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Ð IREI TO ADIVIII\IISTRATI\IO
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LMR,\ßI,\ J{JRìDIC,\
CDIITil,qt
I]N. ANTONIT JOACIiJIllt IìIBAS lìuo Riochuelo, ó2
Fone: 3242-åó07
Ruo Sen, Poulo Egídio, 25
Fone:3107"58i2
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Soo Pouio-SP
RIO DE JANEIRO
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PRtì[û&fì Itfili HnITûRIñ
aul0r.
Reputæ-se-hão conlrafeitos, e portanto sujeitos ås penas do
Agora, porám, que estes enbalagos desapparecêrao,
art. 26L ilo Codigo oriminal, totlos os exemplares que não se
echarem rubricailos pelo autor ou por seu pt'ocurailor. pat'a julgou rom razao 0 autol que devia completar 0 sou itû-
esle fim especialmenl;e autorizaalo.
balho, incluindo nelle iodas as leis, decreTos e rlesisors dn
lagão vigente.
conter a expli-
Mas estas theorias nã'o poden
nrI tuet'r,.,r-,uhe0iurcIlo rlr-rs lr-l¡.t:uri,.tr,l
ûr)ltSiStit'
--ö;-tanal de leis mrrito cliversas tlaquellas nos$as leis administrativas.
de que emanão'
Mas a noç,ão material d¿s leis sem s compre-
escriptos que' lidos
D'ahi os perigos desses hensão do espirito que as vivifica, e razão que ÍÌs
entre
tão graves erros tem
,r* Srrnnu ïritõrio' explica, nunca póde constituir o jurisconsulto e
nós proPalatlo' sim o obscuro leguleio, quer trate-se do dircito
dt"itn*t"^1le se deva
l.,orÌg0, porém' estamos privado. quer do administrativo ott rìe qualquer
fôra' preciso clesco-
proscrever a' sua leitura; outro.
a
-\r
T
l'emos a bussola,, que nos guiará coll segur¿ìnçår
rr¿ sendu providoncial clo progresso.
I{ão sú se náu lilião entre si os actos legisla-
No legimen reprebentativo a scienci¿l o o cli_
tivo se administrativos, expediclos sob a influen- reito aclministrativo não devem ser arcanos
c,ir'tle cliversos gabinetes, como nem siquer se eleusinos, sómente revelados a previlegiados
harmonisãro os do mesmo gabinete. adeptos.
Grave rìifficultlatle é esta, por ccrto, para os A administração trilt¿ì clos interesses de todos
que querem elevar o nosso direito administra- e responde pelos seus actos. Todos devenr,
tivo á.s alturas da sciencia. pois, habilitar-se para julgar estes actos e conhe_
Mas a simples confron$açáo dessas disposições cer aextensão dos seus direitos e deveres para
incoherentes e â indicação de suas lacuna,s já, com û adrninistr¿çir,o. Åssirn, podia-se il)scLevcr,
oon.qtitrrem graucle vrntagem, porque lançilo o rres[e livro r epigLapìre -.- ,uestraras ug,il,ur^
r)spirito r¡¿rs vins de rrteis e reflectidas tetormas" B' do inferessÞ dâ mesma arlministr¿rÇã0, rluc
a opinião pulilica se esclareça sol¡re ¿is questrjcs
-\ao porque preraleça a inercia na alta atlmi-
rristlação; pelo contrario, as nossas leis c regtr- ¿dministrativas, afim cle que uão sir.ra t1e cego
Ianrentr.¡s toclos os dias se refolmã0, e cstas re-
instrumeut,o á interesses ou paixões illegitinrus.
e sejão sempre dictadas ¡rela sabetìoril sua,s so-
iotmas são no rlia seguinte tle novo reform¿das.
beranas sentenças.
HrL perenne mclvimento, mas em sentidos cles-
n{ais tarde claremos o devido tlescrrvolvi-
e¡rcr:lntrados e ilcntro tle aperta,do circulo,
esleril ir,gitaçiro. rrãn proveil,oso progresso. E'
- mento e applicação ás forrnulas geuericas, que
ora apresentamos. 0 tlalialho completo cons-
rr rnn cs¡reei e rlr I.retttl -r¡zill n,dministrativo.
tará das seguintes partes :
Fa,çanios, poréru, serio e leal estudo rlo espi- I Äs noçoes preliminates que fazem o oh-
ril;o ile nossts instituiçrtes politicas e admi- jecto rìa, plosonte obr:a.
nistrativas ; elevemo-nos .tos principios gera-
rJo¡'es r-lo rrosso rìireito nrJrninistrativo. e possrri-
a
illI
xlI
\Iy
r\
Da sua nonteapãu, promoçpo, Iìempção' apo-
sentacloria e denissão tlas a jurisprudeuoia rrão sc corrs[itue eü urn
Das suas vantagens pecuniarias e honopi- dia; não sáe completa, da intelligencia clo juris_
{ioas. consulto, como Minerva tlo cerebro cle Jupiter; ó
D¿ subordinaçáo e responsabilidade adrui- o resultado do concurso de rnuil,os, tìo trabalho
nistrativa. lento dos seculos.
Tal é o assumpto, que ota elabora'mos: assitrl Erguer o monumento tla jurisprudencia acl_
Deos nos auxilie' ministrativa não é gloria q.ue possà caber a, um sír
-- Antpq de concluirmos devemos pouderar que
individuo; contentarno-nos, ¡lois, de ser um clos
este livro não é uma obra de politica'
menos
que primeiros trabalhárão em seus alicerces.
aiutla da politica cambiante o incontprehensivel
tlos partidos.
idéa
Nãs o esctevemos sob ¿ influeucia deuma
a legis'
a cujo triumpho queiramos accommodar
que nos pa'
hçeo do paiz. Não expozemos aqui o
recett n¡ellìor, mûs o que existe;
e' si algumas
o itleal' collocantlo
vezes compará,mos o real com
cuirlado de
um á par äo outro, livemos sempre
o
tlistingui-Ios.
&s nossas llìs-
Estudárnos desprevenidamente
e procu-
tituições politicas e administrativos'
e
.á*;t .*pol-o, fielmente' systematiç¿ntlo-asda
ile.tluzindo 0s seus corollarios'
no dominio
jurisprutlencia'
0 Anron,
DINIITO ADIIINI$TRATIVO
BF-Á'SILEIRO
I
N0çÛffi PnaHMrNAn[S
TITULO I
DA SCIENCIÀ DO DIREITO ADMINISTRATIVO
ì- CAPITUTO I
DO DIREITO ADMINISTRATIVO
$ l.' Plano da obm.
$ 1." 0rigen historica da seiencia do Direifo Adninistmlivo.
$ õ." Delìnigão do DirciloÀdministrativo.
$ 1." 0bjeeto do Direito Administrativo.
s [..
