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Tribunal de Contas

do Estado de São Paulo

CURSO ONLINE
Contabilidade Aplicada ao Setor Público

Módu
Proc lo 03
edim
Orça e
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arte
I
FICHA TÉCNICA:

CONSELHEIROS

Cristiana de Castro Moraes


Presidente

Dimas Eduardo Ramalho


Vice-Presidente

Sidney Estanislau Beraldo


Corregedor

Antonio Roque Citadini


Edgard Camargo Rodrigues
Renato Martins Costa
Robson Marinho

2015
COORDENAÇÃO

Silvana de Rose
Coordenadora da Escola Paulista de Contas Públicas – EPCP
“Presidente Washington Luís”

ELABORAÇÃO

Agnon Ribeiro de Lima


Unidade Regional 12 – Registro

Carlos Roberto de Almeida


10ª Diretoria de Fiscalização

ORGANIZAÇÃO E REVISÃO TÉCNICA

Cesar Schneider
Divisão AUDESP

Maria Luiza Costa Pascale


Escola Paulista de Contas Públicas – EPCP
ÍCONES ORGANIZADORES

DEFINIÇÃO.-.É.utilizado.ao.defi.nir.conceitos.e.signifi.cados.

SAIBA MAIS - Aprofundamento de ideias, curiosidades, links de sites e


textos.complementares.

REFLEXÃO.-.Momento.para.refl.etir.sobre.as.questões.apresentadas.e.
aprofundar.pontos.relevantes.
SUMÁRIO

Módulo III: PCO I – Procedimento Contábil e Orçamentário

Parte I....................................................................................................................................... 6
1. PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS........................................................................................ 7
1.1 PRINCÍPIO DA UNIDADE/TOTALIDADE....................................................................... 8
1.2 PRINCÍPIO DA UNIVERSALIDADE............................................................................... 9
1.3 PRINCÍPIO DA ANUALIDADE/PERIODICIDADE........................................................... 9
1.4 PRINCÍPIO DA EXCLUSIVIDADE................................................................................ 10
1.5 PRINCÍPIO DO ORÇAMENTO BRUTO....................................................................... 10
1.6 PRINCÍPIO DO EQUILÍBRIO (REGRA DE OURO)...................................................... 10
1.7 PRINCÍPIO DA LEGALIDADE...................................................................................... 11
1.8 PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE..................................................................................... 11
1.9 PRINCÍPIO DA TRANSPARÊNCIA............................................................................... 12
1.10 PRINCÍPIO DA ESPECIFICAÇÃO/ESPECIALIZAÇÃO.............................................. 13
1.11 PRINCÍPIO DA NÃO-VINCULAÇÃO (OU DA NÃO-AFETAÇÃO) DA RECEITAS DE
IMPOSTOS......................................................................................................................... 14
2. RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS......................................................................................... 15
2.1 MODALIDADES DE INGRESSOS............................................................................... 15
2.2 CONCEITO DE RECEITA ORÇAMENTÁRIA............................................................... 16
2.3 ENFOQUES DA RECEITA: ORÇAMENTÁRIA X PATRIMONIAL (CONTÁBIL)........... 17
2.4 CODIFICAÇÃO ORÇAMENTÁRIA DA RECEITA......................................................... 18
2.5 CLASSIFICAÇÕES DA RECEITA ORÇAMENTÁRIA................................................... 18
2.6 ESTÁGIOS DA RECEITA.............................................................................................. 22
3. DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS........................................................................................ 24
3.1 MODALIDADES DE DISPÊNDIOS............................................................................... 24
3.2 CONCEITO DE DESPESA ORÇAMENTÁRIA.............................................................. 25
3.3 ENFOQUES DA DESPESA: ORÇAMENTÁRIA X PATRIMONIAL (CONTÁBIL).......... 25
3.4 CODIFICAÇÃO ORÇAMENTÁRIA DA DESPESA........................................................ 26
3.5 CLASSIFICAÇÕES DA DESPESA ORÇAMENTÁRIA................................................. 26
3.6 CRÉDITOS ORÇAMENTÁRIOS................................................................................... 43
3.7 ESTÁGIO DA DESPESA.............................................................................................. 46
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Módulo III: PCO I – Procedimento Contábil e


Orçamentário

Parte I
Para tornar a apresentação bastante objetiva, bem como para facilitar futuras consultas,
os.tópicos.foram.organizados.a.partir.de.uma.estrutura.básica:.iniciando.com.uma.defi.nição.
do.tema.seguida.de.sua.Base.Normativa,.apresentando.sempre.que.possível.exemplos..Ao.
fi.nal.de.cada.tópico.há.exercícios.para.fi.xação.

Cabe salientar que os Procedimentos Contábeis em si serão abordados em módulo


próprio.

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1. PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS

Os.PRINCÍPIOS.ORÇAMENTÁRIOS.podem.ser.definidos
como. normas. diretivas. do. orçamento,. as. quais. “(...). visam
estabelecer regras norteadoras básicas, a fim de conferir
racionalidade, eficiência e transparência para os processos
de elaboração, execução e controle do Orçamento Público.”
(MCASP,.p..6).

Serão abordados os Princípios mais relevantes - expondo suas Bases Normativas,


aplicáveis. a. todos. os. Poderes. (Executivo,. Legislativo. e. Judiciário),. de. todos. os. entes. da.
federação.(União,.Estados,.Distrito.Federal.e.Municípios)..

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1.1 PRINCÍPIO DA UNIDADE/TOTALIDADE

DEFINIÇÃO:
Determina a existência de um orçamento único
(Lei. Orçamentária. Anual. -. LOA). para. cada. um. dos. entes.
federados.(União,.Estados,.Distrito.Federal.e.Municípios)..Por.
consequência,.é.vedada.a.existência.de.múltiplos.orçamentos..
Por. exemplo:. cada. Poder. não. pode. editar. sua. própria. LOA,.
devendo toda programação orçamentária do ente compor uma
só.lei,.um.só.documento.

BASE NORMATIVA:
Art. 2° A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a
evidenciar a política econômica financeira e o programa de trabalho do Governo, obedecidos
os princípios de unidade universalidade e anualidade.
(Lei.Federal.nº.4.320/1964,.grifo.nosso).

Art. 165 (...)

§ 5º - A lei orçamentária anual compreenderá:


I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e
entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e
mantidas pelo Poder Público;
II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou
indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;
III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela
vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações
instituídos e mantidos pelo Poder Público.
(Constituição.Federal.de.1988).

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1.2 PRINCÍPIO DA UNIVERSALIDADE

DEFINIÇÃO:
A LOA de cada ente federado deve conter todas as receitas
e despesas de todos os Poderes, órgãos, entidade, fundos e
fundações.instituídas.e.mantidas.pelo.Poder.Público.

BASE NORMATIVA:
Lei.Federal.n.º.4.320/1964.(arts..2º,.3º.e.4º).e.Constituição.Federal/88.(art..165,.§.
5º).

1.3 PRINCÍPIO DA ANUALIDADE/PERIODICIDADE

DEFINIÇÃO:
A.LOA.deve.prever.receitas.e.fi.xar.despesas.referentes.ao.
exercício financeiro-orçamentário, que coincide com o ano
civil.

BASE NORMATIVA:
Lei.Federal.nº.4.320/1964.(art..2º).e:

Art. 34. O exercício financeiro coincidirá com o ano civil..(Lei.Federal.nº.4.320/1964).

Art. 167. (...)


§ 2º - Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro
em que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos
últimos quatro meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de
seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro subsequente
(Constituição.Federal.de.1988).

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1.4 PRINCÍPIO DA EXCLUSIVIDADE

DEFINIÇÃO:
A LOA não conterá dispositivo estranho à previsão da
receita e à fixação da despesa, exceto a autorização para
abertura. de. créditos. adicionais. e. a. contratação. de. operações.
de.crédito.

BASE NORMATIVA:
Constituição.Federal.de.1988.(art..165,.§.8º).

1.5 PRINCÍPIO DO ORÇAMENTO BRUTO

DEFINIÇÃO:
A LOA deve conter receitas e despesas pelos seus valores
totais e brutos,.sem.quaisquer.deduções.

BASE NORMATIVA:
Encontra-se.no.seguinte.dispositivo:

Art. 6º Todas as receitas e despesas constarão da Lei de Orçamento pelos seus


totais, vedadas quaisquer deduções (Lei.Federal.nº.4.320/1964,.grifos.nossos).

1.6 PRINCÍPIO DO EQUILÍBRIO (REGRA DE OURO)

DEFINIÇÃO:
É vedada a realização de operações de crédito que excedam
o montante das despesas de capital, salvo as autorizadas
mediante. créditos. suplementares. ou. especiais. com. fi.nalidade.
precisa,.aprovados.pelo.Poder.Legislativo.por.maioria.absoluta.

BASE NORMATIVA:
Constituição.Federal.de.1988.(art..167,.III).

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1.7 PRINCÍPIO DA LEGALIDADE

DEFINIÇÃO:
O Orçamento Anual, assim como o Plano Plurianual e as
Diretrizes Orçamentárias, devem ser estabelecidos em lei..
Trata-se.de.uma.especifi.cação.do.princípio.geral.da.legalidade,.
segundo o qual cabe ao Poder Público fazer ou deixar de fazer o
que.é.previsto.em.lei..Assim.sendo,.para.executar.o.orçamento,.
o.mesmo.deve.ser.consubstanciado.numa.norma.legal.

BASE NORMATIVA:
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao
seguinte (...).(Constituição.Federal,.grifos.nossos.)

Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:


I - o plano plurianual;
II - as diretrizes orçamentárias;
III - os orçamentos anuais.
(Constituição.Federal.de.1988)

1.8 PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE

DEFINIÇÃO:
Princípio básico do regime democrático que, conjugado ao
princípio da legalidade, obriga à Administração Pública tornar
público o Orçamento Anual.

