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Autor:
Vanessa Brito Arns
Aula 02
7 de Julho de 2020
Sumário
Direito Financeiro ................................................................................................................................. 2
Resumo ............................................................................................................................................... 55
DIREITO FINANCEIRO
Na aula de hoje vamos continuar os estudos da disciplina de Direito Financeiro, com foco nas
principais leis orçamentárias, um tema essencial na nossa disciplina e foco de todo o esforço da
legislação financeira.
Leis orçamentárias. Ciclo orçamentário. Plano Plurianual. Lei de Diretrizes Orçamentárias. Lei
orçamentária anual.
A Constituição da República Federativa do Brasil contém diversas normas que estruturam o nosso
sistema orçamentário, sendo que o orçamento, quando elaborado por meio da Lei Orçamentária
Anual (LOA), deve respeitar a Lei de Diretrizes Orçamentárias e o Plano Plurianual (PPA), de acordo
com o objetivo dos governantes eleitos.
Tudo isso deve acontecer, contudo, seguindo os objetivos previstos no art. 3º da Constituição
Federal:
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Direito Financeiro p/ PGM-SP (Procurador Municipal) - 2020.2 Pré-Edital
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Lembrando também que toda a legislação deve respeitar os fundamentos da república brasileira,
previstos no art. 1º da Constituição. Nas palavras de Harrison Leite1:
(..)
“Assim, há um processo de afunilamento, partindo dos fundamentos e objetivos
constitucionais, PPA, LDO até a LOA, que restringem as opções orçamentárias, fazendo
com que o primeiro planejamento, o PPA, seja uma aplicação estratégica de longo prazo
da vontade constitucional, partindo para um segundo plano operacional de curto prazo,
a LDO, e, por fim, a concretização desses planejamentos, em uma lei de realização,
chamada de LOA.”
1. CICLO ORÇAMENTÁRIO
O chamado ciclo orçamentário é uma série de fatos orçamentários que deve ser iniciada com a
necessidade de um recurso, desde que justificada, até sua aplicação e fiscalização. É, portanto, um
conjunto de etapas que não se limitam a um exercício financeiro, visto que os fenômenos
orçamentários não terminam com sua ocorrência.
É por isso, portanto, que a doutrina afirma que o ciclo orçamentário não se confunde com o exercício
financeiro, pois o exercício financeiro é apenas uma fase do ciclo considerando que existem as fases
de preparação da proposta orçamentaria, elaboração, avaliação e prestação de contas.
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LEITE, Harrison. Manual de Direito Financeiro. 8.ed. ver. ampl. E atual. Salvador: JUSPODIVM, 2019.
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1. Iniciativa
As leis orçamentárias são de iniciativa privativa do Poder Executivo, além de serem indelegáveis. É
o que diz o art. 84 da Constituição Federal:
Por ser o Poder Executivo o incumbido de verificar os recursos necessários à satisfação das
necessidades públicas, e por ser também o poder encarregado de executar tarefas delineadas no
orçamento é que o constituinte o concedeu a iniciativa das leis orçamentárias. O Congresso nacional,
embora apto para o exercício da produção de leis, não possui o nível de informações técnicas e
peculiares da administração para o entendimento das necessidades públicas. Nas palavras de
Harrison Leite:
“É o executivo que conhece a realidade sobre o qual atua e pode, aprioristicamente, melhor julgar
a sua alocação, que será posteriormente analisada pelos legisladores.”2(grifo nosso)
O legislativo, portanto, não tem competência para iniciar um projeto de lei orçamentária. É
importante frisar, no entanto, que o legislativo pode alcançar de forma reflexa o orçamento por
meio de leis tributárias, já que está dentro do poder legislativo a iniciativa de lei tributária apta a
reduzir receita pública. O STF já decidiu nesse sentido:
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LEITE, Harrison. Manual de Direito Financeiro. 8.ed. ver. ampl. E atual. Salvador: JUSPODIVM, 2019.
P. 169.
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É possível entender, portanto, que parlamentares podem apresentar projeto de lei sobre matéria
fiscal, no sentido de conceder benefícios jurídicos de origem fiscal. A exceção prevista na
constituição é quanto aos territórios, em que a lei tributária tem iniciativa reservada ao Presidente
da República:
Conforme vimos, o Supremo Tribunal Federal tem reafirmado o entendimento de que a iniciativa
de lei para benefícios fiscais é concorrente, não cabendo apenas ao chefe do poder executivo. Desta
forma, o impacto dos incentivos fiscais nas contas públicas – ou seja, a renúncia de receita – não faz
delas verdadeiras leis orçamentárias para os fins do disposto no art. 165 da Constituição Federal.
Para Harrison Leite, no entanto, tema merece maior reflexão, visto que
“[L]eis concessivas de benefícios fiscais são, na verdade, leis que alteram o orçamento
com equivalência a criação de despesa. Logo, como compete primariamente ao
Executivo mensurar os efeitos do aumento ou da criação de despesas, dentro do seu
plano político-governamental, tendo em vista sua missão principal, igualmente apenas
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A concessão de incentivos fiscais e medidas desonerativas por parte do poder legislativo são
bastante comuns no país, podendo causar um desequilíbrio orçamentário. Há uma série de
requisitos para a ocorrência da renúncia de receitas, como os descritos na Lei de Responsabilidade
fiscal, art. 14:
Da Renúncia de Receita
Art. 14. A concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária da
qual decorra renúncia de receita deverá estar acompanhada de estimativa do impacto
orçamentário-financeiro no exercício em que deva iniciar sua vigência e nos dois
seguintes, atender ao disposto na lei de diretrizes orçamentárias e a pelo menos uma das
seguintes condições
I - demonstração pelo proponente de que a renúncia foi considerada na estimativa de
receita da lei orçamentária, na forma do art. 12, e de que não afetará as metas de
resultados fiscais previstas no anexo próprio da lei de diretrizes orçamentárias;
II - estar acompanhada de medidas de compensação, no período mencionado no caput,
por meio do aumento de receita, proveniente da elevação de alíquotas, ampliação da base
de cálculo, majoração ou criação de tributo ou contribuição.
§ 1o A renúncia compreende anistia, remissão, subsídio, crédito presumido, concessão
de isenção em caráter não geral, alteração de alíquota ou modificação de base de cálculo
que implique redução discriminada de tributos ou contribuições, e outros benefícios que
correspondam a tratamento diferenciado.
§ 2o Se o ato de concessão ou ampliação do incentivo ou benefício de que trata o caput
deste artigo decorrer da condição contida no inciso II, o benefício só entrará em vigor
quando implementadas as medidas referidas no mencionado inciso.
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LEITE, Harrison. Manual de Direito Financeiro. 8.ed. ver. ampl. E atual. Salvador: JUSPODIVM, 2019.
P. 170.
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É importante destacar, também, sobre a iniciativa de elaboração de projeto das leis orçamentárias,
que se trata de verdadeiro DEVER para o poder executivo, de modo que sua omissão constitui crime
de responsabilidade, conforme o art. 85, VI da Constituição Federal.
Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem
contra a Constituição Federal e, especialmente, contra:
VI - a lei orçamentária;
O projeto de lei orçamentária é resultado do trabalho e das análises feitas pelos setores
competentes. No caso da União, por exemplo, o trabalho é feito pela Secretaria de Orçamento
Federal. O órgão setorial de planejamento faz um apanhado de todas as demandas de cada órgão
para encaminhar a proposta consolidada ao órgão central de planejamento, Ministerial ou
Secretarial. Uma vez consolidada a proposta de cada poder, forma-se o projeto de lei que será
encaminhado ao legislativo. O art. 99 da Constituição Federal prevê que o Poder Judiciário, por
exemplo:
O art. 12º da Lei de Responsabilidade Fiscal prevê que o Poder Executivo de cada ente colocará à
disposição dos demais Poderes e do Ministério Público, no mínimo trinta dias antes do prazo final
para encaminhamento de suas propostas orçamentárias, os estudos e as estimativas das receitas
para o exercício subsequente, inclusive da corrente líquida, e as respectivas memórias de cálculo.
Os poderes Judiciário, Legislativo e o Ministério Público elaboram suas próprias propostas parciais
que são encaminhadas ao poder executivo, responsável pelo envio da proposta consolidada ao
Legislativo.
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A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou liminar no Mandado
de Segurança (MS) 33490, impetrado pelo Sindicato dos Trabalhadores do Poder
Judiciário e do Ministério Público da União no Distrito Federal (Sindjus-DF) contra ato da
Presidência da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização do
Congresso Nacional, que não teria respeitado decisão do STF no MS 33186.
Em outubro de 2014, a ministra Rosa Weber deferiu liminar no MS 33186 para impedir o
corte unilateral promovido pelo Poder Executivo nas propostas orçamentárias do
Judiciário e do Ministério Público da União (MPU) para o ano de 2015. Na ocasião, a
relatora alegou que eventual adequação nos orçamentos de outros Poderes e órgãos
autônomos deve ser conduzida pelo Legislativo ao analisar o projeto de lei
orçamentária anual e não previamente pelo Executivo ao consolidar tais propostas.
Fonte:
http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=287511&tip=UN
Tal entendimento também pode ser encontrado no Julgamento da ADI 5287PB de 18/05/2016, de
Relatoria do Min. Luiz Fux.
Após o encaminhamento da proposta consolidada, ela é apreciada pelo Poder Legislativo, que no
caso da união acontece em análise conjunta das duas casas do congresso nacional.
