotes de locação,
Contudo, ¿ identificaçâo dos cuttos com a ut¡lização de equìpamentos própr¡os mostft-se Íele-
vante nas hipóteses em qùe eles são ut¡liz¿dos por longo período de teñpo e para grande quan-
Por outro Iado, o construtor terá as seguintes vanlagens no (aso de optar pela loc¿ção de equipamenlos tid¿de de seru¡ços, caso em que o díspêndio com locação supeta, em muito, o custo de aquisição
dos equipamento, incluídos os custos de opeftção e manutençâo, Nesse cenário, o uso de parâ-
metros de preços de locação de eqù¡p¿mentos mostra-se let¡vo às finaoças d¿ estatal,
É â alternativa mais vantajosa para uti¡izações breves ou esporádì(as de ãlgLrns equìpamen-
Não ptosperam os argumentos tendentes a afastar a necessidade de díferenciâr os custos pro-
tos, evitãndo que o construtor imobilize representativas parcelas do seu cãpìtal socì¿l com
dut¡vos dos ¡mprodutivos de màquinas e equ¡pamentot porque ¡nd¡spensável que a contÍatan-
equipamentos pouco utilizados,
te conheça a cotnposição dos serviços contratados e, a partír del¿, avalie os preços destes, fal
A responsabilidade sobre os reparos e manutenção do equipãmento é, geralmente, da em. pfát¡ca ñostra-se necessária e factível para at hipóteses de contração de se.ÿiços que prevej¿ñ
presa locadorð- Tal tato possib¡lit¿ que o construtor se exima dos custos inerentes de toda o uso de equipañentos, talcomo ocorre no S¡ttema de Custos Rodov¡ários do DNIT (Sicro). "
uma estrutu¡a de engenheìros de manutenção, mecâni(os, oficinâs e peças de reposiç¿o.
Uma vez L¡t¡l¡zada, a máquina é devolvida ao locadot ficando este encarregado por sua
Þìânte do exposto, o referìdo Acó.dão deterrninou ao ente aud¡tado que:
guarda e armazenagcm,
"9.1.4. desenvolýa metodologia pard estimar o custo hotário de máquinðs e equipamentos
A opção pela util¡zação de eqúipãmentos loc¿dos permite que o construtor mantenha a
ptópríos das .ontratadas, considerados os custos de operação e mãnutenção, a vída útil, d
produção sem sofrer influência das paradâs programêdas p¿râ mânuteôção preventiva do5
produtividade, os valores resduais e os ctitérios de depreciação dos equ¡pamentos, segundo
equipâmenlos, pois os equipamentos locados que forem sofrer manutenção podem ser
metodologia consagrada pela engenha a de custos;
substituídos por outros equipâmentos sem prejuízo da continuidade dos serviços.
(...)
Geralmente, a mão de obrâ responsável ou associada à operação do equipâmento é un1
encârgo do locador. O construtor fica, assim, isento dos custos com os salár;os e encargo: 9.2.1 se abstenha
utilizar, nas estimativas de custot, o vã1or da lo.ação deequip¿mentos, em
cle
sociais dos operâdores nos períodos onde não estiver executãndo obras. det mento do seu custo horárrc, nos casos em que o dispêndìo corn a locação superar o custo
de aquisição dos equipamentos, ¡ncluidas as despesas.om operação e ñanutenção;
É â ¿lternativa viável para pequenas e médiäs construtoras, sem recursos para aquisição
equìpamentos de custo elevado, 9.2.2. se abstenha de ut¡lizara tabela dê Associaçâo Brasile¡ra de Engenharia Industrial (Abem¡)
para estimar o custo de equ¡pamentos, quando ele constar de s¡stema referen.i¿l de prcços da
RedLrz gastos com mobilização/desmobillzação. Mesmo que o construtor tenha o equjp¿
Adñini5tração (5icro e S¡napi);"
mento disponível em 5eu parque, pode ocorrer de o deslocamento do eqL,ipamento âté
locâl da obra não suplantar os custos âdic;onâis com â locâção, principalmente se o vo¡um
dos se¡viços a serem executados com o equipamento em questão for pequeno.

227.
Orç¡menlo eConlrolè.le l)reços dc Obra5 Públ¡c¿s c¡píiulo 8: Curo Horár¡o dos Eq(ipamenlos

8.6 Exercício Resolvido Reso I ua¡qllo_Prqhlcma:

Cálculo das parcelas constitu¡ntes que compõem o custo horário dos equipamentos O Sicro-2 apresenta os seguintes pârâmetros pârà o cálculo da depreciação do trâtor de esteiras
. Valor residual após vida útil: 150/o

Aoresentâcão do Problema: . Vidã út¡l (anos) - condições médias de trabalho: 9 ânos

Na auditoria de uma obra rodov¡ária, ter o preço avãliado é a escav¿ção, carga e tran5-
um dos serviços a . Horas trabâlhâdas por ano: 2.000 horas
porte de m¿ter¡àl de prime¡râ câtegoria - DMT 200 a 400 metros - com a ut¡lização de pá-(arregadeirâ. A
composição apresent¿da pelo Sìcro-2 adota umâ produção da equ¡pe de 214 mr/hora pâra o âludido ser.
viço, bem aomo apresentå os sequintes fatores de utilização operativa e improdutivâ dos equ¡p¿mentos. O valor horário da depre(ìação pode ser obtido peìâ equaçào

Tabela 87 - Coef¡cientes operàt¡vot e improdutivos dos equ¡pamentos utìÍ¡zâdos pelà compos¡ção 2 S 01 100 l0
w("' h".')

DNll. Sistemâ de Custos Rodoviários stcRo2


Dn= (85% x R$ 1.800.000,00)/(9 anosx2000 horaýano) = R$ 85,00
Com Ào d6 cusro Un¡rár¡o do Røf€råncla

conslruçào Rodov¡árla

ar¡v¡dade/ssrÝlço:2 s0t 100 10 - Êsc, c¿rqarr, mar l'c, Dtrll200d 400m c/caffeg Pelo método de cole, ou método da soma dos dígitos, 5e D é a vida útil do equipamento e N um âno
qualquel a rãzào da depre(iaçáo neste ano é expressâ por:
Pfodüçåodr EquìÞe: 2r4,0000m3 Ádlclofd¡ de Mão.de.obra: 0,00(%)
Lucro e oesÞêsôs lndlrer¡s:

t'liliz,
(n - N +1)¿n
Trâro¡dèEÿèir -cosr lÁ¡rirh (rls I\ÿ)
\loroñrllidor¡ - (91 ì!\¡) tn =n
(n+1)/2 = 9 (9+1)/2 = 45
ftn*¡l.iF d¿l'ì.us- 3,r rìJ (rlrt\Y)
c nùùìioa¡rùl rq. -)0 r (!r9 klv)
No primeìro ano (N = 1), a rãzão de depreciação será: (9 - t + 1)l4S = 0,20 ou 20o/o

O custo de depreciação horár¡a pelo método de cole será: [0,20 x (R$ 1 .800.000,00-270 000,00) ] / 2 000
T50r ÈicâN8ido dènNú horâs = RS 153,00.

3) Prime¡ro calcula-se quântâs hor¿s de equipe seaão necessárias pârâ â exe(ução do Serviço-
Diante do exposto, respondâ âos segu¡ntes quettionamentos No caso serão 4.672,9 horas, equivalente â dìv¡são de 1 milhão de m3 pela produção horár¡a da equiPe
214 m]/hoß. Elâbora-se, então, uma tabela com a quântidâde e utilização operativa de cada um dos
equipamentos:
1) Qual é o (usto de deprec¡åção horária do trâtor de esteiras segundo o crìtério de depreciação
utilizâdo pelo Sicro? Cons¡dere que o cL¡sto de ãquisição do equipâmento é de R$ 1.800.000,00.
Tabelà 88 - cálculo do número de horas trabâlhadas.
2) Qual rer¡a o custo de depreciação horária do mesmo equrpêmento se fosse utilizado o mé'
todo de Cole? Apresente sua resposta consideråndo que o equipâmento é novo e está no seu Equipamento coellciente Operal¡vo Núméro de HorâsTråÞalhadas
pr¡meiro ano de úso. Tralo¡ de Eslekas 0,91 4.252,34

3) sabendo que serão escâv¿dos cercâ de 1 m;lhão de m3, quantos l¡tros de diesel são necessár¡os 0,11 5t4,O2
para exe€utar todo o seruiço? Cadegadeira de Pneus 1,00 4.672,90

Camínhão Basc!lante 3 046 12.056,O7

o número de horas lrabalhãdat para câdâ equ¡pamento corresponde à mu'tiplicação da quant¡dade,


coeÍc¡ente operativo pelo total de horas trabalhâdas pefa equipe (4 672,9 horâs)'

2tB 279
O.(ârn¡¡lo c Conlde de frrcçÒs de OlJ.asljúblic¿s

O passo seguinte e obter o consumo horário de combustível dos equipamentos O Sicro nos fornece à Tâbela 91 - Compos¡ção de custo un¡tário para escavação em rocha com perfuratr¡z Wirth

tabela a seguir:

Tabela 89 consumo espe(ífico de combustíveìs utilizados pelo Sicro-2 - veículos a diesel (¡nclui lubr¡ficanted

EOUIPAMENTO stcBo2
SITIME FLYGT (clP) 287 5,06i
'133,08 B+4e:
Tralores de esle¡ras,'motoscrapers" e motoniveladoras 0,24 513,00 1.182981

Compressoresde ar, bale estacas e g.Lrpo gerado¡es 4,22 s€3,00 *47,


Caminhäo e veÍculos em geral 0,15 ulpÂr,r E ¡¡To s HORÂRIO
I
Demais equipanentos 0,20
1914 9rqÞreq
.. çrìcqtg!Ê

Pode-se, âss¡m, calcular o consumo total, Serão necessários mais de 867 mil Iitros de diesel palâ executar TOTÂI G E

o serv¡ço! O demonstrativo do cálculo está n¿ tabela a seguir:

Tãbelã 90-cálculo do consumo de óleo D¡esel A lundâção das estruturas dos cais do futuro porto é formada por diversos tubuÌöes pinados em rocha,
constituídos, no trecho dâ låmina d'áqua, por camisas melálicas cravadas, A5 camisâs metáli(as são cons-
,. tituídas em aço ASTM 436, com 930 mm de diâmetro nominal e espesglrra de 12,7 mm, e foram fabrica'
ffiþffi rwårff g,.ffüËåH$.iËÆffiffi
#Biö,mä. ç,-ffiâT
228 c,24
tql$.+^l.åffi dâr etransportadâs pâra â obra já prontas, com comprirnento individual de 12 m.

As câmisas metálicas foram empr.:rradas e içadâs para a balsa usando conjuntamente carregadeira e
ísÈi!-{islt{qi,1$-ïi:!,s guindaste. A balsa de cravação, por onde se realizou todo o processo de construção dos tubulões, erâ
0,20
x$É€.{srFì,€$ÞN
127 provida de um gâbârito de crav¿ção fortemente fixado ao convés. Essâ bâlsa tinha, ainda, um guindaste
0,15 504546,73
iìStid;ryi¡i{iif.l¡,{!, S
12,056,07
sobre e5teira com capacidade de cargã de 135 t operando com lânça de 120 pés. guinchos de amarraçào,
ì0åq.S.Ë'iiXià1TÌ..Ìr...S iìlÈl ii¡4Ìl:¡!?":1,tÏoß martelo de cravação diesef do tipo Kobe, duas perfuratrizes do tipo Whirt, umâ central de ar-compri-
m¡do, formadã por compressores Atìas Copco de 765 pcm, e um sistema de geração de energia Após a
locação da (amisa metálìca, er¿ iniciãdo o processo de crãvação proprìamente dito dã cãmisa metálica
Obs.: os consLrmos de d{esel (onsiderados pelo Sicro são Incrementâdos em 20% para considerar tãm-
A opção pelo uso de mâ.telo diesel Kobe, modelo K-46, foi em função da energìa de cravação desenvol-
bém o gasto com lubrificanles. Diante do exposto o vâlor acillìa dever¡a ser dividido por 1,20, obtendo_se
vida pelo martelo ser superior à reação do solo e pe5o próprio da camisa-
722.832,56 litros de diesel.
A escêvação subaquática do solo no interior das camisas foi executada pelo processo denominado air
lìft, que consiste, bas¡camente, na introdução de Jato contínuo de ar comprimido sobre uma superfíc¡e
8.7 Estudo de Caso do solo, desagregando-o e o levândo, na forma de emulsão. âtr¿vés de um duto, ao SeLl exter¡ot €sse
procedimento também foi realizado na l¡mpeza final dos poços, logo após a escavação e, quando neces_
sário, ãpós a montagem das àrmadurôs do5 tubulões, caso fosse encontrada algumã suieira causada pela
Estimativa dos Coeficientes de Utrhzâção e do Custo Horário de Perfuratriz Wirth ontagem das ârmâduras.
Aoresent¿çã8 do Problemã: Para â escavãção dâ rochâ onde se materiãliza o pino do tubulão empregou se uma perfuratriz hidráu_
Em uma auditoria de uma obra portuár;4, o primeiro serviço da curvâ ABC ã ser avafiado é a escavação lÌca do t¡po Wirth, a qual trabalhava âcoplãda 50bre â camisa do tubulão. O equipamento consiste em
em rocha sã diâmetro iguâì a 0,93 m, cula composição de preço unitário é apresentâda a seguir; uma unidade motriz, uma (omposição de transferénc¡¿ de ene¡gia e a ferramenta de corte, associados
einda ão sistemô de a/]. /i/t.
lerramenþ de corte formâda por duas brocas possui dìmensões diferenciadas e constituídês de um
junto de roller b¡ts. o material es.âvãdo, emulsronado e 1âmbém na forma de pedriscos, é retirado
elo sistemã de a¡¡llftaaoplado à composição da perfuratriz hidráLllica. A figura a segLrir iìustr¿ o pro-
execLìtivo do serviço em análise

2)O 231
orçanûìlo c (ìo¡rùrh dc Prc(os dc Olifrú l,úbl (r\ C¿pílulorli cr\kr rkriiro dos rquip¡¡rcrtûs

Figurâ 35 * Perfurãção em rocha (om perfüratri2 Wir th. FiqorÀ 36 - Per fu ratriz Wirth.

PqrJ!{!l!a-

O auditor de obr¿s considerou que¡ com exceçào da perfuratriz Wrrth, todos os coefic¡entes e preços
unitários de serviços estãvam adequãdos. A imãgem å seguir apresenla o equipãmento em operação:

Diânte da singulâridade desse equipamento e dê f¿lta cle referências de preços, o âuditor descob¡iu
alguns fornecedores do equip¿mento nã internet e solicitou o envio de propostas e de especificações
técnicas. Aprêsenta-se a seguir a compilação dos dados necêssários para a análise que será solicitada:

Preço de aqLrisição do equipamentoi € 498 500,00 (ex-works);


Cotação Euro/Reãl: € 1,00 = R$ 2,50;

Potência do equipamento: 162 KW

Peso do equipamenlo pronto parã operar: 20 toneladas;


A formação geológica dð regíão é ro(ha graníti(a sã. o fornecedor do equipamento prevé
um ãvanço de es(avação entre 0,8 Ìì/hora e 1,6 m/horå (tempo real de escavação, não com-
putadas as par¿das dâ máquin¿ para r¡anutenção e montagem em outrã9 egtacas);

232 ll)
OrriÌr¡¡1.. control. dc rrrcços dc Clb¡¡s r,úbln ¡s
C¡pnuk)¡j: Crslo lkrírù d.s lituÞ¡mdìtos

. Consumo dås brocas lrollet b¡ts)- segundo o fabri(ante, cada conjunto tem umâ vidã
útil Tabelô 93 - Parâmetros adotados no cálculo do custo de ¡nternâlizâcãô.
entre 150 e 180 metros e custa cerca de três mil Euros;
. Os dados obtidos nos projetos do porto ¡ndicam que ðs estacas serão perfuradâs em rocha sã
até uma profund¡dade de 3 metros.
O aud¡tor de ob¡as aind¿ teve dúvidâs sobre o tempo consumido parâ montâgem/desmontagem coi,s Mtrao- ¿ t (t A, X)
do
equipâmento necessár¡as n¿s trocas entre as estacas a serem perfurãdas, Então, verificolr Pß tuôù&- ¿ , (t/Ax x)
e m ediu in toco
que o tempo compreendido ent¡e o térm¡no de escavação de uma
estacâ e o;nício dâ perfuração de
olrtra estâca exigem diveÍsos procedimentos de posicionamento e montègem do equipamento¡ I +¿ xlz +, x(r +¿)ll
mindo 45 minutos, em médi¿.
consu-
lì . r'),{r .) l
Em seguidê, diânte dâ necessidade de conhecer o custo de aquisição ¡.j4d.elnFq!eldFl¡s{|D
do equipamento ¡nternalizado, o
auditor de obrãs consùltou uma empresa etpeci¿lizâda em importação marítima
e obteve as seguintes
estimâtivas:

Tabelà 92 - Custo com ¡nternalizàção da perfu ratriz W¡rth.

¡tr!I¿I¡L5qÉ¡ÈûFidoe[ú¡l
Soo.oo:i 1.246.2
..'rt.85q,Oq:t ,.
.. ',.,2,1ì2Èj}p P¡rl4!¡ u$aq6ùturFñr ntr!u$
ì:3.000.00.:.:., . i.. 7'50ô;ob.
sqz;350,00,:,:: i 1125s.875;OO
'
100:470,00 ,.: ' 251'.1ii,aa:,
90i423,00 -lrri 216.0.a7,5o'
124.183;74 ".. 31..1]és.e;5
11.s00,4ò .. ,
..
.,29
-151 ;1:5
54.8i4,24 : 1.37,035;60
I , 100.00:..:. : ':r.ì 2 50, Q-0
, 7io;6er: ,: :'':i iì850.Q0 Diante do exposto, deve se e5timar o custo horário do equipamento e a sua produtividade, âpresentan-
3.265,i8ì::. do uma nova composição de preço unitár;o ajustada.
'' 8:163;rìs
eo,q0 225,0.:.q
zso,oo .
1.875.oQ
. Resoluqão do problemâ

.100,00 250,00 Efetuou-se o cálculo anâlítico do custo horário do eqùipamento com base nos parâmetros informãdos no
1s0;00 375)O0 âdo. Para tan'to, adicionalmente foi necessárìo estimar ã vidâ lili do eqlJipamento, o 5eu valor resi-
dualâpós a vidâ útil, o coefÍciente de manutenção e os c¡rstos de energi elétrica de operação do equipa-
No manuâl do Sicro-2, os seguinles parâmetrog foram obtidos para uma perfuratriz sobre esteiras

Nos cálculos apresentados acima, forêm utilizados os segu¡ntes parâmetros . Vida útil: 6 ânos;
. Horas trabãfhâdas por ano: 1750;
. Valor res¡dual: 5%;
. Coeficiente de manutenção (K): 0,8;
. Consumo de eletricidade: 0,85 KWH por KW de potênc¡a do equipamento.

234
...235.... .
c)4¡'ncnlo c Lo lr.lcd.1..çu\ d€ Obrã! J'ribli(Jr Capílulô3: Costo Horário dos Fquip¡menlos

A perfuratriz sobre esteiras é úm equipâmento bem diferente da perfuratri¿ Wirth. Contudo, os parâme- para o cálclrlo do coeficiente de p.odUtividâde, ãdotou-se o avânço mínimo de 0,8 metros por hora (tâm-
tros âdotador no cálculo são extremamente aonservadores. A vida úti¡ é bâixâ, o valor residual é simbó- bém de forma conservadora). Considerando o diâmetro dâ fundação de 0,93 m, esse ãvanço corresponde
lico e o coefi(iente de manutenção extremâmente eìevado. Sempre que houver d¡ficuldade de obtenção ao volume de 0,543 m3/hora (otilizou-se a equâção do volume de um cilindro = 0.8 metros x L
D':l4)-
de pârâmetros té(nicos para o cá¡culo da vida úti¡, deve-se est¡mÀr vÀlores conservâdores. Para o cálculo
Como sâo perfurados 3 metros em cada estaca, a máquina fica 3,75 horâs em câda estâcã e ficà outras
do custo de oportun¡dêde, ôdotou-se uma tax¿ reâl de juros de 6% ao ano,
0,75 horas em troca entre at egtacas, totalizando 4,50 horas para perfurãr um volume de 2,04 mr (l me-
Também foj considerado o custo com o operador do equip¿mento, adotando-se o valor de Rg 19,42 pre- ttôsxÌ.Ù'zl4r.
visto no sicro (Pernambuco - 5eU2010). O coeficiente de consumo dos rollers bits foi obtido medianle a
expressão 0,8 x 1/150 (consumo horário do insumo na hipótese mais conservâdora. 5eu custo foi obtido
Portanto, o coeficiente de utilização do equipâmento é: 2,206 (4,5 horas/2,04 mr).
mediânte a multiplicðção da cotaçâo do Euro (R$ 2,50) pelo valor de aquisição (3.000 Euros). O valor da Considerândo que o equipamento passa parte do tempo operando e paate do tempo em e5pera, entre
energia elétr¡ca corresponde ao obtido no Sicro-2 e o coeficiente de consumo é dado pelo fator 137,7 a troca dãs estacas, deve-se utilizar na comp05ição de custo oñitário um (usto horário ponderado, dado
equivalente a multiplicaçåo do coeficiente 0,85 KWH x potência do equipamento (162 KW). O delâlha- pela seguinte equação:
mento do aálculo do curto horário se encontÍa a sequìr:
custo horário poñderâdo = (0,75l4,5 X R$266,81) + [(3,75l4,5) * 538,28] = R$ 493,04.

Tabela 94 - Denonstrat¡vo de cálculo do (usto horá¡¡o da perfuratriz Wirth A compos¡ção de custo ajustada com os novos coeficientes e com o custo horárío calculadot para â per-
furatriz Wirth é apresentada a seguirl

Tabe¡a 95 -Composi(ão de custo åjustâda para escavação em rocha com peffurâtr¡zWirth


co¡sposrÇÃo oE cusro HoRÁRto DE Equtpa¡tENro

ESSOR DE AR 755 PCM (CHP)


ýej
1.7q.
rJqr.qql
ÞÈñi.lrdÁrñ¿lvlÈi c/
úhtÈiõ ÞnFiiúlÍró ^aEssóRos
,.ao^at:

Adicioñalmente, o leitor pode conferir no site da Seinfra/CE uma compos¡çâo de custos para o referido
serviço: http://www.seinfra.ce.gov.brlindex.php/tabelâ-de-custos. Lá é âpresentada a seguinte composi
ção (incluímos um BDI de 28%):

Tabela 96. composição de custo para escavação em rocha com perfurafizwirth (5eìnfra/cE).

o coeficiente operativo calculado na r€solução do exercicio está ligeiramente superior ao coeficiente da


Seinfra/CE. O resultado é razoável, hâjâ vistâ que fo¡utìl¡zado o parámetro mais conservador deavanço (0,8
rnetrot4ìora). O preço un¡1ár¡o do equipamento da Seinfra/CE está l;geirâmente acima do que foi cêlcula_
do. Novãmente, de forma conçervadora, pode-se adotá-lo na anál¡se e apresentâr a seguinte composição:

?36 237
Orçim.Dlo c Con(rolc dc Prcços.le Obra5 Públic¡s

Tabela 97 - composiqão de custo ajustada para €scavação em rocha com perfuratt¡z Wirth

AO [4BA SUBI.¡E FLYCT (CH P H] 1:762


lCOl\,PRESSOR DE AR 765 PC ¡¿'l(CHP) ,; 1.7 6! raj,sjs rad.ril BDI
GUINDASTE SOARE PNEUS CAP 135TON i H 2,306 513 1.182,98
PERFURATRIZ WIRTH C/ACESSO R¡O S 2 206 z9sl 1.5U 20
2,117 176 372.59'
|\4ARTËLO PNEUI\,IA'T O que é BDI?
3.340
Quais rubricas corì1põem o BDI?
Como obter um BDI referencial para a obra a ser auditada?

Até o momento{oram expostas detalhadamentetodasas parceiâs docus,


to direto de uma obra- Contudo, chegou a hora de complica¡ um pouco
as coisasl
Mesmo as9¡m, o preço un¡tário obtido é representa menos da metâde do previsto nâ planilha orçamen-
tária dâ obra âud¡tadâ Afinà|, o que interessa de fato ¿o âudrtor de obras é a análise dos preços
e não dos custos de umâ obrã, A análise de preços deve-se dar sempre
mediante ã comparãção de preço contrâtado/orçado com aJgum preço
paaadigma de mercado, da seguinte forma:

Preco <= Pre.o

Cuslo Direto .-',&",,ù - BDl.c,...¡r".e. = Cu5lo Direto N."d,-" + BDt *..",..

A análise ¡5olada de apenar um dos componentes do prêço (custo direto


ol¡ BDI) não é suficiente pa¡ã saber se o orçâmento está (ompátivel com
os preços de mercado ou para caracterização de sobrepreço. Assim, um
BDlcontratualelevado pode ser compensâdo por um (usto dìreto contra-
tuâl abâixo do paradigma, de forma que o pre(o do servi(o contr¿tãdo
esteja ãbaixo do preço de mercado.

Portanto, o primeiro passo da análise do orçamento da obra é o estabe-


lecimento de um 8Dl pârâdigma, poìs a mâioria dos sistemäs referenc¡âis
of¡cìais de preço apresent¿ apenas o (usto d¡reto de execução dos servi-
ços A adoção de um BDI paradigmâ permitirá que â ånálise dos preços
unitários possa ser e{etuadâ.
Diante do exposto, negle (apitulo, apresenta-5e o conce¡to de BDI Boni-
-
ficaçòes e Despesas lndirer¿s, l¿mbem denominado
LDt - Lu(ro e Despe.
sðs Indiretâs
Vários conceitos podem ser utilizados para se compreender
o LDt. ExplÈ
çados de fo¡r¡as distintâs, tentam definír umâ parcel¿ do orçamento de
ob¡âs, em razão dâ suã
segnlentação em custos diretos e despesas ¡ndiretas.

238
Orçamenlo e Coûtrole de Preçosde Obras Públ¡c¿s

i
O lnstituto de Engenhðria conceitua BDlcomo "o retultado de uñê opeñção maternátìca pâra ind¡cat 9.1 Exigênci a de Detalhamento do BDI
a maryem que é cobrcda do cl¡ente inclu¡ndo todos os custot ¡nd¡rctot, tt¡butos eta. e logícamente sua
femune¡ação pel¿t fealização de um eñprcendimento".
prel¡minarmente. é importante destacarque a análise de BDlsó é possívelsetâltaxa
eqtivêr devidamente
MENDES e BASTOS| def¡ne¡n BDI como a "taxa aoffespondente às despetas ¡ndiretas e ao lucrc que,
nssim, ¿e formâ análoga à exigência de detalhamento dos custos unitáriot há necessidade
ieìal¡raAa.
apl¡cada ao custo direto de uñ empreendimento (mate a¡s, nião de obrc, equ¡pamentos), eleva-o ao de LDle dos respectivos pêrcentuais praticâdos'
Je se exigirdos licitanteso detâlhâmento dâ composição
tul n"."trld"d" rrl.gu não só påra reâlizâção de cr¡tica dos componentes (ons¡derêdos pelos licitantes'
que permita à Admin¡stração públ¡ca' con-
O TCU, na Decisão 255/1999-Pìñe¡ra Câmañ, definíu o BDI "como um percentual aplicado sobre o custo ;as tâmbém para a formação de uma memór¡ô de valores
parc chegat ao preço de venda a obra empresa. realizar orçamentot com prec¡são vez môiot
set ¿presentado ao clíente", ,ìJ"r"ndo asp".ulia,iOades de cada e
'âda
A equação abâixo é geralmente utifizad¿ para demoñstrar o que é o BDI e mostra-se exatâmente em o detalhamento da composição do BDI Possibilita também:
consonânciâ com a definição dada pela Dec¡são 255l1999 - Pr¡meira Câmara:

aferir a exequibilidade do orçamento;


PV = Cx (1 + BDI)
ver¡ficar â razoabilidade e embasar os cálculos de potsfveis aditivos <ontrâtuai5;
demonstrar que não há dupl¡c¡dade de pôgamentos'
Em que PV é o preço de venda e C representa o custo da obrã.

O BDI ¡n(lu¡ todos os custos e despesas não incìufdos no custo direto, os ¡mpostos e ma¡s o lucro do (ons- que por meio da Súmula n'258/2010
Tal questão encontra-te pac¡f¡cada na jurisprudência do TCU,
trutor Pode ser apli(ðdo sobre o total de custos direlos ou ao finâl de câda composição de custo, estândo
5ãctamentou
embutido no preço unitário de cada item dâ pl¿n¡lha orçâmentária.
e do BDI integrañ o
"Ascoñposiçôes de custos un¡tétios e o detalh¿tmento de encargossociais
O 8Dl geralmente apresenta-se composto pelat segu¡ntes parcelas ou rubricâs: engenha a' devem constâr dos
orçamento iue compõe o prcjeto bás¡co dê obÊ ou seru¡ço de
de e das ptoPottas das I¡citantes e não podem ser indicados mediante
aiexosdo ed¡¿t I¡c¡tação

despesas fin¿nceìrâs; uso da expressão 'ýerba' ou de un¡dadet genér¡cas"'

âdministrâção centrâl;
9.2 Parcelas que Compõem o BDI
impostos;

segufos e gêrantia;
9.2,1 Despesas financeiras
r¡scos (incertezas e cont¡ngênciâs);

Iucro; de finan-
As Despe5âs f¡nance¡ras são gastos relacioñâdos ôo custo do capital decorrente da necessidade
outros custos não in(luídos no custo direto ciamento exigida pelo fluxo de caixâ da obra e ocorrem sempre que os desembolsos âcumulâdos forem
superiores às-receitas acumuladas. Nâs oblas públicas, âs empresas constlutoras normãlmente necetsi-
pâ9èr
têm ¡nvest¡r capital, pois, sâlvo algumas exceções, as entidades contratantes só podem legâlmente
Apes¿r de 9er incorreto, é comum a incÌusão dâ Admin¡stração local e d¿ Mob¡lização no BDI pelos serviços åfetìvàmente real¡zados (Le¡ n.' 4 32011964, drliqos 62 e 63) e dispóem de 30 (trinta) dias
para realizar o pagamento, No entanto, a empresa pode equ¡librar 5eu fluxo de caixa com os p¡azos
ì
.gbtidos ¡unto aos seus fornecedores.

oca pitèl invest¡do pel s empresas pode ser própr¡o, quando utilizarem recursos que já postuam em seus
ixas, ou de terceiros, No câso do capitâl próplio, sua lemuneração normalmente é cal(ula da com bâse
custo de oportunidade do cap¡tal. ou seja, deve-se apurar qu¿l seria o rendimento 5e o caPita
lde giro
¡vesse aplicado no mercado finance¡ro naquele período. com relação a cap¡tàl de terce¡ros, deve'se
de
ar qual é o austo efet¡vo de f¡nanciâmento da empresa no mercado finàn(eiro par¿ â obtenção
Pitâl de 9¡ro.
s¡ttrações onde parte do cap¡tâl de giro aplicado é próprio e outra pârte provém de terceiros' sugere-
util¡zar o custo méd¡o ponderado de cap¡talcomo parâdigma para a tâxa de despetas finan(eiras
lMtNDttAndÉLBÆTotPairfciaR,Umðspe¿lopolèmicodororçahenlosd.ob¡aspùbli.as:Benefk¡ose0e5pe5arlndir.ias(oDr),Rev¡rt¡lCUNrtS.

......241
Orçáñeñlo e Co¡lrolc de Preços de Obras Públicas

Assim, å Administração deve resguardar-se de taxas abus¡vâs, pois o preço da obra não pode ser onerado
A fórmula correta, util¡zadâ pelo mercado finarì(e¡ro envolvendo cálculos com a taxâ 5el¡c é
por inef¡c¡ência operaciona¡ do executor, Dessa forma, â taxa de juros referencial pàrâ o mercado finân-
DU
ceiro é a tâxa SELIC, taxa ofic¡âl defìn¡da pelo comitê de políticà Monetária do Banco Central.
J = (1+i)252
o relatório que fund¿mentou o acórdâo 325/2007 - plenário âpresenta a sequinte fórmura parâ o cá!
culo da taxô de custo finance¡ro: em quel

J= taxâ de custo finânce¡ro;


r=(1 +¡)úo i= taxa ãnual da Sel¡c;
du = média de dias úte¡s entre os desembolsos para aquisição dos ¡nsumos necessários para exe-
em que: cução dè obra e o pâgameôto dos serviços executados.

J = tàxâ de custo finànceiro;


¡ = taxa mensa¡ Sel¡c; A referida equaçâo fo¡aceita peloTCU no recente Acórdão 2.369/2011 - Pìenário, que estabeleceu fâix¿s
referenciâis de BDI para alguns tipos de obra.
n = diâ9 entre a execução do serviço e efetivo pagamento.
Por sua vez, o lnstituto de Engenharia apresenta a segu¡nte equação
9,2.2 Administração central

{r.D3o x(1-t3o Uma das questões ma¡s polêmicar no cáÌculo do BDI é a determ¡nâção da taxa de Administração Central,
pois tod¿ empresa possui uma estrutur âdministrat¡vâ com custo e dimensão próprios, A sLrô represen-
tação no LDI de uma obra é def¡nida estabelecendo em que proporção esse custo é ¿propr¡¿do como
detpesa de uma obra, Pode ser de formâ integral, quando a empresa executà apenas uma obra, de fo¡-
Sendo ma parcìal, nâ hipótese de rateio entre várias obras exe(utadas pela empresa. ou, até mesmo, náo 5er
f apropriãda em uma obra especff¡ca, caso a empresa tenha como alocôr esses custos em outras ativ¡dades,
= taxa de custo financeiro;
i = tâxa de ¡nflação médi¿ do mês ou a rnédia dâ inflação mensal do, últimos meres; O lnstituto de Engenharia define como rateio da admín¡stração central â parcel¿ de despesa da Adminis'
tração central debitadô à determinâdâ obra segundo os critér;os estâbelecìdos pelã d¡reção da empresa.
j = juro mensal de financ¡amento do câpital de g¡ro cobrêdo pelas instituições financeirês;
As despesas da Administração central são aquelas incorridas durante um determinâdo perlodo (om sa-
n = número de d¡asdecorridos. lários de todo o pessoâl administrativo e técnico lotôdo na sede central, no âlmox¿¡ifado central, na oTi-
cina de mânutenção gerâ1, pró-labore de d¡retores, viageñs de func¡onários a serv¡ço, veículos, alugúé¡s,
consomos de energia, água, 9ás, telefone fixo ou móvel, combustfve¡, refe¡ções. transporte, materìais de
o rnrituto de Engenhãfiâ justifica a fórrnula apresentâda afirmando que o custo Ýinanceiro compreen-
escritório e de limpeza, seçluros etc.
de â perd¿ monetária decorrente da defasagem ent.e a data do eferivo desemborso e a data da
receita
correspondente e osjuro5 correspondenles âo finãn(¡amento da obrâ pelo executor, Diversos f¿tores podem influenciâr âs taxâs de âdministração centrâl prâticâdãs pelâs empresâs, Entre
ele5, pode-se citar: estrutura dâ empresâ, número de obr¿s que a empresa eslejâ execulândo no perÍodo,
A nosso ver a fórmula do rnstituto de Engenharia som¿ indevidamente a taxa de inflação à um juro de
complexidade e prazo das obras, bem como o faturamento da empresa,
f¡nanciamento de capitar de giro cobràdo peras instituiçöes financeirãs, a quarjá remunera ã expecta-
tiva ¡nf¡ac¡onária, àlém de remunerar o capitâl da inst¡tu¡ção f¡ñance¡ra e cobr¡r ã estruturâ de custos Daí, depreende-se que umà empresa com ma¡or número de obras poderá prâli(ar umâ tàxa de adminis-
âdmin¡strativos e tr¡bLrtárias dos bañcos, bem como cobrir a ¡nadimplêñci¿ de outros tomadores de em- fração central ¡nferior à empresa do mesmo porte com âpenãs um canteiro, Alguns autores apresentam
prést¡mos. Afinal, quando se toma um empréstimo bancárjo, pagà_se âpenas fâixâs referencìa¡s pâra a tâxâ de Administração Centr¿l:
a taxa âcordâda com a
¡nstitu¡çåo financeira. Então, não se v¡slumbra o mot¡vo de somara ¡nf¡ação média âojuro cobrado pelas
instituiçòes f inônceiras
Mozârt da 5ilva (2005) 5 a 15õ/o
Ademais. sendo a qu¿lific¿ção ecorìômico-financeíra umà das exigências previstas na Lei de L¡citaçóer e
contratos. Ao se contratar com a Administraçào púbrica, não se pode co;5ideràr no cárcuro do BDr que a Aldo Dórea (2006) 2 a 5% (no máxìmo)
construtora contratada tomará empréstimo bancário parâ obter capital de giro pârâ executar a ob¡a- É lcPo PtNt 6â t4% (porte da empresa)
de se esperar que a construtorâ execute ã obr¿ públicâ com câpital próprjo,
A fórrnula do Acórdão 32sr2oo7 - plenário não cons¡dera dev¡dâmente que os cálculos financeiros envol-
vendo â taxa Selíc devâm ser apropriâdor por diâ rltil, em uûìa base ¿nuàl de 252 dias úte¡ýâno.

..24i..............
;å.J.,i':ri,,,

Orçamenro eConlrolede Preços de Obras Públicas

Compor a taxa de Administrâção Centrêl depende dos gastos de câda empresa, os qua¡s são extrema- 9.2.3 lmpostos
mente var¡áveis em função do seu porte e dor contratos que administram.
Uma vez obtido o total das despesas mensais da Administrâção Centrãl da empresa, é necessár¡o saber
a) Iss
quãl é a cota de detpesâs que caber¡a a uma determinãd¿ obra, levando-se em conta o vâlor do fåtu-
ramento mensal dâ empresâ, o vâlor do contrato, teu ptovável fâturåmento e despesas diretas mensais O 155, conforme o art.7'da Le¡ Comp¡ementar n' 116/2003, tem como bâse de cálculo o preço do serv¡ço-
e o prazo de execução dos serviçot. A taxa do Rateio da Administr¿ção Central é obtida pela seguinte O art. 98 do Ato dðs D¡sposições Constitucionais Tr¿nsitóriâs, com a redação dâda pela Emendâ Cons-
fórmula: tituc¡onal n.'3712002, fixou â alíquota mín¡ma do ISS em 2% (do¡s por cento), ao passo que a alíquota
máximâ foi fixada em 5% (c¡nco por cento) pelo ãrt. 8', ll, da LC n" 11612003. os municípios gozam de
autonomià pâra f¡xar as alfquotas do 155, desde que respe¡tâdos tâis l¡mites.
DMAC*FMO*N Ainda existe mu¡ta controvérs¡a na questão da base de cálculo para âplicação da ¿líquota do 155. A
Rr" = ,.too
FMACXCDTo aplicação dã ãlíquota de l5S não deveria incidir sobre o custo dos materiais, pois resulta na b¡tr¡butação
dos materiais pelo ICMS e, depois, pelo 155. Porém, âlguns mun¡cíp¡os adot¿m o critério de (¿lcular o ISS
sobre o valor total da fatura da (onitlutora. fal fato pode ser ainda mais ¿gravado em casos nos quais o
Em quej
valor do material apli(ado ôprox¡mð'se ao do serviço prestado.
DMAC = Despesa mensal da Administração Centrãl
Tanto os contribuintes quanto o fisco ainda d¡scutem um posic¡onamento em relãção a esse assunto.
FMO = Faturamento Mensaldâ Obrâ Enquanto alguns mun¡cfp¡os possibi¡ítâm deduz¡r da base de cálculo os materiais àdquiridos de terceiros
e agregados a obra. outros entendem que o custo desses mater¡ais deve fâzer parte do preço do serviço
N = Prazo da obra em ûetet e, portanto, compor a base do lss.
FMAC = Faturamento lvlensa¡ d¿ Admin¡slração Central
D¡gamos que uma mesma empresa produza blocos de concreto em uma fil¡al e os util¡ze na execução de
CDIO = Ctisto Direto fotal da Obrâ uma obra. Neste caso é pacíf¡co que a empresa estará sujeita ao ICMS na comerciãlização e circulação dos
blocos e pagará 155 somente sobre o serviço agregado.

A equação apresentada é mu¡to út¡l parà a construtora câlcular rua taxa de admin¡str¿ção centrâ1, mat Por outro lado, se ao invés de produzirtais blocos, a construtora os adquir¡r de terceiros e os empregar na
obra, não sendo contribu¡nte do ICMS, estar¡a obr¡g¿da a ¡n(luir o custo desses m¿teriais na base do 155?
é inútil parô o gestor público ou para o auditor de obras. O administrador público ou o auditor de obrat
não conhecem â prìori qual o f¿tur¿mento e a estruturâ de custos da empresa que ¡rá gônhar a l¡citação Este é o centro da questão que vem sendo discutidâ há muito ternpo nos tr¡bunâis.
e executar a obra. Ass¡m, o ór9ão ou entidôde que for compor o BDI par¿ fins de lic¡tação deve avaliar
O texto da Lei Complementar 116/2001 não prevê a dedução de materia¡s utilizados na ativ¡dade de
com cr¡tério técn¡co qu¿lâ estrutu¡a mínima que deve serexig¡dâ dâ eûtpresa, abaixo do qual pode com-
construção civil, excetuando aque¡es produzido5 pelo própr¡o prestador, fora do loca¡da prestação, os
prometer umâ boa ge.tão do contrâto, mas conveñhamos que essa aval¡ação é extremamente subietiva. quak estariam sujeitos ao lCM5.
Observa-se que há grande ass¡metr¡a de inforrnaçóes entre o construtor e o ór9ão Iic¡tante (ou o auditor
Anteriormente, o Decreto-Lei 406/1 968 possibil¡tava a dedução dos materiais util¡zadot ¡ndependente-
de obras). Não resta alternativa pèra o contralante ou para o aud¡tor a não ser arbitraralgumataxa de ad-
ñente destesterem s¡do produzidos pelo própr¡o prestâdor do serviço ou adquiridos de terceiros. Aindâ
m¡nilração central ou est¡málà com base em dados histór¡cos de taxas praticadas em obrar remelhante'
ass¡m remanesciam d¡scussöes em torno do assunto. Em 20'10, o Supremo Tríbun¿l Federal - sTF, contra-
lsro porque a Le¡ n." 8.666/1993 exige que ã Admin¡stração públ¡ca eståbeleça os preços máx¡mos que riàndo dec¡são anter¡or do Superior Tribunal de Justiça - sTJ, decidiu pelâ possibilidade de dedução dos
está d¡sposta a pa9àr por uma determinada obra ou servjço. por conseguinte, é obr¡gada a estimar um hateriais na base de cálculo do l55, conforme segue:
BDI que resulte em um preço compâtíve¡ algum parâmetro de mer(¿do. Mas, como est¡mar um BDI
adequado se o órgão ¡i(itañte não sabe qu¿l será â empresa vencedora da licitação? Como estâbelecer
uma taxa de rateio da âdm¡nistração central sem conhecer a estrutura de custos ind¡retos e as rece¡tas "2- Este ftibunal, no julgamento do RE 603.497, de m¡nha rclator¡a, reconheceu a ex¡ttência
do lì.¡tânte ven.êdor? da repercussão geral da matéría pa? que os efe¡tos do art. 543-8 do CPC possam set apl¡câdos

Ne5se sentido. o Poder Públ¡co deve estâbelecer tâxas referencia¡s mín¡mas ou máximâs para o BDl, (om Esta Cofte fíûnou o entend¡mento no sent¡do da poss¡b¡tid¿de da dedução da base de cálculo
a f¡nalidade de coibir eventua¡s abusos de Iícitantes, desde que esse5 referenciais seiam demorìstrador de do lss dos ñater¡a¡s empregados na contttução civ¡|..."
forma transparente e baseados em sól¡dos fundâmentos té(n¡cos,
Como forma de supr¡r essa importånte lacuñð. por meio dos Acórdãos325nOO7 e 2.369/2011, arnbos do
julgañento do anteriores è Le¡complementar 116/2003, a¡nda tributa-
sTF é apl¡cávelapenôs aos casos
PIenário, o TCU real;zou estudo e estâbeleceu faixas referencia¡s do BDI e de suâs rubr¡câs para algung os no reg¡me estabelec¡do pelo Decreto-Leì 406/1 968. Por se tratar de um julgamento (om repercussão
tipos de obras. Os resullados encontram-se em outro tópico deste câpftulo. eral, ou seja, que abrange todos os contribuìntes em situação similâr, colocou um termo final nâquela
s5ão. Resta a¡ndâ ao Poder Judiciár¡o se pronunciâr, agora tendo como peça central a Le¡ Comple-
r 116/2003

)¿.i 245
Orçdñento e Coñtrole dc ÿreços de obra, pubricis

outro ãspecto do lss a ser observâdo pelo o¡çament¡sta é que,


de åcordo com a Lc r r 6/2003, no câso
serviços de construção (ivij, o tSS é devidô no |ocat dos Ademait o lRpJ e a CSSL não devem ser incluídos nos orçamentos
da prestiçao ao servif au a" ofr". OUr"ru"- de obras el¿borados pelos gestores
-se também que ¿r9umâs obras são execut¿das "i"içao públ¡cos, já que estão relacionados com o desempenho fínanceiro
simurt¿ne¿r""," ;;;ì.ípior, po, u*"rpro, da empresa e não €om ¿ execução do
estradas, gasodutos, adutoras, ¡inhas de t¡ânsmissão
e ferrovias. ";l,;;;r- serviço de construção civ¡lque está sendo orçâdo.

Dess¿ forma, quândo os serviços forem prestados no com base nesse raciocrnio, o Acórdão 325/2007 - prenário firnou
território de màis de um Munjcípio, dispõe o entendif¡en10 de que esses tributos
7", pdtágrcfo 1.. da c¡tada Lei que a base de o art. não devem ser incluidos no 8Dl.
cát(rt. d. tr¡;ri;;;;;;o',."i"1, .onrorrn" o .uro, ,
extensão dâ ferrovia, rôdovia, dutos e .ondutos
de qualquer naturea", a"1", ¿"'0r",q""|. O refer¡do entendimento é bastante questionado pelos construtores e poralguns
ao número de postes, existentes em câd¿ wrnicipio. oq engenheiros de custos.
o o4ameìtirì";J;;;;"r". "âtureza,
composiçåo
Alegam que o Relatório que deu origem ão citado Acórdão ignorou a tribr:úção pelo
lucro presumido,
do seu 8D¡ uma alíquota méd¡a ponderadà de
lSS. "a cuja ¡ncidência sobre o faturamento bruto é de i,08% para a CSLL e de 1,20% paà
o lRpJ.
Por fim, ressalta-se que o jcÀ¡s e o lpt nã
na compos;ção do BD¡' visto que são Segundo â Le¡ 9430/97, ¿ base de cálculo do lRpJ e dâ C5LL é o lucro real. presumido
diretamente no preço du considerados ou ârbitràdo, corres_
oo, inrl.iltrãm pondente ao período de ¡ncidênc¡a. pel¿ iegis¡ãção v¡gente, na opção pelo
"quiriçao lucro real. ê base de cálculo
desres dois tributos é o ¡uc.o real apurado. porém, nos regimes de h.rcro presumido
ou arbitrado, a bãse
b) PIS e COFINS
de cálculo é o vâlor do faturamento.
No c¿so de empretas tributadas com bãse no lucro real, situação
O Programa de lntegração Social (pls) foi inst¡tuÍdo pelð teiComplementar n.7, de das congtrutoras que faturam mais de
7 cle setembro de R$ 48 m¡lhões por ano, mostra-se bastânte ¡ógica ersa não inc¡urão
1970. do importo de renda no BDl, já que
A Contr¡buição Soc¡¿l pâra Financ¡¿mento por não ser um ¡mposto que incide especific¿mente sobre o faturômento,
dâ Seguridade Social (COFINS) foi instituída pela não pode ser classificado como
mentar n.70, de 30 de dezembro de 199 Le¡ Comple, despesâ ¡ndireta decorrente da execução de determinado serviço.
1, com a finalidôde de financiar as despesas das ¿reas de
previdência saj¿e,
e Arsistêncià social. De acordo com MENDES e BASTOS3, se a contratante concordar em pagâr
Com a Le¡ n. 10.637, de 30 de dezembro
determjnâda taxa percentuâl
de 2002, foi estabefecido o sistema não do ¡mposto de renda embut¡da no BDl, estará pagando um gasto que
cumulativo pâra o cál_ ria verdade é imprevisível, poden_
cuto desta contribuição parâ o p¡s, pass¿ndo
produtivo. A alíquota do trjbuto no
cesso
e¡" u in.¡d¡r ulr"iuoîå .uo" r;;.;;;u;
oo oro_
do coincidir ou não com o valor pactuado como despesa ¡nd¡ret¿. Ádemais, pode
âté ser que âo finâl do
regime não cumulativo foi.u;-o.uäãJo,ssø, "ruo" exercício o desenpenho fínanceiro negativo de outras obras
p".u r,osø. da contratada suprante o rucro obtido com
Com o advento da Lej n. .10.833, de a obra da contratante, e aquela, de âcordo com â atual
29 de dezembro de 200j, à apuração nao leg¡s¡âção f¡sc¿¡, não recoiha Imposto de Renda,
tambérì pàra ô COF¡NS, (om ãlteração da alí quota cumr.rlativa fo, Ass¡m, teria sido ressarcido à contratada o vâlor de uma despesa qr.re,
ae "r*nd"" na verdade, não se efetivara.
para Z"t" l,[U"
A âplicàção da não cumulâtividade de pts Êntende-se que há ceato exâgero nar críticas ao referido
entend¡mento do Tribunal, provavelmente por
o: tb.* d: construçào civil tem sido sistemati- não se observar que as or¡entaçöes cont¡das no Acótdão
càrnenre prorrogâda¿. Aré o ro."n,o :t 3ZS12OO7 destinaûì_se aos ¿dñinistradores pú_
blicos, e não a parti(ulares. i:
aaoe sisnifica a-posib;,i0";" ".1^t:11:.-Ti"
o;;;";;::i:T"",1?:i;::l'#:i::iiií:i"lfii;Tï.î1."1ïflï1".,iï
o art. 3. da referida norma, sobre os com efeito, ajurisprudência doTcu admite â regularidade j1
valor de as Iic¡tantes indicârem forma destacadð
que ¿s pessoas jurídi(as tributàdas per;;mTj:,i'J""j"iijtrlï:::j;ili;,1ïi::ï.Í::#:å:* o IRPJ e ê cslr- em suas propostas, como escrare<e o
5umário do Acórdão r.591/2008
c,e

- prenário:
âs optàhtes pelo s¡mples não se
enquãdram no¡ovo sisteña de não .rmrt"tiuiO"J". o, .u¡a,
cem sujeitas ås normas da regir¡ação do prs permane-
10.813/2003, respectivamente, consoânte
e aa coHNS vigenres anter;;;# ; Le¡s 10.637n002 e "2. A indkðção em destacado na composíção do RDI do imposto de
o art. 8., incisos lI, e art. rcnda pesroa juríc!¡cã e
e 10. incisos ¡l e l , da, referidâç leis. da contübu¡ção so.iat sobrc o lu.ro líquido não acarrcta, por si
,ó, prcjuízo, ao eér¡o, po¡s é
legít¡mo que as emprcsas considercm essestrìbutos quando do cátcub
c) lmposto de Renda pessoa Jurídica e Contr¡buição
âa equaçâo e.onôñico_
Social sobre o Lucro L¡quido -f¡nanceìra de sua proposta."
O IRPJ e â CSLL, por serem tributos diretos
ou", oor sua naturezâ' não repercutem econom¡(a-
mente, isto é, não transferem par¿ ter.",]^--ttllltot
uointes ¡personarissimos,
^;;il,
;.;;iïå i,ä"åTl1iiîiliî,..;;i:::U;';îil** * -",u
Atuâlmente, os entendimentos do Tcu
oos e encontram-se sintetizâdos
sobre ð excrusão do
na Súmul¿ n.25412010:
¡RpJ e dâ cssl na taxâ de BDrestão paa¡f¡(a- t$
lr
t,ìJl

"O IRPJ - lmposto de Renda pessoa Jurídicà-e â CSLL Contribu¡çâo


A última prorogðção - Soc¡al sobte o Lucro Líqui_
..r¡_"". * i,i.",.."[,ù teil2.l75l1o,futodàrôr
2 se deupetð d¿,MP¡ee.
d;;;;óñi';ö dJJy:To Þórceôu ð àúrorrdçåo resar pdð qùe õ ompfe,¿s dpco¡roráô(iÝir
**b'ode ¿0rs 0¿r,so8'da Lei r2.rrvto are,o, a,eiaç;oao
_que
d-o - não se consubstanciañ em despesa ¡ndireta pâsrível de inclusão na taxa de Bonifìcações e iif
L"i ro.¡¡yo¡. q,.o^,ou, u;giî;;;;À;l#,äi;J" ir.iso xx do ¿ñid ro da Despetas lndiretas - B D/ do or(am ento-bâge d¿ licitação,
haja vistâ a nãturcza direta e persona-
'Â(igo Io ' lx A5 re@rtas dkoffentosda exe(ução po¡ àdmin¡srfaç¿o, eDpfeil¿da llst¡aa desses tr¡butot, que onercm pessoalmente o contratado.- ìtå;
ou sub.mp¡eiÞd¡,deobfasdeconrruçãodvjt.
ât¿ 31 de dezeñbfo de llttilo nosso)
ltHt

I MÊNO¡I¡n¡'é
! ¡¡s¡ot rulr¡cia R. um asp!(to Polômicodor orç¿menros de obfas púbtic¿ÿ Benefk¡os e Dêsperâs iñdtelas (BD]).84i!ta ¡cu Nr 88.
t$l
Andr¿ p.!h,oni Breri .......246

lffit
Orçâñentoe Conlrolc de Preços de Obr¡s Públi.âs

observ¿-se que o entendimento consolidado do Tribunal limitou a exchrsão do lR e da csLL do BDI ape- A taxa de riscot é determ¡nada em percentual sobre o custo direto da obra e depende de uma ânál¡se
na5 ao orçamento base do órgão licitante. global do risco do empreend¡mento em termos orçâmentár¡os.
O an. 125 da tei n" 12.465/2011 (LDO/2012) posit¡vou o mesmo entendimento, aplicável apenâs âo preço Nos contratos firmados com a Admin¡stração públicâ, aspectos que ensejarem solicitação de reequilíbrio
de referência das obras: económico-finànce¡ro, como a var¡¿ção cãmbial (e o seguro - hedge) não devem ser ¡ncluídos nâ rubr¡ca
de rircos e imprevistos.
"9 7o O preço de rcfeñnc¡a das obras e setuiços de engenhariê tetá aqùele rcsultante da coñ-
po,¡ção do cugto unitìát¡o d¡reto do sistema utilizado, acrcsaido do percentual de Benefícíos e Ademais, não se pode def¡nir o percentual de riscos ot¡ contingêñ(ias no BDI sem levar em <onsideração
Despesas Indirctas - BDI, evidenciando e¡n suã composìção, no ñfniÌno: o regime de execução contr¿tuâ1. lJm rnesmo empreendimento pode ser contratado por diversos regi-
(...) mes de execução contratual:

ll - percentua¡s de tríbutos inc¡dentes sobre o prcço do serv¡ço, exclufdos aqueles de natureza


d¡rcta e penonêlíst¡ca que onerañ o contratado:" empre¡tada por preço unitário;
Ante o exposto, conclu¡-se que esses dispos¡tivos não v¡nculam a proposta do particular, mas apenas ot empreitadè por preço globâl;
orçamentos elaborados pelos agentes públ¡cos.
empreitadâ integral;
contratação integrada (turn ke)4;
9,2.4 Seguros e Garantia
obra por administração contratada;
siçtemã miçtô
A fim de se resguardar de incidentes no empreendimento. o construtor pode firmarcontrato de reguro,
para ser ¡ndenizado pela ocorrên(ia de eventua¡s s¡n¡stros. Dessa forma, o seguro deve corresponder a
objetos def¡n¡dos da obra, pelos quais o empreendedor desejâ ser ressarcido no caso de perdôs e pode No regime de empreitadâ por preço global ou preço f¡xo, a execução de toda â obra é acertâdâ por um
abranger casos de roubo. furto, incêndio, responsabilidade civil, riscos de engenhariâ, perda de máqui' preço certo, o qual inclui ã execução de todos os serviços e tem o seu vêlor imutável em moeda constante.
nas oLl equipamentos, entre outros aspector das obfas civ¡s. Os reajustes corìtratuêi5 obvi¿mente não transformam o contrâto em uma modalidade de preço móvel.

Por sua vez, a 9ârant¡a contr¿tual está previstâ no art. 56 dâ Lei n." 8.666/19934, que estêtui poder à Ad- A eûpre¡tada integrâ¡, outra modalidade de contrato por preço f¡xo, se assemelha ao preço global. nô
ministrãção Pública para exigi-la. medida em que o preço do contrato é ¡mutável em moeda constante. No entanto, nè empre¡tada in-
Esta exigênc¡a faz parte das cautelas que â Administração Públ¡(a pode tomar para arsegurar o rucesso ..il: tegral se cont.âta um empreendimento em sua totalidàde, compreendendo todas as etapas dàs obras,
da contrat¿ção. Trata-se, contudo, de ex¡géncia discric¡onári¿, que poderá ser requer¡da nâs hipóteses serviços, fornec¡menlor e inJtalações necessáriås, 5ob inteira responsab¡lidade dâ contrâtada até a entre-
em que existirem riicos de lesão ao interesse públ¡co. caso contrár¡o, a Adm¡n¡str¿ção pública não neces- ga ao contratante em condiçöes de entrada em operação, atendidos os requisitos técnicos e legais para
s¡tará ¡mpô-la. A exigência de garantia deve sempre (onstar do instrumento convocatório. sua ut¡lização em cond¡ções de segutança estrutuaâl e operâc¡onal e com at características adequadas às
fihâlidàdes para que foi contrâtâda.
As garantias e or seguros das obr¡gaçõer contratua¡s são custos que resultam de ex¡gênc¡as cont¡das
nos editãis de I¡citação e só podem ser estimadas câso a caso, med¡ante ava¡¡ação do ônus econôm¡co- A contratação ¡ntegradd (turn keý, novo rcg¡me de execução (ontratuãl de obras públic¿s criado pela
-financeiro que poderá recâir sobre o lic¡tante. Leì 12.46212011 que institui o RDC (Regime Diferenc¡ado de Contratações públi(as), diferencia-se da
erhpreitada ¡ntegral baricamente pelo fâto de. no primeiro câso, a contratad¿ licar encarregadå da ela-
boração do projeto bás¡co. Na contratação ¡ntegrada, â obrã é licitadâ com base no anteprojeto de en-
9.2.5 Riscos (lncertez¿s e Contin8ências) 'genharià, ao pâsso que no regime de empreitada integral exige-se que a Administração Pública elabore
projeto básico com elevado nível de detalhamento. Nâ execução da obra em si, âpós a conclusão do pro-
básico, a contratèção ¡ntegrada é ¡dêntica à empreitada ¡ntegrâ1, ficôndo o construtor responsável
O lnst¡tuto de Engenharia conceitua a taxa de risco do empreendìmento como âquela que se "apl/r¿
para empre¡tadat por preço un¡tário, prcço fixo, global ou ¡ntegß|, para aobrir eventua¡s iôcertez¿t. Portodas as etapas d¿s obras, serv¡ços, fornecimentos e instal açòes necessár¡as, atè a eñtrega do objeto
o contratante, em cond¡ções de entrâda em operação.
decoffentes de om¡ssão de seN¡çot, quant¡tãt¡vos ¡ffealistas ou ¡nsufic¡entes, prcjetos malfe¡tos ou inde'
fínídos, etpecif¡cações def¡c¡entes, ¡nexistência de sondagem do teteoo etc.". contrâto de preço fixo, seja global ou ¡ntegral, pressupôe uma definição minuciosâ de todog os com-
tes da obrâ, de modo que os cuttos possam ser estimâdos com uma margem míñima de ¡ncertez¿
A¡nda existem ocorrências ñão previstãs em projetos e que podem repercutir no custo dã obrè e deverão
contrato de preço fìxo, as quantidâdes dos serviços sáo prev¡amente determinadas, arcando a aons-
ser arcadâs pelo contratado. Entre elâs podemos cit¿r: perdas excessivâs de material (devido è quebra ou
ra com eventuaís etros ou omi55ões na quant¡ficação de cada terv¡ço.
retrabalho). perdas de eficiência de mão de obra, greves e cond¡çóer climáticas atípicas.
contratâ ção ¡ntegrâda se assemelha em termos de risco à empreitada integrã1, d¡ferindo do 5egundo
r¿s, p¡4i5ra ¡o iñrrumenro convdatór¡q p.derá ier e¡igldô prcraçáo de
nàs quando à respons¿rbi¡¡dade pelã elaboração do projeto básico, que pas5ã å ser contratado
4 Lei 8-666/9lr 'À¡t- 56 À cr té¡io da ¿uro¡idade @mpdenrq em .¿dã ¿ desde que
ga¡anlia nas (onÍaÈções dè ohar seryiços e compraL

-...................... 24fl
Orçarnentô eConl.ole.le Preços de Obr¿s púbticâs

Nâ empreitada por preços unitários, o contrâtâdo se obrigâ a executar cada unidade de serviço previa-
mente definidâ por um determinado preço acordado. Ass¡m, o construtor contrata apenas o preço uni-
Tabela 98 - Grau de r¡sco do construtor em fu¡çáo do reg¡me de execução contratual

tár¡o de câda serviço, recebendo pelas qu¿ntidâdes efet¡vamente executàdas.


No contrato por preços unitários, o vâlor final do contrato pode oscilar para mais ou para menos, em
função da precisão na qual foram est¡mados os quantitât¡vos de serviços. Assim, no regime de preços
un¡tários, o construtor não corre risco nos quãntitativos contratðdos, No entanto, assume os riscos de Elevãdl$tho MatsEleÿado
haver alguma variâção no preço dos insumos necessários parê a execução dos serv¡ço, ou¡ até mesmo,
riscot com o desperdíc¡o de materia¡s ou improdutiv¡dades de mão de obra e equ¡pamentos.

O regime de administração, exemp¡o de uma mod¿lidade de preço móvel, não é mais válido (omo
regime de execução p¿ra contratos âdrninistràtivos. contudo. ainda é muito util¡zado nos contrâtos B¿ixo sc houve. co¡trotr
rißorcso d€ ndições e rôr
privados. Neste reg¡ñe, há o reemborso das despesâs incorridas pelà empreiteirâ
e o construtor cobr¿ ll.¡rado a pãnlrde !n projêto.
uma taxâ, previamente estabelecida, a ser ôplicãdâ sobre os gastos totâii da obra. As5im, o construtor
quase não ¿ssume ris(os, se houvervariação not quântitativos e preços unitários
dos insumos, esses serâo lnterñd.liár¡o, so houvc¡
arcâdos pe¡o contratènte.5e houver improdutividades oo desperdicios, esses, em regr¿¡ são de rerpon_ côhtrole p¿lo ÞroIrrielário,
sabi¡¡dâde do contratante.
lntermcdiário, se hoùvêr
No regime por administração, pode hôver umô remunerâção em termos peraentuais da, despesÀs cont.le pelo rrroÞ¡idárjo.
reem_
bolsadas ou uma remunerâção est¿belecida em montante fixo. Outra vâriante deste tjpo de regjme
é
a remuneração percentual sobre as despesas, não podendo, entretônto, ultrâpârsar determinado teto,
tornando a remuner¿ção fixa a part¡r de certo vâlor dos custos reembolsados,
Nos contrâtos por administração com remunerâção per(entual sobre o valor dos serv¡ços, o consttutor
prâticamente não corre riscos, po¡s todos os seus custos são reembolsados. 9.2.6 Lucro
Por outro lâdo, nos contratos por ãdministrâção com remuneração fixa, existe o ¡ncentivo de redução
do prazo de construção por parte do executor da obra, mas este assume alguns riscos e tende a repasrar O lucro (ou margem) esper¿do num contrato de obras civis é expresso por um percentual
sobre o valor
estãg cont¡n9ênCias pàrã o preço de sua remuneraçáo, do contrato disposto como parceìa do LDL Esse percentual é determìnante paà formaçâo
do preço da
obra e, embora seiâ fruto da expectôtiva de cada licitante, pode ser previsto
Em suma, em termos de risco, é obvio que na empreitada por preço global o conrtrutor arca (om
um pãdrão p¿râ câda ràmo
mãiore9 de atividade econômica No cago dos contratos administrativos, o próprìo
históri¿o de percentuai, prati-
riscos do que na empreitada por preço unitário, que, por sua vez, represent¿ rjscoj maiores que
do no cados pode fornecer uma referência para esse padráo,
reg¡me de administração.
Nesse ponto, novamente há grande attimetr¡a de jnformações
entre o construtor e o o rqão l¡c¡tante (ou
Essadiferenciação no grêu de risco em função do tipo de regime adotado traduz_se no BDt que será co- o auditor de obrat. O <onstrutor ¿rb¡tra sua expectativa de remunerâção
brado pela construtorã. A tàbela a seguir ilustra âs conclusóes expostâs ãnteriormente: e formula sua proposta de
preços com b¿se em um¿ expectâtiva
- de ganhos, que é puramente subjet¡vâ. Por suâ vez, o (ontratànte
e o ðud¡tor de obraç !ó d¡ spöem de umà forrna de estimar
o per(entualde lu(ro, bâseando-se em peÊ
centuais praticados em obras anteriores com característ¡cas
similares
Osú Itimos ertudos fe¡tos abordãndo o
Gempre) polêmico a5runto do BDltêm procurado re¡acionar o
rcentualde BDI prôticado com o vâlor da obrô
9 estudo do TCU que baseou recente Acórdão 2.369/2011 _ plenário, foi observôdo que o percentual do
variàva de form¿ ¡nversâ com o vâlor da obrâ, Dessa forma,
a refer¡da decisão êstabele.eu v¿lores
erenciais de BDt para c¡nco fà¡xãs distintar
de valor:

Parâ contratos de até R$ 150 mil;

Pârâ conrratos de R$ 150 m¡l a Rg r,5 milhão;

Parâ contratos de R$ 1,5 milhão a Rg 75 m¡thões;

Parå contratos de R$ 75 m¡lhõesã Rg 1SO m¡lhões;

Parè conrr¿tos mãiores de que Rg 150 milhöes.

2s9
O.çâhenlo e Co¡lrole de Preçot de Obrãs púbticàs

il
Trata-se de uma hipótele razoável, pois à medidã que o vâìor do coñtrato ¿umenta, o valor do lucro que os conlrutores trabalhem atualrìente ño B¡a5il com taxas de BDI mais elevadas, no patamar de 30olo
também ¿umentã em termos ¿bsolutos, mesmo com â redução do per(entual apl¡côdo no BDl.
a 15%, as quð¡s ¡nc¡dindo sobre seus custor reait resultem em preços inferiores ao9 obtidos med¡¿nte a
A versâo do 5¡cro-3 que foidisponibil¡zada p¿ra consulta púbrica propôs urn fatorde escala a ser âplicado incidênci¿ detaxas de BDI "referenciâis" mâ¡s bâixas. no patamâr de 20% a 25%, sobre (ustos referenciais
à rubrica "lu(ro" do BDl. A justificâtiva desge modelo foi baseâda no f¿to de que determinado percen- mâis elevados. Novamente convém reproduzir a equação que talvez seja a mais ¡mportante desse livro:
tual prev¡sto pâra o lucro pode ser sign¡î¡cativo pâra obrês de grande porte e insuf¡ciente pâra obrês
menores. Assim, haver¡a necessidade de ajustãr o percentual prev¡sto pâra o ¡ucro Com â cons¡deração Custo Dheto ,""ù,ßd, + BDI ,-,,"-,.= Custo Dir"to *"0,* + BDlr,ro^
de
um fator de escãlâ. O referido fator seria calculado â pârt¡r da segu¡nte equâçâo:

Fescala = K (l.Vobrã/Vl¡m) ûu seja, há uma razoável mãrgem pôrâ o empreiteiro prãticâr o seu BDl, hajã vistà que os custos toma-
dos como parâd¡gmê proveem de fontet extremamente conserv¿doras. Portanto, não há de se fal¿r em
tabelamento de lucro.
K = percentuêl est¡mado em 50ó
Vobr¿ = Valor da Obra
Vlim = 59 Y¡"¡ 9.3 Fórmula de Cálculo do BDI
Vref = Vãlor cons¡derado para as l¡citações na
modalidade de concorrência
Não existe uma ún¡cã fórmula de cálculo do BDl. A Bibliograf¡a apresenta diversas metodologìat, O ln9-
tituto de Engenharia ¿presentà ¿ segu¡nte equaçåo:
o referido modelo ainda não foi aplicado em ricitações (onduzidas pelo DNll, prejudicando sua avâria-
ção. Pela expressão apresent¿¡da. ãs obras com valores inleriores ao v.r recebem um acréscimo pos¡t¡vo * ¡X1* r){1* r)
BDr= fl(r ì_ rl,roo
do fator escala, até uñ máximo de 5%, a ser adicionado à taxâ de lucro. A, demâ¡s obras, com valores
l(1-(t+s+c+t) , i
superiores, não recebem o acréscimo ño percentuâl de lucro esperado rel¿tivo âo fator de esc¿la. Desga
forma, o novo s¡stema de custor do DNIT êdotar¡a no BDI valores de lucro var¡ando de 5% a iO%, con_
Êm que:
forme o porte da obra,
i= tàxa de Adm¡nistração Central;
LoPEss apresentou outro estudo com o percentuâl de Iucro var¡ando de forma decrescente com o vãlor
dâ obra. O refer¡do estudo considerou c¡nco vãlores de obrasÌ Rg l5 mil, RS i50 m¡1, R$ 1,5 mi¡hão, Rg l5 r = tâxâ de risco do empreendimento;
m¡lhões e R$ 150 milhóes. o percentu¿¡ referencìal de lucro bruto do modelo desenvolvido v a o\r de7o/o f = taxa de cugto finânce¡ro do cap¡tal de g¡ro;
(obrâ de R$ 15 mil) para 6% (obrâ de R$ t50 mi¡hões).
t = laxa de tributos federai5;
Todos os modelos apresentados ôcima são fontes de frequentes críticâs de ent¡dades li9âdas ao setor
de construção c¡vil. Entende-se, de forma equivocada, que se pretende tabelàr ou lim¡tar o lucro dâ, s =taxa de tríbuto munìc¡pal- 155;

construtorât o que não é verdade. Tâ¡s afirmações só podem ser f.uto dâ ¿ss¡metria de informações c= taxa de despesas de comerci¿lização;
ex¡stentes entre os construtores e os órgãot licitanter,
l= ¡ucro ou remuneração l¡quida da empresa.
A Lei n.'8.666/1993 exige qoe a Adm¡n¡stração pública ertabeleçâ 05 preços máximos que está d¡sporta
a pagar por umâ determ¡nada obra ou serv¡ço. por (onseguinte. obtém o custo direto dos ,erv¡ços me-
diante cotação junto a fornecedores ou pesquisâs em sistemas referenc¡air de custot, para compor um No numerådor estão âs taxas de despesas indiretês que são função dos custos diretos. Portänto, não é
preço, a Administração se vê obrigada a fazer inc¡d¡r sobre o custo d¡reto apurado um BDI que resulte possÍvel obler as taxas de despesas indiretas sem conhecer os custos diretos,

em um pteço compat¡vel algum parâmetro de mercâdo. Mas, Como estimat um percentual de lucro,e tal .. No denomìnador estão at taxas dos Tributos. taxà de despesàs de comerc¡alizãção mais a tâxa do lucro,
grandeza é estimada de forma preponderantemente jubjet¡va pelo empreiteiro? .:.'que são função do preço de vendà.
Por fim. deve.se es(larecer que tabelâs referencia¡s de BDl, a exemplo das aprerentada! pelo A<órd I Sistemã de Custor Rodoviários - Sicro-2 do DNIT- adot¿ ¿ segu¡nte equà(ão para o cálculo do BDI
2.3692011 - Plenário, rão válidas essencialmente para aplicâção com custos obtidos em sistemas refe.
renciâis dâ administração públic¿, assunto trâtado em capituro à frente, os quais tendem a ser custog
â.tif¡c¡almente ¡nflados por uma série de fatores, em espec¡al pelos eleitog cotação e barganha. (r+Ac+AL+pF+R)_l
BDt_
5êbe-se que os custos obtidos em sìsterìas referenc¡a¡s como o sinapi têm uma tendênc¡a ã èpresenlar (r-l-L)
alguma "gordurâ" er¡ relação aos custos reôis dos construtores. Dessa forma, entende_se que é provável
Em que:

AC é â tàx¿ de r¿teio da administração central;


5 LOPE9 Alan de oliv¿irà, BDt Referendat com Base no po¡1e e t*ati¡açãoda Ob,â, X sinaop. pono Aleqre 2l]t O,

2si
Orçamenlo e Cônt¡ole de preços dê Ob¡as púbJicas

AL é uma taxa de administrèção local;


fabela 99 - Efe¡to da alteração de tr¡butos no percenlualde lucro do BDI-conPa¡açáo entre o lucro no numera'
R correspoñde aos riscos e ¡mprevistos; dor e no denominador da fórmula de (álct¡fo do gDl. Neste caso, mant€ve_se constante o valo¡ âbsoluto do luclo

DF é â taxa representat¡va das despesas f¡nanceiras;

L corresponde ao lu(ro bruto;


s¡tuâcâo aþósÂmento do ¡5s
Ié a taxa representativa dos impostos (plS. COFINS e ISS)

O Relâtór¡oque embâsou o Acórdão 325pOO7 plená rio âpresent¿ a seguinte


- equação pôrà o cálculo do BDI:
DesDÈsas FinrnæiEs ¡DFl
ssk;ìrio

1+ Ac / t00) 1+ DF /100)(1+ R / 100 1+ L i 100)


LD¡ = x100
,(#J) 37,750,44

Ao interpretårmos as referida equàções, surge a primeira questão a ser escrârecid¿: a ¡nc¡dência (umurat¡va
ou não de algumas rubricas que compõem o BDl. Talcumulât¡vidade é adotãda nâ equação do
lnst¡tuto de
Êngenharia e na equação do A<órdão 32snoor, sendo decorrente da murtipricação
das pÂrceras do BDr no nu- Obsêrva-se qu€ o percentual de ¡ucro, calculado sobre o custo d¡reto, após ¿ ¡ncidên'iã dâs tâxas de ra_
merador da equ¿ção. Entende5e ¿dequadà a incidênciô (umu¡ât¡va da taxa de despesas
financeiras ,,f,, sobre teio da administr¿ção central, despesas f¡nânceirat e r¡scos, manteve_se constante em 8%, ao pâsso que
as tãxas de administrâção central ,,i,, e de r¡scos e imprev¡'tos ,,r,,, hêjà vista que o percentual do lucro apurado sobre o preço de venda foi alterâdo de 6,91% parc 6,77o/o Tal altetação
etas duas últimas derpesas
podem ser desembolsad¿t antecipâdamente, gerando um efetívo ônusl¡nanceiro
âo construtor é necessária para preserv¿r o v¿lor do lucro no mesmo montante finônceiro de R$ 85 648,00'

No entanto, observ¿_se que à fórmul¿ ap¡esentada pelo rnstituto de Engenharià fâz


inc¡dir a taxa dê r¡scos e Nfanter a taxa de lucro 50bre o preço de venda constânte, após o aumento de ¡mposto5. acârretaria na
imprevistos sobre âs despêsas indiretas deâdmin¡rtração centrãlda empresa, oque não
é adequado, pois a taxè absurd¿ situação apresentãdâ na tabelå seguinte, em que se pode observâr que o vãlor absoluto do
de riscos e imprev¡stos deveria incidir âpen¿s sobre o custo d¡reto da obra, viro que a empreiteira,ó
inco*eem lucro aumentou para R$ 87.610,68, após ¿urnento do l5s para mànter o SeU percentLrâl conçtânte sobre
riscos adic¡onais qu¿ndo eTetivâmente executâ obras. como exempro de
tar equÍvoco, não se encontra ju,tifi, o preço de venda em 6,91%. Como contequêncìa, o percentual de lucro incídenle sobre o (usto direto
cativâ plausíve¡para a incidência de umatâxa de risco sobre o pró-rabore dos sóc¡os âumentou de 8% para 8.67%.
da construtora, uma típica
despes¿ indireta inc¡uída natâxa de rate;o da adminitr¿ção (entrâ1.
Tal h¡pótese é acintosãmente ilegâ1, por causar o desequ¡líbrio da equação econômicâ-finânceira do
As despesas cornâdm¡nilração centrâltêm nêtureza semelhante âoscustoslixos, ou seja, dentro de certos parå_ contr¿to contr¿ a Administração Públi(a. De i9uâl modo, não encontrâ amparo em quâlquer teoria eco-
metros nãov¿riam (om o aumento ou com a dim¡nu¡ção dâ produçâo, Existem flutuações
nas despesas com ad- nôm¡ca, pois se desconhece Âlguma situação na qual um aumento da cargâ tributária corresponda a um
min¡lração central da empresa, porém, tâisvaríaçõesjá se encontr¿m contabjlizadar no ciilculo da aumento do lúcro do contribuinte
taxa de râteio
da adminigtr¿ção central, gerãlmenteâpurada pelos construtores com base em suas médias
h¡stóricas de despesas.
Tabela l0o - Efe¡to da alteração de lr¡butos no percentual de lucto do BÐl - comparaøo ente o luso no numetador e no
outro aspecto polêmico é a inc¡usão da taxa de rucro no denominador ou no nuñeràdor da equ¿ção,
os au, de¡om¡nador da fórmula de cáloio do BDl. Nele (aso, nântevese conslante o p€r(entual do luøo sobre o preço de vendâ
tores que incluem a tàxa de rucro no denominador da frâção argumentâm que. portoda
â riteratura rerat¡v¿ à
(onlabilidade de custos, o lucro é o resultãdo fínâldas operações de venda.
Assim, consideraro lucro er¡ função
do custo direto e não em função dovalorde venda seria um erroconceitu¿1.
¡..,,ìtrtr.':::).-r. .::_.sttuàtåo¡ôh rssortoliat
No entânto. o procedimento de inc¡dir ãs mà.gens de rucro sobre o preço de venda bruto (pvB)
enfrenta crÍtica9
de alguns åutoret pois târ metodorogia propicia a prát¡ca dê rucros sobre os impostos .4dmi',krm.ão cenLrãl l,Acì
e demais despesâs de
venda. Por outro lado, a ut¡lizaçãoda margem sobre o preço de venda líquido (pVL) proporc¡onà
um preço de
venda menor com a mesma mârgem percentuâr de lucro, hâja virâ que não ocofre a incidênci de lucro 50bre
os impostos e despesàs com vendâs.

