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Ana Fani Alessandri Carlos

A CONDIÇÃO ESPACIAL

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editoracontexto
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'riilos {\ di4nor deü2 cd(io r§nl(lor i


I.!iior. Co.rdro (Fliioh t,insky rida.)

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Müht n d. ú?a . diawMçao
CuÍ1vo S. vil5 Bo
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D/Jor lnrernruonàis d. CrÍ:lôsrçro nr rubtquo


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EDrrôR^ CoNarxrô
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h3* (lt) 3332 5338 Pata Marcia
onrxro@êditoh@oidio.ôm.br
w.dito'âont*to..on.hr pek apo;o inrondiional, estlnak inessante,
mfn, por atredítar en meu trabaho.
SUMÁRIO
() 8sP^ço coMo coND!Çio
DÁ REpRoDucio
9I
Marxe O capnal........ ..... ........... - -. -.. ---- '',,,. ',,,..,,,.,9 l
... ..
Á produçio do espa5o uro,;..." eJ
oo proLesso,le vrtorização
*.,,.,,;
do capirat. .

o aj,rtê es?ac,at como so,;,; ;; ;;;:;;r;; _,._",;:


A cidade como negócio e o nouo sentído do espaço ....I 12
 RTPRESENTAçÃo ÂRcArcÀ
Do EspAço E o Esr
ço púBLICo, APRESENTAÇÁO
PÁRÀ ÁTÉM DA E.TERA
PÚBLICÁ, E sEU SEN,I.IDo
ATUAL ..125
Contradição privado/público....
......137

CoNSTDER{ÇóEs rrNAIs:
CoNstqurNoo e t"^"t"cRÁrh"
o .",rd" ..í,j". ^ "". .... .. t4l
... .. ---. .:-__-__-""
A merageografia como proposta Esre livro aponra o €âminho que permite pensar a produção do espaço
,,,.147 como imânente à produçáo da sociedade no movimento (hisrórico) de sua
reproduçáo. Thra'se de pensar a produção do espaço em seus fundamentos
BrBrrocR{rÁ sociais, isto é, a produçáo do espaço inserida no conjunto de produçóes que
....153 dáo conteúdo e sentido à vida humana. Desse modo, .stabelece*e um ponto
de partida posÍvel: o espaço, ml qual pode ser apreendido pela Geografra' num
movimenro dialético que o de6niria como condiçáo, meio e produro da açâo
,,,,'',,,159 humana. Situominha invesdgaçáo, porranto, nâ Produçáo do espaço localizada
oa rotatidade do processo de produçáo social  intençáo, Portanto, é de üârr
algumâs ques(óes que cômpóem a problemáticâ espac;al hoie
A questtio eEatial tem me perseguido desde que terminei o curso de
Ceogra6a. Naquele momento, uma certeza nublava a felicidade da entáo for-
manda: depois de tanto tempo dedicado aos estudos, os conteúdos da noÉo
de espaço permaneciam uma incômoda incógnita. Décadas depois nem rudo
foi solucionado. Na realidade, quanto mais se aprende sobre uma coisa, mais
os horizontes vão se abrindo. Mas se acrediamos que os avanços teóricos na
disciplina sáo coletivos, algumas dessas reflexóes precisam vir à luz do dia para
que outros possan contestá-las ou aprimoráJas. Desse modo, o trabalho solitário
pode encontrar interlocutores dentro e fora da Geografia, posto que a produçáo
do espaço coloca-se como desaÊo para todos aqueles que querem enrender o
mundo modernoea condiÉo âtravés da qual a vida seconsritui e se desenvolve
hoje, iluminando as novas contradi@es ben como o horizonre em que deverá
se siuâr o projeto constitutivo de uma nova sociedade.
l'lr l'\l,N I Àrl
^ ^(,
No nrunrL nrorlcnror inrcnsi<tllc
dos procesvxc:r vctr:ciride
tcrmrrcrmrrrctaroort,xhrrrr,rrnrn.icJt.r",..,",,.,r.r",;;.,;;;,: do aconre_ rn.tlisc rlo plaro da thorncno[,gia prm o rl.r prltic.r nrl. I )tcont thÍ o cnrcn-
rrannormam, rrmpo, a(etcr.rnr Jiorcn«, dc quc o rrruntlo ptxluzitk, nvch sc conl, obr:r ltrntanr, ro longo
o,irn,o. ..Nu\su r ." r. ; ;;;;,;::::: clo proccsv, civiliz:rtório. cnr urr rcproduçáo. pratic.rmenrc Há nesse Proccsso
rempu longo.'. no,.r'rvera
Crtvino. o td,,r,,l"
"^,,.p. ;;.;;.;:' :;.;r:', Lrn,a duplâ deÍerminàção: o honrem sc objcriva construindo um mundo rcal e
,,s:ra ur.n prcsen e,em espessu
" l:
,urnj\rória.de,xrflo
ra prrece de,pir..
il;" o: ; ;,;;:;. concrero, io mesmo tcmpocm quesesubj€tivâ no Processo ganhrndo consciên-

expenenua e senrido :as,ol,,lop.tr


àbredoin,rân,r,_
daqurlo que pro<tuz
.;;;ffi;; cir sobre esa produçáo.
Àssim, se no plano do conhecirnenro o espaço rwela*e em sua dimensáo
ju: \e Gtuma nJ'e oc;,.
:rr ve? mri) rquete
crdr
e
;; ;ü:,',;il;i:::f #T::]:;:
do n;o uro. togo. dr njo rdenridade
.rbstrata, elc corresponde também a uma realidade reat, uma vez que sua produçao
social liga+e ao plano do concreto. A materializaçáo do processo é dada pela
Lomo rs rehções soc;ais rém
um, , rcar n, condiç;o de uma conc.etizâçáo das relações sociais produtora dos lugares, revelando adimensão
.,;,,e".i".,p,.i"r. i,," r.;;,,::1,;;r"''i:i, dâ produçáo/reproduçáo do espâço.
'",".,r;-,, ;.ffi '*''"irio'da vida coridiana. ehr
".r"e,-a.;;;;:
o que é Íeiro arravés
da memória.
Lade n," relaçoes me<liadas
pelo uso,
Portanto, se o espaço foi duranre muito temPo pensado como localizaçáo
dos fenômenos, palco onde se desenrohva a vida humana, é Possível Pensàr
A memo à conb katmeare n, umà outra dererminâção que eocerre em suâ narurea um conteúdo socialdado
,,,r ;;;,i,.,;ff"';.,1.:;#:l_T: pelâs relaçóes sociâis que se realizam num espaço-rempo determinado; aquele
^*_..;,.
.e permirrrfarr em e1m(e, riluj,o que .e prrrende
í
;:;ll::: *.:, dr sua constanre reproduçáo, ao longo da história. obrigando-nos a considenr
derxJr de.er..e, .em dciu, de rornrr \e . o conteúdo da prática sócio-espacial em sua complexidade.
S;o as mudanças no rempo lsso equivale adirr que as relações sociais ocorrem num lugar determinado
- a ,notttmitate . , - e. no
,,u esDâ,
lJpdço. e na ,ua reliÊo. que
dcÊni hoe.
riudaín I scm o qualnáo se concretizariam, num tempo fixado ou dererminado que mar-
Tenho insjsrido nofato deque caria a duraçáo da açáo uma açáo que se realiza como modo de aPrôpriaçáo
-
nos deoa vâ,;a, po,sibiridadesdc
.ompreenuodo mundo na escala da reprcdução da vida. Desse modo, as relaçóes sociais que constroem
ar";;;;;c;:"*"com
* -e'm, rorma renhoin.nrido o mundo concretamente sc realizam como modos de apropriação do espaço
no Írro deque., anâ,ise
d;;;;;;,;;::::" para a reproduçáo da vida em todas as suas dimensóes. Referem'se a modos dc
,c .o ,".
"._ " ..r.nd;"
cn,lu,nro retações
i;:;;;;::
espr.iais. É através da e n
::::,i::?.fi*;:ffI,",1il: apropriâçáo queconstroem o serhumanoecriam a identidade que se realizapela
r,,,J"",. ,.J,, ."q,";l; ,; ;;;":',: ii",, j:lca eL,o-espac;ar que o in. mediaçáodooutro (sujeito darelaçao), j:que sociiis têm concr€rude
as relâçóes

.",,,,,ç,. d, h,.,,';,;.;'; J:ã:":.,_:j:Ii no espaço, nos lugares onde se realiza a vida humana, envolvendo um determi-
cm scu conjunro, em sua
âção real, em seu n
Ii:;:::il;ji: nado eo,prego de tempo quc se materializa cnquanto modo de uso do espaço
uma caracteristica davida humana, além de condiçáo da reproduçâo que
,,,.,. ..",, .,,'" "";.;;;;;,à;:: T, J:l :i:.iff ::..1;::["1- Essa é

.:lll,:i:ol.de\e o, {oscu.,i,,e.e,riz,m,obd se realia envolvendo dois planos: o individual (que se revela, cm surplenitudc,

'irrJndo ahrmâmor que a


fo;m, r.;;;ffi,;.;lffff no ato de habitar) e o colerivo (plano da realizaçáo dr sociedade, realizando*e
(urs roncrcrà, mrrer;al;ândo-sc. obicnr,,".;r,,";;,;" il"
rctaçoes so. iai, re
na cidade). Assim, a relaçáo espaço-tempo se explicira, na condiçâo de prática
aponramo,,ma r r.J;;;;
tm rÍtàção àos ottrlos ,ab?ft\ ;;à:;#", sócio-espacial, no plano da vida cotidiana, realizando-se enquanto modo de

Ao enfocar a prárica, o movimento apropriaçáo (o que envolve espaço e tempo determinados).


do vài na d jrcção do Na imposibilidade de rudo direr sobre o tema, aPÍesento, PorranÍo' um
.-. *.. d.,_ p.j,i.,, *,, :;;;;;;:.":l.Jjmen,o dos movimenros consrirutivos da problemática espacial através das possibilida-
tormâ. prra enrende, o
modo como o ,er humano
, | .uesla
Í(1.'çro com r nrLureTa net: mesmr. se realiza na rua des postas pela Geogralia. Nesse sentido, convém não esquccer o modo como
e rem deta ,a,,. fr._*
**"1,. a*f.."r, Lcfebvre rermina seu livro Hzgel, Marx a Nietzsthe: ou k rolaane du anbrcs:

llol ll1
Noc,l.,!o sc inrrcvcnr
c nrar.r,
,,,,",". r i -,*,^,,,,,,,k r,(^. J., n,cno.
",,;;,:;;,,," i ilj,:lt
.".p.,,., p,",; ,;,. *,, i,rr, i,r" ". m.io J* Jir.,cn\^ 1..1. r-rc
" do posÍver l ..r
uoru e prôdu,o dr $prcir h..,",.
o «pa5o ut dr ombrà" i ':'''oade
a" ,. -t'p.. "oj:]:' como ô plJhe,a
',"a,ir. ,.,.-'"'-
Muiras das ideix aqui apresenÍadÀs
àD, outros
e cap,ruro' de rugares' an igos
à..-p**.j.
rivro" Aqui
d*
..I:;;,' il JIii':"'m
*uo rnovimcnro em dircc:n
para um no,o mo<to
-,,;;;ü;; ;.:'J:'' espaço encerra.
apon*ndo
de e,0..,,r" a,. iu,,, .r,1oo
dcprernde peros conniro, J",
rurr
;;;;." 0;;,:' :''r'e:.a e pera
pero e,paço qu* INTRODUÇAO
p,," Íi,,ri-^ erra no camn"
errudosde ueos,,6r urb
s".r-i,;; ;;;,;;:;,:::::',,** da GESp-supo de "tult se wnú a aata utu c,

c,t,;* a,a;_i I i!.:bicnt" d, i dr &nio L ,,ii


*, r,g",".,a. ,",-,; ^,^ "o,a
"
a.s,' ;;.;,;'.,_ili;;:..,,,;ii:T:J:,:.:-^ Go(he

Fêuefti'o d? 201 t Da necessidade constante de se interrogar sobre o mundo e do desejo


Not⧠dc compreendêJo surge o ato de continuar, insistentemente, construindo
' rossos caminhos de pesquisa. Todavia, sempre que defrontamos com as
';::,:::i.i::::::''^/o' 5i.,"r. ( u dÀ k,rÀ , Da P ,\
"os
metamorfoses do mundo, deparamo-nos mmbém com o Êm das certezas, uma
vcz que a dúvida faz parte do ato de conhecer e o estatuto do conhecimento

*t .Iffi t,.if ,Í#,,,5li;, iii iirj*l *.k,*;,,* é ser provisório. Portanto, náo há verdades erernas, mâs um pensam€nro em
rn udança constante, exigindosempre novos parâmetros que solapam osantigos

parrdigmas, questionando os procedimentos teórico-metodológicos e expondo


g,*'**,**#:+r,#,m.;rxÍ;"*i:.1 r Í'ragilidade de argumentos pretéritos para explicar o mundo contemporâneo.
As mudanças do período atual (que muitos autores idenrificam como a
pósmodernidade) rêm sido associadas àu transformaçóes do/no rempo. Para
nú, geógrafos, o desafio reside em pensar em que medida a problemática arual
contempla o espaço, posto que esPaço temPo aPârecem na análise çogriÂca em

sua indissociabilidade, já que toda ação social se realiza num espaço dererminado,
num período de tempo preciso. Nessa perspectiva, as rela@es sociais se realizam
na condiçáo de relaçóes espaciais, o que signiÂca que a aníise geográ6ca revela
o mundo como prática sócio-espacial. A Geogralia, ao apontar a inexorabilidade
dâ relaçáo espaço-tempo, inclui uma perspectiva nova para a elucidaçáo do pe-
ríodoarual. Poderhmos, assim, argumenrarqoea pós'modernidade refern-se'ia
a uma radical mudança espaço-temporat, e náo apenas no tempo ou do tempo'
'làl mudança, levando às últimas consequências astransformaçóes sinalizadas
pela arre no inicio do século u, que anunciava a metamorfose radical de rodos

l12l
lN Ilt('l'tr(.
i\ rctircn(iiis csrCri(r\ ttUc oricDrJv.ll ^r)

::.:,::,#,:f .l;;,;;;:;:ll::::,::: x;:;:i::.,r:i:lll. rlo csp:rç,r.'As mrrcxs (lo r:lpitlr plxcs«r <lc rrrnslnnnrç:io qLrc vivenx,s hoic,
rn, nrei<, tr consrinriçiio rh nrundirlizrçio dr wriedàde, esÍ:-ú inrpressrs tanro
Ánunciada por Baudelaire nr paisagem <1uanm na consciê»c;r do hab;rantc.
na metarte
x* e re',aa ir úrrima"on.
o'*.,^ *',"'l 0.,*"# :iI:#':*" A produção do espaço abÍ€-se, pormnto, como possibilidade de compreen-
mu',.r- nova rrl:çàoe'p'ço rcmpo.
'a como novârb.,a"r.,. a" ,.*']1"' "'1 silo do mundo contcmporâneo, que, sob a égide da globaliz.açáo, vai ;mpondo
,onat A,asaeo da pnni;;;il.',",,:*::1*:1il.Tí11:::;: novos padróes (assentados no desenvolvimento da soc;edade de consumo e
tan.nÀau,c,devasnct. oo**, ao desenvolvimenro do mundo da mercadoria) a panir dos quais
1T::,"".:,,
oescurpas endereçada
ao cornposiror rlemi ".o..,,-,,.^*,.",* ol 'ubrneridos
vío se .edeânindo as .elações entre as pessoas numa sociedade tundada na ne-
indisnado com a arirude por BaudeLire qu'e'srara
r.l?;;:;,::;1*:ta
torma rtxa d., e<culrurr' por ecssidade de ampliaçáo consranre das formas de vrlorizaçáo do capital. Novos
prrü â expres, , *,...r" J. ,"i,"," tn'n''o tl'mb'o 'ua 'ez prdróes culrurais invadem â vidâ cotidiânâ merâmorfoseando antigos vJores com
râ,s como tsoícrôni). aqui o' l',rr,.i',a".
e n, ,,n,r, ob,.*' da penpe,rira. quando
i inrrodução de novos signos e comandando novos comportamentos. Também
Inr,, ao ro,i,"n,. a..,f,J;;.:;jl:j.l im r ntsse plano se vislumbra o que aparece como virtualidade no presente. Novas
o.u,,.,s,,,"..,^,.'nj,;,;.",.;;:.,* rcre,êncià
impondn,e. e\pJ.iar
questôes exigem rambém novas categoriasde análhe. Para l-ery, "ceaas palavras
j".::',0.'-'**"'':r ; ;;*.. ;. ;#::':;fli'.i,'il: i':::1.il::::: d.r Geogra6a", rais como me;o e gênero devida, desaparecem ou estáo em ctise,
a sua rorma mai, újetivr
e.impl;Êcada. mosrrana.,,,, outras, como fluxo ou polos, aparecem e outras, ainda, mudaram de lugar no
esprço. rr qu,t pr*isra na obra de Cizanne. "*",U...,_.n,i" crmpo semântico.1O conceiro dedisrânciipâra o autorcessa de remeterestrei-
rcmpo)r J pinrura (aponr:ndo ;r;;;;;.i:"*:
^.,,,".,
o espa5or rinalizrm r.,.,. ;; il;il:r: nmente âo geométrico para se nutrn de lógicas sociais mais diversas, fazendo
ma" erchrecem o sen,ido emcrgir o par lugar/área. Enquanto isso, a ideia de regiáo como expressáo da
;J:Ii:ifl.fl.aero. des.a modi6ca!io: o
cscala única da Geografia tradicional se encontra violentamenre conrestada,
u que seconvencionou
chamarrje..im rclativizada e colocada em outra perspectivaem relação a ourras escalas como
.
a vrúa.o,,dirnr. tranrÍormrndo_a ;mp,e8nou
promori<ra pera
.,0,.,,_llr.1*."**n.üi,
r-nenIe
P"rJ impo\\ro dr âb'rráção.
iquela do locale do mundial. Aindasegundo l,íry, o mundo da cidade mmbém
*,,,"n. ,,]*,lo,o'j ío emPo pe.rc seu, rponta novos desa6os, poisconrém a busca de diferenciaçáo (contrâdiçáo) mâis
..,*u.r",,",., *.,J,"üil,,:il .lo que a busca de regularidades (coerêncic).
enqurnrô o e\paço
"'"Íi!:de de hora' de rrabarho:
rornr .. o*,";.;: ;; Novas categorias de aníise se impóem como â de cotidiano, que ganha
"'ntidade
de coi'a' ou. arnda..:pi
6,or Fsa
"o,a
i ü;;:#;:i:l'l''
menuo ar
ccnnalidade na medida em que o proceso de reproduçâo geral da sociedade
rirm os íundamen osda,#l;.;',#:::::ru queos,onrzudo' que m,rca.
rever, esen.iarmen
rn:rnifestr+e, e pode ser compreendido concretamente, no plano da vida coti-
urbaru nao apenar num;;:; 'e c
., ;;,'H"',"r diana. A noçáo de cotidiano permire deíocar a questão da análise do plano do
rr,,,.,,,^. ..,,,,",.i";;:;5: ::;::::..,.",;Hi:,1".,:i:J: cconômico, sem, todavia, excluÍ'lo, para o plano dosocial, iluminando a prática
,o.rar ,eronriruisob
o capiratnmo moderno.
A Ío.." #;_,;:,"0, .;r:::" rcal e vivida na qual alloram as contradiçóes. Áí se encontram as determina-
,r exempÍo de Brasrlia, representa de modo
, Êcr o proceso de rbrr çócs do político e do econômico, ora conrrâditoriamente, ora em suas ali:nças
'rrrare' do qual os rcteren. il;;" r'ço
um, ruprura em reração r
H""'' produtodJ hi§rorir pa'd dpon'dr "pesando sobre a vida cotidiana".5 A extensáo do proceso de produção que
etr. se re,rliza englobando a sociedade inteira em direçáo à consriruiSo de uma
Hoie essr procexo ganhr posibilidade apoia*e na consriruifo de
sociedade urbana, como realidade e
novr dimensj A reprodusao
ourdend, porrcnómeD:, 'oc 'r se re.riza
.
;;':;
ú.,"a;,o,^,.,;,,6, 0.,.,:.;;;;;,;;.,Í"
:;;il:' rara uma orarid.rde novr (em
«m cotidiano fonemente programadoe rormarizado (como produro econdiçáo
<la rcproduçáo do econômico e do político). que cria as bases de constituiçáo
dcum espa50 mund rJ dc um ;ndividualismo exacerbado em contradição com o discurso de que rodos
",..*,.;;;;.",#"i::l1lilHilIJHi:: Íàzem pane de uma roralidade nova e cheia de possibilidades. Asim, a socie-

lrll
l5
I N',l',l( () l) tr (
.lâdc
^()
«,mc!,) (i,, \rel,, xxr <li,rrnrtr.
'r,
,",P", \",, J",.,. ;;."ü::j"j;;::T.::;,1,i:,::,::::::,::l;::,5:'*j l'onan«r, todos os sin«rmxs dx consriruiçáo do mun<lo contcmporânco
senc de dsafio, em ". face do rncrivctJcser
tvolvimcnro da tà nicr. quc amplia r.
po$,b'lidade, d( ridr h^
^r,--.^ ^--
s,,rdd." p,.d,,;;;;;il ;,:1.'"'" ' 'eixar de :proÍundrr a' rr^i Pode+e recordrr que aotes de iniciar o rerceiro milênio, o geógrefo
r,"a-*" i. ,.*, -.i"i,;: ';";,,;:':*"' ' oa concenrruç;o da r quczr inglês Peter Gould (1996) alirnou que o século xxr seria o saulo espacial.
de uma forte consciência do espaço-temporal t...1 um tempo em qre a
, produç:o ;:;,.;::;" ::",'::i..",". p,rad.p,o.o-n""
de um sabe, -," consciência do geográÊco vôlterá a adqunir uhâ Presenp destacada no
d. ,,,d. i,,é. ;.;;,;,;", ''".,,buÍdo o .ombrcamenr"
pensamento humano.
". x viar capaze, de
'uPe,r, a' con'rrdiçós vn.^..^,']I,:'J
**,,ii,là'obloqueum Posi"elmenre, como pare dos proesos de ampliÇo dr írontenas de
re a rransformáç.o da no$os€on.eiros (a explosão polnsêdca), mu tanbén do tedescobrimento
.rado. umr sociedade em
po'"ibirida,;;;ilff.L1',::J-'o mund;ar'inaIiza, po, um do espaço e do território na diversas ciênciu sociais e das humanidades.
urn p oce..o de rep odu*..;;,;;,::i":"J".;:::::flT:.JJ:ilff I']or ouoo lado, também ass;slinôs e uma norória confusáo entre o uso da
palavra CeogaÊa como uma d;sciPline cienrífica, isto é, como uma for-a
revera r prài\ e umr novd condieio de rorâiidrd.
de conheca. e a Gcogra6a como ô terrirório mesmo no qual ocorrem
maçoes €xige um novo
prradigma de analis
ueosrans enr,en,r rsorr
^,.,..*i;;;.rilI
alernariv,' que a diferentes fatos e fenômenos.-
.,,,. il]oculdade'-e
p'"e*o" confliruais
or,.",::::::::l:"
ma;osociar cm ourà ",.",*0", "'^ de rrunstor
Como úrma Harvey,' a soluçáo das crhes e impasses do capimlismo
d. ;,",;il,""#::ll. iilil...l;" "'::,e nunca. dimen'ao a e.pa. i.r ,,bictivando facilitar a acumulação do capital e abrir caminho para a acumu-
..i.,,-d.:" *n.,,;* d;r;;;::,:":: rerri,orio *"o e de pcrmrne,em
t*
dat hçáo, num estágio superior, requer uma organizaçâo geográÂca - a produçáo
ae rep,odu(ào meramor io'e' o processo
onóm ic.r pri\d aaorâ Deir
e( c.rpitalista do espaço.
r.' am ,ru"ida, de qu. dc um no,o e.palo Nro
,;;;;1; ff,']":'ç:o O raciocÍnio que quer€mos o esPaço, como ca-
desracar aqui é que
dere como.ond4ro e p,"d,,;d";;;;:: " " "pa"o rcarizrndo sc arr,rvi' rcgoria do pensamento e realidade prática, rraz em si a ideia de referên-
Ne",e .enrido'e expr cam
",;';a,a- ao *.i,.o i.;;:.;;,;,fi;':" as
.i, pârâ o ser humano, uma vez que é sua condiçáo de exisrência, assim
*,",..,,"';:;';; :*::Tfl
:11,,::, imobrtiirio.
,rsocra ao seror
'i ::J:J ;ilI;: :: eomo as transformaçóes da sociedade trâzem como consequência mo-
.lruando de íom v'z mai" hra na proJul;o dilicâçôes espaciais. A ideia de co ição, que dá rÍtulo ao livro, aponta a
Jo e'pa1o cm bu"ca con",,";;;- "'' "o'r prcocupação de pensar o fundamento da análise espacial no movimento -
Ir-au-r de um momento em quc. prra
n c;ta' rcaliada pela Geogra6a , localizando os movimentos da produçáo espacial
izrria mr ",irada
a*.i-"* ''t*
c,la. r.J'.' *sinatando rer u
imo..,r,,', 'e
a
do esprlo _de.ua produçáo _ como momento necessário da reproduçáo do humrno (e do seu mundo) sssa
no JesvenJamen." <ro
mu;" ;;;;,::,',o (onduçâo tornâ possivel uma primeira aproximaçáo: a produçáo do espaço
riJade do crpi,rri.mo
der.;,;;:";,il;:"''*uz'omorqriz.ruodavinur
pero pran«r. comoe' :rpareceria como ím.henk à Prcdnçâo social no contexto da constituição da
ricrrominrl;o da.,ond raregü
1;,;*;:;,
I ururrrt a mod*nidadcoc'";;'-;ffi
i:11,":*': eiviliaçáo. O aro de produzir é o ato de produzir o espaço - isto é, a produçáo
seBUndo
Ír5. r ivóri.J
;T'"f"duÊo'ontinuadarempo, poisna aru:r rlo cspaço faz pane da produção das condiçóes materiais obietivas da produçâo
es;;;;;;:..:::.:.".-íniodo rh história humana. Portanto, o espaço como momento da produçáo social
J",
".,",,j",Ç,.
"an,r8em
P" : q;,;.;;;::l:T,::ff::il:T:r:il:illl encontra seu tundamento na construÉo/constituição dasociedade ao longo do

J. qrr«en.ué processo histórico como constirutivo dâ humânidade do homem. Asim, náo


da o(redrJe mundrJiàdr que
sáo ehrnenremenre esp,ciais; r.on.uoi\ob no*us othô. hrveria leis do espaço, nem a possibilidade de uma onrologia do mesmo, posto
hobil,í i,flrçio
hr.,.JJ\^ do *r,.", que sua produçáo situa-se na roralidade do processo histórico como processo
o-,,.,u,rlloe. ,rele. "muni,,.;"ruI.
p.ti.pi....,'r,ii.,;. '.c"*;r;j;jlc','"c'PàcDüdJde' (on{,tú;ç,o de civilizarório, como realidade prática. Dessa forma, signiÊca dizer que náo exis-
tiria uma sociedade a-espacial, pois todas as relaçóes sociais se cumptem como

l l6l
117
lN llt l)tr(,
Jrivid:rdcs Jcrcrminidis
^(,
I'or,rnr csnxüo i
rlos honrcns n.r sLrpcÍlcic <l,r rcnr. c, co, scguidr, possibilir{ i xpft,xinl.rç.io cnr
l'Jl:::.T:i:1"-?;#:::;i,,i :{::;:::ril;:'"'"*-'- rlircçáo ro pensrmcn«, quc cons;,lcra o tspaço em seus conteridos sociais conro
Lrm.r das produçõcs humanasqut permircm aconcretiz:çáo da vida. Nesse sen-

ilÍ#x;:ilffi*:."ffit*xffi rirlr, a prática social é espaciâlizxd:r e â rçáo cumpre-se num espaço € rempo,
rcrlizando+e em várias escalas ind issociáveis a pan;r do plano da vida cotidima.
Desse modo, oespaço, enquanto construção inrelectual e enquanto realida-
;:,1,,::l::;:f":*:"h .le real e concreta, ou seja, enquanto marerialidade (objetividade) e representaçáo

",;*l (ubjetividrde), tal qual tratado pela Geosrúa, requer explicaçáo. Tiata+e de

;,*ffi[*uL#:1ffiüi]*:' un: processo delicado e complexo, todavia, nos depxamos com um probbna
original: o pooto de panida da Geogralia para resolver essa questáo repousa
nr sua condiçáo de ciência parcelar. Nessa direçáo, se quisermos compreendet
j.l,j::,"1.;rx1#jiff ,r mundo como ronlidade e também o nosso próprio lugar nete, o recurso às
3i;1;"",1,*::l:::1.:r,u,r
lu,, p.lo «p"ço. i:: .àrcgoriâs univenâis é incontestável. A Geogra6a, ela própria fruto da divisáo
.lo conhecimento, só pode resolver a cisáo da qual se origina pelo recurso à
Íilosofia, posto que esta "guia o conhecimento seoindo de mediaçáo entre o

f,[,:t",i#, i* I]rli *,..ffi#jj1; j;


*f rodo e o momento parcial".rI
Desa primena divisáo surgem outras. Aconstituiçáo da Geografia como

il#:ifi i;l;:::::,x.x;:*í:trir:íx:::il.r,"* conhecimento fez da aníise do espaço (identiÂcado, nos seus primórdios, como a
sLrpcrfície tcnestre) o seu campo, e, desse modo, transformou o em seu objeto

#ff #iT.:;,,í;*;rÍii!,:üi+Hff :::r.'r,ff .lc csrudo apartirda práticados homens ede sua repartiçáo, criândo uma gamâ
.lc áre* diferenciadas. Tal preocupaçâo colocou no centro da constituiçáo da
isciplina 'n rehçáo homem-narurezr' que, ao longo de seu processo constituti-
.l

ÁGeografiaeoerpaço vo, criou uma contradiçáo insolúvel en tre uma "Geografia fhica" (relacionada à
gcologiae à mereorologia) e uma "Geogm6a humana" (voltada ao carátersocial
Como ponro de parrida dessa primein divisáo, a GcograÊa se
para a anJne c hhtórico do mundo). Mas, a parrir
ivide em outras "z geogralias' possiveis, sem que com isso seja potencializada

H:Íigfli3:*ilI**[;[**::í:il 'Lrl
sur capacidade de construir umâ compreensáo sobre o mundo. A GeograÂa
lisica criou especializaçóes que aprofundaram ainda mais a fragmentaçâo da
.lisciplina, apontodemuitos seautodelinirem como geomorfólogos, pedólogos,

,tni,*:*,___+**,,.:i#Í*1,.j",,.,i ,n climatólogos, antes degeógrafos, numa postura que rende a negar o conreú
do social da GeograÂa. F-ssas fragmentações têm afasrado o saber geográfico de

;mx': :n{*t; :tn:i:::::ir'ült :."::' "' 'cus


fundamentos filosóGcos, encerrando a Geogralia no mundo das pro6s-
sõcs e não do conh€cimento (o que, consequentemente, abre caminho para a
rlicraçáo geogri6ca).
jt
t."m ji*,#rffi :: :. r*l*;,:;r,,.:,:,.;íil*r:
Dâ consratâçáo da fragmentaçáo da disciplina e de sua orientaçáo, o
'ua ,ertcnre de ra, io(ínio tocJizâç;o c r plano da an:ílise revela, ainda, outros problemas. O primeiro deles se refere à
<iisrriburç;o dx arividades e .limensão material do espaço, que criou para a Geogra6a uma armadilha nem

I r8l
lrel
tN I ttot) tr(
\onprc tu(il Jr rrx sg,r. ^()
A ap.rrcnrc rr trr'prrirrLrr
,impriri,rçoc,, ,.",,:.,,",1;;:;;,.,, ro sr).\,, produz;u v,,rir5
,ma di§.4íinJ ,(\ ri,J
rhbuvadtm rltx q ur sistrnnt ir:rnrr rerlirladc. I )c u m larlo o ntg.rrivo propírc
Gnomêni.,,.oro(ando.;j;;;.;:T ".espaço Jmediaramente ao munJo crhica da socicd.rclc anral, su:r lígic.r rrcn»,rlconro superaçío do cxistente, d,rs
.r
sua materiaii<lade
_._-_
-" -m objerivo,
absoiutâ. em contradiçõcs vividas seja no quc se rcfàrc às .rnálises que autonomizam fragmentos
O desaÊo que esra pos(o. dr realidade (o econômico, a cuhura, a natureza), bem como a necessidade de ex-
.. porrrn« gêncra.da tundamenraç:o
Prar"d do\ Eeo1.afo\ como ,r..e.sidad. , da plicaçáo dessa necesidade analhica de frugmentos da realidade, absoluriando-os
s** -,',,5ão de um pen.amen,o em
"', *i" *u,. ","r;"i.::::.
a. corno totalidade em si. De ourro, desmhri6cando a lógica e a racionalidade
.r". *^)"menroe rodavü. in,erna a quc íundam o capitalhmo e bloqueiam a via que permite o questionamento/
"',,b.,*ü" "".,;;;e,j-:']..::1'
como
d;.::;,.,"J:''ef lonascimenrodo<con.ei,o.
nos hmbra pierre
um obÊro próprio.
rr:rnsformaçáo dâs condiçóes extremas da desigualdade, explicitrndo a crise
ceosra6a deve, corocar
;.."",..ã.::::' ",,indicrr
íde raro' e de movimcnr"'r
a cm scus vários planos: econômico, social, politico e ambiental, numa unidade
I.preocupa\:o com d exj",";,,
;;,"*;"'"t"s
era6o,aç;o redrica em ínt,;,;io];.."-'"" ' dai necesidade da
rlialética. Portanro, esramos diante de um conhecimento da prática envolvendo
:ursindo
ta práti.a
' sr,r rransformaçáo. Esa ideia aponta os limites da epistemologia, o que implica
d'\inar,do\ con(,roem
o ci;r:;:-:." "1': o. rermosacima p.Dsar o lugâr dâ negâçáo no método que se orienÉ nâ práxis.
do ,.pa,o para prud4ao; d.'ro'ar o roco da compreensão
a
;; ,'#:l'i"tr or rct segundo
a qual a rociedade
em \eu p'o.esso consd,,,,iv..r-
À,.---, O momento crítico
nuamenrc um e"paç.
^,T ^..',"".,;;";;;;;: ;J;:l"Jíi::::::'u'.n,
no5;-o de produço r \uâ ProPriá cxivérrc,i A A atual siuaçáo da Geogrúa revela que o pensamento cririco e radical,
apon ,, ,.,;H;J'""'e
mor.rorc;gi.a, ou, panag;r;; quc rran'cendc ;, rorma, .orcliçáo da compreensão do mundo e que asinalou mudanças profundas nos
;:J:'""'"do rnos 1970/80 no Brasil, encontra+e agora em reÍluo. Se naquele momen'
ç,o b.m.o-o or s,;.,,^. r-i ^. des'a produ
qurnro i di.,ribu(,o - ,1"'-'p'""*o 'on'rirurivo
o proce*o rcar. ranro r,) i pesquisa âcentuou a necesidade da consrruçáo teórica, o que permitiu
do.;;;,;;..::;:::.':;o'lnrm ,lrresrionar os limites da Geogralia e as suas possibilidades de entender o
v
cnrrcnrrmenro do rema
,,. .
granr como ramo do
proposro envotvc.r porén,
saber em sua caoacirt.
ir e os lmire, dd Ceo- rrundo, vivemos hoie urn momento em que o debate teórico e o marxismo
o" produzir um onhe' imenro ,rp,rrecem envoltos de preconceito. Tal mudança foi feira sem
crpaz dc er rarc. er o
mu'0",,.0L""'.-i'o' *u'*n-. ' rrn,.r profunda e rigorosa crítica das posibilidades e limites do pensamento
* ,r,nrforma',o.
propo.ra i *ú,ro ,lc Marx, bem como da chanzda Geografa o/tia, tundada nessa perspectiva
fàr,
uu. ^. z8Íide m ou *..
.,.*'
,no. r.",,... 'i " i"'h'liaeo rJe nosa di, rplrna r «írico-merodológica.
,np,o. de hü,irnçd \o. iar. r p,o, $$\ haj\
.".,, ,1"""lloi ""*,1"ô Em muiros casos, a GeograÊa, invadida pelo pensamenro neoliberal que
. r.s",. ..u," .. ,,,,*.^ ,""']1"''' "'" ",. de\e inrnrm,"
,,rrpóe a e6ciência e a competência- qualidades intrÍnsec{§ à burocracia- como
"."i. 'ni,u
P i querrronkÀ di6. uÍdro."*n,t'ln' ' "1'o*erJ "r 'eesrru.urrdr
q r.,..
.-",a. i" iã::;i".u#"À ne'o"'ndem Nd*s, on emporn.À , l ,rLjetivo último, ganha uma expressáo ideológica, o que recoloca a questáo do
" do c"nrerro i' p,,t,el Gesponsabilidade) do geógrafo na compreensáo da sociedade arual. Â
rbn,nro, seo(áminhod,.r,,,..o,on,,'"n'o 'o.iar
ircnià do mornento é que o abandono do debate sobre a produçâo do eEaço
,
rno,lo propno.o"il:;;**:jl''""riza a n.ce*id,dcrra burc, do
como o rrr conjunro da produçáo capitalisra como momento de crise do proceso
(omporumen,osi,ud
se n.rl;;;;;;:.,,";"::
- con',irui enquan,o rar. e*e rlL, ,rcurnulação coincide com â extensáo do mundo da mercadotia, isto é, ;t
d"pcns"menroabsrra empb acons nu,ção
o M.;;;;;;,:::''*:'aecon cxrcnsáo da propriedade privada do solo urbano e da rerra, transformando a
errrreo r^codenc,rmo. inu6' ienre pois , nhdc inteira em mercadoria vendida no mercado mundialcomo esrratégia de
p...., ;;;. ;,::."'temorosiae
,cr,i,,,,re di,ranred";;;;;;,'.lâ',i:::,:"",::::raçóespura...,ndependenÍedâ .r. rrrrrrrl.rç.ro .rr r.rvê' da produçáo da mercador ia-e'pa,,o.
o neg., vo.,, porÉn.
ü qu.,^;;,,;;:rff:,:::::,lf#.*:ff:,: É indispensável airmar que existem várias possibilidades e caminhos para

1r rrs.rr o mundo através da CeograÊa.

l20l
l21l
lN I l{()l)()(
,,\,md,,,, F«,Êr,ih\,, ,,.k, é ^tr
.,,- _llll( tl,,l,x,Ei,l,i,. ,nJ\,,,,rr,rJ;rono
lT"'':'"' *',"'m
c rnuldDrô,
Iramr,cm náo e conrrnuo,
('nsr ruiçio ,comf,,nt,.r"
;.;;;;;, ronr: tlcscriçiio ohjcriva do nrtrn<lo cnr sur purr marcrirl rdc. l)ccorrc daÍ r
dprernrindo.
dcronrrnuid'rde' "al,.:J:. ,,,nstruçeo dr idcir de st'â tirúo com i noçáo dc pais.rgcnr, ou' .rinda, da irleia
nci<raJes. Ne*e scnrido. fl'":'' uma srmurra
J,, l,omrm conro habitrnte do phnetâ, como ProPôs Le l-annou Para di Meo'
";'r";.,
e nem hcgemóni.a. .il,',;;;..1''itrr rendên'ir homosenea
que rxirrrm viria' po*ibirid:.r^ quurro elementos fundam o espaço da Geografia: a matéria constituiodo todaa
ab; r;; :;"1"
,eorLo-merodordgi.as
condiçâo do conheci- .,,ist o espírito quelhe atribui umasigniÊcaçáo; as três <linensóes do campo da
mento, posto que o
desen-t"i.*. a" .o,il'.j^"'--como t,(Í.cpção humânâ; os trupos sociais cujas lógica guiam a ação individual.''i
*...". s,,".,. .,;. ,- ;.;;^:,:::'*'" 'epou"r
na , rnica Ma.. .omo e

o ,,,* *s,.*,,. ,;a,. *'t Todavia, o que parece central, como avalia Deneu, é que
i,. "^ '* " ouesuo rqur' 'ro " ideia. '
a GeograÂa atavessa os milênios cse contundecom a condiçáo humânei o

la.l, ".
*,* nr se,dç;o pre\enre e que rudo i vitidô. hrgar do h"mem sobre a tere. a necesidadede se orienmr, de se referenciar'
pôdtrirmô di/o rúdo_ e n;o Môdo.Ámodo:
impo(r o que. com Átém do mâis, o esPaçoaoqual cada um de nós é confrontàdo sóqnie em
,ooo drs.,rro d v.drdeiro a me,ma Íeqirimidade
e mF., função da vida de cada serrr
,,.0, ;;;;Ji;::; :".: IT;:;T:'Íil::j:';;:.:::,x.:T
,rrflrono. quc o perqursador
niô liata-se, porranto, de avançar nessa direfo a panir da ideia de que a ativi-
q.a. -,".",. .;.,]'..";",:'": ""'- .r rrabarh,,
'ompeowo do er. que.,e
.ome"re ,obr. a tl,rrlc que produz a vida e com ela a rcalidade social realiza*e, necessariamente,
,...r c_g,,Íi" 6 ,r,Í";,.i}: ::"*'
" . 1úfr,,uGr (omo ^ rrum espaço-tempo apropriávelpara a açáo. Se a natureza se cotoca como condi-
..-1,", ,i*_. ."". a";"" rôdà . iencià rem .eu.
* ç.r, cssencial daqualo homem e depois o grupo humano retira o que necessita
^*'"''* " ;il;;"TJ.:l:' "**
" I r o quecon." é
prr a viver, é ambém um meio dessa arividade, realizando+e ao longo do processo
No momenro cririco atual. l,;s«irico como prodüto social sem, todavia, perder seu sentido natural. Assim,
porem. náo hj Lonsenro .obre
rJ r mas. como rodo.onsenso
truates. csdr Dos\jbi.
a tese de que o espaço se define pelo movimemo qte o situa cono
e auhrii tnr medidr en, que devror "'rrbctece-se
,ubru8a a diGrença)
.,,. ;";;:.:Ij: inJL.urírer
orr ,otrlição, meio e prorlun da íe?rodação lochlao lon1o do Processo civilizâtório'

"",,.,, d;,.^,;..;;;;;.. ;*':


di,ir.B. "',eza iodavia. o l.,,so, o espaço se de6ne (em seu conteúdo social e histórico) como uma das
.., que.diri. imen<a, diÊcu,dades um,
i,,eco,h;:";":;;;.;:#:;:,,, "m procluçôes da civilização (nunca acabada, como ela). Dese modo, a partn da
ro
,l ,
lj. e ,. .,b.. 8..r,,6." ;.:;,. ;nrnenre dío de,onhe, e, A con\ r(lx(ão com eneturezâ um mundo começaa ser produzido' ininterruptâmenre'
a,..r,u.'*,o a.,_,,i.. ;-
orzerque as mudanss noç
;;. ;,;:"fl I:;::::':i;:Ifl ii:.;l*i: .rpontando determinaçóes próprias de cada periodo e constituindo-se como um
modos de oens:. *:s'aÊa'ao p'o'iuro ,,rnjunto de obras e produtos realizados pelo homem no âmbito da advidade
reíridar;:;;;ff::'
*rn\ro,mJçde' da diÀ' d^ <1uc mcramorfoseia a natureza em mundo social.
,",",r".a.*,-,r,..,.;;- ;;,:J;:::-"'e.imenro no movrmenro,,.
Nessa perspectivâ, o esPaço, tal qual pode ser pensado no movimento do
o mundú Jrrrvé\ c no' modo' de.omtreender
r pan ir d.r
ceosrrÍia, ,,flrro'
n lonto l,cnsamenro geográfico, tunda*e eganhasentido na aníise da açáo do homem
rncqurr o, o a rodos de l'rrida .lprre. e .omo
os reíio.r^". - -^--:, rro planeta como movimento da atividade que permire a vida na rerra em sua

::-P": ui";,;:;;;;:ffi::,;Il;:i;Hi5jiJ:,,.1'"
:::::: ar a crÀtên. i, de
r1'un
um p,?apScog,áf.oo,de
: ,,bjerividade marerial, constituriva do mundo social, na qualidade de proceso
.iv;l;zarório. Nasa condiçâo demovimento, oespaço duraçao e simultaneidade
oo mundo ou Ja reatidad. un ."rr,,,r;.);;;i:;:: é

, p,.ti, a, ô.og.,n,. tlc ros e açóes, situando a posibilidade de compreensáo do mundo no plano
nrguns geograros prerenderam
abordar o ,l,r práxis. O caminho da análise imPóe o quesrionamento das nansformaçóes
re, com que o sur purr obre'ividede
Gpa," d. ,l,r re.rlidade e a peninência/necessidade de superar conceitos, na indissociabi-
,''*n.'" ;, .;*;;;;.";;;:i|çoem
i:ue
"';';;1'::.:'à:;XF: li.l.rcle de dois conlunros de problemas: de um lado a dimensão real e concrem
.l.llio:'::
Breg, \Bn hcr des.reve, r rerra [J:ili:j',:; produto prático da produção do espaço
rrarcfa para erplorar.,.j.,,,l"]..,;.;;;;,1; .lo cspaço vivido em suas cisóes como
.rl'strato que se transforma na velocidade das condiçôes impostas pela técnica

l23 t
^(r
Ii\lr^( l^I IN ll{r,l)ll(.
^(t
(e,,m,ru,,*;r,",,,,, u--iJn,, I rurliz,.:
,iru\ão Jc un, Jr IUn:uhçrrt: c. rrc,,urro. a.on, *,lvcnrlo rrt'qrnsc o linrirc,r rrrrrrrrl,,.lr nrcrcrrdorrr:.lc,rtttnr' tnt'rttrrt os
,.^",;";;;;:'í111" dc*endando ru\ (onteÚdo\ na ,,xn,'(nros Dx vidr eoridi,rrrr cnr qrre o pcrctb o pr c eonsrrtrir o crminho rla
'"'pr'";a,a".,"ia,a. ;;,,;;:", ;,i*'' t,rnsciôncir rla rlienaçio (r inlivíiluo vivcndo enr stras cisóes p«íirndas nurna
.,,J" ;::ü:; ííIffi !: :::.;, :i:,: : ::: :- p. de.u rencra. a m l,r:Í(i.x sócio-cst aci.tl que crm;nh.r sob a rrcionalidade
capitalista) e das formas
,I sur sLrpcraçáo como negação do mundo c'-o merc:clorir' traduzindo+e
;;Tffi ::'"* :::il1: i:110.'." ..,:.;." ; ;: ;:,:íK,:;,:,: rrrr lutas cm torno da produçáo do espaço.
c produto A rnílne contempla, desse modo, o ato em si real e concreto da produçáo
'"."t o..,,;à" 6..f,i;.,,,1.,"11,1,..
-:' leio rlio humànr.
da reprodu5ao
lisrndo^e nodo de .rrivar.l "'"''""o
à
produ\io. à rrrrrtri.rl do cspaço que aponrr: a) a tendência ao domínio quase completo da
à
!.,.,J noámbi,odo li,rnn nrcrcadoria c do modo como a abstraçáo concrera exerce influência na vidâ
de p,odr,*,o do modo.";,;,;"il::' proce*"
::Y.o'irua
p*
1,* 1.
.,, .,'."",,..
"r,
; J.111 .:1:' t'
rir d' h ie'a,q, i,,ç,o
que comandJm a divi\ãô
do r.rirlirna peta orientaçáo da reproduçao capitalistai b) â exrensáo do mundo da
rrrrcrdoria, o aprofundamento das relaçóes espaciâis com o desenvolvimento
de
"eu"
truro.. e...;;il.;,:',**de
"
re.n;c,
subsunçáo da vida à forma
ililij..:.J:il::l; ;i;t";::T:::ffi .[:T:],.,1,:,i j ri,l
Li.r. r i'cn icas de transporre ecomunicação, e com ela a

rucrcrdoria como prática real e concreta, como rcalizaçáo da felicidade um


a.n.,""0..* ."í, r* rcrmi,em a ,eJrizr\ão d3 "J,i
vidJ ,,r,junto de atos que delineiâ â vida mercânrilizada e o homem tornado mer
";;:-_:"#'::,"
il, ;;;;)"'
rroduçãô.. um modo de "''idade o modo de rcariuar a ,.rlori.r en potencialr c) as novas relaçóes sociais espaço-Esrado no contexto do
or indivrduos do grupo de medi'5óe'. tn,re
o" ;;,ffi"r"" "'"niunto
norma' dirnr. do rrab,rno 1,r,,ccsso de Ênanceirização redefinido as
retaçóes sócio-espaciais em dneçáo à
etrivado.ompõcm,;r.,il..il;:," a *, ,,iiçiio dos fuDdamenros paraareproduçáo realiadaatravés de açóes e politicas
Jpcn,r,na*erâ(óe\.oci,,,0,.."".,,,,"*._"]-o-Tr;cassimbc;ric:,eobr;ga.no. ,1rre sãofundamentalmente esprciais; d) o que residualmente escapa ao dom ínio
.,,.u.,,, p,.à,0,.a.; ]a;,;"::':: *"*oce*o { produ5ro mrreriar
,h nrercadoria sob a égide do uso, tal como a aproPriâçáo como negaçáo dâ
"p*** i,a','a,". p-l;,;#:Jl:, "'"'inada''o'iarmenre, Íaze".r" 1,r,pL;e<tade e da ordem burguesa
que nela se funda, realizando-se em torno do
Je ron.ti*riçao do ;,.,;; hr"rorrr -processo in.es.antc
i.;;;::'orda *p,,ço como lumpelo espaço, oquerevelaa inversáo da supremacia do valor de
produ!ão/rcp oduçáo
dr;;: ;;,::' :';,*l.i:;:j.::ilj:lÍ::,11"., t,,c., sobreovrlordc uso como momento nece§ário da acumulaçáo capiralisú'
. ^anátre.Jminhar;a,assim,nodevê.. ro d"' pro' aso' con'rrrur
Mrs é preciso considerar que a reproduçâo do capndismo se realiza em
d, prúdus.io 0..,r,* ,..ui ivor
...."Ivenoamen e proce',o ,li,§ão à novas produções, portanto, há reproduçáo do mesmo e do diferenre
,",i'.,,"pr,.,u..,., N..,, numa ro,ridade
r.,,;..;;, ;;.lTl': \oc;rl rPrre'e'omo p,i,icà ,,,rrro salto quatit;rrivo postoque, como assinala Lefebvre, "a diferença nasce do
'o, ro *paciat. **r.,.,,0. oj,.l. . ".arrdadc r,lirtico e o devir passa pelo repetitivo",i' apontando o papelda espacialidade -
..".,",a" a**',r,.. no' obriga r penwr o,enrido
.r rcprodução do espaço como momento necessário - do movimento que vai
p,oa,',o-,.p,oau.,o a"",',"o,"..lri,uirr'""" lc I produlao do e'p,ç" e ,
,'r;;;;;J"j"' ,io cqraço enquanto condiçáo e meio do processo de reProduçáo econômi€â âo
'"..,.,. a" p-.*- i ;;;il) :.""'rcmâ
iedade rponrando a"
ica c'pa' iar e<. rr
re..
^ rn,,mcnto em que, aliado a esse processo, o esPaço, ele próprio, é o elemento da
u.se mov,men,o e ituminrndo o, rcriduor
conrr.rd,,-e
em quc rqxodução. Está posto como desalio para a aníise a necessidade da superaçáo
perâ as cnn,rJd;çoer r vida rerge
' q* .,n.,,,; ;;;; ;l:men'losror'nro
c
,i.r' cisôes da realidade e do Pensamento que âcompanha a crne espacial' o que
enha .;",,di;;;;'il;,';'J,i"r:d'r\ào
do erpreo nâ produção
rcrgucr a construção de um caminho para supenr o "esrado critico'com o qual a
p rú emir ka ep,.

i nôçao de produção permire p.n,ar. il:,::;: iJ il::.:: #:i".]ff


;;:;,
aJ, a,,.",";
*, itdade se depara. Esta, todavia, traz em si o movimento possivelde pasagem
d",,_ rado oricnração <io proces"o ,1,, quantitarivo - o espaço reproduzido sob a torma de mercadoria e porrador
",^,i,,,;'. a..pa.i q;:;',;;;: *';l ';
,i, processo de vatorizaçáo ao qualitativo - as possibilidrdes contidas navida
".".,a-" ". -,,.". à,,.i il:;:. í:' :.:i;::jJ::.;;J:::fjã:I ,lrr. rcaliza através do uso do espaço.