Tal apreciação é prevista nas regras do Regimento Comum (Regimento do Congresso Nacional –
Resolução n. 01 de 1970), em que ocorre a sessão conjunta, mas com apuração de votos em
separado. Isso significa que em cada votação haverá a sessão conjunta, mas, quando da votação,
será verificada a maioria simples em cada casa (Câmara dos deputados e Senado) para que não haja
a rejeição da matéria.
A Constituição Federal previu a criação de uma Comissão Mista Permanente (CMP) ou Comissão
Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO):
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I - examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre as contas
apresentadas anualmente pelo Presidente da República;
II - examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais e setoriais
previstos nesta Constituição e exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária,
sem prejuízo da atuação das demais comissões do Congresso Nacional e de suas Casas,
criadas de acordo com o art. 58.
§ 2º As emendas serão apresentadas na Comissão mista, que sobre elas emitirá parecer, e
apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário das duas Casas do Congresso Nacional.
A Resolução 01/2006 dispõe que a comissão mista de planos, orçamentos públicos e Fiscalização,
composta de 40(quarenta) membros titulares, sendo 30 (trinta) Deputados Federais e 10 (dez)
Senadores, com igual número de suplentes. A Comissão mista possui quatro comitês permanentes,
assim distribuídos:
Durante a análise e apreciação dos projetos, os congressistas podem oferecer emendas aos projetos
de leis orçamentárias, que serão discutidas na Comissão mista, que sobre elas emitirá parecer, e
apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário das duas Casas do Congresso Nacional.
Ou seja, antes de submeter o projeto do Poder Executivo à apreciação pelo poder Executivo, o
projeto de lei é encaminhado à Comissão Mista Permanente, que examina e emite parecer,
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podendo, durante tal análise, os congressistas oferecerem emendas aso projetos de lei. Esse mesmo
procedimento deve ser observado quando os projetos de lei solicitam autorização para a abertura
de créditos adicionais, que veremos adiante.
1) quanto ao autor:
a) emenda individual: apresentada por qualquer parlamentar individualmente (81
senadores e 513 deputados federais), no limite de até 25 emendas no seu mandato;
b) emenda coletiva: apresentada por bancadas estaduais, de interesse de cada unidade
da federação, ou por comissões permanentes, de caráter institucional e de interesse
nacional;
c) emenda de relator: apresentada para corrigir erros e omissões de ordem técnica ou
legal; recompor, total ou parcialmente, dotações canceladas, limitada a recomposição
ao montante originalmente proposto no projeto; atender às especificações dos
Pareceres Preliminares;
2) quanto ao objeto:
a) emenda à receita: é a que tem por finalidade alteração da estimativa da receita,
devido a sua reestimativa por variações positivas ou negativas, ou por renúncia de
receitas;
b) emenda à despesa: pode ser de remanejamento, que propõe acréscimo ou inclusão
de dotações com a anulação equivalente de outras dotações; de apropriação, que
propõe acréscimo ou inclusão de dotações com a anulação equivalente de recursos
integrantes da Reserva de Recursos ou outras dotações definidas no Parecer
Preliminar; ou de cancelamento :que propõe a redução de dotações constantes do
projeto;
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ABRAHAM, Marcus. Curso de Direito Financeiro Brasileiro. 5.ed, ver. Atual. E ampl. Rio de Janeiro:
Forense, 2018.
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c) emenda ao texto: pode ser aditiva, que acrescenta proposta; modificativa, que altera
proposta existente; supressiva, que exclui uma proposta; substitutiva, que substitui
proposta principal por outra.
As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente
podem ser aprovadas caso:
Feitas as análises pela Comissão Parlamentar Permanente e após a emissão de parecer, haverá a
redação final do projeto de lei e encaminhamento ao plenário do Congresso Nacional para a
votação conjunta, embora a contagem seja separada, como já afirmamos. A maioria das casas deve
aprovar as leis orçamentarias e não a maioria do Parlamento, pois tal raciocínio poderia resultar
numa maioria na Câmara dos Deputados e numa minoria no Senado, por exemplo.
Após a votação pela aprovação, o projeto é encaminhado ao Presidente da República para sanção,
promulgação e publicação, conforme as demais leis ordinárias. (art. 166 §7º)
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II. será lido o projeto em sessão conjunta, especialmente convocada, até quarenta e
oito horas após a entrega;
III. o projeto será apreciado por Comissão mista e pelas comissões permanentes;
IV. o parecer do relator da Comissão Mista deverá fazer referência expressa ao ponto
de vista expendido pela Comissão Permanente;
Gabarito: B
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3. Sanção ou Veto
Seguindo o trâmite legislativo, o Poder Executivo tem 15 dias úteis a contar da data de recebimento
do projeto para sancioná-lo. Pode também vetá-lo, em todo ou em parte, comunicando o fato em
48 horas ao presidente do Senado Federal, expondo seus motivos. O silêncio significa sanção.
Caso ocorra veto, será apreciado em sessão conjunta dentro de 30 dias de recebimento. Não
havendo deliberação, o veto será colocado na ordem do dia da sessão imediata, sobrestadas as
demais proposições, até sua votação final, com exceção das medidas provisórias.
Para que haja a rejeição do veto e reestabelecimento da proposta original é necessária a maioria
absoluta dos Deputados e Senadores, de acordo com o art. 66 §4º da Constituição Federal:
§ 4º O veto será apreciado em sessão conjunta, dentro de trinta dias a contar de seu
recebimento, só podendo ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Deputados e
Senadores. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 76, de 2013)
Se o veto for derrubado, o projeto deve ser enviado para promulgação ao presidente da república.
Se for mantido, o projeto será promulgado pelo executivo sem a parte vetada.
É dever do executivo vetar as emendas ilegais, como as que indicam fonte de recursos proibidas ou
deixa m de indicar fontes. Alguns recursos podem ficar sem despesas correspondentes em virtude
de um veto, e para tanto temos o art. 166 §8º da Constituição Federal:
4. Execução
Aprovada e publicada a lei orçamentária, ela entra em vigor e começa a ser cumprida. Isso significa
que o Executivo está autorizado a despender os recursos aprovados na lei orçamentária. O executivo
deve estabelecer, em até 30 dias após a publicação do orçamento, a programação financeira e o
cronograma de execução mensal de desembolso.
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§ 3º O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento de cada bimestre,
relatório resumido da execução orçamentária.
De acordo com o art. 9º da LRF, se verificado que ao final de um bimestre que a realização da receita
poderá não comportar o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecido no
Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos
montantes necessários, nos trinta dias subsequentes, uma limitação de empenho e movimentação
financeira, segundo critérios estabelecidas pela Lei de Diretrizes orçamentárias.
Conforme veremos, a limitação de empenho existe para que não haja despesa sem a devida receita.
Há despesas que não podem ser objeto de limitação de empenho. São:
Quanto aos repasses aos demais órgãos e Poderes o art. 168 da Constituição Federal dispõe que:
20 de cada mês, na forma da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º.
Tal lei complementar, no entanto, não foi editada, logo há um repasse mensal de 1/12 da dotação
global fixada na lei orçamentária independente das circunstâncias específicas de cada ente
federativo.
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5. Controle
A realização do gasto público exige um acompanhamento para que possa ser efetuado, bem como
fiscalização e controle. Teremos uma aula especial dedicada aos Tribunais de Contas e sua
apreciação da correta aplicação dos recursos públicos.
O controle é essencial para transparência e aplicação dos valores recolhidos aos cofres públicos e
devem ser observados todos os princípios e leis que regem o sistema financeiro nacional.
Infelizmente, a malversação do Erário tem sido ao longo dos anos, no Brasil, um fato
comum que precisa ser combatido de modo constante. Felizmente, nosso ordenamento
jurídico-financeiro possui um eficiente sistema de avaliação, fiscalização e controle.
Aplicar essas normas é fundamental para o desenvolvimento da nação.”
5
ABRAHAM, Marcus. Curso de Direito Financeiro Brasileiro. 5.ed, ver. Atual. E ampl. Rio de Janeiro:
Forense, 2018.
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Ciclo Orçamentário
Iniciativa
Apreciação e
Emendas ao
Orçamento
Sanção ou
Veto
Execução
Controle
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2. LEIS ORÇAMENTÁRIAS
Segundo Abraham, procuramos, pelo planejamento, responder as seguintes questões básicas: onde
queremos chegar e como atingiremos nossos objetivos?
Vemos, portanto, que tais leis orçamentárias estão estritamente ligadas entre si, devendo obedecer
às disposições de acordo com a hierarquia:
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ABRAHAM, Marcus. Curso de Direito Financeiro Brasileiro. 5.ed, ver. Atual. E ampl. Rio de Janeiro:
Forense, 2018.
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Plano Plurianual
Lei de Diretrizes
Orçamentárias
Lei
Orçamentária
Anual
Embora tenham a mesma hierarquia formal, sendo todas leis ordinárias, é possível notar uma
subordinação entre elas por suas temáticas, prevalecendo o Plano Plurianual sobre a Lei de Diretrizes
Orçamentárias e a Lei Orçamentária Anual. O PPA, mais abrangente, acaba por orientar a LDO e a
LOA. Em caso do conflito entre as duas leis, por exemplo, a doutrina entende que prevalece o
disposto no PPA. No caso da LOA, ela é subordinada ao PPA e ao LDO, que prevalecem.