PLANO DA OBRA
l+ 5
I
-8- ministrativos, ou pelo menos a sua falta, de
sobre
as questÕes de Direito Arlministrativo' apoio em principios racionaes, impedião que
qo, .* partoversavão aquelles edictos'
os Romanos'
esses preceitos fossem elevados á categoria de
Entretanto, este Direito entre sciencia.
estava confuntliilo com o Jus Publicum-'
-
de Justiniano defìnem
Comtudo, á semelhança dos jurisconsultos
qìt Ufpit"o e as Institutas
' qroa ad, statum' rai romanæ spectat
(Dig' liv' I
romanos, os modernos não forão estranhos ao
estudo da legislação administrativa na parte em
tit. I fr. I S 2o; Inst' liv' I tit' I S &o)' e não que mais estreitamente se relaciona com a
fundado
formava cor"po distincto de doutrina' civil, e até publicárão algumas monogra,phias
em principios tte orclem racional'
' modernl sobre esta materia.
ódrrãnoolvimento da civilisação
A idéa, porém, de assentar a legislação admi-
trouxoemresultadoamultiplicaçãoeoestreita- nistrativa em principios racionaes, e de constiúui-
mento tlas relações sociaes' a
ampliação dos
la em c0rp0 de doutrina, é filha das tendencias
recursosenecessitladespublicas.Conseguirrte.
tÌa philosophicas da revolução franceza de 1789.
*.nt. a vigilancia, a repressão e o impulsão e (Lei de 22 ventose do anno XII, art. 2o n. 2, Decr.
mais vastas
autoridade clevêrão tornar-se
pro- do 4o dia compl. do anno XII, art. l0); mas l'oi o
än.rgi.ot,e as instituiçoes edministrativas
governo de Luiz XVIII quem realizou esta icléa,
grr.riur,*rnte mais desenvolvidas' creando uma cadeira deDireito Administrativo
vogá'rão IIos
Entretanto, com as idéas que
o regimen da monar- na escola de direito de Pariz, e incumbindo De
seculos anteriores sob
que o D.ireito Gerandode inaugurar o ensino da nova sciencia.
chia absoluta, não era possivel
como sclencla A reacção que nesse paiz então se operava
Atlministrativo, se constituisse contra as idéas da revoluçã0, fez que cedo fosse
confundia-se 00m
ãistincta. À administração
que a süa acção não supprirnida esta cadeira. 0 governo conheceu
o governo' e entendia-se
estava suieita a reglas
gu'"tt e fixas' A in- que a luz da sciencia, penetrpndo nos mysterio-
dos preceitos ad- sos ailytos da administraçã0, ilia pôr pêas ao
coherencia . o
"Ëit"'io o
{0- -l,t-
Mas a experiencia afinal mosf,ron quanfo era
arbitriodosfurrccionarios,edarnovasalmasiì,o necessaria a cultura clesta sciencia, tanto pùr¿ì 0s
porém'mais
,i.*rnro democratico' Nove anûos' que se cledicão á calreira da politica e da achiri-
cla opinião
'tarde leve tle cetlcr de novo â pressão
nistraçã0, como parâ 0s que
votão áviila menos
se
supprimicla'
publica, e de restaurar a catleira brilhante, porém não menos honrosa, do fôro.
ao illustre ins-
conñando ainda o seu regimen Comquanto já em 1833 houvesse â,ppa,rocido
Março d: [B{'9' art'
ioiru¿o*. (Ord. dc 24 de pela primoira vez, no relatorio apresentatìo is
3" ; & de Outubro de [820'
art' I'o n' 3 e 4;
cameras pelo rninistro do imperio, o sen¿clor
art' lol
- de Junho de [828
19
missã'o o eminente
N. P. de CamposVergueiro, a idéa cla creação
Parapreencher sua artlua cle uma cadeiracleDireito Administrativo, para,
P.
;'d'tu : iî, åîîilïîî, J :'Jffi äì J'Ì; coniplemenfo dos esl,uclos de sciencias sociacs e
lecções, reunlr ^e cc juridicas das nossas academias, foi só em [85{,
e com methoclo
admiravel
de leis e regulameûtos' durante o ministerio do l\{arqncz de Monte,{lc-
phitosophica' Foi
extrahir delles uma theoria Insti- gre, que essâ necessidacle foi satisfeita pelo pocì cr
o deu á'luz äs-sua's
'assim que elle legislativo. Com csta cadeira foi nessa, mesrna,
'o*po' Franc ez' D e entãlo
i*i-, OË n iteito Adm inistrativo naquelle paiz a occasião creada a de Dircito Romano c o governo
constituida
irì liru*n acltou-se
é geralmente reconhecido De
auforisado a dar novos estirtutos a estas ac¿de-
sciencia de que mias. (Decreto n. 608 de [6deAgosto de {85{).
funclador e o PaI'
Gerando como o
""î,r*, tardou ella em ser iruportada
Tres annos depois, scnclo ministro do impcrio o
porém' Sr'. conselheilo L. F. do Couf,o Ferr¿r,2, l'orlro
nós' Achava-se ainda
e nacionalisada entre forão tlecretados os actuaes estatutos (Ðec. n. {,386
de D e Gerando quando
;öiliát a cad'eira
sociaes e de 28 de Abril de {854), e no anno seguintc
cread.os 0s curs0s
superioræ de sciencias
I cle ,({855) couite ao aufor deste escripto a ¿,rdua
S t;dt c Olinda(Lei Z"de l
iuridicas, '* não tarefa de leccionar sobre esta materia na facul-
i*.î- ¿L [827) ; e o Direito,ltÏÏttnttivo clacle declileifo de S. Paulo.
no quadro de seus estudos'
foì contemplodá
,1") - {3-
-
a,s regua,s flue regcnì ¿rs leJacões rcciplricts tl;r
! 3."
aclministraçäo com os adminisi,ra,dos.
DEITINIÇÃO DO DIRDITO'{D}IINISTRÀTTVO 0s autores tlos Elemetúos d,e Ðireil;o Adntin,is-
superioi'ida'tle do meluho- h'atiua na Belgica, acloptando e tlesenlolvcudo
Sendo incontestaveÌ a
a exposição clidactica cle as idé¿s de De Gerando, dizenl :
cìo synthetico para
e lntlo-se sempro Proceder < Por um lado o Direito Atlministr,at;ivo fixa
a nafureza das furrcções aclrninistrttivas,
s 0s gera'es' [¿,2 oo-
rrheoel 0 scrl finr; es[,abolece a organisrçriio ltì-
q de toclo o
rninistrativa, isto é, a, hyerarchia dos funccionii-
o sciencla;
a incessantes disputas rios que exeicenì as funcçõcs rr.iininis[r¿l;ivls ;
quostão difficil e suieita
seculos e por fixa, a compe[encia, de cada um, benr colrìo ¿ì.¡ì
nas sciencias estuclaclas durante
qtre, sendo tle recente afl,r'iliuiçÕes dc cada funoçtro. 0 Dircif,o Arìrni-
mrrito maior tazão nas uisfrativo mârca, a cxfensão clo tlonrinio a,drni-
perfeitamelte consti-
origem, ainda' sc nãro achiã
cle modo quo nistralivo, dá, as regras cio processo, isf,o ó, as
ìoiã*r,'n.* {ìxados os ser-rslimites' fórmas que se dcvem seguir rras relaçõcs crrl,ro
perder-sc em
t-_.ffttt cla intelligenci I parece os achninis[r'aclos e a, administrnçlro, 0rt onlrc
dizer que as clofi-
Itoriront., indecisäs' Fód-e-se os diversos agentes; assin se per.ccbe {Juc sc-
no.portico ilas scien-
nições achão-se collocaclas
âs res- grranças são offereciclas a, uns e ou[ros. Por
,irr, .o*o sphinges nysteriosas qìle levian- ou[ro lado o Ðireito Administrafivo det,ernlilra,
pela
guardão de sere* ùevassadas .ouriosa
perspicacia e peÌsc- a natureza dls relaçlões que ligão a auf;orida,do
ilade que não Ïem liastante
seüs enlgma's'
civil i força publica, auforizr celf,o ciircito ilt:
verança para dccifrar
clos mais distinctos prdroado e tuÍcl¿r, sobrc cerûos cstabelecirleul;os
lndagueuros c0m0 alguns
solvcr puìrlicos ou privados, 0u communidacles cilis
escriptores clesta scionciatèm procuraclo
Ðireito Administrativo ?