241 25
tN ll(oDlr(
N,, Jcscrrv,,tvin,crl., ^('
.rr^rdri.r J(\c r.,u,\rni,, í,,r,,,,r.,, ,,,,,J r,ilo,A(:
,r.r 1,r.LJu5i,r J.r r,.,:r.;,,:.':,1,::'l':'ll,',r.'( J
n*r,,' irrrrçio Jr r rnr hisrori rr.r irr.liss,rirhilnltlc. Isv, i rlxrluunrcnrc ccnrrrl posro qrrc signitica' cr» scu
*p.,\",i,. p,-,,,,,,.;;;il;".:,.1:i;,
,r.
cssência cxisrc ourn movimcn«r
o.r.on e,endo A p orul;o ,lr"ní»rnrcnto, cons crrr quc o rcrl, cm sLrr
Joe"pr10comohorizo,lr":.;;;,:;:l:":*
rrrirrrcrrupto rnitul.rndo prssado-prcscnrc-futuro. Ncssa pcrspectiv.r a dialética
reProdu!;o. que',r..,,',; ;,;;;;,""?a,'omo.aiero a diaré'lrca rro<rucão/ rlrri,rlr.{ric.r realizrr-sc-ia nrrm segundo movimento: aquele qrre implicr,t
rearidade em rerr. ,nooporogi.,
Á noçr" ,. ;;il,;'JT' 'bordasem da
rrl;rç,ro realichde-virruatidade. Náo sc trata mris de indagrr sobre a filosolia,

ffi :: :l ?i::ij;r:;:J.,:",:iff ::,..i;:i:il::::;:l.Jjl ]:1,;


rr.r «n»e o mundo que deve ser transfbrmado, corno rerlizaçáo da própria
lil,roiir, encontrando em seus intersticios os pontos de resistência em direçáo
.,0;0..,,,0;,;;;;;;,;:.1ii:,-:J:I::',t:.,'.id:dr do homem,apa_
,r srr n.rnsformaçáo radical. Nessa direçáo, o passado se encontra na realidade
\e,o Jo p,occso de prod",.,.0..,,;;:,::: "'tempra'ro Nese 'enrido ." dâ utopia. Mâs'
*"..,,id" *h t,r(\cnrc, que por sua vez traz como possibilidade a realizaçãô
a rorma n;o <reiv
-:a;;,:;;;:1::r:, :".i,.,1ar;resue,c
rech, ao,uc
a mortorogü M,'
rnrrc rrnbos, permanece e exigência do questionamenro sobre o que aparece
dc.er -;,,;" ;"::1:, 1'a':'agem .,,nro o óbvio', isto é, buscando 'as relaçóes humanas por tr:ís da§ relâçóes
con êm e Jçoe. o e\prç. ;t; ;;;.:i.::: :::;.;1;:.;::..J. :ln:,.i rciÍicrdas, iluminando as ambiguidades"." No plano do conhecimento isso
signiÍicâ â superação da descriçáo apontando o conhecimenro cumulativo e
Sobre os fundamentos (liDinrico, como possibilidade renorada do enrendimento do mundo em mo-
O raciocínio aqui desenvolvido vinrcnro. Essa orienrâçâo também acentua a imposibilidade da constituiçáo
conr pt.a. e"id enrcmc ,i' conhecimento como modelo fundado em verdades absolutu, apontando a
na. ; r,; ;;: ;.,,ú ;::1.-
p c n s,1.,, G cas.a nLe. um n o,10,tc
ercrui íric.r como condiçáo própria do trabalho intelectual.
"'i.t. p*.i,.r ';*,ia".;;;i-;;l'- "" "urros É ape"a' ,m
,

Hen,i r^eÍibv,e c qu. co;;,,;


pera' obras de K,rr Ma^ . Rcsultam daqui duas possibilidades que se abrem à anãlise. De um lado,
;;. #,T'"* rrrrr,' rcrlidade em rranslormrçio exigindo nora. rrorir' e con.eiLo< - um
'empre
rc::!r::;::"1:*.il::.:i['::i:.*:;:il::::[fi ::: .,r,hecimento em constituiçáo que indicariâ uma posrura diante das leituras
,lc Marx como uma obra aberra e em superaçâo. De o'rtro lado, sinâlizâria na
f I,j.,;:-J::ili.*,,",_.,:;:l"i[;'ff lU..::;';Í]Tff l: ,lircçÍo de que essa realidade contempla um movimento intrínseco de supera-
de Jnirise \io (delâ próprie e do conhecimenro sobre ela), o que nos obriga a entender a
0..,-, , r,r*,.,i-,,.i;;.;":::ff. procedime,, o eÍe o,r
scografzaç:o dÀ .b*' rc.rliclade concreta e o que ela traz de possibilidade para o tuturo da sociedade
ere\ esLrirrs \isn,6Le.
J,,;,",;,'ffi:,:f" reóri'o'm«odoÍogic':.
;.. {.,,r»o projero). Assim o caminho apontado por Marx coloca-nos dianre do que
Ja quari po*rver conrr,,;
;;, :;";,i,:;)" pro'Jong,nd"
a panir
llcori lrfebvre denomin a de úrtualídade o que significa que a obra de Marx
r,n,n,o desf. au,ore. pe,".,
.o-.;;il.;:;::i::'ldrde " rrx permire atualizar a utopia no mundo moderno.
com b"e nos
'bcno' pera ceograÍi,. t.'. , ; ;;;;'.""'aeáo r Iimiraç.io ';minhn. Mas essas ideias, ao se constituÍrem como horizonte paraanalisara prática
cnquÃrc oincio p*.b, dr ceosra6a
r-r".ri,',.i,1''1"rar
produç;o <o. iar.omo.o"i,,;;:;;: do p.oce*o i, re- requerem como pressuPosto uma compreensáo sobre o espaço.
"',cnrcspacial,
H':"' lorarid'de
iridrde especi6'a lirminha tese de doutorado,'7r partindo da premissa de que o processo de
con,eud:
fes.r
pe,\eec,;;:.,,ir;,;::':r".5pr\o Srnha um conrcúdo
que rhe di
.onstituiçáo da humanidade é aquele de produçáo do espaço, conclui que é
(,,n.r,ru,ndo,c hirrorlamenk so.idt.
1,,sível de6ni-lo como condiçáo-meio-produto dâ açâo humânâ, o que sig-
, O.pensrmenro marxkra rectama o de
rJ; ontorogia. e rambêm da anari,e do pr:no niíicâria afirmar que é arravés do espaço (e no espaço), ao longo do proceso
d. ,i,;;;; .,:,:::.imcnro 'ptisioneiro' do mun,J" lristórico, queohomem produzasimcsmo De modo queo mundoapootauma
,brrraro das ideias
,",, ,r;;;"|;fiotog';a prir;ca reâle concreta, que é espacial. Com isso, desracâ-se o esPaço enquânto
.o^r,..;..^," .o,"o ,,o ," ;;.."* ;l il.j; :[:::"T::f.*] ,lin,cnsão indissociável da vida humana. Tal conclusao foi possível a partir do
,lcsdobr.rmento da noçáo de produçáo desenvolv;da por Marx. A produçáo como

:61
l27l
lN I lt ( I l) I r(.
^(r
crrcsorin (cnrrxt dcxntttisc
hum,na,,,;;,;,;;:: rl.
al,rc, antcs
r v dr ,,rru iÍ rssin,rl,rtlo. t'r»r,rrr«,, ,, p,rnr,, rlc prnidr Í r corrsrrLrçro lr (icogrrÍia'

mesmo rempo cm que permire


:j,Jl.i;lll ;ll.:;:[::,1,f#:.:i: ,l.r n,,ç.r, ic prxlrrçio rlo csp,rço.
ocnsi t:
a"*.;*a.s*,ali..:;;;;;'#,il ir :'' ramomenro'i«unscrirr a um
,
I'rrrr cssr rcÍiexio, qrcraDdo.r Doçio de Produçáo claboradr por Marx'
humaridade. o quesigni6.: h.l ,rlgrrns nurtntos do pensamcnto de Lefàbvre que sáo centrais O
primeiro
ar" q* pãa*,. i;;;:.; :;::)T
"
r,"a.à*.. kfebvre produz uma
".
*.ç.* *,Jil:.:J;::l:..^,_üi::il ffHÍ::i ,iel- re rclirc ro fato de que. em sLra critica à Glosofia,
utnt.lilxot';a gre supera a separaçáo ocorrida entre o /ryar (azáo' linguagem'

";;;;; ;il
e, em cada momenro dexa
hhtória. em s
çá. d. p,"d,çá. c:r ubjetividade, ligando a ação e a realidade social à apreensão de uma
l,l11ic,i)
processo constirurjvo do
:;"jfr ,:fiHl ri,":j,#IlH,l," r,rrrlichrlc que difcre do sistema que se pretende coerente, esrávele positivo
A
humano (do ser,
M,, d. q* ÍiLxoíir rleirou de fora de sua reflexão o que Lefebvre chama de mundo r*l-
;;.:;;;" ilff:;J.ilIl::::::T.
zante e aponm rendências ;.ilil::;:# l,rlli«re,conele,o cotidíaaa que traz o vivido ao pensamento r€órico' umâ vez
contin,idade/ruptur2s.z{
"-'^-""' _- r€novâçâo/conservação/Preservaçáo/
conrradirorias
- --
,1uc sur análise desvenda a exktência da sociedade' O carár€r críticÔ
em r€lâçáo

Todrvia. o espaço guarda rr cxisrcnte e a relaçáo com o mundo não Êlosófico - que se transPóe em uma
, .
deqos que marc4m I reprodugão
o senrido do dinamismo
das nece*;dades e do, pr,mcss.r utópica - revela a rendência à totalidade' colocando no horizonte a
da sociedade e. *,
r€âlizrÉo da vida pa, Jem
dc sua rbrevivénr ja "r,.; il;;.
tu"d;.;;;
, 1,,.,.t'".tiva d. pensa." homern total.
Desse modo' acenrua+e a riquezado que

a6rmamos. mnrempra,." d,,.I'".: ,,.rLr«,r chamade plano do irracional: o desejo, o sonho, o imaginário, que náo
1",:::;,:*. ", ;;;;:., ;:.T.;
.p-i6dd;
se exprícrra como ,ãpiralisra... lrxlcrrr scr desconsiderados nâ análise
Decorre rJ,
O scgundo momento refere-se ro faro de que a preocupaçáo de Henri
-^a,ç... p,,.,,,,.ii,1;:;, ; ;:;.::;i:..,^,J;i:,,:.ffiI:,.""::
rrldir<iria,. enfrenrando-se l.rlibvrc com o entendimento do mundo moderno coloca-o diante de novas
a parrir de inreresser divenor.
rendo a realizaçao do de su-
proce§,o de vàtorizáÉo ,qrrcsrrics, o que implica, do ponto de vista metodológico, a necessidade
como finat idade uldn
p(lrçío c/ou desenvolvimenro de alguns conceiros trabalhados porMa«como
d re,,ã., b, e
como §e
conxiruição, iluminando ptano
;e.;, ;,,*,
;: I; ::,::;ri J,T:l lfi."i:; ',,
,lc -"áo ,te pn,luçao, ressaltando o sentido Êlosófico da noçáo de produção
o da anáJise, coridiana enquanro lusar da
reprodulro ]'l' r, eonr isso, iluminando, em sua protundidade' a noçÁn de rcpndação Nesse
con rradirór ia * ,,*. ,,,. .,""'1"
nnvinrento o atrtor se depara com o que chama de notas produçõu: o vbano'
;:
"",:.^,i.::"r :;:;;;;ffi
,,r,!,,p(,,vr márxrsta_ "::I',:J::ii:::,:.".ji:fi ;::.iJ:::.
que posibiJita
, ornlirno e espaço social É asim que a problemática do espaço
desenvolve*e
rr.s obras do aurorl a partiÍ da discussáo em torno da noçáo de produçao'
:,-Itlo
encuânro p ocfs,",:,;ffi
rnrnrerrupro.
;:J.':.i'J,T::ff il:l*T: posro que a siruaçáo das forças produrivas nâo acârrera sômente â Produçáo
"§im (omo pe""a, ra,rr. o,uj.ir"q,anro asociedade rcalizando+e- de
prmrrc ror geógrafos reverem. ,1" c.i,., no sentido clássico do termo, a produção é rambém reproduçáo
. riric:menre, ,uJ, id.i* _b*, ,.ir\:"
c»ero, requerendo, como pressuposro, ;;rn;rn rcl,rçí,cs sociais; o que acrescenta algo de novo à produfo
Existe' porrrnto' a
um enrend,_.r,.
".br.; J;;r;;;
(on.c,Ío Ícdri(o e como rr xlrrçáo+eproduçáo do espaçosocial como necessidade
do modo de produçáo
reàtidade conLrcrr.l 1r

rrrqrrrnto manuten{o das .elâçóes de dominâção Com base nese ptocesso'


::i:;T:':::: ""r;a'ar'ià'i""ll]. i
::1" "conrinuados
-,,, .'orlo € uma crirlcr
::1,:t::;fl:: rr.rr podcmos omnir nem o lâdo €strâtégico e PolÍtico da reproduçáo' nem a
do cor ""1-::
men o produi ido tn vorve
ex isêncil do reconheci;; i,nporÍânciâ que o EÍâdo arsume Pârâ a manutenção geral dâs relaçóes sociâis'
;;#;:;'."J"'i J

.r, . é*,,. d.,"-,r";;; Nc\s( rac;ocinio, o esPaço euclidiano desaparece enquanro referencial O espaço
;; .,',;.'::T::,";; i:il:: Í::T,.fi:i: re«h a especi6cidade quando cessa de sr conÂrndido com o espaço mental
de superr\:o das trrgmenraloe,
ri],1,",.*";4,4. À quai. o penumento r irlcrtiÍicado com o l'ísico, ganhando a dimensão de produto social' posto que
r,eograha cÍão submeriJ^. _ , _.^^-_-.
** m., imení. imp.!r. pe. e
,,ntém relaçóes sociais tte reprodução, lugares apropriados, relaçóes de produ-
",,,J";;;.;;; #:';:;;:,;:," categorias universais de análise,
ç.r,. Nesse sentido "o estudo do espaço social e de sua organizaçáo
(ao mesmo
"*j":T::

l28l
l2el
lN lllr)l)Ll(.
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,i, rrrrr csprço «xnl


quc sc prrxlrrr cnr cscrl.r muntli:rl. Â n,,ç,r,, Llc rcprxluç.ro

*-iil-, t-i*;*" *: *:ii+r,*rlu.;"ffi


--:::t"J:#:iJ;i:1,:;:;::r:#:n*I.J'.ffi
r,,rrr.r posÍvcl :rprecndcr o nu»c»«, a p.u'tir tft, rp,rl o csprço prss.r r ser Íirn-
,l.rrrrrrrrl no pcns.rmcn«, rlo ru«» p.rr.r csclareccr conrc detcrmhrdo nodo
,lc 1,r', ução, nu» tlcrcrminado momenro da história. realizâ-se no csPaço que
,,,ffi . ,r1,,rrc.c cnr; ur n to condiçáo pârâ a reproduçáo ampliada asegurada pclo Estado.

i
*ffi ;'n: *:tr:: :: x*;lhÍ*."111:#,; :* Ásirrr, parr Lefebvre,.r noçáode produçao desdobra+e na estrarégia fundada no
,, t\1;t;vo, no burocrático, no cotidianocomo momento necessáriodo proceso
,l( ,,cuDrulàçlo do capiral, descnvolvendo essas relaçóes para roda a sociedade,
il:::Í:i::";:t *::*ilÍ,ili[t1r ft::.;:u; ;,;;* rrhsrnrindo-a às ncccsidads da rcumulaeo envolvendo c relaçóes de produção
,1uc'c rc.rlizam, pormúhiplos procedimentos, notadamente, noe peloespaço.:'/
ll.rssio, quc a problemática do espaço de Lefebvre tundamenta*e na sua

$illiiLtiirj;[-T1ií]':ffi :[l,j rrl,rr uçáo. um momenro histórico da reproduçáo social no qual as relaçóes
Ín iris s. kalizâm concretamente na condiçáo de relaçóes espaço-remporais.

iií'1*,',,'*.,ç:;í*Íi ".,*1r; t :il l..r:i:T: ffj:


N,r livrc Da 1lrar, o autor assinala que a compreensâo da história a partir do

'Í:,l "i rrk, xx exige aconsideraçáo da espacialidade num movimento da história que
v.ri .lr urr.r dialética do rempo à do espaço. Isto é, reÍ:ere*e ao desdobramento

i:ilrrii#it,,*ffi ii*r#r,'"';'".# ,lr,,,rtcntc do dcsenvolvimento do processo dc reproduçáo social, por meio


,1. rp,rl havcria na hisróriâ um momenro em que o proceso de reproduçáo r
j::;::*ffi;::,,xi r..rliz,r nun outro patamar, que é aquele da produçáo/reproduçáo do espaço,
rrrnrcn«, em <1ue implodem os referenciais vindos da história. Nesse sentido,
"{üli::l!:il:ilt:?::
.,.,.i;;:i:;t jix;,gdi;,i,:*:':r,'.1;:ll;:ji:" , c1,.rço permitiria a análne do mundo moderno na medida em que aparece
,,rrrn o nrediato e o inrediato, pertencendo a uma ordem próxima e distante:

;xrtffi:r:::;.;:r: j:x*:: j::i*;n:f;ff x1 j: ,' lrrc,rr c o mundial. Da mesma forrna, a mundializaçâo distingue-se na prática
,1,, coridiana. subsriruindo globalidade e rotalidade como orienraçáo. Para

;r:l; ;Í::: rl:rl.:,:,.".#ff


jl*$#;:l: "ril,r
I ,'ít1,vrc r constituição da mundialidade do espaço refere+e em primeiro lugar

:j:ü!: ll,rrpl,sao da cidade histórica que acompanha dialeticamente a urbanizaçáo

i::[:;l''ili:i'::-;;;;i';'::Tfl T,".i:*'j:i:i rl,, spaço inteiro (pois as conrradições do câpitâlismo geram espâços em vias
,lr rxplxáo, bem como fronteiras nacionais que nrompem em direçáo a reali-

ilt;'x ;; ;::.:.];u :rmít*lit il:H ffi t;:: ,l,rkr supranacionais)


,rrr,rrlgico,
e, em segundo, refere*e à açáo do Estado que é global e
e quc em seu processo de constiruição liga-se ao espaço produzido

:l:::;n: r::'f:l*.**,,, *,,,_.: ::T,:; tff Iil":; rorlo por mediaçáo a morfologia espacial.
A rcproduçãodas relaçóes sociais neste momento envolve, porranro, a açáo

*,",^.,;;ffi
lilÍil...x[f o:".:,."I:,j::il.:: *rr.rrlgica do lrtado que produz um espaço rpropriado a partir de sua utilizaçao
í.,.:J:i,, :,: rr,, pl.uro vivido. Asim, neste momento da história a reproduçáo se realiza no

,.",,)fi ,i'j j:,.:"f"::.;:xlH::::H,.:Í:::1.*::;;xll


,\t',,\,, concrero, enquanro condiçáo, sob o conrando do Esrado e envolve o
,.rlxr o conhccimento, * relaçóes sociais, as instituiçóes gerais da sociedade e a
1r rxlrrçáo do espaço, o que signiÊca que as rclaçóes sociâis processâm'se arravés

l:tt1
l31l
lNllrol)(r(.^t)
dr lóBi(., dx ríro p(,1Íri(x,
Ecsr,i(, Jrs rctaçÕcs socia;s c <Jcscnv,,tvinrcnm cl:rs tàrças rlcrrnrinrçro: r) liloyJÍir.' ,, p.n\inrcnr(, qu( nio eoncrlt rpcnrs r pn,duç.ro
produrivis pelo }srado. envotvcndo o seLr conrrolc
sobrcr ricn;cr
e o srh., rrurrrlirl, nlrs r,rnrbúnr o c,rnjunro dos prcccs«,s c rchçocs sociris, c, corn iso,
Na obra de t.efebvre
consideraéo dâ noçáo de espaço adquirc importâncir
a
o,g[,lx:r p«x1uçáo das rcl.rçocs sociris cnr tod.rs as m.rs dimcnsócs cnvolvcndo
no momenro em que se depara com a necess;dade
de .sclâ.ecer a re;.o,luçáo rns possibilidadcs: c b) nratcri.rl r produçáo de objcros. produtos, merca-
conrinuada do capnal na segunda metade do
século;c< como momenro'de {lor;rs, o quc signi6ce dizcr quc o processo dc produçáo produz um mundo
de ,uJ" .:,e,.
Numr primeirr rprox im aço. .r probtznàt ica tlo upalo
]lperaçlo se-na, ,'l,i.rivo. Mas a noção rambém ilumina a produçáo dô espâço cômo condiçáo
onenvotve obrr, do rutor a prrrir da di*uÍüo dJ no\:o de mod;
de ,l.r rrprcdução da vida social, de maneira que a prática sócio-espactul âponrâ
produç;o. l.efebvre aponra para o iaro de que a situaçáo
das Íorças produrirar. rnrr ol,jcrividade. Contempla, ainda, o processo de subjerivação, que é a pro'
naqucre momro. não \e re<rringiria ) produqao de (oisa no senrido
oo rermo. m+ rurgiria como reproduçro de retrlóe\.oc,aj,.
Ltasico ,Ir3o do mrndo da mercadoria com sua l;nguagem e representação. Porranro,
rtém dc aponrJJ ,r,, nrcvno rempo que o homem produz o mundo objetivo Geal e concreto),
também a compreensão da reproduçáo do espaço
sociat, como necessidad€ do
modo de produção capitalisra em sua fase de reali,âção. lrr"rluz igualmenre uma consciência sobre ele, eé asim que o homem se produz
zaria, paraoautoa no espaço concreto
A r.produÉô se r.;_ rr,, processo, enquanto humano, consciência, deseios, gerando um mundo de
como condiçao naasl-.ia: reati,açao aa rlcrcnri»açócs e possibilidades, capaz de metamorrosear a realidade (enquanro
acumulaçáosobo comando do Esrado (envolvend..
*b-,. -,h*i_.;;,; tx)ss;bilidadc de realização do negativo).
relaç6es sociais, as insrituiçóes gerais da
sociedade e rb.trd. ,.p"* l)aqui derivamos a /ilrasr de que o aro gerrl de produzir da sociedade -
do espaço). A tese centra I de sua obra Á prolução
do,,l«, ";;;;;a. q".
* ;a.i"
-"ia. ,x' ..nÍ;do de permnir sua reprodução enquanro espécie como arividâde que
o.modo de produç"o prrrluz r vid.rem rodas as suâs dimensóes - âpresentar-se-ia como ato deprala-
"rgrnra. produz, ro me\mo r.mpo em que .ens
Írrrçoe\ .o!,ih. ru e\prço {e \eu remfor. E À\im q,u' rlo tspaço,e, ao mesmo tempo, esse espâço é condiçáo e meio de realizaçâo
que ete,e reàli,i. po,ro
o modo de p,oduç.io p,oieru.ob,e o,e,,eno srA,ehçô$.
-q( de connderrr ô rm. rcd ià rl.rr .rtivid.rdes hrmanas em sua totalidade. Trata-se da reproduçao da sociedade
de,h, que ,erge .obrc ele. LrnJmen,e. nào fli(rúià umá ,[íinirdo se como processo/movimenro em consriruiçáo como o da própria so-
correspondência exata, assinalada antes entre
relaçóes sociâis e á5 releçó;;
espac;ais (ou espaço iempôrais). A sociedade
, rrhilc. Sintetizando os argumentos, é possív€l constarar que as relaçóessociais
nova se ap.op.i" d. .;;
prec\i5(enrr. mod.tJdo rnreirormenrr: r orErni/,!ro rr.rlin m sc como relações reais e práticas, como relaçóes espaço-temporais. A
ank, i;r,e d$ii(epE
c o modo de pÍoduÉo,nregrà o, rc,utrrdú..
"
prrxluçáo do espaço, nesse senrido. é ant€rior ao câpialismo e se petde numa
l,ií(irir de longâ duração iniciadâ no momenro em que o homem deixou de
Partindo da consraração da importância que a produção
do espaço ganha v r colctor e caçador e criou condiçóes de, âtÍâvés de seu trabalho, transformar
como momenro da reprodução da sociedade
sob . *pit,ti"_., L"f.;"; p* (l.rivâmenre â narurrzâ (dominando-a) em algo que é próprio do humano. O
meio do método progressivo-regressivo, dacobrc
sua gê.ae fund,rn.nto. op,rço comoprodução emerge da hktória da relaçáodohomem com a narurrza,
Nose ,entido. derLúre ; hisrória do espaço. Ma-r "
nr" t a".,p.ço .orno ..r- ;'n,ccsso no qual o homem se produz enquanto ser genérico numa natureza
rrdrde e \onceirô que Lefebvre vai rrarar, e sim
d: pndudo do e,paço, una vet ,rt'i4,riada e condiçáo de sua produção. Dese modo, no processo a naturcza
que arravés do debate em rorno da noçáo de produçeo
e possfvel apreender o v,ri ,rssrrmindo inicialmente a condiçáo da realização da vida no planeta, meio
r,no1nen'o.à p:rri, do quat o espaço parsa a ser rundamenrJ para a reproduçao
oe <rerermrn;do modo de produçio.
,rr r rvés do qual o trabalho se realiza, até assumn a condiÉô de cÍiâçáo humanâ -
O quc parece central nr obra rro resultado da arividade que manrém os homens vivos reproduzindo no
qre, num doerminado momento da hisúria, o processo
é a ideia de r r e se -
de reprodução da so- trrvimento do processo de hummizaçáo da humanidade.
.ied;de. só o comando do capiral pa-ssa a se rcalizer
nr produçáo d; e.paço. l'or Êm, o terceiro ponto que gostâriâ de salientar da obra de Henri
I r prÍr,r des\e mom€nro que o espaço adquire para
o auror ourro signiÁcado. I rlil:vre, que esclarece os conteúdos da reproduçío social, é sua reflexão sobre
*,",." no\:o que p€rcorr€ roda çua obra e que tem-apoio ná
, de
obr{ i ::,
Màn refere+e aos,onreúdos do conLeiro de produ6o
., . id.rde e o urbano. Para o autor o enorme movimenro de urbanizaçáo que
e^ *" a,pt, ,n,,rrcu aparrirdos anos 1960, quando ocaphalisnro romao mundo todo, éo

32
l33l
lN lll',r,ll(
^1,
n.mcnro da rcproduçro d. cidatrc.
dc sra cxprosáo, cxrcnsro tr.rs perifirias,
t,rrl,\.!, (oniinri.i Irxl,,? ,rr
cra
nomovinrcntoqucd.r un, novoespiço. ,1., lani,,n(lr(, qorlir.,rivo qrre .r rr. uznu»
Ácxrensá"d"",pt,"fi";;J.;;;;
rnr«ro. om o Je,owotvimcnro l,r(,1,1(Driricrn,)vr,.rl,rol)l(in.iri(.rn,rnx.llss.nronrcnro:rporrtlp.u'aoÍircdc
dr rr,rr. e rom er.. a. rn,^a" a
íde sua,lógica, Iinguagemr.
rn**J",, ,t,i ll:i .xigiDci:rs rx) ( piulisnr), nun.D«, cm qrrc r produção cessa de
e
gera a necersidade de d",,",ilil;;;.;;; ')ovrs
., $(lt,r. r cspon r:rrc,rDrcr) rc r rcprodução, eem que a historicidadcse rrans[orma
rransformaçoer. cenrrrn<to
'.nridodessar a anáJis. ,,",,"r,.. ,,.,;;.;;;
da reproduçao da socieda<te. saitja
da hisr
". ,rrr nrunrlial;dadc. Dcssc modo, o capitalismo, no cumo dc sua rcalizaçáo, se
* ."d*. .,"d. d. h.;;:il;;: ;J: ;1j; :;,,11:li,:111:":l:;i:;] rr.rrrÍornrr t r reprcduçeo saidâ produçáo de merca áortx para ganhar a sociedade
os conflitos humanos e as conüadicóes ca r,r/,r. I rrstaura-se, enrío, <, que Hcn ri l..febvre denomin.r de cotidianidade como
dà sociedade snuadas no conjunto
p..br.-,, ,1"
dos rrÍvcl rh ro:ílhe, uma vez que é o lugar cnr que se estabelece o neocapitrlismo.
".",";;;;.----"''e'o t o rr r, :r li rm r Lefebvre, rrara+e do lugar onde sc reproduzem as relações sociais
, ^Na imensa compiexidade de sua obra sobre a c;dade, há umâ sér;e de
r

j:j::.lr:.1 Í *",er penu, .obre um ca m nho posiver para o dewen |.rr.r rllm do local do trabalho, na sociedrde inreha, no espaço inreiro. Assim
i
renomeno u,brno hoic. o q.e ,, rrrl,a»o cnquanto realidade real e concrera e enquanro virtualidade, isto é,
:T^.:" e"iaenremenre n;o
rmensos nscos. Aconrrrução ". ",1;;..; rrrrr.r,calidade em consriruição, aponta as transformaçóes, bem como os múlti-
da probtemjt no': obriga. in ciarmenre.
,..,.;d.,,, Í",. d;;;;:,;;;J;--,:l*'*ana I'l,x Íiuores possiveis. Nesa dneção, a crítica confronta o real e o possivel (seu
d,
",.
"
d. d*,6. d;;,:,
,on:rl,uçào. em p,,e real
;; e em
;;., ;]H*il: :;;
p,(e ,ü ,â1. _ n,o
: i*;l: J;:l:; t(i,s,rnrento não s€ r€duz ao concretizado, ao realizado, pois sua reproduçáo
, r,rrtioLra em seus movimenros conrradirórios revela-o como virtualidade) e a
ru .idade. mar urge d, erplouo rcom
mai. d;;;;;;;: rtrrtlgia reúne reoria e prárica.
a imens; urbrniàção) da cidrde,
os,problemas .om A rnálise da produçáo do espaço abre+e, hoje, como um campo de pos-
da deterioração da vida urbara.
Enquanm momenro histórico. o
urbano engloba, mas anr." rrr"r..rd., rdes concreras para a realizaçáo da reprodução social que dá senddo e
'ihil
conceiro de urbano permirc ".idrd;.;;;;.;;;r;à:ffi : ,,rrrreúdo ao desvendamcnro do mundo moderno. Orienrada em direção ao
anrli,ar um rJuplo
erpiosao no quata ciúde de origem
pr...,"..,;,j;r;;il,;; írrtrr«,, el.r contempla um projero.
,,.,1"",p,."....,,; ..d.,";i;;;
mesmo tempo que se dispersa a seu redor coÍr
um p.oce.,o
mundo modemo.
m,, amp o.
{ -*,.*,*,;,::f::T;::.:i;::Í;ffi :
,ubtinhando o que,e pasa torr
da empresa c rJo rrabJho () conhecim€nto se insere no movimento da reproduÉo da r€alidade como
"pr.a, oc rgaoô r produ(ão. po,ro quc o modo de produç;o
"*i,t.nr.,rrrpl,o, o
."endendoru podaparu rodoôre,rjrório. rrr esidade de apreender os seus âspectos novos que se revelam e se rransformam.
lll1l.1",-.:*,, inundando lll. se apoiâ numadererminada reoria da realidade, presupondo uma derermi

i{:T::::[ll:tii:J::]i:.;:;..:*:T§H,1'.:.JJ::a
j; ,r.rl:r conccpção da realidade, como elemento do todo dialético. O pensamenro
l.*cc. para Hegel, de dentro dos conflitos. Para Henr, l*febvre nasce da vida
um espâço-rempo, um espaço , ,h mortc ern confrontoi da sepârâçáo e reenconrro enrre formas e conteúdos.
de cuidados. Tat esp"r. ,.,a"
srstemas, porque a reproduçáo ".ã,,,r,,r,,". l'.r r.r turipcdes, a ideia da busca da verdade dá*e por amor à verdade, baseia+e
vez que é o resultado do
no mundo mode-. Íà,
"_ * ,";.. ;;;"_ rr,r lillcrdade de indagar sobre a ordem e i desordem das coisas. No horizonte
mundo da mercattoria, ap,.".."d",
prosrama do capitalismo e
p..";;, ;;; ór,í scmpre a possibilidade da descoberta e da aventura que esse ato implica, a
do Estado que organi.a a vida cátidi",, p;.q*
organrza a sociedade de consumo. 1r»,ibilidade de criação que fascina.
,e.n,r*ck LcÍebvrea6rmaL. queaprobremárica
urban; sedestoca
€" -.^jj-e§fprotundrmenrea problematicasairla
mod,h.,
peh exirrên. ia de um ralto qualiÍJrrvo
à. p,....," d.
;;;; ;;;;;
imporranre: o crescimenro quanr
irârivo

.ll
:15
Notas
I Côn(h nro Àqkü:
dtc6E te ,lc fucrc C,çr: ,i o,dr'l'
qu"u
t u4(poucu<rrruonrlomo\ ;;;.;àfi1;,1,..]ü"1"1li 'rri \r,1. dÀ pmnche6. "
xi*,T:'^=l::v' ú.;;';;;il;#;#r:l
*Ê*n."^ B,Àí,. ê. r",m" I i,Lllli,
u inreK,nk c qk r nod«nilr. *
-* -_ " -_,.". . Io p,,nÍno rnd.mo, taar rrcrinui .,
ãH:*.1:1::,11:::1';;;:' :,;x::::,r:;::; ;;1ffi.:íi':,fffi;
' I Gs l.Düu !.osd?hi4lr., turi\. Bexn to...p uu
(jmo rpon,r Hctrikr.bre.m
\riÀ dc rua obã. d?1k etb Lnryv d. tz tn quo.Anhn?
r r1n.r ú.EUr, rydr. tÀ
". Cf. l. W tr htruú séo@?r,ia, ptuis,
B.lin, 1999, d.ntft ouims aulofts,
THAUMÁZEII\I'
rb, Édtrrcn:dr \u l. p. rt
lrmdrç5o nosj.
jr:i? h.eA tLbd, d.8tos.di. t,Mra Bn etoná. rd,
.
',": 'rmon bnJ Á n, htupÀ. )00ü b.e
\io r2úto Lqor: 1004. pp s0
.H'n,y
t_ a@n.
:pa.d.,,p-.a..
thb.g?,
r.
?ohliqú. t2n., Bibtio tüÀ tqoo.p. ri.
',,\.Hqlet.Àllkaiahhdt.\o r,uto.
Bà,t,enr, t.8J p
',_Í(j.,o,a. a altud.,n t,apfd. sio ràulo Ditd.
tq /.p. t<.
','.: ttpatb, &t,.p,kL Mrdrd. rdi.,onê
:e4. "t6pa qta
_ ra Biumr, {rrl.2u0.. p. r2 r.
dulcu",.m"'t Áunr.e
_ R
d{rcn Did.mu, ,ôsü. p. 2qo " ". -uer. &/,.ô, /k/r.,/'a r,h.
A,
Frq,d,Fon.
(i,ndiÉo da existênciâ humânâ, a natureza se metamorfoseia, ao longo
,1,, hisrória, em produção social. À sociedade se constitui como realidade prática
1,'.c,d|Mâ. crrvolvendo um conjunto de produçóes, criando objeros, bens e coisas, conr
Legapt t?,úi2k.tu n,,2, Íàri, Nlürn ,,000. p. to.
','. l,-,l . Dcncu, Hntu- d. b pah rirrrioclo, enlim, um mundo humano. Nese processo é o próprio homem que
CtoCa?L,qu, pxti\. Bcln. tuot, p L.
'' H. tÍfebyre- L.4bu, d. düt2úq,. _ t2 ma.!2Í tuu, lrroduz enquanto tal e esse movimento abarca a produçáo do espâço, râáo
.,n
la
,,*..,_ii)í);t.::;,:::;:::{,:r.;/,rã, MÁ§d4 .3o p q3 "
"*.* rl( dâ sociedade. Nosso ponto de pardda é de que a exisrência humana é
u quc m. prtu ôôb ( .d.quJdo, pur,s '(r
r n6r. ãdoro tivú rlr,rcial, e. portanro, nenhuma relaçáo sociat realia-se fora de um espaço real
" A Hctk..Á fLMní a4t,.t. \io p,u,o,
B,ôili.n.c. tqsj,
' À k kot\à. d. .rp.a übdro *" a. co_, sro D lb .,, ü.m. O processô histórico revela um movimento da pníxis social que
rur, rdup,0')2'd.rcndidreh mxod.,os-l vri th rransformaçáo da narurrza primeira à produçáo do espaço e deste à sua
" e*.oo -o,--,oaa_*a.. " ;;;;;:::'.'
-i'-'.,dn.. {k. M,n. o-;;.,. ií")iilf;,'* s*'""eod.,'dutao. dnn*ú.n -. ,.p(xluçáo. Desse modo, o espaço é produto e expressáo pnírica daquilo que a
' Id-h p t§ '" -_ -/ '1 1-n' Id 'on' AnúDp''. loo3., , ivili,,"rção, ao longo do processo histórico, foi capaz de criar. tusim, a namreza
H,. L.t.br-. D. I t@ |.1ln,
UnionC.n.mled,Édi,.on\. t! b.!. lea
n. r.i.hn".I^ kzq d.dfu^ .1,ú
rr lrl do espaço só faz esclarecer o mundo moderno.
\o,[. to.\. ep .x. Náo se rrata, todavia, de um produto qualquer Em sua mobilizaçáo per-
" H. r.tth\Íe. t, ?ndktioh dr l r,?2.. Caú,
*'--ôEdúons nr'n6Po''
Ánr h, t qL
1t'ru,r rlc transformação a parrir da natureza (que o movimento de reproduçáo
1e8
Pretàcü, p'
" ,0.,,^ "0*.",^0" "" rr- *í,))
^
't H, IfLh!É, Á tuôtqãa úbiru. ,.r,'nrx), o próprio espaço prôduzido é condiçáo de nova produçáo. Portanto,
t H tf,L'ni L. oq d! r, pn,ccsso abrange simulraneidade e coexistência, ou, em outras palavras, a
dbLdqk. 12no|tL6tuu.tj
x" r,rc t"p.,
tz
*
".;:,,:;*;;:: :,ii;:'Jl;:;
a pot,,q*. *,)"r.::, rr,rrrrrezr primeira e a segunda natureza no movimento da produçâo+eprodução
"": ,1,, ry.,ço. O rranscursodessa ação contempla relações constitutivas da vida em

r.rr rrovimento necessário de recriação como aro continuado de produçáo da


I'r.r,irir humana, abarcando um modo do suj€no de pensar e de se perceber na
,lrr.rli,l:rdc de ;ndivíduo no mundo.

l36l
Á (;(,'Br,rti.r c,r) vr.r (.,,r,x, rrttrF.rç.x, !,1{r
Éir.\..rtt.rrc. ,§ t,úrnJ. rsD.,
rl",""-":,..",I
:.li: derermin,,da prçJo
irr.r J r*. r.,,;_;;;
pa" r,",,,.,".,"r,*
rr.rnu objcrivr drs rcl:rçoc', nrrrrn príritr csprcitl cnr qtrc sc rcvrl,rn, os,lrr»xs e
numJ "" .tr ( iÍ,(s (luc sLrsrcrtrm rssr prÍricr, coloc.rnrlo r crtcgorir dt rcpft,dução conro
do ptancra. Ar
..,.,,., P'',';:i..,';;;,.il;ff:I;:1::5:::T:ll: ,rrrrr.rl na consrrLrção da prcblcnr:íticr esprcial conrc condição d.r re.rlização da
tercncüda na,upcrÍÍcieda
terra. Dxdiieren. j;çóe,,.","
i:::i:i: vi,l,r, rlónr dc aponrar sua naturezr histórica.
a capacidade do homem
de transformar a ".;;;;;;-"" l).ssx fcnà, a análise do espaço passr a rer uma dupla determinação, por
em Á noçro de meio
'rpare'e nr ceogriÊ.r ,,,".',a, ,","i" r, "'"reã 'ncu' rlrrc I l<,calização das atividades, lócus de produção, mâs é, também, expressão,

; ;:;.;.;;:, ;.1,iT:1,;:.:: i#.1.[ ,,rrrctlclo d.rs rehçóes sociah e produto social - com seus conrcúdos civilizâró-
:;...,::":,:
o cercr. mero eÍe que pode T1..,1';::ü:: rr," ,1. moJo que nem o indiriduo. e nem o grupo. vi,cria sem um e'pa5o
dar orieem a
" ,",,^" .",." ;:â.";;,. ã,.?:T +,";::1.J.:fl:
,r1,rr1xirdo. Ncssa condição, o espâço é produro social e hisrórico e, ao mesmo

organrzação, em que o homem ::I:i:: #: rrrrrpo, rcalidade imediara, passado e presentc imbricados, tudo isso sem deixar
*r,,* r,","",",,.1,,à,
r Ceosrr'a um coniun,o
arua
; ;:H.:;:::: sofrr
J",, J:T::,T::.:i:::Í,yi;l Jc e,nrcr o futuro que emerge como condição de vivência dos conflitos. O
txl,s,rnrcDtoi porranro, não concebe apenas a produção material-a morfologia
reLção assume vâriar tormulaçóc,
de di6.utdaJes. ,...,., ,_r.:;;;;.il.,:l; *prcirl-, mrs, necessariamente, o conjunro dos processos e relaçóes sociais que
que vao \ompor o.enrro do debrre
rorno da necessidade de deÊnição em ,im co»tcirdo e sentido à prâis. O processo é, âssim, objerivo e caminhapara a
do Í,rtlr.
*_P P,i' ir.s,;:; ; ;;" il:,,,,íÍ
menrero roDso da consriruiçao dr
Ceogra6:.
:*, ::[::r..i::r;,i, :1::
ol,ieriv.rçáo enquanro realizaçáo do homem em sociedade. A natureza do espaço
r, p,,rrrnto, social cm scu tundamento. Esse horizonte de anilise, a partir do
É as.i'n q,. er,,;;;r.;;;:;.; -1r,rço brnal, do real, é o ponro de panida para a consrruçáo do entendimento
-:il:H: ::,'i:::'::
qi\,!,(,at,o
sar o p'oclsso de
:anar de maneira
oos espâços.
;.;;,;:;:;
tu"''":,"*; ,1,, proccso de reproduçáo da sociedade em todos os seus niveis, aponrando a
or
ar.;*.',..ü*,,'.:';;:";;ffi .l#: ;: ::iil;;:ffi 1r rpecriva espaciJ como elemento analisadorda realidade. O desvcndamento
1..11"
ná ueogrrhà, ou arravis
dela _ como loar
I: ,l,,.onteí,do do mundo moderno pasaria pela discussáo sobre a reproduçáo
.. d.á".,, ;;;;;;;.,ff
T:il:::"j j:ffi:::;1i::..: j:
,,rrrinu.rda do planeta, condiçáo de inâcabamenro, situando-se no tempo
na sua

s,roenre sem deixar de indagar'se sobre o pâssado, pois ier sido é uma condiçáo
*
:::1:X ;:t :,'fl:","'I,:::::.j: j..:frmrnâdo r* ..,.';";. ;;;;;;: âquere da
1,,rr.r sci, como escreve Braudel.'
reproduç:o. ao ."*.;, ;''*;,.';',, * 'u'J conndn,e I)csa maneira, a Geografia descobre o conteúdo social do espaço, distan-
,
.on,.do d, pxr;..i*.i" ;:;;;,,11#,J,1;::"'u, considerar o r. rle «,da naturalidade. Daqui vamos depreendendo
rm prcccso de produçáo do espaço. Como ponro de partida, rerÍamos como
as açóes e seus senddos

ogeog,rí6co um movimenroconsranrede
. "".)::iil':l*-*.onhecimen
*,ovos rri8êDc'.r â compreensáo do ato de produçáo no entendimento da dialética
,
j;;",.:.:1:"_t: caninhos rer,rico.m.,odord8i.o, p,.,,upo. q;;
s1,.,ço-sociedade, náo como dois rermos separados que "enrram em relaçáo",
;;ft:j: .:::;: j;ffi .H:;[:: 1.:: :,d, à ri.., .".,,] ..q*;
* ; nr.rs como um termo realizando no outro e através do ourro, e como esfera
s€

.. p,:..,.; ;il;;;;;:J...1i::Ill.J::;X.il:T:.l;l ,,rrtlc .r prática sócio-espacial como base e sustentação da vida se superaria no
::..1 ",
oo espaço permire Jesvendar
o senrido do ren
,rro rlc sua produção.

ar vrda coudrrnr. como localonde


.,, d;,,;",;;;,1::,:::[]ff i ::l j:: IHI
se
esrabet, Sobre a práxis
*,,,0"., o-,",_ I"
tncessan te
.:;;;;, il:T:: JJ;:|HTTIl#l:
proveniente do aro/ação continuãd.
: {) homem, primeiro reunido emgrupo edepon organizado emsociedade,
rr.rosfirmi a natureza numa segundâ narurera por meio da arividade do trabalho.
'*.r" *.^*i.*;;;;;;"*:':.-.'*"produçãosocjar
com isso,
presen te vivido concretamente ( ) nrcmento requer a pasagem, na história, do nomadismo à sedentârizaçáo,
na

l38i
39
I lt ltttl.l ll lN
{tur Íin..rn.,/ (t. ll. r\t,,r
r,, ." . ...,,.,,,",,,.,:;:l:, il,ill1:1,':::,.r,,., "',,r, vr.ür. ,r L,r, grupo
À nxx[r dc irp«,l,rirç.ro () espxço surgc
.rr,, rlc p«xlução tlo tsprço,.rlt(rrr de um
p., o a r. a,,i" cn re hom"^,i.
;; ;,:;11 :J ::;i:::;;: j:HT il): ,,,rrm pn,Llu«, srítlo ch hisr,nia dr hunruidadc, reprocluzin<lo'st .ro longo do
* n,.," rrrrrpo hisrórico, c, em cada momento da história, em função das estrarégias e
11.,,.,"p.,,".;,; p..*..o dedominaçãoe aproprialjo
l1'^.-;:'''. ranro r riÍiLJ virrLnl' hdcs contidas enr cada sociedade.
quanto a do p,opno homem.
::-:,::,.^
convefte os rnsriDros ânimais em sentidos
nr mcdidr em .rue l)r,rlemos pressupor que a espacialidade das relaçóes sociais pode efetiva-
('urrrvaJo' pera
,,,,'* *.,"r,.. o*,..;;;..:;:::'l*'o' 'idae peh rrrtrrrr scrcompreendida no plano da vida cotidiana' e' a pann deh' arriculada
ambém nro .\. u ;;,
;.,; :".,:ffi 1:[j ",ili jllj::: lLrlcÍinida como plano da reproduçáo das relaçóes sociais, compreendida na
ff ;.:: rnrrlriplicidrde dos processos que envolvem a reprôduçáo do esPâço em s€us
::ji::li:"*- l"'onjunro
mundo.
de obje,os ricos
como ob* e como m,nire.rJçào
d.
".,..;. ";;;."*. rrr.ris v.rrirdos aspectos e senridos, como Prática sócio-espacial. Isso ocorre porque
,::::,::",:::*.
uo rr. Esa.drgumenrâçáo ncga a preexirrên,ia da porôn-;, ,( ,chçóes sociais Ém concrerude no espaço, nos lupres onde se realiza a vida
d. r,",",^r;;,:;;;,: um
lrrrnnn:r. cnvolvendo um determinado dispêndio de tempo <1ue ressalta
:::i::_*,*:.,:,1: se r.atizândo e-
no pran€râ _ o individuo"
;rivid,de que produz co,,,,,.,.;;;", ;;ffi"j: nrrrkr dc uso do espaço envolvendo dois planos: o individual (que se manifesta
. d" ,,-,d,d. *.; ;.;;: :;.::[T,*
.* como conr.üdo da .id. cnr srra plenitude no aro de habitar) e o coletivo (plano da realização da socie-
podem.*. p.odu,üa.,;,".;i;,..J;:: rl,rilc), porranto, na dialética entre o público e o privado. A noÉo de produção,
(ondr(õe, nór en(onúJmo,
:il;,1:::l';::ll'-:.LXH rr.u perspectiva, se abre para a noçáo de aProPriâçáo, que s€ revelâ em aros
a reprorJu,,ao do, hum;.,.,1.
pero proc.sso narurJ enrre
o§ sexor,.. A(.i ";;;;;J.
dcrrmrrar na hi'róri;
c \iruações. O uso se realiz.a através do corpo (que é extensáo do esPâço) e de
a .o.dição de i",tio d;;,;o,"-*- ;.;"1' ' 'o'síver
r,rLx os senridos humanos, e a açáo humana se realiza produzindo um mundo

f *f ::::':*=ffi :::':.T.i::;i::;i:::il[:'i::ff J:.:


r,rl c concrcto que delimita e imprime os "rastros" da civilizâçáo.
Nessa condiçáo, espaço e tempo aParecem em sua indissociabilidade por

"*"* " ."1: ?,, I Ê'.."ffi ,: :l tü" fi l;ff :,.;:11 ;# i: rrrci,, rla ação humana, que se realiza enquanto modo de apropriaçáo. Asim'
*
a nature"za
como nârurezá ,r .rç:io que se volta para o Êm de concretizrr a existênciâ humana reâlizâr-se ia
."nao. o",,
,,p.""d. , "o.iJ,
,.;,;;;;:;:,:;,::,,"" - ,ma drmens.ro narur:,. mas .rrqrrrnro proceso de reprodução davida, pela mediação do processo de apro-
".,"..,,
e::::t- h":,..," *;
: rehções que orgânizr
(onrunro de
ffi;.,,fi
';J.."ffi:1.:i:::1ff::
x lrirção clo mundo. Â relaçáo espaço-tem po se exPlicitâ, portanro, como
no plano da vida cotidiana, rertizando+c enqr-ranto modos de
pútica

a vida em ";cr.espacial,
do *bàrho. da prop,
a nârureza se en.onrra
;:d,..1;:;:;;::::il1,;,; :il**::; ,rr,«,priação (o que envolve espaço e tempo determinados), bem como a cons-
mediada pelo rrabalhc rrrr,,io dc uma história individualcomo hisrória coleriva.
râvê§ de$á mediâ\Jo suPerJ
os rc,mo" dr rerdÊo
e no,." ..";;;";;;;,' " ' A porênciadcssa noção, em derimento dade acumulaçáo, revela os níveis

Ii:.,,..,r* * p..a,,r. o, o,;;;;;;:::i,"i,:i:*:: fiil:;*:; rrrris complexos em que esse processo se realiza, pois, como processo consti-
cná:.e armve\ de um conjunro rrrr;vo dr sociedade, rrara+e da reproduçáo de rclaçóes sociais no sentido mais
de produr".,. .."
aiome:n
prod!çio do espaço. ""^ ;,,;;;;;,; .ro,plo do termo na toralidade dessa reproduçáo. Os termos da reproduçáo, no
E nessa condiç:o que nos deparamos rrnr»enro atuat, se elucidam na produçáo de um espaço mundializado como
.***," v,*. e,sa,i ,
'@., ..Bund, " x,.g,,,, ,"p-auçá.
,il;
,*
cr
:#(j;Liffi:::.#:::,:;"Tl:
a+..,
rolização do capitalismo, posto que seu senrido é §uPerar os momenros de
, nsc da acumulaçáo. A reproduçáo em s€us conteúdos mais profundos revela a
iconre.e nu,na retação a,*, o* .,* 0,"....i
diatet;ca sociedade-nrr ,cliçáo €nrre o quc sc conserva/mantém do proceso hisrórico - as relaçóes de
re
"siose,a,, àr,.r.oo,,;;;;;;ffi.;;H:1i;:l ::::Í:.,;;i:: pn,p;edade, de classe e de dominação.
como criaçio real. tu,im, o
aro de produção da vid, Marx revela que o sentido da produçáo ulrrapasa a mera produçâo de
ê, ..",.qr., :",.;;,;; ,,l,jcros e coisas materiais para referir*e à produçáo clo homcm. Ém ambos os

l1r)l
4l
t'|-tt Mtzl tN
r'çJ,, (lc r,,,,,
j.,,,,,,"".,,.,,,.",i.,,,,"1;"',.11'll.ll:ill:''virz,'rnr,r'r,nro.o,onro rrrrrr tliÍircrci.rçio tàz-sr iD)poít''rtc: cnquxnt{, o rrTdar agc c crir um nllrndo
,lrrro rlc signiÍic,rdos. o atarrtur c c clirigido por our«,, dc ii,rm.r que.r produçáo
H:::: ::ru::::: "':;;;':::';:':.[::l';:;Jli::Jlr':: ::l'.:i:: rl,r cqnço é realizrda por sujci«» sociais his«»icamentc deÍinidos. A orientação
+,."an*,.6;",,^:,,:;:jJ',:::il: e,paço-'emporais
t,,:a' devem re:rrzar J pa,, rlt.'ur .rçÍo vcnr dc um projctoque se sirua no conjunto da sociedade em seu
.azem .omo exi.én(iâ sc " Esra.
;
a ;:;;
*s,., *.,*., ã.,^u,.;;;;.:::;'r'"-.
:""-'1tobem como o conhe. imenro
lrr.ccsm consrirurivo, compreendido no seio das relaçóes sociais pela dialética
,l( sur rcproduçáo e rrânsformaçáo.
1"^^r* r,..," 0,,," j.,,","", j.',111:" "."icJ màs ambem deci,óe! A'tapacidade criadora do ser humano náo emana do absoluto - substância
humana Dcsrarre. o d' narurera em rearid,,r.
,uje,,.',-. ,,io, iJ,'^"'''"çio ,rr nlci:r - mas de sua própria atividade prárica e iniciatmente do trabalho".'1
a prnirde uma orien-
';''"., 1 ""* c'*'-,",,0,i'r-,],,1,1"t' " "rureza condiçôes históricas determinadas que estáô na base da civilizaçâo
de produç,o maniÍc.,",,#ilfi::T::i:i,?::: ^r
;:1" ",.,..
n,o cnvolvcm as condiçóes necessárias à manutençáo da vida realatravés da satisfa-

rparc.e, de um tãdo, 1r,,<l* »cccssidades que manrêm os homens vivos, bem como sua procriação,
como aDro, d":6i'ro
'nrre o ui. ro. de
ourrc ,.do ,,»ro nromcnros da reproduçáo da espécie. Tal proceso aponra e sirua o rra-
i.";;.:;; ÍJ::::'-
n*,.,0. .,si",n 0,., a,*il,jl'I" " -t';'"' a.' obrero. r uma
-mo lrrlho como mediaçáo necessária entre o homem e a narur€zr! no sentido de
". **' em re.ur ado rir.u desta.rs condiçóes necessárias à realização da vida, "numa unidade natural
".. "*^**'.,. -,,,a";".;;:li:jT"- 'bjero'
,1,, trrbalho com as condiçôes materiais".L':Pelo rabalho, a relaçáo da socie-
O proieso d. produçjo
, oom,nJção
u( , disrineue, ai
dc apropriaeao
rl, c com o mundo é objetivaçâo real. Tiara+e da objetividade'J do processo
( omo *o..,.,,,".,",,,,,,.111''ovimcnro e
r[,constituiçáo do humano por ele mesmo como autocriaçáo e como senrido
Á áçâo dosBrupoj huhànos ,rp,rntado pelo marerialismo hisrórico. O conteúdo da objetividade em Man é
.
oo^
rem j
mod'ridrdÔ
domrni\;o '**'"rdua .r rrrmrcz rransformando+e em mundo histórico, porranto, como prárica que
D\ e A domrnJÉo
J
'tnbrrro\:
..*,"r. à" .r], "
-'"-"1'"'-:': obre , nrrure" xlc scr rraduzida na prática sócio-espacial em seu senddo conflituoso, que revela
"*r,".
*u";*, r- p- *,. o,ll,,* *'''"'do 1r
,'"'' :"''*' '
";:s':l:':r'
o dPrcPru5;o
)' \oc,edrde . (,n,rírdiçóes que se supenm e desdobram ao longo do proceso, abarcando,
1,,,,"- . - .,*.. j,l]''"' ^ n;o aB'r' m' rrun.r'o,m,
a
r,rnrbém, a produçâo do objeto. Dcse modo, a forma de apropriaçáo da naturez.a
,,,.*-. n .n.r,"," 0,"#:""' " "Tp":':'Prro dad". - em ben.
rlidr'led'"id^o'irl' rcnr corno condiçáo aexisrência do grupo diretamente saído danatureza, com a
A.dproPria\iocnquantoarivida<leesse lllilizaçáo coleriva da rerra. Como aventa Marx, esse processo aponta a indisso-
j;::JJ;fli,,"",,1' , irbilidade entre homem e natureza, primeiro como "laboratório narural" e na
.:u,1::",lus;rq, ;ii:;;ü"::*"'::I"I:
,dro o.orre poroue o
;propria+e d,,.oodi, aa
;: ..rlnê,rcia como nâturezâ produzida. Significariva no processo é a necessidade
err.e,iores. rran"r"ormand.
* ; ;;;,:.: """"-em lh" p'"pn". n.*,.ond'i;o. ,lc um.r Iocalização de um espaço a partir do qual o homem, pela mediaçáo do
o orv,ngue con"ubÍan. irn,r^ .- ^ - --: , 'u' r rb:rlho, se mantém vivo, reproduzindo a espécie e consrruindo umâ hkrória.
r

rrn.;" ,i,"p^r, p.r, ,-,:, quc eÍapam à cquivd-


;;;;J::I.""",'l'"'|ési,!pe,a no.mar Ârsim o "ato universal" se revela na "produção do homem e na transformação da
r.z anorar o direrenre
ru .ã::;::::""::lo.r"o u,o do espâ\o r.u noço rluurcza em humanidade".il A produção do homem, por ele mesmo, projera*e
mcnro de reproduç.ro v,a,.,,., .Jr")llll' ('nquanro como mo- rr.r posibilidade de constÍúçáo de lma hiniria total apontando o proceso de
da
a'entuando um.r qu,ridar.-r;,;:;il::,i,,j"'o ,.o' obrar' poíaodo
r(,nsriruiçáo do homem genérico.
Jo me\mo ,empo do' habirante' na.ce-
eue \e.,",",:,";"j;,::J:' 's A formulação de Man sobre a auroproduçâo do humano (que rem como
uu,':l,plrnJmenro do' gesto' reperirivo'.
norm*,-0.,".,. 0..,.''' l'mir" ;rnro de panida a obra de Hegel) permire pensar quc "há hisroricidade fun-
guhrida<re. dx rorma.. m,,r.ando
e direrenç*. 1,.,;;;.';;;":::':'.e sin- ,l,rnental no ser humano, ele cria, se forma, se produz pelo próprio trabalho
,cn, do dr h , or.r a .oc,J,,;:;:í:::,':"iJ:l[:,,il],",',"Jt r sLn atividade é criadora de obras. Produzindo objetos, bens, conas, ele conr
H: rirrri seu mundo humano".r5 Desse modo, a formuhção sobre a possibilidade

1.121
.ll
t ll lt'\l 1tl ltl

* """"'t' rri,r,,rro. pn'JuzrnJ,r rrr rrrurrJo,onr


i:1'"'
ocre, mmi\ós pmpn^ J(
r.,dJ ep,\,.
rrrrr.r,rrlrccinrcn«tv,brctstnrLrndo.l'crnirt+c..rssin.dtslocrrGcm « avia'
Jh,( r
losib;ti,t,,t.,lc."mDr.cnu.
produç;u Jo espr!o Lomo p,oaur" a, rr1r,,rrr) o scnrirlo dr Produçi-to Purx.rlém dc sLra dimcnsáo cconôrnic'r e da
tr;,rr,i."..on.,rr.
da.vid: marcrial. como conreüdo "...',r,'".,i'",i,lil,l 1'r,xluç;io dc nrcrcadoriasc «rdutos rrzrrra sezrz. Nesse scntido, o espaçocomo
p
da prâxi\. j",;. o su ,.;:,,;;;r,;:;l:'i: que a civilizaçáo, ao longo do processo
praocamenre, numa luta írequenre
conú, , ,, -ea e cn,re as Íorça. po,iricaç t,r(nlL'çio é exprcssáo Prática daquilo
. *.,,u o"" ,".a.. ;,;;:::"iI, lri,rórico, Íài capaz de criel Portânro, a nâturcu é hoje social' a crise ecológica
a p,
"a,*.
"
-,,.,,", ;,
numrno produ,,_r a.i mesmo. ,
;;
:';;".:i": :',1,1:l'i..1.::::t1i
:
:
,,,rn r qual nos confrontamos, entre outras crises revcladoras do mundo mo-
,lcln,, d um proceso socialpor excelência
A rehçjo homem ,",r,." ..
ponanro. naruralidade e hino,icid,.i. M," ;;. A vida e as condiçóes da vida se realizam enquanrc objetiviçáo práÍicâ,
hiroritização da
Iiraão do homem. Uma narurezl ";;,.1;r;;;:::;;l r cvcl,rodo um espaço+empo da açáo dewelando o uso como forma de apropria-
e
que sd se rran,torma em
mundo hi,rori(o
qurndo \uâ negarividddc se rertiza pelo rrab.Jho \.x,. apropriâção trâz consigo a dimensáo do corpo' isro é, do espaço+empo
e p.,, r,.,,,. r.,;;;;;;,;"; ^
que muda r nrrurezà. .O homem nasce ,r1rr"pri.rdo peto corpo, pelos gestos e pela linguagem que envolve a açáo Por

l,:,1,:
. * ,";;, ,"ji;;;;' ;;:,;.1.. ffi:.;:,:.i] i::,Tj:;T: iu,r !cz. a âção rrazem sia ideiadeespaço público davida coletiva, as formas de
a prod'rção envolve r criàção ,,rnunic.rçáo pública,em síntese, os usos dos espaços como mediaçáo necessátiâ
e crrrcreriT,
-0,,-,., *"i, l1}:: jffi: ;
.., (Dconúo, à trocâ, à sociabilidade que supera a ideia de solidariedade para
,. r
;:; ;T: ;:JIil "J:
T :: :
,rr,
,,rrrsrnrir a de cidadania. De fato, a cidadania é eriSida nâ Participâçáo
(debâte
rcmpo. bem <omo produçaode ",
pelaprari.a \ocial. Hl reproduçáo
retrróe,- .,.-* a,U-J. r rli,il,go), no exercício da oiatividade da construção do laço afedvo que une
do eu r,t,
*" i.,".,". 0.,", * i,i. r rnrl,rsa a própria cidadania (valores, tensóes, conlliros e aliança$ e que per'
-

numano ,c produz a ,i proprio


; ffi ;;l:::1l;', lJl ::..I,j:: ;:,, . :; rrr,,Lr a construçáo da pólh greg, lugar da vida social, lugar de formaçáo da
. o quc impti,a r i"d j.,*üb;tid"d.i;_";;
nrru,e,,r. A produçro. enrendrda , r'iliz:,çiro, da ane, da lilosofia. Assim se revelam o suieito e os conreúdos da
.eu cm senrido amOt.. p..dr,. .; ;;;;,;;
:i::,::':' l''T'* *r
.r1.rr humana em sua romlidade.
qc proou\ro Íflela,
rerrizaçro
'omo i,' *,"". oi'*. '..'.i ()s senridos consriruem'se como modo de apropriação do ser humano
,^.i;:. r"1^ll. .
porranro. a reproduçjo .omo
. naç.,o e
consequencie e l]s,ên.id do
reaiaço ranro,.o,,r,r
^l*i vr'.rn.lo produçáo da sua vida (c rudo que isto implica), e reproduzindose en-
iL

r,,"," a, _,,.i0". ,1rr.rnr" rcfcrência e, nesse senrido, enquanro lugar de constitui@o da idcntidade
, ,"1",.,,. .","t,.
o dc produç.ro do erprço
rl- ,...0,.,,,*, r,h n,cmória. Nessa dimensão, revelariam a condiçáo do homem enquanto
,.
.on junro de clemenros tu"d,d* "
rra:slrmâdora, bem como na vontade
1:o-1::orÀconhrcimenros
_
e disposiçáo,
" ;;;:;h;;; r,rrrsrnrçio e obra, que é o sentido poético, tundamento de um deseio Esse
mrnaçôes, acasos e derer, ocorre em lugres dererminados do espaço, mas manifesta+e' concre-
rodos esres votrados à rep-a"i_ j" 1,r,"esrc
processo. transÍ.orma+e
a naturezr em mund "*,.iJ.. N."* r.rnrcnrc, no plano da vidacotidiana. Mas esa materialidade que atravessa rodos
.*
"r
E..",i,.d.,"",,;;;.il,;;::T:;:I: j::""t.::;::liff::: ,^ n,omentos da meramorfose é insuficiente para I compreensáo dos conteúdos
esprço uma oblerir idade que pode ,l.r p«:duçáo do espaço e da forma espacial que a Geogralia constitui como seu
*u proceso. onfliruo"o. O mun.io
rr r ra<Juzid; n.,
r",. j,*,.-;,;;:;i; ,.rnrpo de análise. Há, ainda, diateticamente, uma dimensáo subletiva, cuja
rpare.e ho1e. omo produ\jo
oe reÍa5óes socrais de poder em movjmen,n ,,,r*i<lcração permite pensar náo só na atividade humâna como Potênciâ trâns-
detrmiracao e q, de rron,ci'., e c.dr ve,
;ar;;.";;;;;J,:i;;,.,"i.o l,,rrnrdorada natureza e produtora do mundo, mo, também, como capacidade
",.i, di, anre de uma
.e deparr .om -oaas
as n;;,.; t ;i;;;.;;:jlflT:':."^:",Jj::il;i:*. ,lr questionamento sobre o mundo produzido, como forma de consciência O
espaço real como forma
-As,im,e de um hdo
o homem produz. em v,rnor 1,,,,ccso envolve momentos de apropriaçáoede uso do
..
.rs.ondt5oes necessjrür a produçáo/rcproduçao
momenro, hnrririco,,
rl( I,.rcepção e como representaÉo.
da .h f_ p,;;;;;;; Ouúa derivâçáo que se pode visualiar dr idcia do trabalho enquanto
à s' mesmo como sujeiro "t,1,.
arivo. porsua vez essa ati,i,l"d. "
p..drr r; _;;;;; é a de sua inserçáo num Processo m.tis amplo no qual se supera o
'rivi.i.rr1e

