Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Parabéns por ter dado esse passo importante na sua preparação, meu amigo(a). Temos
TOTAL certeza de que este material vai te fazer ganhar muitas questões e garantir a sua
aprovação.
Você está tendo acesso agora à Rodada 03. As outras 03 rodadas serão disponibilizadas
na sua área de membros conforme o cronograma abaixo:
Material Data
Rodada 01 Disponível Imediatamente
Rodada 02 Disponível Imediatamente
Rodada 03 Disponível Imediatamente
Rodada 04 Disponível Imediatamente
Rodada 05 05/10/2023
Rodada 06 09/10/2023
Convém mencionar que todos que adquirirem o material completo irão receber TODAS AS
RODADAS já disponíveis, independente da data de compra.
Nesse material focamos também nos temas mais simples e com mais DECOREBA, pois,
muitas vezes, os deixamos de lado e isso pode custar sua aprovação.
Portanto, utilize o nosso material com todo o seu esforço, estudando e aprofundando cada
uma das dicas.
Se houver qualquer dúvida, você pode entrar em contato conosco enviando suas dúvidas
para: atendimento@pensarconcursos.com
ÍNDICE
ÉTICA............................................................................................... 4
FILOSOFIA DO DIREITO................................................................. 12
DIREITO CONSTITUCIONAL ........................................................... 15
DIREITOS HUMANOS ..................................................................... 27
DIREITO INTERNACIONAL ............................................................. 29
DIREITO TRIBUTÁRIO ................................................................... 32
DIREITO ADMINISTRATIVO ........................................................... 38
DIREITO AMBIENTAL ..................................................................... 51
DIREITO CIVIL .............................................................................. 53
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ................................. 60
CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR........................................... 63
PROCESSO CIVIL ........................................................................... 67
DIREITO EMPRESARIAL ................................................................. 80
DIREITO PENAL ............................................................................. 84
PROCESSO PENAL .......................................................................... 94
DIREITO DO TRABALHO ............................................................... 101
PROCESSO DO TRABALHO ............................................................ 110
DIREITO ELEITORAL .................................................................... 120
DIREITO FINANCEIRO ................................................................. 123
DIREITO PREVIDENCIÁRIO ......................................................... 125
ÉTICA
DICA 01
DO PROCESSO DISCIPLINAR
O processo Disciplinar é o meio pelo qual apura infração disciplinar dos profissionais
inscritos nos quadros da OAB.
Está fundamentado:
Artigos 68 a 77 do EAOAB;
Artigos 55 a 69 do CED;
Responder Instauração,
consultas em instrução, e
COMPETÊNCIA
matérias de ética e julgamento dos
TED.
disciplinares. processos, ético-
disciplinares.
DICA 03
DA COMPETÊNCIA DO TED COMO ÓRGÃO MEDIADOR
DICA 07
DA PRESCRIÇÃO DO PROCESSO DISCIPLINAR
O direito de ação contra infrações disciplinares acometidas pelo advogado prescreve em
05 anos, contados da constatação da data oficial dos fatos (Art. 43, caput EAOAB).
De oficio;
DICA 10
REVISÃO DO PROCESSO DISCIPLINAR
Haverá possibilidade de revisão do processo disciplinar, conforme preceituam os artigos 73,
§5º do EAOAB e artigo 68 do CED.
A revisão poderá ocorrer por:
Erro de julgamento;
Condenação baseada em falsa prova.
A competência para julgamento da revisão, será do órgão que emanou a condenação
final.
DICA 11
PROCESSO DISCIPLINAR
3) O parecer preliminar baseado no artigo 59, § 7º, é submetido ao TED para que haja
enquadramento legal dos fatos imputados ao representado.
DICA 12
EFEITO SUSPENSIVO DE RECURSO EM PROCESSO DISCIPLINAR
Em regra, todos os RECURSOS terão - Eleições,
efeito suspensivo, com exceção: - Inscrição obtida com falsa prova,
- Suspensão preventiva pelo TED.
O Tribunal de Ética e Disciplina de certo Conselho Seccional da OAB decidiu pela suspensão
preventiva do advogado Hélio, acusado em processo disciplinar. Hélio, todavia, interpôs o
recurso cabível contra tal decisão.
c) Em regra, os recursos em processos que tramitam perante a OAB têm efeito suspensivo.
Todavia, o recurso manejado por Hélio se inclui em hipótese excepcional, na qual é vedado
o efeito suspensivo.
Gabarito: Letra c.
Comentário: No caso em tela, Hélio teve suspensão preventiva decidida pelo Conselho
Seccional, o que torna sua situação uma exceção ao efeito suspensivo aplicado aos
recursos.
DICA 13
ADVOGADO ESTRANGEIRO ATUANTE NO BRASIL
Fundamentado no Provimento 91/2000 do Conselho Federal da OAB.
I. Capacidade civil
A exceção para tal ato, será do inciso III, ficando dispensado de juntar o título de eleitor
e a quitação do serviço militar.
DICA 15
BRASILEIRO FORMADO NO EXTERIOR E ADVOGAR NO BRASIL
É preciso que o advogado, que seja brasileiro formado no exterior e tenha a pretensão de
advogar no Brasil, faça prova do título de graduação, obtida em instituição estrangeira,
revalidada por órgão oficial brasileiro.
ATENÇÃO!!
DICA 16
SOBRE A ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL – OAB
A OAB é uma entidade “Sui Generis”.
Sua natureza jurídica “Sui Generis” se dá pelo fato de abranger tanto o interesse
público com o privado. Sua dupla finalidade consiste em:
Ser defensora da Constituição, da ordem jurídica, dos direitos humanos.
Promove, com exclusividade, a defesa, representação e a disciplina dos advogados em
todo o Brasil.
Goza de autonomia e independência quanto à administração Pública;
Não submete suas contas aos Tribunais de Contas;
Por ser serviço público, goza de imunidade tributária;
DICA 17
DOS ÓRGÃOS QUE COMPÕEM A OAB
O Conselho Federal;
Os Conselhos Seccionais;
As Subseções;
A OAB não é fiscalizada por qualquer órgão, realizando assim a sua própria fiscalização,
que ocorre internamente.
Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.
Pensar Concursos.
10
DICA BÔNUS
STF ENTENDE QUE NORMA DO CNJ SOBRE PRESENÇA FACULTATIVA DE
ADVOGADOS NOS CEJUSCS É VÁLIDA
11
FILOSOFIA DO DIREITO
DICA 19
GUSTAV RADBRUCH
Este jurista alemão, que faz parte da Escola de Baden, foi durante sua juventude um
positivista, todavia com a ascensão do Nazismo na sua terra natal, a Alemanha e com todo
o ocorrido na Segunda Guerra Mundial, ele começou a criticar o positivismo jurídico e se
aproximar do jusnaturalismo. Um dos pontos que fez ele criticar o positivismo foi ver que o
Nazismo em muitas ocasiões se apoiou em leis para cometer suas atrocidades. As chamadas
Leis de Nuremberg são um exemplo de como Hitler utilizou o sistema jurídico a favor de
seus ideais desumanos. O jusnaturalismo.
DICA 20
MIGUEL REALE - FATO, VALOR E NORMA
Impossível falar de filosofia do direito sem abordar o jurista brasileiro Miguel Reale. A obra
mais famosa dele é Teoria Tridimensional do Direito. Para ele, o ordenamento jurídico tem
uma estrutural tríplice, aonde ele vê o fato, a norma e o valor como um processo de
interação 100% dinâmico.
12
NORMA
FATO VALOR
DICA 21
HANNAH ARENDT
Ela nasceu na Alemanha, no ano de 1906, sendo autora de dois livros que marcaram o
século XX: Origens do totalitarismo, em 1951, e A condição humana, em 1958. Vale a pena
ressaltar que ela nasceu na Alemanha e tinha ascendência judaica, em um período
conturbado para os judeus neste país, visto o aumento do antissemitismo na Alemanha.
Hannah chegou a ser presa em um campo de concentração no ano de 1941, mas conseguiu
fugir de lá e se asilar nos EUA, mais precisamente em New York.
IMPORTANTE: Na obra “A Condição Humana”, Hannah leciona que os seres humanos
não são apenas objetos físicos, mas também ação e discurso.
13
DICA 22
NORBERTO BOBBIO - PANORAMA GERAL
O italiano Norberto Bobbio já foi trabalhado em uma dica anterior. Mas aqui teremos um
panorama das ideias dele. Ele rejeitava tanto o fascismo quanto o comunismo. Para ele,
a democracia é o melhor regime político mais adequado, já que obsta que haja
novamente conflitos religiosos e perseguições políticas. Sabendo disto, é importante que se
tenha em mente que Bobbio era um ferrenho combatente do racismo e autoritarismo.
Em suma, para ele os problemas no ordenamento jurídico nascem nos conflitos, ou seja,
deve haver uma unidade das normas ali vigentes.
DICA 23
MICHEL FOUCAULT
O francês Michel Foucault teve uma grande influência dos trabalhos de Thomas Hobbes,
John Locke, Jean-Jacques Rousseau, Karl Marx e, principalmente, de Martin Heidegger, Jean-
Paul Sartre e Friedrich Nietzsche. Porém, Foucault tem como sua obra mais famosa, o livro
“Vigiar e Punir”. Na famosa obra, Foucault defende a substituição das torturas e dos
suplícios pela pena de prisão, com o argumento da humanização das penas. Ademais,
é importante que você saiba que para ele, o direito é mais um instrumento de dominação
da classe governante do que uma formalidade legitimada pela sociedade.
Logo, o Poder Público antigamente utilizava o sistema de penas de suplício e torturas,
enquanto Estado Juiz. Lembrando que o Ius puniendi (direito de punir) pertence ao Estado,
aonde em nosso ordenamento jurídico se proíbe a vingança privada.
14
DIREITO CONSTITUCIONAL
DICA 24
PODER EXECUTIVO E ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Regulamentar normas por meio de decreto, com objetivo central de se manter fiel à
execução da lei;
Nomear autoridades para ocupar cargos, tais como, ministro do Supremo tribunal
Federal, Governadores de Territórios, Procurador Geral da República, entre outros;
DICA 25
ATRIBUIÇÕES DELEGÁVEIS DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA
A regra é a indelegabilidade (24 incisos do art. 84) e a exceção é a delegabilidade (3 incisos
do art. 84).
Memorize: O presidente pode delegar o PID para o PAM:
15
DICA 26
IMPEACHMENT DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Caso o Presidente da República cometa crime de responsabilidade, ele será julgado por
meio do processo de impeachment.
16
DICA 27
RESPONSABILIDADE DE GOVERNADORES
Os governadores podem ser responsabilizados por crimes comuns e crimes de
responsabilidade.
17
DICA 28
CRIMES DE RESPONSABILIDADE DE PREFEITOS
18
DICA 30
JUSTIÇA COMUM E ESPECIAL
ATENÇÃO!!
O ingresso na carreira, ocorrerá no cargo de juiz substituto, o qual se dará por aprovação
em concurso público de provas e títulos, com a participação da OAB em todas as fases.
Exige-se do candidato o período de 3 (três) anos de prática jurídica.
O subsídio dos Ministros dos Tribunais Superiores (STJ, TST, TSE, STM) corresponderá
a 95% do subsídio dos Ministros do STF.
No art. 37, inciso XI, da CF, dispõe que o subsídio dos desembargadores será limitado
a 90,25% do subsídio dos Ministros do STF.
19
São vedadas as férias coletivas nos juízos de primeiro e segundo graus, funcionando o
plantão judiciário, nos dias em que não houver expediente no fórum.
Por fim, o número de juízes na unidade jurisdicional será proporcional à efetiva demanda
judicial e à respectiva população.
DICA 32
ÓRGÃO ESPECIAL
A criação do órgão especial ocorre para facilitar a decisão de algumas questões afetas
ao Tribunal, tendo em vista que o Órgão Especial é constituído por no mínimo 11 e no
máximo 25 julgadores.
A metade dos cargos do Órgão Especial é provido por antiguidade e a outra metade
por eleição do Tribunal Pleno.
DICA 33
CLÁUSULA DE RESERVA DE PLENÁRIO
A CF dispõe no art. 97 - “Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos
membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade
de lei ou ato normativo do Poder Público.”.