ou religiosas. Autoliza a administraçãro, conr
a questão : 0 que é o
unl fim deutilidade publica, ¿r tornar cer[as urc-
ïrgortdo Ðe Geranclo elle tem por objecto'
-
ltl
- -15-
t sustontação da ordem' salubri'
Blas.) Conselheiro F. 11{. tlc S.' Fnrtrtlt¡ rlc
diclas pâta
dacle, oiubilid",tt' segurança
individual' moral
fortuna pu-
publica, etc. Regula a gestão da
blica. >
é c0rp0 do Direito Administlativo é o
Laferrière cliz que o Direito Administrativo complcxo
cla admi- das leis:
o que regula a acção e a competencia
,riutruçeo- central, clas administrações
locaes' e I. Que determinão 0s direitos e dcvcr,es
reciprocos da adrninis[ração e tlos adrnirris-
clostribunaesaclministrativos,emsuasrelações
clos administratlos' trados.
c0m 0s direitos ou interesses
II. Que organisão os serviços ltlministr.tli-
e o interesse geral do Estado' ou o
interesse
tla população' vos, isto é, que estrbelccenl a natureza, lryorur,-
especial dos centros parciaes
ensina que este chia e attribuiçoes tlos agentes instituidos.
OË ,rrordo com De Gerando'
da admi- m. Que tração a fór'ma pela qual a atìmirris-
Ðireito tom pol objecto âs relações
a execução tração e os cidadãos devem oblu' patl,
nistração com os cicladãos para l)r,00n-
chcrem suas obrigações recipt'ocas.
Á*. tui, e regulamentos' isto é'
os direitos e
e clos I\r. E' dos regulamcntos quc dcseru,olr.crrr
dcvcres reciprocos dos arlministradores
que este se prende estas leis, provendo á: sua execuçã0.
¿r,tlministrados, e accrescenta
n0 momelto enì que csta se
As primeiras elle denomina- lcis tle 1w,irt-
i a,clministração
tto cipios; as segundas lei,s de orga"ni,zaçuo c tle
mlrlifesta em rclação aos administra'dos' -
exerce a sua ¡rcçiao attribuições; as terceiras leis de prlcesso
ntosllìo instante om que ella -
ndministratiuo; e todas forrnão o grarrtle ratro
sobre os cidaclãos'
tem sitlo adoptada' d¿rs admùústratiuas.
leis
A definição de La{erribre -
0 Sr. Senador José Antonio
pelos Srs' Pimenta Bueno
com diversâs mas leves alterações'
du Droit Admin')' (Direito Puhlico Brasilciro) define o Direito Acl-
Pradier-Foderé, (Principes
de Dir' Admin' ministrativo dc dous modos cliyersos, consiclc-
DL. F- V. P' do iego (Elem'
-16- -l.,7-
Po' dentemente que nem todos
rando-o como sciencia, ou como Direito collocão no mesmo
se
ponto de observação para o estudo desta scien-
sitivo.
é a sciencia da ad- cia; donde provém, que 0 seu horizonte se torna
< No primeiro caso, cliz elle,
mais ou menos vasto, e parallelamente amplir-se
ministraçã0, a theoria racional da competencia
e clos seus agentes ou restringe-se a materia a que applicão a sua
e ila ac6,o tlo potler executivo
e obri- intelligencia.
,* ,o"grrtão e relaçoes com os clireitos
vista tlo iiteresse Para nós tambem o Direito Administrativo se
Srnuu. ãos administratlos,em apresenta sob dous aspectos diversos, segundo
ou geral da societlatle' E' a
sciencia
ioilrrtioo o estudamos no sentido restricto ou amplo.
o condicções
que estuda e proclama as regras
0 me- Considerado n0 sentido restric[0, isto é,
g.rr*r, que são apropriadas Pa? segurar como verdadeira disciplina juridica, não póde
o
it o, dr.ã*penho do serviço atlministrativo' abranger mais do que o estudo de direitos e
' bem, a prosperidade social; é quem examina e
deveres, e estes não podem ser outros senão
,*rlrrrr. o, elomentos ila administração'
as
os que emanão das relações da administração
cliscussõesdosnegociospublicos,asopiniões para com os individuos sobre quem exerce a
orgã'os do po'
e actos dos conse,lhos e demais
sua acçã0.
cler executivo; é finalmente
quem assignala
os Np sentido amplo, deve elle comprehender
os vicios, inrlica as tracunas' as reformÛs' tambem o conhecimento synthetico dos elemen-
leis çositïvas de
melhoramentos, principios e tos; assim collocados em face um do oufro, na
que r-e-
um Estaclo, (0 Brasil por ex'emplo)' sua intima natureza e mutua àcç7a0, ou nas
gulão a competencia, ãirecção
ou gestão do
relações que os ligã0.
aos. d'ireitos' in-
seu poder executivo, quanto Assim, no sentido restri,cto, o Direito Admi-
da socie-
teresses e obrigaçõe' udtnioi'trativas nistrativo é a sciencia dos direitos e deveres
clatleedo.*drninistrados,naespheradointe. reciprocos da administração e dos a,dministra-
resse geral.
'r dos, e no senticlo amplo é a sciencia Que" ensina
decluz-'se evi-
Desta variedade de clefiniçoes
i
I
--[8- ;
-t9-
nos tração parû com os administlados e destes para
a organisação aclmirlistrativa', tanto
seus
como no com acltrella.
elcrnãntos funilamentaes c universaes'
pratico em um povo dailo; Adoptatlo o sentido amplo, estc objectocom-
sou descnvolvimento
gcral prehende:
r t".At pclo qur,l e[aìctua so]rre a'massa
parciaes'isto ó' I. As noções mais syntheticas e fundamentaes
da popuiaçao' ou os seus centros
geraes åcerca clas duas entidades administruçd,o e
o, .eruiçou incumbitlos aos seus agentes arJministrados.
-
actosso
ou locaes; as fórmas de que 0s seus
que em II. A exposição da organisação adminisfrativa
levestem, e as moclifrcaçõos iuridicas
soffrem os atlmi- ou da hyerarchia dos funccionarios e empregaclos
face tlelles e sob sua influencia
da administraçã0.
nistraclos em seus direitos o obrigações'
ilI. 0 estudo das funcções c serviços da admi-
nistração activa, tanto em relação aos intcresscs
So'"
o do Estado, como aos dos particulares.