Ademais, caso haja aumento de impo'.os sem nenhum iñcremento do c¡Jçto direto,
o lucrq quando referido ao
preço de vendâ, irátìmbém aumenta[ sem sentido âparentq porquanto
não houve nenhum aumento cro custo
direto que just¡Ticasse expânrão do rucro estaberecido pera empresã. por exempro, conriderando
um cãso hipoté-
t¡co âpresentàdo na tabel åbâixo. er¡ que houve a ¿rter¿ção da aríquota de rss de 3% para
5%, observê-se qìre,
rñantidas todas as demâ¡s rubr¡cas do EDrconstantes, ocoreu à erevação d o BDr de 23,g6vo parã
26,510/0 -

....2s5.....
Orçameñ10 e coñtrole <le Prcços de Obrâs Públicâs

il
Pois beml O fato de o percentu¿l do lucro, quando ¡ncide sobre o custo de venda, variar em função das vários ju¡gados do Tribunâl de contås da união adm¡tir¿m a razoabilidâde de umã taxa de BD¡ diferen-
alíquolas de tributo, åo passo que o percentual ¡ncidente sobre o custo direto se mantém constante, de- ciâdo de t00lo. Em a¡9uns casos, o lribunal ace¡tou taxas em torno de 13% (acórdão r5712009 - plenár¡o).
rnonstrâ que â referida rubrica está relacionadå com o custo direto e não com o preço de venda, devendo O DNlfadota umâ tâxã de BDIde 15% sobre o fornecimento de materiais betûm¡nosos.
constar do numerador dâ fórmulâ de cálculo do BDl.
Diante do exposto. a análise da adequabiridade de determinadà t¿xâ de BDr diferenciado deve se dar
D¡ãnte do exposto, âpresenta-se a segu¡nte equôção pàrà o élculo do BDl, acolhida pelo recente Acór, em cada caso em concreto,
dão 2.369/201'l - Plenário:
Observa-se novamente que o sobrepreço não ficê caracter¡z¿do apenas (om bâse no percent{ra¡ de BDI
aplicado sobre o fornecimento de equ¡pàmento, mesmo que não se tenha adotado um per(entua¡ de
(1+(AC+S +R + GD(1+ DFX1+ L) SDldiferenciado para os fornecim e ntos. Por exemplo, determinadã lìc¡tante podeter cobrâdo R$ 100,00
BDI 100
t (1-t) ],. pelo fornec¡mento de determinado equipamento, no qual está incluso um BDI de 40%. Outra licitante
pode ter ofertado R$ 110,00 pelo fornecimento do mesmo equipamento. mas informando um BDt de
Em que: apenar 100/o. Tal exemplo mostra a importânc:¿ de sempre se comparar preço, desconsiderando,se os
AC é a taxa de rateio da adm¡nistraçâo central; efe¡tos isolados de suas parcelas (custo direto e BDI).

Sé uma tâxa representativa de Seguros;

R correspoñde aos r¡scos e imprevistos;


9.5 Obtenção de um BDI Paradigma

G é ô taxa que representã o ônus das garant¡as exigidas em edital;


A obtenção do BDI pâr¿di9ma pode se dâr medi¿nte a uti¡ização das faixas referenc¡àis constante do
DF e â taxa representat¡vâ da5 despes¿s financeirôj;
Aaótdão 2.36912011 - Plenário, reproduzìdãs nas t¿belas a segu¡r.
L corresponde ao lucro bruto;
Ié a taxa representativa dos ¡mportos (PtS, COFTNS e tSS).
labela 101 - lntervalos referenc¡ais de BDI pâra obras de const¡uçåo de edif¡câçóes

9.4 BDI Diferenciado para Aquisição de Equipamentos


C¡^rRAì, rrc¡o
^DMjNrýMCÀO
Nos termos de reiterâdor ju¡gamentos do Tribunal de Contâs da Un¡ão, consolidÂdos pelð Súmula n" 2fin'1f',
entende-se que comprovada a inviab¡lidade técn¡co-econômica de par(elamento do objeto da licitação, ot
¡tens de fornec¡mento de materiais e equipamentos de natureza especffica que possam ser fornecidos por
empresas com espec¡alidades própr¡as e d¡versas e que representem percentual sjgnificat¡vo do preço global
da obra, devêm apresent¿r inc¡dênc¡a de taxa de BDi reduzidâ em relação à taxa apli(ável aos demais iten5.

São vários pressuposlos para que o auditor de obras considere a aplicação de um BDI reduzÌdo sobre o for-
necimeñto de equ¡pamentos: oksújpl.'atrúidDòÃÍ!b¿lú'@o
ør{&m¡imd{!ú
obõdj$ñbddÞ@o'oø¿irðè

que o parce¡âmento do fornec¡mento especifi(o nãotenhâ ocorrido;

que a contvutorâ âtue como merâ intermediadora no {ornecimento de materi¿is e equi


mentos, o que náo é a s¡tuação quando a contradadã é â própri¿ fabr;cante ou produtorâ
materiais e equipâmentos;

que o materiauequipamento tenha vâlor percentualmente sigñ¡fjcêt¡vo em relação ao p


global da obra. Aí não se àdnite que umà grande d¡versidade de materiêis e equipame
considerados em conjunto, tenham percentual signific¿tivo em relação âo vålor dâ obra
equipamentos devem ser ao menos de uma mesma famflia e serem fornecidos pelos m
o6l.c)4&¡s6 i6¿orr.,rj¡¿I ¡tr*irt4å¿oMú!ô.
fornecedores. O melhor exemplo de aplicação de BDI d¡ferenciado ocorre no fornecimento
tubos par¿ uma obra de ôb¿stec¡mento de á9uâ. serão fornecidos diversas bitol¿s de tubot
quais isoladamente não podem ser mater¡ôlmente relevantes em reÌãção ao valor da obra.
são, sem dúvida, materiais de umâ mesma famíl¡a, fornecidos pelos mesmos fornecedores.

.....2sß
o rçamen(o e Con lró¡e de Preços de Obras Públicàs

Tabela f02 - lntervalos referencia¡s de BDI para obras de reforma de edificâçóes. Tâbela 104 - lntervôlos referenc¡ais de BDI para obrâs de saneamento bár¡<o.

ADMINIýMçÀO'hÌML. ÚCRO

eful'Ú,m'o|'¿¡ì'75Mmm

oh¡ù916'ñ6¿i$5.¡rdEù'ø
064,06ilm¡dqù!'o
okdlEû6¿dpeo,mdiÉ6
¡odird¿ldcq
oÙæÑ4ks'me{ðë'Yñ5'@m
!&¡,5qlmrHq'f,fuchis ok@d'õdif¡è!!F!'d'
6¡5ù4úmsdoo6E'ó{

oeo % dc r* cdi¿aãdo r%, r,5a e

labela 103 - lntervalos referen(¡a¡s de BDI pâ¡â obra5 de ¡r.igação e cana¡r, Tabela 105 - lnterv¿los referenc¡ais de BDI para obrãs de construção de adutoras

ruCRo
^DúrNrýMç¡OChrR¡L.

oh!4biod4Èñ!dÿd5|@n
<hldo 4 iÞ ¡daùro

diÈõ¡oruû4e4r¡ù

.64òm'i'mcdo,n¡êÉ1ñì& obql6'qdirÈ*d8'(e

or,.(.J % d. rss .Nid|lú 27,3Jr¡ ô 3ÈÂßr4sóMÐ ph ,ù! 5d e r4 & v* . ôb$ r ¡ rqt B! e MÐÈrb.

258.. 259
L9t ' ü92
.lo8 Ðp exel pns L¡.rê suet! sãsse urènl)ul epulP sopelrpne sðpeprlueAog610 sun6le'erqo ep ellgìuðwe5lo

eqllueld e.ier6elut ure^ap so$nl s!e] ônbreropßuo) nJI op Pr)uâpnrdsr./nfe èp rpsðdv o95e2ìl¡qoulsèp
a ogJezlllqouJ'oluÐ!¡Jed¡rleje e oJlelue) ep o95ÈlPlsul 'leJoJ ogSerlslu!r¡Jpp uro) solsn) sop sÐluêtãJôl
selèfred se Luerêplsuo) ogu o!r9uêld -Llozl69Ez o9P9rv op 5!el)uorôlðj sorpenb so ðnb ês-ellessèu

%09'çt w9'(,1 0/df0r 'IYJOJ


v{tl', %rç'9 %çL'l ojfal
yM't vffie %00'I sNL,t0:)

%ç9'0 %ç9'0 %ç9'0 std


,Ántn 2.00'0 7,1t0 0 sÿ
loS9't %ç9'r y"ç9't s0[ìq{
r,qLç'0
vat'0 /,s¿'0 sûJsì
v"tî0 o/¡Zþ'0 0/ô{0'0 M.IJsnÐ
,/"rt0 yrþs'0 %00'0
%88'0 %tfr %9t'0 sãìImPÐ â sûrsu \orìäâs
ÿ"00'l yû9'l ÿdç'0 s?-rùJMrJ s?sids¡(
yñz'9 0/d0'8 ¡/,0f1
F4rãJ q¿àsqsìffPv

YIAqITJ ONIX-Y¡¡ 0I\uNJüt OYÖIUJST{I oùrm'1mEro\aw[rN¡F(v

'soluðr¡iÞdrnba ð sreLelsui op o¡uôuilrðulol Ðpd opElruo¡ajtp log ãp ltel)üê¡êJâ¡ Jolp^lelul - 'osnod op settld Þ soll9d- spDpnlodo¡ae s€¡qo p¡ed lCú
60l elðqel ðp slel)uÐlð¡ãl so¡p^lâtut - l0l el¿qel

@'!@¡PE4!@@'qfuqo

OIJfl .lWIMJ ÔYJWßIN¡ft dÝ

'so¡rã6¿ss€d ðp lÞuluJrâl- se!¡pnuodo¡aÞ setqo Þlsd op steDuÐloja¡ sol€tuelut - 'seugnuod sPrqo e¡ed tog ap $e!)u¡lalС soleru4ul- 90! Þlaqsl
lcg 80! elðqel

selNtdserqoåp so5ãr¿ ãp ãtolluo:) ãotuãùÈ5ro


Orçame¡to e Convole de Preços de Obras Públicas

Nesses câsos, devem-se estimêr os respectivospercentuais paradigmas, Sugere-se âdotàr o procedimento


acolh¡do no Acórdão 2.029/2008 - Plenár¡o, o qual estimou o percentual de adm¡nistr¿ção local do 8Dl
bâseado nos custos de al¡mentâção, transporte, EPI e ferrêr¡entås rnanuais incidentes 50bre a mão de
obra, êcrercidos do percentual de administração loca¡ adotado pelo 5ícro.
W il

Para obras de linhàs de transmkrão de energ¡a elétrica e de rubestaçöes, continuam vál¡dos os parâme-
trot parâ tâxas de 8Dl contidos no item 9.2 do Acórdão n. 325/2007-Plenár¡o:

Roteiro para Elaboração de um


Tabelã 110 - lntervalos releren(¡a¡s de BDI parã conrtruçåo de l¡nhas de transm¡sråo.
Orçamento

Garantia 012 021 Quâis os passos para se elaborar um orçamento de obras?


Risco 2,05 0,97 Como racionâl¡zar a atividade de orçamentação?
Despesas Financeiras t2 0,59
Quais as vantagens de ut¡¡izar sistemas referenciais de preços na
Adminiskação Central 0,l l 8,03 497 elaboração de um orçamento?
Lùcro 3,83 996 6,9
Tributos 6,03 9,03 7,65 No capítulo anter¡or, conclu¡u-se a âpresentação do ferramentãl teórico
COFINS 3,00 1,00 3,00 ne(essário pâra se orçar ou aud¡tar o orçamento de uma obra, Agorâ é
PIS 0,65 0,65 0,65 hora de rintetizar os conte¡ldos abordados apresentando um pequeno
ßs 2,00 5,00 3,62 i roteiro para se orçar umà obra.

.I,,1PF Fazer um orçamento de obras é umà ativ¡dade extremamente trabalhosa


0,38 038 0,38
e complexa, ñar felizmente existem formas de racionalizar e automati-
Tofâl | 6,J6 2 7 22,61 ¡ar etap¿s do processo de orçâmentâção e de auditoria do orçâmento de
obras. Portanto, o presente capítu¡o lrâtará do refer¡do temâ.

,
È:

I
Ì:

'':

262
OrçamentoeCo¡lroledePreçosdeObrâsPúblicas
Cdpirulo l0: Ro'rtrô pã'¡ tt¿borà(èo dc Jm Orçdmcnrô

10.1 Roteiro para Elaboração de um Orçamento 05 erros na estimâtivâ de quântitãlivos nos orçamentos de empre¡{adas por preços unitários não causa
necessar¡amente prejuízos se as medições observêrem as qu¿ntidades efetivamente executèdâs de cãda
5erviço. No entanto, tais erros podem causar uma térie de tlanstornos âos (ontratantes e contratâdos.
o conteúdo âpresentado até aqu¡ praticarnente esgota conhe(¡mento teórico necessário para elaborar
$
um orçamento. De pos5e da relâção de serv¡ços levantados, o engenhe¡ro de custos deve especificar as unidades de me-
dição e calculâr or quant¡tðt¡vos de cada um dos serviços que compõem a plânilha orçamentária. i
Nos capítulos anteriofês, forâm apresentados os conce¡tos e as paopriedâdes que todo orçamentista rl
e
auditor de obrâs devem conhecer Muitâs vezes, os conhe(imentos forâm bastante detalhados e âpro- No caso de obras públicas, â legislÀção em v¡gorr exige declaração formal do autor das planilhâs orça- u
fundados Pode-se d¡zer que estávamos observando ãs forhas e os garhos das árvorer de um¿ gr¿nde mentáriãs quanto à compatibil¡dade dos qu¿ntitativos do orçamento com os quantitat¡vos lev¿ntados

florest¿. Portanto, está na horâ de olh¿r para a floresta inteira, âpresentando, nos parágrafos segu¡nter, com base nos projetos de engenharìa.
um pequeno roteiro para se elâborar um orçâmento.
Conforme abordado nos capítulos passados, a def¡nição do qu¿ntitativo de câda serviço deve observar o
critério de medição e pagamento especif¡cado em projeto ou no ed¡tal, sob pena de se cometerem erros
grosse¡ros na elaboração do orçamento.
Pr¡me¡ra Et¿pa - Análise dos proíetos
No quârto capítulo, fo¡ àprcsentado um interessânte exercício mostrâôdo como um cr¡tério de medição
A montagem do orçamento começa com uma anál¡se minuciosâ dos projetos (básico ou executivo) e com
vago ou dúbio pode se transformar em uma fonte de litígio entre o contratante e o conttrutor, mesmo
uma v¡sita ao localdâ obrã Gehpre que for necessário). conlormejá enfatizâdo neste livro, só é posrível
para o mâis simplet dot serviços,
elâborar um orçamento detalhado a partir de um projeto com nível de detalhamento suficiente.
É necessário (ompreender craranente todos os erementos técnicos do projeto. Também é muito
comum
que o orçamentista encontre erro5 e om¡ssóes no projeto, É exatamente guando se está orçàndo Ouârtâ Êtâôå - Câl.ulãr ôr Crßrôç tlnitáriô< .lê aå.1: can,i.ô
os ser-
v¡ços que â5 incons¡stências do projeto são observadas. Tr¿ta-se de outra etãpâ muito lrabalhosa nà confe€ção do orçamento. A partí. d¿s especificações técn¡cas
dos servíços e insumos, bem como doç critérios de med¡ção e pagamento â serem observados ña execução
da obrâ, o engenheiro orçamentista deve elabor¿r as compogiçöes de cuto unìtário de cada serviço.
Sèd'rn.lâ Ftâhâ - ¡ i<r:ôah ¡ô Tô¡^c ^. <ó^¡i-^. ór^,,r.+^.
Sugere-se executar este procedimento em duâs etapas, Na pr¡meira etapa, são levântâdos os coef¡cien-
Tel.ninada â fase de estudo dos projetos do empreendimento, o engenhe¡ro orçâment¡st¿ deve elencar
tes de congumo dos màteriais, equ¡pamentos e mâo de obra necessários para execução de câda serv¡ço.
todos os 5eryiçor necessários parâ ã execuçâo da obrâ, Ettes serviços devem ser agrupados e ordenados
Aqu¡tàmbém deve haver espec¡¿l cuidado para não se esquecer de qualquer insumo imprescindível à
segundo a¡gum critério ló9¡co. Em gerâ1, adota-se a sequência de execução dos servi(os para ordenar os
execuçáo dos serv¡ços.
itens de serviço no orçamento. se o empreendimento for comporto por várias etapas. parceias ou edifi-
caçöes. costuma-se montar um orçamento sintét¡co para cad¿ etâpa, parcela ou edif¡côção, Numa segù\a etapa, com o término da montagem da estrutura de todês as composições de custo uni-
tár¡o, o orçãmentistâ deve listar todos os ¡nsumos (mão de obra, materiais e equipamentos) pârâ a exe-
Como exemplo, fo¡ reproduzida no terceiro càpítulo å discriminação orçâmentária espelhadâ na NBR
cução dâ obra. A pârtir dal, deve executãr extenso serv¡ço de pesquira de preços destes inrumos. A curva
12.72112006. É ¡mportante que o orçâmentìsta tràbalhe com um plano de contas pré,existente, de modo
ABC de ¡nsumos, que será apresentada no câpítulo 12, é uma importânte ferÍamenta para racionalizar
que nenhum dos serviços necessários à completê implantação do empreendìmento seja omit¡do.
o processo de cotação de preços,
:i
Praticamente todo orçêmento contém alguma om¡ssão de serviço otr insumo necessár¡o para å execução Os cr.rstos com a mão de obrâ são obtidos das conveñçóes colet¡vãs de trabalho em vigor Ao salário dos
da obrà. Quåndo não se esquece de incluir um ou mais serviços na planjlhà orçamentária, é comum que profis5¡ona¡s, devem-te acrescer os custos com enc¿rgo5 previdenciários
e taâbâlhistas, O sexto capítulo
exÌsta a om¡ssão de afgum insumo em determ¡nâdas composiçöes de custo un¡tário. detalhou a estimat¡va de custos com mão de obra e ¿ metodologiã para obtenção dos enc¿rgor jo(¡ais
ES5etipo de errosubestimâ o orçâmentoda obrâ em relaçãoao seu valor reale côusa uma sériedetranÿ apliGveis à obra em análise.
tornos para o contratante e. princ¡palmeñte. pâra o contratâdo que, a depender do reg¡me de exeaução Os mãter¡èis que constam dâs composições
(ontrâtual acordado, pode ter que arc¿lr com o prejufzo. de custo unitário têm o preço cotado â pârtk de sistemas
referenciâjs de preços ou dìretamente junto àos fornecedores. No capítulo
7, foram expostos àlgun9
pontos â respeilo
da est¡mat¡va de custos dor materiàis de construção c¡v¡1.
Terceir¿ Etâoâ Medi.ãô e Cå1.Ùlâr o,,ânf¡.râ.râc .¡a.¡ã (añ,i.^ O capítulo 8 apresentou conceitos
- EsÞec¡f¡car Un¡dades de relacionados à est¡mâtiva do custo horá.io dos equipamentos. O or-
çâmentista sempre deve consíder¿r quais equipamentos próprios serão mobilizèdos pðra è obrâ e quais
Esta é sem dúvid¿ alguma uma das etapas mai5 trabâlhosas do processo de elâboração do orçamento. O
equ¡Pamentos serão lo.ãdos
erro na estimativa de quànt¡tat¡vos em orçamentot de obras executadas no reg¡me de empreitada por
preço global ou integral causará invariavelmente âl9um tipo de dano â alguma das partes: teitl.orTzo¡9,u¡ ¡ç,
construtor 1
9s.,
ou proprietário da obra.
iD*era torurOopropro Usico a que 5ere,.re o àr.60, ¡ndro tX, da tei ñ" 8.666. de r99i, in.túsivede s0as eveñlu¡ú aler¡çõet ô anoraçãodeÞsPo¡sa-
'rcdoe Écnkà e del¿Êfão e¡p4$¿ do ðuûdàs pl¿nilh¿r o¡ç¿hent¿ias, qúanlo à .ompâr ibilidade do3qúaititatiýo! edos oros conlrãnl6 de refe¡idàt
''''rhàr(om or quàrritdt,Ýoi do projeto de engeñl,diâ e4 tur6 dô StNApt, nos re,mo;dekdrigo.'

..264 265........
Orçamenro c Cont de Preços de Obrãs púbticat
'ôlc

Com o preço un¡tário de todor os insumos cotados, o o¡çamenti5ta conclu¡ a elêbo.ação das composiçóes
custo finânce¡ro da empresa;
de custo unitário incluindo os preços dos insumos no inter¡or dar composições. obtendo os custos
unitá-
rios finais para cada serviço. média dos últimos índi(es mensâis de inflação;
Este extenso processo pode ser siftprif¡cado com o uso de compos¡çôes de <ustos unitár¡os taxa de tributos federais êplicáveis à empre5a;
extrâídas de
sistemâs referencia¡s de custor, a exemplo do sicro e do s¡napi. Ta¡J sistemas já apresentam composições
gasto com comerciãlÌzação, se for o caso,
,í de custo prontas e fazem a coleta do preço dos insumosjunto â fornecedores, lnclusìve, no caso
:l públicas,
de obr¿s
rl à leg¡slação em v¡gor tem exigido just¡ficat¡vas dos orçamentistas, quando adot¿d¿s compos¡_
ções de custos diferentes das apresentadas no9 sistemar referenciais de cusros. somente em condições Em âdição aos fatores apresent¿rdos pof Maçah¡co Tísaka, considera-se que o orçamentistà devâ se
pan¡(ularet devìda mente j ustif¡câdôs em relatór¡os circunrtanciados, âdmite.se que o custo unitårio de-
dos bruçâr sobre alguni aspectos contrêtuâis pâra definir uma taxa de BDI mais realista, em
especial sobre o
serviços extrâpole o âpresentado Do S¡cro ou no Sinapi. regime de execução (ontratual (empre¡tâda por preços unitár¡os, preço glob¿lorJ obra por¿dminist¡¿ção),
Ressalta-se que o uso de sistemas referenciâ¡s de custo ex¡ge atenção do engenheiro orçamentista pâra pois este f¿tortem grande influência sobre a taxa de rkcos. imprevistos
e incertezas a se¡ adotad¿ no BDl.
evitar-se a utìlização de composiçôes referenciêis de custos que não rejam compatíveis com as espec¡fica- outras cláurulas cont¡âtuaÈ também devem ser observad¿s: obrigâçöes do contrâtônte e do contratado
çöes técnicas ou com os critérios de medição e pagamento dos serviços a serem orçados, e índices de reajuste a serem êplicados. Num contrato reajustado por um único índ¡ce, àmbas ¿s partes,
Algurnas pârcelas do custo da obra devem ser objeto de atenção especiârdo orçamentirta: âdminirtração contratânte e contratado, correm maÌor risco dô vàriação do preço de algum insumo relevante (por
local da obra, mobilização/desmobilização e ¡mplantação e mãnutenção do cântejro de obras. Elàs serão exemplo, salários, c¡mento e aço) não ser totalmeñte acompanhada pelo íÃdice de reajuste
escolhjdo.
o grande diferencial entre os orçâmentos de eûìpresas dittintàs, v¡sto que cada uma poderá adotðr plâ_ Talfato ¡nffui nâ estimativa do r¡sco nâ taxà de BDr. rgro não ocorre em coñtrator reajustados por
meio
nor de ataque distjntos para a obrâ. de cesrâ9 de índices setoriais. Nesses câsos, é mâ¡s difícir haver o desequiríbrio econômico-f¡nan(eiro
do
contrâto em v¡rtude de variações expressivas nos preços de insumos relevantes,
Tais pa(elas não podem ser estimadas di.etâmente apenas a partir dos projetos, necess¡tando
do pla_
nejàmento detalhado da obr¿ para sua est¡l¡at¡va. No côpítulo 5, foi v¡sto que o orçâmento d¿ obra é o Or passosÞcirna podem ser sistem¿tizados por me¡o do seguinte fluxograma:
prjncipal insumo pârâ a confecção do planej¿mento. Após â montagem do cronograma da
obra e de su¿
otimização com o u50 de ferrårnentas como a rede PERT, obtêm-se os h¡stogrâmas de mão de obra,
de
Figura 37 - Fluxogrâma com rote¡ro para e¡aboração de um orçamento.
materiais e de equ¡pamentos, os qua¡s serão utilizâdos para d¡ñensionamento das instalações
do cantei-
ro e para ê estimat¡va do custo com mobil¡zação e desmobil¡zação.
Então, nesse aspecto há grande integração ent.e o processo de elaborâção do orçâmento e
do planeja_
mento da obra. Trata-se de um proced¡mento que se retroãlimenta várias vezes de forma jterât¡va.

Ouinta Etâoa - Câl.L,lãr õ BUI ê DÞfiñ¡/ ñ Þ¡o.^ Fiñ,¡ .¡ô \/â-¡-


Term¡nadà a etãpa de def¡nição dos custos diretos da obra, o engenheiro orçamentista deve est¿berecer
um BDI reâlista pàrâ a execução da obra.
Maçahicolisaka apresenta ¿lgumas informações que devem ser consideradas pero orçarnentista do cons-
trutor
n¿ definiçào do BDI:

o montante do custo direto da obra (obtido nos passos anteriores);

conhecimenlo goble a infraettruturâ local cie serviços (águê, energiâ, telefonia, transportes,
recursos humanos, forne(edores etc.);

local de execução da obra e a distância em relâção à sede da empresâ;


pr¿zo de execução da obra;

alíquota de 155 ãplicável ao empreendimenlo;


despesa mensal da administrâção centr¿l da empresa;

médiâ de fâturamento da empresa no exerclc¡o ti5cal;

2ffi.....
262
Càpirulo l0: Roreiroprr¡ ll¡bo'J\åode um Orçåñênro
OrçamêñlocConl.olcdeP¡eçosdeObrasPúbÌicás

i
COPASA/MG;
10.2 Formas de Racionalizar a Elaboração do Orçamento
SABESP/5P;

caSAN/SC;
Fo¡ observado que o extenso processo que const¡tu¡ a quana etap¿ de elaboração de um orçamento
pode ser simp¡¡f¡(ado (om o uso de composìções de custos un¡tár¡os extraldas de 5istemas referenciais de EMBASA/BA;
custos, a exemplo do S¡cro e do 5inâpi. Tais sistemasjá apresentam composições prontâs e fazem a coleta DERSÁ,/5P;
do preço dos insumos junto a folnecedores.
DEINFRA/SC;
O uso de sistemag releren(iais de custo, no entañto, exige atenção para se evitar a ut¡l¡zação de (om-
DER/PR;
pos¡çöe5 referen(iaìs de custos que não sejam compatfveis com as especif¡cações técni<as ou cr¡térios de
medição e pagamento do serviço a ser orçado. DER/PE;

Apresentam-re, a seguir. algunr dos s¡stemar referencia¡s de preços irtilizâdos peìa Adm¡nistração Pública DER-/MG.
federêl:
. Sicro - s¡stem¿ de custos de Obrâs Rodov¡árias do DNIT;
A in¡c¡at¡va pr¡vada também desenvolve sistemas pàra elaboração de orçamentos. Pode-se citar:
. Sinapi - Sirtema Nac¡onal de Pesquisa de Custos e lndices da Construção C¡v¡l - CEF;
. VoLARE (PlNl);
. Tabela do DNOCS; . SIPOM 9 (Pr¡masi lnformáticã);
. s¡stema Atrium da Codevasf; . ENGWHERE (Engwhere Orçamentos);
. Bânco de preços parâ serviços de transmissåo de energia -ANEEL; . coMPoR 90 (Noventè Tl).
. SISORH s¡stem¿ para Elaboração de orçãmento de obrâJ c¡v¡s de usinat H¡drelétricas
- -
ELËTRosRÁs.
são d¡veßas as vantagenr då uti¡¡zðção de sistemas referenciãìs de preços. Elencãm-se algumas nos tópÈ
(or a reguir:
Também ex¡stem d¡versos sirtemâs referenciais de preços mant¡dos por órgãoýenΡdâdes estãduais e
ã) Padron¡zação dos orçamentos do Órgão, po¡s todos os orçamentos sâem com o mesmo có-
mun¡c¡pais:
digo do plano de contar e a metma desûição dos serviços a executal bem como os mesmos
\ód¡oos
j_ e descricòes dos insijmos.

sCO/RJ (Mun¡cíp¡o do Rio de Jâne¡ro); b) Aderência dos orçamentos ¿o caderno de encargos do Órgão/Entidade (especif¡caçôes doJ
seûiços e <r¡térios de medição e pagamento). Não se tràta ðpenäs de uma quettão de forma.
EMOP - Empresâ de Obras Públicas do Eitado do R¡o de Jane¡ro;
Os leitores puderam observar na resolução do exercício proposto no câpítulo 4 que é bastante
Secretaria Mun¡cipâl de lnfraestrutura Urbanè e Obras - Pre{eìtura de SP;
trabalhoso ôdequar uma composiçào dê custo unitário àt especificaçôes técn¡cã5 e aos c.itérios
SEINÍRA/CE; de medição e pagamento dos serv¡ços a serem orçâdos.

SINFRÁJMT; c) Como já comentado anteriormente, há a ra(ìonâlização dos serviços, evitando-5e extenso


trabêlho de elãborâção de compos¡ções de custo un¡tér¡o e a pesquisa do preço de centenà5 de
SETOP/N¡G;
insumos.
SEINf/Fortalezâ (Prefe¡tura de Fort¿leza);
d) Segurônça jurídica para os orçament¡stas e gestores públicos. pois, à med¡da que ut¡l¡zam
SEOP/PR; siitemâs referenc¡a¡s de custos, estão comprovando a boa e regular gestão de recursos púbìicos
e ev¡tando questionamentos por parte dos órgáos de controle ¡nterno e externo.
oRSE/SÉ;
e) lransparênc¡a e diminu¡ção dos custos pr¡vados das constrt¡toras para Participâção em certa-
CDHU/5P;
mes licitatór¡ot, Da mesmâ forma que a util¡zação dos sistemas referenc¡ai9 de custos raciona-
NOVACAP/DF; liza a elaboração do orçamento para os enles públ¡cos, também r¿c¡onal¡zâ <uå 'onferência e
SANEAGO/GO; ¿dequação por parte dos potenciais lic¡tèntes.

SANEPAfVPR; f) Paråmetros de avâliâção objet¡vos parà os órgãos de controle Os s¡stemas referen'iais de


preçot são a pr¡nc¡pal fonte de consultå dos órgãos de controÌe ao avaliar e economicidade e
CAESB/DF;
leqal¡dâde dâs peçat orçamentár¡as. A aud¡tor¡a do orçamento é muito ma¡t s¡mPles se ele for

269..........
.268
O rç¿mento e Conùôle de Preçôsde Obrãs Públìcás

ìl
elaborado com base em sistem¿s referenciais de custos. Caso contrário, o âuditor de obras será
obr¡gado a fazer ajustes e adaptaçöes nas compos¡çôes referen(ia¡s de custos para adaptá-las
aos parámetros adotados pelo orçamentistâ.

g) Servem como fonte de entrada pârâ estâtísticâs oficiâis sobre â vâr¡âção dos custos da corìs-
trução civi¡. As consultas de preços de insumos real¡zadas pelo ìBGE pãra al¡mentação do Sinapi,
por exemplo, dão origern a umâ série de índices de preços de construção civil e a preços dÊ
diversos projetos padronizados.

h) Alguns sistemas referenciais vêm com diversas lacilidades para o usuário (âuditor de obras Orçamento de Contratos de
ou o orçâmentistâ), Permitem a cr¡âção, a mânipulação e â consu¡ta â banco de dados corn or-
çâmento5, a automâtização de (álculo de reajustes, ã ¡nterface com o planejamento da obra, à
Engenharia Consultiva
realização de medições e a elaboração de curvai ABC de serviçor e insumos.

Essa última vantagem da util¡zação de sistemas informatizados para elàboração de orçamentos deve ser Como orçar o custo de proietos/ supervisão de obras e outros
mais bem explicitada, pois possu¡ inúmeras ãplicações pârâ a auditoria de obras. Congiderando um típico contratos de en8enharia consultiva?
orçamento, cuja plan¡lha r¡ntética e composições de custo unitário foram elâborâdâs em um típico editor
Quâis parcelas são consìderadas parâ o cálculo do fator "k"?
de planilhas (M¡crosoft Éxcel), os segu¡ntes procedimentos são bastante lrâbâlhosos:
Como est¡mar o custo com a mão de obrâ direta e com o overhead?
Qua¡s âs fo¡tes de preços referencia¡s para os serviços
de
elaborar uma listå com a relâção de insumos ma¡s relevantes do orçamento e respectìvâs
quantidades (curva ABC de insumot;
engenharia consultiva?

¿lter¿r o percentual de encârgos soc¡a¡s âplicáveis à obra;


Ainda nãoforam explicitados osconceitos envolv¡dos na orçamentaçâo de
em se tratando de uma obra rodov¡áriâ, âlterâr o custo do óleo diesel, impactando o (álculo
projetos e de ôutrostipos de se¡vìços de engeñhar¡a (onsult¡va Conìudo,
do custo horár¡o de todos os equipâmerìtos.
o admin¡strador público tem a ne€essid¿de frequente de orçar serviços
de superuisão de obras, e5tudos soc¡oambientais, projetos. consultor¡at,
aval¡ações ou outros serv¡ços técn¡co-profissionâìs. Talassunto será objeto
A execução detai5 procedimentos é, sem dúvida, ¿tividàde corriqueir¿ pàr¿ um auditor de obr¿s ou para
um orçamentista. Fàzê lo5 em um editor de planilhôs implicaria rever, uma â umà, todas ãs composiçõet do pres€¡tqcapítulo.
de custo dâ obra. orç¿r um serviço de engenhâri¿ consult¡vâ é târefa com razoávelgrau de
por exemplo, precisar¡am ser ¿lterados em tod¿s as compos¡ções de (usto unitário ¡ncertez¿. Essa circunstânc¡â 5e deve à natureza iôtângível dos prodÚtos a
Os encargos so€¡âis,
serem desenvolvido5 e do in5Llmo esseñciè I do traba lho que éa inteìigência'
para gerar um novo orçamenlo. A alteração do preço do óleo diesel rer¡a ainda mais compli(ada. lnic¡al
mente, seria neces9áfio recalcular os <ustos horários de todos os equipamentos e, em segu¡dâ, âlterar [¡ aça hico Tisa ka, no l¡vro "Orçamento nâ Construção Civ¡1", listã se¡s dife-
todas as composiçóes com o custo dos novos equipamentos. rentes formâs de fazer orçamentos de projetos:

Ot modernos sistemas de orç¿mentação têm ferrament¿s bem avançadas pâra pesquisar compos¡ções e
¡nsumos cad¿strados. fâmbém possibilitam elaboràr cronogràmàs físico-financeiros, curvas "S", h¡stogrâ-
percenlual sobre o valor das obra5;
mas de iñsumos e outras ferrâmentas otil¡zadas pelo planejamento da obrâ.
listagem de at¡vidades e determinação das quânlÌdadet de
O controle de execução da obra também é fâ(ilitado por rneio das ferrêmentâs informatizadas de orça-
horas-técnicâs àpì¡cadâs;
mentação. Podem-se confrontâr os custo5 prev¡stos com os reâl¡zâdos e reprogramâr o orçamento dada
alguma ocorrênc¡a não prev¡sta. por exempìo, a alterôção relevante do preço de algum insumo ou um contagem de documenlos a serem produz¡dos;
dìssídio colet¡vo da categoria elevando 5afários dos trabalhadorer. ìmportåncið do 5erviço no empreendimento;
preço de Serviços semelhântes;

contratos por administração

..270........,
Orçaúenro e Cônrrolede P.eço5 de Ob¡as Púbficas CâpitùlÒ 11: Orçamenlo de Conrraros de €nBcnha.ja ConsutriÝa

Os referidos métodos serão apresentados nostópicos a seguir De mãneira geral, recomendâ-se adotàr o Esga foi estimada para contratação de projetos de complex¡dade normal, sendo que, para os pro-
curva
segundo método de orçament¿çâo sempre que possível, pois o critério adotêdo pêra formàção do preço jetos de maior complexidade, deverá ser aplicado um coefic¡ente de âjuste conforme a tabela aba¡xo.
guardâ relação direta com â estrutur¿ de custos das empresas contrat¿dès, tornando mais tt¿nsparente5
eventuê¡s âlterôçöes contratuaìs (tånto àlterâçóes de escopo quanto alterações de prazo). No entanto, Tabela l1'l -Coef¡ciente de ajuste em função dâs caractelsticas do pro¡eto.
outros métodos podem ser utilizados pefo orçâmentista o pelo auditor de obras. porexemplo, o método
do percentual sobre o valor da obra é um método expedito e pode ser aplicado pelo ¿udìtor pâra verifi_ 'Riùiùìiú¡nìd¡àe :'.,
M
' öisumlda
car, em linhas gerais, a adequação do orçamento do projeto. ' Esôirùâñãlídc¿ e pèsquÈas inicla js
,.A!jantc5 htêÌlenle¡tès (quanùdade)
{GitÈil!¡lrìiÊìãcã¡:tå;þtódù:á ::., :.
;rc¡fiá.ìÀìrEd¡É.tùlìiùil.
codçÞes ;)iurårs
': : . .

lor¿ll¡¡c8o do em!Èendimento
11.1 Percentual sobre o Valor da Obra EElrGragg!!ãlwE{cEffiw

Sase¡¿-se em exper¡ênciat anteriores que permitiram estabelecer correlações âproximadas entre os cùr- A nota de cada item va¡ v¿r¡ãr do va¡or normal até o valor máx¡mo e representará a complexidêde da
tos de projeto e os custos das construções. Apl¡ca-se um percentual único sobre o vâlor d¿s obras, e este obra. o coeficiente de correçáo (d) a ser êplicado ao percentual obtido na curva será dado pela fórmula:
percentual será definido em função do porte do empreendimento e do seu 9râú de complexidade. No
û=IN/700
valor total da obrå, não devem estar incluídas âs despesas financeiras e o (usto dos terrenot,
Eventuôlmente, o orçamentitta ou o auditor de obras podem desejar estabelecer o valor de apenas
A título de exemplo. para dete¡minàr o percentual a se utilizâr a pàrtir do valor e da complexidade da âlgumas pârtes ou etapâs de um projeto, impossib¡lit¿ndo ã ut¡l¡zação do 9ráfico e da tabelâ apresentð_
obra, ut¡lizâm-se os dados de uma curva obtida a part¡r das respostas apresentadar por 22 empresas ao dos ânteriormente. Por exemplo, pode-se estar orçando apenas o projeto de fundâçôes ou o projeto de
qì.rest¡onário d¡str¡buído pela ABCE (Associação Brâsileirã de Consultores de Engenharia)r.
instalações eiétricar de uma edif¡cação.

Nesras sÌtuâções. e5pecialmente para projetos de ed¡ficèções, podem ser encontradag diversâstabelas de
Figurâ 38 - Curva para est¡mat¡va do valor do projeto em lunção do valor da obra,
honorár¡os profissíonôis que discrim¡nam os vâlores dos honorários individualmente para cada discipl¡na
v¡lon csr¡r¡^Ívo F¡¡ç¡o Do vaLoR
Do PÊôJÊfo Eü DA oÊR¡ ou etapa dor projetos.
Pn¿d6 d. sd.ndx¡ æm¿
A Tabela de Referêncià de Honorários Profissionâis do CREA/PR, por exemplo, estabelece valores per-
centuai5 p¿ra diversar d¡sciplinas de projetos em função da área de projeto multiplicådâ pefo Cl.J8. Por
exemplo, se o preço de úm proieto de estruturas for consultado na referida tabela para um ed¡fíc¡o co-
merc¡al, obtém"se que o custo de projeto represeñtâ um percentuâl de 1,2% â 1,5% do CUB do projeto-
-padrão aplicável, a ser multiplicâdo pela área da ed¡f¡(ação.
Para projetôs de ârquiteturâ, ¿ Tåbelã do IAB âpresenta os tegu¡ntes p¿råmetros de remunera(ão em
função de úm percentual sobre do custo total da edificâção:

Tabela 112 -Tabela do IAB - Parâmêtros de remune¡ação do projeto em funÉo do custo total da edificação

AÞado Catogorh da
Con8truSão Êd¡ficacão
I lt t
llenorquo Acordo Acordo Acoldo
125 m2
ñ2 6.3% 7.80Â 9.3ÿó 1ß.8ò/,
25O rî2 5.4% 7.20k 8.6V" 10,æ/"
t 500 m2 ß.8v. 7.ý/. 9.2
3 1.000 m2 4,AVc .0% 7-2To a.4ý"
¡ 2.@o ñ2 43Pn 5.4./" 6.5% 6.8%
4-0û0 m2 4.80,/o 5.8% 6.8./.
¡ 6.0%
8.000 m2 3.3V. 4.2% 1%
16.000 m2 3_6% 4.4% 2Võ
32.000 m2 2,3V6 3.0% 3.7% 4.4o/o
I SINAFNC0 -5indicalo daArguilèlurà e Engenharia, Ca¡lilha 'Rolei¡o de PrEo5 ' Orienraçáopàra Composiçáo de Pre(os d¿ Êstudo5 e projsto,deA'quiretn, rav" 2 3.O% 3 6V.
râ e Enqenhar¡a', disponlvel em:ww,iinãe¡cdcom.br

273.
Orçamenloe Conl¡olede P¡eços de Obrás Públicas ( åprrulo lì: O'\dmcnro üp aonr'¿tos dÞ FnBênhà'i¡ ( on,ultiÝ¿

I
A referida tôbela adota quatro tipos di5t¡ntos de edif¡cação, classif¡cãdâs, entre outros fatores, em fun- PV=CDxK+DDxTRDE
ção da dìferenciação func¡ona¡, té(n¡(a e estética, bem como da complexidade das pesquìsâs prév¡as
necessáriâs ao projeto, a saber:
K = I(1+k1+k2)(1+k3)l / (1-k4)
TRDE = (1+k3)/(1'ka)

a) Tipo l: galpões agrícolas, comerciais e industr;ais; depósitos; ofj(inas; armazéns; gãragens


simples; quâdras cobertas etc- Sendo:

b) lipo Il: ediffcio de apartamentos; conjuntos habìtacion¿¡s de casas e/ou ed¡ffcios; condomí- PV: preço de venda total prâtic¿do pelâ empresâ de engenharia consultiv¿
n¡o5 e ÿilâs; fábricas e laboratórios simples; supermercados; centror de convenções; ed¡fíc¡os de
CD: custo direto de salár¡os
escritório de andar corrido; creches, escolas primár¡a e secundáriâs; êmbulatórios, postos de
saúde; ed¡fÍcios-gâragem, pedág¡os e postos de serviço etc. K: fator "k"
c) T¡po lll: residência s¡mples; lojas de departameñto; bancos, ¡nrt¡tu¡ções e órgãos públ¡cos; DD: demâis despesâs dìretôs
escola5 técn¡cas, faculdãdes e universidâdes; clín¡cas e consultór¡os; term¡nais, estâções rodov¡. TRDE: taxa de ressarcimento de despesas e encargos
áriâs e fer¡ov¡áriâs; clubes, ginásios e instalações espo¡-tivas simples; galerias de arte, arquivos,
K1: eôcargos sociâí5 ¡ñcidentes sobre â mão de obra
museus, bibliotec¿s, templos rel¡giosos etc.
K2: admìnistração central da empresa de consultorìa (ou overhead)
d) l]po lÝ residências de pâdrão méd¡o/elevado; penitenc¡ariàs; fábricês e ¡abor¿tór¡os espec¡ali-
zados; lojas, bout¡ques, stânds, showrooms, centro de processamento de dados, hospitâis, âero- K3: màrgem bruta da empresÀ de consultorià
portos, estád¡os e instalações esportivas especial¡zadas; restaurôntes, boatet cinemas, teâtros etc.
K4: lmpostos

Para projetos corn edificações tipo repetidâr e/ou ed¡ficaçöes com andâreÿtipo repetidos. ê tabel do
Essa equação apresenta algumas variâçóe9. Parô o aprofundamento do temâ recomenda-se a le¡tura de
IAB apresentâ ¿¡nda um método para o cálculo de um fator redutor de custo em funçâo do número de
algumas tabelas referenciais de (ustos de serv¡ços de engenh¿riâ consult¡val
repetições, da área do projeto repetida, e da áreâ de projeto sem repetição.

Tâbelâ de Preços de Consultor¡a do DNIT


11.2 Listagem de Atividades e Determinação das euantidades
Tâbelâ de Preços de Engeôhåriâ Consult¡va da Codev¿sf
de Horas-Técnicas Aplicadas
Orientação para Compos¡ção de Preços de Estudos e Projetos de Arquitetura e Engenhâriâ -
Sinaenco
Por essa metodologia de orçar serviços de engenharia consult¡va, levantàm-se ås târefãs à real¡zar em .
)
câda ¡tem do escopo do projeto e est¡m¿-se ã quantid¿de de hor¿s de cada c¿tegoria profissionâl que
deveráierutilizadaparãreal¡zartaistÂrefas.Então,cal<ulà-seopreçohoráríodessascategoriâsprofis-..., A segu¡r apresenta-se umâ típica tabela resumo de um orçamento de um contr¿to de supervisão e apoio
a tiscalização de obras, ut¡lizando a estrutura de custos ðpre9eñtada no presente tópico:
siona¡s, ¡nclusive (on9¡derando os eñcargos soc¡ais, e o (usto djreto com a mão de obr¿ será obtido pelo .
:

produto dãs quântidâdes de horas pelos respectivos preços unltários. , il:].

Aindà deverão ser jncluídar no orçamento as despesas ¡ndiretas, o lucro e os encargos tributáriot dâl
contratada (8Dl ou f¿tor "k"). Devem também ser considerâdas outras despesas direta, não relaciona-j
das com o custo de mão de obra, por exemplo: sondagent aluguelde veículos, topogratia, passagent
d¡árias, ¡mpressões, custos com ensàios laborâtoriais, custos com locàção de outros equjpamentos, âloja-
mentos, mobiliário etc.
Sobre essas outras despesar diretas ¡n(idirá a TRDE (Taxa de Ressarcimento de Despesas e Encargos) des-
tinada â incluir o percentual de lucro e de tr¡butos dâ empres¿ sobre as despesas diretas. A fórmula que
correlac¡onâ essas incidênc¡as é ¿ segu¡nte:

275..
Orç¿me¡loe Conlroledc P¡eços de Obr¿s Públicãs Câplulo11:Orçãmerto de CohrrarosdeEn8enharia Consuìtiv¿

Tabela 113 - Êxemplo de tabela resumo com a €strutura de (Ustos de um conkato de superv¡são de obras,
1.2.1 Custo Direto de Salários

A fixação de preços dos serviços de consultoriâ base¡¿-se no


levantamento de at¡vidades a realizar em
cada item do escopo e nâ estimativa de quant¡dade de horas de (adâ categoria profissionâl que deverá
SupëEisãoeÁpoioã FJscali¿çãod¡s Obràs
ser ¿plicãdâ para realizar as tarefôs. calculado o
prêço horário dessâs c¿tegoriâ5 profissionais, o orça-
MOBTUZAçÃO/DESMOBTUZAçÃO
mento será obtido pelo produto dôs quântidades de horâs
por me¡o dos preços un¡tários respectìvos,
À1- MOB|LtZAøO 15,156,00 medi¿nte â aplicaçáo d¿ seguinte fórmula:
a2 - DESMoBtLtZAøO 9.878,00
a- ToTAt oos cusfos @M MosrLtzÀçÃo E DEsMoBtLtzaçÃo 2s,0¡400
cD=tt(s./l76)xHJ
MÃO DE OaRA
BT ,'ÍOIAL DE sALÁRIO OA EQiJIPE COM VINCULO 1.465.253,O8

B2--ÍOIALDE SAI.ÁRIO DO AUIôNOMO 34,54528


onde
0 -foTÀLoo5 cusTos DC sat.ARtos DAEqurpE 1,499,t03,35 5. é o salár¡o bruto meñsâl de càda categor¡a pro{issionâl
cl- ENCAFGOS SOOÀtS Dr 81(73,66% DO Sll 1.079 t09,10
Hr é a quântidade total de horâs técnicas trabalhâdas de câda profissionaì
c2- ENCARGOS SOCIAtS DE 82(20% 0O 82) 6,909,06
c. lolÁL Dos clJTos coM ÊNGARGOS SOOATS 1,086.218,15 A quant¡ficação das cargas horárias em contratos de supervisão de obrâs é relat¡vamente 5¡mpìes 8àstã
01. CUSIO IOTAL DAS PASSAGENS AÉREAS EÍÉRRESIRÉS 25,580,00 aompat¡bil¡zâr o cronograma de alocação de cada profissional necestário com o cronogramâ de execu-
D2 - OJSTO ÌOIAL DAS DfÁRtÁS s.642,OO ção da obra.
D , TOTAL DO C{'SIO COM VIACENs 3t.¡¿2,01) No entanto, a quanlif¡càção de horàs técnicas dos profissiona¡s que vão trabalhar na elaboração dos
projetos é uma das at¡vidades maÌs complexat e subjetivas dâ engenharia de custos.
MANUTENçÃO OPERACIOI{AL
acartilha de orientação do Sinaencotrâz âs seguintesor¡entaçõe5 parã estimaro quantitativo de horas técnicas:
1- CUSÍOS DOS VEICULOS 226,073,94
2 - CUSTO 0OS EQUtPAMENIOS TOPOGnÁFtCOS 31.000,00
3, CUsIO DA MANUIENøO EAOMINtSIRÀøO DO €SCR|fóRlO DE C¡MPO 99.720,00
"Tendo em ýistâ a grande var¡ed¿de de serviços rcalizados pelas emprctas do setol é funda-
4. CUSIO DOS EOUIPAMENIOS DE E5CRIIóRIO OE CÁMPO 5.,100,10
Ínental rcssaltar a importânc¡a do autor do orçarnento ter em mãos o escoPo detalhâdo do
5- CUSTO DOS SERVTçOS GÂÁFICOS/COMPUÌAøO 3.155,00 tftbalho a se¡ executado, incluindotodas as atividades que seéo desenvolvidat, ptodutos que
6, CUstO DOs EqUtPAMENÌO DE TNFORMÁÌ|CA PÀRA FtSCAL|ZAøO 6,448,90 tetão entregues e prazos paâ a conclusão- Assim sertdo, cabe ao orçamentistê quantif¡car a5
E - TOTAL OO5 PÂCçOS @M MANUTET{çÃO OPERAC|ONÁL 37r,797,94 horas necestáúas, durante todo o petíodo contÊtual, de cada ptof¡stíonal alocado à equ¡pe
TOTAL DOS CUSTOS DIRETOS 3,014.075,Æ
Ressâlta-se que a produtiv¡dade dos profissiona¡;, integ?ntes de uma deteîminada equipe de
F -CUsTOs DEADMTNISTRAøO (OVERHEAO) = (20% OO B) 299,960,67
ýbalho, depende da capac¡t¿ção e do conhec¡mento de c¿da ind¡víduo e de eficíente s¡ne¡gia
G - REMUN€RAøO DA EMPÂI5A (LUCRO) : (10% DE À + B + C+ O + E + Ð 331,403,61
dd equ¡pe dlocada.
H - OESPESAS F|SCA|S = {11,85% 0E A + 3 + C} D + E + F + G) 421.215,55
TOTAT DOS CUSTOS INDIRETOS 1.054. Obv¡àmente, os coef¡cientes de prcdutiv¡dade ¡rão va ãr de ptof¡ss¡onal paft profitsional e de
TOIAI DA POPOSIA 4.O54.675, equ¡pe para equipe, cabendo ao autoÍ do orçamento est¡mar a dedicação de seus ptofitsionaís
às tarcl¿s elencadas, ev¡tando, prior¡tatiañente, o subdirûensionamento da carya de trabãlho
que, ao final da execução de um contrato, resultar¡a eñ um prciuízo Coño resultâdÔ detta
análite, o autor do orçamento deverá produzír tabelas de quantifícação das cdtgas hoÉr¡as dos
ptofist¡ona¡s, integrante da equ¡petécn¡cê permanente e dos consultores externos "

A tabela a segu¡r apresenta ó custo direto (om salários do orçômento ut¡lizado como exemplo Houve
tegregação do !alário dot profiss¡onai9 com vínculo trabalhista (B l) do sâlário dos profissiona¡t sem vín-
(ulo tràbalh¡stâ (82).

........... -...,. -. 276 272..........


Orçàóenlo e Côntrole de P¡eços de Obrãs Públicas Cãpíluloll: O¡ça mento de Conlr¡tos de Engenhâriâ Coñsultiÿâ

Tâbelâ 114 - Mode¡o de tabela contendo os salár¡os da equipe técnica '11.2,2 Encat os Sociais (K1)

Aplicèm-se percentuais diferenciados pâra os trabaÍhadores com ou sem vínculo t.abalhista. Os tr¿ba-
lhado¡es autônomos têm custo com encârgos soc¡ais de apenas 20% sobre o custo direto com salários.
09 encargos socia¡s dos trabalhadores com vínculo trabalhista pode ser obtido de màneira análogô ao
âpresent¿do no c¿pítulo 6 deste livro. lembrando que a maior parte do contingente alocado nos con-
oaJEro:
trâtos de engenh¿r¡a <onsultiva são trab¿¡hâdoret mensålistas. No exemplo âpresentado, adotou-se um
percentual de encàrgos socais de 73.66%, conforme detalhado na tabelâ a seguir

S,CLARO
sarc SALÄRþ Tabela ll5 -Tabela resumo dos encargos socia¡s (fator kl).
B2
{1) (2) (3) {4) (11) 112) ENCARGOS SOCJAIS SOBRE O SAI.ÁRIO MENSAL
NIVEL sUPE¡oh
lncidente sobre Horã Normaì

12.353,201 115.679,52
cóDrco DESCRJçÃO GRUPO A GRUPO B GRUPO C GRUPO D
9.004,16 234.103,16 GRUPO A iiir+i::
9.004,16 90.041,60 INSS 20,o%
6.425,76 12A.515,20
M sEst 't,50/o
NfuE- TÉcNEo

33.310,56: 79,453,.14
SENAI 1,0

66 2t1,20 INCRA o,2%


fo 24 33.310,56 Á5 SEBRAE o,60/0
-fæÒóloco
ár€å qestão anbÞñtár c@rd fo 24
-r0 26 33.310,4,6 36.074,56
A6 Salário Educação 2,5%

t1 Seguro Conrâ A¿identes Trâbalho 3,O"/.


20 2.16A,32 43.36€,40
2.168,321 43.366,40 AA FGTS I,O%
'r1 20 2.1æ,32' 43.363,40 A9 SECONCI 0.0%
f1 12 2.16832 26.019 34
B GRUPO B
1.7S1,68
B1þ tu)(jlro'Enfelmidâde 0,63%

7t6,16 B' Licença Pâlernidâde 0,0370


B3 Licençå [,laternidãde o,o1%
84 13" Salário 4,33%
2.479,44
B5 fuidentes de Traba¡ho o,13%
1.422,44 63 259,84

645,92
B6 11,11%
15.502,00
B7 Faìlas Legais o,56%
645,92 16.793,S2 a8 A,¿so p¡évio indenizado 3,40%
TOIAIS DOS SÁI]ÁRIOS DA ECII'IPE 1.465,258,08 34
B9 A\/iso pré\,io frabalhado o 1a%
c GRUPOC
c1 Depósito R€scisåo sem Jusla Causa 3,15%
c2 lndonização Adicional 0,37%
o GRUPO D

D1 lncidência do Grupo Asobre o Grupo A 8,97%


SUBTOTAIS (GER}L) 36,80% 24,370/" 3,52% a,97%
TOTAL DOS ENCARGOS SOCIAIS SOBRE O SALÁRIO I\¡ENSAL 73,66%

...278.. 279.
O¡çame¡loe Conl¡olede Prcços de Ob.as Públ¡cas Capítulo1lI Orç¿ìrentodeContralosdeE¡genhariaConsullrvâ

11.2,3 Adminislração Central ou "Overhead" (K2) Fo¡ cons¡derado o percentual de oveúead (Aq é obt¡do a partir do somatório dâs parcefas DMACI,
DMAC2 e DMAC3, ou sejâ:
AC = AC1 +AC2+ACj
As despesàs da Admiôistração centràl são aquelas in(orr¡das durante um detehìnado período com salá-
r¡or de todo o pessoal adm¡nistrativo e técnico lotado ou não na sede centraf, no almoxôr¡fado central, A respeito da definição do Custo direto total da consultoria (CDIO), observa-se que as despesâs da Ad-
na oficina de manutenção geral, pró-lâbore de direlores, vìagens de func¡onários a serv¡ço, vefculos, m¡nirtração Central (K2) in(idem somente sobre os custos diretos de sâlários da equipetécn¡câ. Ass¡m, o
âlugué¡t (onsumos de energia, água, gás, telefone f¡xo ou móvel, combustivel, refe¡ções, transporte, Custo d¡reto total dos serv¡ços de consultoria corresponde ao custo d¡reto dos salários da equipe técn¡ca
materiais de escritór¡o e de limpeza, seguros etc. (cDSAL)

Diversos fatores podem influenc¡ar as taxâs de administração central praticadas pelas empresãs de enge- tn¡cia-se, então, o cálculo dâs despesas indiretas mensais DMACí, DMAC2 e DMAC3:
nharia consultiva. Entre eles, podemo5 citar: estrutura da empresa, número de contratos que a empresa
esteja execut¿ndo no período, complexidade e prazo dos serviços,
a) DMACI . Custorda equ¡pe da adñ¡nittração (ential dâ empresa consultoÊ (d¡retoria, pessoal
Dâí depreende-se que, por exemplo, um empresa com ma¡or número de contratos poderá praticar uma té(nico de âpoio e pessoal admin¡*rat¡vo não diretâr¡ente vin<u lado à prestação dosserviços);
taxa de ¿dmin¡stråção central ¡nfer¡or à emprega do mermo porte com apenas um contrato.
Cons¡dera-se razoável um valor menor ou igua¡ a 25%, po¡s esta tem sido a taxa admit¡dâ pelo Tr¡bunal
â.1) Diretor¡a
de Contas da Un¡ão em casos concretos (por exernplo. o Acórdáo 1 .523/2005-Ple ná r¡o a(olheu um¿ laxa
de 17%, enqu¿nto o Acórdão 581/2009-Plenár¡o acoÌheu uma taxa de 20tlo).
A fabela de Preços de Engenharia Consultiv¿ dè Codevasf àpresenta um detalhado eludo sobre ê tôxa de P.ó¡abore (P0) (2 diretores): 2 x R$ f0.489,60 R$ 20.979,20
overhead ãplícável âos serv¡ços de engenharia consultiva. O refer¡do estudo adotou a metodologia apre-
rNss (20,00 %) 4.195,84
sentada no lìvro "Orçamento na Conrtrução Civì1", do profersor Maçah¡co lîsaka, com adaptaçôes påra a
consideração sobre os sewiços de engenhar¡a consultivã, e encontra-se reproduzìdo(om adâptaçõesa seguir. Totâl â.1 25.175,04

Pãra serviços de engenhâr¡a consult¡va corìsiderou-se que no rateio da Administração Central estão in-
clusas ¿s segu¡ntes càtegoriàs de despesas mensais: a.2) Pessoaltécnico de ãpoio

a) DMACl - Custos da equipe da ¿ d mìnistração ce ntral da êmpresa consultora (dketoria, pessoal Engenheiro de planejamento e apoio técnico (P1) 7.348,00
técnico de âpoio e pessoal administrativo não d¡retâmen'te vinculado à prestação dos serv¡ços);
Engenheiro júnior (PJ): 5.244,80
b) DMACZ - Outras despesas que afetam o custo de produção (omo treinêmento, b¡bl¡otecâ,
programa de qua¡¡dade, auditori¿ interna e externa; Encargos soc¡ais (76,27%): 9.604,53

() DMAC3 - Despesas com ãluguéis, comuhicação. manutenção e transporte não diretamente


relacionados com o custo d¡reto dos serv¡ços. Total a.2 22.'t97.33

A fórmula para o cálculo do rate¡o da Administração Central é a seguìnte


a.3 ç3oâladministrêtìvo

D[.4ACXFMOxN
x':00
FMACxCDTO Contador: 2.499,20

Secretár¡a: 2.024,00
Em que:
Comprador: 2.O24,00
DMAC Despesa mensal dã adm¡nistração centràl =DMACI + DMAC2 + DMAC3; 2.O24,00
Encarregado de pessoâl:
FMO = Fatuaamento mensal d¿ empreta de consultoria; 1.795,20
Assistente administrat¡vo
N = Prazo do contrato de consultot¡a em meses; Assistente de compras: 1.161,60
FMAC = Faturamento mensal da adminirtração central; Recepcion¡sta/telef onista 1.16i,60
CDTO = Custo direto total da do contrato de engenhâria consultiva.

....-2&.1....
' l:r .,.1r,:::,i:,, r'
ì..;.ìri.ìi.rì1iì,;ìit!i¡i
Orc¡menlo e Conl¡ole de Pre(os dcObr¿5 Públic¿s

Auxiliar de escrìtório: 3 x 528,00 1.584,00 ova,ordoraruramentoT"Ti:i".:T:1'îlîï;:ïj'j:$#îfl,Î:i:::ii:'"",fiåËiÏ:';'^lH:.


ilõç.p,"i,"iro"o"iulho/2007torn€ce(^,^.^¡ôvãcr.ônçideram-seempresasoemédioporte,com
528,00
Porteiro/vigilante:
633,60
Motorista:
Boy:
422,40 !*drlii'r*
844,80
AuxiÌ¡ar de l¡mpeza:2
Encargos socìais (76,27%):
x 422,40

12.13A,92 dç*r***t#*tt*it+i,r,i:":];,'.l'j
DMAC. .FMO.N 76.813,69 x50 000'0 0x6 100= 18,4%
Ac'=-MÃccD* - 1.000.000,00x12 5.000,00
Totala.3 29.441,32

AC1 = 18 %
Valor a ser ¿dotado
Total DMACI = 25,175 ,04 + 22'197 '33 + 29'441'32 76 813'69
DMAc, FMO.N =- 1B 0o0,oov50 000'0.0v-6- 100=4,3%

b) 12 - Outrâs despesas que afetam o custo de


produção como tre¡namento' biblioteca' progrâ' nc, --r*õco* t.õoo¡oo'oo
^t
zs o0o'oo

ma de qual¡dade, aud¡toriâ ¡nterna e externa;


4%
Valor a ser adotado ACz =
R$ 3.000,00
b.1) Treinamento: '13.144,00x 50 000 ,00 xo
DMAC. FMO'N 1|O0 =3,2%
b.2) Biblioteca: 2.500,00 Ac'=TMÃõcD; 1.000.000,00 x r 25.000,00
4.000,00
b.3) Programa de qualidade:

b.4) Audiloriâ interna e externa: 8.500,00 3%


Vâlor a ser adotado AC3 =
Total DMACz 18,000,00

25'OA ý"
AC = ACI + ACz + AC3 = 1g + 4 + 3 =
transPorte não dirêtamente relacio'
c) 13 - Despesas com alugué¡s, comuñicação. ílanutenção
e
Central
nados com o Gusto d¡leto dos sefv¡ços indiretat_da Administração
o detalhamento das despesas
Conforme memória de cálculo acima' ¿" apoio à fiscarização de
R$ 2.000,00 adotado nâs pranirhas d".urto, o" ,"riçoiåJ"iìràræão "n"¿ouprojetos,
c.1) Alugué¡s: r.:i obra e geren(iamento é o seguìnte:
1.500,00 i:L
c.2) Comunìcaçãoì :l (fator k2) ütil¡zado Pela CodevasÍ
com detalhamento do overheãd
Tabela 116 -Tabela resumo
c.3) Manutenção:
(%)
300,00 sTR-A O CEN'TRAL
D ETALIIAMENTO ÀD MINI
:! consumo de á9uai
tora l8
1.500,00 istrâ ç o cen t¡â da empres c on
Þ{l
Énergiã elétrica: Custos da eq t¡ p da admin ^
strât o não
de apolo pessoal admini
Material de escritór¡oì 600,00 d to¡t â, p ess oâ té crl lco
dos servl ços
ir 400,00 dir etâmen te vlncu lado ã 4
Materiâl de I¡mpeza: m o sto de produç ão mo tret nameûto
Outras despe sa que â feta cÙ
3.344,00 intema tema;
Refe¡ção (19 Pe5soas): ama de alid ade ud tor
bib liotec a, spode nao 3
ùn caçã manute ção n e trân
c.4) TransPorte Desp 9S com alù gr¡9 com
to d reto dos serv ços
di¡etamente ela cl o¡ado com
o cus
500,00 25
Manutenção de velculos: TOTAL
1.000,00
Combustível:
2.000,00
vãle tranSporte:
TOTAL OMAC3 = 13.1¡t4,00
....283
Orçamento e Conûoìe de Prcços de Ob¡as Públicâe Capitulo l1: O¡çanento de Con I rãtos de EnEenh¡.ia Consù¡t¡ÿa

1I.2.4 Lucro Bruto (K3) Tabela 117 -låbelà detalhando as derpesas liicais (fator k4).

É ê parcela destinèda â remunerar o custo de oportunid¿de do capitãl aplicado, capa(ídade âdministrà-


tiva, gerenciâl e te€nológica adquirida ao longo de anos de experiênc¡¿ no ramo, responsâbilidade pelâ OISCBIM¡NAçÃO
adm¡n¡stråção do contràto e condução da obra por estruturà orgañizacional dâ empresa e ¡nvest¡mentos
na formâção profisrionaldo seu pessoèl e criar a capacidade de re¡nvestir no própr¡o negócio. conriderâ-
1.rss 3,00 3,35 124.O73,AB
-se râzoável um valor menor oLr igual a 12%, pois é o pðrâmetro máxìmo adotâdo nas fontes referenciåis 54.592,51
1,32 1.47
citãdâs anteriormente. 3- COFTNS 6,08 6,79 251.456,40

11.2.5 Impostos (K4)

lolÁts oE oEsPEsas Ftscats


Percentual aplicado sobre o faturamento. Refere-se às alíquotas de PIS/COFINS e tSS. Com a Lein.o 10.637,
de 30 de dezembro de 2002, foi estabelecido o sistema não cumulativo para o cálculo desta contr¡bu¡ção
para o PlS, passando a incidir sobre o valor agregado em cada etâpa do processo produt¡vo. A âlíquota 1 1.2.q Dragts q9!p9!¡r qirgtas.(Dql
do tributo foi majorada de 0,650/0, pañ 1,650/o.

Com o advento da Lei n' 10.833. de 29 de dezembro de 200:l, â âpuração não cumulât¡va fo¡ estend¡da
No orçamento tomado como exemplo, for¿m consideradas outras despesas d¡ret¿s: mob¡lização/desmo-
também para a COFINS com alterâção dè âlíqu oia de 3o/o pèta 7,6o/o.
bil¡zâção; passagens e diárias; custos com veículot e eq u ipa mentos topog ráf¡cos, mànutenção e âdmin¡s_
Essa mudançâ na leg¡slação traz uma nova complexidade para o cálculo do LDl, já que tais tr¡butos tração do ercritório de campo; custos com serviços gráficos e custos com equipamentos de intormátìcã
de¡x¿m de ser fixos para ¿ssumirem percentuais var¡áveis conforme o perf¡l dos d¡spêndios da erhpresâ.
O detalhamento dos custos (om mobil¡zaçâo e desmobilização utilizados no orçamento adotado como
como â legilação discr¡mina os dispêndios que podem gerar esses créditos (dentre eleg bens ¿dqu¡r¡do9
exemplo encontra-se na tabelâ seguinte, Observa-se que parte dos prof¡ssion¿ìs será recrutadâ no local
para revenda; bens e serviços util¡zâdos como ¡nsumos nâ prestação de serv¡ços e na produção ou fâbri_
de prertação dos serviços.
cação de bens ou produtor destinados à venda; despesâs como alugué¡s, energia etc.), os que não estão
relâc¡onados (custo de mão de obra, tributos e lucro, por exemplo) não irão gerálos. Ass¡m, as emp.esa,
Tabela 118 -Tãbela detalhando as delpesas com mob¡l¡zação e desmob¡l¡zação.
que tem mâior partic¡pação dâs operações gerâdoras de c.édito nãs su¿s at¡vidades levãm vântâgem
na redução das alíquotas efetívas pârê o pl5 e a COFINS. por exemplo, obsêrva-se que na indústriâ e no
comércio, devido êo elevâdo percentual de créditos recebidos, a9 àlíquotâs efetivamente pagas de pls
e COFINS têm ficado aba¡xo dos 0,65% e 3%. No entanto, parâ empresas prestadoras de serviço9, que
têm na mão de obra ieu prin<ipal insumo, âs afíquotas efetivas geralmente são superiores aos referidos
percentuais, pois tais empresås não possuem muitos crédito5 para compensar. Esta s¡tr¡âção é, frequen-
temente, observadã nês empresâs que prestam serv¡ços de engenharja consult¡va.
A complexidade advém de se ettabelecer parâmetros pãra esses va¡ores que são vàriáveis, No caso con-
creto¡ ãs empres¿s proponentes poderão f¡xar os percentuais de pls e COF|N5 para o cálculo do seu LDl,
poisjá conhecem, pel¿ súâ ertrutura organizôc¡onal e pelo tipo de contrato a ser executado, os posgfveis
créd¡tos e vãlores aproximãdor dàs allquotâs sob as qua¡s deverão trabâlhar. para efêito de orçarnenta-
ção pelo <ontratânte, e5tet percentuais deverão ser est¡mados.
A c¿rtilha do Sinaen<o adota uma âlfquota efetiva de COFTNS de 6,Og%, admit¡ndo que a empresa
nh¿ um percentual de compensaçóes de 20% (6,Oao/o 7,600/0 xO,Ar. Da mesma fohà, a âllquota de pl
=
adotada na c¿rt¡lhå é de 1,32% (1,65./0 x O,8). No exemplo ãpresentado, ¿doìou,se um per(entual
despesâr f¡scais de 10,40% sobre o preço de vendâ ou 1 1,61% robre o custo direto, conforme detalha
na tabela a seguir:

285
OrçameÞtoeCool.o,edcp¡ccosdeObraspúbticãr
.........::?::.,:11:91'."::::.9:.-c:.11'::::.9: i:.8j'llT.:::::i::i
O detalhamento dos custos com diárias e pâssagens, utilizado,
no orçâmento êdotado como exernp¡o,
encontrã-se na tãbe¡a seguinte. Admitiu_re que três roteiros
distintos de viagem: sede da empresâ _obrô 11,3 Outras Formas de Orçar Serviços de Engenharia Consultiva
- sede da empresã; sede dã empresa - Brasílià _ sede da empresa e loc"t ¿" oir" _ ¡ãil¡a _
local da obra.
11.3.1 Conlagem de Documentos a serem Produzidos
Tâbela ll9 -labela detalhando âs despesas com d¡ár¡ãs e passaqeos.
4)i
ì¡,1 por erse método, deve'se estimar a quântidade de documentos a serem produzidos (plantar, especÌi¡ca-
orÁRrÀs
ÊotEfF0 cusro
çõer, re¡¿tór¡ot estudos, laudor etc.). O orçamento rerá igual ào produto da quanlidade de documentos
rst:
0t0 0tD
UNI
:, c EMPRESÁ,OBF¡ýEMÞFESA
BIO ¡JilI FIO
pelos respect¡vos preços unítários. Por exemplo, umâ planta no formato A0 custâr;a Rg 2.500,00 e uma
898,00 3.592,00 t6 1 2.91 00
c EMPBESAES&EMPFESÄ
438,00
planta no formato A'l custaria R$ 1.500,00.
438.00 1 546 00
PO EMPSESA/OBB¡ýEMPFESÄ

PO
20 898,00 17.960,00 0 A quantidade de documentos necessária para o projeto pode ser estinâda com base em projetos de
EMPflÊSÀtsSBIEMPFÊS,{
438,00 1.752,00 12 I 2.t 00 obras semelhanter ou com base na exper¡ênc¡a do projetirta. Deve,se considerar como paråmetros o
o8FAr8S8/OBRÂ 9r9,00 1.838,00
l0tals DE cust0r ÞE Pn$0s SACENS
0 0,00 00 núñero de disciplinat a serem degenvolvidas e a complexidade da obr¿.
25,580,00 5.642,00
Em seguida, âtribui-se um preço unitário parà câda tipo de documento, mediânte a elaboração de uma
Nã tabela â segu;r estão as demâis despesas diretãs composição de custo unitár¡o que deverá levar em contã ar quântidades de horas té(nicas de todos os
utilizadas no orçamento àdot¿do como exemplo:
prof¡sr¡onais que participarão da elabo.ação do documento (custo direto). Mâçah¡co Tisaka, apresentâ â
Tabela .l 20 - Tabela detâ lhando as demais desperas d¡retar. reguinte fórmula para o cálculo do preço un¡tário de um desenho:

P=CD(1 + Es) (1 + Dl) (1 +L)(1 +EF)(l+t)

Onde:

,EePÁ[cNf6l@6Ñ,iìFcds CD é o custo d¡reto com a mão de obra util¡z¿da pârâ produzir o desenho;
ES é o percentuãl de encargos sociôis;
Lé o lucro;
Dl são as despesas ¡ndiretès;

EF são os encargos f¡nãnceiros;

lsão os impostos.

Pâra se obter o preço total de venda também devem ser considerados ôs demaìs despesas
diretas (v¡a-
gehs, diár¡as, veículos, al¡mentação, transporte, sondagens,
topografía, etc.) dà emprera de aonsl¡ltoria.
O preço totôl de vendã (PV) da empresa será dado por:

PV= tP¡x Qr+ DD x TRDE


TRDE = (1+k3)(l-k4)

Gh¿no b¡Lco 10.,pra€doøàô32Eonbo-d.


Sendo:

PV: preço de vendâ total pratic¿do pela empresa de engenhar¡a aonsultiva


P¡; preço do documento do tipo "¡"

2ll5A(À Malahico.
Orç¿m¿nro.a Con(rução civil-con5últoria. prcjeþ e Exec!ção. são p¿uto: Edito¡ià p¡n¡,2006.

28h... 287.
Orçâmeolo e Conrrote de preçôs de Obras púbhcâs
C¡pílulo 11- O rçâmenlo de Con tráros de tngenharia Consu triva

Qi: quantidade de documentos do tipo .,i,,


Nas palôvras de Marçal Justen Fjlhosl
DDi demair despesas di¡etas

TRDE: têxa de ressarcimento de despesâs e encargos


"Esse rcgime de execução indircta [administração contratada] lora objeto de ýeto prcs¡denc¡al,
K3: margem bruta d¿ empresa de consu¡tor¡a na ocas¡ão do tanc¡onamento da Lei n. 8.666. Reputou-se, ao efetivat o veto, que o regirne
K4: lmpostos de admín¡stÍação contrâtãda ¡mpofta a sco de potenc¡a¡s prcjuízos ao ¡ntercsse púhl¡co. O
pattìcular se ê incentìvêdo a ampliar o <usto da obra ou do serý¡ço, pofque ísso acarretaìa au-
mento da próp a rcmuneraçâo. Adema¡t o tegime de admin¡stração contratada não perñite
uma delimìtação prévia prccisa aceica dos cústos do contrcto. A Adminitttação desembolsará
1l,3.2 lmportânc¡a do Serviço no Empreendimento os montantes que ýierem a se fèzer necestárìos. portanto, poderão set ettimados os custor,
deûtro de cetlos parâmetrct os quais nunca serão exatos e gorosamente determ¡nêdos. Sob
esse ângulo, o rcg¡me de admin¡sttâção contratada apresenta certa incompatibilid¿de com o
Segundo Màç¿hico lisaka, o método é aplicável primord¡âlmente príncíp¡o de que a contrâtação dependerii de igorosa estimat¡va de custo".
à serviços que não podem ou nâo
devem ser orçados por out¡os métodos. Aplica_se a s¡tu¿çõe, especiais, quånao
se empregâm techolo-
g¡as patenteadas de âlto vâlor por seu conteúdo
ou por seu preio, ou quando o serviço de engenharia
consultiva gerð um produto que tem um impacto especial na concepção No entanto, consjdera-se que o reg¡me de àdministrâção ainda é adequado para contratos prìvâdos,
ou no desempenho do empre-
endimento. notadamente quândo ex¡ste grânde incerteza nas estimativas de custo, câso de alguns serviços de en-
O orçamento desses serviços de engenharia deve ser baseado em genhår¡a consult¡vô. Ademak, existem vár¡os tipos de contratos por admin¡stração. pode haver uma
avaliâções subjetivas. levemente ba_
Iizadas por algunr indicâdores cujâ configurãção dependerá de cada remuneração em termos percentuàis das despesas reembolsadâs ou uma remuneração estabelecida em
caso analiado. Eres podem,er montante fixo, Outra v¿riânte deste t¡po de reg'me é a remuneração percentual sobre as despesas, não
a9'.ciados a resurtados operãcioñais ¡nusitados, redução da necess¡dâde
de investimentos e â ganhos podendo. entretanto, ultrâpas5ar determinado teto, tornando a remuneração fixa â pãrtir de um dâdo
quantificáve¡s de compet¡tividade, entre outros índices posslve¡s,
montãnte dos custos reembolsados.
Nos contratos por administrâção com remuneração percentual sobre o valor dos serviços, o projet¡sta
11.3.3 PreQo de Serv¡ ços Semelhantes
prati(ameñte não corre riscot pois todos os seus custos são reembolsados, por outro lôdo, nos contratos
por ãdmin¡straçâo (om remuneração fixa. ex¡ste o incentivo de redução do prazo por pàrte do projetistã,
A partir de publicações especi¿lizadas ou de informações obt¡das em contratos já mas este âssume alguns riscos e tende a repassar estas cont¡ngênciãs para o preço de suâ remuneração,
executaalos pelâ Ad_
min¡stràção Púb¡icâ pelâ conrrât¿da. pode-se real¡zar a estimativa
orçamentária dos serviços med¡ante
correlação com o preço de serviços de porte e natureza seme¡hanter.
O referjdo método difere do método do vâlor percentual sobre
o valor das obras, por não ex¡g¡r à de_
terminação desse valor.

1 1.3.4 Contratos por Adm¡nistração

Conformejá comentèdo, a orç¿mentaçào de contratos de en genhâria consult¡va


é ativ¡dade com râzoá-'
vel grau de subjetividade. Mu¡tas vezes alguns serviços não podem
ser quênt¡fi(ados com uma prec¡são
aceitável, ex¡g¡ndo que ¿s pârtes contratem os gerv¡ços por âdm¡n¡5tra
ção.
Dessa formâ, todos os custor comprovado, pela projetista serão
reembolsâdos pelo contratènte, a .resc¡¡
dos de uma tàxâ de administração que visa remunerar a contratacla
e de ree mbo sá-la de todos os se LJ'
custos indiretos e tributos

No åmbito dos contratos administrativos celebrado, com â Adminilração públi(a,


o ordenamento jurídico
em vigor não admite ma¡r os contfêtos por administração. o regime
"aàrìin¡stração contrôtadà- foì vetado
do projeto dã Lei 8.66dt993, por envolver a ôssunção de ¡iscos;levadíssimos
pela Administr¿ço e ser con-
trário ão iûteresse pLlb¡ico. A red¿ção originã¡ estaberecia que àdministração
conrratada seria q ¡sgime no
qual secontratâ, excepcionalmente, â execuçâo da obra
ou serviço mediante reembolso de todas as despeý,
¡ncorr¡dàs pôra a suâ execução e pagamento da remuneração ajustada parã
os tràbalhos de ad miîisilraç;to.
I JUsftN fltHo,
Md(ôt - Comeñlá'ior à Leide Licitaéer ê conr¡âro5Âdminisralivos 5" ed, Oiatétkð, p 97

..289
!

Curva ABC de Serviços e


Curva ABC de lnsumos

Qual a impo¡tância da curva ABC de serv¡ços e dâ curva ABC de


insumos para o orçament¡sta?
O que se deve verificar quando se âud¡ta um orçamento?

Qual é a diferença entre sobrepreço e superfaturamento?


Para saber se o preço global do contrato está compatível
com o
preço de mercado é necessár¡o avaliar todos os serviços
da obra?

A partirdeste capítulo inic¡a-se o conteúdo de um novo


¿ssunto, a audito_
rìa do orçamento de obr¿s, Nos onze capítulos
anteriores for¿m abord¿_
dos tópico9 relativos à orçåmentação de obras e serviços
de engenharia.
Sempre que posslvel, por meio de estudos de c"so
e exer.ícios, irocurou_
_se focar
o conteúdo sobre o pr¡smà da auditoria de obras
e não da elabo_
r¿ção do orç¿mento em si

OJâro é que â auditoria de um orçàmento


de obràs exjge o emprego de
a19urnâs técni(as de anál¡te que
seráo apresentàd¿s a p¿rtir deste pon-
to Além da (¡ència d¿ orçâmenta(åo, o ãud;tor de
obrô, deve também
conhecer 05 princip¿ís sistem¿s
referenci¿is de preço, dà âdm¡n¡strâçåo
p-úb¡ica, os quais
seráo a fonte de preço, pârôdigmas de mer(êdo a serem
uur¡zados na análise.

