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Tribunal de Contas

do Estado de São Paulo

CURSO ONLINE
Contabilidade Aplicada ao Setor Público

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Aplic b a
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FICHA TÉCNICA:

CONSELHEIROS

Cristiana de Castro Moraes


Presidente

Dimas Eduardo Ramalho


Vice-Presidente

Sidney Estanislau Beraldo


Corregedor

Antonio Roque Citadini


Edgard Camargo Rodrigues
Renato Martins Costa
Robson Marinho

2015
COORDENAÇÃO

Silvana de Rose
Coordenadora da Escola Paulista de Contas Públicas – EPCP
“Presidente Washington Luís”

ELABORAÇÃO

Ana Alice Paião


Unidade Regional 05 – Presidente Prudente

Kátia Kiyomi Ivasita


Diretoria de Contas do Governador

ORGANIZAÇÃO E REVISÃO TÉCNICA

Cesar Schneider
Divisão AUDESP

Maria Luiza Costa Pascale


Escola Paulista de Contas Públicas – EPCP
ÍCONES ORGANIZADORES

DEFINIÇÃO - É utilizado ao definir conceitos e significados.

SAIBA MAIS- Aprofundamento de ideias, curiosidades, links de sites e tex-


tos complementares.

REFLEXÃO - Momento para refletir sobre as questões apresentadas e


aprofundar pontos relevantes.

EXEMPLO - Utilizado no momento em que exemplifica conteúdo ou ideias.


SUMÁRIO

Módulo II: Introdução às Normas Nacionais e Internacionais de


Contabilidade Aplicadas ao Setor Público

Unidade 1. Introdução: Contexto contábil - Entidades Normativas


Internacionais e Nacionais....................................................................................................... 8
− Contexto contábil do processo de convergência................................................................... 8
− Nível de desenvolvimento dos países em relação ao regime de caixa e de competência... 9
− Entidades Normativas......................................................................................................... 10

Unidade 2 - Processo de Convergência com as Normas Internacionais de Contabilidade


Aplicada ao Setor Público...................................................................................................... 13
− Histórico e Antecedentes ................................................................................................... 13
− Transversalidade da Contabilidade..................................................................................... 15
− Macroprocessos.................................................................................................................. 16

Unidade 3 - Principais aspectos das Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor


Público (NBCASP/NBC T SP)................................................................................................ 17
− Conhecendo as NBCASP................................................................................................... 18

Unidade 4 - Principais aspectos das Normas Internacionais de Contabilidade Aplicadas ao


Setor Público (NICSP/IPSAS)................................................................................................ 29
− Estrutura geral das IPSAS.................................................................................................. 31
− Bases de mensuração conforme as IPSAS........................................................................ 31
− Aspectos fundamentais das NICSP (IPSAS)...................................................................... 32
− IPSAS 1 – Demonstrações Contábeis................................................................................ 32
− IPSAS 12 - Estoques........................................................................................................... 35
− IPSAS 17 - Ativo Imobilizado............................................................................................... 37
− IPSAS 19 – Provisões, Ativos e Passivos Contingentes..................................................... 39
− IPSAS 23 – Transações sem Contraprestação................................................................... 40
− IPSAS 31 – Ativo Intangível................................................................................................ 41

Unidade 5 - Institucionalização da adoção das normas contábeis na Federação................. 46


− Institucionalização no Governo Federal ............................................................................. 46
− Cronograma de ações para adequação.............................................................................. 47

BIBLIOGRAFIA GERAL.................................................................. 48
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Módulo II: Introdução às Normas Nacionais e


Internacionais de Contabilidade Aplicadas ao Setor
Público
Este módulo tem por objetivo conhecer o processo de convergência das Normas
Internacionais de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público (IPSAS) às Normas Brasileiras
quanto aos procedimentos, práticas, elaboração e divulgação das demonstrações contábeis.
O texto que aqui apresentamos, longe de ser um artigo, é apenas uma reflexão sobre o
tema citado. O trabalho prescinde de maior aprofundamento. Nosso intuito é despertar nos
senhores, a curiosidade, o desejo de estudar sempre e sempre tema tão importante nos
nossos dias.
“Foi tomado por base o material produzido pela STN (slides disponibilizados no curso
ministrado pela ECP – TCESP via EAD), o MCASP e as NBCASP (editadas pelo CFC), além
de outras fontes de pesquisas citadas no texto”.
As NBCASP aqui citadas estão atualizadas pela Resolução CFC n.º 1.437/13.
Sugerimos alguns textos de leitura, estudo e aprofundamento. A Literatura a respeito é
vasta e a cada momento, novas reflexões, textos, livros, e manuais são publicados.
Será trabalhado o seguinte conteúdo no Módulo II:

Unidade 1 - Introdução: Contexto contábil/Entidades Normativas Internacionais e


Nacionais;
Unidade 2 - Processo de convergência com as Normas Internacionais de Contabilidade
Pública;
Unidade 3 - Principais aspectos das Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao
Setor Público (NBCASP/NBC T SP);
Unidade 4 - Principais aspectos das Normas Internacionais de Contabilidade Aplicadas
ao Setor Público (NICSP/IPSAS);
Unidade 5 - Institucionalização da adoção das Normas Contábeis na Federação.

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Recomendamos a leitura dos textos abaixo para enriquecer o conteúdo trabalhado no


módulo:
Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público – 5ª Edição
Normas Internacionais de Contabilidade Aplicada ao Setor Público
http://www.ifac.org/publications-resources/2011-handbook-internacionalpublic-sector-
accounting-pronouncements
Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público (NBCASP/NBC TSP/
NBCT 16)
http://www.cfc.org.br/sisweb/sre/Default.aspx (Ementa NBC T16)
Schneider, Cesar e Miguel, Marcos Portella. Manual da Contabilidade Pública. IOB
FOLHAMATIC ebs sage. São Paulo, 2013.

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Unidade 1. Introdução: Contexto contábil - Entidades Normativas


Internacionais e Nacionais.

− Contexto contábil do processo de convergência


Convergência é o processo de adoção das normas internacionais de contabilidade
em busca de informações padronizadas e de maior qualidade.

CONVERGÊNCIA NO SETOR PRIVADO

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No dizer de Patrícia Vasconcelos Rocha Mapurunga


e outros1,
“A Convergência das normas internacionais de
Contabilidade é uma consequência irreversível na atual
conjuntura econômica mundial, face a internacionalização
dos mercados e avanços das tecnologias de informações,
dentre outros fatores que aproximam os usuários de
informações contábeis”.
“Diante da utilização das informações contábeis no
processo decisório, principalmente no mercado de capitais,
é de extrema importância a possibilidade de comparação
dessas informações, o que pode ser proporcionado mediante
a utilização, pelos diferentes países, de normas contábeis
elaboradas sob um mesmo padrão”.