+t
llsl
I ll-lt \l ilt:tt
.r vi,tü( r,\riníi!., ,,rIk,.,
'rív,.t.J.r u,,, JF,r {s(1)i r,,tn,(,,rc hunrroô,
rmn\rormi iqurto qU. e d,rdo DrrLúrl ,n
or]c ,rnrpl, ilc rcl.rçocs qrrc dcrcnrina,, nlxl,, conx, sc consunrirJ os p«rdutos c
n,,"_^
^.
c*
*. ot o*; ;
*.on,,i,u;,
:; j ;j":i;il::J::il.:
l;:., j; ;,:::; l:
.'lrrrrir .l.rr.,,rr.l,'.,,rrr,','irrJrvr.lrr,," rrl.ti,'rr.r (,,r1 ,' tn,p.,. ,om i\ ,uJ\
,rrivnlrtlcs c conx, prrticipà das dccis.,§s. () mnnclo do rrabalho envolve c su-
1.,,,,,,:"..
,..h-.: rransrorrn3ç;o.
u,ia"a" ao 1o,".," . ;; ;";;;.; ;, ;,,:: Ir'Í:r, porraDto, âtividrdes de transformaçáo, ao ser superado como atividade
as
1i,", arancado
oorero do conrcxro narural e r
*";;, ;;;;;,i;"::
o,on6o o *,"._ _
1x.l,rs out«x níveisrle realizaçáo davida. Asim, elescdesdobra, superando suas
*Ílrrs p.rrr reunir-se numarotalidade de momentos que comPó€m € susrentâm
1i.1._""'_0,,",,,.
e ";;:"",#lí;:j,:
numan,zâdo. Na hum,niz.rç;o
:,1,I.,#:jr:tJ:,:,,,..; .r vith hum:rm, trazendo exigências que transcendem o trabalho e o mundo do
da nâru obierivas:o (redr;âçior
rrrl', ho, embora seja determinrdo por ele. Do mesmo modo a arividade de
"rsniÂc,d.s. o homem,;;;);;..",";:':"'J
do'
convirurjro do rrabarho;,;;.,;il.:.
.,-,no. Dcse modo. o eremenro rlrlulho supera os momentos de produfo (drs atividades que o de6nem, que
i";il:;::T **to Íorm.r do mo,jmenr",
da
r"rma ae o6;.1;,;6,6".." llc rlío scnrido e orientam suas estrarégia$
rea z;d., n. n er . d. O movim€nto em
eremenrlr da ,ida
;;, ;J ;::.ff .,:fi:::,ilil"f ,.."..,::*:,:: direçáo a essâ consrruçáo re-coloca a reprodução
,,ntinuada do espaço. Espaço este que a cada momento do proceso hisrórico
soc;at tundam.nra a «
indi\ íduo. e n;*il;;,
s,upo,. j:'"1'1c' pois m.,,La, rera\;o enrre nl,r(srntâ-se como seu produto e condição PaÍâ a instauração d€ üm novo
"J cm'ua' erigência.
,.r. --".;. .p.; ;";;;;:'ffi:j'1'ho'o<ir' g,r'ccsso, abrindo+e, inexoravelmente, em direçáo à sua r€Produçáo. Ass;m,
po, i'-.,--o.on.,n;., vrz que d Iro. r reünc. e lt.Í p«dução, portanro, produtos e obras como resultado dessa arividade que
..r,0. i..,"","""mJ
;; i :il:'.:H Hff:::;lilt;f I; :t:T:,",.,,7 rrvchrn o scntido e conleúdo da mcsma atividade, à qual correspondem ideias,
:.fil:;J;.;:';, rcprcsc»taçóes e uma linguagem intimamente ligada à atividade marerial -,
. qLre cnvolve a propriedade como condiçao e produto, meio que define as
NJo e rpenrs patu .omo.ã.
qk < km J Iurcmi' m- rl.rçí,cs dentro e fora do mundo do trabalho, posro que determinado por ele.
*.s;. e
p-q*-" ;;l;.; iJJ ,,. I"Í,".,"iru. Â ..rh nível da produçáo/reproduçao social corresponde um espaço-tempo.
*",,a- *_. .,0,,,|.., j,j, em rorno d" mer.,do.
".
or^, r* *,,, -"..^;:l:'i*1" monr* Je.rapo- paru.rda A produçáo do espaço pressupõe também â exisrência ü propriedade, que
re.ouro e.ondido. h:ratha.
,.r,., e deÍine o modo como as relaçóes de trabalho vão se efetuar e como será
,., tttróri'
n .na. d' lobo' irmr'te'ourô.\ondido.
,
'ricrrrr
u,,"rn, ."-. ,.,",..'. .,* ,rl,rrinktrado e dividido o produto produzido, como será consumido e porquem,
*', *,.--*". --aã1.i1':l'l'*l'u"' o"'"rorno quando l"rrr como a distribuiçáo dosprodutosdo trabalho. À propriedade como tunda-
,rr.n«, rcvela em sua origem uma desigualdade que se reâliza enquanro relâÉo
iJ,;J,T;:':*"" "-,'i;:';'"':'1,.*:HHY:.HJJ:: ,le poder, isto é, pelaseparaçáo e diferenciaçao dos grupos e clases, baseadas no
Todavia. a rroca <Jesdobra lr13r' que estes ocupam no processo de produçáo da riquea social. Da ntesma
.
de'envohendo..e por um
se num ou
"en do ao rongo da h;'roria, l,,rnr:r, ela del;mitao lugar destes na distribuiçáo da própria riqueza, iluminan-
;;,;;;:;";.:l''"
quc 6x, .,s, ond çóc.,"
tonrerro. o taço:ociat nro ,e
.;;;; il:::i::".:ili::^:*,;x,::l1:l: rlr .s condições de propriedade que sustentam as relaçóes de dominaçáo e de
,r1'r,4xiação do mundo humano. Em sua forma absrrata, r propriedade privada
re-de6nc pela :rb,
oesen"otr e-re peto mw, ,.,. " "".. _r"0..0, ,1,".1 .,turrx ã alienaçáo na prática, permeada e sustentadâ por cisóes P.ofundâs. Daí
ado. trgando ,e reproduçao i
,ocr.rt.
.r .ríimaçáo de que a'objetivâçáo é no fundo mimétici',rr ao se constatar que
perspecriva, o processode
'lesta trabathr mo'imenro,a<ia,ez
ma^ mmp,exo csrrbe,ecJ; ," l,omens reais agem cm um mundo ondc as cisóes se reproduzem e apontam
;;:i':::""orveum
o *.ba ho pe a
. om_c a.
,";,,;;;;, JITL:i:Ti5:ff .,' .rises, pois a prárica espacial revela o caos decorrente da lógica que orienta
.omptentcaçiodo processo
de trabatho em s;
*.:;: fi:: ,r l'(,cesso em direçáo à reproduçáo capiralista. A cxistência da propriedade
r,o . b, h.,. ;., ;; ; ;.,,;"::: ü j, j..i".,f :.": :H I',,,1)oc a sepa.açáo entre sujeito
(que produz e tra»sforma) e objeto (produto
:: ::,1,i: 11: ,1,.,(Ío). assim como âs relaçóes constitutivas dessa separaçáo que se defronram

111,l
l47l
fllÁttMÀ21)lN
.,,,,,., Í.,, i,,,,.it,,,.,,,i,.,t,ir.rt,,r qr11",,,,.,,,,,.,1
"r """"''' "1'r'r' r\'rl"rr"r\r"''r'rrr'r
.l' r'r,.1rrr.r,,,1,,rr,.r,,,. 'l'ri'rJr'l"l( d :r condiçâo constitutivâ da história do csprço como produto de um proccsso
Desse modo,.r hivon.idrdt oroJuz rrivo a parrir da modilic.ação dcla c é nessecontexro que se situa a produçáo do
.,. "
P..d" ,,,.b.. ;,; ;;::::1j,l.j::i:':,jllT.,l ::ffi jfl: cspaço como condiçâo da rcprodução da vida social.
seamplirm tnjo sem jmensas
<liÍicutdarle, . utrrap*undoor lmrrc,do mundo
do trabalho c rla tibí.a e
rdundandô . Sobre a produçáo
.,J",.,,.. ,".",;;;;;#;:";#:.l,JJ,;.T[;:TX;:1,#:
. (omo rcati/r\:o dc virr,:,.r., , ;,,;.;,:.;:";:
;: tim vários momentos de sua longa obra, Lefebvre insisre sobre a dupla
(loeíninâção da noçáo de produçáo a partir da obseruação de que ela tem
rqx,k,que íreà rsr. pro<eso:
a produçao desigu, ,,_, rrr» duplo carárer. O primeno deles é o caráter da prcdrçáo kto sensq $e diz
"*;.a;;;" ,i:::
:: #Jil:^"1:ll:::"dJ P'IoPricdJde e d.,;iqu-, ,,. ;;;; " ;ü;- rrl,ciro ao processo de ptodução do humano. Baseado na tradiçáo hegeliana,
...d,,;." ;; ;,; ; ,".;,:J:::,.:...^':, '.üaJ , rara se de um pr.<e*. Lelcbvre aponra a produção do ser enquanto ser genérico O segundo é o da
.r,, ,. ..",i,r. j..,,p;;,1,:';1,,"':::" as rorçr' nrrurui e rurr (on,rI yn<lt çáo stritto sens* guc diz respeno, exclusivamente, ao processo de produçáo
rlr ol,jctos. Mas o processo de produção de mercadorias se realiza produzindo
c"n"rruçao do mundo e,
r;;:;;." " "aturez: - rura de morte - na
c,p,ço ,,, c"os,afa o e;;;;:;;:l::" ':rviru'lrva da .ompreen':o do rr.r, vj a divisão récnica do trabalho dentro da empresa, a div;§ão enúe Processo
ptrmrre ne$a pe,\pc.,ivJ. .ir produçáo e processo de circulação, mas, também, produzindo relaçóes so-
*,s.r.*,,rg,í, a...;;::,:;],"**''*
p,"a,.';o,.i.-,.,.,,,.#;;;".';;:*^* dr prài' cnrendida.om" , i.ris rnais,rmplas e complexas que extrapolam as esferas da empresae tomam a
alividrde do suieiro dr a\;o um rodo. Dessa forma. ambos os modosestão interconecrados.
eoa ronriên. ir queorrrn,,..,,,rro. ""n..hdccomo
n,-I''"' i"o pcnsar a rocieda<ic em I'odcriamos aÊrmar que, em seu sentido mais profundo, a produçáo
ror no da rearizal;o d^
id, o-,;; j:.,: ""' "
p"" - +, u" a",.,i.,;;;", ;o no e'p.ço De taro.,ro .rrgloba relaçóes mais abrangcntes. No plano espacial, rrara-se do que se passa
;il;: :.1' :"riza5
àv Ja o np*,o
rempo ap: rece como
i o..r
d u
z:.," . ;;;;
rrção. Mas rs reh.ôê.
::,:il,"':.ff;: ll1;:ll#:
l,r.r .h estera especí6ca da produção de mcrcadorias e do mundo do trabalho
t"rn, todavia, deixar de incorporáJo) para esrenderse ao plano do habitar, ao

..,,,," ..,,. t pc,a rroc,r com, r


reJizam Lra r. ) vida privada, isro é, potencializando sua explorâçáo Pela incorPoriçáo
;;.. . ;J."'*,,"
a...* ";;:,,
",hi.,,, ,l. cqaços cada vez mais amplos davida. Do ponto de vista espacial, produçáo
lti"l-,..*
.I .",i1::
fl ilÍ::::.:,H::.;:;
"i;::;.;;
;il;,;:
L:*:
. , ,,,rx1içáo da realizaçáo do processo produrivo, unindo os atos de distribuição,
::.:.1'1.'.*.
id,der
oe idenr de refcrén.,,,
r J. ; il. rr,x.r cconsumo de mercadorias (quando o espaço se produz como materialida'
,1,., ur làrma de infraestrutura viária, porexemplo), mas rambém rede de água,

uos *:
:: [:if i em?''ril
mars <rrversos,
:I;# :: i:::::i[::[ :",11 ::;*:i,;i"'j] I',. csgoro erc. 1'oclavia, ao apandir-se diz respeito à constituiçáo de lugares
form.5 diferen.iã.1:(
.o"reú,io. do.on,erío eu' a iorma ge'r re.ebe os rr,.r* amplosde produçáo de relaçóes sociais, de umacultura, de uma ideologia,
;,;;;.;..;";;:::;'-'' ,l, u» conhecimenro. A prática sócio-esprcial em sua totalidade aponra uma
L::*,1^."- *. ,".;;";I;,;:,::;'::
,o: reraçro homcm/narure/r.
qa
como tundámen,o d" p,....""..;.,;,,;J;;;
;;i,):'::§j;: il:l: .[lerividade, mas, por outro lado, a noçáo dc produçáo contempla mmbém o
mesmo, como posibitidade pr,rcsso de subjetivaçâo, ou seja, a produção do mundo da mercadoria com
reveLdo,a dos c
mode,no. que rem,omo <Jo mun<ío !,,, linguagem e representaçáo.

*.".Íà.."d.,",,.,","d;r;..,;;;;il).""''údo"xprrcari,o' Nese proceso, as necessidadcs se ampliam, tornam'se mais complexas


;;:;;il:::;:i: i"1:1,1*;*::::#,H: -ry.l"bnnào o nundo tu mercadoria, que, ao extrapolar o processo produrivo
porrJn,o. von,rde.
Tã:ure\JodJ.jdJ. Je\ero. tu,r,r. ;; ,,,rro rccessidade de sua própria reprodução, invade e redefine a vida, assim
utvrsão do rrabalfio. na recni.r.. nrr r"tr.u., "..;il.;.";.,
".,,.,.", r...,p..,,,",,:;;;;" *,'.".::jK;: il:::l f,rj:,i:;
,,,,rr,, o lugar que o individuo ocupa na sociedadc. A imediaticidade também
., ,l.s,lobra em múltiplas mediaçóes que se gcncralizam como mom€ntô e

l18l
l4e I
I ll itt \l.t / I lx

1',r.rihiliJ:rJc rc.rl tlr rr.rliu,r,,.r,, J.r lroJrr


,.,,.,,r",.," o ,..i,,,,.: il;.": l,;:'";:"'""' 'sc., 'rn.vinr 'r ,(r e.' iri,, J, rx' ttr,tr.ss).onx) scu prxlu«r. No phno rla prÍric,r, csr lcccss tdtdon;raas
Jirlcrr.
pcrm rr* iJunr brrr a sup.,,.,,o
do.,..-,'" 'om I rtpr''.lu'ro. urrc , r,rrtl(o§ <l:r rcprcrluçlo csp.rcirl cm urs cisóes c scPàraç.,rs, Pok a existência
*p,"d . p".,.,,,,..;',r;,:".*;,*r*t*trlm;* ,l,r dr cl,rsses, :rpoiada na concentraçáo dâ rique.à, dcrermini âce§so§
de vatorizi\ào efcrivJda.tuvesda
produ\:o conrinu,r"
::':,:::.: "xicrhrlc
, r»,xl,rs dt u$ .ros cspaçortempos da rcaliaçáo da vida diferenciados. Com
parr * rcproJuzir csrcnrJeu
r.,r];;;.;;:;;:l:
s
a prrrir da *íera r*,', tsnbclccc dircitos desiguais, sob o manto da cquivalência Estabelece-se
romarrooa ,o<ied;de em.uas
d,
;;;;r;;;;;:, ::::
retrcoer m.ri* mp,".,';;.,;;;;,:;: t nrlo .uividades elrr espaços-tempos bem delimitados, bem como os rede-
1,.rlr
e nece..j,io dr reJtrTa!Jo
do tu. ro conÍmr Irinrlo cn função da nccess;dade ampliada da produçáo/realização do lucro
p,i,,d, d"Ê,id.,,,i;';;,;",;;,::";.,::i,,,,,..m,e*en..ro,raproprie<ía<íe ,,,rrro Íôrm:r de ser dcssa sociedade. Por sua vez, o desenvolvimenro hisrórico
a produçao Lrn Lonn;ro
rep,odu\ro da,r,a;o,*;ã;I;m;ndam , ,l.r prrpricdade no seio do processo de reproduçáo aponta a reproduçâo do
d r reproduçro do ..rpirar.
Por ranto da crÍcra,"'r,;
;,,.;.,,,;T"idade' r,rl,,r rlc rroca - e o que dcla se diferencia, o que esrá subordinado a ela e como
p,,'r r re.a p,odu!,o d;,r.,..;";;;;j:. r'll;l:::i:J:i:::,::i::: ,,rir.nrr o uso como possibilidade deapropriaçáo realizando-se como diferença.
d !idr. sbiugJndo-J.
Â\ ,epa,Jçóe, enrre o, ptJno, I I(,jc. sob o capirilismo, o processo acimacsboçado se amplia encerrando
rta reàli<jade _ ar;ncem
dmpo\, on,rir ur ivo, da r id^ot
iat. O ra. io,,, . ;, ;;
;;., orrrns cordiçóes eestratégias, desenvolvendo edesdobrando suas contradiçoes.
lovo,.
oe vrda cotidiana, que permire ;:rr::
viíumbDl ( ),,rpiril;smo Levou ao cxnemo suascisoes, ultrapassando sua condiçâo ;nicial.

::::1i::dlÃr;i.;;ilJ::Lilfl :::.,.:li:i:;::Í.i:::
rà(,o( in,o. ,irur-\e o ho, izonre
da reproduçno ,o,,,,
Não é a unidrde dos honens vivos c arivos.om condiçó4 n uràis
çe_'rrua; rruli,e da produ5ão .. ,.,. a.i.. f,...."., . inorgânicàs dc seu metabolismo com a natüre,à que necessireria de
do esp.rço com. ".
_ra,r..
reprodução soci.J. rn.. . p,la"," A, .xplic.çáo,.ômo rcsrlsdo d. p.oceso hisióricoi é âo conoáiio, a
"m
scp.r.ção entre estãs condiçóes inorgânicas de existência humrna e de sua
Nese nivcl.a produ,,ão do erp.rço le
reatrzr como Jienr\jo. umJ ver rtividade, separâção que só é toiâl ne relaçáo enlie ô râbalho asalariado
--
a prod'rção do mundo (omo
obra humanr
que
c o capiral."
r
* **'""; ;';;:';1,*,:::i:fji:;: Uj.::lj:
Lll-il.':1'- ":.,";;:
crsoorr por uma represenrrção,
que é real e
li,rtrvi.r, convém ainda considerar que ao mesmo tempo que o homem
,.m ro , or;dirno ru lugar ,, mundo objetivo Geale concreto) ele produz também uma consciência
eÍerivrçao. Desse mo<ío. a de 1'r,rIv
da;.,1, -,,l,rql.
1i;,
_, *,
- a*,. i *; ;;l; ;i il: J: il: :::.,1' H ::'fi
reprcsenrâçóes. Isro e. :.:,: "'l,rr
cle. cle forma que o homem se produz no processo, enquanto humano,
,,n,n iin.ix. desejos. Trara*e de um mundo de determinações e possibilidades,
o processo cnvolve m
,. ..1,:::.:i . 0. .."
-."..H ;: ;:#J: :ff
r omo.onsequêncir.
i;).11; J;.0 ",,.
,,r1,,r2 dc »rctamorfosear a realidade, ao se apresentar como possibilidade dc
rr.,li/.,r.o do oegativo. tusim, rs luras de classe, que se rcalizam em tomo da dis-
a produç;o do e,naço. íundaJa
r,oS o.rpirati,mot
na conndd4jo talor de uroÂrlor rrrl,rrr1,r, da riqueza social gerada pelo produto social do trabalho' desdobram+e
de rro.a. quc domina c as,egrrra
de rcumuláçjo no e.paço o pro.esso , rrr lrrrrs pelo cspaço. Há, portanto, um deíocamento e uma mudança no
por mcio d. sua ,*-0,r;.
o espaço é â expressáo mais .;-;;;í.::::": luta, que revcla o novo movimento do mundo no qualo proceso
contundcnte da àesig,;a"+,," ," 0.,à,." ,1 ".r,rril,,,la
Ja ,eproJu(;o do e§pr\o ( rlr rqrrxluçeo soci.rlse realiza no esprço e através da reproduçáo deste' em tor-
lll,_il'r,.."rd"*.,,.,
aproprrção privad.l
aprrrri\rd _ p,odu!ào ,ocirl/ ,,,, (1.,' apropriâçóes necessárias à reproduçáo da vida além dos esrritos limites
-que ma"jfesu n" ,r,"
..,,..,;a*.;" a" *,lp;.;;;, "c
;:iffi:jil|l::fl lflfl:;il::i:
Lro espaço rambém se locatizam l)cs.r làrma, a prod uçáo do espaço tem por conteúdo relaçóessociah, mas
os resrduos c: Je aponraras vinurrida<lcr
Jhe,,À p(h prj,icae,pJcir cump.. numa materialidade como suporte das mesmas enquanto
;:;;il; ;1"-s ,.,,'ilt1nr se
tas que surgcm da produç,;
;;.;;ffi #,r,ffi: :::,1::f.',,::,,:.ij,l: ,,,,,1,,nto das relâçóes cotidianas reais. Aqui. a análise abarca o plano do lugar
, ,,r,,r rccone do próximo, guarda uma dimensáo prático+ensível, rcal e concreta

5r) I
5l
Ilt ttttt.1Ilt IN
q"(.r.'n.tli jc pdc..xú
Pt,r,.,\. rdtl.ú.on
.r.,,..,.,,,s.;.,.^.,.,; j, ;,,;,,". :.:::'',f"*\ J( u!,.,'onr.,{r( re.,rizâ\ór.
,r es1,rço hlbirÍvcl).'lirmvr-sc, lirntl.rmcnrr[ncnrc, rlc const.rtar a açio do ho-
po,,., 1o i,." «. a .onl; ;;;iil.ü::::::il:I::l:,flJ:i:,,*:" rrrr.rn snxr a rcra crr suis diÍlrcnciaçrics. Surgiram daÍ.rlgumas crtegorias de
o,t'g" ,,,,.llisc que compócn, o .rmcnal anrlítico dos geógrafos, associando a GeograÊa
:;::: ::i'"',: ::1'-.. 'o'o ;o*ioir;a'í * *.",,-1"), ,.'-i.'" )..,rtgoria de locàliz:ção. Vidal de ta Blache,r' por exemplo, associava o termo
,- .0,
'., ';;";; ;,,, *lilllij,iil'i:"::ue
permirem r (riàçiô.ons- 'i' gcográfico àquele da localiação, pois, segundo sua concepçáo, "e história
,[ uD] povo é inseparável da regiáo que ele habita" e'b homem foi, ao longo
;,.::1' x:r ::::r!!i ^:-,i:::,1,:::ffi :il'l,I:.'..,,'':
*.,,''. ; ;;;;".:;'J,T,;H:"j::'"'' raÍir: "'im que,' .eh1oe,
rl,, rcnryo. o discÍpulo fiel do solo. O estudo deste solo contribuirá a esclarecer
. crrircr, os modos, e as rendências dos habitantes".':5 Assim, do contato com
do <Jescnvorvimenro dar,;1;"';;;fi;:, ruja rmprirude depende
:11'"is ,r nrrurcza depreende+e o conceito áe neio.
dnenvo,vim.nro d: ,ro., .omandado pero l'or sua vez, para Deneux,'6 o pensamenro geográlico caracteriza*e por
rovimenro
iaços. ";;.ffi:;::::l
urrurai.queconrpi|""|n; e rran'porre. arém do.
;;-:."'"''a1'o a ativid,de.edes<íobra rrnrr rtmrdagem cientílica do meio natural, muito mah próximo de uma ciên-
;,a;.,nao
-n.,.,"-",i,. ;; ;'[i:1;'""'rreçao , i.r nrrural, apontando a relaçâo entre os grupos humanos e o ambiente. Esse
rcal;zrçao d; vidr. revera*.
".lrà1," ''"ooquemar'ame del;miram,
A vidd (omo prarica sóc;o_espaciairevr
r.r, n,círb esrá implicitamente presente nas reflexóes fundadoras da Geogm6a
, rrlrí6ca. Por outro lado, o estudo dos grupos humanos através de seu habitar
quc \e rompoem arrave\ dos la',o' o.iaÀ.
oo ,.oc] .orno ,.",'lo ' 'on«ituiç;o c ,lc surs condiçóes de circulâçáo e de comunicaÉo leva a Geografia a se inter-
ru. ou seia. o prano do r,",r;;;.1;;;.:::"'..ial no prrno da vida coridi, r.11.rr sobre as relaçóesenne os grupos, o que desembocou nc relaçóes entre os
sociais e,pe.i6co,. ..
.,,; ;;";il::::" le luqáre"om seu'.onreúdo.
signos rcferencia').
lu1q.rns. l'ara Dollfus, o rermo rev€la na construçáo do pensamento geográfico
em 'ua subierividade ''.1 rchções enne o homem e o meio fG;co que o cercam constituindo um dos
,,," , ;: ;;;;: l:Ímboro"
umr
espccifico d, ranrrormrsão coi'r
.l";:;;;:- 'upera o momen,o 1'r,í,lcmas suscirados pela análise do espaço geográ6co",ri além disso,
"um
ho izon e. da" rera\õc*o:., . cm prod,ro deÊnindo o no,
; ,;;;,:r::ll'' rr,rno mcio pode dar origem â váriâs paisagens humanizadas".':3 kso porque,
o homern en ru em.onraro
. om o mundo produado

bem com-o um ..0.


il ;:;;,, ;;;lli,* ,,,to clemonstrou,Geografia precisou buscâr as relaçóes de causrlidade entre
a

a. *",,, .)...^ r um ' idenridrdc, ,, h»»cm e a natureza. Feiro esse rajeto, conclui-se que a noçáo de meio, tal
'ur rr,rnstorma\;o. 'onhetimenro ne.esirio a ,,,rno clesenvolvida no pensamento geográ6co, localiza a atividade, reúne os
A ,rnJtrse da produçjo Irrrcns criadores de paisagens dil'erenciadas.
, do esprço (onsri
*"im. um uni,eno imbrio.r^
ur vtua5oes que nro pod.
d.,,r, d..on,.- ''' I)rnindo da análise do meio, a Geogra6a descobrc como campo privile-

1'311,*'10"*,"0,1'".,;;;;il:*"i.lfl: jj::[::]í":;: 11i,rlrr de pesquisa o que convencionou chamar de esVaço geográfco. O conceito
conrunro dr reprodução dimensâo de marerialidade, reforçada pela ideia de localização, ao ser
5o.ial em sua rontn 11,rrrh., .r
é en.onrrar o' rundamen passo porranro.
..;,;;;;,,.;il1'* 'primeiro ,nlinido por Dollfus como
duç,o do e'prço c iman.,
.:;í* 'egundo , quar r pro
d,'.ond(oe\ mrÍe,iai.. c.,,. ::1:i'm:çro À';m. , produ\ro um espaço per«birlo e senrido pelos homens em fudção ranro de seus
;".;;;;,1'""umrnao aro Je produzir snremas de pensâmento como de suas
"ecesi,lades.
simultaneamente
aro de prortuçio do
espa 'ela como
organizado e dividido, obedcccndo critérios tuncionâis, t.àduzidos nas
paisagens.r'
Do meio à ptática sócio_espacial Asim. para o autor, cada um dos pontos dc arividades dos homens, par
Nos primdrd;os da disciptina ,n, conjunro no qual
is de ser localizados, revelam uma shuação relativa a um
eeosrl6,
e,,nno 'làl
de.isnando a p:,;11";;" :.#::il.fnm :: :ül"x ,
" rrnercve. como o espaço dos maremáticos ou como o dos economistas, o
.;,.rço geográÊco evoluiria a partir de um conjunto de relaçóes que se estabele-

lsz l
53
Ill | \t t/11\
.oit'n ro i,,r(ri,tr dc o,n qr,:rrtfu
Li,,rcrcr,,,,,
Lrr rorr' ÂirrJa pr.
L-'.f 'l','*n,n,r*'*.*ài,,, :r4r'lrÍr'ic rrrrrnilo, oquc p,rlr IrcrLr éo nó virxl, in,(dirk,, vis«, pcl:r v,ciccl,rele com, tõnre
vi'iv'rc r p*s,'8(m'." rim
,,,",,.",r,rl;,'-t'
i"j"r.'lill"'ircrencirrro.ujr ,rprr;ncra . oponc,Jt txh r cukLrrr. Ao nrcsnlr rcn,po. o cscri«,r aÊrrna quc "viver é
dequc exÀriria um cspaç.;;;.;. p.rur rle un esp.rço a outrc, tentando ao míximo não colidir"itr portànto, a
;.:J""a'rece'ompcrrirh.rrda.cnea
nhuma dÀciprina,
podc r<rrmar o e.paro r rh hum.rn.r consistirir em hrbirar cqaços.
.o ()llda ato e cada atividadc prárica, nalizando+e enquanto momenro
a' .o*. * ,.0- ,,,,*'0,'*',1,H'lTtt'*ru' e'r, etperiôncia ,,rrr«iturivo de consrrução da ;denridade do homem com o outro em esPâços-
-** a..ig,i,r.,,r. r.i;";:':;l:": '.:: "'r.
Iz@ e drrr'd a(irar "
e.pa1o por .i ,ó r"rrrpos cspccíÍicos. evidencia que a realizaçáo da vida é a produçao prática do
-s"*. q," . *t,*. l" ,,-xrd or arguhenro. que ( \prço, rànro como realidrde quanto como possibilidadc, constituindo uma

-".;."..-^;a-,,".p,.*.i.".]]il.'_1'"'',",'ro :ienci,s dr rern nl.r,ridade que sedimenta a memória. Nessa perspectiva, o espaço produz+e
r.a^ - o-**.",n,..i,;; den,ro do e.pr5o
;..,*_:i:::fl t reproduz-se como materialidade indissociável da realizaçáo da vida e, subje'
Esra preocupaçjo, r;v.rntnre. como elemenro consrirutivo da identidade social. A vida coridiana
enrrer.rnro, n;o
'.^,ia". p.a..". "'*rrirh,da nnse por ourro.c ' rc.rliza concretamente a part;r de um conjunto de relaçóes que contemplame
B'a6.0. a no!;o de"i,.,;;;".",:;;":::
meio ";::liruiçio do pcn'amento seo. ,,\,,(s, que, po. sua vez, se desenrolam em espaços e tempos determinados
;;,;,tJ
produzrdo per;
'ocêdrde
roque do homem pdrr
,;,Jilfl: ^:" 'c tranrnsura n.r de
p^'ls.lr]. a.
e'p:ro ,1rt cnccram nossa vida, sem os quais ela náo ocorreria. Em primeiro lugar, r
,.r.r eomo espaço da vida privada, umbigo do mundo para o homem, foco r
o rrro qualiuriro
a d, .;:;Jr;.'::Jli:i', "p.,", "..
,1u. rran'Íormr r n,rrurcza p,rrrir clc onde se localizr no universo e a pann de onde se tecem suas relaçôes
r,; l;;::,,'::"":Y:i" como um,odo.., ce"gru
revera
r,rrn os ouros, isto é, o lugar da habitaçáo que envolve a peça do apanamcnto
'c rrep.rrj com r ;;i j;::l*',": Á'eg.nd, r.re.e
desis,!ard;;;
*s.. a^,^,t;*.à"";.,;;';:;,j.::*'":,oe
6r
,,rr rh cas.r. Em seguida, a rua, momenro em que o privado se abre para o pú'
* Jpa,
o prper ar*o do homem
,,,"","
,,e r.., o.ea.a. ,;",r;,a,do bln., para o outro, e para o estranho. Â parrir dela surge a praça do mercado,
ol ,, rrrn comercial ou cultural, os lugares sagrados ou simbólicos, os centros de
prr;prio <Jo humano. "1,,,1ir"',
enq,;,,;.;,;::::i çm 3rs6 quç

* ;:;;":' ;:: :;l;::::.,.: HH.'ilT ;l


l""rformando-1 6
*rviços, áreas de lazer ou mesmo de tnbalho e correspondem a usos nascidos
:;'::il i:';', i il"' ,1. rrnra prárica espacial, ligando lugares e pessoas num conjunro derelaçóesque

Como rrr,,lvcm e permitem que a vida aconteça. As form6 mareriâis ârquiÍetônicas


, ii áponrrdo, n, sirurlao primon
<rep,ramo.no condiç,o d, produção 11r.rr.l.rm, para o indivíduo, o sentido que é dado pelo conteúdo social que vai
com , naru."*.;;;;;:';1,, Í .oci.r
robre ro homem mrtérh-p ,,,rrsrituir-se como supone da memória, rornando-a aro presente na arricula-
a,ruar re.,; o rtub*"
a ravir dc uma, ividade,;,;,;;j'::,"
i,.1".. Iii l''ltada ima
modiÍi. a a rurur.z. q,rr rle espaço e tempo, pela mediaçáo da experiência vivida num determinado
"c':edade

;il];il:,',,.,"l ;; ;;:T,:::;[l;[ j:Ilfi jil'il;:;


lr11.rr Ncse senrido, a construçáo do lugar se revela, fundamentrlmente, en-
rp.rrrro construçáo de uma identidade, logo, a memória liga o tempo da ação

O modo .omo â vida aao..ro u'o e a um rirmo. A*im. e'p,1o c rempo. u.o e rirmo.e
.,,' )rrs.rr Ja
se desenrota rru. roehm em sua indnsociabilidade através da memória. E a história parricular
nos.o,o.a , quesr;o cspr.ia,
Je;".;:;;,::l::1.::a.dimenü. o que
,1,.,..rumserealizanumahistóriacoletiva,ondeseinsere,eemrelaçãoàqual
Prc\uposÍo. Á c\i,,en,ia r.,,.,",," 'toa tem ne*a.ondi1âo o
*.,. **r., .o*,,,,1.,,;. ;:;.':
i"],]] "* * **1, No*r.orpo.'eu 11.rrrh,r signi6cado.
t) habitar clwlve a produção de formas espaciais, marcriais, bem como
,ujarproximaç;n rem ":ffi,:'::ll3
do,..rJ.;;.;::;;:lll1. ,em uma e,i',ênr i; erp,ci.rr ,1, ,'r, modo de habnáIs e percebê-las. É um tcrmo poótico, pois abarca um
.c,rera. iona.om porme;odaquarere
re a10c" o.,rrem
o mund" .:il.:;;::.,cce"ârii ,, ,,ipo de crixçáo nos modos de apropriaçáo, rluc organiza e derermina o uso.
em,*,,". ;;:":';::;.,lll5 ..*";;:llx:: l',,{lur limitâçóes, âo mesmo tempo quc abrc possib;lidades. Envolve um lu-
I .,r Jeterminado no espaço, portanto, uma localização c uma distância que se

lsll
55
I ll llli, l/r r\
rci,,cion.r .r,m ,rrrrr,n lrrs.rrc..j.r
tnt.rttc c
. iÍi, a,. Ns,r n),..rnrJ. ,':,,,.,;r,;;,';',., ,' " *" i*,'. g'rrrh, .rurrrJ.,.ir, ,r,,- (,,rido l,oarico. () px$.'rl,, dtix,rr inrprcs*,s nr rrorlolollir rrlços, inscriçocs,
d, vidJ. ,rJ'Jnd,, \c ,ro ;;.,i; ' " 'c,ri,ro,r,.Io p.ra rcpro.rrri,o *Lrirun Llo rtnrpo, qLrc c'o rcnrpo dr ,rrivid. c hunrrnr. Mrs essc cryaço I
:;:..1;':,'"
:,:.; u;";,;,:l:,t":;::;.h:nmru:::
*. rrn«, hojc qLurn«, outmrx, um .sPiço Prescntc dado como um todo
" rrrprc,
::l:
e :,.,
oDjervo e povoado de objetos que .rrrurl, com urs Iigaçõcs c conexóes enr ârc. Portanto, passado e futuro' memória
aerenvohc. Je ror ma que,."",,,
san
'cnrido i medi,Ja quc , r id, ,e prirneira enquanto virrualidades
rrropir esráocontidos no prcsentc da cidade; a
;,, ;.,l,T rorm rm um' on junro mür "
,c.rlizriJ.rs, a segunda enquanro possibilidades quese vislumbram, compondo o
de risn nudo. ."., il ",;;:.;::#dade oo que escreve Lusautr. para
rpro
a produçao
quem. 1'rescnte e dando conteúdo ao futuro. Nesesenddo, a obra atravesa
nossa exisrê.cia é dô
inido ao 6m . .r1,arcce rambém como memória, referências. tempo de uso. É nessa mcdida
-",*.^ "r^ " '"p'ic e'r'\o que
l:: . -,i.,; lll':^ri
arr",-'...p",.. a",i,r",";.;;:,."1 * i'ro' qu'
de
rlrr r imposiçáo do valor de troca sobre o valor de uso se relâtivizâ. "Todos es§es
'e'n' '"'o' """'
queno\Jru{imn\rh prrrlLrrosestáo aponro de serencaminhados ao mercado enquanto mercadorias,
,rnsa\içue\p,ia, cô.,r,, noot^'-'ou'''
no*o".onh..i."nu^ \.i, ..^"-i;::;:,.,:,,.Íiu\\. d .urso rde lns clcs ainda vacilam no timiar",r6 é a percepçâo de Benjamin.
e o mundo é arravessada por modos de apro-
A rclação enr.e o hâbitânte
Da mesmaforma, as ciências humanar
tni.,çio e usos envolvendo uma multiplicidade de posibilidades. Éla abarca o
o espaço a uma superfr,
u
i. d. p,.i.ç.. d.,
espalo do habirar e. porrrnto,
Í.""',i;:lj:".::il:.",..- "- ,1rrr sc passa no âmbito do processo de trabalho e íora dele, o que requer o re-
reat ,,'rrhccimenro da esfera da vida cotidirna. Desse modo, a reproduçáo do espaço
corpo. que. on\ ro r me,"",:
á ud, ,e rcali,,a . arndo.
r..;,;, ;;,:i;,li:'.:
:.::il l;:Í::::i: ,rrrirulado determinado pelo processo de reprodução das relaçóes sociais que
c
dctrmirando eribinJo .r,.."'.,; ,; ;;.,;.r.:.,
e modo maisamplodo quecrelaçóesdeproduç'áorrrraarrra'que
rambêm o co,po no senrrdo " ',rprscntade
dc que o u;ador
, pre.en\r,c o ! v do . -..." .;;;"".".,*;":, .,i::[:: vn.rn, apenas à produção de mercadorias, pois envolve momentos dependentes

ao ermo habttarexi na base [;:T:::il: . deline a vida cotidiana como uma totalidade
.rniculados -
dJ (onsrru.iô do rnriJo l'ortanro se a Física torna possivel afirmar que todo corpo - entendido
aprop,ução do. luSr,es a
partir dr .asa. no 'la 'i'Ja no' modo' de rrn u.r forma genérica, conro maréria - ocupa um lugr no espaço, através da
,,u ,,.r". ,".a..11, .,^í.Jl#..,;ll llillijlll *, ,",,. -..", ;r'rjlccriva abena pela Geogra6a poderíamos a6rmar que as relaçóes sociais

qu. e§paço e remPo rpar.cerr a
iDdi.."ciabiriJr,re.umr;,,.;;:;.il::: *vê' !; 3'"a humana cm,ur ;rrlcrn se realizar num espaço e tempo apropriados para cada ato de marifes-
modorJcrpropriaçio
modo. o proceso rem
,;, ;",;.;ffi:;'1"'"'lo e rrmbem c percebrJo De*e l'roduzido no decuro da constiru;éo do proccso civiliatório como
rúdos o, \enrjdo\ huhrn..
-^. r..^ .-- , 'Ível .om
r,*,. o*,,*",, n,' ;r,idrd- m,i, produto do procc$o de.ônÍituiçáo da humenidade do homem - a
rmrempo dc *m",i".;,,::,'ü*j,i.,"",;--c,/àrü
nalo .. ..d;.:;.",*í,ÍIÍÍ.,:íí::::.;*:I
produçáo do espaço contemplã um mu.dô objerivo que só tem disrênciâ
e senridô ã perrn e pelo o
menor ôbieto é, nesre sentido, suporre
sujeito.
te:propra do munJo. ao se apropriar,to esr de sugeslóes e relaçóes, ele remete a toda sone de atividade que náo sáo

;:l'l*: :::*':ill*"' ;i :::Ü::; :"J, ::::.],'::"1 ;I::: aprcsenradas diretamenre


"elê.
Tem senrido objei;voesocial pua* pesou,
como tÉdiçôes, qualidades mais complexas. confcrindo um valor simbólio.
..,.*,r,r"" h",",";:.;,;,;:',;;.';:',",_;:,:l;:: j: Quúdo ô .ônjunro de objetos é tomado como um todo, os produtos tomam
ffi: :fJ:*. uma sigdifi.eção srperior A atividade qaminada na esqlada práxis roma
I,,11.1.,0.,,T,^0.
nrsrofl.o\. :,Tlrimindo o, iavro.rd,r.i,,,*.* _,"
L) u5o sinrii?,,,_ :;,.;; ;;:, conteúdo e forma superiore. A consciência humana âPare.e em relaÉo
t,,^_..r- -- ,
..,',',,'r..""*,".'í":;:f:: ::.I11"""'a vida que,oda'i*a'e com um conjúnio de prcdutos.l']

memr,r a ri,u da co;,t;;ilj":il1"::;


se Assim, as relaçóes sociais têm uma exisrência real na condiçao de uma
:"."...;,1 :.Jj:::;i:j kto é' a aná-
, \,srllc;a espâciât concreta, nela se inscrevendo e se rcalizando.

ls6
ls1 l
ttl tt \l 1/l t\

;:ilirilr;.;,.; rTl Í:i:j,;il; ,:; :" ;: ;::: r;;:: ,l{ sirLnçitrs rtur trxo pi,(lc rlri*rr rlc eonrcn,plrr ., dirlclrrt.r corrt ncccss rdcs/
,\t'iriç;io/dcscjos. os qLuis se cn.ontran, llcrrrcs rlr vnl,r cotnlirnr.
()s,rrgumcnros rc;Drx.xpostos r:rnrbénr pclnirenr construrir a hipóresc de

âlli*?xLTIi,,,'= ;f IIT*Iil:..í,l-xH yc.r rxtçio <1c produçno do ryalz envolvc os nx,men«rs <le produção e criaçío,
Lvendo do cspaço..ro mesmo tempo e dialcticamenre, obr.r e produro: como

,;ri ji, :gili*:,,",ç lmx*:.:m r*J}


I'r,rlLr«, da sociedade e como obra de sua h;srória. Para l.efebvre a disrinçáo
. rrrrc obra e produto é relativa e, no lirnne, náo haveria razáo para efetuáJa,
rrrrlr vezqueaobra atravesa o produto eeste não impede aobra, o que signiÊca
,lizcr que o rro como possibilidade esrá sempre latente na forma mercadoria.
::*:;::,,",i;:::::ilil:,."J#:;{.}T::::':::';-t:):::il,; Itrr um l.rdo aponta que a criâçáo náo por outro,
é âbsorvida pelo repetitivo,
,1rrr., produçáo, em scu sentido amplo, compreende obras múltiplas, produ-
jffi :,+í*#,'.::"^fiff
;'3,':;.';'#:;* :i::lÍtr r,", um.r cultura, objeros erc. Assim se realiza o movimento que vai do plano
,l,r li.oonrcnologia para o da prática real, e desre para o vinual. Nesse aspecto,
Esres conruruem o mundo
.
srerivo.
da orr.en
ou,eprekn,a\óe,r;;;il":*::l'i'er,,reedo de.ignihcrdos
.r11,iÍic.r dizer que o mundo produzido r«ela*e como obra humana, ao longo
,1,, pn,ccsso civilizatório, em sua reproduçáo, pnticamente, isto é, no Plano
,ig,;r,.,a-
p..r,"a..,"#;;;::::" l,*"r.,ãoc,p,rze. <re raduzir
reta''oer
,1, rcrlização rerl e prática da vida, como prâis. Há nesse processo uma dupla
triai're.on.trurram ao
*," r,...".,
longo do rempo.
llas ,h rcnrinação: o homem se objetiva construindo um mundo real e concreto ao
91
.""",*. o. ,.o,.r.6,. ,,..",jr..i,l" ls''t('âdo e \enrido :, vidJ arrivé, r,(\rno tempo que se subjetiva no processo ganhando consciência sobre essa
idenridade rundada
num",,"_,i.1,,,,.-ílll,jonram,; .onvruçio de uma pr,rluçáo. Assim, se no plano do conhecimento o espaço revela+e em sua di-
a rerrç;o.onr
o mundo e.";.:;;::::;:-1,-
crrrrura Ne*..on,exro
"um; rrr rNio abstrata, ele corresponde também a uma realidade real sua Produção

;::::T';':,;J::::::r;;;,';lã::}il::IJ:::;1tff :: "" irl l;gando+e ao plano do real. Â materialização do processo é dada pela
,,,,tr krizaçáo dâs relaçóes sociais produtoras dos lugares, rev€lando a dimensáo
hi'rorir na mc<rid, em queo
,..po,'"pt"" au,,,,,i..;;;,;;jJ:il*'*
*f ,1., l)r,dução/reproduçáo do espaço. É assirn que o enfoque espacirJ envolve a
aro'o.rar. a,rvid;dc prJr,.., o hrbi*rderinido como
plano rra repmdurjo
;;;-J:;;,):'' 'l;do v, n.l.rle em seu conjunto, em sua açáo real, objerivando+e.
,ocr,l mJ( e'rcndc \e ro
,,. ",,""""j"'."T' 'ocrl,âçio. lin sínrese, as r€laçó€s sociais ocorrem num lugar dererminado sem o qual
dere quc o mundo cxreri".'..,, :-'^,::: "
P']" do individual. Mar e a prr rir
concretizariam, num tempo Iixado ou determinado que marcaria a dura-
rr,r,, sc

'."',,it!j *s.i - -;-.;,:;;;;,::';: ;il',::Go'


om o m u ndo humrno
1r,,l.r rçáo. Essa prárica realiza*e no plano do lugar e expóe a realização da vida
/,n,rr,a Àçao que se volra lrurrrm oos atos da vidacotidiana, enquanto modo de apropriaçáo que se realiza
,
..,r;,.;.,qu,n,o p.o..",. para o fim rl
;,1,-.'_ j""lllliirizar a erirrênLia humana.e ,rrr.rr.'r rlas formas e posibilidades da apropriaçáo e uso dos espaçovtempos no
+,p.op,;",,o a".unao;;';;::::'.:i:l:,: nera mediar;o do pro.eso rlr.ri,x da vida cotidiana. Isso tudo revela uma contradição importanre entre
rs.r penpecriva rorna imperrriva ,, ;,r,rccsso <le produçáo do espaço, q(e rem por suje;to a sociedade como um
_
noçdo
aânjti pruLes'odc'eprodu5.io,
envorve r produ\i"
. ;,",:i:::':::* uia r,,1,,. cnrbora sua apropriação seja privada. Poresse mot;vo, signilica afirmar que
queo.orrem no rrrg.rrdo.",,; ;,,;:::'J1" "prar' I;gando*e as reraçóes ,,, r*<,s .ros lugares condicionantes do uso encontram+e submetidos à forma
.,,
o rntido ,io dinamÀmo pri'.rd". g,rd,do
a,, ,.r,r"., .,11'."1']'l,n*ida ,rr, r,.r,rril dr mercadoria, enquanto seu acesso se de6ne no mercado, posto que

..,,.t1,*l ;' :lm;i;:;"tíni:iii:* ri:m lx


,, , ,1'.r5o é produzido e reproduído enquanto mercadoria rcprodurivel, uma

',
, ,lrrc o descnvolvimento do capiralismo n:rnstàrma todos os bens e produtos
' ,, ,rrcrtrdoria. A produçáo do cspaço num.r socie<ladc fundada sobre a troca

i5r.l I

59
\rr^( l^| 'ftlÁItLlÀzlrlN
^r' I
rlcrcrmina, dirct.r ou indircramcntc. r
meio Jas len do m«crdo,.,ubumirlo petr
accss;bili<lade aos lugans d.r v a por
l
*,"rê,.iâ | \tisnÁ. t|l lqn /. la ktytfta Mrn' nl, ( lí«1r,, r')í, P 7q
dã p.;p,ic,Ld. r.n:dâ l

oà nquÊzr geràde no \eio dr ,ociedadc em su.r l r'u Ílv.Íôn( ir r .rpRúo P/á,,Í., inJici d. l]rsrscm dc trtrr Pro'6sJ 1 oútu' o qr
roral;dade.
".1i,.i., ",n..i"; -*.
d;.o;Ííio, sÍ8e'n.vimcnn,
del. c srnhà Eiidrdc í,iáv& d.lc .o'no ouÍa tumu

Notas t, l'(n, Ii?t.á d ii? 6. lN.at1:, Pâds, Édnion{ du S.uil, 19,t, p' l j
Num,.rmduuo .,hDtÀ. o Hmo ,ign,ti.r .o qua,ionncn,o t"l t.n'§nli. D. h lút d.! rl4t6 à b hí. da ?laú l1tis Grs.. 2009 P tB
ou qu..p:rcr ,omo nb,,o. \,Bnihu. k rpÍoPÍiúdo, nsúo ro comptu úm v'lor d' toa qu' é a húiaçío'
porr/nrô oponbd.p,n,üdop.n\denroquctonr.m ( ) l,Dn,.m hrbnâ .rpaçot deles
um mom.ntudcd6m {,ti.,Éoou.d}a{i À
rpr.n..b. p,.ton!eroi mÀ nrô ia?,Jbrtd * d, ôr\iin.L
J" h;_;;;;;,;:Jl:,1.;,:,:
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N,
,t,r,i" u. *.",i" * -.a,,1.- qú. o p'.m.m rr.,k,ivrm.nr o c Prp úmo con'r\jo d' É/li'Éo
enk p.nscnro. rçio.5ennhenr6, ão..a vü_ ouc ,lo nri.iro. O úsu{rio éo ônsuoidor d. sniçG (.kmplor suirio dô tanrPon' colcliô'
Yndo o turdren'o nLndo
' Aena H;rnr. Á tb.;hz,aa, d.;; n";i"§;;:":::i; ilY:'ú 'ro w tlc.irmi., P:ri:, ápitd do s{culo xx, em E Korh. (ola), l,/zl,u aar'»i': qiolosiâ' 5áo PaulÔ

t c$ac_ A étu d2
r 'o4.4,\r4t,:utô D,Í.t t..0, r 2r.
.
lrog.r sruneÍ. Le,p€.e. Íkts du Eu",.m E Áum.ti c R B'unet' À/"^ /e |t t&hvft. t.. dtuili .didL.r?s, Ptü, PUF I97l,P.l2r'
)rr. tui lrvrd
'rondi'on Did.mr'. ro8ô p "?/r%'
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' H? ta[.bte- Hq.L Mdrt d Nrsu+: or t ryrun. /. onbá''tonrni csren n trT5 p-7t.
" K M*, p:;.
"p. "r,..
A abte,rir'a* do plfud.únítrui\lo
do humho por.t. mêmo, omo rurqr.rçio,.
àporàdo p.to md* Jtbmoh,.,oÍi.o O *nrido,Jrob.ei,,dc.n o *nudô
ro,mà.m mundo hNo,,m. (om"pn,iq rEvêdrd,*otuÉo.d{e,o,,ç"odo,n,,so , M""..;;;,ã , .
;;i:,;;:
'H.t Lbve, op. cn., p. 66.
'5 H. LGüv.., op. ci..p. rr.
'h H l,tb\.. t, tndrlhLhin lIb. Édrion.Ánrhrcpo.,loo.,p.
ai
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D H.a4bvq prn,
D. /,1í&a Union céndàe d,úitionr, lr7s,Í
2r t.
3, apnulo t.
Czlvino, Cjda/., i,"níujt, Seo ràulo, Cjmpe ildsLcrru, t19t.D. ts
H. |frcÉie_ Mtutb1t ., Rio d.1,*,.. , ,iti_*o
,, c,nvéh nro aqkcr
n,-,t... , nu o ,.u.
qk P]m Mrn o obFrivôdo tmhrtl o nàu
' nir
qlo'' rcntoh! /Pn'rdo
úqmq\.,v 2,p no:

L.\.
l. v- l Bla.\e, hbtd, d. !, eogfu?ti. d? h F nd. patis, t^ tàhte Ron<te,1194, p.7.
\-
I -F. D.aenx, Hi!tuit d. la ?.Bt Etogdthiq,. ptis.Belin, 2006, p. 42,
" O. Dolllns, O a?dço !@sàftu, Sio Iàuto, Ditet. 1972. ,. 7
"Id.-"R

6r) 6l
D A o RGANTzA çÃo A nao » uçÁo
DO ESPAÇO
'' O abn o
a/-quinda nlacatt za qtuúô . ono o la
dntirla ?ot nt. to eb.r mno dqu.L dl 4iú"q1,L
H.n,il..lilúr

prcocupaçáo com a localizaçáo das atividades humanas identi6cou o


.\t'.\o^ .oD o pâlco da ação do homem. Dessâ situaçáo decorrem as derivaçírcs
,rrr.rlÍicrs que asociam o espaço a um quadro físico, e, imediatamentc, nra-
toi.rli.lrrlc. A Ceografia jamais conseguiu desvencilhar-se de ser sinônimo dc
l,r,rliu,rção dos lenômenos no mapa. Todavia, da associação do espaço com .r
Ir,rli,,rçãodesdobra+e a ideia de que o grupo hummo organiza umâ porção do

1'l.r,r, t,r, dil'crenciando o. A organização, n€sse senrido, é pensrda como "aco'


tr,rlrç.io, fcita para arender c necessidades da comunidade local, do mosaico
, , r rsr i r r r ido pelo espaço bruto diferenciado".' Ponanto, "a cada ripo de socieda-
,lr. .r .th empa da evoluçáo históricâ correspondem formas de organização do
r1,,r1,,, qLre podemos agrupar em famílias, embora por vezes de maneira algo
,r1,,,, Íri.i. Des'e modo. i po*nel pcn'rr quc
â organ;eçáo do espeço fúndementá se nà exisrência de umà trana muiro
dens de redes divusillcadas, complexas e conplementeres, dispostu dc
forma a re rclacionarem com uma teia cujr malhrs fores coincidem com
r do oavejamenro urbano. os equipàmenros dc infracsirutura inserem{e
no espaço, possibilnando a aniculação das atividadcs localizadas.r

