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Memorex OAB – Exame XXXIX – Rodada 05

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Memorex OAB – Exame XXXIX – Rodada 05

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ÍNDICE

ÉTICA .................................................................................................. 4
FILOSOFIA DO DIREITO .................................................................... 12
DIREITO CONSTITUCIONAL ............................................................... 14
DIREITOS HUMANOS ......................................................................... 23
DIREITO INTERNACIONAL ................................................................. 25
DIREITO TRIBUTÁRIO ....................................................................... 27
DIREITO ADMINISTRATIVO ............................................................... 33
DIREITO AMBIENTAL ......................................................................... 43
DIREITO CIVIL .................................................................................. 45
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ..................................... 54
CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR ............................................... 56
PROCESSO CIVIL ............................................................................... 60
DIREITO EMPRESARIAL ..................................................................... 72
DIREITO PENAL ................................................................................. 76
PROCESSO PENAL .............................................................................. 87
DIREITO DO TRABALHO ..................................................................... 97
PROCESSO DO TRABALHO ................................................................ 105
DIREITO ELEITORAL ........................................................................ 112
DIREITO FINANCEIRO ..................................................................... 115
DIREITO PREVIDENCIÁRIO ............................................................. 117

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ÉTICA

DICA 01
DA ADVOCACIA PÚBLICA
A advocacia pública compreende aos advogados públicos que atuam nos seguintes
órgãos: Advogados da União, procuradores federais, procuradores da fazenda nacional,
Estado, Município e do Distrito Federal, bem como entidades da administração direta e
fundacional.
Estão obrigados à inscrição na OAB para exercício de suas atividades.
Sujeitam-se ao mesmo regime que o Advogado que presta advocacia privada, sendo,
EAOAB, CED, e Regulamento Geral, podendo, assim, integrar qualquer órgão da OAB, desde
a Presidência a Membro da Comissão (Art. 9º RG)
DICA 02
DOS ÓRGÃOS DA OAB
Os órgãos da OAB compreendem em: Conselho Federal, Conselhos Seccionais,
Subseções, Caixas de Assistência dos Advogados.
O Fundamento legal dos órgãos da OAB está amparado:
Artigo 44 a 67 EAOAB;
Artigo 44 ao 127 do Regulamento Geral;
Artigo 70 s 72 Código de ética e disciplina.
Alguns pontos relevantes sobre os órgãos:

Dotado de Personalidade Jurídica própria.


CONSELHO FEDERAL Órgão Supremo.
Ultimo grau recursal.
Sede na Capital.

CONSELHOS SECCIONAIS Dotado de Personalidade Jurídica própria.


Jurisdição nos Estados, DF e territórios.

AS SUBSEÇÕES Partes autônomas dos Conselhos


Seccionais.

CAIXAS DE ASSISTÊNCIA Dotado de Personalidade Jurídica própria.


DOS Criadas pelos Conselhos Seccionais.
ADVOGADOS São criadas a partir de 1.500 inscritos.

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DICA 03
DO CONSELHO FEDERAL E SUA COMPOSIÇÃO
O Conselho Federal, órgão SUPREMO da OAB, tem sua fundamentação nos artigos 51 a
55 EAOAB.

A sua composição se dá:

CONSELHEIROS FEDERAIS São os integrantes das delegações


de cada unidade federativa. *

EX-PRESIDENTES São participantes na qualidade de


membros honorários vitalícios.

Cada delegação é formada por 03 Conselheiros Federais.


O Conselho Federal também conta com as Comissões Permanentes e as Comissões
Temporárias, designadas pelo Presidente para auxílio do próprio Conselho.
Conforme novidade trazida pela Lei nº 14.365, de 2022: O Instituto dos Advogados
Brasileiros e a Federação Nacional dos Institutos dos Advogados do Brasil são membros
honorários, somente com direito a voz nas sessões do Conselho Federal.
DICA 04
DA ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DO CONSELHO FEDERAL
O Presidente do Conselho Federal tem direito ao voto de qualidade nas deliberações
do Conselho, sendo que em caso de empate nas votações, ele determinará através de seu
voto.
Em regra, será um voto por delegação.
A delegação não pode exercer seu voto em matérias de interesse próprio da unidade que
representa.
No exercício de sua função, o conselheiro federal representará os interesses
nacionais da Advocacia, e não os seus.
DICA 05
DIREITO A VOZ E VOTO DOS MEMBROS DO CONSELHO FEDERAL
Conselheiros Federais Titulares e Conselheiros Federais Suplentes serão eleitos, com
direito a voz e voto.
Ex-Presidentes do Conselheiro Federal são membros honorários vitalícios com direito
a voz.
Presidentes dos Conselhos Seccionais e Detentores da Medalha Rui Barbosa, são
convidados e possuem direito a voz.
Para a escolha da diretoria do Conselho Federal, cada membro terá direito a um voto, com
exceção dos membros honorários vitalícios.

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DICA 06
DA COMPETÊNCIA DO CONSELHO FEDERAL

A competência do Conselho Federal da OAB, esta regulamentada no artigo 54 do EAOAB,


sendo:

Representar, em juízo ou fora dele, interesses individuais ou coletivos da


advocacia.

cumprimento efetivo às finalidades da OAB; zelar pela valorização da advocacia, pela


independência e dignidade dela.

Representar com exclusividade os advogados brasileiros em eventos e órgãos


internacionais.

Editar, alterar o regulamento geral, código de ética e disciplina e provimentos.

Adotar medidas que assegurem funcionamento dos conselhos seccionais e


constatar grave violação no regulamento geral ou no Estatuto da advocacia,

Julgar em grau de recurso decisões dos conselhos seccionais

Elaborar lista sêxtupla para cargos nos tribunais, sendo em âmbito nacional ou
interestadual.

ajuizar ação direta de inconstitucionalidade, ação civil pública, mandado de


segurança coletivo e mandado de injunção.

dispor sobre a identificação dos inscritos na OAB.

Autorizar a respeito da oneração ou alienação dos bens Imóveis da OAB.


Através de autorização de maioria absoluta das delegações.

Participar de concursos públicos em todas as suas fases com abrangência nacional


ou interestadual.

Fiscalizar, acompanhar e definir parâmetros e diretrizes da relação jurídica mantida


entre advogados e sociedades de advogados ou entre escritório de advogados sócios e
advogado associado, inclusive no que se refere ao cumprimento dos requisitos
norteadores da associação sem vínculo empregatício. Novidade Legislativa trazida pela
Lei nº 14.365, de 2022.

Promover, por intermédio da Câmara de Mediação e Arbitragem, a solução sobre


questões atinentes à relação entre advogados sócios ou associados e homologar, caso
necessário, quitações de honorários entre advogados e sociedades de advogados,
observado o disposto no inciso XXXV do caput do art. 5º da Constituição Federal.
Novidade Legislativa trazida pela Lei nº 14.365, de 2022.

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DICA 07
DA INTERVENÇÃO DO CONSELHO FEDERAL EM CONSELHO SECCIONAL

O Conselho Federal poderá intervir nos conselhos seccionais quando constatar


grave violação:

Do Estatuto da Advocacia e da OAB;

Do Regulamento Geral.

Para a intervenção é preciso:

aprovação 2/3 das delegações,

Garantia de amplo direito de defesa do Conselho Seccional,

Nomeação de diretoria provisória


DICA 08
DOS CONSELHOS SECCIONAIS.

Os Conselhos Seccionais, são compostos por:

Presidente

Vice-Presidente
DIRETORIA
CONSELHO
SECCIONAL Secretário-Geral

Secretário-Geral Adjunto

Tesoureiro

Outros membros:

Conselheiros Seccionais;

Ex-Presidente do Conselho Seccional;

Presidente do Instituto dos Advogados;

Presidente do Conselho Federal;

Conselheiros Federais da Delegação.

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O número de Conselheiros Seccionais é proporcional ao número de inscritos nos quadros
da OAB, com total de até 80 membros.
DICA 09
NOMEAÇÃO DOS MEMBROS DO CONSELHO SECCIONAL

DIRETORIA:

Presidente, Vice-Presidente, Secretário-Geral, Secretário-Geral Adjunto,


Tesoureiro

Os membros da diretoria irão compor o conselho seccional por meio de eleição.


Os Conselheiros Seccionais, com o número máximo de 80 membros, serão eleitos.
Ex-Presidentes do Conselheiro Seccional são membros honorários vitalícios.

Serão convidados a composição do Conselho Seccional:

Presidente do Instituto dos Advogados;

Presidente do Conselho Federal;

Conselheiros Federais da Delegação.


DICA 10
DIREITO A VOZ E VOTO

É direito dos membros do Conselho Seccional:

Presidente

DIREITO A VOZ E VOTO Vice-Presidente

Secretário-Geral

Secretário-Geral Adjunto

Tesoureiro

Conselheiros Seccionais

Ex-Presidente do Conselho Seccional

Presidente do Instituto
dos Advogados

Direito a VOZ apenas. Presidente do Conselho


Federal

Conselheiros Federais da
Delegação

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DICA 11
DA COMPETÊNCIA DO CONSELHO SECCIONAL

Fundamentado em seu artigo 58 do EAOAB, o Conselho Seccional tem competência


privativa para:

Criação da Subseção e da Caixa de Assistência dos Advogados.

Intervenção nas Subseções e na Caixa de Assistência do Adv.

Fixar tabela de honorários

Realizar Exame de Ordem

Fixar valor de Anuidade

Determinar com exclusividade, critérios para trajes do advogado

Eleger lista sêxtupla para cargos nos tribunais, no âmbito de sua competência.

Definir ou indeferir inscrições do advogado ou estagiário.

Participar de elaboração de concursos em sua jurisdição.

Fiscalizar, por designação expressa do Conselho Federal da OAB, a relação jurídica


mantida entre advogados e sociedades de advogados e o advogado associado em
atividade na circunscrição territorial de cada seccional, inclusive no que se refere ao
cumprimento dos requisitos norteadores da associação sem vínculo empregatício.
Novidade incluída pela Lei nº 14.365/2022.

Promover, por intermédio da Câmara de Mediação e Arbitragem, por designação


do Conselho Federal da OAB, a solução sobre questões atinentes à relação entre
advogados sócios ou associados e os escritórios de advocacia sediados na base da
seccional e homologar, caso necessário, quitações de honorários entre advogados e
sociedades de advogados, observado o disposto no inciso XXXV do caput do art. 5º da
Constituição Federal. Novidade incluída pela Lei nº 14.365/2022.

DICA 12
DOS BENS MÓVEIS E IMÓVEIS PERTENCENTES A OAB
O patrimônio dos órgãos da OAB é constituído de bens imóveis, móveis e valores
adquiridos e que serão adquiridos.
A alienação e oneração dos bens depende de aprovação do Conselho Federal ou
Conselho Seccional.
A diretoria do órgão tem competência para decidir pela aquisição dos bens.
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DICA 13
DAS SUBSEÇÕES
Fundamentada nos artigos 60 e 61 do EAOAB e artigos 115 a 120 Regulamento Geral do
EAOAB.
As Subseções são criadas por meio de resolução pelo Conselho Seccional que fixa sua
área territorial.
A quantidade mínima de advogados para criação da Subseção 15 advogados.
As Subseções não possuem personalidade jurídica, podendo compreender um ou mais
municípios ou parte de um município, desde que tenha 15 advogados domiciliados.
O Conselho da Subseção será criado se a Subseção possuir mais de 100 advogados.
A Subseção será responsável por receber e enviar os documentos de inscrição dos
Advogados e Escritórios de Advocacia para o Conselho Seccional.
DICA 14
DO CONFLITO DE COMPETÊNCIA DAS SUBSEÇÕES

O artigo 119 do Regulamento Geral preceitua que os conflitos entre:

Duas Subseções distintas,

Uma Subseção e o Conselho Seccional,

Serão resolvidas pelo próprio Conselho Seccional, cabendo recurso ao Conselho


Federal.
DICA 15
DA COMPETÊNCIA DA SUBSEÇÃO

Em seu território, compete às Subseções:

Dar cumprimento às finalidades da OAB;

Velar pela dignidade, independência e valorização da advocacia;

Representar a OAB, perante os poderes constituídos;

Desempenhar atribuições de sua competência ou por delegação do Conselho Seccional.

A criação da Caixa de Assistência será no território com mais de 1.500 inscritos, por
intermédio do Conselho Seccional.
DICA 16
SOBRE O CONSELHO DA SUBSEÇÃO E SUA COMPETÊNCIA.
O Conselho da Subseção será criado se a Subseção possuir mais de 100 advogados.

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A competência do Conselho da Subseção será para exercer as funções e atribuições do
Conselho Seccional, e ainda:

Editar Regimento Interno;

Editar resoluções no âmbito de sua competência;

Instaurar e instruir processos disciplinares;

Emitir parecer prévio a respeito de pedido de inscrição do advogado e estagiário nos


quadros da OAB para o Conselho Federal.
DICA 17
DA CAIXA DE ASSISTÊNCIA DOS ADVOGADOS
A Caixa de Assistência aos Advogados possui personalidade jurídica própria e está
fundamentada em seus artigos 62 do EAOAB e artigos 121 a 127 do Regulamento Geral.