É importante ressaltar que embora estudemos Direito Financeiro com enfoque em leis
federais, especialmente no tocante ao orçamento da união, as normas devem ser também aplicadas
nos demais entes da federação (simetria das normas constitucionais).
3. PLANO PLURIANUAL
1. Conceito e Conteúdo
O Plano Plurianual (PPA), está previsto no artigo 165 da Constituição Federal e regulamentado pelo
Decreto 2.829, de 29 de outubro de 1998. O PPA estabelece as diretrizes, objetivos e metas a serem
seguidos pelo Governo Federal, Estadual ou Municipal ao longo de um período de quatro anos.
Trata-se de lei que estabelece o planejamento estratégico do governo de longo prazo e influencia
diretamente as demais leis orçamentárias, como a Lei de Diretrizes Orçamentárias e a Lei
Orçamentária Anual.
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I - o plano plurianual;
II - as diretrizes orçamentárias;
III - os orçamentos anuais.
O Plano Plurianual tem como objetivo, portanto, estabelecer diretrizes, objetivos e metas (sigla
DOM) da Administração Pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e
para as despesas e duração continuada.
Como se verá adiante, as despesas de capital são, em regra, aquelas atreladas à ideia de
investimento. Logo, no PPA, encontramos as despesas voltadas ao investimento e também às
chamadas despesas correntes, ou seja, despesas para manutenção da máquina pública.
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Estabelece as diretrizes,
objetivos e metas da
administração pública federal
para as despesas de capital e
PPA
outras dela decorrentes
Estabelece as diretrizes da
administração pública
federal para as despesas de
duração continuada
Pela sua redação, temos que no PPA devem estar todas as obras e serviços de duração prolongada,
já que nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado
sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de
responsabilidade (art. 167, §1º da CF).
A vigência do Plano Plurianual inicia no segundo ano de um mandato presidencial e dura até o final
do primeiro ano do mandato seguinte. Com a adoção do Plano Plurianual, o Governo deve planejar
todas as suas ações e também o orçamento de modo a não ferir as diretrizes nele contidas. O prazo
para envio do projeto do PPA é até quatro meses antes do encerramento do primeiro exercício
financeiro (31 de Agosto) e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa (22 de
Dezembro)
• Objetivo
• Órgão do Governo responsável pela execução do projeto
• Valor
• Prazo de conclusão
• Fontes de financiamento
• Indicador que represente a situação que o plano visa alterar
• Necessidade de bens e serviços para a correta efetivação do previsto
• Ações não previstas no orçamento da União
• Regionalização do plano
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• Etc.
O Plano Plurianual deve, além de promover a integração nacional, orientar a elaboração dos planos
e programas nacionais, regionais e setoriais previstos na Constituição. Segundo Harrison Leite, “seu
caráter programático é manifesto. Não se trata aqui de valores, dos custos reais dos programas, mas
de verdadeira carta de intenções, a serem realizadas dentro das disponibilidades financeiras ao longo
do governo.”7
Como tal lei complementar ainda não foi promulgada, seguimos a regra do art. 35, §2º, Inciso I do
ADCT, que afirma que o projeto do PPA será encaminhado até quatro meses antes do encerramento
do primeiro exercício financeiro (31 de agosto) e devolvido para sanção até o encerramento da
sessão legislativa (22 de dezembro).
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LEITE, Harrison. Manual de Direito Financeiro. 8.ed. ver. ampl. E atual. Salvador: JUSPODIVM, 2019.
P. 170.
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3. Vigência
A vigência do PPA é de 4 (quatro) anos, não coincidente com o mandato do Executivo. Segundo o
art. 35 §2º do ADCT:
§ 2º Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º, I e II,
serão obedecidas as seguintes normas:
I - o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício
financeiro do mandato presidencial subseqüente, será encaminhado até quatro meses
antes do encerramento do primeiro exercício financeiro e devolvido para sanção até o
encerramento da sessão legislativa;
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• 1o ano do PPA
2o
Ano
• 2o Ano do PPA
3o
Ano
• 3o Ano do PPA
4o
Ano
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1. Definição e Conteúdo
No Brasil, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) tem como a principal finalidade orientar a
elaboração dos orçamentos fiscais e da seguridade social e de investimento do Poder Público,
incluindo os poderes Executivo, Legislativo, Judiciário, as empresas públicas e autarquias.
A LDO foi criada pela Constituição de 1988 como um ele entre o planejamento (PPA) e o operacional
(LOA). Enquanto o PPA tem como objetivo o planejamento estratégico do governo, a LDO planeja o
curto prazo, o planejamento operacional.
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A LDO busca harmonizar a Lei Orçamentária Anual (LOA) com as diretrizes, objetivos e metas da
administração pública estabelecidas no Plano Plurianual.
2. É também função da LDO orientar a elaboração da LOA, sendo uma ponte entre a PPA e a
LOA. A LDO orienta também a elaboração do orçamento dos poderes legislativo, executivo e
judiciário, bem como do MP, que possuem orçamentos próprios, mas devem seguir o
disposto na LDO.
Segundo o Professor Harrisson Leite, “por esse entendimento, toda e qualquer alteração
na legislação tributária demandaria prévia autorização na LDO, o que não tem ocorrido
no dia a dia da Administração Pública que, muitas vezes, concede benefícios fiscais sem
lei, com inobservância inclusive do art. 150 §6º da Constituição Federal, que veda
benefícios sem previsão em lei. “
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Para o autor, parte da crise fiscal no país é devido a alterações na legislação tributária sem previsão
na LDO, já que demandaria planejamento para compensação da receita renunciada.
4. Fixa a política de aplicação das agencias financeiras oficiais de fomento. É comum ouvirmos
que o país investirá em financiamentos habitacionais ou em facilidades para empréstimos em
pequenos negócios, etc. a ideia de política publica relativa a investimentos é desenvolvida
pelos bancos oficiais do governo, como a Caixa Econômica Federal, o Banco Do Brasil, o Banco
Do Nordeste e o Banco Nacional de Desenvolvimento. Como há recursos públicos envolvidos
nesses incentivos, tal previsão e forma de alocação devem estar contidas na LDO, sempre no
ano anterior à sua ocorrência.
5. Autoriza a concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração de servidores, a
criação de cargos, empregos, funções ou alteração na estrutura de carreira, bem como
admissão e contratação de pessoal a qualquer título na administração, exceto para as
empresas públicas e as sociedades de economia mista (art. 169, CF). Qualquer gasto público
com m pessoal deve necessariamente ser previsto na LDO, compatibilizando tais gastos com
metas de crescimento e endividamento.
O STF decidiu que a previsão na LDO é necessária para o aumento da remuneração dos
servidores. No entanto, se for dado um aumento sem tal previsão, isso não significa que o
aumento seja invalido, tão somente que não valera para o exercício em que foi concedido e sim
para o exercício seguinte. Vejamos:
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• Legislatura
Período de 4 anos.
• Sessão Legislativa
De 02 de Fevereiro a 22 de Dezembro
• Período Legislativo
o Primeiro Período
o Segundo Período
Logo, a LDO deve ser aprovada entre a data do envio, que não deve ser após o dia 15 de abril, até a
devolução, que deve se dar até o dia 17 de julho.
Como a LDO orienta a LOA, entrando em vigor no primeiro momento da sua vigência, a LDO orientará
a LOA. A LDO entra em vigor no ano de sua aprovação.
Após a LOA entrar em vigor, a LDO disporá sobre diversos aspectos, como a execução de despesas
de investimentos, como para orientação de metas e propriedades da administração para o exercício
subsequente.
No caso dos municípios, o poder executivo deve encaminhar o projeto de lei de diretrizes
orçamentárias até uma data limite, definida pela Lei Orgânica do Município. A Câmara dos
vereadores tem um prazo para realizar a votação - que varia de cidade para cidade. Caso contrário,
esta não poderá entrar em recesso.
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3. Vigência
O período de vigência da LDO depende da data de sua publicação, mas geralmente tem vigência por
mais de um ano, para atender a metas e prioridades da administração e orientar a LOA.
Normalmente a LDO entra em vigor após 17 de Julho de um exercício, permanecendo a sua vigência
até o dia 31 de dezembro do exercício subsequente.
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Entre 31 de
• Orientará a aprovação da LOA (Lei
Agosto até
aprovação da
Orçamentária Anual)
LOA
(ANO+1)
• Disporá sobre execução da LOA e será
Entre 1 de
Janeiro e 31 de
executada nos outros conteúdos.
Dezembro
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É comum encontrar nos concursos questões sobre as inovações trazidos á LDO pela LRF, de modo a
contextualizá-la com a política macroeconômica, por meio de interação de metas fiscais com as
políticas monetária e cambial (assuntos que trato em Direito Econômico! )
Além dos 5 pontos do conteúdo da LDO, o art. 4º da LRF ampliou sua competência, que deverá dispor
também sobre:
Além disso, o art. 4º da LRF determinou que a LDO contivesse dois anexos, que também costumam
cair em provas de concursos. São o Anexo de Metas Fiscais e o Anexo de Riscos Fiscais.
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A Lei Orçamentária Anual (LOA) é uma lei elaborada pelo Poder Executivo que estabelece as
despesas e as receitas que serão realizadas no próximo ano. De acordo com a Constituição Federal,
I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades
da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder
público;
1. Conceito
A Lei orçamentária anual trata da parte da execução dos projetos previstos nas diretrizes, objetivas
e metas contidas no Plano Plurianual e nas metas e prioridades antevistas na Lei de Diretrizes
Orçamentárias.