'lodo espaço geográfico é organizado".a


Ncss.r perspectiva,
Nr ccograÊa a noéo de egaço, com muira dificuldade, supera sua con-
,1,,,..,.Ie n,aterialidade pura em direçáo à possibilidade de pensar o espaço
,,rtu 1'ndução rocial.'lrara-se de um salto qualitarivo expresivo em direção à
t)l r),rr, r\/,2 r( l,r ,|,r{)r)r Í 1r) Do l\l'^( ()
^
cotrrpftcns:io do trrun(to r»o
c,rr(,. til]ocrn
,".r.llorir pcncrm p«,liro.hnrcnrc rrr viih cor
irn.,, rc,,rienr,rn.loa sob srra
runoqôD",, _".;..;;,;;,;ilil11":H;il;,::i:],:::i
:no.r(r,Íin,o,ór,«;ri(.,),cn,cJ(,cusr,,ri.,h,it.,.,.,,;r;,;i;;:"b,:.:1,
1c,,,",,1s,,,,, , (í.,r(ill,. l. .r ((Isii(, (,rque .r pl,pric.h.lt privrch irvr,lt r vid.r clc Íànm
nrtida inflerro. .cnro r up,",,. ,l.liniriv.r, rc<lcíininclo o lugrr dc c,rcl,r um no esp.rço. cnccrado nurna prática
,..,,,U.t*. ,,..,^.; ,, , ,.1,;.;;;,,;;;.
,1,.
limitrdr peh nonrr como form.r legírima de gar.rnrir os acessos
"niucqr:rcirl
:1,:e,iN'oü,,rrn,rorma,,oe,da ee"grrÊ,,r".,.,_.,,."",. J, ;;,;;.,;
r pd,rr do qu.sriôoJm(nro ,ubrc a ,lirrrcncirdos.ros bcns produzidos.
ehhoraçao oo pen,rmen(o.on.riíu,Jo
enrão, problemariz:ndo sua pú ale t) csprço ap:rrece e é vivido de fbrm.r dktinta quando a habitaçáo torna-se
rên( ir exolicã,
p.,*,, n do . *., *, o. il;;";
oricnraç.ro do mareriali.mo hrrdr
;:' ;:
; il:l :2':
i.o. Desr r ormr o máodo dirldrico
:;:j: ;::;:1," X : rmlr n,crcadoria, qurndo o ato de h.rbnar pasa a ser destiruído de sentido,
,1,,,,r,1,r( Jú liro de quc homen..e tornrm invrumento' nu proce.so
"'
pen'a, a. conrrrdiçõe, do pro(e+o ' P'rmr I iu ,l, repulução espacial, e suas crsas sc reduzem à mercadoria, prsíven dc scr
e. cúm o rugar e o paper dc,u
proJuç;o na rorarira<ie d, p*,r,,,. rr,'..r.las ou clerrubadas (em funçáo das neccsidades do crescimento econômi-
,..rr .:;;,rirurr
No ptino dâ reatidrde. J producro , r,). Ness.r lógica, a arividade humana do habitac da reunião, do encontro, do
doe,
*.. ",,", n *, o * l. [,r; í;",;,",ff : :::'": ; il::: :] H r.,,uhecimenro com os outros e com os lugares da vida ganha uma Íinalidade
dei\ou de ,er.olcror e cr\ador r L,iou .ond;çoe,
fJ:* il rrrilirJrir. É o momento em qucaaProPriàçáo passaaser delinida no âmbito do
erli]aÍlenre a narureza (dominando
d.,
",.r,_,
O";;;;;;;, rrrrrrrtlo da mercadoria, no qual o uso é redelin;do Pelâ constituiçáo do "mun-
a).
::ansforÍ,nâ:
emerge ,t,; Jr propriedade privada, submetido ao ;mpério da troca pela mediaçáo
,...-..
da histriria da rctaçáo do homrm
cô ".,r";;.;;;;;"d,r_
proreso n. qua, o ,1,, rrcrcado e da rroca num processo em quc o espaço se reproduz enqurnto
p,"a,, *q,,";:;;.;,'" ;:;"J "a,u,cz..
** p.a.ç.. o*,J
r condição da rert,z,ç.o
..;;: ;;;; ;;ff ilf ;[':J:*T:J*,:,,1;
lr.rcr<lorir cambiável delimitando os usos e lugares suieiros à apropriaçáo
,li.rnrc rla frrgmenraçáo ;mposta pelo senrido e amplirude da generaliz.ação da
da vida no Dtancu. n
..",-,,.,.,,,"',, J""0,;,;.;#;I,"T" propriccl.rde privada no solo, como expressáo da propriedade privada dr riqueza.
que man im
1,#:'.:"T:::i:::ii::i:
o. homcns viro, e ,e rcprorluz ndo Nosc conrexto, a normatiza em espaços reduzidos a uma função espe'
vida se

de hurnJnizrçro Jr humrnidade..omo.lponrado ^"


..",...;. ;;;;;** ( íli(x. Quanro mais o esprço é submetido a um proceso de funcionalizaçáo'
-1h.;.*;;:
c.rgora reromado para srnalizar "" *pi"t.
o movimenro quatirarivo do
rrr.rir r.passivel de ser manipulado, limitando-se, com isso, as possibilidades
geográfico da realidade conheLimenro il,r ,rpmpriaçâo. Nesse processo, o individuo se reduz à condiçao de usuário'
No catirali.mo. esr produ,jo , ,r,1rrrnrc o ato dehabiraa como momento de apropriaçáo criativa, se reduz ao
a<Jquire conrornor
,_ e conreúdor diferencirrlor ,1. rrorar. ou seja, à simples necessidrde de abrigo Esse processo marerializa-se
'e .'.',.,,,i. ,..;i;;;;;;
anrer ore expande
:"::l^'t:i::tlt]-"s
rl.,.l .m rodo, os rusarc, do m,,d...*
rm phno do lugr como aquele em que se instaura o vivido - ao passo que
,:,1,_"..:* ,"d, ,' ;,hno do imediato, a morfologia, rcproduz uma hierarquia social que vai em
homem. rede6nindo ..,.0, ,.r;, " "".i.d.;";
,:'::n;Tl:
u( varorzâçào i,,-,dr:s.do
do crp;rJ. Ne§,e coDrexrô.
d;;;..:; (ii,.§io à ses.€seçáo sócio-espaciat, fragmentaçáo dos espaços+empos da vida
ç;o.de mwcadori.r;omo r3do, " r-p,. *p". **-. l.."ai- lrtrrrna cm seus acesos dil'erenciados, marcando as diferenças de classe. O
os produro, desu ,".,j,;. pl.ru, do vivido encontra regulado por instiruiçóes, por códigos, por umâ
se

o prod'rro des,â produçjo em


r ^;,.;;;;;;,.j,
lógica da produ,,;o rapi,rf;","
q* ,ra".f.r.1 , rr[rrrr. que se projeta na realidade prático-senível a partn de uma ordem dn-
mercrdoria. A t.gi., d. *pi,,j
u.old(e,\o nece§ârio ; reatizaçao da Í* .;;;;.; r.rrrrc, isto é, de uma totalidade mais vasta que domina e orienra o proceso por
v;dr) fose rca+";a. pa. *r..
e, com tsso, passrsse â determinar os conror
i"l,..l
da aproprr:';o <1o V;slumbra-se, asim, praticam€nre, que â âutoproduçáo dohumano se faz
'"pa" pero' membros d."," ;;J;; :'"'sentido' , r . isóes cada vez mais profundas. Nesse sentido, scgundo Lefebvre,5 a mÍmese
,,1.. ., g.*,,ii.r;" a" ;;*-; r: #:'":;:?::il,ffi:::;,i; I

dz ner,alzria.lrata sc.rambém. do ;rrrrrr a práxis orientando-a, abarcando a reperição de gestos e atividades que
momenro hi,,0.t.... qr.;._;;;;,; ,.,,, irrv.rdindo e redefinindo os atos, seja aqueles do r;tmo do nabalho (invadido

l61l
lósl
Il(l., n).kluiD.r,trk.,,,i(,,,.,.,\ r.r,tr.,\ J. í;,1L, ,»(.,,,,!.,).
ou ,r, J(w,v,r!,,,,c,,ru (rn tr.'., r,!n.rr (n, t,11,i(r,, r ilunrinü, urna prhvr.r.r <li^r: Ânrigrs p.rhvrrs
J,, prpcl Jr rnrttir c Jo ,,,ci,^ d(
unu,n.n .I , r,t. rrr I,r r r.,r.l. rr, trIr,.,, .te ,,,,r
rn,r..uIrIr,, , rrr
n rn u. hon ogàr«,. r,r,;*;::;;il,..J:r:,".ffi ;:ll::,1;;;:ll.,"il"j c\|«ulrriv(, c,rnriln,.nr. ihsrriro rrrnsíoíDir o.rrn<Jo cor hrgrr dr
dc ncgocios tu rro"^ io,mà, d.."mi..,",."; in(rt,rct.uo (Mr.x), nn i, i vnlx (riimb.ud) n,o d.vc.r isÍrmir ôo!ô
l,_::l:,":,c..:^irdor
*, reur rcnden t a*,*i, _.+.i. sent;do, n is pr.eisú c nr.is rmplo tlirntcdo cotidiano inyrurado como ol?i
i !,^*l^!,^i. .*"ning,c,trer a. u,i._
-T * rcrrçoes rJc ,urirhiridrJe q,. ,,t *.",,- "
p,._.4
;" :] de :"
rormi, ,, t) proccso caminha, port,rnro, em direção à absrração, àhomogencidadec
enrercnimenro quc rornJ^;,;,
taler. coo,denada, pelo mercado do
rtptriçío rtravésde medirçóes múltiplâs, âpagândo ohistórico eprojerando-se
* esre .r

l::11| durivo em e.palo'.on.Lru do..omo rt, rrrundial, c rambém deslocando as contndiçóes prra esre plano. É asim que a
::::i.-;,.:."
rponu
Íormr de u,o, produrivo", o."-
, *r-a*ão J. t,,,nI,,çio do cspaço em seu novo sentido no proceso de valoriação do valor -
drreção
a e o.rrjrer mundial
--- -4r..'\P'wÚçro'"'iaJ
da rcorodr ",r",.
englobandorambcm
., p,"a,ç;oa,.o,iai.nii- rrn, rcvc-se e rediza+e na conrradiçáo eorre espaços integrados e desintegrados
u, io movimenro de reprodução do capital como desdobramento da
AtuJnrenre a ,oriJianrdade.ompo,ra '(luçio
à .i,jo Jr ridr r.JI eh \einre\ ,,'rrrxdição centro-perif€ria. O mundial esmaga e coage as relações nos lugres
\ef,rdo,. run,,onJ,\. orgini/rd . rn,urúr!d,,\ rl*inrcgrados em relação à lógica da reproduçáo global.
,omo ,,i., o r,,bat;ô
no e*irdrio) a ,i<rr priv:dr ,,,
Il;:1,:., :,
reldrncrr) o. iádk\ A \eprruç.o
r._iri, r,8'' ;" ,. Ibnanro, trata+e do momento histórico em que a exisrência generelizada
de\c\ rrés domrnros ob,q,a-k, /r@ ,l.r prcpr;cdade pr;vada reorienta e orpniza o uso do lugar. Momento rambém
nr aglomeaçc. humrns un quii\ \e ronLrJh
e rir\ guai..e.on.rr.em.
, rrr,luc o espaço'mercadoria se propóe para sociedade enquanro valorde rroca
"_ "" ,*" "*, ,rs,". ".,,*".., o ,,en;n,cv ( \.cs
a
):::,,:o:::: *" l"
*-,1" rl,rrituindo-o de seu valor de uso e, nessa cond;ção, subjugando o uso, que é
.:::, j"":.,..:ll. * ri8r'h
uni,ro.. Hore enr Jrr. em !,á \epr
".r$am !;o. ,,,rnlição e meio dâ realiação da vida social, à oecessidades da reproduçáo
.,,n!iruindo,*,m , ,,ia"a" a..",,a;^,
x:::.:l rl,r .rrrmulação como imposiçáo para a reproduçáo social. É exatamente nesse
;;,:.::ff .::il::: i,T:1,:,1.j;::::;,.,.ã11,.::i:,::11I;jJ:i rrrrrrcnto que a extensão da propriedade se realiza plenamenre, ganhando novos
r,,rrrrrnos, através da produção do espaço enquanto mercadoria e produzindo
rçáô do .on.uhido, prro hú,.".* a. .q",.., rlr.rs contradiçóes. Neste período da história, realiar*e socialrnenre, por meio
asrn\ r eh e\De,r. ,,to do .m.,a.
**., (h,oda e.., pJ..iviJddc ". t.,g* ,h ,,p,opr;açáo privâda, a lógica do valor de troca sobre o valor de uso que esrá
:::':r':.,1h f T ",". 0,,,,.,;::;
du/,rdà ve m,. ào,cpc,,r,uo,qu..;o r,, l,rrrtlamento dos confliros tanto no campo quanro na cidade.
i.";, |ses conllitos explicitam $ esrrarégi,r qu€ criam novos setores de arividade
;: q,.:"j. l,,Í]]6 " q,rnde..nro, co,mi,o,. m., o do rempo rin,ar.
, movihenro\ ,rdrdo,
p., ,,,,;.,. ,..., .
, ,orro extensáo das atividades produrivas, pois a reprodução do ciclo do capiral
^h
.oidiarid,de.e,onotidr..eeÍab.te* F.nre;,t;,dr.
r,utmerdr,u rrr11'. em cada momento histórico, determinadas condições especiais para sua

:::*:llTf,"",l,:reh.
romunures.eco+igén<iJ.,trn,u.r
rede. de cir.ur,1m e d....."k,!,. d. ,.,,1i/,,ção. lsso se dá, em primeiro lugr porque a ocupâçáo do espaço se reálizou
"
Í.. IoÍún.iunJeoin,ruu(ronal ol'.r égide da propriedade privada do solo, em que o espaço fragmentado é
.up iore. do @idrn" F",,,. ;"i;. ,..J
a:1._,",,,,"T,u""") "t...iera
kpá,aao da.ôrid,rniJJd r rrlido em pedaços, rornando*e inrercambiável a pârtir de operaçóes que se
c run.nnrt:zadà e ,...1
d.,nà do h.-,.o, r,.rl,z.rm através e no meÍcâdo, ou rja,
rendencialmcnre produzido enquanto
'mbcn in.riruci.nát,zdr. A ro,;d,,",d,d.,,.;;,;
prcbleh,\ noLc. t iniialmenre e,re: a.eiramo. no.
a,ori<lirnidaJe em
rrro,.rloria. Nessa condiçáo o espâço enrrâ no circuno da noca, generalizando-sc
lüJdc.. J. um rempo evLnha. r,ti"^a^, .rr.r tlimcnsao de mercadoria. Em segundo lugar, porque o espaço se reproduz
;u:. ,modà de.*ri(ulàdÀ
llhrÍrre\ ,.i,i,i,. ;",.,,", . rr.r
e mondronr\í \ubmereho nos , rr;r,rnro cond;çao da reproduçáo continurda e, ncsse senrido, arrai capiÉis que
a ejr c,,mo a um
_o«rm.;o
d podemo deveho\ (on.,de,Jr o dominro do.oridiano,omo
e
,,,11'.rn, r1e um setor da economia para outro, de rnodo a viabitiarr a reproduçáo.
dih dr íib",dade. ranJo,mrÉo,rd;(ál do hoDeh que \e rurnüu
oldráno e dcfinido de ú,to ponro L,ô\c processo que o valor de troca ganha uma amplitude expandida, o que
petr , otid ir rd:de) H, iquiun,,le.i.i; constatado pela produçáo dos s;nulacros espaciais como decorrência
1.,1, 'tr

167
t,^ r)/?rt,lNrl,1. ,tr) I,Àr,l)rrl]I0 t)r) ti\P^r.(r
^
<lc.rwir r'zaçõcs urhan,rr ôu
nor m(n, JJ\ .xrsin(i.rs rJo J.rrrv,rlvrrrrcrrro
tr'rr.mo. [.s,r nc.cssrüd(. qu( Jo .rprl,rirr dt u», tsprçorcnrpo.lcrcrninrdo, num urmcn«r hi«rnico dcÊniclo.
âpJrcLe (omu !,,ndi,,;o de
re,rtiz.rç.ro J:r rcoro-
dur;o. e produro do faro de qrrc Nrse conrcxtr: r rcprrxluç.ro corrinurd:r do csl,.rço sc rcalin cnqurno aspccto
rtcrcrminadr,rriv,,r.;.;;;;il:.;:TJ:
realiza-r em dererminado irrrrhnrcnt.rl ch reprocluçio ininrcrrupr.r <h virla. F)se proceso entre sociedade
tugar. [ ê Jssim qu(

llpr\,ar,rponra.
111' -*' * Je.ata
t"'' lol,an,o. " ;.;";: ;;H ;:i,"il*:i*'.1
a lo, al. reatizândo a,
l:T::
, r,,rrurczr scgunda implic.r o cntendimcnto de várias rclaçóes: sociais, politic*,
rlrrrl,igic.rs, jurftlicx, cukurais erc., compondo os níveis da realidade e dominan-
anrculadas ao globá1.
e;,ra"g,,, -al ,e, ,,u ,1,,un, nmdo dc produzir, pensar e sentir, e, por exrensáo, também, um modo
Dese modo, a noçào de pÍod«cào
Ír
rlt vr. A reproduçáo do espaço recriâ, consrxnremente, as condiçóes gerais a
'enr
i<ro devera ., ..,,.:;L:;í;;;:.:.1 -',":'*' imporra n es. poi"eu
t'.,rir das quais s€ realiza o processo de reprodução do capiral, do poder e da
jciro' produrores.
o' J;;;;.;; J;'
da,,.d,
;;
rgenrcs vnh humanr, scndo, portanto, produto hisrórico e ao mesmo tempo realidadc
p-a,,- "."',11"'''":':''u
;,:":i::;i.:If
"" -",,,ia.
prcrtntc e imediata.
apropriação.Iat produ5Jo
:*J::.:::ilil":::
drsringue sedas o Assim, em seus sentidos mais protundos a produçáo refere-se a relaçóes mais
.rl,r,rngcntes. No plano espacial, significa o que se passa fora da esfera cspecifica
socrà's. rem rambem, uma ,l.r prxluçáo de mercadorias e do mundo do rabatho, sem, todavia, deixar de
locatização noesoar j produl;o do e'p'ço e
produ\:u d*' *,vidJde!n".;l;;,:"" rrrrxporáJo, para estender-se ao plano do habitar, ao lazer, àvida privada, isto
"rim .h
humana,se,oo,izam
,iif..*.i,,..",. *.,p;;.. :;il: ;: ,,nrpliando-se pelâ incorporâÉo de espâços cada vez mais amplos, explici-
ilr:lJ;l,1dc, ".
O caminho da reflexào aqui âpresenrr r,,,kl(, { reprodução câpitalista. Decorre dessa determinaçáo um conjunto de

l1':i'o'*,^";;;.;:,-,';:':,Ii:';:'j: j:#ilJ:::^';r:: rorrliçóes para sua realizaçáo, tendo o processo de valorizaçâo como finalidadc
cmrnenÍemente,e'onómico rilinr.r e necesária da acumulação da riqueza no plano da anrilhe da vida coti-
de a.trntnoçào de uçao - rincurada esrriramente
aom-o,rmenro do pro.e,,o rlr.rn,r cnquanro lugar da r€produção conúadirória da vida. Nessa perspecrira,
de produçao do v.rlor
qucsrJo \o,,rj. crp,, dc eltrapotar
t"",1, d, ;;,;;";;;",;;
r e.rera do rrabarn". rso signilica dizer que o processo de produção do espaço não se reduz a uma
passando a compreençào
* *.á,rr.]ll
do indivrduo como ""# tn,!1trçao mereriâl do mundo.
,,,-b 8''d'd. i, .";;,;;;;;.:;.:T;::[:::i:,-,:::.1 H:::": l)esse modo, o ponto de visra marxistâ - que peÍmite pensar o mundo
rrrputo prárica, €nquânto proc€sso de rransformaçáo de si mesmo, como
a. ;l:T::1"1:*".enr:rón
;l Iura" d; so.iedrde.om.
r,,*
.om,ruida,
;;;;.:;
"""" .u c\Prço:
sob,. ..,",;, d) escràrecendo rrnvinrcnto ininterrupto da sociedade, como sujeito realizando-se - permite
,.r; ];;
..,;. ; ;;..; :':;::i;::f.: :::TJl":ff r,x gcógrafos rever, criticamente, suas ideias sobre a rehção homem e meio.
:::::l*,",..".
.',a r€erodução enqUanro
e,pr.;e. como
:]:: M,r cssas ideias, ao se constiruÍrem como horizonte para analisar a prática
flm,U,
rodÀ5 suõ dimensões.
aro de produç,ro da vida
em rn ro espacial, requerem, como pressuposto, um entendimento sobre o espaço
âr ,p,"*r."r-,._ir."- de eproduçn do opaço.
me\mo r(mpo que m ,,,,,k) .onceno teórico
esre e,o*.,**,. ,.-. .l.lto e mero d. reariza,,ao e como realidade concreta, elucidando o momenro da
n^,..,i,id,d.. em ,u. rJ;],,"!;:; ;::i'"""'ro das lrrsrririr arual, no qual o proceso de reproduçáo da sociedade, sob o comando
tcprodu5ao d^o' iedade capita-
rr'ra c per mirindo ,u.r r
ndcr rl,' t.rpiml, realiza+e arravés do movimento da reprodução do espaço.
5interiz:ado o.rrgumrnros. N.r obra de Lefebvre a consideraçâo da noçâo de espaço adqune impor-
..* i po<,rvetcon\rJrarque *s rctaçoer rotir;s
zrm,secomo retâçÕes reris e
re:li_ r.r,(,.r no momenio em que ele se depara com a necessidade de esclarecer a
Frjricâs revel»do- reb(óesespJço-remporais
eex,g,n.ro uma,corü dr prr,;.r,o.io-,or.;t "'o r'lrrrlLrçáo conrinuada do capital na segunda metade do século:r:, como oca-
, rea dade em ua o r,
, ,0,
il;^ il;:;,:ilI::iJí::fi r;.';};;1r n.r,,le superaéo desuas crkes. Numa primeira ap roxinação a probknátna do
yzl .lesenvolve+e n* obrm do auror parrir da discussão dâ noçáo de modo
Nes.r pe."p€c i,, , a a
::_*,: i:TJm sanh; .*,',ld.,d.
d*
d. ":;":;;;;:
rep,oduçJo ,or;at do e,pao. A..im, a .o.;ed;adc ,..,pr.p,;" ,1, I',( ução. aponrando para o fato de que a siruação lorças produrivas,
.r";;,
".;. i,.,,lLtrle momentô, não se resrringiriâ à produção de cois.rs no senrido clássico

168l
lóe l
l,^ olrr;.{Nlz.l(1,1r) r,Rí)I)r'(,'l() l)() I1\l'^((r
^
.lr, rorrr,,.
rn.rs v.orrrr.l(n,,.r
l)n,J,r\ii! ((,n
hon.,'rrr,,.r.,r»r,rrcnr,,,,,,. ,,r»crci.rlc o Íinrnccinrt urs iculaçítts co nr os<lcnrlis sc«rres da cconontir,
J",,;;:;-;,;,;,1""r'r"'rrl\i"'r'"r'\'r^.\i'i,. rn
Jo m,ü. Jc
Pr"d;\.,. . ;,. ;,;j,;'::" ;il,I;:.,1,;::: ;;",::;:; :ii: r.'r',,'rrr,',' rrr,.rJ,' rrrr,rlrrlr.rn,rr. c. 1,r lirrt.,» rritito
'o.i.ti.,1ur.
cm sua'
produçao sc realizrfl,r Do
e5p3ço.on(rcro rrrtssidadcVrlcscjos vinculados à re.rlizaçáo rla vid.r hunrana, rêm o esPaço
!oh,
,r,"cum, r\:.
.ob o.o;r,;;;;:,:::. L.rno condição, meio c produto de sua açáo. Lsses níveis conespondem aos
rs rrhçór\ \ot iai\ À in\ irui!õe, "il.fil:.,i:.:)::il:;3:::
8erJi, da,.. I.dr,t. . rb.trd.,;
,l,r prítica sócio'espacial real (objetiva e subjerivamenre), que grnha sentido
A re'c cenr rrde sur .b,' A ;;;; ;.;;;. ,,r»o prodruora dos lugares encerando em sua natureza um conreúdo social
;:):"r.1;*'" p,,,r,,,, d,;,p;',;;;:":'::
,h.lo pelas relaçóes sociais que se realizam num espaço-tempo determinado,
.,,rtu.rnto processo de produçáo, aProPriâçáo, reproduçáo da vida, da reali-
o-,modo d. pr"darc ug.n;r.
t,odu/. io m( \ho rempu em que \r,a ,l,rlc. do espaço em seus descompasos, c, porranto, fundamentalmente, em
rehroes soci,is. ser erpàço (c
seu r r*':tn queerc'c rearv' po'ro
q"'-"d.d.f..d,ç'";;'.;,,;:lo'"
sociedade, concretiza+e no plano do lugat,
de xd de con.ide,d; q{e
correspondén(ia exira,
;;
;.:.."i:.:::}l;111:.i::T; l:.,#:
Flssa prática, que cnvolve toda
,,,1rrt. certrmente, inclui ourrasescalas
a

e expóe a realizaçáo davida humananos


ass,nJtadr :
* .+<. ;ji:": ;::il ::.,:.,,:,: .rr,x Ja vida cotidiana, enquanro -odo de uso. É arsim que cada momento da
i.11.1",. môdetado
preexrsrenre, ".,.ffiT::l*i:
anreriorme, hnrr;i.r produz'se em um espaço que supóe as condiçóes de vida da sociedade
dcnn,es.
".."d. d" p,"d"q,. ;;";;:';:.;,Hi"*". ",*;oÍ.c cnr sua muhiplicidade de aspectos. A análise do lugar, que envolve também a
N€sse cà,ninho ,rrr,ílise da vida cot;diana, pre$upóe â superação do emendimento d,a pro&tçiio
i possívet apreender
p"',,'., i,.,i,,"."J;,;: ffiril " ""^'o : parrir do qurr o e'prco ,/, ryaça resrrita ao plano do econômico, abrindo+e para o entendimento da
omo condipo para r r.r,r*r"
de produçao apiuriva. . em seu movimenro mais amplo, como espaço consrirutivo da realiza'
,,,r]),r1, i'^ 'odo asegurrdr pcro
,
""icdrde
rqu. p.oa,, u,, ."p,ço Esrrdo ,,.r, .h vid.r humana no seio dr produçáo do espaço cm sua dimensáo absrrata
."^,,.La.i 1," ,l "" "pttar
, "a -',. ** ^a.'.,.",;;;;;;,"': ü,i:'il.mm:::l:l*: kfebvre pane dahipórese, conlirmada ao longo de seu
reraçoes novas de reprodução Na obra Dr /Érar,
e dominac.ô
A noç;o Je produçao. na per.pecriv; rr.rjcto de análise, de que o Esrado domina a sociedade inreira. Em primeiro
ar r e LcÍcbr re'
por.M Irg.u, por meio do crescimento econômico, por uma estratégia que muda, em
Per m,te rer onsri' uir o m",;*"",. d. ..,h., ,:-^'liwdr
ten;rrdrde inconre,râwr seosrâÊco a patir da ma- gLri<la, como instiruiçáo, abrangendo todas as organiaçóes e todas as arivi-
d;;,;;,;;;;::'*''o "
d. .r,d.de ,o. , . em ;;#:;$...:::::.:.,j:::...,T1,,J:T.,.: ,l.rlrs da sociedade, consriruindo*e enquanto centro de decisóes e protegendo
crm'nho a rnilije do esprço ,r lirncionamento dos organismos sociais, com a condiçáo de colocálos sob
coloc,r-se **
co-. -"ento ind;spensáver dâ com-
p*","ã. d. m,,,t..;;l;;;";;." rrr nrtela. Por sua ve, a equivalência conquistou rudo, dos signos aos lugares,
Itrrs, trabalhos, rempos, gostos, necessidades eo cotidiano, impondo+e ao não
Em totno dos sujeitos r,li»rico e ao náo equivalenre. Desse modo, o'estatista" fez do equivalenre o
da produção rr principio sob o nome de lei. Nessa situaçáo a natureza da intervençáo do
de pnduçao do e:pap. corno I *rr<lo garante a exploraçáo muldforme e a igualdade na exploração múrua e
,-,-.1,1*""
oerermrnrçóes e nos obrgr
r ronsidcrar os vj 'mo,.
re.Ji ,obre.onreüdo. e
r-í1xoca, enquanto a lei garante a igualdade e, no interior d€sta, a manutenção
m.m.no. d Íe enc .,do.,r",
ro.rr r ,".icdrde .omo {ieirú di r\á,
z: ntto
ü;;,:;.;;:i,:l:;:r.iJ:::::.j;H1: ,h .lcsigualdade. A relaçáo economia-polÍtica impulsionada pelo Esrado secon-
.o,,,.t*,.. , F,,,d. .",n;.,;;.; , rcriza espacialmenrganhando adimensáo global, encerrando a reproduçáo nos
oJ domrnasáo potiri.r. ,;rr,rclros políticos, uma vez que a partir de um certo momento o Esrado passa a
o..,prral cm ru,' crru egi,r,
Lunrrnuadr íe aqui no, ,ctcrimo\ "rl.;il;;,
À lri\ó(\ Jo .JprrJl.
;;:1:; .r*eguraras condiçóes de reproduçáo através das relaçóes de dominaçáo (e todas
quc .;o o indunrirt. ô
.,' \u.rs implicâçóe, como rarefa primordial. tusim, para o autor, amundialidade

7t)
71
l)^ r)R { , .r \ / 7 .{ (r .1 r ) ,,kr) r) r,r, 4() r)() r \ri^( (r
^
a p,rrú do
mor.en,o his,órico cnr quc a
fl.:'ff:;::::::::"1.:anrcn,c ,*,,"., .* ,,rrrrrrrr. O cspaço o, sLrr dimcnsÍo ol,ic(ivà cm unra concrc«rdc matcrial,
;',::::'::::: 1i:::" '*'o ".,.."*];: il::'i: ;::::: : r..rl
eJjil;,r:* q,. ;"; ""**
I à--produçáo do.espaço, ::..p"*
récnica e no conhecimento.
a*,.,,;.,rf..::;,:";."il:;il;
"-.;;;;;**; rs novas apoiadas na
porlc scr intcrprct.rrlo conro nxxrcnrc consti«rtivo rl.r prtxis. Do plano
rrr.uerirl sc dcprcendc.r moúàlogia cspacial como produro direto d.rs relaçóes
rri,risclcap«rpriaçáoda riquca, sob aorienração eaexisrêncirda propriedade.
Nesr dircçio, a conrradiçio
tunÍ]l, l'(,, Nr vez, a morfolosia compõe com a pâisagem e o lupr uma trÍade. Nesse
dr I'rndu\Jo c\Pr'irr produçio
.o. i.,r,,p-p,r,,o,.;,:;;; ;J:"rl:.i:';'c 1,hno, o esp,rço é localiz-rçáo, e é €ntcndido como suporre das relaçóes sociais
um e"p.r1o orrcnrrJ: perr. 'ontrrdi''ro cnrrc; pr"duçro de (,le p«rdução c de propriedade), condiçáo e meio da realizaçáo concreta da pro
o
ne. csi<Ja<re. c.
. o.'..,,,. ,14,n,/disrribuiçáo/rroca e consumo. Fluxos e Êxos, portanto, materialidade e
l-.l,iu, 1,.,,"i,,-
reproduçiô Jà "";:::::",i":.1"I;ilIJ::
vidr loliat. No primciro.rs rn,rvinrento. Esse momenro da análisc aponra uma realidade objeriva envolvida
,r re J,npo. eo r., ;,
rmposras pelo desenvolvirnento
;il;"r.::. ;,::::::.';;:'"::i::"':il:; roma que organ;za e orienta a vida, além de ser diretamente o vivido, o
1't.l,r
,,rpo, os sent;dos, a palavra.2. conueta - O gue significa que a objetiüdade
tla acumut;
..",,;,',o à. p,"a",-.,.;.;;;;;,*ll:,jf"::; ji:ií:i",T:..:ll:il: (rrm rbsolutizada) revela+e em sua dialética com a subicdvidade. Também
scu desenvotvjmcnto. ,rgoific.r dizer que a socicdade produzindo e reproduzindo*e toma consciência
No segundo.aso.,,
.cnra. rendenr iarmr Jr vi'Ja prjr i' r '. aprc
n rc. i"",a;a"
,,, ,.,;,lP'"du''ro rlt *.r própria produção: o sujeno que produz se defrontando com o sentido
.un, re ;zrdr
".
e frx,r as retâções
.,0"," .,,0;;;;#:'fll :i::1:;; j: ;i:il j; ,[\s., produçáo (estrâtégias e projeto$, com as contradiçóes e ar cisóes que en-
sociais, reduzindo rr,,rr crr choque com as possibilidades da realizaçáo dos conteúdos do projero
.,",i:: ;.;..,fi j}:il :":::il;:;,. "
a.s a Êor
Irrrn,rno imaginação e sonho rransportando um projeto de mudançacomo
,.6.( Y:l
aspc.,o. :^;l;l;;ilff
pJru rtcm d. obicro,. »o,temo,
ríir,",
,,r,nrenro necessário à superâçáo da racionalidade funcional desse processo;
noç:o ,lc produçào âpon,., q*. ..",,1. a, \ lb$üta -Trata-se aqri do plano concenual, no qual o conhecimenro e a
u. o-...,o ,",,
;111,,^.
Í,zrndo e hrjodo
*,.,3,*.1 -"1;:i:;;J,.J,,j:j,H:::il:.,j?::;: .rrrilisc dcscobrem caregorias novas, râis como apropriação, uso, valor de uso-
r.rl,,r rle noca, cotidiano, o sensível ocorpo. Surgem também os movimentos/
a, retrções enÍre os memh. e
e. ncsc pro.e,'o.
,-0,,,"0o,,"."0.,.o "'«irdade. rrrrrrenros de passagem: a) da produçao à sua reproduçáo (al qual exposto até
-. o e.p,. aJ
como se produz o espaço
a p.oduç;o ;. :;;;:t ::ilill1:i:ffi
";;;;.,:.':1::1
l".Tili
.r,
tr r i); b) das contradiçóes no espaço
rrrrrrsio do mundo da mercadoria, englobando o espaço e permitindo a reali-
às contrâdiçóes do espaço, uma vez que a
da vj<la nos modos r
r socicdade e .. v, enq,a;;
;;;,:",,,,il:., j,::ü:::j:;*,.,* ,,rq,r, cl.r propriedade, tornou o espaço uma raridade, como veremos adiante;'
Á produdo do esparo! do aponrar, , ) ,ll, consumo no espâço para o consumo do espaço, consequência do frto de
- com
a, -.
em direção à
q,.
^..
d.p*..;..;:;".:.#: ;:1;H::::i::: ;::iil1: ,1rr. por um lado, o esprço tornado mercadoria se insere no conjunto dos bens
rertjza!ão sociedade. ;so
dessa e
rrr ess,irios à reproduçáo da vida, de ourro, a sociedadc de consumo organizando
I rrne,ridade. m;' Ê'.
damentarmenre. , .;'n,,,:"; o:;.;: . rrrpo de não nabalho (tornando-o produtivo) taz com que o uso do espaço
.,.,"0" .,.,,.. . .,","0"
ruprura
i;;.il ,'.*_expre*a
:'::::::,:T: JI::j*H,:::: 1,.rr.r cssa atividade deixe de ser apenas o lugar do consumo para ser consumido
rtividade do turismo e do lazer vnando à realizaçáo de sua condiçáo de
e a crise. obrigando nos a pensaros
re, 1r Lr
hoi. r,ob.r isid. rep,odue:oda <o.ieda<re
da'.ep;*;;; ;-:,;,j::""d'; rrrrL,riloria - isto é, o uso como momento do processo de valorizaçáo.' Em
j:*'":: ::::F:
Pele Ceografi
;;il'l.i:il1:,"J"'rr ;,HI
ar eviden.ia ...n1,r^
Irkr t{uc o espaço :j]j::
í1;: ràrrdo rr
*rrr.r, rrata-se aqui da subsunçáo de toda a vida ao mundo da mercador;a; e d)
,l,r prn,ridade da venda dos terrenos urbanos na cidade para a venda da cidade,
af ..,..'
jo',"*,," i.",..,,.:;:Hil,
"r.".* #,, í..í1,,I::: :.:i::: ,',,
',r,,vimento
ir,,rltL, indusrrial.Lo
atual do processo de realizaçáo do valor. em época de crise do

)72
73
l)^ {),r{, l,\/1,4(r,.1() I'Rt)l)t t:.lt} l)o l,\P^r, (,
^
Níveis e escalas na produção
do espaçorl
()..rpirJli'Drorcrlz.rrun.rcumtntc,, rrr.vinrcr«, rlo racn:cÍnn, nr obr:r dc M,rrx. eap;ml rlcíinido como
n:r qLurl o
.
JJre: .ui c,pJ,üo .,,zia. en, s,,orno vir rrri. rrrrr rehç.lo soci:rl- cxpirc-sc cou, eirculantc, ou sejr, cm Ítuxo consrante dc
r., ;;*;;,il.;'l1uc .:ndiçao para .ua reprodul,o rpnxlução, sem o qu.rl rrão sc valorizaria. Porranto, o conceito de produção se
."n,inu,d, ,e,rizan;o .. ,"-.;;;;;j;.::
,oma produl;o de um e.,;;; n.)d,,o,r:, no, Jeparamos ,rl,rc lqucle de reproduçáo, c â c;rculaçáo é, ântes de tudo, o movimento que
;;;r;;: ,:." 1r'rn,itcsua reproduçáo. A cncuhçãoé Íimbém movimento de pcsagem de um
:*o: T,,*"-, ", m,ndi,l,
na consrderuç;o do ".."
l;..;;;.,';#;,;:::l*::H;?:;I,^,. rrnr»cnro a ourro de realizaçáo da cadeia produtiva, ligando, dialeticamente,
e q,e.onr.i"r
'or i.,i. como enrendimen,. r:il,,; "p'ciarizaç;o Ja" rri,id:d*
da'ntiedadecaprrrli'ra m,"ii,
;: :1"
""'""""""t"no'oniunrod., reprodu5;o
Surgindo cono pnduto, Áelrontamo-nos com o espaço produtivo, que é o
c1,.,ço como necesidadede realizaçáo do lucro e como capital fixo, pelareuniáo
como movimen,o c processo ,l,x tlcrnenros que permitem conrinuidade da produçáo-rrocâ. Aqui o esPâço
a
.?,:::;:.::::.-.il.o d" *P-d,';;;; que se rearizâ
possibilidade de realização ampliada dessa
;'J;;::Tl":,
também os níve is::".:",,,:,,li"
.".,.oaoe
";il:;.,:,:'',:;:J;:í
permrre desvendar " rcproduz continuamente comoproceso
da real,d"d" . J;;; ricadas, capaze de fornecer I',((lução. O que se persegue é o de valorizaçáo do valor, de manena
compreensão .r.. r.-.:-- - ""
;;;ffi;::,':j:il':;:
,ma
i #j'"*lj ll"::::q*.'p.,.""''"";
^.. ,pl o produto espacid que decorredo movimenro da produção dovalor não se

.*.,.,naoespaco
.'., .,..,,. v. ;;i;.'.
.'..".;;l:;,
":*::",::::,;r,
v pu,,u(o .TL:],
mundial. o tugar. e. nophno
\o.lJ. eo X:*i
c. como o\
i"*.*,r.a,rn.,.00.,.
.rr.cna em si, mas se abre para outro momenro de valorizaçáo. É dessa forma
rlrrc o cspaço náo é um produto qualque', -as g,nha uma expressáo produdva.
Os xíaek N-sc nÍvcl, acidrde como fonna da produçao do esprço e produto especiGco -
v rerliza como condição geral da produçáo, o que impõc uma determinadr
al O nid c.onônno é.ompreendido
r,rrrligur.rçáo morlológica que apârece como jrrtaposiçâo de unidades produ-
L.a pn n. Cono c o n d a o
ra. .on cen t
ç p: J :;;*;ffi '.:;:;:lrjl;:: ff
raç;o. mercdode rrabalhoe<tem
a oarri

:::Í i. ri'.r formando uma cadeia inrerligada. Isso se dá em funçáo dâ ârticulação e


,1.r. ncccsidades do processo produtivo, arravés da correlação entre os capitais
de rerJ,,oe. e
ius,rpo,i(õe. ;.;;;:;J;"':"'_primacm.ua'imuhaneid;de
cm movimcn,o ; e.*. a...","., intlividuais e a circulaçáo geraldo capitalda sociedade. integrando os divenos

",",","1;;,";.;; ;1i,,1"
como c:pirar 6xo larpr;,;l;",;.:::
do cLro do capirar' aoare.en.r^ prrressx produtivos, os centros de intercâmbio, os serviços e o mercado, além

enro' e*encr,ri' de modo ,1. rcunir r mão de obra. Esse dcsenvolv;mento tem potencializado a aglome-
garanrrraininrerrupç;odo.o,ir.n,oo,. ": a
r,rç,«r enquanto exigência récnica, decorrente ora do gigantismo das unidades
. ru,,po",;o co,"J
-.,;l ;
momen(os ne(essjr;os à
;;;;::):::'i:,i,:::;:;.:.I:#::: 1'r,rlurivas, ora da consriruiçáo de unidades complexas, ou ainda como exigência
realiz:ç;o da orodu ,l,r'icconversáo" indusrrirl,'a apoiada pela formação do capital financeiro que
.onsumo A$im MJr,
J
"e ill ;;il1:ü,,.oj,rribuir;o.ircura,,;o.ooc*
-r"í/'om J .êrebre rormurr§ão ,l(,,nina as operâções sob o comando crescente da internacionalização do capiml
drs .o.ierrde" ,^
'ieue?J r;,,;;;; lnundializâçáo dâs úocas. Desse ponro de visra, o capital, que é em esência

como à torma
,..,.r,"il;;il,]*::x.11,.: :",HH1,:
, ir, uhnre, necesna, para realizaçáo de seu ciclo produtivo, da pasagem de uma
elcmcna..r"._ -:_._ " , Lr" r outrada produção, visando oconsumo como realização do lucro. Adimi-
d.,..,d,, .. man arde - dcpon
lr]..i'n.,,;,;;;""::i- .:::T.nrc de lrriçio do rempo e a fluidez no espâço sáo premhsâs e rcsuhados de rrl proceso.
desrcndameno da ós,a
oe et'JCrdàç;o do modo
r;ó;;;,:.:;;;11'[:il ;: ::,*. ;*il; I)essc modo, a cidade se reproduz, continuamente, enquanto condiçáo
de produç;o caoiralin 11r,rl do processo de valorizaçáo gerada no capitalismo no sentido de viabilizar
de que .r rrquea .oc;ar
se:"r;::"i;i;,"-: "T 'ua rdg;c' 'que ' h.sá : id.ir ,\ t)k,ccsos de produção, distribuição, circulaçáo, noca e consumo. Com Àso,
noenrrcLçrmenrode
produç.ro c t ircutrc:. .i.,^z --- .crpitrli'ra' l,Lle.rsc permnn que o ciclo do capiral se desenvolva possibilirando a conri-
..,""
^.,;.",;t;;;;:,::,;l:,,,il,fl [:::T.Í::*:*:.j rrrrnl.rle da produção, logo sua reproduçáo. Há dois.rspecros inrerdependentes
,1,, r rcscimento capiralista que esrão na base da análne da aglomeração espacial:

l71l
7sl
l)^ r)lrr,,lNr7.r{r.,lr) l'llr)Irr r, 'lr) l)o l\l'^(,(r
^
.' nc(c\snj,rd( J( rcpft,Ju\ii,.rmpti.rJ.r
Ju (
r Lr"'cl,k opc.i.rri,,rç,"
d".".,"', cJ"ap,or;^.,";.",;il;;;:,:::l' :r' '"'ch sc nr phnilic:rç:l, rrcn»,rt tlo tsprço, na orgrniz"rçio <lo rcnilírio, no
.i * ;s. *, ;iil^ ;, :.'ril: ;:: Hill il: :t*; dc indusrri.rliz.rçáo gl,hrl. Assim, o F)stado dcscrrvolve estratcaias que
e rÊo
",, ^. ona, o", ;,;" ;,r,,ccsso
(,,i(nr:rnr c rsseguraDr â r.produção, ro passo que, enquanro instrumento polí-
doç pronrorores rmobitirrios,
das es. do si'temr
Á',.....':";;;:::'"Ít'ar conniranre. nnanceiro e as
a. g",;o p"t,'i.,. ri((,, sux inrewenção .rprofunda as desigrnldadcs como decorrência da orienta-
men,o, de forma.onver,.;,;;;;J;:1 e cm ou,ro' mo
,,.r,.k, orçamcnto. dos investimcntos realizados no cspaço, o que desencadeia
e reorsanü,r o pro,e*o
..r..a,.,. -r,.r, ,,",,"n,;: ;,,;;:,:::::1''' de
1r,"cs«rs devalorização difercnci.rdos náo só entre algumal áre*, mas também
promovenao irpe.;ar;u.rç.",;,..^:;;#'l "o.'o' io-e'pr'i:J do rrabarho' irrr Jcrrrrncnr" Jc ourr;s areâ, e dc ouros \etore, \ociais.
como mediarão neces"aria. tuiz:ndo lueare' e fragmenrrndo.
ô( . --, .) \t hl sacial, poÍ sia vez, é o mais importante, posto que nele os dois ou-
".^,-^.
*'," o. ,",., * i^r,..,il::fil:;#'" 'omprado' no mercado Do
rr," grnham visibilidade, realizando*e, dialedcamente. O foco recai sobre as
.., ,a. a n.,""*-.túil:l]
e.paço. poren.ialmenre,
.:ill;:i.J,.X,;:,:,;:: ::::: r.1.,§ocs sociais que ocorrem num lugar determinado, sem o qual estas náo se
mcrcadoria inrercan ,,,,,.rcrizariam, e Dum tempo fixado ou determinado, realizando+e enquanto
r,do. c,rcurr\ro pe,mead, Aqui :r tidade ê, por um
0o.,,", .,o..,,,,.,0,,'el.
ponte' e tiaduro' rrr,rl,,s <le apropriação do espaço para a reproduçáo da vida em todrs as suas
Éor5a produrq. e' por ourro.
,liurensóes. Estas dimensóes náo se limiÍâm ào mundo do trabalho, mas abran'
b) O nivet polínco envotve 19r c ultrapassam a produção de objeros, produtos e mercadorias.
@mo condrãn
",.,'.,. a*,'0" ."-" ;,;;: jffiÍ "" :ua rearizr',.ro. a erntên. ia
do Itevelamse aqui condiçóes nas quais a vida da sociedade sc realiza. É o
as
mcdia5ro d" po<icr ro.aJ
Ese p,oceso oco,c não;;;;";1.:.:":*''a 1,l.rrx' da vida cotid;ana
(como prática real e de possib;lidades neh co»tidas). cm
.*- a.,,.0,ç. o,.,J,r;:;il;:"'ff: ):,rbano
eJ,' in e*im no po. ,1rr ros defrontamos com a dialética entre o uso (como âPropriação necessária
a".,,-*,..,.r",*"a., ;l.;;il::Ti;:::'J? I",""::ITJ:ff ,1" lugrres de realizaçáo da vida) e a imposição do espaço enquanto valor de
cÍrâregrla para a _p.oauç;o..,;,nao
r."
.l: 1,".r. Ilese modo, a partir dÀ consriruiçeo do "mundo da mercadoria" como
a""*'a",.-,oao.,p,;i;;;,';:"''f.,arid'des'omo produro,Jo lrrgurgcn, cultura, norma, avidacotidiana surge como o nível da aPÍoPriação
impondo'u: prcrn'
. ,1,' conílito, na qual as diferenças se expresam e sáo vividas concretamente.
".,odo. o. rus,,..i,-.;, ; :;;,;"i:":'l'igénci**ir direra ou indircra)
c,

",,,,* a, ,'.a;,i" a, ;;;":;::::';:,"n"án'i; 1.", ,rore porque a produçáo da vida náo se refere apenas à produçáo de bcns
*.",".",..,.**;;;;:;;.;'; ;:Iilj:,:::"i:,il]T jililH: 1,rr,r srtisfaçáo das necessidades materiâis, mas abrange
r.rmbém a produçáo da
ro que encontra na
se base da construcáo lrrrrrrr,;<lade do homem (como apontado no capit u'lo " Thaunazein"). O plmo
..q.",,. i,".,-.,,. p;r,;.;;;;;:::,T11 *'cionaridade) produzindo-o
rl,rlro<luçáo articula, porranro, a produçâo volradapara o desenvolvimento das
* p'''""'''.,'; ;;:'"lTIX':#'.t:::fiI1
ll'-"il
]ll."l,,f^-,*, _.iedrde. embo,d não Jbdir,. r.;;;;.
: rcl,rçr,cs de produção de mercadoriar e a prortução da vidaem suas posibilidades,
rrrrn, scnrido mais amplo e protundo e esre é o tundamento da desigualdade que
oom'naçàoe que u\à aí
po'rica, públic.rr para dir*.rr, ilil::: .rpli(irâ o confiito. Refere+e também aos modos de apropriaçáo que criam a
.enrrat,zrndo, vàlor;z.indo
. a",,"t"r;-.a^
. *rJ;ffi;r",: r,l, rrridade a panir da escala do habirar como elemento de construção/estabele-
-.. )- d. p,,*u;- N...:;;il:í:::' '-rG srravÕ de in,eruen(õe\
, r'r<tro e susrentaçáo da memória.'5 Esse contexto implica o desenvolvimento
dominaljo, e hicrarquizâr.,r.,, ;;l;;J§ ::1,,J]í;i.Â"j:;j.,:: ,l,,,r,nceito de produçáo enquanto modo de aproPriação que conÍrói o ser
oroencra-se o espa5o
qdvieit,inc Irrrrrrno crirndo a idenridade, que se realiza pela mediação do aa» (sujeito da
""- e' da
da norma r6rrrrx rr como Íormr da
*p,ç" -,,"'.g;,.. 'onrrruçio de ,,1.,\io). Em suâ mâterializaçáo, realiza-se na indissociabilidade cspaço+empo
","
O Esrado, arraves
d: polÍrica ,1rr rprrece através da açáo humana em sua reuniáo. Umâ âçáo que rem Por
urbana. n
produçao A *.,,,,,o.
r1 ...*o}:T:T:flj:.1;1;;",.ff;:,:: 1,,,.,1i(hde concretizâr a exisrência humana enquanto proccsso de reproduçáo
,lr *rl.r, pela mediaçeo do processo de apÍoPriâçáo do mundo. Trata+e de um

l76l
77
l,^ r)tr, rrrT,lr:,lr) l'tr)/)rir 1r, l)() l\l'^i.()
^
ltrndo, dc uDr lxdo, pcrsisrência
c p(scrvxç:io dos Iu, Ássinr, r p«xluç,ro tlo tsprço, clo ponro rlc vistr cconi,mico, ocorrc mb
g.rres c »odos dc vid.r, e, dc ourro. rtiaiericar 'r
imPosràs pclo
rupturas e rr:rnsÍàrmações' ,r r,rt i,,ruliilarlc dr buscr rkr lurr<, c lo crescinrc»«,, no pltno do político, rcb a
cresci,,eD. ...ru-,"---''-''"""c' Li,rier do planejamenro, o esp.rço se normatiza ;nsrmment:rliza. Já no plano
c se
de rerrr<Jadc, o e,p.,1o produzrdo
" - ):_-..,*,
cJp,rar,!* \e (ornJ Írâsmenrado _ como <lrcorencia
pela lagi.a dr reprodução
"" irl. o cspaço denunci.r .r
vi<la, e, dcsc modo, a sociedade em seus conllitos,
a" e.*,i,."" aJr",;..:. lr)is o .!onômico e o polít ico sc confrontam com as necessidades da realizaçao da
dc mer(.urilizâçáo do espaço,
írundrda n: eri.
::l: ::i-"' ;; ;l:;;;#i;:::l'1ilT,*[:r:
rrh hum,rna, que se concrerizam e se expressam na e através da vida cotidiana,
;"
quc pcrco,em.o
:"'.'.fJJ:";i:t r.r,,I, no plano do lugar
pro.e*o repr"duç.,".,0,.,,t
de
I'rrtesrd\ No plano da forma espacial a imbricação desses nlveis declara+e numa
diçao com o uso. rrn ",".:,,;,.8];:;
_. .b,",- d...;, ;;.'.;.;;;: :":,Jil :,Êl:::;:::1:.i:.:i :i:: rrr,,Íàlogia es«atificada," donde se depreende, diâlelicâmenre, t.ês caracrerÍs-
rt.rs. É simultaneamente homogênea (pela exrensáo da condiçáo do espaço de
real e, potencialmente, mercadoria), fragmenrada (pela existência da
nl,-d, ago.n ,ono nndiçao1" para a realiua,,ao d.r ,ocredrJe.
"'rornar
,,-_.
oranteooespaço e,ramos lr,lriedade privada da terraTsolo) e hierantuizada (pela aniculaçáo diferenciada
da marerializrção relac óe\'o'iJi''tl(aprrece'omopriri\a
c'uponeda rearizrcroda. rera\ôe"
da_s
rlx lugares pela dialética entre lugares integrados/desintegrados ao processo
\ocran. dr reuniro do' mcmb o' da ,i, rcprodução capitalismo). Na cidade aparece sob a forma de segregação na
-'"0"0. o*. o.*,,',oJ;;;i:;;:':::""-' a idenridJJr nJ pri,i.d e lrrr,rposiçáo morfologia social/mortologia espacial produzindo a cidade como
panrr de rerr5oc. do hom.n. a
.."', ..,,."'i.':''l'o (úmo obÊ i! id'ide
,'r,r.. ..." 0",i, .,;:iffi ';#j'; l" " e'p'ço c'ubj.ri' nrkgiçáo com seu sentido estratégico: a separação dâs Púti€as sócio-espâciris

.i,.,r,,ã. d. .;. ;;;;; ; #i]il"" "'e


, 'e
re'r za enquanto vr'.rnrloà reproduçáo social, que, ao delimitar um lugar para cada um - "criando
.irr.rs homogêneas apoiadas em identidades de clase e, prerensamente, apartadas
nu,,." en*e o P,b .oe ;
uma histórja individual,
;;;;;.";§"1#;::#;11:X:Í j,:: :.: ,1,' rr o social e da cidade',i" escamoteia o conlliro. A relação contraditória entre
n...,"".;"-.",. ;n,"ria"._ ;il;;;r*
Por ,uJ v(/..nr qudtidale de
p,odt n rcn.n", o e,p.r1o
;"rffr:: r*,css ade c derio, uso e troca, identidade e náo identidade, estranhamento
... cnqu,nro ,ator de
"
rc.on6ccimento permeia a prática sócio-espacial.
,uc,riorundo a rosic; proa,,,,, a..,pi,.,r.
.,j"1;"^1.)illll(*
!,,, lur J vror gcrr i ne\e.,idedc ",
de produ\;o dú, *p,ç., i^p-d*i;.:;;;
...r,a" Na forma urbana a morfolog;a se pretende reprodurora da modernidade,
nao se orsrram petr logn.r
do proceso de,,
lrr nrcio do discurso arquitetônico, que torna as câmeras de vigilânciâ Presen-
,r,,i',,,,,"ia"i. p.r,i".,;;,:';;ff " "çao ou nio'jo,eu produro.
c\Pr5n e o\ sisnihcJdo\ do\
ç.r ,rl,rigarória (muiras vezes aplaudidas como necessidade moderna) devido à

r.rhd.r da violência, produro de uma sociedade cada vez mais desigual, com
rusrres Je manei*qucr,,r.,;;;;:""' ,

. ,..,"o,.i,,, ."",,,,,,..*,. * ,,,,,i.J". '' " novo"arorcs ao. ruqares ,rlr. nível de concentraçáo de riqueza, apesar das políticas que pretendem dimi-
"cm
do,h,birar r*era o prano rrrrir o número cle faminros.-lll comportamenro atualiza a afirmaçâo de Reclus
d. i",.,r;",i.id",r.q,;;; ;.;;';.;l;fi:'.:' "no
enq,,eoÍo pri.,J \ocio. e,p,.i,r.
rcalidaJe prârico *n'íver, .11rn,lo a qual "um faro domina toda a civilizaçáo moderni', que é o fato de
., di.:qInto
J:.,..;
l":. : : \ão m.,rLrdo\
;"1; ;, "".,,
;,;:.:;,T;:'::,1:;:::;: :: ;;:*:;;
,1rr "r propriedade de um único indivíduo pode aumenrar inde6nidamente
. .rr.' rnesmo em virtude do consenrimenro quase universal, abarcar o mundo
Fo\roÍk por um emprego de rempo que.e
e\pcrrhco que re circunrre,e cviden(iJ num ulo rrrrirri'.rLr Mas agora a pobreza asume outros conteúdos para além dos tradi
na vidr corid ro' ni'ei' dar *i,id,dc' de também à ausência ou ao impedimenro de realização de uma
Í,rbJrho. rr/cr c da ,;d, p;;;,;,
J#r: "" , r,rrr.ris e se refere
plena nos cspaçorrempos da vida cotidiana.
e ;mp odu n,or r" ri,,L o,l,ol'...,i1;:.iil#,ff
provenienres das conrradiçôes H:'i1l*l::
enrÍe o§ níveis. É,".J;;:;";::"j
",,1,r
No rnundo moderno, essa práricâ sócio-.sPacirl realiza+e pela contra-
rprre. e cnqu; ,1r,,.r, enrre as necessidades econômicas e politicas (que rendem à produçáo
nro .onJ çro. meio e produro J:r rcp,.a*,"
numa prárica que ê sócro-espaciat. *.;r. a..f,*"j..1" ,1..rli.urças, ou, como se vê, à colagem entre ehs) e as neccssidades impo«as
1,.,r r r reproduçáo do espaço da vida social. No primciro caso, a reproduçáo