A PERSONALIDADE JURÍDICA DA CAIXA É


ADQUIRIDA COM A APROVAÇÃO E REGISTRO
CAIXA DE
DO SEU PRÓPRIO ESTATUTO.
ASSISTÊNCIA

DESTINA-SE A PRESTAR ASSISTÊNCIA AOS


INSCRITOS DO CONSELHO SECCIONAL
VINCULADO.

ATENTE-SE: A aprovação e registro do estatuto da caixa de assistência aos


advogados se dará pelo Conselho Seccional.
DICA 18
ALGUMAS ATRIBUIÇÕES DA CAIXA DE ASSISTÊNCIA
A Caixa de Assistência poderá promover a seguridade Complementar, em benefício ao
advogado.
O Conselho Seccional será competente para fixar contribuição obrigatória devida por
seus inscritos para promover a seguridade Complementar.

COMPOSIÇÃO DA DIRETORIA DA CAIXA DE ASSITENCIA:

Composta
DIREITORIA
de 05
DA CAIXA
MEMBROS
.

Após as deduções obrigatórias, caberá a caixa metade da receita das Anuidades recebidas
pelo Conselho Seccional.

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FILOSOFIA DO DIREITO
DICA 19
AUGUSTO COMTE

Augusto Comte nasceu na França, em 1798, e é visto como organizador da sociologia


moderna, sendo inclusive o primeiro a usar o termo sociologia. Ele era bastante radical
e chegou a que propor que fossem criados templos positivistas, com o intuito de cultuar
uma nova “religião da humanidade”, baseada no materialismo científico, ideia que não foi
bem aceita.
“A moral consiste em fazer prevalecer os instintos simpáticos sobre os impulsos egoístas”
(Augusto Comte).
Augusto Comte acreditava que a sociedade passasse por fases ou estados e que, nesse
sentido, atravessaria de um estado mais atrasado ou primitivo para um mais avançado,
como se houvesse uma linha de progresso entre o início e o final.
DICA 20
JOSÉ ORTEGA Y GASSET

Escritor de “A rebelião das massas”, o espanhol nascido em Madrid, dizia que toda
sociedade está e deve estar dividida entre a maioria, que é inculta, e que tem como futuro
obedecer, e a sua minoria, que sabe dos fatos, e sendo assim, tem autoridade para
mandar.

Ideias de José Ortega sobre o bibliotecário: Segundo Ortega y Gasset, os mais graves
atributos negativos nos livros são:

Já há livros em demasia.

Mas não só de fato existem livros em demasia, como também são produzidos de modo
constante e em abundância torrencial.

Por outro lado, o bibliotecário do futuro terá que orientar o leitor não especializado na
selva selvaggia dos livros, ser o médico, o higienista de suas leituras.
DICA 21
JOHN AUSTIN

Considerado por muitos doutrinadores como, o inglês autor da Teoria dos Atos de
Linguagem foi o primeiro jurista a tratar da teoria da lei de maneira analítica, tratando o
direito de forma separada da moral e dos costumes, lhe conferindo certa autonomia.
Para ele, a jurisprudência é uma investigação de cunho filosófico acerca do fenômeno do
direito, vendo a lei um fenômeno independente da moral.
Por fim, falar de John Austin é falar do positivismo, pois para ele o positivismo é a mais
forte corrente da Teoria Geral do Direito.
“A lei é uma regra estabelecida para a conduta de um ser inteligente por um ser inteligente
tendo poder sobre ele” (John Austin).

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DICA 22
EUGEN EHRLICH

Nascido em uma região que hoje pertence à Ucrânia, mas na época pertencia à Áustria,
Eugen afirmava que que as fontes de autoridade do direito são plurais. E mais: Ele
utilizava a expressão direito vivo, fazendo ver que a base do direito não está na lei, mas
na própria sociedade
“Querer aprisionar o direito de uma época ou de um povo nos parágrafos de um código
corresponde mais ou menos ao mesmo que querer represar um grande rio num açude: o
que entra não é mais correnteza viva, mas água morta e muita coisa simplesmente não
entra” (Eugen Ehrlich).
DICA 23
KARL MARX

O alemão Karl Marx foi o criador socialismo moderno, pregando o desenvolvimento e


a evolução do ser humano, via da tecnologia. Também pregou a luta de classes, na qual
os trabalhadores devem opor-se à ideologia das chamadas classes dominantes, havendo
assim um antagonismo das classes.
Para ele, a sociedade ideal deveria ser sem classes.
Condenava a sociedade capitalista e defendia a socialista, vendo inclusive o Direito e o
Estado como duas espécies de superestruturas para servir aos dominadores.
“Hegel faz notar algures que todos os grandes acontecimentos e personagens históricos
ocorrem, por assim dizer, duas vezes. Esqueceu-se de acrescentar: a primeira vez como
tragédia, a segunda como farsa” (Karl Marx).
IMPORTANTE: A mais-valia é o termo utilizado por Karl Marx em alusão ao processo de
exploração da mão de obra assalariada que é utilizada na produção de mercadorias.

Escreveu vários livros, dentre eles o mais famoso é “o manifesto comunista”. Vamos ver
um trecho a seguir:

“As acusações contra o modo comunista de produção e de apropriação dos produtos


materiais têm sido feitas igualmente contra a produção e a apropriação dos produtos do
trabalho intelectual. Assim como o desaparecimento da propriedade de classe equivale,
para o burguês, ao desaparecimento de toda a produção, também o desaparecimento
da cultura de classe significa, para ele, o desaparecimento de toda a cultura. A cultura,
cuja perda o burguês deplora, é, para a imensa maioria dos homens, apenas um
adestramento que os transforma em máquinas.”

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DIREITO CONSTITUCIONAL
DICA 24
ESPÉCIES DE INCONSTITUCIONALIDADE

Inconstitucionalidade formal: envolve um vício no processo de produção da lei/ato


normativo (vício nomodinâmico).

Formal Orgânica: descumprimento e normas de competência legislativa.

Formal por Descumprimento de Pressupostos Objetivos: violação de pressuposto


expresso, ex.: Medida provisória sem vigência ou relevância.

Formal Propriamente Dita: inobservância das normas do processo legislativo.

Vício formal subjetivo: na fase de iniciativa.

Vício formal objetivo: nas fases constitutiva ou complementar.

Inconstitucionalidade material: o conteúdo da lei ou ato normativo está em


desconformidade com a norma constitucional ou contém um desvio de poder ou excesso do
poder legislativo.
Aplicação dos princípios da proporcionalidade (adequação + necessidade +
proporcionalidade); princípio da proibição do excesso e princípio da proibição da
proteção insuficiente.
DICA 25
EVOLUÇÃO DE CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE NO BRASIL

Constituição de 1824 Não havia nada assemelhado aos modelos


atuais de controle de constitucionalidade.

Influenciado pela matriz americana, a


Constituição Provisória de 1890 introduziu o
controle difuso por via de exceção,
Constituição de 1891 materializando no decreto 848/1890.
A magistratura federal poderia intervir em
espécie e por provocação da parte na guarda
e aplicação da Constituição.

Manteve o controle difuso, mas com algumas


alterações.
- Cláusula de Reserva de Plenário: a
declaração de inconstitucionalidade só
poderia ser feita pela maioria absoluta de
seus membros.

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- Atribuiu ao Senado Federal a competência
para suspender execução de leis ou aos
normativos quando declarados
Constituição de 1934 inconstitucionais pelo STF, conferindo efeito
erga omnes a essas decisões.
- Representação Interventiva a cargo do
PGR, em caso de ofensa aos princípios e o
STF declarava a inconstitucionalidade da lei
interventiva.

Houve retrocesso. Após a declaração de


inconstitucionalidade pelo STF, o Presidente
Constituição de 1937 da república tinha a prerrogativa de
submetê-la ao Congresso Nacional,
invocando interesse nacional, para validação
da inconstitucionalidade com aprovação de
dois terços dos membros de cada Casa.

Controle de Constitucionalidade deixa de


sofrer interferência do executivo e
Legislativo, volta a ser difuso.
Constituição de 1946 Restaura a competência do Senado.
EC 16/1965: estabelece o controle
concentrado e abstrato de leis ou atos
normativos federais e estaduais.

Manteve o controle difuso e concentrado via


ADI Interventiva e ADI genérica.
Constituição de 1969
Permitia o controle de constitucionalidade de
atos normativos municipais diante das
Constituições Estaduais.

Controle difuso continua nos termos clássicos


(reserva de plenário + atuação do Senado
Federal), mas há uma ampliação do controle
Constituição de 1988 concentrado surgindo novas ADIs e o PGR
perde o monopólio da legitimidade de
propositura.
Criação da ADPF e da possibilidade de
declarar inconstitucionalidade de uma norma
por omissão, via mandado de injunção ou
por ADI por omissão.

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DICA 26
MOMENTOS DE CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE

CONTROLE PREVENTIVO:

é a exceção no Brasil. Ocorre antes do aperfeiçoamento da lei ou ato normativo,


violando o projeto de lei ou projeto de emenda constitucional.
Legislativo: apreciação de PL e PC pelas Comissão de Conselho e Justiça e pelo
plenário das Casas Legislativas.
Executivo: veto jurídico ao projeto de lei pelo Chefe do Poder executivo.
Judiciário: Impetração de Mandado de Segurança por parlamentar para garantir o
devido processo legislativo constitucional para sanar vício formal.

CONTROLE REPRESSIVO:

após a edição da lei ou ato normativo. Via de regra é realizado pelo Poder Judiciário no
ordenamento jurídico brasileiro.
Legislativo: sustação, pelo Congresso Nacional, de lei delegada que exorbitar seus
limites (art. 49, V, CF);
Senado Federal suspender, no todo ou em parte, norma declarada inconstitucional pelo
STF em controle difuso;
Congresso Nacional entender que Medida Provisória seja sem vigência ou relevância.
Executivo: Chefe do executivo deixa de aplicar administrativamente norma por
entender ser inconstitucional e ajuizar ADI.

DICA 27
CONTROLE DIFUSO-CONCRETO
Características:

Realizado por todos os juízes;

Via de exceção;

Em um caso concreto;

Modo incidental;

Inspiração americana.

Parâmetros de Controle:

Norma pós 1988 frente à Constituição em vigor (parâmetro tradicional);

Norma anterior a 1988 perante à atual constituição (juízo de recepção ou não


recepção);
Norma antes de 1988 em face da Constituição anterior em vigor à época de edição do
ator.
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DICA 28
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE - AÇÃO DIRETA DE
INCONSTITUCIONALIDADE (ADIN)
A Ação Direta de Inconstitucionalidade, também conhecida como Ação Direta de
Inconstitucionalidade Genérica é um instrumento utilizado no chamado controle direto
da constitucionalidade das leis e atos normativos, exercido perante o Supremo Tribunal
Federal brasileiro.
Prevista pela Constituição Federal, esta ação visa a declaração da inconstitucionalidade de
lei ou ato normativo federal ou estadual perante a própria Constituição. Sua competência
originária é do Supremo Tribunal Federal e seu procedimento está previsto na Lei nº
9.868/99.
Se a arguição pela inconstitucionalidade versar sobre lei estadual ou municipal perante
a Constituição Estadual, terá por competência originária o Tribunal de Justiça do Estado
em questão.
DICA 29
COMPETÊNCIA PARA PROPOSITURA (ADIN)

De acordo com a Constituição Federal, podem propor a ação direta de


inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade:

Presidente da República;

A Mesa do Senado Federal;

Mesa da Câmara dos Deputados;

A Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal;

Governador do Estado ou Distrito Federal;

Procurador-Geral da República;

O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;

Partido político com representação no Congresso Nacional;

Confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.

DICA 30
AÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO
Prevista no artigo 103 da Constituição Federal, tem por objetivo suprir uma omissão dos
poderes constituídos que deixaram de elaborar normas para regulamentar a possibilidade
de exercício de determinado direito previsto na Constituição Federal. Declarada a
inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma constitucional, será
dada ciência ao Poder competente para a adoção das providências necessárias e, em se

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tratando de órgão administrativo, para fazê-lo em trinta dias. Assim sendo, quando a
omissão for:

Administrativa: o órgão competente será cientificado para que providencie a edição e


complementação dela.

Legislativa: o Congresso Nacional deverá ser comunicado da mora, mas não será
estipulado nenhum prazo para a elaboração da norma complementadora que, de certa
forma, é considerada indispensável para o exercício do direito previsto, porém não aplicado
por falta de previsão legal pela Constituição Federal.

ATENÇÃO!

A omissão pode ser total ou parcial, sendo total quando não houver uma norma
regulamentadora possibilitando o exercício de determinado direito e parcial quando a
norma apenas possibilitar parte do exercício do direito previsto na CF.