− Nível1 de desenvolvimento dos países em relação ao regime de caixa e de


competência
Veja no quadro que segue:
PAÍSES C/ PAÍSES C/ PAÍSES C/
SISTEMA SISTEMA CON- SISTEMA
CARACTERÍSTICA CONTÁB. DE TÁB. DE MÉ- CONTÁB. DE
BAIXO NÍVEL DIO NÍVEL DE ALTO NÍVEL
DE DESENV. DESENV. DE DESENV.
Regime de competência para reconhec. Reg. comp. mo- SIM
de despesas e receitas
NÃO dificado
Desvinculação da contabilidade da inf. Incipiente SIM
Orçamentária
NÃO

Apresentação de inf. não financeiras nas Alguns casos SIM


Demonstrações Contábeis
NÃO

Possuem forte influência dos órgãos


profissionais contábeis
NÃO Incipiente SIM

Apresentam inf. que suportem o levanta-


mento da eficiência, efetividade e econo- NÃO Incipiente SIM
micidade nos serviços
Desenvolvem sistemas de contab. no
sentido de melhorar o gerenciamento da NÃO Incipiente SIM
administração pública

1
Texto de Patrícia Vasconcelos Rocha Mapurunga, Anelise Florencio de Meneses, Maria da Glória Arrais Peter: “O Processo de Conver-
gência das Normas Internacionais de Contabilidade: Uma Realidade nos Setores Privado e Público Brasileiros”.

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Para refletir:
a) Onde o Brasil se enquadra?
“A razão mais forte para que esta evolução esteja acontecendo
no Brasil é que a Contabilidade, na realidade, vem mudando em
todos os países, em especial na Europa e EUA”.2

− Entidades Normativas2

Apesar de algumas entidades já terem sido apresentadas no Módulo I - Introdução à


Contabilidade Aplicada ao Setor Público, retomaremos o assunto neste Módulo.

As principais entidades normativas internacionais e nacionais são:

2
César Schneider e Marcos Portella Miguel, in Manual de Contabilidade Pública, fls. 13.

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Entidades Normativas Internacionais:

IFAC – International Federation Of Accountants


• Organização de abrangência global com foco na profissão contábil. Edita normas
contábeis referentes aos padrões éticos da profissão, ao setor público (IPSAS), à
qualidade, à auditoria e à formação educacional;
• Representantes do Brasil: CFC e IBRACON;
• Website: http://www.ifac.org/

IASB – International Accounting Standard Board (Ex-IASC)


• Organização privada independente, sem fins lucrativos, que edita padrões contábeis
(IAS/IFRS) aplicados ao mercado de capitais e ao setor privado;
• Representantes do Brasil (2010): ex-Ministro da Fazenda e ex-diretor de normas do
BC;
• Website: http://www.iasb.org

FASB – Financial Accounting Standards Board


• Organização de origem americana que estabelece padrões contábeis de contabilidade
e relatórios financeiros;
• Representantes do Brasil: ex-diretor do BC e da CVM, como observador;
• Website: http://www.fasb.org/

Entidades Normativas Nacionais:

STN – Secretaria do Tesouro Nacional


• Órgão vinculado ao Ministério da Fazenda (MF). Normatiza através do MCASP,
Portarias e Notas Técnicas, as práticas contábeis do setor público da Federação
Brasileira.
• Website: http://www.tesouro.fazenda.gov.br

BCB – Banco Central do Brasil


• Autarquia vinculada ao MF que normatiza e fiscaliza o setor financeiro brasileiro, sendo
integrante do Sistema Financeiro Nacional e responsável pela política monetária
brasileira.
• Website: http://www.bcb.gov.br

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CFC – Conselho Federal de Contabilidade


• Órgão de representação da classe contábil no Brasil. Edita Normas Brasileiras de
Contabilidade aplicadas ao exercício da profissão (perícia, educação, etc.) e às áreas
de atuação do profissional (setor público, auditoria, etc.).
• Website: http://www.cfc.org.br

IBRACON – Instituto dos Auditores Independentes do Brasil


• Organização de abrangência nacional que concentra auditores, contadores e
estudantes de ciências contábeis, e edita e/ou recepciona normas referentes à atuação
destes profissionais junto a institutos de previdência, seguradoras e instituições
financeiras.
• Website: http://www.ibracon.com.br

CPC – Comitê de Pronunciamentos Contábeis


• Organização com o objetivo de estudar, preparar e emitir Pronunciamentos Técnicos
sobre procedimentos de Contabilidade e a divulgação de informações contábeis.
• Website: http://www.cpc.org.br

CVM – Comissão de Valores Mobiliários


• Autarquia federal responsável por fiscalizar, normatizar, disciplinar e desenvolver o
mercado de capitais brasileiro.
• Website: http://www.cvm.gov.br

Outras – (SUSEP, MPS, SPC/PREVIC, RFB, etc.)


Importante observar: o setor privado segue as IFRS editadas pelo IASB – International
Accounting Standard Board e o setor público segue as IPSAS (Normas Internacionais de
Contabilidade Aplicadas ao Setor Público), que são editadas pelo IFAC.

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Unidade 2 - Processo de Convergência com as Normas


Internacionais de Contabilidade Aplicada ao Setor Público

− Histórico e Antecedentes

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Vamos relembrar a história da contabilidade pública no Brasil:

Ano 1964 – Lei n.º 4320, de 17 de março de 1964, estatui Normas Gerais de Direito
Financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos
Estados, dos Municípios e do Distrito Federal.

Ano 1986 – criação em 10/03/86 da Secretaria do Tesouro Nacional, órgão central do


Sistema de Contabilidade Federal.

Ano 1987 – STN definiu e desenvolveu em conjunto com o SERPRO, o Sistema


Integrado de Administração Financeira do Governo Federal – SIAFI Plano de Contas
Único Federal.

Ano 2000 – Lei Complementar 101, de 4 de maio de 2000, estabelece normas de


finanças públicas voltadas para responsabilidade na gestão fiscal.

Ano 2008 – Portaria MF n.º 184/08 dispõe sobre as diretrizes a serem observadas no
setor público (pelos entes públicos) quanto aos procedimentos, práticas, elaboração e
divulgação das demonstrações contábeis, de forma a torná-los convergentes com as
Normas Internacionais de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público.

Ano 2009 – Decreto n.º 6.976, de 7 de outubro de 2009, dispõe sobre o Sistema
de Contabilidade Federal, estabelece alguns objetivos com o intuito de promover
as adequações necessárias para a convergência aos padrões internacionais de
contabilidade.

Ano 2010 – entra em vigor, a partir de 01.01.10, de forma obrigatória, a Resolução do


Conselho Federal de Contabilidade - CFC com a divulgação das NBC T SP.

Ano 2011 – IPSAS traduzidas.

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O quadro que segue demonstra como está sendo processado o Reordenamento da


Contabilidade Pública:

− Transversalidade da Contabilidade
A Contabilidade recebe dados de todos os setores e produz a informação final. É o que
se observa desse quadro produzido pela STN:

ENTIDADE Departamento de CONSUMIDORES


GOVERNAMENTAL Pessoal DE INFORMAÇÃO
(IPSAS 19 e 25)

Setor de
Tributação
(IPSAS 23)

Setor de Informação
Estoque Contabilidade Saída e Controle
(IPSAS 12)

Departamento
Jurídico
(IPSAS 19)

Setor de Controle do
Imobilizado
(IPSAS 17 e 21)

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− Macroprocessos

As etapas do processo de convergência consistem em:


• Tradução (e divulgação) das Normas Internacionais (IPSAS);
• Elaboração de minutas de NBCASP convergidas;
• Discussão e socialização das minutas;
• Publicação das novas NBCASP;
• Operacionalização das novas normas.