178 79
ttA It R t I I N I ',/ 'l t: 4 t Irrl(,I) rr ( {.' r'(t I \r'^\ (r
' ^
rl<, csprço .xlrx,sc l,clx in,,,,siçio ctc rrnr:r rrcr.nalirhdc
nrs necexida<lcs inpost.rs pel"
rLr!nir.,.rss(Dtrda ,1rrc l,v.cnr tcLxlir c quc susrclr,rnr c por mcio rla tltrll sc rtlqrrire consciincit
deservolv_,*. A
"l,tu""'o co1,d,\ãoll,rod,,,o "*^rfrru, ,,," ,r,i".
Ja proJu\J. a",.0-a,,r'a"'.,rLi
,l.r 1rr<xluçiio do csprço.
:e"l:ro
mr tesrando ô cnnrradilo* rch{ro entrc esscs nívcis siotct;za à píitic,l só.io-csl'}â'irl que cxPõe o
o.;prrali,mo,ur iu cm seu de"envolvimento ^
9ue
rrr,,vinrcno dr produção/ÍePÍduçáo dc rod.r r sociedade, num movimento
,,rn,,*. b,rrcir.rs,r ,ur reproriuçao. Ne*e pro.e*o.
l::1". o .cnrido e o ,,n,rrxditório em que nenhum nível ou cscala da produçáo espacial é excluído'
:,::_:::rl:kr^.+..
il *'":u1.io do capiral rrouxeram p,or,nda muJan\".
,; e no interior de
ar hegemonia Jo crpirrt in,l,"fl i,l tx\r,, que s( rcalizando como iustaposição entrc esses niveis
,-"ll.l r" c,pi,,t Ê^,;. ei,o, ,.rLr um. constituindo-se como totalidade contraditória. Nessa perspectiva,
m::: qur
_i
o ceJ\o ,otna..e prodktit o. Ne,,a
dire\;o. indic, o mo,;mc;;
1: espr(o enquanro .ondirro e mcio ,I,*,rnda-se o espaço em sua dupla determinaçâo: e nqtanto localização de rcdas
l:*:,,uu do pro.e*o Jc r<p,oduç;o eLo- e cnquÀoto Ptu" o e aouin?"!o
que, aliado a ese
.,' .rrrviJ.r,l* da
'". ic,ladc m, s,, conjunro.
o e ernenro.dà ..,..,,,,.1; ;;.::.. :;.,lJLi,.;" *iilli i ,ltlirirlo e determinado pclo coniunto das relaçóes sociais em seus momentos
,rnos 80 realiza-se produzindo
um noto t:oa
ilTi,i;i Ú,rsrirurivos especilicos. Nessr direção, o espaço é o lugar da reproduçáo
p;,
"r
.o p"a.
elemento produrivo.
.. *1r ..*,;;,1;.;: # "#'..: ::;,1'il'j;:,'jͧ::". ; vri,rl forma indissociávcl, mas também o produto' meio e condiéo dessa
<le
rr1'nrluç.'ro. O entendimento da produçáo do espaço se evidencia, portanro,
dr rr,r rcccssidadedo desvendamento do modo como se realiza, concreramente,
n^eir rponudo,. o pro.eso de,ep,odu;o
L]m dos
r^_ :m mudanlar impo,rrs
oemon:rra do e.pâ(o ,, prccesso de reproduçáo da sociedade em sua totatidade, no qual o mundial
pelas.onrrad(ó* q* *d***t*.
re.ukadn rto Je,mvotvimenro do pro.e*o.apiraI.". .:;; ,,1'.,u. como tcndência inexorável. E se real;zà hoje enquanro processo de
rn*aram .uar . ri.e,. bem como .r erigéncia
*p."d. * Il;,;;;; rq'ro.luçio da sociedade a panir da reproduçáo do espaço, ondc uma nova
dc sur supe,r!ro. No c\udo.
nrico r"l.4ro cspaço-temporl ganha sentido.
lll.i,ii.,k,..-
mooo a ltera,.oesrisniÂcarrva.
visa.d.
" ",,..,,
i,,",,...
"upcrar a rri.e induzida pelo derenvolvim.,,".",,,,dt,.rl" d,j;;;.
;.
que. ro se.de,cn,ol,cr c,rendcn<to
rr no espaço. ,. d.p.,,a
, ri.e, produz;do, peto .cu
prdpro L,c..imenro.
-. ., tirni*;;; l)c modo articulado, três escatas se superpóem a esses niveis A primeira
n,t.sI o opaço ntadíal, gue aponra a direçao da virtualidade do proceso con'
.oa",o., ;^u.,.,,i, a(se, n,vei, apon,a,Jmbim rÍrrr de reproduçáo e que aparececomo rendência incxorávelno horizontedas
- "".1".0" oue r\
novJ. e''r*ign, dr À umutaçau trazem proÍunJar,,".;",',,,..4.,;;"1;:;
rrrllLlncias da acumulação, ou s€jâ, como projero de construçáo de um espaço
),,en.r uma novrJrÍe,Jdo no,"*i,n-.
ido/piper
;::T:l::'e1.'"
uJ ,,,<sma rorma. ob.c^a d, *p-d,,;;. rrrrrrxlirl. Oomo inreraçáo, o espaço mundial invade c se realiza na prática real ao
rela5ro i,,raoi.,p,.o . ,rrr à;r- t ru,rl;zar no plano do local, uma vez que a globalização, como aponta Milton
curso que acompanha a lecessidade
de exabelecim.... a"i._"".".t,,"o,o
..,..a. \.,,,,(,s, é umâ meráforir que ganha exisrência no plano do lugar.r'Por sua vez

*h,- p,. d;. ;;;;


o cenár;o pâra a reâl;zação do
aiusre. Nesse
;::J,..Tilil,'J";.":l #: il:[::;
,, *trido do mundial parecc ser aquelc d* redes de lluxos, das inter relaçóes
1r'Lr s.rtélites, o que dá um novo sentido prra o espaço. Nesse
caminho, a re-

ll:11llill::':,t'rrn,iva'no\eioda,r,vi.ão,o.iar,c,pa.irrrorrab,rJho, ll, «rbre a mundialidade aponta para a espacialidade, momento da história


numJ 8e,r;o com rorr( ,..a.".; ',r,,
::"":::, ":-*1.:.". , r,o.og.n.;,,,;;
*,.n,rore . d, vrgiran.r.r r,, nrn * pr,". *.
rrr' ,1ue o espaço prevalece sobre o tempo, contendo em si a linalidadc geral ou
:: :jfll";,,"*:
,JUra(Jo do,ordrrro como Iugar da reoroo ;r, i""_
"
,,rt rrrrção comum a toda atividade, desde os trabalhos divididos até a coridia-
rrr,l.r,lc. como aponta Lefebvre, isto é, quando o espaço inteiro se torna o lugr
,a*ia,a.
"s",,"-. ..,,.;,.:il:,,":i:;:i:,:::I: :II,'.::i::*" rl,r reprodução da vida mrterial e humana.
rponta r pas,asem dr rmporrancra do espaço da Íabri.a
l:,,1,i:.,"
ud (,oroc. momenro em quc orr: o t)ttebate sobre a globatizaçâo rende a considerar o espaço e a sociedade
ar turrs,c desenvotvem n" -e.p,1o
isso mosrn rambém uma mudança
publ;co..1udo ,,,r.rrr a panir da racionalidade da empresa e do desenvolvimento técnico'
significâriva no ..pacore <le reivindicaçóes,,
N, *r perspectiva, analisa+e a rede como tramavinculada à l'uncionalizaçáo dos

l80 l 81
l,^ {) lr r,.l\, z.lrr.1rr /,,r L,i I'ir.r.I I) l)r) I \l'^t, r)
cst,xços,
^
c'rqrrrD«).xfticiraçio da divis.ro
inrcrnrcnr,:rl do rraballr,, .*scntarta
o».ovas esr*tégias do capitrl No phno rlo lLrgar r cxtcrsÍo do tsprço rcvch novrs Íi,rm*, Íirnçóes
quc u,*prss,n o p1,,,,,, ,,,,.t,,,,,,Í.
,neoro que ti ,,; ;,:,:
novas coDúadiçôes sc maniÍi:st . rsrruÍuràs scm quc rs.mrigas tenharn, ncccssarirnrcnrc. dcsaparcrido. tsse
Lü,) xl,ont.r umâ contmdição imporrànrc cnrrc as pcAistênciâs - o que resiste
em função dos cenrros de
decisão. poruni *c rcaíirma continuarnente cnquanro referencial da vida - e o que aparece
.e m.nd
",u.,n"
rm p.meiro
e.ube e.;;;,;j:l;T"j:,::J;[;,;;;i,;;i; pela adoçáo do processo de modernizaçáo. Mas s€ o processo
tugar. e aporàdr ni ,1. homogeneizâção vincula+e à construçáo do espaço enquanro mercadoria, a
rêcnicr. r., d.p,,,,,.. .". , .,,.r.;r;
*"ran'iormaçoes divisro-p".',r lr.rgnrentaçáo se liga à existência no espaço da propriedade privada. Desse modo,
:.:::::^::
,l"
i1*'c. com r,ro. rodo. o.daripo.
,,1,",,,,*- ""r- )",,,i,ri.
de rroca *,rnpfin.,n. .orno
,,.rccsso ao espaço na cidade está preso e submetido ao mercado, no qual a pro-
oecorrcn<u o e.pa1o ,c hierarquiua e noro, pic.lade privada do solo urbano aparece como condiçáo do desenvolvimento
tugarr, r""r",n ;.,.":;^;;"
no,quJd,ode,con,rnuo dc rrtaçõe, rir crpitalhmo. A exhtência da propriedade privada signiÊca a divisáo e parce-
balzada peto d"..",",,,rn",,.
rede muda de sent;do e
rransforma cenrr:t
..;";.; l.rrir:rção da cidade, faro que se percebe de forma clara e inequívoca no plano
fru o de nova, ,.,,,;., ,r;;;;.;.;Jlj::lr;:;: ;L::;.."fiII;:l: ,h vida cotidiana e coloca o habitante diante da existência real da propriedade
rpa,ecc comn o p, in. ;paÍ ,tr vidd do solo urbano. Assim o proccsso de fragmentação da cidade caminha
p.rr; analisar o espaço em
;
mo,te, ni i . .,. ;r, :;;;].;
Ru,_. lrivrdr
ru,r articutacão orr
rarri.armcnre a anri. lr,rrro com o proceso de mundialiação, de forma contraditória, evidenciando
ga ide;r de rede A ;.r;;,;;.:',_:'e
'^il;: 'lr;n'Íorma .r l,ir.r:rrquizaçáo dos lugares e pessoa como formas dr segregaçáo espac;al.
,,- ,". p":,- d. ..p,;. #:,;:til;::';il*::lil:: No plano do lugar vive+e a contradiçáo principal (reveladora de outrad
:: ourro" se
que de,anicura",.. ru".,o a, ,lrrt tLrnda o processo de produçáo do espaço: o processo de produçáo social
caso da introduçáo
-,,a]",, o: r,..;,:.;. ;;r:..;
no circuiro da m€rcadoria de ,lr, cspaço cm conllito com suâ âpropriação privada, posto quc, numa soci€-
novas áreas de Iazer, rurismo
etc., e também dasaída/reesrrut,ração ,l.rlc iundada sobre a troca, ,r apropriaçáo do espaço, ele próprio produzido
,.,,.""0;
deáreas dear,tg"t.d"r,Í;;;,
,:ra.re d., reprodução do e,r.;. ";;; rrr,turnto mercadoria (porranto ligado à forma mercadoria), se reproduz sob a
lÍ,^,j:::
" ,utsar. por ,ur ve/, ofe,e(e ro molmenro ",," ., ,,;:;,;:;"
do mundo.
l, r <lo rcprodutível. Coordenado por estratégias especílicas em cada momento
de.ur re.rliàção.oncrera,...omo .rposihil;drde
aÊnna Mrl \Jnro' u ,l.r hisrória do capiralismo (que se estende cada vez mais ao espaço globrl e que
.arcguria de ;n,riv ..,".;;;;"1;';,iirnn rusdr enqurnro
, ri., novos setores de atividade como exrensâo das atividades produtiva$, o
ea z., ndo .c .obre umr,,...,",
mesmo rernpo em que ultrapassa
.,J' ;,;i,Ilil"-::"i,*::r: :,: ^1',rço,
produzido continuamenr. enquânto mercadoria, entra no cncuiro da
a ideia de existé".t, p".,t.,l"., lrr.r rrraindo capirais que migram de outros setores da economia em busca de
e.pa!o. Á*im. o mundo p";r;;;;; \.'lorização. Esse movimento explica emergênciade noms formas de dominaçao
depenrlc drr vrnu;tidade. Jo
t,C""."i...:.;.,; a

enro que vri dJ D,ôdu(io ,1,, e.p.rço, ordenando e dirccionando a ocuprçáo, fragmenrando e tornando
dr ,".i;,Jr;;;.1.,,:;
do esprço como mercàdorje. rr *p:rços negociáveis a partir de operâçóes que se realizam no mercado. Nesse
Nessa escata. o processo rrrrnento, o consumo do espaço tornà-se âro produrivo, com a escalada pela
de proJucáo dô
ne dade dadr perJ condià;:;,I."::il,#;::::i:H:;1,j.::.J,.-; ,,rl,rriz.rção do espaço a pann da produçeo de lugares destinados ao turismo e
a.'umern pormeioúerivên.iadr ..l,vcr. Dese modo, a produçeo do espaço determina o acesso diterencirdo da
proprierJrtJep.t*d,,1"*t..,1.,n1.;;;
rrqurtctonrco que se mimetia reJade, gerando os confliros em tornodos lugares ocupados/vividos (tanto no
ro in6njro. A I
.;o ao;.,.,-o",r * +-o;.;;
;: ; ;:,:,I::f,Tjlji:;:I,#r:
do, inrcrdiro,. Ja ditcren.idçro
"^
,.rrrrpo guanto na cidadc). No ccmc dcsc conflno encontramos aditerenciaçeo
JJ JLe,\rbitidâde d., rn".U,",
i.,....
, 1'.rcirl como desigualdade sócio-espacial.
produr,ro,otirt do c,prço. pela , Vive-se rambém a contrâdiçáo entre o processo de produçáo socirl do
propried;de puvrJa da ,ique/a. "a,a"
, ,t'.,ço e suâ âpropriação privada que marca e delimita a vida cotidiana onde se

l8r i
8l
l\lt^( r4l
^(r l,^ rrÀr.,r \r,/,lr,.lr) l,/?r)l)r Í 1r) l)o l\li^((r
^
j,'.jl'il:lll:::.::,"i.'r. rcrr,rrL,,.,,J.,ria,,nJc,.rpir.rrc,r., c.rrz.1,,,rrr rrrnlo dr lurr s,eirl. Âssim, o cot irno { o lug.rr d.r rção c do coníliro, da
.,r',;," , _,,c,rrt. N. pru.rs,, h.r "
d,g.".ra,,o.rc rr,,n,r. ..ia,uc. ,,rrw inncir c <la cl:rborrção do pr,ric«r, ltn como da rcivimliaçáo do líreito
.::;, :'::l
\o( ràrs rnrgJ, r,enrc ru
e,ral*te. ;rnorro dr "
novar reta5ócr rocr.ri,
Canha sentido, no plano da anát;se, ra riv. Nessll mcd;da, o concciro dc dscnvolv;mento esprcial desigual ganha
..
ridiano. permi indo enrendcr o proceso
uma nova caregoria de anáJise o
co_ tx,rln.ià ind;scuÍÍvel.
\ociJt mri, ,lnpà ***,,a. *i. l\r f'n, no llano intcrmediáio de mediaçáo eoae o local e o mundo -
::'1"^,.,.^.:1.1,"r.
*,: pro.e,r dr reproduçro "
<J*,.r<0.. *.i,i. *pi.,r;.,* .,x,nrrrilmos a nenlpole. Doninzú pele lógica da âcumulâçáo, ela aponta a
o( mooo mr,s dmplo. A vidr coridiJnr.
nesu perpecí\a.,c JeÍi^i;i,.omo
uma roralidade apreendida nos , rtliçío de integração ao proceso global, isro é, à economia globalcomo espaço
momentos da reali*çã. d"
privada, do lazer, dos deslocamentos _ ",b"Ih", ;;;
rodos a p..í.;..,p"r;";.;;;;,
,,rrlc st coloca praticamenre a contradiçâo entre espaços integrados e desinte-
.rrl, x ro cap ital mundial (en tre cenno e periferia. visto que a metrópole exerce
. r,ep,odu!,o r reJr,zrri., N" pL;. ;, p,,;,:, 11

:::::,j: i*,,-
ocpdramo-no\
":*
com J inja uryo do condianu.
..: r;, ,, p,xler dc cenrralidade espacial). Ela concentra capital e poder, e, portanro, as
engu.rnro ,on,rr uç.ro dr so, ie<tade
que se organiza segundo uma rl,risí,cs que permnem orienrâr â reproduçáo, sintetizando o processo de acu-
ordem forremenre bur"crat;z"da, pr.en.hido
por repressóes e coàçóes que tornam nlrl,rção sob novas estratégias. tusnr, de um lado esrão os centrosde podere de
a vida a
rcrliz.rçáo daacumulaçáo, ede ourro, contraditoriamenre, as periferias segmen-
gan poso que crm;; ;;
z.,<Ja.
; ;;;;,.:i "]ff #;;:,,,:,** r.r,hs e ralrlras Gomo expressão da lógica capnalista), nas quais o narcorráfico,
a quesrro d( onde \e tormutam os probtemas
L
num.,nr. ,no e. r (x^rcnr ia ,o.iaÍ do. .cres
d.r produ,,.io da cxr,rôncia ,,,rrn novo e poderoso setor da econômica, rede6ne as esrrarétias da vida. Dessâ
humrno,.
i no coridiano. ma. é no urbano qur o,oridi.rno ," L.Íeb,r. re,oo,d" ",,. lrrrrrr, na mctrópolc o fenômeno urbano, enquanro prática sócio-espacial, se
processo detecra-se a produçáo ".il;.#;" il; rr.rlizr como segregaçáo, o que revela a imposição do uso produtivo do espaço

-.d. d. r"d,çá" .,;;;;;;;,*


ruror. o momcnro rja rcde6n(:o
de um nov
H:::; ;:;ffi::.T ::: :
,rr uv, improdutivo, clelimitando os contornos da cidadania.
Hã no processo, portanto, cootinuidades e descontinuidades que o papel
dr .idadr. dc s," .,pt".J.. d, .,,.,,:;;;
* dc Nesr dire\;o. a prohremarica
[,'t3nrônico da merrópole na reprodução espaciál aponta. No centro da rede,
Tlllil 'onsrrução
urornr JplcceLomo mundirt e locredade,ó .r rrrcr«ipole como centro de deckáo é o lugar precípuo da acumulaçáo. A
podesedcnnir.omo ptrn.rjria. ,, rrrr.rlidrde enquanto processo guarda a idcia da arriculaçáo e do movimento,
I:.^^::]:11 -:^ro mo?e, ,o hi paÍr r .reb,,...",Hi,..,,;.,.;;,,,
,,omogene,4n,er c r, to,çr. d iferen. 1rr rrnro, implica a ideia de rede que tem sido vista como uma trama vinculada
;aJora,. e o dcuf. J"."*p...r..,"
épocat, cxâramenre, a coabiração
d. .r lrrncn,nalizaçáo dos espâços, e náo como decorrência da divisáo espacial do
de novrr .elaçóc, co_ , p"..*ar.," ".;,.,
risas. hto é, a socêdadese modernizando
a" r,- l.rl,rlLo sob a égide do desenvolvimento desigual, num quadro descont{nuo de
ese unifi.""d.
diferenciando, apontao 6m de
uma ce(a hisrória ":" -.,_;..*;..
e inicio de uma
r,'1.,ç"cs bascadas no dcscnvolvimento técnico. Se pensarmos os níveh espaciais
historicidade rlilerenciados â superâçáo do pensamento corológico nos deparamos com
Lun't renre dirigida. Á rnatisc do
cor idiano permrrcpcn,a. to Lomo cx,(n\jo do ,r rchção entre eles como inexorável, posto que a vida não se realizaria numa
o ôpe\o. p,oduu ndo.o.omo
ll:11"":,.*."1,}r":,rromou
rn\Jd,u os ,nre,\,iLio, d, r ida
mercadoria, e ri,rrr escala, sendo ela lluída e implod;ndo junto com e explosão da cidade,
,
tante produção das retaçóes sodais,
oridiana. A rrprodrçr. *- ..",i,j.
d, ..;"_ ,1,& I um momento em qrc as fonteiras wbanas criam sempre novos lim;tes.
"
esrâbetecidas p*,t.,I" p.á,t;;;;;;; t) .rrual processo de reprodução do espaço da mcrrópole,
no movimeno quese constitui enquanro "
acumul.r*, p..r.*rrr., ....1,"ç.
À pr€dominância do valor rte troca rrr.rir rmplo do processo de urbanizaçáo a) marca a desconcentração do setor
,
da mcrcadoria,
no espaço, como exrensão do mundo
;,,,rlutivo. e a acentuaçáo da cenrralizaçáo do câpital na metrópole, assim como
apontapara oconfliro entre us,
,.".0. .",.,
" l,.liJ.;;:;,'#;::'; ;:: :j:H::íT'fi:..::IlT;
, rr rrutro conteúdo para o setorde serviços (basicamenre o qucse desenvolve é
,' lrrr.rnceiroe deserviços sofisticadose, com cles, uma sériede ourras atividades
,,u,,'a,ra. polrnro. e em ,orno delc que \urtscm
o! confliros dedocanrto o ,1,.rpoiocomoasdcinformário,ser.riçosderlecomunicâçóeserc.ib)sinali?â

l81l
ll5
r)^ r) I{ r, 1 N r z .l i, ,.l r ) À r,ri,,Dr,r 1r) r,r! r \r'^r, (,
L,'lll)ÍDr Urn rx,v,, ||rtr»(Dii,
,.,,,,,,,,,i.,
J,, r,r(,r.\k,
i,,,r,,,,;;:," :,i:;j::l;
,'', l
iv,, d,,,r,.,r^,,. ,, ,,\ JJ
8.,,,r,.,,,, lr.rrri«rhrcs". rssinr como do chrnntlo luris»o rlc ncgrltir» . Ncslc scnri<lu,
,nu eo,_na *ncntpt.,"J.. rc. J,, ,;ur ,c . h.rm,
dc ,r rrrrisrnor o lrrcr Íigurrm nesrc nx»cnrc hisrórico cou, n«mcno dc rcali-
,.,". J. ,,,;.,,,,.,,rrrncr
uz.r.
dc ourro.,erorc., om" b.rn.omo r rederiniçio
.; r,rç.ro <l:r rcproduçáo do capit.rl, enqu.rnro momenro da rcproduçáo do esp.rço,
e
'^".:;:
dcsv\ ;;; ;;.. ".,.,,
-:*'l'*".oe
'c^(o' p,.a .r.na.. " , ** ;
Tcl:o :',,o}:.. rr* ir,r<los pcla rsim qrre enquanto nov.rs rtivida<lcs
cxrensáodo capitalismo. É
.u umnerro em . apirar p.,...,. movimcnío de , rJnÍÍormr!ào
.*"..,, ,..i1 I ,1,n,anDicas, o rurismo c o lazer produrm o cspaço enquanro mcrcadoria dc

,:x; j:, j;t:r;;; ; ::, ;;fl lj;il]ff il,;:


"l:Ti:::t :
si", urilizando+e de suâs carâcrerÍsticas paniculares. E, nessc
.rrlx,cro, o turismo aparece no mundo moderno como uma nova possibilidrdc
«onomia repro,Juzindo
".,.c",....,"".."d^;;;.
6pÀo que rpilc(c. po|"
;,:::il#:::Tsda
*era umr rruvd,craç,o t:rJdôl
,l(, r.rlizâr a acumulação, que em sua fase atual liga-se cada vez mah à produ-
ç,ro ilo espaço. Produçáo esta que se coloca numa nova perspectiu, na qual o
",";il-,;;1",,''
or rnvestrnrenro. em trerermi.,,.i.. iar polni.ar púbrica'
.-,^.-. *'ercrmin,d,. que onenram 11r,rço ganha valor de troca enquanto possibilidade de realizaçao do valor de
,a. .., "',r*," o. ;fi:il;l': : **r'eramenro irca, <ia mer*j. rno, o que significa que a apropriaçáo do espaço e os modos de uso tendem a sc
,o, 4...,r,,,""
',..p,in.ipàrmenrc.*;,, i.;^:::il do
'oro urbano ,rrh»rlinac cada vez mais, âo mercâdo. Ássim ô espaço se reproduz, no mundo
irer'. -,,,;,1*'da'hamada
requali6.rçao de
rrrxlcmo, alavancado pela rendência que o transforma em mercadoria - o quc
reartzalao de prr.eriai
preÍcirura e o',erore,
pr,*ri..,,.',.";:;" enrr., lirrritrria seu uso às formas de apropriação privada.'2a O segundo elemen«r é o
oc. reT ,,;,.,. . , .:;;.;;"..:
lof::J!
ro re\ro do retrir.jrio brr"it",.o,
Jj:;; l,l:,::1,,.Jfl,.:,:::: ,lcrcrrvolvimento do narcotráfico como novâ âtividâde econômica, que, pcl.r
*r.r ilcgalidade, pressupôe como esrratégia diferenciada a dominaçáo de unr
no ,e, irdrio nJ.ionar,
fl ","a"i,,i, *.' enn'rridadc Ja merrripore
. s, ; d''Je''gu'rda're'o'r"
11r.rço, produzindo uma forma cspecílica de segregação espacial. Já o tercei«,
";-,;r;:":,. rlcrrrcnto consiste nâ reâlizâçáo do capital 6nanceiro, produzindo a cidadc
"""'''":';;:'il;l: "
,"...,a",;.."na;,;" a, "Pa';rr'
rrun.rormrÇiô do e\pdÇo
em orqrnnto negócio e revelando o modo como o caphalismo se realiza em seu
",,:^à;',:": .Í.i8n, arual, em que a r€produção do capiral se realiza através do espaço, quc
;..,H::::**.,,..i:;:;til:::ü:..;L::il::;HTfl
rcalDa^e a pas"agem da ''ese
pto' e*o
*r..."" o. .,."' ' indusrri.r dc meramorÍorel: r,,r,bém é mercadoriâ como extensão do mundo da mercadoria.
,o .,pir,r 6nan.eiro
na orienraeo d,r rcprodu,::;;;;;;,""'* " Mas a metrópole é também o lugar de expresáo dos confitos, rfron-
usse processo produz protundas mudrr r.rrrrcn«x, confrontaçóes; lugar do desejo ou onde os d€sejos se manifesram,
q".'..,p, riando uma nova i<renridr.r.
- *.i"n,r.,P;,,,;.;;:'*'
poi\ o p,o( es.o não diz como horizonrc e r.ndén.
, rr, unscrevendo as açóes e âtos do suj€no em dir€ção âô estâbelecimento de um
m,,, ,;;.: , ; ia.
;n,jcto de sociedade. Ela também reúne r contestaçáo que ocorre em outros

;::l ::tj#,jt::::: -; ;;;. i::11''


"l;:1ij.::":Ij;l:::J:::,::":.1
r\t,.,\i\,.mpo\ da vida n:.ion:1. o luÂrr do,
lrr,rrilcir.r, em seus diferentes conreúdos, expressa âs conrrâdiçóes do espâço
sociJi. nâ ce,rJ

li::i:lffi :-;l:
,. ,(achm o âprendizado que vem da prática, fazendo com que a consciência
il.:, i:'r ::;i:: :::tti.i11 il:rr l;: ,rnicr sc produza dando potência sob a l'orma de contestâçáo. Em sua missâo e
o-*, *.-,,,*,. J" ,;;" ;"::j::"'"
capiral
va pcrmire umb.m
rl r:,rrlrJrde. o' movimenro' denorarn. em m,ior úu m(no, g,JU. o momenro
, t .g.."n;, a. no,o, *,",.:.;;;:]'",;'":' emporar que .e r eariza
. om , rÍrico, a existência da propriedade da terra/solo urbana, fundamento da segre-
realiz<ro do capir'Í
n"..*u *..,r- ,no«
a pr'sagem da De.laran,l^
para o *piral nnJnceiro li.,\.x) quc é exp.essáo da extensáo da propriedade que atravessa a história da
produzrr um no,oe,p.,5o,
il;:,.#': "' \;o , ,!ili?ação aré aringir sua potência absrrara:5 nos dias aruais.
rapro,ru,;odo,-prro.r"t;;.;,;,.::I.,,.. iund,menuis o primeirn
Os níveis e escalas, sinteticamente, correspondem aos da prática
parusem d, produçaoao
;,:;;: ;.H,::::H:L: :;::lX.::11,.:,X: ..,n io cspacial real (objetiva e subjetivamente), que ganha sentido como pro-
,lrrtora dos lugares encerrando em sua natureza um conrcúdo social dado pelas

l8í,1
a7
trA t) L (; À N t z ,1 <: ,1 t t À ,'xí)l)rr(,ilí) t)o ti\t,^( ()

'i]:::'": t* * r<rriz,rr,rrrr» (\r,.'\,, r(n,r.


r(1(.,,,,,.,Jo c*rrr,rrrr.
rrr,,rc.,,, ' ( I j,l ([vnhn,.nr. J«trv.lvido 'l nrl'\ri . truopÍrrlo " /&,/,!./,,
,]].f.Y"*"'''*"'o
ucscomprssos, porrrnto, "i",'.ru,,,,,r,,i,r,..r,,,.,,,.,.".;,1;;,;:':i,;':i:
rinJrnrcnratmcn,
' tI {.n« nhrolidrtrlo lr,!\ilriliúd§ . lnnr$ Jo trki, (lt\ )í tnntlo |tyt-t.?nta mnó?rk
r l,rrn, nrtioíi viJr (1Ídnnr
pred,'iu Jr ju,upo\iao tontracli,'oe'. Nr.om.
+.,.. ,;. ^..1I "''ua' e.pa, i, . "l.n(nnúrlxlnudrporH.l.lchvrccnr/)./ri/,,lhri!Un,on(;énónl.i'Étrlnionr,t978.v.4.
a, 0.,.,,.
" i
i"i,"'i| ::; ;., ;; ;; :; :;: e,. b.r a .e a e.e

L, ptdno prjtico-redriro. ". ' I R.dus (ol& Mánucl CoÍft ir dc Andnd.). íio!'d;. são làulo, Átic2. 193t, p 75.
,
do mundo, m*,,.b.., o"onÍrilc eru'ida a diarerrca
,.;;;.;"::r en endimenro pa, cmb,-. M srnús, A n"turta d. a?4a, Sáo Pâulo, Hucne., 1996, p. 271 .
a.rçro. .on,oando. .,.r;:;.,;.*
;'eu
Heser permi,iri:, aprcend;,;;,;::;.r::'lan'lo para Man c"mo p,ra
:m 'u' t"r'rlid'd' rrn e'tilh,ça ' Nr t)rtd(lçio do 6piço tu Íico, sl dinânia imbém Bel..h pdmeib lusrn qu. o Àon.m p.À1.
pdtu Jprcender um la, í'i(,ndiçiôdesujênopmduiorpamsee,luziÍa o nsunidor do .sprÇo 'i om i$. rpo . r pc§.S.n
*nora, llnrti.r (',ô prc6o d. ftmaom1o "u.do.'em "úúiio'.
* p..d_,, ..";i.;;;.,.::1,1::".
o que. para nranrer a
necesrJaJe dr.rnic. I',*,( kveh êmbéh
repmduÉô
o monenro .n
ot{iáD quc
gne at 6?dçú tÁún a ontlúid,! ú
ti. 1prú d. s\s
Em *gundo
p.íi
't
r ,,..*,_r" O" ,".,.,)""poliri,
<io mundo ,ob ordem t ol.úi,]rde{ fisiês, hi5róri6 ou crild! pân sk
fn. Aponá, Ánrlmenrc, párâ s hud2nç{ nr Et.§ro
apriudoeod.cursori,n;;;;j;;f: r'':''a produzir o conheLimenro .. r,,\o Íên, po. Tâh bém rpo ntl p:râ um n oy1 Elrçio r.npo de r i.bd ho{.m po dê óão iàbdho,

,iecnicidadc " l\ Mrfl. MdnBnitu ..anôniot-fL'ófat d, 184,r, BngrÁ, EÀnorid PIun., 980, p. too. t
a tccno.racü . r.r.. ."|n. ;:";.";;,1ue "ina de âribi pan ' ll lxlhyrt, tÀfn&thirbitu. Prrn, Êd. Ànthopc/F.onônia, 2oo l, p. 162.
ha,e, h,ma" J,de e
um ;;;;;.:[:;,::JJl.lli;;:::,..,* *0. '
''
|| ltfu'lR,Á dda.o' iana no nulo nodn4Sialàl],õ, Ária, 1991,p.30,
| | lin:?].tJ. C.nbiü .l ú,nd,, Mâdrid, L Czhãr4 2004, p. 12.

Notas

i,i:t!," *: r**- \.,u Pil,u.D,.


Dú.r. r4 I p. r0r!.

;;'l::,:.:i:.,1l*- -.u. .0 P
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Lz ptdatknà.tirl,.. r4r. É!,rion,Án

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iil;ri, lx n: ;ix ;:: ;,.:;,:;;:,i .: :;i:.:;:: h::;li."Jr
ü:T. L;lt ^

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tnp zca na n.tuí?ot : a fhsnenáç:b
d.

l88l
ll9
o ESPAÇO COMO CONDrÇÁO
DA REPRODUÇAO
"A e?dcial ?ode
'inguldtidade "iio 'er
ftàuzià, à ntr" inobilil,à.-"
D, Hatuey

l)c volta à renda da tera


Iletomemos um ponto ainda náo suÊcienremente esclarecido. Muno se
(, rNcusob.€o modocomoo espaço urbano seria capaz de gerar uma renda da
rü,.,. I)o ponro de visra aqui desenvolvido, nosa hipótese é de que o proceso de
tÍ,trlução, sob ô capiralismo, ransforma o espaço numa mercadoria (com con-
tqi,los sensivelmente diversos daquele da rerra no campo), auferindo-lhe valor.
I ),\\c modo, se é possível que o dono da terra exrraia renda pela concessão de

rrr.r propriedade para exploraçáo pelo arrendatário no campo, porsua vez, o solo
rrrl,,rno, sob a dererminaçáo dâprodução, permite â realização do valor, quando
,liq,sto por seu proprietário no mercado imobiliário para compra ou aluguel.
Vcjamos Àlguns argumentos apontados até aqui para compor esse racio-
, í,r): â) em primeiro lugar, podemos apontar que a cidade, como forma do
r\t',,ro, é umâproduçáo sociál e hisrórica. EIa rraz porconreúdo relaçóes sociais
lrrrhclas no proceso de trabalho (em sua roralidade), que é fonre dc valor, numa
prrrlução que se realiza a partn dâ metamorfose dâ nârureza. Ássim, o espâço,
r.rl qrnl exposro nestr peguena obra, apresenta*e como uma das produçóes
lrlrrrmas, e em constituiçáo permanente na medida em r1ue, singular, o produto
(,I rrn, dcrcrminando momento) é sempre a condiçáo de uma novi produção,
rr.r,r sc separando, porranto, processo de produçáo c de reproduçâo. Em mo-
r rrrrcnrc constanre de reproduçáo, o espaço ganha scmprc novos sentidos pela
r LLrrrul.rçáo de trabalho; b) como produro singular scu consumo náo se limira
.'
"ll'.r 'xas.ntrJc virrt, r\ri, (. .rl,(ll.r\ J( r»: u'l'nr.'.r,'i.r,,r,,rr,,*,,.rr.,.
rri2r,Trrr,.,,,,.,.,,,,,r,'t,,;,;;,;,;;""" ro p«nirrxh <l,r rlrrrrrcz.r, cm scl;trnth nrturcrt. lrssc pn,ccss,
n.r r r.ursli, r nlrl
prrrluz unrr rulur:r (r tlrrc st rclirt r un,r prriticr), unr nx,<lo,.Jc rclaçeo dos
.;:H: :l -,1*"::":.:::ll. l', l.: I I," : .ll: ;,J;,i;,t:,t; ; T; irrlivíduos com os instrLrrnen«,s dtrerminados pelo clcscnvolvimcn«r técnico
g*^ " i opri. dr Jc dir e^,,
*,*,"**^ Jj;::;H:;i:: :"de
cn*ur ro*ri,rade:
apr
" pclo conhccimcn«r como polência de transfornrar a
natureza, dominar as
d, n"'ap;r,r^mo. ám",;;i,j;;"'":':"54o'oc'r'
de.orrenr.doproccso
[,rças naturais. romar o plancta um mundo constituído por açóes dirigidas,
(í..trég;as, lógi.âs, âpesar de abrir-se, tambóm, p
de rrrb.Jho. o e.p.,,o,.,";.1;;.:;:):"u,n.rnr Essa açâo c.ia
(x,s.n.,J . ondiçóes r ne',a tondrção rraz por u,ni dererminâçáo especí6ca definida na escala da produçáo da sociedade e do
espe. *.* 0," ,.,",.,.,1':lr' rrrundo social, como seu produro.
tr-,,,1"+"1,".a"n;;:;;;:,;::il:;;T::::l"iTi.#,il;:
ganhà senrido
r-quc

;r;,:,il j',:,:l'Í.*Ifj:;::lll
rurrdico), ou reouer seja, n
an er, amb rr daJe do e.r,.. Marx e O ca1»ital
trr
crdide. rornando-o,
tondiçJo,nessa O que Marx demonsrra nasesão sobre a renda da renaruobraOrupnal
jl 1i l:,' :'.*, :,.,,, ;;l;;:;;',"::::Í;I'; j:X-;::;:;:X
oorenr
o
Inecess'd,des
í qrre a exhtência do monopólio da terra, a propriedade pura e simples de uma
e de5eiosr h)seu
uso diferencrado lrrçíodo planeta, subsurne as atividadesdos arrendatários a sua existência-da
lln: :,::"1':;;'";:;;
sociedade atuat; e, por
; :::x:::
T#Í: :;:.,.,:.:',f
"""'u a axenação ::'":
é vividâ na
pr,lxicdade e de uma classe detentora dessa propriedade. Daqui se impôe uma
"i:
.omo e,o<,u o da
fim, ,l . *** J,À.""-" roma a rorm., d*gresa5io
l.g;slaçáo que gârânte â transferência para os donos da terra tanto do capiral
;,. ,r..,;,;:;;:;:;:nciado ícond\io de .rd\e, invcsrido na terra pelo arrendatário, como pane do $lário pagâ âos rrabalha-
...r"t.g,, -p*ij ,r,*. ' 'ocrdr
r::;il-':::* i'lade em tunçao d,
e ,l,rrs agrícolas. Assim,
rendarprelo do m/
do ,qr" *"""i'"*"'f' l' ' rcLr;o

";,:; j, :,:1, ; :l; ;.1l,."T::::: :: #J7a\


,. . ã. de a ..( edrde u m sob a máscara da renda da tena do solo aflui para o dono da tena o
,
capital Êxado n€la pelo arendaiá.io. Mas fundanenmlmenrc para o
. ,rusrm, ooobra ponto de visra d; anJise,
do erpaço
dsenvolvimento de noso mciocinio esclàree que o prcço dar .ôiss que não
:, "": .ivrri,rrórir. , 0,,,. ,"i l'"0'l'?u.produqao têmvalor intrÍns<o, quer ditr, que não sãoprodurosdo t.abalho, onoa
",,,
rorma de mer..rdoria. j.;;J;,;.:" o
'rPirarnmo. rom; r,mbém r te.á, ou que ao menos não podem ser reproduzidos, como as obras de ane
movimenro da ,*-.*,. "0, *'.*,,..
t' Po'rJnro indiso,iâ,eir do dedeterminado mestre, poden ser determinado porcombinâços foÍünâs.
* ro,., iTlrm
,"", .. i.,, .". .ll l. n;o
cre .e apre\enrr âpenar Para vender uma coisa que faz falta é que a mesma seja monoPolizável e
^...,ao,;.
de*e mom.n o hnror;cJ .;";,;:::::l'"',um,, dererminar;" «pe.r6ca alienável.r

rcsume a arivrdade Proceso hir'ori. o. a . idrd.


do rraor* ,r, ,".,.0.,r"4'"" Portanro, o monopólio se encontra no centro explicativo da "renda da
,ral. em .i. a nesr\ão ro rurarirrade hi*órna. mr
p;,;:,":;:,,',:'"-'ua r.rr" a renda absoluta, que é condição de exisrência da renda diferencial.
,"na,
po.ro q,. o *ro,,;,^"1:;;;il:,* ruar M,rx .on*,'j a reoria da lndependente das diversas formas da renda da terra, correspondenres às
diferenrementc da Prrmrre ú JLe$o à.idrde). ,livcrsas fases do desenvolvimento da produçáo social, todos os seus tipos rêm
e produro
rer ra n",
il ;; ;";iii"ue
'onre'rdo â arividJd( do rrbdrho c
deh. ,,"0",n. ,..;i:.;;;;,"0" '
rnr eomum o fatodeque aapropriaçáo da renda é a forma econômica na qual se
.,o roneo de
a,,,.;.; - r.ar e,irtuar -
ecra*oe,. c ::: ::l'onvitur,'io rr.r liz"r .r propriedade da rerra. Por cons€guinte, a renda é a torma econômica - na
. d,d.:.-i;;;;;,; ;;:::1:;.::,:;::: mer..d.ra a ,lrr,rlse realiza a propriedade da rerra, quer dizer, a propriedade de determinados
fT:_l,",.,
""*,
, romando. asrim.
Re
,." a* n,r0,.".1.*' no$o raciocinio e
rn,liv íduos sobre dererminadas porçóes do planeta como realizaçáo econômica da
dercrminam o .aminho ;,r,,pricdade da terra -, e a 6cçáo juridica em virrude da quat diversos indivÍduos
d. .;;;;fi::::" "'jslen'em
o erc'e'so (iviri,ârório
.dlcndo em ., , ,^
. ** ..,lri*,d;:"d:'ea5o
vida social realiza
- 1,^uem com exclusividade determinadas panes do planeta. Desse modo, roda
- se a partir r.rrh da terra é mais-ulia, produto do sobre-rabalho.r

)12)
93
o ! \P^r. () r ()M() ( i|Nt)t(, À() t)^ l{t,l,trot,lr( À(,
.j:l
-,..:,::ti:l"iIr; :i:;1,,fi1j:,lj ;;lj;;:l;,il,;,j :,j;,tjti: '.,tt.l,''l.'|'l.'.i,\'.,.|I,tl'lt.lrtli5.lrp'rr'r.rpr.tluç,u,
t,,r\sLrpos(o urnr nüur(.r quc li,i "trrindrrla ao ht)meni , uma condição ;D;c;â1,

il"' ::;,,#;;{Í:: -j.,j


J:.llffi!*:mr;r rrrtlcpcndenrc dele c dc sua .rçáo. 'l od.rvi.r, é preciso considerâr que a invcrsão
,1,,

.,
c.qrit.rl n.r .rgricultura a rransforma c a submere à sua lógica. Nese processo,
r"nr ilcstinada a essa produção ganha um novo sentido, panicipando do pro-

r;"u*+i*:{r:+*r,,.r Ililjil,::; , co produtivo na condiçao de capital lixo, embon náo tenha sido eferivamenre
pr,rluzida como produro de ourro ciclo de capital (individual), como ocorre
rrr <,uo d:r produçáo industrial.

ffiffi;ür*lfiil+t;,ffii-
O pagamento de uma renda ao proprietário da terra refere+e ao "uso da
r, rr,r cnquanto tal".a Enrretanro, Manse deparacomas melhorias incorporadas
rras, confronrando
o arendaddo com I roÍi p€lo arrendarário como condiçáo necesária e "insrrumenro de reprodu-
" ,,.ri , unra siruaçáo que revelaria o acrescentamenro de um capiral à terra narada

,.,,,",1;;i1ll1_*{i,_T+i,ff :;;;}:,..,,,,:":.lii.$ ,,,r'x) câpihl fixô (no caso da construçáo dos editicios, por exemplo). Porém,
,." c,rpital Êxado, "alheio, incorporado à rerra cai nas máos dos proprietários

:mx;:* x-- : ;;x


;'
$*ii
:i::#':*; l;mrfl :*::
:
':l',"; :i:
j,:::
H: ,l,r tcrr juro pelo dito capnal engrosa a renda",5 pela sua própria condiçáo
co
rrrr, irl de proprierário. É nexa mcdida que 'todo ingresso de dinheiro é con-
\il,i,rdo juro de um capitJ imâg;nár;o como renda capiralizada, dese modo

;,;urrt*r* |,tr,nr o prcço de compra ou valor do solo como irracionalidade já que a rera
rr.r,,.1 produto do nabalho".6

r*rr,,*rt,Íj i=ü filÍ:


Sinretizando os pressuposros, percebemos quc a propriedade da terra é
;i.Til.T.1 tr::,,, tr.rr.rth. por Man, como categoria hisrórica e sua exisrênc;a é o pressuposro
,1,, cristênc;a da renda da terra que é a "forma econômicâ especÍ6câ aurônoma

i;r';r*ifi},t*d:tn*:* r
,1.,

t
l,r,pricdade da terra sobre a base do modo de produçáo capitalisra'.'iNáo
tr.rtr rlc uma [orma especílica de propriedade hisrórica já que esra assume
1,,,,,,,6 hisróric6 difcrenciadas , mas de um momento determinado da história

j#ttg[,,,*. üirffi I
(rrrrr.r Íi,rmr especificamenre histórica), transformada pela influência do capital
l1,, nx o dc produçâo capitalista e numa ftrnçáo dererminada. kto é, o modo
rl, ;r, ução capitalisra redc6ne a forma da propriedade e sua funçao na rea-
ll.rq.ro d.r acumulação do capital enquanro proceso de valorizaçáo visando o

ffi tí#i*Ítis
'1.,'.,,,,H'ji*
1l-H[,:rr:,iriÍfr *ff | ir r,,. Irtc, ao descnvolver-se subsume os setores da economia e da sociedade à
rrr.r l,;sic.r, dominando "rodas as esferas da produção e dr sociedade burguesa,

,",,:i:i:;::[.j:i r::ff :;;" ;;:; ",,., . I


rlrr,r rlizer qLre também as condiçóes, como livre concorrênciâ dos capirais,
111i.,"'.,j, : tr,lrrlo ibilidade dos mesmos de uma esfen de produção a ourra, igual nível de

:: H::J,i:::11:H:mliil;;ill+:*:::: Ir, r,, rnldio, etc.".r À propriedade da rerra no capitalismo e na medida em que

::I:f I '1.rr r, dr mais-valia gerada pelo capiral cai em poder do dono da terra supoe

rlrr .r rgricultura, exatamente como a manufatura, cstcja dominada pelo modo

lell
95
o |\li^r.r) r'()M() (()Nl)l(,^o l)^ Rt'r,lr1)l)rrt.
^rl
rlc proJuçÍ, tapitrli,rli. ,( ) rlnJrnrcnÍ,,
Jo r
l)roPr(drJ( (,,m,, trc\\u,,",,,, .1, ."nd, 1'rrr'rnr. t:tnrortlaa enquuro aeirlcrrcs inscplrÍv.is dx srrl,íiDcii clo rno', o quc signiÍicr d;zcr
c c, J., rp
todo o raL;o.r n;o
r .;.", ili;,J J;:il:;"ÍI:t:;ll
". ""'"i"'nrnr'
:;""I;i,":
,1,,.. nr o.t'siio d( unr no«, rrremlmcn«, (no estrbrlccincnm dc um novo
se desenvolve- p1615up6.6., L orrrr.rto), o clono acrcsccnÍ.rri.r, à rendâ propriâmente dita da terrr, o juro pelo
r " -'Pw"uud rorrlidadedo mododeprodução
e r da soc;edade burgue,â. ,.rpir.rl incorpor.rrlo .r ela, e quc não c$rou nâd.r âo proprietário. Esse é, pâra
Neqe conrexro, a rcn<ta. M,rrr. unr dos segredos - à margem por completo do movimenro da renda da
. para Mao.. c,
rcrlr, propriamenre dita do crescenre enriquecimento dos donos da terra, do
r;:l*1,:'::*.:::ti-';:":'lJ'l''T:I:l;::il:il,..,..Ji ,r»,tínuo incrcmcntode suas rendar e do cresceo te valo r-din heiro de suas reras
in.orporJdo,o,".- ; ;:;;;:::e,'emdsresa, Jrsum iu,op.ro.,pi,al ,,»n o progresso da evolução econômica. Man, assim é obrigado a disringun a
.omr rrcdinhoro IeÍ, \.,pre'en,J (,r
dercrm,,,,d,;,.;;;;:"'* obrem anu,rmenrea o,rri.
uma rcmh da rena do juro sobre o capital fixo incorporado à terra, e que "nada tem a
do,rrcnd,nr.n ode um, vcr com a renda da terra que deve pagar-se anualmente, em data-s determinadas
du oono dJ reía quc
r"^:;;'. #:",.,::,".,rrrend.rrâr io-rpiuriva paga
expr.,,. pcl.r urilização do solo'.'a
,.,,"0.0",-.: nJdo uma'omr de dinhe;rô
í,ri,rdâ onu Jro).,n,,"., ",n]
r: ;.1;;; ;:'"' Mts o ulor da tena pelo acréscimo de capiral dinheiro, segundo Marx,'5
:m.
de produ'.,o, em p;nr.
ura ;,.:;;;.::;:Ir"*r '.u capr rr new, .,mpo rlro.rparece com tanta clareza na agricultura quanto na utilizaçáo do solo como
n,oi.p-,_a",.opog,,,.;;,.;;;:.T".. n \e chJmr renda da
rerra. r«ntno para construçâo.16 O exemploda propriedrde dos edifícios éimportante

"n".,,(:" r.-.,. ;..'q;.; ;:'";;l:;:i:::'i :ffi ru;:": lrrri1ue, em primeno lugar, assinala claramente a diferença entre a renda da
;::: rorr propriamente dita e o juro do capital 6xo incorporado ao solo, que pode
il:'.il
quar ::"j::'-1'
Jjlt'fllorrrnro
orrusou "",,.,. . - . *""'"'noa,a,,o.
po...",;;;,;.; "*.,a,,";;. .;;;:';*ll;
. o e. durunreo; ,rnstituir um agregado da rcnda da terra. O juro das edificaçóes, assim como
e*o um, rcraç"o.nr re r"
da rena/perrodo de rcmpo.ln,,,
;;,:., ",'-
I
,r crpiral incorporado ao solo pelo arrendadrio na agricuLura, é estrânho à
quc o rcndà dJ rerrd ê a ro,-, Ne*e <a'o etcr.c Mrn rench da rerra que deve ser paga anualmente em datas determinadas pela utili-
Ja,rerr;.. íorma,, ",.,,,, .- -^-,, """'e' prupriedade r,rçio do solo. Em segundo lugar, também importânte poque mostrâ como,
'rrrem", a,rui ;, ;;;;,: ;']ii':zacconumicamen,ea
o raciocrnro obsenanrro que
é

a" rr.. crÀ,.";..;;,,,;;:':" irrto com â terrÀ, o capital alheio incorporado a ela cai em máos do dono da
*",' ., "", ..,Ã.;;:'ll:TilJ:T;l;:: t(m e o juro de dito capital engrossa sua renda. Há, ponanto, uma diferença
u" 1"'.j.ffi'::'.:: rrlrsrantiva entre renda e jrrro que podem aparecer sob a mesma quanridade
Oque Man dcnomina de ,l. .linhcno paga ao dono da rera, mas com origens dif€renc;ada§, auf€ridas
rerm .aD;ht
p,+...,,"ar,",,., 1rL coodição de monopólio da tera. Há, assim, umacontradiçáo enrre donos
,om,n,\rrurvo\ erc.. o que ^.;;;:"T,:;:: :T1,1,1.:r;;H:u:::
enrrarir na caregor u de crpiraJ-fixo.
rl.r rcrra e capitalista.s, que se exringuiria quando considerada a renda junto
{,,rr os juros do câphâl fixo para o dono da terra. ''/ tusim o juro não fâz parre
O;ur" pet. upirrJ incorp,tado ,l,r rcnda, mas do preço do solo como movimento de sua valorização, por-
a
modo rc'l ebe on. in',
' uml i""i"l '" "":* 'erhoria eue dese r,,rrt,, só há valorizaçáo se houver emprego de capital âxo na tera. Ou, num
a" o* . ,,",u.,r.i. "," l"a" 'onviruir umJ pr,e
'-a.
roJ, d,, rerru propri,mor,.:,,".; '"'" "'''l" rorem nao,onrrrui rgundo caso, quando a economia global permite o aumento dos preços dos
"ii'"'.ri*'-
,,...,,"a...-,,",,...,.,:l;il;:,ili:*,1;::à r.rh enquú,o g,r,xlLrros agricolas.
Desse modo, esrabelece-se um conjunro de elementos e relações pressu-
Essas invenoes methoram o,oto,
a€resce produro 1r»trs, que esclarecem a existência da renda da rerra na totalidade do modo
I rerr; dc mera maréri.r e. ,;;; .";;;;::;""'scu e
,li prcdução dominanre nas atividades da sociedade, que tem na propriedade
'lran'rormam
re a mrL do que um camr.
caem nas
,;il ;#.,::;:r*.;;: ;:i::::::::J; rrrrr,r condiçáo de realizaçáo de um setor da produçáo capnalsta global. Aqui,
mãos do dono da terra .rgricultura capitalista pressupóe â inversáo de câpital visando à realizaçáo do
quanrJo ence,ad". ,.,,p. dJ";;;;.; .r
lrr, n, (baseado no tempo social médio), ecom isso srra subordinaçáo ao capital.