Súmula Vinculante nº 10
“Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, art. 97) a decisão de órgão fracionário de
tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato
normativo do Poder Público, afasta a sua incidência no todo ou em parte.”
20
quando o Plenário (ou órgão especial) do Tribunal que estiver decidindo já tiver se
manifestado pela inconstitucionalidade da norma;
quando o Plenário do STF já tiver decidido que a norma em análise é inconstitucional.
21
DICA 34
SÚMULA VINCULANTE E REPERCUSSÃO GERAL
A Súmula Vinculante corresponde a materialização de determinado entendimento do STF,
a partir de reiteradas decisões sobre matéria constitucional. O termo “vinculante”
significa que a partir de sua publicação na imprensa oficial, a súmula terá efeito vinculante
em relação aos demais órgãos do poder judiciário e à administração pública direta e
indireta, nas esferas federal, estadual e municipal.
ATENÇÃO!
Presidente da República;
Procurador-Geral da República;
22
O CNJ foi criado pela Emenda Constitucional nº. 45/2004. Trata-se de órgão com
competência administrativa e não jurisdicional.
ATENÇÃO!
Apenas advogados e “cidadãos” contam com 02 (dois) membros, o restante dos órgãos
conta com apenas um membro, o que facilita a memorização.
DICA 36
15 (quinze) membros;
15 membros
CONSELHO NACIONAL
Mandato de 2 anos
DE JUSTIÇA
Admitida 1 recondução
23
DOIS advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
DICA 37
DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Compete ao Superior Tribunal de Justiça:
Julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos
Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios,
quando a decisão recorrida:
der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal.
24
DICA 38
DOS TRIBUNAIS REGIONAIS FEDERAIS E DOS JUÍZES FEDERAIS
Os Juízes Federais.
CRITÉRIO DE IDADE:
QUINTO CONSTITUCIONAL:
OS DEMAIS:
Mediante promoção de juízes federais com mais de 05 (cinco) anos de exercício, por
antiguidade e merecimento, alternadamente.
25
DICA 39
DOS DIREITOS E DEVERES DA MAGISTRATURA
irredutibilidade de subsídio, ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 39, § 4º, 150,
II, 153, III, e 153, § 2º, I.
DICA BÔNUS
DOS DIREITOS E DEVERES DA MAGISTRATURA
26
DIREITOS HUMANOS
DICA 40
PRINCIPAIS PROTEÇÕES AOS DIREITOS HUMANOS NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL
DE 1988
A Constituição de 1988 é um marco na proteção dos direitos humanos, pois o Brasil
assumiu uma posição importante na internalização dos Tratados firmados, demonstrando
um processo evolutivo de afirmação dos Direitos Humanos.
Os objetivos fundamentais possuem relação com a busca pela defesa e promoção dos
Direitos Humanos.
Ex.: Genocídio.
27
ESTRANGEIRO: é possível.
BRASILEIRO NATO: Não é possível, mas pode ser entregue ao TPI para ser
julgado por crime contra humanidade.
DICA 43
AÇÕES AFIRMATIVAS NA PROMOÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS
São ações afirmativas que visam proteger grupos de pessoas que foram prejudicadas
historicamente, por meio de uma discriminação positiva, que objetiva a igualdade social
de oportunidades e fruição dos Direitos Humanos.
A Convenção Internacional sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial
é um importante tratado que busca que os Estados promovam o acesso de direitos sem
qualquer discriminação. No Brasil, foi criada a Lei nº 12,288/10, o Estatuto da Igualdade
Racial.
O Estatuto da Igualdade Racial prevê em seu art. 1º, conceitos de discriminação racial ou
étnico-racial; desigualdade racial e desigualdade de gênero e raça.
As ações afirmativas encontram fundamentos constitucionais na dignidade da pessoa
humana, na promoção do bem de todos, na prevalência dos direitos humanos e na
possibilidade de criação de mais direitos e garantias.
28
DIREITO INTERNACIONAL
DICA 44
DIREITO DIPLOMÁTICO
As relações consulares e as diplomáticas formam o Direito Diplomático, considerado
um dos braços do Direito Internacional. Os Estados necessitam de representações para
estabelecer a relação com outros Estados ou Organizações Internacionais.
As Convenções de Viena sobre Relações Diplomáticas (1961) e a das Relações Consulares
(1963) são as bases para o Direito Diplomático.
No Brasil, a escolha dos chefes de missão diplomática será feita pelo Chefe do Poder
Executivo (indicação é política), mediante aprovação do Senado Federal.
29
30
Poderão ser chamados a depor como testemunha, o que não pode ser aplicado para os
agentes diplomáticos.
31
DIREITO TRIBUTÁRIO
DICA 49
IMPOSTO DE RENDA- PESSOA FÍSICA- EMPREGADO DE EMPRESAS ESTATAIS
ESTRANGEIRAS NO BRASIL
Os empregados de empresas estatais estrangeiras localizada no Brasil não tem direito ao
tratamento distinto que é concedido àqueles vinculados a embaixadas, consulados e
repartições oficiais de outros países.
Assim, estão submetidos à tributação pelas mesmas regras aplicáveis aos demais
contribuintes, de acordo com a sua condição de residente ou de não residente no Brasil.
DICA 50
IMPOSTO DE RENDA- PESSOA FÍSICA - NÃO RESIDENTE - VISTO TEMPORÁRIO
Você sabe qual é o regime de tributação do imposto sobre a renda aplicável à pessoa física
não residente portadora de visto temporário que entra e sai várias vezes do Brasil?
Caso não adquira a condição de residente, os rendimentos recebidos no Brasil serão
tributados de forma definitiva ou exclusiva na fonte. Mas no caso adquira a condição
de residente no País, a partir dessa data, os rendimentos recebidos de fontes situadas no
território nacional ou no exterior serão tributados de acordo com as mesmas normas
aplicáveis aos residentes no Brasil.
DICA 51
É LEGÍTIMA A INCIDÊNCIA DA CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA SOBRE O 13°
SALÁRIO?
O STF através da Súmula n° 688 determina que é legítima a incidência da contribuição
previdenciária sobre o 13° salário, portanto, será considerado salário de contribuição. Senão
vejamos:
DICA 52
PARCELAS QUE INTEGRAM O SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO
32
DICA 53
TRIBUTAÇÃO DEFINITIVA
Se trata de uma forma de arrecadação do IRPF . Da mesma forma que a tributação exclusiva
na fonte, os valores pagos a título de IRPF submetido à tributação definitiva não
representam antecipações do IRPF devido na Declaração de Ajuste Anual e, portanto, não
serão considerados no cálculo desta.
Exemplo de rendimento submetido à tributação definitiva é aquele auferido em virtude de
ganho de capital em decorrência da alienação de bens e direitos de qualquer natureza,
previsto no artigo 21 da Lei 8.981/9599, no artigo 117 do RIR/99100 e no artigo 8° da IN
SRF n° 15/2001
DICA 54
NÃO HÁ INCIDÊNCIA DE IMPOSTO DE RENDA SOBRE JUROS DE MORA NO
PAGAMENTO DE VERBA ALIMENTAR A PESSOA FÍSICA
A Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) fixou 3 novas teses de direito
tributário, com a finalidade de compatibilizar entendimentos anteriores do colegiado –
firmados em repetitivos e outros precedentes – com a decisão do Supremo Tribunal Federal
(STF) no Tema 808 da repercussão geral, segundo a qual "não incide Imposto de Renda
(IR) sobre os juros de mora devidos pelo atraso no pagamento de remuneração por exercício
de emprego, cargo ou função".
DICA 55
IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE DE VEÍCULOS AUTOMOTORES (IPVA)
33
DICA 56
IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE DE VEÍCULOS AUTOMOTORES (IPVA)
A base de cálculo do IPVA é o valor do veículo tal como definido na tabela oficial definida
anualmente pelo Estado tributante.
IMPORTANTE: O IPVA é um imposto de alíquota fixa, sendo admitido somente
diferenciação quanto ao tipo e maneira de utilização do veículo.
DICA 57
IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE PREDIAL E TERRITORIAL URBANA (IPTU)
DICA 58
IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE PREDIAL E TERRITORIAL URBANA (IPTU)
Pode existir município sem IPTU? Nada impede que exista um município que não cobre o
IPTU. Para que isso possa ocorrer, é preciso que inexista a lei municipal definindo a área
urbana, mencionada pelo art. 32 do CTN.
Isso também encontra respaldo na CF/88, pois o art. 145, caput, da Constituição Federal
de 1988 define o exercício da competência tributária como facultativa, ao trazer que União,
Estados, Distrito Federal e Municípios “podem” instituir os seguintes tributos.
DICA 59
SOLIDARIEDADE TRIBUTÁRIA
34
Art. 125, CTN - Salvo disposição de lei em contrário, são os seguintes os efeitos da
solidariedade:
I - o pagamento efetuado por um dos obrigados aproveita aos demais;
II - a isenção ou remissão de crédito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada
pessoalmente a um deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais
pelo saldo;
III - a interrupção da prescrição, em favor ou contra um dos obrigados, favorece ou
prejudica aos demais.
DICA 60
DOMICÍLIO TRIBUTÁRIO
A obrigação tributária tem natureza quesível, isto é, deve ser paga no domicílio do
devedor, salvo quando a legislação dispuser em contrário (nesse caso terá natureza
portable).
Art. 159, CTN - Quando a legislação tributária não dispuser a respeito, o pagamento é
efetuado na repartição competente do domicílio do sujeito passivo.
A regra geral é a escolha desse domicílio. Porém, o fisco pode recusar essa escolha
caso essa impossibilite ou dificulte a fiscalização e arrecadação (decisão de recusa tem que
ser motivada).
Na falta de eleição o domicílio será: Art. 127. CTN Na falta de eleição, pelo contribuinte
ou responsável, de domicílio tributário, na forma da legislação aplicável, considera-se como
tal:
I - quanto às pessoas naturais, a sua residência habitual, ou, sendo esta incerta ou
desconhecida, o centro habitual de sua atividade;
Regra subsidiária: local dos bens/local dos fatos que deram origem à obrigação.
Art. 127, § 1º, CTN - Quando não couber a aplicação das regras fixadas em qualquer dos
Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.
Pensar Concursos.
35
Art. 139, CTN - O crédito tributário decorre da obrigação principal e tem a mesma
natureza desta.
DICA 62
LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO
Competência: Cada lei determinará uma pessoa que pode realizar lançamento.
Competência para realizar o lançamento é exclusiva do auditor fiscal (autoridade
administrativa), não pode ser delegado. Atuação do auditor no procedimento do lançamento
é vinculada, pois, observada a ocorrência do fato gerador é dever de autoridade competente
realizar o lançamento, sob pena de responsabilidade funcional, não sendo cabível juízo de
conveniência e oportunidade.
36
DICA 63
LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO
Procedimento de lançamento é composto de seis atribuições:
Calcular o montante devido do tributo: deve aplicar alíquota da época do fato gerador em
cima da base de cálculo. Não importa se depois ela aumentou/diminuiu, pois no momento
do fato gerador, congela-se aquela situação jurídica.
Aplicar sanção cabível: Esse é único ato que pode ocorrer ou não, porque somente aplica-
se multa quando se detecta uma irregularidade.
37
DIREITO ADMINISTRATIVO
DICA 64
SERVIÇO PÚBLICO - CONCEITUAÇÃO
Serviços públicos prestados sem discriminação quanto aos usuários, quando tenham a
mesma condição técnica e jurídica para a fruição.
IMPORTANTE! As tarifas poderão ser diferenciadas em função das características
técnicas e dos custos específicos provenientes do atendimento aos distintos segmentos de
usuários.
38
DICA 66
DA REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO PÚBLICO
A separação constitucional de competências entre os entes da Federação, no que tange à
prestação de serviços públicos, rege-se pelo Princípio da Predominância do Interesse.
ATENÇÃO!
União art. 21
Comum art. 23
Municípios art. 30
JURISPRUDÊNCIA STJ
O corte no fornecimento de energia elétrica somente pode recair sobre o imóvel que
originou o débito, e NÃO sobre imóveis de propriedade do inadimplente (STJ, REsp
662214/RS).