IV. A doutrina da compolcncia e formulas da
OBJECTO DO DIREITO ADI\IINITRATIYO
administração contenciosa.
Pócle-se pôr cm questão qual das duas acce-
pÇôes da expressão Direito arltninistratr,oo devo
-
sef'a preferida, e conseguintemenfe qual a am-
plitude que deve ter o seu objecto.
Não senclo possivel o estudo regular e com-
pleto dos direitos e deveres reciprocos da admi-
nistração e dos administrados, sem que se co-
preferir.
nheção estas duas entidades em sua natureza e
Consiclerailo Direito Aclministrativo no sen-
o
no modo por que reciprocamonf e aotuão e reagem
tem exclusivlmsnto
1irlo restricto c proprio, uma sobre outra, deve ser preferida e accepção
e cleveres tl¿r' admiuis-
fo, ofr¡urto os clireitos,
-20 - 2l
I
I
-31l^- .
-35-
uma lei, nem modiûcar ou extinguir os existentes,
$ 5."
podem comtudo crea-los, modifìcalos ou estin-
FONTES DO DIREITO ADMINISTRATIVO guiJos em relação ás diversas serieshyerarchicas
de administradores. Porquanto, não sendo estes
0 Direito Adminis trativo, no sentido restricto'
mais do que agentes ou instrumentos clo poder
tem por fonte primitiva as leis aclministra- executivo, devem aceitar todo o pensamento e a
tivas, ou aquelläs que, embora não tenhão es-
accitlen- direcção quo a este pocler âprouver impremir-
pecialmente este caracter, occupão-se
ou lhes, guardando as relacções hyerarchicas que
ii*tntt com qualquer ramo da organisação
elle julgar conveniente estabelecer, sem que de
dos serviços administrativos'
qualquer modo possão recalcitrar.
Visto queninguem é obrigado afazer'oudeixar
da lei Fica, porém, entendido que a esphera regu-
defazer, qoolqoer cousa senão emvirtude
ta lamentar se amplia em relaçã;o aos funcciona-
(Const. art. 179 S ['), rios e empregados arlministrativos, no sentido
póde crear direitos ou os
de estatuir o poder executivo, na a,usencia ou si-
äd*inirttudos, ou amP ar
Bueno lencio da lei, mas nunca em manifesta opposição
ou extinguir os existentes' (Sr' Pim^enta á ella.
326)'
Dir. Pubi. Bras. tit' 6o secção 2" n' Em lugar convenientc trataremob de extremar
tlo potler
Entretanto os actos regulamentares mais clara e precisamente os actos administra-
dentro tla orbita
executivo, emquanto contidos tivos dos legislativos, e determinar a extensão da
sómentetêrn por
constitucíonal, isto é, emquanto esphera regulamentar (Tit. 2o, cap. 2' S 2'
d'a forca
fim a boa execução das leis' participão e cap. 7" ).
secundaria do
a
obrigatoria destas, e são fonte Cumpre-nos advertir que, não obstante as
Direito Administrativo' profundas reformas operadas em consequencia
não possão crear
Mas estes actos, comquanto
novas p ara da proclamação da independencia nacional,
direito s ou obrigações ab solutamente
deduzão de e adopção tlo systema representativo, grancle
os a,dministraclos, isto é, que se não
-36- --37
-
parte da legislação administrativa de Portugal, decretos, instrucções, regulamenúos, as reso-
anferior aestes successos, aindase achaem vigor. luções sobre consulta do conselho de estado,
A Constituinte brasileira, comprehentlendo e supremo tribunal militar, ou sobre parece-
que não era possivel reformar e substituir de um res das sessões daquelle, as provisões d.este,
jacto toila a legislação que vigorou duranteo pe' os avisos, portarias, ordens do thesouro e
riodo colonial, determinou expressamente pela dos ministros, ete.
lei 6" tle 20 de Outubro de 1823 que ella (Sobre a nomenclatura dos actos adminis-
continuasse em vigor emquanto não fosse sub- trativos no antigo regimen e no acl,ual, vide
stituida por Dovos codigos, ou especialmente tit. 2o, cap. 7"). ,
alterada.
Assim, o Direito Administrativo Patrio Geral s 6."
tem por fontes: BIBLIOGRÁ.PHIA DO DIREITO AD}IINTSTRATIVO
I. 0s actos do Poder Constituinte, a Cons-
tituição Politica tlo Imperio, e o Acto Atldi- Para o estudo dos principios geraes que
cional á ella: são estes os titulos da legitimi- constituem esta sciencia julgamos util que se
tlade ile todos os poderes politicos, a matriz consultem os seguintes escriptores :
e o padrão de toilas as leis, a origem primi- B. De Gerando.-Institutas de Direito Admi-
tiva de totlos os tlireitos e obngações na s0- nistrativo Francez.
ciedade politica. Silvestre Pinheiro.-Principios de Direito
II. 0s ilo Potler Legislativo Ordinario; nesta Publico Constitucional, Administrativo e das
classe acha-se comprehendicla, não só a legis- Gentes.
CAPITUTO I
DA NATUREzA E DIvISÕns m PoDER PoLITIco
s 1."
a
-41 - -45-
não o está igualmente quanto á sua fórma, á que a sociedade se defende, e a mola mais po_
intensão e extensão da sua actividade. Doando derosa com que facilita e auxilia o desenvolvi_
a Providencia ao homem a intelligelcia e a mento da perfectibilidade humana.
liberdade, armou-o de dous poclerosos instru- 0 Estado, porém, não abrange toda a sociedade
mentos para influir sóbre os seus proprios des- e seus multiplos fins. Elle é apenas o orgã0, que
tinos no circulo por ella traqado. E' modifi- tem por funcção exprimir e applicar a idéa do
cando as condições da sua existencia individual direito. Ora, além deste ha outros elementos
e social que a acAão humana alcança esta insti- constitutivos da natureza humana, como as
t, tuição fundamental tlo Estado, combina pol idéas de religiáo, dc sciencia, de esthetica e de
diversos modos os seus elementos, reveste-a de industria, cada uma das quaes tende a crear-se
novâs fórmas, amplia ou restringe a sua es- na sociedade um organismo especial pâ,ra a suà
phera. manifestação e clesenvolvirnento. Até agora, po_
Entretanto, fascinado por falsas theorias, ou rém, só o direito e a religião são revestidos de
por paixões irrazoaveis, o homem quebra al- organismos amplos e completos,- o Estado e ¿
gumas vezes caprichosamente a estructura do Igreja.
poder, e com os seus fragmentos despedaçados As relações sociaes concernentes a cada um
tenta utopicas, phantasticas combinações. Mas destes elementos são regidas por leis provitlen_
essas tentativas são sempre ephemeras e infe- ciaes, mais ou menos fielmente traduzidas pelas
cundas; porque todo o poder em desaccordo com instituições humanas. E teo infinitamente sabia
as condições da vida nacional baquêa por si éa combinação dessas leis, que a liberdade indi_
mesmo, carecedor de base. vidual póde mover-se largamente sem quebrar a
-48- _&9_
ligencia, a vontade, 0u as forças precisas para
R 9u
velarem sobre si mesmas.