CAPACITAÇÃO EM CONTABILIDADE APLICADAS AO SETOR PÚBLICO SÃO PAULO

Introdução à nomas nacionais e Internacionais de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público

Processo de Convergência
Tradução
Tradução
Tradução (V1)
Revisada Validada
Tradução
Reenviada
Tradução
(V2) Publicação Formatação Aprovação
Divulgada
Convergência
NBCASP
Análise Comparações Estudos
Convergida
Discussão

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Unidade 3 - Principais aspectos das Normas Brasileiras de


Contabilidade Aplicadas ao Setor Público (NBCASP/NBC T SP)

O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, considerando que a Portaria n.º 184/08,


editada pelo Ministério da Fazenda, dispôs sobre as diretrizes a serem observadas no setor
público quanto aos procedimentos, práticas, elaboração e divulgação das demonstrações
contábeis, de forma a torná-las convergentes com as Normas Internacionais de Contabilidade
Aplicadas ao Setor Público, aprovou as NBCASP.

NBCASP: são as normas brasileiras de contabilidade


aplicadas ao Setor Público.

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Atualmente, encontram-se aprovadas pelo Conselho Federal de Contabilidade as


seguintes normas referente à contabilidade do setor público:

Número Ementa

NBC T 16.1 CONCEITUAÇÃO, OBJETO E CAMPO DE APLICAÇÃO

NBC T 16.2 PATRIMÔNIO E SISTEMAS CONTÁBEIS

NBC T 16.3 PLANEJAMENTO E SEUS INSTRUMENTOS SOB O ENFOQUE CONTÁBIL

NBC T 16.4 TRANSAÇÕES NO SETOR PÚBLICO

NBC T 16.5 REGISTRO CONTÁBIL

NBC T 16.6 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

NBC T 16.7 CONSOLIDAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

NBC T 16.8 CONTROLE INTERNO

NBC T 16.9 DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO E EXAUSTÃO

AVALIAÇÃO E MENSURAÇÃO DE ATIVOS E PASSIVOS EM ENTIDADES


NBC T 16.10
DO SETOR PÚBLICO

NBC T 16.11 SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE CUSTOS DO SETOR PÚBLICO

As NBCASP passaram por audiências públicas em diversos estados da federação


durante o ano de 2008, tendo sido aprovadas somente após grande discussão com a classe
contábil. As NBCASP foram oficialmente divulgadas em outubro de 2008, e entraram em
vigor de forma opcional em 2009 e de forma obrigatória a partir do exercício de 2010.

− Conhecendo as NBCASP

− NBC T 16.1 – Conceituação, Objeto e Campo de Aplicação


Esta Norma estabelece a conceituação, o objeto e o campo de aplicação da Contabilidade
Aplicada ao Setor Público

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Contabilidade Aplicada ao Setor Público é o ramo da ciência


contábil que aplica, no processo gerador de informações, os
Princípios de Contabilidade e as normas contábeis direcionados
ao controle patrimonial de entidades do setor público. (Redação
dada pela Resolução CFC nº. 1.437/13)
A função social da Contabilidade Aplicada ao Setor Público
deve refletir, sistematicamente, o ciclo da administração pública
para evidenciar informações necessárias à tomada de decisões, à
prestação de contas e à instrumentalização do controle social.
O Objetivo da CASP é fornecer informações sobre os
resultados alcançados e os aspectos de natureza orçamentária,
econômica, financeira e física do patrimônio da entidade do
setor público e suas mutações.
O Objeto da CASP é o Patrimônio Público.

Para refletir:
a) O que a norma preconiza, é novidade para você?
b) Com a sua experiência profissional, é esse o conceito de
contabilidade que vigora e se pratica nos órgãos públicos?

− NBC T 16.2 – Patrimônio e Sistemas Contábeis

Esta Norma estabelece o conceito de patrimônio público, sua classificação sob o enfoque
contábil, o conceito e a estrutura do sistema de informação contábil.

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Conceitua Patrimônio Público e incorpora características da


definição internacional quando estabelece que este deve ser
portador ou represente um fluxo de benefícios, presente ou
futuro, inerente à prestação de serviços públicos.
Contabilidade Aplicada ao Setor Público é organizada na
forma de sistema de informações, cujos subsistemas, conquanto
possam oferecer produtos diferentes em razão da respectiva
especificidade, convergem para o produto final, que é a informação
sobre o patrimônio público.
O Sistema Contábil controla e evidenciação dos atos e dos fatos
da gestão do patrimônio público e está estruturado nos seguintes
subsistemas de informações: Orçamentário; Patrimonial;
Custos; Compensação.

Para refletir:
a) “O sistema contábil representa a estrutura de informações sobre
identificação, mensuração, registro, controle, evidenciação e
avaliação dos atos e dos fatos da gestão do patrimônio público,
com o objetivo de orientar e suprir o processo de decisão, a
prestação de contas e a instrumentalização do controle social”.
NBC T 16.2
b) O Sistema contábil praticado atualmente contribui para o
processo de tomada de decisão?

− NBC T 16.3 – Planejamento e seus Instrumentos sob o Enfoque Contábil

Esta Norma estabelece as bases para controle contábil do planejamento desenvolvido


pelas entidades do setor público, expresso em planos hierarquicamente interligados.

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A CASP deve permitir a integração dos planos hierarquicamente


interligados, comparando suas metas programadas com as
realizadas, e evidenciando as diferenças relevantes por meio de
notas explicativas.
A evidenciação deve contribuir para a tomada de decisão e facilitar
a instrumentalização do controle social, de modo a permitir que se
conheçam o conteúdo, a execução e a avaliação do planejamento
das entidades do setor público a partir de dois níveis de análise:
a) coerência entre os planos hierarquicamente interligados nos
seus aspectos quantitativos e qualitativos;
b) a aderência entre os planos hierarquicamente interligados e a
sua implementação.

Para refletir:
a) “Notas Explicativas” é uma prática nos órgãos públicos?
b) Avaliação de desempenho, Planejamento, Plano hierarquicamente
interligado ... o que é? Leia a norma.
c) No dizer de Schneider e Portella, Manual da Contabilidade
Pública, fls. 107: “A Contabilidade Aplicada ao Setor Público
estuda, registra, controla e demonstra o orçamento aprovado,
acompanha sua execução, os atos administrativos, o
patrimônio público e suas variações”. Grifamos.

− NBC T 16.4 – Transações no Setor Público

As Transações no Setor Público devem registrar os atos e os fatos que promovem


alterações qualitativas ou quantitativas, efetivas ou potenciais, no patrimônio das
entidades do setor público as quais são objeto de registro contábil em estrita observância
aos Princípios de Contabilidade e às Normas Brasileiras de Contabilidade.
Existem duas Naturezas de Transações no Setor Público: a) econômico-financeira -
fatos que afetam o patrimônio público; b) administrativa - originadas de atos administrativos.