39
DICA 67
ELEMENTOS DO SERVIÇO PÚBLICO
ATENÇÃO!
A sujeição ao regime jurídico de direito público PODERÁ ser total ou parcial, a depender
da própria natureza do serviço público, pois objetiva entregar meios que garantam a
efetividade desses serviços.
DICA 68
INTERVENÇÃO EM CONCESSÃO DE SERVIÇO PÚBLICO DEPENDE DE
CONTRADITÓRIO PRÉVIO?
Segundo a 2ª Turma do STJ, não! A Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ)
entendeu que não se exige contraditório prévio à decretação de intervenção em contrato de
concessão de serviço público.
Ademais, o artigo 33 da Lei 8.987/1995 não garante o direito de defesa prévia ao
concessionário.
DICA 69
DA EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS
40
ESPÉCIES DE DESCENTRALIZAÇÃO:
DICA 70
A Lei do PND realiza a transformação dos serviços descentralizados por delegação legal
(estatais) em serviços descentralizados por delegação negocial (concessionárias ou
permissionárias).
Ressalta-se, que, conforme doutrina majoritária, o Estado não deixa de ser o titular dos
serviços públicos. Ele apenas se retira da atividade econômica e transfere a execução de
determinado serviço a iniciativa privada.
Uma vez que o Estado transfere a execução de determinado serviço público a particulares
em colaboração (fins lucrativos), caracteriza-se uma execução indireta. Sua instituição se
efetiva por intermédio de negócios jurídicos regrados pelo Direito Público (contratos
administrativos).
41
DICA 71
Quanto ao Natureza do
Licitação
particular vínculo contratual
Modalidade
Só pode ser pessoa
concorrência ou
CONCESSÃO jurídica, sozinha ou em NÃO precário
diálogo
consórcio
competitivo
DICA 72
QUADRO RESUMO
CONCESSÕES COMUNS
42
CONCESSÕES ESPECIAIS
ATENÇÃO!
DICA 73
DA POLÍTICA TARIFÁRIA
Os valores pagos pelos usuários dos serviços concedidos possuem natureza de preço
público e como tais são fixados por ato do Poder Concedente. Critérios de proporcionalidade
entre os custos de prestação do serviço e a adequada remuneração do concessionário, de
forma a:
A tarifa poderá sofrer revisão a fim de se adequar aos custos do serviço, visando
manter sempre o equilíbrio contratual.
Não pode a Administração, sem prévia justificativa, alterar o valor das tarifas. Neste
caso, o concessionário buscará a tutela judicial para declarar abusiva a alteração e anular o
ato.
Somente no caso de previsão contratual, redução dos ônus e encargos do concessionário
ou mediante indenização, poderá o poder concedente alterar o valor das tarifas, de forma
a manter o equilíbrio contratual.
DICA 74
DA RESPONSABILIDADE DO CONCESSIONÁRIO
43
A Lei 11.079 trata de normais gerais, o que NÃO impede que Estados e Municípios
tenham suas próprias regras sobre PPP’s, observadas as normas gerais;
44
DICA 77
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
Recentemente, a Lei 14.230/21 promoveu diversas modificações na Lei de Improbidade
administrativa.
45
DICA 78
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
A todos os funcionários públicos impõe-se o dever de atuar de forma ética e com probidade.
Trata-se de exigência compelida pelo princípio da moralidade, expressamente previsto
no caput do artigo 37, da CF/88.
Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a
perda da função pública, à indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário,
na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
ATENÇÃO!!
FIQUE ATENTO!
A Lei 14.230/21, no que diz respeito a frustação da ilicitude de concurso público, alterou a
sua redação, passando a prever que a conduta de [...] “frustrar, em ofensa à imparcialidade,
o caráter concorrencial de concurso público, de chamamento ou de procedimento licitatório,
com vistas à obtenção de benefício próprio, direto ou indireto, ou de terceiros” atenta contra
os princípios da Administração Pública.
Do mesmo modo, no que se refere a frustação da licitação pública, a Lei 14.230/21 alterou
a sua redação, passando a prever que a conduta de [...] “frustrar a licitude de processo
licitatório ou de processo seletivo para celebração de parcerias com entidades sem fins
lucrativos, ou dispensá-los indevidamente, acarretando perda patrimonial efetiva” atenta
contra os princípios da Administração Pública.
46
DICA 80
ENRIQUECIMENTO ILÍCITO
OABEIRO (A), sei que já são muitos conceitos que você precisa decorar para sua prova,
mas, esse é mais que necessário!
Portanto, o que é em si a conduta de improbidade administrativa que se configura como
enriquecimento ilícito?
47
DICA 81
ENRIQUECIMENTO ILÍCITO – SANÇÕES
É necessário que você vá para sua prova sabendo quais as sanções aplicáveis em caso de
conduta ímproba decorrente de ato que gera enriquecimento ilícito. Pensando nisso,
fizemos esse quadrinho esquemático para você.
Veja só:
Proibição de contratar com o Poder Público; SIM, por prazo não superior a 14
(quatorze) anos!
DICA 82
ENRIQUECIMENTO ILÍCITO – SUJEITOS
Em se tratando de Lei de Improbidade Administrativa, um dos tópicos mais cobrados pelas
bancas é: quem pode incorrer em ato ímprobo?
E, isso, a própria lei responde: o agente público! Ok, isso eu já entendi, mas para fins
dessa lei, o que é considerado agente público? Veja só:
Art. 2º Para os efeitos desta Lei, consideram-se agente público o agente político, o
servidor público e todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem
remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma
de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades referidas
no art. 1º desta Lei.
DICA 83
SITUAÇÕES QUE CONFIGURAM ENRIQUECIMENTO ILÍCITO
Uma das apostas para cair em sua prova, quando se trata desse assunto, são os incisos do
artigo 9º. Ou seja, o examinador, provavelmente vai colocar um enunciado na questão e
você terá que dizer se aquilo é enriquecimento ilícito ou outra modalidade de conduta
ímproba.
48
Para tanto, nessa dica, vamos trabalhar com o inciso I, bem como com um exemplo para
você fixar isso em mente!
I - receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou imóvel, ou qualquer outra
vantagem econômica, direta ou indireta, a título de comissão, percentagem, gratificação
ou presente de quem tenha interesse, direto ou indireto, que possa ser atingido ou
amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente público;
Ex.: João, servidor público do Poder Judiciário, recebe de Pedro, seu amigo, um
presente: uma viagem para Maldivas com tudo pago! Ocorre que, Pedro, tem total interesse
na tramitação de um processo que, João, por ser servidor público, pode atuar.
DICA 84
SITUAÇÕES QUE CONFIGURAM ENRIQUECIMENTO ILÍCITO
Um ponto que merece destaque é a diferença entre ato que gera enriquecimento ilícito
e ato que causa prejuízo ao erário.
49
REVOGADO
Art. 13, § 1º
50
DIREITO AMBIENTAL
DICA 86
CRIAÇÃO, ALTERAÇÃO E DESAFETAÇÃO DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO
A criação é feita por ato do poder público (lei ou decreto) devendo ser precedida de
estudos técnicos e de consulta pública a fim de identificar a localização, a dimensão e os
limites mais adequados para a unidade.
A alteração, desafetação ou redução dos limites de uma unidade de conservação
somente podem ser feita mediante lei específica.
A ampliação dos limites da unidade de conservação pode ocorrer pelo instrumento do
mesmo nível hierárquico, ou seja, se foi criada por decreto pode ser ampliada também
por decreto. Deve se observar ainda a necessidade dos estudos técnicos e a consulta
pública.
Pode haver alteração do grupo de Unidade de Conservação de Uso Sustentável para
de Proteção Integral.
CUIDADO!
Não é possível alteração do grupo de Unidade de Conservação de Proteção Integral
para Unidade de Conservação de Uso Sustentável.
DICA 87
ZONA DE AMORTECIMENTO E CORREDORES ECOLÓGICOS
Com exceção da Área de Proteção Ambiental e Reserva Particular do Patrimônio
Natural, as unidades de conservação devem possuir zona de amortecimento e, quando
conveniente, corredores ecológicos.
51
52
DIREITO CIVIL
DICA 91
TEORIA FUNDAMENTAL DA POSSE
De acordo com o art. 1.196 do CC, houve a consagração da Teoria Objetiva de Ihering
(exteriorização da posse por aquele que a exerça com poderes de dono e imprima uma
destinação econômica à coisa).
IMPORTANTE!
Segundo o STJ, possuidor é aquele que dispõe do efetivo poder sobre a coisa, podendo
ser uma pessoa física, uma pessoa jurídica e, até́ mesmo, um ente despersonalizado.
DICA 92
POSSE PRECÁRIA
É uma posse a título de favor, que pode ser requisitada a qualquer momento.
Este empréstimo não tem aptidão a gerar usucapião, pois lhe falta o animus domini
(intenção de ser dono).
OBS: Se o dono da coisa exigir a coisa de volta, e o possuidor resistir, a posse passa a
ser injusta pelo vício da precariedade.
DICA 93
POSSE DIRETA OU INDIRETA
Quanto ao modo de exercício, a posse pode ser:
Posse Direta: Aquele que está em contato com a coisa. Ex.: Inquilino.
53
DICA 95
POSSE PRÓPRIA E IMPRÓPRIA
Ex.: Pedro compra um imóvel para morar nele: Pedro tem a posse própria; agora, se
Pedro aluga o imóvel para Ana, Ana tem a posse imprópria.
DICA 96
POSSE ORIGINÁRIA E DERIVADA
Posse Originária é aquela que não tem vínculo de aquisição com o possuidor
anterior. Ou seja, não há vínculo com o proprietário anterior.
54
DICA 99
INTERDITOS POSSESSÓRIOS EM FACE DO PODER PÚBLICO
MUITO IMPORTANTE!
STJ. 4ª Turma. REsp 1.296.964 – DF, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em
18/10/2016 (Info 954).
DICA 100
PROPRIEDADE
Refere-se a um direito real complexo e compreendido das faculdades reais de usar,
gozar/fruir, dispor e reivindicar a coisa, conforme a sua função social (art. 1.228, CC).
Se todos esses poderes forem reunidos, o sujeito irá adquirir a propriedade plena. A
propriedade é instrumentalizada através do domínio.
OBS: A propriedade é uma relação jurídica complexa, pois o proprietário se encontra
em uma situação ativa e passiva, e só poderá́ demandar abstenção da coletividade se
promover o cumprimento da função social.
DICA 101
ESTRUTURA DO DIREITO DE PROPRIEDADE
Os poderes do proprietário são conferidos no art. 1.228, CC, sendo eles: usar, gozar,
dispor ou reaver a coisa.
55
DICA 102
ATRIBUTOS DO DIREITO DE PROPRIEDADE
Exclusivo Via de regra, a propriedade não pode ser de mais de uma pessoa,
exceção: condomínio.
DICA 103
REGISTRO
O registro imobiliário é o modo de adquirir a propriedade, firmando, como regra, a
presunção relativa de veracidade (art. 1.245, CC).
Por aluvião;
Por avulsão;
56
DICA 105
USUCAPIÃO
Usucapião é a forma originária de aquisição da propriedade, também chamada de
prescrição aquisitiva. Nela o indivíduo que exercer sobre o bem posse mansa, pacífica e
ininterrupta por prazo determinado (que varia de acordo com a propriedade), com animus
domini (vontade de ser dono), adquirirá o domínio do bem.
Requisitos da Usucapião:
O decurso do tempo.
DICA 106
ESPÉCIES DE USUCAPIÃO
A usucapião pode ser classificada como extraordinária, ordinária e especial.
Na Usucapião Extraordinária a posse deve ser mansa e pacífica, por 15 anos, com
animus domini, independentemente de justo título ou boa-fé́ (art. 1.238, CC).
O possuidor de imóvel urbano com até́ 250m2 que exercer posse mansa, pacífica e
ininterrupta por 5 anos, independentemente da existência de justo título e boa-fé́,
poderá́ adquirir a propriedade, se nela fixou moradia.
Já́ o possuidor de imóvel rural com até́ 50ha, sem oposição por 5 anos, se fixada
residência e realizado investimentos, poderá́ usucapir o bem.