Guiada pela mão occulta e irresistivel da pro_ n¡s nlvlsõus Do poDER pollTrco
videncia, caminha livremente a sociedade hu_
mana pâra o seu ultimo e mysterioso fim. Ao Denomina-se poder polifico, em geral,
o que
. .
poder politico incumbe investigar as vias mais é incumbido de realizar a missão do-Estado.
adequadas para a realização do direito, e auxiliar As suas funcçôes se resumem nestas duas
su_
omultiplo desenvolvimento da naturezahumana, premas:-prescrever as normâs que devem
di-
designando os fins secundarios que servem do rigir os associados, em relação ,ã intrrr.ru
ro_
meios para esse ultimo e providencial, e que são cial, e lornar effectiva a realização dessas
normâs.
c0m0 que os marcos milliarios na longa jornada Quanto á natureza de suas funcções, o poder
da vida das nações. divide-se, pois, em legislativo e executivo.
Nas espheras estranhas ao direito elle não A
esphera, porém, da acção clo poder
varia,
póde impôr o seu pensamento por meio da co- porque diversa é a materia sobre que se
exercem
acçã,0; deve limitar-se a exclarecer, a persuadir, as suas funcções. Com effeito :
a conceder ou negar o seu auxilio. Mas na es_ 1." IJmas vezes elle
applicaa inspilar aos
se
phera peculiardo direito, depois de esgotados os seus principaes orgãos o pensamento
meios suasorios, elle tem o dever e a atlribuição
[ue tleve
dirigir a politica infernacional, ou o, .,,o, pro_
cle empregar os coercitivos, não por certo contra prias relaçÕes geraes para com os associados"
a sociedade inteira, que representa, mas para 2.o Outras vezes desce á applicação indivi_
cohibir o mo'vimento centrifugo das vontades duada desse pensamento direcioi, na gestão
clos
individuaes recalcitrantes. interessos cliplomaticos e internos;
na organiza_
ção das insfituiçoes, que servem rJe instrumento
e auxilio á sua multipla activiclatle ou
; na admi_
nistração' dos inieresses collectivos
c clos in,
7
t
-50-- F
r -5t-
dividuaes, que em, attenção ao rnteresse social lisação politica ou administrativa elle se frac-
cumpre serem protegidos. ciona em relação ás divisoes territoriaes.
3." Finalmente, tomando por objecto as rela- 0 Poder Executivo divide-se em governamen-
e reciprocas dos associados,
çõee individuaes
tal, administrativo e judiciario, segunclo a es-
cumpreJhe tambem defender e conter a acti- phera dentro da qual actua.
vidade destes dentro de suas respectivas orbitas 0ramo governamenfal, que tambem se de-
juridicas. nomina politico, no sentido restricto, tem uma
missão inteiramente morale de superitendencia.
Nestas tres espheras actuão successivamente
Incumbelheperscrutar attento as tendencias da
o Poder Legislativoprescrevendo as normas ge-
opinião publica para esclarecê-las, e guiala,s;
raes, e oExecutivotornando effectivaa sua reali-
estudar as paixões do povo para modela-las,
zaúo.
dirigi-las e aproveita-las em prol da causa pu-
0 complexo das normas relativas primeira
á blica; sondar todas as suils necessidades, totlos
dessas espheras constitue o Direito Publico, ou os seus soffrimentos para sana-los, ou ao menos
Politico em seus diversos ramos; âs que se re- attenua-los ; finalmente cumpre-lhe, inspiranclo-
ferem á segunda f.azem o objecto especial do Di- se do pensamento nacional, formular principios
reito Administractivo; as que dizem respeito á claros e exequiveis, transmitti-los aos agentes da
terceira constituem o Direito Privado. administraçã0, e traçarJhes as vias
flue n0 seu
0 PoderLegisiativo,embora exercido por mais desenvolvimento devem trilhar. O seu codigo ó
de uma camara, e com dependencia do Chefe o Direito Publico externò e interno.
do Estado para a sancção, unico, qual-
é sempre Ao ramo administrativo incumbe a gerencia
quer que seja a esphera em que funccione i por- pràtica dos interesses publicos, já em relação
que a lei não póde ser formada por uma só dessas ás potencias esfrangeiras, já em relação aos
entidarles separadamente, e sim pelo concurso proprios membros da associação; cumpre
.que
harmonico de todas; só no caso de descentra- elle se dissemine hierarchica,mente por todos os
F
fi
Ë
-52- f
t
¡
pontos d0 territorio nacionsl e estrangoiro,
para estar preseute sempre e ern qualquer par- '
Porìer Judiciario, ;tikabe decitlir cnr,re
: ella e o outro litigante, com a, indepenclencizr
te onde precisarem ser representados e defen_ :
i:
e sober.ania que lhe sãio proprias.
didos os interesses sociaes; lìnalmente resolve- i.
_54_ -55-
eocordo com as theses de nossa são de superintendencia, ponderação e direc_
Lei Funda-
menfal? Examinemo-lo. ção sobre os mais poderes. (Const. art. gg.)
Diflicil por certo era a tarefa de crear um
poder com sufficiente força para conter 0s ou-
s 3..
tros, mas incapaz de absorvêl-os, ou simples-
THEORIÀ CONSTITUCIONÀL
mente de attentar contra a sua indepen-
0 dencia.
-cleresnosso systema politico reconhece os p0_
legislativo e O legislador constituirrte, porém, com admi-
executivo; e, desmembrando
deste as funcções judiciarias, com ellas cons- ravel sagacidade, realizou este desiileratum,, com_
titue um poder distincto. (Const. art. {0,) pondo o sublime apanagio do poder moder.ador
A todos proclama independentes, e considera com funcções taes, que a sua influencia sobre
como delegações da naçã0. (Const. art. lz os outros poderes não póde deixar de ser sem-
a 98.) pre saluTar. (Const art. l0f), e confiando-o
Embora, porém, tenha elle procurado a,tten- pritsøtiuamente á um Monarcha hereditario
tamente equilibrar e harmonizar as funcções (Const. art. 3.o e 1.1,7),que qualifica de Chefe
Supremo da Naçã0, e.seu primeiro Represen-
a sua independen-
destes poderes, previo que
cia facilmente degeneraria em rivalidade e tante. (Const. art. 98.)
luta, ou na sua final absorpÇão por um delles, Embora pois a Nação tambem seja represen-
isto é, na anarchia, ou despotismo, senão exis- tada pela Assembléa Geral (Const. art. Il), a
tisse uma entidade superior á todas; á quem preeminencia na attribuição de representa-la
competisse velar incessantemente sobre elles, cabe ao Monarcha, cujo caracter de soberania
para contel-os dentro de suas orbitas pro- emana da sua irresponsabilidade (Consti art.
prias. 99) r da posição sobranceira do poder modera-
Para este fim foi instituìdo o poder mode- dor enl relação aos outros podcres do Estado.
rador, á quom se incumbio esta suprema mis, 0 Monarcha é tambem o chefe do poder exe-
-56-
cutivo, cujas attribuições são em par.to gover-
sua mola ,r",,rt;;; ;r, parrir a vida e
namentâes, e em parte administrativas. energia para animar todos os meios do bem ser
Elle, porém, não póde exercitar esfas func-
publico; deve por isso recolher torlos os escla-
çôes senão por meio de agentes responsaveis
recimentos necessarios, organisar os elementos
(Const. arI. 1.02 e l3Z.) As mais importantes,
da sua acção, circumdar-se de coadjuvaçãopres-
que aConstituição ennumera no artigo {02, são
tante, omfìm desempenhar em gráo elevado o
exercidas por intermedio dos Ministros d,Es-
que faz trm bom adminisilador particular quan-
tado; as outras, cujo complexo constitue ù clo quer e sabe desempenhar seu cargo; natla
legislação administrativa, são postas em pratica
olvidar, tuclo prever, e reprimir quanto é nocivo,
por agentesde cathegoria inferior, que compôem
promover, secundar e realizartudo que éufil. ,
a immensa hieralchia administrativa.