,)7
)
r, , \r^\ r, ( rrMr, ( ()Nrrr( rr^ t( ri lt R() t) I I (,. II
^r) ^
Á p«,1xiuJ.rdc
tr li,ntc/rcccptÍeuk, dc invc*inrcnro (capitrl lixo) c gcrarlor:r clc lucrc (Íàrçr
trc\urr,,ü ,, n!, ,'ln,ll, dL (ri.r
;rcrlutivr). Dcssr ilitr, :r cidrdt. ptxluro clo dcscnvolvin:cno do rr.rbalho so-
:"";i:';l l' "'l'
d,, fr.,,,,,,. \,,b,( l orrc Jerorrrir,.rJ,.
;;"
.,,bn,i,' priviJo (om c\Lru.:.;'. *,'"' r,,rçoc.
er ru'n dc *u r irl sobrc r base de produçÍo de mcrcadorias (produção capitatista), rorna+e,

.,i'-',ri, s."d, rl" ;;f'" *'' ' "''"" ''


*iEindo que p, e dr rumbém, produto mercantil cm toda sua extcnsão. Aqui se opõem contrâdiroria-
-;r,,,l.llrli l" ..'
,",* tp... ,*.. * ,.. a-.ll,-,'",1"'
o"'1" a" p"opniririo da nrcnte a cidade produzida como espaço produrivo geradorde valor, condição
-
*l.' *'nómi'o' quer Jizer a
'-'- J"* ..,.0i,.'.*.1":"'' : ProJulJ" qp"rl'|{r"'
'.,.' ,l,r realizaçáo continuada da acumulação - e como espaço improdutivo pos,
rihilidade específica de usos sem quaisquer mediaçóes do mercado, imposra-s
, \ada çe rerorve com u poJer iu.di.ô. pcsoa' de f.rzer u.o e
d,, poçesdo phner".,;fi:lj.:'i: f*' abum Pcla existência da apropriaçáo privada de fragmentos da cidade. ponanto, aqui
in ei,o d,..on;roes po1ós depen<Je por
e,o"*;",;;r"#;:"|,:',dau'
von'ladedaquera.
,r le;do valor cria/redefine os horizonres rsis e concreros da reatização da vida
De*e modo., proprêdad;;"';;;;,:::ll::l::."' pesoas c rerle6ne rambém o acesso ao solo urbano como uma das formas da riqueza,
,o de,poia. .e de roa", ,.", ro,mn purâmeníe ecnnómicr
insredienres vindo\
,";;;,;;ffi"' por,,ico' e \ocian,odos
, ri:rrdo as condiçóes segundo as quais sua própria existência ganha forma-
d, h,. ;,;. ;; J:i" o§ r(,nÍcúdo dâ mercadoria. À propriedade do solo urbano tem o mesmo do da
paedadcda rer. corrc.po"d",,;:; ":: modo de pro-
;""il1;:lÍi'c,apoi;,num rcnrla da rerra, pois "é a forma econômica na qual se realiza a propriedade de
po",n-. Jo.o,,-.,;po, adep,oJuüo' disringue.se.
ãÀ;;;#".:5:i' umJ wzrrcânlado
rlctcnninados indivíduos sobre dererminadas porçóes do planera".z'A diferença
'e'ro n''erdedele""or'rm';; trsidc no fato de que o solo urbano, ao contrário da rera agricultável, é condiçáo
";':;::[":i:'.,deque incru'ivedo ponro
re vn,a do modo de proo*,".";;;;;:;:::,''"'acno. ira
r pr<xluro social, determinada no âmbiro do processo constitutivo da cidade,
,,,n,o momenro da produção do espaço.
A Produção do espaço Dese modo, a cidade, a propriedade refere-se à apropriação de parcela
urbano
como momento do processo rl,, produto do trabalho e sobre o trabalho produzido. O preço do solo urbano
de valotizaçáo do capital
A proJuçáo do espr5o situ,r .,t).rrcce como expressáo âcabada do processo de rrabalho, isto é, como tempo
st num r''" da hrv,jrfu
q,,",ro o ,."b,rr.o. , .,a ;,;;;: j;: d.r hum;r,idade ,r,,mulâdo em sua morfologia. É a forma econômica da propriedade de umâ
do srupo f"r
',',",r".I,. , .., , ,.,,
.; ,;;;,.;B-rur1;od' dob'ando *'u6. ienre para lr,rrrcla desse espaço social diretamente associada à produçáo do valor, o que
.re'cnvorvim,nro.u,iar.,,-J;;;;";"": *,.. a. !li,'iíica que a propriedade do solo urbano como monopólio permire náo só â
q",.u**, g,"b,, ""
f *r
r, o,r,,* )o;;;;,i,;.]i;:,""1.,oc,rd.r c;d,de c a re.e tr,rlizrçao do valor de um fragmenro, mas também a apropriação do conjunto
,rrbJrho.o. "irrsrobJi,ra
^
imbir, <ro
s.,;;:r. no
ri, rrabalho que se sintetiza na produçáo da cidade (provenientes do capiat 6xo
.h^ídr;u .iluJ Jnuma,o",I.'--.;i;;; " -,u,,oUmJprudu\Jo.oci.rê
":^','":":lj:1u1,o itr rrporado ao seu espaço flsico, em sua toralidade, como movimenro intrínseco
a su( eva ponJ como co,,ai;o diíerencirda daquela dr
narure-
1",."1;,,.," l'' ,r Í,,, produçáo hisrórica). A diferene é que esse acúmulo de trabatho contido
con. ruçaoda.;dade .r \a
n,,";.;;;;,1:::,:,lbrJhoag.mrJ.no.âmpo
de mardria-P,;mr. cond,ção rr,r produção da cidade náo se refere âpenas à necessidade de incorporaçáo de
ínx iJl'obre a qudt ,e,
ai o,.,r,,,u^ ll''"'""
.",m o u,o do e,p+o,ob 'il--
:'-uen,cmcnr.. Jcparamo nos
o.,r,,j","".'i.l;,'
r.rlrir,rl lixo pelo capital, de modo a permitir sua acumulação ampliada. É tam-

,aro, r,r^.ro,m:nd" .c..;;l;;,;;,.,;:1." ",,,,;rrço.uhjusar.* à rei do 1,,,,,, ., fundâmenralmcnte, urna obra que contempla espaços improdurivos,
<": varor Je u'o c r aror 1rr r,rrrro, não diretamente infraestrutura de capital fixo para viabilizar a repro-
Por r,rnro. ,nrr.
de .,, ..,.;,;;';'.il:': de ro.a
. omu produçro hi,rori.,,. .,** rLa.r,, do capiral, mas a criação dos espaços que permitem a realizaçáo da vida

,
unaçao que potcncralizr "r;:;;;:ff r ;:rff;: l:.r::i::,
a nccesrJ.rJc
ir,rl ,t1,,rl exposro nos capitulos anreriores, e que sáo pressupostos para a análise

;H: :;*. ::Jl':j'H:::i:l::'l :.',::;:;:j,',::r::';


"," r,. ;;;.;;..;:
varorde rroca, na medi,ra
il#L:;,,*:: ::: q,
Ntsse senrido: a) a posse dedeterminada porção da cidadeécondiçáo náo
r.Ls Jc realizaçáo da produÉo, como consumo produtivo, mas é condiçáo

,9
o t\|,^(, ( r)M(, r (JNt)tr. D^ t(t,t,trr)t)Lr(
,l{ \rlr(,,1i/.,\.,,,,,,, n,t..,ri,,(,,,f,,,t,rt.(:,i,,,(ti\.r,,,t,,
^r) ^(r
,'.,. t)e.,rrc J.,, ,, r.rr,, J".,.,.f,^f. rr.,1,.rr.r ., ,i.t.r t,,,u,.,
obrtvrl,rr tlcqoc oopir.rlisDx, Í,1Ír!iv( tr'(di.Dr( i p«xlrrçro do csprço,
;nr.re,.e. , .. n,i" n;, ;" ;,;"::'.,:'il:;,1,I; ;:l,l:.,;,|il:
".,,,r,,,;,-
::,,i,,",:)
poÍin,, |or d$grrsi tri(, (rt,li(ou qil]nrcn(c coDrc, ncor por qu.. t...1
Vcnho prpondo a rcoiii d( uhr soluçio espicirl (co,n ,n.ior prccisão
ercontro, possibil;dade dc realização
rta vi<1a hum;,, ,) ;.;;.;;;;;# cspiço'rcnrporrl) :rLs.ooÚirliçi,cs inrernas da acumulação do capitâl e dàs
hrs:,enro,*J,./r ncre\,rrirmcn
c. J rcatizr\;o d, ,,,,, ,,t,,,sú.i.;;;;; cÍises qu. . gcram. O dú.leo dessa argumenração, dcrivada reoricàmenre
produc.ro da .idade. em .ua
roraldader.r r..t.f de uma reformul.ção da koriâ madisrâ dâ iendêlcir à baixa da rm de
, onlun o r,e,,",......
*.".,ase, om ourro
",*
".;il:;;.: : ff:,. lucro, se refere a umà tendên.ià .rôdica do capiralismo e das c.ises de
d rren.
urJa no pru..*o,;r;,;;,;;,,,
mars ao mnjunro dos lugares
Ja tidade.
;;I,*: :illi :;#.HlI; sobre-acumutação [. ] A lógic cãpital;sta do imperiatismo (r diferença
da terirorial) dcvc entendeÊse, âliÍmo, no conrexro da buscà de soluçôes
do, nvcnro de Lrpia, numa
derrrm;n,da p,,,.," d":;";. espaco+emporais ao problema do exesso de capirais.rr
_ ;;.:;;:"":,",
d.,", ro.j,,çro. :j"i:
::5:,,i:..:. ;:T, ;:iit.,"'ili,* oô i:L
:^ i:l.::lÍ :; A proposta de Haruey caminha para a compreensáo dos conreúdos do
omo c;n,.,r,, ,a,,
.
l -, 'ono,\oe\ n",u,Ji': e) a (,,pitalismo ao exig;r corsnttçâo de umt Geografn la acuntkçáo, capaz de
"r" c rocapirrque
ob,ores..;l;;;#::;i:''"'r'rusiwmrn
.e de erio a perr "
,lc'vcndar os processos globais da acumulaçâo do capnal. Tàis processos «pli-
u rbrno ma, pe
* de su:,;:,,,;,; ;" ff il:t:::ili,ri:;:i".:: (,rrirm âs trânsformaçóes espaciais, dandoJhes novos conteúdos e evidenciando
um vrtor nao depeodc de
sua er.ploraç:o
:.i:
direr ne.c+árirde pe .r r9 de trabalho seria resolvida pelo
crise da superacumLrlaçáo de capiral e fo
um in e,m.diJri;-.om"":;;ffi;"":: "'mdaexí'tén.iJ ,

r ,rp ir.rlismo através do ajzrrr eEacíal (entendido cono expansão geográfica). De


rra;o do rc o u, bano .",,;
vrtonzrçdo Em \i e em esÉera
ü:.,::::,.*r.il : ::;:; H:;i:::: Lrto. náo se pode negligenciar a evidênc;a de que a consrruçáo dâprópriâcidâde
mar" ampla, no,
an,o dc umr ordem pro" ,," d' produ5ro d"iJade, ,,'rro negócio é ourra ca.acterística importante deste novo momenro da acumu-
;;,;,;: ;;:::'"junro
",
m,, o.dem d . ra. rc. r,,,

j,.,':::::ijl'j:.:1'.'e
".;. il ;;;:
i'
ili,ilff;;:;:: ::;fl:
L,\:io. Nosa hipótese é de que a acumulaçáo, tendo o espaço como elemento
,Ircrminante, realia-se rambém em outras esca]as espaciais, tundamentalmente,
conv i,u d" da vida e i"o. o;;;;.#;:
l,;J:ffiff:::.,:,:il j;
;:" rr.r cscala da cidade e da metrópole, atém do plano globalapontado por Harvey.
lroduçios(rir
d, mer, rd.,;. *r, ..a;ir" i. ",,
no Lapt,tulo A análise da merrópole paulistana hoje revela que o movimenro de pasagem
Da oganizaçao à pnduçao tlo e,paro... hrgcmonia do capital indusrrial ao capiral financeiro
,1. r a reproduz como "negó-
rmo, de reprodu\do Ji \,(ied,dr
ouçâo de um esprço murrJ iJ
.e etu. idrm nr pro- , ri , nr medida em que a realizaçáo da economia ocorre aravés do espaço. kso
iz:do .omo rot do JPirrli'mo no ,trcr d;zerque, em Sáo Pâulo, a transformaçáo do espaço em mercadoria, como
cm. que o . aprra['mu
nc.csira .uperar o\ m '/Jçro ' 'entido
reJi/rndoLe cm d;rrç;o rir Ja a'umul:1áo. r rndiçáo da exrensão do "mundo da mercadoria", sinredza um movimento no
,";," il";:'""to"]c '
um novo prper p;ra
o ey,rro "
Nc*a drrc*,o. ,lrr.rlosolo urbano (que num determinado momento foi responsável pela Âxidez
,r,." ; ;;;;;;,' i"'crando
que
enquanro condiçJo e me,.
,. o-*,- * ,..i^ol.p'*'gem 'ai d" e'paço rlr, Lrpital-dinheiro) se desmobiliza, isto é, ganha mobilidade com a estrarégia do

.,".,,,. . ,,r1,ital 6nanceno aplicado na produção dos editÍcios corporativos voltados aos
.,a., ..".
reproduçJn do crprrrl.
P;.;;"';:.;"::::i$:il::: :.::*:::i::ilI: rrovos setores da economia, que náo imobilizam dinheiro na compra de escritó-
u", mas em seu aluguel. Assim, n'rm momenro de crise econômica que exige a
llni6ilidade em funçáo da crescente comperitividade e queda dos lucros, com o
rl,slocamento do capital para setores mais renráveis da economia (em suabusca
r long: sobrvivenci, do c,pirJlnmo
em aue De§ rrnss.rnre de valorização), o capitalhmo se dirige âo espaço, reproduzindo-o
...h,,,1 o;.,;,..;"1i:.^rJ' mür,;prJ .,16 c
da,c.qurü qunr,, ,,a ,,re ,j . ,.l;:,,;,"";:';::1"..I'.,:f;.l1lil u,,n ouúo parama.. Esse é o caminho que possibilita a extensáo do valor de
t etenrre. por ex.mplo. rrrr.r. pela potencializaçao da propriedade como direito e realidade, criando
p.ns., q,* t",; _..,,,"a.,.h,,"....",il; ., ,,,nrradição enr.e exrensão do valor de rroca no cspaço tornado mercadoria

ll(x)l
Ir0r
() r \r'^( () ( ()Mr) ( oNr)r(, r)^ R r,r,uor)lr(,
^() ^()
(t, rrarno to»po, «x'diç.o dr rcprudoçi() r,,rltircla) c o vrtu
.ro
tlt us, (con_ ,, nru'llo. O crcseinrcnro cconi,ni.o é uDr proccsur co»trrclittsrio, ro qual a
JiçJu dc ,c.,1,/,,\.,, J., viJ., hum,,,,J, Lútr,o prJ(L., .d.io-(sf.,,1rt
rr., .rJrJc. n
modo c,,mo r propriedrJc do,oto urb.rn,r muJa de .ão,..;p,t.,,,1,, , ri.rçio dr condiçi,ts de sur rcrlizrç.ro crir barrciras estruturais, gerando crises
o. p,h...
como decorrência das politicas urbanas aponta, claramente, ,1rrc sio cnrlêmicrs.ro proceso rle .rcurnrrlaçáo capitalisra. Nesse raciocinio, o
esse fenameno.
Dexe modo, o capiral precisa produzir o espaço do lugar e .rrrror indic.r qu.rrro elementos para superaçáo da crise: a penetraçáo do capital
. .
(ondese im?óe $ estrarégia.s caphalistas,
da merrópole
rrrr nov.rs esfer.rs de atividade; a criação de novos daejos e novas necessidades
como produro.x dã espao real e con_
creto das relaçóes sociais, elucidando o papel do espaço ,k"cnvolvendo novas linhffde produrosi â fxcilitâçáo e o estímulo para o cresci-
como pro,tuçao social),
nrenrc populacional num nivel compativelcom a acumulaçâo a longo prazo, e,
lado a comp,een,ão ja
o que HaÍvey náo contempla em sua teoria. por ouro
À um ulaüo.do . Jpiral (olora. cômo exisénciâ. r (ompreencão liurlmcntc, a cxpansão geográfica para novas regióes, incrementando o comércio
a, p,oaa:o cxrcrn,r, exporrando capital e, em geral expandindo-se rumo à direçáo do que
em sua roralidrde. o que incorporu o e.onomico.,cm.
no enranro, Íech:rre
nele, permitindo enfocar os fundamentos da produção Nl,,,x denominou mercàdo mundial.
do espaço no contexto
da reprodução de sociedade capiralista especíÊca
do ,*"t, -o-*,o
poa" q* Os rrês primeiros itenspodem servisioscômo natéria dc inrensilicação
ser compreendido no nível da cidade, da merrópole da atividade social. dos merodos e das pcsoa numa cspccíÊca e*rutura
e do lusar etuciàâ;o o
murdo moderno emsua rendênciaem direção à mundializa;o. espacial. O úlrimo it€ú süs.iie â quesrio da organização esPaciâl
Nessa direçâo,
poderiamos superar- sem exctuir _ a dimensão do espa" e da expansâo geogÍáfica cohô prodúto necessá.io pâra o pÍoces«,
enq,anro tocali,açao
de acumulaçío.r'
dos fenômenos, de acoÍdo com a ideia desenvotvi<la
por Harvey.
A-con\lur':o do rÍgumenro que sun€nu a círica à .onvruç.ro Sra análise, todavia, enccna*e na escrla global, na qual o local aparece
de uma
-
Gografa da muwttaçào. ral quat propova por Haruey. tunrla-,e ,,t,.nis .omo infraestrutura prra realizaçáo da circulação das mercadorias,
n: re.e se-
gundo a qual o c5pâ(o tonsrir ui romo côndiçro. mrio e produro
Seogr;lico se l« hrndo se no plano econômico.
da reprodução da sociedade em sua totalidade, ensiobando
várias escaiâs. Essa I larvey deriva da teoria da acumulaçáo de Mar o papel do espaço como
tese permirira, a meu ver, protongar a obra de
Man no sentido da construção l,".rlização de capital fixado, mercados e pontos de produçáo, concluindo sobre
de tma teoria social da espaço, nos n;r,cos de rna Geografa
úh;ca rnd;Mt. ún ,r i,rrponância da enala ar2,1,t'id como condiçã.o d.a âcumulaçáo e da resoluçeo
prolongamenro de,ra ideir pe,mrriris (ompreende,,
p*.,g"..1, no,ro a. p.o_ ( l( d iscs. Apoiâ-se no râciocínio de que o capital possu; uma tendência de criar
du!:,o du Õpa(ú romo condrç.ro das r ondisõe. da
rcumul:,io <lo .ap;ral. p.rra rr.rltlho excedente, de um hdo, e pontos de troca como extensão do capitalh'
aquela de produção do es paço cono coidtão
di re?n,laao anat a;a)t" aa't;r rrrr, de oruro, o que signiÍicaria que os Iimires da acumulação seriam de ordem
da au.nukçao. Assim, enquanto umaeconomia
política do espaço envotveria a sp.rcial. O capitat é, para o autor, um processo de cnculação enrre produção
ârriculaçáo dos niv€is econômico, politico e sociai,
^ " c",g)f),,u,, ,d;)t
envoiveria eses mesmos níveis de análise, como momentos
da reprodução do
espaço como possibilidade e limite para a reproduçáo
da socie<tade.
V,rr rlud, r prnv, ere proce\.o
que fazer esa reoria se relaciônercom sittràçócs cxisrentes na estrutum d*
O ajtste espa.cial couo solução à crise da datmalação relaçôes sociais capiralistas dese momenro hisrórico, re-elaborar a teoria da
acumulaçáo numâ esôlâ geográlio expansívcl. ltmos queder;vara teoria do
Para Harvey â consr.ução de wà Gêogr,tia da i.unutação tto capital imperialismo da reoriada a.ünúlâção dc mcrcàdorias.r' [...] o que exigiria
deve esclârecer o modo como a reoria da acumulaçã" ei,borâja po. Mar* _ erapas inreÍmediáÍ;s que ebrangem a reor;a da localização e a análise dos
relaciona-se com o enrendimenro da esrrurura espac;at i,rvesrimenlos lixos imobiliados para susrentar a circulação do caPiral e a
e, ttc modo particular,
com a análise da localizaçáo. Nesse proccsso, ,.forncceria criação da paisagem geogirlica pan facilitar a acurnulaçáo."
o elo perd;ào entre a
teüà dã acunulaçáo e a teoria <lo irnperialismo,. um, uez que
a,cumuiaç:o Flssa rória permiÍiriâ ver o funcionamen to no rcmpo e no espaço o processo
é o motorda expansáo e forçâj permanenrcmenre
Íevoluc;on:ir;a, de rcformúar ,l..rcumulaçáo do capnal, como produto do "intcrcâmbio de bens e serviços

I r)l I
103
0 l \1,^(, r) r ()M(, ( r,Nl)l( l)^ lt l,lRol, Lr(,
^() ^()
(jncluindo cvidcnrcnrentc.
a fi,rçr <1c trrb.rlho) dc onrJc dcriva:r;nrponincia
dos mercacloí. Essc procsso supóc.,ul)a "conro scmprc rxistcnr cqr.rciris tccnolttgic:rmcnrc rlcíinidos dc algum
li»itts
locatizaçao e uma redc rlc r:x,vinrenros
que.r;rm umr Ceografir prc;pria rta inre,Jçro
espaciJi\ ripo, a qutstão pcrmancce: o quc.rcotrtecc cm seus conlins?'.r''
humànr .r, Evidcntemenrco capitale a força de trabalho precisam se reunn em algum
Lôm bÀe nes\e rr. io.Inio. Harvey tormuta
a ideir de que
ponro especÍlico do esp:rço para oconer a produçáo. Assim,
As vanragens loacionais desernoen
I o"u"'''-"'r rode'empenhado a fábrio é urn pono de reunião, enquanto a forma industrialde u.bâniaçáo
PerÀ re'norost$: umriinhro.,,,u-."''-
;. ,"., ,:
diÊrnça
"
t.,;;;'" ;il:::J:::r:.:,i:;1j..;:;:ffi:::;: podeservistacomo resposta caPilalisiaespeci6ca à oecesidadede minimiar
ocusoeo tempo do movimcnro sob.ondiçóes de @nerão inreÊindúsrriãs
de que esias obras buscariâm um
geogd6co da âtividâde .apiralisra
equiiÍbrio spa.i"t *. ,-."_" da divisao socialdo ttabalhoeda necessidade de aceso mnro a máo de obra
como aos mercados dos consumidores 6nais. Os capiralistas individuais,
em viriúde de sua decisóes locacionais especíGcu moldam a CeogmÊa da
Já o processo de acumutaÉo cpiralisra ,,aparecer;a como
algo expansionha produçao em conÂgureções .spaciais dntintd. O resuliâdo de tais ptocesos
esem nenhumatendênciaâoequiiÍbrio,,.r
r..r,,"r.,,*"""d"rri;;;";; rende para o que chamarei de coerénc;ã esüururada em relação à PÍodúçío
apareceriam nesa perspeciva, cono
atriburo,, pa" * *p;"r;í* i.iua,"i,. e ao consumo em determinado espaço.r'
l\o pôrque em ru ruL,ocrnio r no!ão de e.prço l,mirr*e: ideia J€ to!]ti/r.io
qe,.rpnJr Haney considera, também, que
j,xo. produzindo uma pJjlsem fr.ica asocrrd,r À nec*,idrdÕ
rea zrçao dà rroci. Âssim. o rnsu.eso da
ht;
da hj pro.esor em andament" quc de6nem o. e.Pr(o' r.tsiôn,i'. em quc

i: :l:: :**,..:*,
Jcumurrção. jurg,ndo à neccsidadc "" *ffi f :[:::::::
.",,. p.",r,,.,;':'j". a produçao e o consumo, a ofena e procura (por mercadorias e fors de
ftabalho), e produção e a ieelização, a lute de cldses e â ecumulaçáô, à
d.r con
,",,0r. o.r, ..,r,",,. d.':::,i,i: i::ll;,:il:Ii:,;: cultue e o erilo de vida, permanecem unidos com erto tipo de coerência
):::-1:l:*. Produ\Jo e r
esruru'adaem umasomadeforçt produriv* e de relaçóes sociais. Mas ào
"*.':"'',J urr\ao do c';pir.r .o-o, ondii;o
.",,'1,,d.r. a produ,:o 'ide' mercadori §e a,ociariJ
::'::::il:l mesmo tempo, há processos que solapam esta cocrência.r'

:1 ].'.'':r,-..Í,ruJção
u(rermrnJdJ r uma
quepermrririJ pensar na rcl;ção do tocat dJprodu\ão Resumidamente, tais processos sâo: a acumulação e a expansáo, além da
com espaços mais amplos. ntcesidade de produzni as revoluçóes tecnológicas que liberam tanto a produçáo
O auror argumenta, ainda, que em rlrranro oconsumodos limites espaciais, tornando os limires drs regióes porosos;
_ sua obra Marx prioÍizou o tcmpo
e
luto de classes, que podem forçar os capitalisras a buscar outros lugares, e as
:::::.:::1 lll*.,cm
que a circuraço do.ap ,,r d.;...",,"r,..,;;p; .rs

oc roralJo roculmcnrc ner esario p.rra revoluçóes nas forma-s capitalisras de organizaçao que permitem maiorcontrole
, on. rerizaçao Jo t itlo.
de m:neira que
r::i.r: dr ciruhço ,erir umd brrrei,r,,...,P.;Jdl. "
n»e espaços cada vez maiores. Essas sáo forgs que tendem a abalar a coerência
:-:l:i':;::'-,. c de,:nuh\:o do e.paço pelo rempo otruturada de um território.
. N.,o j;,.çao.
Mas como o capiral, segundo a deÊniçao de Marx é, em esência, cncuhnte,
repres€nraçôes dinâmicas de como urn ponro imponante refere*e ao fato de que toda forma de mobilidade geo-
essa contradiçá. ,. .r.if.r," p.. ..i;;;
rransro,mr\óe< hi"rdri. o-geosrjticâs. gr,i6cado capital requer infraestruturas espaciais lixas e seguras para funcionar,
O ponro Je p,.,,a, p,* ,,t ,.á,i, *,;,,*i,
r.ris comosistemade rransportes ecomonicaçóes bem organizados, o que requer

r'or e\empro. (on,inua Haney. .r rção do Estado. Acentua-se que a


l:,1c,onll\. Mrrx defenrleu com veemênci.r a
roera oe que r crpacidade dc ,upetur im"hili,,dô direiânente
brneirr" rspa.iair e anular o e,pr5o peto produção não utilizã epenàs o capiml Iixo c
tempo, por meio do invesrimento empregado por ela, mas trmbém dependc de uma mariz completa de
e da inovação no, .i",._r" a.
comunicaçóes, cabia às forças produriras
,r*rpor,. serviços fisicos e so.iàis (de cosüre;rds a cieorisi ) quc devem eÍar
do crpitali"-". E, p.. t"., ",. p;;;;",

llr)l 105
r) r \1,^( r) ( ()MÍ) ( (,Nl,l( l)^ R r,lil(r)l)tr(
^() ^t)
 nnt,rliJ.«tt.Lt r r,,r5.r J( ,r.,l,.,lhu ( su.,
rJxl,rr\'r' i ri!,, , x,h ri,l"r,.
ll" ' '" ocun.,"r' J" r,r'rrr'"'rir
J,,,.rpir r ,r.n rrn r,r» ..,: ;,.;;,;;";.: Ilssr nrurhnçr inccsrnrc rrnm x unxiustc sprciàl . rcÍcÍenre Is
anc'c*i<írJ, u.,,,,,".',,",;;.;j;í;''*'gu. .ontrid iç{'irs iot.írxs do exptíismo (cgist rado, de modo mais pÚceptívcl,
rcrigiJo uuJc,'erv(o, ro«ri..
como supeÍ!.umúI.çio dc capital numa área geográ6cr csPecíÊ.â), junro
"', .;;,;;,,;;::11'
irr. rr r vc previrrencir
,,., ,.",j,." r,,d";;i.;,,::: .:::" . Hr'ey chega com. inse.táo desigual de iliv*sos rcrritórios e formaçóes Í,ciàis no
'-* mcrcado mundial capiralista, criaram uma CeograÊa histórica globâl da
qurnro dr torra dc rrub,rh. " ' 'rpa'idrde ranro do.apir'rr,
d. :: nr.;;.;"' .cumulaçáo do càpiÍal.'í
l'::
c em l:.,t,," Í:r.lo:
grrndr meJida.
;; ;;';"j
ffi.#,Íl'.ill;,:::::,: U;:: acrescenmr dois outros
i,ratrcrjvei,, pois: .apacidr. O daenvolvimento de noso mciocínio nos levaria a

FIrcaà produçJo do espa\o. N..,"n.",


* *rn,r". ..rmpos tunàmentais para asuperaçáo da crise da acumulaáo: a urbanizaçao
*;,,n "..,r,r?",,1"_
conro negício, particularmente âs transformâçóes no espaço metropolitano como

1..."
oo
T.:.1,"
<apiral
"* *-_ .,,.". j,.,;.;',Ii:il::::,,'::,#:Il::: condição de realizaçáo do capital financeiro, e a insrauraçáo do coridiano como
e da íor5a dc r.;batho
tem oue *. i, possibilidade de ampliaçáo do consumo, subsumindo rodos os seus momentos
no e'pa1o
".1. r,"
p,.e.,.;",. ,",;; rilil.:ilI:rizada 'ongerrda m mercrdo. Podemos, ainda, acrescentâÍ que a consrruçáo espacial capaz de
o ao
,,"r,.,r," ,".,"",....,,.. r*.;ffi;.,;:;..j i* 'apiral e ; Íorla de pennnn a mobilidade do capital como fundamenro da acumulaçáo coloca'nos
di.rnre da necesidade de reProduçáo continuada da totalidade das situaçaes
ncccsárias ao processo. Para mnto, requer considerar que, em Marx, a noção
*mhÍ1:t:i:i:::;ir::;;: i" i:r:: ;i::i';..x: rle acumulação é eogtobada e supenda pela de reproduçáo, o qr:e significa que
púr PoJe,o
* rende a
'cr acumulação arricula-se um processo maisamplo, numâ jusraposiçâo conrra-
à. .,r,. a. i'n't'ranger' 'ohparJa .r a
i., i"_", ".,."i.]
.;:;;"..i;:;::T,:;"TJi":IJ::.,..il:i; .liróriâ enrre o sociâl e o político. Ássim, se a noçáo de acumulação se funda na
::[ i.leia de tempo do processo (kto é, produto da mobilidade crescente do crpital
ffi:.fi .':;":::iilLr'ootudJ.r^rÉ
dc bhríÀ'
":: ffi;;;;:: nccesária à valorizaçao), a reproduçáo guarda o sentido de um processo que
ujipqhJnen.iá
'.r;,,* * *u,r-J.'.l"i,lirlJ"^ l--"'*urt''"aà''
* -r+,.-,". lll'11': l'*'-'''esiônàr
c!ru,u,idd 't rcnova como condiçáo de sua própria sobrevivência,
rle forma supenda. Dai decorre o senrido de movimento
e em cada momenro
de transformaçáo, de
po Bo Jú ".1""i,,,1'l;l
dú,,,.,;;:'l;:: :'.[ii::,:";.:jl;:jt
e$ã\ ,nhaeÍrururos. Á Lonseouén. :i],l.j ;; rcrliaçáo con traditória que se encontra ccorando o desenvolvimento ampliado

"' 'r".' ' ":;,,;;.;:';l':.:::"'


-
. '" "'' J Írbir dJ're (rónia ,lo processo de produçáo como um todo, enquanto desenvolvimento dafnna'
rLumuLlaô. um" ,cn.Jo( n,,.
r,.','', *"r.rc da Gogru6r da t,to rtonônica da sociedade e náo como modo de produçáo. Mar escreve que
_,
p,,",,r p.p",i,.,r ;"")i;l;i,i.l::ii;ii'::f
",,,,]..-.

:'i
rr poJc:J:,Jr on,,nu,.-*,.,.,p,.r,_,i*'.. ilI.:kll..X,l: enfim, o proceso de produçáo e de vàloriàçáo rem pot resultado esencial
e reproduÉo e â produçáo nova da relação ertre epital e rrabalho, ennc
prltgem soc;tc frecJ dJ.urpropflr
neL$.iJàr$ eh ,. ,.,,",: T,c* ctequi rroParu'uap'oprio
",;,,:':,i:H: opnalsta e operário. Esra relação social de produçao é o resuhadô mais
p:rr 'olapar' importante deste processo, que seus frutos materiais. Com efeito no seio
de'Pcu \dr .n.ru{ve
dc\,,,,, ".;- l:.".*,-'*num jnv.n
."1'cnr deste processo o opeirrio sc produz enqunto íorça de oabalho,em face do
.-p" A....,,.;;,.:,;,;;;)::'** e poqcr
",,, ", ,,. capiral, do m€smô modo que o capitalista se produz enquanro epial' em
,_,""._.,.r",.,,,.,",,.l:;;::ili[:: -".,"."
;:;:l.j:r " frce da ôrça de rabatho vi"a: cad.
"m
sc reprodu, reproduzindo o outro,
O oPnelisÍa Produ. tnbatho para o o"ro, o rrabalho c;a
I ,r a.umutação do tron:
Dcsse modo. suà ncsaçáo.
"
o produto para o ouro."
oconénna p oÍundamo,.
exp2n!ão
$ográÍiú. : reorganrzação
;.;;);."r ;'j:lr: i:iff:',?il:ll;::ff; Portanro, náo é apenas de repetição do ciclo de produção-circulação-
csnaciat
de. gua . o cap .
,mo.. .,:;;;;:r;;:;i::"::.f;:J:::,::::;-" ,lisrribuição-trocâ-consumo que estâmos falando, mas da dominaçáo dos
;",,clutos da história, da reprodução de relaçóes sociris no seio da sociedade.

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1 ' oNr)lr Ai) r\t,,\i t^l
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l(:llll,1\ r'"r::'1" ' '1""'ir',,',,,','1 ',,,.,,.,, ,,, r,,.,, ,,, 6 r ,rgora, do momcnm cm que nrcrcadori.r no mcrc.rdo volta-se .ro consumo e,
r
li i

Podcmo. rambêm.rfirmâ, quce$e por isso, devc scr comprrda c consunrid,r, o que envolve a circulação' r troca,
pro(c$o envútve J iJc,d dcDrúducãô,1ô
--,
csparo em.ru. rario, momcnro..
ind;.,ndo,ur i"..pr,,b,tü,d.:" ;;:;;;
propriamente dita. até chegar ao ato linal. Esa relaçáo requer a cnculaçáo que
nio produz mais-valia, mas que pode ser um elemento de desvalorização do
rr pcnsa o movimoro a' 0,",e.. a,,.,-,i*,.
i'1."*:";
d l':lllllrà
i!p,uuulao como que(rão sociàt, àhrind.
..rpital se o tempo for muito longo de modo a onerar os custos de Produção'
teoria social do espaço geo*.n6.o
P""pectiva da consr^rção de uma Llm.r trocavisando o consumo requer um lugar apropriado, normas' conraros'
nro .;..'"
,r",p**.,__iã!,."ffi ffi ::I.H:i."il,fi:T.,:,.?"? .reordos enrre trocadores, vigilância, sinatizando urn conjuntode relaçoes sociais

Lomo dâ produç,o do c,paço: e . r utrraprs;, .luc evidenctum que a reâtizaçáo do ciclo do capital foge ao universo especÍlico
'rjejrn
preen.áo do e.paço rcdui ido
, ,;i,;;;,;:;;:;:-- ' . Jc umarelaçâo econômica  tomtidade desteprocesso envolve espaços-tempos
à ideir de meio âmbienre.on"rruido.
l JiÍcrenciados e várias escalar €spaciâis, arricülândo simultaneamente vários
.
. remplificamo, .om o Êro de que. em,cu moqmenro. o cnto revet: o
rpiral. realizando*e concrerJmcirrc. pn,cessos produdvos e articulando capitalixas individuais. O processo em sua
A",im. ,e,umidamenre. cnrramos n: e.Êera
especí6ca da produção materiat roralidade se funda na conrinuidade, revelando uma relaçáo espaço+emporal
<Ie mercadorias. M",, ."_. ,;;;;",;;;; que náo se refere apenas ao plano do loel, mas abre-se para o regional, nacional
dutjvo dos momentos .,..rfrrr. ,r.
<la ffr. ra..*r- e mundial, visando à rransformação da mercadoria em dinheiro novamente,
::::l ::";:'i:ill,)
-* 'm
proces'o quc e e rsn' ürmenre ro. iar riese modo,
.omo condiçáo da reproduçáo ampliada.
il;,il:,:T:l fi :i;:::;:tl:i.::,i", càdr m.meD . d. pr.,ce".. de Produçáo, disúibuiçáo e consumo se aaiculam dialeticamenre no sentido
rr" quc um .e realiza no ourro e arrrvés do ourro. num movimento em que o
.omo pre*upo\ quesd._,",.
e rors:derrabatho rregidr
nr
0..0,,,.""T:::I,;il::,*:.1:Hlil: , ,rpital vai assum indo várias formas dererminadas. Talmovimento se realiza, em
porum (on,ruro) \e,eu" ;.,"
o q.e pressupóe um momento ",,,,;;iü;;.. integralidade, como processo de valorização, pela passagem de uma fase a
de troca no merc.d. d. _.,-d.,t", 'ua
,l mer.,do u hano. r *. proce+o rambem envorve " ;;;; ourra, e envolve como mediâçáo a trocâ e o seu equivalente. É mmbém preciso
1: :oll
oemrrtrdorür,e o rranroone ronsiderarque o processo náo se esSoe nestes movimentos, Pois o ciclo pressu-
Íor1a Je rrabatho paru r"S.t" ,,*"
* . rl.,l.r"
|oe um .einÍcio constante, o que rwela que a produçáo é rambém
reProduçáo
irc m êriJr.primar/,uxir;,.,.r"s.i-.
"0",-.r,
l:::,j:"-. "," l".,do o. Je rabarho r,lnse-
"u" c;rculação náo é, assim, um momento aurônomo do ciclo do capiral e não
.cm, .b.,rh. p,.."J..
l::,* oe:11ouro
,p,uouro ::,::l., Icn
cr, to de produçào de ben,r "br;,;,";;
^renho dúvidas de que Harveysaiba disso, mas suas análises idenrificam o papel

I
;"J;;]il.":Iil:::illljffi j:;:,i,,,.I:
:,::tr*,.omo;. (nndrção.
,:; <lo cspaço apenas neste momento específico. Tal raciocinio o leva a concluir
*,bre a criaçao de "um meio ambiente construído [...] que funciona como vasro
umr divi-^ Je rrabaÍho apoird; num..srher
tarr . .ubmerido sisrema de valores de uso cristalizados num;r paisagem fisica que pode ser para
r um rcmpo
"*. ;. ,;;;;;;: .;;;;
sor ialmenre derer.
no" reterimos .r produçáo o intercâmbio eo consumo'.r'Aqui repousa sua concordância com
à primeiru f.§e de redli/rção do
cr( ro do
apiral. a qual dir reso--iro
r
.r ideia de Marx de que a anulaçao do espaço pelo tempo seria uma condiçâo
:o :1::,1:'* i *,T,
que pressupóe
rj. ,.r.,.-,. )q,.r, d. p,;..:: ;;;J;,;:;:.
úm locat determinado de re:
[:: nccessária à continuidade do capirat, esclarecendo que esse objetivo apenas po-
, ó. .. .;-." . ._ ;;':: ;:,:;; :. ::;:il:";* :;f ::i:JlííJlJ: Jcriaser alcançado por meio de conliguraçóes espaciais 6xas e imóveis (sistemas
na jornada de nabalho (fundada Jc rransportes etc.).
na anrinomia d. di..1,., ..,.. ;";;i;",;
c o rrabalhador). momenro É preciso considerar, portanto, que, tomado em seu sentido preciso' o ciclo
rrmbim em o,r

::l:.I:.i,!i
;,i),: ;;1.:fft :;:.: :;:.il: ;j: ;,;:lH,Tl: .lo capital, como movimento necessário à realizaçáo do processo de valoiza-
do capiral, engloba dialeticamente os momentos de circulação, o processo
\»d ,ô<, r mercadorà se di,i8e ao çro
mcr.rdo como.o"a4;o n.,.*,i,i, o"rm
rcrri/a5ioda mâi, vJlir produtivo e o consumo Ânal, pois sem esta Ênalizâçáo náo há novâ prôduçáo
serrdacomo pro.csodep,J;il:;;;;. ;:;:i.: lisse proceso se funda num movimento temporrl (a meramorfose necessáriado

i 1í18
1 1091
^ ( r)Nr)rr. t\t,^r r^l o r,sr,^( () ( (iMr) ( ()Nr,r( r)^ ltl'l,l(()r)t)(
^r) ^o ^t)
.t'firrl rn, Jiv.rsis fi,rmls nbvcDdo s( de up't.l d( Íàrnrx rcnt{vcl. N,r.urstnci.r do rjtuc rsprcirlrreorrcria r dcwaloriaçio
iJoopiralqut, t hío rh supc.i.un!liçi!,, kria icmtdiadr pordctcrminada
m.r das Jrividrdc\r. Á,\im o pror(,\ú g.ogr:ili.i.
rnr.utrriJ e,tu\o e renrpo.omo cxpàDsáo
spa\o-'emporur e. nc*a .ondr,,;o. mo-
l:::n'o
orrerenres. com arributos
, e,prço apre\€n,a ca,JLrer,\ri(as
lssoseria possÍvelatravés do comércio com formaçóes sociais náo capitalistas do
JiÍerenres; to"ai rtr ro' rrde produçao rm rus
rrriburos. n. rug,re. üo
ü;;;:,,:;':''::" perr rccêd:de em que empristimo de capital excedente pam um pais esrangeiro, criando novos
',a, r,,g", a" ,*ri^.,i. ,i.;.l;.';;:,'"'Ít';d'r' recursos produrivos em novs iegióes, num impulso do capitalismo de

l,-,m:: :::: ::: ;, il.TJH:ff;;:j:*.fi ill:ffi ii::


criar mercado mundialpara intensillcaro volume de troca e para produzir
novas necesidades e novos tipos de produros, e da cxpansío geográfiú.
*,*,,,"",1 o, i"^r::ffi;;:::1T"' "madimensàop"r i.,.rja
: possibihando o acesso às reserv* latentes de máo de obra que significatia
", do\ uririo. nr o,;enuÇio alguma forna de acumulação primhiÉ no exre.ioi,
d, c"n,rr,ço da ;nr,,e,r,;;,
;...,.;;"'r",r-:". dr Produ\áo íin..n,ivo\
Ê\,i\ J proru(;o. L,idiro
.".,i"a, ;"];;'j.,;ffjt*çro rJ(ão porni!''lmonerrri,
Ora, para Haruey a quesráo sobre a manena de absoruer os excedentes de
"'' "r;;J,;;;:;.::r'JçJo/'\Po
.-om i+o a rcproduero
..,'rrro.
'"ciai. que rs tundrm.
modo produdvo se dariapor meio da abertura de novos curais e novos caminhos
c.."r, , .,r..1'0. l. e doproce*" produrivo. e
para a circulaçáo do capiral, o que apontaria o deslocamento espacial e rempo-
p.rsv a dizer re,pciro a ,.r,oau*" a" rà1. tusim o espâço em seu raciocínio aparece corno posibilidade de resoluçáo,
,n,' ,.'h1lho
. *,.u,,. **r,." ,,,, :'Pa\o
que ensrobJ o ro'ar €
i.,;;;;;r;;;T" c; rrrb'rna c rce'rrunrr'rndo a,ida no curro prami da crise de acumulaçáo pela produçáo conrÍnua ass€ntâdâ
.oodrana no ioniunro,i,.^.i-,r,r- L, D.r "rensão entre crescimento e progresso técnico de excedentes e de força de
,"",.* ";.;; ffi:";i llliil.,l,li. , ''o mr que o pro.e*o reve a .c rrabalho", resolvendo+e pela "mobilidade geográGca de excedentes absorvidos
Ese desenvotvimenro enrra clesigualmenre"{o e deslocamento temporal por meio do investimento. O setor
qucm . . . o f (du/ Jo
rm conrrarln
.;.;; ;;,:: ;:.;:JJ#:,;:,T :j:..J :t: primá.io englôbâriâ o rerreno da produçáo e consumos imediatos, enquanto
ro.rl,,,Jçro. \eBundo i qual a , ir. utrçro rc.u,.r em vator o sccundário refern-se-ia ao capital 6xo e à formaçáo de fundos de consumo
(lr v:rtor tàl ra.io(,nio inctuidois xpetros.
enquanro o r*h;tho
ou bens, enquanto o terciário aos gastos sociais e de investigação. Esses dois
n,,

;: ::'::;::; ;,* ;:,. :ff :::',::[i:::::::ilJ:::i:i':;


rikimôs âbsorveriâm o excesso decapital em inversóesde longaduraçáo (apenas
:: iigado ao temp;-^,-ra..
implícito """' "" ""trumo o custo e real no caso de serem produtiva$ e nesta condiçâo contribulam para incrementar
que a mer.,dori., .hcgue
i - çócr
rociaÀ nc.csarirr. p,rra .r produtividade tuura do capital. Já o papel do tempo apareceria como aquele
..omo deduç;"
Ênar..
a,crr de.rino
c o.u,,o ne.e,,ario d;.ircuh1;o
''de rotação socialmente necessário", de modo a impedir a desvalorizaçáo dos
"...,:ild; ;.J.;,.'"* 1ur 'r 'indÚrrria dc rran'pone é
de válur. .
d,,etJmenre proÍluro,d crpirais. Assim a "soluçáo espacial" traveste-se de soluçáo espâço-temporal pãra
conrr,rdi,,. ,to .rp;ralnmo
rJe Je,cquilÍbr;o na a.umulalro.
rcsolver as contradiçóes internas da acumulaçáo do capit e das crises. Sua
pohnzt
^^,._.{ çJo À\umiria r Íôrma rro qual a rrgumentaçáo derivaria "reoricamente da reoria de Marx da tendência à baixa
de rapirat emprcgrd. ,,.
P"l. .
ocrmpregrdr no ourro. H,.,."
p,"p.., .,;,",." seogra6ca. por.." n.Or];;
ü v nror. pre\o, a tura Jc.la*e, roirrJirras Segundo Haoey o trabalho útil e concreto produz valor de uso em de-
ecoapid,,, r.,",;;il:;;,,,;;1,::
rcrminado lugar e os diferentes trabalhos empreendidos em diferentes lugares
:::l:l)r*
a
li::.re,,ccnorosiLo,.
rr umutaçao <quil;b
q,l r*,-". ,r posibiri<rade rchriva
de sc relacionam enrre si através da troca, o que requer uma integraçâo espacial,
ada e quc amca.am
qurnro rta cl;se r:balhadora.
a reorod,ç.," ;,, r, ;:,..,;,:il: ,rniculando a produçáo da mercadoriaem diferentes situaçóes por meio da roca
"
prra que o valor chegue a ser forma social do trabalho abstrato, desse modo a
Oprodu. final de ral prccesocumJ.ondrúodestr, .lcsinregração espacial afteraria a universalidade da forma valor. Â nosso ver é
d.Án dá.omoqrs,o,r.üp,,, ;;;;::;:]lf;:::::tr#:J" rrccesstuio prolongar esa análise de modo que o espaço seja analisado, em suas

ll rol 111
I oNl,,{, li\ lr^r l^ l (| t \t,^( o I oM() ( oNlrl( Àr) l,^ I{ lr!lt(Il)(I(
^ ^o ^Il
viirixs dimcns.,rs, coDr) l,Íod(,ç,i() y,c;.r1, isÍo ú o tro dc pftxlu§.() (lx rlos Iundos <lc invcsti»rcn«x irnobiliJrnx
Íei.thdc outn:s c.rrninhos. Ill o c,rso <l,r erirlro
como rro dc produção do espxço sinntizrndo umi comprcssão Jx dilt&icâ
rlut rtcst:rm que o ciclo dc rcrliz,rçro do capiml desloca-se para novos setores
espaço-soc;cdade. Assim, â píirica sóc;o espic;at, como base
c susr.nração da ,lr econo»;a, produz;ndour noro csTaço dentro da merrópole como condiçáo
vida humâna, permirniâ dcsvendar os conteúdos quc csclaÍecem .r sociedâde
,lc rua rcaliz.rçáo eis o lugar ocupado pelos nons negocioL
capitalista hojc. Um pontode partida necessário à rctlexão referir,se-ia
aos "novos A necesidade dos empresários de, numa época de crise' direcionr seus
conreúdos dâ práricâ sócio-espacial",", impondo a necessidade <1e
uma reor;a da lrrtros para os âtivos linanceiros, alia-se às esúarégias que se realizam para
diferença e da desigualdade imânenres à soc;edade prodLrzida hole peta autono_
que se presencia em S:o Paulo a
nização dos elementos constirutivos da vidr, imposra tx,ss;biliÍâr a reprodução, n,rm momento em
à sociedade peta estrarcgia prcduçáo do espaço como raridade. Esa condição manifesta+e na metrópole
capitalisra como um todo. Isso sign i6ca considerar a
-proar,çao àa,"cieda,t-e e crrr áreas precisa, como no centro ou nâs suas proximidades Podemos dizer
do espaço em seu movimenro conrraditório como produro <la história;
o plano qur o fenômeno da raridade se concreriza pela articulâçáo de três elementos
espac;al da localizaçáo e realizâção do confronto cntre nccessi<lades
e objetivos
i,,dissociáveis: a existêncir da propriedade privada do solo urbano, que dire-
diferenciados segundo os nÍveis da realidade social
Gesundo a classe), polírica rnnou a ocupação dr cidade; a cenrralidade do câpiral e dâs novâs arividades
ou econômicâ n umâ soc;edade caracrerizada pela normàtizaçáo
e pelo conrrole; lugar da merrópole, e o
as novas esrratégias quc asociam os planos do económico -onômicas que náo podem se localizar em qualquer
e do político no
senddo de atuaçáo conjunta no espaço com o desenvohimento, por g,nr de ocupação (índice deconstrução) daárea no conjunto do espaço da me-
exemplo,
r',ipole. À ideia de escassez, alia+e, também, a necessidade de um novo padráo
das parcerias público-privada, e também ,,
"n ".
f".^",
a..on."rtrça" qu. ((,nÍrutivo, apoiado numa rede de circulaçáo e comunicação especÍficas' pois
surgem na sociedade sob a forma de movjmenros sociais pela moradia ou peta
terra, produro da produçáo da cidade segregada. cnr cada momento hisrórico o ciclo do capimt envolve condiçóes diferenciadas

1'.rrr sua realizaçáo. É nessa direção


que podemos aÊrntr que os notot sertiços'
Como rendência, aconstituiçáode um moümentoem <lireçáo ao mundial
s;gnificaqueo capitalismo realiza concretamente o que rrara em si crr linção de sua especilicidade e da necessidade de proximidade com outros
comovirtuâ_
lidade, que é sua expansão por todo o plancra como condição para *'rorcs dr economia, buscam uma localizafo específica e com caracteristicas
sua repro_
centralidade tem
dução conrinnada, tal qualanalisada por Harvey n otnro O noi" tnperatino. l,.rrticulares, que precisa ser criada próximo ao cenrro, pois a
.r1rri um papel importante.
A cidadz eomo negícb e o novo sentido do eEaço O processode produção do espaço da metrópole concennarlo no centro e,
O momenro atual da acumulação sinaliza uma transformaçâo no modo cnr rcguida, expandido e disperso a parrir dele nurnr área mais ampla, permiriu
como o capital finance;o se realiza na merrópole, com a passagem
da apticaçáo ,r rerlizaçáo da propriedade privrda do sôlo u.bano. Nese movimento, produziu
do dinhe;ro acumulado do seror produtivo indust.i"t *tn, i-ot,it;a.i". O ,,nr., conr.adiçáo entre o centro e a periferia explodida. Porém' a construçáo
processo sinaliza que a mercador;a-espaço "o
mudou de senrido para a acumutaçáo, ,l,r cortr idade produziu, conrràditoriâmenre, â sua saruraçáo o que impede a
evidenciado pela mudança de oricntação das aplicaçóes financeiras, que .rprnsáo do selor de sewiços na área central. Por ouüo lâdo, os novos serviços
produz
o espaço como produto imobiliário.No caso da metópole pruJistana,
o processo rrigcm um tipo de insralâçáo que atenda às necessidades de flexibilizaçáo' mas
de reproduçao do espaço, no conrexro mais amplo ao p.o...ro
a" u.U-;r"ça", ,t1rr a incompaível com $ conÍruçóes atualmente enconrradas no centro- Essa
marca não somente a desconcentraçáo do setor produrivo e a
acentuaçâo da (
t,
(\táo da incompatibilidade, bem como o fato de que a comperitividade coloca
centralizaçáo do capiral, mas rambém dá um novo conreúdo para
o seror <te ,r ttccsidade dediminuiçáo dos custos de produção' vaise refletir diretamente
seruiços (basicamente os que se desenvotvem sáo o linanceiro c
o de serviços r'.r mudança de componamento quanto à propriedade do imóvel no qual vão
sofisricados e com eles uma série de ourras arividades de apoio cono
a de in_ * .lcscnvolver as atividades econômicas. Ém vez de imobilizar dinheito na sua
formáticaea de seruiços de telecomunicaçóes). fazendo com que o movimento
,,',npra, o emPresário vai prefern dugáJo, desenvolvendo, assim, o setor de
de transformaçáo do dinheiro em capital percorra agora, preferencialmenre,
1,^.rçáo de imóveis em Sáo Paulo.

1112 Lll3l
() r'\r,^('r' r ('Mo ( oNr,r( t)^ Irr t,tr()r,rri.
^() ^(l
 rrtrrJanç.r rlcsse conrpt)lrnr.Dto.rn unrir Dov.r rchçrro corrr rx rcrorcs
cconôDicos c cntrc cstcs conr o.s|iço, quc
é o <quc portc scr corsrrm,Jo no
crp;trl industr;rl. rxscs tlois mon,cn«x sinalizrrn q uc csscs cdifÍcnx corrpostos
movimento dos invesrimcnros enr São [,auto, capitanerdo dc €scritórios reâliz.rm âs trrçires dc capirrl nele invertidos peh mediaçáo do
ptl.rs rriviilades
;mobiliárias. No nrovimenro de desloca-ento
d" seto. indus,.i"l, ."pi;i_ ttor imobiliário, quevai realizara locaçãoe a adminisrraéodos imóveh. Com
d;nheiro dneciona,se, prefercncialmenre, à produção " isso. o d;nheiro defundos imobiliários, porencialmente câpital, va; obietivar-se,
do esp"ço, ."mo -erc*
doria passível de geraçáo de lucros maiores realizando a propriedade privada do solo urbano (correspondendo ro primeno
do quc para o sctor induxriat, em
crise. O inrcstirnento imobiliário apontará uma nromento), e no segundo momento, realiz-ando o lucro. Esse movimento que
rendência de vatorização das
íeas decorrenreda nova atividade de serviços ecomércio.
 tendência predomi,
rc.rliza o capital finance;ro como cap;tal produrivo, produzindo o espaço
nen te ó a de consrruçáo de um espaço
racional funcionat, revetando um projeto rcquer um rerceiro momento em que a mercadoria escritório- realiza*e pela
e uma esrrâtégia, que envolve o mercado imobiliá.io, nrediaçáo do mercado de locaçao de imóveis e o invesrimento é remunerado
com" exre;sã; dâ
propriedade privada, que taz do espaço uma "nrc in, a Í:orma dejuro pela aplicação realizada. O que imporra para o investidor é
mercadoria, cuja parr;cutari<lade
arual consisre na realização do cap! tal 6nanceiro, o rcrorno do seu investimento, como realizaÉo do valor de troca.
que se revela em duas frentes:
num primeiro momento, os grandes ;nvesridores (que A construçáo de escritórios de«inados ao mercado de locaçáo, visando à
são os financiadores dos
ediffcios corporativos) e, atualmente, com os pequenos rcprodução das frações do capiral (o industrial ligado ao setor da constru{o
invesridores, con a criâ_
ção dos fLrndos de investimento imobiliários, que reúnem pequenos ,,bjctivando o lucro, e o financeiro como consumação prárica do capirâl bâncário
invesridores
pulverizados. thmbém o desenvolvimento
<los serv(os na m«r;pole, mm o
c ftndiário). rem como pressuposto tundamental a efetivaçáo do valor de troca
aprotundamenro da divisão socjal e espâcial (objetivo úlrimo daqueles quecompram espaços deescritórios consrruídos com
do rmbalh", q,e ag;.â se baseh
numa nova racionalidade, fundamentada e
deÊn;da pela rccnologh aplicada à
Íinrlidade de investimenro), pela pos;bilidade de realização do vJor de uso,
produção e a e, ainda, o planejamento,
sesráo, revel_,t",,1 p..j.;,r,;*,."d. ,,um momenro em que âs empresr-s precisam diminuiros custos alupndo, e náo
a cidade como esquema prárico de circutação (r,rnpràndo, seus imóveis. É assim que o uso, que esrá em estado latenre nesse tipo
viárà, priortando o transpone
individual, e nessa condiçáo, consrruindo o espaço ,lc invesrimento, liga+e de modo inexorável à concrerização do valor de ooca.
como forma operacionat;
como instrumenro da reaiiz:rçao ind;spensávet t t:i un caárer eqecuhtíuo em jogo (como algo novo) que pressupóe o uso, mâs
do crescimento econômico.
O moJo romo o. apirrJ 6nJnceiro \e rcatià em pa,rc objetivo no aro de compra é o vrlor de rroca que a operaçáo intermediária
fo, meiú do pro.eso 'eu
de produçáo do apaço é basrante complexo, ,tc locaçáo vai realizar. O que se deve ressaltar, então, é que o uso pode v;r â rer
mas pode ser dcsvendado pelo
circuiro que produz o edifício corporativo. Em diversos, uma diferença substancial enre a compra de uma moradia e
primeiro lusâr, o capir"le;sua 'orridos
toralidade, se realiza peio movimento conrradhório ., romprade um escriróÍio para ser alugado. SigniÊca que há interesses diversos
de suas fraçóesr linânceiro,
fundiário (rcvelando o conteúdo do atualprocesso
<te urbanização), in<tustrial,
.,rvolvendo o uso em ambas imobiliárias o habirante compm a
as operaçóes
comercial. Neste momento da produção do
espaço urbâno pautisrâno, â reâli_
rrrradia para seu uso, enquanro o inv€stidor compra um imóvel para alupr,
z:çao do rapiral liruncciro engtobr uma ampta
ar ricuhção cnm ourr.r, traroes. txtr lue represenra um uso parâ ourrem e, nesre processo, permite a realizaçâo
ú: J L:úidenl\io do f*rdo.
L J,sim qu. empre,Jflo" de vjrio,.erorcs da rn, ciclo do capnal Ênanceiro investido na construçâo do edifício.
,nuu\trr drrecrunam seu, tucro. para o mer<ado Ânanceiro..ula,rrua5ro O sentido e objetivo dessa produção requer a manutençáo do imóvel, que
no
espaço se direcionará à produçáo dos ediícios rcprescnra diretamenre a possibilidade continuada dâ reâlizâçáo do lucro, como
corporativos, conÊgurando uma
a forma do aluguel, por exemplo. Pan que o proceso ganhe o movimento
",1,
Em primeiro lugar, capitat-dinheiro será apl;cado na compra do
esse ,.rprz de permitirsua continuidade, o gerenciamento do edifÍcio é central, pois
rer_
reno - o que significa que uma parceta transforma+e em cap;tal fundiário. Em ,r rrccessário tornálo ocupado o tempo rodo, isto é, só a locaçáo dos escritórios
segrrida, outra parte será aplicada na consrrução ;t rnrite realizar o retorno do investimento, pois ao inve«ir na produção de um
civil e será transformada em
, ,lilicio de escritórios vha+e com o dispêndio de dinhcío obterse "mais dinheiro

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dc volra , Í,b tr 6rina dc alugrrct. ponan«r, a locaçáo dos cscrirórnx vri rcrtiar b.r;ro cid:rtlc) c, porrrDr(,, vxrix cr, Íirnção do dcscnvolvimcnro das forçrs
o valor dc troca do produto irnobitiário proporcionando alto rc«,rno
para os p«rdutiv.rs, iss, porquc a p«xluçio csprcial é cliferenciada e contrâdirória,
investidorese refletindo-senos preços. Éass;m que, cnquanto o prcço
rto n)útil conferindo diterencialmente valorcs às parcelas do espaço.1'
para a venda em Sáo Paulo apresenta uma curva descendenre,
aumenta o preço Enr função da existêncir do monopólio, concedido pela propriedade
do aluguel deste, o que rem atraído investidores pâra o mercado imobiliário
de privada <to solo urbano, podemos aÊrmar que o processo de vâlorizâçáo náô
edifícios comercia;s em deterrninados lupres da metrópole.
dcpende apenas da incorporaçeo de trabalho (produçáo de infraestrutura) na
tu transformaçóes na economia - vhando sua reproduçao conrinuada _ »ctrópole. Ele também pode ser de6nido por mecanismos econômicos que
se realizam reproduzindo o espaço urbano paulisrano
com consequências sit- rhcram a rclação oferra-demanda no mercado imobiliário. produzido pelas crises
n;licârivas pâra a pÍár;ca sócio-espltctul, imposras peto processo
ae vato.iza*ãl cconômicas, provenientes d6 Ruruaçóes dos juros e das bolsas de valores, das
desvaloriu açro dos lugare.. ô vator de rro, a renJe a .e impor
à ,o.iedrde num
csrratégias imobiliárias e da produçáo do espaço como raridade, bemcomo pelos
esp"ço em que os lugares de apropriaçáo diminuem até quase
desaparecer,
como é o caso dos espaços públicos. Dessa teita, o deslocamento linites impostos pelo poder público no estabelecimenro de normas de zonea-
da indústria
na merrópole e o crescimento do seror rerciário revelam a primazia nrcrto e dâ criâção de polític* urbanas que provocam mudanças redefinindo
do capiral
Iinanceiro efetivando+e, no momento atuat, como processo de produçá; rrsos, funções e preços, provocando com isso. a valor;zação/desvalorização dos
de
um fragmento especílico da meuópole. lugarcs da merrópole. A reproduçáo das relaçóes sociais se procesa agora pela
Axim, numa sociedadc capitalkra, o acesso à cidade se dá pelâ mediação kígica d€ ações políticas e pelo controle sobre a técnica e o saber, iluminado a
do mercado, em funçáo daex;stência dâpropriedade pri"ada. p". outro lado, prcsença contraditória do Estxdo no espaço, tundada numa es«atégia que se
o
monopólio do espaço, separado dascondiçóes de meio rte produção qrrcr hegemônica e com isso orgânizâ âs relâç6es sociais e de produçáo arravés
ou moradia
e a partir do desenvolvimento detas, passa a ser fonre de lucro, rl.r rcproduçao do espaço, enquanto açáo plani6cadora. Com isso o espaço do
na medida em
que entra no circuiro ecoDômico como .eâlização (econômica) do processo lnhitar aptrece como secundário nas políticas públicas. Portanto, a quesráo
de
vâlor;zaçáo que â p.opÍiedade confere ao propr;etário. Dese ,cnrral é aquela da reprodução, espaço fragmenrado em funçâo de intereses
mo<to, o processo
de formação do preço do solo urbano é uma manifesração do valor privrdos em busca de renrabilidade e produzido sob a forma do edifÍcio corpo-
da;parcela§
doespaço, também intluenciado pclos processos cíclicos de conjun rura ;acional r,rivo, e que movimenra a rcproduçáo do capital Ênanceiro.
(que incluem a forma de manifeshção de processos A reprodução do capital Iinanceiro arravés da produçâo de edifícios de
econômicos mundiah), e
rambém aspectos poliricos e sociâis especÍficos de determinado ('.r;rórios vohados à reâlização dos setores modernos dz noua economia qte se
lugar. Esses
fatores vinculam*e ao processo de urbanização, que, ao se efetivar,
redeGne a ir*trla na merópole se realiza através das novâs ârticdiçóes enrre os câpirais
divisão .spaciâI, e com jsso o valor das parcelas do espaço urbano. rrtliv;duah e privados, setores diferenciados sob o comando do Esrado. Através
Esse rator
será determinado em funçáo do conjunro âô qual pertence, rix fundos imobiliáriosedo mercado Ênanceiro forma-s uma nova afticuhçáo
e é nessa inrer_
relâção enrre o rodo e â parre (a iocaljzação do reÍreno na cidade) rrrrrc os setores industrial e imobiliário, posto que náo se rrâta da consrruçáo
que ocorre
o processo de valorizaçáo real ou potenc;al de cada parcela do espaço. ,ixcclifícios paraasuavenda. Na rcalidade capital industrial/linanceiro vai
Asim, esse
as úânsformaçóes econômicas são acompanhada.s por esrratégias prorJuz;r os edifícios corporativos direcionâdos ao novo seror da economia, num
imobiliárias
bem precisas, capazes de direcionar os invesrimenros no espaço num nmnrento em que ff t.ansformaçóes do proceso produtivo, dianre das novas
mômento
em que, segLmdo os analistas, o imóvet deixa de ser hedgeat no Br;rlit ,,nrdiçóes de comperirividade do mercado, tornam impossivel
pan vnar a imobilizaçáo do
investimento, compensando as dificuldades no circu;ro nontlat de ,.rpit.rl na compra do imóvel, o que oneraria os cusros de produçâo. Portanro,
;roduçáo_
consumo e apontando uma esrrarégiâ de aplicação de capitat.
1'.rr.r condnuar se reproduzindo o faz através da compra da terra urbana (que é
No c€rne da queÍão eÍá a locatização de cada parcela em retaçáo àque- ,, ,lrrc vai se constituir no €ixo empresarial e comercirl) onde vrmos encontrar
la dererminada p€la pÍodução espacial geral (a relação enrre teneno-bairro, ,. das empresas. Portanro, o capiral acumulado no processo industrialvai
"rlcs

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\u.,plit.nl,,n,frôdU!.rorl.im,,v.i..n,.,\1,{ ..r.,tr.,isri(x'F,((,..,\.,.,,n,. () nromcn«,.ru.rl sin,rliz,r, p,,rrrn«,, unr.r trrnsli,rnuçÍo no morlo como
truçáo de editicios inrel;gcnrcs voltaclos para o seror dc ahrgucl, c» Ín»çlo das ,, c,rpitrl Íinuccirc sr rerlizr n.r lrcrrr;polc Lojc: a passrgem dr.rplicaçáo do
novâsarividades econômicas. Do ponrode vist.rdo solo urbano o processo rtual .linhei«, do seror produtivo ind ustrial ao setor imobiliário, associado ao conjunto
exige a superação de sua condiçáo de 6xidez. É assim q". arravés de novas à consr.uçáo civil. Assim a mercadoria-espaço mudou de
.hs ind ústri,rs voltadas
esrrarégias, como âcriâçáodos fundos de invesrimenros imobiliários, bem como com a mudança de orientaçáo das aplicaçóes Ênanceiras, que produz o
'cntido
a produçao dos imóveis de escriórios pela mediaçáo do mercado imobiliário csptço enqranto produto imobíliário. Nesse sentldo, a produção do espaço se
voltado à locaçao o solo urbâno muda sua condiçáo de fixidez, adaptando-se reJiza num outro paramar, que é o do espaço como momento signiÍicarivo e

ao movimento real da valorização. prcferencial da realização do capital fi nanceiro.