BASE NORMATIVA:
Constituição.Federal.de.1988.(art..37,.caput).

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1.9 PRINCÍPIO DA TRANSPARÊNCIA

DEFINIÇÃO:
O. princípio. da. Transparência. vai. além. do. princípio. da.
publicidade, pois não apenas informa, mas insere a sociedade
na. elaboração. e. no. controle. da. execução. do. orçamento.. São.
seus.instrumentos:.audiências.públicas,.divulgação.das.leis.de.
planejamento e sua execução, inclusive por meio eletrônico,
etc..O.Princípio.da.Transparência.foi.potencialmente.fortalecido.
com.as.alterações.introduzidas.pela.Lei.Complementar.Federal.
n.º.131/2009.na.Lei.Complementar.Federal.n.º.101/2000.(Lei.de.
Responsabilidade.Fiscal).

BASE NORMATIVA:
Lei.de.Responsabilidade.Fiscal,.especialmente:
Art. 48. São instrumentos de transparência da gestão fiscal, aos quais será dada ampla
divulgação, inclusive em meios eletrônicos de acesso público: os planos, orçamentos e
leis de diretrizes orçamentárias; as prestações de contas e o respectivo parecer prévio;
o Relatório Resumido da Execução Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal; e as
versões simplificadas desses documentos.
Parágrafo único. A transparência será assegurada também mediante: (...)
II – liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real,
de informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira, em meios
eletrônicos de acesso público;
Art. 48-A. Para os fins a que se refere o inciso II do parágrafo único do art. 48, os entes
da Federação disponibilizarão a qualquer pessoa física ou jurídica o acesso a informações
referentes a:
I – quanto à despesa: todos os atos praticados pelas unidades gestoras no decorrer da
execução da despesa, no momento de sua realização, com a disponibilização mínima dos
dados referentes ao número do correspondente processo, ao bem fornecido ou ao serviço
prestado, à pessoa física ou jurídica beneficiária do pagamento e, quando for o caso, ao
procedimento licitatório realizado;
II – quanto à receita: o lançamento e o recebimento de toda a receita das unidades gestoras,
inclusive referente a recursos extraordinários.

(Lei.de.Responsabilidade.Fiscal,.com.as.alterações introduzidas pela Lei Complementar


Federal.nº.131/2009,.grifos.nossos.)

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1.10 PRINCÍPIO DA ESPECIFICAÇÃO/ESPECIALIZAÇÃO

DEFINIÇÃO:
A.LOA.não.consignará.dotações.globais,.mas.as.despesas.
deverão ser discriminadas, no mínimo, por elementos.

BASE NORMATIVA:
Art. 5º A Lei de Orçamento não consignará dotações globais destinadas a
atender indiferentemente a despesas de pessoal, material, serviços de terceiros,
transferências ou quaisquer outras, ressalvado o disposto no artigo 20 e seu
parágrafo único.

Art. 15. Na Lei de Orçamento a discriminação da despesa far-se-á no mínimo por


elementos.

Art. 20. Os investimentos serão discriminados na Lei de Orçamento segundo os projetos de


obras e de outras aplicações.
Parágrafo único. Os programas especiais de trabalho que, por sua natureza, não possam
cumprir-se subordinadamente às normas gerais de execução da despesa poderão ser
custeadas por dotações globais, classificadas entre as Despesas de Capital.

(Lei.Federal.n.º.4.320/1964,.grifos.nossos.)

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1.11 PRINCÍPIO DA NÃO-VINCULAÇÃO (OU DA NÃO-AFETAÇÃO) DA RECEITAS


DE IMPOSTOS

DEFINIÇÃO:
É vedada a vinculação de receita de imposto a órgão, fundo
ou.despesas,.salvo,.resumidamente:
• FPM,. FPE. e. Fundos. de. Desenvolvimento. das. Regiões.
Norte, Nordeste e Centro-Oeste;
• Recursos para saúde e educação;
• Garantias. de. Antecipação. de. Receita. Orçamentária.
(ARO);.
• Garantia.ou.contra.garantia.à.União.para.pagamento.de.
débito.com.esta.

BASE NORMATIVA:
Constituição.Federal.de.1988.(art..167,.IV.e.§.4º).

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2. RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS

O orçamento é um importante instrumento de planejamento


de qualquer entidade, seja pública ou privada, e representa o
fluxo previsto de ingressos e de aplicações de recursos em
determinado período..(MCASP,.p..9,.grifos.nossos.)

A.receita.pública.pode.ser.defi.nida.como.o.ingresso.de.recursos.fi.nanceiros.aos.cofres.
públicos..Não.obstante,.nem.toda.a.receita.é.tida.como.orçamentária..Assim.sendo,.mister.
distinguir.cada.modalidade.de.ingresso.

2.1 MODALIDADES DE INGRESSOS

INGRESSOS EXTRAORÇAMENTÁRIOS são.recursos.fi.nanceiros.de.caráter.temporário.


e.não.integram.a.LOA;.pois,.ingressam.de.forma.compensatória..Por.exemplo:.depósitos.de.
terceiros.(cauções,.fi.anças.etc.),.ARO,.emissão.de.moeda,.entre.outras.

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INGRESSOS ORÇAMENTÁRIOS são. recursos. fi.nanceiros. que,. via. de. regra,. são.
previstos.na.LOA,.e.são.utilizados.para.a.cobertura.de.despesas.orçamentárias..Por.exemplo:.
Receitas.Tributárias.(impostos,.taxas.e.contribuições.de.melhoria).
Exemplos:
-. RECEITA.ORÇAMENTÁRIA.
–. receitas.tributárias,.tais.como.impostos,.taxas.e.contribuições.de.melhoria;.
-.. receitas.de.serviços.provenientes.de.atividades.caracterizadas.pelas.prestações.de.
serviços.fi.nanceiros,.portuários,.de.transporte,.saúde,.comunicação,.armazenagem,.
inspeção.e.fi.scalização;.
- alienação de bens provenientes da venda de bens móveis e imóveis e de venda de
direitos.
-. RECEITA.EXTRAORÇAMENTÁRIA
-. depósitos.de.terceiros.provenientes.de.cauções,.fi.anças,.depósitos.para.garantia.
etc.;
-. Operações.de.Créditos.por.Antecipação.de.Receita.(ARO)
- emissão de moeda, entre outros

BASE NORMATIVA:
Art. 3º A Lei de Orçamentos compreenderá todas as receitas, inclusive as de
operações de crédito autorizadas em lei.
Parágrafo único. Não se consideram para os fins deste artigo as operações de
credito por antecipação da receita, as emissões de papel-moeda e outras entradas
compensatórias, no ativo e passivo financeiros.

Art. 57. Ressalvado o disposto no parágrafo único do artigo 3º desta lei serão
classificadas como receita orçamentária, sob as rubricas próprias, todas as
receitas arrecadadas, inclusive as provenientes de operações de crédito, ainda que
não previstas no Orçamento.
(Lei.Federal.n.º.4.320/1964,.grifos.nossos.)

2.2 CONCEITO DE RECEITA ORÇAMENTÁRIA

RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS.são.os.INGRESSOS.ORÇAMENTÁRIOS.ocorridos.no.
exercício.fi.nanceiro,.ou.seja,.sob.o.regime de caixa.

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BASE NORMATIVA:
Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro:
I - as receitas nele arrecadadas;
Art. 39. Os créditos da Fazenda Pública, de natureza tributária ou não tributária,
serão escriturados como receita do exercício em que forem arrecadados, nas
respectivas rubricas orçamentárias.
(Lei.Federal.n.º 4.320/1964, CF. tb. arts..3º.e.57.)

2.3 ENFOQUES DA RECEITA: ORÇAMENTÁRIA X PATRIMONIAL (CONTÁBIL)


ENFOQUE ORÇAMENTÁRIO: registra os ingressos desta natureza ocorridos no
exercício, ou seja, sob o regime de caixa.
BASE NORMATIVA: Lei.Federal.n.º.4.320/1964,.art..35,.I.
ENFOQUE PATRIMONIAL:.registra.os.ingressos.ligados.à.administração.orçamentária,
financeira, patrimonial e industrial,.visando.gerar.informações.que.permitam,.entre.outros,.
o.conhecimento.da.composição.patrimonial.e.dos.resultados.econômicos.e.fi.nanceiros.

BASE NORMATIVA:
Art.. 85.. Os. serviços. de. contabilidade. serão. organizados. de. forma. a. permitirem.
o acompanhamento da execução orçamentária, o conhecimento da composição
patrimonial, a determinação dos custos dos serviços industriais, o levantamento
dos balanços gerais, a análise e a interpretação dos resultados econômicos e
fi.nanceiros.
Art..89..A.contabilidade.evidenciará.os.fatos.ligados.à.administração.orçamentária,.
fi.nanceira.patrimonial.e.industrial.
(Lei.Federal.n.º 4.320/1964.)

Assim sendo “(...) com o objetivo de evidenciar o impacto


no patrimônio, deve haver o registro da variação patrimonial
aumentativa, independentemente da execução orçamentária,
em função do fato gerador, observando-se os princípios contábeis
da competência e da oportunidade.”.(MCASP,.p..28).

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2.4 CODIFICAÇÃO ORÇAMENTÁRIA DA RECEITA

A. Receita. Orçamentária. recebe. uma. codifi.cação. que. permite. registrar,. gerenciar. e.


uniformizar. tais. informações.. Cada. código. represente. uma. classificação, conforme o
esquema.abaixo.exemplifi.cado:

BASE NORMATIVA:
Lei.Federal.n.º.4.320/1964,.arts..8º.e.11.(CF..tb..MCASP).

2.5 CLASSIFICAÇÕES DA RECEITA ORÇAMENTÁRIA

A. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À NATUREZA DA RECEITA

a) CATEGORIAS ECONÔMICAS

RECEITAS CORRENTES são. as. arrecadadas. no. exercício. fi.nanceiro,. que.


aumentam.as.disponibilidades.fi.nanceiras,.em.geral.com efeito positivo sobre o
Patrimônio Líquido (PL).