Em ambos os casos, para usucapir o bem o indivíduo não poderá́ ser proprietário de
outro imóvel urbano ou rural (arts. 1.239 e 1.240, CC).
DICA 108
PERDA DA PROPRIEDADE
A propriedade pode ser extinta por via convencional ou legal. Em casos de: alienação,
renúncia, abandono, perecimento do objeto e desapropriação.
57
ALIENAÇÃO E RENÚNCIA:
Ex.: Som alto depois das 22h em dias de semana (infração à lei do silêncio). Os demais
proprietários, incomodados com o uso anormal da propriedade, poderão entrar com uma
demanda judicial em face do vizinho inconveniente solicitando que seja diminuído o volume
do som.
DICA 112
ÁRVORES LIMÍTROFES
As árvores limítrofes se situam entre duas propriedades e serão conservadas e
mantidas, constituindo condomínio necessário. Ambos serão proprietários das árvores
e, por isso, partilharão também os seus frutos. Caso as raízes, galhos e folhas de uma
árvore situada em um imóvel transcendam a linha limítrofe e invadam a propriedade vizinha,
58
Legal ou necessário: Quando imposto pela lei, como no caso de paredes, cercas,
muros e valas (art. 1.327, CC).
59
DICA 116
PROCEDIMENTO NO ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE (ECA) –
DISPOSIÇÕES GERAIS
A criança e o adolescente recebem um tratamento diferenciado, os procedimentos são
específicos e, em caráter subsidiário e aplicado a legislação processual pertinente.
Nos processos e procedimentos que envolvem criança e adolescente gozam de prioridade
absoluta, sob pena de responsabilidade, assim como na execução dos atos e diligências.
60
Da sentença que deferir a adoção, produz efeito desde logo, cabível apelação, com
efeito devolutivo, exceto: caso de adoção internacional ou houver perigo de dano
irreparável ou de difícil reparação.
Da sentença que destituir ambos ou qualquer dos genitores do poder familiar, cabe
apelação, com efeito devolutivo.
DICA 118
PAPEL DO ADVOGADO
O advogado, indispensável para a manutenção da justiça, possui papel importante nos
procedimentos previstos no ECA.
Nenhum adolescente a quem se atribua a prática de ato infracional, será processado sem
defensor e se não tiver defensor, será nomeado pelo juiz.
61
62
DICA 121
RESPONSABILIDADE POR VÍCIO DE SERVIÇO
a reexecução dos serviços, sem custo adicional e quando cabível, que pode ser confiada
a terceiros capacitados, por conta e risco do fornecedor
63
DICA 123
RESPONSABILIDADE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA NO ÂMBITO DO DIREITO DO
CONSUMIDOR
Em se tratando de uma relação jurídica de consumo, a Administração Pública direta e
indireta, inclusive as Empresas Públicas e Sociedades de Economia mista que exercem
atividade econômica, responderão de forma objetiva.
Além do mais, a administração pública deverá fornecer serviços adequados, eficientes,
seguros e, quanto aos essenciais, de forma contínua.
NÃO CONFUNDIR a relação jurídico tributária com a relação de consumo que pode
existir entre a Administração Pública e o consumidor, quando, por exemplo, a
concessionaria cobra preço ou tarifa por um determinado serviço, como o fornecimento de
energia elétrica. Nessa situação perfeitamente aplicável o CDC. Diferentemente de quando
o Estado cobra uma Taxa de Coleta de Lixo, pois aqui haverá um tributo.
Conforme o art. 23 do CDC, a ignorância do fornecedor sobre os vícios de qualidade por
inadequação dos produtos e serviços não o exime de responsabilidade.
DICA 124
GARANTIAS AO CONSUMIDOR
GARANTIAS CONTRATUAIS: A garantia contratual está prevista no art. 50, CDC, sendo
complementar à garantia legal e devendo ser feita por escrito. Trata-se de uma mera
faculdade do fornecedor. Entende-se que o prazo da garantia contratual deverá ser
somado ao da garantia legal, ou seja, apenas após o término do prazo da garantia legal é
que se inicia o prazo da garantia contratual.
64
ATENÇÃO!!
DICA 125
DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO
Prazo vício oculto: Em relação aos vícios que não são de fácil constatação,
denominados vícios ocultos, o CDC traz prazo diverso para o consumidor reclamar dos
mesmos. Assim, de acordo com a legislação, art. 26, §3° tratando-se de vício oculto, o
prazo decadencial inicia-se no momento em que ficar evidenciado o defeito.
A partir do momento em que o consumidor verificar o vício do produto ou do fornecimento
do serviço, quando se fala em vício oculto, é que se começará a fluir o prazo decadencial do
art. 26. Não confunda esse prazo decadencial com o prazo para propor ação
indenizatória.
O prazo decadencial aqui previsto para que o consumidor possa exigir uma das alternativas
previstas no art. 20, CDC, quais sejam, reexecução de serviços, restituição de quantia paga
ou abatimento proporcional do preço.
Por fim, em relação ao vício oculto, a doutrina e a jurisprudência consolidaram-se no sentido
de que os bens de consumo têm uma durabilidade determinada, que seria a chamada vida
útil do produto, não sendo, portanto, de durabilidade eterna.
Doutrina entende em sua maioria, que as causas acima que obstam a decadência são
causas SUSPENSIVAS.
65
Art. 27 - Prescreve em cinco anos a pretensão à reparação pelos danos causados por fato
do produto ou do serviço prevista na Seção II deste Capítulo, iniciando-se a contagem do
prazo a partir do conhecimento do dano e de sua autoria.
66
PROCESSO CIVIL
DICA 126
DO PROCEDIMENTO COMUM
No processo civil, os procedimentos são o comum e o especial. O CPC/15 não mais
subdivide o procedimento comum em ordinário e sumário. Nota-se, portanto, que o CPC/15
visou a simplificação do procedimento.
Segundo previsão do art. 318 do CPC aplica-se a todas as causas o procedimento
comum, salvo disposição legal em contrário.
OBS.: Mesmo quando não aplicado de forma integral, o procedimento comum será
aplicado subsidiariamente aos demais procedimentos especiais e ao processo de
execução.
DICA 127
DA CONTESTAÇÃO E SEU TERMO INICIAL
Contestação é a defesa do réu no procedimento comum, deve ser feita por petição escrita
e oferecida no prazo de 15 dias ÚTEIS.
Hipótese em que não se admite a realização de audiência (direitos que não admitem
autocomposição – réu já é citado para contestar): a contagem é realizada de acordo com
os prazos do art. 231 do CPC.
Quando há desistência em relação a réu não citado, não se contará o prazo da última
citação, mas sim da intimação acerca da homologação da desistência.
OBS.: Oposição de embargos de declaração não interrompe o prazo para contestar.
67
DICA 128
ESPÉCIES DE DEFESA QUE PODEM SER APRESENTADAS PELO RÉU EM
CONTESTAÇÃO
Existem algumas espécies de defesa que podem ser trazidas pelo réu na contestação:
réu reconhece os fatos, mas nega a consequência jurídica buscada pelo autor.
Ex.: autor requer indenização por danos morais, o réu concorda com os fatos, mas
explicita que não são passíveis de gerar dano, configurando mero aborrecimento.
Defesa de mérito indireta: réu traz novo fato modificativo, impeditivo ou extintivo
do direito do autor.
Ex.: autor aviou uma ação de cobrança, em sua defesa, porém, o réu alega o
pagamento (novo fato extintivo).
DICA 129
DO PRINCÍPIO DA EVENTUALIDADE
Segundo o qual, cabe ao réu alegar a totalidade da matéria de defesa, ainda que possa
parecer contradição.
Esse ônus é tido como ônus da eventualidade ou princípio da concentração.
Nesse sentido, prevê o art. 336 do CPC que: “incumbe ao réu alegar, na contestação, toda
a matéria de defesa, expondo as razões de fato e de direito com que impugna o pedido do
autor e especificando as provas que pretende produzir.
Apesar da regra da concentração, após a contestação ainda é lícito ao réu alegar
determinadas matérias em sua defesa, conforme previsão do art. 342:
Fato ou direito superveniente.
Matéria conhecível de ofício;
Quando houver autorização legal para tanto.
68
OBS.: Porém, não se deve confundir a possibilidade de trazer novas alegações (art. 342
do CPC), com possibilidade de “complementação da contestação”. Não é possível a
complementação devido a preclusão consumativa.
DICA 130
DO ÔNUS DA IMPUGNAÇÃO ESPECIFICADA
69
falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar – dilatória
potencialmente peremptória;
DICA 133
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS
Os pressupostos processuais são condições mínimas de constituição e de desenvolvimento
do processo.
A ausência de um pressuposto acarreta a extinção do processo sem resolução do
mérito, com base no inciso IV do art. 485.
Os pressupostos dividem-se em pressupostos de constituição (existência) e em
pressupostos de desenvolvimento (validade) e representam questões de ordem pública,
motivo pelo qual, a ausência dos pressupostos deve ser reconhecida de ofício.
70
Subjetivos:
DICA 134
DETERMINAÇÃO DA COMPETÊNCIA E A PERPETUATIO JURISDICTIONIS
Competência é a repartição da jurisdição entre os órgãos do poder judiciário.
Funcionando ainda como limite legal para exercício válido, regular e legítimo da função
jurisdicional.
A competência é determinada no momento do registro ou da distribuição da petição
inicial.
Assim, após ficar decidido, com o registro ou distribuição, o órgão jurisdicional que irá
julgar a causa, em regra, a jurisdição não será mais alterada – é a chamada perpetuatio
jurisdictionis.
71
Dessa forma, pode-se extrair uma terceira exceção do julgado acima: quando há
alteração no domicílio do menor.
DICA 135
ESPÉCIES DE COMPETÊNCIA
72
DICA 136
DA FORMA E DO MOMENTO PARA ALEGAÇÃO DA INCOMPETÊNCIA RELATIVA
Anteriormente existia a chamada exceção de incompetência, peça própria, incidente
processual apartado, hoje em dia, porém, a forma de se arguir a incompetência relativa é
a mesma da incompetência absoluta - em preliminar de contestação.
Ao contrário da incompetência absoluta em que se pode alegar em qualquer tempo e grau
de jurisdição, a incompetência relativa somente pode ser alegada na contestação.
Do mesmo modo, diferentemente da incompetência absoluta que pode ser reconhecida de
ofício, a incompetência relativa não pode ser reconhecida de ofício.
Súmula 33, STJ: A incompetência relativa não pode ser declarada de ofício.
73
CUIDADO: O judiciário brasileiro não poderá definir que o foro eleito pela parte não é
o mais conveniente, uma vez que decorre da lei as diversas opções ao autor. Portanto, não
é aplicável no Brasil.
Restrita aceitação da doutrina do forum non conveniens pelos países que adotam o sistema
do civil law, não havendo no ordenamento jurídico brasileiro norma específica capaz
de permitir tal prática. (STJ, REsp 1. 633.275/2016).
DICA 139
DO FORO DE SITUAÇÃO DA COISA
As ações fundadas sobre direitos reais imobiliários (bens imóveis), deverão ser propostas
no local onde a coisa está (foro de situação da coisa).
A lei faculta ao autor a propositura da ação no domicílio do réu ou no foro de eleição.
Entretanto, o litígio não deve recair sobre direito de propriedade, vizinhança,
servidão, divisão e demarcação de terras e de nunciação de obra nova.
Nessas ações, apesar de figurarem no capítulo de competência territorial, são de
competência absoluta.
MACETE: Competência absoluta de situação da coisa:
DVDs POP:
D ivisão;
V izinhança;
D emarcação;
S ervidão;
P ropriedade;
O bra nova;
P ossessórias imobiliárias.
OBS.: Essa competência absoluta se justifica por se tratar de ação em que geralmente
é necessário que o magistrado faça inspeção local, motivo pelo qual se torna razoável
o processamento e julgamento onde a coisa está situada.
Caso o imóvel encontre-se situado em mais de um lugar, a competência territorial do
juízo prevento se estende pela totalidade do imóvel.