(Pimenta Bueno t. 6o cap. 2o secc. I'n. 350)-
Assim, nr nossa organisação politica o Im-
perador impera (Const. ar|. ko, {5 7", 86
S S
DAS BEr,aqÕES DA ADMTNISTRAqÃO tração pela sua attribuição de nomear e demittir illi
coM 0s
PODERES DO EST,TDO liuremente os ministros tle esta,do (Const. arÍ. 'ill.r
_!j
e llxecutivo govelnamental. toda publica adminisfraçã0.
D" rcluçäes da adnrinistmção com o.poder Legislativo.
Quanto ao Poder Executivo governamerital,i;ão
Q ?."
$ 5." Das relsso-os da rdministração com o poder Jurlicial.
intimamente entranha,das são as suas relaçrjes
prestigio' o
66-
ß9o
-67 -
dâ. pratica o pensamento da lei, esclarecentlo e
DAs RELAçÕES DA .A,DMrNIsrRAçÃo colr o poDER completando a palavra de que ella se serve, c
LOGISLÀTIVO. decretando as medidas secundarias de mera exe-
cuçã0. E' esta a attribuição que no art. | 02
0 legislador é a intelligencia que formula a
$ {2 aConst. concede ao poder executivo, quandtr
regra; a administração é a força mecanica que o autorisa a expedir decretos, insl,rucções e re-
l executa. E' a adrninistração quem fransporta o gulamentos adequa,dos á boa execução clas leis.
pensamento legislativo do mundo subjectivo Esta missão supplementar confere ír aclrninis-
para o objectivo, quem o torlra sensiyel e activo, tração caracter quasi legislativo; não se tra[a
quem o traduz em phenornenos materiaes so_ da faculdade de interpretar as leis, que é attri-
ciaes. buição exclusiva do poder legislativo (Const.
A lei deve ser geral e permanente, e portanfo arf. {5 S 8'); e sim apenas da faculdade de faci-
exprimir-se por meio cle syntheses applicaveis á litar e dirigir a execução tla lei, adapfando-a ás
todos os pontos tlo territorio, e á todos os mo_ circumstancias variaveis das localidades, ou. írs
mentos do longo periodo que cumpre que ella novas emergencias do tempo, suprindo a a,usen-
viva. As circumstancias sociaes, entretanto, cia do legislador, á, quem não convern invocar tlc
se
modificão e se [ransformão perennemente no es- continuo para solver as peq[enas e sempre re-
paao e no [empo; e a lei não póde prever e pro_ Rascentes difüculdades de execução-
videnciar ácerca dessas transformações de todos 0nde, porém, cessa o dominio da Iei, e começ¿ì,
os momentos, desses milhares de emergencias ¿l tarefa regulamentar da administração? Em
sempre novas. fhese já
respondêmos: a lei formula syntheses
geraes e permâ,nentes; a administração rJes-
Assim, para que a sua execução não encontre
envolve estas synlheses, applicando-as á,s cir-
tropeços, incumbe á administração applicar sys-
cumstancias especiaes e varia,veis do logar e tlo
l,ematicamente á,s hypotheses variaveis da vida
tempo; a lei proclama os principios, a adminis-
-68- 69
tração deduz e organisa as consequencias. Na Dest'arte, a lei que organisou as Municipa-
applicação pratica, porém, desúa these, nume- lidades, as eleições, a reforma jucliciaria e to-
rosas diffieuldades apparecem,
{ü0 não achão das as outras importantes, têm sido acompanha-
facil e completa solução na nossa legislaçã0, das Decretos, Avisos, Fortarias, etc., accom-
dre
nem na sciencia; entretanto, cumpre que en- modando as suas theses geraes ás circumstan-
tremos em alguns desenvolvimentos. cias especiaes que no correr dos tempos têm cle
Para que a lei conserve 0s seus caracteres novo emergido.
proprios de generalidatle e permanencia, é pre- Assim tambem, as materias, cujo estudo exi-
ciso que não desça ás medidas modificaveis se- ge conhecimentos especiaes e technicos, não
gundo as necessidades locaes i {ue, attendendo convem que sejao desenvolviclas pela lei, que
sómente a0 que ha duradouro e estavel nas re- neste caso deve limitar-se á decretar bases ge-
lações sociaes, ponha de parte as circumstancias raes, e sobre estas cumpre á administração for-
accidentaes, transitorias e ephemeras que podem mular a organisação dos serviços technicos.
modificar estas relações. As assembléas legislativas não podem ser
Nem o poder legislativo, com a solemnida-
. compostas de intelligencias encyclopedicas em
de e a lentidão de suas discussõesperiodicas, todas as especialidades que constituem 0s va,-
seria proprio para entrar neste estudo longo, rios ramos clo serviço publico; demais, clomi-
minucioso, e sempre a renovar-se; para elle nadas mais ou menos pelo espirito politico e
sómente é adaptada a administração, cujaac- habituadas ás discussões ruidosas, e por vezes
ção é perenne e ininterrompida, cujos agentes apaixonadas e tumultuarias, não podem fazer o
hierarchicamente distribuidos por todos os pon- estudo sereno e reflecÍido que a solução dessas
tos do territorio e todos 0s ramos do publi, difliceis questões exige. Pelo contrario, a ad-
co serviç0, podem e devem estudar essas cir- ministraçã0, cercada de conselhos numerosos
cumstancias locaes e ephemeras, e de prompto e especiaes, auxiliada pelas notabiliclades das
providenciar a respeito dellas. sciencias, amestrada pela pra[ica dos negocios,
_ 7t _
-70-
as secretarias tle Es[aclo e de Policia (0. n,
póde na tranquillidade do gabinete perscrutar
781 de {0 de Setembro de [854), erc.
todos os arcanos clesses serviços especiaes, de
Outras vezes a materia é de natureza tal, que
modo que satisfaça completamette cada uma rle
não é possivel formularem-se meditlas definiti-
suas necessidades.
v¿ìs ; cumpre que se fação ensaios, estndos pra-
Esta é a razáo que explica diversas autori-
tieos, que habilitem a optar-se, setn perigo
sações concedidas a0 goyerno,' c0m0 a de re-
cle deploraveis erros, entre systemas reluct¿ntes.
formar as alfandegas e sua pauta, os consu-
lados, as mesas de rendas, as recebedorias e a
0 governo é quem por meio clos seus reguli-r-
mentos cleve fazer estes ensaios, e só tlepois
arrecadação de diversos irnpostos (Lei. n. 2l+3
que se completa o estuclo, que as idéas se ts-
cle 30 de Novembro de 184{, ar[. [0,n. 369
sentão e f;omão as slras {órmas definitivas, ó
cle [8 de Setembro de [845, art. 28 e 30,
que o pocler legislativo rleve intervir com a sua
n. 514 de 28 cle 0utubro de [848 arr. autoridade, på,ra sanccionar c toLnal permiì-
46, e n. {040 de {4 de Setembro de {859
nente o result¿rdo destes estudos, atloptando o
art. l9), o regimento das custas judicia-
systema quc se houver mostrado preferivel.
rias (D. n. 604, de 3 de Julho de [850),
Qnan[0, porém, ás leis quc clizenr lespei[,0
os Estatutos das Faculdades clo Imperio (0. n.