DICA 31
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE INTERVENTIVA
Deve ser proposta quando há a necessidade de haver a decretação da intervenção
federal ou até mesmo estadual, pelos Chefes do Executivo, por não terem sido observados
alguns princípios essenciais estabelecidos pelas Constituições Federal ou Estadual.
A ADIN interventiva visa resguardar os princípios sensíveis: forma republicana; sistema
representativo e regime democrático; direitos da pessoa; autonomia municipal; prestação
de contas da administração pública, direta ou indireta; aplicação do mínimo exigido da
receita resultante de impostos estaduais, na manutenção e desenvolvimento do ensino e da
saúde.
DICA 32
ADIN INTERVENTIVA FEDERAL
O objeto desta ação é a lei ou ato normativo estadual ou distrital que não respeita os
princípios sensíveis estabelecidos pela Constituição Federal, isto é, quando a lei estadual se
contrapor a:
Forma republicana, sistema representativo e regime democrático;
Direitos da pessoa humana;

Autonomia municipal;

Prestação de contas da administração pública, direta e indireta.


Aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais,
compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do
ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.

ATENÇÃO!

A legitimidade ativa para propor esta ação é do procurador geral da república e o


Supremo Tribunal Federal é o detentor da competência para julgá-lo.

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DICA 33
ADIN INTERVENTIVA ESTADUAL
A ADIN Interventiva Estadual, por sua vez, deve ser impetrada quando a lei municipal
desrespeitar os princípios indicados na Constituição Estadual e, por isso, o Estado necessita
intervir, servindo também como pressuposto desta intervenção. A competência para o
julgamento desta ADIN é do Tribunal de Justiça do Estado que teve os princípios de sua
Constituição desrespeitados, devendo ser proposta pelo Procurador Geral de justiça,
conforme prevê a Constituição Federal.
DICA 34
ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL
Prevista na Constituição Federal, a arguição de descumprimento de preceito fundamental é
de competência do Supremo Tribunal Federal, o qual deve apreciá-la e julgá-la. Esta
ação será sempre subsidiária, ou seja, não pode ser admitida se houver outro meio válido
para sanar a lesividade.

ATENÇÃO!

Só poderá ser proposta se não for cabível uma ADIN, mandado de segurança, recurso
extraordinário, ação popular, entre outros.

Têm legitimidade ativa para propor esta arguição todos os elencados no artigo 103
da Constituição Federal, sendo estes:

→ o Presidente da República;
→ a Mesa do Senado Federal;
→ a Mesa da Câmara dos Deputados;
→ a Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal;
→ o Governador de Estado ou do Distrito Federal;
→ o Procurador-Geral da República;
→ o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
→ partido político com representação no Congresso Nacional;
→ confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
Os demais interessados podem solicitar a propositura desta arguição mediante
representação ao Procurador Geral da República, porém sendo facultativo. E esta ação pode
ser proposta:
Para reparar ou até mesmo evitar lesão a um preceito fundamental decorrente de ato
ou omissão do poder público;
Quando for importante salientar o fundamento da controvérsia constitucional sobre lei
ou ato normativo federal, estadual ou municipal anteriores à Constituição Federal.

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DICA 35
DEFESA DO ESTADO

Estado de Exceção: situação de crise institucional, na qual a CF prevê a possibilidade


de adoção de certas medidas para garantir a ordem social e a soberania do Estado, em caso
de necessidade, temporariedade e obediência exata dos comandos constitucionais.

Necessidade: é imprescindível que essa medida seja adotada, desde que não exista
outra forma menos gravosa de solucionar a situação.

Temporariedade: a medida adotada deverá ter prazo determinado para que seja
reestabelecida a ordem. Em caso de guerra declarada, contudo, existe a possibilidade que

Obediência: os estados de exceção só se legitimaram se em observância às normas


constitucionais.
DICA 36
ESTADO DE DEFESA
Busca preservar ou reestabelecer a ordem pública ou a paz social.
O decreto que determinar a medida indicará o local em que ele irá ocorrer, posto que
ocorre em local restrito e determinado.

Pressupostos: existência de uma grave instabilidade institucional ou calamidades de


grandes proporções na natureza.
Não poderá ter prazo superior a 30 dias, sendo permitida a prorrogação apenas uma vez
por 30 dias, desde que demonstradas as razões que justificarem a sua decretação.
DICA 37
ESTADO DE SÍTIO
O Presidente requer ou solicita ao Congresso Nacional a autorização para decretar o
estado de sítio.

Hipótese de estado de sítio:

→ Comoção grave de repercussão nacional ou ineficácia das medidas tomadas durante o


estado de defesa;

→ Situação de guerra ou necessidade de repelir agressão armada.

As seguintes medidas poderão ser adotadas no estado de sítio:

→ obrigação de permanência em determinada localidade: estado controla o ir e vir do


cidadão.

→ detenção em edifício não destinado a criminosos comuns: é possível que uma escola
pública se torne presídio.

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Memorex OAB – Exame XXXIX – Rodada 05

As seguintes medidas poderão ser adotadas no estado de sítio:

→ restrições ao sigilo de correspondência e comunicações, bem como restrições à


liberdade de imprensa, salvo pronunciamentos parlamentares difundidos a partir da
Câmara ou do Senado, desde que devidamente liberados pelas respectivas Mesas;

→ suspensão da liberdade de reunião;


→ busca e apreensão e domicílio;
→ intervenção nas empresas de serviço público: visa garantir a continuidade dos
serviços públicos.

→ requisição de bens, públicos ou particulares.

DICA 38
SEGURANÇA PÚBLICA
É dever do Estado, mas direito e responsabilidade de todos.

Guarda Municipal não é órgão da segurança.


O rol dos órgãos de segurança pública é taxativo, logo, os Estados–membros e o DF não
podem criar ou nele incluir outros órgãos, como o Departamento de Trânsito, Política
Penitenciária ou Instituo Geral de Perícias.
DICA 39
POLÍCIA CIVIL

Súmula Vinculante nº 39: Compete privativamente à União legislar sobre


vencimentos dos membros das polícias civil e militar e do corpo de bombeiros militar do
Distrito Federal.
A Polícia Civil é dirigida por delegado de polícia de carreira.
Não é possível equiparar os ganhos do Delegado de polícia Civil ao subsídio dos promotores
de justiça.
Tem a função de polícia judiciária e a apuração de infrações penais.
DICA BÔNUS
POLÍCIA PENAL
Presente na União, nos Estados e no Distrito Federal vinculado ao órgão que administra o
sistema penal e responsável pela segurança dos estabelecimentos penais.

Polícia Penal Federal é vinculada ao Departamento Penitenciário Nacional – DEPEN.

Polícia Penal Estadual e do Distrito Federal é vinculada à Secretaria de Segurança


Pública, Secretaria de Justiça ou Secretaria de Administração Penitenciaria.
EC 104/2019: o preenchimento do quadro de servidores das polícias penais será feito,
exclusivamente, por meio de concurso público e por meio da transformação dos cargos

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Memorex OAB – Exame XXXIX – Rodada 05
isolados, dos cargos de carreira dos atuais agentes penitenciários e dos cargos públicos
equivalentes.
DICA BÔNUS
POLÍCIA MILITAR

Força auxiliar e reserva do Exército.


Principal função é de preservar a ordem por meio da prevenção da prática de crimes.

STF: Edital de concurso público não pode estabelecer restrição a pessoas com
tatuagem, salvo situações excepcionais em razão de conteúdo que viole valores
constitucionais.
As forças policiais devem ser instituições regulares e permanentes, não se admitindo a
contratação temporária.

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DIREITOS HUMANOS
DICA 40
FEDERALIZAÇÃO DOS CRIMES COMETIDOS COM VIOLAÇÃO DOS DIREITOS
HUMANOS
Ocorre um deslocamento da competência, o chamado Incidente de Deslocamento de
Competência para a Justiça Federal.
Na hipótese de grave violação de direitos humanos, o procurador geral da república,
objetivando assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais
de direitos humanos dos quais o brasil seja parte, poderá suscitar, perante o superior
tribunal de justiça, em qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de
deslocamento de competência para a Justiça Federal.
O Brasil assumiu compromissos no âmbito internacional e precisa cumpri-los, sob pena de
ser responsabilizado.
DICA 41
POLÍTICA NACIONAL DE DIREITOS HUMANOS
Foram criados em decorrência de uma recomendação feita na Conferência Mundial de
Direitos Humanos em Viena.

Apenas o Programa Nacional de Direitos Humanos 3 (PNDH -3) está em vigor.

1º Programa Nacional de Direitos Humanos, por meio do Decreto nº. 1.1903, de


maio de 1966: identificação dos principais obstáculos à promoção dos direitos humanos
no país; a execução, a curto, médio e longo prazo.
2º Programa Nacional de Direitos Humanos, Decreto nº 4229, de 13 de maio de
2002: concepção de direitos humanos como um conjunto de direitos universais,
indivisíveis e interdependentes; identificação dos obstáculos, difundir o conceito de
direitos humanos, entre outros.
3º Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH3), por meio do Decreto nº.
7.037, de 21 dezembro de 2009, está estruturado em 6 (seis) eixos orientadores.

A Conferência Mundial de Direitos Humanos de Viena de 1993 reafirmou os princípios da


indivisibilidade e universalidade dos Direitos Humanos, já previstos na carta da ONU e na
Declaração Universal de Direitos Humanos (DUDH).
O Brasil foi um dos primeiros países a acolher a recomendação, no governo de Fernando
Henrique foi estabelecido o primeiro programa e direitos humanos em 1996.
DICA 42
GRUPOS VULNERÁVEIS E OS DIREITOS HUMANOS
No âmbito nacional e no internacional, existem Convenções gerais ou específicas
voltadas para grupos especiais, que necessitam de um tratamento diferenciado.
A Constituição Federal, no art. 68 do ADCT prevê a propriedade definitiva das terras
ocupadas por comunidades quilombolas, devem ser emitidas pelos Estados, em prol dos
remanescentes quilombolas, por razões históricas e necessidade de manutenção desses
grupos.

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Além dos quilombolas, outros grupos merecem a proteção seja por razões históricas, por
causa da vulnerabilidade ou até mesmo por conta da discriminação, é o caso das pessoas
com deficiência, idosos, mulheres, crianças, LGBTQIA+ e os índios.
DICA 43
PESSOA COM DEFICIÊNCIA
O presente grupo necessita de uma proteção especial para concretizar os valores
decorrentes da dignidade humana, inclusive foi sancionado o Estatuto da Pessoa com
Deficiência (Lei nº 13146/2015), norma importantíssima para a inclusão da pessoa com
deficiência.
A Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, em seu art.1º
trouxe o conceito de pessoa com deficiência, como aquelas que têm impedimento de longo
prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, que interação com diversas
barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade com
as demais pessoas.
A pessoa com deficiência possui pela capacidade civil.
Hoje, a pessoa com deficiência deve ser aceita como eles são e as barreiras deve sem
eliminadas para que possuam as mesmas oportunidades em relação as demais pessoas.

Ao longo do texto constitucional, foram estabelecidas diversos direitos e


proibição da discriminação, a saber:
Proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do
trabalhador com deficiência;
A lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras
de deficiência e definirá os critérios de sua admissão;
É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de
aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados, nos
termos definidos em leis complementares, os casos de servidores:
I portadores de deficiência.
A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de
contribuição à seguridade social, e tem por objetivos:
IV – a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de
sua integração à vida comunitária;
V – a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de
deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção
ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei;
O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de:
III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência,
preferencialmente na rede regular de ensino;
A lei disporá sobre normas de construção dos logradouros e dos edifícios de uso público
e de fabricação de veículos de transporte coletivo, a fim de garantir acesso adequado às
pessoas portadoras de deficiência.
Além da Constituição, a Lei 10.048/2000 trouxe a prioridade de atendimento as pessoas
com deficiência e a Lei 10.098/200 estabeleceu critérios para a promoção da
acessibilidade da pessoa com deficiência.
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DIREITO INTERNACIONAL
DICA 44
SOLUÇÃO PACÍFICA DE CONTROVÉRSIAS INTERNACIONAIS
O objetivo é sempre a solução das controvérsias, pois o conflito deve ser evitado, para
que não gere um desejo de vingança de um Estado para o outro. O uso da forma só em
último caso.
O rol do mecanismo de solução pacífica é exemplificativo e não existe hierarquia entre
eles, cada caso deve ser observado e aplicado o meio mais adequado.

A Constituição prevê como princípio que rege as relações internacionais, a solução


pacifica dos conflitos.

A ONU trouxe em seu capítulo VI, art.33.1, alguns métodos para solução da controvérsia,
que podem ser agrupados em ter grupos, os diplomáticos, políticos e jurisdicionais.
DICA 45
MEIOS DIPLOMÁTICOS
Os meios diplomáticos são mais utilizados no âmbito internacional, possuem um desgaste
político e econômico menor se comparado com os demais.

São considerados, como meios diplomáticos:

Negociações diretas: Forma mais simples, são negociações estabelecidas sem a


presença de um terceiro, podem ser feitas por meio de nota ou presencialmente, podem
ser bilaterais ou multilaterais. O resultado pode ser a desistência (um Estado renuncia à
sua reinvindicação), aquiescência (um Estado reconhece a reivindicação do outro) ou
transação (Estados fazem concessões recíprocas).

Bons ofícios: É a tentativa amistosa de um ou vários Estados de abrir negociações das


partes interessadas ou reatar as negociações rompidas. Existe a presença de um terceiro
como intermediário, mas sem apresentar posição ou proposta de solução.