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8
É a lei que traz no seu corpo os recursos propriamente ditos, seja na parte das receitas,
prevendo-as, seja na parte das despesas, fixando-as. De rigor, é a mais importante das
leis orçamentárias, por pormenorizar as projeções de receitas e despesas para o ano
subsequente, a justificar a maior preocupação do constituinte em dedicar atenção aos
contornos da sua feitura, aplicação e fiscalização.
2. Conteúdo
A novidade da Constituição Federal de 1988 é que o orçamento anual deve retratar as finanças
públicas do país. Até antes da CF/88, o Brasil conviveu com três suborçamentos, mas apenas um
deles estava submetido pela Constituição ao Congresso nacional.
Conforme vimos o art. 165 da Constituição Federal, a LOA compreende três orçamentos:
❖ o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da
administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público,
e estatais chamadas de dependentes(deficitárias).
❖ o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente,
detenha a maioria do capital social com direito a voto;
8
LEITE, Harrison. Manual de Direito Financeiro. Ed. Juspodivm, 2019. P. 196
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Orçamento Fiscal
• O orçamento fiscal é o mais importante orçamento e alcança todos os os
Poderes da União, fundos, órgãos e entidades da administração direta e
indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público.
• Empresas que fazem parte deste Orçamento devem demonstrar todas as
suas receitas e despesas
Orçamento de Investimentos
• Abrange as empresas em que a União, direta ou indiretamente,
detenha a maioria do capital social com direito a voto. Os gastos com
investimentos e a origem dos recusos devem ser demonstrados.
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De acordo com o art. 35 §2º do ADCT, o projeto de lei orçamentário da União será encaminhado
até quatro meses antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o
encerramento da sessão legislativa. Isso significa que no âmbito federal o prazo de envio ao
legislativo é de até 31 de Agosto.
...e se houver atraso ou não envio do projeto da lei orçamentária pelo executivo? Tal
hipótese está no art. 32 da Lei n.4.320/64:
Art. 32. Se não receber a proposta orçamentária no prazo fixado nas Constituições ou nas
Leis Orgânicas dos Municípios, o Poder Legislativo considerará como proposta a Lei de
Orçamento vigente.
4. Vigência
A Lei Orçamentária Anual, também chamada apenas de orçamento, tem a vigência de um ano e, na
linha do princípio da anualidade, entra em vigor em 01 de Janeiro, com vigência até o dia 31 de
dezembro.
A Lei de Responsabilidade Fiscal trouxe também novidades em relação à LOA, acrescentando que o
projeto da LOA deverá:
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Foi publicada no final de 2019 a EC 105/2019, que acrescenta o art. 166-A ao Texto Constitucional:
O art. 166-A trata das emendas que Deputados Federais e Senadores poderão apresentar à lei
orçamentária anual transferindo recursos do orçamento da União para os Estados, Distrito Federal
e Municípios.
O novo artigo prevê que as emendas individuais impositivas poderão repassar esses
recursos por meio de duas espécies diferentes de transferências:
1) Transferência especial; (pertence ao ente federado no ato da efetiva transferência)
2) Transferência com finalidade definida. (programação estabelecida em emenda
parlamentar)
a) despesas com pessoal e encargos sociais relativas a ativos e inativos, e com pensionistas; e
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De acordo com a nova emenda constitucional, esses recursos não integram a receita do Estado, DF
e Municípios
§ 16. Quando a transferência obrigatória da União para a execução da programação prevista nos
§§ 11 e 12 deste artigo for destinada a Estados, ao Distrito Federal e a Municípios, independerá
da adimplência do ente federativo destinatário e não integrará a base de cálculo da receita corrente
líquida para fins de aplicação dos limites de despesa de pessoal de que trata o caput do art. 169.
Obs: pelo menos 70% das transferências especiais deverão ser aplicadas em despesas de capital
(§ 5º).
• investimentos;
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• inversões financeiras e
Segundo o § 3º, o ente federado beneficiado da transferência especial poderá firmar contratos de
cooperação técnica para fins de subsidiar o acompanhamento da execução orçamentária na
aplicação dos recursos.
Percentual mínimo de 60% das transferências especiais relativas ao ano de 2020 deverão ser
executadas no 1º semestre
Segundo os parlamentares, o objetivo dessa previsão é “evitar que, num ano eleitoral, haja
contingenciamento de tais recursos como forma de pressão político-partidária”.
Vigência
A EC 105/2019 entrou em vigor no dia 1º de janeiro de 2020. Segue a Emenda Constitucional em sua
integralidade, por sua novidade ela provavelmente começará a aparecer muito nos concursos
públicos:
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I - transferência especial; ou
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§ 5º Pelo menos 70% (setenta por cento) das transferências especiais de que trata o
inciso I do caput deste artigo deverão ser aplicadas em despesas de capital, observada a
restrição a que se refere o inciso II do § 1º deste artigo."
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1. Iniciativa
As leis orçamentárias são de iniciativa privativa do Poder Executivo, além de serem indelegáveis. É
o que diz o art. 84 da Constituição Federal:
O legislativo, não tem competência para iniciar um projeto de lei orçamentária. É importante frisar,
no entanto, que o legislativo pode alcançar de forma reflexa o orçamento por meio de leis
tributárias, já que está dentro do poder legislativo a iniciativa de lei tributária apta a reduzir receita
pública. O STF já decidiu nesse sentido:
A exceção prevista na constituição é quanto aos territórios, em que a lei tributária tem iniciativa
reservada ao Presidente da República:
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Conforme vimos, o Supremo Tribunal Federal tem reafirmado o entendimento de que a iniciativa
de lei para benefícios fiscais é concorrente, não cabendo apenas ao chefe do poder executivo. Desta
forma, o impacto dos incentivos fiscais nas contas públicas – ou seja, a renúncia de receita – não faz
delas verdadeiras leis orçamentárias para os fins do disposto no art. 165 da Constituição Federal.
A concessão de incentivos fiscais e medidas desonerativas por parte do poder legislativo são
bastante comuns no país, podendo causar um desequilíbrio orçamentário. Há uma série de
requisitos para a ocorrência da renúncia de receitas, como os descritos na Lei de Responsabilidade
fiscal, art. 14:
Da Renúncia de Receita
Art. 14. A concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária da
qual decorra renúncia de receita deverá estar acompanhada de estimativa do impacto
orçamentário-financeiro no exercício em que deva iniciar sua vigência e nos dois
seguintes, atender ao disposto na lei de diretrizes orçamentárias e a pelo menos uma das
seguintes condições
I - demonstração pelo proponente de que a renúncia foi considerada na estimativa de
receita da lei orçamentária, na forma do art. 12, e de que não afetará as metas de
resultados fiscais previstas no anexo próprio da lei de diretrizes orçamentárias;
II - estar acompanhada de medidas de compensação, no período mencionado no caput,
por meio do aumento de receita, proveniente da elevação de alíquotas, ampliação da base
de cálculo, majoração ou criação de tributo ou contribuição.
§ 1o A renúncia compreende anistia, remissão, subsídio, crédito presumido, concessão
de isenção em caráter não geral, alteração de alíquota ou modificação de base de cálculo
que implique redução discriminada de tributos ou contribuições, e outros benefícios que
correspondam a tratamento diferenciado.
§ 2o Se o ato de concessão ou ampliação do incentivo ou benefício de que trata o caput
deste artigo decorrer da condição contida no inciso II, o benefício só entrará em vigor
quando implementadas as medidas referidas no mencionado inciso.
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É importante destacar, também, sobre a iniciativa de elaboração de projeto das leis orçamentárias,
que se trata de verdadeiro DEVER para o poder executivo, de modo que sua omissão constitui crime
de responsabilidade, conforme o art. 85, VI da Constituição Federal.
Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem
contra a Constituição Federal e, especialmente, contra:
VI - a lei orçamentária;
O projeto de lei orçamentária é resultado do trabalho e das análises feitas pelos setores
competentes. No caso da União, por exemplo, o trabalho é feito pela Secretaria de Orçamento
Federal. O órgão setorial de planejamento faz um apanhado de todas as demandas de cada órgão
para encaminhar a proposta consolidada ao órgão central de planejamento, Ministerial ou
Secretarial. Uma vez consolidada a proposta de cada poder, forma-se o projeto de lei que será
encaminhado ao legislativo. O art. 99 da Constituição Federal prevê que o Poder Judiciário, por
exemplo:
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O art. 12º da Lei de Responsabilidade Fiscal prevê que o Poder Executivo de cada ente colocará à
disposição dos demais Poderes e do Ministério Público, no mínimo trinta dias antes do prazo final
para encaminhamento de suas propostas orçamentárias, os estudos e as estimativas das receitas
para o exercício subsequente, inclusive da corrente líquida, e as respectivas memórias de cálculo.
A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou liminar no Mandado
de Segurança (MS) 33490, impetrado pelo Sindicato dos Trabalhadores do Poder
Judiciário e do Ministério Público da União no Distrito Federal (Sindjus-DF) contra ato da
Presidência da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização do
Congresso Nacional, que não teria respeitado decisão do STF no MS 33186.