Além d;sso, osad¡tamentoscontratuaissãofontesconstantesde


problemas
ele constètaçào de ¡¡regul¿r¡d¿deç.
Náo bàsta, assim, que o auditor de
".qds lrque restrito ôo or(âmen1o originalrnen.te contrat¿do, É necessário,
'otrroem, ãnalis¿r ¿ pJanilhâ orçàment¿ria após as mudanças
*'_trìruèrs trazidas por
aditivos, H¿verá um (apitulo especrfico para
(€(hlcès ap.esentar algumas
de ànálise do5 orç¿mentos ¿pós o aditamento
contrâtuãl
capítulo, âprerentam-se al gunr
conceitos iniciâir e, logo em segui-
veremor drràs
das mâis im portantes ferr¿ment¿s de audjtoria do
orça-
de obras: â curv¿ ABC de
Serviços e a curua ABC de insumos
¡ta*e que as técnicaç å prerentadã5
à p¿rtirdesse ponto também são
rande util¡dâde
pêrã os gestores públicos que trabâlham com
a orça-
o e fiscalização de obras públjcas
ou que âv¿liâm e recebem or-
Orçamen(o e Controle de Preços de Obras Públicas
C¿pitulo ì2: Cutua A8C de Serviços e Curua ABC d

lr çamentos elaboradoi por terce¡ros contratados.É impresc¡ndfvel qúe os âgentes públ¡cos que trabalham
ll na área dominem as ferramentas pâra avâ¡iâr a êdequâção do orçañento âos preços de mercado e ¿
Ému¡to comum também apresentar nas conclusões da êuditoria o percentual de sobrepreço verif¡câdo.
t' manutenção do equi¡íbr¡o e(onômico fjnanceiro do contrato nâ9 ðlterações contratua¡s.
Esta grandezâ
pode ser obtidâ pela seguinte equ¿ção:
i:ii

P'=ç"."rr* -
Sobrepreço = 100
'
.,,tilt
¡ri 12.1 Aspectos a serem Observados na Auditoria dos Or çamentos de Obras
r{t Ou
.:'.
A ãnálise de orçamentos conf¡tui um dos procedimentos obr¡gatór¡os em toda a âuditori¿ de obras e
tem
por objetivo proceder à quant¡f¡cação de custos da obra de forma conclu¡r gobre os seguintes aspector:
soo,"n,"co =ffi.too
Conforme será visto mais adiante neste livro. existem d¡versas mod¿lidades de superfatur¿mento. po-
Se há previsão de todãs ¿s etapaýp¿rcelas necessár¡as à conc¡usão do objeto na plànilha
rém, o superfôturamento ocorre b¿sicamente qu¿ndo se fatuaam sewiços de uma obrã com sobrepreço
orçamentária;
oLr quando se faturam serviços que não foram executados (cujos quant¡tat¡vos medidos são superiores
5e ex¡ste compat¡bilidade entre a execução fís¡cã dâ obra e as etapas indicãdàs no orçamento; a09 efetivamente executados).

5e existe compatib¡lidade entre


or valores prev¡stos pãr¿ execução dos servìços com os pre. Normãlmente o superfãturamento de(orrente de sobrepreço advém do própr¡o orçamento. Pode, também, se
ços prâti(âdos no mercado, de forma a ev¡târ o jobrepreço/superfàturamento por preços originardetermos ad¡t¡vos (desvirtuamento da equação econômico-f¡nanceira ou sery¡çor novos com sobrepreço).
etcers¡vos;
Portanto, o sobrepreço representa um dano potencial, a¡nda não material¡zãdo, enquanto o superfatu-
5e as obras poderão ser concluídat com o orçamento proposto; ramento reprerenta um preiuízo já consumado. O primeiro a¡nde perm¡te que o auditor de obra propo-
5e há adequação das quantidades medidâs nha em seu relatório alguma medida preventiva parã ev¡tãr â consumação do prejuízo ao contrðtante
frente às executadas com v¡stas â se ev¡tôra oco¡-
rência de ruperfaturamento de quântidade; ou que o ¿gente público encarregado da gestão da obrâ tome ¿lguma providênc¡a para resguardar a
Adrninistração Pública do dano.
5e existe adequðção dos qoênt¡tativos de serv¡ços orçados frente aos quantitativos levantal
Convém também estôbelecer o con(eito de subpreço ou desconto, quando o preço do orçamento ou do
dos a partir dos projetos da obra, com o propósito de se evit¿r a ocorrência de sobrepreço
ou superfaturamento de quant¡dâde; serv¡ço analìsado 5e eôcontra ¡nfer¡or ao do paradigma de marcado.
Deve-se também diferenciar o con(eito de sobrepreço un¡tário do conceito de sobrepreço global, sendo
5e houve manutenção do equilfbrio econômico-financeiro inicia¡ do contrato âpós a realiza;
o Þr¡me¡ro definido como o valor resultânte da diferença entre o preço unitário contrôtado ou medido e
ção de ad¡tâmentos contrâtua¡s;
o preço un¡tário ut¡lizâdo como paradigma de mercado para determinado serviço, O sobrepreço global
5e ocorreu algumâ rìodalidade de antec¡pação ilega¡ de pagamento. resulta do somatório d¿ multipfÌcação das quant¡dâdes contratuais de todo5 os serv¡ços contratados pe-
las respectiva5 diferenças entre os preços contratados e os preços parad¡gmas.

Conforme já comentado ãnter¡ormente, durante a ânálÌse dã p¡¿ni¡hâ orçamentária frequentem Fìnal¡zando or conceitos necessários para o entendimento do sobrepreço, é importânte diferen(¡ar ro-
são detedadas outras irregular¡dðdes â¡ém do sobrepreço ou superfaturamento. L,ma corretâ aná brepreço final do gobrepreço or¡ginal. O sobrepreço fin¿¡ é apurado â partir do orçamento defin¡tivo
da plani¡ha orçamentária e seu confronto com os projetos e com ô situação fís¡ca da obra permitem, da obrô, após todos os aditamentos contratuâis que alteraram a planilha orçamentária
originalmente
exemplo, detectar o ¿diantamento de pãgâmentos, realização de serviços sem cobertura contlatâdâ, O tobrepreço original, por sua vez, refere"5e ao orçamento ¿ntes de ser
alterado por aditâ-
deficiênc¡a do projeto básico e â "quími(a,,. mentos contratuais,

Il
12.2 Diferença entre Sobrepreço e Su perfaturamento 12.3 Curva ABC de Servi
ços

lativamente frequente o aud¡tor de obras se defrontar com plan¡lha9 orçamentárias contendo cente"
O sobrepreço ocorre quando o preço da obrâ/serv¡ço/¡nsumo é injustificâdamente super¡or ao p
ou até milhares de itens de serviço dist¡ntor.
dado pelo parad¡grna de nercado. Ern termos absolutosl A târefa de analisartodos os iteôs do orçamento torna-
plexa e penos¿. Porém, não é necessário avaliâr todos os servi
çot dâ obra para saber se o Preço
ìob ldo contrâto
está comp¿tíve¡ com o preço de mercado, É exatamente â curva ABc de serv¡ços que
Sobrep¡eço = Preço c".","r.1",ou.do¡- preÇo itê ão aud¡tor de obrâs rnanifestar-se sobre a conformidâde de um orçamento, analisando apenas
**o,r-. q Þafte
dos servi ços

293.............
Orçanentoe Co¡trole de Preçôs de Obrar púbt'cas
capítuto 12. Curÿâ ABC de Serviços eCurvaABCde jnsùmos

A curva ABC é a tabela obt¡då a part¡r dâ planilha contratual ou do orçamento bâse da licitação,
nê quèl Tabela 121 - Exemplo de curva AgC de serv¡ços.
os ¡tens semelhantes do orçèmento são agrupados e, poster¡ormente, oadenados por sua importåhciè
rel¿t¡va de preço tota¡, em ordeh decrescente, determ¡nando-se o peso percentuâldo vêlor
de cada um @ WEE @q
lpi.ó.tiffi .ffij8*åöiQtrR&&ffiWffi I*ffi'sHägNEìFffiffi iffiffiffirï**åiffi æM
ETE
ffiffiffiffiffiffi
em releção ao valor totâl do ofçamento, calcul¿ndo-re em Segu¡da o5 vâlores percentLrais acumu¡ados
desses pesor, ÉAãì.ffi#H
l$.ri:.4
A classificâção ABC é resultante do pr¡ncípio de pareto, também conhecjdo como princípio dos ,,poucos [:ri"d
s¡gn¡ficat¡vos e muitos ¡ns¡gnificântes", que serve para d¡st¡nguir os ìtenr m¿¡s importante,
dos de menor 'ri.SH
¡mportánc¡¿. É composta portrê5 faixas: a faixa A ou <¡asse A, que àbrange os serviços que representam
um percentuàl acumu¡¿do de 50% do vãlor total do orç¿mento; a fa¡xa ou classe B, com ¡tens que
I
representam um percentual30% do valortotardo orçamento, estando situada entre os percentuai5
ffiËåu¡ffi ffiffiffiffi,w
mulados de 50% è 80%; e å faix¿ C ou Clâsse C, contendo os serviços situados entre os percentuais
acu-
acu_ ffiffiffiffi $ffiffi!ïlKëÌ
mulãdos de 80% a 100%. Porém, o número de ¡tens é vâriável de fâixa para faixa, conforme o projeto. ,corËd¡ri;ô¡nüirniìrÀq
'.!rrËëffiÆ
uma representâção 9ráf¡ca da curva ABc pode serv¡sta na figura seguinte. o número de ¡tens analisados
encontrâ_se no eixo das àbscissas e a pàrticipôção acumulada dos serviços anarisados
encontrâ+e no eixo
iru#r¡qìib;¡m lilëi$
i dëIidi'i¿nlti¡'äniÈð¿ilìS

wê.gtqiffis ffiffi #,ffi'W*$


das ordenadas. A figura ¡ndica que â análìse de apenâs 12 serviços permjte verificâr
va¡or globàl do contrâto.

Figu.a 39 -
cerca de 80% do

Representaçáo grálica de uma curvaABC de serviços. ldi,rsÈ'i:&*ldtbr#


ffiffiffi ffiffi liËiçt{i
ffiffiffiffi.#
ilp-düldCdrPrpdffi¿1{$
tèi¡ç¡h'é.alè"'ü!!i¿¿T*
1}fÐ-!s:*{iiF¿t:ûnB ËS
HS*H
100,096
ffi'W ffiffiffi,trwffi ffiffihs#|ffi;l ,ffiP*ffi#
!q4pò'trìät:tfd ffi ffiëffi'Ëffi ffiffiffi$ ¡,.þ.;
90,o9å i?ì'¡";S'd!ii dìxî;'r,äl
80,ø4
70,9x
60,w
'ffi
,kÞ&rffi
i¡åirã¡rål¿¡iá¡¡iñ ¿3)11!s

ffiw$p,ffiffiffi ffiffiw,,*i.tråffi ffi_ffiuwffi.Tiåþd¡i


þffiå-rffi ffi,ffi$å$Hffiffi ffi{ffitr
I hffffiffi.{I.$:,t*
50,o%

40,@6
fff"#',ìå*
ri:..:+tliii?
,l:i$..r i,)
ffi#"ëffi m,#.,-.+i.!,i.Ëfi ,#-lFå,sffii#nffi,#ffi ?ei.sìlä

ffiffi
¿

30,996

20,@6
Frffi
l'6ffi$Tit1 #iffirí"ôlÀiiÉträÿ?]i
ffi
ffi#ffiH$j?tiôÈÈåiFäri¡ã.Ë $ùÈ{äïÉ?ðÂìiTf å.irÊtAçJ.4ÿ.sAì:i:i
10,o%
,ffiffiffif,ffiÍËttr$iiÌIÆffi,F,Wft ,iËp-iÊi.þ.?&:i:i:
o,o%
rï!¡å'!É.&Pi'-':* rI
o 510 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 l!,ip!-i¡ÞrqekS¡q.¡t
igg8ôr{Êr.#ù,"tq!:{¡¡n.J:
lrdLrièilqåÞìe!ä¡í:i¡ :-i4
ÞÆFir¡"g.+iËìï*:,Ë
ffiffi,#'r;¡e ffiffi$tu**
ffi &Êì?H.*ffitråñtr¡c,,ý.-:.-i:rì¡Ì,1ifj S"ÉÌl.s'&ä+':;klä"f E S.fiäT. r$ìn
Parâ a obtenção da Classificação ABC, os itens do contrato devem ser ordenados por suâ ¡mportá EEIEtl E@E@
relat¡va de preço total, em ordem decrescente. determinåndo-re o peso percentual do valor de câda u
êm relação ao vâlor do conjunto, ca¡culando,se, em seguida, os valores percentua¡s acumu¡ados
pesos. A (lasse A reflete os itens mais import¿ntes e merecem tratâmento especiaf po¡ parte
do â
A classe C representa itens de menor ¡mportância podendo receber atenção circun5tanc¡al. Um exe
hipotético de curva ABC é apresentado nâ tabela a sequ¡r:

295.....
OrçañebtoeCo¡l¡oledePreçosdeObrarPúbli.at Capítulo l2: Curvâ ABCde S.¡!¡ços e CuNa AsC de tnsumos

12,3.1 Roteiro Passo a Passo ra Elaborar uma Curva ABC de Serviços i2.3.3 Seleção dos Custos Referenc¡ais

ij.l O procedimento será automático, caso sejã util¡zado âlgum software de orç¿mentação de obras. No en- Os serviçotmaterialmente relevantes apresentãdos nâs fôixas A e B da curva ABC deverão ser confronta-
). tanto, geralmente o aud¡tor dispõe âpenas do orçamento da obra em papel ou na forma eletrônìca, 9e, dor com preços paradigma5 de mercado.
râlmenle nos formatos PDF ou XLs. Sempre que possíve¡, deve-se ten ta r obter o orçamento a ser ana¡isâdo
dli no form¿to eletrônico (XLS), caso contrár¡o, será necesgário o exten uante tra balho de d¡g¡tar o orçamento. A sele(ão dos preços referenc¡¿is depende do tipo de obra e do serviço ãnalisado. Atua¡mente, o sistema
de custos da Câixâ Econômica Federâl,sinapi, e o S¡stema de Custor Rodoviários do Dnit, Sicro-Z, são
lli De posse do orçamento ¿ ser analisado no formato XLS, devem ser feitos os seguìntes procedimentos:
referências oficiais de preços e são amplamente utilizâdas ho åmbito dosjLrlgados do Tribunal de Contas
da União. O Sinapise aplica principâlmente às obras de ed¡ficaçôes, infraestruturâ urbana e saneamento,
enquânto o S¡cro-2 é voltado. precipuâmente, às obras rodoviárias, ou àquelâs que contemplem serv¡ços
5e a obra for composta por vár¡as etãpas ou parcelâs, com umà planilhâ orçâmentária dis-
de pav¡ment¿ção e terraplenagem em larga esca¡ô.
t¡ntã pàrâ cadâ etapa ou parcela, o audìtor deverá agrupar em uma únicâ planilhâ os orça-
mentos de todâs as etâpâýpârcelas da obra, Dependendo do tipo de obra, o audito¡ de obras deverá recorrer a maís de uma fonte de referênc¡a,
pois, mu¡tâ5 veze5, nem todos os serviços telecionados nâ amostra são encontrados na fonte inicialmente
Na planìlhâ obtida no passo anterior, excluir todag âs linhas de títulos, subtítulos, totais e
escolhida. Ot preços de alguns serviços, especialmente o fornecimento e montagem de equ¡pâmentos
subtotôir do orçamento, preservando apenas as linhas no qual, efetivamente, estão descri-
eletromecânicos, dlficilmente são encontrãdos nas tabefas referencia¡s, sendo necegtário recorrer a ou-
tos os serviços, quantidades e preços un¡tários. Tal passo pode ser feito de forma aceleradâ
tror meios, tâis como contratos de subcontratação, notâs fiscais, cotação junto a fornecedores, pesqu¡sÀs
ordenando-se todà a planilhâ pelãs colunas "quantidade" ou "preço unitário" (9era¡mente
em outros ed¡tais ou s¡stemâs de fornecedoles,
estas colunas estão em branco nas linhas com títulos ou tota¡s).
Em regrã, conforme o tipo de obra. podem ser adotâdas às seguintes referên(¡as de preço:
De modo gerâ1, alguns serviços aparecem repetidos várìÂs ve?es nâ plânilhâ, devendo se¡
agrupados para que constem uma única vez, Sugere-se ordenar a planilha por nome de . Sinapi: pr¡ncipalmente obras de edificãções, infrâestrutura urbana e saneamento;
serv¡ço ou por preço unitár¡o, agrupando os serv¡ços semelhantes em uma únícâ linha que . S¡cro^2: obrar rodoviárias e obras com grânde mov¡mento de terraj
ãp.esentará os quantitât¡vos !omâdos do5 serviços âgrupâdos.
. Tabelas da Codevasf e do DNoCs: obras hídricas (em especial canâis. barragens e perfr¡etros
concluído o passo anterior, deve-se ordenar a planìlha em ordem decrescenle dos valoret de irrigaçáo);
parciaig de aada serviço, obtidos med¡¿nte a multiplicação de suas quantidades agrupãdat e
dos respectivos preços unitários.
. Tabelas referenciais estaduâis e municipais: EMOP (RJ). SCO (Rr, SEINFRA-CE, SABESP (5p),
DER's et(.;
Falta apenas criar as colunas "% do servìço" e "% acumulado". A curva ABC está pronta
para ser util¡zada. :l:. . TCPO, Rev;stâ Construção Mercado da Editora P¡Nl et(.

lii,
No caso de obrês executadas com recursos federais, o SINAPI encontra,se prev¡sto como parâmetro de
l¡mitação dos preços de aontrêtação nas Le¡s de Diretrizes Orçamentár¡as promulgadas a pàrt¡r do exercí-
12.3,2 Seleção e Tamanho da Amostra
c¡o de 2003. A part¡r da LDO/2010 o S¡cro,2 também se tornou referénc¡a legal de preços, conforme art.
112 da LDO/2010 tranrcrito abaixo:
Parô maior consistênc¡â da ânálise, a amostra deve represental pelo menos, de TOV| a 80% do preço
f¡nal do contralo. Há câsos de conlratos, em que, com poucos itens da (urva ABC, é possível atingir um
percentuàl de relevância de mais de 90olo do valor total do orçamento. Pode ocorret tômbérn, em con-l "Art. 112 O custo global de obrcs e serviços contratadot e executados com recutsos dot orça-
Fì!
mentos da Uníão será obt¡do â part¡r de custos unitátíos de insumos ou serviços menores ou
lr,
r"ì1.
tratos com uma quantidàde mu¡to grande de ¡tens (ðcima de 1000), uma curvà ABC cuja amoitra coñ
igua¡s à mediana de teus coftespondentes no S¡stema Nac¡onal de Pesquisa de Custos e [ndices
mâis de 100 ìtens alcança somente 50olo do valor total, e a inclusão de mais itenr nâ amostra não âc
centâ benefício relevãnte. da Construção C¡v¡l - SlNAP¿ nant¡do e d¡vulgado, na ¡nternet, pel¿ Caixa Econômi.a FedeÊ1,
e, no caso de ohr¿s e serviços tôdovíátio, à tabela do Sittema de Cuttos de Obras Rodoviár¡âs
O tamanho da amostrâ deve ser estàbelec¡do pela equipe de auditoriâ considerando-se o prazo de
- stcío
l¡zação, valor do ed¡tal/contrato e riscos de existência de irregular¡dades no empreendimento.
(...)

5 ZNoscasos em que oSlNAPle o S|CRO nãooferecercm custos un¡tários de insumos ou seýiços,


podeÉo ser adotadot aquelet disponíve¡s em tabeta de ,eferência fomalmente aprovada por
órgão ou entidade da administração púbtìca federal, incotporandote àt.omposições de custos
dessas tabelas. sempre que potsível, os custos de ¡nsumos constantes do slNAPt e do slcRo.
i,

._.296.... ,47

Iri,
O¡ç¿menloe Conl.olede Precos de Obr¡s Públic¡s Câpflolo 12: CUNaABC de serÿiços e Curv¡AßC de lrs{nos

ÿ Somente em cond¡ções especi¿is, devidamente justìficadas em rclatór¡o técnico .ircunstan- que guarde correspondência com os necessários para atender às espec¡-
5 contiverem prev¡são de insumos
c¡ado, elaboÊdo por prcl¡ssional habilitado e aprcýado pelo órgão gestor dos recunos ou teu lícações técnicas do serviço anâlisado
mandatár¡o, poderão os rcspealívos custos un¡tát¡os exceder lim¡te fixado no caput e S lo deste de (uçtos obtidas nor Sistemâs referenciais devem ser ãju5tâdas para
Sempfe que necessário, as composiçóes
artigo, sern prcjuízo da aval¡ação dos ótgãos de controle ¡nterno e erterno. às especificações técn icas e aos adequados critérios de medição e pagâmento do serviço anâlisado.
se aåequ¿r
(...)

9 v seâo adotadas na elaboraçâo dos orçamentos de referênc¡a os custos constahtes dasTabe- 12.3.5 Data-base dos Custos Paradi
las SINAPI e SlCRo locais e, subtidíar¡amente, as de ñaiot abrangênc¡a.
5 8 o preço de relerência das obÈs e sery¡çot será aquele rcsultante da compot¡ção do custo pode ocorrer de duat fofmas. com reçultados dist¡nlos
A seleção da data,base dos custor pêrâdigmas
unitátio dircto do slNAPl e do slcqo, acresc¡do do percentuãl de BeneÍícios e Despesas Indirc- de â såber:
para análise Preços,
tas - BDI incidente, que deve estat demonttrado anal¡t¡camente n¿ proposta do fornecedot "
Data.base da proposta de preços ou do contrato;

Observa-re que, na falta ou inadequação do Sinapì, devem-se selecìonar tãbelâs de referênciã form¿l' Datas-bases de pagamento.
mente aprovada por ór9ão ou entidade da admin¡strâção públ¡ca feder¿1, com a ¡ncorpor¿ção dos custos
dos insumos do S¡napi nàs composições, conforme 5 2' do art. 112 supra. Em regr¿ geral, adota-se a dâta-base da proposta ou do contrato como proced¡mento padrão No entan-
to, contratos com períodos prolongados de execução, os percentuait apl¡cáveis de reàjuste podem
e;
preços origin¿is do
representar pagamentos tão ou mais relevântes do que os pagamentos oriundos dos

12.3.4 Aiustes nas Compos¡ções Referenciais de Preços contrato, Nesses câsos, pode ser recomendável obter os preços parad¡gmâs nas datas corÍespondenteS
aos pagamentos efelu¿dos ao contratado e comparálos com os preços âtual¡zados do
contrâto'

No caso de inexistênc¡a de preços palad¡gmas para a datâ.base adotada como refefênc¡â, recomendâ-se
As composiçöes dos preços unitários apresentam os coeficientes de produtividâde/consumo e os custos âdotar, po r conservadorism o, a5 dàtas mâis próximas poster¡oles à dè data-base parâ evitar contestaçöes.
do9 ínsumos ut¡lízados em cada um dos serviços previstos,lornando ma¡s objetivo ojuizo de vâlor acerca Todavìa,seadatadospreçospafâdigmasestivermuìtod¡stantedadâtâ-baseadolâdãtomoreferência
da avaliação do preço unitárío anâl¡sâdo. (mais de seis meses), cabe retroagir os preços parãdi9mâs, de acordo com o índice de reajuste aplicável

Deve-se verif¡car se a compos¡çáo de preço utilizada como referência refere-se reâlmente âo serviço em
questão (por exemp'o: ao se tolnar um preço de concreto como referência, é preciso ver se o valor já 12.3.6 Obtenção de um BDI ParadiSma
incluio seu lançamento ou não).
Portôñto, cabe ânalìsâr a5 composìçóes apreseñtadâs pelo gestor ou pela contr¿tâdã de forma compa-
Af¡nal, o que interessâ de fàto é â análise dos preçot e não dos custos de uma obra A ânálise de preços
rat¡va às composições das referências of¡c¡âis e à real¡dâde dos serviços constatada na própria obra, âfe-
deve-se dar sempre med¡ante a comparação de preço <ontratado/orçâdo com algum preço pârad¡gmâ
r¡ndo â ràzoab¡lidade das prime¡ras e a sua aderênc¡a com a realidðde exe(utiva do terviço. Há ca5o5 em
de mercado, dã sequ¡nte torma:
que se deve åjustar coeficientes ou insumos nâs composiçôes adotadas, como por exemplo, nos serv¡ços
de terraplenagem, em que se costumâ proceder ao ajuste da d¡stäncia média de transporte - DMT nat
tãbÊlås auxiliãreç do si.ro-2. Preço."",,..d" <= Preço ou
"",,d¡0."
Nâ tentat¡va de just¡ficar preços un¡tários (om sobaepreço, é comum ¿ ocorrênc¡¿, nas composiçöet avð-
l¡adâs, de:
custo Direto,".(.","d" + 8D1.."r,.,,,r <= custo Diretoo.,.r,n." + 8Dl *.0'n."

acréscimo de itens ad¡cíona¡s qlre não fâzem parte da real¡dade executiva do serviço;
A análise ìsolâdâ de apen¿s um dos componentes do preço (custo d¡reto ou 8DI) não é suf¡ciente
para
duplicidade com outros ¡tens já previstos no contrato; ìmputação de sobrepreço. Assim, um BDI contralual elevado pode ser compensâdo pôr um custo direto
superestimat¡va de (oefic¡entes de consumo de determinados ¡nsumos ou de utilizâçáo de contrêtual, abaixo do paradigma, de forma que o preço do 5erv¡ço contratado esteja abaixo do preço
equipamentos, de mercado.

Portanlo, um dos passos parâ a análise do orçâmento da obra é o estâbelecimento de um BDI paradigma'
pois A maìorìâ dos sistemas referen(iAit Of¡cià¡s de preço apresenta apenas o custo direto de execução
A comparação dìretâ entre o custo dos serviços constantes do orçamento analisado e os obtidos nos dos servìços, tornãndo necessária a âdoção de um BDI paradigmâ para que a ânálise dos preçoJ un¡tários
s¡stemàs referenciais de preços só pode ocorrer quando âs cornposições referenciais corresponderem
Possa ser efetuada,
exãtômente ao serviço ¿nâlisâdo, apresentando descrição semelhãnte a do serv¡ço a ser executado e

298
OrçamenroeConlroledcPreçosdeOb¡asPúblicas Câpílulo 12: Cùrýa ABC de Serviços e Curÿâ^BCde r'ìsumos

Para se obter um BDI paradigma de análise, deve-ie preliminarmente exiqir a ¿presentâção da composi- 12.3.8 Extrapolação do Percentual de Sobrepreço verif¡cado na Curv¿ ABCI
çâo do BDl, tanto do ór9ão contratãnte quanto dâ empresa (ontratada, possibilitando a ênálise da ade-
quação de seus valores e paraelôs, bem como parô servir de subsld¡or para anál¡se de eventuaìs ple¡tos
j' de reequ¡líbrio contrâtuâl- O método da Curva ABC somente pos5¡bil¡tâ afkmar que o sobrepreço encontrêdo foi obt¡do em relação
à amostra analisada, nada se podendo åf¡rmâr quanto ao sobrepreço em relação âo vaio r totâ I contrâta-
,ta Os percentuaìs d¿s rubricas que (ompõem o BDI paradigma devem ser obt¡dos sempre mediante a aná- da parte C da curva, bem como dos
do, porquanto não é conhecido o vãlor do sobrepreço remanescente
lise em concreto da obra f¡scalizadâ, observ¿ndo ai alíquotas de tributos efetivãmente incidentes sobre
itens das partes A e B ct jos preços referenciais são de (omplexa ou ¡mpossível obtenção. Quando util¡za
l; o fâturamento då empresa contratada para a execução dos serviços,
a técnicâ da cufva ABC, o auditor deve apresentar suas contlusöes somente sobre ot serviços ânal¡sãdos,
Por fiñ, deve-se analisar se exirte alguma sobreposição das rubr¡cas conrideradas na composição do BDI ìndicèndo na análìse de preços qual é o percentuêl de rêpresentatividade da êmostra analisada em re-
com os (ustos presentes nâ planilha orçamentária. lação ao valortotaldo contrâto. Se fo r apontado sobrepreço na amostra ana¡isada, deveser informado
qual é o seu percentual em relação ao vâlor da amostrô audìtâdo.
Recomendâ-se que os órgãos que realizam aud¡torias ou anál¡ser de orçêmentos de obras públicas estâ-
beleçam faixas referenc¡a¡s de 8Dl, a exemplo do procedido pelo TCU nos Acórdãor 325/2007-PIenário e Novamente, ressalta-se que o auditor não pode emitir qualqueriulzo sobre aquilo que não ânalisoo.lo-
2,369/2011-Plenário, levândo em considerâção o po.te e o tipo de obra. Tâi5 pârâmetros serão ìJtiÌ¡zados d¿vìa, por me¡o da estatlstica inferenci¿1, é possfveì ett¡mar, com determinãdo grau de precisão, o sobre'
como referência nà ¿nálise de orçamentos. preço do contrato ô part¡r dos sobrepreços (oletados de uma amostra aleatória de ¡tens orçamentários.

Ao estimaa, com métodos estatíst¡cos, o sobrepreço de um contrato a partír da análise de uma âmostrâ de
12.3.7 0 ue Fazer Quando não são Encontrados Preços Referenciais ra ns Servi ? iteni, é possívelcon(luìr pela existênc¡a de ¡ndfc¡os de ìrregular¡dades decorrentes de preços excessivos
{rente aos de mercado lomando-se por referência o va lor totâ I contrãtado ao invés do valor amostlal
BOTTA e BAFIAT êpresentaram e úm estudo para a extrapolação estatfstica do percentual de sobrepreço
O auditor não pode emit¡r iuizo sobre algo que nâo analisou- No caso de não ser encontrâdo o preço
encontrado numa amostta de ¡tens parâ o valor total do orçañento de um edital ou contrato de obr¿
pâradigma pâra alguln sery¡ço constãnte da curva ABC, podem ser ¿dot¿dos ¿lguns procedimentor:
pública, com nível de coñf¡ânçâ pré-estabelecido.

Segundo o método desenvolvido, o sobrepreço da parcelã analisada do orçâmento possu¡ naturezâ de'
Buscarjunto ao gestor ou contratado outras just¡f¡cat¡v¿s para os preços adotados, âs quâìs terminísti(a, ou sejâ. é um valor encontrâdo por meio da conparação d¡reta de preços orçadoÿcontrata-
devem incluir memóriâs de cálculo, cotações junto a fornecedores, composiçöes de custo dos com referenciair de mercado.
unitário etc. Lembre-se oue o ônus da orova dã boâ e reoular aol¡caçAqdQsle(ulsgs ptibll
Por sua vez, o sobrepreço dã parcela não ânâl¡sada do orçamento, ao contrário, possui natureza estocás_
cos é do oestot A este cabe apresentar just¡ficat¡vas pelos preços de insumos e coef¡cientes
t¡ca, ou sejâ, é um valor que pode 5er estim¿do. com grâu de precisão defin¡do, por meio de inferência
util¡zâdos nãs composiçöes de custo unitério.
estatílt¡cê. A f¡gurâ ã segu¡r ilustra a técn¡ca adotada.
5e houver fundado receio de que o servìço contratado está com sobrepreço, o aud¡tor de
obras pode part¡r para ô elâborâção de uma compos¡çåo própriâ parâ o serviço, estudan-
do as especìf¡Gçóes e cr¡térios de rnedição do serv¡ço. Ajuda muito acompanh¿r ¡n /oco a
execução do serviço questìonado, ìnclus¡ve fâzendo medições e aferiçõer de produtividade,
conforme pro(edimento aprerentado no terceiro capítulo. Além d¡sso, o acomp¿nhàmenlo
da execução do serviço permite âo åuditor verifi(ar qua¡s os ¡nsumos (material, mão de obra
e equipamentos) estão sendo efet¡vamente ut¡lizados.

A real¡zação do procedimento anter¡or não é necessária quando não há rece¡o de haver


l"
sobrepreço no serv¡ço ou quando este não for mâter¡âlmente relevãnte.
iì :
Na eventualidède de não se conseguir ånalisôr o preço do serviço, sugete-se passar p¿ra a
análise dos próximor serviçor da curva ABC. Se um serv¡ço maler¡âlmente relevañte deixou
de 5er anal¡s¿do, pode rer necessár¡o analisar o preço unìtár¡o de vários outros seryiços de
menor relevåncia pâra se obter uma amostra relevênte do custo globalda obra,

Âhràndrelànp¿io; sAtrAÀnd'è Pàdìioñi, Erudo Erallslicopârâ ÉmaPola(ão do Per@nlualde sobæPteço oblido a Pãnirde uña Anoelt4 xlv
i.8oIa
rmpô5io N¡don¿ldeAudito
èdeOb'as Públiør aui¿bä. ¿011.

....301.................-
Or(¡menroe Controlc de Preços de Obr¡s Pubti.ás
Captuto 12: CurvaABC de serÿiços e CùwàAßc de hrumos

Figura 40- llustração do esquema para inlerêncía estatíst¡câ do Jobrepreço na pôrte não analisada da curvaABC. Tabela 122 - Exemplo de curva ABC de ínsunos.

¡r. cÀs (r/4? 3À)

h R¡¿,rs
4ù¡ ês

¡ Itens
'f analisados
da rtdos@ñúis 5ro¿0d 3reiôo¡o
Curva Ìlob è¿ñ¡6s tuEdos
c¡m8ib(td rs F5o2o 1¡ 5úo¡!
ùn B9 oe oo Fsr!.sø¡ô

¡PcÆ0f2 â 11

Itens
analisados Amostra aleatória de itens de serviço
do retirados da parcela não analisada l¡35'o
orçamento do orçamento
ã6nm) rs $1.ôr
^ç.cÆ0(3.¡
rõbLàbrpr&iorer | 353,50

O sobrepreço globa¡ do contrato será â soma do sobrepreço determinÍstico apur¿do na curva ABC com Pqo (Þßt¡ nÁd o ds DibbÐ rs Rsrro
o sobrepreço est¡mâdo, âpurado estàtist¡camente em uma amostra de itens fet¡r¿dos da parcelâ não ¡i6kb¡thbiùos
¿nalisada do orçamento. Rt25ý1?
nt?.5e2oo
i'1.

A0Ùårá6nhm|
12.4 Curva ABC de lnsumos RS2loopo
B6¡dô@o4b11netss($bumD ui
isR'4Jo
A (urva ABC de insumo5 åpresenta todos os insumos da obrà (material, mão de obra e equipâmentot
clâss¡f¡câdos em ordem decrescente de relevância. A tabela a segu¡r ilustra uma curva ABC de insumot Necessita-se dâ compos¡ção de custos unitár¡os detodos os serv¡ços dâ obra para elabor¿r
â curvâ ABC de
de uma obr¿ hipotéti(a: insumos, O procedirnento para a montagem de uma cJrva ABC de insumos
é simples, mas extremamente
trâbalhoso de ser real¡zado com o emprego do Microsoft Excel, pois há necessidade
j de se totalizar in-
Sumo por insumo em todas as compos¡çóes de custo unitário. Os seguintes pâssos
deverão ser seguidos:

Criar um arqu¡vo com â l¡stâ de insumot com âs colunas ,,descrição do ¡nsumo,,, ,,un¡dade,,,
"preço unitár¡o", "quantidadet'i e "preço total.,.
Em seguida, devem-se obter em cad¿ composição de custo unitár¡o os ¡ntumot utilizados no5
rerviços, os coeficientes de consumo, as un;dades de medidâ e os preços unitários,

A tabela obtida no pr¡meiro passo deve ser àlimentadâ com os dados obtidos no segundo
passo. Ai quant¡dades de insumo5 são obtidâ5 mediante a multiplicâção de seu coeficíente
de consumo com o quant¡tôtivo do serviço prevjsto no orçamento sintético.
Após repet¡r o passo 2 e passo 3 pârâ todas âs composições de custo unitário do orçâmento,
os insuûìos devem ser agrupados, po¡s alguns insumos são utìlizados em prati(amente todog
os serviços, por exemplo, servente, Os q ua ntitat¡vos dos insumos agrupados devem ser somã-
dos de formã que cada linha dâ tåbela coraespondâ â apenâs um ¡nsumo em particular

302... 303
)

I . ..:i.r.:f':.,i!
Orç¿menlo e Conrolcde Prcçoç de Ob¡¿s Públicat

. Em segu¡da, deve-se ordenâ¡ a planilha em ordem decrescente do preço total de câdã ¡nsumo.
. Crìar as colunas "% " e "70 ãcumu¡ado", A curva ABC de insumos estará concluída,

Existe grande ganho de tempo se o orçômento for el¿borâdo com algum software de orçamentação, o
qua¡ gerâlmente apresentâ a curvâ ABC de insumos de forma âutomát¡câ.

É muito útil tãmbém estabelecer uma cìassif¡c¿çáo por t¡po de insumo (mão de obra, mater¡al e equ¡pâ-
mento) durante a elaboração da curva ABC. Este tipo de segregâção permite análises ¡nteressantes do fogo de Planilha
orçamento.
A curva ABC de ¡nrumos é uma ferr¿menta muito poderosa pâra o audilor de obras e para o orçamen-
t¡sta. Vejamot algumaJ facìlidades criadas com a curu¿ ABC de insumos:
O que é iogo de planilha?
Como obter o ponto de equilíbrio econômico-financeiro de um
Propicia que osetordecompras da construtorã programe as aquisições de insumos e promo- contrato?
va negociações com os fornecedores, prior¡zando os ¡nsumos mais representativos,
Quaìs são os pressupostos para ocorrência do jogo de planilha?
O orçamentistâ e o a¡.rditor de obrâs podem buscâr cotaçöes dos insumos mais sìgnificat¡vos,
Quais os métodos de cálculo do superfaturamento decorrente do
É uma ferramenta importante de auxílio no pìanejamento e programação de obras. Ela for- jogo de planilha?
nece ao setor de planejamento o efetívo de mão de obra dos diversos tipos de equ¡pamen-
tos necessários para a execução dâ obra. O que fazer quando for constatado o jogo de planilha?

Perû¡te ã anál¡se de custo da obra de forma simplif¡cada, bastando a s¡mples comparação


de preços de insumos. Obv¡amente, tal proced¡mento só é adm¡ssível se as composições de No (apílulo anterior, foì apresentada a técnica da curva ABC de serviços
custo unitário do orçamento estiverem com coeficientes de produtiv¡dade f¡dedignos e se 09 parå an¿lisar umà planilha contratuâ1. A ferramenta é aplicável pâr¿ âná,
quantitativos de serviços est¡verem corretamente calculados, 'ì,
lise de planilhas orçamentár¡as após a celebraçâo de adit¡vos e permite
concluir se existe ou não sobrepreço finãl no orçâme.ìto após ad¡tivos.
Permite ânál¡ses de sensibilidade no custo globâl da obrâ. Por exemplo, qual seria o ¡mpâcto
de determin¿do índice de reajuste estabefecido nã próximè convenção colet¡va de trâbalho. Ex¡fe, porém, uma form¿ mu¡to importânte de superfaturamento que não é
detectâdâ por meìo da ânálise do sobrepreço f¡nal âpós aditivos mediânte o
emprego dâ (urva ABC, Trata -se do superfaturê mento decorrente da a lteração
Erros grosseiros nas coûrposiçöes de custo unitár¡o e no' quantitativot de serviços também podem ser do equilíbrio econôm¡co-financeiro do contrato, modãl¡dade de superfaturâ-
ident¡ficados pela curva ABC de insumos. Determinada tipologia de obra costuma manter certa partici- mento conhecida nojargão da auditorià de obras(omojogo de plânilha.
pâção relativa de determ¡nados insumos na curvã ABC de ¡nsumos. Por exemplo, o seruente é um insumo
Com efeito, o jogo de planilha é uma das irregu¡¿rìdades mais constata-
sempre relevante em obrâs de ed¡ficações. Em obras de construção rodoviária, a br¡ta e os materiais
das nasâuditor¡ar de obrâs, exigindo que o âuditor conheçà ¿5 metodolo-
betum¡nosos costumam ocupar posição de destaque n¿ curva ABC de in5umos.
g¡as pâraideñtificâr a danosâ práti(a e quantificâr os prejuízos oriundos
Dessa forma, se determinâda obra apretentar uma composição anormal na curva ABC de insumot em do desequ¡líbr¡o do contrato (ontra a Administração Públicâ.
relação à tipologiâ de obr¿ fisc¿lizàdâ, o âud¡tor de obrâs deve verif¡car os ñotivos.
O gettor públi(o também deve conhecer os me(ânismos bás¡cos de or¡gem
do jogo de plànilha e as formas de agir preventivamente para evìtâr sua
ocorrência. tndo além, pode-se af¡rmar que praticamente todÀs âs grandes
obras públicâsdo Brâs¡lsâo concluídas atuàlmente com ¡lm ou mais aditivos
contrâtuait alterândo os quantitâΡvos de serv¡ços orig¡nalmente contra.tâ-
ocorrência que invariave¡mente alterará de alguma forma o equilíbrio
econômico-f inanceiro do contrato, sejè contrâ ou a fâvor da Administração
pública.
l\¡esmo que a alteração rep resente pequena alteração do ponto de
eq u¡líbrio econômico,fiôânceiro do contrãto, é ¡mportante que âs pôrtes
dis Þonham de ferrâmentas aptas a
meôiurar tal alteração.
nto, o presente capitu lo veßârá sobre ojogo de planilhâ e sobre as formas
quantificar o sobrepreço ou superfaturamento decorrente desça prática.

304
Orçâmentôc Conlrol¿ de P¡eçosdeObas Públicas
Capnùlo ll: togo de ptinitha

13.1 Definição do Jogo de Planilha Tabelâ 123 - Exemplo de jogo de plan¡¡ha

A Decisão TCU n" 1 .090/2001-Plená rio apresentou a segu¡nte definìção:

"12. Pode ocorret na contratação de obftt públicas, em rcg¡me de empreitada por preço uni-
tá o, que haja determinadot ¡tens coñ pteços supeóaturado, embora o preço global da obr¿
ffi
lti.lÌÍii,.l,ll:ì¡i.,Ýi:i¡li! iìiir-llriiTi'¡:iJìì.lt¡.Ì¡i;i:::i:lüi
seja compatível com o de mercado. Esses itens tupeñatuftdot no decorret da execução da l 200 nl ?5,00 Rt 5.000,00 R130,00 R¡ 6.000,00 240 816,0!0.00 Ri7200,00
obta, podemtet os seut quant¡tativos ¿umentados ñed¡ante êd itivot contratua¡s - éo chamado 4 120 Rt 15,00 Rf 4.800,00 Rt r0,00 Rf 1.200,00 120 R14.800,00 Rt 1.200,00
jogo de plên¡lha. Ass¡m, o .usto glob¿l da obra fica em des¿cordo com o de ñercado, arcando
a Un¡ão com o prcjuí2o."
ffi 6 Rt Z0,0ll Rt2.000,00
wffiffi
R125,00 Rt 2.500,00 100 R12.00¡,00 Rl2 500,00
ßt t2 ì00,00 Âf t5.70¡,00 Rt19.100.00 Rt 12.900,00
9,52% Sob¡epref o åpór adit¡Ýos 14,84%
Apesar de ã referidâ dec¡são tratar de um contràto celebrado no regime de preços un¡tár¡os, o jogo de
plan¡lha pode ocorrer em contratos celebrados em qualquer modalidade de.egime de execução. É mais
comum nat empreitadâs por preço unitár¡o, mas tâmbém é verificâdâ nas empreitadar por preço globêf No exemplo apresentado, o5 serviços "1" e "2", cujog preços contrâtuais estavam super¡ores a05 preços
e, até nesmo, na5 empreitadas integrâis. poroutro lado, o serviço
de mercâdo, tiveram os quantìtativos elevados após 05 âditamentos contratuais.
"5", cu¡o preço estava com grânde desconto em relação ao orçamento paradigma, teve seu quânt¡tativo
O fato é que o superfãturamento por detequilfbr¡o econômico-financeiro ou jogo de planilha ocorre
dimìnuído, Como resultado, um contrato vahtajoso parâ o (ontratante, (om 9,52% de desconto, se tor-
quando há o rompimento do equilíbrio econômico-financeiro iñiciêl do contrato em desfavor do contra- ,
nou um contrato ¡esivo, com 18,84% de sobrepreço àpós o adìt¡vo.
tânte por meio da alterêção das c¡áusulas de serv¡ço (mudançâs de quôntitativos, inclusòes ou exclusöes .

de serviços etc.) e/ou das cláusulâs financeiras (mudânças de preços dos serviços, prazos de pðgamento, Observa-se que ¿ aplicação diretâ dâ anál¡se de preços sobre o contrato após ad¡tivos resultariã em um
reajustêmentos et<.) durante a execução da obra. superfâturamento de R$ 6.200,00. No entanto, confo.me foi âfirmado na introdução deste capítulo,
existe uma par(ela de dano que não fo¡ captùrada pela anál¡se di.eta dos preços f¡nai5 do (ontrato. Uma
O jogo de p'anilha éver¡ficâdo em v¡rtude de várias circunstâncias e câusas diferentes, mas principaìmen
das formas de quant¡fi(âr este dano seria pelo método do desconto, por meio do quâ¡ o contrâto finâl
te devido aos seguintes fâtores:
tem que ter um desconto de 9,520lo em relação ao orçâmento paradigma. Assim, o dano efet¡vamente
verificado contra o (ontratànte serià de Rg 9.333,33.
acrésc¡mo de quantidades de ¡tens orig¡nais com sobrepreços; Antes de prosseguir, convém definir desconto como a diferença percentual entre o orçàmento contrata-
do e o orçamento parad¡gma. obtido mediante a seguinte equâção:
decréscimo ou supressão de quantidâdes de itens origin¿is com subpreços;

alteração de preços or¡ginais por meio de termos aditivos keequìlíbr¡o e(onômico-f¡nancei Totalo,FM,oFålbñå - Total.,F.,^t,-rß¡àdo
(%Þesconto =
inclusão de itens novos com sobrepreços ou com descontos inferiores ao ponto de equilíbr Total@._þÐda,,
econômico-f inênceiro do contrato;
paralisação ou abandono da obra pela contratãdã, após â execução dos serviços (om os p anilhâ a segu¡r apresenta outrâ situâção hipotéticâ, nâ qual todos os preços un¡tários contratua¡s es-
(os ma¡s vantajosos ao contratado. abêixo dos preços de merc¿do. Observã-se que o contrato foi celebrado com um desconto de 40,71%
felaçâo ao orçamento paradjgma. Após adit¡vos, os itens ',5" e ,,6,,, cujos preços unitários contrâtuais
sentavâm grandes descontos em rel ação aos pteços de mer( do foram supr¡m¡dos, reduzindo o va-
O jogo de plânilha pode ocorrer mesmo quando o vâlor global finâl do contrato f¡ca abaixo do çio desconto final pÂrâ 24,140lo
referenciâ1, porém a condição de equilíbr¡o econômiao-financeíro se ¿ltera de forma a causâr prejul
contrãtante, ou seja, há redução do desconto original. A tâbela â seguir exemplifica um c¿so simplifi
do jogo de plânilha:

...306... ..307
O¡çámcnro e Conùole de l'reços deObras P¡bli.rs
Capílulo 13r logo de Planilha

Tabela 124 - Exemplo de jogo de plan¡lha ñed¡ante a redução e supressão de serÿiçor com preços ¡no(equfveir,
A Lei 8.666/93 estabelece que o edital conterá "atitér¡o de aceítabilidade dos pteços unitário e global,
confome o cato".Iodavia, há rnuito o TcU já firmou o entendimento de que o estabelecimento dos
5ru4ø_0.'
critér¡os de aceitâbilìdade de preços unitários. (om a fixação de preços máximos. ao contrárío do que
sugere a interpretação literal dâ lei, é obrigação do gestor e não sua faculdade, uma vez que o limite
(onstitui Tator ordenâdor da Iicitação, ao evilar ¿ dispâridade exâgerâdâ dos preços unitários e global
constantes das propostas, predispondo ã coñtratação futura a afterações ¡ndev¡das (Acórdão TCU n'
?0 R190,00 Rt r.800,00 Ft 100,00 ß12.000,00 20 ßt ì.800,00 8t 2.000,00 1.090/2007-Plenárìo).
l0 Rf 80,00 ru 2.400,00 Rí90,00 nt2.700.00 l0 nl t.400,00 R¡2,700,00
R170,00 ¡32.800.00 Rt 90 00 Rl I600,00 40 R12.800 00 Rl I 600,00
A matéria foi ¡nclusive objeto do enunciado de Súmula 259/2010 desta Coftei "Nat contñtações de obras
50 RJ 60,00 Rll.00¡,00 Rt 80.00 Rt 4.000,00 50 Rt r.0¡0,00 Rt 4.000.00 e serv¡ços de engenhatia, ê def¡n¡ção do cr¡tério de aceitab¡l¡dade dos preços unítát¡os e global, aom
l¡xação de prcços ñiáximos para ambos, é obtigação e não faculdade do gestor."
;::.:r!.¡J6 ¡:Rt40;00 il.flt 9{ì,0ò, nt 9.ooo;00.
Além da âusênci¿ dos critérios de a(e¡tab¡lidade de preçot ünitários e da def¡<iência de projetos bás¡cos,
Rt 18.500.00 Rf L200,00 8t 11,000,00 Ri14.500,00
ex¡9tem aìnda outras causas para o surgimento do jogo de planilha. É o caso das alteraçõet indevidag
40,71% oesconto àpós ad¡tlvot 24,14%
de projetos e especificaçöes, ocorridat quando não já justific¿t¡va técnica para âlterôções dos projetos,
mâs mesmo assim elãs oaorrem âpenâs parâ possibilìtar o ¡ogo de planilha. Trata-se sem dúv¡da de uma
É uma forma bem peculiàr de jogo de planilh¿. Obrerva-se que a simples análise de preços finais, apó, ocorrência muito grave, pois o contratânte sai duplamente lesado. Foi vitima do jogo de planilhâ e teve
âditivos, não apresentôria superfâturamento como resLtltado, pois todos os preços un¡tár¡os estão (om_ o objeto contratado indevidamente afterado para uma ôlternativa técnìca ;nferiot
patíveis com os preços de me¡cado. Entretðnto, novamente ver¡f¡ca-se a ocor¡ência d€ jogo de plàn¡lhà. porsível, ¿¡nda. o surgimento do jogo de planilhâ pelâs segu¡ntes causas:
É

Reajustes, rev¡söes ou repactuâções celebrâdos fora d¿s hipóteses previstas em le¡, âlterando
13,2 Pressupostos para Ocorrência do .logo de Planilha indevidâûìente o preço unitário dos serviços contratuais.
Prorrogações indevidas de prâzo de execução contratual. Essa pecu¡iar forma do jogo de
plànilhã ocorre quando a administração loc¿lda obra encontra-se com um vâlor elevado e
São, pr¡nc¡pa¡mente, duôs condições que possibìlitam a ocorrênciâ de jogo de planilha
o contrato estabelece o pag¿mento mensal por uma verba fixa. Por âlgum mot¡vo super-
veniente, a execução da obra atrasa e a empresa recebe ou fâz ple¡tos pelos pagamentos
obrà lìcitada com projeto bás¡co defic¡ente; mensais correspondentes aos metes de atraso. É sem dúvida uma forma bem danosa de jogo
de planilha. Além do supe.fatu.âmento, ex¡ste uma tendên(ia de haver atraso na entregâ
ausência de cr¡tério de ¿ceitabi¡idade de preços unitários
do objeto.
8Dl elevado. Foi visto que na anáÌìse de preços não se imputa sobrepreço unicamente por
É exâtâmente o proieto básico def¡c¡ente que dèrá àzo a alteraçöes contratuais no decorrer dà execução conta de um 8Dl elevâdo, pois é necessário considerar também o custo direlo do serviço.
. ..
da obra. A relôção entre as falhãs no projeto básico e a poste.¡or detecção do jogo de p¡ân¡lha fo¡ iden- .. Mu¡tas vezes, â licitante vencedora apresentô umâ proposlâ com custos d¡retos do5 serviços
.
tifi(ada pelo Tr¡b¡rnal de contas da União em dìversos casos, por exemplo, no voto condutor do A<órdão muito baixos, mas compentâdos por um BDI elevado. Durante a execução dã obra, pode
TCU f'" 7712002 - Pleîátio. "Creìo que se potsa, nesse ponto, repetir o que tenho insístentemente, alit-
.., ocorrer a inclusão de novos serviços pelo custo de mercado, os quajs retultarão em dano ao
mado acerca do açodamento com que são teitos os projetot de engenharía para ¿ grande ma¡otia dat contratante se houver apìicação do BDI contratual elevado.
obÈs realìzadas pelo Podet Públíco em nosso país, independentemente da esferê govenâmental
Jogo de cronogrôma ou jogo de planilha na distribuição dot serviços ao longo do prâzo de
qúe se encontrem taìs obt¿s. O Projeto Bás¡co, que deve ser como elemento fundamental para a realiza
execução contratual. Há uma tendência de â l¡citante cotar os serviços in¡ciãis da obra com
ção de qualquet licitação (...), m¿s tem sido constantemente mal elaborado(...), o que é lamen preços mais elevado5, os quais serão compensados por preços dos serviçosf¡nais com maiores
se tomar fonte de detvios e toda softe de itegularidades que se tem notíc¡a no Brasil."
descontos. Esta prática pode ser verif¡cada mesmo num edital com critério de aceitabil¡dãde
Muìtas vezes, as próprìas lìc¡tantes percebem âs falhas existentes no projeto básico e já montam propos- de preços un¡tár¡os, Por exemplo, a empresa pode se sagrâr vencedora do certame côtando
tès considerando possíve¡s alterações nâ execução da obrê, cotãndo preços ¡nexequíveis pârâ serviço9 um desconto elevado, por exemplo, 20% em relação ¿o orçamento bâse. Mesmo âssim,
que serão suprim¡dos ou cotando preços altog para serviços que serão majorados, cota os serviços inìciais sem nenhum desconto e os serviços fin¿¡s com 40% de desconto ao
executar a primeira metade da obra, certamente hâverá pedidos de reaiìlstes de preços ou
O grau de manobra das licitantes é aumentôdo quândo o edìtal não contém critério de aceita b;l¡dade
simplesmente â empresa poderá abandonar o cante¡ro de obras.
de preços unitár¡os, perm¡tindo que propostas com sobrepreços em alguns serviços não sejam descl¿rs¡.
ficadas do certame.

308 ..309
Capílulo 13: Jogo de Planilh¡
Orçaúc¡ro êConlrole de Preços de Obrâs Públi.as

1 3.3 Apuração do logo de Planilha Tabela 125 - Exemplo de jogo de pfan¡ìha ñed¡ante a supressão de serv¡ços que não sáo materiâlmente relevante3
na aorva ABC da plan¡lha contratual

13.3.f Determ¡nação do Ponto de Equilíbrio Econômico-Financeiro DO.CONÌÂÀIO

Ao ¡niciar qualquer análise de jogo de plan¡lha é fundâmental ã detern¡nâção do ponto de equilfbrio :r:PnEç0
; i:i i.r'p:rrl:il
!ÈìiÈöïòrÀ!, ., rolfÀL'
econômico-financei.o do contrato, obtido mediante a ¡dentif¡cação do sobrepreço ou derconto or¡ginal IHECOTOIAI]J PnEçO.

¡0 R|1800.00 Ri1900,00
da planilha orçamentár¡a em comparação com preços .eferenciais nà datâ'base dâ proposta. 1 80 ßf 90,00 R$ 7.200,00 nJ95,00 nf7.600,00

I ?0 Rt 80,00 Rt 5.600,00 Rf 80,00 Rt5,600,00 l0 Ât2 400,00 Rl2,400,00


O percentual obtido será o ponto de equ¡líbrio econômico-f¡nanceiro do contrato, seja pos¡tivo ou ne- 3 50 ñt70,00 Rf t.500,00 R¡ 72,00 Ât1.600,00 Â12.800.00 À12.880,00
gativo. A ideia de se determ¡nãr esse poñto de equilíbr¡o é ver¡ficar posleríormente se, considerando as nJ 60,00 Rf3,600,00 Rf 64,00 nt1.840,00 50 R|3000.00 Bt 3.2oo,o¡
quantidades e preços reâlmente executados ao f¡nal do contrato, foi preservâdo o ponto de equilíbrio ii:ri;l:rdi :8lt1o,oo 10 Rf:50,!! :|r:iìì:Âf..lìl 00;00
or¡g¡nâl do contrato. Em càso negatìvo, a ânálise âpontará se o novo ponto obt¡do é favorável ou desfa- lji.lr.l¡jaì Bf 9!;0Q
rr.rl.i:¡.Rib;Q0 iÌ:¡ì)! tt 0,q

vorável à Admin¡stração Pública. Rf 20,600,00 Rl29-540,00 Rt t0,otoo0 Rl 11,480,00


30,26% Þêsconto após âd¡t¡vos 12,46%
Nos dois tópicos a seguir serão apresentados os métodos de cálculo de desequìlfbrio econômico-financei-
ro em virtude de alter¿ções contratuais,
A gituação apresentada na tabela âcima é verif¡cadã com certâ frequência na aud¡tô.ia d€ obras. as
planilha
Uma forma de âbordôr â questão é considerâr que o desconto abso[]to em unidad€s monetárias (Rg) licitantes percebem as def¡c¡ências do projeto básico e descobrem quâis serviços prev¡stos na
tem que ser mantido após os aditivos cont.atuais (premissa do método do balânço). contratual não serão efet¡vamente executados. Dessê fofma, ofertam preços absolutèmente inexequí-
veis para esses servìços, pois sabem que não serão execÚt¿dos É exatamente o caso dos ite
Outra forma é considerâr que o desconto percerìtual (%) tem que ser mant¡do após os âditivos (ontratu-
na plânilha acima.
ais (premissâ do método do desconto).
Pâra um exemplo concreto desse tipo de Situação, em uma obrâ de edìf¡cação, é
(omum haver â pre-
Dorânte algum período houve ¡ntensâ discussão na jurisprudênc¡è do TCU sobre quâl seria a forma
visão no projeto e na planilha orçamentária de determinada soluçâo para as fundações do prédio Em
âdequadâ. Contudo, a regunda forma de verificação do equilíbrio econômico-finance¡ro âcabou sendo
virtude da ausênc¡a de estudos geotécnicos no proieto bás¡co, as lic¡tantes vislumbram que a 50lução
pos¡tivadâ nas recentes Leìs de Diretrizes Orçamentár¡as, por exemplo, no 5 60, art. 109, da LDO de 2009:
escolhida não será adotada e cotâm valofes inexequíveiç pârâ o serviço O contrato terá que ser futu-
ramente ad¡tado, excluindo-se 05 itens de serv¡ço relacionados com a fundação origin¿lmente especi-
f¡cada e inclu¡ndo-se novos serviçot relålivos à nova té(nica de fundação que será adotada,
" 5 6 A d¡fercnça percentualentre o ýalor globaldo contrato e o obtìdo a partir dos cuttot un¡tários
do SINAPI não pode.á ser feduz¡da, em favor do .ontÍêtado, em decoftência de adÌtamentos que mod| Para evìtar que tal situação passe desperceb¡da pelo gestor ou pelo auditor de obrâs, sugerem_se acres-
f¡quem a plênilha ocañentá â. " aer à curva ABC todos os serviços que tiver¿m afgum tipo de alteração de quantitat¡vos por meio de
aditivos, ¡ndependentemente de serem materiâlmente relevantes ou não-

13.3.2 Análise de Serviços que não são Materialmenle Relevantes


'13.3.3
Orçamento Correto a ser Tomado como P¡9{9m.3

Para analisôr se determinada p,âñilha orçamentária tem ou não sobrepreço globã1, podemos nos valer
do Princípio de Pareto e ânalisar apenas os serviços qoe são mater¡almente relevântes em rel¿ção ao Em muìtos câsos concretos, o Tribunal de contas dâ L,nião apficol¡ os métodos do bâlanço oÚ do descon-
vãlor global do contrato. to comparando-se â planiìha contratuãl com o orçamento base da licitação.

lnfelizmente, não se pode ter o mesmo procedimento para análire da ocor.êncià do jogo de plânilhâ.. Conludo, tal procedimento só é válido se a planìlha do orçamenlo base da li(itação puder ser tom¿da
Muitas vezes, o jogo de p anilha de(orre da rupressão de itens de serviço com e evado desconto em rei como um paradígmâ de merc¿do, Em mu¡tos casos, 05 preços unitários constantes do orçamento ba5e da
lação aos parámetros de mercâdo, Pelo fato de os serviços terem preços mu¡tâs vezes ¡nexequíveis, n áo ¡ic¡tõção também contêm distorções em relação aos preços do mercado
costumam figurar entre aqueles que são percentuãlmente relevantes em relação ao vðfor do contratoi Nesse sentido, as recentes Leis de Diretrizes Orçamentárias têm estâbelec¡do que o desconto entre o
Contudo, a rupressão de serviços com subpreço pode caus¿r qrande impâcto no equilfbr¡o econôrnico- ÿalor global do contrato e o obtido a pârtir dos sistemas referenc¡ais de preços não poderá 5er reduzido'
-financeiro do contrato. em favor clo contratado, em decorrên(ia de ad¡tamentos que mod¡fiquem a plânilhâ orçamentáriâ
No caso hipotético âba¡xo, os serviços "5" e "6" não estariarn nas faixar A e B da curva ABC do orçamen-
i.3rô ilustrar as d¡ferenças que podem resuflar em virtude de qual rçamento foi tomado como Parame_
Seus preços contratua¡s estão com grande desconto em relação aos preços de mercado, Porém, a
to, pois
feferên<iâl de preços. apresentam-se os dois quâdros a seguir' O primeiro quadro mostra âs condiçóet
supressão desses ¡tens causou úmâ perdâ de desconto de quase 20% no aontrato, Portanto, deve-9e ter igjnah da avença, celebrada com um desconto de 2,41% em relâção aos preços do 5¡napi e de 3,61ýo
cuidado com esse tipo de s¡tuação relação ao orçamento base da licitação

310 .31:1..
Orçamenlo e Controlcde P.eçôs deObras púbtic¿s
Capílulo13: JoEo dc I't¡nithâ

O segundo qu¿dro mostr¿ a situàção do contrôto após âdit¡vos. O desconto em relâção ão Sinapi sirbiu Pottanto, paft o detlinde da questão, deve p
ser vileg¡ado o exame da conduta f¡natístíca dôs
para 9,9%, ao passo que o desconto em relação ao orçamento-bàse desap¿receu, surgindo ¡nclosive um agentes envolv¡dos.
sobrepreço de 4,79%o.
A solução ¡ut¡dica paracor g¡r as distotções cautadas pelo "jôgo de ptanilha,' deiva dirctamente
Portanto, adotando o orçamento base da l¡c¡tâção como ponto de pàrtidâ da análise, pode_se concluir do texto const¡tucional, que preconiza, no art. 37, ¡nc¡so XXt, que deveñ set mantídas as condi-
equ¡vocadamente que o aditamento contratualfoi lesivo ao contrãtante, com umô perd¿ de desconto ções efetìvas da proposta contfttada ñediante t¡c¡tação públ¡ca. A determ¡nação constituc¡onal
de 8,40lo. Na verdade, o aditàmento contratualfo¡vantâjoso parã a Administração pública, ¡nclusive com visL antes de tudo, prevenir o enr¡quecimento ilícitT seja pot parte da Administraçào, sejd por
o ãumento do desconto para 9,9% em relação aos preçor do Sinap¡. pâfte da empreta contratada, assegurando o equilíbrío econômiao-f¡nance¡ro durante toda a
vígênc¡a da avença.
Tabelô 126 -Tàbelas demonstrando a mudança no ¡esultado do iogo de planilha mediante â àlterÂção do or(a_
mento tomado como pårâd¡gma de metcado. (...)

Sq posteriomente à ast¡natura do contrato, a empresa contratada, coñ acompl¿cência de agen_


Quanl¡lativo! lnkiàlmenÞ Contratados
V¡lorês do orçamento Base dâ Licitação tes públicos, usa de subteñúg¡os pãñ alterar as condições orig¡nalmente pactuadas, c¿be âo TCu
06) exìg¡ra rcstaurcção do equ¡libio econôrn¡co-fìnance¡ro exprcsso na ielação que a, partes in¡cial-
mente pactuaram,
Paþ tanto, entendo quq quando comprovado o "jogo de planitha", a forma correta de manter
¿s condições eletivas da proposta e preseÍvar a vantagem da proposta, que determinou sua sele-
' ".' vâloies do sin¡pi valorèa dd oiêmäito ¡ale da L¡cib¿ão ção pela Adm¡nisttação, é ex¡git que o detconto percentual ofertado pela l¡citante vencedoß na
sua proposta se¡a ñantido nas sucess¡v¿s reÿ¡sões contratuàis, aplicando-o sobre o valot globalda
plan¡lha rcv¡sadà de seru¡ços, orçada pela Admin¡stração com bãse no, preços de mercado.
X9

Coñ isso. pÍeseruam-se as aondições efet¡vat da Noposta, aomo exigído peto art.37, ìncÌso XXt,
da Constitu¡ção Fedeftl de 1988, e respe¡tañse os pr¡ncípìos da ísonomia entre os l¡c¡tantes e o
da seleção da propotta vantajosT previstos no aft. 3" da Lei 9.666/gj.

Dessa fom4 se a altercção contrctual promovída não é justifícável, ou ainda que just¡ficáýel, há
U,l.-1,logg q9 lþllLltu F,rauduiento e Ahe¡ações de proieto Tecnicamente lustificáveis. ¡ndíc¡os de que teve por ¡ntu¡to ptopìciar benefícios indevidos à contratadã, o Tr¡bunal poderá
ex¡gírque seja mântído o desconto or¡ginahhente ofertado.
Este é um ponto que reserva grande controvérsia nãs ànálises do jogo de plãn¡lhã,
(...)
A experiênciô tem nos mostrado que defic¡éncias de planejamento, mormente pera e¡âborâção/utirizã-
A excepc¡onal medída de rcnegoc¡açâo integrclclo valoÍ da avença, de acordo com o ñétodo que
ção de projetos básicos falhos, insuf¡cientes e desatuâlizados, têm sido as principais causas parâ a cele-
ota defendo, destina-se prccipuamente acoibÌrâs s¡tuaçõesde deseqú¡líbrío-econôm¡co f¡nance¡-
bração de adit¡vos contratuais respon5áve¡s pelã descaracterização dãs cond¡ções pactuadas iniciâlmente
ro do contrato, resultante de comprovado "jogo de ptanilha,'.
nos contr¿tos administrativos, em detr¡r¡ento de vantagem econòmica âuferidô pela Adrninistração por
força do caráter de compelit¡vidade que se etpera dos ce¡tames licitatórios. Attiñ, não é toda e qualquet alteftção do ajutte que resulte na reduçâo da vantageÍt compa-
ratìva da proposta vencedoÍê do certame que auto za, por si só, ¿ conalùsão da ocoftênc¡a de
Esse é o ponto mais seniível desta s¡tuação, com o quâl há de se deparar o âuditor de obras: descobrìr se
a alterâção contrâtualfoi lev¿da à efe¡to com o propósito velado de supr¡m¡r eventua¡v¿ntâgem conce-
manìpulação de planilha.
d¡dâ à Administração, ou se, de fato, estão presentes os pressupostos lega¡s ensej¿dore, da modifi(âção Há tituações excepc¡on¿is em que as modificaçõet contratuais são tecnicamente justif¡aáveis,
pleiteada, a exemplo do art. 65, ¡nciso I, alinea ,,â,,. da Lei n.9.666/1993, que trata de h¡pótese de altera- não ¡mpl¡cando desv¡rtuamento do prcjeto original e nem sendo mot¡vadas pot eftot gtotteirot
ção unilateral, pela Administrâção, "quando houvet modilicação do projeto ou da, espec¡ficaçõe, pa onì¡tsõet ¡nsuf¡c¡ênc¡as ou obsolescênc¡a do projeto biisico, e não há ¡ndic¡os de que a alteração
melhor adequação técn¡ca aos seus objet¡vos,,. É possível, àindô, que a âlteração mostre-se tecnicãmen contñtual visâ desconf¡gurat as condìções or¡gÌna¡s da proposta e propotc¡onat ganhos ¡legit¡-
viável e consentânea ao ¡nteresse público e, ao mesmo tempo¡ seja benéfi(a âo contr¿tãdo, mos paÍa a contratada.

Esra problemátic¿ teve ampla âbordagem no voto condutor do Acórdão ICU n" j.'t5Sl2OO4 _ plenáti No entanto, nesses casos, a aferição da eventual redução ou suptessão do descontosobre o otça-
oportunidade em que fo¡travada a discussão entre a âplicação dos métodos do ba¡anço e do de9 mento-base, após alterações contratuaìs, gera a pretunção de postfvel desequ¡líbrio econômÌco-
conforme se depreende dos trechos ab¿ixo trans(ritos: -financeirc, a se, completa e cabalmente conf¡rmado ou rcfutêdo pela Admìnbtração, oferecen-
do-se añpla opottunídade de ñan¡festação da contrâtada.
"Assim, ex¡ttirá o "jogo de planilha" semprc que o conjunto probató o constante dos a
peïnita inferit o ¡ntuìto de bu at a l¡c¡tação e alterat em desfavor do eráÍio, as con De fato, se não ettá ev¡denciãdo o jogo de ptan¡lha, não se pode exig¡t señ maiores ettudot e
econôñico-f¡nance¡ras orígínalmente estabelecidas. Ou seja, cêbetá perscL)tat se, no caso sem a comprôvação efetiva do desequílíbt¡o, que a (ontratada mantenha ¡nalteÊdo o desconto
creto, a alteração ocorrc pan lograr prcveitos ilegítiños ou se atende ao intercsse originalmente con1ed¡do, poìt aabe ressaltaÍ não fo¡ eta que deu causa à alteração contratual".

..313.....................
Orçamènloe Controlede preços de Obrâs púbtjcâs
C¡fì'rulo ll: logo de I'lânilh¡

A tese defendida no voto condutor do Acórdão 1 .7S't2}Oí-plenátio loi objeto de grande conlrovérsiè
à épocâ. Houve um voto rev¡sor manifest¿ndo-se contra o método do desconto apresentãdo 13.3.5 lnclusão de Novos Setv¡ços
no voto
vencedor Sugere-se que os leitores leiam os estudos produzidos nos votos revisor e vencedor do citèdo
Acórdão pâra mefhor entendimento da matériâ. pelos termos adit¡vos
Determ¡na o art. 65, S3", da Le¡ 8.666/93, que os preços dos novos seryiços incluídos
5ejam {ixados por livre acordo entre âs pârtes. Entretanto, convém tecer alguns aomentários
A d¡9cussão não será aprofundada aqui, pois entende-se que a matériâ perdeu o seu obieto com âcercâ dã
as re-
centes disposiçôes dàs Leis de Diretr¡zes Orçàmentárias que estâbeleceram ê manutenção
incondic¡onãl justa remuneração dos novos ìtens de tr¿b¿!ho ajustados.
do desconto.
Em alguns casos, ¡nclusive no cãso em concreto apreciado pelo Acórdâo TCIJ n' 1 755/2004-Plenário, o
Aperar dos ensinamentos elucidåtivôs cônsignados no Acórdão 1 .755l2004_ple nário, não se pode
esque- Tribunal entendeu ser apl¡cável a imposição de um desconto aos preços de mercado dos novos seryiços
cer â dificuldade prática em verificar, efetivamente, a ocorrênc¡a de ,,jogo de planilha,,, de
tal sone â inclüídos mediante adit¡vos. Também exittem precedentes em sentido contrário
justificar o realinhamento automático das condiçóes originai, do contrato,
nos termos acimâ. o fato é que as novas disposições das Leis de Diretrizet Orçamentárias trouxerãm noÿa diretriz sobre
É certo que o particular estará sempre d¡sposto a ampliar a suô margem de lucro. podendo fãzêlo
me- o tema a partir de 2009. F¡camos. portanto, com a posição de manutenção incondicional do desconto,
diante ingerências junto à Adm¡nistração, â quem cabe, por ìntermédio dos gestores públ¡cos, tomar inclusive dos novos serviços acrescidos por força de aditâmentos contratuâis A redação do art. 65, 93',
os
cu¡dados devidos à f¡m de ident¡f¡car se as ãlterâções são tecni(amente pertinentes,
de conformidâde dà Lei 8.666/93 deve ser interpretôda em consonância com as disposições das Leis de Dìretrizes Orçamen-
com os objetivos dà licitaçâo, ou ¡nteñcionadas a reduzir quantitativos e/ou el¡minar ¡tens táriar obrigåôdo a manutenção do desconto.
de serviço
cujor preços unitários possam âpresent¿r dercontos significat¡vos em relàção aos preços que compete êo5 gestores avaliar, com rigot os preços de mercado
de mercado. Ante essàs ponderâções, entende-se
Logo, não é uma tarefa fácil conclu¡r por posslvel ,,jogo de plani¡ha,,, na ¡inhâ do Acórdão
TCU n. correspondentes a itens ou servìços a Serem acrescidoS aos contratos administlativos, espec¡almente àque-
1 75512004 - Plenátio, aomprovando que a prática está àssentôd¿ em indícios
de manobr¿ fraudulentâ, tes (ujas coÍrpos;ções não constam dos sistemas referenciais de preços, dado que podem ler utiì¡zados
voltada exclusivaûrente à obtenção de vantagem ¡regítim¿ em detrimento dos recursos púb¡ico, Erte
tipo como referênciâ para a incidência dos descontos ofertàdos originalmente por empresas contratâdas, con-
de ênáfise geralmente fica inviabir¡zada, principa¡mente ante a rimítação dos instrumentos de fiscar¡zâ- roante disposição contida nas Leis de Diretrizes Orçâmentár¡as (Acórdão TCU n' 3.003/2009-Plenário).
ção que um aud¡tor de obras dispõe, basicamente restritos a exômes documentair.
No momento, essa questão de ordem prát¡câ perdeu rerevåncia face à redação trazida pera
Lei de D¡re. 13.3.6 Comparação com Propostas das Demais Lic¡tantes.
trizes Orçâmentáriâs para o exercíc¡o de 2Ot0 (Le¡ n. 12.017, de 1218/2009), cujo 6. do ¿rt.
2 assim.:
S ,
dispöe:
Existe umtipo de análise mu¡to ¡nteressante para demonstrâr os prejuízos âdv¡ndos do jogo de planilha
Corresponde a aplicar nas planilhas contratua¡s após os ¿dit¡vos os preços unitários dat outras licitâñtes
"Art, 112. O custo globêl de obras e setu¡ço, contratados e executados com recußos do, otçd- : e obseruâr se ocorrer¡a alguma alter¿ção na clâssificâção do certame
mentos da União ser¡i obtido a partir de cuttos unitárìos de insumos ou setuiços menores ou a O exemplo abaixo foi adaptado de uma obra real. nâ quaì o TcU constatou a ocorrência de jogo de pla_
¡gua¡t à mediana de seus cofietpondentet no sisteña Nacionãl de pesquira de Custo, e Indice,
nilha. O pr¡meiro quadro mostrô a classificâção originaldo certame licitatório, vencido pela empresa "4":
da Construção C¡vìl ,5tNAp¿ mant¡do e divutgado, na internet, pel¿ Caixa Econômica Fedeat,
e, no caso de obras e teruiços rodoviátios, à tabela do Sístema de Custos de Obns Rôdôv¡á.ias
Tabelâ 127 - classifìcação or¡g¡nàl da licitaçåo.
- StcRo
(...)
i.:j.t.:
PÌo¡eto Or¡g¡nâlmente Lic¡tado
S æ A díferença percentual entrc o valot global do contftto e o obt¡do a partir do.^ custo, uni-: Valor de proposta da licitação
Classificåção Empresa
tiárÌos do SlNAPIou do SICRO nâo pôdeá ser reduzidâ, em favordo contratado,
de aditamentos que mod¡fiquem a plan¡tha oryamentária.',
em decor¡êncii:
2
ffiffi
I
ffi 105.000.000, m
:l
3 c 110.000.000,00
Como se percebe. não é mais necessário que haja demonstração objet va dâ ocorrência 4 D 115.m0.000,m
de 'jogo de Pl
nilhã", em sua forma trad¡cional. euâlquer lermo aditivo que venhâ â mod¡ficar a plân¡lha (ontrat 5 E 120.000.000,m
deve, ao finâ¡, pretentôr o mesmo desconto ofertado inicialmente em rela tt, fl;ì:ì:.;¡r': r' :..; i t'l:.12t1¡0;@dOA
ção ¿os preços unítários utr
;
Fa,:.,.:i,tlt:-t:,
l¡zados como referência de mercado, obtidos dos sistemas Sicro e S¡nâpi

3 t4., 315
Orçañen(oe conlrore de p¡ecosde Obr¡s púbti.as
Câprlulo Il: logo de Pldnilhã

Durânte a execução contratuâ1, ôlquns serviços t¡veram


ãcrérc¡mos superiores a 1300%. A partir da pla,
nilha final de serviços e respectivas qu¿ntidades efetjvamente Matematicamente a aplicâção do método é dada pela seguinte equôção
executad¿s, foram aplìcados os preç65
unitários constantes dar propostas das demais ¡ic¡tantes,
estabelecendo_se uma nova classificação h¡po_
téticâ entre elas.
D =>" (pc. - pp.).(qî- c'")
No.(aso concreto que foi analisado pelo TCU, à úftima
licitante (lâss¡f¡côda no certame original_ empre_
sa "F" _ ser¡a a pr¡ûìeira crassif¡cadâ se o projeto efetivamente
executado tivesse silo ricitado.
onde:
"A,,seria apen¿s â quana cotocada com ã ptânitha contendo quantidadês
ilj.ll"l.^1111.1:Ttresa
erctlvamente executad¿s, O quàdro a seguir demonstra
âs
0: é o vâlor correspondente âo desequilíbr¡o do contrato, contra ou a favor da admin¡stração
a classifjcãção hipotélica das empresas com base
nos quâhtitativos de serv¡ços efetivamente executàcfos: pública (¿ depender do seu sinal);
pc": preço unitário contrâtado para um dado serviço ,,n,,;
Tabela 128- clâssiticação que seria observada na l¡citâ(¡o com os quant¡tativos
de seruiços efetivamente execulador pp": preço unitár¡o par¿digma para um dado serviço ,,n,,;
qr,: quânt¡tativo final do serviço "n" e;
ValorF¡nal Exeautado Aditivos
Classificação Empresâ qr": quànt¡tativo ¡nic¡almente prev¡sto/contr¿tãdo pâra aquele servíço ,,n,,.
Va¡orda propostâ da ljcitaçã;

2 B 97.000. Atabela a seguir demonstrâ a aplicação do método ao mesmo caso hipotét¡co que já nos serviu de exemplo
c 98.000.000, m
Tabela 129 - Plan¡lha exemplo de api¡ca!ão do método do b¿lanço.
5 D 113.000.000,
E 118.000.000,m
ä:1+
!ì.¡À{.ri'
;iL¿áioa,
Ef{,\ìtilt içgÿfir
13.4 Método do Balan ço 6ffi

O método tem (omo premissa a mânutençâo do desconto


em termos ãbsolutos. un¡clades nìonetár¡as,
após os ad¡t¡vos contrâtua¡s, Ý¿llrhdd¿úhb4do¡¡'od¡6Ñb4ó
ÿJqfuldoGrdôåp&ôn¡lododob¿là4o
A título de exernplo, o Tr¡bunal de Contas dâ União ¿dotou
esse método por oaas¡ão dâ prol¿çâo do
Acórdão TCU n' 583/2003-plenário:
Nâ tabela anterior, o observâ-se que os serviços ,,1,, e ,,2,,, cujo preço contrâtado estava acima do p¿ra-
digma, tiveram àumento do quant¡tativo com o ¿ditamento rontratual. Dessa formâ, gerarêm ..débitos,,
"(...) condicione junto à contratada a continuidade derre
contrato à fomalização cle rcño na coluna de apl¡cação do método do bâlânço. Da mesma formâ, o serviço ,,5,,,
contratèdo (om descon-
aditivo, a ter encañinhado ê este Ttibunal por cópia no prazo
de ,, fqu¡ir"liir,'iuuUn*. to ern relação ào preço de mercado, também gerou um débito, pois te;e o quantitativo diminuído. o
serviço "3" fo¡ o único serviço com o quant¡t¿tivo elevãdo pelo aditamento
contrâtual em que o preço
9.1.1 - o desconto, propotcionalmente à, próximas fatut contrêtual estava vantajoso em rel¿ção êo mercado. Dessa forma, gerou um
as, dos valorcs paqos eû crédito de Rg 2O0,OO no
por decoftênciê dat alteftçõe, quant¡tativas do projeto oàlahço do impacto dàs alteraçòes contrðfu¿it.
original, em montante a ser ap
pelo DNIT com bate no balanço das consequênc ias Exìste uma forma bart¿nte práticà p¿r¿
fínance¡ras dessas mod¡ficaçõet obter o valor f¡nal do contrato após o método do balanço. Na
em confronto com os preços da contfttada, o, valore, de lôbela acimâ. o contr¿to foi celebrado com um
mercado dados pelo sistema s¡cto desconto de R$ 3.400,00 em relação ao pâradigmâ de
época da rev¡são ou, na falta desse rcferenc¡al pèG àlgum |lercâdo, se ¿pl¡(ado o referido desconto
¡tem, o valor otçddo nd em termos âbsohltos ao orçamento par¿digmâ após âditivos
consideradot eñ qualquer caso, os efe¡tos do tealuttamento, (R$ 32.9OO,OO),
encañinhando a este ftibùnal o vàlor do contrato, ãpós o método do b¿lanço, deveria ser de Rg 29.500,00. O valor do
planilha de cálculo juntamente com o termo èditivo superfèturamento
tequer¡do ¿cim¿;" apurado pelo método do balanço foi de Rg 9.600.00. Ressalta-se também que o mé-
lodo do bôlanço nào preservou
o desconto percentual do contrato, q ue passou de g,52% para 1O,33V.-

.]]6.... .. .,. . -. . i17.