Mediação: É a interferência de um ou mais Estados, em outro Estado para buscar a


solução da controvérsia. O mediador participa ativamente, mas não impõe sua vontade.

Conciliação: Definição aproximada da mediação, mas com atuação mais formal e solene,
estabelecida por uma comissão de conciliadores e a proposta de solução não é vinculante.

Comissões internacionais de inquérito ou de investigação: São comissões para


facilitar a solução do conflito, tem principal função a de investigar a controvérsia, mas
sem apontar a responsabilidade.

DICA 46
MEIOS JURISDICIONAIS

São mais complexos, as decisões são obrigatórias e podem ser semijudiciais ou não
judiciários, que é a arbitragem e meios judiciários, que são os tribunais internacionais.

Na arbitragem, o árbitro apresentará um laudo arbitral de natureza obrigatória, podendo


em caso de inobservância, o Estado ser responsabilizado.

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O laudo é definitivo, mas modificável, para o estabelecimento da arbitragem e necessário
ter compromisso arbitral ou cláusula arbitral ou compromissória.
No Brasil, a Lei n.9.307/1996 dispõe sobre a arbitragem.

Os Tribunais Internacionais são compostos de juízes independentes, com investidura


anterior a controvérsia e que subsistirá após a solução da mesma, os componentes não
serão escolhidos pelos litigantes.

A Corte Internacional de Justiça é o principal órgão judiciário da Organização


das Nações Unidas, integrada por 15 juízes para um mandato de nove anos, possui dois
tipos de competência, a contenciosa, relacionada as previsões da Carta da ONU ou tratados
em vigor; a outra é a consultiva, que consiste na emissão de pareceres consultivos sobre
questões jurídicas, a pedido dos órgãos da ONU e das organizações internacionais do
sistema ONU.

Ainda é possível a existência de mecanismos mistos, que combina a arbitragem +


tribunal, que é caso do sistema de solução de controvérsias do Mercosul e a solução de
controvérsias da Organização Mundial do Comércio.
DICA 47
DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO – NOÇÕES GERAIS

O Direito internacional privado serve para solucionar os conflitos de lei no espaço.


Possui incidência nas relações jurídicas de direito privado com conexão
internacional, possibilita aplicação do direito estrangeiro, por meio da aplicação direta.
A lei estrangeira é aplicada para resolver o caso concreto, sua aplicação pode ser direta do
direito estrangeiro, que ocorre quando, a lei estrangeira é aplicada no caso concreto na
jurisdição brasileira ou quando a lei brasileira é aplicada em outra jurisdição. Também pode
ser indireta do direito estrangeria, quando há necessidade a realização de diligências ou a
execução da sentença no Brasil.
No Brasil, a legislação responsável pela apresentação dos critérios, foi a Lei de Introdução
às normas do Direito Brasileiro (LINDB), ao lado de alguns artigos da Constituição Federal
e do Código de Processo Civil.
DICA 48
APLICAÇÃO DIRETA DE DIREITO ESTRANGEIRO
A Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro (LINDB) estabelece a possibilidade do
juiz aplicar outra legislação que não a brasileira para a solução de conflito de leis
no espaço.
Vale lembrar que o ônus da prova e vigência da lei estrangeira será da parte que a
invoca, podendo o juiz, no caso de desconhecimento da lei estrangeira, exigir a prova.

O juiz deve primeiro qualificar o caso concreto, biscar na lei elementos de conexão e por
último, definir o direito aplicável ou solucionar o conflito apresentado.
São vários os elementos de conexão que são os direitos pessoais, os reais, também existe
a presença do direito penal e também das obrigações.
O art.7º da LINDB é rico em elementos de conexão, além dele também existem elementos
nos arts. 8º ao 11.
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DIREITO TRIBUTÁRIO

DICA 49
LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO

Legislação material aplicável ao Lançamento Tributário: refere-se à lei aplicável


no momento do lançamento.

Lançamento de obrigação de pagamento de multa (infrações): aplica-se a


legislação mais favorável ocorrida entre o momento do fato gerador (infração) e o momento
do lançamento, resguardando-se ainda o direito do contribuinte a aplicação da legislação
mais benéfica até o trânsito em julgado/extinção do crédito.

Lançamento de obrigação de pagar tributo: aplica-se legislação vigente do momento


de ocorrência do fato gerador, ainda que posteriormente essa legislação seja modificada
ou revogada. Art. 144. CTN O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador
da obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou
revogada.

Legislação referente ao procedimento: aplica-se legislação vigente quando do


lançamento. Ocorre quando o contribuinte outorga maiores garantias ao crédito ou são
ampliados os poderes de investigação das autoridades administrativas, aplicam-se as
regras procedimentais em vigor ao momento do lançamento. Art. 144 CTN, § 1º
Aplica-se ao lançamento a legislação que, posteriormente à ocorrência do fato gerador da
obrigação, tenha instituído novos critérios de apuração ou processos de fiscalização,
ampliado os poderes de investigação das autoridades administrativas, ou outorgado ao
crédito maiores garantias ou privilégios, exceto, neste último caso, para o efeito de atribuir
responsabilidade tributária a terceiros.
DICA 50
LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO

Estabilidade do lançamento: após efetuar o lançamento a autoridade administrativa


deve comunicar ao sujeito passivo sobre sua ocorrência para que ele possa pagar ou
contestar o tributo/multa/etc. A partir desse momento também o lançamento não pode
ser mais alterado (fica estável).

EXCEÇÃO:

Impugnação do sujeito passivo: o lançamento pode ser alterado quando impugnado


pelo sujeito passivo. STJ entende que o lançamento é nulo quando não abre prazo para
que sujeito exerça seu direito de defesa ou resistência à pretensão do fisco.

Recurso de ofício/remessa oficial: ocorre quando, em processo administrativo fiscal,


a autoridade julgadora concorda total ou parcialmente com a impugnação realizada pelo
sujeito passivo (desconstitui o crédito totalmente ou parcialmente). Nesse caso, haverá
recurso de ofício para a autoridade superior. É a chamada "remessa necessária" ou
"reexame necessário”.

Iniciativa de ofício da autoridade: ocorre quando verificado um vício no ato praticado,


tem a Administração Tributária o poder-dever de corrigi-lo, independentemente de
provocação do particular.

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DICA 51
LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO - MODALIDADES DE LANÇAMENTO
O CTN traz três modalidades de lançamento. Para diferenciar uma modalidade da outra se
deve observar o grau de participação do sujeito passivo para a formação do crédito do
tributo. Sujeito passivo nunca lançará sozinho, pois é ato privativo da autoridade fazendária
(art. 142 CTN).

Lançamento de ofício/direto: É aquele que não há participação do sujeito passivo.


A autoridade administrativa calcula o valor do tributo, pois ela já tem informações
necessárias para o cálculo (alíquota e base de cálculo). Nessa modalidade não há obrigação
acessória imputável ao sujeito passivo.

Lançamento por declaração/misto: Modalidade em que há participação do sujeito


passivo ou terceiro e sujeito ativo (Fazenda). Fazenda Pública não tem conhecimento da
base de cálculo, conhecendo somente a alíquota, assim, pede-se ao sujeito passivo que
declare a base de cálculo (MATÉRIA DE FATO) (participação do sujeito passivo de 50%).
Depois de declarada, a Fazenda irá calcular o tributo e requerer o pagamento.

Lançamento por homologação/autolançamento: Modalidade em que o sujeito


passivo calcula sozinho o montante devido do tributo e posteriormente realizar o
pagamento. Após o trâmite, se correto o valor, a Fazenda homologará o pagamento.
DICA 52
LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO

O lançamento de ofício poderá ocorrer de diferentes formas:

Originário: Fazenda, ao identificar ocorrência do fato gerador, deve calcular


imediatamente o montante devido a título de tributo.

Subsidiário/suplementar: Ocorre nas outras modalidades de lançamento quando


sujeito ativo age ilicitamente/falha, assim, subsidiariamente, a Fazenda irá calcular o
tributo devido. Esse cálculo da Fazenda pode ser:

Feito sobre o valor real: ocorre quando autoridade fazendária consegue detectar exato
valor da base de cálculo. Ex.: pessoa deixou de declarar uma das suas fontes de renda,
em cima dessa omissão irá calcular.

IMPORTANTE: Se não houver antecipação de pagamento, não há falar-se em


lançamento por homologação, mas em lançamento de ofício.

Sobre lançamento por arbitramento: É a técnica utilizada pela Fazenda para apurar o
valor de bens, direitos e serviços. Nesse caso Fazenda irá desconsiderar participação do
sujeito ativo (porque ele é omisso ou suas declarações não merecem fé) e, por não possuir
elementos suficientes para deduzir montante devido do tributo, arbitrará o valor mais
próximo que corresponda à realidade. Procedimento de arbitramento tem que ser motivado,
isto é, dizer por que teve que optar pelo arbitramento, e o valor também tem que ser
estabelecido a partir de critérios fundamentados.

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DICA 53
LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO
No lançamento por declaração, a Fazenda pode não aceitar a declaração, sob o
fundamento de que aquela não corresponde à realidade. Se isto ocorrer a Fazenda arbitrará
o valor devido do tributo, realizando lançamento de ofício subsidiário.
Quando é só questão de valor desatualizado, o sujeito passivo não irá ser multado, porque
não cometeu nenhuma irregularidade. Quando a declaração é divergente da situação fática,
o sujeito passivo pode retificar o valor declarado, para aumentar a arrecadação do
tributo. Entretanto, se a retificação for para reduzir/excluir o valor do tributo, deve
comprovar erro que se funde a declaração e a retificação deve ser feita antes da
notificação do lançamento. Autoridade fazendária deve apurar erros e ratificar de ofício.
DICA 54
LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO

No lançamento por homologação esse ato poderá ser feito de forma expressa ou tácita:

Expressa: declaração da Fazenda declarando a concordância com valor declarado.

Tácita: Ultrapassado o prazo de cinco anos para homologação expressa, ocorrerá à


homologação tácita. Prazo de 05 anos conta do fato gerador. Lei COMPLEMENTAR pode
fixar outro prazo.

Exceção: ocorrida fraude, simulação, etc. contam-se os 05 anos da data do primeiro


dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado. Prazo
é decadencial, pois se perde o direito de constituir o crédito.
DICA 55
LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO

ERRO NO LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO: No lançamento por homologação, o


contribuinte poderá, percebendo que deixou de pagar ou se não declarou inteiramente o
tributo, complementar o pagamento, valor que será considerado na apuração pela Fazenda.
Se a pessoa apura um determinado valor de tributo abaixo do devido e paga em
conformidade com esse valor por ela apurado, a Fazenda pode homologar essa quantia, e
calcular a diferença, e sobre o valor apurado da diferença incidirá juros, correção e multa
(lançamento subsidiário de ofício).
Se a receita entender que houve apenas uma demora em realizar o pagamento todo, incidirá
somente a multa moratória.
Se entender que houve dolo por parte do contribuinte, haverá a incidência da multa
punitiva.
Se pessoa não declara e não paga, não há o que a fazenda homologar, assim, o Fisco terá
que realizar o lançamento de ofício.
DICA 56
LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO

Prazo para lançamento: o prazo para realizar o lançamento tem natureza decadencial,
pois se refere ao tempo para o exercício de um direito potestativo, qual seja, o direito de
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constituir o crédito tributário. Esse prazo decadencial é de 05 anos. Ou seja, nesse caso
Fazenda perderá o direito de fazer o lançamento se ultrapassado o prazo de 05 anos,
contado na forma do art. 173 do CTN.

Art. 173. CTN O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se
após 5 (cinco) anos, contados:
I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido
efetuado;
II - da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal,
o lançamento anteriormente efetuado.
Parágrafo único. O direito a que se refere este artigo extingue-se definitivamente com
o decurso do prazo nele previsto, contado da data em que tenha sido iniciada a
constituição do crédito tributário pela notificação, ao sujeito passivo, de qualquer medida
preparatória indispensável ao lançamento.

Se não realizar nesse prazo: ocorrerá decadência, que levará a extinção do crédito
tributário.

Art. 156. CTN Extinguem o crédito tributário: V - a prescrição e a decadência;

DICA 57
SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE E EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
Quando a pessoa pratica o fato gerador nasce à obrigação tributária, mas essa dívida ainda
é ilíquida. Assim, a Fazenda realiza lançamento, passando a dívida a ser líquida e exigível.
A exigibilidade surge a partir do lançamento. Formado o crédito tributário surge para o fisco
a pretensão de receber esse valor. Porém, nas hipóteses de suspensão tributária essa
pretensão não poderá ser concretizada.
Hipóteses de suspensão se interpretam literalmente, isso significa que as hipóteses estão
previstas de forma exaustiva no CTN. Art.111, CTN. I - suspensão ou exclusão do crédito
tributário.

Art. 111, CTN. I - suspensão ou exclusão do crédito

DICA 58
SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE E EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
Nas situações de suspensão do crédito tributário, quando se solicitar a certidão de situação
fiscal, será gerada certidão positiva com efeito de negativa, demonstrando a regularidade
fiscal.