ás relações indiviclu¿les e reciprocas dos cicl¿r-
608 t'le {6 cle Agosto de [85]), a instrucção
dãos, ou que directamente affectã,0 os seus di-
primaria o secundaria do Municipio da còr-
reitos primordiaes, cumpre que sejão ben ex-
te (0. n. 630 de {7 cle Setembro de [85]), o
plicitas e clesenvolviclas, álim de que os grandes
Thesouro Publico c Thesourarias Provinciaes
e sagraclos interesses tla liberdade, da honra,
(D. n. 563 de4 de Julho cle 1850),aContado-
cla segurança e da propriedade dos associados
ri¿ Geral da Guerra (D. n. 57k de 28de Agosto
não fiquem dependentes do arbitrio, da igno-
rle tB50), a qualificaçã0, organizaçã,o eserviços
rancia ou cla má fé daquelles a cluem incumbe
dos Guarilas Nacionaes das Provincias limitro-
a applicação destas leis.
phes (0. n. 520 de [4deFeveleiro de [850),
-72- -73-
Não se entenda, entretanto, que, por seren nistrativa, em vista da natureza tlas.funcções
menossagrados ou preciosos os interesses geraes de que emanão ; não slLo, porém, universa,es, fì-
do Estado, devem ser tratados com menor am- xas e permanentes; pelo contrario, se restringelr
pliclão pelo poder legislativo ; mas sim que es- ou ampliã0, segundo a maior ou menor ex-
tes interesses são sufficientemente protegidos [ensão do territorio, 0u os costumes do povo de
pelas formulas geraes á que â acção adminis- que se trata, ou segundo o gráo de confiança que
trativa está adstricta, pela superintendencia das o poder legislativo e a aclministração reciproca-
camaras legislativas, pelos debates livres da im- mente se inspirã0.
prensâ, pela responsabilidade dos agentes ad- Quando o poder legislativo [em em perspectivtr
ministrativos, pelo exame inquisitorial com que um paiz extenso, cuja populaçã0, producções, ne-
as opiniões politicas divergentes do governo es- cessidades e accidentes necessariamente varião
quadrinhão todos os actos deste. muito, não póde descer das suas theses genelicas ;
As pequenas lesões dos direitos ou dos in- aliás emprehenderia tarefa incompativel com os
teresses meramente inclividuaes não são tidas seus recursose a natureza desuamissã0, equepor-
em igual eonsideração pelos orgãos daopinião tanto seria forçosamente mal desempenhacla.
publica, e mais facilmente passão desaperce- lìraccionado, porém, o territorio, e por elle
bidas; é por isso que as leis, que á estes di- disseminatlo em pârcellas analogas o poder le-
reitos ou interesses se referem, devem ser bem gislativo, diminuida conseguintemente a ex[en-
explicitas e amplamente desenvolvitlas, para são de sua tarefa, fìca este haliilitado a descer
que suas lacunas ou omissões não dêm lugar dessas theses geraes para outras menos amplas;
a abusos e lesões, que por fs,lta de écho pode- e tal será o fraccionamenfo deste pocler, que sem
roso, que as repercuta, fiquem sem reparação e inconveniente possa entrar na apreciação dos
repressã0. factos mais especiaes e individuaes, iclentifi-
Taes são as linhas divisorias que é possi- cando assim em parte as suas funcções com as
sivel traçar entre a acção legislativa, e a admi- da administraçã0.
[(]
- 7l+
- I
t'
-75-
Tal é a razáo justilicativa da disseminação do
I
póde convenientemente estudar e satisfazer os tunas e todos 0s nomes, nenhuma outra grantlc
numerosos e complicados interesses de cada influencia resta akim da do Estado : dc sor[e qne
uma das vinte provincias, e neste serviço é van- os cidadãos, cleshabituados de fodo o cstorco
tajosamente subsl,ituido pelas assemblél,s pro- espontaneo em prol dos in[eresses geraes ou col_
lectivos, conliã,0 inteira,men[e a gerenci:r destes
vinciaes; assim como estas, por não poderem
á,vigilancia, 0 recursos clos poderes publicos.
conhecer às pequenas necessidacles e as espe-
ciaes cire umstancias de cada municipio, são com
llinalmente a maior 0u menor conlia,nçl qur:
igual vantagem substituidas nesle serviço pelas o poder legislativo cleposita na, adnrinisf;ração
influe poderosamente na, ampliÍude relalii,a, tlc
camàras municipaes, cujas attribuiçoes em parte
legislativa, como sua acçã0. Facil fOra aponta,r na historiri tlos
são cte natureza puramente se
paizes estranhos expressivos exemplos desúir,s
cxpõe no Cap.8" S 4'.
alIernativa s.
Tambem o genio, os costumes, as tradiçôes
Assaz é, por'ém, lernbrarnlos que no pi"irneiro
dos povoS, podem influir na ampliação, ou res-
reinado opoder legislativo, clominado Íalvez por
tricçã0, da acçã,0 dos podercs politictls.
pa,nicos tcrrorcs, se esforçava, por lirnil,ar: quan[cr
Paizes ha, onde a propriedade se acha con-
era possivel a acção da a,drninistração; havendo
centrada em poucas mãos; txtde se encontrão
clepois, clurante o perioclo regencia,l, assumiclo ir
grandes influencias hereditarias, nomes pres-
preponderancia, não ousava confiar nos recursos
ligiosos, corporações poclerosas pela sua riqueza
desprestigiados da adminisfraçã0, nem tão poLrco
e clientela,. Ahi a acção do Estado é muitas
armaJa c0m a necessaria força, receioso depertìer
vezes limitada pela concurrencia destes indi-
viduos ou corporações, r¡ue estão na posse cìe
a sua preponderancia. Pelo con[rario, semprc
76- _77
-
em harmonia os dous poderes, depois da maio- de infractora da Constituição a lei que enì miì,-
ridade do Senhor D. Pedro II, tem frequentes teria administrativa se limitar á theses ger¿les,
vezes o legislativo commel,tido ao executivo o ou a simples bases, deixando o seu desenvolvi-
exercicio de funcções suas importantissimas. mento aos regulamqntos; pois, como vimos, em
Contra os abusos destas delegações legislati- alguns casos convem que assim se ploceda.