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Para refletir:
a) “Esta Norma estabelece conceitos, natureza e tipicidades das
transações no setor público”. NBC T 16.4.
b) Você se lembra dos Princípios de Contabilidade aprendidos nos
bancos escolares? Continuam válidos.

Sugestões de leitura:
- MCASP: Princípios contábeis (manual atualizado: site: www.stn.gov.br)
- Manual da Contabilidade Pública, item 6.5 Princípios da Contabilidade, fls. 113

− NBC T 16.5 – Registro Contábil

Os registros devem ser realizados e os seus efeitos evidenciados nas demonstrações


do período com os quais se relacionam, reconhecidos, portanto, pelos respectivos fatos
geradores, independentemente do momento da execução orçamentária.
Os registros das transações das entidades devem ser efetuados considerando as
relações jurídicas, econômicas e patrimoniais, prevalecendo nos conflitos a essência
sobre a forma.

Para refletir:
Quais as características do registro e da informação contábil no
Setor Público? Não se recorda? Busque nessa Norma.

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− NBC T 16.6 – Demonstrações Contábeis

Esta Norma estabelece as Demonstrações Contábeis a serem elaboradas e divulgadas


pelas entidades do setor público.

As demonstrações contábeis são:


• Balanço Patrimonial;
• Balanço Orçamentário;
• Balanço Financeiro;
• Demonstração das Variações Patrimoniais;
• Demonstração dos Fluxos de Caixa;
• Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido;
• Notas Explicativas.

Para refletir:
a) Você observou a existência de novas demonstrações contábeis
para o Setor Público?
b) Esta norma ratifica a importância da qualidade do registro
contábil, pois as “demonstrações contábeis apresentam
informações extraídas dos registros e dos documentos que
integram o sistema contábil da entidade”. NBC T 16.6

− NBC T 16.7 – Consolidação das Demonstrações Contábeis

Para efeito desta Norma, entende-se por Consolidação das Demonstrações Contábeis: o
processo que ocorre pela soma ou pela agregação de saldos ou grupos de contas, excluídas
as transações entre entidades incluídas na consolidação, formando uma unidade contábil
consolidada.

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A consolidação das demonstrações contábeis objetiva o


conhecimento e a disponibilização de macroagregados do setor
público, a visão global do resultado e a instrumentalização do
controle social.

Procedimentos para consolidação:


• Considerar as relações de dependência entre as entidades do setor público;
• Abranger as transações contábeis de todas as unidades objeto da consolidação;
• Os ajustes e as eliminações decorrentes do processo de consolidação devem ser
realizados em documentos auxiliares;
• Devem ser levantadas na mesma data (Prazo máximo de diferença: 3 meses);
• Demonstrações contábeis consolidadas devem ser complementadas por notas
explicativas.

− NBC T 16.8 – CONTROLE INTERNO

Esta Norma conceitua Controle Interno sob o enfoque contábil e estabelece sua
finalidade destacando-se:
– salvaguardar os ativos e assegurar a veracidade do patrimônio;
– dar conformidade ao registro contábil em relação ao ato correspondente;
– contribuir para a promoção da eficiência operacional da entidade;
– auxiliar na prevenção de práticas ineficientes e antieconômicas, erros, fraudes,
malversação, abusos, desvios e outras inadequações.

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Para refletir:
“Esta Norma estabelece referenciais para o controle interno
como suporte do sistema de informação contábil, no sentido de
minimizar riscos e dar efetividade às informações da contabilidade,
visando contribuir para o alcance dos objetivos da entidade do setor
público”. NBC T 16.8
a) Você já conhecia essa Norma? Então responda: Porque
o Controle Interno sob o enfoque contábil é necessário no
Setor Público?
b) Em sua experiência profissional essa Norma é praticada?
c) O que dificulta a operacionalidade da Norma?

− NBC T 16.9 – Depreciação, Amortização e Exaustão

Esta Norma estabelece critérios e procedimentos para o registro contábil da depreciação,


da amortização e da exaustão.

Para o registro da depreciação, amortização e exaustão devem ser observados os


seguintes aspectos:
• Obrigatoriedade do seu reconhecimento;
• O valor do decréscimo patrimonial (conta redutora do respectivo ativo);
• Circunstâncias que podem influenciar seu registro.

Ao ler essa Norma, renasce a consciência de que é preciso voltar a estudar. E estudar
porque “Depreciação, Amortização e Exaustão” que até então estavam esquecidos, são
assuntos a serem postos em prática também no Setor Público.
Quão distante da ciência contábil, anda a prática da contabilidade no Setor Público, hoje.

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Para refletir:
a) As peças contábeis, os demonstrativos gerados pela contabilidade
do Setor Público tal qual hoje se verifica, possibilitam:
• Tomada de decisão pelo gestor?
• Controle Social (pela sociedade)?
• Transparência da gestão pública?

b) Você se recorda dos conceitos e métodos de Depreciação,


Amortização e Exaustão? Caso não se recorde, busque na legislação
indicada.
Sugestão de Leitura: NBC T 16.9 e MCASP

− NBC T 16.10 – Avaliação e Mensuração de Ativos e Passivos em Entidades do


Setor Público
- Reavaliação
- Redução ao Valor Recuperável (Impairment)
- Principais critérios de avaliação e mensuração para: Disponibilidades; Créditos e
dívidas; Estoques; Investimentos permanentes; Imobilizado; Intangível; Diferido.

“Esta Norma estabelece critérios e procedimentos para a


avaliação e a mensuração de ativos e passivos integrantes do
patrimônio de entidades do setor público”. NBC T 16.10

Traz conceitos de: Avaliação patrimonial, Mensuração, Reavaliação, Redução ao valor


recuperável (impairment), Perda por desvalorização, Valor de aquisição, Valor justo, Valor
bruto contábil, Valor líquido contábil, Valor realizável líquido, Valor recuperável.

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Para refletir:
a) Na sua prática profissional, os conceitos trazidos por essa Norma
são usuais no meio contábil do Setor Público?
b) O que você sabe sobre os procedimentos de Avaliação,
Mensuração de Ativos e Passivos em órgãos públicos?

− NBC T 16.11 – Subsistema de Informação de Custos do Setor Público

O SICSP tem por objetivo:


• mensurar, registrar e evidenciar os custos dos produtos, serviços, programas,
projetos, atividades, ações, órgãos e outros objetos de custos da entidade;
• apoiar a avaliação de resultados e desempenhos, permitindo a comparação entre
os custos da entidade com os custos de outras entidades públicas estimulando a
melhoria do desempenho dessas entidades;
• apoiar a tomada de decisão em processos, tais como comprar ou alugar, produzir
internamente ou terceirizar determinado bem ou serviço;
• apoiar as funções de planejamento e orçamento;
• apoiar programas de controle de custos e de melhoria da qualidade do gasto.

O SICSP é obrigatório em todas as entidades do setor público.