Art. 206. CTN Tem os mesmos efeitos previstos no artigo anterior a certidão de que
conste a existência de créditos não vencidos, em curso de cobrança executiva em que
tenha sido efetivada a penhora, ou cuja exigibilidade esteja suspensa.

A suspensão do crédito não possui qualquer efeito nas obrigações acessórias, que devem
continuar a serem cumpridas.

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Art. 151 CTN Parágrafo único. O disposto neste artigo não dispensa o cumprimento
das obrigações assessórios dependentes da obrigação principal cujo crédito seja
suspenso, ou dela consequentes.

DICA 59
SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE E EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
Nas hipóteses em que se suspende o direito do fisco de cobrar o devedor, Fisco fica impedido
de promover qualquer medida de cobrança (não pode inscrever em dívida ativa, não pode
propor execução fiscal, etc.). Porém, deve-se registrar que o Fisco não fica impedido de
promover o lançamento, até porque o prazo para lançamento (por ser decadencial) não se
suspende.

Ex.: entrou com MS preventivo (antes do lançamento), se o juiz dá a liminar, ela


suspende a exigibilidade, mas o Fisco pode lançar o tributo, mas a Fazenda Pública deve
aguardar o desfecho da ação para fazer a cobrança.

Art. 151 CTN Suspendem a exigibilidade do crédito tributário: Parágrafo único. O


disposto neste artigo não dispensa o cumprimento das obrigações assessórios
dependentes da obrigação principal cujo crédito seja suspenso, ou dela consequentes.

DICA 60
SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE E EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

Moratória: causa de suspensão da exigibilidade do crédito tributário que refere-se a


dilação do prazo de pagamento do tributo (altera data de vencimento), em razão de
situações excepcionais, estabelecendo o pagamento pelo mesmo valor (não incide juros
nem multa), em cota única, em momento posterior, instituída por lei ordinária pelo sujeito
ativo.
Por ser um benefício fiscal, somente podem ser concedidos por meio de lei em sentido
estrito. Não é possível a combinação de diversas leis para obtenção de parcelamento mais
benéfico ou mediante requisitos menos rígidos, pois essa situação implicaria a criação de
nova espécie de parcelamento não autorizada pelo legislador.
DICA 61
SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE E EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

A causa de suspensão da exigibilidade do crédito tributário moratória poderá ser:

Geral: outorgada por lei a todos os devedores descritos na hipótese concessiva (critério
objetivo), dispensando-se a necessidade de um ato administrativo que defira concretamente
o favor a cada beneficiário.

Individual: a autoridade administrativa concederá o benefício por despacho


administrativo, a quem comprove os requisitos, desde que haja prévia autorização legal.
Lei não dá esse benefício indistintamente, precisa que o sujeito prove a presença de
requisito pessoal.

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DICA 62
SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE E EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

Créditos abrangidos pela moratória: salvo regulamento em lei em contrário, a


moratória se aplica aos créditos tributários definitivamente constituídos e lançados.

Art. 154 CTN. Salvo disposição de lei em contrário, a moratória somente abrange os
créditos definitivamente constituídos à data da lei ou do despacho que a conceder, ou
cujo lançamento já tenha sido iniciado àquela data por ato regularmente notificado ao
sujeito passivo. Parágrafo único. A moratória não aproveita aos casos de dolo, fraude ou
simulação do sujeito passivo ou do terceiro em benefício daquele.

A moratória nunca se aproveita em casos de dolo/fraude ou simulação.


DICA 63
SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE E EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

Consequências da moratória concedida em caráter individual: a moratória


individual não gera direito adquirido, sendo passível de anulação ou cassação sempre que
se verificar que o sujeito passivo tenha sido beneficiado indevidamente. Se beneficiário
estava de boa-fé (estava em erro) pagará somente o tributo acrescido de correção e juros
de mora. Se de má-fé (fraude/dolo/simulação) pagará, além disso, uma multa e terá a
prescrição suspensa durante o tempo que o benefício foi concedido e sua revogação.

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DIREITO ADMINISTRATIVO
DICA 64
LEI Nº 9.784/99 - PROCESSO ADMINISTRATIVO NO ÂMBITO DA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA FEDERAL
A lei n. 9.784/99 estabelece normas básicas sobre o processo administrativo no âmbito
da Administração Federal direta e indireta, visando, em especial, à proteção dos direitos
dos administrados e ao melhor cumprimento dos fins da Administração.
FIQUE ATENTO!
Os preceitos da referida lei também se aplicam aos órgãos dos Poderes Legislativo e
Judiciário da União, quando no desempenho de função administrativa.

Normas básicas sobre processo


administrativo na Administração Federal –
direta e indireta
Lei 9.784/99
Se aplicam aos órgãos dos Poderes
Legislativos e Judiciário da União –
desempenho de função administrativa

DICA 65
ÓRGÃO, ENTIDADE E AUTORIDADE

Segundo a lei n. 9.784/99, consideram-se:

Órgão: a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta e da


estrutura da Administração indireta;

Entidade: a unidade de atuação dotada de personalidade jurídica;

Autoridade: o servidor ou agente público dotado de poder de decisão.


DICA 66
DOS DIREITOS DOS ADMINISTRADOS

O administrado tem os seguintes direitos perante a Administração, sem prejuízo de


outros que lhe sejam assegurados:

Ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, que deverão facilitar o
exercício de seus direitos e o cumprimento de suas obrigações;

Ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que tenha a condição


de interessado, ter vista dos autos, obter cópias de documentos neles contidos e
conhecer as decisões proferidas;

Formular alegações e apresentar documentos antes da decisão, os quais serão


objeto de consideração pelo órgão competente;

Fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo quando obrigatória a


representação, por força de lei.
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SÚMULA IMPORTANTE

Súmula Vinculante 5 do STF: A falta de defesa técnica por advogado no processo


administrativo disciplinar não ofende a Constituição.

DICA 67
DO INÍCIO DO PROCESSO
O processo administrativo pode iniciar-se de ofício ou a pedido de interessado.

Início do - Ofício
processo
- Pedido de interessado
Administrativo

TOME NOTA! A regra é que o requerimento inicial do interessado seja formulado por
escrito. Admite-se, no entanto, a solicitação de forma oral nos casos permitidos.

O requerimento inicial do interessado, salvo casos em que for admitida solicitação


oral, deve ser formulado por escrito e conter os seguintes dados:

Órgão ou autoridade administrativa a que se dirige;

Identificação do interessado ou de quem o represente;

Domicílio do requerente ou local para recebimento de comunicações;

Formulação do pedido, com exposição dos fatos e de seus fundamentos;

Data e assinatura do requerente ou de seu representante.


FIQUE ATENTO (a)! É vedada à Administração a recusa imotivada de recebimento
de documentos, devendo o servidor orientar o interessado quanto ao suprimento de
eventuais falhas.
DICA 68
DA COMPETÊNCIA
A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administrativos a que foi
atribuída como própria, salvo os casos de delegação e avocação legalmente admitidos.

Irrenunciável

Competência Se exerce pelos órgãos administrativos a


que foi atribuída como própria, salvo:
delegação e avocação

Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimento legal,


delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe
sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razão de circunstâncias
de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial.
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FIQUE ATENTO (A)! Isso se aplica à delegação de competência dos órgãos colegiados
aos respectivos presidentes.
DICA 69
DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIA

NÃO podem ser objeto de delegação:

A edição de atos de caráter normativo;

A decisão de recursos administrativos;

As matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade.


FIQUE ATENTO (A)!
O ato de delegação e sua revogação deverão ser publicados no meio oficial.
O que deve constar no ato de delegação?
O ato de delegação especificará as matérias e poderes transferidos, os limites da atuação
do delegado, a duração e os objetivos da delegação e o recurso cabível, podendo conter
ressalva de exercício da atribuição delegada.
O ato de delegação pode ser revogado?
O ato de delegação é revogável a qualquer tempo pela autoridade delegante.
DICA 70
AVOCAÇÃO DE COMPETÊNCIA
Avocação significa o ato de atrair para si alguma competência. A avocação transfere o
exercício da competência do órgão inferior para o órgão superior na cadeia hierárquica.

Da excepcionalidade da avocação: Será permitida, em caráter excepcional e por


motivos relevantes devidamente justificados, a avocação temporária de competência
atribuída a órgão hierarquicamente inferior.

Requisitos da avocação:

Excepcionalidade;

Motivos relevantes devidamente justificados;

Temporária.
DICA 71
DO TEMPO DOS ATOS DO PROCESSO ADMINISTRATIVO
Caso inexista disposição específica, os atos do órgão ou autoridade responsável pelo
processo e dos administrados que dele participem devem ser praticados no prazo de 5
dias, salvo motivo de força maior.
TOME NOTA!
Esse prazo de 5 dias pode ser dilatado até o dobro, mediante comprovada justificação.

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Regra: 5 dias, salvo O prazo de 5 dias


- força maior pode ser dilatado até
Prazo
Exceção: disposição o dobro – desde que
específica justificado

DICA 72
DA DECISÃO COORDENADA
A Lei nº. 14.210, no ano de 2021, incluiu o capítulo XI-A (Da decisão coordenada) na Lei
9.784/99. Desse modo, por ser uma novidade legislativa, certamente será cobrado nas
provas.

No âmbito da Administração Pública federal, as decisões administrativas que exijam


a participação de 3 ou mais setores, órgãos ou entidades poderão ser tomadas mediante
decisão coordenada, sempre que:

For justificável pela relevância da matéria; e

Houver discordância que prejudique a celeridade do processo administrativo decisório.


FIQUE ATENTO!
A decisão coordenada não exclui a responsabilidade originária de cada órgão ou autoridade
envolvida.
DICA 73
PRINCÍPIOS DA DECISÃO COORDENADA

A decisão coordenada obedecerá aos princípios da:

Legalidade;

Eficiência;

Transparência;
Com utilização, sempre que necessário, da simplificação do procedimento e da
concentração das instâncias decisórias.
FIQUE ATENTO!

Não se aplica a decisão coordenada aos processos administrativos:

De licitação;

Relacionados ao poder sancionador; ou

Em que estejam envolvidas autoridades de Poderes distintos.


DICA 74
DA CONCLUSÃO DA DECISÃO COORDENADA
ATENTE-SE!! A decisão coordenada obedecerá aos princípios da legalidade, da eficiência
e da transparência, com utilização, sempre que necessário, da simplificação do
procedimento e da concentração das instâncias decisórias.

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A conclusão dos trabalhos da decisão coordenada será consolidada em ata,


que conterá as seguintes informações:

Relato sobre os itens da pauta;

Síntese dos fundamentos aduzidos;

Síntese das teses pertinentes ao objeto da convocação;

Registro das orientações, das diretrizes, das soluções ou das propostas de atos
governamentais relativos ao objeto da convocação;

Posicionamento dos participantes para subsidiar futura atuação governamental em


matéria idêntica ou similar; e

Decisão de cada órgão ou entidade relativa à matéria sujeita à sua competência.

Até a assinatura da ata, poderá ser complementada a fundamentação da decisão


da autoridade ou do agente a respeito de matéria de competência do órgão ou da
entidade representada.

A ata será publicada por extrato no Diário Oficial da União, do qual deverão constar,
além do registro das orientações, diretrizes e propostas governamentais, os dados
identificadores da decisão coordenada e o órgão e o local em que se encontra a ata em
seu inteiro teor, para conhecimento dos interessados.

DICA 75
DA MOTIVAÇÃO

Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos
fundamentos jurídicos, quando:

Neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;

Imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções;

Decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública;

Dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório;

Decidam recursos administrativos;

Decorram de reexame de ofício;

Deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de pareceres,


laudos, propostas e relatórios oficiais;

Importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato administrativo.

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FIQUE ATENTO!
A motivação deve ser explícita, clara e congruente, podendo consistir em declaração de
concordância com fundamentos de anteriores pareceres, informações, decisões ou
propostas, que, neste caso, serão parte integrante do ato.
Na solução de vários assuntos da mesma natureza, pode ser utilizado meio mecânico
que reproduza os fundamentos das decisões, desde que não prejudique direito ou garantia
dos interessados.
A motivação das decisões de órgãos colegiados e comissões ou de decisões orais constará
da respectiva ata ou de termo escrito.
DICA 76
DA DESISTÊNCIA E OUTROS CASOS DE EXTINÇÃO DO PROCESSO
O interessado poderá, mediante manifestação escrita, desistir total ou parcialmente
do pedido formulado ou, ainda, renunciar a direitos disponíveis.
FIQUE ATENTO!
O interessado poderá renunciar direitos disponíveis. Se a questão mencionar direitos
indisponíveis, ela estará errada.
Havendo vários interessados, a desistência ou renúncia atinge somente quem a tenha
formulado.
A desistência ou renúncia do interessado, conforme o caso, não prejudica o
prosseguimento do processo, se a Administração considerar que o interesse público
assim o exige.
O órgão competente poderá declarar extinto o processo quando exaurida sua finalidade
ou o objeto da decisão se tornar impossível, inútil ou prejudicado por fato superveniente.
DICA 77
DA ANULAÇÃO, REVOGAÇÃO E CONVALIDAÇÃO
A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade,
e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos
adquiridos.