Orçâmento c Controle de Preços de Olr¡asPúblicat Capí1ulo13: Jogo de Planilha

O método do balanço tem àlgum¿s crÍticâs, pois, em determin¿das situações, conduz a s¡tuaçóes injustôs já analisado, obtém-se o seguinte resultado
Aplicando-te o método âo mesmo caso
ou destituídas de âmparo no arcabouço jurídico. Quando há redução ou 5upressão de ¡tens cujos preços
dà propostâ vencedora rão ¡nferiores àos preços orçêdot o método preconiza que essas diferenças sejã¡¡ Tabela 131 - Plân¡lha exemplo de apl¡cação do método do desconto.
consideràdas como prejuiro potencial ao Erário.

No exemplo extraído do voto condutor do A(órdão 1.755/2004 " Plenário, êpós a revisão contratuâ1, o
valor total apurado de acordo com o método do balanço seria R$ 5.600,00. Esse preço, entretânto, tra-
duz desconto de 49,09% sobre o valor orçado para as novas quantidâdes. ou seja. haveria aumento do
valor do desconto que o (ontratado estãr¡ã ob.¡gado â oferecer ào Poder Públíco, pois or¡ginalmente o
desconto era de 23,48% (ver tâbela a seguir).
ffiS$Ërffi!ä reH
i*ir$füffitr* i¡MBg
Tabela 130 - Comparaçáo entre o método do balan(o e do desconto. 3 R$ 25,00 R$ 5.000,00 R$ 30,00 R5 6.000,00 F$ 6.000,00 R$ 7 20o,oo

R$ 00 R$ 4 800,@ RS 3 200,00 320 00 R$ 3.200,00


i,- frr ü::¡¡
Condiçõ€s orisinais Após revisào Atuação TCU 6 RS Rs 2.m,00 FS 25,m 00 RS 2.000,00 R5 2.s00,00
Qtde Orçamento Contrâto Qtde Orçânìento Proposta Balånço Âs 32,3@,00 ß$ 15.700,00 Rs 39,1m,00 Âs 32.9m,00
Itens S ùnit S tolâl S unit S total S rotål S totãl $ total $ total Sobrepr€co âpó3 ad¡tiýos 74,@%

3000 2,00 6.000,00 1,.]0 1.90000 0 (2100.001


2 2000 4,00 8.000,00 4,00 8.000,00 2000 8.000,00 8.000,00 8.000,00 6.t7',7 9û o¡çamento pâ¡àdigma final Rs 32.9@,m
3 2000 l,40
(R9 3.133,33)
1,00 6.000,00 2.800,00 0 (3200.001
4 llX}0 3,00 3.000,00 2,90 2.900,00 l@0 Vâlorfin¿iparadigña do cþntrato côñ des@nto ns 29.766,67
3.000.00 2.900,00 2.900,00 2.239,49
Vaìor total: 2r.000,00 l?.600.00 I ).000,00 I0.900,00 5.600.00 8.41',7.39 vãlor do conrÞto após aditivos 39.ì00,00
D€sconto orisinâl: 23A8% Desc. após revisào 0,9lyo 49,Wo 2348% Da doconÍâto com des@nto 29, 67
Supert¡tu6mento ¡puódo pelo método do desconlo
qs 9,333,33

Essa situação revela a ¡mperfeição do método, po¡s conduz â resultado que acãrretar¡a ônus adicional ao ;
conlratado e, portanto, desequilibrà econômico,finãnceiramente o contrato. lsso decorre do fato de o
método ut¡fizar os vâlores absolutos dos itens.
13.6 O que tazer Quando o logo de Planilha for Detectado?

13.5 Método do Desconto A solução jurfdìca para corrigir as distorções causada5 pelo "jogo de p¡anilha" deriva d¡retamente do
texto const¡tucional, que precon¡za, ño ârt. 37, inciso XXl, que devem ser mântidas as condiçóes efetivâs
da proposta contrâtâdê med¡ante licitação públicâ. A determinâção constitucional visa, ântes de tudo,
O mélodo tem como premissa â manutenção do desconto em termos percentuais após a celebrâção de
prevenir o enriquecimento ilícito, seja por parte da Administração, teja por parte da empresa contrâta'
âdit¡vos contratuâis
da, âssegurando o equilfbrio econôm¡co-f¡nanceiro durante toda â vigência da avenç4.
O Tribunal ¿dotou pela primeira vez e5se método por ocasião dè prolâção do Acó¡dão TCU n" 1.755n004' .
Astim, ocorreñdo qualquer modificação que provoque o desequilíbr¡o ecoñômíco'finânce¡ro do con-
- Plenário: Îralo, deve ser promovidâ a repactuação, de formâ que 5e restabeleçam as condições originðis, não se
"9,4.1 promova as ações necessátias à instauração de procedímento admìn¡stßtivo tendente admitindo o injusto proveito unilêteral de um dos contratantes em detrimento do outro.
reaval¡ação do Contrato 0O8/5TO-Getrc/2002, utilízando como rcferênc¡a preços de merc
A Jurisprudência do Tr¡bunal de Contas da União aponta basi(ameñte dois t¡pos de m€dida9 corretivàs
franqueada ampla defesa à empresa [...], de foma â ser plenamente ¡uttifiaado o indic¡o
Para evitar o jogo de planilha.
desequilibr¡o econôñíco-f¡n¿nceìrc da ãvença, em desfavor do erár¡o, cons¡sfente na rcd!ç
de 28,98% parê 16,28% do desconto origin¿l oîertado pela contratadã sobre o valor Vár¡osjulgãdos determinaram que a Ìnclusão de novosserv¡ços ou acrésc¡mos de serviços com sobrepreço
orçado pela Admínístração para a nova configurcção da prcposta, deteminada petos unitár¡o lenhâm por l¡mite os preços de mercado ou aqueles contidos nas referênc¡as oficia¡s de preços,
aditivos, obteNando que tal proced¡mento não podeÉ resultat em .edução do valot ¡o caso o Sinapi ou o Sicro. Pode-se c¡tat como exemplo. o Acórdão T(U n" 17412oo4 - Plenárìo:
do ajuste inferìor a R$ 766.093,10 (setecentos e sestenta e seit m¡|, noventa e tÍês rcais e
centavos), atualizada monetâiamente, a contarde março de 2002, em rczâo de onerosidade
compfoýâda, decoïente da ¡nclusão de itetls novos de teïaplenagem sem a manutençâo "No que concerne à coñpat¡bítidade dos preçot, como iá mencionâdo êntet¡omente não exis'
detcontos ¡nic¡aìs aplicados sobre aquele gênerc de seru¡ços;" te, no momento, sobrepreço no contrato eñ questão e 5íñ um sco de maioração do 'ontrato
em Íunção de eventuaìs adequações dos elementos constitutivos da obra' "

3'Jß.. i19
Orçâmenro e CoDtrÒle de preços de Obrâs públi.â
,::.... _::::i,-,:::::.,....
Càpnuto rl: joBo de pt¿n'th¡
9.2. determinar à Companhia Metrcpolitana
de :|ranrportes púbt¡cos - CMT\ que quãisquet
acréscimos ao contñto AT-N 3o/g7 sejam
devidar"rru¡"riiaa* ì r.nhañ pot timíte os refe- Assim' diversos jurgados do Tribunar têm determ¡nado a mânutenção do desconl.
0btido pei¿ Adminis-
rcn.Ìais de prcço cont¡dos no s¡stema Nâcìonal de tração Públ¡cà,
c"rq"ir, au è"rt* u ìrdice, de construção
Civ¡l - stNApt, da caixa Econô¡nica Federat,
e no s¡s"., a"
optando-se pelo menor entre ôs doìs referenr¡u¡,
,*rrrl.jii¡rt¡os
. stcko do
DN[r O conceito é simples de ehtende[ rnas na prát¡c¿ surgem diversâs dúvidas
sobre a forma (orreta de se
no r"so ¿" a¡nirgÁir;) - proceder' ocorre que no côso de ¿ditamentos contratuâis o ponto
de equiiíbrio econômico-finan(e¡ro
¡ìl
outro exempro encontra-'e consubstan.iâdo do contrato inev;têvelmente será alterãdo. A manutenção do desconto
no voto condutor do Acórdão Tcu n. 424l2003-prená ob,ig"ria do, pr"ço,
r¡o: unitários pðctuados. " "tter"çao

!i' ,,18.Fìnalmente, Todav¡¿, em càdâ nova medição hôver¡â alteração dos quantitativos p¿gos
h¿ esteira de t
e novos preços unitár¡os pre-
d5ariêm ser càlcu¡ados p¿ra manter o desconto origjnal do contràto.
t¿r¡os¿e_ace¡taL¡tøaii;;;;::,:,:,1,i:;:::::;:i;::Z:":::::ä2":.,;::::"",!::,i":î:.
caso se faça necessária a cerebração de Djante do,exposto, ã melhor forma de operac¡ona¡izar o mecanismo
termos u"u"n¿o iir" iiìtusão de novos itens 5eria efetuar o pagamento dos
ou acîéscimos de quantitativos "d¡t¡uo,
de itens dê obra en questao, aiverao ,u,, oøn*uao, 9erv¡çoscujo quantitat¡vo foi alterado pelos preços originâir, porém,
o, pnço, fazendo se uso cte umâ parcela
ptaticados no mercado, podendo, compenratóriâ negativà a ser descontadã de cada medilão para mani"l.
na afe ção dos preços unit*ios coÀtratados, o ¿ur.o*o. fuf
têbela de rcferência do Sicro.,, ser ut izada a foi adotado no Acórdão TCU n" 1.200/2010 plenário: "nrendimento

Tais medidas se baseãvâm no ,,método d( "9.1. deterñinat à prefeìtura de ttapecetìca da Seffa/Se


com base no art.2S0, inc¡so tt, do
quantitâtivo de serv¡ço. ;; ,J;;;;;;'":J;li:::ï,i.:i::1ft;ï::liîå,T!il llri åïillii " ,
Regimento tnterno, gue, nas próx¡ñas lir:itaçõe, real¡zad¿s
cuñprìmento à sólida jur¡sprudência do Ttibunal:
com recuios públicos federaìr, ern
Em um curjoso precedente, o Tribunar verificou um caso de ric¡tação extremâmente competitiva,
os preços toram ofertados com desconto 'Dess; no quàr _ (...)
em relação ao Sicro_2.
mercado seria à média dos preços ofertados perâs
;;;;;, ;;;";", qr" o preço de ,ì,-
r¡citantes (Acórdão rcu nl zãääòs _ prun¿r.¡ol, 9.1,3. em caso de aditivos contratuais em que se incluam
ou se suprimam quantitat¡vo, de ser-
ì..

"3. Pode o Tribunà|, nos casos excepcionaÌs


(..)
em que a licitação rcvelou-se altañente
va, capaz de
trcduzircom fídetidade o estãdô do em relaçãoa uma determ¡nâda obn, 9.1.3.2. c¿lcule os descontos g loba¡s ante, e depoi,
fixaL como releÀncià de prcços paø efeitos doad¡t¡vo, paG, em caro de diminuíção des_
da avali¿ção futuft de alterações contfttuai, se percentuar, set ¡nser¡da no contrato pãrcera
compensatória negêt¡r" * a*
mod¡fiquem quantitativos de seNiços já existen
tes na planÌlha contratuê|, a média do, cumprimento ao ârt. 65 É 6", da Leí n. 8.666/tggj (por -ao
ìor/l|,u ¿a
¡nteryrctu;ão ext"ri*) .
dos seýiços constantes da, pþpostas t tz,
vátidas o ferccìd¿t na I¡citação.', S 6", da Lei n. t2.ot7/200s - LÐo 2010 e tIs, "is "nr.
É 6", da Lei n. t t.zeínooa _ Loo'zàii),
o fato é que os
três exempros ôpresentados acima não são A nosso ver, este é o melhor entendimento
suficientes para coib¡r todas as form¿s clo Tribunal de Contâs da União sobre o âssunro
jogo de planithâ, Nos três casos, â supressão
de serviços com grande Jurålàìî.","çro
mercêdo nâo seri¿ evitâda, dândo orìgem or'"ro,
aojogo de planilha. "o,
É.de se observêr t¿mbém que a lic¡tãçåo pode
ter sido processàda coln grande desconto em relàç aoa
S¡ñ¿pi ou ão Sicro-2. Netses casos, a in<lusão 13,7 Como Evitar o
de novos serviços com p*çårl. On*ì.,
O" ,ia.._,
,ogo de Planilha?
mente reduziri¿ o de5(onto obtido pelâ Adm¡nistraçåo
eública.
Atuâlmente, porforça dâs atu de Diretrizes O rçômentár¡as, âpós âs alteraçóes
is Leis Foiexplicit¿do que
os dois p¡essuoostos
itens superava ¡ados e subavàliados, deve ser de quantit¿tivos
mant ido o mesmo desconto oferecido pe l¿ contrâtada 0."i.0,,,-01ä[ììJ;:::ìr#:;::;Iil.::i:å:åffi:::::illiiiiliï.i::::ïiJ"*T,::
D¿

contrato original, conforme Art. 125 da LDO 2012 ¡]::t=adàs:îm crrtér¡osde aceirâbitidôde
:lT de preços unirár;os e cori p.ll"år'Oîri.o, o"rn
","0o."0o,
"r.-.a d¡.ferença percentuar entrc o v¿ror grobâr
do contrcto e o obtido â partif dos custos *:11"r":--:i:ilili:1,':"'.:"'.',?::;i/1lil";:ï::H1ï:ï1ll;*:::i:;,ï:11ïîå:
' _''xus no orçamento l¡citado, cujo preço unitár¡o não pelo crivo
pasga
tários do s¡stema de referência util¡zãdo não poderá
ser reduzida, em Ar., j.
ì.rtr"r"¿r, *,rat, ou medianre
do cr¡tério de a(e¡tab¡l¡dade de
oferta ae uma proposta ae pr."ior.oiä"norn,n"oo ,,¡ono
¿
decoftênc¡a de aditamentos que modif¡quem planilha
a orçamenttária;
;"':,:'"::',,-r::s" i"
l-¡n"iodesse ¿rtif¡cio, a construtora oferta todos os preços unitários abaixo dos pre-
"il.-::Ii11.
Ouri
No entanto, os preços dos serviços in¡c¡âis da ob;¿
são cotados sem nenhum
^:li ^o1,n,ltr"ção.
co¡,i-
relaÇao ao orç¿mento-base, enquanto
os preços dos demâjs serviços são cotados com des-
-^¡,,crt¡vo em retàção ¿o or(ãmento base,
"i"^.tn

..3æ
?11
f::räâllni-'.r.:

Orç¡menlo e Coñtrolc de lreçosde Obràs pubtjcas


Capirulo r3: togo de ptañ,tha

Após realizêr os serv¡ços ¡nic¡a¡s da obr¿ com preços vantajosos, o empreiteiro âpresenta ple¡tos de
re-
equ¡líbrìo para aumentâr os preços dos serviços restantes ou s¡mpl€smente abandona a obra câusando 1 3.8 Exercício Resolvido
grandes transtornor pâra o contratante, Em qualquer câgo. o desconto ¡n¡c¡âlmente contr¿tâdo
será
d¡m¡nuído em desfavor da Admin¡stração públicâ, cêusando surgimento do jogo de planilhê.
,t, Cálculo do Desequilíbr¡o dot Contratos pelo I\¡étodo do Balanço e pelo Método do Desconto
Pâra evitâr o jogo de planjlha, alguns órgãos e ent¡dades da esfera estâdual realizam licitaçôes utilizan_
:i; Aoresentãcão do Problema:
do o f¿tor "k" ou "k¿ppa" do alfabeto grego, nome dado pelo Estado da Bahià onde o coeficÌente
fo¡
tl bat¡zado. o referido f¿tor representê um percentuar de desconto rineâr que é apricado sobre todos Con5idere a situação apresentada na tabelâ â seguir. Câ¡cule o superfaturamento decorrente do jogo de
os
serviços do orçamento base da lic¡tação e sobre os novos serviços eventualmente ¡ncluídor por âditivo. p¡anilhâ pelos métodos do balanço e do desconto.
,t
Ass¡m, a l¡citação do t¡po menor preço torna-se efetivarnente uma Ì¡c¡tação do tipo ,,m¿¡or desconto,,.
Tabela 132 - Plan¡lha ântet e após revisão contratual
Vence âquele licitante que ofenar o maior desconto ljnear sobre a plânilha do orçamento bâse da licita_
ção. Não há Iiberdade pâra a r¡citante cotardescontos diferenciados para ot preços un¡tários dos diversos
serviços dâ planilha contratual.

Aldo Dórear enumera algumas vantagens e desvàntagens do uso do fator ,,kappa,,. Segundo o ôutoi
o método tem como vantãgens ô eliminação do jogo de plan¡lha, evitando que os construtores ¡nflem
determinâdos preços e dim¡nuam 05 preços de outros serviços. Também evila o jogo de (ronogrâmà ou
o âbandono dà obra após a aonstrutora fazer os serv¡ços in¡cìa¡s com preço ¡nt¡ado. por outro lado,
é ne-
cessário que 05 preços un¡tár¡or dos órgãos estejàm bem orçados sob penâ de o (onstrutoruer obrigado
a ace¡târ preços inexequive¡s para alguns serviços.

Entende'se tratâr de um mecânismo muito efic¡ente parà coibir o jogo de planilha, mas a jurisprudênciã
do-rcu entende que este t¡po de prática não ertá âmparâda na Leig.666/1993 por interfer¡r na form¿ção
de preços dãs empresas privadas. Seu emprego também não cons¡dera as eventuais vantagens e desvan,
tagens compârativas enlre as lic¡tantes e seu reflexo na formação do preço dos serviços. Desra forma, o
:
sumário do Acórdâo TCU ns 2.304/2009 - plenário apresenta o sequinte entendimento:

Não se adm¡te, em prccesso l¡citató o, o uso de critério de julgamento de propostas de prcços


fundãdo no m¿¡or desconto linear(unifome) ôferecído sobrc todos os itens do orçamento, por
chocar-se com o sistema de ñe¡cado infundido na lei n." 8.666/93, bem como por conf¡gurcr
tipo de l¡c¡tação extîàlegal, que nem sempre se tiaduz no menot preço obtenível.

Todavia, o RDC, instituído pela Lei 12.462t2011, admitiu expressamente o uso do fator ,,kappô,, ao criar:
umâ nova modalidade de julgâmento de licitâção em que ven(erá o certame a licitânte que ofertar o-
mêior desconto linear sobre todos or itens da plan¡lha. Nesse arpecto, â nova legislação trouxe um gran-
de avanço nâ contrâtação de obras.
!

t.
t

1 MAûotAldo Dórea, Cono ftepà6ro4ðmento, de Obrar 5ão p¡uto:Êdirorð pini,2006

323

. ,ìÍt týì5å
Orç¿menlôeCo¡lroledePreçosdeObrasP¡lblic¡s Cdpnulo rl: loEo de Pt¡nitha

Wffiffiffiffi ffiffiWreffiffi ffilH¡ì. b) Método do balanço


ffiWffiffiffiWffiffiffi[ffiffiMr" interessante observãrque a resohtção do problema pe¡o método do bâlânço dispensã â elðboração de
ffiffi ffi ffi W ffiffi ffi ffi ffi ffi ffi É
,,diferença de preços
ffiií,¿,:.0 uma nova tabela com as colunâs "diferença de quantitat¡vos.'. un¡tários,, e ,,cré_
ffiffiEffi ffiffi ffi WIffiMffi ffiffiffi WWffi
I

ffiüiì,
ffiffiffiffiffiffiffiffiffiWffi'r, dito/déb¡to". Bastê ut¡lizar a prem¡ssa de que o desconto, em termos absolutot deve ser mantido após
o ad¡tåmento contratual. A tabelâ a geguir apresêntâ os descontos, em unidades monetár¡âs, antes e $

ffiffiffi ffiffiffiWWffiffi¡ depois do aditamento contratual.

ffiffiffiffiffiffiffiWffiWffiffit¡
WffiffiffiffiffiMffiffiffiffiíþr:ú"
Tabela 134 - Resolução do Problema pelo Método do Balanço.
i
i

ffiWffiffiWffiffiWffiWffiI
WWWWWffiffiffiWffiffiWffiJiJ] ffiKffiWW W
ffiWWffiWffiffiWffiffiffie
ffiffiWWWffiWffiffiffi
WWM W
ffiffiWffiWffiffiWffiWffi
IIIIIIIIIEE Derga forma, o superfaturamento âpurado pelo métododo balançofoide
do à perda de desconto em unidades monetárias após o ad¡tâmento (R$ 5.822.047,04
Rg 2. i 10.903,54

- Rl
corresponden-
3.711.j43,SO).

Resolucåo do Problemâ:

â) Método do Des.onto

Este exemplo fo¡ extrãído do Acórdão TCU n" 1.755/200+Plenário. A resolução do problema pelo mé-
todo do der(onto é bastante simples. Bâsta calcular o desconto ¡niciâl e f¡nal, conforme tabelã a segir¡r:

Tabela 133 - Rerolução do Problema pelo Método do Desconto.

ffiffiffiw
ffiWffiWffiffiW
Houve, portanto, uma perda de desconto de 8,470lo. Apl¡cando-se o desconto ¡n¡c¡al d e 28,98o/o sobre o
f'
preço total parad¡gmã, ôpós aditivos:
i,
l,
R$ 18.092.580,32 x 0,289A = Ri 5.243.229,77.
ç

O orçamento paradigma com desconto será de:


l.
RJ 19.092.580,31 -R$ 5.243.229,77 =RS 12.849.3so,s4. t:

Ante o exposto, o valor do superfaturamento porjogo de planilha será


R$ 14.381.436,8r - R$ 12.849.3s0,s4 = R$ 1.s32.086,77

...325..............
ffiffiryffi " --

il Apresentação dos Principais


Sistemas Referenciais de Preços
e do Sinapi

Quais os principais sistemas referenciais de preços disponÍveis


para consulta do auditor de obrâs?

O que é e como fünciona o Sinap¡?

Quais os relatór¡os e inlormações que podem ser obtidos no


sistema?

Quâl é a importância do Sinapi para a Auditoria de Obras?


Como elaborar um orçamento de obras uti¡izando o Sinapi?

Até este ponto do livro já foram åpre5ent¿das aj pr¡n(ipâis ferramentas


de ¿uditoria de orçamentos. Espera-se que o le¡tor esteja apto â ana¡¡sar
orçamentos por mÊ¡o da curva ABC e seja câpaz de uma análise crít¡ca das
composições de custo un¡tário utilizando os conce¡tos teór¡cos desenvolvi-
dos nâ primeira parte desta obrà.

Já fo¡ enfatizado que tânto o gestor público quanto o audjtor de obras


devem conhecer or principais sjstemâs referenc¡a¡s
de preços da adminis-
tração públ¡ca, os quais serão ã fonte de preços parâdigmas
â serem utili-
2ados nà elaboração e na anájise de orçamentos,

Foi visto que o extenso processo de elaborãção de um orçamento pode


ser timplific¿do com o uso de composi(ðes de (ustos unitários extraíd¿s
de tistem¿s referenci¿¡s de custos, a exemplo
do sicro e do Sin¿pi. lê¡s
slstemàs já presentâ m (om posiç öes
a p ront ât e fazem pesq u ¡sàs do5 preço9
oos insumos junto a fornecedores.

1t-t'^, uu" o próximo capitulo tr¿taråo erpecilicàmente dos sirtemas


reterenciais "de preços,
O-!so de s¡stemat
referenciêis, no entanto, extge atençào pèr¿ evitàr â
utilização
de composiçöes referenciåis de custos que n¿o se¡am compâtr-
Eis (om às espec¡ficaçòes
té(nicàs ou com os cr¡têtos de med¡ção e paga-
hento do serviço
a ser orç¿do.
Orçamento e Coñkole de P.eços de Obras púbticas
CapirulÕ 14.^prcsênlaçãodos Prin.ipais Sislcmâs Rele¡enciâisde p¡eços € dosinapi

Após a apresentação dos principais sistemas referenciâis de custos, inic¡a-se com o estudo
do s¡nâpi e no ANP - Agência Nacionãl do Petróleo, Gás Nâtural e Biocombustlveis - Site com levântðmento
cãpítulo seguinte apresenta-se o S¡(ro-2 - S¡stema de Custos Rodov¡ário5 do DNIT.
de preços de combustíveis (gàsofina, álcool, diesel, GNV e GLp), desde 2000, por regiões, Es-
O SINAPI (sistema Nôcional de pesquisa de Custos e fndices da Construção Civil) é um sistema tados e Muni(fpios, semanal e mensalmente. Disponível em: http!/wwý1/.anp.goubr/prcco
de pesquira
mensal que informâ os preços de ¡nsumos (mater¡¿¡s, mão de obra e equipamentos),
,r) custos de servjços Aneel - Banco de preços parâ serviços de transmissão de energia - Orçarnento de ¡¡nhas de
e projetos e ind¡ces da <ohstrução civ¡1. A Caixa Ëconôm¡ca Federâl e o lnstituto Brasile¡ro
i"-t de ceografia transmissão e subestaçöes.
e Estatística - rBGE são as entidàdes responsáve¡s pe¡a dìvurgação oficiar dos resurt¿dos,
m¿nutenção,
"\ atualização e aperfe¡çoâmento do c¿dastro de referênc¡as técnicas, métodos de cálculo e do controle Eletrobrás - Si5lema para Elaboração de Orçãmentos de Obras Civ¡s de Usin¿s Hidrelétr¡_
de
quãlidâde dos dados dispon jbitizados. (ai (Sisorh). O s¡stemà pode ser bâixâdo no l¡nk:
\l
http://v,/vvw. eletrobras.goubt/ELg/data/pageýLU MISFI jE5 I S2pTB RtE. htn
Este sistema const¡tu¡ ferraûentâ útir para eraboração e anárise de orçâmentos, estimât¡vas de custos,
reaju5tamentos de contratos e pl¿nejamentos de investimentos,
14.1.2 Sistemas Referenciais Mantidos por órgãos fstaduais ou Municipais.

14,1 Principaís Sistemas Referenciais de pre ços EMOP - Empresa de Obrâ9 Públicas do Ëstado do Rio de Janeiro.
sCO RlO. A sCO do Município do Rio é outra excelente ferramenta de pesqu¡sa de preços
Nos tóp¡cos a seguir, são elencado5 ôlguns dos pr¡ncìpais sistemas de preços referencia¡s,
de referênc¡a. O sistema pode ser consúltado no l¡nk (clicando em ,,SCO - RlO,,, âbre-se o
segregados em
função do tipo de órgão ou entidâde responsável por sua publicação e ñanutenção.
Catálogo de ltens de SeNiço)i http:/,4r/ww2-rio.rj.gov.br/cgmltabelaývet/?t l
Secretãria Mun¡cipal de lnfraestrutura Urban¿ e Obras - prefeitürê de Sp - Tabelas com os
Neste l¡vro, serão âpresentâdos com ma¡s detarhâmento apenas o sicro e o s¡nap¡, pois
são os do¡s sis- Custos Unitár¡os (semestral a partir de 2004) parâ obrâs de lnfraestrutura e Edif¡caçöe5. Tam-
temâs referencíais de curtos citâdos per¿s Leis de Diretrizes orçamentárias como preços r¡mites para
as bém constârn âs Composiçöes de Custo e os Cr¡térios de Medição. O site é
obras executâdas com recursos federâil,
http:/Át1/wwprefeitura.sp-gov-brkidade/secretarias/¡nfrcestrutuG/tabelas de custoýindex.
Fr¡se_se, no entanto. que vários s¡stem¿s mântidos por órgâor e entidades
da esfera estaduãr têm exce- PhP?P=22306
¡ente qualidade técnica e possuem interface amigáver de utirização. Recomenda-se ao5 orçãmentistas
e :. Secretaria dâ Infraestrutura do Est¿do do Ceârá - Tôbela de Custos. A tabela da Seinfra/CE
aos auditores de obras, pauratin¿mente, fam¡riaríz¿rern-5e com esses sistemas, pois såo importantes
fon- também é muilo boal lnclu¡ cornporições referen(¡ais para obras portuár¡¿s. O site é:
tes de referêñcia. Em mu¡tos (ôros. o Sicro e o Sinapì nâo contemplam o serviço a ser anal¡sado,
exigindo . hftp ://www. se i n fra. c e. gou b Ìnd e x. ph p/ta be Iã-d e-cu stos
que se busquem informaçóes em outr¿s fontes de pre(os.
Sinfra/MT - Secretâria de Estâdo de lnfraestrLrtura do Mato Gro5ro. preços de Obras Civ¡s e
Compos¡ções de Preços Un¡tár¡os de Referência . Link paft o site.. hftp://www.tinfra.mt.goubr
14.1.1 SÞlgmas Manfidos por órgãos/Entidades da Administra
ção Pública Federal
SETOP/MG Secretaria de Estado de Transportes e Obrås públicas - SETOP - MG. p¡an¡lhâ re-
erenc¡al de preços para as obras de edific¿ção do Estado de M¡nas cerais: Link para o s¡tei
Sinap¡ - Sistema Nacionâl de pesquisa de Custos e fndices da Construção C¡v¡l _ htt p ://www.t ft nspo ft e s. ñ g. g ov bt/i n de x. ph p/5 ervi cos/preao -setop
Caixa Eco-
nômicâ Federaf/lBGE. D¡sponível pàrê consulta no link:
ì:, Secretaria de Estado da lnfrÀestrutura/RN.
http://Øÿwl.câixa.goubr/gov/gou_social/mun¡cipat/progâmà des,urbano/StNApt/¡ndex.arp
Seinf/Fortâleza - Secretarja Mun¡cipal de Desenvolv¡mento Urbano e lnfraestruturâ da pre-
5¡(ro 2 .-' 5 istem as de C ustos Rodoviá rios do DN lT. Site: vlvýw-dnit.gov.br ' fe itu ra
de Forta lezalcE . Línk: hftpr'/200.223.251 . I 34/internet/¡ndex.asp
Tabela de Engenharia Consultoria do DNìT' Disponívelem:
SEOP/PA - Secretâria de Estado de Obras públicas do Governo do Estado do pará. Dispon¡-
httplww\ý.dnit.goubt/setýicoýtabela-de-precos-de-consultorÌa
, bilizâ ño item "Obras", subitem "Tâbela de preços,,, os preços de serviços prat¡cados pelo
Sicro 3 - Sistemas de Custos Referenciais de Obras (em fase l¡nal de ãprov¿ção pelo DNIT)..; Governo do Estado. L¡nk: http://wýýwseop. pa.gou br
Tâbelà DNOCS - Mantido pelo Departâmento Nacional de Obras Contra as Secas. SEOP/PR - Secretariâ de Estado de Obrar Públ¡c¿s do paraná. Cli(ar em ,,preços de Obras,,.
sistema Atrium da Codevasf, Mantjdo pela Companh¡a de Desenvo¡v¡mento dos Vales do Apresenta preços de insumot serv¡ços e comp osições. Link]. httpýwwtý.seop.ptqoubr/
São Francisco e Pôrnaiba. O sistema da Codevasf é muito bom, mas não está publ¡camente SEOP/AC - Secretaria de lnfraestrutura e Obras Públicas do Ertado do Acre.
disponível pâra consultã.
5MH/RJ - Secretar¡a Municipal de Habitâção da Prefeiturâ da Cidade do Rio de J¿neiro.
ANP - Agência Nàc¡onâl do Petróleo, Gás Natural e Biocombustívejs _ S¡te com o, pre;
SEINFÆO - Secretaria de lnfraestrutura do Governo do Estado de focantins.
ços de distr¡buição de produtos asfálticos. pesqujsa por região do pâís e período.
S¡te: httplAa/výw.anpgoýbtnry=ß577&m=&fl=&t2=&t3=&t4-&at=&pt=&.àúebus\126gttuNA43 SEINF/AM - Secretâría de Estado de lnfrâest¡utura do Amãzonas.

t
I 328
¡
ù
Orç¿menro e Conlroìe de Preços de Obrã\ Públ'.rs Capítù lo 14: Aprese¡lâçào dos P¡¡n.ipâis Sistcma5 Refere¡cirisde Precos edoSinaÞi

SElE/PB - Secrel¿r¡ade lnfraestrutura do Governo da Paraíba. Apresenta custos de insumos, CESAN/ES - Compânhia Espírito Santense de Saneameñto. Apresentã planilhas de preços de
serviços e composições. Link: http://www.propa.to.pb.goubr/sinco/menuprinc¡pal.jsp serv¡ços e ¡nsumos e Caderno de Prescriçóes Técnicas de Serv¡ços.

lnstituto de Obras Públicas do Estado do Espírito Santo - Cl¡car em "Referencia¡ de Preçoÿ,. AGESPISA./PI - ,Águas e Esgotos do Pìauí 5/A. Apresenta tabelã com as composições de preços
,I Apresenta Tabela de Custos Refêrencìa¡s e Composições. Linki http://www.¡opes.es.goubr/ unitários.
:ii CORSAN/RS - Companhia Rìo-grandense de Saneãmento. Apresenta tabela de preços unitários.
14,1-3 S¡slemas de Referência de Preços das Companhias/Departamentos Estaduais - Compànhia de Água e Esgotos da Paraíba. Apresenta compos¡ções de custos
CAGEPAJPB
de Habitação e Urbanização unitários.
It
CÁGECE ^ Companhìa de Agua e Esgoto do ceará.
ORSE - Orçâmento de Obras de Sergipe - Departamento Estadual de Habitação e Obras Pú-
blicas de Sergipe - Dehop. O Oße é um dos melhores s¡stemàs .eferenc¡a¡s disponíveis para 14.1.5 S¡stemas Referenciais dos D artamentos Estadua¡s de Estradas de Rod
consulld. Linki http://200.1 99. 1 18.I 3 s/orte/
CDHU/SP - Companhia de Desenvolv¡mento Habitacionale Urbano- Secretaria dâ Habitação-Sp.
Departamento de Estrôdas de Rodâgem - DER-SP - Tabela de Preços Unitários:
NOVACAP/DF - Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Bràs¡1. T¿belas de lnsumos e htt p ://www. d e î.sp. g ou b r
Serviços dâ Área de Êd¡f¡caçöee.
DER-RO - Departâmento de Estrãdas de Rodagem e lransportes de Rondôniâ.
SUCAB/84 - Sr.rperintendênc¡a de Construções Administrativas da 8ah¡a - Se(retar¡a de De-
DERTINS'Depârtamento de Estradas de Rodagem do Estâdo do Tocântins.
senvolvimento urbâno do Governo dã Bãhi¿.
DER/PB - Departamento de Estradas de Rodagem do Estado da Paraíba.
'14.1.4 Sistemas de Referência de Preços das Companhias Estaduais de Saneamento http!/ww^t.derpb.govbt/¡ndex.php?opt¡on=coñ_.ontent&v¡ew=art¡cle&Ìd=32&ltemìd=86
DEINFRA/sC - Departamento Ëstadual de lnfraestrutura do Estado de Sànta Catarinâ.

DERI/PR - Depârtamento de Estradas de Rodagem do Est¿do do Paraná, Apresenta os preços


Sâneâgo - Saneamento de 60iás 5.4. Apresenta tabela de preços e composições.
unitár¡os com as respect¡vas composições de custos de serviços de obras rodoviárlas, bem
Companhia Pernambucana de 5aneamento - CONTPESA- Serv¡çoscom suas composiçõ€s de custor. .omô os custos dos ¡nsumos-
Companhia de Saneàmento do Paraná - Sanepar - Apresentâ diversas ¡nformações técnicas, a DEFyBA - Departâmento de lnfrâestrutura de Transportes da Bahia.
exemplo do Manual de Obras de Saneãrnento e dâs labelâs de Preços Unitár¡os Compostot,
DER/PE - Departamento de Estradas de Rodagem do Estâdo de Pernambuco. Link: cli(ar em
C¿esb - Companhia de sâneamento Ambiental do Distr¡to Federal - Tâbela de Custot e "Licitação" e "Tôbelas de Cuslo"i httpl/wvrwdet pe.goubr/
Compogiçôes de Serviços. L¡nk;
DER./MG - Departamento de Estradãs de Rodagem do Estâdo de M¡nas Ger¿is.
h ttp ://www c a e s b. d f g o v b r/,c o n t e u d ona b e I a sC u s t o ýTa b e I ¿ s Cu st o s. a sp
,

DER/ES - Departamento de Estradas de Rodãgem do Estâdo do Espírito Santo. Apresenta


COPASÁ,/MG - Companh¡¿ de Sãneãmento de M¡nas Gerâis. Preço5 de serviços e lnsumos
composiçóes de (ustos,
:, no link "Listagem de Preços". S¡te:
http://wvýw2.copasa.com.bÍ/teN¡aoýtñntparencía/consulta/visao/home.asp AGETOP - Agência Go¡an¿ de Transportes e Obrar - Apresentà serv¡ços, preços e composi-
çöes do s¡stema de custos. Obras civis e rodovìárìas. L¡nk para o s¡te:
COSANPA,/PA - Companhia de Saneamento do Pará. Apresenta serviço9 e composições.
h ttp ://wvýw. a g et o p. g o. g o v. b r/

SABESP - Companhia de Sàneãmenlo Bás¡co do Estêdo de 5ão Paulo. Apresenta "8an(os"


Obrâs e Seruiços de Engeñharia e de Engenhariä Consult¡va.
'l 14.1.6 Sislemas Mantidos por Entidades Privadas
CASAN/sC ' Comp¿nhÌâ Catarinense de Aguas e Saneamento. Aprerenta servi(os, preço9
(ompos¡ções do s¡stema de (ustos da companh¡a.
TCPO Tabelas de Composiçõe5 de Preços pàra Orçâmentos, pode ser ðdquirido no link:
CAEMA/MA - Companhia de Saneamento Amb¡ental do Maranhão
http://construcao-engenha ¿-¿ryu¡tetura.lojapini,con.bt/piní/vitr¡neýdettaqueýindex.asp
SANEATINSÆO - Companhiâ de Saneômento do Toc¿ntins.
Revistà Construçào Mercado dà Editora Pini.
SANESUUMS - Empresa de Saneâmento de Mato Grosso do Sul S.A.

EMBASA - Empresa Ba¡ana de Aquar e Saneamento.

.,33.Q.................. 33.1.
Orçaßenlôe Cô¡lrole de P¡eços de Obras Públ¡cas C¡pitulol4:ApresentaçãodosPrincipâisSisle,¡asReferenciaisdeprcçosedosinapi

14,1.7 Outras Fontes de Referência de Preços Concomitante à ampliação do sistemâ, a CAIXA firmou convênio com o lB6E parô reâl¡zação da coleta
e trâtamento estatístico d05 custos mensais dos insumos ut¡l¡zados nas composiçöes de custo unitário
¡nc¡uídês no sistema. Atualmente, o IBGE fèz <oleta do preço mensal de milhâres de insumos em todâs
Cadâstro de serviçor Terce¡rizados - Casa C¡vildeSP.linki http://wv,lw.cadterc.sp.goÝbr/ ar capita¡s.
Preços médios de m¿teriaii de construção no,A(re - FlEAc. A Lei n.' '10.524 de 25/0712002, Lei de Diretr¡zes Orçamentárias do exercício de 2003, determinou o uso
Salár¡os de Cargor na Constr'rção Civ¡l- DATAFOLHA. Link: do SINAPI como referência oficial de afer¡ção da razoab¡l¡dade dos custos das obras públ¡câs executadas
htt p ://data fo I h a. to Ih a. u o L co m. br/p re coýsa I a os/sa I a t í os ¡ n d e x. p h p com recursos dos orçâmentos da União e delegou à CAIXA a promoção da ampliação dos t¡pos de em-
preendimentos abrêng¡dos pelo SlNAPl.
5âlâriômetro - consultâ de salários pagos aos trabalhadores de todo o p¿ís. Elaborado pelo
A9 Leis de Diretrizes Orçar¡entárias subsequentes mant¡verâm a9 determinações, verif¡cando-se, a
governo de SP. O Salar¡ômetro é umã ferrâmenta completa para pesqu¡s¿ de salários de
qualquer categoria prolisslondl Linki http ://www sa I a r¡ o m etro. sp.g ov br/ p¿rtir dà LD0/2006, a exigênc¡a de disponibil¡zår as informações dos custos unitários de materiaís e
serviço5 na internet,
CUB - Site com o Custo Unitár¡o Bárico por Estado (¡ndicador dos custor do setor da constru-
ção c¡vil) e outras informaçôes relevântes. L¡nkt www.cub.org.br
Banco de Dados lntegrâdo do IBGE - Para pesqu¡sa de custo de projeto por tipo de proje-
to e padrão de acabamento. L¡nk: 14,3 Como o Sinapi Funciona?
http tÿwwsid ft ¡ bge. g ou br/bd aka be I a/l ¡sta b Lasp ?z=t& o= 4 & ¡= P & c=64 7
. 1

AETESP - Tabela de Topografià - Associação de Agr¡mensores de São P¿ulo. Link: O IBGE pesquisa mensâlmente preços de materiê¡s de construção, equipamentos e salár¡os da9 categorias
h tt p !/www. a e t e sp. c o m. b r/ profissionais, junto. .espect¡vamente, a estabelecimentos comercíait, industr¡ais e sindicatos dã constru-
ABEMI- Tãbelã de Vâlores para Remuneração de Equ¡pamentos de Construção e Montâgem. ção c¡v¡l nas 27 capit¿¡s brâsileìras.
A tabela d¿ ,Abemi contém 9rânde varied¿de de mater¡ais e equipamentos, mas deve ser É de competência dâ CEF, a manutenção da base técnica de engenharia, a def¡nìção da base cadastra¡ de
ut¡lizâda com cautela, visto que adota os <ustos de locação de equipamentos, os qua¡3 são coleta, bem como a especificação dos métodos de produção e dos coefi(ientes e insumos ut¡l¡zados nas
ma¡s cãros por inclu¡r o BDI do locador.Pode ser adquir¡dâ no site: htfpl/wwwabeû¡.otg.bî composições de custo unitário do Sinap¡. Os projetor, a relação de serviços, as especif¡cações e as compo-
Aaordor e Convenções Coletivas de Trabalho - Br¡sca pelo sistema lvledìador do MTE dos iný
¡ sições de custos constituem a base técni(a de engenhôria do sistemâ.
trumentos coletivos re gistt ddos. Linkt http ://www3. m te. g ou b t/s i stem aým ed ia d o r/ rl,,
Com o conhec¡mento dos materiais e suas respectivas quant¡dades, bem como a mão de obra e o tempo
5ite colação preços cabeâmento estruturado, segurançâ, telefon¡a e incêndio: necessár¡o para real¡zação de câdã serv¡ço, é possível, a partir dos preços dos ìnsumos e s¿lários, calcular
http ://wÿt/w. mot¿ te I e n et. co m. br/ os custos unitários de execuçåo dos serv¡ço9.

S¡te cotação preços pa.a infrôestrutura de ìnf ormátiaat http://wvtw.gtnet.com.bt/ O Sinâp¡tâmbém oferece curtor referenc¡¿is pâra alguns proietos padron¡zôdos de edificaçöes e equipa-
lnentos comunitários cadãstrados ño s¡stema. Somando,se ðs despesas de todos os serv¡ços, determina-se
S¡te de cotação de preços mater¡âiýequipamentos para edificaçöes: o custo total de construção relativo a cadâ projeto.
htt p :/ÁNww. p rco b ra.com. b r/
A pârt¡r dà ponderãção dos custos de projetos residenciais no padrão normal de acabamento, são <al-
culados os custos medjanos para cada Unjdãde da Federaçáo - UF ponderando-se os custos obtidos nas
UF's, são determinados os custos regionais e â part¡r destes, o custo nâcional, que dão or¡gem âo5 índice5
14.2 Histórico do Sinapi Por lJF, Região e Brasil.
As sér¡es mensais de custos e índi(es do 5ÌNAPI referern-se ão clrsto do ûetro quadrâdo de aonstrução,
.. considerando-se o9 materiais, equipamentos e a mão de obra com os encârgos socia¡s. Não estão inc¡u-
O sistemâ foi ¡mplantado em 1969 pelo extinto BNH e teve como propósito a(ompanhar e fornecer ,. .. . ídos nos cáJculos os Benefícios e Despesas ¡ndiretas
Governo Federal e ao Setor d¿ Construção CivÌ1, em nÍvel nacionâl e de forma sistemáticâ, a evolu
- BDl, as despesas com projetos em gera¡, Ii(enças,
seguros, administração, finânciamentos e equipômentos mecånicos
como elev¿dores, compactadores,
mensâl dos cr.¡stos e lndices da construção civil hãb¡tacional. exaustores e ar condicion¿do,
A CAIXA promoveu a âmplìãção do sistema SINAPI com o desenvolvimento e implantâção. em âbr¡l Desde sua implantação, as séries de custos e índices
sofreram algumas descontinuidades, orê devido às
1997, do módulo de orçâmentação. Nessa oportunidade, contou com â parceria do9 princ¡pais órg atuali¿âções das referências técnicas do r¡stema, ora dev¡do
aos plànos econômjcos. A sér¡e âtualmente
públicos do país executores de obras e serviços pârâ formação de conjunto de composiçöes de servi publicãda fo¡
inic¡ada em janeiro/99 (base de2Jg8=tO0).
p¿r¿ atender at obras finânciadas com Íecursos do FGTS.

.332
O¡çãmentoeCo¡troledePreçosdeObrasPóblicas

14.4 Tipos de Relatórios Gerados pelo Sinapi

Os principais relatórior gerados pelo Sinapisáo

Relatório de Preços de lnsumos;


-ììrÆffiffiffiffiq hwäiffiffiffiiffii61iffiTffi
CCðsffiWT$ÀWiffi dS$lßü$àWffi {ffiNtrffi
Relâtório sintético do custo de serviços;
lfrffi1ffiffiP,ì#ffiìN.ï#l&äl$erffiffiffiffi
#ìffi ffiËwÝ$;¡i,sm#ffi ?¡iiffi ffi ffi ffi\1ffi Ë_,ffi;#w$.ffi
Relatórìo Composiçöes Analíti(as com a discrim¡nâção dos ¡nsumos utilizâdos e das quânti-
dades previstas por unidade de produçào;
A denom¡nâção INSTITUIçÃO refere-se especificâmente a entes públ¡cos que fornecerâñ composiçöes
Conjuntura - Evolução de Custo e lnd¡câdores da Construção Civ¡¡;
para prover o s¡stemê, sem, entretânto, terem manífestôdo interesse em usájo. Sáo inslituições públicâs
Custos de Projetos - Residenc¡à¡s, Comercia¡s. Equipamentos Comuñitár¡os. S¿neamento Bá, executoras de obras nos setores de habitação, saneamento e infraestrutura, como ¿s companhias est¿-
s¡co, Êmprego e Renda. duâis desses setores e as secretðr¡as muniaipai5 de obrâs públicas.

Já os CONVENIADOS são ent¡dâdes ou órgãos que firmaram convênio rom a CAIXA pâra terem permis-

O SINAPI lâmbém câlculâ custos pâra projetos residenciâi5 coûer(iâis, equipamentos comunitários e lão de uso do SINAPÌ. sendo-lhes possível acessàr e alimentãr reus própr¡os bancos, além de consultâr o
Eanco Nacion¿l mantido pela CAIXA.
9âneamento bás¡co. Para alguns tipos de construções, tãmbém fornece o custo por m2 na(ional e por
estados. Deve-se ter certo cu¡dâdo (om etse custo por mr, po¡s não inclui alguns serviçoÿinsumos neces- A REGIONAL CAI)(A corresponde às cerências de F¡l¡al de Desenvolvimento Urbano - GIDUR, que a CAI-
sár¡os à completa exe(ução da obra (ex: ar,cond¡cionado, elevadores, gerêdores, admin¡stração da obra, XA possui em todas as unidades federativâs. Essãs regjonais usam o sistema nas suas atividadet estatutá-
boâ parte do9 tipos de fundações etc.). rias relâc¡onadas a obras de engenhår¡a e mantêm os própr¡os bancos de composições,
Além d¡sso, ressâltâ-se que os relÀtórios do Sinàp¡ fornecem os custos de insumos e de serviços. para se A clasrificêção CAI)(A fi(a então restrita ao bânco de alcance nâcional e ao Sinap¡ Referenciô¡, em que
obter o preço de venda é preciso a¡ndâ ¡ncluir o BDl. estão as composições que devem ter usadâs como pâdrão no país,
O sistema conta atualmente com cerca de 50 milcomposições de serviços ativ¿s, â5 quais estão agrupadas O S¡nãp¡ Referencial e o Banco Nac¡onal (BN). mantido pela CAIXA, bem como os bancos reg¡onais (BRs)
em d¡versos conjuntos (hamados "b¿ncos", cãdâ um deles vinculado a um ente público ou a um repre- vinculados às clDUR, t;verâm sua origem bâsicamente n¿s composições que constituem os bãncor das
sentante reg¡onal desse ente. Os cinco t¡pos de bancos de compos¡ções existentes são: diversas INSTITUIçÕES (BIs). Na formação do BN foram mâjs atuantes os gestores de RJ, cO, pE, MG e pR,
o que ¡ndica provável predominâncià de composições desses estados. O gráfico a seguir ¡lustra o proce-
dimento de montâgem desses bancos.
BN - Banco Nacionâl

BR - Banco Regioñal
Bl- Banco de lnst¡tu¡ção
8C - Bañco de Conveniâdo

Sinapi Refereñcial (decorrente do A(órdão TCU o 1.73612007


- plenár¡o)

Os referidos bancos são mantidos porquâtro diferentes tipos de entes, clas5ificados de acordo com otipo
de relacionamento que mantêm com o sistema, conforme resumido na tâbelô seguinte:
Capílolo I4: dos Principais Sislemas Rele¡enciais de Preços edo SinaÞi
9i::î::::.::.:1::1:.::.i'.ï::.:9i:::::ii::......... ^p¡cscnt¡çào

Figurô 4l - Belacionãmênto entre os bancos de dados do S¡nap¡. 14.5 Versõês do SinaPÍ

o pr¡ncipal acesso à5 bases de dâdos do sistema era {eito via Rede serpro, em plâtaforma de grande por-
te.Essa versão, denominada SINAPI-CSF, ficavô restrita à CAIXA e a entes públicos que firmarôm convênìo
TJF¡ .'. específ¡co pârâ uso do sist€ma. Nessa plâtaforma estão ìmplementadas todês as funciona¡¡dâdes e, em
UF nível máximo de acesso, tornâv¿-se possível consultar todas as informaçóet. as ¡nformaçõe5 não estão
BIr ,-.' I
ma¡s disponíveis pâra ãcesso externo após ¿ entr¿dà em operação do SINAPI-slPCl.
t
Õt, I
I
perante a obrigatoriedade de disponibilizêr as informãções na internet estabelecida no art 112 da
Lei 11.178 de ?0/09/2005 (LDO 2006), duas versões foram cr¡âdãs: o SINAPI_WE8, acessfvel a partir mar-
U ç012006, e o SINAPI-SlPCl, implàntàdo em
2007.

I O SlNAPl-WEB disponìbil¡za informações sobre os cuttos unÌtários de insumos (materiâis, equipamentos e


de mão de obra), indicadores com a evolução dos (ustos da construção civil hâb¡tacional, custos dos pro^
jetos mais recorrentes dentre aqueles exeautados com recursos dos oaçamentos da Un;ão, abr¿ngendo
tipologias habitacionais unie mult¡famil¡ares, comerciais, projetos de equipamentos comunitários e de
E saneamento básico, incluindo a possibilidade de visoalizâção das respectivas plantas bêixâs. Essâ versão
disponibiliza apenas o custo mediano dos insumos e permite visualizar em tela as composições de (usto
BN unitårio dos serviços do 5¡nap¡ Referenc¡al.
;4 Por meio do SlNAPl-SlPCl, é possível obter informãçôes sobre custos de insumos, visu¿lizañdo a medìana,
---'/-- o primeiro e o terceiro quartis dos preços coletadot. Pode-se gerar o relãtório an¿lít¡co de composições
de serviços e consult¿r ¡nformações sobre outros bancos de dados, âlém do Sinapi Referencial (Banco

@ Nacional de Composiçöes e Bancos Regionai5). Também tem a funcionâl¡dade de pesquisar 05 (u5tos dos
projetos cadastradot no Sistema. Pode ser âcessado pelo endereço: https:/ c¿ixa gov.br'
^/ww.sipci
N
'ìwo 14,6 Geração de Relatórios Sinapi Passo a Passo
"oB L I
I

Ac€sço ao Sinapi-Web

Fígura 42 -Telà ¡nd¡cando o (amínho de åcesso ao sinãpi-Web.

Por sua vez, os bancos dos CONVENIADOS (BCs) são usâdos âpenâs por eles próprios, caso em que a Caixa
Econômicâ Federôl atuã como provedorâ do serviço de armazenagem desses dados, âlém de possibilitar
I
aos conveniados a consulta ao BN.

O banco referenc¡alfoi ¡nic¡almente a¡iment¿do com composições provenientes do Bânco Nàc¡onal que
serão aferidas em fase posterior. Nesse p¡ocesso também haverá a inclusão de novas composições de
serv¡ços.

.,1,

"*aF* -g

33.6
Orçãñentoe ControJe de treço( de Ob¡¿s pubti.¿s

Acesro ào 5in¿p¡-SIpCt
6eração de Relatórios
Figurâ 43 - Telå ¡nd¡cando o câm¡nho de acesso ao S¡napi-Slpct.
Figura 45 -Tela com ¿s opçöes de relatório do Sinap¡-Slpcl

c^tx^

DESei.¡vOLVIMENIo siNAP¡ - SIPCI


URAANO

:: S¡NAÞ¡ - srr.mô filooi¡td. Foþds


dè c!,tos. ¡ncks dà c.natu!ÀoóÝt

,?.1Ìt lör::r,fl.a.ã{s*** *.

.i Pode-se escolher se o9 relatórios serão gerados (or¡ ou sem encargos sociâis, Os re¡âtór¡os mais impor-
tèntes parâ a elaboração de um orçamento ou para a ôud¡tor¡a de obrar são:
. Custo de Composição - Anal¡t¡co (com Encargos Soci¿js);
. Preço de lnsumo (com ou sem Encargos Soc¡a¡s - depende da formatâção do orçamento).
ldent¡f¡cação parâ Acesso ao S¡napislpC¡:
No câso em questâo, foi selecìonado o relatór¡o de custo de composição sintético:
Figura 44 -lela solicitando a senha de acesso ao Sinapi_Slpcl
F¡gura 46 -Telâ contendo as opções de relatórios de serv¡ços disponive¡s no S¡napi.Slpcl

ê^txa
: -: t:l
SINAP¡
GAT\;A
..
ldenr¡fÌcàcão do cidàdão :i :-l
. ì... .
ffi
iflRúç¡¡c0(i . .....
l:,í*¿iïltrï, .1î* åät;'åjij ï-H!! :\ tý 1

EEI
@!

.. _..339
O.çame¡lo e Cont role de preços de Ob¡aepúbtrcås
Capítolô 14:Apresenl¡ç¡o dos PrinciPaie Sitlemas Refërenciai, dePrcços edo 5inâpi

Aparece ¿ seguinte tela


t¡gura 48 -Tela contendo menu para visual¡zar o procesgàmenlo dos relatórios.

tigura 47 -Tela påra inserção das op(öes do relatór¡o.

cÀtx di

GÀ'XÁ
,:rÀè alórios
ÝR.øçS..t .. :..: l
Þ.uroE@ùbíøEserréro

f'öiii¡¡}¡sìE
ffiw(!ù*6'
lìffild,**)
MA
fffi;i
Wì;
@@ ßrE l-:"Ë;rlr

Os relatórios que ainda se encontram em processamento vão apare€er com uma âmpulheta na respectivð
As informações sol¡citadas devem ser preenchjdas da segu¡nle
forma linha, enquânto osjá gerados terão uma mão indicando um "ok"

tiqura 49 -feta contendo a s¡tuação do processam€nto dos relatóríos sol¡c¡tados'


Abrangência: NAcToNAL (para obter composiçöes vá¡idâs em todo o
território na(ionar)i
Localidade: cidade em que se deseja pesquisa¡ os custos;.
Vínculo: CAIXA REFERENCIAL (corresponde âo banco de composi(öes adotado);
Data de Preço: mêÿano de referência;

Datã de Referência: busca <ompotições ativâs na dalâ informadà;


Ëncãrgos: telecionar "s¡m" pâra o relâtório de composições
e ,,sim., ou ,,não,, para o relató-
rio de preço de ¡nsumos, a depender do formato do orçamento; 5ù+!tEE¡Él
Clicar em "Gerar Relatório,,_

Aoclicarno comândo " Gera r Re¡atório', da tela anterior. será


ex¡bida ã seguintejanelâ. p¿râ vis¡lalizar o
t)

andâmento da geraçâo do relatório clicar em "Relatórios,,e ,,painelde co;..ole


vis,râl¡zãr Reråtórios,,.
- @r

EEI E¡
ÞAã:----iîrÊ;t¡l¡lrõtig

349 341
Orç¿me¡lo e Conlrolc de P'eçôs de Obras Públicas Capítulo 14: Apresentação dos Principâis Sislem¿s Rclercnciait de Preços edo Sinapi

Pãr¿ baixar um relâtór¡ojá gerado, basta selecionar a respect¡va caixa e ercolher o formato que o relató, . Efeito bârganhâÌ .esultado da negociação de grande quantidade, o que provoca redûçáo do
rio será ex¡bido. Nesse exemplo, optou-se pelo formato pDF. Ao c¡icar em ,,Confirmar,,será exibida uma preço unìtár¡o do mater¡al a ser comprado
janela com â opção "Abrir" ou "sãlvar" o arqu¡vo. Escolheu-re',5alvar,,-
. Efeito escala pode ser resum¡do como o ganho de eficiênciâ decorrente da repet¡ção siste'
mática de deìerm¡nada atividade, sejà pelo âumento da produtividade ou pela d¡m;nuição
Figura 50 -llurtração dos proced¡mentos para baixâ¡ e salvar um relatório gerado do Sinapi-Slpcl
das perdas, sempre resultando em custos menores.
preços referenc¡ais do sin¿pi e os (ustos efetivâmêntê
6fa{icamente, o impacto desses efeitos entre os
pelot encontram-se na figura a Segu¡r. apresentadã no estudo re-
c rx,. iû(otidos
al¡zado Pelos
construtores
referidos autores:
apresentados

Rel¿tórÌos Figura 51 - Efeitos que câüsôm d¡ferenças entre os cuttos do S¡nap¡ e os (ustos reais.

D".alffiffi&ffiw
iqlddtffirÆ*E
EEI

ø'E¡ú''or'q46w&.1¡le4

@
]E IEI

14.7 Problemas e Limitações do SÍnapi

Conforme fo¡ apresentado, o S¡napi é um sistemâ bem antigo e tem estado em contínua evolução. Além Figù¡¡ Êxlr¿ldà doanigô de fltHo, LIMA & MACIEL
d¡sso, trâtâ-se de um sistema bem ¿brangente, contendo mais de 50 mìl compos¡ções de curto unitário.
No entånto, o sistema tem alguñ5 problemas e limitações que serão apresentados a sequir
Com relação ao efeito cotação, os autores demonstraram que o uso do 1" quartil do Sìnapi representa de
maneira segura o efeito cotação, apli(ável em quàlquer porte de obra e qrle provoca, de maneirå geral,
!1,2-,1qiylfg9.!ç¡ Eltre os Custos Reais e os Consfantes do Sinapi descontos entre 5% e 1O% do total orçado com base ño Sinâpì
P¿râ quantificar o efeito bârganha na aquit¡ção dos insllmos foràm (oletados os preços unitários resul
.:
FILHO. LIMA & MACIELT realizaram um estudo comparativo entre os custos do Sìnapie preços obtidoÍ tantes de diversa5 negoc¡¿çöes de grandes quantidades de materia¡s de construção, obtidas med¡ante
med¡ante pesquisâs reâis no mercâdo de mater¡a¡s de construção em !,j Brasília. âtas de pregões eletrôn¡cos e notès fiscâis logrôdas.

Os autores apresentam algumas causas para a divergência que fo¡ constâtada entre os (uslos rea¡r dat ot autores concluíram que em obrâs de grande porte, cujo custo globâl supere 4 milhões de reais' no
empresas e aqueler obtidos ¿ part¡r do 5in¿pi: caso de ¡nfraestrutura e pâv¡mentâção, e 10 m¡lhões de reais, no caso de edificaçöes, o efeito cotação
dêve ser somado ao efeito barganha, resullando em descontos da ordem de 15% em relação ao custo
. Efeito (otação: diferença entre â média ou mediana de preços e o menor preço pesquisado. totalorçado pela mediarìa do Sinapi.
É resultâdo do proced¡mento rotineiro de pesquisa de preços, por meio do quãl o compradol .;:ì
real¡za cotações e escolhe o estabelecìmento que ¿preseñtou o menor preço o lcu tâmbém se preo€upa (om o problema há muitos anos. Por meio d o Aaótdão 1 73612007 Pleîátio' foi
determinado à cai;a Económi(â Federal que desenvotvesse estudos com o objetivo de a economia
1 FILHq tôércio de olteìrã e siivôj LIMA Mar@s Caval6nûe MAclÊl, ¡ala.lGonçalves - Efeito ba¡qanhã e roração: fenÕmmosquapqúilen a dorrèD.il
'onsiderar
de es(ala (chamado pelos referidos autores de efeilo barganhâ) na obtenção dos preços de insumos do sinap¡'
dê5oPe¡laturamento(om preços inleriores às refe¡ê.çia5 olì.iàii -Sevistðdo¡ribúnâ' de CoDtasda União 8Éiil.Ánô42 Número 9.201O

342... -.... ....34i..................


Orç¿Denlo e Controlede P.eços deObrâr Públi.¡s Capírulo 14: Ap¡esenlaçâo dos Prin.ipaÈ Sistemas Relerenciais de Preços e do Sinãpi

Com relação âo efeito cotação, entende-se qùe ele realmente existe para os materiais¡ pois não se com- O gistemê não dispõe de documentação em que se en(oñtråm registrados os con(eitos e a metodologia
pra pela mediana e sim pelo fienor preço. No entanto, algumas ob5ervações são cabíveis:
de obtenção dos d¿dos do sistema. Mesmo engenhe¡ros e arquitetos com prática em construção c¡vil
necessitam da eSpec¡t¡cação de todos os elementos
de uma obfa para que a consigam orçâr ou executar
corretamente.
Não há efeito cot¿ção no custo de mão de ob.a do Sinapi (salários coletados dor pisos safâ_
A5s¡m, o sistema paec¡sa de um (aderno de encârgos contendo as especificðções técnicat e ot critérios de
r¡a¡s estôbelec¡dos nas convenções coletivas) e no custo horário dos equipamentos. O efeìto
med¡ção e pagêmento dos 5erv¡ços constantes do Sinapi
cotação só é observável no custo de ôquisição dos materiais.
para a eìaboração ou âvaliação
Mesmo no caso dos materiais, talvez o primeiro quàrtil do Sinapi não represente ¿dequå- A ausência de um caderno de encargos não inviãbilìza o uso do Sinãp¡
exigindo uma análise crít¡câ de cada composição de
damente o efeito cotação dev¡do a diferenças de marca, preço e quâlidade existentes em de um orçamento, mas causa algumas diliculdades,
custo unitário do sinap¡ tomadã como paradigma frente ao cêso concreto em ânálise. o últ¡mo tópico
alguns tipos de ¡nsumos. Por exemplo, uma tinta acrílicâ pâra pintur¿ de parede pode ser
proveniente de diversos fabr¡cantes d¡stintos no mercado, os quais produzem produtos com desse capítulo moslra como fazer isso

cãrôcteríst¡cas bem discrepântes de qualidâde e preço. É normal algumas marcas custârem


mais do que o dobro de outra marca, Mesmo um único fabricante, costuma produz¡r tintas 14.7.4 lnterface (om Poucos Recursos e Funções
diferenciadas em termos de quâ¡idade. preço e rend¡mento. Ass¡m, os produtos (tintas) com
qual¡dade (e preço) inferior provâvelmente estarão no primeiro quartil, ao passo que os
Um banco de dâdos fenomenal como o Sinapi poderia ter umâ interface mâ¡s moderna e com mâis
produtos de maior quâlidade (e preço) estarão no último quart¡l dos preços pesquisados. re-

curros e fi]nções pafa o usuár¡o. a interfa(e ôtuâl do SlPcl ou do Sinapi web tem várias limitações,
entre
as qu¿rs
1 4.7.2 Abrangência Lim¡tada

poucas opções de consu¡ta de insumos e composições;


OutÍa grande limitação do S¡nap¡ é a ausência de informações sobre diversos serviços empreg¿dos em
obras de ed¡ficação de maior porte e com elementos construtivos ma¡s modernos, a exemplo de Drywall ¡mpossibi¡idâdedeordenarosrelatór¡osdecomposiçóesporalgumparâmetrológi<o,segre-
(pàiné¡s de gesso acartonado), concretos de alto desempenho, protendido ou projetado, lajes neruura- gando por tipologia de obra e estág¡o de desenvolvimento do serviço, para fins de fâcilitãr
das, alveolâr e steel deck, "pe¡e de vidro", estacâs rajz et( as consultas por partes dos u5uários;

No entanto, tðlvez â pr¡ncipal limitação do sistema seja o Tato de que não apresenta â abranqêncìa pa¡a o s¡stem¿ não 9erâ relatórios no formâto',xls"
contemplâr custos de insumos e serviços específicos para d¡verros tipos de empreendimentos, a exemplo
de obras rodoviárias, ferrov¡áriês, hidroviárias, portuári¿s, âeroportuárias, barragens, irrigação e linhag 14.7.5 Obras Executadas em ,4¡eas Rurais ou Afastadas dos Clandes Centros Urbanos
de transmissão.

O Tribunal de Contas da União realizou auditoria no referído sistema. encontrândo diversos pontos a 5e-
rem aptimorados, aÌém dos elencados ¿cima. parô aprofundâmento do assunto, recomenda-se â leitura É importante ter em mente que â coleta de preços do Sinapi é realizada nas câp¡tais das unidades fede-
rativas, já contemplañdo em vários casos o frete de entrega destes produtos. No entanto, em sìtuações
dos relatórios dos Acórdãot 1.73612007 e355t2011, ambos do plenário.
pârticuiares pode ser ne€essár¡o coniiderar o custo de trânsporte dos insumot principalmente 5e â obra
fiscalizâdô for executada em áleâs âfastadas dos grandes centros urbanot.

14.7.3 Ausência de um Caderno de Encargos Associado ao S¡napi


1-4.7.6 Pouca rranspalênqillE-Esjt9lYlt1þ*c¡g!9$I3¡Sjg:lSgPgT""t"l
Foi visto no infcio deste l¡vro que duâs informações são fundàmenta¡s pâra o engenheiro orçamentista ì'
est¡mar quantidades e preços unitários dos rerviços: O tratâmento dado pelo 5¡nâp¡ ao custo horário dos equipamentos melhorou bastante nos últimos anot'
¡i, Atualmente o iìstema dispõe de dois tipos de composição para os princ¡pais equipâmentos. estabelecen-
,l''
. ,:;i do o seu custo horário produtivo (CHP) e improdutivo (CHl) Também apresenta composiçôes de custo
. espe€¡licâção dos materiâiýserviços; lij âux¡liares estabelecendo 05 valores de depreciã(ão, juros, manutenção e materiais na operação que
. (r¡tério de med¡ção e pagâmento dos 5erviços. compõem os custos horár¡os dos equipamentos. Por exemplo, apresentã-se a seguir ot custos horários
Pârâ umã esrãvâdeira hidráulica:

Pois bem, não se conhece ao certo quais especificaçôes técnicas e critérios de med¡ção e p¿gamento esl
tão associâdos a cada uma das composiçôes do Sinâp¡.

344 i45
Orçâñeñto e Conlrole dc Preçosde Obrar Públicas Capilu lo 14 Ap¡esenlação dos princ¡pâÈ Sistem¡s Referenciaisde p¡eços e do Sinap¡

F¡gurâ 52 - Custos horários ut¡lizados pelo Sinapi para uma ercãvade¡ra h¡dráulica (dep¡eciaçáo, juros, manuten. o.<ôlucão do Problema:
çãq materiâis nâ operação, CHP e CHI).
t) Encargos socia¡s - trabâlhadores hor¡stas: 124,28%. Encârgos sociâis - trabalhadores mensalìstas:
g1,90%. Os referidor percentuais podem ser obtidos no site do 5¡napi-Web, cljcando"se no menu ,,plani,
lha de encargos soc¡ais". Pode-se escolher a UF desejâda, obtendo,se o sequinte re5ultado.

fâbela '136
- Resuno dos encargor soc¡ais do S¡napi para o Estado de Alaqoas.

O,M.E¡@d
cóDr HORISTA MENSAL¡SIA
DEscRrçÃo

o,N -lõ-õ¡ñl
tNsS 00 20¡00
sEst 1,50 r,50
SENAI r,00 1,00
o,2a o,20
SEBRAE 0,60 0.6c
O custo horário produtivo (CHP) do Sin¿pi cons¡derâ depreciação do equipamento. mão de obrâ de
2,50 2,5C
operação, juror, materiais nê operação e manutenção. O custo horárío ¡mprodut;vo (CHl) considera a Segurc ContÊ Acldentes de lËbalho 3,00 3,0c
depreciação, juros e mão de obra de operèção. 00 8,0c
SECONCI 0,00 0,00
A despe¡to da sensível melhora no tratamento dos custos horários dos equipamentos, ainda há pouca
transparência nos critérios adotados. Por exemplo, não fica c¡aro quôl foi â vidâ útil, curva de deprecia-::l Totaldos Encarsos Soc¡als Bástcos t6,80 36,80
ção e v¿lor residu¿l considerado parâ obter o custo horário de deprec¡ação, ou qual foi a t¿xa de juaos:ìii GRIJPO B
utilizada no cálculo da parce¡a de custo de oportunidade B1 ô!so Semnal Redne6dô 17,94 0
82 4,50 0,0c
B3 12.87 10,2C
0,la
14.8 - Exercício Resofvido 85 to,3?
0,62
8,22
86 0,06 0,05
BJ Auséncras Abonàdas/Dlas de Chuvð 2,31
Pesquisas no sinapi-Web.
B e recèbem ¡ncldêncrå< dê Â 49 2r,40
Aoresentâ<áo do Problemâl
ito de R€scisão sem.llsta Câura 98
c2 13,83 10,96
Responda aos seguintes questionamentos: Totâl dos Encårgos soclals que não Recebem ås
c lnc¡dênclðs globals de A r9,81 15,82
1) Qua¡s são os percentuais de encârgos sociais para trabalhãdores mensalirtas e hor¡stas atualme
GRUPO D
adotados pelo S¡nèp¡ no Estado de Alagoas?
o1 ReÌncidência de A sôbre B r8,20
2) Pâra ¿ c¡dãde de Mânaus, apresente o comparat¡vo do custo med¡ano da britê entre o Sinapi e a p D1 rotàl dðs Tðxas lncldênc¡as e retnctdênc¡ðs 1A 20 88 li
quisâ realizada pelo Sinduscon/AM parà o cálculo do CUB (disponívelem wwwcub.org.br). O que

3) Qual é o custo do 5¡napi para umô quadra poliesport¡vâ, código QD POLIESP-1252-1, na data-ba
março/2011? Apresente seu resultado para o Dirtrito Federal.

4) Quantâs horas de p¡ntor e5tão previstas para a execução de uma única unidade do serviço "Pl
EM vERNtz poltuREÍANo BRTLHANTE EM MADEtRA, TRÊs DEMAoS?

5) Qual foi a evolução do custo Sinâpi-Brasìl no período de setembro/2o10 a janeiro/201i?

6) Qual é o custo de construção por m, no Estâdo de Rondônia em março/2011?

Todas as respostàs podem ser obtidât no site do 5inãpi:

http://výwwl.ca¡x¿.goubr/gou/gov social/munìcipal/progrcma_des_urbano/SINAPU¡ndex.asp

........346 ....342.....
Orçañe¡to e Côntrôle de Preços de Obras Públicas capítulo 14:Ap¡esentação dos P.inc¡pair SisLèm¿s ReferenciaG de Preço5 edo Sinâpi

2) Pode-se baixar o relâtório de ìnsumos diretamente no s¡te do 5iñapi Web. Tomãndo-se ¿ datô-bàse de t¡qura 54 -lela (om ¿s opçöes de projetos padrão d¡spo¡fve¡s para consulta no s¡nâp¡.web,
outubro/2011, pelo Sinap¡, o custo mediano dâ britâ 2 para a cidade de Manaus é de Rgl73,O0, enquãnto
o coletado pelo Sinduscon/AM para o cálculo do CUB é de R$ t49,00. A figúra a segu¡r àpresenta parte
do relâtór¡o de ¡nsumos do Sinap¡ contendo o preço da brita:
DESENVOLVIMËNÏO
Tabela 137 -Trecho do relãtório de ¡nsumos do 5inapi para a cidade de Manaus (outubro/2o1t) URBANO
me ì DeseñvolÝihenrc Ùrbôno i sinðÞ¡

m.7ro PEo¡ÂtüÌ ¡ ñ.0Þ€oÀrsêoouc sô¡tÌìNlþpû61oÞËoRaÂ^tgEr¡fÁEÎÉ) i r .SINAPI - Pesqqisa por Estado


cs00a7'' PEoR BnfiÄ¡¡¡.ûrou7sMMpôslopEDfiEtR (s:ÀtfREfE) ,r
o@oat2r PEfr aFûÄo^ll. t ou tgü¡tposfopEDnElRÁ(sÐ,FFEÍE)
DISTRfiO FEDERAL
fisar'8 P€oR^8trf D ¡t.2 OU 25 HM pogro Þ80ñEtR^ (SEM FAEÌÈ) E6r¿lháó clðß6de rrcjèto euë dd+jà pèsquisðrou èesse os
dÈ i¡dÈès a curto!. o dóiñlold do!¡qlivo.óñ ot Þrêçor
.¡ì¡lóriôt
PÊOR^S&Ì^O 0u 3t MH posto ÞÊoREjR^ (sEM FRËtÉt
rÝ.3
dÉ ¡òìùinor dù ¡jlÙmà @l.t¡. êfêl!.dô Þilo ISGE.rtó dispenlvcr
taó0¡71â PEDi 6ÈtAD^ N ¡ OrJ 3ô Ír¡ pOÿO PEORETRA {Ssll FnÉlEt øirëñiè Þir¡ ¡jE8Õr óû iñgitûidg.públic¡a .
roiom.çõës ¿droo¡¿it podsråô serobtidãsjuñlo ãoE E*nlónoe d
Observa-se que o custo do S¡nâp¡. coletâdo pelo IBGE, é bem super¡or ao coletèdo pelo Sinduscon l.lerió@ e n¿s Gerèn.iôt ¿á o6.ñÿolvìñèñto u¡ùano - GtDuÀlo6
de Pès{ris or¡ É.ìådo ¡Èésr opd.t

3) O preço da quadra poliesportiva .¡ CLASSE DE PRO]EÍO


é de R$ 278.244,37. O referido valor pode ser consultado no site do
Sìnâpi selecionando-se o menu "Pesquisas de custos de projetos e índices da construção civil,,. A tela a rHòbitàclon.it
segu¡r é âbertô. Em seguida, seleciona-se a UF desêjãda e clica-se em ,,pesquisar,.. ¡ EqùiÞ!..¡ros comurr¡rio5

F¡gura 53 -Tela para ãcerso ãos custos de projetos e indices da consvüção c¡v¡l

Uma nova tela é âberta, devendo-se escolher o projeto desejâdo e a data-base do relâtório, no caso
março/2011. B¿stâ, entåo. clicar no botão "visualizãr relâlório".
6Ar.ä4 ãäïiå",
Figura 55 -Tela (om as opçôes parå es(olhå do relatório com (utto dos projetos do sinapi-web

DESENVOLVIMENTO
URBANO . ..

h. I sBnerÿ'ne'o uibÞ Pèsquiså Þo. êstàdo - Eqllpàñ..tôs comunitár¡os


l sú¡ø I P.4{É
QUAORAS POUESPORTTVÂS - D¡sTRTTO FEDERÀL

con o stt^tt Ýæa obl¿ô rtóir¡..!


id,ñ3 d! c4tun;r cNir.
Þ
À F¡N's Þ!à fiìr. ó.eDi'trr. à¡ idofl.Èôtr¿L¿d;É .
'( t à ! câ!5é éràràû aþied haoruù¡
!s Èd¡4. q'iÞ.mþ.
k['târ àE tuã6d! !ñ ddrñhò
¡4{è: Ê<!dd 3d. êúreéô ør.uaø d¡ 6ad.¡oòÝr, ún.,-, tr-
f& Mà¡Ò;l où¡rö' ¡l
ùo õ ôÞr¡' Làrh¡- N r*

Pû4úàþ.BHòlqli $¡@

Nova tela é aberta. Pâra obter o preço da quadra deve-se escolher a opção "equipamentos comunitá
rios". Nã telâ que seré abertâ, seleciona-se a opção "quadrâs poliesport¡vàs,,

348. 349
C¡pítù1o14:Apresentâçào dos Pri¡cipais Sislemãs Referenciais de P¡eços edo Siñâpi
ôr.¡mênrô. Conùote LlePre(otde Obrãs Publca5
......,.
::ì::-:..........-.-....,..:....-......... .

apresenlàdo nâ imagem a seguir:


4) O referído toefi€iente pode ser obtido no s¡te do 5inãp¡. seleciorìando se a opção "Coûsulta pública -
O resultado obtido é
lnsumos e composições anâlíticàs. Abre-se uma tela onde deverá ser informada a UF da pesquisa. Na tela
que ierá aberta, deve-se selecionar o menu "Pesquigâr" e o submenu "composição" A seguinte telâ será
F¡gura 56 - Relatório com o custo do projeto da quadra Poliesport¡va'
mostrada:

Fìgura 58-lela para perqu¡sa de composíçóes de custo unitårio no ambiente do S¡napiweb.