Em outubro de 2014, a ministra Rosa Weber deferiu liminar no MS 33186 para impedir o
corte unilateral promovido pelo Poder Executivo nas propostas orçamentárias do
Judiciário e do Ministério Público da União (MPU) para o ano de 2015. Na ocasião, a
relatora alegou que eventual adequação nos orçamentos de outros Poderes e órgãos
autônomos deve ser conduzida pelo Legislativo ao analisar o projeto de lei
orçamentária anual e não previamente pelo Executivo ao consolidar tais propostas.
Fonte:
http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=287511&tip=UN
Tal entendimento também pode ser encontrado no Julgamento da ADI 5287PB de 18/05/2016, de
Relatoria do Min. Luiz Fux.
Tal apreciação é prevista nas regras do Regimento Comum (Regimento do Congresso Nacional –
Resolução n. 01 de 1970), em que ocorre a sessão conjunta, mas com apuração de votos em
separado. Isso significa que em cada votação haverá a sessão conjunta, mas, quando da votação,
será verificada a maioria simples em cada casa (Câmara dos deputados e Senado) para que não haja
a rejeição da matéria.
A Constituição Federal previu a criação de uma Comissão Mista Permanente (CMP) ou Comissão
Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO):
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I - examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre as contas
apresentadas anualmente pelo Presidente da República;
II - examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais e setoriais
previstos nesta Constituição e exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária,
sem prejuízo da atuação das demais comissões do Congresso Nacional e de suas Casas,
criadas de acordo com o art. 58.
§ 2º As emendas serão apresentadas na Comissão mista, que sobre elas emitirá parecer, e
apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário das duas Casas do Congresso Nacional.
3. Sanção ou veto
Para que haja a rejeição do veto e reestabelecimento da proposta original é necessária a maioria
absoluta dos Deputados e Senadores, de acordo com o art. 66 §4º da Constituição Federal:
§ 4º O veto será apreciado em sessão conjunta, dentro de trinta dias a contar de seu
recebimento, só podendo ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Deputados e
Senadores. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 76, de 2013)
Se o veto for derrubado, o projeto deve ser enviado para promulgação ao presidente da república.
Se for mantido, o projeto será promulgado pelo executivo sem a parte vetada.
É dever do executivo vetar as emendas ilegais, como as que indicam fonte de recursos proibidas ou
deixa m de indicar fontes. Alguns recursos podem ficar sem despesas correspondentes em virtude
de um veto, e para tanto temos o art. 166 §8º da Constituição Federal:
Aprovada e publicada a lei orçamentária, ela entra em vigor e começa a ser cumprida. Isso significa
que o Executivo está autorizado a despender os recursos aprovados na lei orçamentária. O executivo
deve estabelecer, em até 30 dias após a publicação do orçamento, a programação financeira e o
cronograma de execução mensal de desembolso.
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§ 3º O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento de cada bimestre,
relatório resumido da execução orçamentária.
20 de cada mês, na forma da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º.
Tal lei complementar, no entanto, não foi editada, logo há um repasse mensal de 1/12 da dotação
global fixada na lei orçamentária independente das circunstâncias específicas de cada ente
federativo.
❖ Leis Orçamentárias
3. Plano Plurianual
O Plano Plurianual (PPA), está previsto no artigo 165 da Constituição Federal e regulamentado pelo
Decreto 2.829, de 29 de outubro de 1998. O PPA estabelece as diretrizes, objetivos e metas a serem
seguidos pelo Governo Federal, Estadual ou Municipal ao longo de um período de quatro anos.
Trata-se de lei que estabelece o planejamento estratégico do governo de longo prazo e influencia
diretamente as demais leis orçamentárias, como a Lei de Diretrizes Orçamentárias e a Lei
Orçamentária Anual.
I - o plano plurianual;
II - as diretrizes orçamentárias;
III - os orçamentos anuais.
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Como tal lei complementar ainda não foi promulgada, seguimos a regra do art. 35, §2º, Inciso I do
ADCT, que afirma que o projeto do PPA será encaminhado até quatro meses antes do encerramento
do primeiro exercício financeiro (31 de agosto) e devolvido para sanção até o encerramento da
sessão legislativa (22 de dezembro).
A vigência do PPA é de 4 (quatro) anos, não coincidente com o mandato do Executivo. Segundo o
art. 35 §2º do ADCT:
§ 2º Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º, I e II,
serão obedecidas as seguintes normas:
I - o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício
financeiro do mandato presidencial subsequente, será encaminhado até quatro meses
antes do encerramento do primeiro exercício financeiro e devolvido para sanção até o
encerramento da sessão legislativa;
No Brasil, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) tem como a principal finalidade orientar a
elaboração dos orçamentos fiscais e da seguridade social e de investimento do Poder Público,
incluindo os poderes Executivo, Legislativo, Judiciário, as empresas públicas e autarquias.
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O STF decidiu que a previsão na LDO é necessária para o aumento da remuneração dos
servidores. No entanto, se for dado um aumento sem tal previsão, isso não significa que o
aumento seja invalido, tão somente que não valera para o exercício em que foi concedido e sim
para o exercício seguinte. Vejamos:
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A LDO deve ser aprovada entre a data do envio, que não deve ser após o dia 15 de abril, até a
devolução, que deve se dar até o dia 17 de julho.
É comum encontrar nos concursos questões sobre as inovações trazidos a LDO pela LRF, de modo a
contextualizá-la com a política macroeconômica, por meio de interação de metas fiscais com as
políticas monetária e cambial (assuntos que trato em Direito Econômico! )
Além dos 5 pontos do conteúdo da LDO, o art. 4º da LRF ampliou sua competência, que deverá dispor
também sobre:
Além disso, o art. 4º da LRF determinou que a LDO contivesse dois anexos, que também costumam
cair em provas de concursos. São o Anexo de Metas Fiscais e o Anexo de Riscos Fiscais.
A Lei Orçamentária Anual (LOA) é uma lei elaborada pelo Poder Executivo que estabelece as
despesas e as receitas que serão realizadas no próximo ano. De acordo com a Constituição Federal,
I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades
da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder
público;
...e se houver atraso ou não envio do projeto da lei orçamentária pelo executivo? Tal
hipótese está no art. 32 da Lei n.4.320/64:
Art. 32. Se não receber a proposta orçamentária no prazo fixado nas Constituições ou nas
Leis Orgânicas dos Municípios, o Poder Legislativo considerará como proposta a Lei de
Orçamento vigente.
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RESUMO
CICLO ORÇAMENTÁRIO
O chamado ciclo orçamentário é uma série de fatos orçamentários que deve ser iniciada com a
necessidade de um recurso, desde que justificada, até sua aplicação e fiscalização.
É, portanto, um conjunto de etapas que não se limitam a um exercício financeiro, visto que os
fenômenos orçamentários não terminam com sua ocorrência.
O ciclo orçamentário não se confunde com o exercício financeiro, pois o exercício financeiro é
apenas uma fase do ciclo considerando que existem as fases de preparação da proposta
orçamentaria, elaboração, avaliação e prestação de contas.
1. Iniciativa
As leis orçamentárias são de iniciativa privativa do Poder Executivo, além de serem indelegáveis. É
o que diz o art. 84 da Constituição Federal:
XXIII - enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias
e as propostas de orçamento previstos nesta Constituição;
Após o encaminhamento da proposta consolidada, ela é apreciada pelo Poder Legislativo, que no
caso da união acontece em análise conjunta das duas casas do congresso nacional.
Tal apreciação é prevista nas regras do Regimento Comum (Regimento do Congresso Nacional –
Resolução n. 01 de 1970), em que ocorre a sessão conjunta, mas com apuração de votos em
separado. Isso significa que em cada votação haverá a sessão conjunta, mas, quando da votação,
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será verificada a maioria simples em cada casa (Câmara dos deputados e Senado) para que não haja
a rejeição da matéria.
A Constituição Federal previu a criação de uma Comissão Mista Permanente (CMP) ou Comissão
Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO).
Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento
anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma
do regimento comum.
I - examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre as contas apresentadas
anualmente pelo Presidente da República;
II - examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos
nesta Constituição e exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária, sem prejuízo da
atuação das demais comissões do Congresso Nacional e de suas Casas, criadas de acordo com o art.
58.
§ 2º As emendas serão apresentadas na Comissão mista, que sobre elas emitirá parecer, e
apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário das duas Casas do Congresso Nacional.
Durante a análise e apreciação dos projetos, os congressistas podem oferecer emendas aos
projetos de leis orçamentárias, que serão discutidas na Comissão mista, que sobre elas emitirá
parecer, e apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário das duas Casas do Congresso Nacional.
Ou seja, antes de submeter o projeto do Poder Executivo à apreciação pelo poder Executivo, o
projeto de lei é encaminhado à Comissão Mista Permanente, que examina e emite parecer,
podendo, durante tal análise, os congressistas oferecerem emendas aso projetos de lei. Esse mesmo
procedimento deve ser observado quando os projetos de lei solicitam autorização para a abertura
de créditos adicionais, que veremos adiante.
As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente
podem ser aprovadas caso:
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b) serviço da dívida;
Feitas as análises pela Comissão Parlamentar Permanente e após a emissão de parecer, haverá a
redação final do projeto de lei e encaminhamento ao plenário do Congresso Nacional para a votação
conjunta, embora a contagem seja separada, como já afirmamos. A maioria das casas deve aprovar
as leis orçamentarias e não a maioria do Parlamento, pois tal raciocínio poderia resultar numa
maioria na Câmara dos Deputados e numa minoria no Senado, por exemplo.