Anulação
Vício de legalidade
(deve)

Revogação Conveniência ou
oportunidade
(pode)

O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos


favoráveis para os destinatários decai em 5 anos, contados da data em que foram
praticados, salvo comprovada má-fé.
No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo de decadência contar-se-á da percepção
do primeiro pagamento.

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FIQUE ATENTO!
Em decisão na qual se evidencie NÃO acarretarem lesão ao interesse público nem
prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser
convalidados pela própria Administração.

MEMORIZE!
São requisitos do Ato Administrativo:
Competência
Finalidade
Forma (elementos vinculados)
Motivo
Objeto (elementos discricionários)
Caso haja algum vício nesses elementos estar-se-á diante de um vício de legalidade que
enseja a anulação do ato, salvo quando tratar-se de vício relativo nos elementos
competência e forma que são passíveis de convalidação.
Conclusão: São passíveis de convalidação/correção somente os vícios relativos aos
elementos competência e forma.

DICA: Para convalidar o vício de legalidade do ato administrativo eu preciso ter FOCO
(FO de FORMA + CO de competência).
DICA 78
DO RECURSO ADMINISTRATIVO
Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões de legalidade e de mérito.

O recurso será dirigido à autoridade que proferiu a decisão, a qual, se não a reconsiderar
no prazo de 5 dias, o encaminhará à autoridade superior.
Salvo exigência legal, a interposição de recurso administrativo independe de caução.
FIQUE ATENTO!
Se o recorrente alegar que a decisão administrativa contraria enunciado da súmula
vinculante, caberá à autoridade prolatora da decisão impugnada, se não a reconsiderar,
explicitar, antes de encaminhar o recurso à autoridade superior, as razões da
aplicabilidade ou inaplicabilidade da súmula, conforme o caso.
DICA 79
DO RECURSO ADMINISTRATIVO
O recurso administrativo tramitará no máximo por 3 instâncias administrativas, salvo
disposição legal diversa.

Recurso Tramitará no máximo por 3


administrativo instâncias administrativas

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Quem tem legitimidade para interpor recurso administrativo?

Os titulares de direitos e interesses que forem parte no processo;

Aqueles cujos direitos ou interesses forem indiretamente afetados pela decisão


recorrida;

As organizações e associações representativas, no tocante a direitos e interesses


coletivos;

Os cidadãos ou associações, quanto a direitos ou interesses difusos.


DICA 80
DO RECURSO ADMINISTRATIVO
Salvo disposição legal específica, é de 10 dias o prazo para interposição de recurso
administrativo.
O prazo para a interposição do recurso é contado a partir de quando?
Contado a partir da ciência ou divulgação oficial da decisão recorrida.
Qual o prazo para que o recurso seja decidido?
Quando a lei não fixar prazo diferente, o recurso administrativo deverá ser decidido no prazo
máximo de 30 dias, a partir do recebimento dos autos pelo órgão competente.
FIQUE ATENTO!
O prazo para decidir o recurso poderá ser prorrogado por igual período, ante justificativa
explícita.

Prazo para interposição 10 dias


do recurso

Prazo para decidir o 30 dias, podendo ser prorrogado


recurso por igual período, desde que
justificado

DICA 81
DO RECURSO ADMINISTRATIVO
O recurso interpõe-se por meio de requerimento no qual o recorrente deverá expor os
fundamentos do pedido de reexame, podendo juntar os documentos que julgar
convenientes.
Salvo disposição legal em contrário, o recurso não tem efeito suspensivo.
Dica: Isso cai muito em prova candidato, então decore. O recurso administrativo NÃO
tem efeito suspensivo, salvo disposição legal em sentido diverso.

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Regra: não possui efeito


Recurso suspensivo
Administrativo
Exceção: disposição legal em
contrário

FIQUE ATENTO!
Havendo justo receio de prejuízo de difícil ou incerta reparação decorrente da execução, a
autoridade recorrida ou a imediatamente superior poderá, de ofício ou a pedido, dar efeito
suspensivo ao recurso.
DICA 82
DO RECURSO ADMINISTRATIVO

O recurso não será conhecido quando interposto:

Fora do prazo;

Perante órgão incompetente;

Por quem não seja legitimado;

Após exaurida a esfera administrativa.


TOME NOTA! Caso o recurso seja interposto perante órgão incompetente, será indicada
ao recorrente a autoridade competente, sendo-lhe devolvido o prazo para recurso.

O não conhecimento do recurso não impede a Administração de rever de ofício o


ato ilegal, desde que não ocorrida preclusão administrativa.
DICA 83
PRIORIDADE NA TRAMITAÇÃO

Terão prioridade na tramitação, em qualquer órgão ou instância, os procedimentos


administrativos em que figure como parte ou interessado:

Pessoa com idade igual ou superior a 60 anos;

Pessoa portadora de deficiência, física ou mental;

pessoa portadora de tuberculose ativa, esclerose múltipla, neoplasia maligna,


hanseníase, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson,
espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, hepatopatia grave, estados avançados da
doença de Paget (osteíte deformante), contaminação por radiação, síndrome de
imunodeficiência adquirida, ou outra doença grave, com base em conclusão da medicina
especializada, mesmo que a doença tenha sido contraída após o início do processo.
FIQUE ATENTO! Deferida a prioridade, os autos receberão identificação própria que
evidencie o regime de tramitação prioritária.
DICA 84
AGENTES PÚBLICOS - CONCEITO
Agente público: todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem
remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma
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de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função na administração pública
direta ou indireta;
Aquele que exerce Ainda que
Agente mandato, cargo, transitoriamen
público emprego ou função te ou sem
na adm pública remuneração

DICA 85
AGENTES PÚBLICOS - ESPÉCIES E CLASSIFICAÇÃO

Os agentes públicos se classificam em:

Agentes políticos: titulares dos cargos estruturais à organização política do Estado.


São agentes políticos: Chefes dos Poderes executivos, Senadores, Deputados, Vereadores,
membros da Magistratura e do Ministério Público.

Servidores públicos:

Em sentido amplo: pessoas físicas que prestam serviços ao Estado e às entidades da


Administração Indireta, com vínculo empregatício e mediante remuneração paga pelos
cofres públicos.
Estatutários ou servidor público em sentido estrito: titulares de cargo público efetivo
e em comissão, com regime jurídico estatutário, integrantes da Administração Direta,
autarquias e fundações públicas com personalidade jurídica de Direito Público.
Empregados públicos: regidos pela CLT, não ocupam cargo público e não possuem
estabilidade, mas submetem-se às normas constitucionais referentes a requisitos do cargo,
investidura, acumulação, vencimentos entre outros. Enquadram-se no regime geral da
previdência tais como comissionados e temporários. Com exceção das funções de
direção e de confiança das pessoas jurídicas da Administração Indireta, os empregados
públicos são admitidos mediante concurso público ou processo seletivo;
Temporários: exercem função sem vinculação a cargo ou emprego público e são
submetidos a regime jurídico especial a ser disciplinado em lei de cada unidade da
federação.
Militares: pessoas físicas que prestam serviços às Forças Armadas (Exército, Marinha
e Aeronáutica), e às Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares dos Estados,
Distrito Federal e Territórios, com vínculo estatutário sujeito a regime jurídico próprio,
mediante remuneração paga pelo Governo.
Particulares em colaboração com o poder público: exercem função pública,
entretanto, não deixam de ser particulares. São os requisitados, que exercem munus
público e são os recrutados para o serviço militar obrigatório; os jurados e os que
trabalham nos cartórios eleitorais; os concessionários e os permissionários de serviços
públicos;

Ponto de suma importância: A vinculação dos agentes políticos com o aparelho


governamental não é profissional, entretanto institucional e estatutária.

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DIREITO AMBIENTAL
DICA 86
RESÍDUOS SÓLIDOS E REJEITOS
Resíduo sólido é todo material, substância, objeto ou bem descartado resultante de
atividades humanas em sociedade, nos estados sólido ou semissólido, bem como gases
contidos em recipientes e líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento
na rede pública de esgotos ou em corpos d’água, ou exijam para isso soluções técnica ou
economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia disponível.

Como exemplo podemos citar: lixo doméstico, sobras de construção civil, restos de
podas, subprodutos industriais sólidos, lodo de tratamento de efluentes, lixo hospitalar, lixo
tóxico e radiativo.

Rejeitos são os resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as possibilidades de


tratamento e recuperação por processos tecnológicos disponíveis e economicamente
viáveis, não apresentem outra possibilidade que não a disposição final ambientalmente
adequada.
DICA 87
DESTINAÇÃO FINAL AMBIENTALMENTE ADEQUADA E DISPOSIÇÃO FINAL
AMBIENTALMENTE ADEQUADA

Destinação final ambientalmente adequada: destinação de resíduos que inclui a


reutilização, reciclagem, compostagem, recuperação, aproveitamento energético ou outras
destinações admitidas pelos órgãos competentes, observando normas operacionais
específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar
os impactos ambientais adversos.

Disposição final ambientalmente adequada: distribuição ordenada de rejeitos em


aterros, observando normas operacionais específicas de modo a evitar danos ou riscos à
saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos;
DICA 88
DA REUTILIZAÇÃO E DA RECICLAGEM

Reutilização: é o processo de aproveitamento dos resíduos sólidos sem sua


transformação biológica, física ou físico-química.

Reciclagem: é o processo de transformação dos resíduos sólidos que envolve a


alteração de suas propriedades físicas, físico-químicas ou biológicas, com vistas à
transformação em insumos ou novos produtos.
DICA 89
DA LOGÍSTICA REVERSA E PADRÕES SUSTENTÁVEIS DE PRODUÇÃO E CONSUMO

A Logística reversa é o instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado


por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a
restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo
ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada.

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Já os chamados padrões sustentáveis de produção e consumo são a produção e


consumo de bens e serviços de forma a atender as necessidades das atuais gerações e
permitir melhores condições de vida, sem comprometer a qualidade ambiental e o
atendimento das necessidades das gerações futuras.
DICA 90
DAS FORMAS PROIBIDAS DE DESTINAÇÃO OU DISPOSIÇÃO FINAL DE RESÍDUOS
SÓLIDOS OU REJEITOS

São expressamente proibidos no Brasil:

O lançamento de resíduos sólidos em praias, mar, cursos d’água ou quaisquer corpos


hídricos;

O lançamento de resíduos sólidos in natura a céu aberto, excetuados os resíduos de


mineração;

A queima a céu aberto ou em recipientes, instalações e equipamentos não licenciados


para essa finalidade;

A utilização dos rejeitos dispostos como alimentação;

A permissão de catação, moradia ou criação de animais dentro dos aterros;

A importação de resíduos sólidos poluentes ou perigosos e de rejeitos, ainda que


para tratamento, reforma, reuso, reutilização ou recuperação.

ATENÇÃO!!

É proibida a importação de resíduos sólidos perigosos e rejeitos, bem como de resíduos


sólidos cujas características causem dano ao meio ambiente, à saúde pública e animal e
à sanidade vegetal, ainda que para tratamento, reforma, reúso, reutilização ou
recuperação.

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DIREITO CIVIL

DICA 91
PRINCÍPIOS DO DIREITO DE FAMÍLIA

Dignidade da Pessoa O valor essencial e fundamental do sistema é a pessoa


Humana humana, que tende a prevalecer sobre os demais valores
protegidos (art. 1º, III, CF).

Os filhos possuem os mesmos direitos, independentemente de


serem biológicos, adotados ou unilaterais (art. 227, § 6º, CF).
Igualdade Os direitos e deveres da relação conjugal são iguais seja para
o homem ou a mulher (art. 227, § 5º, CF).

Princípio da não Livre manifestação da vontade quanto à união ou dissolução


Intervenção da relação.

Solidariedade Determina a atenção e o compromisso com o outro. Significa


Familiar a necessidade de solidariedade entre familiares (agir efetivo).

Proteção Integral e o Garantia do desenvolvimento integral do menor.


Melhor Interesse da
Criança e do
Adolescente

Afetividade O vínculo familiar constitui mais um vínculo de afeto do que


um vínculo biológico. Assim, surge uma nova forma de
parentesco civil, a parentalidade socioafetiva.

DICA 92
CASAMENTO
É o vínculo constituído pela manifestação comum e solene da vontade de homem e mulher,
que perante representante do Estado manifestam a intenção de instituírem vida em comum.
O Enunciado nº 601, aprovado na VII Jornada de Direito Civil, afirma que é existente e
válido o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Princípios norteadores do casamento:

Monogamia - A pessoa casada está impedida de novo casamento, gerando a nulidade


absoluta do segundo (art. 1.548, II do CC).

Liberdade de Escolha - salvo impedimentos matrimoniais, a pessoa é livre para


contrair casamento com quem desejar (art. 1.513, CC).

Comunhão plena de vida - o casamento estabelece a comunhão plena de vida, aliada


à igualdade de direitos e deveres entre cônjuges (art. 1.511, CC).