RECEITAS DE CAPITAL também.aumentam.as.disponibilidades.fi.nanceiras,.sendo.


instrumentos.de.fi.nanciamento.dos.programas.e.ações.orçamentários;.porém,.em.
geral não provocam efeito sobre o Patrimônio Líquido (PL).

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BASE NORMATIVA:
Art. 11 - A receita classificar-se-á nas seguintes categorias econômicas: Receitas
Correntes e Receitas de Capital.
§ 1º - São Receitas Correntes as receitas tributárias, de contribuições, patrimonial,
agropecuária, industrial, de serviços e outras e, ainda, as provenientes de recursos
financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, quando
destinadas a atender despesas classificáveis em Despesas Correntes.
§ 2º - São Receitas de Capital as provenientes da realização de recursos financeiros
oriundos de constituição de dívidas; da conversão, em espécie, de bens e direitos;
os recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, destinado
a atender despesas classificáveis em Despesas de Capital e, ainda, o superávit do
Orçamento Corrente.
(Lei.Federal.n.º.4.320/1964,.grifos.nossos.)

RECEITAS DE OPERAÇÕES INTRAORÇAMENTÁRIAS são movimentações


de receitas entre órgãos e demais entidades do mesmo ente federativo. Não
representam novas entradas, pois são apenas especificações das Categorias
Econômicas.“Receita.Corrente”.e.“Receita.de.Capital”..Assim.são.consideradas.a.
fi.m.de.se.evitar a dupla contagem de valores.

b) ORIGEM

A. Origem. é. o. detalhamento. das. Categorias. Econômicas,. de. modo. a. identifi.car.


a. procedência. das. receitas. quando. de. seu. ingresso. ao. erário.. Segue. quadro.
exemplifi.cando:
Receitas Correntes Receitas de Capital
1..Receita.Tributária 1..Operações.de.Crédito
2..Receita.de.Contribuições 2..alienação.de.Bens
3..Receita.Patrimonial 3..Amortização.de.Empréstimos
4..Receita.Agropecuária 4..Transferências.de.Capital
5..Receita.Industrial 5..Outras.Receitas.de.Capital
6..Receita.de.Serviços
7..Transferências.Correntes
9..Outras.Receitas.Correntes

BASE NORMATIVA:
Lei.Federal.n.º.4.320/1964,.arts..4º.(CF..tb..MCASP).

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c) ESPÉCIE

Vinculado.à.Origem,.é.o.nível.que.qualifi.ca.com.maior.detalhe.o.fato.gerador.das.
receitas..Por.exemplo:

ORIGEM ESPÉCIES
Impostos
Receita Tributária Taxas
Contribuições.de.Melhoria
Receitas Imobiliárias
Receitas.de.Valores.Mobiliários
Receita Patrimonial
Participações.e.Dividendos
Outras Receitas Patrimoniais

BASE NORMATIVA:
Lei.Federal.n.º.4.320/1964,.arts..4º.(CF..tb..MCASP).

d) RUBRICA, ALÍNEA E SUBALÍNEA

São.detalhamentos.sequenciais.das.classifi.cações.anteriores.(MCASP,.p..15)..
A RUBRICA. especifi.ca. a. Espécie,. aglomerando. recursos. fi.nanceiros. que. são.
correlatos.(p..ex..Impostos.sobre.o.Patrimônio.e.a.Renda).
A ALÍNEA detalha a Rubrica, exteriorizando o “nome” da receita que receberá
o. registro. pela. entrada. de. recursos. fi.nanceiros. (p.. ex.. Impostos. sobre. Renda. e.
Proventos.de.Qualquer.Natureza)..
A SUBALÍNEA.é.o.nível.mais.analítico,.utilizado.para.maiores.especifi.cações.da.
Receita.(p..ex..Pessoas.Físicas,.como.detalhamento.do.Imposto.sobre.a.Renda.e.
Proventos.de.Qualquer.Natureza).

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B. CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO IMPACTO NA SITUAÇÃO LÍQUIDA PATRIMONIAL

RECEITA EFETIVA é aquela que, no momento do reconhecimento do crédito, aumenta


a. situação. líquida. patrimonial. da. entidade.. Constitui. fato. contábil modificativo
aumentativo.

RECEITA NÃO EFETIVA é aquela que não altera a situação líquida patrimonial
no momento do reconhecimento do crédito e, por isso, constitui fato contábil
permutativo,.como.é.o.caso.das.operações.de.crédito.

C. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À OBRIGATORIEDADE

RECEITAS ORIGINÁRIAS são as provenientes da exploração de atividades


econômicas.pela.Administração.Pública..Por.exemplo:.rendas.do.patrimônio.mobiliário.
e.imobiliário.do.Estado.(alugueres),.preços.públicos,.prestação.de.serviços.comerciais.
e.de.venda.de.produtos.industriais.ou.agropecuários.

RECEITAS DERIVADAS são as decorrentes de imposição constitucional ou legal,


auferidas. de. forma. impositiva,. amparadas. na. soberania. do. Estado.. Por. exemplo:.
receitas.tributárias.e.de.contribuições.especiais.

D. CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO RESULTADO FISCAL

Referem-se.a.Receitas.que.compõem.ou.não.o.RESULTADO.PRIMÁRIO.

RECEITAS PRIMÁRIAS (NÃO-FINANCEIRAS) são, em geral, receitas correntes,


dentre. as. quais:. tributos,. contribuições. sociais,. concessões,. dividendos. recebidos,.
cota-parte.das.compensações.fi.nanceiras..

RECEITAS NÃO PRIMÁRIA (FINANCEIRAS) são aquelas adquiridas junto ao mercado


fi.nanceiro,.dentre.as.quais:.as.decorrentes.da.emissão.de.títulos,.da.contratação.de.
operações.de.crédito.por.organismos.ofi.ciais,.das.receitas.de.aplicações.fi.nanceiras.

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2.6 ESTÁGIOS DA RECEITA

Os.estágios.da.Receita.podem.ser.exemplifi.cados.no.quadro.a.seguir:

A.receita,.até.chegar.aos.cofres.públicos,.percorre.diversas.fases,.ou.estágios..Dessa.
forma,.os.estágios.da.receita.orçamentária.podem.ser.defi.nidos.como.passos.identifi.cados.
que.evidenciam.o.comportamento.da.receita.e.facilitam.a.gestão.dos.ingressos.de.recursos.
Os.estágios.da.receita.orçamentária.podem.ser.organizados.em.duas.grandes.etapas:.
planejamento.da.receita.e.execução.da.receita..
Previsão – O planejamento da receita ocorre quando se faz a previsão do
que.será.arrecadado.durante.o.exercício..A.previsão.é,.então,.a.estimativa.
de. arrecadação. da. receita,. constante. da. Lei. Orçamentária. Anual–. LOA..
Essa fase consiste na organização e no estabelecimento da metodologia
de. elaboração. da. estimativa.. Existem. diferentes. técnicas. que. podem. ser.
utilizadas. para. fazer. a. previsão. orçamentária. –. verifi.car. o. histórico. da.
arrecadação, aplicar sobre o valor arrecadado no exercício anterior um
percentual.de.correção,.por.exemplo.
Lançamento –.É.a.identifi.cação.dos.contribuintes.de.impostos.diretos,.cotas.
ou.contribuições,.discriminando.o.valor.devedor.e.a.data.de.vencimento..O.
lançamento é a legalização da receita pela sua instituição e a respectiva

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inclusão.no.orçamento..Pode.ser.de.ofício,.por.declaração.e.por.homologação..
No lançamento por ofício é o poder público que faz o registro do valor a ser
arrecadado.e.sua.data.de.vencimento..No.lançamento por declaração é a
autoridade.competente.que.realiza.o.lançamento.com.base.nas.informações.
cadastradas.pelo.contribuinte..O.é.quando.o.contribuinte.faz.a.apuração.e.o.
recolhimento.do.valor.devido.com.base.em.legislação.estabelecida.
Arrecadação – É a entrega, realizada pelos contribuintes ou devedores
aos agentes arrecadadores ou bancos autorizados pelo ente, dos recursos
devidos. ao. Tesouro.. A. arrecadação. ocorre. somente. uma. vez,. vindo. em.
seguida. o. recolhimento..Arrecadar. um. tributo. não. signifi.ca. que. o. recurso.
fi.nanceiro.entrou.nos.cofres.públicos..Isso.só.ocorre.na.fase.de.recolhimento.
Recolhimento – É a transferência dos valores arrecadados à Conta Única
do. Tesouro,. responsável. pela. administração. e. controle. da. arrecadação. e.
programação. fi.nanceira,. observando. o. Princípio. da. Unidade. de. Caixa.
representado pelo controle centralizado dos recursos arrecadados em cada
ente.

23
Tribunal de Contas
do Estado de São Paulo

3. DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS

A.despesa.pública.pode.ser.defi.nida.como.“o conjunto de
dispêndios realizados pelos entes públicos para o funcionamento
e manutenção dos serviços públicos prestados à sociedade.”
(MCASP,.p..46).

Assim. como. a. receita,. nem. toda. despesa. é. considerada. orçamentária.. Desta. feita,. é.
necessária.a.defi.nição.de.cada.modalidade.de.dispêndio.

3.1 MODALIDADES DE DISPÊNDIOS

DISPÊNDIO EXTRA-ORÇAMENTÁRIOS são os não previstos no orçamento;


correspondem. a. fatos. de. natureza. fi.nanceira. decorrentes. da. própria. gestão. pública..
Por. exemplo:. devolução. de. depósitos,. anteriormente. ingressados. como. receitas. extra-
orçamentárias.