Na geração de informação de custo, é obrigatória a adoção dos princípios de


contabilidade em especial o da competência, devendo ser realizados os ajustes necessários
quando algum registro for efetuado de forma diferente.

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Para refletir:
“Esta Norma estabelece a conceituação, o objeto, os objetivos
e as regras básicas para mensuração e evidenciação dos custos
no setor público e apresentado, nesta Norma, como Subsistema de
Informação de Custos do Setor Público (SICSP)”. (Redação dada
pela Resolução CFC n.º 1.437/13)
a) Informação de Custos do Setor Público: é prática comum?
b) Você tem conhecimento da implantação do subsistema
proposto por essa Norma?
c) A seu ver quais os benefícios decorrentes da implantação e
utilização dessa prática?
d) Os órgãos públicos tem conhecimento e interesse em avaliar
os custos operacionais?

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do Estado de São Paulo

Unidade 4 - Principais aspectos das Normas Internacionais de


Contabilidade Aplicadas ao Setor Público (NICSP/IPSAS)

A International Federation of Accountants (IFAC) é a organização global para a profissão


contábil. Fundada em 1977, com sede em Nova Iorque, é financiada por Organizações
Internacionais (Nações Unidas, Comissão Européia, Banco de Desenvolvimento Asiático,
Banco Mundial, Eurostat) e Governos (Canadá, Suíça e N. Zelândia, etc.).
A missão da IFAC é servir ao interesse público, fortalecer a profissão contábil ao
redor do mundo e contribuir ao desenvolvimento de economias internacionais fortes pelo
estabelecimento e pela promoção da adesão a normas profissionais de alta qualidade,
estimulando a convergência internacional a essas normas, e pronunciando-se sobre temas
de interesse público onde o conhecimento especializado da profissão tem o mais alto grau
de relevância.
A IFAC confere liderança à profissão contábil ao redor do mundo para servir ao interesse
público da seguinte maneira:
- Desenvolvendo, promovendo e mantendo normas profissionais globais e um Código
de Ética para Contadores Profissionais de qualidade alta e consistente;
- Estimulando ativamente a convergência das normas profissionais, referentes à
auditoria, asseguração, ética, educação e normas para a elaboração de demonstrações
contábeis para os setores público e privado;
- Buscando melhorias contínuas na qualidade da auditoria e gestão financeira;

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Tribunal de Contas
do Estado de São Paulo

- Promovendo os valores da profissão contábil para garantir que atraia continuamente


candidatos de alto nível;

- Promovendo o cumprimento das obrigações dos membros; e

- Assistindo as economias em desenvolvimento e emergentes, em cooperação com


órgãos contábeis regionais e outros, com vistas ao estabelecimento e à manutenção
de uma profissão comprometida com o desempenho de alta qualidade e servindo ao
interesse público.

Em relação à economia internacional atua nas seguintes formas:

- Melhorando a confiança e a qualidade das demonstrações contábeis;

- Estimulando a produção de informações (financeiras e não-financeiras) de alta


qualidade sobre o desempenho das organizações;

- Promovendo a prestação de serviços de alta qualidade por todos os membros da


profissão contábil ao redor do mundo; e

- Promovendo a importância da adesão ao Código de Ética para Contadores


Profissionais por todos os membros da profissão contábil, inclusive membros na
indústria, comércio, setor público, setor sem fins lucrativos, setor acadêmico e prática
pública.

Nos seus esforços para realizar essa missão, a IFAC constituiu o International Public
Sector Accounting Standards Board (IPSASB) para desenvolver normas contábeis de alta
qualidade para uso na preparação de demonstrações contábeis para fins gerais por entidades
do SETOR PÚBLICO.

Nesse sentido:

- O termo setor público se refere a governos nacionais, governos regionais (por exemplo,
estadual, provincial, territorial), governos locais (por exemplo municipal) e entidades
públicas relacionadas (por exemplo, agências, conselhos, comissões e empresas); e

- Demonstrações contábeis para fins gerais são demonstrações contábeis elaboradas


para usuários que não têm prerrogativa de exigir informações contábeis para atender
às suas necessidades específicas de informação.
O IPSASB é um órgão normatizador independente e atua dessa forma:

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Tribunal de Contas
do Estado de São Paulo

- Emitindo Normas Internacionais de Contabilidade para o Setor Público (IPSASs);


- Promovendo sua aceitação e convergência internacional com essas normas;
- Publicando outros documentos que oferecem orientações sobre temas e experiências
na elaboração de demonstrações contábeis no setor público.

As IPSAS (International Public Sector Accounting Standards) são Normas a serem


aplicadas por membros da profissão na preparação de demonstrações contábeis para fins
gerais de entidades do setor público.

A tradução dessas Normas é um produto da ação conjunta do CFC (Conselho Federal de


Contabilidade) com o Instituto dos Auditores Independente do Brasil (IBRACON) e representa
esforços e ações realizadas pelo CFC com a cooperação técnica da Secretaria do Tesouro
Nacional (STN), na busca da adoção, no Brasil, do novo modelo de Contabilidade Patrimonial,
bem como da convergência das normas contábeis brasileiras aos padrões internacionais.

− Estrutura geral das IPSAS

ESTRUTURA GERAL DE UMA IPSAS

1. Conteúdo 6. Aspectos de Transição

2. Introdução 7. Data efetiva

3. Escopo 8. Apêndices / Guia de Aplicação

4. Definições 9. Base para conclusão

5. Políticas contábeis 10. Comparação com IFRS respectiva*

− Bases de mensuração conforme as IPSAS

Custo: quantidade de caixa ou equivalente paga ou o valor justo de qualquer outra


aspecto utilizado para adquirir um ativo na data de sua aquisição ou construção;
Valor justo: valor pelo qual um ativo pode ser trocado ou um passivo ser liquidado com
base em um acordo entre as partes;

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Tribunal de Contas
do Estado de São Paulo

Valor presente: (de um ativo) compreende os fluxos de caixa descontados que espera-
se que sejam gerados por um ativo no curso normal das operações; (de um passivo)
compreende os fluxos de caixa descontados a serem pagos para liquidar uma obrigação no
curso ordinário das operações;
Outras: Valor realizável líquido, custo corrente de reposição, valor em uso e valor
recuperável do serviço.

− Aspectos fundamentais das NICSP (IPSAS)

− IPSAS 1 – Demonstrações Contábeis

OBJETIVO
Orientações sobre Demonstrações Contábeis de Propósito Geral.

ESCOPO E CARACTERÍSTICAS
• Devem permitir a comparabilidade entre:
‒ Períodos distintos de uma mesma entidade;
‒ Entidades distintas.

DEFINIÇÕES
• Regime de Competência (Accrual Basis) – transações reconhecidas quando ocorrem;
• Ativo: controle, eventos passados e geradores (em potencial ou diretamente) de
benefícios potenciais/futuros;
• Passivo: obrigação presente, decorrente do passado e que gera sacrifício de ativo
para ser liquidada;
• Patrimônio Líquido: resíduo dos ativos após descontados os passivos;
• Despesa: redução em benefícios econômicos ou potencial de serviço durante período
bem definido via consumo de ativo ou entrada de passivo;
• Receita: aumento de benefícios econômicos ou potenciais durante período bem
determinado quando aumentarem o PL e não forem aporte dos proprietários.