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DICA 93
HABILITAÇÃO DO CASAMENTO
É o procedimento instaurado no Cartório de Registro Civil para avaliar se os nubentes
possuem os requisitos essenciais ao casamento. Caso esteja em ordem a
documentação, o oficial extrairá o edital, que se afixará durante 15 dias nas circunscrições
do Registro Civil de ambos os nubentes, e, obrigatoriamente, se publicará na imprensa local,
se houver (art. 1.527, CC).
IMPORTANTE! A habilitação terá́ eficácia de 90 dias, a contar da data em que foi
extraído o certificado (art. 1.532, CC).
DICA 94
CELEBRAÇÃO
Solenidade presidida pelo representante do Estado (juiz de paz) com a finalidade de colher
a declaração expressa dos nubentes, conferindo assim a alteração do registro civil de ambos
(art. 1.532, CC).

O local da celebração pode ser:

Cartório de Registro de pessoas naturais (com 2 testemunhas, feito de portas


abertas, com ampla publicidade).

Edifício particular (realizado de portas abertas para ampla publicidade. Necessária a


assinatura de 4 testemunhas).
OBS: Também é necessária a existência de 4 testemunhas quando um dos contraentes
não souber ou não puder escrever.
DICA 95
SUSPENSÃO DA CELEBRAÇÃO
Recentemente, um vídeo bastante assistido nas redes sociais mostra um casamento civil
sendo cancelado pelo juiz depois da noiva fazer uma brincadeira no decorrer da cerimônia
na hora de falar o sim. Mas o que suspende uma celebração de casamento:

A celebração será imediatamente suspensa quando:

Um dos contraentes afirmar que se recusa a casar;

Um dos contraentes declarar que seu aceite não é livre e espontâneo;

Um dos contraentes manifestar que está arrependido.

OBS: O nubente que der causa à suspensão do ato, não será́ admitido a retratar-
se no mesmo dia (art. 1.538, § único, CC).

DICA 96
CASAMENTO NUNCUPATIVO
O casamento nuncupativo ocorre quando um dos contraentes estiver em extremo risco de
vida, não conseguindo a presença de autoridade competente ou seu substituto. Nesse caso,
o casamento poderá ser celebrado na presença de 6 testemunhas que não possuam grau

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de parentesco em linha reta ou colateral, até o 2º grau (art. 1.540, CC). Após a celebração,
as testemunhas possuem prazo de 10 dias para se apresentar à autoridade local.
DICA 97
CASAMENTO POR PROCURAÇÃO
O casamento poderá́ ser celebrado por procuração feita por instrumento público, com
poderes especiais (art. 1.542, CC).
Não pode ser conferida pelo nubente em casamento nuncupativo.
O mandato terá́ eficácia de 90 dias.
A revogação do mandato não necessita chegar ao conhecimento do mandatário; mas,
celebrado o casamento sem que o mandatário ou o outro contraente tivessem ciência da
revogação, responderá o mandante por perdas e danos.
DICA 98
CASAMENTO RELIGIOSO
O casamento religioso com efeitos civis (art. 226, § 2º, CF) poderá́ ser celebrado por
qualquer autoridade religiosa, independente da religião (Estado Laico). O casamento
religioso, uma vez registrado no registro próprio, produz efeitos a partir da data de sua
celebração (art. 1.515, CC).

ATENÇÃO!!

O casamento religioso precedido por processo de habilitação deve ser registrado no prazo
de 90 dias, contados de sua realização; já o casamento religioso não precedido por
processo de habilitação terá́ efeitos civis se, a requerimento do casal, for registrado, a
qualquer tempo, no registro civil, mediante prévia habilitação perante a autoridade
competente. Nesse caso, deve ser respeitado o prazo de 90 dias, contados de quando foi
extraído o certificado para a eficácia dessa habilitação (art. 1.532, CC).

DICA 99
CASAMENTO NULO
É nulo o casamento realizado entre (1.521, CC):

Os ascendentes com os descendentes, seja parentesco natural ou civil;

Os afins em linha reta (sogro ou sogra com genro ou nora);

O adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi
adotante;

Os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais, até o terceiro grau


inclusive;

O adotado com o filho do adotante;

As pessoas casadas;

O cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de


homicídio contra o seu consorte.

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DICA 100
CAUSAS SUSPENSIVAS DO CASAMENTO

São causas suspensivas do casamento:

o viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não fizer inventário dos
bens do casal e der partilha aos herdeiros;

a viúva, ou a mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou ter sido anulado, até dez
(10) meses depois do começo da viuvez, ou da dissolução da sociedade conjugal;

o divorciado, enquanto não houver sido homologada ou decidida a partilha dos bens do
casal;

o tutor ou o curador e os seus descendentes, ascendentes, irmãos, cunhados ou


sobrinhos, com a pessoa tutelada ou curatelada, enquanto não cessar a tutela ou curatela,
e não estiverem saldadas as respectivas contas.
IMPORTANTE: Caso ocorra o casamento sob causa suspensiva, a penalidade aplicada
é a imposição do regime de separação legal (obrigatória) de bens (art. 1.641, I, CC).
DICA 101
CASAMENTO ANULÁVEL
ATENTE-SE: Para a decretação da anulação do casamento em questão é necessário
sentença judicial em ação proposta, em regra, só pelo cônjuge prejudicado, seus pais ou
representantes legais.

Os efeitos do casamento anulado perduram até a decretação da anulação.

Hipóteses de anulação do casamento (art. 1.550, CC):

de quem não completou a idade mínima para casar-se (16 anos) - prazo decadencial
de 180 dias;

do menor em idade núbil (entre 16 e 18 anos), quando não autorizado por seu
representante legal - prazo decadencial de 180 dias;

por vício da vontade (coação, erro sobre a pessoa do outro cônjuge) prazo decadencial
de 3 anos;

do incapaz de consentir ou manifestar, de modo inequívoco, o consentimento (ébrios


habituais e viciados em tóxico) - prazo decadencial de 180 dias;
→ realizado pelo mandatário, sem que ele ou o outro contraente soubesse da
revogação

do mandato, e não sobrevindo coabitação entre os cônjuges - prazo decadencial


de 180 dias;

→ por incompetência da autoridade celebrante – prazo decadencial de 2 anos.

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DICA 102
CASAMENTO PUTATIVO
O casamento putativo é denominado como o casamento da imaginação. Trata-se do
casamento que embora nulo ou anulável, nunca inexistente, gera efeitos em relação ao
cônjuge que esteja de boa-fé subjetiva (ignorando o motivo de nulidade ou anulação).

São três as regras fundamentais (art. 1.562, CC):

Havendo boa-fé́ de ambos os cônjuges, o casamento gera efeitos em relação a estes


e os filhos, até o trânsito em julgado da sentença de nulidade ou anulação.

Havendo boa-fé́ de apenas um dos cônjuges, o casamento somente gera efeitos para
este e para os filhos do casal.

Havendo má́-fé́ de ambos os cônjuges, o casamento somente gera efeitos para os


filhos.
DICA 103
REGIME DE BENS
A escolha do regime de bens é realizada no momento do procedimento de habilitação
do casamento e, a depender do regime, faz-se necessária à realização de pacto
antenupcial. Além disso, o rol de regime de bens é exemplificativo, permitindo, assim,
que os nubentes criem seu próprio regime, desde que resguardadas as garantias e direitos
fundamentais.
TOME NOTA: Conforme o art. 1.640, CC, caso não haja convenção, ou sendo ela
nula ou ineficaz, vigorará o regime da comunhão parcial (regime suplementar).
DICA 104
REGIME DA SEPARAÇÃO LEGAL OU OBRIGATÓRIA

O regime da separação legal ou obrigatória de bens no casamento, ocorre nas seguintes


hipóteses (art. 1.641, CC):

entre pessoas que contraíram o matrimônio com inobservância das causas suspensivas
da celebração do casamento;

entre pessoa maior de 70 (setenta) anos;

de todos os que dependerem, para casar, de suprimento judicial.


DICA 105
OUTORGA MARITAL OU UXÓRIA
Existem determinados atos da vida civil que necessitam da outorga (autorização) do outro
cônjuge para terem validade (art. 1.648, CC).

São eles:

alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis;

pleitear, como autor ou réu, acerca desses bens ou direitos;

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São eles:

prestar fiança ou aval;

fazer doação, não sendo remuneratória, de bens comuns, ou dos que possam integrar
futura meação.
IMPORTANTE! O juiz pode suprir a outorga, quando um dos cônjuges a denegue sem
motivo justo, ou lhe seja impossível concedê-la.
DICA 106
REGIME DA COMUNHÃO PARCIAL DE BENS
O regime da comunhão parcial de bens prevê a constituição de patrimônio comum,
separada do patrimônio individual, existente antes da constituição do casamento. Salvo
exceções, toda aquisição onerosa ensejará em obtenção de patrimônio comum.

Bens que se excluem da comunhão (art. 1.649, CC):

bens levados por cada um dos cônjuges ao casamento (bens particulares); os que
sobrevierem por doação, ou sucessão; e os sub-rogados em seu lugar;

bens adquiridos com valores exclusivamente pertencentes a um dos cônjuges em sub-


rogação dos bens particulares;

obrigações anteriores ao casamento;

as obrigações decorrentes de atos ilícitos, salvo reversão em proveito do casal;

os bens de uso pessoal, os livros e instrumentos de profissão;

os proventos do trabalho pessoal de cada cônjuge;

as pensões, meios-soldos, montepios e outras rendas semelhantes.

DICA 107
BENS COMUNICÁVEIS
Os bens comunicáveis constituem o patrimônio comum do casal.

São eles:

os bens adquiridos com constância do casamento por título oneroso, ainda que só́ em
nome de um dos cônjuges;

os bens adquiridos por fato eventual, com ou sem o concurso de trabalho ou despesa
anterior;

os bens adquiridos por doação, herança ou legado, em favor de ambos os cônjuges;

as benfeitorias em bens particulares de cada cônjuge;

os frutos dos bens comuns, ou dos particulares de cada cônjuge, percebidos na


constância do casamento, ou pendentes ao tempo de cessar a comunhão.
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DICA 108
REGIME DA COMUNHÃO UNIVERSAL
É a constituição de um único e universal patrimônio com tudo que os cônjuges levaram para
o casamento individualmente e de tudo quanto seja adquirido ao longo da sociedade
conjugal a qualquer título. Necessita de realização de pacto antenupcial.

Existem exceções quanto a essa comunicabilidade (art. 1.668, CC):

bens doados ou herdados com cláusula de incomunicabilidade;

os bens gravados de fideicomisso e o direito do herdeiro fideicomissário antes de


realizada a condição suspensiva;

as dívidas anteriores ao casamento, salvo se provierem de despesas com seus


aprestos (bens que trouxe ao casamento), ou reverterem em proveito comum;

as doações antenupciais feitas por um dos cônjuges ao outro com a cláusula de


incomunicabilidade;

os bens de uso pessoal, proventos do trabalho, pensões etc.

DICA 109
REGIME DA SEPARAÇÃO DE BENS

Não permite a comunicabilidade patrimonial ao longo do casamento, de maneira que os


patrimônios seguem sendo individuais.

Ambos os cônjuges são obrigados a contribuir para as despesas do casal na proporção


dos rendimentos de seu trabalho e de seus bens, salvo estipulação em contrário no pacto
antenupcial (art. 1.668, CC)

Compete a cada um dos cônjuges a administração de seus próprios bens.


DICA 110
PARTICIPAÇÃO FINAL DOS AQUESTOS
Nesse regime, os cônjuges optam por, ao longo da sociedade conjugal, manter os
patrimônios próprios afastados. No entanto, estabelecem o direito a meação no
patrimônio adquirido na constância do casamento, apurados ao término da relação conjugal
(art. 1.672 e ss. CC). É necessário pacto antenupcial para essa modalidade de regime de
bens.

Excluem-se da soma dos aquestos (art. 1674, CC):

os bens anteriores ao casamento e os que em seu lugar se sub-rogaram;

os que sobrevieram a cada cônjuge por sucessão ou liberalidade;

as dívidas relativas a esses bens.

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DICA 111
DISSOLUÇÃO DA SOCIEDADE CONJUGAL
O rompimento/desconstituição do vínculo conjugal acontece por meio do divórcio, que é
regido pela Emenda Constitucional nº 66/2010.

Para requerer o divórcio:

Não é necessário prazo mínimo para estar casado;

Não há necessidade de testemunhas;

Não há aferição da culpa, decorrente da violação de deveres conjugais.


DICA 112
DIVÓRCIO E SEPARAÇÃO JUDICIAL

Tanto o divórcio quanto a separação pode ser:

Litigiosa: quando há conflitos nas questões patrimoniais.

Consensual: quando há comum acordo entre os envolvidos. Pode ser feito em cartório,
desde que não haja filhos menores ou incapazes.
OBS: Havia uma divergência doutrinária após a edição da EC 66/2010, alegando que a
separação judicial havia desaparecido do ordenamento jurídico. Desse modo, apenas seria
possível romper o vínculo da sociedade conjugal através do divórcio ou da morte.
Entretanto, o CPC/15 faz referência à separação judicial em diversas oportunidades e,
segundo orientação do STJ, a separação judicial convive ao lado divórcio, sendo uma
faculdade do casal.
DICA 113
UNIÃO ESTÁVEL
É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher,
configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o
objetivo de constituição de família (art. 1.723, CC).