74
DICA 140
DO FORO COMPETENTE PARA AÇÃO DE DIVÓRCIO, SEPARAÇÃO, ANULAÇÃO DE
CASAMENTO E RECONHECIMENTO OU DISSOLUÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL
Para a ação de divórcio, separação, anulação de casamento e reconhecimento ou
dissolução de união estável será competente:
Foro do domicílio do guardião do filho incapaz.
Quando se trata de guarda compartilhada, há divergência na doutrina. Uma corrente
defende a aplicação da regra geral (foro de domicílio do réu). Já para outra corrente deve-
se seguir para a segunda regra.
Se não houver filho incapaz, será o último domicílio do casal.
De domicílio do réu, se nenhuma das partes residir no antigo domicílio do casal;
De domicílio da vítima de violência doméstica e familiar, nos termos da Lei nº 11.340/06
(Lei Maria da Penha).
DICA 141
DO PRINCÍPIO DA CONGRUÊNCIA, ADSTRIÇÃO OU CORRELAÇÃO
Segundo este princípio, a sentença deve ser congruente, adstrita e se correlacionar com o
pedido.
75
76
DICA 146
DA HIPOTECA JUDICIÁRIA
77
Se nos casos citados acima não for interposta a apelação no prazo legal, o juiz ordenará a
remessa dos autos ao tribunal, e, se não o fizer, o presidente do respectivo tribunal
avocá-los-á. Logo, de toda forma o tribunal é quem julgará a remessa necessária.
Não se aplica a remessa necessária quando a condenação ou o proveito
econômico obtido na causa for de valor certo e líquido inferior a:
1.000 salários-mínimos para a União e as respectivas autarquias e fundações de direito
público;
500 salários-mínimos para os Estados, o Distrito Federal, as respectivas autarquias e
fundações de direito público e os Municípios que constituam capitais dos Estados;
100 salários-mínimos para todos os demais Municípios e respectivas autarquias e
fundações de direito público.
Também não se aplica a remessa necessária quando a sentença estiver fundada em:
súmula de tribunal superior;
acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em
julgamento de recursos repetitivos;
entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção
de competência;
entendimento coincidente com orientação vinculante firmada no âmbito administrativo
do próprio ente público, consolidada em manifestação, parecer ou súmula administrativa.
DICA 148
DO JULGAMENTO DAS AÇÕES RELATIVAS ÀS PRESTAÇÕES DE FAZER, DE NÃO
FAZER E DE ENTREGAR COISA
Na ação que tenha por objeto a prestação de fazer ou de não fazer, o juiz, se
procedente o pedido, concederá a tutela específica ou determinará providências que
assegurem a obtenção de tutela pelo resultado prático equivalente.
Na ação que tenha por objeto a entrega de coisa, o juiz, ao conceder a tutela específica,
fixará o prazo para o cumprimento da obrigação.
78
DICA 149
COISA JULGADA
Trata-se de estado de imutabilidade, indiscutibilidade das decisões judiciais.
Tem uma relação direta com o princípio da segurança jurídica, que é um mandamento
constitucional previsto no art. 5º. XXXVI da CR/88.
A coisa julgada classifica-se em:
Material: A coisa julgada material, também chamada de “lei entre as partes”, atinge
apenas as decisões de mérito, de cognição exauriente.
A imutabilidade de uma decisão, quando atingida pela coisa julgada material, se projeta
para fora do processo.
Gera uma estabilidade chamada exoprocessual (anprocessual).
A coisa julgada material atinge sentenças, acórdãos e, até mesmo, decisões interlocutórias
(art. 356 CPC).
DICA 150
EFEITOS DA COISA JULGADA
A coisa julgada pode ter os seguintes efeitos:
NEGATIVO: A coisa julgada impede a rediscussão da mesma questão jurídica. O réu,
quando alega a coisa julgada, está aduzindo justamente a esse efeito negativo.
A respeito da afronta à coisa julgada como requisito para o ajuizamento da ação rescisória, o
que se proíbe é o "novo julgamento, independentemente ou não de o juiz confirmar o anterior:
ele, o segundo juiz, simplesmente está impedido de conhecer a matéria, em razão do chamado
efeito negativo da coisa julgada material". (STJ, AR 5.524/2017)
POSITIVO: Vinculação do juízo ao que foi decidido na causa em que a coisa julgada foi
produzida.
O juiz fica vinculado ao que foi decidido na fase anterior.
79
DIREITO EMPRESARIAL
DICA 151
DIREITO CAMBIÁRIO: ATOS CAMBIÁRIOS
FIANÇA: é instituto do direito civil que consiste em uma garantia. Trata-se de uma
obrigação acessória e, dessa forma, caso haja nulidade da obrigação principal, também
haverá da obrigação acessória, seguindo o destino da obrigação principal. Em geral, o fiador
responde de forma subsidiária pelas obrigações contratuais, ou seja, o fiador somente
responde em segundo lugar, após o devedor principal, no que se denomina benefício
de ordem. Apenas de forma excepcional, caso previsto expressamente em clausula
contratual, o fiador poderá abdicar do benefício de ordem e passa a responder de forma
solidária junto com devedor principal.
Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.
Pensar Concursos.
80
Os prazos de proteção dos direitos autorais (art. 41 da Lei nº 9.610/1998) são distintos
dos prazos de proteção dos direitos de propriedade industrial (arts. 40, 108 e 133 da Lei nº
9.279/1996.
DICA 155
PATENTES
Patentes são bens móveis imateriais a que a lei confere proteção e, por serem bens móveis
com valor econômico podem ser comercializados, através de cessões (como se fosse
uma venda) e licenciamentos (como se fosse um aluguel). Trata-se de um título de
propriedade de caráter temporário concedendo direitos ao inventor de um novo produto,
um novo processo industrial, ou para quem fez aperfeiçoamentos destinados à aplicação
industrial, para que o mesmo explore a invenção durante determinado período de tempo.
81
DICA 156
PATENTES: LICENCIAMENTO
Licenças voluntárias: são aquelas que o inventor permite que outra pessoa se utilize
do objeto patenteado, como uma espécie de aluguel, através de pagamento de royalties.
Licenças compulsórias: são aquelas que o inventor não permite que outra pessoa se
utilize de seu invento, mas ainda assim terá o seu bem móvel imaterial utilizado
livremente, desde que preenchidas alguns requisitos vistos a seguir.
DICA 157
LICENÇA COMPULSÓRIA DE PATENTES
A licença compulsória de patentes pode ser concedida como uma espécie de punição, por
uma questão técnica ou por interesse público, conforme arts. 68 e seguintes da lei de
patentes. Nesse sentido:
82
Art. 71-A. Poderá ser concedida, por razões humanitárias e nos termos de tratado
internacional do qual a República Federativa do Brasil seja parte, licença compulsória de
patentes de produtos destinados à exportação a países com insuficiente ou nenhuma
capacidade de fabricação no setor farmacêutico para atendimento de sua
população. (Incluído pela Lei nº 14.200, de 2021)
DICA 160
MARCAS
Novidade relativa: A marca deve apresentar uma novidade relativa, ou seja, não
precisa ser absoluta. A utilização do signo na identificação de produtos industrializados ou
comercializados, ou de serviços prestados, é que deve ser nova.
Não pode colidir com marca notória: ainda que a referida marca não seja registrada
no INPI, consoante previsão na Convenção de Paris que o Brasil é signatário.
Não pode haver impedimento legal para o registro da marca: nome civil, armas
oficiais, etc, previsão, art.124, Lei de Patentes.
83
DIREITO PENAL
DICA 161
PUNIBILIDADE E SUAS CAUSAS DE EXTINÇÃO
PUNIBILIDADE
EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE
EFEITOS:
ANTES DA SENTENÇA:
DEPOIS DA SENTENÇA:
DICA 162
ANISTIA
É a clemência do estado;
Voltada para o esquecimento de fatos considerados criminosos;
Concedida pelo poder legislativo, por meio de lei.
CUIDADO! Não cabe anistia:
Em crimes hediondos;
Aos equiparados aos crimes hediondos (3T).
DICA 163
INDULTO
Coletivo;
É a clemência do estado;
84
Individual;
É a clemência do estado;
Voltada à um condenado;
Concedida pelo presidente da república, por meio de decreto;
Tem por finalidade perdoar o restante da pena ou parte dela;
Leva-se em consideração o mérito pessoal do sentenciado ou um possível erro judicial.
DICA 165
CRIMES CONTRA A VIDA - HOMICÍDIO QUALIFICADO
motivo torpe;
85
DICA 166
FEMINICÍDIO
O feminicídio é outra hipótese de homicídio qualificado;
O feminicídio é o homicídio de mulher em uma dessas duas hipóteses: em situação de
violência doméstica e familiar ou em menosprezo à condição da mulher (essas
situações são chamadas de condições do sexo feminino);
contra maior de 60 (sessenta) anos (CUIDADO, pois não é contra o IDOSO, pois idoso
é todo aquele com 60 anos ou mais e para aumentar a pena no feminicídio é preciso que
a vítima tenha mais de 60 anos);
86
DICA 167
HOMICÍDIO FUNCIONAL
integrantes das polícias: federal, rodoviária federal, ferroviária federal, civis, militares
e corpos de bombeiros militares, penais federal, estaduais e distrital.
Parentes até terceiro grau atinge, por exemplo: avô e bisavô, tios e tias, irmãos,
filhos, netos. Contudo, NÃO abrange os primos, que são parentes de quarto grau.
DICA 168
HOMICÍDIO PRIVILEGIADO
O homicídio privilegiado é na verdade uma causa de diminuição de pena, de 1/6 a 1/3 da
pena;
Para que esteja configurado o agente deve agir impelido por motivo de relevante valor
social ou moral;
Relevante valor social é aquele que inspira clamor social, como por exemplo, alguém que
matasse o criminoso Lázaro, que vinha aterrorizando a população no centro do País;
Relevante valor moral é aquele relacionado a interesse privado do agente, como por
exemplo aquele que mata o estuprador de sua filha;
Além das hipóteses, o agente deve agir sob o domínio de violenta emoção e logo após
injusta provocação da vítima;
Provocação não se confunde com agressão. Se for agressão será legítima defesa;
MUITA ATENÇÃO!!
o agente deve estar sob o domínio da violenta emoção; se a questão trouxer sob a
influência, não será hipótese de homicídio privilegiado, mas de homicídio simples com
circunstância atenuante;
87
DICA 169
INDUZIMENTO, INSTIGAÇÃO OU AUXÍLIO AO SUICÍDIO OU AUTOMUTILAÇÃO
CUIDADO! O crime foi muito alterado em 2019;
induzir é colocar a ideia na cabeça de alguém; instigar é alimentar uma ideia que já
existe; auxiliar é prestar qualquer ajuda material, como emprestar a corda para a pessoa
se enforcar ou o canivete para se automutilar;
o crime, em sua forma simples, é formal, ou seja, não precisa de resultado; ainda
que a vítima nem chegue a tentar o suicídio o crime estará consumado;
se do ato a vítima sofrer lesão LEVE, o crime será na forma simples, mas se a lesão for
GRAVE, GRAVÍSSIMA ou ocorrer a MORTE, o crime será qualificado;
além das formas qualificadas (nova pena mínima e máxima), o artigo ainda prevê
algumas causas de aumento:
ATENÇÃO!
Para que a pessoa possa ser induzida, instigada ou auxiliada a cometer suicídio ou praticar
automutilação é preciso que ela tenha capacidade de tomar essa decisão; por este motivo,
a lei entende que se a vítima tiver menos de 14 anos ou for deficiente mental sem
capacidade de discernimento ou não puder oferecer resistência, ela não tem condições
de fazer essa escolha; assim, se o agente induzir, instigar ou auxiliar qualquer das pessoas
acima a se suicidar ou automutilar, ele não responderá por este crime, e sim pela lesão
corporal gravíssima ou pelo homicídio;
CONTUDO, essa exceção ocorre apenas se o resultado for lesão GRAVÍSSIMA ou
MORTE.