24
Tribunal de Contas
do Estado de São Paulo

DISPÊNDIOS ORÇAMENTÁRIOS são. fl.uxos. que. derivam. da. utilização. de. crédito.
previsto.no.orçamento.anual,.podendo.ou.não.diminuir.a.situação.líquida.patrimonial..Por.
exemplo:.pessoal,.juros.da.dívida,.investimento,.inversão.fi.nanceira.e.amortização.da.dívida.

BASE NORMATIVA:
Art. 4º A Lei de Orçamento compreenderá todas as despesas próprias dos órgãos
do Governo e da administração centralizada, ou que, por intermédio deles se devam
realizar, observado o disposto no artigo 2°.
(Lei.Federal.n.º.4.320/1964,.grifos.nossos.)

3.2 CONCEITO DE DESPESA ORÇAMENTÁRIA

DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS. são. os. DISPÊNDIOS. ORÇAMENTÁRIOS. ocorridos.


no exercício, registrados sob o regime de competência.

BASE NORMATIVA:
Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro: (...)
II - as despesas nele legalmente empenhadas.
(Lei.Federal.n.º.4.320/1964,.g.n.;.CF..tb..arts..37.e.58-70)

3.3 ENFOQUES DA DESPESA: ORÇAMENTÁRIA X PATRIMONIAL (CONTÁBIL)

Da mesma maneira que a Receita, a Despesa também pode se vista por diferentes
aspectos.. Verifi.que. a. diferença. entre. o. enfoque. orçamentário. e. o. enfoque. patrimonial.
(Contábil).da.despesa.
ENFOQUE ORÇAMENTÁRIO: registra os dispêndios desta natureza, ou seja, sob o
regime de competência.

BASE NORMATIVA:
Lei.Federal.n.º.4.320/1964,.art..35,.II.

ENFOQUE PATRIMONIAL:.registra.os.dispêndios.ligados.à.administração.orçamentária,
financeira, patrimonial e industrial,.visando.gerar.informações.que.permitam,.entre.outros,.
o.conhecimento.da.composição.patrimonial.e.dos.resultados.econômicos.e.fi.nanceiros.

25
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BASE NORMATIVA:
Lei Federal.n.º.4.320/1964,.arts..85.e.89.

“Portanto, com o objetivo de evidenciar o impacto no patrimônio, deve haver o


registro da variação patrimonial diminutiva em razão do fato gerador, observando
os princípios contábeis da competência e da oportunidade (...).”
(MCASP,.p..82,g.n.)

3.4 CODIFICAÇÃO ORÇAMENTÁRIA DA DESPESA

A.Despesa.Orçamentária,.semelhante.à.Receita,.recebe.uma.codifi.cação.que.permite.
registrar,.gerenciar.e.uniformizar.tais.informações..Cada.código.represente.uma.classificação,
porém.com.maior.complexidade.que.a.prevista.para.a.Receita.

BASE NORMATIVA:
Lei.Federal.n.º.4.320/1964,.arts..8º.e.12.(CF..tb..MCASP).

3.5 CLASSIFICAÇÕES DA DESPESA ORÇAMENTÁRIA

A. CLASSIFICAÇÃO INSTITUCIONAL

Refere-se.a.“quem.é.o.responsável”.pela.despesa.
É a estrutura pela qual são alocados os créditos orçamentários, segmentadas em dois
níveis.hierárquicos:.órgão.orçamentário.e.unidade.orçamentária.(UO)...Este.é.o.agrupamento.
de serviços que são subordinados ao mesmo órgão ou repartição, sendo a estas consignadas
dotações. próprias.. Os. órgãos. orçamentários,. por. consequência,. são. agrupamentos. de.
unidades.orçamentárias..

26
Tribunal de Contas
do Estado de São Paulo

Cabe ressaltar que uma unidade orçamentária não


corresponde necessariamente a uma estrutura administrativa,
como ocorre, por exemplo, com alguns fundos especiais e com as
unidades orçamentárias “Transferências a Estados, Distrito Federal
e Municípios”, “Encargos Financeiros da União”, “Operações
Oficiais de Crédito”, “Refinanciamento da Dívida Pública Mobiliária
Federal” e “Reserva de Contingência”.
(MCASP,.p..45).

Por exemplo, quanto à.estrutura.orçamentária.do.Estado.de.São.Paulo.(LOA/2014,.Lei.


Estadual.nº.15.265,.de.26.de.dezembro.de.2013):

ÓRGÃO UNIDADES ORÇAMENTÁRIAS


01000.-.ASSEMBLEIA.LEGISLATIVA 01001.-.ASSEMBLEIA.LEGISLATIVA
02000.-.TRIBUNAL.DE.CONTAS.DO.ESTADO 02001.-.TRIBUNAL.DE.CONTAS.DO.ESTADO
03000.-.TRIBUNAL.DE.JUSTIÇA 03001.-.TRIBUNAL.DE.JUSTIÇA
06000.-.TRIBUNAL.DE.JUSTIÇA.MILITAR 06001.-.TRIBUNAL.DE.JUSTIÇA.MILITAR
27000.-.MINISTÉRIO.PÚBLICO 27001.-.MINISTÉRIO.PÚBLICO
42000.-.DEFENSORIA.PÚBLICA.DO.ESTADO 42001.-.DEFENSORIA.PÚBLICA.DO.ESTADO
08001.-.ADM..SUPERIOR.DA.SECRETARIA.E.
DA SEDE
08002.-.CONSELHO.ESTADUAL.DE.EDUCA-
ÇÃO-CEE.
08009.-.COORDENADORIA.GESTÃO.DE.RE-
CURSOS HUMANOS
08010.-.ESCOLA.FORMAÇÃO.PROFESSO-
RES.PAULO.R.C.SOUZA.
08011.-.COORDENADORIA.GESTÃO.DA.EDU-
08000.-.SECRETARIA.DA.EDUCAÇÃO
CAÇÃO.BÁSICA
08012.-.COORD.INF.MONITORAMENTO.AVA-
LIAÇÃO.EDUCACIONAL.
08013.-.COORD.INFRAESTRUTURA.E.SERVI-
ÇOS.ESCOLARES.
08014.-.COORDENADORIA.DE.ORÇAMENTO.
E.FINANÇAS.
08046.-.FUNDAÇÃO.DESENVOLVIMENTO.DA.
EDUCAÇÃO-FDE

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Tribunal de Contas
do Estado de São Paulo

ÓRGÃO UNIDADES ORÇAMENTÁRIAS


18001.-.ADM..SUPERIOR.DA.SECRETARIA.E.
DA SEDE
18002.-.POLÍCIA.CIVIL.DO.ESTADO.DE.SÃO.
PAULO
18004.-.POLÍCIA.MILITAR.DO.ESTADO.DE.
18000.-.SECRETARIA.DA.SEGURANÇA.PÚ-
SÃO.PAULO.
BLICA
18005.-.CORPO.DE.BOMBEIROS.
18007.-.SUPERINT.DA.POLÍCIA.TÉCNICO-
-CIENTÍFICA.
18058.-.CAIXA.BENEFICENTE.DA.POLÍCIA.
MILITAR

BASE NORMATIVA:
Art. 14. Constitui unidade orçamentária o agrupamento de serviços subordinados
ao mesmo órgão ou repartição a que serão consignadas dotações próprias.
Parágrafo único. Em casos excepcionais, serão consignadas dotações a unidades
administrativas subordinadas ao mesmo órgão.
(Lei.Federal.n.º.4.320/1964.)

B. CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL
Refere-se.a.“em.que.área”.a.despesa.será.realizada.

A atual classificação funcional foi instituída pela Portaria nº 42/1999, do então


Ministério do Orçamento e Gestão, e é composta de um rol de funções e
subfunções prefixadas, que servem como agregador dos gastos públicos por área
de ação governamental nas três esferas de Governo. Trata-se de classificação de
aplicação comum e obrigatória, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, o que permite a consolidação nacional dos gastos do
setor público.
(MCASP,.p..48,.g.n.)

A FUNÇÃO é, em suma, o maior nível de agregação das diversas áreas de atuação do


setor.público,.em.geral.se.relacionando.com.a.missão.institucional.do.órgão..Por.exemplo:.
cultura,.educação,.saúde,.defesa.
A SUBFUNÇÃO é o nível de agregação inferior à função, servindo para evidenciar a
área da atuação governamental “por intermédio da agregação de determinado subconjunto
de despesas e identificação da natureza básica das ações que se aglutinam em torno das
funções.”.(MCASP,.p..49,.g.n.).
Por. isso,. a. subfunção. deve. ser. escolhida. de. acordo. com. a. especifi.cidade. de. cada.
ação.governamental,.atrelando-se.à.função..Esta.é.indicada.pelos.dois.primeiros.dígitos.da.
classifi.cação.funcional,.enquanto.aquela.pelos.três.últimos.

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Tribunal de Contas
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Por.exemplo:

FUNÇÃO SUBFUNÇÃO
CÓDIGO NOME CÓDIGO NOME
1 LEGISLATIVA 31 AÇÃO.LEGISLATIVA
2 JUDICIÁRIA 32 CONTROLE.EXTERNO
3 ESSENCIAL.À.JUSTIÇA 61 AÇÃO.JUDICIÁRIA
DEFESA.DO.INTERESSE.PÚBLICO.NO.
4 ADMINISTRAÇÃO 62
PROCESSO.JUDICIÁRIO
5 DEFESA NACIONAL 91 DEFESA.DA.ORDEM.JURÍDICA
REPRESENTAÇAO.JUDICIAL.E.EXTRA-
6 SEGURANÇA.PÚBLICA 92
JUDICIAL
7 RELAÇÕES.EXTERIORES 121 PLANEJAMENTO.E.ORÇAMENTO
8 ASSISTÊNCIA.SOCIAL 122 ADMINISTRAÇÃO.GERAL
9 PREVIDÊNCIA.SOCIAL 123 ADMINISTRAÇÃO.FINANCEIRA

Observação:.para.maiores.informações.quanto.à.classifi.cação.do.SISTEMA AUDESP,
consultar o, CF.. Anexo-II - Tabelas de Escrituração Contábil – Auxiliares 2013 –
Versão de 22.04.2013(endereço. eletrônicohttp://www4.tce.sp.gov.br/content/plano-de-
contas-2013).

C. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À ESTRUTURA PROGRAMÁTICA

Toda ação do Governo está estruturada em programas orientados para a realização


dos objetivos estratégicos definidos no Plano Plurianual (PPA) para o período de
quatro anos. Conforme estabelecido no art. 3º da Portaria MOG nº 42/1999, a
União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios estabelecerão, em atos
próprios, suas estruturas de programas, códigos e identificação, respeitados
os conceitos e determinações nela contidos. Ou seja, todos os entes devem ter
seus trabalhos organizados por programas e ações, mas cada um estabelecerá
seus próprios programas e ações de acordo com a referida Portaria.
(MCASP,.p..49,.grifos.nossos.)

O.Plano.Plurianual.se.estrutura,.basicamente,.por.meio.de.PROGRAMAS.e.AÇÕES:

a. PROGRAMAS – é “(...) o instrumento de organização da ação governamental visando


à concretização dos objetivos pretendidos, sendo mensurado por indicadores [metas]
estabelecidos no plano plurianual”.(art..2º,.“a”.da.Portaria.MOG.nº.42/99)..Assim,.“O

29
Tribunal de Contas
do Estado de São Paulo

Programa é um conjunto de ações que visam à concretização de um objetivo nele


estabelecido”.(SANTOS,.2010,.p..25);

b. AÇÕES.–.são.atos/procedimentos.levados.a.cabo.pelo.Poder.Público.que.concretizam.
os.objetivos.planejados.nos.Programas.Governamentais..São.instrumentalizadas.por.
Projetos,.Atividades.ou.Operações.Especiais,.os.quais.são.defi.nidos.no.artigo.2º.da.
Portaria.MOG.nº.42/99,.sucintamente,.da.seguinte.maneira:.

- Projeto – é um instrumento de programação para alcançar o objetivo de um


programa,. envolvendo. um. conjunto. de. operações,. limitadas. no. tempo,. ou.
seja,. possui. começo. e. fi.m. (pré-). estabelecidos,. das. quais. resulta. um. produto.
que. concorre. para. a. expansão. ou. o. aperfeiçoamento. da. ação. de. governo. (por.
exemplo,.a.construção.de.uma.nova.Unidade.Básica.de.Saúde.-UBS)..Devem.ser.
fi.nanceiramente.quantifi.cadas..
- Atividade – é um instrumento de programação para alcançar o objetivo de um
programa,. envolvendo. um. conjunto. de. operações. que. se. realizam. de. modo.
contínuo e permanente, das quais resulta um produto necessário à manutenção
da. ação. de. governo. (por. exemplo,. o. atendimento. à. população. em. uma. UBS)..
Devem.ser.fi.nanceiramente.quantifi.cadas.

- Operações Especiais – as despesas que não contribuem para a manutenção das


ações.de.governo,.das.quais.não.resulta.um.produto,.e.não.geram.contraprestação.
direta. sob. a. forma. de. bens. ou. serviços. (por. exemplo,. os. pagamentos. de.
aposentadorias.e.pensões.e.juros.da.dívida).

Cf..tb..MCASP,.pp..49.e.50.

Segue. exemplo,. extraído. da. LOA. do. Estado. de. São. Paulo. para. o. exercício. de. 2014.
(Lei.Estadual.n.º.15.265,.de.26.de.dezembro.de.2013),.do.PROGRAMA.1731.–.POLÍTICA.
AGRÁRIA.E.FUNDIÁRIA,.composto.por.seis.AÇÕES:

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Tribunal de Contas
do Estado de São Paulo

Valores.em.R$.1,00

PROGRAMA: 1731 - POLÍTICA AGRÁRIA E FUNDIÁRIA


OBJETIVO PÚBLICO ALVO TOTAL
Democratizar o acesso à terra,
mediar.os.confl.itos.fundiários,.bem. Posseiros, quilombolas e trabalhos rurais sem-terra
70.830.128
como implementar políticas de de- ou com pouca terra
senvolvimento.sustentável.
Produto (unidade de
Cód Ação Meta Órgão Valor
medida)
Administração e manutenção
Unidades administradas 17000.-.Justiça/
4939 da.fund..instituto.do. 1 22.051.153
(unidade) Cidadania
Est.S.Paulo..-.ITESP
Regularização fundiária - Unidades cadastradas 17000.-.Justiça/
4959 3.00 2.176.361
Programa minha terra (unidade) Cidadania
Assistência técnica e famílias atendidas 17000.-.Justiça/
4960 12.229 45.075.890
extensão rural especializada (unidade) Cidadania
Produção e renda nos
famílias atendidas 17000.-.Justiça/
4963 assentamentos, quilombos e 6.250 1.238.078
(unidade) Cidadania
demais.benefi.ciários
Reconhecimento de territórios quilombos reconhecidos 17000.-.Justiça/
5909 2 15.516
quilombolas (unidade) Cidadania
Formação e capacitação de
pessoas capacitadas 17000.-.Justiça/
5910 benefi.ciários.e.técnicos.da. 273.130
(unidade) Cidadania
fundação.ITESP

D. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À NATUREZA DA DESPESA

A. classifi.cação. da. despesa. quanto. à. natureza,. e. sua. codifi.cação,. assim. pode. ser.
resumida:

a) CATEGORIAS ECONÔMICAS

31
Tribunal de Contas
do Estado de São Paulo

De maneira semelhante à Receita, as Categorias Econômicas da Despesa são


segregadas.em.duas:.Despesas.Correntes.e.Despesas.de.Capital.

DESPESAS CORRENTES são dispêndios que se destinam à manutenção da máquina


administrativa estatal, ou seja, são gastos de natureza operacional para o funcionamento do
poder.público..Por.isso, não provocam aumento no patrimônio da entidade executora da
despesa, ou seja, não contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem
de.capital.

DESPESAS DE CAPITAL são. as. realizadas. com. o. propósito. de. formar. e/ou. adquirir.
ativos. reais,. abrangendo,. entre. outras. ações,. o. planejamento. e. a. execução. de. obras,. a.
compra. de. instalações,. equipamentos,. material. permanente,. títulos. representativos. do.
capital. de. empresas. ou. entidades. de. qualquer. natureza,. bem. como. as. amortizações. de.
dívida. e. concessões. de. empréstimos..Assim. sendo,. elas. contribuem,. diretamente,. para. a.
formação.ou.aquisição.de.um.bem.de.capital.

É importante observar que as despesas orçamentárias de capital mantêm uma


correlação com o registro de incorporação de ativo imobilizado, intangível ou
investimento (no caso dos grupos de natureza da despesa 4 – investimentos e 5 –
inversões financeiras) ou o registro de desincorporação de um passivo (no caso do
grupo de despesa 6 – amortização da dívida).
(MCASP,.p..52).

BASE NORMATIVA:

Art. 12. A despesa será classificada nas seguintes categorias econômicas:

DESPESAS CORRENTES

Despesas de Custeio
Transferências.Correntes

DESPESAS DE CAPITAL

Investimentos
Inversões Financeiras
Transferências de Capital

§ 1º Classificam-se como Despesas de Custeio as dotações para manutenção


de serviços anteriormente criados, inclusive as destinadas a atender a obras de
conservação e adaptação de bens imóveis.

§ 2º Classificam-se como Transferências Correntes as dotações para despesas


as quais não corresponda contraprestação direta em bens ou serviços, inclusive
para contribuições e subvenções destinadas a atender à manifestação de outras
entidades de direito público ou privado.

32
Tribunal de Contas
do Estado de São Paulo

§ 3º Consideram-se subvenções, para os efeitos desta lei, as transferências


destinadas a cobrir despesas de custeio das entidades beneficiadas, distinguindo-
se como:

I - subvenções sociais, as que se destinem a instituições públicas ou privadas de


caráter assistencial ou cultural, sem finalidade lucrativa;

II - subvenções econômicas, as que se destinem a empresas públicas ou privadas


de caráter industrial, comercial, agrícola ou pastoril.

§ 4º Classificam-se como investimentos as dotações para o planejamento e a


execução de obras, inclusive as destinadas à aquisição de imóveis considerados
necessários à realização destas últimas, bem como para os programas especiais
de trabalho, aquisição de instalações, equipamentos e material permanente e
constituição ou aumento do capital de empresas que não sejam de caráter comercial
ou financeiro.

§ 5º Classificam-se como Inversões Financeiras as dotações destinadas a:

I - aquisição de imóveis, ou de bens de capital já em utilização;

II - aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de


qualquer espécie, já constituídas, quando a operação não importe aumento do
capital;

III - constituição ou aumento do capital de entidades ou empresas que visem a


objetivos comerciais ou financeiros, inclusive operações bancárias ou de seguros.
§ 6º São Transferências de Capital as dotações para investimentos ou inversões
financeiras que outras pessoas de direito público ou privado devam realizar,
independentemente de contraprestação direta em bens ou serviços, constituindo
essas transferências auxílios ou contribuições, segundo derivem diretamente da
Lei de Orçamento ou de lei especialmente anterior, bem como as dotações para
amortização da dívida pública.
(Lei.Federal.n.º.4.320/1964,.grifos.nossos).

b).GRUPO.DE.DESPESA

Como. desdobramento. das. Categorias. Econômicas,. os. Grupos. são. agregadores. dos.
Elementos.de.Despesa.que.possuem.as.mesmas.características..São.exemplos,.extraídos.
do.Anexo-II.-.Tabelas.de.Escrituração.Contábil.–.Auxiliares.2013.–.versão.de.22.04.2013.do.
Sistema AUDESP:

33
Tribunal de Contas
do Estado de São Paulo

CÓDIGO NOME ESPECIFICAÇÃO

RESTOS.A. Utilizado.para.identifi.car,.quando.for.o.caso,.disponibilidades.fi.nan-
0
PAGAR ceiras

Despesas de natureza remuneratória decorrente do efetivo exercí-


cio.de.cargo,.emprego.ou.função.de.confi.ança.no.setor.público,.do.
pagamento.dos.proventos.de.aposentadorias,.reformas.e.pensões,.
das.obrigações.trabalhistas.de.responsabilidade.do.empregador,.in-
cidentes sobre a folha de salários, contribuição a entidades fecha-
das. de. previdência,. outros. benefícios. assistenciais. classifi.cáveis.
neste.grupo.de.despesa,.bem.como.soldo,.gratifi.cações,.adicionais.
PESSOAL E
e outros direitos remuneratórios, pertinentes a este grupo de despe-
1 ENCARGOS.
sa, previstos na estrutura remuneratória dos militares, e ainda, des-
SOCIAIS
pesas com o ressarcimento de pessoal requisitado, despesas com
a contratação temporária para atender a necessidade de excepcio-
nal interesse público e despesas com contratos de terceirização de
atender a necessidade de excepcional interesse público e despe-
sas.com.contratos.de.terceirização.de.mão-de-obra.que.se.refi.ram.à.
substituição de servidores e empregados públicos, em atendimento
ao.disposto.no.art..18,.§.1o,.da.Lei.Complementar.nº.101,.de.2000.