.rroFü¡¡o¡hmt¡o \û\N

c^txA
i.; P€squlsar Composição
¡ pæovis¡ po¡ o¡nic¡o o,r c¿o¡co
'.o códiro
@ffi
@t

O Sinapitambém d¡spõe da opção de visuàlizãr uma planta do projeto-padrão, bastÂndo clicar


nâ má-
quinâ fotográfi(a da penúltima tela:

8¿sta d¡gitar algumâ palavra-chave d¿ composìção, por exernplo, "verniz" e selec¡onar ð opção "Que
Fiqura 57 - Flanta da quadra pol¡esportiva'
,a:
Contenha". Assim, você poderá visualizar todas âs composiçöes do Sinapi referencial 'ontendo o termo
"verniz". Bastâ clicarsobre a compos¡ção selecionada e depoissobre o botão "iten5 e 'oef¡'ientes" Você
obterá a tela a seguir, onde se constâta que o coeficiente desejado é de 0,4 horas de pintol

Figurà 59 -Tela com os coef¡c¡entes dos ¡nsumos da aomposição telec¡onada

il
I
I
¡
CAIXA
.
I
I :: Referència Técnìca
sEÂvrço - co,{poeç¡o

.i

ìl
iJ

PA'I1A ¡AI'(^ CN IA ,'


1.ì1

,li

.ÿ
:'
lr

ll
.35.1
3s0..... _
tçt " "'
'¡úr¿ erolPt,t Lo¿o4n¡no,L oup,¿þu,eueqrn emtdtsælq e¡shðu,,op€lEjluo) roìn45ùØ opð ¿4o
eper âp sÐru)gt so$t4ard
¡3åpepû¿@)!pdse sepe¿ùorpedsetaqq ðp ça_olßodúÐ re /enb¡p¿ oùo) -te¡t otsr) x oErpedoì3n). !r!ð4 ztnl,OktV rV) totorfs ojr?,1.|Nt;;

nas o ês-opupzlllìn 'or^rl êlsåp 0L o¡ntjdpr ou sopp)uðla sossed to sopotr opurn6ês pjqo pp oluêue5lo
o
eluaurle!)lul êroqe¡ê oe6lg o Ðnb as-epuaujolel ,ose) ÐssêN sorJdgld so5ãJd èp lplluàra'¿J euèNls e so6
-Je)ue åp sourèpe) LUônssod anb sepep¡luê no 50e6lg eJed operlpur ãllrêr¡lle¡)êdsa e opoì?ut ollÐulud
o
.!dsuls op olJ9]!un olsn) ðp saç,5r5oduo)
sep Jt!ed e êlueure]ÐJtp oluÐuJe1jo o Jeloqplf olónülsNo:)vo sotsnf I stf,toNt
:rdeuls o u.lo)
oe5ereduJo) e elllêurlolJÐlsod ðs,opuâpalo,ld ¡lerrot)uè^uo) eLlto+ ep oluauet¡o o Jp.joqelf

:tdeuts o opuezrltln oluêLueSto r!n ;


reroqgJa ar ejed selullSrp seJfôueu senp êp lapÐro.ld ås,epod ,aluãLtjÐtseq ,og5nporlt¡l
ð^ejq essè sgcfv

'slenlelluot souJlê}â Jolnj$uo) op sÐpep¡ssê)eu ep og'unj


.e¡ugpuou
r,ua .u Jod ogln¡lsr¡ol ep olsnr op opellnsâ¡ o ulo) plãI_ 09 e¡n6!J
ulÐ stê^glre^ log êp spxef
:sleDedsê so5l^/ês Ð ulo6ÞuÐzpurje ,og5e)l.tqe, ,oredÐrd êp stellual
-(t
or¡Jor /so5truas ôp sodnl6 no solnpgur lod 'sta^gtolp so)lu)9] sos./n)el êp sotsnl t0zlo5re(u) s9'¿8¿ $u ðp e erugpuou t¡to ¿ur rod og5nrlsuor ap olsnl o ênb e+eì
ap ose) o I -suo) os ôpuo 'opellnsõ¡ oìuln6âs o g¡ålqo ero^ .otjole¡êJ op sâur o e
lfì e Jeuollêlôs plseq ,gruqe Ðs onb
:sotuêtllpdlnbo ðp ou./nsuo) o oe5uêlnueu ,oeje./Ðdo âp sagjlpuo) elðl pN ,,lr^r) og5n]¡suo) ep solsn)/sСpuJ,, opldo eu ânbtl) .,,1t^r) og5nrtsuol ep sè]lpur
a ,o)aford êp
ê solnpojd Ð stelaleur ep ournsuo) è oluÐr/tlJdns,(sojlno ðJlua,e5ueJn6âs,ÐUodsuetì,o95 solsn) ap sesrnbse¿,, nuÐur o ðs-opueuol)êlês tdpots op elrs ou oppÌlnsuo) les ðpod lole^
opue,êr (9 O
-eluêLUrle) erqo êp ogut pp sðpeptrsðrÐu 5p soppl)ossp ,sou./nJUt sop sðppp¡ssê)Ðu sep
solsnl
lle)olop5erìsturulpV
j(soq5ele)sul seu]ðÌs¡s,sêpo.t,sojedsà
Ð :olrê1ue)) e)tìsl60.l
jsreDos so6Jeruâ ðp sta^gue^ spxef
jogJn)èxð ep set)ug6u¡luo) ]od /stp¡lâleLu ã soìnpoJd êp ste^eue^ soulnsuo)

Ðp sororsê êp o-piun,r uJê soluðuJedrnbê sop


" ",'riï::ü"i':l::Ï1r""ï',ï:ïff1,"î
jse)r69lou)a¡ sêgte^out e sleuÐÌeuJ so^ou op o_e5ez¡ltln

:stenb so êtlua ,opejto olefo,ld oe sel_enbÐpp e.ted sle¡)uaJê]ãl setrlðÌsls Lrje septlqo
otjgltun olsnl
êp saç'5¡sodr¡ror se sollgssê)eu rès Luêpod ênb elrequê6uè ep sÐ]snfe sosra^lp urelt)
¡tNld I OHIV !\Ð
'ope5ro olÐfotd op so5trues soe ste^g)lde ,steDuêlarÐ
uJejðs pJed sêlsnfp ep
'lsÌ!ssÐ)êu uJÐpod seurðlsß uJo seplqo
'sepszruolped soll-eìrun solsn) Ðp sêo5tsoduo) se ,e,qo euJn ãp oiâJd êp oE6euro]
ep ossÐ)otd ou ,eu,to] e5sêC
'slsnlelluo) s€9J!sodsrp è seloln.l$uot sep se)t$J./aÌ
-)eie) 'erqo ep ogSeztlplol ,so^rln)ðxê sopo]ðut 3o]rðtue) êp sÐpeptslê^!p ,spJqo sep sâpeplJeln)rl.ted
sep
o95un+ uJa 'o)tuO 9 oluèu./ejro eper anb oJ,epjolêU .ol^ll arsêp olnÌlde)
ol¡êuJud ou sopellrllc,xê uJe/o]
(olprluo) oe opSeln)ut^ ê o95pu¡xolde,êpeptlelodùô},åpept)tltredsô) oluÐue5lo 'sar!pu, sollno utÐ ope¡edu¡or
u.jn ap sotnqllte sO l¡splg ldEuts op otsnl op og5rì¡o^l _ 8€l Þlaqpl

e ânb as-ellessÐl
'â]uêureururtêrd ldeuls o opuezlljln o]oèuJpjlo utn Jptoqelê os eted olra]o.r
ujn es_e]uasarde ,o)tdg] ossêN '((þ6,tgZlts'zLz) _ ttx ooL = %s!.,1
:euJJol Ð]urn6ot pp oppln)le) 'olos¿'! êp ogje¡re^ euJn â^noq ånb Je¡elsuÐ epod ênb r!è 1rn6ês e sop ôs
_ep so eJalqo ê¡o^ a opelasãp
oue o e sgu¡ o euorrÐlaS .,,1r^r) og5n.rlsuof ep sêJope)tpul ap olsnf op og5
rd euIS o opuezlllln o¡uaue5l6 un ap oe5eroqe¡¡ 6.¡ I -nlo^f - etnlunfuo],, nuaL¡l o ås-opupuot)alas
!deurS op êìts ou ope¡lnsuol,lðs Ðpod tole^ opUè]êJ O (s

sÈrrtqtì¿ srrqo¡p soJor¿ ðpàtorluol ã oruaúÈ5Jo


Orçãmenlo e Conl¡olodc Prcço! de Oò,ås Púbì'c¿s principais Sìslemas Rete.enciairde preços
CâpÍrulo ?4:Aprcsc¡lâçãodos
èdoSin¡pi

próprio aplicativo de orçâmentâção. Por meio do segundo método, o ór9ão lic¡tante elabora seu orça,
Ð MEñE !@ M
mento tomando como base o própr¡o Sinap¡, valendo'se de pesquisas junto a fornecedores ou a outros
sistemas referen(iaí5 de preços nos câsos de serviço9 não contemplados no 5inãpi,
il'rffi ffi
ffiffi
UEEÑ ffi ffi
@ E
!1.9r1 lllfngilo Método - Comparação do Orçamcnto com o Sinapi. iü' ffi ,ffiffiffiffi ffi
l+ffiffi
ili,ffiffi ffiffiffiffiffi
A tâbela a seguir apresenta um orçãmento exemplificat¡vo de um¿ obrâ de saneâmento elaborâdo pelo
ór9ão l¡citante segundo os pãssos estabelecidos no capítulo 1O deste livro.
Ëil ffiffiffiw ffi
EEIE E
Ë,åffiffitrffiffi ffiäffi
Tôbela 139 - orç¿mento bâ9e elaborado a part¡r de r¡stema de orçamentação própr¡o do órgão l¡dtante.
E
.l¿1.

EE E
W
ffi
E@W
EIEE
EEM
düj[f MffiffiE
ÑE
EEE
rE i.i,ffi ffiffi
IIE
ffi ffiffi
irÈÌ:Ìì.iJ¡e.ffi#.8H#',Pffi.$'H
ìi{ii{$*ffi
*ìitr$Ë'tl.
ffiffii itiffiw ffi ffiffiffiffi
w
w
Fffi }Ïi#:rffi;*i;iËå?iffi
!õ@@ME ffiffiffi
'14ffi-* ffiffiffi ffi
E@WÐ@ liÌïffi ffiffiffiffi ffi
åiljffi
t ffiffiffiffi [ffi
TTEEE EN
w Et36mE@ Ëilffi
E ffiffiffiffi
EtrEE @
s.Hffi
m ErcMMW
þ.ç¡ìü*¡.¡.itingïc@¡lú-ìì:*+Ì!iiai.êìÌ:i¡.:.6
f¡,iRffi ffiWffiffi
EEIE@ ffi
itffiqt
ñ
#SÈ,v.üËåil,?FiÞ,_-tr.&i.dftSÆæåffi
EKEKE@
h:!,åþæ lffiU¿å,iÈåf ådbÀ 4ifpsÈËõúÌq$ffi fi ffi ffi E ffiffi¿TffiffiffiffiftW
@
.+,ffi,¡€ili-ffi8$,1#.]!R#,åW*.ff.ry¡iffiË:,81ffìËlii#lly'$j,Ë.!F,T, ,.rliliiiåfÌ,-W,$g_ffiW
O passo segu¡nte é pesquisãr no 5inapi todos os serviço5 previstos no orçâmento. Deve.se prior¡t¿r¡a-
l-¡,,S.i,åi#tåiÈ{,iÈ1-iH.$çSÍ.É'@¡I$t{. ä,fffii{illili'Ë:ärlæHlåJ,ffiÞl*ffi mente buscâr extrair os relatórios do banco referenc¡al de composições e, no caso
do serviço não ser
þ1ffi:hsrirr#lch.-r$-Ì-4&Èlr4, i.iffi!¡i'4i'.i$is:: encontrâdo, pesquisá-lo no banco nacionalde composiçóes. O resultèdofinaldâ pesquira
encontra"se nâ
Éä ;?-L#---------------jirF¡.-t;?T}j:h*jF¡ iì:j iij'.¡iñl:fiì "i#r,r,.r:&Èffi
li$'.¡îTåffi próximâ labelâ. Obrerva-se que provavelmente
ex¡stiråo serviços sem um análogo no Sinapi, enquanto
olivas composiçôes referenciais do Sinâpi prec¡sarão de algum
ajuste para adequá-las a unidade de me-
Íi.iÈiiil'*.ì,ì:áÈ.ei;{i¡öË-,ilâË-1-',.Ë"ìtii¡fii¡. rìi'li,i,.iirr'1*:ñ:.,.:r L:f i¡.¡í?"t¡ 1.:ii.i:¡lt¡6ì:ij::j!:rp.. qld¿ ou

iä-ffig¿äffit#.
Þ,.1i¡i6çli4!ürii.nè:lìii'-i?äËìt-?llii! Â.f
i,BeÆï+,1ù$i¡!¡iffitr¡.;1r1ftritäiil*
.i:;.r,iÈ.Ti¡1odtn:ìlr.Ì¡.0,p+l::liiùar
à êlguma c¿racterísti(ô técnic¿ do serviço a ser orç¿do.

$¡ìffitrãigtrtwtrÉiffi$. .tr{
.fff:i'{gr: liÌiÌ,li}.liË',å,!ìlfl iiì}:ffi
*åffi*##W*.È$"?$&gWSffi--,s$. .:ffi li*.:trffi ttl-ËH.ã:lÌ,$i.i;Ìifi ü*#9Æ
ffi E@@¡t¡E
ru
frRlRgi.Èlbþ:¡fiiüì.,¡iìilåi,$üåÞ.tÊrä"wtui$iiËi¡Íry*¡*;.1:l{.ih1irËi¡r-qÈiìJòH'*ì,8-,ÿ.¿+oiü:*r,frì?,i

ìiìj5:rf.Jri.Ëðr";;¿ìËÌúýäË.i1¡!Ìffii;.$ÈHËir..ôÞ il:Ji'¡r€f
KÑ@W
lij,l:¿"j.q$r1iCi.1i,ì.¡Ì1i1ì4rli!lrlliì1È'j

354 355 ' . . ì':.:ì.u:


,'i;;;id
Orç¡me lo eConrrole de P¡cçosde Ob.¡s lliblic¡s

Tabela 140 - Resultâdo dâ busca dos seruiços orçados no s¡nap¡ Referenc¡al '72333 : CARCÁ, r.... ... . .lì
¡ïr,i.l* c,ADE.q8É¡dE8rr
M¡{NO8nÀS r DFSCAR- ..

ffiffiffiffiffiffiwil
ÞEDR^ oEMÀo E
l-ll,Sln "..
'''" (AMrNlrÂo ß scrÍaNlr '' . .-,..' .d
.;:lii:.,È . ,.
SO¡:OSCOM
. ,¡ì.(DESc4Ec :!J!/80:: i.4.. .: . .ì
Aar¿.ão d€ obr¿ ¿m chap¿.omtc¡rada
dìnadr ìo hn, ron.obel rá dc tìbro.i- 15t75 ;
75305/00r - gAftR,{C,ÃO D€ OSRÁ P R^
ALoJAMtNIo/ÉscRtf óRto, fl so tM
P¡NIIO JA PAREDTS EM COMPENSADO
ffi
,,,ii.i$i!
f /2025:Îfi¡NsPoÀrÊ Loc^L coM
MirýiÃo.BÂsiúr¡ñlÊ!
cpM.ßtvtslrMrNloPntMARro.
¡lsi¡7ùi,-$cqtaÀtNio orv¡ìias . .
m', RoDovi^
¡,{-'
-

ffi
l0mm,COStRlLlRAttllELllAAM|ANIO:
6 mm, TNCLUSO ¡NslAtÀçÕÊS ÉLÉfRtC^5 ì co,!t ¡AÁNclloËs Ltcos r qur{: I .
ÉÊsQu^DRr^s .Ð8QlUnlZ,cNDO^4(ILONGÂR'ñ^S DE 'r
posrE,. _ .
,
¡4^9ElM Dr 5 15" lNeñSrVf
fÕnrÈcimcrto c inl¿la!ãode pl¿.¿ dc ilÌlärtí,ì.iT StoR REftR^D^..
_.
.
74209l00t , PL^C/\ DE O3R¡1 EM CH^f¡Á .:.
ob¡d cm (¡¿D¿ dc¿çòÂdlÿ¿nD¿dor
r3¡91l0gl ¡IscoirÁ¡aftro cqv
¡4olq: r'
,í.È.,iiff
!oM944ulo.E-5çPÿ¡Nrr,r'r. .

,Lo6ção e riÿ¿lâDrnlo ¡lc Ed¡.olclo¡d


75753/00r - tÉ\ANLlMÈMO sEç,iO
IAANSVÊRsAT CJNIV'L IIRRENO NAO
ACtDENI,ADO VtCEÍAçÃO D[ñSA
tNctùstvtDtsÊNHo tsc r200 EM
ffi u;ho dc ¡eià @m romårimùro
;ä¡e¡¿ e"ii¡ii
"
1",,f";;iã
--

: fý 10{23 75óe2 - LASTRO Dt ARLIA Ml DtA

m
. dccigôtq.om ¿labor¿ção de nola de
lÄ¡tL vrcEl LMtLrMEtR^oo {Mto¡Do
i tcdiços € levanlðnenlo trormais qM stc¡ot, tNcLUs^,t NfvEt^oo&
,4uil1ÀR Dr c^LCU Lo ro¡oLR¡Frco E

Linp€d m{áDic
75672, LIMPIZA MÉCAN¡ZADA DÊIIR.
RENO, INCLUSIVT RÊIIRADA DÉ ARVOÂE W
K
de Lerreno 0,15

ffi
tN.lRÊqO' N E O,I5 N DE D'AMEÍRO

iIâpumcdc nâdeir¿ nóÝol dû2,00r I,20 74220100r fÂfuMEoEcH^P DE À{A-


DEIR^CO]ljFIN5^OA{ó m )- PiNlUn{
A CAL- APROVEIIAMÊÑI O 2 X älilí$imr$#Èï:li:l¡¡¡ i:.:t!r:..,

rPasðdiço denadeira para pedestÉ¿e ,... 742t9l00t P 55^D|çOS DFM^DtfR

iDemotição nanuãl de p¿$eio ome¡ta¿o,


'ìn.l'triv¿lìasî¿..ô .rr.
i.
9,25
tltoÿoor oEMorç¡o

,74ì5V00r -rsc^v ç^oEc Rc/l


DrPtso DE
K
iìÈÍlìti .'
ffi
,

l
Es.dvâç¡o mccâÞiø de 5o,o emia¿id.,
ì¡¡du5ìÿe @rea e dcs(¡re¿
'MÁlERl^L I CÂlE6ORt4 UÍLIZTNDO
"
,n^roR oF tsrEtRAs DE D0^ 160 HP
, coM LÂ^llN4 paso oÿÉRrcroN
E P^ c^R Rtc^DflM coM tzo Hp
t'rif ffi O DÉEQUIP,4M

'75965/00{ Esc¡vAçÁo MANU^L Dt


VAI,,\ EMARCILA OU PEDRÁsOLIA OO
E*ÿ¡Fo
nànual de ÿ¡ras halc.iar dc

M
'!: 712 a
rÂÀt^Ntto M ÉDro DE PEDR oE MÃo,
i priDeira øle{oria pÞfùndidad. âló 1,50 r 29,6t
Ált I,5 n, LYCLUINDO ISCOIAÀ|ENIO/
ll

: 75962,/013 - ÉscÁvÄøo DÉ vr\t¡ NÃo or$do Ìão r'


E5@vaFo mc(ãni@ de v¡lar malcriôl dD
. TJCORÂD/\ TM MAIERIAL F ,, . 6516: FORNECTMENTO E AssfNl,{MfN-
O se^,ico

i.71,3
lrnnìeir¿cle8on¿ prcfÍndid¿d¿¿ló 1.50 m
t3t . PtrOFUND|DÂDE^rt L5 m COM 'AIfCORIA,
IsCAVA- ., .0,34 .rosrMP(tS DErUtO pvc p/rscofo D
i DHß¡ HroRluUcA to5 Hp(c,{pActo,ioÉ .' . .:loontn .. ,
'Dt 0,73 fl'), StM ESCOT,AMINÍO iço;F tiç3¡ d9 Siiqt¡:rl
'739621004
ESC^V^çÃO OEVAL N^O .coisi¿rjà i iit*ì¿a :: l

i", ßdação nEâniá dc val¿s, maleiôl dc


pnmcin ùlcsor¿ prutundi¡hde ¡l'! 150 m
rscoR^D^ rÀr Àt,lrERt^t_ DE r. cÁf E-
6ONIA COM PÂOFTINDIDAD€ DE ],5 ÁTI j,', ånffi,ïs;.'ffil
7rs9?002 - coNcnÊÌo l-J:t
(1.- ¡2 MP¿) ¡RÉP RO MEC,ÂN|Co,
E=7d. :ir' ,. ..., r 'di;id¡dò ù¡? c ¡nulti-.-

W
5 m COM R€TROESCAÿADEIRÂ7s HP,

r^côrlo e .oDpa.raçåD manû¿l do lu¡do 75733 coÀrl^cl/\C^o M^NUAL fuN,


Do Dtv L,A5 COM M^çO -10 (C PAR/I
REOEDE fsCOlO l ¡niùmo ?744.Túso CojilclEro ARÀtÀ-
ooct
i
conpôrlado dc v¿làs c óv¿5
de f(ndaçãq 5cû ont.ote do griu de
7644{/o0r -
DÊV t^5.stM
corÍpAcr,{(Áo MÉcÀNrc^ : å¡iii DN 700
sst
rm
EA-2 PB,E NDR-S890/2007'
P/ ts6 sAN¡l^nio : I
t.t.ø ^terc CONÍROTE DÉCC(CO]lt-

5719 REAIERRO APIIOAOO ÊM CA.


Ir M^DÀs 010 nr, UÍILIZANDO ÀlAT€Rr,cL , Observa-se na tabela anterior que alguns dos serviços destâcados não foram enaontrâdos no Sinapi.
ll ÊÄ{l^Zr :
:^tcrû dr v¿ìas e.¡rá5 dù rúndaøo com
D4 J,4 coNsrDSn¡NDo uM
^RCtLO-ÁRÊNOsO^OQUrfirDO :.
Outros serviços, por exemplo, o "Tapume de madeira móvel de 2,00 x 1,20 m, com pintura,,, tiveram
DE 2''16 No VoLUMÊ Do MAIERIAL
^cRûctMo I os preços referencia¡s do Sinap¡ a¡ustados. O alúdido serv¡ço é cotâdo pelo Sinapi em m, de tapume, ao
it ,4DOUf R¡Lrq N/io (oNSf DER^NOO O
passo que o orçamento elaborâdo
lì considera como onidâde um tãpume de 2,00 x 1,20 m. Dessa forma, o
custo obtido no Sinapi por m, fo¡ multíp¡icado por 2 e, posterjormente, por f,20.

356 3sz
O rçame¡ to e Co¡lrole de Preços de Obras Públic¡t

O próximo passo é o ma¡s trabalhoso e é o que exige maior senso crítico e conhecimento técnico do or"
ça ment¡ita. lrata*e da compârâção entre âs compos¡çóes referenciais do Sinap¡ com âs compos¡ções ela_
boradas pàra a montãgem do orçamento. O resultado final dessa ànálise encontra-se na tabe¡ô a seguir: ffi "i;*,;,,'* .f,¡.-AÉS',.. ,, "*Å ,ffiffi$
Tåbela 141 - Resultado dâ comparâção entre o S¡napi e as coñposiçóes do orçamento ffi ff,$åi#*ï,$itrffi ffi ffijid*T*ffi iffi+ffi

MW WM ffi l;, ,,i,iö,ä],ffiffi ', Rffißfg


:S1s'Éi'flï ,.,=¡-,äi

ffiffirffi
ffiffiffiffi ffiffiffiffiffiffi ffiËï ffi ffiaffi , - '' 'îþiÿ '.Ì . ,'¡iiil i.i*,,,'11¡! ,,
ruË- $"Sçt*.g

ffiffiffi$t1ffiffiffi lÈ".ryæ,,
ffi *ffi
Éìffi ffi ffii¡ëfdlÄffi{rt{Tiæ,$:ft
ffiffi ffiffiffiffi ffi
ffi
-.W*Ï*ffiÞ'ftiffiæffi ffi$#¡,ffiffi
:fi ffijrpÆþË #twåH¡¡i#*.ë#Htr-ìix$åT6ÈÈ#6ir$4$î3
ffiffiiÄ&.Ë$$ffiffi## ÈÌÂtigi#ü.ffiffi
ffi ,ffiffi ffi
ilffi ffiffiffi ffi ffiþ,$ffiiffiþ,ffi ÞÞ:Þ.8l! iíq,,Wdåffi
id-Y;,l! :'
, i ;,.i 'I.::.".
- r-! i :.: :.'
iHffi$ffiffiffiål.ftffiiëffiiüffi
#ffiffi
lr!àJgi
ãti -",.r:: .- :- i:i::"-..; 'lÉ"doh¿,i
F.êffii*#åffiffiffiffiW-ìHj: r4odq :

ffi.MlffiffiFæWffiFffffiffiffi lS6y*4+'r;'"* "Ïffi ,"rire'ùþÈú¡Åfrl.,r.i


ûü6dB;íõiij| 1r,:!
ffi 1i
:
F.:
;-'.
.' +
. _ .r;::,'-
iqj,¿oi
¡ i.l,b.8f I {¡'id*
ll.,.¿.::..",'""i.,':lentDo:
-.T,:-
lJq.:' ll,iliil'. Ì. t,l , i.îÆ$ÊÞ.)iq#fr ítiÝtÈ,3iË!È8pffi
e i

i,tffi- iffi¡"ÆffiË":,i,,Þ"i $-#ffi ftffi ffi#f*üjfiîS.ïf,.i$iffiTÆ ;¡ïÈds¡;fr


i(d;i5!¡; oiå-r .
:.:',.
-r
rffi ..;;
$ë$eE$

ffiffiffi
f ,ïts i¡ç"Þiffi âi¿Ào;lãEr;ús ;"ld,í"ìi I s i.r
. ;ï$Ðfl :r,:ïqi:.,l'-1'l i#Ìffiìiffi,HÉ.ffi#{'årffiW.lî
#ffi#mffiS$i'lli¡ii trsffiffi ffi'ffi*.ffi,{,ffffiffiw..$J ,¡'pr-cq_+¡l

ffiffiffifl.ft-fftffi ffiffi " - H¡åT.gt$ fffiÆffiË ffiffiffiipi{fj


ffiiffiËÞgrii*ì,$
iÿr..t'lì$iil.HÞ-ill!
;,.,!,g5inìþii åTi,l$Tù.qf.BìÈ.triffiÉ{
''"' t:ìs;¿,tüÊ.*i;,:hE T

ffiiñ-ffiffiË&ffi1
ffi ffi {5,t$,n-ffiffi,*ffi.Æ#,i#iBË*'Æffffi
ffi H'Så:.ìÍ,,ì ir. .ii
à**Èff#q!.::ì -: t
:.,:¡I ]ì*¿ ..':¡,,
9;dd ¡doì't¡ro,i¡pi
i$ffiilå,É$:Tà1ï'*3iììT.f r"¡.#.{ii1fr å.Ètffi :*.qi.S

ffi_ffi ffi.{'t¡lìrÏui,lÌiffil*4i#ffif tr'*if$i


Dessà comparação, poderão ocorrer cinco s¡tuaçóes distintas
"t.$*il

ffi ,Wåffiffiffi Adoção do custo do Sinapi, quândo for infer¡or åo custo orçado: Trâta-se d¿ regral geral
inrculpida nar recentes Leis de Diretrizes Orçamentárias. Se a composição do S¡napi for tec-
ffiffiffi,ÿåW#ffifi.,È&ÞËffiffiWÆ ffi ,þåliä;å,T,iilÝiËtÞ,ä,ü
ffiffiffiffiffi
n¡camente compÂtfvel com o serviço espec¡ficado, recoûìenda-se a adoção do Sinâpi (omo
custo pâradigma parâ adequação do orçamento às d¡spos¡çôes das Lei5 de Diretrizes Orça-

ffiffi$$'{Éll$,w$ffiffiffi mentárias.

ffiËffiffiffi#,#æ ffi þ"ffi,$,ìHåI!,;itäi¡i, t,€Weffiffiffi Adoção do custo or¡9inâlmente orçâdo, megmo quando o custo do Sinapi for ¡nferior ao
vâlor orçado: Nesse caso, a tDO exige que o orçamentista produza um relatório técnico ciÊ
ffi Lffi?W#$effii¡ llä#i ïî.É!'i¡ì F,m åËii.ffiääFliT¡r,ii:!.i:li&-üJ,*.'-Ëfräffi cunståñciado just¡fiaando a inâdequèção do Sinapi ao serviço em questão, f¿zendo, sempre
que possível, um ajuste na composjção do S¡napi parâ adequáJâ ão serviço orçado.
ffiåffi þ"Í;$r:..{-{,å#Æ Ëär,rffi ffiäìliÈä #.!$,#
Adoção do custo originalmente orçado quando for inferior ao Sinapi: Se o (usto orç¿do não

ffiffiffi'H$*,.,rëff ffiffiffiærï}ffirl}jiH for inexequível e estiver tecnicamente embasâdo, em face do pr¡ncípjo constitucional da eco-
nomicidade, deveseradotado em 5ubtituição ao Sinâpi. Ressalta,se que o Sinâpiconst¡tui um
lim¡te legalde preços máximos estabelecidos pe¡â legislâção. Assim, em muitos <asos os preços
orçados podem ficâr âbaixo do Siôâpi.

3s8.. 359
Orçãóento e Cohlrole de Preços de Obras Públ preçosedosi
.:ititl..,i iï:::rifr.l:::T:Ïj::l:T:::r:.,:::iaisde api

Adoção do Sinapi, quando o custo do orçamento original for inferior âo Sinâpi: Hipótese também não ¿onta com umtopógrafo na equ;pe e não utir¡za oteodor¡to eretrônico dig¡tèr. porsuâ vez,
âplicável no caso de se en(ontrar alguma falha no orçamento or¡ginal que torne o preço or- â composição do Sinapi prevê a real¡zação de serviços de escritórìo.
çado indevidâmente baixo, Nesse caso, apesar de o 5inâpi apresentâr costo superior. ê com-
É d¡gno de nota que há uma apârente inconsistênciâ no custo horário do aux¡riar de topografia ña
posição ¿presentãda no referido sistema é tecn¡camente mais aderente ao serv¡ço orçado. com-
posição do 5in¿p¡, pois o seu sãlário (com encàrgos de 124,33%) representa apenas Rg 7.10,60.
Sem en_
Item não encontrado no Sinapi: Nesse caso, mantém-se o orçamento original ou pesqu¡sa-se cargos, o salário mensâ¡ desse p.ofissional é de Rg 316,76. ou seja. é um valor inferior ao salário mínirno.
um novo vâlor do seryiço junto a outras fontes de preços referenciâi5, vâlendo-se, inclusive, Di¿nte do exposto, julgou-se ma¡s adequadã a composição elaborada pelo órgão lic¡Ìante. O resultado
de (otações junto a fornecedores. final da comparação corn o 5¡napié apresentado nâ tàbefâ seguinte.

Tâbela 144 - Orçamento após o processo de cohparação aom o Sinapi


Em qualquer caso, â composição do Sinapi só poderá ser âdotâdâ sem âjustes se for plenamente compâ-
tível com as erpecificàçôes técnicas dor lerviços.
ffi EKÑffiWq8IK @ffi
ffiæEEE @f,
wwwæ
Parê ilustràr como se dá o processo de compâraçâo entre as compos¡çóes do Sinapi e do orçamento, uti-
liza+e a análise feita para o serviço "Locèção e nivelamerìto de rede coletora de esgoto, com elaboração
de nota dè serv¡ços e levantamento normðis":
W I_r BiFi.åo de obn en d'ôd.' úmpÊnúJ¡ EJinddâ nn
mwffi
l:i$i::ff lü!$ä,iriirffi
¡O
i (rbùlú¡d de f¡bþ.ìnútr
tii;$å.ài€ . inun r;
A compos¡ção do orçamento elaborado pelo órgão é a seguinte: ,. . fihejmeiroeiNtdlac¿o dc Dt¿@ dcobrd cd Lh¿od
i:Ìrijl inil$ äll¡iæ ;tiiffi ${ffiü
labela 142 - Compos¡ção do serviço "Lo(ação e n¡velamento de rede coletora de esgoto" w
w@
'_ gdìÿàniâdo c Brrûiur¡ Co Did€nd

wwM@
MMEN¡üE @
86ffi
iiÌÈ.i{.i

, , øoç;i,'" nili tun"nro a€ ;e¿Ê @htom dr sgorq úm rtàb;.¡fão l


Desc¡¡ção unidade coelicienle custo un¡tário Parc¡al iiäd ;tilil.'i,!
wwww
re noø oc ewrçor c rN¡nlamsto norDàir
flii:itl,.r.4J ffiE-q,tr fffi-.ri,t
Auxiliar de Topografia 0,04 7,13 0,29 ffi R@m
Topógrâlo
Nrÿelador
0,02
0,02
1?,68

9,09
0,35
0,18 w
t!.lillliliiiÈ.'iì{AlôÈä.iì+:-d;.Èi-îi;:'Ìi:',",'!,i,ìr;

þ,1:,t:l:.r :-r.¡i.!i,!.lii. û,ìf,".1i1¡¡Èr,¿ê2.0,'tùs,.


i::ì:..1,r:r:lrj:ì:T ìil
WWMre@
i.¡¡:ìrärlf iìi:i'.;¡Ì-'i,rûä,*ì tiii,¡ìiäg"F:*

¿ù pr¡ùi!:,,:;,::,,l:.:l:ìriti¡üìl:;ì.iil1.ìïi.i,!.:;il:l:;tþi.?.Li¡iÌÊiîÌ¡-Ì.¡.ijiìf.?;:í;t
fÀEfd.ftÌ

í:tÀ
Kombi, a gasoJina, TS HP 0,01 48,15 0,48
leodolilo eletrónico dìgital h 0,02 2,40 0,05
¡Þrr'f
ffi
i,lìi¡$#..ìlì¡.ai:"'dìtãfù:ËiÞ.ú¡;.Èl:à¡¿ob

i;¡¡t*'tttitttt
¡ O,8O r 1,00

w @wwwqm
rllì.:ìrriii iriì:äl,r,t¡ i:liii'a-.¿':,i!"i.dl fìì,.:-lìi¿r.ìr.i4 tii"{*iåfr_:fl !.j-riilÿi1t¿ii,?q

w
Nivela faser (precisãor 0,2 mm¡m) h 0,02 3,56 0,07 tïi :::,ì ãiÈi;¡¡;iì¿;;li¿Gi
É¡.È-é. d¡'ü¡.'iÈ¡,ì ii::Ë.i¡ ill.llìÌi-¿¡iil äti,rli!:iì, fJ iÌr;äiF.ð-;i¡j fi,l.lj¡i.þr!;¡t
Custo unitárloTotal 1,42
wffiñ8ñffiEñlmffi
d6ii¿üi¿.ed;¡ø;ù.:;r:iln:rrì.,r.:tz.çi¡;¡i:iir:,ì,?lljl.:,¡::i¿á-ti¡i.ilr!''''6i¡!:,
ãlcrjal d€ priúú¡ @teÀoriô, pþrú:
Po. outro lado, a composição referencial do Sinâpi parâ esse serviço é a seguinte: D¡ 2,35¿33j
.. 20,09 . ,2{,0s . zmOet3

Tabela 143 - Composição do serv¡ço "Levantamento de seção transversãl com nlvel" do Sinapi. ?" iiiì:$ ii:i,
ì iìit¡¡'

Oescriçáo uDidade coeficienle cuslo un¡tár¡o Pârc¡el


h'' , r¡ç4¡.9!9s¡pä+i¡9 û,alr!e' d-o.tuirdode vrtðs. !:t rr,.tr"::.i¡ ;u"i¡_ìceir¡i iiiìi.Ñràlì,ì:ìì;ììíiä.þiJ ¡ltiÈ.a¡.ii¿e:
:+ ro,dâçto, 5€¡ (anrqrq do
Auxiliar de Topografia h 0,032 2,23 0,10
r¡Ìrì¡4¿:;àÈ
iì4,i ?iti1Èfi {,ìl:.i¡di?i !i:i-ìì& llÍj¡ti,liÊ
Auriliar de Cálculo Topográlico h 0,004 4,99 0,02 ¿ ùi.¿i¡¡ iùì¡j;ÞÈ¿ó;È¡; d" -.¡,o I :'i.!.:iaìii Í.iìÌ.Ì:i¡. dt: ii::iltlìii3_¡:r'''r,{i6iì,irí;ilr
Seryente h 0,048 6,17 0,30 "êi¿r,¡òìá;iì; I c,r'Eci¿l, qceto roihã cm c¿,iriihão

Nivelâdor h 0,0r6 4,41 0,07


lÉ¡epô'te Dec¡ni.ò de Ðar€¡l;t j g'anct cD camiñhào Bas;ránrê :r
;i:r¡,'.'.låiu...:
j,:ii¿¡.tì: ìii:.,.:'¡Ð
i;ìliff ;:ii#¡.ft: !
ù'.þ.,!:
Desenhisla Delalhisla
NívelWild NA-Z
h

h
0,004
0,016
9,41

1,25
0,03

0,02 Ènlo.de valaq rom prð¡óò6 oct¡li.os


ffiEMwww I :,:Ì¡ir-ilili,í!.j Ë.it1liHâälåj
!

: . ;i.:::, r,i'.ziiìù.,p'î iltî¡t!ÉÌ
Custo Un¡lár¡oTolal 0,54
limq¡to dc iàlû5 Þor bôDtre¡ñcnro lb.nba de J¡6 fip)
wwgww@&
'rì, ¡r.;,r. : ir,ì;ô¡Ì,,rî:,r':,,::!;tz:
::,::ì.':¡i.;¡t lì1ì¡¡iiì¡:r,þìi.ì

t:rjiiiìi,ifi;i.,lilll.iìälâil
Vê-se, ass¡m, que os serviços não são compôráveis. O orçamento elaborado pelo órqão l¡citante
@ t \L¡ dc dFjd æm fonqjtuto ¡to ndtcjdl bd¡rporle e tdn@molo
wMWW@
: :' t ,Dt.'i: r
2t?¿.t i::.. :id12q ;::j.:l:ìj!ìt;iâ::;í:i¡jtii'¿îðàj
a ut¡lização de um veículo para apoio da equipe de topografiã, enquanto o S¡nãpi não prevê tål c

Apenas o veículo represent¿ um custo de quâse 100% do previsto pelo Sinap¡. A composição do

360 i6:I
O.çameñlo eConirolede P¡eços de ObBs Públìcâs ítulo l4: Apresenlação dos Principais Sisteñas Reterenci¿isde preços e do Snìãpi

E KETEÐ@ por fim, devem.se considerar no orçåmentotodas ar parcelal que compõem o preço dâ obra que não
são

ffi #,ffiffiffiffiffir¡ contemplad¿s pelàs composiçòes do 5¡napi:

ffi W *''.W"qffiWffiffi$ìþ
ffiffiLffiffiffiffiffiffi-lirii:
E EEEEE
ÐDldo construtor;
Mobilização e desmobilização;

:." ,ìU;.Sìlftl*ffi4f t#Såd ?Ý*:, lnstalação do Canteiro de Obrâ;


E EIEEæ Administração Local dã Obra;

ffi
I ffiffiffiffiffi,*;
EEEEE
Equ¡pamentos de proteção indiv¡dual;

Ferrâmentâs;

ffi w%ffiffiffiffiffiffi{¿iì: Alimentação e Trangporte (conforme o caso, poir em alguns Estador o Sinapi incluitais cuÿ

ffi wfffiffiffiffiffiffiÌ;'ii tot nos encargos sociaìs);

ffi ffittrffiffiffiffiffifüÉ Custos com horas extras ou adicion¿l nolurno em obras executadôs em mais de um
trabalho;
turno de

ffi
il @TIIETEd
ffiffiffiffið Fretes e transportes de insumog eñ obras executadas em loc¿is afastados dos centrot urbanos;
Custos com equipamentos de proteção (oletiva (bandejãs, siñalização, extintores, guôrda-

ffi¡ËWffiffiffiffiffiffiftiP]
tt ¡TIIE@
-corpos etc.) e h¡giene e seguran(a do tr¿bâlho;

Custos com mãnutenção do cånteiro de obras (água, luz, telefone, m¿ter¡âl de con5umo.

ffiffiffiffiffiffiffi*ll¡
EIEEEE
equipamentos necessários para operâção das Ínstalâçôes indü9tr¡ait;
Custor com â mão de obra não conriderados nos salários e encàrgos soc¡air, mas obrigatór¡os

ffi wffisffi ffi por força de convenções colet¡vas de trâbalho, imposiçöes (ontratuais ou legais (seleção.
fiffi ffi
w
fr ffirä{w-q¡.iË,td;jj
recrutâmento. exames admissiona¡s. per¡ódicos e dem¡ss¡onâis, treinamento, seguro de vida
em grupo, planos de saúde. cestas básicas etc.).

Observ¿ se que a adequaçáo do orçamento ao 5¡nap¡ resultou nà redução do valor global do orçamento
de Rt 4.170.330,62 para R$ 3.468.304,85.
A penúltima etapa dâ adequação do orçãmento ao Sinap¡ corresponde ao ajuste do preço dos insumos
14.9.2 Seglndo Método - Elaboração do Orçamento com o Próprio Sinapi
das composiçöes que foram mântidas do orçamento or¡ginal. Por expressa d¡sposição dã LDO, nos casos
em que o SINAPI e o sICRO não oferecerem custos unitários de insumos ou serviços, poderão ser adota-
dos âqueles dìsponíve¡s em tabelà de referência formalmente aprovada por órgão ou entid¿de d¿ Âdmi- Por essa metodo¡ogia, regu¡ndo-se o rote¡ro apresent¿do no capítulo jO, a pr¡meira etãpa p¿rà elabora-
nidração pública federal, incorporando-se às comporiçóes de custos dessâs tabelas. sempre que possível, ot ção do orçamento é a anál¡se dos projetos, seguida pelâ l¡stâgem dos serviços e do cálculo dos respectivos
custos de ¡nsumos constantes do SINAPI e do SICRO. Dessâ forma. recomendâ-se ut¡lizar o preço dos ingumos quantitativos. A tabela a seguir apresenta o refer¡do procedimento executâdo parâ o mesmo orçamento
praticados pelo Sinèp¡ sempre que o ¡nsumo tiver sido orçado pelo órgão por pre(o super¡or ao do sinåpi da obra de saneamento tomada como exemplo.
Também é necessário ajustar o percentual de encargot rociais utilizàdo no orçaûento aos vàlores
t¡cãdos peìo sin¿pi.

I
362 363....................... I
I
I
--. --i-_-l
O¡çamenloeCoôl¡oledePreçosdeObrasPúblicâs
Capítulo14i^p¡esentaçâodosPrincipâis5isremãsReferenciais.lepreçosedosinapi

Tabela 145 - Plan¡lha com os seruiços e quantitativor calculados.


tW IEE¡T
ffiWWW
IIM ffi|ffi@
Wwg @t
E ffi ffiWWW
E
ffi {$.,o'a"o- co .napa orp€neda ß¡nãda r0 rn .!n .ôhlrora {te fibNj-
MMWKK E W
W Wffiffiffi
ffiffiffiffi
F¡1åñsj

ffi
È&i¡È
¿lr¡¡nqÉp€furð
-{ rþ--r*r."
"t lqp fiade¡¡¿
l"r"tJção¡le ptdø d€obr¿ em.h¡p¡de¿!oE¿hdniù,toe 6hu
i
a
ffi IEEE
ffiffiffiw
TI KW@ G I
E
mffit T üþrã"
www æ ffi IITI
ffiffiffiffi
" "i*r"D"¡ro
Èë&b f _'iti!5 c hÿ¿nt¡ñùüo Dom¿ir
de rcdc .reror¿ dÊ €seôlo con cl¡borðcåo dD ¡or¡ dè e i. : :

',01ift.,,,$ffir. { IEEE
&ðww
t!. i: i:

E E ffi $frffiffiffiffiffi
ffii.'$ùìiùp*
E i$;!,." liì ;r rii
w&wwæK @ Jrì
oo:sorr{i.-!:

ffi,fi .fr jt. O passo seguinte consiste em extrair um relatório de serviços anèlft¡co do S¡napi, informando o vin(ulo
ai."a"r'".6ÿat da2po x va n,
m-i: ì ffi;did dè óad"i'ô p¡; p€d6r¡c dc ¿00 Ì 0,00 x r,0o m
'f ¡ir so.sojlli-.i
"Sin¿pi- Referenc¡a|", para a mesm¿ datâ-base do orç¿mento e UF onde se local¡za a obra. Deve-se,
E @reffi65
:. l'
'T então preencher ot custos unitár¡os e os custog totais dos serv¡ço5 com correspondentes encontrados no
relatório do Sinapi. Deve-se sempre de¡xar registrado o código da composição ut¡lizada como referênciâ,
fðffi:..ÈË^Wô¡';ã;.-*r dê iaeio crmcnirdo. ¡ndusive b¿* de
'* s.s:o.lr il*" j
I! ßKWSFgæt A 1âbela obtida é semelhante à tãbelâ 140.
mmÝl H¡ý¡çà";c.$r-¡à sro €D jðr¿â, r¡.r6ive
!ì' : u.ozr,rrj lliirr
Obgervê-se que pode surg¡r à necessidade de d¡versas ad¿ptaçóes no orçamento ou nàs composiçöes
ffij..,{ ffi"¡5¡9 ¡-*r ae yatas Datc¡tôr d€ primc¡¡¿ Òreso¡ia, prcfûñdjdadc alé t,so n ;
utilizadag como referêñcia:
- dê vârù. natedar dê pnnej. øresot4 proru¡djda.rô ¿ré rro
ffi$..,{ffi;l"!..*'
..."1'o de Ýarãr ¡natc¡iãt d¿ ptmcira @te8oriE pþtundid a""r:,so,i¡i;, .-íffi;
ffi;¡..f ffi-r"i 1i: '.*,."iji;j:
Compat¡b¡lizaçâo entre as un¡dãdes de med¡da do orçamento utiliz¿do e a composição re-
ffm; r lì ;ùi,a.1ação ñanu¿r dô tundo ferenc¡a¡ do Sinapi, por exemplo, no serv¡ço "lapume de madeirâ móvel de 2,OO x 1,20 m,
fÈi.ilô € d¿ ÿ¿'¿5 Ìó.s6r5r;'ti:r.f.' iffi,'.:.
com pintura", cuja unidad€ de medição especif¡c¿dâ era â ,,unidâde,,e o Sinapi adota o
ffiiiffi úhp¡d¿dode ýal côv¿s

Sffi1¡. iffi!p.-ø*t"'.-va'derund¿ção.oDaæ¡¿de@Dìpu
de ¡ùndðção, sem.onrm'c doErau ¿e@mpac-
.r.uro,",.. T*,
42a6ts,:1,1;: t tl¡,]
m2 como un¡dade. Pelo método ènterior, optou-se por âjustar o preço unitário do S¡napi,
multipl¡cando-o por 2 e, poster¡ormente, por t,20. No método atual, optou-se por àlterar o
ffiìffi. 'l Ê,ffi* 'o"'- * 'ard¡ãr en ßerar, ù.ero rochð eh (¡ni¡n¡o ß¿scûranrc quântitat¡vo do serviço para deixâr â unidade de medição do serviço compatível com a utili-
ffi.l¡$..:-t åfili''p"¡" .*¡"r.. de n¡te¡¡ôt a s.ð¡e¡ m cjnrnhão Bðscù,ãnre Jr".ø ir sr:zs,sl ¡i.ir:i zada pelo Sinapi.
E WEffiWWW,'i:::.i
:iÞ:i:

Dois ou mais serviços no orçamento elaborado podem corresponder a um único serviço no


mi&l: ffi,ei"qir.
'r .z¡.,rs.oz, i.l;i i.,tÿ,grl
.l d" ú"r"s .;m i'6nçhõ6 ñcúri@s ä: ji.
E EffIEffiFW6 5¡nâp¡. Por exemplo, o serviço "fornecimento e armação em âço CA,sO,, pode se apresentar
desmembrado em dois serviços no orç¿mento e¡aborâdo: ,,fornec¡mento de aço CA-50,, e
mm::.:llffiìjt¡.";þ d!;h. Tjj t, üi. s.s+s.+¡ Ë.ii.:' : 'Ë.-+:jr r: i
po, b;bù;enro der; Hr)

&¡w&ruæ¡
Þombð

E jtïji'l ri
"armação em aço CA-50, exclus¡ve o lornec¡mento de ãço,'. Tais situações ocorrem porque
o plãno de contas util¡zado no orçamento difere do ut¡ljzado peÌo Sinapi. Recomenda,se,
mm:rim;ìiìrêi,*,i;. rom;ùsrodo na,siàL h' i:l' ?176 i

E@ /.${,r,.p" a"p"r"
9!
@ffiT¡ffiW@
'i1\1ir. ,
ass¡m, que o plano de contas e as respect¡vas unidades de medição jejam o ma¡s próximo
posilvel dos util¡zâdos no 5inàpi.
ffi)
{!{Tiùi ;þ!€ d,ámerrc 200 mm
deÿ¡ir¡ {pr4 decon@ro arm¿dodp r,ro ¡ rJo ¡ ¿00 m. par¿ rii,,, 4too.ì1.:ì1. slìt
slJ¡,rr

As espec¡ficâçöes lécnic¿s de ôlguns serv¡ços exigem proced¡mentos execut¡vos, especifica-


ffi,,ff¡*rl* poço ¡le vis'ra eU dc @nÕèlô anado de tJo x tJ() x 2,0rj ,i.]

iÌ.:I çöe5 ou qualidade de insumos diferenciados em relação ao S¡napi, É o caso do serv¡ço "Exe-

ffi
T @
dr po(ô dc!kilâ tPt4 de rônælo¿mâdo d¡ t,lo r t,jo \ 2,00 :j'

WffiIW@
,;. re oo
il.'ì'
;ilär
i:ù.
cução de pavimentação, passeio em concreto F.k >13,5 Mpa, espessura 5.0 cm", em que o
5inapi àpresenta a (omposição pàra uma câlçôda <om 7,0 cm de espessura, Nesse caso. reco-
mendâ-te procederâ um ajuste (aproxirnado) n¿ compos¡ção do Sinapi, d¡v¡dindo o vâlor do
mts:l ffiilu'"nø a"ø.6oa"r"* n naiao r n r:,
I :.t¡: .
wwtsw
roo

E W
ì4r,oo iiiÿrì ,,.
custo unitário por 7 e multjpl¡cando-o, em segu¡da, por 5.

-*,t".*r. dc .ði¡ô de rnspêção (c¡t tiro 3, diåmptro o,ao r


@
"li;"o.*ø
ltltôm ¿dudJt" de.oncreto si mpl6, ¡úoc r¡mÈ {MDtampã ¿ tu¡doem ,ttf
ffif. 46,00 .

364 ....365..
o¡çÂmenþ e coûtrole de Preços de obra5 Pública5

De forma ânálogâ ao procedido no método anterior, há uma importante etapa de verificar aderência
de cada uma dar composiçôes rele(ìonadas do Sinapi com as espec¡ficâções técn¡câs, com os critérios de
medição e pagâmento e corn ê realidade executiva da obra. Espera-se detedâr nessa etapa algumas
inadequações das composições selec¡onadas do Sìnap¡ parà serem utilizadas na orçamentação da obrà.
Por exemplo, ä composição "Levðntamento de seção trânsversal com nfvel" obtida no Sinap¡ mostrou-se
¡nadequada para orçar o serv¡ço '¡Locação e nivelamento de rede coletora de esgoto" do orçanento a
ser elaborado, pois não contém o custo com o veí(ulo Kombi ou o custo com o topógrafo. Trata-se, sem
dúvidâ, da etapâ mais trabalhosa e que ex¡ge maio¡ conhecimento técñico do orçamentistâ.
Sistema de Custos Rodoviários
O penúlt¡mo passo cons¡ste em elêborar as (omposições de custo un¡tár¡o dos serviços que não estão
contemplados pelo Sinap¡. Nesses serviços, sempre que posrível deve-se utilízar or en(argos so(i¿¡s e o
<urto uñitárìo dos insumos do Sinapi. Novameñte, ressâltã-se a necesgidâde da iñclusão no orçômento de O que é e como funciona o Sícro?
todas as parcelas de custo que não se encontram contempladas nas composições referenciais do Sinapi
Quais relatórios e informações podem ser obtidos no sistemal
(mobilização, canteiro, administração locâ1, ferrâmentas etc.).
Quâl é a importância do Sicro para a Auditoriâ de Obras?
O orçamento esta rá pronto após a est¡mâtiva de um BDI referencial e de sua ¡ncidência sobre os valores orçados.
Como efetuar adaptações nas composições de custo do Sicro?

A utifização do Sinapi na âuditori¿ de obras foi o princ¡paf assunto do


capítulo anter¡o¿ Nerte tópico, âpresenta-se o Sicro, outro importante
sistem¿ refereñcial de preços da âdm¡nistração pública.

A ¡mportánci¿ do s¡cro, p¿ra a orçamentação ou pa.a a auditor¡â de


obras, ultrapassa sua utilizâção âpenas na ànálije de obrâs rodoviárìas, aí
incluídãs as obras de construção, rertaurâção, conservação ou duplicação :l
de rodovías, bem como a execução de obr¿r de arte especiais. O Sicro tor- '¡

nou-se referência ofic¡al de preços de obra5 rodov¡ári¿s executadas com


recursos tederô¡s ¿ pârt¡r da publ¡cação da Lei de Diretrizes Orçamentáriâ
do exercício de 2010.

Além disso, o sistemâ também se mostra umâ ferramentâ útilpara analisar


preçog de algumas parcelâs de obras com gràndes volumes de terraplanà-
gem, ð exemplo de barragens e canais. Tâmbém pode ser utílizado como
parâmetro de preços para obras ferrov¡árias ou de infraestrutura
urbana.
Ofato é que a conrtrução metodológicè do Si(ro é extremaftente flexível
e permite fazer as mê¡sdiversas adaptâções n¿s composições de (usto un¡-
tário para âdequar o uso do sistemà às mâ¡s diversâs situações possíveis.
O Tribunal de Contar da União já reconheceu a util¡zação do sjcro
como
paråñetro de preços de diversos outros tipos de obras em que iìr
foram exe-
cutados expressivos volumes de terràplânagem, por
exemplo, no Acórdão :!
642/2009-plenário, o Tribunàl entendeu que:

"A utílização do SICROpara referenciðr preços un¡tátíos de se?


I
viços de terîaplenãgem em obãs que envolvam vultosa movì-
mentação de terra, com adoção dos ct¡térios e métodot cons-
tantes no Maûual de Cùstot Rodovitát¡os do DNtl, ainda que não
se trcte de obra rcdov¡¡iia, é adequado parâ foñação de juizo
necest¡it¡o pêra prol¿ção de ñed¡da câutelaL"

366
orçamenroe conrrole de Preçôs de obfâs pútrticas
c¡pílulo15; Sisremas de c!srô5 Rodoviár¡os

15.1 Histórico do Sicro 15.2 Como o Sicro Funciona?

A def¡nição de parâmetros de referência para 05 custos de licitaçôes em obr¿s rodoviáriâs era uma pre-
Para defini(ão dos custos unitár¡os de serviços apontados no sicro-2, são realizàdas pesquisas
ocupação constante do ant¡go Departamento Nacion¿l de Estrãdâs de Rodagem _ DNER (atual Dnit). de preços
de materiêis e equipamentos e de remuneração da mão de obrã no setor de construção rodoviárið. Em
Detde à décêda de 50, o DNER já adotôva uma Tâbela ceral de preços de modo a balizar os preços pra_
vár¡os estados do país, é rearizada pesqu¡sa locar que refrete de forma rnãis precisa os custo, de mercado
ticâdos no setor rodoviár¡o federal.
praticàdos; as praças em que há pesquisã local são: Rio de Jane¡ro, Mânaus, Berém, Fort¿lezâ.
Natâ1, roão
Na década de 70, aquele Depârtamento passou a estimâros custos,nitários por meio de composições
de Pessoa, Recife, Salvado¡; Belo Horizonte, São paulo, Curit¡ba, porto Alegre, Florianópolis, Goiánia e Cam_
serviços, aprimoaando assim o referenciàl de preços das l¡citações e serv¡ndo de orientâção também pârâ po Grande. Nos estados em que não há pesquisa local, é considerado o preço regional.
a defin¡ção do orçamento de obras portodo o setor rodoviário nacional. Em 1992, fo¡ lançado o Sicro_1,
os custos de mão de obra são car(urados pâra um trâbarho desenvorvido em horas normåis, desconsíde-
que passou a apresentar ês composições de custos unitários para os setores de consttução, conservàção
e rando-se as horâs extrêord¡nár¡as e o trabalho noturno, sendo incorporados tãmbém os encarqos soc¡a¡s
sinâ¡izàção rodoviár¡as, além do referenc¡¿l de custo de materiais, mão de obr¿ e equ¡pamento, empre-
devidos em virtude de lei
gados em (ada um desses grupos de serviços. vale ressaltar que, em vìrtude da sensibilidade
do custo das
obras em relação à loca¡izâção geográficâ - inclu¡ndo'se àí âs condições naturâis, so(iêis, econômicàs os custos horários d09 equipamentos podem ser constituídos por equipamentos tr¿bâlhando em condi-
e
logistic¿s de cadâ região -etomando-se por bâse a abrângênc¡a de atuàção do Dnit em todo o território ções leves, médias ou pesadas; nas composições de serviços predefinidas no sicro-2 sâo adotèdas as con-
nacional. o Sìcro-1 já apresentava (omposições de custos diferenciadas em função de cada região do país. dlçôes médias. A vida útil dos equipamentos é obtida por meio de pesquisa junto a fabricântes, usuários
e publicações especializ¿das; os custos de manutenção tãmbém são retirados de pubricações erpeciàriza-
com o âdvento do Plâno Real e da consequente estab¡lização monetária, mostrou-se necessária uma dàs; o custo de depreciação é calculâdo pelo critér¡o d¿ linhâ ret¿. o valor residual dos equipamentos,
revisão do Manual de Composição de Custos Rodovìários, vigente desde 1g72, de î,odo d contemplar porsua vez, éãferido pormeio de pesquisa de mercado de máquinas usadas nas praças do Rio
o novo comportamento do5 construtores com reflexo na formação dos curtos de suâs ativid¿des, bem deJaneiro
e de são Pâulo o custo horário final é composto por parceras de custo operat¡vo e (usto improdut¡vo.
como as evoluções tecno¡ógi<as e âs ¡mpl¡cações quanto à produtividade dos equipamentos. Nesse con-
texto, foi implantado o sicro-2 no ãno de 2000, contendo âs composições de custos unitários para o setor os custos un¡tários de referêncià de obrôs e serv¡ços engrobam a produção das equipes mecånicas e os
de restàuraçâo rodoviá¡¡a, arém dos setores de construçào, conservàção e sin¿lizâção já vigentes custos un¡tários das at¡v¡dâdes auxiliares, entend¡das como os trabalhos com menor nível de comp¡exida-
desde o
Sicro-1, com o referenciâlde custo de mâteriais, mão de obra e equipâmentos empregâdos em de passíveis de serem quantificêdos. A produção das equipes me(ânicas é obtidâ por meio de pejquisa
cada um
desses grupos de serviços. A publicação do novo manual, entretãnto, ocorreu gomente em 2003, quando de produtividade junto a fabricantes e usuár¡os; par¿ equípamentos novos, a produtividâde é afer¡da
em
o sistema já estava em utilizaçâo. pesquiras de campo. o cugto de trãnsporte é (alaulado pela muhipficâção dos
três farores: custo unitár¡o
da toñelada x quilômetro, d¡stânc¡a médía de trânspo¡te e peso trànsportado.
/qtualmente, as composições de (ustos un¡tários do sicro-2 são disponibil¡zadas no sltio do Dnìt na ¡nter-
net pâra 23 unidades dâ federação, com atuâlização bimestrà¡ de preços. O Manual de Custos Rodoviá, A pãrtir dos custos âc¡ma descritos, são forr¡adas ãs taberas de custos unitár¡os de refe¡ência pâra os
rios também está d¡sponível na internet, sendo gratuito a todos os interessados o acesso a esse norñãti, serviços de construção, conservàção, sinalização e restaurâção rodoviárias. Nessas tabelas,
são âpresen-
vo e às composições de custos unitários, tados os custos diretos e o LDI p¿ra cad¿ um dos serv¡ços discriminados, Apresenta_se a seguir alguns
paråmetros adotâdos pelo Sicro.
No cenário atual, o S¡cro-2 const¡tu¡ a referênc¡a of¡c¡al para a elãboração do orçamento de licitaçöej do
setor rodoviário federâ1. o rcu já se mani?estor, divers¿s vezes no seniido de qr.re o sicro-2 deve ser uti-
lizado como parâmetro para a fixâção dos preços unitários em rícitaçôês de obras rodoviárias, 15.2-.1 Custo de Aquisição dos Equipamenfos
conforme
os Acórdão5 517Æ003, 1.45512003, 1.564t2003, 1.923t2004 e 2.0A4/2004. todo5 do pfeôä o.
As últimas Le¡s de D¡retrizes orçamentárìãs trouxeram disposiçóes tornando o sicro-2 ¡eferência oficial O ctisto de aquisição de equipamentos corresponde ao menor valor pesquisôdo nè região. É um parâ-
de preços pâra obrâs rodoviárias executadal com recursos federais, rhetro rnuito importante, po¡s é a bâse para o cálculo dâs pârcelas de deprec¡açâo e de manutenção no
Atualmente o Dñit está impl¿ntando um novo sistema de custog desenvolvido em conjunto com o Exérci- custo horário dos equipamenlos. Sicro considera o método linear parâ os custos de deprec¡ação, com
to Brasileiro. o novo s¡stema, denom¡nado sicro-3 - sistema de custos Referenciais de obras, no sentido v¿lor residuàl entre 5o¿ e 20% de (usto de àquiriçåo.
de ôperfeiço¿r o gerenciàmento de custos de infraestrutura em todo o território nacional, abrangerá
não só o modal rodov¡ário, como também o ferrovjário e o aquaviár¡o.

368 369.
O¡câñeÒloeControledePreçosdeOb¡asPúbìicãs Càpílulo t5: Sistcmâsde Cuslos Rodoviários

!S,?,? Cq{o tloJ4tjS Produtivo e lmprodutivo dos Equipamentos 15.2.5 Relalórios do Sicro-2

O custo horário operãtivo dos equipâmentog é composto pelos custos de propriedade (depreciação, segu- A cada do¡s meses são disponibilizados os segu¡ntes relatóríos pelo Sicro,2
ros e impostos), custos de manútenção (reparos em geral, materiaf rodante e pneut partes de desgaste) e
custosde operação (combustível, filtros e lubrif¡cantes, mão de obrâ de operação). Pâra o cálculo dã depre.
c¡âção, são utilizâdos os conceitosdevidã útile valor residualdo equipâmento, além do custo de aquirição. lnformat¡vo
o Sicro-2 considera que o custo de opoÍtunidade de capìtal é remunerãdo pelo BDl, assim nâo cons¡dera Resumo dos Preços Unitários
essa parcela no (álculo do custo horário dos equ¡pâmentos. Composições de Preços Unitários
O (usto horár¡o improdutivo é igual ao custo horár¡o da mão de obra do operador, Não se (onsideram Preços lJnitários de Equipâmentor e Peças de Repos¡ção
os outros custo5, pois se admite que estet ocorrâm somente ao longo da vidâ út¡l, expressa em horas
operativas. Preços Unitár¡os de Materiais

Custos de Mão de obrà.

15.2.3 Custo dos Materiais

Dìferente do Sinapi, que se utíliza da med¡ana dos preços pesquisados, o Sicro-2 adotå como custo o 15.3 Obtenção de Preços de Escavação, Carga e Transporte
menor vålor pesquisado na região.
O custo dos insumos asfálticos é obtido a part¡r de pesqu¡sas realizadas pela Agência Nâc¡onal do Pe- O Sicro-2 informa preços de transporte de terrâ até 5 km para materi¿is de 1, e 2. categorias e até
tróleo, Gás Naturâl e Biocombustíveis juntoàs d¡stribuidorai de asfalto (pode ser consultâdo no link: 1.200 metros para materiais de 3'c¿legoria.
http://vttww.anp.gov.br/?pg=18577&m=&tl=&t2=&t3=&t4=&ar=&pt=&cachebust=1268410880843)-
O quefazerquandoà obra em questãot¡ver itens d e trê nsporte de terrà com d¡rtånciar méd¡as detrans-
Os (ustos dos tr¿nsportes de insumos (fábrica - canteiro e cante¡ro - pista) não estão incluídos nas com- porte maiores?
posições do Sicro-2. É. portanto, necessár¡o acrescentá-los à5 composi(ões de custo unitário.

15.2.4 Custo da Mão de Obra l" pâsso - Consultar o Manual do Sicro-2 e famil¡ar¡zar-se com a fórmula de obtenção do núme-
ro de cam¡nhõer e com a ut¡lização operativa e improdutivâ desses equipâ¡nentos.
2" passo - Est¡màr a velocidâde do5 caminhões para dÌstâncias maiores, utilizàndo fórmulês ma-
Corresponde âo maior piso sal¿r¡al da região pesqu¡sâda, resultânte de Convençáo Coletiva de Trâbâlho, ternáticâs de progressão logarítmica.
Para as categorias não contempladas nã5 Convenções Coletiv¿s de Trabalho, deve-se re¿lizar pesquisa
çâlãriãl e âdôtâr vâlôr médiô. 3'pãsso - Efetuâr os cálculos do Manual para âs distáncias requerìdâs e veloc¡dades estimadas,
obtendo um novo número de camiñhöes e novâs ut¡lizações produtivas e improdutivas dos
o Sicro-2 considera um único percentual de en(argos sociais àplicávefem todos os estados da federação
e sobre todas as calegor¡¿s profiss¡onais: 126,30%.
4' passo - Substituir o novo número de caminhões e â novã produtividade na compos¡ção de
Os custos com a mão de obra também incluem os encargos ad¡cion¿¡s, que incidem tobre os salários com preço unitário.
erìcargor das diversar categor¡¿s prof issionais:

lnformaçöes sobre as Composições das Equipes lvlecånicâs:


Equipamento de Proteção lnd¡v¡dual: 1,12%
frcnspotlei 4,79Vo
Tempo de ci(lo: é a soma do tempo fixo, tempo de ida e tempo de retorno.
Al¡menlação: 9,60%
Fâtor de conversão: é a relação entre o volume do material para o qual está iendo calcu¡ãdo
Ferrâmentas Manuais: 5,007o (quando necessário) o custo unitário e o volume do mesmo mater¡al que e5tá sendo mânuseado, Nâ terraplenã-
gem¡ representa a relação entre o volume do corte e o volume do rnateriâlsolto,

370 ...... --.. -.... )71..


O.çnmento c Conlrôlede Preçosde Obras Púbticas

Figura 61 - Comparação ent¡e os volumes de corte, atefio e solo solto no, serviços
de te(aplànagem lâbelâ146-Cál(ulodaproduçãodâequ¡peut¡l¡zadana@mposiçáo250t1OO20doSicro-2.

E
é

^ ^

. Fator de Eficiência: é â relação entre o tempo de produção efetiva


e o tempo de produção nominêj.
Para calcu¡ar o fator de eficiência, devem ser observados os seguintes critérios:;ara
côda hora do tempo
totâl de trabalho, será estiftada a produção efetiva de 50 minutos, para que
sej;m levâdos em consi.
deração os tempos gastos em alterações de serviço ou deslocamentor. pr"p"r"ção
ou máquina parô o
trabalho e suâ mânutenção.

ESPECTf.DESERVTçO:DNtR-
* s
. Fator de Cargâ: é a relação entre a capacidade efetivâ do
equipâmento e sua capac¡dãde nominal. Os
valores adotados encontr¿m,se nås faixâs recomeñdadas pelos
fabricantes e são os seguintes: 214

tmUZAÇÄOIMPRODÚNÿÀ
- lYl¿teri6l dè 16 - lvlateriÊl de 2á - Material de 30
ona 90 Cateqoriai0.S0 ona 70 f\,frlÐNr. oeÞâdamenrôN¿.ion¿r de PnoDUøo DAs EOU PE9MECÁNrCA5
lnf¡àestruluÉ do rñnspot¿s
5tsrtMA OE CUsTO9 nO00VtÁRlOS,SrCnO2

Dessa forma, a maioría das composiçöes de custo unifário


dos serviços de terraplanôgem e p¿vimenta,
ção do s¡cro é fundâmentâda em cálculos de produção das equipes mecân¡câ;omo o quadro
a,eguir
exempl¡fica para o serviço ,,Escavação, carga e transporte de mate¡¡al
de prime¡râ càtegoria _ aom carre,
gadeira - DMl3OO0 â 5000 metros.,:

Veloc¡dade5 Cong¡derãdas no Sicro

Êssa é outrâ questão que merece atencioso exâme. Observe,se que o custo unitário de transporte é
¡nversâmente proporcional à velocidade, portanto, uma pequena var¡ação nâ veloc¡dâde (onsiderãdà
pode significar grande variação no custo dos transportes e, consequentemente, no custo total da obra
(aumentando-se a velocidade de 60 km/h para 65 km/h, tem-se uma redução de 8% no custo do trans-
porte), Por isso, torna-se de extrem¿ relevância a afer¡ção das velocidades adotadâs no cálculo dos custos
de transportes.

372
O¡çèñcntoeConÍoled.preçordÊObrasput,tic¿s
C¡pirulo t5: Sistem¡sdê cu3to5 Rodoÿiárjos

Tabela 147-Veloc¡dades de transporte conrideradas pelo


S¡c¡o.
A equação acimè pode ser escrita na forma
Transportes Locais
Y=aX+b
Elementos conslderados
1:Eaaor de el¡êìêncì a
Em que:

2 xCHO
conÊh9¡ô. csninhão, bô5Élãilo) VxCxE
ñÉdå om Roddã do pâ\immh
assbDEÉo s conrôec¡o .cam bà¡@råib)
néd å ån Rôdovå parin€nbds (co¡stuç¡o -cåñrhãôbâsdrà,þ)
bußc!ô.. coßsmÊo. CHO^ T
câm *sdranb)
me'a sm Rodóri¿ não p¡linãñbd¡ CxE
{cânrihåd bsbnÊ â)
módià6m Rôdo{å primêDt¡d¡
{câñrnhão bsbnriE)
ñ¿d'aeñ Rdô$anãoF\imânbdå(com¡nhÀoG!Ìnd¿ub)
madd sm Rdoüå påÿnôibdå (csnhháo ê!
¡dsub) A pàrcela a.X representa o custo unilár¡o correlpondente ão trânspoate propr¡amente dito e a parcela
"b" representa o cutto un¡tár¡o correspondente ao5 custos de c¿rga, descarga e manobras, Segundo a
metodologia adotôdâ pelo sicro. a parte fixa (parcela "b") é ¡ncluidà diretamente na composição de
custos unitários do servíço a ser realizado - o que 5e obtém com a introdução do (am¡nhão entre os
15.4 Trans porte Local x T¡ans porte Comercial equìpamentos relacionàdos para â execução, e considerando â sua utilização durante o tempo f (tempo
totalde manobra. cãrga e descarga);.iá o austo dotransporte propriamente dito (parcela a.X) é calculado
o manuardo sicro crâssif¡câ as operâções de trânrporte pelo produto dos fatores custo unitár¡o dâ tone¡adâ x quilômetro, fornecido pelâ composição âux¡¡¡ar
em funçâo do tipo.de rhateriar ê ser trânsportâdo
e das distånc¡ãr de des'ocamento em: transporte respect¡va, dirtânciâ média transportadâ e peso trônsportado:
local, transpone comerciat e transporte Oe
betuminosos. materlais

Ìansportes roc¿is são aqueres rearizados no åmbito Custor,"n"poru = â x d(km) x P(t)


da obra para o desrocamento dos m¿teriâis
necessá-
rios à execuçâo das diversàs etapas de serv¡ço. jon produção
tipo de rodovi¿ e d¿ distância percorrida que vão l" irlnrponu o"puna" ao
equip"r"nio
- determinara verociaaoe meJia Jetra¡eto _ e também Para o transporte de terra procedente dos servìços de terraplenagem, o Siaro-2 apresenta compos¡çóes
do tempo de cârga, descârga e mânobras, denominado de custos de Escavação, Carga e Transporte por lipo de material- 13, 2., 3. câtegor¡as e solos moles - e
tempo fixo.
Da mesm¿ forña que nàs outr¿! (omposições por faixa5 de transporte local, atingindo distâncias de âté 5000 metros. Portanto, para esse! serviços nâo
de serviços, iguâlmente parâ os transportes, considera_se
hora de cinquenta m¡nutor, que relôcionã a 5e faz necessária a utilização de composiçóes âuxiliare5.
o teñpo realem que o eqr.ripàmento é
e o tempo total em que estarià disponível (50 uiitiaao para otrabatno
min.feO min. = g,g3¡ g, p"r, or,r"*po.,", ,oa",s, Transportes comerc¡ãis são os relativos ao deslocamento de materiais que vêm de fora dos lim¡tes da
é, ainda. m!¡¡tiplicado por 0,90, que 5upõe perda esse fator
à de 1o% do tempo realmente utiliz¿do no trabalho obra. Dev¡do às longâs distânc¡as de transporte, o valor de "b" (tempo de cêrga, descarga e manobras) é
esperas causâdas por interferênc¡as de outras em
frentes ou equipamentor desprezado, ass¡m como âs interferênciãs de outrêsf¡entes ou equ¡pamentos em terviço na obrâ. Portân-
o'nfruência do
tráfego de terceiros existente no percurso tocur ¿
.onr¡¿"."å" ,,u "ir"r'i.
"" "0..
u"ìåä"0ìiãJi" l"*"0", sencto con_ to. o fâtor de ef¡ciência adotado é de 0,83 (50m¡n/60min), As velocidades adotadãs são de 60 km/h para
sideradâs vetocidâdes variáveis par¿ os serviços rodoviàs pav¡mentadas e de 40 km/h para rodov¡as não pàvimentadâs. A tâbela a seguír apresenta uma
de constrùção, ¿;;;;âção. sendo assim,
parã os transportes locêis, o c¡rsto
unitário em reais por tonålada 1R$lt¡ ¿ à"¿o ^*"r;;;;; Àf"-"*pr"rr¡o,
anál¡se comparativa dos f¿tores que ¡nfluenc¡am o cá¡culo do custo dos transportes comerciâl e locà1,
custo unítário em Rg/t ?'9Ho_ x x +
= c¡9tr
v\uaE cxE Tabela'148- Conparação entre os parâmetros ut¡lizâdos pelo S¡cro-2 para transporte lo(ale tr¿nsporte (ome¡cial

Em que:

Y = Custo unitário em R$/t iiffiffiiwg!!&si *l$iir1iÈ*"fätiäåÊirísiT- :, iN ?$fiÈiè.l&åüËü*ffi Þr#*¡iiJ


ffiffiws$ffisþs¡gÉ*rê+3:11Ð.-e"¡i.'$*g*r.lr,ì.:iÌ¡$#*ü11f*t.ssjiffiffijffiffii$,$
#ffiffiWffi#fffiffiffifti%.i,ffiffi
X = d¡stáncia percorrida em km

CHO = Custo Horário Operativo

V = velocidade média em kh/h


Ërffiìirffi ffi ffiffi ffi
g$i"fti.Ð.R*ä,ëffi
ìFätffi.ffiÈFi##È.$rgÍTsffi
C= câpacidade útil do camjnhão em tohelâdas
E

T =
= fâtor de efic¡ênciâ
tempo total de carga, descarga e mãnobra, em
horas
ffiffiå.îàåffiffiwwwffi
.._..374......
Orçamc¡lo c Conlrolede l,¡cços dc Obr¿s públi.as Capílu lo 15: Sk lemas dcCuslos Rodoviários

15.5 O BDI do Sicro Segundo o Mâ;ual de Custos Rodoviários, os custos indiretos propriamente ditos se lim¡tariam à pâr(ela
da âdminislração (entral do executor a ser absorvida por determìnâdâ obra. Todos os dema¡s poderiam
rer atribuídos a uma obra específica, Todavia, na prática, a classificação do custo de um serv¡ço como
Até dezembro/2001, o BDI uti¡izado pelo Sicro-2 era de j2,68o/o. A partir de janeiro/2004, em razão de
direto or.r ind¡reto tem s¡do relacionada apenas ¿o fato deste ter sido ¡ncluído ou não na respect¡vâ pla-
determinaçâo do TCU, excluíram-se a mobilizãção e desmobilização dos equipamentos (2,66%) e a ìns-
nilha de preços a ser elaborada por ocas¡ão da licitação dâ obra, e não è sua verdade¡ra naturezâ, como
talação e mànutenção do (anteiro de obras (6,00%). O BDI pãssoù a ser 23,90%. (orreto.
seria
Em maio/2007, devido ao conteúdo do Acórdão 325/20o7,plenár¡o, o Dnit retirou o IRpJ e à CSLL de suâ função das constantes falhas de projeto e do contingenciamento de recursos, é habituâl â alteração
Ém
margem e o BDI pàssou pa? 20,25o/o. quantidades de serviços e do pr¿zo de execução dàs obra5 do Dn¡t, fato este que pode provocar gran-
da9
Em ianeiro de 2009. retirou-se â cPMF d09 impostos e atualizor.i-se a sELlc para o cá¡culo do custo
finan- det distorçõet po¡s a consider¿ção de certos ìtens de serviço como custo ind¡reto pode torn¿r os vâÌores
(eiro, obtendo-se um BDlde 19,60%. pâgos por esses serviços inferiores ou superiores ao que (orresponderia à sua jutta remunerãção, já que
dependem de outros fatores, e não exclusivaûìehte do valor dà obra.
Desde 5etembro/2009, o BDI adotado pelo Sicro-2 passoo pata 27,94o/o. O aumento se deu em virtude
de acréscimos promov;dos pelo DNlr nas rubricas de âdmin¡stração central, administração local e lucro por exemplo, se o prazo d¿ obrâ é âlongâdo, embora 05 custoS dâ âdministração local aumentem nâ
operâcionà1. Em 2012, o DNIT publ¡cou o 8Dl que está atualmente em vigor (26,70%), conforme discr¡- metma proporçâo, o executor não é remunerado por esse custo âdicìonal, Por outro lado, 5e ocorrer
minâdo na tãbela a segu¡r: aumento do va¡or do contrato, a mesma administração locâl sofrerá a(réscimo proporcional, sem que se
verifique âumento nos 5eus custos. o mesmo ocorria com os itens mobilização e desmobilização e insta-
Tabela f49 - Composiçåo do BDI âtualmente utili¡âdo pelo S¡cro-z låção de cânte¡ros, já excluídos dos custos indiretos por recomendação do fCLJ.