Ársim o capital vai deixar de estar imobilizado na compra do imóvel Porsuâvez, esse processo requer umaourra relação Estado/espaço, poissó
voltando-se para o aluguel do imóvel: é oesse movimento que o capital gnha o l-stado é capaz de aruar no €spaço da cidâde arravés de políticas que criam a
mobilidade. Nessesenr;do, nos anos 1990 osolo urbano mudadesentido parao irríàestrutura neccssária para a realizaçáo deste zazo ciclo etonônico, rcdnecio-
capital, deixandode ser um lugar de Gxidezdo invesrimenro somenre pâssível ,rrndo as politicas urbanas para a consrruéo de um ambiente necessário para
de ser realizado num prazo longo para ser o lugratravés do qual vai se realizar, que csse capnal possa se realizar
-
com {luidez. O que é novo no processo é que a produçáo do edificio cngloba Sob a mesma lógica, esse movimento do capnal 6nanceno também
os capitais estrangeiros, que agora se dnigem à produçâo do espaço concrero pr uz outras formas arquitetônicas além do edifício corporativo. Refiro-m€
de um fragmento espacial bem delimirado ro conjunto da metrópole. Assim, ) eonstrução dos horéh e lugares volrados à atividade turística. Na realidade
a produçâo é local, mal a apropriaçáo da ma;s-valia geradr no processo, pelo l,riemos aGrmar que a produçáo dos espaços de turismo e de lazer se realiza
movimenro do capital finance;ro, rem uma parre âpropr;ada no esrrangeiro. ,,,n,o consequência do desenvolvimenro do mundo da mercadoria, que nurn
Desse modo, constrói,se umahipórcse:a reprodução do espaço urbanoda ,lcterminado momento da história, produz o espaço enquanto valor de troca,
mcrrópole sinaliza o momento em que o capital linanceiro se realizâ rambém rrunr.r sociedade em que todos os momentos da vida cotidiana se encontram
ârrâvés da produção de lln nouo espaço, sob a foma, d,c produto inobiliár;o vol- l"tctrados e dominados pela realização da mercadoria. O turkmo c o lazer
tado ao mercado de locaçáo, (fundamentalmente no que se refere aos edificios o,rram nesse contexto histórico como momento de realizaçao da reproduçáo
corporativos de escritórios, rede horeleim e/rrr) numa estrâtégia que associa ,l., r.rpital, enquanto momento da reproduçáo do espaço - suscitadas pela ex-

xparrndo atendimento do scrorde serviços modernos.


várias fraçóes do capitâl rrrrsáo do capitalismo. Assim, aatividade rurística captura o espaço, tornando-o

Nese senrido, cstabelece+e um movimento de passagem da predominância,r rrr.rca<toria de desfrute, pasível de ser consumida diferencialmente.a5
prcscnça do capiral industrial produror de meLcadorias desrinrda ao consumo ll .rsim que, enquânro nova âtividíde econôm;câ, o turismo e o laztr
individual (ou produtivo) à preponderância do capnal Ânanceiro, que produz 1'r,"lLrzcm o espaço enquanto mercadoria de consumo
"em si" utilizando-se de

o espaço como mercadoria enquanro condição de sua realização. Nesse mo- l,.,\ .xracrerísticâs particulares. E, nesse sentido, o turismo aparece, no mundo
mento, o espaço-mercad oria, rcrnulo produto ínobiliáio. se nansfona numz rrrxlcrno como uma nova posibilidade de realizar a acumulaçáo, que em sua
mercadoria substancialmenre difcrente daquela produzida aré então, pois se L,\ iÍud, l;ga-se cada vez mais à reproduçáo do esprço - produçáo que se
trata, agora, de uma mercadoria voltada essencialmente ao onsuno produin, ,,,Irc.r numa nova perspecriva, na qual o espaço gânha valor de troca enquanto
isto é, entendido como lugarda reprodução do capital Ênanceiro em aniculaçâo 1r»ril,ilidade de realização do valor de uso. O que significa que a apropriaçâo do
esrrena com o capitâl indusrrial (basicamenre o rror , 1'.'io e os modos de usô tendem â se subordiner. cada vez mais, ao mercado.
dc construÉo civil), quc,
pela mediação do setor imobiliário, transforma o invesrimenro produtivo no \*,rrr. no mundo moderno o espaço se reproduz, alav.rncado pcla tendência que
espaço sobrepondo-se ao investimenro improdutivo e regulando a repartição ,, r' ,Nhrma em mercadoriâ o que limitârià seu uso às formd d€ âProPriação
du arividades e usos. 1,r,r.rLl,r."'Essa arividade se efetua realizando o consumo produtivo do espaço

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r|,rcunuhçio lugrfts inrecm(los.(,.rt,iutisnn, mondirl e irxrÍ» nr srx [x rrl
prrxluçr. tl.r,iJrtlr ionn tleertlnc'l Llr lltxibilvrçlr clo olo
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c cr«r ) lóci(.r do nrov;nrcn,o inrcdirft, d.t rcp,rxtuç.ro do ..pjr.,l Íinrn.cii(), ,,,,,,"ru,4".".,r".,'i,,.t,rLiclodocrpitrl l:sscnrcvimtnto tllrrir' nro cxtlui
(lLrc rsrou Jcnom;n.u(|r clc drsinrcgrad.r cooro proLluio c n.o (oDr,.ondiçio J( ., . onrinrritl.tlc do Prinrcinr.
sn r(.rlir.rçio, .onrponJo um.r rlirlirjc.r cnrrc I inrterrç:ro c des;nr.Írr.rçao dos lrs* pt,t*rx rrrcrropoliruros rluclcm r rrmr aar r1 u'Ltt {l'ntt) t'"4\»'rl
h,g.úcs (li incrk;trl(.(om, un,r prnicrrlrriLi. ,q,,. ,t r i,[rubm .r prr tir LIo procc*o dc eonsrinricio c
nruntlillizrç io ch srcic
c, pnxtur(, di hjsróÍi., Llo n,odo
como o erpinlisnrc sc rc,rliz.r nr peritcLir Jo sisrclri. x.cnm.tndo.r scerce.çÍo ,i .1" ,4,.,., q,," p.""1,. pcr.ebeL os sin ris rlc trmr nnclernizrçrro
inposn rr
esf r.i.rt c Jclimirxndo (lir(iros. ' 1.,.',:i...,.r'rr,. I '. '.1' rr'"
mcrc ú»ir
I)o t,onr(,d.riÍrd.s r rcproduçio,
o.sprço urtrano r.rdiri.t,.m snr(csc, ,r ,".,lit*t. a.,-",,," quc o 'ltsrrol'intnro do mundo '1r
,r.tlc iompltrrmcntc.r rir1r cot irnr. irrrpondo unrr Lrcionrl llclc hourgc
Jois n,omcnros rl.r sc inrcrpt nctrrn,. \o primcim nronrcnro o
rcLrn,uhçio qLrt
iPcnrs l( u-
csp]ço pn,Juu ido st mn,.r n,er.rdori.r,.§scnrudo n.,.xpinsao dr pn4,.i.drdc ,,,,.,',,", i,,.,",,,",,,, t,,,,..$o Je r.Lrmuluçio' que Ir'o sc rcrlizr
p.;v.du do Íno Lrrbino rh conjunro dr riqucz.r. trrrr-sc, dc unr trdo, i1o espr- , ,,.1,, ol,icrt c nruc,rdorirs. mr crirndo sign'* i"'lutorcs conrtnro c novos
'1o
Lcp" uci"
ro.rPorrumtrrro. À lrcnn.rlithdc inerentc ao p«rccso dc
ço ír.rqmcnrlclo pclo scro inrohilitir;o, qu. cnrrj no.ir.uin, dc p«xluçtro d:r t,.r,l,(,.\ (1.

.t.,. ,.t.,o,* *,.i.,',. no qur.lro Jc consrimiçio Jr socicdrLlc urbrnr'


rirlrrczr crirnJo o csprçr) nr.,rcrijl (consrrunld. O,csrludo I r.iJrd. (onn, sinrliza

mtrcl(lori.r.r scr conrrnrür e, ncssr dircçao. scLr§ írrsDrcnros sio.omprrdos ,1,rr hojc,, p«,ccssr dc rcpmrlução romr «rh r «rcicdrtlc'
Nc*t contc'o' r
( lcndidos ,n, mcrc:rrL, imohitilrtu, scndo que r m,.. ia a ui)., nrcr.rdôri.r ,r,.,"1,,'r,",4"""."' ro inrbi«r do p«rcc*o <le rtptxluçio gcnldr
",,"n<1i.l.r
,^ r.l,rlc, qLrc tcnr o scnt o dr .onsfunre PÍ(aluç'ro drs rclrçócs sociris cs
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csscn(irl à rcpn uçio d,r vidr. Níus rrml,tDr (yc[sr o mon,rn«, rh p«xtuç;o
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do cspiço, rm quc . cidiJc se p«,duz conD condiç,to prrr :r r(,.ili,rçio (lo cicti, , .1... r rrr J, .' r:., *1''.''i'''r"'Fr'r'r''rr"'rrJ
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do c.ipinl cono possibilididc dc r..tli?rçito dos nun(,,i(\ cnlotvjdos. nc(.(s_ \,p,r uçio clo csp,rço ur|rno rcvtl r sc comr nrovinrcr«r signilicrnclo
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s:irk)§ d.r prcduçao..ircuhçao, Jisrjl)uiçio c rroc.r, o qrc txiec r ciaçao dc , ,,t.,.t, ,.,i ,,""rt"r",tlo i medi<h que I rcitJrdc vri sc mtt morlàser"'lo
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luSrrcs drtini.los.onr .Jrrc(.rísri..rs póprirs r.ssc n,ovimcntc, cta.icunotrçao. ,, ,,,, corscquincia cio ,ltsenvol"imtnro do crpitrlismo'
Ilssrs cstrrtieirs oritnnrn c.ss.sLrrirnr.r r.pnrluçio Jrs rehçircs no cs- \o cortro do clc6.rrc, r nerrtipolc rcrr como pano dc lirndo 'r rnicLrhçio
p,rço, c, rrlrvis dclc. os irrrcresscs priv.rilos dr» tlivcrrs setorcs cconr.,micos <tr ,,,,i,,glob.rlcolocrl.odcserrvolrimcntodcnovosseroLesdcrti'i'1lclequerío
gurhr vrlor de trocr'
Í,(ic(tudc qur vccnr no csl,xço a (onrliç.o dc r..,liarçro di rcproduçio .coDô_ r,,,,t,,i,.lo,mr *,,r,lin:Inri(r (rrbarrr cm qrtc o cvrço
tendôncir
Inic.r. Os luq.rcs (]x cidrdc rpffccem con,o )uq.rrcs dl inFicÍ,1rrufu n..cssriÍitl \,'1n,. ro munrlo nm<lcrno o csprço sc repxxltrz ahvrncrtlo peh
ro clestnvolv:nren«, rle Lrd.r rtnid.rclr, cm p.rrricL,hr dc ,,,odo i cnrr.!., umir ,1,,, ,, trrnsÍànrr em mercrrlorir, limitrndo setr tro às lomr dc apnlxiaçío
rqurçu(, tr!o,iivcl :r Íe.,1i,rçio do lu.Í,. \1.6.. r làç.ri, dc crpirrt .rtur sL,gundo 1,, ' ,,1.r Aqui sc dclincir
unlr nolx rclrçáo e§Piço tcnrPo conr novos conrcu-
n,., l(igicx. orr sc conrr.rpondo, or.r sc rnrcutrnrlo p,rr.r rcrtizr pn,ntrnrcnrc ,,,. , , ,.".p". q". ,u,g. cn1\t.t rítt'titkd' eo'sprçoguc scnr reicrôncirs
rcu Íim. quc é r ,,,,,'rilüi ,"c"",. an*\tto. fctttç:o cÍênrcro e esp'rço anrnlsico LedeÊntm
r
l)css., tiirx l urbrnizrçio rcvcl.r sc
".unrukçio.onrinui.,.
.on,o p(rduçlo dr mcrcudo.i.t csl,,r(o, c no s,.surdo n,onrento o rrurt o 1, r,,., v;cio csp.rcirldr prntodern rilc'
.ir.uir(, (l( Ír.,lizrçio do crpir,rl (nos r.íl(» Llo nx»inenro dc p.rsrgcm th
hcgcm,nir do crpirirl i dusrri,,l .x, c.,pirl1 r]n.ur..iR, rcrteÍinc o stnr;rto d,r
tspxco, quc,ssunc rlmbúu r.or(liçi,) (l( p(xlutt) imobiti.Íio. tiur.Lsr do

1 11!
Notas
lt.ll\nq.l:l úrh ld;lnn t, Ilk.ir]. l (l ( tr s^lol l0ol Pl'l 9l s'
Á 1r"itr,r.rt,, r,tu,,-" . u.n.,.
tr.h,.,Jt. i,n,,i! !.,.tJ,,.t,,,//,,4',/r"Jtr.,,t.,t,..,.,\,r,,,\ ,n,rJ,,1,.
.1, 1ôR1..., $poN"m-,, -r,.,.r,.,,,., t.. i,l',.,.,_.. i,.ll,;;:, ('
pD.701 r016 " 1-,,r,.,
Lui J t.'. \i 4J.t JJ.tú1r' r.,' i "'.'l F'l' " o,r' d' L1P P r'"'omfÍJdnr' ld "e
."",*,.hr'íJT"'(trocn.kd,J,mrJ'P *lx*J'lnÀro \ en"J!'n\ri''rÔrd!r"'SnPrro
,.'À"r.,,. i, rr"|.. + r--..'\'-"',1-". Bot -n D aú t a'?'' wo r rô ror3'1'T'ir
on' Herntn MrÍiinq).
'' A F. A. Cànos, O l,gdr nollo !,/,,l' ed, SiÔ l'?ulo' Hu'ncc l9'6'P 166-71
' N6a scnido, o cmPo do náo Íâbdho Ú el' pÍóPrio inBdido Peh ÊàliaçiD '! ncrc'dÔrir'§p4o'
o-,,i.." ,*a", *,i-, " -,a,nç.,1: Íehé' esprço rêmpo no mundo modcino Eliando o e'Paço
..;;";; ;'-J";, ,. .-.. -p. .- q,. ',ú-... *-po do rú' r múd" meic"ddir L-"
ndÀler" ul'u ÉJ'àrdo o ',-ra umo p'ôdu'nodÔ^P^' Áqtr'' Ú o d' Àpao' or'' o d'\ro
:.;à;;,.-;;,; i,..".^o p,-,. q*'".--pmôo L"Binj' ok,'re'' {fr" 'crc'ion'c
.""*,.",.,,,,^j.r,""','r,"a""p,.*Jo;d..d,d.l,sr.wr"noo*u ermo''i'rdoun r:n'
lu,a .onfl'ro Lmr P'1"!'r"'m hNÁ_id' Àqu o r'_buo do
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"il-p,d"r.,- ..".,U,ti-d.p.l"numc!d'lúg'r"onh'ido'
N -ôduúüoo..0Ào r_i.,..o.."iJ'n']m'r'n'ben's'r!ml rero lugr '1''o nomem PcÍd'
*,ú',1,*.Je-,".;p,.n.".P:', c'.JLn'no 'on'rmiÔo' d"c Pao'lúTi\_+trr"'p^'4'n
i,.," 1.",". p,^"'.11 àD*il'ouc nrl'lo'nr o 'uvdoi 'T'u rr'o' rn 'esl"do rusár
".-,.:o ui''Jr'
,e\.1ákF,b,horom-'o'nqu?a '!dro-P^''4d-'ah'rndo'?4 'l ' Pr'tr 'lr 'uÀ Prni
mLd n\r , rLJo
i. i,, * i,.,.,.- *, .i"a-i,,,, -".-. c.o-'' d.r'*r2t'irhlemPo
'*" Pi' ' de nío tÉb'rho' ''Pao'
lcl.,f,brd.,b,","prap,ru,1r.ôn.,.uÉüd..iUroreJ"..,..,.r..".".tu,".,J.meruro,mó-
biliiÍ;, ;;;.';*ú;,p"",. p"-.;, noÉ Ehçáo Empo

:: D. Eatvcy, Et nuú Inpüidtnn, Brr.etona,Edi.ionesÁIt,2o0J,pp.7r,30.


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I Idem, ibid.
\. Í),. Ítrecy, Lot ti ita &t ü?tutnho t h totia da&ia. Méxi.o, Fon,lo dc CuhuÍr, r 990, pp. 176 7.

' D. Ha1ey, Á ?todqãa.n? ibtÍz ó qzí,, Sáo paulo, Ânnrbtume, 200r, m. 146,8.

L K M!d, Gtutulíiç,
2. cla?ik t, ccpiht, pür, ÉanioÉ Anthtopos, r 963, p. 273.
'Ít.H1tr.:-.Lattinítd.t.z?,atnúoJt barh ha*ni, Mé\i.o, Fnndô d. Cutrun, t 9r0, p 2:ls.
'N D. Hz1ey. A trodqão .d?i htn,z &.jr'aí,, Sio pruto, Ânn26tumê,200r, p.,0.

I l]]l tll
A REPRESENTAçÁo aRcatce Do ESPAÇo
E o ESPAÇo púsltco, PAMArÉM DA
Espr,Ra púgLICA, E sEU SENTIDo AruAr
'' io". di6, b kÀ àas à.rú d;zindtu o dhitoj
Por
nb. nô qstak..hánaü tadn ô Pda Pan d d8oru',4q'1h''
P.õn rc.Ilíddd.

À conquisra da natureza como produçáo do mundo humano, numa im


posiçáo do poder, da cultun, da religião, é um momento constitutivo do ser
gcrérico num amplo processo de reProduçáo social. Orientada por categorias
rle análise universal produçáo e reproduçáo - Penso sup€râr â constÍução de
rrrna anrropologia para pensar a produçâo do homem por ele mesmo no mo-
vimento que, saindo do plano individual, permitiu avançaa nâo sem conflitos'
,r consrruçáo do homem tenérico arÍâvés do de§envolvimento do ato de
troca

."mo extensâo e ampliaçáo das relaçóes sociais no temPo e no esPaço'

A terra é e quintessência da condiçáo humana e. ao que sabemos' sua


latureza pode ser sinsulâr no universo, a única capaz de oÊrecer aos seres
hunanos um habitat no qual eles podem moverse e respiar sen esíorço
nem ardfício Í...1.'

Ao tongo da história, a produçáo de produtos e obns como raulrrdo


,l. determinada arividade à qual correspondem ideias, represenrrçóes e uma
l,nguagem, mostÍâ como na antiguidade as normar da vida e a moral vêm do
,,rl«, e da religiáo; ao paso que no mundo moderno elas vêm do Estado, que
r,,rrliza a vida. Como escreve Lefebvre
Ir I t,R t,sl N t^( l)tl li\t,^( () li o li\|'|^(. il It,lrt l( ()

I' nlrn(to hrxn.rn., í U r trruD,t,, ,t.


^tl ^tr( ^t( ^
tnrtux\ ,tr« tirnr.rnr Ir.r ni.t_,.t..
.x, ,j,, quc nó\ ,,.,Jhl,,,rj..,,. .r",,.,i,,.,.,,1
1.. .;:i:, :;.";,:l;.";i:: Lstc nuullo coosritui conro trnr conjun«r dc ccnlml rícs jusÍ.rpost.rs
sc
,.,,v1(t r.\r( n),,rrl. \,,,.,t ôr.r .Jd.gJJ,,
,i",,,:l;;
J( .ig^in..,r,,., ,.rl,r unn s;gniÊc.rndo um grupo social delimitado a partir do qual sc hierrr-
,rf'((oranJ. qk utU /fs_. . ;*,,,,".
. .t i"," *r,*a.. ,lrrizrrn rclaçócs c lugares. Há também nessa construçâo a simuluneidade e a
notrJo. O mcnor obr.ro e ncse .cnrido ",,a,,,a".
o upore de ,,".,,"..
r(tJ\õe'numcrrvc*. ";. ;rrrrç,ro dos termos em rclação dialética: dentro/forar próximo/disante, familiar/
cte vot,,,.",.,j",ip. d.,;;;,r..
ap,csentadàs imediàramenre.: or r.rrrgeiro. A cenrr.rlidade , onvtói-.e di:leri. amenre e 'e con'rirui enquanto
";:;,ilJ; pática real, revelando ossentidos
1n,1»icdade tanro do espaço menmt, quanto da
A r€prsenraçjo em senrido rubjerivo ;tumina *s modalidader
"ru da práxis ,i,s lugarcs. sua hierarquia a partir do estabelecimen to dos lugares privilegiados.
orienrarla pela ret:,,;o do< indivÍduos
com o espaço. f»a reh5;o gera formas li, portanto, apontando uma relaçáo centro-periferia.
ipropriaçáo diêrenciadas num mom€nto de
er A essência do miro de Hermes/Héstia rwela conreúdos que permitem
:,::,:i,:Í,y,iiü;;;;,i';;LT;L.fl
(onnnuâda do, nrudisi por
[i,:;:i.,:;::i,l: sirrar-nos, historicamente, antes da "grande cisáo": a consrituiçâo da separaçâo
uma idenr idade
onst*ra, ,.U*,rn ,*,;to,;.., . enrre o homem reórico com Sócrares/Platáo e o homem real (teoria e prática)
panir dele.
No plano da pr:ixk é possivel situáJa na guerra enrre Esparta e Atenas' no
Na h istória como processo civilizatório
r {culo v a.C.
d'lr' "',"d' o* :::;T.l,"'üfi:ffIl.,::
::::':::1-:::l':""preenchidr No panteao grego a dupla de divindades Hésria e Hermes revela, em sua
(ô..-cu,à,enrrrr,dâde
pelo, conreüd* a. *r,. q,. corrplexidade, a representaçáo arcaica do espaço. Para Vernant o casal exprime
u(nnem o\ pJpér. de crda um no ssio
dr t-Jmílir. Es,€s ".i.i,^. rn sua polaridade uma rensáo:
.lenam a' rehlões proprias de tada "igniÊcados qu€ coor_
trmrtia proresem .e dos othares eçrrrnhor
a c,a. )eu amargdmá se eterua rrrrve, o espàço exige un .entro, um ponto Êxo, com valor privilegiado' a putir do
de um riro em Letebrução propria
de um quat seposam orientu e deÊniÍdneçôes, todasdiferentes qualirativamentc;
tempo cíclico de rcalizaçáo e perpetuaçáo
<io grupo: âquel€ da celebr"çáo
rnono'. Os riro. ,e tocatizam no inrerior dos o espaço porém se apresenra, ao mesno tempo,como hgar do movimento'
dr casa e ;ndi,iduatizrm âqueles oue ô que implica numà possibilidade de rransiçâo e p*sagem de qualqucr
Jete par ricipam, de morlo que o,
unem e rhe" d:o ; ;;.;;;;:;;.,J". ponto a ou«o.'
Num procedimenro ,egrcssivo,,votremos
.. à Cré.;r. Com o mito de r'os
.,*,:.. o .,p,5" a. ,.p..,.n,,eo. que rcvcrr o pr:no É bem verdade, esclrrece o auror que gregos que presraram culro a
llli-'n;,,".,
@nsururoo r pâ, r,r de etemenro, obierivos
menral
cstas divindades nunca vÍarn nelas o simbolo do esPaço em movimento [..-];
e práricos do vivido. rrr,,-*ao"to
çjo obieriva do erpa,,o,omo momenro n€Le,rârio o espaço e o movimento náo esráo ainda isolados como noçóes absrraras".5
da -lodavia,
vida. quesedesn,orvee,ededob'" está posra uma compreensáo sobre o espaço Na sua inrerPreraçáo,
::::'-:::11.*.*-*
rcru c,ur,zà,olr. Í,ansíormando+e. Áperar
âo ronsodâha
de se reteri, ro mund" n;ruràl _ Héstia reside na casa onde está instalada uma lareira, que represenra o centro
o
I ll.lll.Tl,, *.""
. uma inreligibir;drde do mundo tem do habitrt humano. mas:
med,r\óe, _ .r;
J.r rÍ.rz cm s, eremenrô! importanre, que
fundrm a retacio.ocirt ao ina;,,auo Fikd. no
Hésiiâ não consr,Iui âPenàs o centro do espaço domést;co.
de ,eraçôe. :ociais mai, rmpr§ que solo. a larena cnculâr é como o umbiSo que enràia a câsa nã terre Ela i o
:"T ::r"..a udr.
rcr,/i\ao fr"....diaçro
No in(ro. o grupo e.r familia. ..rn ,.r,
mrr,am a
.,or..,,"-""" símbolo e sàranria de 6xidez, de imutabilidade, dc permanên.iâ. t...1 Ponro

:.:pc,c,Íi.o,lnu.T,.fo,T,
de uso, rambem especÍ6., ,0.,". ,L',
o,,j.L, 6xo, cenro a panir do qual o espaço humano sc orienta e se ôrganiza "
froouçro dá vrda/produç.io do erpaço, rendo
"",, Â* . j
"p:*.. ";;;,, ;:;il" ;:flI:T;:: ;:IIJ:::l'j: A cxa é o cenrro que Êxa no espaço o homem, assegurando perenidade
itrúou\ao do (!prço,omo momenro neLesârio a. p-a,,a"lr.p-a+_
ao grupo, "é pela Héstia que a linhagem familiar se perperua'.'/ Permanência e
a. mudança marcam consrantemenre a delimiração de um centro a partir do qual
se tecem as relaçóes com outros espaços. Assim rambém, o centro estabelece'

llí)
'127
t\tiPRt,\l.Nl^(Ár) I)() li\|'|^((l
^ ^lr( ^l( ^
l,rl,,s ()nr.rldos dxs rch\õcs y,(iiis, {, (l(D,,
,u, .,, -,,.";;,,;.,"i;;",i,:':'l;;;.,,:l:L:;:ll.:i:Jl,;"1::;j {riva.Ncssilcondiçio, slxtrnci.rlid.tlccor:ros,rci.rbilirhdc
:,.(','J\"
cnr.rrromcnr" a" *,1". ::c- .t.;*". .t" rerliza sc no seio do colctivo. no csp,rço dcm,crÍrico constituí<lo pcla cidrdc.
-' .1i.,t.,;.
"'ft o.cnr ro, v.rrxr..c,
V« n.,nr no. inÍorm; que
.'-' :j:' i)iJ.z eu. O espaço entre os gregos representa, assim, um.r condiçáo consritutiva da
mun,ro te, hrd" i,ohio, um náo Jetinr"omcnre cxistôncia humana que se realiza pela construção de uma história individual
r..:.;;",;;:""'oria
JnJlogor:pelrrroÕ,-l^.h
e,. r,'orrelsrrvrmenreorríros.entros
no seio da familia quc se perpetua através dâ mânutençáo da linhagemtura-
",",
;.,,";;[,i:,:,:l;'j,'**' ^-r'
murher c, r ruuroi
no mundo humano. o mo_
" diçáô - € de uma hiÍória coletiva que ganha senddo na cidade como espaço

",^.,,,.. , ,,,,.,8.," . il";;;:.,,,#'.. democrático, de autogoverno, derivado da açáo que reúneos homens em torno
.r.,".,ro. ..,.,.i.,- ; ,.
;;:;;;: :j1:"" " .n'içoes
rtr,dr
o' .onra,o, en,re
Ja..rdade.. nr. fronreiras
da panicipaçáo e delimitaçáo de um destino comum. Mas é possivel também
oo, e,rartor. nar enLruz;lhaJai.... pensrr que a larena pode represenrar Pâra os grcgos a cidade como centro da
r cm rodu o. lus.rre. onJe
os homcns. deirrndo
vida, da cidadania, da representaçáo do perrencimento. "Tebas é ranto minha
- .-. a sua nrorrda privada. quanro sua", a-ssim se expressa Creonte em É.dipo Rei.': Nas obras de Ésquilo,
, ,-., Íquer ,*c dJ di\u\io
l.^Jil :::::.':^':^':':'"- '.
c .om J .o,npe,,çio. .omo
ou do de Sófocles e de Eurípides a cidade aparece como destino comum dos homens.
no c.ri<lio. Hermes
,llli:;lil. ;;i.:l :: ;,,or . re o' deu'e'
"[...] a l'este se abareu sobre nós, fustigando nossa cidade e esvaziando, aos
mcd
. ., poucos a casa'r de Cadmo, enquanto o tenebroso inferno vai se enchendo de
,-c.. .omo'"..^':l:,,;,lll::
c,palo.rempo de nosas queixas, de nossos soluços L-)"." A lareíra, co^o simbolo 6xado no
",,i^,,. J.. ;.;.;:;;" ;;j:Ii..: nr prelenrr
nJ \uJ ,euniro '.ç:, J" ourro. centro da rara, é rambém o sinbolo d,a cidade. Porranro, a câsâ requer a ágorâ,
",,...r,.,",;;,";";;: ,s'rhe,c.c,\
que aparece em forma circular, e que. por sua vez, desdobra+e como espaço de
"p,.., ".n."n,.,aa;.'.; ; ;;;ii[:i::]:;,iJ::,:;i:ffi..'],:
,"." \u,8e o íJmit;rr ( o re.. ,, reuniâo no teatro de Dionísio. Da jusraposição destes espaços e da diferenciação
l.l"l,-..
.xtcnor _ mais ampl" ranro ,. ,. ,,r.. das trocas sociais que guardam em si e os diferencia dos ou«o', a cidlde se
espacialmentc or ";;;,;;;;:
no quc'c rercre :\,crd.ôe§
"ns
.
"^.,,,.,. p..".., r. ;;;,;'ü,:;:;.:"in'|o.ambo., po.r,rnto, constitui como reuniáo de rodos eles.
um rerceiro rermo: a sociedade. a realizaçao de A dupla Héstia/Hermes aponta ourra dialética, superando-se numa trÍade
Para Vernant. os rniros que marcará ao longo da hisróriao debatesobre a materialidade do espaçocomo
, <le Hévia e Herr
de rurocrnntu - .. h"..^.;;":;','rnrnes
aPâre(cm À$.iado. ao
miro ob;erivid:de do' lugare. da ida realiando*e como espaço-rcmpo. movimcnto
'
o" "'to 'n"o''oo' passagem, constituindo uma história individual interligadr a uma hisória coleti-
r om" par, o. poerr
e 6ro.o,o. ,.tt va nâcriâçáo e imbricâçáo de espaços vividos, representados. Espaços privadose
. .-,. a. . .,a;;: ;;;;:.""'^"
o' om a oru imore,.
^...
p,r m m. o om o . "
""' ", públicos-em sua indissociabilidade - sáo marcados porformas deapropriaçao
pr vih; ;:";1,. i :l:;;:::::
l.;i:X,1,:;
a

e,üe diferenciadc, enquanto momentos privilegiados que constituem a identidade


d rc(a e o grupo humano.
cidâdáo/cidâde como relaçáo contraditóriar o dentro e o l'ora, o individual e o
in,e,p,erJçro,irua no. coletivo, o protegido e o violento. A especi6cidade, revelando+e na diferença
no cenrro do enrcndirnenro
-,.r.r:\.a pdl,. da ret,rr;o do pelos conteúdos das relaçóes sociais, contempla um ,r/r, como pressuPosto e
"::lr: -., " na qual I hierarquia .e ti8""
Jque,e do poder. enqurnro
o e,paço da aeom:l . "..,p,'; ;,;;.,.J:
. pos.;bi,idade real de por
produto das relaçóes sociais de troca.
.,d. d" .,..., . .:" ,;;;;;::;;l:"j:j:*.va Podemos pensar que o homem habita vivenc;a o mundo a parrit de sua
e
..,. cond(oe' do aurogovcrno.
^,srm, o rnrro rcveh. .ub,,,n.;,r..n,.. ,- casa. Bosil'a6rma que esrâ é parao sujeito o cenrro nervoso do mundo, repleta
r denn(;o de+e" e.h..;;;: " como ehmen,o ccn,ral
de objetos que revelam o mundo inrerior cheio de significados e que ganham
;';:.1:"'ociar
l'nior'er
,:]: ,n
*r'vé\ d;
rugar dererm;nado onde
d'';,. ;
:,:;;J:,',','ff ,:::'J:lff::: sentido à medida que a vida se desenrola. Mas a vida não se resume a esses
lugares, pois ela é expressão de um desloc.amento de açóes que se desenrolam
â indívjJurlidrde \e;il;;:;;;:;l;;
em outros lugares. Valter Benjamin, por exemplo, no conto sobre Nápoles,'"

Ir28 i
't2t
Irl,lrr\INI^(.^r)^l{(^lr^l)oI\1,^r.ot r, l\l'^(.r, l,o lrl l( (r

J(\ Rr( i^ .,r,. (1., vi(t., .,rrntr.rrr.r rrrr ,lirr


priv.r<ro. ou mcrhor. l,,.ir;.x loriJirni qu. d.screvc c tli corrtr o I vnh rr ridrdc. ligrndo lugrrcs
pos,".,,,.
",",
casa c aqueh da calçada c da rua, ";,;,,:,:H,1I;.;:]::llil.il,,,i, ::
sem scpâração entre o dentro e o tàr.r,
. ;xrv,.rs nr cichclc.
como^enrre o indivírluo na prernç.r
assim Mas o centro quc nuiros dcscrcvem com um antro único no csp.rço da
de um c,rrangeiro.
O habnar, que, como já aponramos, guarda , rlrrlt pode não sê'lo. Comccemos pela l3ara, que é o lugar do dncurso, do
a <limensão do uso c abran_ ,,rn,crcio, do enconno, da asembleia como ato de realização da cidadania e
resença reai e concrcta, .esdrui
â presença e o vivido, ,,nrc arrc politica, nanifestando a igualdade do cidadão, a sua capacidade e
iluminando os
tus". d.";-_;
usos e o usa<lor. Ele envolve um
.. *p";;, rrd;reiro deautogoverno. "Não pode haver cidade a menos que todos tenham
Ponrn,o. umJ lotalirrr;o e uma diváncir quc se retrcrooa,om "
re. dr cidrd( e que.
., ,..1,;, .rlucle mínimo de virtude cívica, de respeiro pela opiniâo pública, senso de
For;ç,o. grnhJ,luJtidr;e" sp..,6.^ i",.,. p;;,;.;:;,
constiruem o mundo da percepção sensível, lrr*iça que viabilizam a vida em comunidade'.r?
carregado de significados afetivos
A esfcra pública e a privada pressupóem e requerem um espaço eferivo
que. por \uperrrem o invrnre. ,;o
l, 1:,"1,*.","*.
significados protundos sobre o modo
c;paze, de rra<Ju,,ir
1,.rrr sua realizaçáo, isto é, pÍessupóem e constroem um espaço-tempo da açáo
comr
,.-p. n olo o. ug; c. da. d"..
fi;ilil,,T.::"T::j: ,1rrc orienra a vida. Mas não é só â represenreçáo de Héstia,rHermes que revela
?...
rempo. abrem posibilidades. o scnrido desra espacialidade. Também é preciso recordarque a constiruiçáo da

O .i.hdania na pólis grega do século v a.C. teve como tundamento as reformx,


espaço púbiico, por sua vez, rem uma multiplicid,rdc de senridos para
a sociedade, em funçáo da culrura, lrinreiro de Sólon e depois de Clísrenes, que revolucionaram o modo como
ser negligenciado. Nese
<tos hábitos e
caninho,
d.; -""_-, *. ._;;; o do - e a riqurza presa a ele - era apropriado diferencialmente na socieda'
é sLrbstancialm ,"r, ,rr,,rr;"t,' ,lc grega. Portanto, a análise da póln grega contempla, necessariamente, um
individuo, quô, pcta ^."j".,;;;;,
e relaciona+e, ponanro, à arivirtade
plena <1o retação com
o-urro . deÊnidon de ,.rr. devino.. I ugar ondc ,e rertiza nrcmenro espacial, fato ignorado pelas aníises sobre o espaço público, que
um ripo de rro,a r«luzem à esfera pública.
euúo rÍ d r:rcnre drquetr que dr .onreddo ro esp.rço
Trel lo,
dtr,. dom,nJdo po, rcLine, hierarquic.r.
pr;vrJo _ do Nesa direçâo, a pólis nâo rerém apenas o polírico como posibilidade e o
deÊrjdj, no ,ein d, üm,iu c dJ. rcta.
lrrgardo dncursocomo açáo. Na ágora se realizâ a reunião dos homens, um con-
d( prrel,c..o.. e,paso p,ih,Í.o expõe ,cn,oe..
:o: " JmhisuidrJc,. confl;ros. rrro num espaço, determinâdo pârâ â âçáo e pârâ o estabelecimento do discurso.
r.,,rcren\rindo-,e do nrvet do privrdo.
conrempL a p",.iÀirid,d. do
lsso se dá pela mediaçáo da rroca, posto que toda advidade humana exige um
do rncpcradn. sndo umbêm o tugar ",,,".
da te,rr e do. rcfercn, i.ri. . onr;nridorer
.9aço+empo que lhe é próprio, e todo espaço exige um centro âpârtirdo quâl
rm ,ua Jim(nüo púriri.J. n;o negrigen.iivcr ,onrcmpra
:,.::1:l:*. a .le se orsanizâ, se orienra. O que as obras de Sófocles e Eurípides nos revelam
.1 que o sentido do pertencimento e da constituiçáo da ideia de cidadan;a náo
Â,'únuadição c.p+o pubtico-e,paço priu,Jo
re,cta J nrÍur(/r ,ocio. sc rcsume ao uso da ágora, mas, pelo contrário, é da cidade que se fala. E esta
crP(,rJr dr prdr\. qur Iunda.§ reta5oc.
ocrai,. . c .ond\:o de reatiz.r,,an d.r
v,dr humnna em .ua mutrip[.idadc. expressâ umâ âÍticulâção entre os espaços públicos, náo só aquele daágora, mas
A rela5,ro do homem,um o mundo é
. orr rurda a par rir dc um punro
nmbém o teatro de Dionisio,r8 onde roda a cidade se reúne durante dias para
no qu.,l o indir rdu" ,. ,..."h...
onuc.on,rror uma reir de rel;1óer rom
., p";;;:; prrticipar dos festivais em homenagem ao deus Dionisio. as lionisíns uúd a'l
o ourro e Jrrivir Jc.rc. rom o mundo
tlue o cerca, produzindo se enquanro o dos concunos de tragédias, e, ainda, as ruas onde se realizavam procnsões,
humano à mediila que consrói a reali_
Jrde. tu,im, ,e o ponro de panida e envolvendo, deste modo, todos os lugares da prárica espacial. A relaçáo entre a
o e,pa5o pr rvado, rcvetan<lo ,e atr;vês do
nrô,tdr quc e ,cai e con\rero raquete rrcrópole e a ágora é a relaçáo entre a repr€senração arravés do mito e â prática
do, goto,. do.or po. o lugar J.r habirrç;o
(lr pârticipâçáo polÍticâ. A deÀniçio do honen grego para Péricles é revelado-
qur,cer. a o mundo privado, a pe5r
do aprnamenro ou dr caur. etc rrmbêm
\c rD,e. ,neroruvejm(nre. em direç;o ,.r dessa ideia. Isto é, o sentido de homem é aquele que reúne um conjunro
ao publno..ro.otenvo,omo lugar da
Jc arividades como a pocsia, o csporte, a Glosolia, a polírica, e os trabalhos

lllo l:l1
y\
i(r1.,(t. ,).,(, Í ,,,,,,1rtr.. .ssi,,,. ,t( ,,n,., !,,r,,r,,,,., (lf i,,(li\
,r'.,,,,,.,i'. r\
dJ),*s,!, (1. lh,,r.rIi( ul.r!i() (1. ,( l.r\õ$ y)(t.ris. (,,n(li\,trs r.rs (tU.ris
,,r.rs,r
ntLr^ vi(1.,.,,rk|i.,,,., r{,,,!) (\t,.,\,) tt,p,,.l.*. 1,,,r.*,,.r1,
ur ^
I',., ,. ., ,,1'r. ,'.,. ...i.,,,.i t,,i .r,,,.,\ii . i1,,. .. r.\
, .,\ ,i
ind;vi(lk, p( u2 srr c\isrinci.r cnr rchçio :ro oLrfo, no
csp,rlo J,r ptitis. tiss,r ro,rrn,..rplicrn,. lsro tr, rs rchçi,cs soci.ris cnrrt os hon,crs sc rt.rlizrn, por
orientrç:io (xigc üinscc,rder u esliru do iod;víduo,
o quc nos «,locr cti.rnte dr .rproprirçi,cs succsiv.r tlos espaços e dos rcn4ros.orlo cordiçio c tcllizrçro
qucÍio do sujeiro n.o pré,consriruído rnesnro que porcncirlrncntt
, nr.r ,lc qr.r c*nrlniir, il,rnil,, lhcs c,»rcLido t scntido. Ncsc proceso, ilLrmina+e
comosujeiro estnrnrrdo por p«rcesos decorstrução rcrlna
pÍ:ix;s,.ongiucDrc r conrrr<iiçáo csprço privrdo/cspaço pi,blico. sen<lo o úhifto termo â negâção
com r ordc» das determineçóes sociais. ,,
Jo primcir,, rr medidr em que o esp.rço público surge como espaços rcnrpos.
O constitui se a pâ.rir dà d;xléric, privâdo?úbtico, o que conúi.
espaço
lugrres c momcnros d.r prática sócio-esprcial. deÍinidora da vida na cidade como
bui, na prJtica. com a idcia dc que a ciLia<tania é inclisociÍvct
e consrirutiva da lirn,r Ncsa pcnpccriva. as rransformaçóes nos sentidose nos
das rpropriaçôes.
c;dade, lxm como da rcprescnração da cictadania. Arcndr.,,aponta
que e eí.era conteúdos do cspaço pí,blico sc cxpliciraft como momentos cle6nidores, capazcs
pública n.r pólis era.r csfcra da liberd.rde. em conrmposiçro
à esfera privada, co- Je revelar o movimento dr sociedacle ern sur roralidade.
mandrda pela necessid.rdc. I,ara osgrcgos a tiberd.rcle ituara-sc.
s cxctus;vamcnre. Piru ôuitos autores, os espaços públicos sc rcfcrcm àqueles dos equipa-
na esfcra da politica, corrraposra àqueta d, necessidarlc
que aparcce como um n,cnttx coletivos, o que ncga scu sentido mais prolirndo como aquele da possi
fcnômcno pri-polirico. caracterÍstico do l.rr privado.
Ncssa atàra rc juriíicava bilidade de aproprirçóes múhipl.rs, como lLrgar cle enconros/dcscncontros, da
a violênci.r como n,eio de vercer a neccssidade
e atcançar a liberdâde (o que
.omunicrçáo, clo diálogo e da sociabilidade. do cxcrcício da c;dadania. Jacques
também jusri6caria a escravictao). Nesse sent
o, os concenos de domhio c de l.énrr chanra atcnção pam o fato dc quc o espaço público tem dois sentidos.
$bmissão dâm pcrrencentes à esícra priv.r<la, enquanrc
o público - sc diferenciav.r da famitia centro
a pólis_ que signi{icava lir 6losoÍia polirica, é o disposirilo que permite umà comunicàçáo de unla
- ila d*ig*À,,a"_ p*" c
os homeDs como isuâis peranre a esfera do polírico,
-*.b_ deliberação entre adãos, nesse caso, a cidade contdm uma meráírora espacial
que isuata;â os homens. ri
Assim, ser livre era não esrar sLrjeiro às necexittades
que Íem relàçáo com srcsa oú con o jõrun romano, e o seu sentido é o
e ag,
<ta virta, ncm a ourro ho_
de lugar privilegiado da reunião piLblic.r dos citâdinos. O out.o senrido é o do
mcm. A igualdade era a essência da ]iberdade, uma
esfcrà na qual não cxisr;a csprço público como objeto da ação dos arquiteros urbanistas c, ncse senrido,
comenplará o unireno dor possiucx.
tàra da csfcra pú6lica, con"iruindo o scnr;do de
cidadania. r,ura Arisrór;lcs. Aessesdois elemenros podemos acrescentar qLre:r Ceogralia permite pcnsar
a.or.lição pÍévià
de libe.dade ethinrvr qualquer mo.lo de vnlà o cspaço público como um lLrgrr concreto da realizaçáo da vida nacidadc, como
dedi.ado
basicrmcnte à sobrcvivência do;nclivi<_luo; p.,i,
,n, ,ji»_,i,; ;" esprço-rempo da prárica social, lugir da rcuniáo c do cnconrro com o oztra, o
"*.
l .rJ Jr J.morimenr,-e <"".r.,rouendooinci,ruL,or..r.D"r.ô,rt quc signi6ca quc scu scntido é o da alteridade, em que a história particLrlar c1e
kmI r.,. "i., . - urit. {
.oL ev.r( n. r.,.,,.,.,0,..., .t.
crdr um po<1e rerlizar'se enquanto história coletiva mLriro mais do quc sinples
voiridr aos pÍiz.rcs do «rpo, aos àssuDros da p,jris.à vida Íitosó;c. o
eue localização da ação. Permite tambdm pcnsar quc o cspaço público se deÍine
doronvr uma formr orgrniz.ção poliricr muiro esp".i,t
r1e
t,,.",;.;;"
scoltrntr.: " pcla rclxçáo c Dáo pcla forma. Âs possibilidades da reunião e do cncontro náo
signiÍicam p«,ximidadc r1o ourro, esr.rr ao l.rdo do outro, mas relação dialérica
Ncs., prr-J.r.,ir., I,oJírro. rrrrmrr,lrr, o(,tÀ,triuti.o.,f ,re,(,onr.,
,
o lug.rr Jr rcrli,.arn .,,n.r,r ai hi.,,i,i,.rd,\iJuJt .,,n,o l_i,roI.r
do sujeito con o outro d.r relaçáo. Por mnbém a6marque ncm
isso, ó possívcl
.uiorr, rodos os csp.rços dc usos públicos podcm scr constru ídos a pr;arl nas cidades. Se
pela ürediiç.o dos lugares de reatizeçáo tla
vi<la. O concc;to de cspaço púbtico,
r cidrdc é. crr si. o lugar davida. ela conrcmpla a po*ibiliclade de que todos os
portanto, ligr-se:r uma pr.ixis dercrm;Dada. el.t própria
invadida por conreLidos seus lugrressejrm passí,eis deserem aproprirdoscomo lugarcs dc constituição de
siIrll,ijlicos. C) espuço púbtico revclào uso e csrc se ligaàs
dercíni;açóes,J.r rroci sociabilid.rde. Por cxcmplo, quando numr muifcstrçio política o "corpo pode
ocial cm sur ol,jcrividade+ubjerividade. nrrter;al e s;mbólica.
romar o lugrL rlo caro na rua". ou, ainda, qurndo r rurr é tom.rrl.r pelo "jogo"

r.tl l.l.l
l(liPl(li\r,N r'^( r)r) ri\1,^('r) li () li§1,^( () l,Lrltll( r)
^ ^() ^rl( ^r( ^
crc. Assim, o.str,ço priblico cr, scn: drivnh. dc orrtcrrr
socirl c tiga*c à ntci.r de O ind;vidualisro nrcdcrrro, lig.rrlo à ünplosáo dls o ricn raçírcs sociocultu'
tunr crp.rçr,Jc usos ctut nc,n §enrprc
\io ou

:::,...,i::::i:
il, :
LUrLCuoos prerrsos. mâs. "':;:';;::,
iiti';.;iil*: ::.;!j.:;;:,; rais c à crisc da cidarlc, apont.r prra o firto de quc as rransformaçí,es do processo
rlc reproduçáo do espaço urbano rcndem a separar e dividir os habirantes na
cerrJmenre. njo
D.,_ r",,", ; :.,,;;; cirlade em funçâo das formas de apropriaçáo, determinadas pela existência da
.:.":.. i<,o quero di*r",il;ili:J#:j:j:$j,::::.:;:":::fi
que a', ,.,rü,d. q,.
: propriedade do solo urbano. A acomodaçáo de cada um num endereço específico
:.
ver. não e,rj ru mro ü,;o;;;.;;.; rponrâ pârâ umâ segregaçáo espacial, bem nírida, passivel de ser observada na
que nor m:riza
dos urbrnisras pr€.o, à tóticâ O, ,*a"r,O,l. :.,,*,",r. paisagem. Como delimnaçáo bem marcada, separa a casa da rua, reduz o espaço
a tuncônatiz, o espaço ,rbanã.
\oc,edade ni r\ão
e
," .;;;;;;;.;;;:,:; público, apagando avida nos banros onde cada um se reconhecia (porque este
dos ( idad:os pan icipando
atiram"",. d. ,"r. d*,,J;. ,;; cra o espaço da vida) e rorna a cidade anônima, funcional e insdtucionalizada,

i",::"i.,"#:'?:i,T:.:.,ffi ,:::::T::,::;,::h::lmtrÍ,,j:; de manena que ela passa a ser vivida, nese cenário, como estranhamento.

conrraposição Ao longo do processo hisrórico a produçáo da cidade vai se rwelando


à ideia de um atoraruando n
como modo de segregaçáo de grupos e indivÍduos. Hierarquizados social e
i\o. l:':x':*l*J;';;;;;lffJ:J::il
,.. ,,4 rncoroa em q,je permjre
:ffIl::flfi :: ;:'i; espacialmente, os indivíduos participam da sociedade desigualmente em que o
a rela<ão social
a" ,;rrf"*,ara. J.,
arra,* cspaçopúblicocomo subversáo e negatividade aparece mais como possibilidade
uor À4a" ê prccrso .onridvar que o, espaço, pübtiror
conremplam conrradi_ do que realidade presente. Esse proceso revela, também, o encolhimento da
çao em s'. 5e o espaço púbtico é um
lup:r a
,"""0. ..a.,,.1 ;il:i::: :,ff;:.,l:ji::::;:il:
"is 1.,;;
esfera pública no mundo moderno e a expansáo da esfera privada. Árcndt aponra
que a esfera privada não é mais o oposro da esfera pública, pois ambas foram
*r:rêgia E.,ado ,.il.; :;;;,;;;,;.,*j
lllljll.:r*.,: do absorvidas pela existência de uma esfera social. Com isso revela+e o que Arendt
chamou de "vitória da sociedade na era moderna', isto é, sua inicial substiruição
;i;*;;" :;::, J: ::T L.:X flj i,:,';:1,i,:1.#..;;,:;
J
ver com o Êaro de que ;:L.i:: da ação pelo componamento, e sua posterior subsriruiçáo do governo pessoal
o espalo pubiico e o tusrr
màs 5e enconrrâ invadido pelo
d;;;;;;;:;;:ff:": pela burocracia, que é o governo de ninguém.
mundo da m,
,.,".,,,,," o. .,0,...,,íl;# :::;I:;*illliill".ll,illi,,,,*l Desde o advcnto da sociedade' desde a admissão das atividades
oe I'rcro parâ o seror imobiti:,riô càseirus c da economiaà esíec públi.e e novà esfera vem se caracrerizãddo
principàlmcDte por uma irres;sdvel tendência de crescer, de devorar o
Á cidade conremporarea roeta
estas o esferas mais antigas do polírico, do p.i'ado beo cono a esfera mak recente
o-0",r"
rrmoem seu uso
*, r,,,,."'i;: ;":iil: ;:l::::';:'jjT:::r;,:: fl:; da intimidade. Este consranre crescimento é reforçado pelo íaro de que,
timrradoporeta. Um; conoui, âthvCs dà sodedade, o próprio processo de vida foi dc uma forma ou de
,,,,a. ..',0u*. ..*oni;_;.. ü,;"ffij'fffl :lti:i:l,I:HI ourra canaliado para a esfeÍa públ;ú [...]. A mãis clarà indicaçáo de que a
tun\óe, e\pecrfiLr\ que rpontam sociedade constitui a orgaoização públio do próprio proceso vital lalve
a condiçeo obie,* O. sejaenonaada no âro de que t...1 a novâ esfee sociàl tmnsôrmou todu
L cnvolto no individuali,rn..
,** * -,^a, ".,,r._..ri,a. as comunidades modereu em sociedades de operlrios e usalariados; em
.," ..*o'"," oo,*. ;j,,;,:,ffi .;"::T".*.:^lii:,,i; :,,.,#:::l outrx palavras estas comunidades concentram se imedi.ramenteem rcrnô
,"," imobiriâria pe m; indo a de üme única atividade necessária para manter evida o labor.:1
::,_: ::::: 1": '. s.*,"ri^ç,. d. ,,;"i.,;-
t.r,,r de ro. â. no mo! imcnro Naturalmente para que se renha uma sociedade de operários não é necessá-
que meràmorro.eia o.,O,*;; ;;*",;,1.,i rio que cada um de seus membros seja realmenre um operário ou trabalhador
1»,'Juçao dr cidrde coman<Jada pelo e.onómi
er;mina aos pouco,
,,.,.,,,...." *.,..";,:::;* :_:j::
o'enrido ipâçáo dâ clâsse op€rária e a enorme força potencial
que o governo da maioria lhe atribui são deciivas nesse particular: basta que

I r31l
135
lllll:.:" "' l''t'"':'''(r(r " " (r,k r v(,, r',,,,,ri,r,,,, . L,,,,,,trro
rrrrrr r ;,r,,t,rr.r 1r. rr,rliz.rl,,.1Lt 'rrlxrr(Lr 'r.( x(iirrri.r
A,rr v,/,n, r\ r,,.i., ttc "
;;;,.';,',;:;,i;lll"i'.\-' 'r'r" ""' r ';
!,.,, í.,,,,, r 'erri,r,r".rrr,r,r,,li.rrrr.,l,,,lh.rr
,,,',,,r,.i.r',1,,,r.,. r .rriv., .,gin(l(, J.L p,.irn.r "t.rl. .. Â ti,h pri,r.l.r 1'Lrnrur.e pri'qr"
,rôJ jn.,,,!.hri,,, ,,,r,.,,. 1. lq(tr ,rt).,,., l.lib\ k (',, "1,rtrk,.t, P.,1.,' ri lr1!.n1,,1. o r oul,rvun..rrulhr
J,,:.,^;l,l;;:l];:X,;l,l:,'."ili,l:f:li: .r liurr.rçors. Iirqr.rnr,, 'e oper.r.r rr priv.tiz.rçio vth c ptlx nrtsnts
lio rdnlridJ\ (nr fr.,çi nuhJi(r
(r,,,.rsi,n.,,,,.t.,u.,(J.J(J(.n)J..., rrri," o poJrr t .r r(lre.I s. Ir.Bod.iliT{Dr. A ridr lúbli.i i toliri.r sc
,nJhJ,l-( n. v.,,jo,8rut,,.,o,,.,,, iniprctn., d( inrig.n\ c sig,rÊtrçirts cmprcstartrs dr. I privrrt.L."
rurum rhrun idur p,,r un)r !"!,id.,Je u,,iLr.

lt::.",- ",i. , .,: il;.:;.;,.:


n.rsc.ruo no contunnisrno
por rrcnro.uh.r r , .
incrcnre
r
o,
;l:;;::,;;J";:;"í;:i,:,;;:
!,,crcd.ide
,,;;;.,".,;;;;1,;::::: *,' ''".
x Contradiçáo pÍiYâdo/público
\,o,. (sL tirô!.. \u LrlticnJ..,n. Aaçio qurconstitui o murdo concretamentesc rcrlizr cnqtranto modo de
I rr, r,, rc. r(l( mbrJ.,Jo u,rJ r,,rn,ulJ Jc .yoprirçro do csprço prra a rcproduçio dr vid.r cm «xlas as sLras dimensóes
I*trs se refercm r
modos de uso quc constituem rs rclaçóes vinculades.ro ser
., rlrrJçi,,,1,, c\Í.rJ,,.,rnô rrl hunr.rno c cnvohcm dois pl.rnos: o incliviLlLnl (1ue sc reveh cm sua plenitLrdc.
D(ne,, tr' d1ro ,,,^J-n ,. ro,.rj'.
. ,,.,,,.
J, .". ".i,";.:.,.i;.,:1",:li:,::l;,;,,,; ::il;l:;:
,,.r., u., ,"., ." ,.,,:l i ' ,
no rto dc hrbitar, ligrndo sc ros conreúdos c scnticlos do cspaço prirado) c o
eolcrivo (phno d.r rerliurçio da sociechdc. rcrlizando+e c» cspaços rrr.ris rmplos
os p.ocesos
p.jhriaç,o d. .e
":" "l. r ,,ií. ;;':':i :i:].;li:l;:l;jü
Jt'rcLc,tur,\lu c inqr.,nru
i
O.ho. e complcxos. quc se lig.rm ros conrcúdos c sentidos do csprço público). Essr
rchçio grnhr scntido objetivo e sLrbjetivo nr cid,rdc.