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Tribunal de Contas
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Os Componentes das Demonstrações Contábeis são:

1. Demonstrativo da posição financeira (e.g. Balanço Patrimonial);

2. Demonstrativo do desempenho financeiro (e.g. DVP);

3. Demonstrativo de mudanças no PL (e.g. DMPL);

4. Demonstrativo de fluxo de caixa (e.g. DFC);

5. Notas explicativas.

As características das Demonstrações Contábeis (DC) são:


• Representação fiel dos efeitos das transações (true and fair view);
• DC em conformidade com as IPSASs – evidenciação em notas explicativas;
• Presume-se que as entidades continuem indeterminadamente;
• Os desvios materiais, mesmo decorrentes de aspectos legais, caracterizam não
conformidade com as IPSASs;
• Deve haver consistência de critérios de apresentação (IPSAS3);
• Itens materialmente relevantes devem ser apresentados de forma separada nas DC;
• As IPSASs aplicam-se apenas às Demonstrações Contábeis.

Destaques nas Demonstrações Contábeis:


• Demonstrações contábeis devem ser destacadas das demais demonstrações;
• Itens de destaque na apresentação das Demonstrações:
a) Nome da entidade relacionada às Demonstrações Contábeis;
b) Evidenciação se a entidade é individual ou econômica;
c) Período, notas explicativas e moeda de apresentação;
d) Nível de arredondamento apresentado.
• Periodicidade: ao menos 1 vez ao ano;
• Disponibilização tempestiva.

BALANÇO PATRIMONIAL
Ativo Circulante
• Expectativa de realização ou consumo no ciclo operacional da entidade;
• Mantido para ser negociado;
• Realização em até 12 meses após a apresentação das Demonstrações;

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• Caixa ou equivalente de caixa;


• Outras situações: ativo não circulante.

Passivo Circulante
• Liquidado durante o ciclo operacional do ente;
• Mantido para ser negociado;
• Liquidado até 12 meses após a apresentação das demonstrações;
• Ente não tem direito incondicional de determinar sua liquidação;
• Outras situações: passivo não circulante.

INFORMAÇÕES MÍNIMAS DO BALANÇO PATRIMONIAL


INTERLIGAÇÃO COM OUTRAS IPSAS

Propriedades para investimento


Ativo imobilizado – IPSAS 17
– IPSAS 16
Ativo intangível – IPSAS 31 Provisões – IPSAS 19
Ativos financeiros Passivos financeiros
Investimentos por MEP – IPSAS Participação de não
07 controladores (PL)
Estoques – IPSAS 12 PL
Recebíveis de transações sem Impostos e transferências a
contraprestação – IPSAS 23 pagar
Contas a receber de transações Contas a pagar decorrentes de
com contraprestação – IPSAS 09 transações com contrapartida
Caixa e equivalentes

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMONIO LÍQUIDO


Itens que devem ser apresentados:
- Déficit ou superávit patrimonial do período;
- Cada mutação no patrimônio líquido reconhecida diretamente no mesmo;
- O efeito decorrente da mudança nos critérios contábeis e os efeitos decorrentes
da retificação de erros cometidos em exercícios anteriores;
- As contribuições dos proprietários e distribuições recebidas por eles como
proprietários.

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DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA


As informações dos fluxos de caixa são úteis para proporcionar aos usuários da
informação contábil, instrumento para avaliar a capacidade de a entidade gerar caixa e
equivalentes de caixa, bem como suas necessidades de liquidez. IPSAS específica para tal
(IPSAS 2).

NOTAS EXPLICATIVAS
Informação adicional à apresentada no corpo das Demonstrações Contábeis, tais como:
- Descrições narrativas ou detalhamentos de itens divulgados ou não reconhecidos
nas referidas Demonstrações;
- Evidenciação de Políticas Contábeis;
- Principais Fontes de Estimativas;
- Outras Informações.

CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS DAS DEMONSTRAÇÕES


Características que tornam as Demonstrações úteis aos usuários:
- Compreensibilidade;
- Relevância;
- Confiabilidade;
- Comparabilidade;
- Materialidade;
- Apresentação Adequada;
- Primazia da Essência sobre a Forma;
- Neutralidade;
- Prudência;
- Integridade.

− IPSAS 12 - Estoques
CARACTERÍSTICAS DOS ESTOQUES
Estoques são ativos:
a) Na forma de materiais para serem consumidos na produção ou de prestação de
serviços;

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b) Que são mantidos para venda ou distribuição no curso normal das operações;
c) Que estão no processo de produção para venda ou distribuição.

EXEMPLOS

- Mercadorias para revenda;


- Terra e outras propriedades para revenda;
- Materiais aguardando uso no processo de produção;
- Munições;
- Estoques reguladores;
- Propriedades para venda;
- Mercadorias compradas ou produzidas pela entidade com fins de distribuição, como
livros didáticos.

MENSURAÇÃO DE ESTOQUES
- Valor de custo ou pelo valor realizável líquido, dos dois o menor;
- Estoques que tiverem sido adquiridos através de uma transação sem contraprestação,
devem ter seu custo mensurado pelo seu valor justo na data da aquisição;
- Estoques devem ser mensurados pelo menor valor entre o custo e o custo corrente
de reposição quando mantidos para:
a) Distribuição gratuita ou por um valor irrisório (ex. vacinas);
b) Consumo no processo de produção de mercadorias a serem distribuídas
gratuitamente ou por valor irrisório.

CUSTOS DOS ESTOQUES


Compreende o valor de aquisição, as taxas de importação e outras taxas (não
considerados tributos recuperáveis), o frete e demais custos diretos.

Descontos comerciais, devoluções e similares são deduzidos dos custos de aquisição.

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− IPSAS 17 - Ativo Imobilizado

OBJETIVO:
Contabilização do Ativo Imobilizado das entidades do Setor Público, exceto Empresas
Estatais não dependentes.

ABRANGÊNCIA
Esta norma se aplica ao Ativo Imobilizado, exceto:
- Quando um tratamento diferente for adotado em outra norma específica (Arrendamento
Mercantil);
- Bens do patrimônio cultural;
- Ativos biológicos e produtos agrícolas (IPSAS 27); e
- Direitos minerais e reservas minerais.

RECONHECIMENTO
O custo de um item do imobilizado deve ser reconhecido como ativo se, e apenas se:
- for provável que benefícios econômicos futuros ou potenciais de serviços associados
ao item fluirão para a entidade; e
- o custo ou valor justo do item puder ser mensurado confiavelmente.

EXEMPLOS:
1. Construção de um posto de saúde. Esse ativo será utilizado para a prestação de
serviços à comunidade e o valor pode ser mensurado com segurança.
2. Aquisição de ônibus escolares. Também utilizado para prestação de serviços e cujo
valor pode ser mensurado com confiança.
3. Uma universidade compra uma obra de arte para a Reitoria. Como esse item não
é utilizado para manter o funcionamento da entidade, deverá ser classificado como
Ativo Não Circulante Investimento. Por exemplo: quadro da Monalisa.
4. Uma prefeitura compra um terreno para futura utilização. Enquanto não for definida
a destinação do terreno e não for iniciada a obra, o mesmo deverá ser classificado
como investimento.