Após a votação pela aprovação, o projeto é encaminhado ao Presidente da República para sanção,
promulgação e publicação, conforme as demais leis ordinárias. (art. 166 §7º)
3. Sanção ou Veto
Seguindo o trâmite legislativo, o Poder Executivo tem 15 dias úteis a contar da data de
recebimento do projeto para sancioná-lo. Pode também vetá-lo, em todo ou em parte, comunicando
o fato em 48 horas ao presidente do Senado Federal, expondo seus motivos. O silêncio significa
sanção.
Caso ocorra veto, será apreciado em sessão conjunta dentro de 30 dias de recebimento. Não
havendo deliberação, o veto será colocado na ordem do dia da sessão imediata, sobrestadas as
demais proposições, até sua votação final, com exceção das medidas provisórias.
Para que haja a rejeição do veto e reestabelecimento da proposta original é necessária a maioria
absoluta dos Deputados e Senadores.
Se o veto for derrubado, o projeto deve ser enviado para promulgação ao presidente da república.
Se for mantido, o projeto será promulgado pelo executivo sem a parte vetada.
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É dever do executivo vetar as emendas ilegais, como as que indicam fonte de recursos proibidas
ou deixa m de indicar fontes. Alguns recursos podem ficar sem despesas correspondentes em
virtude de um veto, e para tanto temos o art. 166 §8º da Constituição Federal:
Art. 166§ 8º Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei
orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o
caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa.
4. Execução
Aprovada e publicada a lei orçamentária, ela entra em vigor e começa a ser cumprida. Isso significa
que o Executivo está autorizado a despender os recursos aprovados na lei orçamentária. O executivo
deve estabelecer, em até 30 dias após a publicação do orçamento, a programação financeira e o
cronograma de execução mensal de desembolso.
§ 3º O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento de cada bimestre, relatório
resumido da execução orçamentária.
De acordo com o art. 9º da LRF, se verificado que ao final de um bimestre que a realização da receita
poderá não comportar o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecido no
Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos
montantes necessários, nos trinta dias subsequentes, uma limitação de empenho e movimentação
financeira, segundo critérios estabelecidas pela Lei de Diretrizes orçamentárias.
Conforme veremos, a limitação de empenho existe para que não haja despesa sem a devida
receita. Há despesas que não podem ser objeto de limitação de empenho. São:
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Quanto aos repasses aos demais órgãos e Poderes o art. 168 da Constituição Federal dispõe que:
20 de cada mês, na forma da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º.
Tal lei complementar, no entanto, não foi editada, logo há um repasse mensal de 1/12 da dotação
global fixada na lei orçamentária independente das circunstâncias específicas de cada ente
federativo.
5. Controle
A realização do gasto público exige um acompanhamento para que possa ser efetuado, bem como
fiscalização e controle. Teremos uma aula especial dedicada aos Tribunais de Contas e sua
apreciação da correta aplicação dos recursos públicos.
O controle é essencial para transparência e aplicação dos valores recolhidos aos cofres públicos e
devem ser observados todos os princípios e leis que regem o sistema financeiro nacional.
LEIS ORÇAMENTÁRIAS
No ciclo orçamentário brasileiro, integram-se três leis orçamentárias que permitem o
planejamento no setor público. No Plano Plurianual (PPA), lei de duração de 4 anos, encontramos a
previsão, além do que já está em andamento, do que se pretende realizar no quadriênio em termos
de aprimoramento de ação governamental. Já na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), temos a
orientação para a elaboração do orçamento, definindo as prioridades e metas do PPA para o
exercício financeiro subsequente. E, finalmente, na Lei Orçamentária Anual (LOA), que é lei de
execução do orçamento para o exercício seguinte, tem-se a estimativa de receita e a autorização das
despesas. As duas primeiras planejam e a última executa.
Embora tenham a mesma hierarquia formal, sendo todas leis ordinárias, é possível notar uma
subordinação entre elas por suas temáticas, prevalecendo o Plano Plurianual sobre a Lei de Diretrizes
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Orçamentárias e a Lei Orçamentária Anual. O PPA, mais abrangente, acaba por orientar a LDO e a
LOA. Em caso do conflito entre as duas leis, por exemplo, a doutrina entende que prevalece o
disposto no PPA. No caso da LOA, ela é subordinada ao PPA e ao LDO, que prevalecem.
PLANO PLURIANUAL
O Plano Plurianual (PPA), está previsto no artigo 165 da Constituição Federal e regulamentado
pelo Decreto 2.829, de 29 de outubro de 1998. O PPA estabelece as diretrizes, objetivos e metas a
serem seguidos pelo Governo Federal, Estadual ou Municipal ao longo de um período de quatro
anos.
Trata-se de lei que estabelece o planejamento estratégico do governo de longo prazo e influencia
diretamente as demais leis orçamentárias, como a Lei de Diretrizes Orçamentárias e a Lei
Orçamentária
O Plano Plurianual tem como objetivo, portanto, estabelecer diretrizes, objetivos e metas (sigla
DOM) da Administração Pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e
para as despesas e duração continuada.
Como se verá adiante, as despesas de capital são, em regra, aquelas atreladas à ideia de
investimento. Logo, no PPA, encontramos as despesas voltadas ao investimento e também às
chamadas despesas correntes, ou seja, despesas para manutenção da máquina pública.
Pela sua redação, temos que no PPA devem estar todas as obras e serviços de duração prolongada,
já que nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado
sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de
responsabilidade (art. 167, §1º da CF).
A vigência do Plano Plurianual inicia no segundo ano de um mandato presidencial e dura até o
final do primeiro ano do mandato seguinte. Com a adoção do Plano Plurianual, o Governo deve
planejar todas as suas ações e também o orçamento de modo a não ferir as diretrizes nele contidas.
O prazo para envio do projeto do PPA é até quatro meses antes do encerramento do primeiro
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exercício financeiro (31 de Agosto) e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa
(22 de Dezembro)
• Objetivo
• Valor
• Prazo de conclusão
• Fontes de financiamento
• Regionalização do plano
• Etc.
O Plano Plurianual deve, além de promover a integração nacional, orientar a elaboração dos
planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos na Constituição. Segundo Harrison
Leite, “seu caráter programático é manifesto. Não se trata aqui de valores, dos custos reais dos
programas, mas de verdadeira carta de intenções, a serem realizadas dentro das disponibilidades
financeiras ao longo do governo.”
O projeto do PPA será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do primeiro
exercício financeiro (31 de agosto) e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa
(22 de dezembro).
O prazo de envio do projeto do PPA e das demais leis orçamentárias é o final do exercício
financeiro.
Os prazos de envio e devolução constantes no ADCT vinculam a União. Os demais entes federativos
poderão eleger nas suas Constituições ou Leis Orgânicas prazos próprios, distintos daqueles do
ADCT.
A vigência do PPA é de 4 (quatro) anos, não coincidente com o mandato do Executivo. Segundo o
art. 35 §2º do ADCT:
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§ 2º Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º, I e II, serão
obedecidas as seguintes normas:
I - o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício financeiro do
mandato presidencial subseqüente, será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do
primeiro exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa;
No Brasil, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) tem como a principal finalidade orientar a
elaboração dos orçamentos fiscais e da seguridade social e de investimento do Poder Público,
incluindo os poderes Executivo, Legislativo, Judiciário, as empresas públicas e autarquias.
A LDO foi criada pela Constituição de 1988 como um ele entre o planejamento (PPA) e o
operacional (LOA). Enquanto o PPA tem como objetivo o planejamento estratégico do governo, a
LDO planeja o curto prazo, o planejamento operacional.
A LDO busca harmonizar a Lei Orçamentária Anual (LOA) com as diretrizes, objetivos e metas da
administração pública estabelecidas no Plano Plurianual.
2. É também função da LDO orientar a elaboração da LOA, sendo uma ponte entre a PPA e a
LOA. A LDO orienta também a elaboração do orçamento dos poderes legislativo, executivo e
judiciário, bem como do MP, que possuem orçamentos próprios, mas devem seguir o disposto na
LDO.
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4. Fixa a política de aplicação das agencias financeiras oficiais de fomento. É comum ouvirmos
que o país investirá em financiamentos habitacionais ou em facilidades para empréstimos em
pequenos negócios, etc. a ideia de política pública relativa a investimentos é desenvolvida pelos
bancos oficiais do governo, como a Caixa Econômica Federal, o Banco Do Brasil, o Banco Do Nordeste
e o Banco Nacional de Desenvolvimento. Como há recursos públicos envolvidos nesses incentivos,
tal previsão e forma de alocação devem estar contidas na LDO, sempre no ano anterior à sua
ocorrência.
A iniciativa do projeto da LDO é exclusiva do chefe do Poder Executivo (no âmbito federal, o
Presidente da República, por meio da Secretaria de Orçamento Federal) e deve ser encaminhado ao
Congresso Nacional até o dia 15 de abril de cada ano para aprovação (oito meses e meio antes do
encerramento do exercício financeiro).
Como a LDO orienta a LOA, entrando em vigor no primeiro momento da sua vigência, a LDO
orientará a LOA. A LDO entra em vigor no ano de sua aprovação.
Após a LOA entrar em vigor, a LDO disporá sobre diversos aspectos, como a execução de despesas
de investimentos, como para orientação de metas e propriedades da administração para o exercício
subsequente.