1 5.6 Problemas e Limitações do Sicro

A - Adriniskâção central 2,974/o de W 2,97 3,80 15.6.1 Custo de Aquisição e Valor Residual dos Eguipamentos
B- AdÍiniskação locãl 2,890/. de Pý 2,83 3,61
C- Orslos f¡nanceiros Cf do (F/-Lucro Operacional) 0,99 1,27 Algumas ¡nconsistências referentes â custo de âquís¡ção, valor residual, vidâ útile custos de depreciâção
D - Rscos 0,5% sobre CÐ 0,39 0,50 dos equipamentos do Sicro-2 já Jorôm apontâdâs pelo Tribunal de contâs dâ Un¡ão. O Acórdão TCU n'
E- Seguros e Garantiâs Co¡katuais 125% a.a. sobre 5"/. do P,l) 0,25 0,32 534/2003 - Segunda câmarê, proferido em decorrência de lndfc¡os de superest¡mação do custo de ðqui-

Sublotãl sição de máqu¡nas e equ¡pamentos pelo 5¡cro-2 e superestimâção do valor de deprec¡ação para algumas
7,43 9.50
máquinâs, assim dispôs:

F- Luc¡o Operacional 7,2% de W 7,20 9,20 "9.2 detemìnar ao Departañento Nêcìon¿tl de lnfîaestrutura de Trantportes - DNIT que, no
prczo de 180 d¡as:
Subtotâl 7,20 9,20
AD SEM llr¡POSTOS 14,63 18,70 9.2.1 rev¡se todos ot custos de aqu¡sìção de todas as máquínâs e equipãñentos previstos no
tittema SICRO2, delorma a reflet¡t os custos reait de aqu¡s¡çâo e não os custos de tabela, reava'
I I¡ando, se necessário, a metodolog¡a de coleta de preços de equ¡pamentot novos;

9,2,2 rcvíse os percentuais de valores de âquisição de todas as m¡áquìnas e equ¡pamentot pte'


G- FIS 0,65% de F/ 0,65 0,83 v¡stos no s¡stema stcRoz utilìzados p¿ra cálculo dosvalorcs resìduais de forña a que rcflitam a
H - COFTNS 3,00% de F/ 3,00 3,84 realid¿de do mercado bftsìle¡rc;
I- TSSQN 3,50% de F/ 3,50 4,47 9.2.3 efetue estudot pañ aval¡ação da adequ¿ção da estimativa de vída útilâdotada pe[osíste'
Subtotal 7,15 9,14 ma slcRo2, compêftrtdo os Íesultados obtidot com a prática do øercado;
BD COM |ÀæOSTOS 2t,78 2f ,44 9.2.4 rev¡se os custot de depreciação de máquínas e equipamentos do sistema S|CRO2, consíde'
Orsto Direto - CD 78,22 rando os rcsultados obt¡dos nos itens 9.2.2 e 9.2.3 aaimd"
'100,00

... _376. 377.


Orçame¡ lo e Con l¡olc de Preços de Obra, Púbticas CaÞítù1o15: Sisl€mas de Cusloe Rodov¡ár¡os

Entre os problemôs constatàdos pelo TCU, destacam-seì '15.6,3 Preços do Sicro x Preços Efetivamente Contratados pelo DNIT
(i). O custo de aquisição apresentado no S¡cro2 ertá superestìmado em 12,7ýo, em n\édi.' Aate-
d¡ta-se que tal fato é dev¡do à metodolog¡a de cotâção de preçot nâ qual são pesquisados
preços de tabelâ, sem qualquer desconto que venhô â ser obtido nas transações reâis; entende_ A partir dos pontos já apresentados, ver¡f¡ca-re que ex¡stem diversos fatores que afetam o custo un¡-
-se, entretanto¡ que esse desconto é possível de ser estirnado, refinando ass¡m os valores de tár¡o dor rerviços constantes do Sicro-2. seja para mais ou pãra menos, e que podem distorcer o preço
aquisição apresentâdor no 5icro2; real dos serv¡ços, sendo inclusive objeto de questionâmento por pane das empresas contratâdas. Como
exemplos, podem-se citar a ¡nfluên(iô dâs chuvas - que, atualmente, não é (onriderada, câusândo oma
(¡i). O valor residual de algumas máquinas, com base na vid¿ út¡l adotada no S¡cro2, vèr¡a de
redução ¡rreal no custo unitár¡o do serviço -. e o custo de aqu¡sição dos equipâmeôtos - cuja pesquisa
19,1Vo a 5l,3yo do vàlor da máqu¡na nova, ao passo que no Sicro2 são util¡zados valorer de t 5%
de mercâdo, atualmente, não considera o fator de barganha das negoc¡açõer reâ¡s, elevando indevida-
ou 200/o. Em de(orrênc¡a dis9o, estima-se que as tâxas de deprec¡ação adotâdas no Sicro2 estão meñte o custo unitár¡o do serviço,
superest¡ñadãs de 5,1% a 175,5%, conforme o grupo de máquinas.
Nesse sent¡do, no câpítulo 1 foi apreseôtado o trabalho de LlMAr, qúe verificou um desconto médio ob-
tido nas lic¡tações de 37,08% em rel¿ção aos valores estimados pelo Sicro-2 e, âss¡m, concluiu que os pre-
15,6,2 Chuvas
ços do Sicro-2 estão 58,93% ¿cima dos preços médios de mercado. Além disso, o autor observou que há
um comportamento dist¡nto entre os contratos de construção rodoviária e os de conservação rodoviária.

É uma reclàmação recorrente o fato de que o Sicro ñão leva em conta as chuvas e alguns outros fatores
Figura 52-Desconto obtido nas lic¡tações do DNIT em função do número de lidtantes (obt¡do no trabalho de tlMA)
que reduziriam a produtividade. É verdade que não há um fator específico, no S¡cro, que modifique â,
produtividades tendo em conta as chuvas. Note-se, todavia, que segundo estudos real¡zados pelo DNll
somente chuv¿s com precipitação acima de 5 mm no diâ é que atrâp¿lhâm a execução dâ obra.
Em julgados do TCU, ta¡s reduçöes não costumam 5er apl¡cadar. pois há outros vários latores quê bai-
xam qs preços e que não são previstos no sicro. Entre tais fatores, pode-se c¡tar: fatorer de redução de
produt¡vidade com bastante folga; falta do fator de bargânha; custo irreal de depreciação; utilização de
paråmetros de equipamentot ant¡gos, cuiâs produtividâdes, atualmente, são rnelhores (ver Acórdão TCU tl
n" 2.061/2007-Plenário) Tà¡s fâtores compensâm (om folga a não prev¡são de chuvas pelo S¡cro-
A titulo de exemplo, âpresenta-se um resumo dos incrementos no preço unitário em razão de chuvas em ---.--"'.Ê¡
serviços de terraplenagem, para os meses de janeiro e maio de 2001, no estado do pârá, com à utilização
de dâdor pluv¡ométri(os rea¡s alegados pela construtora contratâda. A metodotogia adotâdà cons¡derou
I
que o equ¡pamento pãrado em virtude de chuvas tem o seu custo remunerado pelo custo improdutivo
do S¡<ro, correspondendo ao custo da mão de obra do operador.

TÀbela 150 - lmpacto das chuvar no p¡eço un¡tár¡o de alguns serv¡ços de teÛaplånagem

ffiffiffiffi O âutor ress¿ltou que parte do desconto dâs obrâs deconservâção ou m¿nutenção tâo irteais, sendo resultado
¡8ffiM de prát¡cas fraùd leñtôs na exe(ução ou fiscalização, relac¡onadãs à s;mulação de serviços. Quânto às obrâs de
iiffiä"rffiffir{ÊW u

conlrução verificou-se que existe flexibììidade p¿ra desconto da ordem de 17,370 o que indicaria preços de
referência 20,90lo ac¡mâ dâ médiâ de mercado.
ffir.dÈ,Ba-;..ì'i-dì¡j!fÈi,i.qut:iÉ"ìi!¡l¡:à-.ö¡iì*ìÌrlid¡¡t'rli:,il:tì:;fi Itil1i$'l*åfliþnì**.ìÞ-'È+..ì.i.:i*àjfÞ,&üæM
Com relação aotrabalho de LIMÀ cumpre-nos ressaltarque, posteriormenle, o DN|Tefetuou alguns ¡mportan-
tes ajustes no s¡cro, atendendo ¿lqumar determinações emanadas pelo TCU, que podem terd¡minùfdo â dife-
Estudos do Centrân resultâm em ãcrésc¡mos percentuâis devidos à chuva aindð menores qLle os âc¡ma, ¡ença observada ent¡e o Sicloe 05 custos rea¡t dos construtores. L¡m desses âjustei refete-se ao ajule do sâlário
Para o Estado de Santa Catar¡na, por exemplo, ho serviço de Escavãção, Cârgâ e Transporte de là c¿te' de alguns profissionais, ôssunto do tópico seguinte. Tal ajuste trouxe sensível redução no custo dos serviços de
gor¡a DMT 1000 ô'1200m, o acrércimo percentual do ôdi(ional de chuva foi de somente 0,6975%. Nq conservação e manutenção, exatamente os que tinhãm maior percentualde desconto nas lícit¿ções,
estado do Amazonas (cuja prec¡p¡tação média é ainda superior a do pârá), o adicional na reg ulatização
I LIMAi Mà(os (àÿàkàfl¡, Compar¿(ão de Cusroi do oNlTe Lidùaçoes bem SucedidarxittstNAoP- 5tMPósto NActoNÀL DÊAUDlloRlADE
do suble:to foi de 2,26% oBi¡J PúBucÀt potoAleq'e (Rtl ¿oro. 'elê'en(iais

... .. . .378 .. . . .........379.....


Orçãmenlo e Conlrole dc P¡eços de Obras Públicas
C¡pílulol5: Sistemâs de Cu3ror Rodoviá.ios

jfggg{iggly4lgqlustos com Mão de Obra Adorados peto Sicro-2


1I.6¡ 15.7 Exercícios Resolvidos

O Acórdão TCU n' 302201 1-Plenário êpre(iou relâtór¡o de âud¡toria realizada no Dnit com o objetivo
de Ajurtes nas composiçöes de Custo Unitár¡o do Sicro-2
ver¡ficar, por meio de amostrãgem. a adequab¡lidade dos custos unitários d¿ mão de obra do S¡cro aos
padrões de mercêdo, assim como a sirtemáticâ de coleta de dâdos e ã sua ¡nserção no sírtemâ. do Primeiro Problemã:
^ô.esentacão
Foram feit¿s comparações utiliz¿ndo-se os pisos ralôriais das convençöes coletivas de trabêlho, os sa¡á-
rios ñédios de admissão inform¿dos no Cad¿stro Geral de Empregados e Desempregados _ Caged e
o, Na construção de umâ písta de pousos e decolagens de um novo aeroporto, um dos serviços especifica-
5a¡árior médios informados na Relàção Anual de lnformôções sociâis - Rais. Em re¡ação à todos os me¡ì-
dos é a compactação de aterros a 100% do proctor modificado. Trata-se de um serviço náo coberto pelas
cionâdos referenciais, os custôs do sicro se mostrarâm superiofes.
composições do S¡(ro, o quðl só contérn â composição dâ cornpôdâção de àterros a 100% do procto¡
A refer¡da constatação é preocupante, principalrnente ao se considerar o impacto dos custos de mão normal, apresentada a seguir:
de
obra nos orçamentos dos diversos t¡pos de obras rodoviár¡as. segundo revantamento efetuado a pàrtici-
pâção da mão de obra no custo total de obras rodoviárias varia de 13,1%, em obras de pavimentação, Tabela 152 - Compos¡ção de (usto do serv¡ço de compactaçáo de aterrot
a
um máximo de 65%, em serviços de conservação. Esser pe¡centuâi5 expöem claramente o efeito nefâsto
que a superestimativa dos cllstos de mão de obra pode produzir nos orçamentos dâs obras e nas respec-
Atlvid"de /5erv¡ço,
t¡vas contrataçôes,
Produção da Equipe: 16s,Oooo mr edicional de Mão de obra: o,oo (%)
o rerultado dô ânálise realizadã .evelou que os custos de mão de obra do sicro 2 avâliado, são todos ì
".rô
Ê nê(ñÊcâ.ln.ilrêtâ.
super¡ores aos p¡sos salaria¡s das respectivas convençóes coletivas. O quadro resumo abâixo apreseñ,
ta ¿ superegtimâtiva entre vâlores do sicro e os pisos salar¡ais estâbelec¡dos em convenções coletìvas - EquiFomnlo Quùl¡&de litilização
^ O!ê.îtira l¡ntrod
(ma¡o/2010):
E006 MotoniÝcladoÉ(9lkw) 1,00 0,10 0,70

labela 151 _ Superestimat¡va dos custos (om máo de obra no s¡cro em relação às (onvenç6es coletivas de rrôbalho, E007 rÈLorÁedcolâ- (77 kw) ¡,00 0,1 0,4ó
E0l3 RoloCoûpsctodo¡-péd€cam€iþârlôp.ll25lÿibmt (85 k\\ 1,00 I,m 0,m
Eì01 CrâdedeDjscos-GAz4 xø 1,00 0,52 0y'8

erE@E@@ gM@w W7 C¡ninhio Ta.que ' 10.0001 (ì70kW) 2,(n 0ÿ 0,,16

iffi çJìffi #i#,Kffi d?¿#ifdmÌdr.€ËåTËi,.ÐWÀ{


ifiì¡ffiüíwè #ÊS.ãM¡:-tìii*-!s.tÈU{'.Þl#)¡Jffi $*li&T&í,**tr" ji$#"ffi
r.#fi4$ry,r$ R$f.iöil,€ïlì:!å,.'+;ã.8þ.XrrÈ;,{iiËlìd.i..'4..H.të;,lli1:¿ô-id*;:Ìiå1$i.Þ,fl}fti.$ffi
T50ì FJìcârcsâdo de lunrE 1,00

2,m

Após a auditoria do TCU, o DNll procedeu a âjuste nos sà¡árìos dos serventes e ofic¡a¡s (pedreiro, a¡ma.
dor, cãrpinteiro etc.), adotando pâ¡a essâs (ategorjas, a panir de setembro/2010, salários compãtívejs
com os pisos estâbelec¡dos nas convenções co¡etivas, No entanto, outras categorias profissionait ainda
permânecem constãndo no Sicro-2 com salários muito superjores aos valores observados ñas convençóe5
colet¡vas de trâbãlho ou no CAGED. Como exemplo, podem-se (itar os encarregados, motoristas e ope-
rôdores de equipamento, prof¡ss¡onâis cujo custo com salár¡os é muito rejevânte em obras rodoviárias.

380... iL:l
O¡çamen ro e Conlrole de Preçôs deObras f¡úblic¡s Capítulô 15: si5reDasde Cuslos Rodoviários

O cálculo da produção da equipe (i68 mi/hora) encontra,se a seguiri


ßetdq4ãe:
Tabela 15t - Cál.ulo dâ produção dâ êqu¡pe ut¡l¡zada pela composição 2 0t 5fi produção horári¿ de
1) O demonstrativo da produção horária da equipe se en(ontra a seguir. Foi obtida uma
S 0O

g6,5 m,/hora. Na resoluçâo do exercíc¡o, foi alteradà a quantidâde de passÀdas apenas do rolo compactador
l,

EQUIPAMENTOS
INIEÂVENIENIES Tabela 154 - cálculo da produção da equipe com os novos parámetros

ð
PRoÞuÇÄo oa EourPÊ MEcÂ"ltca

SER\¡ÇO] CO¡¡PACTAçÄO DE AIERROS A 1 00% PROCIOR NORMA!

@s0007 EO90l01

VARIAVES NIER/E¡¡ANÌES

315,000 r0000,000
53,000
150,000 150 000 150,000 5000,000

I ) 0150 )
0.830 L000 0,Û30 0,830 0,830
i 3550 2,130
LafguBdêsup6fposrção 0,200 0,200
I 3,350 2,450
6,000 10,000 6,000
FÓRMULAS
rem po (Fiþ) carsa, oesc. À¡ân 40,000
! q
Ìempodêpô¡dßo (lda) 10,000
3 a 3 Ê 10,000
60,000
I 100,000 60,0 80,000 500,000
500,000

M¡/Dñr.. D€p¿ñimedo Nårb¡¡t dê OBSERVAçöES

uÍLfzÀçÃo tMPBoDUlrvÀ

Verificou-se, por meio de ensa¡os de campo que a (ompactação a tO0o/o do proctor


mod¡ficado é obt¡da
mediânte redução da velocidade de passagem dos rolos pé de cãrneìro de 70 metros por digno de nota que a referida composição do Sicro considera uma dktância de transporte para a água
minuto pôra 60 É
metros por minuto, bem como pela rea¡izôção de duâs passagens adicionà¡s do refer¡do (caminhão-pipâ) de 5 Km. Em um c¿so em (oncreto, ã produção horáriâ e os coef¡cientes do caminhão
equ¡pamento.
P¿ra obter o serv¡ço de compactação aom â nova especificação, tambéû
foj necessário d¡m¡nuir a er- pipa dever¡âm ser calculâdos em função da d¡ståncia real de transporte.
pessuaâ das camâdat de aterro de 20 cm parâ 15 cm, Diante do
expo5to, âpresente um novo cálculo de
produtivìdade da equipe parã a compâctação de ¿terros a lOO% do proctor
modificado, espec¡ficando a
produção horária de cada equipamento, bem coûìo â sua utilização Apresentação do Segundo Problema:
operativô e ¡mprodutjvâ.
Na construção de umâ rodovia, um dot 5erviços a ler o preço avàliado é a escavação, ca19â e lranspor-
te de material de prime¡ra categoriâ - DMT 200 a 400 metros com a util¡zação de pá-carregadeira A
composição apretentada pelo sicro-2 para o alûdido serv¡ço apretentâ os seguintes fâtores de util¡zação
operâtivâ e improdutiv¿ dos equipamentos.

........................,......383.
Orçâmenlo e Conlrole de P¡eços de Ob.as Púbticas
Capílulo15r 5istema, de Custos RodoÝiários

labela 155 - Composiçâo de custo un¡tár¡o do serv¡ço 2 S 01 10010


No cago avaliado, a equipe de auditor¡a verificou que o tráfego de caminhões é bastânte prejudicado por se
Í¿tar de um servÌço execotado em tereno muito ac¡dentado. Assim, as velocidades médias de ida e de voltâ

eletivamente âfer¡dâs são de 100 metros por minuto e 200 metros por minuto, respectivamente. Ensaios Ia- :)
DNIT - Sistemâr de Custos Rodov¡ários
stcRo2 bor¿toriais também verificarâm que o fator de conversão do solo é de 0,70. Diante do expostq respondâ âos
côñposJtão de curo u¡¡ìádo dê Rêt€rên.t.
sequintet quest¡onamentos:
¡dvrdåde/sêdrro:l s o¡ ræ ú
PfôduÉo dâ Equtpê: 214(m ñ, Aildoiår dë Mt¡dp ObÞ: o,æ(9Él 1) Qual é a produção da equ¡pe trabalhando com as cond¡ções ãpresenlad¿r?

2) Qua¡s os coefi(¡entes operativos e improdutivos de util¡zação dos equipamentot?

rß@d.BÈiB Ònùmi¡(urw)
ÂÞ<ôlurão do Problema
camc.dc͡d.hu l,r (r2?rw)
cåniiìì¡o &k!b ..,oI (:7ekÝ)

A novà produção da equ¡pe trabâlhando é de 194,52 mlhora, (onforme apresentado no demonstrativo a seguir
Também são apresentados os novos coeficientes oærâtivos e improdotìvos de utilização dos equipamentos.

Tabela 157 - Cálculo da produção dâ equ¡pe do serv¡ço 2 S 01 100 l0 com os novos parâmetros.

PRoouçÃo DA EqutPt MEcÂNtcÀ


SERV|çO;ESaTVAçEO,CAßGÂ E IRAN9P.1À. CÀt, Dir1200 A 40OM C/a4RREG CÓ0rG0:2S01 l0O10

A composição uti¡izada pero sicro-2 âdotâ uma produção da equipe


de 2r4 myhora, conforme demons-
trativo âpresentado â seguir:

labela I 56 - Cálculo da produção da equipe utitizadâ na composição 2 S 0 t 1 00 10,

rcmDô lr-nôl câ16, oêr Mân

oBSERVAçõEs FóRMUrÂs
6.590

I
UIILIIA(iO I MFRODU'IJVA

Observa-se que foi necessário aumentâr a quant¡dade de caminhões bâsculantes para 4 caminhões para
que a produção horária dô equipe não fosse l¡mitadâ pela quantidade de cam¡nhóes.

JM 385
w-r
i1
tl

i.t

li

I
ì
ll
I

Tópicos Especiais sobre Preços


l

Referenciais

Como obter preços de serviços. materiais ou equipamentos


espec¡a¡s, cujos custos não são contemplados
pelos s¡stemas
reierenciais de preços da Admin¡stração Públ¡ca?
É válida a util¡zação dos custos efetivamente ¡ncorridos pelo
contratado como um preço paradiSmâ de mercado?
O auditor de obras deve fazer pesqu¡sas de Preços d¡retamente
junto aos fornecedores?
os preços ofertados pelos l¡citantes podem ser considerados uma
fonte de preços referenciais?
Évál¡da a utilização de preços obtidos em ed¡ta¡s oú contratos de
outras obras semelhantes?
j
I
No capítulo 14, fo¡ apresentada umâ extensa relâção de sistemas refe-
renciais de preços ou de outras fontes de consulta geralmente utilizâdâs l
Felos gestores públìcos e aud¡tores de obras em busca
de preçot parâ-
digmas de mercado. Em teguidã. forâm abordadog âlguns âspectos dos
dois pr¡ncìpâis sistemas referenciais de preços da Administr¿ção Públicã
i
I
Federal, o 5inâp¡ e o 5icro.
i
Rersalta-se, no entanto, que vários sistemas mantidos por órgãos e enti-
dãdes dâ esfera estadual e munic¡pal, bem como outros sistemat de orçâ- ì: I
,.
mentação degenvolvidos por entidades privadâs, têm excelente qual¡dâde
t:
técni(a e possuem interface amigávelde ut¡l¡zação. Recoñenda-se adquirìr .i
prálica no uso desses sistemas, pois são importantes fontes de referência' i
Em mu¡tos casos, o sicro e o Sìnapi nåo contemplam o seruìço a ser anali- Ý

sado, exigindo que se busquem ¡nformaçóes em outr¿s fontes de Preços'

Oèuditorde obras e o orçèmentista sêrão maigeficientesà medida que tenhâm i


rnaiorconhe(ìmentosobreos preços referenc¡àis O fato é que, mesmocomlodo
esse ârsenal de preços referenciðis, em quase todas as obras âuditadâs ou orça_
dasexistem importañtes la(l]nâs na curva ABC, para as quaisnãose conseguem
obter preços referenciais, Diante de lal sìtuâção, não resta alternativa a não ser 1
vâler5e de cotações diretas junto aos fornecedores ou preladores de serv¡ço
para se ob(er preços parô o materiâ1, equipamentoou serviço a seraval¡ado'
Or(¡m.nto e Conl rolê de I'roços dc Ob'àsPubhc¡s CaÞílulô16: rópicosEspecra'ssobrePreçosRefer€nciais

¡l
O auditor ainda pode conseguir os custos efetivamente ¡n(orridos pelo contrâtado mediante os seguin_ Com relação à utÌl¡zação de contratos celebradog entre o construtor e empresas subcontratâdas, ô Tri-
teç metos bunal de Conlas dâ lJnìão já decid¡u qùe sua ut¡lizaçâo é válída (omo meio probatório dos custos efeti-
vamente ¡ncorridos pe¡as empresôs construtoras. Nesse sent¡do cita-se o Acórdâo 1.551/2008 - Plenár¡o
(5umár¡o):
consulta aos subcontratos celebrados pelo conrtrutor e aotorizados pela Admin¡stração;
consulta da folha de pâgamento do contrâtado;
7. Ê válidd à util¡zaç,áo, como ñe¡o prcbató o, dos custos efet¡vamente enfrcntados pelas con-
obtenção dâs notas fiscai5 de comprâ dos diversos mater¡air aplicados na obra. tratadas, como os dados f¡nênce¡rct relat¡vos à subcontratação de seN¡ços contratua¡s, princ¡-
palmente te essas ínfomações revelam d¡feÍenças ac¡ña de qúalquer razoabilidade, tomando-
-se, no entanto, osdev¡dos cuidados no uso de dadossobre custos proven¡entes de contratos de
Também se pode obter os preços desejâdos mediante consulta em endereços eletrônicos na internet ou
naturczã pl¡vada, em que prevaleceñ maiot d¡stribu¡ção de encargos entre a5 paftes e menôr
mediante o emprego das segu¡ntes lécn¡cas:
astimetia de ¡ûfoftnaçõet com rctpe¡to aos custos.

pesquisâ de edita¡s e de contratos de obras semelhântes ou cujo objeto compreendeu a exê-


No voto condutor do (itado Acórdão, o Ministro Relator fez as sequintes ponderaçóes:
cução do serviço pesquitado;

utiiização da média de preços dâr l¡citantes hâbìlitadar no certame;


Poste oamente, [...] é que os novos preços foram considerados excessivos em rclaçào ¿os v¿-
utilização detécnicâsde ertimativa de custo exped¡ta ou parêmétrica para obter o preço dos
lorct constantes do subcontrcto celebrado eitrc o consórc¡o e a fiftnã [.--] para execução dos
¡tens desejador;
seN¡ços rclatívos às fundações da mesma obtê aprcc¡ãda neste plocesto. Al¡, os preços dos ser-
elaboração da própria composição de custo unitár¡o a pãrtir da aferição jn loco da produti- v¡ços correspondentet aos de lavagem e retiîada de are¡a, 1,..1, são de apenès Rý J22,92, pâñ
v¡dade da mão de obrè e dos equ¡pamentos utilizados na execução do serviço. ð fundação de 1750 mm, e de Rý 3la,3l, para a estaca de 2.000 mm. [...] Sobre esses preços
subcontratadot deve ser computado o BDI contratual, levando os valotes parc R$ 452,10 e Rý
445,20- As difercnças percentuais se reduzeñ, rcspectivamente, paft 227,6% e 257,37%.
A últimô ôbordagem èpresentada ¿cima é muito útil, mâJ requer que o auditor de obras vé a campo com
(...)
a curv¿ ABC de serviços já elâborad¿, â f¡rn de manter-se focado na análise dos serviços mater¡almente
relevantes do contrato analisâdo, Diantedo exposto, o preseñte c¿pítulotratará desses d¡versos âspectos 38. Constata-se que todos esses acrésc¡mos adi.¡onais são totalmente insuficientes pañ cob r
na obtenção de preços referencia¡s. a ampla matgem de ganho obtlda pelo consórcío na repactuação dos servíços de lâvâgem e
rctirada de ate¡a, deixando ver que realmente ocotteu abuso do podet de altercção do con-
trato. Tal alteração há de ser vìsta, ¡nclusive, conto ilegalidade manifesta, caso não venha a |er
dev¡damente esclarecida pelos responýáveis, que não forañ ouvidos espec¡ficamente quânto
16..1 Utilização dos Custos Efetivamente Incorridos pelo Contratado ¿ essa elevação do preço da esaâvação das estacas em ev¡dente desproporção (oñ os valores
prctìcados na subcontÊt¿ção refer¡dâ.

Bâsicamente, existeñ très fontes postÍveis p¿ra se obter os custos efetivamente incorridos pelo contrâ-
tâdo: notas fiscâ¡s de aquisição de mâteriais ou equipâmentos, contrãtor de prestaçâo de seN¡ços com Ress¿ltâ-se que, no caso em concreto, estàva-se apurândo um sobrepreço nos serv¡ços superior a 2o0o/o.
empresai subcontratadàs e folha de pagamento do pessoã1, acompanh¿da das guias de recolhimento da Ta¡ ress¿lva é importante, pois diferenças menores são plenamente justificáveis e normais. Afinâ1, foi
previdência sociê¡. visto no Capítu¡o 2 que existe uma di+erença natural entre o orçamento contratado e os custos efet¡va'
rnente incorr¡dos pela construtora na execução dâ obra, dadâ pelo grau de precisão do orçamento
A da folhã de pâgamento, de notâs fisaair ou de contratos de prestação de serv¡ços como pre-
'rt¡i¡zação
ços referenc¡a¡s ex¡ge algumâ caute¡a e bom senso por parte do auditor de obras. Com efeito, o construtor executará alguns serv¡ço5 com custo eJet¡vo inferior ao contratâdo e outros
serviços com custo efet¡vo super¡or. Em refèção a esse aspecto, o voto condutor do Acórdão 15712009-
Apesar de ter ¡legal, é relôtivamente comum encontrar empresâs efetuando pagâmentos,,por forâ"
Plenário, ao apreciar o uro de notas fiscais €omo referência de preços de mercado, troÌrxe ponderações
parè a mão de obra alocadà numa obra. Tâl práticâ é realizada com o intuito de sonegar o recolhimento
de <ontribuições previdenciárias, Dð mesma lorma, embora constatado com menor frequência, pode muito âbâlizadâs sobre quàndo util¡zar ou não os custos efetivamente incorridos pelo contral¿do:
ocorrer o tubfaturamento de materiais ou equipamentos adqu¡r¡dos pe¡o construtor com o ¡ntuito da
soneg¿ção do ICMS e dos dem¿is tr¡butos.
o ñontante Glculado [...] baseou-se no valü dat notat f¡scais de lonecimento dos insumos
Tais práticas i¡egaì5 dirtorcem os preços obtidos invaljdândo sua uti¡¡zação como preços referenc¡ais. [...], mesmo quando dísponível no StNAPt, relerênc¡a of¡c¡alde prcçot leg¡timado anuâlñente
pela LDO (aft. 109 da Le¡ 11.76U20o8).

3BB ,..189
Orçame¡lo e Co¡trolc dc I'reçosdeObr¿s Públi.as
C¿p¡ulo ìö: tôpr(or C\pc, iiis,ob,€ preços Rcte,enc,rrs

Considero que esta tese deva tet tatada com paft¡ñônia, de ñodo que são neaessár¡as consi-
Discordo da unidade especial¡zada somente na base proposta para a ação acãutelatória. prc_
derações adidona¡s, que orâ faço, parc não gerar qualquer dúv¡da sobre a extøpol¿ção inde_
põe-se deteminação paâ que não se fature tubos eñ valores super¡ores aos calculãdos
vidâ deste entendímento. coñ
base nas notas fiscais. Entrctanto, ve fico que a Sercb ind¡cou haýet similitudes entre os pre-
p n.lpio, uma pesquita de prcços de insumos para cada emprcendÌmento _ ¡ndependen-
Em ços da CODEVASF (parad¡gña of¡cial) e os de mercado. Na médìa, rnesmo ajust¿do, parã a
temente de exìst¡r parâmetros ofícia¡s - part¡cul¿rizar¡a o valor da obrc e estar¡ê a f¿vor dêta-base da avença, os preços da Companhia se aprcx¡mam bãstante dos docuñento, liscais
de urn
dos princip¡os do orçamento, que é â sua especif¡cidâde. ponderc, entretanto, que pãrtì.ulât colhídos pela [...].
o
carece de certa prcv¡sibil¡dâde no otdenðmento ju¡id¡co vigente; prcc¡sã conhecer
as ,,regras Assim, visto se tratar de prcço of¡c¡al perfeitamente acetslvel aos gestotes e à contratada, e
do jogo" antet de seu inicìo, parc que, em um ambiente de estabilidade, possa
estimar ãs con_ sopesêndo tudo o que expus, ptoponho que a bate da ação acautelató a sejam os preços da
sequências de seus atos (assim como f¡mar os termos de seus contratos),
Eis que se ev¡denc¡a o CODEVASF [...]. Nesse contexto, para os tubos de fefio fundidO o sobrepreço cair¡a de S531o/o
príncípìo da segurança juríd¡ca.
para 34,49% [...]; paft os tubot de aço carbonq redução serìâ de 105,42% para Bí,7go/o [...]
Issoconsiderado, a LDO e matsiva jutitprudência desta Corte indicam como parâmetro de (gtífos nossos).
regu-
lação dos preçot contfttados os sìste,nas ofÌcìâ ¡s (mormente o SINA1I); as regras
até o momento
estão claras. Assim, nô caso geßt, ìntr¡cado discuth a moditicação de tal critér¡o,
ñermo avesso
à objetívidade do conando legal (é claþ, obsetuada a boa'fé). Resumindo o entendimento manifestado no Voto Condutor do Acórdão 15712009, se e o fornecimento
de um determinado equipâmento const¿ na plan¡lha contratual por um preço de Rg 100 mil e o auditor
Ressalvo ta¡s obseruações porque me preocupo com a extîapotação ind¡sc rn¡nada
da subrti- de obrêsverificou q¡re o contratado o adquiriu porRg 50 mil, há uma alaras¡tu¿ção de âbuso e incoerên-
tuíção dos custos of¡c¡ait pot pesqu¡sas de preço, em outros caso, guaìsquer Se, pot exempto,
cià grosseira no preço cont¡atuà1, ensejândo o enriquecimento ilíc¡to do contratado. Nesse cðso, o preço
o preço obtido for supe or ao ofic¡at, qual señ o limiat do débito? O preço do gestot?
O do obtido de R$ 50 m¡l deve ser util¡zado como preço referencia¡.
contrðtado? O da auditoti¿?
Por outro lado, se foi constatâdo que o construtor adquir¡u efetivamente o equipamento por R$ 95 mil,
(...)
o preço contratual, R$ 100 mil, mostra-se adequado como p¿.åmetro de preço de mercado. Nesse câso,
Voltèndo ao ra.ìocinio, pugno que deva se objet¡ýêr em quaí, caso, é apl¡cável a não se deve adotar o preço efet¡vamente obtido. R$ 95 m¡1, como preço referenc¡al,
metodologia
p.oposta pela equ¡pe de ãuditoria. Na busca da vetdade m¿teriaL é certo, impossivel
desprc- Ressalta'se que. rìo caso apresentado acima, o Tribunal conslatou uma åbsurdâ d¡ferença entre os preços
zar ev¡dênc¡as cahais de enriqueci¡nento señ causa evidenciãda pot pesquisas de prcços ou
referenciâis do Sinapi e os obtidos em documentos fis(ais. Mesmo assim, julgou-se adequado utìlizâr
notas fiscais de forneciñento, Num balanceañento de valorcs e em razão do que discoûi,
te, como pôråmetro de preços os dãdos obtidos em outro sistema referenc¡al, no caso â têbela da Codevâsl
nho que a substituíção do prcço of¡c¡a! deve set ernp¡eendida eÍt casos concreto, onde, ind¡s-
os quaii guardavam certa proximid¿de com os custos obt¡dos em notas fiscai5,
cutivelmente, houver incoefências grosse¡fas nos preços do, insumos, e nas hipóteses
em que
tais ¡nconsistênc¡as sejam ¡nater¡alnente relevantes e aapazes de propia¡ar uñ enr¡quecimento Em situação ànáloga, também envolvendo o custo de tubos de aço obt¡dos mediante documentos fiscais,
ilíc¡to do contôtado, oTr¡bunaladotou um entendimento mais gravoso âo gestor e âdotou efetivamente os custos obtidos em
notas f¡scais como par¿di9ma de preços. O sumário do Acórdão 993/2009-pleñário assim dìspôs;
Nestet casot não há que se falãr na presunção da boè-fé, estando a avença
v¡ciadâ j¡t em sua
or¡gem, o que toha ínaplicável o pr¡ncípío dâ ,egurcnça jur¡dica. Esres effos grosseiro, sào
passíve¡s de constatação, tânto pot parte do gestot quanto do partícular
contrataalo, Não se 1. É vát¡da a utilização, como me¡o prcbatório, dos custos efetívamente enfrentados petat aon-
recorre à .erteza do d¡reito nessas ilegal¡dades. tratadas, a exemplo de infomaçõet contidas em documentos f¡scait quando constatêda signi-
(...) fÌcat¡va discrepânci¿ de ÿalores ac¡ma de qualquer rczoabilídade.

Por tudo ¡sso é qúe, neste caso, se etperava [...] uma ação maß pontuat na êvatiação
do prcço
dos tubos. A vetdade material que ora se apresenta nestes autos ¡nd¡ca um superfaturamento Nesse caso, conforme fo¡ ressaltado no voto .ondutor do Acórdão 993/2009-p¡enário, os gestores já
de dezenasde milhõesde reais nos ¡nsumos examinadot a ¡nd¡cat um desproporcíonal enrique- hav¡am sido alertados pelo Tribunal dô condenável práticè de haver fornecimento de cotações de pre-
aimento da contratada. Pot set uma eñpresa do ramo de saneamento e diutumêmente contft. ços diferenciâdos por parte dos fabricantes de tubos. O percentual de sobrepreço apurado também fo¡
tar obrase seruiçosque prcveemos insumos q uest¡onados, hãveria de ser facilmente constatad| express¡vo, superando 100%.
tam¿nha ¡nconsistência nos pteços (por dematiada discrepância). A ausêncìa do parceldmentg
compultór¡o (como bem demonstrou a unídade especÌ¿lizada) reforça a necessìdade.
Logo, aaaso venham a ser faturêdos os tubos com sobrepreço, difice¡, seño ¿s açõe, parc 5. A respeito do supetfaturañento na aqu¡s¡ção de tubos de aço [...], restou evidenciado que
tetsaia¡mento dos excestos ao eÉrio. presentes, poit o fumus boni iur¡s e o pe cutum ¡n a Deso, no aspeato formal, adotou nedidas coÍn ýistas èo cumpr¡ñento da determinação do
rcqu¡s¡tot para a adoção de medida cautelar. Tr¡bunã|. Contudo, ve fi.aÊñ-se, na ptáticâ, significativas dísuepânciês entre as cotaçõet rc-
alizadas pela companh¡a e os custos nos qua¡s eîet¡ýãñente incoÍ¡eu a aontratada.

390 391
O¡çamenlo e Conlrole de Preços de Obrâs Públi.âs Crp¡ula l6 fót .o( l<pc, ioittob'e P'eço" RcLr.n.iàiç

6. A condenável p¡át¡ca de fohecimento de aotações de preços diferenciados por parte dos Conclui-se este tópico com algumas advertêncías sobre o uso de documentos fiscair ou de outras fontes
fabicant$ erc de c¡ência da Deso há bastante tempo, tanto é ass¡rn que ñot¡vou detenñina- dos custos efet¡vamente ¡ncorridos pelo const¡utor como fontel de preços referenc¡ais:
ção co et¡va ý¡tando ao rcsguatdo do etá o em novos ed¡tiýos contratuais. Dessa foma, face
ao histótico de o.ofiência, os gestores estavam cientes de que a siñples cotação de p¡eços
junto aos fab¡¡cantes não era med¡da sufialente para gatantir a .onliabil¡dade necessár¡a ao Deve-se ter cu¡dado (om custog não contemplados nos documentos comprobatór¡os, mas
cump mento da del¡beÊção desta Co¡te, Pata îsso, erc-lhes exig¡do pe\crutar os custos efeti- efetivamente in(oridos pelo construtor, a exemplo de freteS, custos de ârmazenagem, guar-
vañente incotídos pela contrctada, o que não fo¡ feito. da, manuseio, manutenção, seguros etc,

(...) Deve-5e lembrar de que os dados obtidos em documentos fiscais, contr¿tos de prestação de
serviços ou rìa folhâ de pagamento representam custos e devem receber a adequada inc¡-
8, Como v¡sto no rclató o gue antecede este voto, a Secob Êtificou o achado, ao se mãnifestat
dênc¡a da taxâ de 8D¡apli(ável,
nos ¿tutos em atenção ao desp¿cho de fls. 169/170, embora ut¡lizando de metodologi¿ de ciátcu-
lo .om algumas difercnças em comparação.om a adotada pela equ¡pe de aud¡toria. Em surn¿, Observar a perda ex¡stente de materiais nos processos produtivos, justificândo que â¡guns
foram estas as p ncipa¡s ptemissas utílizadas pot aquela unidade espec¡alizada: a) adoção de insumos sejôm adquìr¡dos em quantidades ligeiramente maìores do que a5 efet¡vâmente
taxa de RDI de 10%, em ýez de 35%; e b) prcço de rcferência do tubo de aço adotado pela aplicadas na obra.
média ponderadâ dos preçot vetiÍ¡cadot em todas at notas fitcait emitidas pela empresa I. .1. Observ¿r que, em todos os precedentes citados (Acórdãos 1.55f2008,15712009 e 99312009,
9. O resitado dessa anál¡se demonstrou um superfaturcñento de R$ 10.9ÿ-476,14 (data-base de todos do PIenário), foi congtatada uma dìscrepância acima de 100% entre 05 custos efetíva-
setembrc de 2005), o que equ¡vale, Sîs. Ministros, a 100,5% do valortotal medido. (gtifot nossos) mente incorr¡dos e os preços contratuâis. Divergênc¡as pequenas sáo naturâ¡s e não ¡ust¡fi-
cam â substituição dor preçor contratuâis por outros preços. AIiás, comprovam que os preços
(ontratados sâo bons p¿râmetros de mercado,
Com relação à utili2ação dos salários efetivamente pagos aos profissiona¡s contratâdos, o TCU tem um
recente precedente no quâl concluiu que é ne(essário que o vãlor dos sãlár¡os pagos aos prof¡sj¡onais
contratados por empresas para prestâção de serv¡ços à Administração coÛesponda ao constante dâ
propostâ lorrtulada na lic¡tação.

O Acórdão '1.009¡20i l-Plenário tratou de possíveis ¡rregulãridades ocorridas nà exe(ução do contrâto 16.2 Utilização de Cotações de Preços
cujo objeto refer¡u-se à prestâção de serviços de consultor¡a especìalizada parâ o gerenc¡amento e apoio
técnico da implantação de uma importante obrâ hídrica. Na oportunidade, a unidãde instrutiva promo-
verâ o cruzamento de informaçöer const¿ntes dos Bolet¡ns de Mediçáo expedidos pelo conlórcio (ontrå. O proced¡mento de consultðr preços de empresas especiali¿adas ou de buscar cotaçôes ¡unto a prestâdo-
tado com os dados proven¡entes da cuia de Recolhimento do Fundo de car¿ntià do lempo de Serviço res de servìços ou fornecedores é sempre váìido, porém, ex¡ge âlgumâs cautelas,
e lnformações å Previdência Social - (GFIP), (onstantes do Cadastro Nacional de lnformações sociais - O voto do min¡rtro-relalor do Acórdão 1 ,859/200¡l-Plen á rio. apesar de ter sido derrotado pelo voto do
(CNl5), rerultando, dessa operação, ¿ constâtâção de divergências que sinal¡zar¡am para o ressarcÌmento
ministro revisot é um precedente quanto à vãlidade das cotações de preços efetuadas pelas equìpes de
de vâlores pâgos ¡ndev¡dâmente pelo órgão contratante, poi5 05 salár¡os pagos pelo consórcio aos pro' auditorìa do TCU:
f¡ssionais constantes da GFIP teriam sido menores que os est¡pulados nâ proposta da licitação oferecida
peìo men(ionado conSórc¡o e no subsequente contrato.

O entendimento do Acórdão 1.009/2011-Plenário não se aplica a contratos de execução de obrar. Apli(å- 29. A Secex/sc adotou como metodologia paÊ demonstrat a ex¡stência de tobrcprcço das pþ'
-se tão somente a contratos de supervisão de obras ou outros contratos de engeñhatia consultiva que se postâs e de supertaturamento do Contrcto no 022001 consulta àt emprcsas espec¡alizadat nos

assemelhem a (ontratos de terceiri2ação. mate¡iait e serv¡ços constantes dãs plan¡lhas, coñ o objet¡vo de obtet os rcspect¡ýos preços de
mercado dos ¡nsumos, e à Alfândega do Aercporto lnternac¡onal Hercílio Luz- SC, coÍn v¡ítas a
O relator, a part¡r de julgado anterìor do Tribunal, enfâtìzou não haver argumento a suportat qve "una veÍif¡cat o custo real dos elementos de borracha ¡mportados.
empresa pãrtìc¡pante de lia¡tação que olereça proposta especilicando os salários que serão pagot aot
seus profissiona¡s em vittude do contrcto de superÿ¡são de obß, [...], uma vez vencedora do ceftane 30. Não ôbstânte entendet que a metodologia utilízada pela Secex/SC ettá coíeta, não veio
cujo julgamento baseou-se, entrc outtos, nos valorcs detses salários, potsa, ao seu alv¡trc, quando
problemas em acolhü como ýalor do déb¡to a seÍ ¡ñputãdo aos responsiáve¡, aquele ¿puÊdo
execução do contñto, remunetaf esses prcfissiona¡s em pat¿ñaret ¡nferiores, apesar de receber do ól'
pela Secob, que alérû de utìlizar a mesma metodologia adotada pelo obseNou o
'e.eýSC,e aos pa¡néí,
pr¡nclp¡o do conservado smo, não só com relação aos elementos de borracha
gão contratante [...] exatamente agueles vêloîes que Íoftm os balízadores dà sua proposta, conforne
(para os qua¡t acolheu argumentos dê empresa), ñâs aos demaìs ítens da plan¡lha de custos.
cou aornprovado a partk da comparaçãoentre as remunerações de profittíonaìt oriundas dos bolet¡nt
medìção e as constantes da planilha GFIP da emprcsa fonecÌda pelo Ministéîio da Previdêncía So.ial": cujot cálaulos tào bem mais favo.¿veis ¿os responsáveis.
Diante dos fatos, encaminhou propostâ de determinação corretivâ quanto ao contrato examinado, (...)
que fo¡ àprovado pelo Plenário.

i92 ....39.3.
Orçãmenlo e Con t¡ole de Preçosde ObrasPúblics Cãpílulo16:lóDicosEspeciaissobrcPrcçosRefe¡cnci¡N

38. Com rclaçâo aos paíné¡s, obterva-se que a Secob aaeitou os orçamentos de outrat empÍesa, û àuando não disponiveis eñ sístemas oficìa¡s ou tradicionais de consulta, ut¡lizarcm,se como
âpresentddos pela [empresa], para comprovat o seu custo un¡tát¡o, dívergíndo, no entanto, critér¡o pesqu¡sãs realizadas diretamente no mercado, com emprcsas de reconhecido know
da loma como fo¡ utilizado pela lempresa], aoffespondendo à média dos preços obt¡dos nos how na prestação de seru¡ços ou no fornec¡ñento de ¡nsumos ottjeto da consulta;
oryalnentot vez que a técnica usual de orç¿mentação recoñenda que os custos dos mate aís e
e) em outtos casos, utilizaram-se como base as púp as composíções apresentadas no projeto
equipamentot sejam apropríados pelos seus preços mínimos encontrados no mercado. Já o cus- executivo. côm adapt¿ções not coeficíentes em face dat cond¡çôes particularcs da obra;
to unitário dãs placês de pol¡etileno apùrado pela SeceýSCjunto a fohecedorcs loiaceito petà
[ernprcsa], vez que é señelhante àguele constante da Notã Fitcal Fatura no l5g [.--]. Entretanto f) compaÊram-se cuttos de seûiços semelhantet obsetuados em outros estádios para a Copa;
a [emprcsa] ¡ncluiu neste ¡teñ o custo relãtivo ao henef¡c¡amento e petdas de ¿cabamento cte
poliet¡leno, o que nãofoiâcolh¡do pel¿ Secob em v¡sta dâ não comproýação de talÍêto.
Ao se efetuaa umâ cotação. ãconselha-se a fazer primeiÍo uma consulta preliminar aos fornecedores, em
câráÎer informal, que pode origínar duas situàções d;slintas: preço do produto pesquisado super¡or ou
Em outro recente exemplo, por meio do Acórdão l 340/201 l -plenár¡o. o Tr¡bunâl determinou ao Dnit igual ¿o preço contratual ou preço pesquisado ¡nferior ao preço contratual.
que revisãsse o preço referenciàl das defensãs metálic¿5 nas tabelðs do Sistema de Custos de Obras Ro- Entende-se não ser necessário prosseguir com a pesquisð de preços do intumo ou seru¡ço na pr¡meira
doviáriâs, tendo em vista âs evidências de superest¡mâtivâ deste insumo. Tais ev¡dên(ias foram obtidas gituaçâo, pois não há irregular¡dade a rer comprovada por me¡o de evidências. Nesse caso, o âud¡tor de-
com base em cotaçóes de preços obtidas pelos auditores do TCU. verá âpenas.egistrar nos seus pâpéis de trabalho os dados d¿ pesquisa prel¡minâr, entre eles:
Ao se depàrar com um insumo ou serviço, cujo preço não sejâ contemplâdo pelos sistemas referenciais de
preços disponíve¡s para consulta, o auditor de obr¿s pode realizarcotaçôerjunto a fornecedores oú pres_
tadores de serviços. Ta¡ procedimento, por pâ.te do gestor ou do auditor de obras, conta com o âmp¿ro nome do estabelec¡mento pesquisado;
legâ I p revisto n as Le íi de D iret.¡zer Orçãmentá rias. C¡ta-se o tre€ho do art. 1ZS, E 2o , da Lei 12.4651201 1 nome do vendedor ou atendente;
(LDO 2012):
endereço e número de telefone do estabelecimento pesquisado;

formå de comunicação utilizada (telefone, e-màil etc.);


"S 2' Nos itent não constantes dos sistemas de rclerênc¡a menaionados neste art¡go, o
casos de
data da pesquisâ;
custo será apuftdo pot me¡o de pesquisa de mercado, ajustado às especìficidades do projeto e
justíficado pela Adm¡n¡strcção. " nome e especìf¡cação dos itens pesquisados;
pre(os e condi(öes de pagamento obtidos.

Dessa forma, em linhâ com o dispositivo lega¡ âpresentando acìmâ, recomenda-te qLJe tâl procedimento
seja execut¿do preferenciâlmente nos câsos em que osaustos dos serviços não estejam contem plados pelog O registro da cotâção de preços prescinde de maiores formalismos, nesse caso, ¡nclusive da ne(esiidade
s¡rtemas tradicionâis de orçamenlação de obrês. Nesse sent¡do, c¡t¿-se o Acórdão 2.333/20.t 1-plênário: de se obter uma propostâ escrìta, hâja vista que â cotação não será ut¡lizada parâ imputâr sobrepreço em
determinado serviço, ào contrário, estará (onvalidando os preços contratuèis prat¡cados, Nessa primeira
consulta informal, recomenda-se adotar os seguintes procedimentos:
1. O orçamento do Marccanã é síngulat. Muitos encargos ex¡gem a util¡zàção de mater¡a¡s e
equ¡pamentos impoñadoí São seýiçot eletroñecânicos, restaurações esttuturais e uma gana
de itens cu¡a espec¡ficid¿de impossibilíta a consulta direta aos s¡stemas tradiciona¡s de custot ldent¡f¡(ar os fornecedores e espec¡ficaçôes técnicas do insumo ou serv¡ço cujo preço é pro-
Ltt¡lizados pela Adminístrcçãô. Tal pecutia dade ex¡giu dos aud¡torcs rctponsáveß pelâ aniátise
do prcjeto uñ meryulho a cada detalhe exeautivo ¿presentado e a cadã nuança da tecnolog¡a
construtiva dos sistemas e subtistemas dd obra. Consu¡tât de preferência por telefone ou e-mail privàdo, o preço do serviço ou insumo
procurado, tomando-se as devidâs câutelas para que â cot¿¡ção (ontemple todai as partet
(...) do produto desejâdo, bem como todas âs especi{ícàções técnìcas e Custos â serem incorridos
10. Os critérios gerais ut¡lizados para referenaiat os preços dos seîviços ma¡, relevantes da pelo contratàdo (fretes, segurog, derpesãs tr¡butária5, custos com armàzenagem, custos com
(curua ARC) foram os teguintes: instalação do equipâmento etc.).

a) (...) A pesquisa deve, se potsível, buscêr a mesma mãrca do produto adquiridå pelo construtor e
cotar as mesmâs qu¿ntidades do item apl¡cadas na obra,
b) os austos relercnciaís, preferencialmente, foøm os do StNAp'
A depender dâ qoântidade do produto a ser adquir¡da, deve-se cotá-¡o no mercado v¿rejis-
a) subsídiariamente, na ausênc¡a de ñenção explíc¡ta no sistema da CA\XA, recorreu-se a
ta, no mercado atacadísta ou junto âos seus fabr¡(antes.
tros par¿digmas oficiais de preços (EMOe îCO-R|O AETES.), como tãmbém àt pubticaçõet

i94
Orçamentoe Cónlrôl€ de Preços de Ob¡âs Públìos Câplulo 16: fópicos Especiais sobre Preços Relereñc¡âis

A consulta telefônica ou por e-ma¡lpr¡vâdo busca obtero preço efet¡vo de mercado do bem,
O relatório que embasou o A(órdão 57ÿ2007-Pler,átio ¡lustra bem .omo ô média de preços obtida das
já que existe umâ tendência de se obter um preço ,,de tðbela,,, diferente do preço de mer-
demais licitantes foi util¡zada pâra preencher âs lacuna5 da plânilha contratual em que não toram obtidos
cado, quando se solicita uma proposta endereçada a um órgão púb¡ico.
paeços referencia¡s:
Recomenda-se que nessa prime¡ra consulta privada hajâ algum tipo de pechincha ou bargâ_
nha pelo auditor em bus(a de descontos ou promoções.
2.3.12 Ass¡m, v¡sando coft¡gir âs inconsistênc¡âs ve f¡cadas na e[aboração da planílha de apuøção
Tomâr cujdàdo com o caráter temporal da respostai pois o preço praticado no mercado do supeñaturamento da segunda etapa da obrc, elaboramot duas novas plan¡lhas, em anexo a
na
dàta-base do contrâto auditado pode ser sensivelmente diferente do preço pesquisado
nâ etta ¡nstrução. Na plan¡lha ex¡stente no Anexo l, cons¡deñmos como fonte de preçot p már¡a os
data då aud¡tori¿. dados ext?ídos do SINAPI 1...1. Na lalta de prcços do SINAPI ut¡lizamos a tabela do DVOP como
Em qualquer caso será sempre necegsá.io deflâc¡onar a cotação obtidâ por índice que me- fonte secundát¡a de prcços. Na ausênc¡a das duas fontes oficiais de preço, ut¡lizâmoía média ar¡t-
¡hor reflitã a variação dos preços de mercado do item pesquisâdo. ñética dos ptqos aonstantes nas proposlas ãpresentadas pelas emprcgas habil¡tadas no ceñame
liaitató o. Na planllha exíttente noanexo ll, consideramos como fonte de preços pr¡máia a tabela
Se algurna parcelâ do produto não for contemplada na cotação realizada, por exemplo,
se o do DVOE com a devida rctrcação. Os dados ertraidos do SINAPI 1...1 fo.am ut¡hzados como fonte
fornecedor não se responsabilizar pelo trânsporte do produto, o âuditor deverá estimar por
tecund¿ia de prcços, na ¿usência de preçot do SINAPI. Noýaûente util¡zamos a ûédia aitmétîca
outro meio ou buscâr cotação espe(ffica pârâ etsa parcel¿ ou item de custo do foñecimento.
dos prcços das propostas das líc¡tantet na falta dat duas fontes of¡cía¡s de pteço',

2,3,rt Eñ âmbos os caso, a utilização d¿ ñéd¡a das p¡opostas da lícítação como fonte de referên-
No caso de a pesquisâ de preço ¡nformal resultar em preço inferior ao contratado, recomenda_se obter aia de prcços conf¡ável é poss¡vel, desde que a licitação tenha se dado em ambiente concoftenciaL
ao menos uma propostô por escr¡to, pois a consulta efetuada será utilizâda como ev¡dênciã de auditor¡a
2.3.14 No caso eñ quettão cons¡deramosque aconcoïênc¡a [...] se deu em ambiente competítivo,
par¿ fundameñtar algum 5uposto sobrepreço.
v¡sto que o certañe contoù com onze licitantet Provenientes de vátiat unidades da Federação,
Adicionalnente, deve-se tentar obter outras cotôções por escrito e dessa vez endereçadàs ao órgão/enti- sendo que dez emprcsat foram consideradas habilitêdase entregaram tuat propostasde prcços.
dade no qualo gestor público ou o audltor de obrâr é lolado, tsro parà afâstarde vez a presunção de que
2.3.15 A utilízação da média das propottat dat emprctas habil¡têdas também se ñostra a melhor
os preços obt¡dos seriàm superiores caso fosrem cotados por órgãos e entidâdes da Adm¡nistração prlblicâ.
alternativa pata avaliãção de divetsostipos de seNiços, não contemplados nas fontet usuait de refe-
No entânto, existe uma má-vontade naturâl dos fornecedores em apresentarem propostas por escrito âos
Éncia de preços ut¡l¡zadas poî este Ttìbunal como patâmetro. C¡t¿mos como exeñplo alguns itens
órgãos da adm¡nistração públ¡câ. Efersabem que não serão contratâdos sem lic¡tação e, por isso, entendem
contrat¿dos que reprcsentam percentual ielevônte do contñto, ta¡s como esquàdriasde aluminio
9er perda de tempo apresentâr propostas. Tal fato dificultâ ã obtençâo de propostas por escrito.
de grcnde dimensão, no-break, ¡nstalaçdes da rcde de combate â incêndio, instal¿ção de tom e àr
con d ic ¡o n a d o centñ l. (g t¡ f o n osso)

16.3 Util¡zação da Média de Preços Ofertados pelas Licitantes Habilitadas O relatório que embasou o Acórdão 1.2652011 Plenár¡o ut¡lizou a médiâ dos preços das licitantes para avâ-
liar um serv¡ço extremamenle complexo, no qual não se dispunha de referência de preços e nem da compo-
sição de custo l]nitário do serviço:
5e o aud¡tor de obras estiver analisando o preço de um coñtrato originado de uma licitação €ompetit¡,
va, pode-se valer dos preços ofertâdos pelas ¡icit¿ntes como um parâmetro de mercådo para os itent dei
serviço nos quais não 9e encontrou preços referencia¡s. Supeóaturañento em decoffênc¡a do desequ¡líbrío econômico-financeirc apurado no au-
It. 1 -
Tal procedimento já foi adotado em diversos julgados do Tribunal. a exempl o dos Acórdãos 2.013/2004 mento de quant¡tat¡vo de 53,5 metros na execução da trcvessia subaquátíca sobre o R¡o Cotinguíba,
1O2/200A, 1.55112008, 57An0O7 e 1.265t2011, todos do plenár¡o. Afínal, o preço ofertado por váriar e que se rcal¡zou a preços ac¡ña do' de mercado.
presas espec¡a¡izãdas n¿ prestðção de determinado serv¡ço é, sem dúv¡dô alguma, um preço parad 9. Nâ elaboração do projeto biásiao 1...1 Neviu-te a execução de l99m de tr¿vessia subaquát¡ca no
de mercado, degde que tenha ocorrido uma efetiva disputa por ocas¡ão da ofertè de preços. o sumár R¡o cotingu¡ba. [...] Porém, em sua execução1 â ertentão da travessia fo¡ med¡da em 25250û. o
do Acórdâo 702l2008-Plenário descreve bem a situação onde ¿ utili¿ação dâ média dos preço5 das I aumento de 515m da extensão da travess¡a subêquática loi foîmalizado coñ a real¡zação do 4'
tantes pode ser âdotadaj termo adit¡vo ao Contrato 700.13ý98, entrc a Deso e a construtoø, ao preço de R$ 4.50O69 o me'

3. Podeo hibunaL nos c¿sos excepc¡ona¡s eñ que a lic¡tação tevelou-se altamente.oñpe lO. PoÉm, este prqo é superior ao vêlor de ñercado (Rý 3.240,0Ð, fomado pela ¡néd¡a das pto'

capaz de tâduzit coñ f¡delidade o estado de rnercado em relação a uma deteøínada Postas válidat dos aonaoftentes gue part¡.¡paftm do prccedhnento l¡citatório que deu ongeñ ao
f¡xãL como rcfeÍênci¿ de preços pah e.fe¡tos da avalÌação futura de êlterações contra contêto. Desse modo, o sobreprcço nesse sey¡ço, apundo sobre o aumento de 53,5m na tubu-
modifiquem quantítat¡vos de seru¡ços já exístentet na planilha @ntratual, ¿ média lação, gerou um desequilíbrio e@nôm¡co-finânceiro no contnto entre a Deso e a consttutorâ' e
dot
dos seîviços conttantes das propostas válìdas oferec¡das na l¡cÌtação. causou um prejuizo para a administração púbtica de R$ 67-763,81 [...] (gr¡fo notto).

..396...
OrçamenlocConlrolede PreçosdeObras Púbricas ( âtìitulo l6: loÞiLor tsp¡, qobre p¡eçoç R.iprcnLi¿is
rà,c

16.4 Preços Obtidos em Editais ou Contratos de Obras Semelhantes 4. EmboÊ seja v¿ál¡da a ut¡l¡zâÇão de planilha de preços e quantítativos do contzto de umâ
obÍa como padiãa comparat¡vo da planilhã de outft obÊ coñ caracterltticas construt¡vas se'
melhantes, mormente para os serv¡ços de maior complexidade tecûológ¡ca, a âýaliaçâo deýe
A bus(a pelo preço de serv¡ços, materiais ou equipamentos em orçamentos de outros editâis e (ontratos sempre que possível ser compleñentadã com as cotações constantes dos s¡stemas de custos
é ferramentâ de grànde valia pãrã o orçãment¡sta e o auditor de obr¿s.
trad¡c¡ona¡, públicos ou prívadot, de âñpla aceitação neste Tr¡bunal, como o S¡napi. o p¡ni, o
A pesqo¡sa de partes do nome do produto a jerorçado nos rites de busc¿ dô internet costuma apresenta¡ Sícro, resolvendo-se os evenh)ais conflìtos em favor destes últ¡mos.
como resultado alguns outros editais com o preço do item desejado. pode-se tâmbém buscar o item no
s¡te do Comprêsnet ou no site de licitàçôes do Eanco do Brasil.
No Acórdão 1.551/2008-Plenário foram avaliados os preços dos serv¡ços de urna ponte esta¡ãda em Natal/
Como de praxe, devem rer tomados d¡versos cuidÀdos para que a comparação seja válida:
RN. A equipe de aud¡toria adotou como parâmetro de preços a médiâ dos preços dos serviços ofertados
pelas licitantes em outrâ ponte estaiada, executada em Aracajú/sE.

as dãtas-bases devem ser próx¡mas e, em qualquer caso, deflâcionando-se os preços obt¡do, Parte do gobrepreço imputado ¿o construtor e aos gestores não foi âcolhidâ pelo Plenário pelo fato de
pelo índice ma¡s adequado; ter ocorrido eievação dot preços dos serviços da ponte de Araca¡u durante a execução contrãtual e, tam-
bém, por hâver diferençôs técnicas entre ¿l9uns dos serviços tomados como compâração.
deve-se proceder êos ajustes necessários nos preços obt¡dot a fim de excluir par(elas de ser-
viçor ou de encargos existentes em apenas um dos (ontratos comparadosj
sempre que possível, é melhor utilizâr a média das propostas das l¡citantes ofertâdas na exe_
cução de outra obra semelhante ao invés apenas do preço da melhor proposta;

certificar-se que o ed¡tal ou contrâto utiliz¿do como bôse para comparação foi efetivâmen-
te executâdo e concluído nos preço9 ofigin¿¡s propostos. sem å ocorrênciâ de pleitos de
reequilíbrio-econômico f¡nânce¡ro;
deve-se tomâr cu¡dado com a regionâlìzãção dos preços ou com outros fatores que possam
aÝetar os preços das obras;

é sempre melhor excluir o BDI de ambas às bases e comparâr-se âpenas custo com custo;

deve-se evjtar utilizâr obras privadas <omo pâradigma de preçor pa.à ob.ãs púbicas;

o ideal é que â obra tomada como parâdigma de preços sejâ seme¡hante ao objeto analisâdo,

O sumário do Acórdão 1.551/2008-p¡enár¡o âpresenta diversas considerâçöe5 sobre a utilização de preçoi


de serv¡ços de obra semelhânte como preços de referênc¡¿:

L A utilização, como refeência, dos preços constantes da propottð comerc¡al vencedoft dà'
lìc¡tação para obft semelhante à que está sob avaliação, mormente quando houver mod¡f¡ca:
ção dot preços durante a execução do contrato, tornã-se ¡mprestável como fonte refercnaialì
pot não ter s¡do efetivamente praticada e têmbém por não ter añparo na le¡ de licitaçõe
modifiaação dos preços lícìtados durante o contßto, sendo inclusive prefeível que os
dâ planilha rev¡sada sej¿m tomados como refetênc¡a de metcado, porterem sído efeti

2. A comparação de preços pratÌc¿dot em contøtot dßtintos ex¡ge que se procedam aot


sár¡os a¡ustes deforma ã toh¿r homogêneos os seýiços comparados. se o preço,base rc
a peça de menor capac¡dade, é licìto procedeftse aot ajustes adequadot para f¡ns de co
ção com o preço do elemento Ínâís robusto sob avâliaçâo-
(...)

398 399
Cálculo do Superfaturamento
por Preços Excessivos e por fogo
de Planilha

Quais os métodos de cálculo do sobrepreço?

Em que situação câda método deve ser ut¡lizado?

Como quàntificar adequãdamente o dano ão erário decorrente do super-


{ãturamento de preços apurâdo na auditoria de obr¿s públicas?

Neste capítulo inicia-se a exposiçãode um novo conteúdo. lá forãm ex-


plicitados tóp¡cor relativos à orçâmentação de obrâs e de serv¡ços de
engenharia. Tâmbém forâm apresentâdos os principais sistemâs refe-
rencia¡s de preços d¿ ¿dm¡nistração públ¡câ, bem como âs técnicas de
ãuditoria disponíveis para anál¡se de pÍanilhas orçâmentárias e de adi- t:

lamentos contrâtuâis,
Contudo, as ferramentas apresentadas até aqui ainda não são suficien-
tes parâ que se faça a correta apuração do superfâturamento de uma
obra pública.
Existem várias formas de ocor¡ên(iã do superfaturamento que precisam
ter seus efe¡tos apurados de forma indiv¡dual¡zada para a correta respon-
sab¡lização dos àgentes envolvidos. O método de cálculo do superf¿tura-
mento por preços excessivos tâÍìbém tem diversas particularidades que
serão êpresentadas neste câpítulo.

Por f¡m, o procerso de quantificâção do sìrperfâturamento pressupõe a


defin¡ção de débitos e de respectivas datas de origem, hâjâ v¡sta que o
pagamento de itens supertaturados geralmente não ocorre em uma únicã
dâtã, mâs durante loda a execução da obra. A târefa de apurâr 09 danos
nas respectiv¿s datas de orìgem é extremamente complex¿ e trabâlhosa.
Orçâmento e Cont¡ole de P¡cços dc Obrás Púbticas Capírulo 17: Cálculo do 5u pelatu ramentô pô r Prcços Excessivos epor)oAo de Plâñilh¡

17.1 Métodos de Cálculo do Sobrepreço Atftulo de compârâção, a tabela a segoirdemonfra a aplicação do método da l¡mitação do preço global, no
qual se procede a compensação dos servìços com subpreço no cômputo do sobrepreço global do contrato.

Existem ao menos sete métodos de cálcuro de sobrepreço, todos referendados em deliberaçóes do labela 159 - Exemplo de (álculo de sobrepreço pelo método da l¡mita(åo do preço globãl
rr¡-
bunal de Contar da União. Tais métodos podem ser classif¡cados em duas câtegorias ger¿¡s, quô¡s sejam
C)5 que englobÂm <ritérios de aceitâbilìdãde de preços (unitários e globâl) e os que
5e fundamentam em : OUÁN.IIPÀPE] OBCAMENTO
crité.¡os de garantia de mânutençâo do equilfbrio econômico financeiro do contrato.
Não se pretende ãpresentar todor os métodos no âmb¡to deste livro, m¿s alguns deles devem ser apre, 20,00 FS4.800,00 R$ 7.200,00
B$ 50,00 n$ t2.000,00 RS
sentados pârâ que o leitor com preen da ãs discussôes e controvérsias envolvidas em càda um dos métodos, 150 R$ 90,00 FS13.m0,00 8$ 80,00 8t t2.000,00 F$ 1.500,00

O pr¡meiro deles é o¡létodo da Limitação dos preços Unitários. No referido método, parte-se do pressu_
posto de que o preço unitário de nenhum serviço. contratado or¡ginalmenle ou posteriormente ðcresci_ 320 R9 rs,00 fl$ 4.800,00 B$10,00 Rt 3.200,00 n$ f 600,00

do, pode ser injustificadamente guperior ao preço parâdigma correspondente de mercado. Matematica-
mente, o método é dado pel¿ seguinte equàçåo:

se (p'> p'), Entãoar= (qr).( pr- p',)


Senão 0
^i=
Obrerva-se que, ao contrár¡o do Método da L¡mitação do Preço Global, não existe, no Método da Limita-
s"*",= I¡' ção dos Preços Unitár¡os, compensação entre os valores medidos ou
pagos que se encontram aba¡xo do
valor de referência, resultando num cálculo em que o sobrepreço considera apenas os Preços unitários
acimâ dos de referência correspondentes.
em que:
A ¿plicação do método da l¡mitação do preço global é um dos câsos ma¡s osbervados na jurisprudênciâ
p'r- É o preço un¡tá.io parâd¡gma do serviço i; '1.551/2008-Plenário:
do Tr¡bunal de contas da união, por exemplo, nà ementa do acórdão Tcu n"
pi - Preço unitário contrâtual do serv¡ço i, que foi med¡do ou pago;
qr- Quantidade finalmedida ou paga do item i; o eventual sobteprcço ex¡stente deve 5eÍ apurado de
''3. Na avaliação econôm¡ca do contr¿tø,
l: foma global, ¡sto é, fazendo-se as compensações do preços excessivos de alguns itens com
Sobrepreço unitário do ¡tem de serv¡ço i e;
^; os detcontos ve f¡cados efl, outtos, p ncipalmente se os preços são os mesmos ofereaìdos na
Sft"G - Superfaturamento global do contrato devido a preços excessivos
I¡citação da obra e se pode constatar que a proponente sopesou de forma d¡ferenc¡ada o custo
dos d¡veßos seN¡ços, tirando proveito das possiveit vantagens compatativa' desde que de for'
A tabela a segu¡r ¡lustra â aplic¿ção do Método dà Lim¡tação dos preço9 Unitários. Observa-se que os
rna legít¡m¿. Situação diveßa ocoïe com ítens e¡vados de ìlegalidade, ta¡sot qùe âpÍesentarañ
serviços " 1", "2" e "4" têm sobrepreço unitárìo, enquanto os serviços ,,j,,, ,,5,,e ,,6,,foram contratadot
modifìcação sentível dot parâmetros eleitos nâ l¡citação, iustíf¡cando a impugnação ¡nd¡ýidual
por preços inferiores ao paradigma de mercado. Não se procede a compensâção entre os itens com so,
do item anômâ10."(gr¡fo nosso)
brepreço dos itens com subpteço,

Tabela 158 - Exemplo de ciilculo do sobrepreço pelo método da l¡m¡tação dos preços unitários. Fm termos matemáticos, o método dâ l¡mit¿ção do preço globâl é câracterizâdo pelas seguintes expressõet:

IIEM OUAÑIIDÀOE .ì ::PLANILHA


oÒNIFAIUAL OFçÀMENTO PÂBÁOIGMA .: SOBFEPEEçq
ir. P8lÇQ ?l i.PEEço.TolÄL PFÊÇO tOrt -p')
. UNÍT:.' uN11,.: ]
'PREÇO.: ^'=(q').(p
240 FS 50,00 F912.000.00 Rt 20,00 FS 4.000,00 F9 i.2OO,OO
150 B$ 90,00 F$I FS 80,00 Rt1

320
Em que:
15,00 B$4 Ât t0,00 F$3 F$ 1.600 00
p¡- É o preço unilário paradigma de mercado do sewiço ¡;

p¡ - Preço un¡tário contràtual do serviço í, que foi medido ou pago;

AO2 403
Orçame¡loc conlroledc Preços de Obr¿s Públicâs Capítulo 1Z Cálcùlodo SuperfâtùraDenro porP.eçor Exce$iÝose por lo8o de Planilha

qr-Quantidade f¡nâl med¡dâ ou paga do ¡tem


O método desconto encontra-se previslo na Lei de Diretrizes Orç¿mentár¡a da Unìão, que estabelece
¡;

Sobrepreço ou subpreço unitário do item de serv¡ço ¡; que o desconto ofertado pelo construtor não poderá ser reduz¡do, em decorrênciã de aditamentos que
^i- modifiquem a planilha orçamentária. O mélodo parte do pressuposto da existência de desconto. não
sp."çq - Supelaturamento global do contrato devido a preços excessivos
sendo recomendável sua aplicâção quando ã s¡tuâção original do contrâto, antes dos ¿d¡tivos, apresen-
tar sobtepreço. O método aplica-se preferencialmente a contratos com aditamentos contratuais ou (om
Em compâração, a mesmâ situação hipotét¡ca poderia ter outro valor de dano calculado com alterações de quant¡tat¡vot de serviços, quando existia subpreço original, anles dos ad¡t¡vos
base no
método do desconto ou no método do balanço, no càso de haver adit¡vos contratuais. A tabela a Ressalta-se, inclus¡ve que se Do for uma grandezâ ne9¿tivã, represent¿ndo haver tobrepreço ¡nicial no
seguir
apresentâ a apl¡câção do método do desconto âo mesmo exemplo hipotético, onde se verifjcou supe;a, coñtrato, a equação apresentâd¿ ac¡ma apresentâ apenas o aumento/dim¡nuição do dêseq¡i¡líbr¡o inic¡al
turamento de R$ 9.333,13: do contrato (aumento/diminuição do percentual de sobrepreço), A equàção somente ¿presentâ o valor
tota¡ do 5uperfâturamento. considerando a pârcela advinda dos quant¡tativos iniciais de serv¡ços somadâ
Tabela 160 - Exemplo de cáfculo de superfaturaûento pelo método do desco¡to. à parcela de dano decorrente do jogo de planilha, na situação de haver desconto or¡ginal nâ plan¡lha
orçãmentária. Portanto. no caso de Do ser menor do que zero (há sobrepreço inicial), o valor do desequi-
ONIGINAL llbrio do contrato será dado por:
,.4¡!!ltliAcg!ti!.
QUA!! PNEçO PÀEçO
ìTEM rNtctAt LtNIT: PRECOTOTAI UNITi -PÀECoIoTAL. r:,PnECoToIAL:' .,,Þnìiô Íiii¡i:,: s,-.*
- n*", = ¡1p'.q'.1r -!:9rl¡
(r- ur l
f*ï:#Æ ¡,ï#ni$
Rt2t00 R¡ 5.000,00 Rt30.00 Rt 6 0u0,00 240 Rf 6.000,00 nl r.200,00
R! I5,00 Ft4 Rt1q00 Ât 00 320 Rf4,800,00 Rl1.200,00
Hä-qifirü g¡*.! ft
100 RI 25,00 2. O vâlor do derequilíbrio do contrato (sbe"d"pr""irh.) será uma grandeza positiva ou negativa. No caso de o
n132.100,00 Rt 15.700,00 Ri39.100.00 nJ 12.900,00 percentual de sobrepreço iniciâl ter se elevado, S,s.d.pr".,h" será maior do que zero, representando que o
52ÿ" 1&84% contrâto foi desequil¡brado contr¿ o contratante. 5e Sro€ôdcprån h, for negatívo, significa que o percentuàl
de sobrepreço do contrâto ìnicial diminuiu (ou desapareceu). favorecendo o contràtante.
04¿mùlo pdadigma lìnal: Â132 900,00
tll A tôbela a seguir apresenta ¿ aplicâção do método do bal¿nço ao mesmo caso hipotético, onde foi apu'
V¿lo¡ finalp¿ÉÉdighâdo co¡ll¿to (om desconlo
Àt29.766,67 rado superfaturamento de RÍ 9.600,00:
Valor do conùàroapös adìtivos
Rf 19.100,00
Tabefa 161 - Exemplo de cálcùlo de superfaturamento pelo método do bal¿nço
It 29.7
5u Rf 9.133,33
9lna(¡o Do.coÝI ¡ÀÌr¡r¿ll¡ürmt . AHJE(ÀO N ÿÛOM OO OAwlO

A equãção dê quantificação do superfaturamento pelo método do desconto encontrâ-se descr¡ta a 9e-


g!,ir (nos caso de contratos celebrãdos com desconto inicial):
Kffi$TãÞE ffimI ffi,ìsffi
ffi€ffi ffiñãìtü$ffiffü ffiffi$ ffil
s"**"=r(p'q r-ËB))
Ý¿lgrhddodUàoã¡dôr¡i¡d.dô&l¡qo
onde
¡)!sþñn¡!dooúo¿D&orAododob,hdo
pi - Preço un¡tár¡o contratuâl do serviço ¡, que foi med¡do ou pago;
q¡- Quantidade final medida ou paga do item i;

sp,"r., - Superfaturamento global do contrato apurado pelo método do derconto;


Conforme apresentado no capítulo 13, o superfaturamento é calculado (om base no balanço das conse-
Do - é o desconto percentual totâl or¡9inal (obs.: deve Jer maior ou iguàl a zero); e quências finânce¡ras das modificåções na planilha contrâtual. Em contratos firmados com desconto em
Dr - é o desconto perceñtualtotal ou o sobrepreço percentualtotâl obtido após alteraçöes efetuada reìaçâo ao paradigmã de mercado, a equâção d¿ quant¡ficação do superfaturamento de preços Pelo
rnétodo do b¿lànço encontra-se descrità a seguit:

..404
O e Cñn, (nc dc Prcço( de Obrás PubIcà, Capílulo 17:Cálculo do Supclaturamentô porPreços Excesivose por JoBo de Pl¡nilha
'ç¡menio

s,,",- = t(P'' P'') (q'- q') A equãção ¿cima nåo é válidâ pârã o srq.d"pr.".h. apurado pelo método do dêsconto. Por esse motivo,
recomenda-se ut¡[izar o método do balanço para quant¡ficãr o desequilíbrio do contrato nas s¡tuações
onde: em que o mesmo foi celebrado com sobrepreço or¡ginal.

Sp,"f- é o superfaturamento Tinalde preços do contrato, âpurâdo pelo método do balanço;

pré o preço unitário contràtado para um dado serviço "i"; t7 .2 Ãplicaçáo dos Métodos de Cálculo do Sobrepreço
p'ré o preço unitár¡o parôdigmê de mercãdo do serv¡ço "¡";
É oportuno ressaltar que rìenhum dos métodos âpresentãdos se apresenta como
um "método geràl de
qré quàntitãtivo inicialmente previsto/contratado para o serviço "¡";
quântificâção" do superfaturamento de preços, ha¡a vista que não alcançam todas âs possib¡lidades ou
qré quênt¡tat¡vo final, medido e pago, para o serv¡ço "i". não corrigem todos os defe¡tos observados relat¡vamente a preços excess¡vos

Também se observa que os métodos âpresenlados se l¡m¡tam a estâbelecer passos para a quàntificâção
Em contratos celebrados com sobrepreço inic¡al, a equação apresentará o valor do desequilíbrio do con, do montânte total do superfaturamento, A quàntificação do dano ¿o erário deve também promover a
trato, contra ou a favor do contratante: identificâção do5 grupos de responsáveis sol¡dár¡os, o estabelecimento de datas de or¡9em dos débitos
e os respectivos montantes. A quantifi(ação do dano, com o estabefecimento de datas de origem dos
débitos e respectivos montanter, é tarefa muito m¿ìs complexa que â Própriâ apuração do Ýâlortotâldo
s,*"*,""'" => (P' - P'').(q'- q')
superfaturamento.