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MENSURAÇÃO
Um item do ativo imobilizado deverá ser classificado pelo seu custo, que compreende:
+ Preço de aquisição
+ Imposto de Importação
+ Tributos não recuperáveis
- Descontos comerciais
- Abatimentos

Custos diretamente atribuíveis para colocar o ativo disponível. Estimativa inicial dos
custos de desmontagem e remoção do item e de restauração do local.
Os itens acima também são incluídos na mensuração?
Quando adquirido por meio de uma transação sem contraprestação, o custo é mensurado
pelo valor justo na data da transação.

Exemplo: doação de terreno para a prefeitura; ou item que seja objeto de confisco por
parte do governo.

CLASSE
É um agrupamento de ativos de natureza e uso semelhantes.

Exemplos de classes do ativo imobilizado:


• Terrenos;
• Edifícios Operacionais;
• Estradas;
• Maquinários;
• Veículos;
• Móveis e Utensílios.

DEPRECIAÇÃO
Depreciação: alocação sistemática do valor depreciável de ativos durante sua vida útil.
Valor Depreciável: é o custo de um ativo, ou outra base que substitua seu custo
nas demonstrações contábeis, menos seu valor residual.

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Tribunal de Contas
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Consiste em considerar, como despesa do período, uma parte do valor gasto na compra
de bens de consumo durável utilizado nas atividades da empresa.

Cada componente de um item do ativo imobilizado com custo significativo em relação ao


custo total do item deve ser depreciado separadamente, podendo ser agrupados, no caso de
igual vida útil;

Ex: Depreciação de um sistema de rodovias: deve-se depreciar


separadamente a pavimentação, a iluminação, calçadas, pontes e outros
elementos considerados significativos.

A despesa de depreciação de cada período deve ser reconhecida no resultado a menos


que seja incluída no valor contábil de outro ativo.

Ex: Depreciação de máquinas e equipamentos da produção são incluídos


no custo de produção do estoque.

BAIXA DO VALOR CONTÁBIL DE UM ITEM


O valor contábil de um item do ativo imobilizado deve ser baixado:
A) Por ocasião de sua alienação.
Ex: venda de imóvel, veículos, máquinas.

B) Quando não há expectativa de benefícios econômicos futuros ou potencial de serviços


com a sua utilização ou alienação.
Ex: baixa de um equipamento obsoleto.

− IPSAS 19 – Provisões, Ativos e Passivos Contingentes

DEFINIÇÕES:
- Provisão: passivo com incertezas quanto ao tempo ou ao montante, cuja estimativa
pode ser realizada (estimativa é base para mensuração).

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Tribunal de Contas
do Estado de São Paulo

- Passivo Contingente:
a) Passivo que será confirmado pela ocorrência ou não de eventos futuros incertos
não totalmente sob controle da entidade.
b) Obrigação presente decorrente de eventos passados mas que não é reconhecida
pois:
- o valor da obrigação não pode ser mensurado com segurança;
- é improvável que haja sacrifício de ativo para liquidar a obrigação.

- Ativo Contingente: possível ativo cuja confirmação decorre de eventos passados


cuja existência deve ser confirmada somente pela ocorrência ou não de eventos
futuros incertos não totalmente sob o controle da entidade.
- Ativos e Passivos Contingentes: não devem ser reconhecidos.

− IPSAS 23 – Transações sem Contraprestação


IPSAS 23 é específica para o setor público – não há equivalência no setor privado.

DEFINIÇÕES
- Fato gerador: é o evento que, por determinação do governo, poder legislativo ou
outra autoridade, será sujeito da cobrança de impostos (ou qualquer outra forma de
tributo).
- Tributos: são benefícios econômicos ou potencial de serviços compulsoriamente
pagos ou a pagar às entidades do setor público, de acordo com leis e/ou regulamentos,
estabelecidos para gerar receita para o governo. Tributos não incluem multas ou
outras penalidades aplicadas em caso de infrações legais.
- Transações sem contraprestação: aquela na qual a entidade tanto recebe ativos ou
serviços ou tem passivos extintos sem dar diretamente valor aproximadamente igual
em troca, ou dá valor a outra entidade sem receber diretamente valor aproximadamente
igual em troca.
- Transferências: são ingressos de benefícios econômicos ou potencial de
serviços futuros provenientes de transações sem contraprestação, diferentes de
tributos. Mensurados a valor justo na data de aquisição.

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Tribunal de Contas
do Estado de São Paulo

MENSURAÇÃO DE ATIVOS DECORRENTES DE RECEITA SEM CONTRAPARTIDA


Reconhecimento Inicial: Valor justo da data de aquisição.

RECONHECIMENTO DE RECEITA DE TRANSAÇÕES SEM CONTRAPRESTAÇÃO


- Reconhecimento como receita, exceção feita às entradas de recursos simultaneamente
à assunção de obrigações;
- Reconhecimento da receita quando do fato gerador e pelo valor bruto.

EVIDENCIAÇÃO
- O montante de receita de transações sem contraprestação, separando:
I. Tributos
II. Transferências

- O montante de recebíveis em relação à receita sem contraprestação;


- O montante de quaisquer passivos perdoados.

− IPSAS 31 – Ativo Intangível

DEFINIÇÕES
Ativo intangível é um ativo não monetário sem substância física; é identificável, controlado
e gerador de benefícios econômicos futuros ou serviços potenciais.

(fonte: www.stn.gov.br)

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Tribunal de Contas
do Estado de São Paulo

Amortização é a alocação sistemática do valor depreciável (amortizável) de ativos


intangíveis durante sua vida útil.
CAPACITAÇÃO EM CONTABILIDADE APLICADAS AO SETOR PÚBLICO SÃO PAULO

Introdução à nomas nacionais e Internacionais de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público

IPSAS 31 – ATIVO INTANGÍVEL


Exemplos

Software gravado em um CD:


o CD é elemento corpóreo, apesar de o
software ser intangível.

Licença ou patente com comprovação via


documentação jurídica:
a documentação jurídica é elemento corpóreo,
apesar de a licença ou patente serem intangíveis.

RECONHECIMENTO E MENSURAÇÃO
Um ativo intangível deve ser RECONHECIDO quando:
1) For provável que os benefícios econômicos futuros esperados e serviço potencial
atribuíveis ao ativo serão gerados em favor da entidade; e
2) O custo ou valor justo do ativo puder ser mensurado com segurança.

Um ativo intangível deve ser reconhecido inicialmente ao custo:


Quando adquirido por meio de transação sem contraprestação. Seu custo inicial, na
data da aquisição, deve ser mensurado pelo valor justo.

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Tribunal de Contas
do Estado de São Paulo

FASE DE PESQUISA
Nenhum ativo intangível resultante de pesquisa deve ser reconhecido.
Os gastos com pesquisa devem ser reconhecidos como despesa quando incorridos.