DICA 170
ABORTO PROVOCADO PELA GESTANTE
É chamado de autoaborto;
Se o aborto se der por tentativa de suicídio e a gestante não morrer pode ser aborto
tentado ou consumado;
88
É indispensável o exame de corpo de delito, mas pode ser substituído por prova
testemunhal;
O chamado aborto econômico, quando a mãe pratica por não ter condições
financeiras, é crime;
a pena será aumentada de 1/3 se houver lesão grave ou duplicadas se houver morte
da gestante;
DICA 171
ABORTO LEGAL
perigo de vida
1 a 5 anos 2 a 8 anos
89
Dentes quebrados: lesão grave. (art. 129, §1º, III – debilidade permanente);
Lesão corporal seguida de morte: não admite tentativa, por ser crime preterdoloso,
ou seja, o agente tem o dolo (intenção) de lesionar e a morte acaba sendo uma
consequência;
DICA 173
DOS CRIMES CONTRA A HONRA - CALÚNIA
A calúnia, com base no art. 138 do CP, consiste em imputar falsamente a alguém fato
definido como CRIME! Ou seja, a imputação deve ser falsa + relativa a um crime, ou seja,
não basta a contravenção.
Ex: dizer “João é ladrão” não é calúnia, mas sim difamação, pois o fato não é
determinado. Calúnia seria “Foi João quem roubou a bolsa de Maria ontem”.
O agente tem que SABER que o fato é falso, se ele achar que é verdade não é calúnia.
Observações importantes:
É punível contra os mortos (mas a vítima não é o morto e sim a sua família);
Perdão judicial: quando a vítima provocou de forma reprovável; retorsão imediata com
outra injúria;
INJÚRIA PRECONCEITUOSA:
90
É inafiançável.
ATENÇÃO!
Lei 7.716/1989 CP
91
DICA BÔNUS
EXCEÇÃO DA VERDADE
A exceção da verdade é quando aquele que pratica a calúnia, injúria e difamação tem a
possibilidade de comprovar o que está dizendo.
É cabível no crime de calúnia, a não ser que esteja falando do Presidente da República ou
chefe de governo estrangeiro ou o agente já tiver sido absolvido.
A exceção da verdade na difamação apenas quando se tratar de funcionário público;
Pedido de explicações: acontece quando a vítima fica na dúvida se a fala foi ofensiva
ou não e vai em juízo pedir que o autor da declaração explique o que quis dizer;
Não admite perdão judicial Não admite perdão judicial Admite perdão judicial
92
93
PROCESSO PENAL
DICA 176
INTERROGATÓRIO
O interrogatório judicial é o ato por meio do qual o juiz ouve o acusado sobre sua pessoa
e sobre a imputação que lhe é feita.
94
Prevenir risco à segurança pública, quando existir suspeita de que o preso integre
organização criminosa ou que, por outra razão, possa fugir durante o deslocamento;
Impedir a influência do réu sobre a testemunha ou a vítima, desde que não seja
possível colher o depoimento delas por videoconferência. Ou seja, primeiro deve haver
tentativa de colher o depoimento da vítima ou da testemunha por videoconferência.
Apenas na impossibilidade é que se toma o depoimento do interrogado por meio de
recursos tecnológicos.
INTIMAÇÃO DAS PARTES: As partes devem ser intimadas acerca da decisão que
determinar o interrogatório por videoconferência, com no mínimo 10 dias de
antecedência.
DICA 178
CONFISSÃO
A confissão é a admissão feita pelo acusado acerca da materialidade e autoria do crime.
Classificação:
Confissão qualificada: o réu confessa a prática do crime, mas alega que o praticou
sob a proteção de alguma excludente da ilicitude ou culpabilidade.
DICA 179
CARACTERÍSTICAS E VALOR PROBATÓRIO DA CONFISSÃO
A confissão é retratável. É perfeitamente possível que o acusado, após confessar o crime,
decida se retratar.
Além disso, a confissão é divisível. O acusado pode confessar a prática de um dos crimes
imputados pela acusação, mas negar o outro.
Nesse sentido, o art. 200 do CPP diz que “a confissão será divisível e retratável, sem
prejuízo do convencimento do juiz, fundado no exame das provas em conjunto”.
A confissão não é mais tida como a rainha das provas. Pelo contrário, a confissão tem o
mesmo valor probatório dos outros meios de prova, devendo ser interpretada com as
demais provas obtidas no processo.
É por isso que se diz que a confissão tem valor relativo, devendo ser confrontada com as
demais provas do processo.
Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.
Pensar Concursos.
95
Nesse sentido, o art. 197 do CPP: “o valor da confissão se aferirá pelos critérios adotados
para os outros elementos de prova, e para a sua apreciação, o juiz deverá confrontá-la com
as demais provas do processo, verificando se entre ela e estas, existe compatibilidade ou
concordância”.
DICA 180
DA CONFISSÃO
CIRCUNSTÂNCIA ATENUANTE:
De acordo com o art. 65, inciso III, alínea “d” do Código Penal, a confissão funciona como
circunstância atenuante, que atenua (diminui) a pena, incidindo na segunda fase da
dosimetria.
De acordo com o STJ, mesmo na confissão qualificada (em que o réu confessa, mas
alega uma excludente de ilicitude) aplica-se a atenuante quando utilizada pelo juiz como
elemento de convicção.
DICA 181
DECLARAÇÕES DO OFENDIDO (VÍTIMA)
Quem pode ser testemunha (art. 202): qualquer pessoa pode ser testemunha,
desde que dotada de capacidade física para depor.
A incapacidade jurídica é irrelevante. Isso porque, no processo penal, os menores de
18 ou 16 anos, e os deficientes mentais, por exemplo, podem prestar depoimento como
testemunha. É possível e de certa forma até comum que crianças sejam ouvidas como
testemunha no processo penal.
DICA 183
PROVA TESTEMUNHAL
96
TOMADA ANTECIPADA DO DEPOIMENTO (art. 225, CPP): caso haja algum risco de
alguma testemunha se ausentar, ou, por enfermidade ou velhice, houver receio de que no
momento da instrução criminal ela já não mais exista, poderá o juiz determinar, de ofício
ou a requerimento das partes, a tomada antecipada do depoimento.
A testemunha deve ser ouvida perante o juiz do lugar de sua residência (art. 222).
Assim, caso a testemunha resida em comarca distinta daquela em que está ocorrendo a
instrução criminal, deve ser expedida CARTA PRECATÓRIA para a sua oitiva. Nesse caso,
o juiz depreca a outro juízo, de outra comarca, a oitiva da testemunha. O juízo toma o
depoimento da testemunha e, após, devolve a carta precatória.
A expedição da carta precatória não suspende a instrução criminal. Ou seja, o juiz pode dar
andamento ao processo e à sua instrução enquanto a carta precatória não é devolvida pelo
juízo deprecado. Inclusive o julgamento pode ser realizado antes da devolução da
precatória, mas, uma vez cumprida, ela será juntada aos autos a qualquer tempo (art.
222, §2).
No caso de testemunha que more no exterior, deve ser expedida CARTA ROGATÓRIA.
Nesse caso, considerando a dificuldade e demora no seu cumprimento, a carta rogatória só
será expedida se a parte demonstrar previamente a sua imprescindibilidade, arcando
com todos os custos de envio (art. 222-A).
DICA 185
DEVER DE PRESTAR DEPOIMENTO
IMPORTANTE! As pessoas que testemunharem a prática de um crime possuem o
dever de depor. Se, devidamente intimadas, podem inclusive ser conduzidas
coercitivamente pela autoridade policial (art. 218), podendo inclusive ser aplicada multa
à testemunha faltosa.
Apesar dessa obrigatoriedade, há certas pessoas que podem se recusar a depor (art.
206), e outras que são inclusive impedidas de depor (art. 207).
DICA 186
COMPROMISSO DE DIZER A VERDADE
IMPORTANTE! Ao contrário do interrogatório do réu e das declarações da vítima, na
oitiva das testemunhas há o compromisso de dizer a verdade. Isso significa que a
testemunha deve dizer o que sabe, não pode se omitir ou calar o que sabe.
Antes do início do depoimento da testemunha, o juiz faz a tomada do seu compromisso de
dizer a verdade. Caso a testemunha minta ou cale a verdade, cometerá o crime de falso
testemunho, previsto no art. 204 do Código Penal.
Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.
Pensar Concursos.
97
Todavia, não é toda testemunha que presta o compromisso de dizer a verdade. O art. 208
elenca as pessoas que não prestam o compromisso, sendo essas exceções
importantíssimas para a prova de vocês.
De acordo com o art. 208, as pessoas desobrigadas de dar depoimento são:
CADI (Cônjuge, Ascendente, Descendente e Irmão);
os deficientes mentais; e
os menores de 14 anos.
Veja que essas pessoas podem dar o seu depoimento, mas serão consideradas como
declarantes ou informantes, pois não prestam o compromisso de dizer a verdade. É por
isso que as suas informações podem ser levadas em consideração pelo magistrado na
sentença, mas com certa cautela e parcimônia.
CUIDADO COM A PEGADINHA:
Prestem bem atenção. Os menores de 14 anos são desobrigados de prestar o compromisso.
CUIDADO, pois a FGV pode trocar isso, falando que são “menores de 16 anos” ou
“menores de 18 anos” os desobrigados a dar depoimento.
DICA 187
PESSOAS QUE NÃO PRESTAM COMPROMISSO DE DIZER A VERDADE
(são considerados
informantes) Doentes e deficientes mentais
Art. 208,CPP
Os menores de 14 ANOS
DICA 188
NÚMERO DE TESTEMUNHAS
IMPORTANTE! As testemunhas devem ser apresentadas pela acusação no
momento do oferecimento da peça acusatória (denúncia ou queixa-crime). Já a defesa
deve apresentar o rol de testemunhas na resposta à acusação.
98
Ordinário 8 testemunhas
Sumário 5 testemunhas
Sumaríssimo 3 testemunhas
1ª fase: 8 testemunhas
Tribunal do Júri
2ª fase: 5 testemunhas
DICA 189
PRISÃO
a prisão penal;
prisão em flagrante;
prisão preventiva;
prisão temporária.
As prisões processuais, não possuem a finalidade punir o réu. A finalidade de cada uma
varia de acordo com sua espécie.
DICA 190
PRISÃO EM FLAGRANTE
A prisão em flagrante é muito conhecida.
Ex.: Você está dormindo, percebe uma movimentação estranha em sua casa. Acorda e
decide ligar no 190. A polícia chega e realmente pega o bandido em flagrante, no interior
de sua casa, armado, prestes a roubá-la.
Qualquer pessoa do povo PODE decretar a prisão em flagrante (art. 301, CPP), sendo
que a autoridade policial DEVE decretá-la.
A prisão em flagrante é aquela imposta quando o crime está queimando, quando a infração
está prestes a acontecer. É por isso mesmo que ela independe de mandado judicial.
A autoridade policial pode decretá-la independente de mandado.
Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.
Pensar Concursos.
99
DICA BÔNUS
ESPÉCIES DE FLAGRANTE
As hipóteses que autorizam o flagrante estão previstas no art. 302 do CPP.
Flagrante
PRÓPRIO O agente está cometendo o crime (art.
302, inciso I), ou acabou de cometer
(art. 302, I (art. 302, inciso II).
e II)
100
DIREITO DO TRABALHO
DICA 191
ACIDENTE DE TRABALHO
O acidente de trabalho é uma situação que em muitos casos se apresenta diante de todos
nós no Direito do Trabalho. Sendo assim, o "acidente de trabalho é o que ocorre pelo
exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos
segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta lei, provocando lesão corporal ou
perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária,
da capacidade para o trabalho", como diz o artigo 19 da Lei 8.213 /91.
DICA 192
DOENÇAS OCUPACIONAIS
As doenças ocupacionais se dividem em duas categorias:
Doenças Profissionais
Ex.: Bronquite asmática, que vem de um fator genético, mas se a pessoa trabalha com
algum fator de risco, a probabilidade desta pessoa desenvolver a doença é bem maior.
DICA 193
AUXÍLIO-DOENÇA
Reconhecido pela sigla B-31, o auxílio-doença (também chamado de benefício por
incapacidade temporária) visa dar ao empregado, que não tem condições de saúde de estar
em suas funções, uma ajuda de custo. Vale a pena ressaltar que este benefício da
Previdência Social não tem natureza remuneratória, todavia sim uma natureza
indenizatória.
Tem carência?