No caso dos municípios, o poder executivo deve encaminhar o projeto de lei de diretrizes
orçamentárias até uma data limite, definida pela Lei Orgânica do Município. A Câmara dos
vereadores tem um prazo para realizar a votação - que varia de cidade para cidade. Caso contrário,
esta não poderá entrar em recesso.
O período de vigência da LDO depende da data de sua publicação, mas geralmente tem vigência
por mais de um ano, para atender a metas e prioridades da administração e orientar a LOA.
Normalmente a LDO entra em vigor após 17 de Julho de um exercício, permanecendo a sua vigência
até o dia 31 de dezembro do exercício subsequente.
Além dos 5 pontos do conteúdo da LDO, o art. 4º da LRF ampliou sua competência, que deverá
dispor também sobre:
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b) critérios e forma de limitação de empenho, a ser efetivada nas hipóteses previstas na alínea b do
inciso II deste artigo, no art. 9o e no inciso II do § 1o do art. 31;
e) normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas financiados
com recursos dos orçamentos;
Além disso, o art. 4º da LRF determinou que a LDO contivesse dois anexos, que também costumam
cair em provas de concursos. São o Anexo de Metas Fiscais e o Anexo de Riscos Fiscais.
§ 1o Integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias Anexo de Metas Fiscais, em que serão
estabelecidas metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas,
resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e
para os dois seguintes.
II - demonstrativo das metas anuais, instruído com memória e metodologia de cálculo que
justifiquem os resultados pretendidos, comparando-as com as fixadas nos três exercícios anteriores,
e evidenciando a consistência delas com as premissas e os objetivos da política econômica nacional;
III - evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios, destacando a origem e a
aplicação dos recursos obtidos com a alienação de ativos;
a) dos regimes geral de previdência social e próprio dos servidores públicos e do Fundo de Amparo
ao Trabalhador;
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§ 3o A lei de diretrizes orçamentárias conterá Anexo de Riscos Fiscais, onde serão avaliados os
passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas, informando as
providências a serem tomadas, caso se concretizem.
A Lei Orçamentária Anual (LOA) é uma lei elaborada pelo Poder Executivo que estabelece as
despesas e as receitas que serão realizadas no próximo ano.
A Lei orçamentária anual trata da parte da execução dos projetos previstos nas diretrizes,
objetivos e metas contidas no Plano Plurianual e nas metas e prioridades antevistas na Lei de
Diretrizes Orçamentárias.
É a lei que traz no seu corpo os recursos propriamente ditos, seja na parte das receitas, prevendo-
as, seja na parte das despesas, fixando-as. De rigor, é a mais importante das leis orçamentárias, por
pormenorizar as projeções de receitas e despesas para o ano subsequente, a justificar a maior
preocupação do constituinte em dedicar atenção aos contornos da sua feitura, aplicação e
fiscalização.
A novidade da Constituição Federal de 1988 é que o orçamento anual deve retratar as finanças
públicas do país. Até antes da CF/88, o Brasil conviveu com três suborçamentos, mas apenas um
deles estava submetido pela Constituição ao Congresso nacional.
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De acordo com o princípio da universalidade e de acordo com a Constituição Federal de 1988, toda
a projeção de receitas e fixação de despesas da administração direta e indireta devem ser retratadas
no orçamento anual, sem exceção.
Conforme vimos o art. 165 da Constituição Federal, a LOA compreende três orçamentos:
• o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades
da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder
Público, e estatais chamadas de dependentes(deficitárias).
• o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou
indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;
• o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela
vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações
instituídos e mantidos pelo Poder Público.
De acordo com o art. 35 §2º do ADCT, o projeto de lei orçamentário da União será encaminhado
até quatro meses antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o
encerramento da sessão legislativa. Isso significa que no âmbito federal o prazo de envio ao
legislativo é de até 31 de Agosto.
.Se houver atraso ou não envio do projeto da lei orçamentária pelo executivo: Art. 32. Se não
receber a proposta orçamentária no prazo fixado nas Constituições ou nas Leis Orgânicas dos
Municípios, o Poder Legislativo considerará como proposta a Lei de Orçamento vigente.
A Lei Orçamentária Anual, também chamada apenas de orçamento, tem a vigência de um ano e,
na linha do princípio da anualidade, entra em vigor em 01 de Janeiro, com vigência até o dia 31 de
dezembro.
A Lei de Responsabilidade Fiscal trouxe também novidades em relação à LOA, acrescentando que
o projeto da LOA deverá:
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Quaisquer dúvidas, sugestões ou críticas entrem em contato comigo. Estou disponível no fórum no
Curso, por e-mail e pelo Instagram.
Vanessa Brito
E-mail: profvanessabrito@gmail.com
Instagram: https://www.instagram.com/profvanessabrito
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a) Emendas a projeto de lei orçamentária anual somente poderão ser aprovadas se forem
compatíveis com o plano plurianual, com a lei de diretrizes orçamentárias e se indicarem os
recursos necessários, como o serviço da dívida.
b) Emendas individuais a projeto de lei orçamentária serão aprovadas no limite de 1,2% da
receita corrente líquida realizada no exercício anterior, de modo que um terço desse valor
deverá ser destinado a ações e serviços de saúde.
c) Emendas de iniciativa de bancada de parlamentares de estados ou do DF não estão sujeitas
à execução equitativa das programações de caráter obrigatório.
d) Aplica-se às programações incluídas pelas emendas de iniciativa de bancada de
parlamentares de estados ou do DF a garantia de execução obrigatória, no montante de até
1% da receita corrente líquida realizada no exercício anterior.
e) Somente na hipótese de haver superávit primário, a administração deverá executar as
programações orçamentárias, adotando as medidas e os meios necessários, com o propósito
de garantir a efetiva entrega de bens e serviços à sociedade.
Comentários
A alternativa A está incorreta. De acordo com o Art. 166 da Constituição Federal, § 3º:
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§ 9º As emendas individuais ao projeto de lei orçamentária serão aprovadas no limite de 1,2% (um
inteiro e dois décimos por cento) da receita corrente líquida prevista no projeto encaminhado pelo
Poder Executivo, sendo que a metade deste percentual será destinada a ações e serviços públicos
de saúde.
A alternativa C está incorreta. De acordo com o art. 166 da Constituição Federal, § 11: É obrigatória
a execução orçamentária e financeira das programações a que se refere o § 9º deste artigo, em
montante correspondente a 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) da receita corrente líquida
realizada no exercício anterior, conforme os critérios para a execução equitativa da programação
definidos na lei complementar prevista no § 9º do art. 165.
A alternativa D está correta. De Acordo com a Constituição Federal. Art. 166 §12. A garantia de
execução de que trata o § 11 deste artigo aplica-se também às programações incluídas por todas
as emendas de iniciativa de bancada de parlamentares de Estado ou do Distrito Federal, no
montante de até 1% (um por cento) da receita corrente líquida realizada no exercício anterior
A alternativa E está incorreta. De acordo com o art. 166 da Constituição Federal em seu § 13. As
programações orçamentárias previstas no § 9º deste artigo não serão de execução obrigatória nos
casos dos impedimentos de ordem técnica.
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Comentários
A alternativa B está incorreta. De acordo com a Constituição Federal, Art. 165 §2º A lei de diretrizes
orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as
despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei
orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de
aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
A alternativa C está incorreta. O plano financeiro setorial é um termo que não existe, existe apenas
o chamado planejamento setorial.
A alternativa D está incorreta. De acordo com o art. 4º da Lei de Responsabilidade Fiscal, o anexo
de metas fiscais integra o projeto de lei de diretrizes orçamentárias e nele se estabelecem metas
anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e
primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os dois seguintes.
A alternativa E está correta. De acordo com a Constituição Federal (Art. 165. §1º ) o Plano Plurianual
estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, os objetivos e as metas da administração pública
federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de
duração continuada
3. (VUNESP/ Procurador Francisco Morato -SP - 2019) O Anexo de Riscos Fiscais, onde serão
avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas,
informando as providências a serem tomadas, caso se concretizem, deverá estar contido na Lei
a) do Orçamento Anual.
b) de Diretrizes Orçamentárias.
c) do Plano Plurianual.
d) Geral do Orçamento.
e) de Responsabilidade Fiscal.
Comentários
A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. De acordo com o art. 4, § 3o, da LRF “a lei de
diretrizes orçamentárias conterá Anexo de Riscos Fiscais, onde serão avaliados os passivos
contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas, informando as providências a
serem tomadas, caso se concretizem.”
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4. (CESPE/MPC-PA Procurador de Contas – 2019) A Lei orçamentária anual (LOA) concedeu aumento
de remuneração aos servidores da administração direta da União sem a respectiva previsão na lei
de diretrizes orçamentárias (LDO).
Nesse caso, de acordo com a jurisprudência do STF, a falta de previsão do aumento de
remuneração na LDO
Comentários
A letra E está correta e é o gabarito da questão. De acordo com a Constituição Federal, art. 169 : A
despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios não
poderá exceder os limites estabelecidos em lei complementar.
a) do plano plurianual.
b) geral do orçamento.
c) de diretrizes orçamentárias.
d) de responsabilidade fiscal.
e) de política orçamentária nacional.