vas, concedidas ao governo, sabiaelargamente Porém, bem como pela natureza de sua mis-
discorre o Sr. Senador Pimenta Bneno (Dir. são a administração é algumas vezes investida
Publ. Bras. tit. Lo cap, 3o secç. 3"). Ellasenvol- de attribuições quasi legislativas, do mesmo
vem a confusão dos poderes politicos, e ferem modo o poder legislativo tambem alguntrs ve-
de frente o art. 9' da Constituiçã0, quetleola- zes exerce attribuições que theoricarnentc sc
ra que a divisão desses poderes é o principio devem classificar corno administrativas.
conservador dos direitos dos cidadãos e o mais Assim,quando estepoder, ao formularas snlìs
seguro meio de fazer el.Tectivas as garantias que theses, entrapela connexão das materias n0exr-
a Constituição offerece. Demais, importã0, em- me dos meios praticos de execução ; ou quando
bora transitoriamente, a alteração nos limites approva tratados que envolvem a cessão ou
e attribuiçOes respectivas dos poderes legislativo troca de territorio; ou ratifica contratos feitos
e executivo, o que tå expressamente vedado ás com os particulares; 0u approva pensoes e
legislaturas ordinarias (Const. art. [78). Tão aposentadorias, que exorbitã,0 das leis, ou rìa
inconstitucionaes são essas delegações como a ausencia destas; ou tlecreta qualquer rneditla,
que o poder executivo fizesse de alguma de suas meramente individual em execução da lei, ou
attribuições á qualquer das camaras legisla- supprindo a lacuna tlesta; é evidente que cllc
tivas. desce das regiões que à sciencia lhe rssigna,
Entretanto, como não é possivel traçar-se para entrar pelo dorninio proprio cla ¿idminis-
linha fixa de demarcação entre a esphera legis- [raçã0. Entretanfo razões ponderosas explicão
lativa e a regulamentar, não se deve qualificar e justilìcão esta tlesclassificução de altlibuiçoes,
-78- -79-
s 3." exercem as circnmstancias de lugar e tempo. A
justiça, peloconl,rario, sobranceiraá toda ¿r in-
RELAçOES DA ADMTNTSTR.{ÇÄ0 CoM 0 PODER JUDTCTÁL fluencia, executa inflexivel a lei, qualquer qne
seja o interesse que vá ferir, e, moldando sua,s
Quando expuzepos os mutuos auxilios que se decisões pelos termos estrictos da . lei, ¿ìs pro-
prestão o DireitoHministrativo e 0privado mulga e executa, sem attencler ás consequen-
(Tit. ['Cap. 2, S 4), já indicamos alguns ponros cias que dellas possão provir, seur odio, senr
de contacto entre a aclministração eo poder judi- temor e sem piedade.
cial. Mais tardo temos de occupar-nos de novo E' por isso que os agentes da administra,-
cleste assumpto, descendo á noções mais indivi- ção são amoviveis e responseveis, e seus ¿lctos
duadas e praficas; assim actualmente só nos revogaveis, emquanto os magistradossão perpc-
limitaremos á principios gera,es. tuos, independentes, soberanos em suas deci-
Tanto a administração c0m0 o poder judicial sões, e só por ellas responsaveis n0 caso de irr-
tôm por missão a execução das leis; aprimeira, fracção de lei penal.
porém, só se occupa com as leis de interesse Assim constituidos a administração e o p0-
geral, e o segundo com as de interesse priva- cler judicial, e gyrando dentro cle suas or:bit¿s
do ; a primeira é incumbida de curar das ne- proprias, ficãro ao mesmo tempo satisfeit¿rs cs-
cessidades gera,es ou collectiva,s, e o segundo tas duas supremas necessiclades da vicla, sociai,
de defender os direitos individuaes dos as- clefesa dos interesses collectivos e a dos direi-
-a
tos individuaes. Invertão-se, porém, os papeis,
sociados. Desta diversidade de missões pro-
vém a clifferença de sua natureza e de suas ou invacla qualquer delles a orbita alheia, e ap-
funcções. parecerá a anarchia; todos esses interesses e
Assim, a administra,çã0, fendo por lei suprema direitos soffreráo profundamente.
o interesse geral, deve modi{ìcar os seus actos Entregar a distribuição da justiça á agentes
nu razár da influencia que sobre este interesse administrativos, seria, despila dos seusc¿tra,c-
-80- .8{-
teres de independencìa e inflexibilirìade, que
Como, por,ém, não é possivel traçar_se enr
são a salvaguarda dos direitos indivitluaes
torno dos pocleres puhlicos linhr tle tal modo
$os,cidadãos; seria entregâr estes direitos á clara e fixa, que toda
a$íeciaçao mobil, incerta, influenciada pelas
a reciproca inr,¿rsã,o
seja irnpossivel. succede nlnitas vezos que
mil circumstancias variaveis que de continuo esttrs
poderes, acreclitando excrcer. fnucçJe. pro_
acÍuão sobre o interesse publico e o modificão ;
prias, se intromettem no dominio alhoio. ou
seria finalmente substituir o principio do arbi-
pelo nienos impecern 0s outros de se urovelcrm
[rio ao do direito. livremenfe dentro cla, sua plopria esphcrtr.
Tambem, pelo contrario, entregar a adminis-
A ir,dministraçã,0, á pretexto clc expedir, ins_
tração aos magistrados, seria despiJa da sua fle-
trucçÕes e regulanlentos aclequados á .boa execu_
xibilidade .propria, da sua srbordinação hyerar-
ção das leis, por vezes põe-se a interprof;a_las,
chica, c sacrificar muitas vezes 0s intercsses pu-
ou pretende clar direcção aos magis[rados solrre
blicos á, supersticiose, servil e material obser- o modo de :rpplicalas; ou então, regulando o
vancia clos textos legislativos.
exercicio de funcções aclministrativas, abrange
Entretanto, tão graride não deve ser a separa-
e com estas coniunde outras de orclem rlìera_
çã0 entre os dous poderes que se não possa mente judiciaria.
algumas vezes confiar aos agentes de uns ¡rl- Por outro lado, o poder juclicial a,o lornar co_
gumas funcções, que theoricamente pertencern nhecimento de tluesl,ôes clc su¿r competenci:r, ci_
ao outro; isto, porém, sómente deve ter lugar vis on criminiles, encontra, com ellas enfr.ela_
quando entre estas funcções de diversa ordem
t¡atlas outras tle orclenr rr{ministråtiy¿t, e a,s sol_
houver tal nexo e depenclencia que sem incon- t,c con,iuuctamcnte, ou pela applicacão ¿rcinl,os¡r
veniento se não possa, sepata-las, e exclusiva- rlas leis penaes. cercêa aliherdacle rle acção clos
mente á respeito cle attribtrições de pequenâ g'cntes aclntini
:r sf ra i,ivos.
importancia. Em regra 0 administrador sómente Talrto uìls c0mo oul,ros dessesfaclos s¿io vtl,-
deve administrar, e o iuiz julgar.
dadeiras usurpações: Que cumpre evilar. A
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CAPITULO III
qüem, porém, incumbit clesta repressão? A qual
á0, cloqs ppderes, que são partes no letigio' nl.i co¡t¡tÇoos ESSENcIAES DA oRGÀNIzAÇAo