JUROS.E.EN- Despesas.com.o.pagamento.de.juros,.comissões.e.outros.encargos.
2 CARGOS.DA. de.operações.de.crédito.internas.e.externas.contratadas,.bem.como.
DÍVIDA da.dívida.pública.mobiliária.

Despesas com aquisição de material de consumo, pagamento de di-


OUTRAS.DES- árias,.contribuições,.subvenções,.auxílio-alimentação,.auxílio-trans-
3 PESAS COR- porte, além de outras despesas da categoria econômica Despesas
RENTES Correntes.não.classifi.cáveis.nos.demais.grupos.de.natureza.de.des-
pesa.

Despesas com o planejamento e a execução de obras, inclusive


INVESTIMEN- com a aquisição de imóveis considerados necessários à realização
4
TOS destas.últimas,.e.com.a.aquisição.de.instalações,.equipamentos.e.
material.permanente.

Despesas com a aquisição de imóveis ou bens de capital já em uti-


lização; aquisição de títulos representativos do capital de empresas
INVERSÕES.
5 ou entidades de qualquer espécie, já constituídas, quando a opera-
FINANCEIRAS
ção não importe aumento do capital; e com a constituição ou aumen-
to.do.capital.de.empresas.

AMORTI- Despesas.com.o.pagamento.e/ou.refi.nanciamento.do.principal.e.da.
6 ZAÇÃO.DA. atualização monetária ou cambial da dívida pública interna e exter-
DÍVIDA na,.contratual.ou.mobiliária.

EXTRA-ORÇA- Utilizado.para.identifi.car,.quando.for.o.caso,.disponibilidades.fi.nan-
8
MENTÁRIA ceiras.

RESERVA.DE. Agrupa-se neste grupo de natureza de despesa o volume de recur-


9 CONTINGÊN- sos.alocados.com.o.objetivo.de.atender.o.disposto.no.art.14.da.LDO.
CIA 2008.

34
Tribunal de Contas
do Estado de São Paulo

BASE NORMATIVA:
Art. 13. Observadas as categorias econômicas do art. 12, a discriminação ou
especificação da despesa por elementos, em cada unidade administrativa ou órgão
de governo, obedecerá ao seguinte esquema:

DESPESAS CORRENTES
Despesas de Custeio
Pessoa Civil
Pessoal Militar
Material de Consumo
Serviços de Terceiros
Encargos Diversos

35
Tribunal de Contas
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Transferências Correntes
Subvenções Sociais
Subvenções Econômicas
Inativos
Pensionistas
Salário Família e Abono Familiar
Juros da Dívida Pública
Contribuições de Previdência Social
Diversas Transferências Correntes.

DESPESAS DE CAPITAL
Investimentos
Obras Públicas
Serviços em Regime de Programação Especial
Equipamentos e Instalações
Material Permanente
Participação em Constituição ou Aumento de Capital de Empresas ou Entidades
Industriais ou Agrícolas
Inversões Financeiras
Aquisição de Imóveis
Participação em Constituição ou Aumento de Capital de Empresas ou Entidades
Comerciais ou Financeiras
Aquisição de Títulos Representativos de Capital de Empresa em Funcionamento
Constituição de Fundos Rotativos
Concessão de Empréstimos
Diversas Inversões Financeiras
Transferências de Capital
Amortização da Dívida Pública
Auxílios para Obras Públicas
Auxílios para Equipamentos e Instalações
Auxílios para Inversões Financeiras
Outras Contribuições.
(Lei.Federal.nº.4.320/1964).

36
Tribunal de Contas
do Estado de São Paulo

c) MODALIDADE DE APLICAÇÃO

A.fi.nalidade.da.MODALIDADE DE APLICAÇÃO é a indicação dos recursos aplicados


diretamente.por.órgãos.e.por.entidades.no.âmbito.da.mesma.esfera.de.Governo.ou.por.outro.
ente.da.Federação.e.suas.respectivas.entidades..Ou.seja,.fi.ca.evidenciado.se.os.recursos.
foram aplicados diretamente pela unidade detentora do crédito ou por entidades públicas ou
privadas.a.quem.foram.transferidos..
Assim, evitam-se a dupla contagem no orçamento dos recursos transferidos ou
descentralizados.

Observa-se que o termo “transferências”, utilizado nos


arts. 16 e 21 da Lei nº 4.320/1964, compreende as subvenções,
auxílios e contribuições que atualmente são identificados em nível
de elementos na classificação da natureza da despesa. Não se
confundem com as transferências de recursos financeiros,
representadas pelas modalidades de aplicação, e são registradas
na modalidade de aplicação constante da seguinte codificação
atual (...)
(MCASP,.p..54,.grifos.nossos.)

São. exemplos,. extraídos. do.Anexo-II. -. Tabelas. de. Escrituração. Contábil. –.Auxiliares.


2013.–.versão.de.22.04.2013.do.Sistema AUDESP, sendo que o primeiro dígito se refere à
Categoria.Econômica,.o.segundo.ao.Grupo.da.Despesa,.e.os.dois.seguintes,.em.destaque,.
à.Modalidade.de.Aplicação:

CÓDIGO NOME ESPECIFICAÇÃO

Representa o somatório dos valores das transfe-


TRANSFERÊNCIAS.A.
rências efetuadas a Estados e ao Distrito Federal
31300000 ESTADOS.E.AO.DISTRITO.
para.realizações.de.despesas.com.pessoal.e.en-
FEDERAL
cargos.sociais.

Representa o somatório dos valores das transfe-


rências de efetuadas a entidades criadas sob a
forma de consórcios públicos nos termos da lei
TRANSFERÊNCIAS.A.
31710000 n°11.107,.de.6.de.abril.de.2005,.objetivando.a.exe-
CONSÓRCIOS.PÚBLICOS
cução.dos.programas.e.ações.dos.respectivos.en-
tes consorciados a título de despesas com pessoal
e.encargos.sociais.

37
Tribunal de Contas
do Estado de São Paulo

CÓDIGO NOME ESPECIFICAÇÃO

Representa o somatório dos valores das despesas


de pessoal e encargos sociais aplicadas direta-
31900000 APLICAÇÕES.DIRETAS
mente pela unidade orçamentária, dos créditos a
ela.alocados.

Representa o somatório dos valores das despe-


sas.com.o.pagamento.de.juros,.comissões.e.ou-
tros.encargos.de.operações.de.crédito.internas.e.
32900000 APLICAÇÕES.DIRETAS
externas contratadas, bem como da dívida pública
mobiliária, aplicados diretamente pela unidade or-
çamentária,.dos.créditos.a.ela.alocados.

Representa o somatório dos valores das transfe-


44200000 TRANSFERÊNCIAS.À.UNIÃO rências.a.União.efetuada.para.realizações.de.des-
pesas.com.investimentos.

Despesas orçamentárias realizadas mediante


EXECUÇÃO. transferência.de.recursos.fi.nanceiros,.decorrentes.
44220000 ORÇAMENTÁRIA.DELEGADA. de delegação ou descentralização à união para
À.UNIÃO execução.de.ações.de.responsabilidade.exclusiva.
do.delegante.

TRANSFERÊNCIAS.A. Representa o somatório dos valores das transfe-


44300000 ESTADOS.E.AO.DISTRITO. rências efetuadas aos estados e ao distrito federal
FEDERAL para.realização.de.despesas.com.investimentos.

TRANSFERÊNCIAS.A. Despesas orçamentárias realizadas mediante


ESTADOS.E.AO.DISTRITO. transferência.de.recursos.fi.nanceiros.da.União.ou.
44310000
FEDERAL - FUNDO A dos Municípios aos Estados e ao Distrito Federal
FUNDO por.intermédio.da.modalidade.fundo.a.fundo.

Despesas orçamentárias realizadas mediante


EXECUÇÃO.
transferência.de.recursos.fi.nanceiros,.decorrentes.
ORÇAMENTÁRIA.DELEGADA.
44320000 de delegação ou descentralização a Estados e ao
A.ESTADOS.E.AO.DISTRITO.
Distrito. Federal. para. execução. de. ações. de. res-
FEDERAL
ponsabilidade.exclusiva.do.delegante.

Representa o somatório dos valores das despesas


44900000 APLICAÇÕES.DIRETAS com investimentos aplicadas diretamente pela uni-
dade.orçamentária,.dos.créditos.a.ela.alocados.