'l,l:"'^'',"' "a''"' :
ic,,1c.r. , ,,,h. m. J,r.,,,-.,. .,..,.,.
h,\nri.
:';'j; l'i,.,.,,r,,,; "J :;';l'l.l:i.il
l;'
l)oém, nr cidâde.onte,rporânea, a contrrdiçio esp.rço público/csprço
privado rcve!r.r cxrcnsio dr privrçio, atnvés da foma jurklim dr p«rpriedatlc
.l-,,,.,m., \:,rJ .ot,",,,.t,.,,.,.r,,.
"ao . ; ;,i",.:,.; ..;,,
pri"ach d.r riqucza, c rr.rduz sc ptla hiurryuia «,cial que dcÍinc o acesso aos
|,,\"J..
o.orhecin!1rÍo,.. O ft..hànr(n«,
.",: ;,.,,,;,,.i,]:
acompxnhr .
sohtu, u"'li"'l""'|! c a vid" pr;vaJa lugrcs dr cidade, ponnr.urlo a dilirencirçáo cnrre os indivíduos num.r classe.
stobrrizrç.o .,, , u. . u-'' Ao mcsro rcmpo, rcvch r cxplos.'ro do ccnrro da cidrdc como lug.rr simh<ilico
. ','' '
, ..i,.,,r*,,.,p..,., \,'rhcrr'r'- ,r, Juz
^.,r*.i,
,.,-r,,r,,,-1r,,,,,,,,,"
,;,."":; .onsritutivo dr iclentidrdc. Aqui, o senrirlo rlesst cenrro é radicrlmente dilirente
sente mesmo nrais cidart.io_
À::,ll':;".j: ;"..,:lT;,I l,:1,".': .1r.igorr. rudo cspaço requcr um cenrro.onro condiç:o de sur produção, o
Se
rsistc ro
i,rn'iruo
ur "'(n'r'c'''rf'''ro'lr"^lf' scntnlo do quc i o ccntro se tr.rnsloulou, substituindo r parricipaçio coleriv.r
*u,, Il("",,..t,,
. ,. "r ..,.,,,"'"
.i, .., :"::1i,i"", ;li:l:,:l pcla p.rniciprçio represcnritiv,r, o cidid:o se ccliPsa e só lhe rcsm a nionumcn
.,,\j, ...., ,,-. f,! ,. nc.n
nc,n ,.m p,.dd "..x.l];.l:: t.rlidrde quc Lcvela a espetxculrrizaçio do csPxço. Ncsc sentido, a Produção de
.,, *- _.a,],a-,i._ ,,"," 1" jr]*,".,-. r."r.rp,râo rearaos€v.n,ô\
c .rdc contemporâncr trmbém rpontr r prssagern do cspaço do consunr ao
,.,"_,,.
",
"i",.., ;.:;;;, :,:,:,,: :i,.1,:,.1::1,;:T":,;: consrmo <lo csprço, mrrcado pcl.r rncdirçio dr rroc.r, sob I ltigicr d.r nrcrcarlo-
Lô,^cknr,r c dc uinr qur\c1,,Dr(n.i., l
.,,",",,,,..,_." r rir, à qual o uso c rs làrmas de rproprirçao do esprço da realiz.rção dr vi<la se
ô,t,,, p,,v.,Jo qLct. d. ";;,".,.rt,,;.:1"",:lil,;:.1:
";:,h.rrnr r.rn.Jo,o.
:i, :ii,"; ubmrtenr. Am6os sc orientrm «,b os <lcsígnios <h troca mcrcarril no momenro
rr,, irl hisrórico em que o cspaço-rcmpo dc rcaliz.rção d.r mcrcadorir' c dc scu murdo.
ipaftce como.ondiç:o dr rcpn,dução dasocicdrdc. ro Pussoquc I Parricq.tçáo,
r'" m.rr.,lrrid.,ue p,..1.n,,,,rr.or,,.n.Dt.uJ. corno possibili<ladc cle pirt;.ipaçio nr !idu Pública, ap.rrecc inrcrsr no mundo
,n, t.,.,..t,.,r.., .r,,iF i1o crycráculo da socicdadc <le m.rss.rs conm conscitncir elicnada.
"í\Dto,
1.,,.,,,:,,, o p, \,..o,,,l(sJ\,'\,r,,..,, a.,r...,..",,.,,,".
\.", J.!..r.r,.. r.rJr(s,.,\ J. t," p.^*_* No esprço d.r conrcmplação pasiva, nrris do quc da ação cívicr, as re-
Jú1,,. 1i.,,..,.,J..,"
prcscnlaçócs rssLrmcm prpel iorponante na clissimuhção cl.r prrticipação do

l:16
l]7
trt,I'trI\t Nt^r. À() l)o li\li^(o I r) l']\l^(,() lilrllllr (r
jn(tivrdu,,,,., ^ ^Rr'^t( ^
fn,icft, cotcr;vo dr (ii.l
o \'rr,r.kr, (r( ,,,,scn\,
vtnos ,ro ,rb,no c dJ vid,
.,,.i.,:':'.^t] ''"*' 1rrir'li' ' l'or(:uÍr), ro tnÍo(xÍ.r
os scnrnlrx, tluc são.rs dcternrio:rça,es do seÍ hunrxno.
Pon.,men,o\ e dcÍinidord", ;:;;"1'.:s'*:'r""nt"'o'r'',r". J,^.lom- prfticr, o nrovimeoto do pcnsaDr(nÍ, v.ri Dr dircçío do.on(rett,, d.r Prti(ic.r
,r,".*",,"*. a.,.,;:;:::',y:,-1',,jrn,ro.a. hierarqu z:ndo os urbana realem suas contrâdiçôes vividas. Màs essà contrarlição espaço privado-
dr agora, que para rennç, * ',daJe Âo no rermo ddade. Assim apârece .r cidadc, como
'onrrrrio do e.paço esp.rço público ó superada
'at" ..n...0-*,.
;,,
..rr,n ',#: *
";.;]-Y':" *"o'çoo o' .'p,ço' p,ibr;.",. n, rerceiro rermo, apontando e superando a contradiçáo entre público e privado
a.,1"*. -,n',". r.i,.'"l,,jr;::1" 'eercsação do me'mo rempo rusar através da consrituiçáo da luta em torno do /ialra à tidade cono negatividade,
"
vn idr p,arndmenre. é contradrpo co"c.eia.
o e,.,a. ;'. ; :.:*"" "bano isro é, como projeto rransformador no seio da reproduçáo social, restâurando
.," 0,.,," , ,", ."
JJ;::'j ::,.:::fl::aspropri.dades rorrn,is re.a o sentido da liberdade conrida no âmbito do espaço urbano. Nessa dneçáo, o
espaço público permanece como reíduo: o esponraneidade e a
,. ,li::l::,'"'#;:il]J.l1#lT::*"a. e.paç. n§, u(.nd â
aca.so, a
pàçâo, sempre possível. Espaço-tempo de implosáo da norma e de rea6rmaçáo
Partici-

de (ons iru4,o ," ;;.;;;::::,I:l:n,n'o kmo e er,pric, o mouimen,o do colerivo como possibilidade de aurogestao, o espaço público aparece em sua
,,',"'*,.. -." i-..,;."#:::i." :*1e con emporánea.
em,e, negatividade, como momento constiturivo do direito à cidade.
a. *r",r.,i..
*' ''''çóe' "ociais no imbito do
À.r,".,-j;"^"1': É asim que, na análneda cidade, nos confrontamoscom âs siÍuaçóes que
1....*
do'"paçopubricoep,;"J;l;;:.:::, "' d:l'produçãosociar,ob
T'* a ab'orç;o do' conreüdo'
emergem no seio da realidade como urgência de umavida coridiana fragmenrada,
proceso que çe reariz.a.o",,r;i;;;;l"l::: o LapiraJ. realizada em espaços segregados bem como, como al aspiraçóes a uma "outra
o,,i'a.a* o^ ..i", i. r-0,.,."r'j.ll'1 '^":0. nu," ."p,ço ,b.",- . *- vidr", capazde restaurar a dialética da neces;dade edo deeio como fundamenro
,.a- *
r,g"*. a, ,ia, I-""1.1..j'l':l''*,rda reprodr:1ao
d; e'pecie. da luta cm rorno do direito à cidade.
,p,"p';,ç;. *r,"*ia,,,',;,.:.,';l:*'"'""'' p.r"' ro'm,' p"*,u"i, d. Alguns dos conreúdos da representaçáo arcaica do espaço esclarecem, assim,
*r*',. a, r-r."0,0. ;;#; ;:.':'',' me':c'':nrir como con'equén,i: da o senddo do habitar como modo de apropriâção do espaço e do rempo, apre-
,hno' da ,id, . rc".r,ndo ,e
-,". p,;,a,. i, .;a"1"'d;,J::: :':*': ,':",.i.,' sentando+e como uma das dimensóes da vida humana. Já o seu desdobramento
,."r^,,, p.ro.*,,,*.,, j, i u,banas - .e1am eras
n., or^ *,**, _ ,;:;,;;-.':' * -ro urbano. pero nar.orri.
aponta o lugar de invençáo e de remiáo de pessoas, de troca de intormaçáo,

",
público.
i,.',]j;;l:::j'*11
e ru derir;o-.; ,r^. """1'
condiçáo em que o habirante toma consciência de umavida coletiva surgida das
-^-- l'd" ^'encolhjmento do' espaço, experiências cotidianro que guardam ern siuma relação afetiva e simbólica, que
,,r,,,. n',,". o, ü[.-,^iil:',:':-1? pera e,pan',o d,,
p.,;G.i.,, produz a ;dentidade. E é nessa relação que o cidadão toma consciência de sua
, rorariz:dora do Àrado .,1,.:, peL poréncia orsaniz,dora
d,:;;;:;::::i
e situação dianre de espaços mais amplos, nos quais a apropriaçáo revela, em sua
,r,.'.,. a..p<. T,-.d;da vida expoem mercadorü arravé,d,
pro_ profundidade, a relação enrre necessidade e desejo, espaço e tempo, produçáo-
".u",.:;,;;;,'J"...
po,Jerd', p,oprieda,Je
pri,";;:;;;h#"1:Í::: e rero,çam o âpropriaçáo reprodução em seu movimento, numa párica sócio-espacial, que
,',;.^..,,r,;.o,o.i.n,"a.*,o,"C',.i" *"0'ncando,m coniunrod.valores é, inicialmente, condição da existência humana, "de sua essência universal de
o",p,ço .'
. in,r;,u.ionoi;;;.";:"'i l"iT.aruali.andoaaJienaçio uma maneira universat, quer dizer enquanro homem total".)l
vaJo'lomo *'zindo o *nrrdo t.,,ro d" pr;
<ío rrr;;;;#;I'Í
p,ibrico
Ji'.rrruü. momen,oem d, aao.ei,in.
q,a,,;,,";;rt*'*"p,,...,rra"i.
*'rega Notas
't',*,. a* inar,a,o. o* ,; i.};i:-" " dc
'enrido provenicnre
e.pa5o pubrico. exigem
H. Atendt.Á nndino húdhr,\a ed., RiôdeJtrneno, forns. Uni'.íiríi:,2000, P.10.
,, d;rc;r" d, par,,.a
com'oil.;,,;.':l l":','oo a.,. ' H. LelehvÍ?. L? ndnridlnn.diaLúq"?,tati,?u. 197t, p. |25
r irrade n,, ondiçroi. "l1lli""., a.' ;"..,,,í. r llsr regÍ.sio rmz dcú.nu que aundrnrentrm tr t Í ip.c.c.i 2sô6re x Prodnçiodiv â..nrô
, .Â
, iJ r humaru
*rl,ll..,l da a',;o quc funda c.sso dc troduçáo dô e$,iço. ElL.idr o sisnilicrdo do $o e |ermne re.eÍ uni .omPÍcsão §ô6iÉ o modo
Dr.
em ua ob,e,,,olo..'ã, i""orempo a
.ono r ptud ução do e{ pxço .ono pÍo..so d. absràçi. ubrnne ô "usioa'io inPúriodo v!lô.de úo.l
*p".'un.; po,., op.oi,;,,;;iil:H;,1"J;1.ilj:::,fj::::::
"'ri'." p.lo cmp.btucime.rô e qu$e subtnÉo do .ipâço públicô e. .om iso, Rdc6nc o scntilô,!.idrde
csÉzirdr dc tus co.Gúdos .iviliatóÍios.

li38l
139
_._..-
' l. t'_ vtn,n, Mh. ?rirh b.4td.tÍEr,\,)
L,l R"'JrJJn'nn' lL/. r.Ír lu,:,r tra
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,{
i- D.p
d 6 J. ,,rdusãô..,, ._".. .,_".;.;" túei- ,* l,hr. t,)qs. o. qa.
. sôbnernP.
!tr., p 22
coNSTDERAÇÓps HNats'
i;Y:,?,:, Rur : "*,mbrin,á.,r.v.,h,. a d. \ao qlb., nmprnhx d,,.,À.,,,5
, --.mitrmh d. mão M'o, CONSTRUINDO A METAGEOGRÂFIA
r,r,*. o,*^-,o a, 5^_",eh."obú á,ot4d6. s) ;;f;Í:J"l:::,ffi
."
;]:;,,
.';::"T1ff,.1"'::TJ1i;;,;jj:':1:,t_11:*. *- .ocrn, dk !.tuncldood;."
'Rdibti ennLdt n6trc tunti Mnàa
t.n?ft, t?.nú dt"na"
.,l;i,fr Nietschc
,ü;;,,â,,fr+ififfi lfliÉ],* r,l:Jr"::]I,:1{i#.,l;
Lqá i1?tuan. ia.n.1hí,.
"^ Entendo o momento atual da GeograÂa como um moment" d. crise É
""^:ii lJ!!,."'"""
" 14,. \\,,cp.Ê znon
] CibdopuÍÁren,l, indiscurÍvel que a reatidade atual revela protundas meramorfoses. apontando a
np (tr., ! 2r
necessidade de desvendamento do conteúdo e do senrido dessa§ úânsformações
#H::,1 ;,1"ü-:;'binN'|ôn h.ruy'. m R \t^.t e,.t
';* D. t2,,,. d dh bd,r t nG, como produto da realizrçáo do capitalismo no plano mundial. À sociedade'
rr Aftndt, saida da h;stória da industrializaçáo (que permitiu com o desenvolvimenro do
op..n., p.5:2.
15
ÁÍ.ndi, op. cn., pp. ,2,6. mundo da mocadoria, a generalização do vator de troca, o desenvolvimento
das expansáo dainformaçáo, a redeÊniçáodas relaçóesentreos
comunicaçóes, a
'' H lakhyÊ, a,ihqk.L
tz tiq.qtdtd.? pÀns, tilreÉ4,-di'cur' laSl t.
lugres. bem como da divisáo do trabalho no seio da sociedade) vive agora uma
pp Í)1.4 2. D. or
'u.h, reproduçáo que se realiza como urbanâ. À exrensão do capitalismo no espaço,
l:
. l, ].1*. -^-- *," at" en Liqz.? 2u,ubt,,. t tu'h'''h" íor
ele próprio tornado mercadoria, faz dr produçáo do espaço um presuposro,
*''-'
:.'::: ::'':: H.nr,.arÀq*dta
I^,ydrpudrrhbv,. ," o.0.11Édi"nn '|lno'
P ra'
condiçáo e produto dâ reproduçáo social, portanto, elemcnro deÊnidor dos
"""' "'''..,0. utq.ondt4n. rt.,,.Atrhc,!o2.v
t. inr,odurdo..f -r. conteúdos da prárica sócio-espacial, mod;6cando âs relações esPaço-tcmpo dâ
vida social, redefinindo contradiçóes e produzindo novas.
Mas r nansformaçóes no/do espaço se aliam à necessidade da compreensâo
dese movimento/momento da realidade pela Geogra6a, eo dinamnmo no qual
o processo de conhecimento implica profundas transformaçóes
esrá assentado
no pensamento geográEco. Assim as metamorfoses do espaço exigem a rrans-
formação da Geogra6a, enquanro processo de superaçáo, o que só se realiza
anavésde umarenovada postura crltica. Tal postura pressupóequea elaboraçáo
de noções e conceiros apareça articulada à prática social enquanro toralidade
que se deline, dinamicamenrc, e nos P€rmitâ Pensar os rumos da sociedade O
que não se faz sem crise.

l110 l
 «,rrsrr4.ro Jo qm vorho ttr,rnrrnrto
<lc nx.r.rgcogruti,r t:, Ltc rrrrr tril,,,
tt(onl,..iDro)r(, (te rnr csrrdo ttc o csr.rhleLe o t,rr rl,, Lr.rl ,1,.r1r.rz,lc rrs.rniz.r, rrrrr c.p.rç,,. Srrlxr,rv,r r, ,resr
o
ih { icogruÍi:, a",,,,,,,,,,.,,,,r,,"f ..t,-,, nrorin,crrro. .r rctluçio tl.r { ier6r.ríi.r i ltrlirrçro <Lx íi rrônroris que, nrn, scrrr
pssib;lidllc «,r»prccmtcr o nrunclo rxxtem, ".
rJc
,,,..,,,,, l.""1 Ii.,,"'i" t,ttlo,ltr tki «l:,il;n r;1,ôninr <lc locrlizrçio rJos linômcnos na facc ch rcrr,
ciêrch prcelaÍ, posro que o conhecimcno ",,,
pode ,".",,,,i,r;, .,,,,,"
vinro,ru cm di,cçr,, J rôr.rtidrdr. Nrrnr
,. nriJo ml, ,,npto. ,rurr ,. d("rn
-,, ,iu n(, n)rpu. À chrnnr1r ticognlir críricr, r.rl qualse realizou no Brrsil ncsc
iuBa Jr (,coBr.r6r nJ erptiL rçro Den\rr pcrí<r[,, abriu pcrspcctivrs proÍicurs pr.r se pcnur o seu sentido c rcqr*abi-
" d.r re:tidadc. n, ,":,"; ;;;;. : ;;;. lnlade soci.rl. Nesse caminho, ilcslocou o foco drs ativ;da<les no espaço pâr.i r
de ú.r,a Güsn1Í/1 úiica rddilt.
proLlução do csprço, aponrando os conteúdos vriris deste.
F.sc movin,cnm no llrasil, ilcsenvolve-se sobre as b.rscs da {;cognÍia
O estado crítico
Írances.r,'p.rnicuhnnenrc,.r prnir das obras <lc La.oste, princ4,rlrrcnlc scu

i.,r., r1. *t pín.;r quc..,peür dc ku. rvan,o,. a r,eoerlhr rive um l*ro À {}eogrufd xnr ana dr nai: nala para.faztr a gaa»a, que inspirou toda
(\rroo oe\ r\c . í,,i".,ú, drtlJnrú,cum,.\,Bin.,r,J"
rdet,r,(u,.inromr,, rum. gcrrçáo de gc<ígrafos brasilciros, segu a pelos conteúdos aprcscntados
c, como conseqL,ência, corn anecessidadcda
conxrução de urn caminho diante m revisrL llenlotc. ussr tieogr.rÍir críticr cn quasc snrônima de CeogrrÊa
da neccssidadc decompreensáo da real;da<te
'làdavia.
r p,j",,,,",u,,;
i;;;;;;. narxisra, dcscnvolvcndo um conjun«, signilicativo de pesquisas apoiadas no
há um esrado de crise esre nãosc
se m.rrcrirlismo hisr<jrico. Àépocr, volmv.r do exílio o prolàssor Milron Sanrosque,
referc
rem se circunscrevc ao plano teórico. "rp..,fi.r",.r,"r;ü;;,
real, prátic", p-ar- as
Há uma crise an rtliwo 1'or ma Gngralid rara deLr o ;npulso quc fahava ao "movimento
mc',]n,,lro\e, do rnunJo moderrro quc proJuzru
,,__,," d, ."".-,rJ. de «rrovação da (icogrr6a brrsilcirr", que nesse momento elegia a íkognÍi,l
çi,, or flqu(2. "
J d€ri.]J\.,n JJ ,,ru,r/". o e,grr.amrrrro tt d,titut;ü.ono selt;t1in1igo dc priÍreirà oden. Ourro dcbate imporünte
<Jr ,o. iabitrt|de, a
r]«erioração do rrabalho e a dimi,uição
das pos;bil;d.rdes de en,O*r;,
;; do momcnro firnd.rdor dessa Geogra6a críticr l'oi o quesrn,namento da ideia
conoocsvaziamentodadcmocrâciànum
mu,dov.I,",t",.....;.,,;;,..,,; da neurrlidade da rleograÍia.
ncccssidade amptiada da acrrmulação.
Contudoesta vcrtente geogiilica esgoto u +e .ro foca r sua preocupaçio nâ
onn. ipJ,n,( Jq,rte Ji, tsrrnde, n,e, rdpote, do, comprcensio da b.rse nuterirl dr socicdadc, apcgrdr à objclividade do espaço.
... -,"].-,1* i*.,,o,
,:, ., J. Jc,a..1,'6, 1Lri.' . r .,,nr iso. a erigin.rii,c\ Não senr consciência. prcndcu sc cm mui«x pontos i lcimra economicisra de
lll,il l1-,ll l-",
\:,,:,\.*,,r8co,c, ".
d, . urro prJ/o. cm d 'o. r de
J. um p,,,ier" d..;,cJ,de, Mrrx (possibili<ladc conticla nese autor) como momcnr<x da p«,r1uç:o do
u; n-,,1; '-a,*,rrmorrc.apaz dc"md,ro .upoar r..ur uiçoa ria rcproJuçro capitel. O "cspaço do c.rpiral" clirecior:rva a rn:ílisc sem que os momentos da
];r;
n uJr. \ oro\rndo dn r(quc
or.orrreudo, dr vrdr. Lr., .._" r^, p...iSif,a,a. r.umulâç.o fàssem cômplctamcnrc dcsvcndados em ra .rnicul:rção dialética.
Jc.úDprcens;ú dersc mov,nr<nro. Escs
otar Se a irdusrrirlizrçio, sob a erg e rto crpiul, pnrilu,iu um esprço. cstc ganhava
;,, r.i.,," . :;;,,1;:J; :l;::,'J;.:,:.1*i:l:i:j;1il:,
",,,. ",,.
exig;Ddo umà crírica ao Esrrdo e
r dimensao dc um processo de urbanizrçeo como induzido pela prátic.r e lógic.r
â suâ xção. indusrriais, como produçeo do nuurdo dr mcrcrdoriâ. Lssà lógici, porém, não
Na (ieogra6a, em meio a urr cenárjo
. de crise, é possívet pensâr num .a- esgot:r a cornprcensâo dr realidrcL.
lllll,M.-.,r.",:..r-*-:nro
outrapusibilidade,
crírico - que reDde
aqueta da constnLção de urna »etagaogralia.
â.,*.iii^.
p",;; * 8.;; Itco.upadâ conr às conrrxd;çócs soci!;s dccorentes rlexe processo, cm
(,l,nú,r nr Lb,,(i. proJulro nruitos casos perniriu a rcduçáo do homem àurcondiçáo de Íàrça dc trabalho,
" qcogrrÊ.a Jo,,,,o', -0,e0 q,.,ri"n., nesr condiçio discuriu as Íôrmas dc rccsso à morrdia escl.rrcccndo as condiçóes
" -
p.o,c.trmenro que apt,inr
o,onhc.rnr.nro geugr,inro ao,irrretrza tu conro
e

dc pmduçio dr pcritcria r p.rÍrir du àotoconsrrLrçio. A cxistência dc umr rencl.r


J),.r.r uhrr viJrdc em b,,\., do runJJmc r o ,lJ-e\r;,.,,
csscncial da Geogra6a, o tratamenro
,"." ;;;;J; ;,,;:';; Íirndilri.r urb.rna como i.ànsposição para aanilisc urbrnr cla teoria construi<la
da iocatização tlas arividada do
homern, por Mrrx para r rcrli<lade rgr:iria do século xrx pcrnitiu a compreensáo do
rJc um grrpo humano, se abriu
para pensarque a ativi<iade do homem
além de

ill l.l.l
I (lN\ll)l:lr^('()I \ I lN^r\

cst t'ço produrido cnqurlro D).rcrdorir, D)xs rcduz;u sua.rnÍlist .r rpcnrs tsse l'r,r oLrr«,l.rclo, o m,virrrert«, rrnico n,ro Íiristrlicicrtc prrr luntro rp«r
momento d.r produção do espaço.
Ínndamorto da cspeci.rlizrçáo. I loic tr (ieosraíiâ se rlividc c sc subdiv;dc ao
 exigência teóricâ permcou o debate e produziu âv"nços prrrdigmárico éo
imporrânres, io6nito e a especi.lizâçáo rcaliz.r-sc como.rlienaçio. O caso
.uio, fundàmenrc ptrmiriram que a Ccogrr6a,c Lon,otirla.e produçáo do
. omo crencü da csim chamada Gra3zla do nrnno, gue,longe Áe dcsvendar a
.o.'er no pro(es,o de con sriruiçao de rna
now L,:cografa. <omo um moJo novo espaço como momento da reproduçáo do capit.rl, dedoca o raciocÍnio da prc
dc entender a realidade brasileira. I,ermitiu,
ainda, ,""p,,a. a, C,,g,,f, cluçáo do espaço enquanto mercado ria (isto é' da constituição dâ transformaçÍo
da ?o?"kção lundada numa massa inditàrenciadâ de "^
indivÍduos em d;úo das panicularidades do lugârem m€rcâdoriâ d€ consumo turÍstico cm funçáo da
à elucidaçáo da soc;edade como sujeito produtordo
espaço, fundad.em retaçàes possibilidade de transformar o rempo de nao rabalho em tempo de consrrrtro
declaxe, essencialmmte desiguale conrradnória.
Ese movimento de superaSo produdvo) para a produção d€ um saberque Permite, com maior conr pctêncitr'
da,Geogrâfia, de inconresrável imporrância, prod,.;u
,ma Sase expti.ativ"'aa 'vender o espaço'. Ourro movimeoto que transforma a Geogra6a nLrm srrbcr
realidade. rs'im , omo . on.ciro\ que r(é hoie
t urj6. am e,e dsdobram arravis proàtrivo ten sido a Geogafa anb;êntal, cúz pÍeocwaÁo com a crist ccoló-
de novrs,aregorir\ de inátisc. Trmbém pe,mi,iu
J .on.rru,,ro de uma an:tir gica abandonou a noção de produçáo do espaço pelo retorno à noçâo dc ztia
crrrica Ja obra dc Mrn e de sua. timir.rçóes.
a parrrr do r<onhecrmenro da" anbiente, em direçã,o à naturalizaçâo de uma realidade essencialmcnrc srrirl'
murJançar o.onida, um ,eculo depois <Je*e,
e,criro,. ao mc\mo rempo que A crne ecológica como crise proveniente da degradaçáo da n.rtur.'r n:lo
reforça a atualidade de seu pensamenro como
componenre expl;cativo do rem produzido uma comPreensão do modo como a acumulação capitllhtrr
mundo modern"
transformou a narureza em recurso natural, encerrando'a em sur lógic'r nrcr-
Todavia, se há aprofundamento e <tesdobramento.
há em número ainda canril, n.r qual a busca incessante do lucro em curto prazo (principalmcntc nor
maior dhsidências, o que se dá porque, sinteticamenre
falando, essa correnre países periférico$ criou sua deterioraçáo, transformando-a em raridarlc Ncrlr
de pen-menro como um rodo mergulhou
na crise do marxismo sem produzir condiçáo. a saber, na condiçâo de raridade, alavancou a acumulaçío rlo crpirul
sua-crítica. Dase modo, muitos geógralos abandonam_na,
sem refleócs mais e socializou a devastaçáo. Assim, na esteirr dr continuaçáo do proccssr rlc 0etr-
profundas. Mrs o que nos parece central é que
com o abandono do que erro mulâçáo esta crise tornou-se, ela própria, possibilidadede reproduçio nr nrcrlirll
namenre \e conven\ionou .hamar dr t rogaia
otnta o,or eu o abrndono em que a natureza, tornâda rara peto processo de produçáo capitrlirt,r cnr rcrr
do prdprio,en,iJo do penvmenro cnri.o. ,ó cle.rpaz
Je rrrtizar o mergulho movimento conrraditório de realizaçáo, encontra nesta mesma mridllc novrr
no davendamento da lógica da reprodução
da sociedade capiral;sta. lerd'eu_se formas de lucro. Nese contexto, novos produtos anunciados no mcrcrrelo, nú
murto rempo e gasrou-se muira tinta com debate
" em torno do fato rte que linha da rarida<te, aparecem como posibilidade de ampliaçáo da b,rrc roehl nl
Marx teria pr;vilegiado em sua análise o tempo e não o espaço, o que pa.ece .vcrde' como prrticulnrltlnlc
qualé possivel ampliar a a€umulaçáo: vende-se o
, meu ve, de u m fai,o Jebarc. po,ro que à queí,ào n;o i turimo ecológico, I nceoírlr
l,Jur-,:l buÍJr uma dos condomínios fechados, produz--se o cria-sc
LcoBrúr rm Marx. ma\ anrtisar a porcnci; de vu mérodo
de rnrti,e nr expt;. de rte uma nova qualidade de vida que sustenta um amplo m.Ít§do r;omo rr
caçao do mundo moderno.
da alimenração, das práticas esporrivas, do vestuário €rc. Criotr. tllmhalll, únl
Consequência desse faro, a ausência tle umacriricaao
seúpensamenro, aos discurso: aquele das necesidades, dentre elas, da "educàçâo âmhicnlí'(orrxr
limites e à necessidade de superação de surs
ide;as _ escrhas nos século xrx possibilidade de superaçáo dr crke ecológica. No plano do conhcclmcnto, c
dT'r: .eu pen.amcnro. permiriu que mu;ro,
.1e
ldí óil({
T'
o legado de Marx com .er ra f;. itidade
gedgrrÍo, abandonasem fundada na inteligibilidade do ecossistema, Produz'se umâ C€otr.Íir
. o cham,do mê;odo .po,-mode,.o..
em seu tundamenro.
facilitou esse cômporramenro, atiüando as consciência, ,, -.aia" .- q"" Dese modo, o movimento do pensamento geográGco quc trrnrl'onttr o
permite a "mistura de vários métodos..de
forma a-critica. et?aço em /neio amb;e tt, sem maiores debates ou r€flexóes, promrwÉ nlo ür-
mente a naruralizaçáo dos conreúdos sociais do conceiro de rcelidrd. .,p.rl.l,

u4 I 145
.:ri,,.',;1,.i;,"i,,,.';
-::i;.,,.,:;,;;,1:
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quc rlucnit o n,undo mrticmo).

:;.:':,::H:.::r;t,,.,1;r. :;:-rr :: ::;i,::: :::t: A metageografia como proposta


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Qu.urdo nt r.íl,o:,,,írrÍ,.(,.r/,, nio pr.rcndo,.om iso, rirntt.u orrrr.r

m*j,mi= *,Íi;fl i;,[1,;


(;cogruí1.,, n.m rio fou.o .ril. um, r)o,i sut,d;!istn,. mrs. lrrfus. plotÚr ,rnl

,**
consrrL,çao ol,icriva,
nrarcrial, mas, ao nB
r.urinho rcririco-mcrrxlol(igico dc§,p(raçio(jo rsllh dc crisccn, quc sc cncorr
rm r rlisciplinr, nos tclrros rlrri dcscnrolvidos. Irl pr4ur.r pr c srr pcrr.tir
.onxr r oÍi(nrrç:n, (nr bLrsc.r rlos íirnr|n,cr«x <t.r (;coqr.ti.i.r!urnr(, .iln.ir
.,;;.. il tl::,:::t'u:;::jl[::,:T:-;'::'Ji:: ;l],,,.1 j: rx irl, nr qualsc localizrrjrnr .,s l,,rcs d..onsriruiÇao,to hununô. nunr itr,,,,,,
i Êloí,tir. O lron(o dr p,tÍ(id.,. j,i ,rnun.ixdo, r o cnrcnrJintn«, Jr prcrluç.ro rl(,
;ll';;:ll ::".,:,::;: ;i:::.t i: ;:.:,::1i: j: l,:"'::, i: i; (sp.'ço com) ,,,onr.nro.l.r co,rsrnrç:ro d.r hLrr,.rnirhd(
do hoo,.Dr, r.v(trnrto sc
Li.r.rrn rclc qrrr prorlu o hon,cn c o nrunrto .rs co,r
.i,li ;l;,l,.t::.';Jf jjiÍj;T rir; H.;: :,':t,,;"
rcrnpo
(l;ç(,cs ot
irrÀl\ dr .xisran.il hun nr r.uro qu.ur(o i subicrivi.ti(l. «,nri.i.r
^,,",1 " ".,. "
.r.ons(iincir (tu. v.n, d.r c st enconrr.r simrn.r n.,
|r.iri.i. Ll,nr que
lrriirj(i

i*l; I * ir:;:h j:: r,i rcvel.r. rllxl]r.rric:rDtnfu,


cris.s..i\.es \iyidrs. I:ss.r conctpç:o tlc esp.rço cxir-c
ni il*j*: rul o dcslocrntnro d.r.rn:ilisc Llo c:rnrpo Jr cpistonol,,ri., p.rr.r rqLrclc.h pr,ixn.
o" \(i.,, o.rmfo (1.6 «),rdi...s ot,j(rNi\ d., criíi,,(ir t,).id.ktil, c,n Ji,(\ro
jr, :';,, r*i: :r j,il : jhi ir :r; jli j_; :r sur rctrli ç.o, s,p.rtrn(lo (Áocs (,rticnrçõ(s (t)n,,, (on(1idos J.,
|Íoduçi,,
lj:i:i::" .,li.nxd., Llo csÍ,trço.
;:ll,tlj"'il :,li t;lt;j,:.:;:;;:", :,,,, .,,.,.,,.,i ".".1 N($r JiÍcçio. inctui un,it invcs(iS.,çio n,b,c (, p,,$net t$rdo (lc t\ft,\
qut sigrlÍic.u i:r .r unrhcie Llo rc.rl . J(, .onhe.inr.,,r(,, (l,r ,,rucii..to hi)ncn)
" l;':"t,. qrrc txplor., r «xrlnlaJc cn, doir quc surgc n,) tnr.rj(, Jo p.is.un.nÍô (
:::;::;lll;i::,1Í*i,';i;r:':*;" ;:;;:", 11,,1, Lojc. p.ür o n,undi.rl tor,rnt(,. o ctc*,rnrt.rrncnro Jr .sD,t.itLlidr(jlt.,
sr

....,.,t.,,t..,,..1,.,,... I,r.,t.,t... t,.,,..,,.,,.i,,,r ...


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 nr.r.gcogriÍi profõ(, .rssi r, unl ,ji^.r ior(tigibiti(1, .. i;nrc(cn(l(,
(onro ponn) ilc prrtr<h.r i,irude.rntc.i.., Í(|e\r(, ,.,rli.rt.

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eomo rrriburr»
i.disfcrstív.is prrr r ci,rnpr.crsro do n,un(to ,,r,rt. n,o. en sur trx.rlltrclc. Â
.,íri.., lxdic.,1,,r.rliz.rndo o movimcnro rlc srr.r i,pd.,\r() (on,o posi6iticlrtlc
rlr un,.r crírica rI (ltoqrríir .LtrriLt ct.r rn,ilisr Jo\ r,,,,r(Li(l(,\, (io irt.tur.c (.(1,»
,,,:;.', :. :;':;:l;:],:;1,',ilj:il ::; : ;
ili: [::,i ;li{: limir$ dü c(,n.eitr^, qpô( o esprÇo (onr(j ((,,,rli\.,i), ,,,(i(, (. pr(!1,,(o d.i rcp(,
duç:ro tir «,clccl«lc crpiulisra Lss:r nproduçl,sL,\t,,(l( ) \ id.t.oridi.urd
p(t.,

1.17
i riN\1l'rlr \( rirs llN^lr
rlr',rr"\ r I r r' r"'r'r\"
l'l' ;ll:';" " ""r' I'll'r",\,',\,,,';,'r,, . 1",,,
r(\,r.,r'r,,,,,,,,n,1..t,,11.,,i1,r!,r.,,ri,,,,+.,,(t,,,,,f,,r.,,,..,,.,,,.f,,.,,,jf,,,,, th' polnrL.rr rrl,.rrr.rs ,r.r ,lir11.rr tl.r re.rliz.,çr,, (lr re1'rrxlrri.r, vrirl.
esrr.rrLlgirs
(t',. s( trtiâDr (otx) turr (()nr rronr.nr(, r...ss.ir() tr tunrrl.r\a,). Itr !,inÍlir(',.r rqrrtlrrç.rr rl.r vitl.r
pcl, crprço.
(\ rcDos cte un:r mcügcogr.rtir con,o onr;nho ,rrr.,rrr:.h,.1rr,.,,r".r'1.,','r.,.,,'r..;.,,.l.rzcrrr,',.p.r,,,,.,,rrr,'rr,,r*.rri,,r
, propõ( I superrção Dc rcrliz,rçio rh reprxluçro políticr t ccorinic,r (t,rnr6úm nno scm corrlli«,s entrc
.(sstir;:r, prjmei,,nrcDre da ,..duç.o
dr pi(íremáric" *r*"i,r,;";,,
oprço com o obictivo <ic resriruiÍ e cocrêncir *;:;;;: csscs dois phnos) pr uzindo, porconscgLrintc, rcidadecnquanto fiagmenraçáo
do p-*r_ a" _..;-.,.. nn t monrcnros dr vid.r. Á prática $cio-csprcial 'ri realizar/rcvclar as
): * l, .,,
-:l-.
*-,, f '.ru:-. JJJ
i: :"1:1r,irpr'ru d.r urô8rJrr.r
\mr,. i,,,"air, p.,.,","r,.,,r,i.r.
,tc lugtrcs
liemcnt.rçóesdr vidr (1o irdivíduo) e do scu esp.rço'tern po cidadc. i) cotidiano
du rrbcr r".ni.o q,..".,.,",-,,r,..
l lll" \,,,rJr,/Jdú,un ., h,rurr Jo t v.rJ".
a r inst:inciu qoe ligr cspaço tc»po e quc revch o esvazianrcnto c o cnfrequcci-
1,,ri,r.rrr.t" .,u mcno das rclaçõcs sociais, rais como perdr dc rclircrcias, o isolamcnto, as cisc'les
i':ll l-'ll'i'"1'l',r""r...,'.,,br"""1.r;,.*,,;;:
., ,,1rçrô \ô\h.diJc.nUrrrc/,. iJ.r)rjh.J,rJô.r
dirrrtn,.ro ,o,r.,l
às qLrais e vidr estÍ rbmerida em espaços tcnpos scparados c fnncion.rlizados.

pnrduçio do esp.rço à sLra dimensão rarurat. " i.i".,,.., a,


0,r".r.,,,n. ,,;r,;";:;;";;.
A análise cnvolve, pon.rnto,.r cxigóncia dc um momcnio cririco, como
o dr intcnogação, da brrc.r cla rotalidadc como ncccssidade dc superrção das
rr'1n q"( "'nn('J nu-J !'IJJL -n,
,,..,.:l , "'::':1''rr
J r(\,o J
i 1: ll: ::'-l ,, "l ,I"/ J, ,upq ,, r.-r,, ,Ji..," u.r,.",r."re Êagncnrâçóes àsquxis o pcnsamcDto rambém esrisubmetido, revclando aviria
..ll I ;, proJu,.ro,,\irt:.rpr.pri.,\n
.,(t!(rJr J, p,"d,\.," ubrmnta)s neces;dadcsda acumuhçio. Aqui â Ceogralia secncontra del«,ntc
t,i\JJ.rj. rr4i/,nJo . , f"- ,",,. ., seus limires, âo mcsmo rcnrpo em que cncontrr posib;lid;rdcs dc compreen'
r- po,.rbitid.,Jc.
lL' 'r,.\.,n,dJ, 1,t«,r, d.r rIr,,uria.r,, J,. c.f.,\,, r ) h,,,rj,1.)
rrr', J (..\.J (t. .Jr .rli.. uc lrnJ:u rr. C< , -, ,.. sio do munrlo modcmo nr t<xrli<lade em rr.rnslàrmâção c conro rcal;zaçio dâ
p,", ,.,,,, t. h,. ,, ,",-,.
,.,,.,riJ,,,(,J(.\,.t., ",,:
.n,.rn..,,,di,cprnJulJ,,J,,..n.,.,, ,rrividrdc humanr. A cons.iêncià de seus linrircs.omo.ihún Pntuú\qroPôc
r,,,,* r ú ;, ;:, ;."I:, ,r ncccsidrdc dc encontmr os caminhos dc sua supcração, de srrrs próprias
:1, 11c,,,,r...p.o,r,,",r,.,,,,..r..,r, . ;l;, l-rrgmcntrções. Surgc, airrctr, a necessid:rdc dc aringira compreens,ro do nundo
rro iorrd.rJ,. no nrn, to,,,nr,,, vivrJ.r.umuc.r
rrh..r con, tor.rlictrde orienrada pcl.rs possibilirlades constimtivrsde un pcnsamcn«,
que se prerende crítico, c, ncsa condiçio, capaz, ro mesnro rcmpo dc inrcgrar
',c t),,rLr,rl isrrintrr .J,,nrin.,ndo r \ rdr
'b rac,onal (conhecimcrto. corcci«x) c o irr.rcionàl rpareric (o vivido) nunra
As Íànhrs rcg.nr o scr Ij o.ortetllo <le orrtc srcn,. Eh «xalid.rde que tcm um movimenm inrerno volt.rdo parr o social".'pon.rnro,
.rpr.idJdc es(úr.nJx de rcduzir o k
crprz dc rcrlizrr um caminho <1uc.rniculc, sun disringuir, o prático-leórico,
,..,pir,, r . r írx.uro s r,;,,, :,,i"iir:,:
,,,1-,..1,..m.,. ;(..,.,,rí.,,..Jt ;I',,.*.:lll'::i*il :il: :: o conhccimcnm e a realicladc. Rellto-mc, cçcciEcamentc à posibilitladc dc
., r,., ;,"", ;1,,.' :,:;; ruma nova inrcligibilidade, procluro dc un,a crít;cr mdicrl, crp.rz de tlcsvcndar
lL l:.1,,n,rieJ"{,,,,,,rr.,rr,,,.,r.._.rnL,,",,q,,,,..,,
', nJn) \,ô,r o\ v r, . hu,,Jro, .o.,.ri j (1..,ri,.,,, os contcídos da rerl ,rde soci.rl rrnvés dr análisc do esp.rço.
*,,,.. u,,,, in.,,r., (,.
Marx revelou'' o cscncirl do pcnsamenro crírico, a sru potência em des-
Á alienaçio é, po(unro, concrera
c mútripla, vcndrr, pelo srber, pch análisc crÍtica. a realid.rde escondida c dissimuhda pehs
inicialnrotc rcJign»r, dcpr)is nrcbís;e, Íorm.rs. A máscara c a disimulaçio dcsvend.rm rs aparôncirs, prrticularmente
r.ôhi,n;.r, potÍiic., id(oiósi.. r
qual ( neccssjrnr a.Íes.en rrr a miis
eti em rclaçio à rarureza r1o político e do econônico. dr mesma fonna como r
r,i\.,, L Fr ,, h,o., .., , ;::,:::::l l:"lll:.:' :: il1i:, libcrdrdc. a igualdrdc e a iuÍiçà na socicd,dc capiralistr é rpenrs aparóncia.
Dcssc modo, o pensamento descobre uma csência, uma rbstânci.r cscondidr
como contuntaçio r1.r ciência conr a p.áricr. voltada parr .r totalidadc. A cri-
.,..,t:.:r.],1:,,,,.",,.,nr\r,o(,fr.,,i..,.ô.i4.,r,.,.;r.i,,JioJ.u,nonqj,
\,,Í'i o-r .,Jyur,r.J\;,' \rjof rrduminJJ.r rica, como .rtinrcle, envolvc caprar as possibilid.rdes existcnrcs num mundo em
rr.r.rr.ro....rerrrn,.r,,J.r
f(ln,Jrur,r(r.u,r ."",".""a,..," úaníoÍmâção, em suâ complcxidrde como totrlid.rde, rcal;rndorc. hojc, como
l,ronricJ,rdt fri,,d., {tues\.,/i.,nr,,".,1,,i.:,. mera consr.rtação drs coisrs, o quc exige crítica
mundialidadc, ultrapasando a a

l]lt ll9
( (|N\ll,lllt^( arli\ I lN^ls
dr {;togr.rÍi.r rbrinrlo o crn,i,rh(, tcúrico ncccssti.io
ptrri cluenlxr:r (tirlér;.. {to untr
rnu,ü,,. U rrJ i, at, ( nm,, Lon,tuflrn,c, t i qu( !.,. N:r rcílexão.rquidcscnvolvich r iilcir dt srrpcraçáo dr cicogralir por
J ,r i/. (Ig(,, (t(w(DJrmcnro
or \ocrc,raüc em qur vrvcmú,, ro. ieJJdc rs, merage.graÊa aparccc."mo árplror. l'ens.rr nessa possibilidadc signi6ca pcnsrr
a","
"- *,n,,*. q* á ;il;;":*ffi:
àsemprc renovadx "formas de Iucro', bem
::;::i1i:::'.ffi:i; no fururo da Geogralia em direção a um horizonte, respondcndo questõcs que
emergem do real para compreendêJo em seus conteúdos mais profundos.
como às nova forma-r desubrnissão
do rnJivrduo .ro et onómko. o empob,c(jm.nrú
d. h,.",. p,.,. ,. ,";,..,.
dà\ co,,a.. orienradüas dr ne.e,ridrdes
que,e enconrram rruvevidas em deseio. Notâs
no ptâno do coD\umo. Á rrdi.ilidlde Defort.tediçáoarrn.esr,rCeô8rúabruil.iú*'n|fsteevoltâdâ.ukprnaFÍrnçàdô'luePrÍrostuÀ
"ac,ado\ $.iBe a, on"rrulão de um projero
de sociedale nou, findada nu.ma ciência
renouda, *p* d" _1.*. ,"'*;,.. ' H. lÁeú te, U"? ?.ah d.u,,.,,d2, Prin, Fayâd, 1130, p. I 16
9:1.b1
. *neccridades rla reali,açao <Ja h,.,"id,d"
d" h...., ti,;.;;
' H. LelehvE, idcm, ibide'n.
roeoÍogus e rcpre\enrJçóe, vindar do mundo ' H Lea€bvÍe, idcm, ibidem.
da, .oir.r,. o quat i manipuhdo
pela comunicação midiática e pelo ' Ct rpontrdo pDr H rifebvr. cm Un.l ní? d n". no\d. P^tn, li)'ril, 1930
Estado.
Á exigênciaé a da consrrução de um conhecimenro
que desnudeas relaçôes
sociais e que nesra condição perm;ta
tundaro pmjeto de uma ouua soc;e,tade.
Como escreve Hetier, a diferença entre o radicalism.
d".,q,..d".. d.;;;;
consiste no faro de que o prineiro considera
a hum*ia"* _-. *f.. *.;"i
l"-" :.r::,,d:.,...cnrroe.omoobierivodo
: mcladr.
u aldo e\isrenre. cm .ua
prorero. Ncu direçao. a
roraJidadc. pode;preender a via e o
caminho
para a consrruçáo de um projero
de soc;edâde, como crítica ao Esra<lo,
à exh_
p,"p,r.d,,r" p'ivaJJ dJ riquvr. e como po$ib,ridade
j1
l:1:ll de,upe,dçro da
(onrrad,ção
porrJ no pro. eso de produçro e"p"ci,t
e"r.e .uâ p,od;1," ,o.;àl
e sua privâda. Superar essa contradiçio e fundamentd
"propràção po.qr,. a
propricdade prnada rcvetr a atienarao
rlo mundo moderno ,*lDrndo.,e de

i\r.o e no \en,ido,rue orie"ra I pr,du!,o


lll'l,l,l
, ::T. ""0.,.
omo po.vb,rrdrde renovada da reprodus;o do
d. e,pâço
capirrt.
Assim, a crise do mundo moderno t .eat e concr.ta, ex;gindo um proiero
d:o.ren afus e,:,r,êsir" em dire(io ) ,,r/2, o,,c,/n,*. (;pÀ,
de eue,t;on",
r:111
,,jcu de que o L,rpirrl reru umJ mi$jo cr! itir
dur. r,o,.ln. , .,;,. e, ,r.Ut_,
reóricae exige acrítica da Ceografia, de modo que Lrm debate
sob.e as sol,çaes
F-o'\ivei\ diJn e de um muDlo em . ri.e.
ra$.. nc.esari.lmenre, pcta potên.ia
rniru.r de r€verJr r, \onrraJiró* que erptj.iram r di.àmi.â d" ,_ti;dde.
Sd
,r$,m .e,,J possnet úpe,J, r proJuçro idrotósi(, do.onhc.imenro, e, dr;nre

uJ rcJr/açào d, vrdJ. (onL,«amcnre. aI'rvé, dr produç;o


do erpaso _ cnquanro
conceito e pnítica real.

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?tiblno
". 2oo7 .

I I;6 157
AAUTORA

Ana Fani Alessandri Carlos é professora drular em Geografia no Depar-


tamento de Ceogra6a da Faculdade de Filosofia, knas e Ciências Humanas
(rrrcu) da Universidade de Sáo l,aulo (usr,), onde se graduou e obteve os
tÍmlos de mestre (1980), doutora (1987) e livre-docente (2000) em Geogra6a
Humana. Fez estágio d€ pós doutorado na Univcrsité Paris Dideror Park 7,
em 1989, e na Universné Paris I Panthéon-Sorbonne, em 1994. com bolsa
da Frpesp. Leciona noscursos de graduação e pówgraduaçáo, no Deparramento
de Geografia da usr,, além de coordenar o Grupo de Esrudos sobre Sáo Paulo
(Clesp). Coordenou convênios internacionais com a Universirar de Barcelona
(Capes/unco) com Uoiversité Sorbonne Nouvelle Paris 3 (Capes/Cofecub).
e a
-
É memb.o da rede inrern acional La smme a lz rcxe,sediada em Paris. No Brasit,
integra o Grupo de Estudos Urbanos (ceu). Fundadora e coordenadora, por
dez anos, da revista or:c.rurp do D€parramenrc de Geografia da usr,. Publicou
vários artigos e livros, en tre eles &paço-tenpo na nenipole (Prêmlo lahrti en
Ciências Humanas de 2002). Pela Editora Contex to prblicor também A ddade
e é coaurora de O espaço
"o
fn
íle stculo: n now ratidide, A seograÍa na sak
le aú, Notos caninhos da geosafa, Dihnas urbanos: nows abtdase s sobre a
cilade, Gagrafa' de Sâo l,aulo nL. t e 2, Urbaxização e nmdialização: estudts
a neúdpole, Geognfi$ das netrtípohs, O Brusil no conte*o e A produção do
'obre
aqaço urbano: agertes e qroce*os, *talar e desafot
A coNDrÇÁo nspecrer
No mundo moderno a intensidade dos processos e a velocidade dos
acontecimentos marcam as relaçóes dos homens entre si e as relaçóes destes
com o €spaço. É inevitável que a sociedade seja alvo de mudanças que
alterem essa rede de relaçóes qu€ a susr€nra.
[ste livro mostra que a produçáo do espaço é imanente à produçáo da

sociedade no movimenro (hisrórico) de sua reproduçáo. Trata-se de pensar


â produçáo do espaço €m seus fundamentos sociais, isto é, a produçáo do

espaço inserida no conjunrc de produçóes que dáo conreúdo e s€nrido à


vida humana.
Para isso, a autora, uma das maiores especialistas em GeograÊa urbana

do paÍs, aborda de que forma as relaçóes sociah - que constroem o mundo


concr€tamente se realizam como modos de apropriaçáo do espaço para a
reproduçáo da vida em todas as suas dimensóes, em direéo à compr€€nsão
das contradiçóes que a produéo do €spaço €nc€rra. Livro para geógrafos,
urbanistas, sociólogos e rodos interessados na relaçáo espaço-sociedade.

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