O auxílio doença previdenciário tem um período de carência de 12 contribuições mensais,
exceto quando ocorrer acidente ou doenças graves especificadas em lei.
101
tuberculose ativa;
hanseníase;
alienação mental;
esclerose múltipla;
hepatopatia grave;
neoplasia maligna;
cegueira;
cardiopatia grave;
doença de Parkinson;
espondiloartrose anquilosante;
nefropatia grave;
102
ATENÇÃO!
DICA 195
APLICAÇÃO DA LGPD NO DIREITO DO TRABALHO
Na fase contratual o empregado vai ter o conhecimento da política de tratamento de dados
da empresa e dará o seu consentimento (ou não) expresso quanto ao seu teor. Lembrando
sempre que esta política DEVE estar alinha à LGPD.
I - o respeito à privacidade;
II - a autodeterminação informativa;
DICA 196
DOENÇAS EXCLUÍDAS
A Lei n. 8.213/91, em seu art. 20, § 1º, traz as doenças que não são consideradas como
doenças ocupacionais:
doença degenerativa.
doença endêmica, ou seja, aquela que existe em determinado lugar ou região de forma
constante.
103
Cuidado com este último caso: A doença endêmica pode sim ser considerada
ocupacional se ela vier da forma de trabalho exercida pelo empregado.
Ex.: A doença de Chagas é uma patologia endêmica em certos lugares, como a Região
Norte. Não é considerada doença ocupacional. Mas, se a pessoa que a tiver for um
pesquisador que teve de ir à uma região endêmica pesquisar sobre pessoas com esta mesma
doença, para ele é considerada uma doença ocupacional.
DICA 197
ASSÉDIO ORGANIZACIONAL
O assunto assédio organizacional ainda é um pouco comentado e as vezes, confundido
com o assédio moral. Cuidado para não se confundir com isto. O assédio organizacional tem
por intuito todo o grupo de trabalhadores sem distinção, por meio da chamada “gestão de
pressão”, fazendo uma exigência muito forte dos colaboradores daquele ambiente, dando
aos que o sofrem um sofrimento psíquico forte.
104
DICA 199
LIVRO DE REGISTRO DE EMPREGADOS
Faz parte das obrigações do empregador fazer o devido registro de seus empregados,
por intermédio do preenchimento dos dados dos funcionários. Para esta obrigação seja
adimplida, o empregador pode adotar livros, fichas ou sistema eletrônico, preenchendo-os
com as informações.
Recentemente, foi autorizado que o chamado eSocial (um sistema eletrônico de registro
de dados) pudesse fazer a substituição do livro de registro de empregados, ou seja, de
forma gradual, esses dados deixarão de ser preenchidos no Cadastro Geral de Empregados
e Desempregados (Caged) e na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).
DICA 200
ANOTAÇÃO DA CTPS
É importante frisar inicialmente que a Lei de Liberdade Econômica (Lei nº 13.874 de 2019),
inclusive revogando os 25 a 28 da CLT que disciplinavam acerca da entrega das carteiras de
trabalho e previdência social – CTPS.
Além disso, alterou do art. 29 da CLT. Passando a dispor que o empregador terá não mais o
prazo de 48h, mas sim de 5 (cinco) dias úteis para anotar na CTPS, em relação aos
trabalhadores que admitir, a data de admissão, a remuneração e as condições especiais, se
houver, facultada a adoção de sistema manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções
a serem expedidas pelo Ministério da Economia.
DICA 201
TRABALHO EM CONDIÇÕES INSALUBRES
105
DICA 202
DIFERENÇA ENTRE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS E HONORÁRIOS DE
SUCUMBÊNCIA
Os Honorários de Sucumbência são os devidos pela parte perdedora para o advogado da
parte vencedora. E isto vale até caso ele atue em causa própria. Os percentuais dos
honorários de sucumbência variam de 5% a 15%.
Estes honorários sucumbências são devidos em casos também de justiça gratuita.
Já os Honorários Advocatícios tem seus valores estabelecidos pela tabela da OAB e
acordados no contrato do advogado para com o cliente.
DICA 203
ABONO ANUAL
É uma espécie de 13º salário devido ao segurado e ao dependente da Previdência Social
que, durante o ano, recebeu auxílio-doença, auxílio-acidente ou aposentadoria, pensão por
morte ou auxílio-reclusão. Às vezes, ocorre de haver uma antecipação do pagamento deste
abono anual. Atualmente, a maior parte dos beneficiários da Previdência Social são pessoas
idosas, doentes ou inválidas.
Para não esquecer:
DICA 204
TRABALHO EM CONDIÇÕES PERIGOSAS
O art. 193 da CLT é muito específico quanto ao que é considerado como trabalho em
condições perigosas: “São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da
regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas que, por sua
natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de exposição
permanente do trabalhador a:
106
DICA 205
PROFISSIONAL DE EMPILHADEIRA E PERICULOSIDADE
O profissional de empilhadeira (também chamado de operador) tem direito ao adicional de
periculosidade? Segundo recente decisão do TST, sim. No caso em questão, este profissional
tinha direito ao adicional por realizar troca de botijão de gás. Lembrando que estamos
falando de periculosidade, logo, de um risco de morte imediata. Decisão do TST: RR
1002302-81.2014.5.02.0464
QUESTÃO SIMULADA.
Gabarito: Letra a.
DICA 206
A GESTANTE EM LOCAIS INSALUBRES
A gestante e a lactante podem laborar em locais insalubres?
Bom, de forma bem simplificada tanto a grávida quanto a lactante não podem laborar em
locais insalubres. Ou seja, cabe ao empregador trocar essa mulher gestante ou lactante de
uma função insalubre para uma não insalubre (porém mantendo o pagamento do adicional
de insalubridade mesmo assim) ou caso na empresa não haja nenhuma atividade que não
seja insalubre, cabe ao empregador afasta-la pelo ISS.
107
DICA 207
LESÕES POR ESFORÇOS REPETITIVOS
LER: Essa sigla quer dizer lesões por esforços repetitivos. As LER’s passaram a ser
reconhecidas como de fato doença do trabalho a partir do ano de 1987, por intermédio
da Portaria n. 4.062, de 6 de agosto de 1987, do Ministério da Previdência Social.
Daí pode surgir a dúvidas: LER é apenas um tipo de doença? Não, a LER é qualquer
doença de trabalho, proveniente de esforços repetitivos de uma mesma função.
São exemplos de LER: A lombalgia, a tendinite, a bursite, o cisto sinovial entre outros.
No filme “Tempos Modernos”, o personagem do ator Charles Chaplin fica tanto tempo
realizando seu trabalho com movimentos e esforços repetitivos, que ao largar da fábrica,
prossegue fazendo os mesmos esforços, embora já esteja fora do ambiente laboral.
Sabendo de todas as informações, é importante que se tenha em mente o fato que,
segundo alguns especialistas, as LER’s aumentaram consideravelmente durante o
período da pandemia, pois o home office faz com que a pessoa passe o seu período em
casa, porém trabalhando. Um exemplo clássico é a pessoa que trabalha digitando, e
fica horas e mais horas nesta mesma posição. Por ser um assunto atual, consideramos
importante você saber deste assunto.
DICA 208
PERDA AUDITIVA INDUZIDA POR RUÍDO – PAIR
Também chamada de Perdas Auditivas Induzidas por Níveis Elevados de Pressão Sonora e
se trata de alterações de cunho neurossensorial na audição do indivíduo. E mais: Há
atualmente uma limitação de decibéis para que não haja prejuízo à saúde. Este limite
é de 85 decibéis, para jornadas de 8 horas de trabalho. Lembrando que essa perda de
audição é uma perda auditiva mecânica. A PAIR também causa zumbidos, alterações do
sono entre outros problemas.
É um problema irreversível.
DICA 209
GESTANTES E ATIVIDADES PRESENCIAIS
A lei 14.151/21 inicialmente afastou gestantes do trabalho presencial enquanto houver
estado de emergência de saúde pública causada pelo coronavírus.
108
Ocorre que, a Lei nº 14.311, de 2022, determinou o retorno das gestantes, nos
seguintes termos legais:
DICA 210
RESTRIÇÕES AO TRABALHO DO MENOR
As proibições tem por intuito preservar a saúde e desenvolvimento do menor.
109
PROCESSO DO TRABALHO
DICA 211
RECURSO ORDINÁRIO
Possui duas hipóteses de cabimento, estabelecidas no art. 895 da CLT: Das decisões
definitivas ou terminativas das Varas e Juízos, no prazo de 8 (oito) dias; e das decisões
definitivas ou terminativas dos Tribunais Regionais, em processos de sua competência
originária, no prazo de 8 (oito) dias, quer nos dissídios individuais, quer nos dissídios
coletivos. Para fixar melhor:
DECISÕES
AONDE HÁ
CABIMENTO Proferidas pelo TRT em ações de competência
DO R.O. originária nos dissídios individuais e coletivos
(ex.: ação rescisória, dissídio coletivo, mandado
de segurança), com julgamento pelo TST
DICA 212
TEMPESTIVIDADE
A tempestividade nada mais é do que a interposição do recurso no prazo previsto por
lei, no caso do recurso ordinário o prazo de interposição para este tipo recurso é de oito
dias. Sendo interposto fora deste prazo, o recurso será intempestivo.
Como não esquecer deste prazo?
Ordinário
Oito dias
DICA 213
MÉRITO DO RECURSO
O mérito do recurso realiza e faz parte da apreciação pelo tribunal de tudo aquilo que
o magistrado analisou em sentença, no caso do recurso ordinário, temos de nos atentar 487
do CPC, que afirma:
110
III - homologar:
b) a transação;
TOME NOTA: Neste caso, é importantíssimo que você saiba que temos decisões
terminativas (extingue o processo sem resolução do mérito), com resolução parcial do
mérito e as decisões definitivas (que julgam o mérito definitivamente). Cabe recurso
ordinário para todos estes casos.
Se sua peça na segunda fase for um RO, você deve pedir o provimento do recurso para
reformar a sentença.
Para fixar bem na sua mente:
RO
Cabível em:
Decisões definitivas
(com resolução do
mérito)
Decisões terminativas
(sem resolução do
mérito)
DICA 214
CUSTAS PROCESSUAIS
Lembrando sempre que a responsabilidade pelo pagamento das custas é da parte vencida
no processo, conforme o art. 789, § 1º, da CLT normatiza. E mais: Se reclamante ganhar
pelo menos um pedido: RECLAMADA É VENCIDA.
111
Lembrando que há certos entes que são isentos destas custas, que são:
112
DICA 216
COMO SABER QUEM PAGA CUSTAS E DEPÓSITO RECURSAL
Que tal não esquecer nunca mais quem paga o que no processo do trabalho? Veja a
tabela abaixo:
DEPÓSITO
DICA 217
CERCEAMENTO DE DEFESA
O mais comum é o chamado cerceamento de defesa, normatizado no art. 5º, LV, da CF/88
e no art. 794 da CLT. O que vem a ser este cerceamento de defesa? Pense no seguinte
exemplo: A empresa XYL é reclamada em uma reclamação trabalhista, aonde o funcionário
é reclamante e faz uma série de pedidos. No dia da audiência, a empresa leva 10
testemunhas, entretanto todas são dispensadas, ocasião em que o magistrado indeferiu o
requerimento de sua oitiva. Estamos diante de um cerceamento de defesa.
QUESTÃO SIMULADA
A empresa ABCDEF LTDA. Tem ajuizada em sua face uma reclamação trabalhista do ex-
empregado João, reclamação que tramita na 400ª Vara trabalhista de Manaus. A empresa
apresenta contestação. No dia da audiência, o juiz defere todos os pedidos e dispensa
todas as testemunhas trazidas pela empresa. Inconformada, a empresa decide interpor
um recurso ordinário. Neste caso, sobre a dispensa das testemunhas por parte do juiz,
podemos dizer que é:
a) Periculosidade
b) Cerceamento de defesa
c) Tempestividade
Gabarito: Letra B.
113
DICA 218
CONTRARRAZÕES AO RECURSO ORDINÁRIO
É a defesa ao recurso ordinário e está no art. 900 da CLT. Um ponto que merece demais
sua atenção é que neste momento processual, a ideia é manter a sentença e fazer com
que os argumentos do recurso ordinário não venham a ser acolhidos, em outras palavras:
O não conhecimento do recurso ordinário interposto.