38
Tribunal de Contas
do Estado de São Paulo

d) ELEMENTO DA DESPESA E SEU DETALHAMENTO

Tem por finalidade identificar os objetos de gasto, tais


como vencimentos e vantagens fixas, juros, diárias, material
de consumo, serviços de terceiros prestados sob qualquer
forma, subvenções sociais, obras e instalações, equipamentos
e material permanente, auxílios, amortização e outros que a
administração pública utiliza para a consecução de seus fins.
(MCASP,.p..61).

A Lei Orçamentária Anual deve detalhar o orçamento do órgão até o nível de elemento,
por.imperativo.legal.(Lei.Federal.n.º.4.320/1964,.art..15).
São. exemplos,. extraídos. do.Anexo-II. -. Tabelas. de. Escrituração. Contábil. –.Auxiliares.
2013.–.versão.de.22.04.2013.do.Sistema AUDESP, sendo que o primeiro dígito se refere à
Categoria.Econômica,.o.segundo.ao.Grupo.da.Despesa,.os.dois.seguintes.à.Modalidade.de.
Aplicação,.e.os.dois.em.destaque.ao.Elemento:

CODIFICAÇÃO NOME DO CÓDIGO FUNÇÃO

APOSENTADORIAS,. Despesas orçamentárias com pagamento de inativos


RESERVA. civis, militares da reserva remunerada e reformados
31900100
REMUNERADA E e segurados do plano de benefícios da previdência
REFORMAS social.

Representa o somatório dos valores das despesas


com a contratação de pessoal por tempo determina-
CONTRATAÇÃO. do para atender a necessidade temporária de excep-
31900400 POR.TEMPO. cional interesse público, de acordo com legislação
DETERMINADO específi.ca.de.cada.ente.da.federação,.inclusive.obri-
gações.patronais.e.outras.despesas.variáveis,.quan-
do.for.o.caso.

39
Tribunal de Contas
do Estado de São Paulo

CODIFICAÇÃO NOME DO CÓDIGO FUNÇÃO

Representa o somatório dos valores das despesas


realizadas com álcool automotivo; gasolina automo-
tiva;. diesel. automotivo;. lubrifi.cantes. automotivos;.
combustível. e. lubrifi.cantes. de. aviação;. gás. engar-
rafado;.outros.combustíveis.e.lubrifi.cantes;.material.
biológico, farmacológico e laboratorial; animais para
estudo, corte ou abate; alimentos para animais; ma-
terial de coudelaria ou de uso zootécnico; sementes
e mudas de plantas; gêneros de alimentação; mate-
rial de construção para reparos em imóveis; material
de manobra e patrulhamento; material de proteção,
segurança, socorro e sobrevivência; material de
expediente; material de cama e mesa, copa e cozi-
MATERIAL.DE.
33903000 nha,. e. produtos. de. higienização;. material. gráfi.co. e.
CONSUMO
de processamento de dados; aquisição de disquete;
material.para.esportes.e.diversões;.material.para.fo-
tografi.a.e.fi.lmagem;.material.para.instalação.elétrica;.
material para manutenção, reposição e aplicação;
material odontológico, hospitalar e ambulatorial; ma-
terial.químico;.material.para.telecomunicações;.ves-
tuário, uniformes, fardamento, tecidos e aviamentos;
material de acondicionamento e embalagem; supri-
mento de proteção ao vôo; suprimento de aviação;
sobressalentes de máquinas e motores de navios e
esquadra;.explosivos.e.munições;.bandeiras,.fâmu-
las e insígnias e outros materiais de uso não-dura-
douro..

Representa o somatório dos valores das despesas


correntes.resultantes.de:.a).pagamento.de.precató-
rios,.em.cumprimento.ao.disposto.no.art..100.e.seus.
parágrafos.da.Constituição,.e.no.art..78.do.ADCT;.b).
cumprimento de sentenças judiciais transitadas em
SENTENÇAS.
33909100 julgado, de empresas públicas e sociedades de eco-
JUDICIAIS
nomia.mista,.integrantes.dos.orçamentos.fi.scais.e.da.
seguridade.social;.c).cumprimento.de.sentenças..ju-
diciais, transitadas em julgado, de pequeno valor, na
forma.defi.nida.em.lei,.nos.termos.do.§.3°.do.art.100.
da.Constituição.

Representa o somatório dos valores das despesas


realizadas com estudos e projetos; início, prossegui-
mento e conclusão de obras; pagamento de pessoal
OBRAS E temporário não pertencente ao quadro da entidade e
44905100
INSTALAÇÕES necessário à realização das mesmas; pagamento de
obras.contratadas;.instalações.que.sejam.incorporá-
veis.ou.inerentes.ao.imóvel,.tais.como:.elevadores,.
aparelhagem.para.ar.condicionado.central,.etc.

40
Tribunal de Contas
do Estado de São Paulo

CODIFICAÇÃO NOME DO CÓDIGO FUNÇÃO

Representa o somatório dos valores das despesas


realizadas com aquisição de aeronaves; aparelhos
de medição; aparelhos e equipamentos de comuni-
cação; aparelhos, equipamentos e utensílios médico,
odontológico, laboratorial e hospitalar; aparelhos e
equipamentos.para.esporte.e.diversões;.aparelhos.e.
utensílios.domésticos;.armamentos;.coleções.e.ma-
teriais. bibliográfi.cos;. embarcações,. equipamentos.
de manobra e patrulhamento; equipamentos de ma-
EQUIPAMENTOS. nobra e patrulhamento; equipamentos de proteção,
44905200 E.MATERIAL. segurança, socorro e sobrevivência; instrumentos
PERMANENTE musicais e artísticos; máquinas, aparelhos e equi-
pamentos de uso industrial; máquinas, aparelhos
e. equipamentos. gráfi.cos. e. equipamentos. diversos;.
máquinas, aparelhos e utensílios de escritório; má-
quinas;. ferramentas. e. utensílios. de. ofi.cina;. máqui-
nas, tratores e equipamentos agrícolas, rodoviários
e de movimentação de carga; mobiliário em geral;
obras de arte e peças para museu; semoventes; veí-
culos diversos; veículos ferroviários; veículos rodovi-
ários;.outros.materiais.permanentes.

Representa o somatório dos valores das despesas


AQUISIÇÃO.DE.
44906100 realizadas com aquisição de imóveis necessários a
IMÓVEIS
realização.de.obras.ou.para.sua.pronta.utilização.

BASE NORMATIVA:
Art. 15. Na Lei de Orçamento a discriminação da despesa far-se-á no mínimo por
elementos.
§ 1º Entende-se por elementos o desdobramento da despesa com pessoal,
material, serviços, obras e outros meios de que se serve a administração publica
para consecução dos seus fins.
§ 2º Para efeito de classificação da despesa, considera-se material permanente o
de duração superior a dois anos.
(Lei.Federal.n.º.4.320/1964,.grifos.nossos).

O. detalhamento. do. Elemento. é. facultativo,. visto. não. ser. previsto. em. lei.. O. Sistema.
AUDESP já possui esse detalhamento padronizado, chamando-o “Classificação Econômica
da Despesa- subitem”.
Em.que.pese.não.obrigatória,.de.bom.alvitre.os.órgãos.sempre.procederem.à.classifi.cação.
da despesa conforme.o.correto.detalhamento.(subelemento),.em.observância.ao.princípio.
da.evidenciação.contábil.e.ao.princípio.da.transparência.

41
Tribunal de Contas
do Estado de São Paulo

e) FONTES DE RECURSOS

A Fonte de Recurso diz respeito à esfera de governo originária da Receita que arca a
Despesa.então.realizada..Ou.seja,.se.provêem.de.repasses.do.próprio.Tesouro.do.órgão,.de.
um.Fundo.Especial,.ou.de.outro.ente.da.federação..
Também,.indicam.se.os.recursos.são.provenientes.do.exercício.fi.scal.em.curso,.ou.se.
provêem.de.exercícios.anteriores.
São. exemplos,. extraídos. do.Anexo-II. -. Tabelas. de. Escrituração. Contábil. –.Auxiliares.
2013.–.versão.de.22.04.2013.do.Sistema AUDESP:

CÓDIGO NOME ESPECIFICAÇÃO

Recursos próprios gerados pelo Município, ou decorren-


1 TESOURO
tes de Cota-Parte Constitucional;

Recursos originários de transferências estaduais em vir-


TRANSFERÊNCIAS.E.
tude. de. assinatura. de. convênios. ou. legislações. espe-
2 CONVÊNIOS.ESTADUAIS-
cífi.cas,.cuja.destinação.encontra-se.vinculada.aos.seus.
VINCULADOS
objetos;

RECURSOS PRÓPRIOS DE Recursos gerados pelos Fundos Especiais de Despesa


3 FUNDOS ESPECIAIS DE ou a eles pertencentes, com destinação vinculada con-
DESPESA-VINCULADOS forme.legislação.específi.ca.de.criação.de.cada.Fundo;

RECURSOS PRÓPRIOS Recursos gerados pelos respectivos Órgãos que com-


4 DA.ADMINISTRAÇÃO. põem. a.Administração. Indireta. do. Município,. conforme.
INDIRETA legislação.específi.ca.de.criação.de.cada.entidade;

Recursos originários de transferências federais em vir-


TRANSFERÊNCIAS.E.
tude. de. assinatura. de. convênios. ou. legislações. espe-
5 CONVÊNIOS.FEDERAIS-
cífi.cas,.cuja.destinação.encontra-se.vinculada.aos.seus.
VINCULADOS
objetos;

OUTRAS.FONTES.DE.
6 Recursos.não.enquadrados.em.especifi.cações.próprias;
RECURSOS

Recursos. originários. de. operações. de. crédito. internas.


7 OPERAÇÕES.DE.CRÉDITO
ou externas;

Recursos próprios gerados pelo Município, ou decorren-


TESOUROS-exercício. tes de Cota-Parte Constitucional; Utilizada apenas para
91
anteriores controle. das. disponibilidades. fi.nanceiras. advindas. do.
exercício.anterior.