Comentários
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d) A Lei Orçamentária Anual, de iniciativa do Poder Legislativo, tem competência para eleger as
metas e ações prioritárias na execução do orçamento seguinte e deverá dispor sobre o
equilíbrio não só entre receitas e despesas como também entre critérios e forma de limitação
de empenho.
Comentários
A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. De acordo com o art. 165 da Constituição
Federal:
I - o plano plurianual;
II - as diretrizes orçamentárias;
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7. (CESPE/PGM Campo Grande – 2019) A respeito do plano plurianual (PPA), da lei de diretrizes
orçamentárias (LDO) e da lei orçamentária anual (LOA), julgue o item a seguir.
==1682bf==
Comentários
A assertiva está incorreta. De acordo com o art. 165, § 1º da Constituição Federal, a lei que instituir
o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da
administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as
relativas aos programas de duração continuada. O candidato deveria se lembrar das despesas de
capital para acertar a questão.
O Anexo de Metas Fiscais, em que serão estabelecidas metas anuais, em valores correntes e
constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida
pública, para o exercício a que se referirem e para os dois seguintes, integrará o projeto
Comentários
A assertiva está correta de acordo com a Lei Complementar 101/2000 em seu art. 4º:
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a) O Poder Executivo publicará, até 15 (quinze) dias após o encerramento de cada bimestre,
relatório resumido da execução orçamentária.
b) A lei ordinária disporá sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a
organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária
anual.
c) Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento
anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na
forma do regimento comum.
d) Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária
anual, ficarem sem despesas correspondentes não poderão ser utilizados como créditos
especiais ou suplementares, mesmo com prévia e específica autorização legislativa.
e) Considera-se equitativa a execução das programações de caráter facultativo que atenda de
forma igualitária e impessoal às emendas apresentadas, independentemente da autoria.
Comentários
A alternativa A está incorreta. De acordo com a Constituição Federal em seu art. 165, § 3º O Poder
Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento de cada bimestre, relatório resumido da
execução orçamentária.
A alternativa B está incorreta. De acordo com o art. 165 da Constituição Federal, § 9º Cabe à lei
complementar: I - dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a
organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual.
A alternativa C está correta. Segundo a Constituição Federal em seu Art. 166. Os projetos de lei
relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos
adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento
comum.
A alternativa D está incorreta. De acordo com o art. 166 § 8º Os recursos que, em decorrência de
veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária anual, ficarem sem despesas
correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais ou
suplementares, com prévia e específica autorização legislativa.
A alternativa E está incorreta. De acordo com o art. 166 § 18 Se for verificado que a reestimativa da
receita e da despesa poderá resultar no não cumprimento da meta de resultado fiscal estabelecida
na lei de diretrizes orçamentárias, os montantes previstos nos §§ 11 e 12 deste artigo poderão ser
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reduzidos em até a mesma proporção da limitação incidente sobre o conjunto das demais despesas
discricionárias, conforme redação dada pela Emenda Constitucional nº 100, de 2019.
10. (CESPE/PGM – João Pessoa- PB – 2018) Acerca das espécies e da tramitação legislativa das leis
orçamentárias, assinale a opção correta.
a) A lei que instituir a lei de diretrizes orçamentárias (LDO) estabelecerá, de forma regionalizada,
diretrizes, objetivos e metas da administração pública para as despesas de capital e para
outras delas decorrentes.
b) O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento de cada bimestre, relatório
resumido da execução orçamentária.
c) O plano plurianual compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal,
incluindo-se as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente.
d) No âmbito federal, emendas a projeto de lei orçamentária anual (LOA) somente poderão ser
apresentadas ao plenário das duas Casas do Congresso Nacional, que as apreciarão na forma
do regimento comum.
e) Emendas a projeto de lei orçamentária anual (LOA) devem indicar os recursos necessários,
sendo admitida como fonte a anulação de despesa para pessoal e seus encargos.
Comentários
A alternativa A está incorreta. De acordo com a Constituição Federal em seu art. 165, § 1º A lei que
instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da
administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as
relativas aos programas de duração continuada.
A alternativa B está correta. De acordo com a Constituição Federal em seu art. 165§ 3º O Poder
Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento de cada bimestre, relatório resumido da
execução orçamentária.
A alternativa C está incorreta. De acordo com a Constituição Federal em seu art. 165§ 2º A lei de
diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal,
incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da
lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política
de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
A alternativa D está incorreta. De acordo com o Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano
plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão
apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum.
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§ 2º As emendas serão apresentadas na Comissão mista, que sobre elas emitirá parecer, e
apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário das duas Casas do Congresso Nacional.
A alternativa E está incorreta. De acordo com o § 3º do art. 166 as emendas ao projeto de lei do
orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente podem ser aprovadas caso:
11. (VUNESP/PGM – São Bernardo do Campo – SP - 2018) Dispor sobre normas relativas ao controle
de custos e à avaliação dos resultados dos programas financiados com recursos dos orçamentos é
matéria que, dentre outras, compete à Lei
a) Geral do Orçamento.
b) do Plano Plurianual.
c) de Diretrizes Orçamentárias.
d) do Orçamento Anual.
e) de Responsabilidade Fiscal.
Comentários
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Comentários
Todas as alternativas podem ser encontradas no art. 5º da Lei de Responsabilidade Fiscal. Vejamos:
A alternativa C está incorreta. § 5o A lei orçamentária não consignará dotação para investimento
com duração superior a um exercício financeiro que não esteja previsto no plano plurianual ou em
lei que autorize a sua inclusão, conforme disposto no § 1o do art. 167 da Constituição.
jurídico- -financeira. São parte desse ciclo, no Brasil, o Plano Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes
Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA). A respeito desse tema, é correto afirmar
que
Comentários
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Comentários
A alternativa A está correta. De acordo com a LC 101/00 - Art. 4o A lei de diretrizes orçamentárias
atenderá o disposto no § 2o do art. 165 da Constituição e:
15. (VUNESP/ Procurador Jurídico da Prefeitura de Bauru – 2018) Sobre a lei de diretrizes
orçamentárias, é correto afirmar:
a) a lei de diretrizes orçamentárias vige pelo período de doze meses e sua vigência coincide com
o ano civil.
b) a lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da Administração
Pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente,
orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação
tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
c) o projeto de lei relativo às diretrizes orçamentárias será apreciado por apenas uma das Casas
do Congresso Nacional.
d) a aprovação das emendas ao projeto da lei de diretrizes orçamentárias independe de sua
compatibilidade com o plano plurianual.
e) o projeto de lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas da Administração Pública
federal, estadual e municipal e obedecerá ao estabelecido na lei orçamentária anual e disporá
sobre as alterações na legislação tributária.
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Comentários
A alternativa B está correta. De acordo com o art. 165 CF § 2º A lei de diretrizes orçamentárias
compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de
capital para o exercício financeiro subseqüente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual,
disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das
agências financeiras oficiais de fomento.
16. (CESPE/PGM Fortaleza - 2018) Com fundamento na disciplina que regula o direito financeiro e nas
normas sobre orçamento constantes na CF, julgue o item a seguir.
Constitui ofensa à competência reservada ao chefe do Poder Executivo a iniciativa parlamentar que
prevê, na LDO, a inclusão de desconto no imposto sobre a propriedade de veículos automotores, em
caso de pagamento antecipado
Comentários
Conforme vimos ao longo das nossas aulas, e segundo o Professor Harrison Leite, o poder legislativo
não tem competência para iniciar projeto de lei orçamentária, que são elaboradas por iniciativa do
Poder Executivo. No entanto, o legislativo poderá, através de leis tributárias, principalmente as
concessivas de benefícios fiscais, alcançar reflexamente o orçamento, sem com isso ferir a
competência exclusiva do Executivo para tratar do orçamento, visto que está dentro da competência
do Poder Legislativo a iniciativa de lei tributária que reduz receita pública.”
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Desse modo, nosso gabarito só pode ser que a alternativa está errada.
17. (CESPE - PGM Fortaleza - 2018) Com fundamento na disciplina que regula o direito financeiro e nas
normas sobre orçamento constantes na CF, julgue o item a seguir
Na LDO será estabelecida a política de aplicação a ser executada pelas agências oficiais de fomento.
Comentários
Conforme vimos, os concursos gostam muito de cobrar esse artigo. Para relembrar:
18. (MPE -RS/Promotor de Justiça - 2017) À luz da Lei n. 4.320, de 17 de março de 1964, NÃO integrará
ou acompanhará a Lei Orçamentária Anual:
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Desse modo, nosso gabarito só pode ser a alternativa A: que também contraria o princípio da
exclusividade, que veda inclusão de matérias não atinentes à fixação de despesa e previsão de
receita, exceto créditos suplementares e operações de crédito na lei orçamentária anual - art. 165
§8).
19. (VUNESP /Juiz Substituto TJRJ - 2016) O orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus
fundos, órgãos e entidades da Administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e
mantidas pelo Poder Público estão compreendidas na lei
a) do orçamento anual.
b) orgânica.
c) de responsabilidade fiscal.
d) de diretrizes orçamentárias.
e) do plano diretor.
Comentários
Art. 165, § 5º
A lei orçamentária anual compreenderá:
I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da
administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder
Público;
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20. (CESPE/Juiz Federal – TRF 2ª Região - 2011) Considerando as especificidades dos orçamentos
previstos na Lei Orçamentária Anual da União, consoante a CF, assinale a opção correta.
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