Onde: lmportãnte ressaltar que alguns riscot não podem ser el¡m¡nados apenas pela utilização de um método
de cálculo de sobrepreço. Por exemplo, qualquer que sej¿ o método, eventuais mod¡ficações nas espe_
o Ýa¡or coÛerpondente ao desequilíbrio do contrato, contra ou a favor do contra,
Sr"e"d"pr,^.rh" é
cìficaçôes or¡gina¡s do objeto de urna lic¡tação podem alterãl por meio de alteraçöe5 pârciais em itens
tante, a depender do seu tinal; específicos, o preço final dâs ofertas receb¡das pela adm¡n¡strâção, fazendo com que, por exemplo, a
pré o preço unitário contratado para um dado serviço "i"; segunda melhor ofertâ se transforme em virtual prime¡ra.

p'ì é o preço unitário pÂradigmã de mercado do serviço "i"j Por fim, o superfaturamento de preços é apenas uma dal d¡versas formas de manifestação do superfatu-
ramento. No c¿pítulo Jegu¡nte será v¡sto, que o superfaturâmento t¿mbém se dá, enlre outros fato¡es,
qié quantitâtivo inicialmente previsto/contratado para o serv¡ço ,,Ì,,;
pelo pãgamento de 5erviços não executâdos, pela execuçâo de serviços com qualìdade deficiente, por
qt é quantitat¡vo final, med¡do e pago, para o serviço "¡". pagamentos de reaiustamentos irregulares ou por antecipaçõet ilegôis de pâgâmento.

Portanto, vàmos tentar s¡stematizar a aplicação dos métodos ãpresentadot no tópico anterior pãra o
De forma análoga ao método do desconto, valor do desequ¡líbrio do contrato (Sr@ de pr¡n ù") será uma grande' (áìculo do superfaluramento de preços de uma obra.
za pos¡tivâ ou neg¿t¡va. No caso de o percenlual de sobrepreço in¡cial ter se elevado, Søn"+r-r¡ho será maior
do que zero, representando que o contrato foi desequ¡librado contr¿ o contrâtante.5e s¡qo pj.nrb for nega-
do
tivo, sign¡fica que o percentuâl de sobrepreço do contrâto iniciål dim¡nuiu (ou desapareceu), favorecendo o Pr¡me¡ra verif¡caçâo - observâr se houve alteracões contratLrais
Se ocontrato anâl¡sado sofreu ôditamentos contratLraìs alterando o quantitãtivo de serv¡ço5 ou ¡nclu¡ndo
O método do bàlanço tem um¿ importante relàção matemática (om o método da l¡m¡t¿ção do preço novos itens, ìnvèriavelmente, deverá 5er apl¡câdo ålgum método focãdo na manutenção do equ¡líbrio-
global. Pode-se afirmar que: -econôrnjco f¡nan(eiro, no caso ou o método do desconto ou o método do balanço.

No câso de planilhas que não sofrer¿m alteração de quant¡tativos, deve-se âplicar algum método bâse-
eF/r¿¡ _
' eir¡cÉr rI vJogo
e ðdo em critérios de aceilab¡lìdade de preços, por exemplo, o método da lim¡tação do preço global ou o
"preços "prcços de Ptanitha rìétodo da l:mitâção dos preçor unitários.
lðl posição é fácil de ser justífi(ada. A título de exemplo, a planilha ã segu¡r Âpresenta uma situação
onde: h¡potética em que todos os preços unitários contratuâ¡s estão aba¡xo dos preços de mercãdo. Observa-se
SÍß, representâ o superfaturamento global final do contrato, apurâdo pelo método da limitâçãod,9 que o contrôto foi celebrado com um desconto de 34,5% em relação ao orçamento paradigma APós
preço global. aditivos, o ilem 4, cujo preço unitár¡o contratuâlapresentava grande desconto em relâção ao preço de
merc¿do fo¡ suprimido, reduzindo o valor do desconto final pârà 11,8%.
Sffi1 r"prur"ntu o supelaturamento decorrente dos quantit¿t¡vos iniciâis do contrato, apurado
método da limít¿ção do preço global.
Sror" r" representa o desequilfbrio econôm ico.finâ nceiro do contrato apurêdo pelo método do bal
",,"ur,

40b,........ -..407
Orçam€nlo e Conrrole dc Prcços de Ob¡as púbticäs
Capttu¡o17 Cálcùlo do Supetat u ramen rô porpreços Exces$vos e po. JoBô dc pt¡nith¡

Tabela 162 - Exemplo dejogo de planilha med¡ante a supressão de se¡ÿiços com subp¡e(o.
Ressa¡ta'se também que a legislâção atuâlmente em vigor adm¡te sobrepreços unitários nos câsos de
empreitada por preço globa¡ (art. 125. 56., l, dâ LDO 2012):
Cond¡cõ€s Oriolnå15 Pos ad¡l¡vo€
Quanl- Orçamento Paradiqmâ Ouant Contralo
PU Tolal PU foÞl Final Tolâl Totâl "Ê 6 " No caso de adoção do regíme de empreìtada por prcço global, prcv¡sto no art. 6 ", inc¡so
100 00 30 00 3 000 00 35 00 3500 00 100 00 3 000 00 3 500.00
2 200.00 30 00
Vlll, alíne¿ "a", da Le¡ n " 8.666, de 2l de junho de lgg3, devem se¡ obteruadas as seguinte,
6.000.00 30 5 0û0.00 200 00 6 000.û0 6 000 00
3 300 00 20.00 6 000 25 00 7.500 00 300 00 6 000 00 7 500 00
dispos¡ções:
4 400 00 10 00 ¿ 000 00 30.00 12 00 00
19 000 Õ0 29.000.00 15.000.00 17 000 00
u5q Desconto F¡nãl: fi 8!{ I- na formação do preço que constará das propostas dos lìcitântes poderão ser utilizados custo,
utlitát¡os difercntes daqueles lixados no caput deste art¡go, desde que o prcço global orçado
A ôplicação do método d¿ limít¿çào dor preços unitários ou do rhétodo da l¡mítação do preço global e o de cad¿ uma das etapas prcvistas no crcnogrcma fisíco-f¡nanceìro do contato, observado
não
apresent¿riâ superfaturàmento como resultàdo, pois todos os preços unitérios estão compatíveis com os o 5 7 ' desse aft¡go, fique igual ou abaíxo do valot càlculado a p¿rt¡ do sistema de rcferência
preços de mer(âdo. Êntretanto, a aplicâção do método do desconto ou do método do utilizêdo, assegußdo ao controle interno e externo o acesso itrestr¡to a essas inloÍnaçòes parà
balanço âpontaria
superfaturàmento. lins de ve ticação da obseryâncía deste ¡nc¡soi,

Sequnda verif¡cacão - diferên.iãr ôhrã< âiñ.1: ñà f^<à Aâ ti.i+^.^^ Ao ^^.5. ia -^^


O caput do artigo dirpõe que as obras executèd¿s com recursos federôis deverão ter osseus custot unitá-
o método d¿ l¡m¡t¿ção dor preços unitár¡os é o recomendado pàra a análise de p¡anilhâs orçamentárias de rios ¡imitados aos constantes no 5¡nap¡ ou no sicro, conforme o caso. portânto. nos casos de empreitada
obras que âinda e'tão nâ fase de ricitação. No caso de contrâtosjá cerebrados o método preferenc¡ar é por preço globà1, àpl¡câr-se-á o método da ¡imitaçâo do preço globa¡.
o mé-
todo de lim¡t¿ção de preço globâ|, salvo nos casos em que houve aditamento contraruâl ¿lterãndo os quan-
titat¡vos de serv¡ços iniciâ¡mente previrtos, situação em que se aplicârá o métododo bâlanço ou do desconto,
Ouârtâ Verificãcão - diferenci¿r planÌlhâ9 com sobrepreco ou desconto in¡ciâl
lsio porque a jur¡sprudência majoritár¡a do Tcu entende que, no (aro de situâções
iurfdicas constituí-
das (ou sejã, quàndo há contrato assinado para a execução da obr¿), deve haver (ompensâção entre 05
va¡ores que se encontrôm èbãixo do valor de referênc¡â e aqueles com sobrepreço unitário, de forma a
ii
ì:.:
Conforme apresentado, hâvendo aditamentos que mod¡tiquem a planilha orçamentária, qualquer que
seja o regime de execuçáo do contrato de obras, deve-se adotar os métodos
do balãnço ou do desconto.
trôtôr com equidade a construtorâ contratada. imputândo-lhe algum superfaturâmento apenâs quãndo :l: sendo o pr¡meiro recomendável em obrar contratadas com sobrepreço jnicial e o segundo apl¡cável ð
o valo¡ global do <ontrato se encontra acim¿ do parad¡gma de mercãdo obras contratadas com desconto inic¡al.

Por outro lado, no caso de obras âinda em fâre de iic¡tação. não se deve admitir sobrepreços unitários, Tal regra não é absolutã e se deve apenas a compat¡bilidâde matemátjca entre o método do balânço e o
mesmo que o vãlor global do orçamento esteja (ompatível com preços de mercãdo. Tal entendimento método da limitação do preço globâl dado pela equação a seguir:
se deve ao r¡sco de haver futurojogo de plan¡lha quando se admite que a licitação sej¿ processâda com
itens de seruiço com p.eços acima do paradigma de mercado.

S S + S.Losoae ebn¡lna
Terce¡ra Verificâ.ão - d¡fêren.iår ôhrå( li.iÌâ.|:< h^r
^rô.^ ^r^hl I orr õôr n¡ê.ô ,rñirÁri^
conforme visto no tópico acimâ, o método dâ r¡m¡tação do preço unitário só se ¿prica a obras nâ fâ5e
de lic¡tação. No entanto, à época da auditoria pode já ter ocorr¡do â entreg¿ ou ôberturâ dâs propostas, Ou sejð, o superfaturamento final de preços, com os quantitâtivos f¡nâis âpós os êditamento! contra-
sem que o objeto tenha s¡do âdjudicado ou contratâdo. Nessa s¡tuação, deve_se verificar se o reg imê de tuajs, corresponde ao superfaturãmento apurado com base nos quantitativos oriq¡nais acrescidos do
exe(ução contratual previsto em edital será por preço unitár¡o ou por preço g'obal. superTaturamento porjogo de planilha apurãdo segundo o método do balanço.
Nesse último câso, a âpl¡cação do método d¿ limitação do preço unitário pode levar a uma ¡nconr¡ Para ambientes de subpreço origìnâ1, propugna-se pe¡a aplicação do método do desconto, por ser o
c¡â, quando a proposta vencedorâ, embora com preço globâl¡nfer¡orâo preço totalreferenc¡al, a rìétodo ofiaial estabelec¡do nar Le¡s de D¡retrizes Orçamentárías e pðrâ evitâr os ,,exâgeros" que o mé-
ta algum ¡tem com preço un¡tário acimã do preço pàrâd¡gm¿. todo do bâlânço acarretã em êlguma5 situações peculiares de planilhas No exemplo da têbela a seguir,
lsso porque, em virtude de não haver compensação entre os serviços com subpreço e o, servjços
extraído do voto condutor do Acórdão 1 .7 55/2004-P len á rio, após ¿ revisão contratuâ1, o valor do super-
faturamento âpurado de âcordo com o método do balanço ser¡a R$ 5.600,00. Esje preço, entretanto.
5obrepreço, haveria apuração de sobrepreço quanto a iteñ5 específjcos, reduz¡ndo ainda mai, o
traduz desconto de 49,09% sobre o valor orçado parâ as novas quantjdades, ou seja, haveria aumen(o
do contrato. Contudo, ersa redução do vâlor contratual. não ocorreria, por exemplo, se ð licìtâção
do v¿lor do desconto que o contratado est¿ria obrigado a ofere(er ao poder público, pois orig¡nâlmente
adjudicada a outro licitante que tenhâ ofertÂdo preço global superjôr ao do l¡citante vencedor, mas
o desconto era de 23,49yo.
nenhum ¡tem âc¡ma do respectivo parad¡9ma.

AO9
Orçâmenro e Coûlrole de Preços de Obrás Públicas Capitulo 17: Cálculo do Supel¡turamento por Preços Ex.€s5ivos e porJoßô de Ptanithâ

Tabeìa 163 - Comparação entle o método do balanço e do detconto. fabela 164 - Recomendação para escolha dos métodos de cálculo de super{aturamento de preçor e por jogo de planilha.

Condicõ€s o¡isin¿is AÞos revlsão Atuação TCU


Qtdc Orçamento Contrato Qtde Orçamenlo ProDostå BålâDço Desconto
fteff $ ùnit $ total $ unh $ totål $ totål $ totål $ lotal $ rot¿l
3000 2,00 6.000,00 1Jo 3.900,00 0 (2 r00.00ì
2 20{x) 4.00 8.000,00 4,OA 8.000,00 zYn 8.000,00 8.000,00 8.000,00 6.t77,g)
3 2000 3,00 6.000,00 1,4{ 2.800,00 0 (3200.00'
4 t 000 3,00 3.000,00 2N 2.900,00 i 000 3.000,00 2.900,00 2.900,tX 2)3949 Uma últimã observação deve serfeìtâ sobre a escolha entre o método do balanço e o método do descon-
Valor tolâl 23.000,00 17.600,00 I |.000,00 10.900,00 5.600,00 39
8.417 to: o método do bãlanço é muito mais prático e ráp¡do de ser apl¡câdo do que o método do desconto e
Desconto orjginal 23,48% Desc, após revisâo: 0,91% 49,0ÿ/o 2318% sequerex¡gea análisedetodoo o rça m ento contrata do para se verificar à ocorrênc¡a dejogode plânilha.

Essâ s¡tuação revela aimperfeição do método do balanço para algumas situaçöes com desconto or¡ginal, Parâ exemplìficår tal sìtuação, ¡mâg¡ne umâ plânilha contratual com 2 mil itens de serviço e um âd¡tivo
po¡s conduz a resultado que ôcarretariâ ônur adiaionâl âo contrôtado e, portanto, desequilibra econô- contratual que alterou os quãntit¿tivos de poucor rerviçor. A aplicação do método do desconto exigirá
m¡co-f inanceiramente o contrãto. umã análise do preço unitário de diversot serviços parâ se apurar o desconto globalantes e depoìs do
¿d¡tamento contratual. Por outro lado, o método do b¿lanço é feito à partir de uma plânilha contendo
O procedimento ôpresentado nos parágrafos anteriores en<ontra-se sintetizado no fluxograma e no apenas os poucos serv¡ços cujos quantitâtivos foram alterâdos. Ass¡m, é muito ma¡s simples e rápido de
quadro a segu¡r:
ser ¡mplementado.

F¡gura 63 - Fluxogramâ para sele(ão do úélodo de cáltt¡lo do superfaturamento de preços e por joqo de planilha
17.3 Particularidades na Apuração do Superfaturamento de Preços

17.3.1 E"topol"Cão do B

Em sumâ, dois procedimentos podem ser adotados no cálculo do sobrepreço global de uma planilhâ
orçamentária:

ffi ffi
&
utilizâr o 8Dl paradigma apenas nos itens de serviço que foram objeto de análise de preçol,
sem extrâpolãr â redução (ou aumento) de BDI para or demâ¡s itens do orçamento. nos qua¡s
não houve ava¡iação de preços ou;
Extrapolar o BDI parad¡gma para os demâiJ itenr do orçamento que não foràm
análise de preços.
objeto de

No caso de obras já contratadas, o eventual sobrepreço existente deve ser âpurado de formâ global,

ffi isto é, fazendo-se âs compensações dos preços excessivos de ôlguns ¡tens com os descontos ver¡ficados
em outros (método da lim¡tação do preço global). Além disso, â análise deve ser realizôda por meio da
(ornparação dor preços unitár¡os orçadoýcontratados em relðção ¿os respectivos preços paradjgma de
mercado. D¡sso resu¡ta que a extrapolação do BDI paradigmâ parâ itens de serviço com custos não anâli_
sôdos não seria adequada quðndo da ãnálìse de preços contratados.

Portanto, no caso de análire de plân¡lh¿ contratual, or¡enta-se ut¡lizar o 8Dl parâd¡gmâ apenâs nos ser_
viços que foram objeto de ¿nál¡se de preço9, sem extrapolar eventual redução (ou âumento) de BDI para
os dema¡s ¡ten5 contratuais, nos quâis não houve avaliação de preços,

41þ.. .- -. -..4'J:1......
Orçameñto eConlrole de Preço5de Obras Públicas Capílulo?7: Cál.dlô do Supclaturamcnlo por Preçoe Excetsivos e por Jo€o de P¡¡nilh¡

Por outro lado, quando da análise do orçâmento base em l¡c¡tações âindà em curso, a extrôpolação do Tâbela 165 - Comparação entre o sobrepreço ôpurado na data.bàse do contrato e o apürado nâs datâs de paga-
BDI paradigma pâra os itens de serviço que não foram objeto de análise de preços pode ser realizada. mento dor serviços - contrato reaiurtado por fnd¡ce único.

Asi¡m, entende-se que o melhor paoced¡mento a ser àdotado depende da situaçáo encontrada no c¿5o
em concreto. Em outro exemplo. no caso da extinção ou criâção de tr¡butos ou de sua majoração/d¡mi-
nuição de alíquotâs, o BDI parad¡gma será ajustado pelâ alteração ocorrida e deverá ser aplicado ¡ndis-
t¡ntâmente sobre toda a planilha contrâtúal. Tratâ-se de expressa prev¡são legal, (onforme S50, art. 65,
dâ Le¡ de L¡c¡taçöes, ia yerblt
È*Ätg;(tr
Tt(Èr¿,f¿is
ffiìiÊ,$ru !!T15?¡r^dÊigälTåitrìÌìî
"5 ÿ Qu¿isquer tríbutos ou encaÍgos leg¿is cr¡ados, alteradot ou ext¡ntot bem como a super-
ven¡ência de disposições legait quando ocorr¡das após a data dà aprcsentação da proposta, de
comprovada repefcussão nos preços contÊtados, ìmplicaño a revisão destes para ûa¡s ou parc
ñenos, confoÍme o cato," Tal situação se deve ao fâto de os preços referencia¡s sofrerem variação d¡ferente do ¡ndice de reãjr¡ste
contratual. Mesmo em contrâtos reajustados com bare em cestâs de índices, s¡tuação na qual a vôriação
dos preços unitár¡os obt¡dos nos sirtemas referenciais de preços tende a ser semelhante âo íñdice de
17.3.2 Data-Base dos Preços Paradigmas reajuste contratual, podem ocorrer aheraçöes significatìvâs entre o sobrepreço,,a preços ìniciais,,e o
50brepreço apurado "a preços atuais". Talsituação decorre da diferente relevânc¡a de cadâ servi(o em
rel¿ção ão valor do contrato, bem como dos diferentes fndi€es de re¿juste (ontratua¡s, os quâis ¡ôc¡dem
Ex¡stem duâs formas de proceder que resultam em valores diferentes de superfaturãmento (ou até mes-
de forma diferenci¿dà sobre gerviços com dist¡ntàs pãrt¡(ip¿çòet no vâlor contrâtual total. A t¿bela a
mo podem elidir o superfaturâmento):
seguir ilurtra essa situàção. lustâmente naquele serviço com sobrepreço origin¿¡ negat¡ÿo (ou desconto),
verif¡(ou-se um índice de reajuste contrâtuâlsuperior aos dos demais serviços. Talfato âcabou por elidir
a irregularidade do 50brepreço.
comparar os preços contratuais em preços orig¡nais com os pârâd¡gmas na data-base do
contrato;
comparar os preços contratua¡s reajustados âté a5 d¿tas de pagamento com os preços par¿-
d¡gmàs nàs datas-bases de pagamento. Tabela 166 - Compãråção entre o sobrepreço apurado na data.base do contrâto e o apurado nas datas de paga-
mento dos seruiços - rerv¡(or reaiustados por d¡lerentes índ¡ces setoria¡s,

Como regra geral, <onsidera-se adequâdo que a dåtã-base para o cálculo do sobrepreço seja a data-base
do contrato, pois esta seria a conduta exigível do gestor quando elaborou o orçamento, licitou a obrâ
ou form¿lizou ¿lgum ad¡tivo. Porém, no (aso de contratos com periodos prolongados de execução (on-
tratual, os per(entua¡s aplicáveis de reâjuste podem representar pagamentos tão ou mais relevantes do
que 05 pâgâmentos ofiundos dos pfeços originais do conlrato,

Nessas s¡tuações, a var¡ação percentual dos preços contratuais pode ser mu¡to discrepêñte da vâriação Ísr',iEiÝãfr
percentual dos retpect¡vos referen(i¿is de preços. Tâl situação encontra-se exemplif¡cada na tabela se-
guinte. Observa-se que na dât¿-base do contrato havi¿ um sobrepreço de R$ 259,00. Contudo, compã-
rândo-se os preços reajustados com os preços unitários patadigm¿s na dâtâ âtual verificâ-se que o sobre-
preço de R$ 259,00 (â preços ¡n¡c¡ais)transformou-se em um desconto de R$ 170 (a preços reaju¡stados),
el¡dindo a ¡rrequlãridade.

.412 413...
Outros Tipos de
Superfaturamento

O superfaturamento pode ser def¡nido como um conjunto de práticâs que


lornam, injustamente, mâ¡s onerosa a proposta ou a execução do contra-
to para o contratânte. No câso de obras públ¡(as, vários d¡tpositivos lega¡s
aâracter¡zam como cr¡me o superfâturamento contra a Administrâção P¡j-
blica, conforme o Art. 92 e os incisos l, lV e V do Art. 96 da Le¡ n'8,666/93:

"Aft. 92. Adn¡tít: possib¡litat ou dar causa a qualquet modif¡.a-


ção ou vantagem, inclusive Noffogação contratu¿1, em favor do
adjud¡catátio, duraûte a execução dot contratos celebrados coñ
o Podet Públìco, sem autoização em leì, no ato convocatór¡o dã
l¡c¡tação ou nos respectívos intttumentos contratuaìt ou, ainda,
pagat fatura com prcteição da odem cronológica de sua exigí-
b¡lidade, obseNado o disposto no aft. 121 desta Le¡:
Pen¿ - detenção, de dois a quatro anot e multa. (Redação dada
pela Lei n" 8.8a3, de 1994)
(...) I
Aft. 96. Fnudat em prcjuízo da Fazenda Públìca, lìcitação íns-
I
taurada pañ aquiiição ou venda de bens ou merc¿dorias, ou
co ntf ato delã d eao ffente :
I
I- elevando arbitßriamente os prcços; !

Il-vendendo, como vedadeira ou perfeità, mercadoria falsifica^


da ou deter¡orada;

lll - entrcgando uma mercadoríè por outÍ¿;


lV'alterando substância, qualidade ou quantidade da mercado-

V - ton¿ndo, pot qualquer ñodo, injustamente, mais oneios¿ a


ptoposta ou a execução do aontrato:

Pena - detenção, de 3 (três) a 6 (se¡s) anos, e multa."


O.çamenro e Con lrole dc P¡eço, de ODrås Púb'icàs Câpilulo13: Out¡os lipos de Sùpeffâtùrañento

C¡tâm-se ¿inda algumas condutas típicar descr¡tas n¿ Le¡ de tmprobidade Administrat¡va (Lei 8.429l1992)i Neste livro, aóesar de adm¡tirmos que se trata de umð prát¡ca lesivê ao contratante, podendo ser carac-
terizad¿ como ato ¿ntìeconômìco, não foi clãss¡fi(ada como superfâluramento, pois â contratadâ não
Art. 9' Constìtu¡ ato de imprcbidade admin¡strâtìýê importando enriquecimento ìl¡a¡to auferit aufere ganhos (assim, não "5uperfatura" a obrâ) sobre o superdimensionamento dos projetot visto que
qualquer tipo de vantagem patrimon¡al indevida em razão do exercic¡o de cargo, mandatot os mesmos 5ão efet¡vamente executâdos-
função, emprego ou at¡v¡dade nas entidades mencionadâs no art. I' desta Ie¡, e notêd¿nente: Outra corrente defende a tese de que o 5upei'faturamento decorrente do superdimensìonamento do
(...) projeto corresponde ¿¡ apenâs o percentual do lucro declarado no BDI da contratadà e não todo o mon_

Il - perceber vantagem econômica, d¡reta ou ¡nd¡rcta, para facílitar ê aquis¡ção, perñuta ou tante apurado referente aos quôntìtâtivos de serviços executados a maior em função do superd¡men-
locação de bem móvel ou ímóvel, ou a aontÊtação de tetu¡ços pelas entidades referidat no ¿ft.
i¡onamento. Também somos contrár¡o5 a essâ tese, poìs, muitas vezes, a construtora não é ô autora do
projeto suPerdimens¡onado.
I' pot preço super¡or ao valor de ,nercado;
Por fim, a c¿racterização de um projeto superdimens¡onado é algo um t¿nto tubjetivo,
pois o projetista
(...)
tem ampla margem de discricionar¡edade nâs hipóteses que {âz sobre o carreg¿¡mento das estruturas e
Vl - receber vantagem econômicâ de qualquer natuÍeza, dírcta ou ind¡reta, para fazet decla- sobre os coeficientes de segurança âdotados. Coniider¿ndo-se que o projetista responde nâ esfera adm¡_
nção falsa sohre med¡ção ou avaliação em obr¿t públ¡cas ou qualquer outrc serviço, ou sobre nistrat¡va, cìvil e penal sobre qúalquer falha do pro¡eto, é bastante questionável que o âuditor de obras
quant¡dade, peso, ñed¡da, qualidade ou caãcterísti.a de mercadorì¿s ou bens foÍnec¡dot a aval¡e o dimensionâmento do projetistè e aponte eventual superf¿turamento
qualquer das entidades mencionadas no art- t" desta leí;"
No capltulo anterior. for¿m explicitâdos os fundamentos do superfaturamento por preços excessivos,
que o(orre quando há ônus ¡legâl parã ã Admin¡stração Púbfi(a pelo pagamento dot serviços especifi-
Ante o exposto, na execução de obras. o superfaturamento pode ser causado pelos seguintes fatores: cado5 em contrato com preços superiores aos de mercado. Tâmbém já foram apresentadas as formas de
cal(ular o supêrfaturamento por desequilibrio econôm¡co-financeiro ou jogo de plônilha, que o(orre
quåndo há o rompimento do equilíbrìo econôm¡co-financeiro iniciaì do contrato em de<favor dâ Adm¡_
a) pelo pagâmento de obras, bens e serviços por preços màn¡festamente superiores aos toma- nistração por meio de mudanças de quânt¡tat¡vos dLlrânte a execução dâ obra Nostóp¡cos â seguir serão
dos como par¿digma de mercado (superfaturamento de preços); apresentâdas as principais modal¡dades de superfaturamento ainda não estudâdas neste livro'

b) pelâ quebra do equilíbrio econôm¡co-financeiro ¡nic¡âl do cont¡ãto em degfavor do contrâ,


tante por meio da alteração de quantitat¡vos e/ou preços durante a execução da obra (superfa-
turamento por jogo de planilha);
c) pela medição de quantidâdeç superiores às efetivamente executàdaýfornecidas; pelo paga,
mento de serviços ou bens não executadoÿforñecidos ou, ainda, pelo pâgamento em duplicÈ
dâde de bens e/ou serv¡çor Guperfâturamento de quantidade);
d) pe¡a substitu¡ção de insumos por outros de qual¡dade iñferior ou pela deficiência na exe-
cução de obras e serv¡ços de engenharia que resu¡te em dìminuição da qualidâde, v¡da útil ou
segurançã (superfaturamento de quôlidâde);

e) pela â¡terãção dã metodoìogia exe€utiva dâ obra ou serviço;

f) pelo pàgàmento de reajustamentos irregulares de preçor ou pelâ recomposição do reequilû


brio e(onômico-f¡nance¡ro dos contratos forâ das hipóteses prev¡stas em le¡ Guperfaturamento
decorrente de reajustes irregulàres de preços);
g) pela d¡storçáo do <ronogramà fls¡(o-financeiro, também denominado ,jogo de cronograma";
h) pela antecipação ¡legal de pâgamentos; e

i) pela pror¡ogação ¡njustif¡câda do pra?o contratu¿l com custos adicionais para o contratànte.

Alguns autores aindà apresentam outro tipo de superf¿turamento, decorrente do superdimenj¡onamen-


to de p.oietos, por meio do qualsão estabelec¡das dimensões, quantidadeJ, e/ou qualidades de materiai9
ou serviço5, além dâs necessár¡as gegundo práticas e normâs técnicas de engenhãria vigentes à époc¿ do .
projeto.

41b ..417..
Orçam€n lo e Conlrole de P¡eços de Ob.às Públicàs
'''' " " "" "::lÎ:l:'j''91':::'1'Ï9:'::l1'*:::ÎT:'11Î
Ì
e o grau de precisão
1 8.1 Cálculo do Superfaturamenlo de Quantidade o cálculo dò superfâluramento de quantidade deve observar a natureza técnicâ
exemplo' em umâ obrâ
Por
existente nas estimativas e nos processos de medição dos serviços analisados.
de âr cond¡cionado do
de edificação nâo se admite nenhuma variação noç quantitat¡vos de aparelhos
O superfaturamento de quantidade decore do pagamento em excesso de quântìtâtivos executados em na obra. a pÌanilha de medição indicâr o pagamento de 78 aparelhos de ôr con'
tipo split instalados Se
menor quantidâde do que os medidos e efetivamente pagos pelo contrâtante. Pode ocorrer tãmbéh deve-se COnS¡derar que Um
dicionadO e â vistoria dâ obra constâtar a execução efet¡vâ de 77 aparelhos,
med¡ante o pagamento de serv¡ços em duplic¡dade ou, simplesmente, pelo pagâmento por serviços não de quàntidâde Pôr outrô
úniao aparelho de climatização não instalado caracteriza superfaturamento
exeautâdoç- alguma tolerância em eventual diferença entre 05 quantitativos medidos e os efet¡va-
lado, adm¡te-se
medição' quanto o de àferição
Pãra o cálculo dessa parcela, ut¡liza-se o somatório das d¡ferenç¿s enlre os quantitat¡vor med¡dos e os mente aleridos de um serviço de terraplônagem, poistanto o processo de
em levantamentos topográficos de campo, em que são feitas algumas aproximações
levantados pelo aud¡tor de obras, mediante ânáliie documental ôu mediante vistôr¡â dâ obra, multipli- se dá com base

cados pelos preços contrâtuâis. pode ter o mesmo r¡gor na medição de um comprimento de uma p¡rede de alvenar¡a e
Também não se
de alvenariã' â depender
no comprimento de uma sinalização horizontâlem obra rodoviária. o terv¡ço
so,-''"." no máx¡mo' enquanto o
= I[(q. - q'" ).P'] do caso, pode ser medido com um erro de alguns milímetros
pode
ou centímetros,
apresentar erros d€ metros até centenas de
comprimento da sinàl¡zação horizontãl da rodovia
ut¡lizado parâ medição da extensão do trecho da rodovia medido
Em que metros, a depender do instrumento e

qL é a quantidade do serviço "i" med¡dã e pa9ã;


quant¡dadê e de preço
q: é a quant¡dêde aferida do serv¡ço "i" efetivamente executad¿; lmputação de déb¡tos aos responsáveis quando ocorre o superfaturamento de
nos megmos serv¡ços,
pré o preço un¡tário contratual do serv¡çq-"i"; e
decorrentes do su-
É um câso em particulãr que necessìta de espec¡âl âtenção, pois âs parcelag de dano
So,,^,¡d,d" é o superfaturamento total de quant¡dade. distintos par(eias de dâno decorrentes
pedaturamento de quantìdade geralmente têm responsáveis das
que ex¡stem
ão sobrepreço. considere-se o exemplo apresentado na tabela a seguir para demonstrar
vár¡a9 formâs de divid¡r os débitos de quântidãde e de preço entre os re5ponsáveís'
No caso de obras ainda não inicÌadas, â ânálìse de quant¡tativos do orçamento é feitâ mediante o con,
fronto dos quantitat¡vos de serviços prev¡stos nâ plan¡lha orçamentár¡a com as quant¡dãdes de serviço ivos'
excess
Tabela l 6T - superfaturômento s¡multâneo de quant¡dade e de preços

w
afer¡das mediante cálcu¡os executados a partir da ânálise dos projetos da obra. Nesse caso, eventLrãl
dìscrepâncìa encontradâ é cãrâcterizâda como sobrepreço de quanlidâde e nâo como superfôturamento
de quantidade.
Nos ca5o5 de obras em execução ou concfufdas, deve-se, adicion¿lmente coñfrontâr os quântitativos
acumulados constantes das planilhas de med¡ção dos serviços com aqueles efetivamente constat¿dos
durante a realização de v¡storia na obra ou com os levantados em projetos,
M . f4B#$Ì $'r1,!-10df¡i{ð-réfl È liê$ffi flS,,q i,ä}.ËS..fi fiffi ffi ös,åts.ìôféä¡
Em qu¿lquer caso, o cálculo dos quant¡tativos real¡zadol deve observâr estr¡tamente o que d¡spõe o ca_
derno de encargot ou a especif¡cação técnica sobre ¿ formâ de medição e pêgêmento do ¡teñ analísado o supedaturamento combinado de quantidade e de preços é de R$ 90o,o0 (R$ 1 600'00 - R$ 700'00)

Porém, admitindo como exemplo que o respons¡ivel p;lo;uperfaturamento de


quantidade é o fiscâl da
No <èso de inexistênciã ou da imprecisão do9 cr¡térios de med¡ção e pagamento, deve-re adotaro critério
obrâ e que o responsável pelo superfaturamento de preço é o engenheiro orçamentista' há duas formas
estabelecido ou utilizado pelo 5istema referenc¡al que será util¡zado na ¿nálise de preços do serviço oLl
de outlai fonles consâgradas. de ¡mputar débitos aos responsáveis

No cômputo do tuperfaturamento de quânt¡dâde. deve-se consideràr eventual ocorrência de serviço9


extrôcontrâtuâ¡s, definidos <omo servjços efetivamente realizâdos, mas que não foram medidos ou não Pode-se calcular primeiro o superfaturamento de quèntidade e depois o de preço- Assim' o
integram a plan¡lha contrãtuê¡, Quando detectadot, os serviços extr¿contr¿tuais representam um (réd¡to. fiscat responde por 60 un¡dâdes medid¿s è mait p;lo preço contratual
de RS €'00' ou seja'
em favor do contratado contra a Administr¿ção Pública, poìs ñesse (aso: vez, o orçamenti5ta reiponde pelo 5obrepreço
un 5uperfaturamento de R$ 480,00. Por sua
de R$ 3,OO nas 140 unidâdes efetivamente executãdas, equivalente a um
superfàturamento
de RS 420,00. o Total do superfaturamento imputado será de R$ 900'00'
Q! é zero, pois o serviço extracontrãtual não foi pago med¡do ou pago;
De outra forma, pode-se calcular primeiro o superfatur¿mento de
preço e depois o de quân-
ql, éâ quântidade afer¡da do serviço extracontratual "i" efetivâmenle executâda;
t¡d¿de. o orçâmentista responcera pelo sobrelàço ¿e n$ ¡,oo nas z0ounidãdes medidae e
o preço unitár¡o par¿d¡gma do serviço extracontrâtual "¡" , visto que não existe um preço
pr é pàgas (Rs 600,00), enquânto o f¡scal responderå p"lo d"ruio .on,id" tal qt.:"^ "-1'I'o"t"tt:
(R$ 3oo'oo) o total do
contratual para o alud¡do serviço. das 60 un¡dades não executadas pelo o preço pJr"J,n." ¿" a¡ 5'oo
superfaturamento impulâdo também será de R$ 900.00.

4't8.. 419..
Orçar¡entoe Cóntrole de Preços de Obras P¡lblicâs cápnxlo l3: Qùr¡o3 fipos de 5ùÞel¡turàñenro

Osdois (ritérios parecem igualmente plausíve¡s e, em ambos os casos, há a mesma imputação do débito onde:
total deR$ 900,00, mas em cada um deles o orçamentista e o fiscèl estão 5endo penal¡zâdos individual-
mente por quânt¡ès diferentes.
Portènto, a melhorforma de ver o ôssunto é considerar que o f¡scal, quando em coñluio com o contrata-
Sou¡fdâdo é o superfaturamento devido à execução de serviços com qualidade deficiente;
do, decide desv¡àr R$ 480,00. Ao medir a mais, ele sabia exàtamente quãl o dano que estava causando ao qio é ô quârìtidãde do serviço "i" com o nível de qualidade especificado no edital ou contrèto;
contr¿¡tante, Enquanlo isso, o orçâmentista não tinhê q ua lquer contro le sobte o que estava acontecendo
quàntidade de serviço com qualidôde alterad¿ efetivamente executado, em substituição
qr, é a
na fiscalização da obrâ.
âo serviço "i" originâlmenle especificado;
Por isso, entende-se que o orçament¡sta não pode responder por algo sobre o que ele não t¡nhô quâl- piPreço unitário contratual do serviço "¡" com o nível de qualidade especiJicado no ed¡tal ou
quer controle (nem (¡ênci¿, tâlvez). Já o fiscal, ào medir a mair, sabia (ou poder¡â saber) exãtamente o
contrato;
prejuízo que seu "erro" causar¡a por esse ato (no câso, 60 x R$ 8,00). Assim, considera-se que a prime¡ra
opção de ¡mputar débito aos responsáveis é. em regra, a mais adequada. pié o preço unitário de servìço com qual¡dade alterada efet¡vamente executado, em substitu¡-
ção ào serviço "¡" originaìmente espec¡ficàdo. 5erá âdotado preço un¡tário previsto na plånilha
Arsim, no floxograma de (álculo de superfatur¿mento que rerá apresentado no capítulo segu¡nte, pre-
contratual, se o novo serviço com qualidade alterada esl¡ver previsto no contrato. cãso contrá-
conizã-se que o superfaturamento de quantidãde sejâ câlculado antes do superfaturamento de preços.
r¡o, adotêr-se-á um preço parôdigma de mercado pâra o serviço executâdo com a qualidade
Contudo, tâl regra não é absoluta e deve ser aval¡adâ em (ada (a50 concreto.
âlterâda.

Nos casos onde houve comprovÂdâmente subnituição de serviços ou insumos poroutros de quaìidade infer¡or,
18.2 Cálculo do Superfaturamento de Qualidade ar quant¡dades atestadas pelâ f¡scâl¡z¿ção para esses serviços podem ser desconsideradas, pois osgervi(og
or¡gi-
nais não forâm efetivamente executados. Os quantit¿t¡vos dos serviços executados com qual¡dade infer¡or ou
sem ¿tender ao espe(ificado no edital poderão serconsiderador pelo auditor de obrat desde que a qua¡idade
O superfôturômento de qualidâde surge de pagamentos por serviços executados em desconformidade
inferior ou o não atendimento da especifi(ação técnica não comprometâm a durabilídade, delinação ou via-
com âs especificaçöes ou normas técnicâ9, Também pode ser decorrente da adoção na execução do ser-
bilidade do empreendimento.
v¡ço, de mâter¡a¡s com qual¡dade inferior à espec¡ficâda nâs respectivas composiçóes de custos un¡tários.
O custo direto efet¡vâmente incorrido pela contratâda parâ a execução do servÌço é menor, m¿s essa Apresenta-se o exemplo de um pilar de concreto que foi originalmente especificado com concreto de Fd = 35
d¡ferença não é cont¿bil¡zada nô planilha orçamentária contrâlual, N¡P¿. Após ¿ reêlização dos ensaios para o (ont¡ole tecnológico do (oncreto apl¡câdo no referido elemento es-
trutural, constãtou'se que o concreto utilizadotiñhâ Fd = 20 MPa. Conforme enfatizado, o método da alteração
Trèta-se da modalidade de superfèturâmento màis d¡fícil de ser quantific¿da, pois nem semp
do5 serv¡çossó pode ser utilizado se não houver comprometimento da durabilidade, dest¡nação ou viâbilidade
gue prec¡ficâr os prejuízos âdvindos dâ execução dos serviços com quâlidade defic¡ente, podem-se adotar
do empreendimento. Portanto, adm¡te-se noexemplo que, apósavaliâção do projetista da efruturà, não hou-
os seguintes métodos para quant¡ficar o superfãturamento de qualìdade:
ve necessidade de fazerqualquer reforço ou reparo no p¡lar com concreto dê resistência infer¡or.

Assim, ne5se exemplo. o su perfâtu r¿ menlo de quãlidade ser¡ã âpurado mediantea mult¡plicação dovolumede
18.2.1 Alteração de Serviço concreto aplicado no pilar pela d¡ferença entre os preços unitárìos dos concretosde F.L= 30 MPa e Ê¿=20 MPa.

.18,2,2
Por esse método, converte-se o superfâturamento de qualidade em superfàturâmento de quantidade. r' Custo de Reparo dos Serviços Defeituosos
Pãrã o cálculo desse superfâturamento, faz-se o somatório das diferenças entre os quantitativos originais l
dos serviços que t¡veram ã qualìd¿de alterãda e os quantitat¡vos dos serv¡ço9 com quãlidâde defi(¡ente,
Em diversâs situâções, â conversão do superfaturamento de qualidade em superfaturamento de quan-
efetivamente executados, multiplicadâs pelos respect¡vos preços, conforme equação a seguiti :.

tidâde mostra-se insuficiente pâra quantificar todos os prejuízos dâ contrâtante. lsso porque 05 serviços
executados em detconformidade com as especif¡cações ou normas técnicâs podem exigir repârot.
s*.*,," = tt(q: 'p: ) - (q:" p:)l Utiliza-se o mesmo exernplo de um pilar executado com concreto de resistênc¡a à compressão inferior
ao especificâdo no élculo estrutural, m¿s nesse caso gerando a necess¡dâde de se fazer um reforço es-
trutural mediante aumento dã 5eção tranrversãl do pilar defeituoso. O (usto do serviço de reforço pode
ser mu¡to 5uperior à diferençâ de preços entre o concreto especificado e o efetivamente executado. Hå
Gsos, inclusive, em que pode ser necessár¡a a demolição do serviço mal executâdo e seu (ompleto re-
f¿zimeñto, Dessa forma, o superfêturamento cotresponderá âos custos diretos e indiretos de todos 05
serviçor associâdos âo reparo dos serviços defeituosos.

.4n 4A
role dc Preçor dèOb¡¡s Públicâs Capílulo 18: Oulros Ìipos de Superfâturãmeato

18.2.3 Perda Econôm¡ca Decorrente da Redu ção da Vida Útil "9.1. ptoñoveL com base no art. 43, inciso ll, da Lei n" 8.M3/92 e no ad. 250, inciso lV do Reg¡'
meñto lnterno, a ¿udiênci¿ do 5t I-.-1, para que aprcsente, no prczo de quÌnze dias, ftzões de
justif¡cêt¡va, tendo eñ ýista as seguíntes ocorrências:
Em alguns cêso5, não foi o mater¡ar utirizado que deu causâ ao superfaturamento de quaridade, ûìas
sirn
a própria execução do serviço que causou a sua não <onformidade. É o caso de uma rodoviâ cujo (...)
índice
de ¡rregufaridade longitud¡nêl ficou excess¡vamente elevado, causando t¡ma redução de sua vida útil. 9.1.4. prát¡ca inef¡ciente e antieconômica nos Edita¡s de Con.otêncía [ ] de p!evl5ã9-de3pe:
Nesre exemplo, não caberia ut¡lizar o custo de reparo dos serviçor defeituosos. pois a correção dos ¡acões de Escaýa
vícios
pode ser economicamente inviável. Deve-se, portanto, estabelecer algum pafåmetro econômico to longas. mesrno quando disponíveit escavade¡rãs e pás caïegadeíras que, nestas distánciaí
objetivo
para relacìonar a perda da vida útil ¿ não conform¡dade do serviço executâdo. naioÍes, possuem produt¡vidades superiorcs e custot infe ores ao o\ado;"

1Bj2.1V.alg! lfgse!.lgLíquido perda de Rece¡ta Decorrenre da Menor


@ eualidade Por fim, ressalta-se que â cÂracterização dessa modãlidade de tuperfaturamento não
pode deixar mar-
gem aìgumâ de dúvida, ex¡gindo extrema cautela e bom senso do aud¡tor de obras Afinal, não se pode
confundir o superfaturâmento de(orrente da alteração da metodolog¡a execut¡va com o
ganho de efici-
É outro critério objetivo e fácil de ser uti¡i¿ado nos empreend¡meôtos que geram receita e tiveram que
tersuas atividades suspensas pâra possib¡litar o reparo ou recuperação de serviços ou instalaçôes ência obtìdo pelo construtor na execução da obrâ, em bus(a de minimizar os seus coltos
não
conformes Por e)(emplo, ser¡a o critérío adotado quando â correção de um detalhe execut¡vo ou â troca Em últimâ inståncia, observâdàs as espec¡ficaçõet do serviço å ser executado, compete ao construtor
de um componente defeituoso de uma usina h¡droelétrica exige a paral¡sação dâ geração de energia por adotâr a forma de execução que melhor lhe convém, desde que outro método não sejä imposto pelas
um determinado período. normas Ieq¿is vigentes ou pelas especif¡caçöes presentes no ed¡tal ou no contrato Dessa forma, apenas
erros crèssos na elaboração do orçamento ou das especificações dos serviços podem or¡ginâf posteriof-
mente o superfaturamento poralteração do método de execução Se o orçamento previu a execução do5
gerviços utilizândo equipamentos ou métodos compatíveìs com as boâs técnica5 dâ engenhâr¡4, não se
18.3 Superfaturamento Decorrente de Altera ção da Metodologia Ëxecutiva pode afirmar que houve alqum tipo de dano ao contratante, caso o empreiteiro contiga algum ganho de
efic¡ência no decorrer da obra, mediante a ulil¡zação de equip¿mentos de maior produção ou técnicas
mais modernas.
Essâ modalid¿de de superfâturamento é semelhônte ao s{rperfaturâñento de qualidade e ocorre quan-
do o projeto especìfica um equipamento ou uma metodologia claramente ¿ntiecÕnômicâ ou urtrapas-
sada para a execução de um determinado serviço. É exâtamente o (âso ¿presentado no exercício 3.7 do
terce¡ro capítulo, em que o orçamento ânal¡sâdo previa a absurdâ hipótese de se confeccionãr todo o
18.4 Sup erfaturamento por Reajustes lrregulares
concreto necessár¡o pâra a construção de um estádjo de futebolem betoneiras de j2O litros.
Apresentando o¡ttro exemplo, em obras rodoviári¿s, às vezes, pode_se constêtar que o projeto prevê
operâções de escavação, cargâ e transporte com motoscrapers para d¡stâncjas mujto longas, repreren- A Le¡ de Licitações e contratos prevê algumas situações em que poderá haver alterações entre os valores

tando ant¡economicidade nâ elaboraçâo do orçamento, enqu¿nto deveriâ hôver previsão da ot¡l¡zação Contrâtados e pagos, Por exemplo, nos seguintes casos:
de pá carregâdeiràs e caminhões bâscujantes para as d¡stâncias mais longas. Re¿justamento: O reajustâmento contratual está p.evisto no artigo 40, inc Xl da Le¡ n' 8 666/93 É a atu-
Segundo, lsaa( Abramr. em 5ua obra p¡anejamento de Obras Rodov¡áriâs, para distância tranrpo.te de àfiz¿ção do vâlor contratual em face d¿ ¡nflâção pela aplicâção nâs pãrcelas devidas de índices setor¡a¡5
900 metros, a produt¡vidade dos motoscrapers cai para menos da metade em compar¿ção com distånciat que refletem com mais exatidão â v¿riação de preço5.
até 150 metros. O autor âinda adverte que deve ser ¿nâlisada a conveniênc¡a da utìlização de motoÿ Recomposição ou Revisão: repactuação do contrato, por a(ordo entre as partes, parà manter o equilíbrio
crâpes paaâ distáncia5 maiores, visto que será m¿is econômico utilizar trâtor de esteiras. carregade¡ras el econôm¡co-f¡nanceiro da avençâ, nas condições estìpulàdas pela alínea "d" do ¡nc. ll do art 65, dâ Lei
(aminhòer, ou esc¿vadeirag e (àminhöes. 8.666/93.
O Tribunal de Contas da União âpreciou câso semelhante por meio do Acórdão 2.065/2007 - plenário; ri O superfaturamento por reajustes' irregulares pode ocorrer em várias eituações d¡stintãe'
onde se deliberôu:
A legislação proíbe expressamente a previsão ou a concessão de reajustes em prazo infer¡or a 12 (doze)
r¡eses, conlâdos a partir dâ data previst¿ para apresentação da proposta, ou do orçamento a que essa

2 A r4i5¡o e o feajure 5ão i¡srìlutos ju dirosdirlinroroRùjunevisame¡amenreãplidacorèfãoñonetáfiârobrèosvalores.oñl.atàdote¡quanþa


ao coni'ato Á
t"" o equ¡llì¡ioeconam¡io-lìnanceirc dô conrrato. o reajusre pode,er reiro porsimpres ðPo5tìlamenlo
l ABRAM, lsæ(. Planêþm rodeobrðs¡odov¡áriadrsâacÂbram,Satv¡dôr sralt2OOl-pq lf]_ "",¡ po, "i"rp"i'çì"1"0,
r.u¡an ruu *,niu!,ir d"'*omóor
ivo (on;aralp¡ia sua fomàtÞafão. com p';¿o ùosr¡opaÈ a on(e$áô. o rcajûrr€ só é câbirelap& o
¡rt*oi"¿" ¿r""dbõe dà o'o@stà. Por odlro lado ¿ rw¡¡o¿ øU'etàçãoao
ver ¿ qualque¡ rsmpo dPtdeq¡ h¿j¿ motiÿo
(làlo iÌP¡evnível molNÔ
¡. to ".,""-*,
r" mãor..io ro,i,.io. ,,¡"r¡oië¡Iin(;o ¿e imponoi or ).anreo e¡poro. nà denomiñà(ào d8s mod¿l d¡dê de supel¿ru'dñPnlo
urilizd eÊ o lemo

iji a. preçoì aroremes de revrao onroû¿r quàiro do rearune p¡opriã M'e diro
.;;l;:;.i.¡'¿å'"
"""jÄ";;;';;;;; ',"i '"¡.ç¿,'
O.çâhe¡ro ë Conl¡ote dê preçosdcObras púbticâs
Capilulo13i Outros tipos de Superfaturame¡ro

proposta se referir. portênto, pode ocorrer prática


a de pôgamentos indevidos por reèjustÀmento
prazo inferior a um êno. Nesse c¿so, em Portânto, não se adm¡te que os preços dos serv¡ços extrapolem os preços de mercado, mesmo que causa_
todo o reajr.rste pago ante, ao pra.o teg"tï .arâcter¡zado
superfãturamento. situ¿ção coñum também é como dos pelos reajustamentos corretamente previstos contratualmente. Os preços devellt, po¡s, durante toda
o ."ro i.-qu" o .ontrJa" ir"
ação que jmpede â Admin¡stração pública o?""ã *"¡*"mento. situ_ a execução do contrato, estar em consonânc¡a com os preçot pratjcados no mercado, bem como atender
de concedê_lo.
às vâriações toleráveis nos preços, conforme previsão nos editâ¡s corretpondentet de forma â manter o
Esse tipo de dano tãmbérll pode
ocorrer em.virtude de erros de cárcuro de reajustamento, equilíbr¡o econômìco-f¡nanceiro in¡c¡âlmente pâctuâdo.
ou não, ou pera a adoção de critér¡os de reajustamento -r"iit-"o ¡ntencionãis
corn índices que n;o a" ,erhor forma
a variâção dos custos do objeto contrat¿do, O cálculo de eventual superfaturêmento nessa modalidade necessitará de análises anuâ¡5 n¿s datas-ba-
situàção em qr" o aon,"n," O".rflrfaturamento
ser (atcutado por meio de novos cátcuto! de pode ser do contrato e a comparação dos preçot (ontratuais reàjustados com preços de mercado, âdotando_se
re"¡urt", u"s""ao, e. in;;;;';d"oJä;, o*tos
de erros. o método de análise de preços ma¡s adequ¿do dentre os apresentados no câpítulo anterior.
um exemplo da apl¡cação de índ¡ces não condizentes "
com o objeto em execução seria o uso de indicado-
res de variação dos preços de combustíver para Por f¡m, o superfâluramento por reâjustes irregulares também é observado com alguma frequênc¡a nos
reajuste de contratos de serv¡ços de terr¿pranagem
uso de indicêdores médios de inf¡ação quando ' ou o cagos em que a Administrâção Públicâ procede à rev¡são do contrâto fora das hipóteses prev¡stas na alí-
methor seria aplicar fn;;";;;;; neâ "d" do ¡nc. ¡ldo art.65, da lei8.666/93:
Mesmo que o índ¡ce de reajustamento utir¡zadoiejâ (orreto,
é necessário verif¡car, nos contratog de roh-
ga durãção, se o índice realmente
tem conseguìdo refletir a variação de
há um lapso r¡ìuito grande entre a l¡citêção e pagamento Ol."ro, Oì a"r."Oo, poO OuunOo
o dos serviços, o, p."ço, a"u"., arr"n,u toau "d) para restabelecet ã rclação que as partes pactuaÍam iniaiâlmente entre os encargos do con-
execução do contrãto, u
estar em consonânci trêtado e a rctríbuíção da adminittração para ê justa remuneração da obra, teNiço ou foÍnecí-
equiríbrio econômico_rin-."i." i",lãr'"",ii"ili::::i:å1':i.*ïJ"ïlllï,lÌJäüîåilï.i mento, ob¡et¡vando a manutenção do equ¡líbt¡o eaonômico-fìnânceio inicial do conttato, na
me¡o da Decisão n" 1.045/2000 sobre o âssunto: h¡pótese de sobrev¡remf¿tos ¡mprevitíýeis, ou prev¡síve¡s porém de contequênc¡as ¡n.alculáve¡|
tetadadorcs ou imped¡tivos da execução do ajustado, ou, aínda, em caso de forya m¿ioL caso
fortuito ou fato do prínc¡pe, configuÈndo álea econôm¡ca extraord¡nárìa e extracontratual.-
"( .)chegamos à concrusão de que o contrato sofreu desequ¡ríbtío
econôm¡co f¡nânce¡rc deví_
do,a do¡s fatores, o primarc dev¡do à apticâção
A. u. ¡rair" in¡ro-ài rî"¡ri",".'r"n"no" O*
vido a.o grânde lapso de teñpo, quase ttês Se a revisão for conced¡da sem amparo legal, é nulâ de pleno direito e todos os seus efeitos f¡nance¡ros
anos, o*rr¡ao entì" coriurJl* à
das obrat, com o agravante deste espaço "*rr"
temporal set imediato" à implantação" do ptano^n,o
Real,
càr¿cteriz¿m Supertôturamento por reâjustamento irregulat
no qual ocorreram express¡vas vai¿ções de preços
genéricos de atualização monet¿ria.
nao necessaram[nie r"i"oi
o*
*
Este eýentual descoñpêsso entrc
e aqueles existentet quando da contratã
"on*
Oì",*irurU"O", ¡.¡u
após um tonso processo,,o,,,.ir,iiiÍIi"Í"Tiå';:i".:'::::;"ü"t"r\;:,,r,;:i::;::::: 18.5 Superfaturamento por Adiantamento de Pagamentos
menot devido às novas condições econômicas e_ qu. pror"rro'
o produi¡* ,"rru'^*r¡fu, a"
consequênciâs incatcutáveís pois a quêntÌficação prevA
àa varøçaL aii,r"r", ál nrrr.,
,ro
é de foña ãlguma porsÍÿel. Os art¡gos 62 e 63 da Lei n.4320/64 definem que os pagamentos somente poderão ser efetuados apó5 a
regular l¡quidãção de despesa. Portanto, é vedada â reâl¡zação de pagâmentos ao contratado sem que
,robtemàtic¿ neste ponto ret¿tada, não ne.essariamente esta a sotucio- hâjã Â efetiva comprovaçâo da prévia contrapartida, salvo em casos excepcionais. conforme Acórdão
l1!-"_,:!!r::,n.i" " tndrcet ãdequ¿dos de coffeção monetá ã,
',:::,1_.-":l
::"-:"-*com uma haja vista trabêtharem o, TCU n'606/2006'P¡enár;o, "medìånte ãs ¡ndispensáveis cautelas ou garantias. efetuando-se, posterior-
xtqt<e5 ue correçao
9ama muito ýasta de produtos e que uñ específíco produto pode mente, os respectivos descontos nos créd¡tos da empresa contrâtôda em valotes atuâl¡zados na forma do
não ter sua variação de prcços efet¡vamente demonstraaa peÅ
inaice, [Ãi"i. Li" 0"" ,.0" contrato". Ainda, conforme Acórdão TCU n" 1.442n003-Ple átio:
ter pâfticÌpaçào sign¡lic¿tiv¿ em determinado
¡nstrumento contr¿tual, ,oro ,'uøu'À'r"o no pr"-
sente caso, alet¿ndo o equilbt¡o econòmico lin¿nce¡rc
da avençà. ir" o.rì",'iiì4..* *r"
determ.inãdo.ao rcsponsável a reavãliação dos preços
compat¡bÌl¡zá'los.om aqueres prcticados no mercãdo,
praticados no contraü lrïiía" ,r¿" "Quanto ao pagamento antec¡pado, forçoso reconhecer que ete não é vedado pelo otdena-
nos temosda Lei 8.666/93,-a¡t. os, inciso" mento jurldìco- Eñ detetuinadat sÌtuaçõet ele pode ser aceito. Mas esta não é a regn. Otdi-
nafìamente o pagamento leito pela Adminìstñção é devido somente após o cumpr¡mento da
(...) o desequilíbtio do contrâto é uma
rcalidade, ,endo adequada a deterrninação pîoposta
ob gaçâo pelo paft¡cul¿t.. Julgo mãís adequado condíc¡onat ã poss¡b¡lidade de pagañento
para a teavaliação dos preçot praticado, no antecipado à exittência de ¡nteretse públ¡co devidanente demonstrado, prcv¡são no edital e
Contrato s5/g4; _ tat rcavàtnçio
mente, obiet¡vat o restarcimento ao Erá ô do prcjuizo
i"riiuuurø- ex¡gênc¡a de garantias. "
causado pela ur¡uìri¿iJuL*c.,
t¡f¡cadamente âttos, sendo que a não reavãti¿çe" a*n, pr"ço-
nlr"
de tomãda de contâs espec¡al; (...)',
i"ri
,.ìilll"-a{,ru""r"cr,

And.é pac¡rioniBa€t¿ .474..


425
Orçamenlo e conlrole de Prcços de Obrâs Púùlicas capílulo lS OuÛos IiÞotdè Supelarùr¡menlo

Realmente a posrib¡lidade de pâgâûlentos antecipados encontrê-se prev¡sta no art.40, ¡nc. XlV, alínea
"d" da Lei 8.666/93. Entretanto. em alguns c¿lsos, percebem-se pagamentos ântecipados não previstos 1 8.6 Superfaturamento por Distorção do Cronograma Físico-Financeiro
em ed¡tal sem ê prév¡a contrapartidâ do contratðdo. Tal prática, mesmo que o seryiço sejâ prestado em
perfodo poster¡or ao seu pôgamento, fere a leg¡slação e resultà em aumento ¡ndevido da margem de
O supertaturamento por distorção do cronogràma fi5¡co-financeiro, também denomÌnado "jogo de crono-
¡ucro dâ construtorã por g¿nhos financeiros em detrimento do contrâtânte. provocando ¡rregulârmente
grama" originâ-se em orçâmentos que apresentam preços un itários su periores aos de mercado nos serviços
um deseguilíbrio econôm¡co-financeiro no contrato em fâvor do contràtado.
â serem executados ìniciâlmente, coñpensâdos por reduções significativês rìos preços dos serviços a exe-
Para se calcular essa pârcela de superfôtur¿mento. pr¡meiro deve-re estabelecer o período de tempo cutâr no final do contrato, de forma a manter o valor global do contrato dentro dos valores de mercado.
entre a antecipâção do pagamento e ã dâta da efet¡va realizàção do serviço a que ele se refere. Defin¡- distorção no cronograma físico-financeiro da obra propi(iâ âo contràtado auferir g¿nhos financei-
Essa
do esse período, os v¿lores antecipados deverão ser descontãdos pela tâxa selic desde a data da efetiv¿ ros à curta da Administração, ou até mesmo paralisar a obra apóster executado os serviços que Ihe bene-
prestação dos serviços até a data dâ ¿ntecipâção ilegãl do p¿gamento. poderão ser calculâdâ9 vár¡¿,
ficiâm. sob â alegação de que os serviços restãntes encontrãm_se em desequillbrio econômico-financeiro.
parcelàs, umô vez que pode ocorrer majs de uma antecipâção no mesmo aontrato. O quadro à seguir
É oportuno destacar que o jogo de cronogramâ é uma prát¡ca bâstante difícil de ser evitada
pela Adm¡nís-
exemplifica o cálcu¡o desse tipo de superfaturameñto em um caso hipotético, onde do¡s 5erv¡ços, serviço
"X" e serv¡ço "Y". sofreram antecìpação ilegal de pagâmento: tração Pública ou, âinda, pelo contratante privado. Ainda que o editâltenha estabelecido critérios de aceita-
b¡lidâde de preço unitário, at licitantes d¡spõem de artifíc¡os para inflar o preço dot serviços iniciâ¡s da obra
Tabela 168 -Apuração do superfaturamento por ådiantamento de pagamentos. Por exemplo, determìnâdâ licitànte pode sagrar-se vencedora de um (ertame com 20% de desconto em
re¡ação ao orçâmento-base da Administràção, e com todos 05 preços unitár¡os inferiores aos prev¡stos
pela Administråção. No entañto, a proposta da li(itante pode âdotâr os preços dos serviços da primeira
metadê dâ obra sem nenhum desconto em relação ao orçamento b¿se, enquanto os pfeços da Segunda
metâde da obta foram cotados com 40% de desconto. Apesar de não haver Superfâturãmento nesse
tÌ.ul{fa exemplo, há fundado risco de a construtora abandonar a obrã, depois de executar a p¿rte que lhe é
2.0m 1.0m,0( 2000.@fi ¡nteressante. além d¡sso, o abandono do contrato leva å ocorrênc¡a de iogo de planilha, pois os valores
345?011 1000,00 510.o9.11
p¿g09 pelos serviços que forâm executados estão com des(onto inferior ao desconto méd¡o contratado
3ßOA1,U
Para ev¡tar tal situâção, recomenda-se que o contratante proceda à un¡formização dos descontos ao
l0m@0( 91{.339,8?
longo do contrato, de modo a se resguârdarde potencialprejufzo Podeadotarofator"kappô"descrito
S{btolrl ¡.ferorlo ¿o S.¡Ý!þ T ?.000000,00 1.&53.306,{ 1¡r.69¡,t no capítú1o13 ou estabelecer umâ cláusulà €ontrêtuâl oìr edilalícìà prevendo um critério de medição e
2.000.000,0( pagâmento d¡ferenc¡ado parâ os serviços iniciais da obra, em especial parâ a mob¡l¡zação, ¡nstalação do
5{x ?.0m,0(
canteiro de obrat e os serviços preliminâres. Por exemplo, o critério de medição e pa9âmento diferencia_
50( 2.000,00 1.000.0m,00 910 590,r5 do dos 5erviços ¡nic¡¿¡s pode prever a retenção de determinâdo percentual nos pagamentos. por exem-
plo, 20%, os qua¡s seriam restituídos paulatinamente nos pagâmentos restantes ou apól o re(ebimento
definitivo da obrô.
Sublol¡l rofèrenli S.¡Ýìç! -ÿ'
Considerando que ot orçamentos são comumente elaborados em consonância (om a ordem de execução
¿o 2.033036,1t

for¡l do suprl¡ru¡¡[¡nto ¡or p¡g¡nànt8 ânto.rp¡dos


dâs etapas da obra, é relativ¿mente fácilconstatêr ojogo de cronoqrâmâ, Ass¡m, para verif¡càr a eventuâl
l) adolousea rómùlà do dosø¡lo 6do¡al composb (por dentþ) pâm cãtûltaf o Ejor rotãt dsscont¡do; ocor.ênaia de jogo de cronograma, o gestor públ¡co ou a equípe de aud¡toria podem quantificar as d¡fe-
adobu-se 3 dab.baso do adia¡tanenlodos pâg¿nmbs @ho odgem dodébio. renç¿s entre os preços unitár¡os do olçâmento bas€ dâ l¡citação e os do orçamento da contaatada Dois
exemplos de planilha pêrâ verif¡(ação dâ ocorrênc¡a dejogo de cronograma são apresentâdos nas páginas
seguintes. Ao se deparâr com evidênc¡às dejogo de aronograma, pela adoção de des(ontos excessivos nos
Observa-se que a dèta-base do superfaturamento apurado por esse método é ¿ datô em que ocorreu a serviços finâis, deve-se verif¡câr se os preços un¡tários desses serviços são realmente exequíve¡s.
ante(¡pação do pagamento. Assim o superfâturamento nomina¡ àpurâdo, Rg 258.657,36, ertá dividido Para o cálculo da parcela do superfaturamento por distorção do cronogrðmà físico_financeiro dev¡do
em três datas de oaorrênciâs que deverão ser discr¡minadas pâra possibilitèr a quantiícação do valor à adoção de preços unitár¡os super¡ores às re{erênciâs de mercado. é ne(essário fazer um bâl¿nço de
total do dano no momento em que ele for cobràdo pelo contratante ou ressar(ido pelo conttatàdo: diferenças entre o devido e o pâgo em cada med¡ção. Então, pode-se montar uma plânilha semelhante
à àpresentâda no tóp¡co anterior pâra a apuração do superfaturâmento por antec¡pação ílegal de pa-
Tabela 169 - Resumo dos débitos e respedivas datãs de origem. gamento, descontândo-se pela taxa Selic âs diferenças apuradas entre âs medições efetuadas ¿ preços

WffiTffiffiffi
@WWffiffiffi
contratuè¡s e as mediçóes devidat a preços de mercâdo.

Nè práticâ, o superfàturamento apurado pelo jogo de cronogrâma tende a 5er pouco relevante em ãrn-

wffi¿ffirïiffiffiffiþ'ffiå bientes com taxas moderadas de Ìnflação e juros, mesmo com grandes distorçöes nos preçot unitários'

-.....426.

k.n¡*.:.-
Capítu{o 13: Oorrosfipos de Superfaluråmêñto
O.çamento e conrolede PreçosdeObras Públicas

IEEIEEE
ffiffiffiffiffiffiffiffiffiw
A Le¡ 12.4652011 (LDO?O12, traz regÊ aplicável âo (âso de regime de empreìtada por preço global (ârt.
125, 5 6', l), segundo a qual, na formâção do preço que constariá das propostas dos licitantes, poderão ser uti
li¿ados custos unitários d¡ferentes dos informâdos no sistemâ referencial pertinente (5inap¡ ou Sicro), desde
que o preço globalorçãdo e o decâda uma d¿s etapas previstôr nocronogrâmâ físico-finà nceiro do contrato
fiquem iguais ou menores que os respectivos valores calculados a pa¡'tir do sistema de referência uti¡izado. ffiffiffiffiffiWffiffiWW WW
Tabelâ 170 - Planilha <om exemplo de verifìcação de jogo de c¡onog¡âr¡a, com base na (omparação entre os des-
ffiWffiffiffiffiffi
IW äWåffiffiW IW IW E E I
ffi ffi ffi
ffi ffi ffi
contos do orçamento contratado em relðção ao orçanento base.

ffi Wffiffiffi ffi


I
ffi
I E E I
Etr EE I
ffi ffiW Wffiffi ffi ffi W ffi W
IEEEIÐEE
ffiffiffiffiffiffiffiT;..tËfäffiiWffiffig
ffi ffi fitrffiffi ffi ìîåffi trffi ffi ffiåM ll{ËiÞåi:
Rìffi FffiÌ,rì t''¡.ìi. T?ãrqþ9 $:..ffi ä¡iÊþl
ffi
ffi
ffi
W ffiffiffi ffiffiffi ffi ffiffi ffi
ffi
ffi ffi ffi ffi ffi
WWfifr ffiffi Ãffiffiwffiw ffi ffi ffi W
1 1fi

trffiWfffi.fr HlxiÌi*i5ndi*ffi iåëffi ffi g ffi ffi


ffiffiffi
ffi*',isRffiãN$ft dlffi
IEEEEEEE
ffi ffi
IETEETTEEI[
ffi ffi ffi Kr.Þffi ffi ffirïî* gË#ffi ffi ffi ffi
ffi
ffiffiffi
ffiffiffi ffi
ffi
ffi ffi ffi ffi
ffiffiffiffiffiffiffiw-ffiffi,ffiwffiffi ffi ffiffiiw ffiffiffiffi WW ffiffiB ffig ¡ffi ffi
ffiffiffiffiffiffiffiH'#fffiffiffi ffi WffiffiHffi Wffiffi ffi ffi ffi
ffmftH6{13$Êffii&8
ffi
WffiWffi
I
ffiffi
EËEEI
lil4iXãtrffi fffiirñffi Lffi irä.${tr}ì¡"rlìEâffi ?È3WÍ6tr
ffi ffi ffiffiffi ffi ffi ffi ffi ffi
ffi
ffi
wlffi$ffiiw
ffiffiffiffi ffi ffiffi
ffiwffiffiffiffi,ffiffiffiËffiffiffiffiffiffiffi
ffiffis&s&i&Éß#ffiHffi#w
ffi
I
I
ffi E I E E
ffi
ffiffiffi E ffi ffi
II E E
E
E
ffi ffief Ë!ffiBffi #ffi Þf ffi tl E I E r E
ffi ffiffiffiffi ffi ffi ffi ffi W
w$ÌÉmffi ffi *:sf fr Wffi it#F.J,ì{tÞå.},iËlt¡ÈiBffi ¡i?-?ÍülWÐKl

ffi ffi.#trffiWffi Ëfr.fð*#ffiffi fWffi F;,iL,ffiT&Wrffi .ffiW

ffiffiffiffi ffi W ffi ffi ffi


ffi ffi w"tfr *eätl1ã#"Ý.Ë*ìÈl -.iïf.ìP},-,ffi $,, ffië
ffiffiffi ffiffiäëffi ffiffiffiiìw.æ#trÆffiffi
8*ft.r:..çir$. {, .1!i

ffi
ffiffiffiffiiffiÆffiffiffi{ffiHffiffi
ffi ffiüffi ffi ffiffi ffifte ffi$ffi ffiffiÃü hwr¡Þ $åg{fr*ì& åq;l#w
I ffiffiffiffiwi E I E E
ffiffi ffi
E
ffiffi ffiffi ffiffi
E E E
IæEEEET' E I
ffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffiffi
EEEEE
ffi ffi ffi ffi r)ffi ffi ffiffi ffi ffiffi Ë.*ftftrë
ffiffiìûffi!ffiffiiKçff"åÞt&#HuÈeþ¡.iF*s.,ï:ä;âiþ.Ìs'tãöñBi*-tiit¡rr#.r:ìir#.{ì+È*}trîtr

ffi ffieffi ffi ffi ffi #ffi19ffi ffiF¡Je$nl;¡:Írr#Æ


ffi ffi ffi ffiffi ffi.ffi effië r';4 É"q.W,æåf i &.ç!:åi, i þ" &ieH

............428-....
,iiï
-Ý-
o¡çãmenro ecônnolê de Pfe(osde obr¡s Publc¿s I
Capílulo 18rOul¡osÌip05 de 5uperfâlù rÀñen lo

Tabela l7l - Pla¡ilha coñ exemplo de ver¡fìcação de jogo de cronograma. com base na comparação entre o crono-
18.7 Süperfaturamento Devido à Prorrogação lnjustificada do Prazo Contratual
grama fisi(o-finance¡¡o elaborâdo pelo l¡citantekontratado e o elaborado pela Adm¡nistração,

O supelaturamento devìdo à prorrogação injustificada do prazo contratual corresponde aos vâlores


:el Ìi,ù rÌt i..$ iú :i t;
,ai *
t* ls lSr
I i .$ rg t'$ pagos iñdev¡dâmente pela administraçâo loaa: da obra e pela manutenção e operação do canteiro de
-s Í$ ls $ :* l-l
s
j
å 1,,
iirl
Ë ig ië iì li
$ ,'q. ì.$
iq * t ."i å 4 l
riÌ .
t:
:Si
þ! jt9 ;Èi obrôt bem como da(s) fatura(s) de reajustamento pÂgaG) em de(orrência da prorrogação injustificâdâ
r i¿i {T å
1::
f.j¿ f.H
6:ll il []Ì3 ltl i:l do prazo contratual. Nesse valor não estão incluídas a dev¡da multa contratual e demÂis penâl¡dades
i* iEì ;# g ! j,it ìÌ iii
¡:;t !',iì lt 1l !- :j
iLll ;*t :d ! i# i#
:1
þtit f.1i
E iç t4 í.ã ili} $ lr í,J B rEì leg¿¡s decorrentes do descumpr¡mento do prazo de execu(ão da obra pela constrotorâ,
!¡;
iJ
al iRi $B : J ¡B-ì ìj $ H ¡.1 E
i?.å
ãi i::ri! Þ'j *rl li.f Í:i rili i$ i ¡ii ie :iì ,5: i$ lsi
täi ri ,si
,4.*
tei tEi
Rf ¡:. : i' i i( iÊ-1 i.1 iÊi
ìãi is i$ íl Ð
tiå ¡iì td I td ! Ì I¡: I üì
iH
i: i: |q
Ë Èì:,1¡ lî;l iþl [:{ tÈi
lþì Ë$ L iirÌ Ë iËl :å1 ipì Ëi i4 i* r..i¡ å 18.8 Calculo do Superfaluramento Tofal

t
;:,; 'ltÌ
N þl
å ää É:l F,j lFl ¡.ru IrT is
;d id I'i i$
lE{ IEì
å
åì IEI rd i€1
i{ i4 i3l iÊì $$ rSì
t*1
g
:s 'Éi $ i: il fi i

iË !: ij ¡¡ì
i:J ie1 Ìd iþJ ;i'l i:i ii aèt ;þlì +
iãi I 'rtsl
i$ i$ i'el
¡,.1 tl O superfaturamento total (\.¡.r) é càlcul¿do pelâ somâ das diversas parcelâs existentes de superfatura-
lr¡{ têf lsl
g*i.! fi¡ H t4Ì ttt Þl f5¡ ã¡ il ii: åi i{i $ mento (devido à quânt¡dâde, à quâl¡dade, aos preços. ao jogo de plånilha, reajurtamentos irregulares,
{ì Ëfl !ï
i.ãi
äì l ìi!
'.
iRì
ìsi
l;, i$i g
¡r¡ FÌ
:€l å;i tÊl
åFi ù1
iþÍ
;'i ,f,î af5 lr{ ü Ë I iËi ti íri tfi i;i icì i¡;
i:. lpl
il È:l alteração da metodologia executivâ, antecipação de pagamentot jogo de croñogrâma e prorrogação
if *t H H lèt ri iå! Í il;!i injust¡f icèd¿ do prèzo contratual).
Ë g.l !31 ü¡ H iq; fii is lÞj ÞÌ i
Y:.! È¡!
I;I !tl
]# &!¡
E li: ile i
¿ì i3 F:
iËi :Êì
_ã: *1
Èlr €j iiil t'r' t1i tRÌ $ E
i)!i ;ir isl ù-t lfft i¡Ì tþr È:¡ ÿ:i *l * [,'1
:g tÊl tdi i$;
iå: I¡Ì
þ,1 rç -P'ôrôsàr¡ô
fi.? 13¡ ls: Èi tEl lÐ*i
g

tlf :: tgi EI :ffi " ok.- "a-,d:dàdê
íft rÊ! ¡thi ,fI
tei
ÊJ ú1 rå¡ 'Ft.
i-¡i fi
t^ilf
g rrju{ri.ldå

FJ !lr iËl ,*Þ-i lF,l 3 ¡P' iþ:


FJ irj rii B ß:i aþr
ie.i 5rt è:i
rËi
iPl Fl ;t1 i|i ,Þ' 9:i'l (::ì *I
!,i i!t
E iil
l¡:'i
Ë¡
lii)
F:i iÉt H Bi
trì
llti lil tt¡ ts1 E1 ¡-i
þ1t
tËì

Í1 råi 4
i*i
rle,,l ÞiFi Ëi hI # tìti
!i'ì
iÈ! $
Ei
E Þ;i ie tì. Þì
.. tu: lÊi i,Éj iè1

ll I:l
;:31 lBi
iÈl
iÈi ìÞì :Þl .iâj
*ri
î.1
[ì kì
I Em termos percentuais, o superfâturamento total pode ser expresso:

!,1
inl *Ì ffi {i
1-]: ¡ÌÀì i,si
I t' 9iliÈl
L ,ìi.l
ii,:;

Itj €i Þi gj FI
fi Fr it:¿il Ë ã í: itfrl ä,j
ii
$i È;ì ffl åîì S1ì isl
I
iii É',ì i$ì i$ì s,"",(%) =
iFt
lþ1 i{: irl ùi CR
Ë1 a,ì ¿ir Rr1 .$r¡
;l i1
c E ç.i:i i.!:;

E F..l
Èì ,Èl

"n:
.ÿìi HÌ Ëi
å1jj i.ê:ì g,:
hì tsl *i
þ' Ð: Sìt ë:1
Fi
Ë¡r sl
$i Þ¡ 9i.j iti ü
üii i-Ì:
r2ìi:
tFi ! ÿ:t Näl

rni
igi E]

Sl iK 'Ê,
:$i ,L
îi
åi FJ is: r¡Ìl Ê É, rB-i ,ìrl
*:r
î:;
I
l $i "¡:
Èi: 5
,ì.:
F,: *i #
Fi E E Onde CR é o preço totâl de reprodLr(ão da obra, (onr¡derados os quantítativos de serv¡ços efetivamente
iB: execut¿dos com a quàlidade especificâdâ em contrâto, executâdo5 pelos preços tomados como paradig-
Fi
I
ic, ll:li i:',
fl' ,$:i !i.El Èi rl }tl' Ë ,q:.l
E i¡: 19, ü:
s:,j
Ë! Í1:' N:li sl il $. bi ;- $l F,, E F i.â. *il Ë: ll ill t. t: i.iì..
&,,
t f:' ìÝr
ma de mercado.

H
r*

*
;rs.
Ë, ßi'
]F i;.:
i:;.
i!:' a,ì',' *i it
å. Ý. Èìì ìi:, Ìr,¡i. *. ír
gi
tå,
ìi. n.

¡ã.
$, .lì.
i*
ß Lä
f¡: iË
n'
l"n
ä, l. i"
i. llr
,l
¡;
i,;.
i
lli
Ý

i1.
ìi:, a,i'j *.. â
lì É.. ë H
Ressalta-se que o v¿lor assim obt¡do traduz apenas o montante nominal do superfâturamento, âpurâdo
em diferentes datas-bâses e composto por d¡ferentes parcelas. P¿râ fins de ressarcimento dos prejuízos
ik, ir. iå s¿ constatados, há necess¡dâde de se segregâr o montânte do superfatur¿mento em suas diversas parcelâs e
iå_
,È É, )2, s, t; i9
|ä å .J¡ datàs de o.¡gem dos déb¡tos, e atualìzálas, conforme o procedimento estabele<ido no capftulo a segu¡r.
iE !s
Ð I i,': !Ð' ,Ë
? lp f
F
í9
;il.'
l'þ
'il Fl
:^
.P;
1g
i?
f, j
ffi ¡:'
rí ¡!' it
i9 $ .1.
r
i,'
iì ¡;i
tÊ ii. F
s
ii;'ã f
fE I ¡x '
ib I ,9
r I ''¿

f ffi
s id
E
il

.431
Roteiro de Quantificação de
Superfaturamento

Como sistemat¡zar a anál¡se da ocorrência do superfaturamento em


contratos de obras?
Quâis as formas de dividir o superfaturamento encontrado ao
longo dâ execução contratual?
Como apurar o superfaturamento nas medições de reâl¡rstes?