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Tribunal de Contas
do Estado de São Paulo

CÓDIGO NOME ESPECIFICAÇÃO

Recursos originários de transferências estaduais em vir-


TRANSFERÊNCIAS.E.
tude. de. assinatura. de. convênios. ou. legislações. espe-
CONVÊNIOS.ESTADUAIS-
92 cífi.cas,.cuja.destinação.encontra-se.vinculada.aos.seus.
VINCULADOS–exercícios.
objetos; Utilizada apenas para controle das disponibili-
anteriores
dades.fi.nanceiras.advindas.do.exercício.anterior.

RECURSOS PRÓPRIOS DE
Recursos gerados pelos Fundos Especiais de Despesa
FUNDOS ESPECIAIS DE
93 ou a eles pertencentes, com destinação vinculada con-
DESPESA-VINCULADOS–
forme.legislação.específi.ca.de.criação.de.cada.Fundo;
exercícios anteriores

Recursos gerados pelos respectivos Órgãos que com-


RECURSOS PRÓPRIOS
põem. a.Administração. Indireta. do. Município,. conforme.
DA.ADMINISTRAÇÃO.
94 legislação.específi.ca.de.criação.de.cada.entidade;.Utili-
INDIRETA-exercícios.
zada.apenas.para.controle.das.disponibilidades.fi.nancei-
anteriores
ras.advindas.do.exercício.anterior.

Recursos originários de transferências federais em vir-


TRANSFERÊNCIAS.E.
tude. de. assinatura. de. convênios. ou. legislações. espe-
CONVÊNIOS.FEDERAIS-
95 cífi.cas,.cuja.destinação.encontra-se.vinculada.aos.seus.
VINCULADOS-exercícios.
objetos; Utilizada apenas para controle das disponibili-
anteriores
dades.fi.nanceiras.advindas.do.exercício.anterior.

OUTRAS.FONTES.DE.
96 RECURSOS-exercícios Recursos.não.enquadrados.em.especifi.cações.próprias;
anteriores

Recursos. originários. de. operações. de. crédito. internas.


OPERAÇÕES.DE.CRÉDITO-
97 ou externas; Utilizada apenas para controle das disponi-
exercícios anteriores
bilidades.fi.nanceiras.advindas.do.exercício.anterior.

3.6 CRÉDITOS ORÇAMENTÁRIOS

Os.créditos.orçamentários.são.demonstrados.no.seguinte.quadro:

43
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do Estado de São Paulo

Os créditos orçamentários iniciais são aqueles aprovados


pela Lei Orçamentária Anual, fazendo parte, portanto, da
fi.xação.inicial.da.despesa..Assim.são.discriminadas.as.dotações.
atreladas.a.cada.Programa.e.suas.desdobradas.Ações.

Não. obstante,. os. créditos. orçamentários. iniciais. não. são. estáticos.. É. inerente. ao.
processo de execução do planejamento a reavaliação, readequação e repriorização dos
Programas/Ações,.ante.aos.fi.nitos.recursos.fi.nanceiros..Por.isso,.no.transcorrer.da.execução.
do orçamento, é natural que os créditos orçamentários iniciais sejam alterados, o que se
dará.mediante.créditos.suplementares,.especiais.ou.extraordinários.
Os.créditos.suplementares.reforçam.uma.dotação.já.existente,.pois.insufi.cientemente.
prevista; deve ser aberto por meio de Decreto do Poder Executivo, previamente autorizado
em.lei,.podendo.ser.na.LOA.ou.LDO.
Os créditos especiais criam uma dotação anteriormente inexistente, assim, não basta
uma.genérica.autorização.nas.leis.de.planejamento.(notadamente.a.LOA.ou.a.LDO);.deve.
haver.uma.lei.específi.ca.para.tal.fi.nalidade..Também.são.abertos.por.Decreto.
Já. os. créditos. extraordinários. são. específi.cos. para. despesas. urgentes. e. imprevistas,.
em caso de guerra, comoção intestina ou calamidade pública; são abertos por Decreto do
Poder.Executivo,.sobre.o.qual.se.dará.imediato.conhecimento.ao.Poder.Legislativo.

O.quadro.abaixo.exemplifi.ca.tais.modifi.cações:

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Tribunal de Contas
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A Constituição Federal de 1988, no §8º do art. 166, estabelece que os recursos


objeto de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária que ficarem
sem destinação podem ser utilizados como fonte hábil para abertura de créditos
especiais e suplementares, mediante autorização legislativa.
A reserva de contingência destinada ao atendimento de passivos contingentes
e outros riscos,bem como eventos fiscais imprevistos, poderá ser utilizada para
abertura de créditos adicionais, visto que não há execução direta da reserva.
(...)
A vigência dos créditos adicionais restringe-se ao exercício financeiro em que foram
autorizados, exceto os créditos especiais e extraordinários, abertos nos últimos
quatro meses do exercício financeiro, que poderão ter seus saldos reabertos por
instrumento legal apropriado, situação na qual a vigência fica prorrogada até o
término do exercício financeiro subsequente (art. 167, §2º, Constituição Federal).
(MCASP,.p..80).

BASE NORMATIVA:
Lei.Federal.n.º.4.320/1964,.arts..40.a.46.e.Constituição.Federal,.art..167,.inciso.V.

Cabe,.ainda,.registrar.a.existência.dos.institutos.da.Transposição,.Remanejamento.e.da.
Transferência.

A TRANSPOSIÇÃO nada mais é que o intercâmbio entre programas de governo, ao


passo que o REMANEJAMENTO é a alteração de recursos entre órgãos orçamentários..
Já.a.TRANSFERÊNCIA reside na troca entre as categorias econômicas (de.corrente.para.
capital,.e.vice-e-versa).
Todas.essas.alterações.que.impactam.o.Orçamento.Anual.dependem.de.lei exclusiva,
não cabendo a prévia e genérica autorização prevista nas peças de planejamento,
especialmente.LOA.

BASE NORMATIVA:
Art. 167. São vedados:
(...)
VI - a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma
categoria de programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia
autorização legislativa;
(Constituição.Federal,.g.n.)

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3.7 ESTÁGIO DA DESPESA

Os.estágios.da.despesa.podem.ser.resumidos.no.seguinte.quadro:

Na fase de PLANEJAMENTO ocorre a Fixação da despesa, que nada mais é que


a. autorização. do. Poder. Legislativo. ao. Poder. Executivo,. mediante. previsão. de. dotações.
orçamentárias. na. Lei. Orçamentária. Anual.. Em. suma,. é. a. concessão. ao. ordenador. da.
despesa, responsável pela unidade gestora, do direito de efetuar determinadas despesas a
determinados.fi.ns.
Efetuada. a. licitação. e. fi.rmado. o. Contrato,. por. exemplo,. inicia-se. a. EXECUÇÃO do
Orçamento, onde se dará o Empenhamento da despesa, pelo qual “cria-se” a obrigação
de. pagamento. pela. autoridade. competente.. Para. a. formalização. deste. ato. é. emitido. um.
documento. chamado. Nota. de. Empenho..Assim,. é. vedada. a. realização. de. despesa. sem.
prévio.empenho..O.empenho.pode.ser:
a) ORDINÁRIO.-.despesas.de.valor.certo.e.que.não.estão.sujeitas.a.parcelamento;
b) GLOBAL. -.despesas.contratuais.e.outras,.sujeitas.a.parcelamento;
c) ESTIMATIVO.-.despesa.cujo.montante.não.se.possa.determinar.

O.empenho.pode.ser.reforçado,.caso.insufi.ciente.sua.previsão.inicial;.pode.ser.anulado.
parcialmente, caso não tenha sido completamente utilizada a dotação prevista para

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pagamento da despesa; ou pode ser anulado totalmente, quando a obrigação contratada


não.tiver.sido.cumprida,.ou.quando.equivocadamente.emitido.
De fato, a obrigação de pagamento se concretiza com a execução do contratado, ou seja,
pela.entrega.do.bem.ou.pela.prestação.do.serviço..Então,.passa-se.à.fase.de.LIQUIDAÇÃO
da. despesa,. que. consiste. na. verifi.cação. do. efetivo. cumprimento. da. contraprestação.
contratada, ou, com base em documentos comprobatórios, na real existência do direito do
credor.em.receber.o.crédito..Portanto,.apura-se.a.origem,.a.importância.exata.a.pagar.e.a.
quem.se.deve.pagar.a.importância.para.extinguir.a.obrigação.
O PAGAMENTO nada mais é que a entrega de numerário ao credor, seja mediante
crédito. em. conta,. seja. mediante. ordens. de. pagamento. ou. cheque. nominativo.. É. o. ato.
contínuo.à.fase.da.liquidação.da.despesa.

BASE NORMATIVA:
Lei.Federal.n.º.4.320/1964,.arts..47.a.70.

As. despesas. orçamentárias. regularmente. empenhadas,. mas. não. pagas. até. 31.
de dezembro do exercício, são chamadas RESTOS A PAGAR. Os Restos a Pagar são
segregados.conforme.a.fase.da.despesa:

a) RESTOS A PAGAR PROCESSADOS são aquelas despesa orçamentárias


empenhadas que, em 31 de dezembro, já estavam liquidadas, restando pendente,
apenas, o estágio do pagamento;

b) RESTOS A PAGAR NÃO PROCESSADOS são os decorrentes de despesas


empenhadas. e. que,. em. 31. de. dezembro,. ainda. não haviam sido liquidadas..
Assim, no exercício seguinte, após o fornecedor cumprir com a sua obrigação de
entrega do objeto contratado e o órgão público atestar o direito ao recebimento
(fase. da. liquidação),. essas. despesas. se. tornam,. primeiramente,. “Restos. a. Pagar.
Não.Processado-Liquidados”,.pois.nasceram.“não.processados”..E,.posteriormente,.
quando da fase do pagamento, serão “Restos a Pagar Não Processado-Liquidados e
Pagos”.

BASE NORMATIVA:
Lei.Federal.nº.4.320/1964,.arts..36.

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