Exemplos:
- atividades destinadas à obtenção de novo conhecimento;
- busca, avaliação e seleção final das aplicações dos resultados de pesquisa ou outros
conhecimentos; e
- busca de alternativas para materiais, dispositivos, produtos, processos, sistemas ou
serviços.

FASE DE DESENVOLVIMENTO
Um ativo intangível deve ser reconhecido somente se a entidade puder demonstrar
todos os aspectos a seguir enumerados:
• viabilidade técnica para concluir o ativo intangível de forma que ele seja disponibilizado
para uso ou venda;
• intenção de concluir o ativo intangível e de usá-lo ou vendê-lo;
• capacidade para usar ou vender o ativo intangível;
• forma como o ativo intangível deve gerar benefícios econômicos futuros ou serviços
potenciais;
• disponibilidade de recursos técnicos, financeiros e outros recursos adequados para
concluir seu desenvolvimento e usar ou vender o ativo intangível; e
• capacidade de mensurar com segurança os gastos atribuíveis ao ativo intangível
durante seu desenvolvimento.

A seguir reproduzimos material da STN – Secretaria do Tesouro Nacional, sobre a


mensuração após o reconhecimento, vida útil e a baixa do ativo intangível:

43
Tribunal de Contas
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CAPACITAÇÃO EM CONTABILIDADE APLICADAS AO SETOR PÚBLICO SÃO PAULO

Introdução à nomas nacionais e Internacionais de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público

IPSAS 31 – ATIVO INTANGÍVEL

MENSURAÇÃo APÓS O RECONHECIMENTO

MÉTODO DO CUSTO:
PERDA POR
AMORTIZAÇÃO IRRECUPERABILIDADE
CUSTO
ACUMULADA ACUMULADA

MÉTODO DA REAVALIAÇÃO:

AMORTIZAÇÃO
VALOR REAVALIADO ACUMULADA
SUBSEQUENTE

O método da reavaliação não permite a reavaliação de ativos intangíveis


que não tenham sido previamente reconhecidos como ativos

CAPACITAÇÃO EM CONTABILIDADE APLICADAS AO SETOR PÚBLICO SÃO PAULO

Introdução à nomas nacionais e Internacionais de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público

IPSAS 31 – ATIVO INTANGÍVEL

VIDA ÚTIL

DEFINIDA INDEFINIDA

A duração ou volume de produção Não existe um limite previsível para o


podem ser definidos. período em que o ativo deverá gerar
benefícios econômicos à entidade.
Deve ser amortizado. Não dever ser amortizado.

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Tribunal de Contas
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CAPACITAÇÃO EM CONTABILIDADE APLICADAS AO SETOR PÚBLICO SÃO PAULO

Introdução à nomas nacionais e Internacionais de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público

IPSAS 31 – ATIVO INTANGÍVEL

BAIXA

O Valor contábil de item do ativo intangível deve ser baixado:

Por ocasião de sua alienação

Quando não há expectativa de benefícios


econômicos futuros ou potencial de serviços
com a sua utilização ou alienação

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Unidade 5 - Institucionalização da adoção das normas contábeis


na Federação

− Institucionalização no Governo Federal

PORTARIA MF nº 184/08:
Dispõe sobre as diretrizes a serem observadas no setor público quanto aos procedimentos,
práticas, elaboração e divulgação das demonstrações contábeis, de forma a torná-
los convergentes com as Normas Internacionais de Contabilidade Aplicadas ao Setor
Público.

DIRETRIZES
- Identificar as necessidades de convergência às normas internacionais de contabilidade
publicadas pela IFAC e às normas Brasileiras editadas pelo CFC;
- Editar normativos, manuais, instruções de procedimentos contábeis e Planos de
Conta Nacional, objetivando a elaboração e publicação de demonstrações contábeis
consolidadas, em consonância com os pronunciamentos da IFAC e com as normas
do CFC;
- Adotar os procedimentos necessários para atingir os objetivos de convergência
estabelecidos no âmbito do Comitê Gestor da Convergência no Brasil.

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− Cronograma de ações para adequação


No esforço de adequação das novas normas, diversas Portarias foram sendo publicadas.
São elas: Portaria nº 467/2009, 664/2010, 406/2011, 828/2011, 437/2012, 753/2012 e
634/2013. Com exceção da Portaria nº 437/2012 (revogada parcialmente), as demais foram
todas revogadas integralmente pela Portaria nº 634/2013, atualmente vigente.
O quadro que segue demonstra a posição atual.

Portaria nº 634/2013 - ANEXO I


Portarias que fixaram prazos de observância obrigatória dos procedimentos contábeis
contidos no MCASP.

Portaria nº 634/2013 (texto original)


PROCEDIMENTOS / MCASP
Prazos atuais:

2014 (integralmente até o final do exercício) p/


PCASP
União, Estados, DF e Municípios

2014 (integralmente até o final do exercício) p/


DCASP
União, Estados, DF e Municípios

Procedimentos Contábeis Patrimo- Prazos a serem definidos conforme ato normativo


niais – PCP específico da STN para cada procedimento

Procedimentos Contábeis Específicos


2013 p/ União, Estados, DF e Municípios
– PCE

Procedimentos Contábeis Orçamentá-


Aplicabilidade imediata* (DESDE 2008) (*)
rios – PCO

Consolidação das contas dos entes da 2014/2015 com adoção integral do


Federação PCASP e das DCASP

Status da
Vigente integralmente
Portaria

(*) Vide Portaria Conjunta STN/SOF nº 163 de 04/05/2001 e Portaria MOG nº 42 de 14/04/1999, além
das Portarias Conjuntas de aprovação das regras acerca dos Procedimentos Contábeis Orçamentários
constantes do MCASP.

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Tribunal de Contas
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BIBLIOGRAFIA GERAL
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil:
promulgada em 5 de outubro de 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 23.mar.2014.

BRASIL. Lei Federal nº 4.320, de 17 de março de 1964. Estatui Normas Gerais de Direito
Financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados,
dos Municípios e do Distrito Federal. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/
L4320compilado.htm. Acesso em: 23.mar.2014.

Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público- MCASP- 4º (2011) e 5ª (2013) edições


– Brasília: Secretaria do Tesouro Nacional, Coordenação Geral de Normas de Contabilidade
Aplicada à Federação . Disponível em: https://www.tesouro.fazenda.gov.br/pt/contabilidade-
publica/principais-publicacoes/mcasp. Acesso em: 8.mar.2014

MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 32ª edição. São Paulo: Malheiros,
2006, p. 88.

NBC T 16 - Normas Brasileiras de Contabilidade Pública - Disponível no site www.cfc.org.br

REIS, Heraldo da Costa. Regime de caixa ou de competência : eis a questão. Revista de


Administração Municipal-Municípios, Rio de Janeiro, v. 52, n. 260, p. 37-48, out./dez. 2006

SZUSTER, Natan; et al. Contabilidade Geral: Introdução à Contabilidade Societária, 3ª ed. -


São Paulo: Atlas, 2011

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