Neste ca pítu lo, apresenta-se u ma visão gera I do cálcu lo do su pe rfatu ramen'

to, ¡nclusive med¡¿nte a utilização de um tluxogramà de procedimentos.


o cálculo dar pr¡ncipa¡s modal¡dader de superfâturãmento já foì assunto
de capítulos ãnler¡ores. Nes'te tópico também será visto como proceder
para div¡dir o superfaturamento em valores de débito e respectivãs datas
de oriqem,

a
Orçâmento e Cont role de Preços dc Obras Públi.âs lo 19: Rolcirô de Quanlilicação de Sùperfâlurãocnlo

19.1 Roteiro de Quantificação do Superfaturamento tiqura 64 - tluxoqrama de (álcülo do soperfaturãm€nto.

Apresenta-se â segu¡r método de apuração do superfaturamento separando as díversas modalidades


de dano descritâs nos capítulos anteriores, A separação das diversas modâlidâdes de superf¿turamento
objetiva a devida ¡ndividuâlização das condutôs dos responsáveis pelos àtos ilíc¡tos prat¡cados.
Ârr¡ ir ãÞlãnilh¡r.u ulJda iJc mcdiçãû, ýd¡fiàr ororôn tdù
Na pr¡meira etêpa do processo, deve,se verificâr se o conjunto de sery¡ços contratâdos foj ou não exe(u- suÞc'rárûr¡mcnro deqù¡nrid¿dc equrlidrdc
tado conforme o previsto, ãpurando-se eventual superfâturamento de quêntidade e/ou de qualidade,
util¡zândo-se dos procedimentos de análìse estàbe¡ecidos nos capítulos 4 e 18 deste livro. A análise deve
pãrtir da última planilhâ ãcumulada de medição, apresentando o quantitat¡vo total de todos os servi(os Motrrâ¡ novà ÞrâtriLl'ù comqu¿tr¡irârivös dc çcry¡ço! afc¡idos
^
rcr.rid¡ Þhn lha rcÞ¡esèi$rá ä sirùação riialdo rontab ¿pós
medidos e pagos. As pa.celar de superfaturamento de quâlidade ou de quàntidade, côso existam, devem ¡dihmcnros c slßâ dos !eùi9o!não cxe.urados.
ser apuradas de formà separada. conrjderando eventuais parcelas de serviços extracoñtratuais em favor
da aontratadà.
Com bâse nâ análise proced¡d¿ na etapa ânterior, deve-se montar umã nova planilhã orçàmentária,
corn os quantitativos de serviços corretos, devidamente âferidor e atestâdos, expurgãndo-se da análise
-+-
@
de preços os quaaltitat¡vos que foram glotados e entaaram no cômputo do superfâturamento de quân-
prorc¡lcr râùálkr d¿s rairãs" : c"0'dá Ànva da D anìlha lin¿l
tidâde ou de qual¡dade. Tal proced¡mento deve ser realizado para evitar-se a superposição do ruper, â juns'la, conííûtrlaido oçr,rc{os.onû¡t¿dos rom^Bc03 p¡ra'lisnìas dc

fãturamento de quantidôde e qualid¿de com outras modalidades de superfaturamento, em especia¡o mcrâdo scrutrdo o h¡hir'li¿a'lo.
'nóro¿o

ffi
superf¿turaÍlento de preços.
ve,il.ara o.orðr.ii dc Ìosod¿ Þl¡nilhr, !ro(cdètrdo sè análhe d¡
A próxima etapa de ãnál¡se corresponde åo cálculo do superfâturamento de preços e do superfatura- rc5 dôradiriýos e ro rrÕnrã lD'
n1'r.oro do.onrJtoà1,'t.
mento decorrente do jogo de planilha. A pârt¡r dos componentes cont¡dos nas fã¡xasA e I da Curva ABC

@
da plan¡lha coñtratualtinâ1, após os aditamentos coñlratuais e as glosar de quantitàt¡vos efetuâd¿s na
vcrifi.¡ro.o(¿trc¡ã d! oLtasðolBlid¡lcs dû $¡'¿¡llrúrâmcnro
â
etapa anterior, calcula-le o superfôturamento final de preços, mediante confrorìtâção dos preços contra" (rear cs nnßul¿rcr tìôuà'nedús antcrio¡¡lôs, jo0odÈ cro¡ûs¡¡m¡,
proûocãç;o iniùr¡¡tra'ra'lo pr¡,o rôikàrual e/o! alrer¡e5o dc
tados com os paradìgrhas de mercado, segundo o método de élculo de sobrepreço ma¡s ind¡cado dentre trìÊrodDlosi¿ cxeün¡ÿa)
os âpresentados no capltulo '17 deste lìv.o, A pârtir dessa anélise, obtém-se o sobrepreço/desconto final,
após alteraçõer de quantitatìvos procedidas por ad¡tamento contrètual, que é exatamente o ponto de
=tP
sùDcl¡tur¡mcnro ¿olonto d¡ crc.uçåD ranrdiuâ1,
Divi'Ji' û Obtêñiê o@niontodepasame¡tos¡ndevid6emcâda
equ¡líbrio econô.nico-f inance¡ro f¡nal do contrãto. rc[recaMD Forr$rcdivås dc D¡3r¡rctlo
',óbitß 'l¿ras datadeoco óncia,segrêgâdoporgruposderesponsáveis.
Em seguida, o proced¡mento anterior é executâdo nã planilha contratual original, antes dos åcréscimos
e supressões ocorridos por aditâmento contrâtu¿1. Obtém-se, assim, o ponto de equ¡líbrio econômico,
-financeiro in¡cial do contrato. Pode{e determ¡nar se houve vâriação significatìvâ do ponto de equilíbrio
econômico-financeiro da obrâ, ou sej¿, se o sobrepreço ou desconTo do contrato orig¡nâl se mânteve 19.2 Divisão do Supe rfaturamento ao Longo da Execução Contratual
para às quântidades reais executadâs. Tal d¡ferença, quàndo desfavorável à contrêtânte, é o d¿no devi-
do ao romp¡mento do equ¡líbrio econômico-financeiro do contrâto ou 5uperfaturamento decorrente do
O sobrepreço surge com ê assinatura do contrato, enquanto o Superfaturamento ocorre pr¡ncipalmente
jogo de pfanilha.
quando há pàg¿mento de parcela de contrato com sobrepreço, quebra do equìlíbrio econômico linance¡ro
Após isso, q¡Jando (abível, deve-se examinarse houve superfaluramento devido a pâgamentos antecipa- do contrato por jogo de planilhâ ou o pâgamento de serv¡ços não executados Porém, devido à necess¡_
dos, d¡storção do cronogramâ ffs¡co-financeiro, prorrogação injustificâda do prazo contratuâ1, reaiu5tê- dade de atuâì¡zàções para se localizar os montantes no tempo, definem-se diferentes dât¿s de referênciâ
mentos ¡Íegulares ou decorrentes da êlter¿ção da metodologia executiva dos sefviços. para câda uma da9 parcelas de superfaturamento. Dessa forma, diferentes mâneirag de se d¡vidir o super-

Por fjm, deve-se dividir o montante de todos os tipos de superfaturâmento ao longo d¿ execúção con-
faturamento âo longo da execução do contrato resultâm em diferentes valores de déb¡to âtualìzado:
tratual, apurando o valor superfaturãmento ocorr¡do em cada pagamento efetuado ao contratado. O
procedimento apreseñtado nor parágr¿fos precedentes encontra-se ilultrado pelo f¡rjxograma simplifi'
Distribuìção do débilo pode ser fe¡ta medição a med¡ção, com base no quântitâtivo de ser_
cado ilustrâdo na f¡gura a segui¿
viços efetivâmente med¡dos e pagos em (ada boletim de med¡ção.

O débito pode ser obtido pela múltiplicação do fâtor de sobrepreço pelo montante
parc¡âl
de aadô medição.

Pode-se apurar as parcelâs de déb¡to por eltimal¡va.

434 ,........-...-..435...................
orçâme¡loe coñtrole de P¡eços de obras Públi.as Câpít(lo 19: Roteiro de Quanlilicação de Superf¡luramento

No caso de desequilíbrio econômico do (ontrato devido â "jogo de planilha", a apuração do débito se cadâ linha dâ planilhâ apresentadâ precisou ser processâdâ com a util¡zação de umâ plânilha âux¡liar
processa âplicêndo em cada fato gerador (medição) o percentual iôdevidamente redu2ido do desconto contendo todos os quantitativos de serviços pagos na respect¡vê medição, bem como a comp¿ração en-
¡ni(¡al do contrato. Observa-se que podem existir vários aditivos e vários grupos de responsáve¡s solidá- tre os preços contratuait e os preços pâradigmas de mercado.
rio5, er¡g¡ndo a ãpljcêção de fðtores percentuais diferenciados pârâ âs mediçôes de serviços or¡undas de
O superfôturâmento nâs mediçóes de reâjuste fo¡ (alculado med¡ante a multipliaação do vãlor tot¿l da
cada um dos ¿diÎìvos.
med¡ção de reajuste pelo percentu¿l de robrepreço apurado à preços iniciais na medição do prin(ipal.
.19.2.1 Por exemplo, nâ primeira medição (è preço5 ¡niciais) apurou-se um percentual de sobrepreço de 58%.
D¡shibuição com Base nos Quantitativos Medidos em cada Boletim de Medição. Þes5å forma. o superfaturamento na primeira medìção de reàjuste foi de R$ 96.892,07, correspondendo
â 58% do v¿lor da primeira medição de reajusle. R$ 166.276,50.
Conforme a primeira ãlternàtìvâ explicitada acima, o cálculo do superfaturamento pode ser feito a (êda
medição. Porém. pode ocorrer de o cálculo do débito ser muito dispendioso, câso â obrã sejã dividâ em A planilhã anterior fo¡âdaptadâ de uma ãnálise realde superfêturamento. Para que o leitortenha a ño-
váriãs etapas, cada uma das quais com a respect¡vâ planÌlh¿. O problema se ag¡¿va quando há um núme- ção exata da complexidade dos cálculos de superfaturamento med¡ção ã mediçâo, deve+e restaltar que
ro mu¡to grânde de med¡çóes. Às vezes, essa fo.ma de cálcu¡o pode estender o prazo de conclusão dos cada valor de superfaturamento apurado em determinadã medição decorre de umè planilha de medição
trãbalhos por a'gumas semanar.
(om centenas de itens de Serv¡ço. Como exemplo, o (álculo do superfaturâmento ocotrido na pr¡meira
medição encontra-se dircrim¡nado na tabela a seguir.
Parâ melhor compreensão do processamento do cálculo, aprerenta-se a seguir uma plânilha hipotét¡ca
âprêsentando o resultado final que geralmente é obtido ã partìr deste tipo de análise. Verificâ+e que é Tabela 173 - Exemplo de cálcuto do superfaturamento de preços na pr¡meirã medição.
obtido um percentual distinto de superfaturamento em cada medição. No càso em questão, ¿ real¡zação
deste procedÌmento é ¡ndispensável, cons¡derando haver d¡ferentes grupor de responsáveis solidár¡os, os
qua¡s responderão por diferentes pârcelas do supertaturamento.
!MM
Tabela 172 -Apuraçáo do superfaturamento medição a med¡ção.

WMWM M
E
ffi ffiqffiq.ffiþ,]ffi.ffi Si$åfiffii'#if&Ëffi ffi ffi ffi
riaùÞ€ìÝ :òìw¡{¡ts:tQiti{á:iÉ¡ìì!âÞ;d¡r{-i!riÌ*ì1 aÈrriú liiÌ¡!;ù)!¡), .i,.¡üjlj! ;ìì¡i3i!éðd¡0: itr"lll{lÈ&ì)ñ ffilât*ðñ g*åYilssä¡.rd
itÌìi6É G¡åÍffitåäÁtl4¡-!.;!r.ii!.1ùàìè;ü¡ùl¡,:i¡JËõírt ,,:\:iì!tì i.;îti4¡i. ¡tl f'riì¡;¡ù rÌ!-':liJ¡i¡àölíll 5ÆÈ$Íi19À{{T.ç|'l'19ë5åi1ñ
ltñiæ;$ i--r,,ìä$,ì¡ijùj¡iùù.a1 ì;:1;t.e.,7-6] iisr:ì;;!i:Íi¡¡di È&:1çäffi líqrÝìfl{jiltr ¡?ìÈS¡iilllìds
ìr&ìffi Ël*efft.àIiàì.-iülf-r.ìïÿì ùr.'¡i'; ii¡¡t:ú.o)qo þÍl'l$Ll$tü$ ìi.$iåitJå*ri il$e#tjgÍjl
¡r:,'r..i¡5r' .lr.l.rrå1,Jd¡1ùl
ä¡þttrd {õr,.! i!,,.jór¡r iìtit:Tt¡:9ilt;iÞl l}l}.!6ffi¡i9ã ijÈül¡irTr¡¿s ilisz.éÿåiMlit
ii:i1rdìù'òôji9:
i¡¡úTffi r;iìÍ],ír i::,ì &irgjþl :l].|;:;¡¡i., tì:,.i¡tä(¡.it!É ääèåi*t{Ðl¡E¿ ÈS!ál};¡:þOd !¿liì!&irrl4}ji
FÌiìtrÉl iËAî6õlËEì{¡¡ÊùT4a¡;¡qiÄ-¡q:!i-rÈô¡¡: :; ¡'rii )!4t¡i
;.'.i ¡ri: r :,:,r;¡.iìb;lú ji.?n+;'ìi#Èiþ¡l SÉlg!ìiü5$¡ iÏ,¿li'i&¡åâ
lËtffiÉ irì:i,_li:ir ;ì:.i¡3øjiút :11ì;ìnrþi! ::ìil:,rû¡;i!!ù1i[! ]i¡-r.rALètË.rrJÈ i";l#Èlôrålì lá:]:Èìi.¡lfjr.ì9i
l¡ü.üffi ;ìüåri!ìðüôù1$årj¡.+:ù*áiùÞÉ:i,!llt:1r!:.i.rË: a|iÐ; l'"Lié.q@;o.ó¡ ifr¡iì¡ ,ùÌ.3.¡:iiitl0 i**{l{$ä.*-öill âlt&¿?.ìd¿0
g\gIÈÞ1"úlìfl

.ì:l:

rft'ù{*#: i,.,tiù,;;,:¡i.r0-5ø. :::.r)d5: :.,r'.lr:ò¡¡:$ itìjr:ljir:tì.n.ó2lj iÍi;1È'j¡)¡¿i6 \r.¡jlrlììåÌ,¡ï.¡i_t

&ffigEw
ffi*rÿýÌ'ìÿ,l5ÊÌr,.tiÂ{,,,:-?:ìjl':\:r::.r'jì.:,,;:,i..,,,i::l'f1!:ia,,r,:i::,,!::l+.!t,::!Ì.-:ì1ì,/.,1i...]i}ìJ4:Ë!¡?l!s#i.i{d#4$.ðjffiw
:
iw,Xltl$¡*.*ei¡¡L.'.;".:r :ì:i..,:r::,':iì:''lrì,:,!ì::.. 1l':'
':ì' rli.r: :1.::ì1:::i:i,l;i¡-":i:'ìÌli:tÉj*\iffiWn

436 .......,.437.
orçamenloe co¡irole de P.eço5 de Ob'às Publi.à, CaÞítuÌo l9r Rolciro de Qúânlilicaçào de Supelãrurãmenlo

A partir da pr¡meira tabela apresentada, contendo o resumo dos superfaturamentos apurados med¡ção Tab¡la 175 - D¡skibu¡ção do supedaturamento ao longo da exe(ução contratual pelo método s¡mpl¡ficado.
a medição, observa-5e que houve imputações d¡ferentes de débito parâ (adâ um dos responsáveis. A
tabelâ a seguir resume o montante de superf¿turamento imputâdo pârâ cada um deles:

Tabela'174- Reiumo da imputação de ruperfôtÌ¡ramento para cada responsável

11t12]õ2

RESPONSÁVEL PEtO SUPERFATURAMENTO TOTAL


Fu lano 3.667.282,87
Ciclâno 13.593.40&32
Beltrano 70.372.543,27 0€¡21n2 26/07 ! 25/OATII3 1,4 2ßt1270,n

Construtora Ltda 15.r79.272,24

'19.2.2 Distr¡buição do Su turamento com Base em Fator Constante de Sob $ì5IIAÿ-f¿rì¡


8!$M:TååfgI
lm.;lï?¡.;Èrlìi

Outra mane¡ra, ma¡s simples e rápida, de qu¿ntificâr o déb¡to é (alcular o percentuâl totâl de supeÊ
faturamento ou sobrepreço e aplicálo ao valor total de cada parcela de med¡ção ou de reajuste. Vale
ressâltar que a d¡ferença no valor do débito entre a5 duas formas de cálculo costuma ser muito pequena,
de modo â não compensar o âLrmento do prâzo de conclusão dos trâbâlhos,
Contudo, o método simpl¡f¡cêdo está s¡rje¡to a algumas lìmitações. Caso hajã desproporc¡onalidade nâ
med¡ção dos serv¡ços superf¿tu rados, pode ocorrer alguma d¡storção na aplicação do método. Por exem-
TOTÁI SE U R EÁ.'U STE
p¡o, se em uma obrâ de edificação o superfaturàmento está concentrado sornente nos serviço5 de infra-
estruturã (fundaçõet, o débito deverá ser quant¡ficãdo com base nâs medições desses rerviços, que são
Observa-se que a aplicação do método 5¡rnpÌificado resultou no mesmo superfaturamento total do con-
realizados nas primeirag etapas da obra. Nerre caso, se o débito for distribuído proporcionâlmente ao
trato Gem reajuste). No entanto, ocorreu uma d¡ferença no superfaturamento apurado nas medições de
longo dâs mediçöes, haverá perdas para o contrâtânte em virtude do deslocãmento do "centro de mas-
reajuste contrãtual. O método de cálculo simplificado resultou em um superfâturamento com reajuite
sa" do superfaturamento parð uma data posterior, reduzindo a atualização f¡nânceirâ do dano,
de R$ 15.042,697,55. A apuração do superfâturâmento em câd¿ medição resultou em um superfatura-
Na tabela a segu¡r, aplìcou-se o método simplificado ao mesmo exemplo anteriormente apresentado. mento com reajuste de R5 15.179,212,24.
Nesse câso, o fator de superfâturamento de 33,32%, obtido mediànte â d¡v¡são do superfaturêmento a
preços iniciais (R$ 14.715.033,17) pelo vêlor totaì pago a preços inic¡a¡s (R$ 44.161.124,52) fo¡ aplì(ado No caso de vários grupos de retponsáveis solidárìot, também nåo se pode aplica. o método simpl¡fi(ado,
pois se podem ¡mputar par(elâs de déb¡to indevidas para determinado grupo. O comparôtivo a seguir
linearmente a todas as mediçôes.
mostrà que para alguns responsáveis ocoreu grande dìstorçâo no valor totål do superfaturamento:
â) Método S¡mplificado:

RESPONSÁVEL PEtO SUPERFATURAMENTO TOTAL


t:
Fu lano 2.474.O5a,79
ciclano 74.764.A02,70
Beltrano 7.23A.136,72
Construtora Ltda 75.042.697,56

438 -.439......
Orçahenþ e Co¡lrote de preços de Obras púbtì.¡(

b) Método de Apuração lndividuâlizado em câda


...ì,.... ...:i1:l:.1:.:::,j:.1:.-a.:1::,1'::.ç*1.".:yrj*::T:1::
medição
51.4 - A ausência das ¡nformações
e dos doaurnento, acím¿ c¡tados ¡mpedem que
R ES P o N sÁ EI P Eto s U P E RFA TU RA M EN TO cálculo prc.iso dot valorcs iñdev¡dos a cada se faça uñ
TOTAL dat¿ de pagamento. f*i"-rJ ,är¿r¡o,
Fulano estinl¿r um¿ d¿tà que siruà de base o¿¡ *r¡r,
3.667 .282,87 *,,ø","ii å-i-"äi;;;";:: ;::,::;:: r::::í;';:"fr:::;i:;:::;::::
Ciclano
13.593 n832 :::;:::;:l
Beltranô
70.312. 543,27 ii"i::,:Zi:;:*" "
teat. conforme preconiza o inc¡so do
, st", io
",t.
zril| a"si."nto
Construtora Ltda
75-779.272,24 51.5 - ObseNa-se que os ¡tens ad¡t¡vados
estão d¡sttìbuídos ao tongo das d¡versasfases
N¿tabelat0(à .33t)ve fÌca-seoue em outubrode 1998já da ob4.
ual:r t?t:t-d-? c?ntnto. A execuçâà das obras ," a"u
havía sido l"go;r,ir'O. UO U a"
Observa-se que a apljcação do
método si resurtou em um déb¡to de aprox¡m¿damente no párroao ¡trníio
j"- ìræ u *".-
mitr'o"s pa," o ,espln,iä ";;i;'"".; :':l]l]::do Rf 7,2 re¡ro de 2000 A metade do prazo dês obra, ",irr.
se deu. desra forma, eñ fevereiro de rggg.
pelo método ind¡vidualizado Nessa
çäo o débito do mesmo .uro"*ää,-r,,r"10'""to de cálculo em cada meii- opottunìdade já havia sÌdo pago ma¡s de
60 % do vator tot¿l do ronrruro. tui").ru-r" qu"
soø, ,"o*.unoo luu o-;ä;ff i;.":i;"r""i#"'i:,1:'[:::]Jj,"-*o" "." o'*.""r" o" 0,"ìl quanto mais rccenteforuma data, menor
mãneira, a ut¡lìzação da data que marca a
será o ¡mpacto f¡nanceiro no
oert"
Não será denìonstrado âqui, mas metade do prczo d¿s obras, ^oni.nia"n¡ao.
que e posterior a aaa
ap¡icà(ão dométodo simplilic¿do em que te veríficou o paqamento de metade
¿o exemplo tambéñ diminui do vato, t"t"l ¿o ,ortr"tå.
oerêvetmente o monr¿n1e âtuatizèdo
do superf",ur"a"nto. lrro
cons¡_
p-q-rËi"L,u"rri oo.on,.uro oaorruu que não seÁ imputado aos rcsponsáveis ,olilir.,
n.runru
uñ débito ma¡ot que o real.
:i:iffí::i:lÏYîilÏ::l:";ff #li:Î:* "'';;ä;;' ;;'"ffi
';;liilï'"io'u' 0"""n"ui, 51 6 - Assìm' prcpõese que o débito de Rg 2.g4,r.663.68 seja
percentr.rarirrisóriode,,;";;;;;;;;;:l-"1jï"","i:#';:,1';"i;:,i:ili_'.î"iåî:: *'.';;;-';;; f:v:t:iro de 1999. Nota-te que esta formê veñ
êtuatizado a partir da data-base de
a sermenos gravosê aos responsáveis queaque_
la feÌta petâ sEcEX/sE, que considerava a data-ø"r"
Dest¿ forma, a ¿pli(ação do
método s¡mntificàdo_de div¡såo do superfàturamento
,o.o ui" tiìtuçü,ìr{. i,-.n;i, o. , nnr.
(ont¡¿tuai, apticåndo line¿rmente ôo longo dà execução
o f¿ror de 3r,rrø ,oo^ ,o¿u,
i, ,"äräur,'".riu.lrour,,,nu"oo o"_
:nÏ:ïi:11""ï::',iïlå:ï:::'ï,':diçoes e superestiøand. .,'o-nu,* ä",
or.,."s ", med¡ções.
simpr;ricaaoe consioeü;"-ffi:';;;;;:H::::1,,åH:"':ï],i::râmenro ¿pur¿do pero mérodo

19.2.3 qistr¡buição do Su perfaturamento


por Estimat¡vâ

A apur¿ção das parcelas de débito por


estimàtiva geràlmente se dá quàndo
parâ anárise não permitem o os elementos dispohíveis
uso de nenhum ¡*
¿.,, ,la.oá, ã"r.räi","il'iir."".".
A títuro de
roi intes."r."ntu u"ïräaiî ia oata
;ïi:g l:iï:::î," :J"":,:iå.0î:;1",.,*tode.as planilhas de medições oo ortimo pa_
não estârem disponrv;is.
tat proceoimentoì ct-aì"ì"ii"
que o obt¡do mediante out¡os
i"ä#i:
l-t tesponsáveis
âos laso
e resultã em um débito atual¡zâdo
métodos. menor do

eor estimãtivã, cirê{e o sesuinte trecho do retatór¡o


,..1i;:.î!frHäfliode.débito que emba_

..-ver¡fica-se que os botetÌn, Ol FNÿ03,


OlMMA.l/03 e Ol MMA2/O3 não conrtaø
como as taturas correspondentes do, nos autos,asrím
dois úttim"r. L¿ , ø,iøin üíiínø.i^i
t5 e reprcduzido dÌvetsas vezes nos vots. 1s^e iËl ur, *,.iru
no v¿ror de a:g)rrïiír,'íi,'ä,,'r"n"
:eL
188 e tss, ,", ìï1àl'L-,".
186.
n.r*
i::,'iî:;i;:;:",::,"^:î:'i:;::::":::^.:.*' ;Ji1a
qua¡s o' iten'do "^,,.,"
;;. *;; ':;;;;;:"*,.";"',';,';.:ii;"1i::':,tuÊs não e'peciricam botet¡m
fts tT/f3' vol lg, rcprcduzido àsfß.
3s/51 do ñesmo vot.), qu","or"runru l!'!ÿ16-(àt
t tur" no,rto, ¿" íi jiì.. Ý,,_.ç,ta -|
vo t,ùntante de R, JEs.9gZ,6t,
só tem ¿ ele ¿ssociado uma

441)
441
F¡9urâ1- l¡dke Preço Custo do Contrãto em fu¡ção do ¡úmero de concoi¡e^tès em t¡c¡tàções do DNll,.,,,,,,.,.,,..,..-'.,.,...,,,,,,,.1a
Figura2- f¡dkê Preço CustodoCont.åto em do número de(oncoftente5 em ti.¡ta!õès. esrudo do tCE.pE.,.,,,...,....,.,,.,...,,,,,....19
Fi9u.ã 3 - Est¡mativa5 de curro real¡zadas du/ànt. ãr fat€t de dêsenvotvimento de ùñ êmpreendime¡to.,.,.,,.,.,,..,.,.,.,.,......,.,.,,26
Figura4 - Plânta baixa do p¡ojeto,pådrão RlB,.,_...,......_.
Figur¡5-Mod.lodèfô¡ñu¡árioparaertimàt¡vadocuetôpetaá.eðequivâtented.<onrrrução...,..,_...........,.,.,,,,,,-,-.,...,.,..,,....j3

Ê¡9ura 7 - Prec¡são do o.çèñe¡to em função do e5tágio de desenÿoÌvimenro dos Þro¡erôs,.,.,,,,,,,.,,.,,.,,,,,,,.,.,..,.,..._,..,.,,,,,,,,,,,....


Fisurà I - Ar¿ñio serål dà UHE Beto Monre (pA)....... ... ..
r¡su¡å 9 - rôrñã de um blôco defundâção de um erádio dèíutebot............................_.....
Figura l0 - Utilizaçãô do lo.àlizðdor de bara, dê aço êm um pitár de concrêro._.,.,,.,.,. ,,.,,..,,..,..,..10a

F¡gura 1 3 - Êxempto dê aduìteração da pr¡mitivð do teûe¡o .m um¿ obrâ rodoviáriå. .,.,,.,.,.,..,,.. t I a


figura i4. Êrêmplo de adùlteração dasupêlkie de corte em uda ob¡á rodoviáíâ...... .,_118
Figur¡ 15 - Diagrama dê Brückner<oñparâdo con o pêrtit tonqitudinatdê uma rodovia, ..,.,.,,.,..,.,,.,.,,,,,..,,.....120

F¡9ufa 17 - Cálculo do nonenro dê trân5ponê ô pãrt¡r do diagrâma de Brùckne¿..,.,_,.._,--,-,.,..-.....,..,....,,,.,,.,,,.,,,.,.,...,...,.....,,12¿


llg'rra 18 - Otimização dae distån(lâs de transporte ä pa.rirdo diagramð de Brij¿kner,-,-,..........,..,...,.,.,,,,,.,,,,.,.,.,,...........,.,,,,,1¿l
Êigurâ 19 - P¡ojeto-pädrão de um poto
de saúde do s¡napi.êxtrâfdo do jite.to
Sinãpi-Web ,.,,.,..,...,.- --- --, --,,.,..,.,..._......,.124
r¡9ura 20 - Oetâlhê! ã serém conriderðdos no cák!!o da áreå dê pinrurð.,.,,.,...,....,.,,.,.,---,,.,.,..,..,_.,,..,.,,,,.,,.,.,,.,,,..,..,.......,.,,,,.,t¡6

f¡qurð 23- Êxchplo de hìstograma demãode obr¡ åpresenrando concâv¡dader,,.,,,,, ...._..,.,.,.,,.,,14o


tigura 24 -CùNa dètempo-.usro para imptânþç¡o de empreendimertos.......,,,,,,,,,,.,

Figurà 26 - Participação do tenpo de Ûâbatho efetivo da mão de obra êm r.tação ao tempo totat...,,.,,,,,,,.,.,.,..,,,..,.,..,,.,...,.....152

F¡9urå 2S - Fäixa de v¡rìâçåo da produriv¡dãde para a €xe.ufâo de fôrmã, parå pitâre, (fontê: TCPO/2010).,,,,,,,,..,,,,.,,,,.,,,.,,,,t57
Figur¡ 29 - Fãixar de.oneumo de a19àm¡rsa parã a execução de cohtr¿piro, (tontei rCpO/ Ot O) ..,,.,,..,,.,,,.,.,..,.,..,...........,.....,19 r
Figura 30. Curtos de ñanutënção ede deprêdâção de equipðmentos aô tonqode sua vidã útrt,.,.,..,...,. .,,,,,,216

F¡qù¡a 33- D.pre.iação pelo nétodo de Cote


f¡gùra 34 - Cálculo da depreciação pêlo método då pe¡.ên rãgem coñrt¿nte. .,,,.,,.,.,.,,. ,..-............,.22O

Fiqura 37 - fluxog¡äÞã <om bteiro pðra êtaboräção de um orçâñêñrô.,.,.,,..,.,.,,.,.,.,,.,.,,,,.,.,,,,.,.,,,,.......,,,,,,,,,,,.,..,...,..,.,.,,,,..,.,..,,267


F¡9urã lS -- Curu¡ Þara esrimat¡vâ do Ýalor do ptojeto èm funÉo do vator da obrâ,,,,.,. ,.-,-,.,,,,-,.,,,,,,.,,..,....,.,..,.,.,,,..,,.,.,,,,,,,...,..,272
O¡çåmento eControtedc prcços de Obràs pubticã!

Fiqùra40- ttustråfão do èrquema pärâ jnferê¡cið


erratfsr¡câ do sob ¡epreço n¡ partè
rigura 4t ¡ãoanãt¡lada d¡ cu.va A c.,-,,,,.,...,,,..302
- Âetàcio¡amento enire os bancos de dãdôe do Siña
Figurâ42-Ìetâ ¡ndicn.too c¡mjnho de a<€sso åo S¡nðpi. ,,.336
indkando o .ãmjnho .te âc€eso
âo S¡nåpj.Stpct........
Figurâ ¡t4 - Tetå to¡icirandô a
señha.te à.eeso ao
_--" -""''----..,,,...,,.,.338
S¡nåÞj-Srpct_.,,,,
ura 45-têta col¡ ¡s opçôesde retâtório ..................¡18
do Sinapnstpct: ,.,,,,
Figura 46 - Tela co¡te¡dô as opçõês ,.,.,_.,.,,..,..,.,339
dê ætâtórios de seû¡
F¡gu¡a47-Tetä pa¡a inre.f¡o dasopções ,.,.,...,,139
do rêtatório,,,
figura/¡3 - l€tà <ontendo
menu par¡ vistrati¡àro proce5sâmentô
Tábel¡ I - prin(ipåi, h¡egutari.t¿dee Constètddàrpeto rcU na fi3ø
Figùra 49 , Ietà <onteñdo asituação rabela 2- Et¡pat de exe(ução da <ontrução.te uûr
do prôceesår¡ento do5 re
È¡gura 50- tlustrafäo dos pro@d¡me¡tôs
pa.a båixår e sâtvar uln relåtório
Tðbela 3- Cálcuto do custo ¡te constrùçãoÞarå compara(ão<oñ
gêrãdo do Sjnap¡-Stpc¡, o CUB....
Figurð 5t -Efêitos que câurôm
difê@ìçae en rrè or ((¡sror (,o Sinôpiê
,,...,..,.,,,.,,.,,....,,...,,....,,,.....l 42 Tabelð 4- Faixã5 de pre<í5ão de umà eetimativã de cuíos
os custos reði!,.,..,., ..,..,..,,43
Figur¡ 52-Cùtto, horár¡os qt¡ti¿ados pêlo .,.,,.343 Tabela 5 Êâixås de pre¡sãodé um o.@mento pret¡h
- ¡na¿
Si¡apipâra uma e rcavadêi¡å hid¡áutkå (depkiação,
mðteriàb nâ operação, CHp e CH¡).
ju¡o', m¡nurênçâo, rabelâ 6-Faixãs de p¡e.¡eão de um orçâmento
detàthado.
Figu¡ã 53- teta p¿ra a@sro
âos cusros d€ prcjetô, e íñdices
Tåbelã 7- Precirão
do orçãmeõto em funfSo do estágio.te
da constr¡ção <iý¡t,.,_.,,.,,. dês.ñvotviôe¡to dô!
F¡gura 54
- Teta <om a, opções de pro¡etG pad¡ão dhponiveis ... -.,,,.,-.,.,.,,348 labela 8- Prèc¡eão do orçãmento em fun!ãô da tãse
parå conruha no Sinåpi.Web,,....,,,.,.,....,,,...... d. projeto,,,....,
F¡gùra 55-Telâ (om aropções labelà 9- Âeruñô do orç¡ûìento parâ ìmpta¡tação ,,5t
para es(otha do da U8E Beto M
m (usto dos proietos do sinåpi.Web 55
Figùra 56- Àetåtó.io com o custo labelâ 10-Carâctetsticas dàs.asas de for(¡ da UNE
do prcjeto dâ quadrå Beto Montê. .,,,..,.,,,....,.,.,,.,,,,,......_.
Figuâ 57-ptðnta dâ quadrå pot¡esport¡vð..... Iabela 11-C¡râ(terírtí.âs téc¡r¡.as deàt9uhã5
usinas hidrôelétricår. ,,,,,,..,.,,..,.,,,,........
F¡gurâ 58-letÀ para Þ.5quisâ de composições labelå 12-C'rrtos <om equ¡pamê¡to3 epotènciâ -,,.....,,..,.,..,,,.,_.. 57
dê curto ùnitár¡ô instatåda de âtgonås usinâe hid.o
rigurã 59- têt¿ co¡ì orcoefic¡ente, làbela 13-Custo ãruâtizâdo (dêul2oos)de turbinaede .,.,......54
dos inrumo, ..,.,,,.,351 åtgq¡s êmÞ¡ee¡dimêntos hì ¡oelér,ko3..........................-.....
da (omposição setèc¡on¡da..,,,,
Figurð 60-Teta.om ô ¡€rultâdo labelå t4-Custoãtu¡l¡zado (dê¡/2OOB)de
do cusro de .onrt.oçåô por m, 9erâdorê, dê ât9un, enpreend¡mentôç h
€m Rondônià..,,,.,,,...,,,..._..
F¡gurà 6t -Comparàção labe¡â t5- primê¡ra pane de u¡n orçaDenro
entæ osvotume5de corte, âterrcesoto si¡tético (erempto)....,.,.,.,,.,..,..,,,,,......_.
solto ¡os jerv¡ços dè ter¡aptanàqen, .....,,,..,6¡
Figur¿ 62- Desconto obri.to .,.,,,,..... Tabê¡a 16 - Segunda e últ¡ma Þartê de ùm orçamento
nâ,Ik¡tàçôê, d si¡téiko (ex€mplo)...,.,........
ção do número de tjcitanr€! (obtido no ..65
Figurä 63-Ftuxogrãmã pâra 3eleçãodo trabâ¡ho de t¡MA) .,,...,,..379 Tôhela 1t-Compos¡çãodè(ustoùnitáriodoconcretode
Dé1odo de cát(uto superfðtu.àmento d. preço5 porjogo
e ,...,.,,,--.,,......7 A
Flgurã 64- r¡urogr¡mâ de cátcrto de plðnithâ. ....,.,,...,.,,410 Tabela r8-Composição do<usto un¡tÁriod¿
do 5upetaturðnèn lo, ,.. . es.ava!åo ca tg nsporte de ñðteriatde 2r øtegoriå. ...,,
Tabela 19 - Composiçãô do (ùsto ûnitár¡oda
ãrmà!ão em aço cÀ_ 50(
Tàbela 20- Comportçào de custo un¡tár¡o
da armâçâo.,e aço CA,5O
Tabela 21-CÞmpo5kãode custo un¡rár¡oda
denottão de concreto armado o
låbelå 22 - Composição de .urto unirár¡o dd atven¿r¡a
dê lu¡dação (fabetã DNoc s).,.......
Tàbefa 23- Composiçãode (u3rô un¡tá¡¡o
dã årqamas,ã de<¡h€ntoe areiã 1j¿
ocs). .,,.,,...,,,...,...86
labelâ 24 - Modêto de forñutár¡o para àprop¡iaçõesdê
cu3to ou ãferiçõês de coñ
....,.,,,..,.,..,,,,,..,...,....,,...91
Tabéla 25-Compo5içãode cusrô un¡tá¡¡o
do concreto r.L E40 Mpa,..
labela 26 - Composição Aoxitiôr _ Confe.fão
de.onoeto Fd = 40 Mpa.,..,.-..._'...-_._.
lôbelâ 27 - Coòposiçåo Aùxitiôr_ bombeàmento
de.onc
l¡bela 28 - Colnposição Auxitià¡ _ Adenrânento de co¡creto._,,.,
Tahelâ 29 - Composição Auxit¡àr- Cura de Co¡creto.

-Conposição do con@to usinado fr 35 MPa (sjnaÞj).............._....


labelà 31-Cohposição dô co¡creto
estrllù.atFd = 20 Mpa_preÞar¡do eñ
labela 32 - Composigão d con.reto Fd .''..'..'.'''.'.''.....''.'...'....,'.,97
- 15 MpA -p¡epârðdo eñ betoneta
Tabela 33- Cát.uto do(oeticie¡te
d betoñeûa.,_.,.,.,,....,,,...,.,.,....
Tðbe¡a 34-Cátcoto docoefi(ientè ,',,'.'..-.''..'..''..''''.10o
da bomba de<oñc.eto
rabela 35-Cátcùto dô @elkiente
dâ bohba deco.sero
Tabe¡¡36-Composisåorcfe.en.iatparaôconcretodeF
råbe¡a 17- Coñpà.ação dos quantitât¡vos ..........._.._.._.._.. tô¡
e p/eço5
do 5ed¡ço d€ erGvâçãô 109
lâbela 38-Cr¡téríos de dedifão pagamehrode
e atgu¡s serv¡
låbelà39-comÞosiçãodoseN¡go,Cobenur¿e/ou.ev$ri
mênlo o/ (hapår.orru9àdà5 de ¡tumí¡io" (DNOCS),,.,,,,,,,,.,,..,...,,,. I rJ
;;;;åïji;iö:;i;.'... 444
O.çahenroe Co¡lrote de preços de Obr¿s pribti.âç

Tahe¡a 40-Comporição do 5eruìço Cobê.turã


d chapas (orùg¡dar.te ¿tuhí¡iõ
Gom c.¡tédo de medição alre¡àdo). .,11Ã
lâbela 4r -tabetã aùx¡tiàrparã ¡ êtãboÊfão rabelà85..Co¡tumô.5pec¡ficodecômbustívê¡rutil¡2âdorpetosjcro-Z_vetcut05adiêset(¡nclùitubriftcante9.,,..,,,.-.-,,.,....,,.,225
do D¡ôgr¡ma.te Briìck¡ìei,..,,
làhèla 42 -Coñposiçåo dojeruiço de pi¡turà -""--""".---,,-.,.,,,..-,,,.,,.. t1q låbêlâ 86- Consuno de (oDburttvêie
dapa¡èdeexÞr¡ìâ (ûitér¡ô
dê mêdição do oNo(s). .............. u tizàdoe peto Sìcro-2 _ vekuto5 â gasot¡na/álcoote equìF¡mento, êtétr¡cos ,,--,.,,.,,...,,.22s
-tðbelã
4l -Cor¡pos¡ção doseruiço de pi¡tura da p¡redeexter¡a (citér¡o lôbelð87-Coef¡c¡entesoperalívoseimprodutivosdorequipômentosutit¡zadôspetacompos¡ção2SOttoolO.,,,.._.,.,,......,.,228
de med¡ção dà sEAp)............................................-....
làbÊla ,¡4 Cohpos¡ção
- dosetuiço 127 rabelå 88 - Cåkuto do número de horãl' trèb¡thadðe
de êscavaçåo, Grqa e ÿan eportå dê
-tðhêla mðteriâtde j. Câtegor¡a
45-Conposição de<uro Gom p¡odLlção ho.áriapa¡¡
o seruiço de ÊCfde oater¡afd€ 1¡ Càr.qo¡ìð
râbe,aBe-consumoe,pecrrkode@mbú,r,esu,¡;;;;";";;.;;;;;ì;,;";;;;r;;;;;;,;;".....:
Tàbelã 46
... .:.;:;
- Compo54ão de (ûsto r¡nitário par¡ o.o¡crcto de
Tabclå 47 - Composiçào de (usro coñ p,odufão h ráriá pa¡a o conc.etode Tåbêla 9l - Composi{ão.te cu3ro unirárío pãra erøvação em rc.hâ c/ petu¡atri¡ Wirth,
FcK= ,,,,.,..,.....,.,,,.,.,,,..,,,,.,,,.,..,,.,
lâbela 48 - Corhpdiçãô deGusro do,eruiço
ECt dè ¡rarèrjat.,e 2¡
lahêlâ 49 - CoDposição de <ueto u¡irárioÞàrå t36
o 5ediço de d
rabelå t0-coøposkão de (usto coB p¡oduçáo horária par¡
o,erv¡ ço de desmonte de rochà..,,,,...,,......,.,..
Tabela 51- Dtttr¡buiçãodos trâbathad rès durântê o periodode labêla 95 ' Composiçãode <u9to ajustâda para eraÝãção en ,ocha c/ perfurarr¡zVýirth,,.,..,.,_,,,..,.,,.,,,..,..,...,,,.,,..,
e¡e@ ção dã obra,...,,,,,,..,.,.,..,,.. ...,.,,..,..,.,,,,--237
T¡bela 52 -rempo médjo de pehañê¡c¡¡ dos emprcgados Tâbelð 96-conpo5kão decusro parà ercavâçãoêd ¡o.ha d perfuratr¡z
ocu padosnaco¡rtruçãoc¡vit,,,.,.,.,.,..,,,.,..,,,,.,.,.,,,,...,,,...,,,,,,.,,,,....,,.160 w¡rth (se¡n hðtcE). .............--.-,..-....................,.,,.........2:Jr
l¡belà 53- ResüDo dos e¡.a¡qoe socia¡, pðra rabelå 97 - Composifãô de.urto ¡iuråda pa.à er@vação
t.abãthâdoree em rocha c¿ perfurât.iz lvinh...,,,,,,,,..,,..,....,,,.,..,..,...,.,,,,-,,.,,.,,.,.....,23a
lâbel 54 - CoÌ¡paråt¡vo dâ, rubricå, labelô 98-Grau de rieco doconsr.utorêm fu¡ção do rêg¡me de
dê e¡(ãrgos so.iðì, uri¡izåda,
Po.¿lgumas foñtef de preços refêrenciãir,...,.,.,..,,,,,,..,,,,,169 êxe.ução contràrual, .,..,,,,,.,..,,.,.,2s1
rabela 55- Resumo dos en.a¡gos ro(iais Tðbelà 99- Êfeito då âtter¡(åodê tr¡butos nô óÞr.atu¿¡ delurodo sDt _ conpa.¡çáo
ut¡tkadorpeto Sinâ pi(percêntuâis vátido, pâ6 entrc o tù.ro no numerãdor e
o Disrrito Feder¡t).,,,.,...,.,.,..,,....,,,....170 no denominador da rórñura de ¿ái.urô do aDr. Ne'te.às.,
labêla s6-Àesumodo, e¡cargo5 3o.¡a¡5 pâ¡ð
trðbath¡dore' ;"';;ã;:;;;:,:;'"';iå'åi,.r,'. o. r"."........2ss
rabela 100 - Efeito dâ atteràção de.rr¡buros no pê(ent!àtde
låbela 57-pãráñetro, pâra o cálcuto
deênèr9o3 soc¡aiede una obrå tuûodo BDr_coñpar¿çåo enl.e o tu(@ ¡o ¡umer¿do.
e no.renominador da fo¡ñurå dè.år.ùro do BDr. Ne,te c",.,
turnos de rràbatho. ,,...,, 179
.;t"i"-;;;;;;-r;;;ä*,,"r ¿. r"*"
net.atiýo do étculo dos èn.argos soda¡s<or¡
horas extr¡r_ Pr¡meiro turno........._...................._........
labelâ 59 - Denonst.ártvo dos en<a¡gos 140 T¿bela 101- tnteûátor .êferèndåis de Bot parâ obras de
rcn3trução de edificèções...
,ociaís .om horâs enr¿s . adic¡onåt ñ
oturno - 5e9u¡do turDo..,,.,.,.,.,......
Tãbêla 60 - Demon5trativo de .átcu¡o lôbelã 102-tnteruato5 rêferên.¡ãi, de BDt paràobrðs.tê refor¡nã
dos eñ.argos socia¡5 pô¡dêrados dèeditkàçõe,
-- -- --,-,,-.,,..,.,..,.,.,,, zsa
lãbela 61 - Þemonrtràtivo do (átcuto lâbela 101-interuãtos referenciã¡5 de BD¡ pà.a obras de irr¡g!ção
do5 encargos soc¡âis.om horôs
exÍâr _ p.¡neiro turno...,.,..,.,.,,.,,,,.,. ê(ânais
Tabela 62 - Demon5t.at¡vo do, en.ðrgo5 lãbela r04-lnteryalos rêferendåj5 dê BD¡ pa¡a obrâ, de sðnëamento
,o(¡ais <oñ horas extrô, e ad¡c¡oñã¡ básico,,,,
Dotûrno - segundo tur¡o,.,.
Tabelð 63 - Denonstrativo de cát(uto.,o5 rabela 105-hr. atoe referên.¡ais de BDt pãra obrârdecônit'uçãodeâdùtorås.,.,,,.
encârgos,odais po¡.te¡ådos,
-,...,.,,.,,,,,...259
labelâ 64 - Cåtruto do.ujto de ¡nrernâtjzâção
de mårê¡¡ai3 e e
labela 65 -Cômposiçãô d€ <urto de ñobiti.ação
de c¡mjnhâo
Tabêlâ t07 - l¡teûatos rcfer.nciats de BDI pära obras aêroponuár¡as _
pário, ê p¡stàs dè pouso, .,.,,..,..,.,,.,,,,,..,,.,..,...,..,.,,,,,,.,..
-tabelal08-l¡terualosrefereD.¡a¡sdeBDtpar¡obraraercportuártâr_le¡Dinãtdep¡srageiros,.,.,.,..,._.,,.,,.,.-..,.,,^,...,.,,.,,,,..,,,¿61 ¿60
lâbe'a 66- Coftposiçåô do curto de mobitização
de trâtor de
labêla 6t-Composiçãod€ curtode ñobitização labela 109 - lnt€ruâtot refêrenciàts d€ BDt dif€Éñc¡ado pâ.a fo¡n€c¡mento dê mater¡ã¡s
d€ usinâ deasfðtro,,.., e equipåmêntoj,.,...,..,,.,..._.....,.,,.,,..,,261
labèla 68- Detathamênro do (ákulo do.qsto Tabêla I 10 - t¡tênatos rcferencia¡s de BOt parã .on5t.ùfão de linhð, de transmiesão. .
dê mobjtizaçãô de e .,......,..,,,,,,,:¿r'2
labela 69- Detathamênto do cákulo do (usro
dê mob¡t¡:ação dâ
Tabêla70- Þtanitha coñ detåthanento dã
¡nstå¡ðçãodo c¡nteirode obr ès (adâptada
.,.,,,..194 lab.la 112-labetado tAB - p¡råmetG de rcmùnera(ão do proietoem fuñtão do @sto tota¡ da edif¡cação....,.,..,..,..,..,,.,......2rt
dâ Ol nq t/2OO9 do tBIC).,.,.,.,...,,,,....... ie6
labelaTr - ptanjtha con detathaÞento do custo
dê no¡Þqem de umá utina d.
Tabela ll3 - Exempto de räbèla resumo.od ã esrruùr¡ dê <uetoe de um conrrato de 5upervi5ão de obrar.,,,....,._..,
ðsf¡tto. ,,,...._._ -.,-.,..,,,,.,...216
Tabe¡atZ -ptãnitha.ôñ o detâthamentô
docutode
monÉgem de u britð9.m,...,,,..,.,,,..,,,,.,.,.,.....,,.,...,,.,.,,.,,.,..
labsla t3- pt¿njtha.om (omporjçåo do custo (om 199
âdm¡¡istração tocalda obr¡
làbè|a74- ptanjtha.om dèràthamentoda adñinist.ðção to.at _ .,..,..200 rabela 116 - Tabeta rerùoo com detðthanento do ovêrhead (fáto¡
mão dê obrâ (¡däptâda da olno k2) ut¡t¡:ãdo pet¡ codèvðst.................................. 281
làbelâ 75 - ptånitha .om deråthðñentoda t/2009 do I Ec)..,,,,.,..,.,..,..201
admiñist¡ðção to.at _ despet¿rgerâÌs (ðdaptada
dâ Ot n" 1/2009 do tBEC),.,,.,.,,,.,.203
labela t6, Detôthahèntô dà ðdmi¡¡5Íação râbelà 1r8 -TaÞela detârha¡do õ5 desperar (on mobitizaéo desñobili2ârão.............................
to.a¡ _ vefcutos € fÊ (adaptðda da OT no 1/2009 dôt e ,.,..,..,.,.....,,,...,,,,,,,.,,,,,,,,,,,..,245
EC). labelà
labelâ 77 - Cáf.ùto do curro ñédio de Eptpor
ênpreg¿do
119 - lôb.la dêtathandô ar de¡pesa, com diá¡jä, e pasragers.
làbela 78 -Cát.u¡odo cùsro médiocon fei.amê¡tâ5 Tâbela 120-Tabelð dêrathandô ar demai5 derpesa,
diretåe. ..
por eñprêgãdo.
råbe¡¡ 79 -Coeti(iente, de ul¡tização operâtivâ e ihprôdut¡ÿð lâbelà 121-Exempto de curvà ABCde,etuiços,
do, equ¡pamê¡rot då composição 2 s ot ..,.............................._........_295
rabela 80 1oo 10.,.,.,...,,,,,,........2r1
-Cåt.uto dô produçEo horár¡ô da equiFe,..._.....,,,,.,.,,.,.,,
da depre<¡âção peto nétododã,onð dos
labelaS¿-Cátcutoda.teprec¡açãopetoEétortodãpercenËq Tåbelâ 124- [xedplo dejogo dê ptanilba med¡ânte a ¡êdução e 5upr€5são de serv¡çoe côn prêço, jnexequrve¡5...-'.'._.'-'-.rq8
låbela 8l -Côef¡.iêntesdè manutenção ,,.221 labela 125-ExeñÞ'odeiogo dê pr"nirha Dediântea sùÞrê5rão de seruìço5 que
de equipanèntos utitjzado, não são mater¡ârmente rêtêvå¡rês
T¿belà 84 - Custoe êstimados de
hãnulen!ão para êqu¡pah.nroj
)2f
r,a
224
labelà 126 räbel demotrt.a¡do à mldãnç¡ no reeuttâdo doiogode ptân¡thã medianre ã akèråçãô doorçâmêûro
tomèdo (oño påradigma de me¡(àdo. . .......................,.,.,,

"'' ........44.6,.....
442.......
d,,,,,,;å;i:;üiß;;;
Orçrñenro e conlrole de Prcços dc obrà3 Públicàt

låhÞlá171-Planilha(omexemplodévelifi.å(ãodejogode(onoglðmð,@mb¡sena(omPÀt¿Ýãoenlleo(to¡oglðmð
-
'--- ìi'i-ii"**¡'" êl;bo¡ado pelo licitãñt¿kòntràr¿do € oelaboràdo pelà admiñi'rrâçãô 410
Tabelå r28 - clâ$ificâçõo que 5e¡¡a observãda nã Iicitâção.om ot quantitativos de eeruiço, efètivamente exe¿otados..,.,,,,,,.3f6

Tabelâ 130-Compâråção entrè o ñétodo dobâtânço e dôdêscoñto,,...,.,,,.,,.,.,..,....,.,, fàb.la r7l-ExemPlo de cál.ulo do 5uperfaturðmento de prefotem algumåi mêd¡çô À1'
.,.,.,..,.,,,,,,.,,31a
-rãhêlã 174-F*umodâ lr¡putaçÃo de supelôturamè¡to Pàrâ.åda respontável " "" 438

T¿belal75-Di'tl¡buiçãodo'uPeffatu¡amentoåolongodâexeCução.ontratualPêlométodosimpl¡fkådô.''.'.''''.'.''.''..''.'''¡3!¡

label¡ 136-'Reruño dos enrargos 5o.iåìrdo Sinap¡ pôra o Estâdo de Átå9oâs.,.,,,,.,,,, _..,.,,,,,.,,,,.,..:,4t
Tabelð 137 -lre<hodo rètatóriode iñsùDo5 do Sinapipa¡à à c¡dâde de Mânâu5 (ourub.o/20 ) ,.....,,,.,.,,,,.,..,.,.,,.,.,,,,,,.,,.,,.,,.... J4a
Tåbela 138 - Evolução do esto do S¡ñap¡ Brås¡t comparðdo ¿om outros fndicer. ,.,.,..,, ,,,,,,.,..,.._.,.,,, J5z
T¡belã t 39 - Orfañe¡to bate etâborado å parr¡rd€ sirremâ d. orçame¡tação próp¡io do órgão t¡c¡tåntê.,.,.,,,,.,,.,,.,.,.,.....,,,,,,,.354
-fabeta
140-ßèrultado d¡ busc dosseûtços o(ados no Sinãpi Rêfer.nc¡at ..,.,,,,,,,.,,., ..,.,..,,,,.,.,.,.,3s6
Tabela l¿1- R.5ultadodâ cohparâção entre o Si.âpi é ae composições doorçðmenr
......,.,.,,,.,.,.,.358
rabe'a 142 - composição do reruto "Lo.ação € niverahento dê.ede coterorâ d€ esgoto-...........................................................360
Tåbelâ 143 - Compôsição do 5eru¡ço "levåntàmênro de sefãô t.anrve¡s¡t(om ntvet" do Sinåpi.....,,,,,,,,,,,....,...,,,,,.,.,.,.,..,......,.,.360

labèla 146 - Cákulo dâ þrodução da equ¡pe utitizadâ na compôsição 2 S Ol 20 dô Sicrc-2,,--,....----,


r OO
--_-.''.,,'.-,- -,'.-. 37J

l¡bêlÀ r48-CompârÂção enrêos pãråmerros qritízado5 peto S¡cro-2 parâ tranrporre ìoGt e tr¡ nsponè @nêr<¡at, ,.,.,,.,,-.-,-,-.?75

fabela t 50 - lñpacto dås .huvãi no prêfo un¡tá¡jo de âtgunr sêru¡ços de terâptanag ,..,.........,,,,,, :,7a
rãbela 1gl - superestim¡tivä dorcusros com mão de obra ¡o si.ro em retafãoàs <oñvençõe, cotet¡vâ, d. trðbarho....,,.,,,,,,.,380
fðbelå l5¿ - Compotição de .!tto do seru¡ço de compactãção de ateros, ,,,..,.,....,.,,,., ,,,,.....,,..,,,,,.3a1
labèla 153 - Cálculo dâ p¡odução da equtpe uriti2ådå pe,a composição Z S O.t 5tt OO, ,,...,.,,.,,,,.,..382

rabela 156-CáÌculo da Froduçáodâ equ¡pe utitizadâ nà <onpoeição 2 SOI ,lOO 10,..,,


,,.,.,,..,.,.,.,.Ja4
rabela 157-Cá1.ùloda produçåo da equtpedo setu¡ço 2 S0r 1oO iO com os ñovos parâñet oe._,.,,.,,....,.,,,,,,.,,.,..,...,.,.,.,,..,.,.,..3S5
-tâbela
158- Exel¡plo de cáku¡o do sobrêpr.ço peto método dâ t¡mitâção dos preços unitá¡jos,.....,,.,.,.,.,.,,,,.,..,....,.,.,.,.,,,,..,.....40¿
Tabela 159 - È¡emplo de cálculo de sobrepreço peto nétodo d. tim¡tação do pÞço gtobat. ,,.,.,.,..,.,,,,,,,,
'., '-.,.. --,.,.,.,.,..,,.,.,....40J
labelå 160- Ex.mplo de.ál.ulo dê siipe¡fãturañênto peto método do des.onto..,., ,.,,,.,.,..,..,.....404
Tabel¡ 16r - Cxenplo dê .álcùlo de superfarurÀnento peto método do batanço...,.,. ,.,,,.,.,.......,.,.,40s
Tabelâ 152 - Exemplo dêjô9o dê plãnilha mediôntè a supre15ão de seruiço5 com !ubpreço,.,.,.,....,,,,,,,,,,,,,.,.,.,...,...,.,.,.,.,,....,...,.408

Tàbêlàr64-R€(omêndaçãopa¡a.scolhadosñétodoede.átcutodesùpetaruranentodeprctosepor¡ogodeptånitha.......41r.
làbêÌå 165 - Comp¡r¡ção enrre o tobrepreço.èpu¡ado ñâ datð-bè3e do (oõtråto e o apuràdo ¡â! dåtås dê pâgàmento
do3reri(os-conr.àrore¡jusradoporrñdìceúni.o.,..,,,,.,..,.,,.........,,,..,,,.,,:....,...,,,.,,,.,,.,,........,.,.,.,.,,.,.,,.......,....,,.,,,,,.4r3
fabelã 166 -conpa¡ação enrrê o sobrêprêço ¡purado nð d¡tâ.bãse do.ont.ato e o ¡purado na5 d¡tð, rte pagamê¡þ
dorreNiços-seryiço5reàjuttadoepord¡ferentesindicetsetoiåir,.,.......1..,..,.,,,,,,,.,,,....,.,....,.,,,,.,.,.........,.,,,,,,.,,,,.,.,¡r¡
Tabela 167-superfãtu.ðmêntosimulrâ¡eode quanridàde edè preçoe er.er5jvos....,. ,.,.,.,,,,.,,,,.,.4js
labela 168-Apurãçãodosupèrfâru.ômento Þor âd¡antðme¡to de pagahe¡tor.,...... ....,.,.,.,,,,,,,.,4i:t.

fãbela 170- Planilhã comexemplo de ve¡¡ficãção de jogo de ronogråma, (om base ha conpara(åo e¡fte
os descontos do orrãme¡to .ontràrado em retatão ao órçane¡to oase.._...........j.......1..............................................42a

448 449
AAGElnte¡nat¡onaìR€commendedPracticeN"llR-ss,RequiredskillsandKnowledgeofcostEng¡ñeer¡ng.
aaCE lnternatlonalRecomm€nded Pract¡ce N" 17R'97, cost Estimate classif¡cat¡on Syst€m

AACE lnternat¡onal Recornmended Prâct¡(e N" 18R-97, Cost Est¡mate Clast¡fi(ation


System - as ApPl¡ed in

Engineering, Procur€ment, and Con!truction for the Process lndustries'


No 22R-01, Direct Lãbor Produ(t¡v¡ty Measurement - ãs applied in
aacE tnternåtional Recommended Pra(tì(e
Construction and Måjor Ma¡ntenance.
in conrtru(tion clãims.
aaC€ tnternationat ßecommended prãctice N.25R-03, Est¡rnat¡ng lost Labo¡ P¡oductiv¡ty
para avaliação dê (Lt5(os de construçáo
ABNT- A5soc¡ação Brâsil€¡ra dê Normat Té(nicat NBR 1272112006 - Cr¡tér¡o5
para incorporação ¡mobiliár¡a eoutråt disposiçõet para (ondomínios ed¡líc¡os- Procedimento'
NBß 12722l1992 - D¡scriminação dê serviçot pârã constru(ão
aBNT - Associação Brâsileira de Normas Técnicas,

5: Máquinas.equipamentos,
aBNt-a5soc¡açáo Brasileirâde NofmâsTécni@s, NBß 14653-5/2006, Aval¡ãéode bent- Pâne
ìnlâlações e ben! indurria¡s.

ABRAM,tTåãqRocHA,aroldov-l¡anualPrát¡codeTefrâplanagêm.aNEoR-assodaÉoNacionaldåsEmpresasdeobras
Rodoviá¡ias, salvador (BA), 2000
(BA), 2001
ABRAM, ltâac; Plâne¡amento de obrâs rodoviárìas' Salvador

Acórdáo TCU n"7712002 - P¡enár¡o

A(órdãoTcU n" 534/2003 -segunda câmara.

Acórdão TcU n'42412003 - Pl€nár¡o


Acórdão TCU n'517/2003 - Plená.io.
AcórdãoTcU ¡ì" 583/2003 - Plenário.

Acórdão TCU no 1 428/2003 - Plenár¡o'


A.ótdáo rClJ ñ" 1 44212003 - Plenário.

A.órdãoTCU n" 1.455/2003 - Plenár¡o

Acórdão TCU n'1.564/2003 - Plenár¡o.


Acórdão TCU no 17412004 - Plenár¡o
A<órdão TCU no 844/2004 - Plenárío.
Acórdão TCU no 1.755/2004- Plenár¡o

Acórdão TCU' 1.859/2004 - Plenár¡o.


a(órdão TCU n" 1.92312004 - Plenár¡o.

.,i¡!,ìâ&¡¿l
Orçãmentoe Controledc Preços de Obrâs Públicàs Ref e¡énc¡ãe Bibliográf ¡cas

A(órdão TCU n" 2.013/2004 - Plenário. Acórdão TcU no 3.362/2010-Plenár¡o.


Acórdão TCU n" 2.084/2004 - Plenário. Acórdão TcU no 98/201 1-PIená rio.
Acórdão lcu no 1.523/2005 - Plenár¡o. Acórdão fCU n' 302/2011.PIenár¡o,
Acórdão TCU n'519/2006 - Ple¡ár¡o. Acórdão TCU " 355/2011 - Plenário.
Acórdão TCU n" 606/2006 - Plenário. Acórdão TCU n" 1.009/2011 - Plenárìo
o
A(órdão TCU 32512007 - Plenár¡o. Acórdão TcU no 1.265/2011 'Plenário.
Acórdão TCU n' 578/2007 - Plenário, AcótdãolCU fl" 1.340/2011 - Plenár¡o.
Acórdão TCU n''1.090/2007-Plenário. Acórdãolcu n" 1 894/2011 - Plenár¡o,
Acórdão TCU n' 1.692/2007-PIenár¡o. Acórdão TCU n" 2.333/20f1 - Plenário.
Acórdão lcu " 1.736/2007 - Plenário. Acórdão TCU n" 2.369/201 1 - Plená rio.

Acórdão TCU no 2.061/2007-Plenár¡o. 2.735t2011 - Plenário.


Acórdão TcU n' 2.065/2007-Plenár¡o.
^.ótdãoroJ ^"
ANsl Stândard 294.2-1989, lndustrial €ngineerìng Term¡nologv: cost Engineer¡ng
Acórdáo TCU no 70212008- Plenário.
BAEIA, André PaCh¡on¡, Audjtoria dê obral públ¡Ca3 / Tribunal de contas da União; Blasflia
: lcu, ln'tituto
Acórdão TCU n' 1.158/2008 - P¡enário. Serzedello Corrêa, 2011. Módulo 1r orçamento d€ obras

Acórdão ICU n" 1.47112008 - Plenário. EAETA,AndréPaóion¡'Aud¡tof¡adeobra'públicas/Tl¡bunaldecontasdaUnião;BrâsiI¡aìTcU'ln'tituto


Serzedeìlo coÌré4, 2011. Módulo 2: a'rd¡tor¡a do orfamênto de obras
Acórdão TCU n'1.551/2008 - Plenár¡o.
BoTT&Alexandrêsampa¡o;BAETA,andréPachioni,EstudoEstât¡sticopârâExtrapolâçãodoPêrcentuåldeSobre-
Acórdão ICU n" 1.591/2008 - Plená¡io. prcço Obtido a Pôrtir de umâ amostra; Xìv s¡mPó5io Nac¡onaldê aúditoria de Obrâs Públicât Cu¡abá' 2011
Acórdão TcU n" 1,606/2008. Plênário.
cãiÌâ Econômica Federâl- Sinapi/stPcl- Manuãldo Usuár¡o -Pesq'risa Pública, 2009'
A(órdão TCU n' 1.726l2008-Plenår¡o.
cARooso,Robertosales,orçamentôdêobraseñFoco-UmNovoolhârsobreãEngenhar¡êdêcustos.sãoPaulo:
Acórdão fCU n" 1.75312008 - Plenário. Edltora P¡ni, 2009.

Acórdão TCU no 1.801/2008- PIenário. GATALAN|,Guilherme;RlcARDo,Hélio-ManualPrat¡codÊEscavação-].Edição'sãoPaulo,Ed¡torâPIN|,2007.

Acórdão TCU n'2.029/2008 - Plenár¡o. CODEVASF, Tabela de Preços de Sêrviços de Engeñhàr¡a Consultiva, Bratília, matço12011'
de dezembro de 1991'
Acórdão TCU n" 15712009 - Plenár¡o. conrelho Federâlde Engenhar¡a, arquit€tura e agronomia, Resolução coNFEA n" 361, de 10
Dispõe robre a con(eituação de Projeto Bás¡co eú contultor¡ã de Engenh¡r¡â, Arqu¡tetura e Agronomia'
Acórdão TCU no 581/2009 - Plenário.
para empreênd¡mentor industriait'
CONTORTO, Sérgio, SPRANGER, Mônicã, Est¡mativasde custosde investimentos
Acórdão TCU n'642l2009 - Plenár¡o.
Rio de raneiro: Taba Cultural,2002.
Acórdão TCU " 993/2009- Plenário. empreen-
CONFORTO, Sérgio, SPRANGER, Môni(a, apotlila do cußo "Est¡mat¡vâs de custos de ¡nvestimentos Pâra
A(órdão TCU ' 1.624/2009 - Pleñárío. d¡mêntos ¡ndustr¡âi5", m¡nittrado no TCU, Brasília,2010
997
AcórdãoTcU " 2.304/2009 - Plenár¡o. GREA-PR, Tabela de Referênc¡a de Honorár¡ot Profissionâis, Aprovadâ na 5e5são Pìenár¡3 n " 741' de l0106/1
Acórdão TCU no 3.003/2009 - PIenário. Decirão TCU n" 25511999- Pr¡meírõ Cåmara
Acórdão ICU n' 131/2010 - Plênário. Dec¡rão TcU n' 1.045/2000 - Plenár¡o,
Acórdão TCU n" 941l2010 - Plenár¡o. Dec¡eáoTcu n" 1.090/200'l-Plenário.
A(órdão TCU n' 1.200/2010 - Plenárío. Departamento Nacionâlde lnfraerrutun de Îantportes - DNIT,lt'lãnualdê custos de lnfraenruturâ de Transportes'
de
Acórdãô TCU n' 2.992/2010 - Plenár¡o. Depâ(amenlo Nacionâl de Obrâs contra as secat - DNoC5, Elaboração e lmptañta(ão de Compos¡ções
Unitár¡os de Obras e Serv¡ços de Engenhar¡a Executados pelo DNocs, Dezembrô/2003'
Acórdão ICU n" 1.34712010 - Pl€ná.¡o.

452 453.... _
Relerènciãs Ûrbliô8ráf i(¡ç
orçàmcnlo e Conr de Prcçot de ObrJs PúblicJs
'ole

Departâmentoda Políc¡â Federâ1. Man¡¡ãlde PerÍciãs d€ Engenhar¡a do lnst¡tuto Nac¡onal de criminalística. BrasÍl¡a,2008- MACEDO, idivâldo Linsj Noçõer de lopografia pàra Pro¡etos ßodov¡áriot, d¡spônfvel em: http://www topograf¡a-
gerãl.com/Curto/Downloâd/Câpitulo%2018.pdf .
Depârtamento dâ Políciâ Federal, lnstrução lécn¡câ (lT) 002-D|TEC, d€
10 de março d€ 2010 - Disp6e sobre â padro.
n¡zação de procedimentos e exames pâra ânál¡re de derv¡os de recursos públicos em obrâs no ámb¡to da períc¡â de Månuat de obrãs públi(âr de Ed¡f¡caçõês - Prát¡câ da secretar¡a de Etiado dâ administrå(ão e do Pâtrimônio
Engenhâr¡a Legal (Engenhãrja civil) (SEAPli construçáo.

Depârtâmento da Políciâ Federal, Ori€ntação Técn¡(â (OT),001-DtlEC, de 1O de mârço de 2010 - Dispõe sobre a pa. Manuat de obras públicas de Edificâções - Prálica dã se(fetaria de Estâdo dâ adm¡n¡ttrâ(ão e do Patr¡môn¡o
dronização de procedimentos e exâmer para análise de detv¡os de recußospúblicos en obrar no åmbitodâ per¡cia (sEAP): Manutensão.
de Engenhar¡a Legal (Engenhar¡a C¡v¡l). Prát¡cã da se.retar¡â de Estado da Adminislfação e do Pôtr¡mônìo
tvtanuat de obras Públi(as de Edif¡cações -
DIAS, Pâulo Roberlo V¡lela. Êngenhar¡a de Costos. 3à ed¡ção. Rio de Janeiro; CRÉA-RI; tBEC,2O0t_ (SEAP)ì Projeto.

MATToS, Aldo Dórca, como c¿l(ulaf custo Horário. Revista construs¿o Mercâdo n" 72, ¡ulhô/2007,
disponível en: httP://
DIAS, Paulo Roberto Vile'a. Estimât¡vâ de Custos de Obrâs e Serviços de Engenharia, 1. êdição, tBEC 20i0.
(om/files/publ¡(acoeÿCu9to-Horar¡o-Equipamento pdf
wwwâldomattos.com/s¡teç/aldomattos
DNIT, Tabela de Preçor de Consultoria, Brâsíliâ, eetembro/zo10.
MATTOS, Aldo Dórea, Como Pr€parâr orçâmentos de obrås 5ão Paulo: Ed¡tora Pini' 2006'
flLHO, Laércio de Oliveira ê Silvâ; tltr¡A, Marcos Cavalcantie MACtEt, RafaetGonçalvêr - Efe¡to ba¡ganha e corâ(ão:
fenômehos que p€rmitêm a ocorrèn(i de tupÊrfaturamento com pr€ços ¡nfêriores às referênc¡as oficiãis- Revktâ MENoEs,AndléL;BAsTos,PatflciaR,tJmâspedopoiêmicodosoÌçamentosdeobfaspúblicaJ:Benef¡CioseDesPe-
do Tribuñal de Contar da Un¡ão. Brâsil. Ano 42. Número 119. 2010. sas Indiretas (BÐ0. Revirtâ TCU Nr 88.

FREIRE. André Escov€do, O ¡ñpâcro dos En.ãrgos Soc¡ais nos Pr€ços de Referên(iâ de Obras. MENDES,AndféL',ParâmetrosdePreçosparâobrasPúblicas.Revi'tacap¡talPúbl¡co.Blasilia'mârço/2011.

Governo do Estado de São Pàulo i¡ENDES, Aßdré L.; REIS, Patríciâ _ Os €ncårgos so(iair nos orsrmentos da (onstruçåo c¡v¡l Revitta rcu N¿ 89
- Secretar¡a de Gestão Pllbli(â, Côdastro de Serviços Terceirjzâdos - Votume t6:
Preltação de Serv¡ços de Transporte Mediante l-ocação de Vêfculor, 1" Rev¡são,2009. 2' Edição São Paulo: Ed¡tora P¡ni' 2003'
PARGA, Pedro. Cálculo do Prêço de Venda na construção cìv¡Ì,
Governo do Estâdo de 5ão Paulo - Secretaria de cestão Pública, Gdastro de seru¡ços Ter.€irizãdos - Votume 4: prestâøo
PÊREIRA,G.Pc.omerÊdoda@nstruçãoc¡v¡lparaobrâspúbl¡(å'(omoin'trumentodeauditot¡â:umaabofdâgêmpro-
de Serviçor de Tranrporte de Funcioná¡ios, sob Reg¡me de Fretâmento Contínuo, t3¡ Rev¡são,2009. 2002'
bâbilístic¿, 2002. Di5têrtação (Mest.ado)- Universidade Eedêrâlde P€rnambuco, Re'¡fe'
Governo do Estado de São Pâulo - Secretâr¡â de Gestão púbt¡ca, Câdastro de Serviços Terceirizâdor - 2003'
Volume 9: PEREIR¡ç Gustâvo, Auditoria de Engenhâriâ, Tr¡bunâi de Contâ! do Estado de Pernâmbuco'
Prertaçåo de sê¡viços de Nutrição e Alimentação â Serv¡dores e Empregados,6. Revisão, 2009.
PlNl,Málio5érg¡o;GARVALHo.LuizF¡eire,.,custopadrãoxcustoReàl-Comoâd€quar¿scompos¡çõesdetabelas
HALPIN, Dafliel; WOODH€AD, Ronàld, Admin¡stração da Construção Civil, 2. Edição. Rio de lâneiro: LTC - L¡vros padron¡zâda5 às particUlalidades e plemis'as téCn¡(ås de cada obrâ e do Construtor contratado,,, Rev¡sta lnffâestru-
Técnicos e Científ¡cos Ëditora S.À.,2004.
turâ urbana, n'7, anô 1, outubro/zol1, Editora P¡ni
IBEC- lnst¡tuto Bras¡leko de Engenhar¡â de Custos, Or¡entâção Técnicâ no 1/2009, Conceito dê BDt.
Rece¡tôFederallñ'tru(áoNormativasRtn"572,de22denovembrode2005(disponivelemwww.rece¡tâ.fazenda.
IBBAOP - lnrt¡tuto
Brasil€¡ro de Audìtoria de obras Públicar, Ori€ntação Técnica oT - ¡BR 01/2006, Define projero gov,bf /legitlacâo/in5/2005/in5722005.htm)
bási(o espec¡fi(ado na te¡ E€deral 8.666/93- sobre
RoMERO, Fernando, ANDERY Pâuto, "O proces5o de proj€to em Mega empreendimentos: cons¡derâções
Brâtile¡ro, Gestáo do Processo de Proietos nâ Construção de
IAB-lnst¡tuto dos Arquitetos do Brasil, Tabelâ de Honorár¡os - Cond¡ções de Contrâtação e Bemuneração do projeto ar etapas ¡nic¡ak de plânejamento", V¡tlWorkshop
de AÌquitetura da Edificação, documento aprovado na Assembleia Gerâ|, o.oftida em 14tO7t2OO9, dirponív€t em Ed¡fícios, são Paulo,2008 (d¡5ponfvelem: http://www.ârqu¡teturâ eesc usp brlworkshopoS/setundar¡as/aNAls/AF
http:¿/wwl,ÿ.iabsp,or9,br/tabela_honorar¡os.âsp. t¡go 16.pdf).
SaRlaN, Cláudio A; obras Públ¡cas- Lic¡tação, contrâtâção' F¡5cal¡zação Ê Utilizâ(ão, Ed¡tora Fóruú' 2" ed¡ção' 2008i1
JUSTEN F¡IHO, Marçèl - Comentár¡or à Le¡de lic¡t¿ções e Contratos Admin¡etrarivor 5¡ ed., Diâlética, p. 97.
em http:/
LEllE, Madalena o; PoSSOMAI, osmâr - A Utilizãção das Curvas de Aprendizagem no p¡anêjâmento dâ Coný Senado federal, comirsão Temporária das Obrâs lnacabadâs, Relatór¡o final n" 2/1995' di5ponÍvel
truçáo Civ¡1. Univers¡dade Federal d€ Sanra Catar¡nâ / Progrâmâ de Pós-G¡aduação em Engênhâriâ de produção senådo.9ov.brlat¡v¡dade/mâteria/getPDtasP?t=5646'l &tp=1

- PPGEC artigo disponfvel no l¡nk: http://www.âbepro.org.brlbibliote(â/ENEGEP20O1,TR19 0999.pdf. SlLvA,MozârtBezeflâ,Manuatd€BDl-comolnclu¡rBenelÍcio'eDêspesaslndiretåsemorçâmentogde


LIMA; Mâr(oi Cavalcanti, Comparaçãode Custor r€feren(iâisdo DNIT e Licitaç6es bem Suced¡das, XtttStNAOp- StM- Construção c¡v¡|. são Paulo: Editorâ Edgard Blucher,2005'
PÓslO NACTONAL DE AUD|TOR|A DE OaBAS pÚ8UC S, porto Ategre (R5). 2010.
SINAENCO-sindicâtodaArquitetu¡åeEngenharia.Cârtilha"Rote¡rodePreços'Or¡entâçãopara
com b¿
LIMMER, CâÌlV, Plânejanento, Orçamentação e Controle de Projetos e Obrâs. R¡o dêJane¡roì LTC Preços de Estudos e Pro¡êtos de Arquiteturâ e Engenharia , d¡tponívelem: wwws¡nâenco
- tivros Té.n¡cos
e Cientlf¡.or Ed¡tora S.4.,1997. cârtilha "custo un
Sindicâto da lndústr¡a dâ construção Civil no Estado de M¡nâs 6erai- s¡ndus(on/Mc'
IOPE5, Alan de Oliveira. Supelâù¡råñeñto de Obras Públicât 5áô Pâulo, Editora Livropronto,zoi i, |SBN 978.85.7969.235. co (CU8/m1): Prìncipais AsPectos". Beìo Hor¡zonte,2007

SPBANGER, Mönica, Cákulo de Pls e CONFINS em Estimat¡vâs de Custos de


lnveetimentos lndutrr¡â¡s'
LOPES, Ãlan de Oliveira, BDI Refereñc¡al com Base no Porte e Lôcalização da Obra, Xtt¡ Simpói¡o Na(ionat de Aud¡-
tor¡å dê Obrâs Públicas, Porto Al€9rê,2010. em http://sprânger-est¡mât¡vâ.com/

455.... -
..454...
OrçãmenroeCont.oledePreçosdeOb¡asprrbticas

SPRANGER, Môn¡cã; CONfORIO Sérg¡o, Classificatão das Ert¡mativâs


de Custo, dtrponívet em:
http://spranger-estimat¡va.com/.

Súñula fCU nô 253/2010.

Súmula TCu n" 254l2oio

Súmula TCU no258/2010,

súmula TCU n"259120í0.

súmula TCU nô260/2010.

Tabelas de Conporições de preços pâra Orçamenros _rcpo, Editora p¡ni,2010.


TrsaKA' Mâçâhico, orçamerìto na conrtrução civir-
consurtor¡a, projeto e Execução. 5ão pãuroi Editora pini,
2006.
TISAKA, Maçãhico, Metodoloq¡a de Cátculo dâ Tåxâ
do BD¡ ê Custo, Di¡etos parâ Elaborâção do Orçâmento
Construçâo Civil, tnstituto de Engenharia; 2009. nà

Tribunal de Conrâs da Uniâo, Roteiro de Auditoria


de Obrâs púbii(ar, inrtitutdo peta portaria-SEGECEX
de fevereiro de Z0tO. ho Z, dê 12

Tr¡bunal de Contâr dâ União, pr¡Í¡e'''å Revisão do


Roteiro de Auditoria de Obras públicès, BrasÍtiã, âprovado
PortarÌa-SEGECEX nr 38, de 8 d€ nov€mbro de
peiâ
Zo1.t.
lr¡bunãl de Contas da Un¡ão, Regimento tnterno, àprovado petâ nesotuçåo
T CU no 246t2O11.

i.r
i

I
i,r

....456....

Você também pode gostar