Deserção (quando a parte não realiza o recolhimento das custas e/ou depósito recursal
ao recorrer).
Uma dúvida: Em casos de recursos de agravo, temos contrarrazões? NÃO, neste
caso teremos contraminuta de agravo.
DICA 219
COMO É UMA PEÇA DE CONTRARRAZÕES?
A banca já trouxe esta peça em uma segunda fase, em uma prova de reaplicação. Que tal
vermos sua estrutura, uma forma bem resumida? São duas peças ok?
Endereçamento
Competência
Número do processo
Partes
Nome da peça
Fundamento legal
Requerimentos
Cabeçalho
I) FATOS
II) MÉRITO
DICA 220
PONTOS IMPORTANTE SOBRE INTEMPESTIVIDADE
Como já falado, um recurso é tempestivo quando este é interposto dentro do lapso
temporal que a lei prevê, como é o caso do recurso ordinário, aonde este prazo é de 8
dias. Caso seja interposto fora deste prazo, diz-se que é intempestivo. A intempestividade
Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.
Pensar Concursos.
114
recursal, por muitas vezes, é um dos argumentos utilizados para arguir defesa da
manutenção da sentença nas contrarrazões.
Pense que na sua prova pode cair uma questão aonde se fale que determinada pessoa
interpôs um recurso ordinário no prazo de 15 dias. Ora, este recurso é intempestivo, e
como a tempestividade é um dos pressupostos de admissibilidade do recurso ordinário, este
não poderá ser conhecido.
DICA 221
AGRAVO DE INSTRUMENTO
De uma forma bastante simplificada, o agravo de instrumento serve em casos que
envolvam negação de seguimento, decisão que não admita outro recurso ou para
destrancar outro recurso. E mais: O prazo para interposição e contraminuta ao agravo
de instrumento é de 8 dias.
Diante dessa situação concreta, é correto afirmar que o advogado do autor deve:
a) interpor agravo de instrumento, uma vez que atendeu o prazo de oito dias para a
interposição do recurso ordinário e o prazo de cinco dias para a juntada do original.
b) impetrar mandado de segurança, uma vez que o juiz violou o seu direito líquido e certo
de interpor recurso ordinário no prazo de oito dias a contar da publicação.
c) ingressar com uma reclamação correicional, uma vez que o juiz praticou um ato
desprovido de amparo legal.
d) ajuizar uma ação rescisória, uma vez que a sentença judicial se tornou irrecorrível
diante da decisão judicial que negou seguimento ao recurso ordinário.
Gabarito: Letra A.
DICA 222
AÇÃO RESCISÓRIA
A ação rescisória é de competência originária dos tribunais trabalhistas*. Todavia, qual
sua aplicação no mundo processual? A ação rescisória tem por objetivo não anular a
sentença, mas sim rescindi-la, reparando a sentença com trânsito em julgado. Falou em
trânsito em julgado, falou da ação rescisória. (*Ou seja, não pode ser ajuizada na Vara
do Trabalho.)
115
Trânsito em Julgado;
ATENÇÃO!
Contra a decisão do Tribunal Regional do Trabalho, que extingue a ação rescisória sem
resolução do mérito, é cabível a interposição de recurso ordinário, conforme dispõe a
súmula 158 do TST. Lembrando que tal recurso deve ser direcionado ao Tribunal Superior
do Trabalho. Este questionamento cai em uma questão recente de concurso, e pode vir
também na sua prova do Exame da OAB.
DICA 223
DEPÓSITO PRÉVIO
o MPT;
falsidade da prova;
prova nova;
erro de fato.
Todos os direitos reservados. Proibida cópia, plágio ou comercialização.
Pensar Concursos.
116
DICA 225
AGRAVO DE PETIÇÃO
O recurso de agravo de petição é usado nas execuções trabalhistas, objetivando fazer a
impugnação das decisões proferidas nessa espécie de processo. Ele também é cabível nos
casos de procedimento de liquidação de sentença. Em suma: O agravo de petição é um
recurso usado na fase de execução, previsto no art. 897, alínea A, da CLT.
DICA: Quando falamos de execução, teremos agravo de petição.
O agravo de petição é composto por duas peças: A Interposição, para o juízo A quo (Vara
do Trabalho) e a de Razões, para o juízo Ad quem (Tribunal Regional do Trabalho).
Precisa de depósito?
A questão é bem controversa, mas a doutrina majoritária tem entendido não ser
necessário fazer o depósito judicial, para se realizar interposição do agravo de petição,
bastando tão somente que o juízo esteja previamente garantido com a penhora ou até
mesmo nomeação de bens (Súmula 128 do TST).
DICA 226
RECLAMAÇÃO CORREICIONAL
A reclamação correicional não é recurso, mas sim uma medida judicial, que será cabível
para sanar equívocos, abusos e atos contrários à boa ordem processual e que importem
em atentado a fórmulas legais de processo, desde que não haja recurso ou outro meio
processual específico. Em regra, ela será direcionada ao corregedor do tribunal em questão.
Logo, a reclamação correicional, também chamada de correição parcial, é um procedimento
de cunho meramente administrativo, regulado pelos Regimentos Internos dos Tribunais
do Trabalho.
ATENÇÃO!
DICA 227
AÇÃO ANULATÓRIA DE CLÁUSULAS CONVENCIONAIS
A ação anulatória de cláusula de convenção ou acordo coletivo de trabalho será proposta,
via de regra, pelo Ministério Público do Trabalho (art. 83, IV, da LC 75/1993), tendo esta
legitimidade para propor esta ação, legitimidade dada por lei. E o sindicato, pode ajuizar
esta ação? Sim, o sindicato, também possui legitimidade para propor essa espécie de ação,
por força do disposto no inciso III do art. 8° da CF/88.
DICA 228
RECURSO ADESIVO
Alguns autores o chamam de recurso subordinado, e isto diz muito sobre a missão dele
no mundo jurídico. Apesar do nome, o recurso adesivo não é um recurso propriamente dito,
e o motivo disto é que ele depende de um recurso principal.
117
Em outras palavras, ele não tem normatização na CLT, e por causa desta ausência de
previsão na CLT, se aplica, subsidiariamente, o art. 997 do CPC, sendo ainda importante ver
o disposto na Súmula 283 do TST:
P ETIÇÃO
E MBARGOS
R EVISTA
O RDINÁRIO
118
Resposta:
A) Quando o devedor não cumprir obrigações estabelecidas em sentença condenatória
transitada em julgado proferida pela Justiça do Trabalho, em acordos judiciais trabalhistas
e acordos firmados perante o Ministério Público do Trabalho ou Comissão de Conciliação
Prévia, na forma do art. 642- A da CLT.
DICA 230
PRINCÍPIO DA NON REFORMATIO IN PEJUS
É um princípio importante para que o examinando saiba: Basicamente ele afirma que é
vedado ao tribunal, quando for julgar um recurso, profira uma decisão mais gravosa,
mais desfavorável ao recorrente, do que aquela recorrida.
A sentença poderá ser impugnada total ou parcialmente, entretanto não pode vir a
trazer maiores danos ao recorrente do que já existia anteriormente.
119
DIREITO ELEITORAL
DICA 231
PROPAGANDA ELEITORAL NO RÁDIO E TV
É vedada a veiculação de propaganda paga no rádio e TV (artigo 44, da Lei n.º 9.504/97).
ATENÇÃO!!
PARA LEMBRAR: O Supremo Tribunal Federal, nos autos da ADI 4451, por unanimidade,
declarou inconstitucionais os incisos II e III, bem como os parágrafos quarto e quinto do
artigo 45, da Lei n.º 9.504/97.
II. usar trucagem, montagem ou outro recurso de áudio ou vídeo que, de qualquer
forma, degradem ou ridicularizem candidato, partido ou coligação, ou produzir ou veicular
programa com esse efeito;
III. veicular propaganda política ou difundir opinião favorável ou contrária a candidato,
partido, coligação, a seus órgãos ou representantes;
120
§4º Entende-se por trucagem todo e qualquer efeito realizado em áudio ou vídeo que
degradar ou ridicularizar candidato, partido político ou coligação, ou que desvirtuar a
realidade e beneficiar ou prejudicar qualquer candidato, partido político ou coligação.
§5º Entende-se por montagem toda e qualquer junção de registros de áudio ou vídeo
que degradar ou ridicularizar candidato, partido político ou coligação, ou que desvirtuar
a realidade e beneficiar ou prejudicar qualquer candidato, partido político ou coligação
DICA 232
DEBATES ELEITORAIS (ART. 46 DA LEI N.º 9.504/97)
Emissora de rádio e TV podem transmitir debates sobre as eleições majoritária ou
proporcional, com a participação assegurada de candidatos de partidos com representação
no Congresso Nacional de, no mínimo, cinco parlamentares.
Nas eleições majoritárias, a apresentação dos debates poderá ser feita em conjunto,
estando presentes todos os candidatos a um mesmo cargo, ou em grupos, com a presença
de no mínimo três candidatos.
o debate pode ser realizado sem a presença de candidato de algum partido, desde que
comprovado o convite prévio do candidato, com antecedência mínima de 72 horas da
realização do debate.
as regras do debate devem ser estabelecidas por acordo entre partidos e a empresa
interessada na realização do evento. Mas deve-se dar ciência à Justiça Eleitoral.
Para o primeiro turno das eleições, considerar-se-ão aprovadas as regras que contarem
com a concordância de pelo menos 2/3 (dois terços) dos candidatos aptos na eleição
majoritária e de pelo menos 2/3 (dois terços) dos partidos com candidatos aptos na eleição
proporcional.
DICA 233
PROPAGANDA ELEITORAL GRATUITA - INSERÇÕES
Durante o período da propaganda eleitoral gratuita, as emissoras de rádio e TV, além dos
canais por assinatura sob a responsabilidade do Senado Federal, Câmara dos Deputados,
Assembleias Legislativas e Câmaras Municipais e Legislativa do Distrito Federal reservarão
setenta minutos diários para a propaganda eleitoral gratuita, a serem usados em
inserções de trinta e de sessenta segundos, a critério do respectivo partido ou
coligação, assinadas obrigatoriamente pelo partido ou coligação, e distribuídas, ao longo da
programação veiculada entre às 05h e às 24h.
121
VEJA BEM:
o tempo será dividido em partes iguais para a utilização nas campanhas dos
candidatos às eleições majoritárias e proporcionais, bem como de suas legendas
partidárias ou das que componham a coligação, quando for o caso;
122
DIREITO FINANCEIRO
DICA 236
LRF: TERMOS IMPORTANTES
Empresa Controlada: sociedade cuja maioria do capital social com direito a voto
pertença, direta ou indiretamente, a ente da Federação;
na União, nos Estados e nos Municípios, a contribuição dos servidores para o custeio do
seu sistema de previdência e assistência social e as receitas provenientes da compensação
financeira citada no § 9º do art. 201 da Constituição.
DICA 238
TRANSPARÊNCIA DA GESTÃO FISCAL
São instrumentos de transparência da gestão fiscal, aos quais será dada ampla
divulgação, inclusive em meios eletrônicos de acesso público:
123
As contas apresentadas pelo Chefe do Poder Executivo ficarão disponíveis, durante todo o
exercício, no respectivo Poder Legislativo e no órgão técnico responsável pela sua
elaboração, para consulta e apreciação pelos cidadãos e instituições da sociedade.
DICA 240
ESCRITURAÇÃO E CONSOLIDAÇÃO DAS CONTAS
124
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
DICA 241
DOS BENEFÍCIOS – DA PENSÃO POR MORTE
Em caso de haver dependente inválido, deficiência mental ou grave, a renda Inicial na
pensão por morte será equivalente a 100% da aposentadoria que era recebida pelo
segurado falecido na data do óbito, com limite do teto do RGPS.
Benefício Assistencial ao Idoso - concedido para idosos com idade acima de 65 anos;
125
Ela traz o direito indígena menor de 16 anos faz jus ao salário-maternidade, desde que
atendido os requisitos de segurada especial no RGPS e do período de carência.
126