Requisitos:

✓ Convivência pública: é aquela que o casal frequenta os mesmos ambientes e se


apresenta como marido e mulher.

✓ Contínua e duradoura: entende-se como sendo uma relação estável, sem intervalos.

✓ Affectio maritalis: objetivo de constituir família (elemento subjetivo caracterizador da


união estável).

OBS: Para a configuração da união estável não se exige: a convivência no mesmo


teto; nem mesmo a existência de filhos comuns.

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DICA 114
OUTORGA UXÓRIA NA UNIÃO ESTÁVEL
MUITO IMPORTANTE!
Caso a pessoa conviva em união estável, sob o regime da comunhão parcial de bens, e
ocorra atos de disposição patrimonial sem o consentimento do companheiro, via de regra,
não será possível invalidar o negócio jurídico. A menos que seja possível demonstrar que
havia ciência inequívoca da outra parte quanto à existência da união estável. Ressalta-
se que o art. 1.647, CC (outorga uxória) se refere apenas ao casamento, não havendo
extensão para atingir a união estável. Para solucionar essa temática, o STJ tem prezado
pela boa-fé objetiva (e seus deveres anexos), a publicidade, a confiança e lealdade.
DICA 115
CONCUBINATO
Conforme posicionamento do STJ, quando há casamento e união estável simultânea, a
orientação que prevalece é pelo não reconhecimento da união estável, quando se tem
conhecimento da existência do casamento. Nesse caso é configurado o concubinato.
OBS: O concubinato está definido no artigo 1.727, CC, e não pode ser considerado
como entidade familiar. Assim, a lei trata como concubinato a relação não eventual
entre o homem e a mulher, impedidos de casar.
DICA BÔNUS
MULTIPARENTALIDADE
A multiparentalidade é reconhecimento concomitante entre uma pessoa e dois indivíduos,
sendo um ligado por vínculo afetivo e outro por um vínculo biológico e, ambos, tidos como
pais. Uma pessoa poderia, por exemplo, ter uma mãe, um pai de laço oriundo da afetividade
e outro de proveniente da consaguinidade.
Exemplo: Ana casa-se com Begônio, que registra o filho de Ana, chamado Barry.
Barry, depois da maioridade, descobre que o seu pai biológico é Meliodas, que nunca teve
qualquer conhecimento deste nascimento. Desejando conhecer suas origens consanguíneas,
Barry ajuíza ação de investigação de paternidade, demonstrando o vínculo biológico.
Meliodas fica bastante surpreso e decide averbar a paternidade no registro de nascimento
do filho. Entretanto, o mesmo já possui filiação registral. Logo, requer ao juízo que o filho,
que possui laços afetivos com o pai registral, Begônio, tenha acrescido em sua certidão de
nascimento, a filiação biológica.
Logo, Barry será filho de Begônio e Meliodas, uma vez que as duas figuras foram,
devidamente, reconhecidas.

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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
DICA 116
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE- LEI HENRY BOREL
A lei Henry Borel trouxe uma série de disposições de extrema importância. Uma delas é
o fato de que os conselhos tutelares ganharam mais autonomia, pois a lei traz novas
atribuições para o conselho Tutelar, no artigo 136 do ECA, o que eram 12 , e agora passam
a ser 20 atribuições.
Uma destas atribuições é adotar, na esfera de sua competência, ações articuladas e efetivas
direcionadas à identificação da agressão, à agilidade no atendimento da criança e do
adolescente vítima de violência doméstica e familiar e à responsabilização do agressor.
DICA 117
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE - LEI HENRY BOREL
Outra atribuição trazida pela lei Henry Borel é representar à autoridade judicial ou ao
Ministério Público para requerer a concessão de medidas cautelares direta ou
indiretamente relacionada à eficácia da proteção de noticiante ou denunciante de
informações de crimes que envolvam violência doméstica e familiar contra a criança e o
adolescente.
IMPORTANTE: A lei trouxe o dever de denunciar a violência a qualquer pessoa que
tenha conhecimento dela ou a presencie, e ela pode ser feita pelo Disque 100 da Ouvidoria
Nacional de Direitos Humanos, ao conselho tutelar ou à autoridade policial.
DICA 118
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE - LEI 14.340/2022
PRESTA ATENÇÃO AQUI: Aconteceu também outra mudança no Estatuto da Criança
e do Adolescente, incluindo os parágrafos 3º e 4º, no artigo 157 deste estatuto:

§ 3º A concessão da liminar será, preferencialmente, precedida de entrevista da criança


ou do adolescente perante equipe multidisciplinar e de oitiva da outra parte, nos termos
da Lei nº 13.431, de 4 de abril de 2017.
§ 4º Se houver indícios de ato de violação de direitos de criança ou de adolescente, o juiz
comunicará o fato ao Ministério Público e encaminhará os documentos pertinentes.

Mas o que mudou? Quando ocorrer motivo grave, o juiz da Justiça da Infância e
Juventude), após ouvido o Ministério Público, decretará a suspensão do poder familiar de
forma liminar ou incidental, até o julgamento definitivo da causa.
DICA 119
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE - OS DELITOS
Um ponto que merece sua atenção é que o ECA segue sempre a regra penal de caráter geral
de que será ação penal pública incondicionada, no caso de não existir uma norma de
fundamentação expressa normatizando que o delito exige representação ou se processa por
meio de queixa-crime.
Outro ponto ainda que merece sua atenção é que compete à JUSTIÇA ESTADUAL julgar
os crimes trazidos no ECA.
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IMPORTANTE: Só cabe à justiça federal julgar os crimes do ECA incidindo as hipóteses
do art. 109 da CF/88.
DICA 120
O MENOR EMANCIPADO PODE SER SUJEITO PASSIVO DOS CRIMES PREVISTOS NO
ECA?
Sim! Mesmo que esteja emancipado, o adolescente está perfeitamente enquadrado na
figura de ofendido, sendo vítima.
E por qual razão? Nós adotamos critério biológico (idade real).
IMPORTANTE: Existem 3 tipos de emancipação:

Voluntária

Judicial

Legal

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CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR
DICA 121
DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA

O direito do consumidor prevê, em seu art. 28, CDC, a possibilidade de se desconsiderar


a existência da pessoa jurídica que praticar atos em detrimento dos consumidores em
situações específicas, que são:

Abuso de direito;

excesso de poder;

infração da lei, fato ou ato ilícito;


ou violação dos estatutos ou contrato social.
FIQUE ATENTO!

A desconsideração também será efetivada quando houver falência, estado de


insolvência, encerramento ou inatividade da pessoa jurídica provocados por má
administração.

Também poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua personalidade for,
de alguma forma, obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados aos consumidores

Em suma, o Direito do Consumidor adota a teoria menor da desconsideração sendo


suficiente demonstrar a insolvência da pessoa jurídica, pois o risco empresarial deve ser
suportado pelos sócios do empreendimento e não pelo consumidor.
Já o Direito Civil adota a teoria maior da desconsideração, nos termos do art.50,
CC/02, exigindo-se, além da prova da insolvência, ou a demonstração de desvio de
finalidade ou a demonstração de confusão patrimonial. Para caracterização da teoria menor,
por sua vez, regra excepcional, basta a prova de insolvência da pessoa jurídica.
DICA 122
DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA

Quanto à responsabilidade pelas obrigações decorrentes do Código de Defesa do


Consumidor, verifica-se que:
As sociedades integrantes dos grupos societários e as sociedades controladas,
são subsidiariamente responsáveis pelas obrigações decorrentes deste código.
Segundo a Lei de Sociedade Anônimas - Sociedades controladoras são aquelas em que a
controladora, direta ou através de controladas, é titular de direitos de socio que lhe
assegurem, de modo permanente, preponderância nas deliberações sociais e poder de
eleger a maioria dos administradores.
As sociedades consorciadas são solidariamente responsáveis pelas obrigações
decorrentes deste código. São aquelas que se associam, conjugando esforços para execução
de um empreendimento.
As sociedades coligadas só responderão por culpa. O CC/02 prevê em seu art. 1099
que as sociedades coligadas são aquelas de cujo capital outra sociedade participe com dez
por cento ou mais, do capital da outra, sem controlá-la.

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DICA 123
DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA
A desconsideração inversa da personalidade jurídica é matéria agora expressa no §3º do
art. 50 do CC/02, também aplicável no ramo do direito do consumidor. Nesse sentido,
o Juiz determina que se atinjam os bens da pessoa jurídica, que foi utilizada pelo sócio para
fins de não cumprimento de obrigações.
Assim, afasta-se a autonomia patrimonial da sociedade para atingir o ente coletivo e seu
patrimônio, de modo a responsabilizar a pessoa jurídica por obrigações do sócio.

Ex.: o cônjuge ou companheiro empresário valer-se de pessoa jurídica por ele controlada,
ou de interposta pessoa física, a fim de subtrair do outro cônjuge ou companheiro direitos
oriundos da sociedade afetiva" (REsp 1.236.916-RS).

Ex.: marido (ou companheiro) que transfere todos os seus bens para a sociedade
empresária a fim de não ter que dividir seu patrimônio no divórcio ou dissolução da união
estável.
DICA 124
PRÁTICAS COMERCIAIS
São diversas as práticas comerciais previstas no Código de Defesa do Consumidor, que são
regulamentadas para fins de proteção do consumidor típico ou do consumidor por
equiparação, como aqueles que são protegidos em face de propaganda enganosa, ainda
que não venha a adquirir o produto.
As práticas comerciais são a oferta, publicidade, práticas abusivas, cobrança de dívidas,
banco de dados e cadastros de consumidores, todas as situações devidamente
regulamentadas na seara consumerista.

Em relação à OFERTA, destacam-se os seguintes artigos do CDC:


Toda informação ou publicidade, suficientemente precisa, veiculada por qualquer forma ou
meio de comunicação com relação a produtos e serviços oferecidos ou apresentados, obriga
o fornecedor que a fizer veicular ou dela se utilizar e integra o contrato que vier a ser
celebrado. (art. 30, CDC). Nesse sentido, temos o princípio da vinculação da oferta.
Prometeu, tem que cumprir. (José Geraldo Brito Filomeno). Devem estar presentes a
veiculação da proposta e a informação deve ser precisa, sob pena de não haver a vinculação
da oferta.
CUIDADO! Decisão recente do STJ entendeu pela inadmissibilidade de, diante de erro
grosseiro no carregamento de preços via internet de se entender pelo reconhecimento de
falha na prestação de serviço, até porque a empresa prontamente impediu o lançamento de
valores na fatura de cartão de crédito utilizado, informando com antecedência o
cancelamento do vôo. STJ. 3ª T. REsp 1794991-SE, Rel. Min. Nancy Andrighi, j. 05/05/20
(Info 671).
DICA 125
OFERTA
De acordo com art. 31, CDC, a oferta e apresentação de produtos ou serviços devem
assegurar informações corretas, claras, precisas, ostensivas e em língua portuguesa
sobre suas características, qualidades, quantidade, composição, preço, garantia, prazos de
validade e origem, entre outros dados, bem como sobre os riscos que apresentam à saúde
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e segurança dos consumidores. Nesse sentido, está presente o princípio da
transparência.
As informações de que trata este artigo, nos produtos refrigerados oferecidos ao
consumidor, serão gravadas de forma indelével, ou seja, informações que não podem ser
apagadas.
Os fabricantes e importadores deverão assegurar a oferta de componentes e peças de
reposição enquanto não cessar a fabricação ou importação do produto.
Quando cessar a fabricação ou importação do produto, ainda assim deve ser assegurado
um prazo razoável para reposição, a ser verificado no caso concreto, consoante durabilidade
razoável do produto (vida útil).
DICA BÔNUS
PUBLICIDADE
De acordo com a Doutrina de Flávio Tartuce, a tutela da informação pode ser retirada do
art. 6º, inc. III, da Lei 8.078/1990, que reconhece como direito básico do consumidor
“a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação
correta de quantidade, características, composição, qualidade e preço, bem como sobre os
riscos que apresentem”. Ato contínuo, o inciso seguinte estabelece também como direito
fundamental dos vulneráveis negociais “a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva,
métodos comerciais coercitivos ou desleais, bem como contra práticas e cláusulas abusivas
ou impostas no fornecimento de produtos e serviços” (art. 6º, inc. IV, do CDC). Dessa
forma, o dever de informação está intimamente ligado à proteção contra publicidade
abusiva e enganosa.

Tartuce continua comentando sobre publicidade e recorda que Bruno Miragem apresenta
três princípios fundamentais para a publicidade, a saber:

Princípio da identificação: decorre do art. 36, CDC. A publicidade deve ser veiculada
de tal forma que o consumidor, fácil e imediatamente, a identifique como tal.

Princípio da veracidade: O fornecedor, na publicidade de seus produtos ou serviços,


manterá, em seu poder, para informação dos legítimos interessados, os dados fáticos,
técnicos e científicos que dão sustentação à mensagem. Assim, o fornecedor não poderá
omitir informações de seus produtos ou serviços em face da boa-fé que se espera e
transparência.

Princípio da vinculação: eficácia vinculativa da publicidade e oferta.

O CDC proíbe publicidade enganosa e abusiva e conceitua-as da seguinte forma:


Publicidade enganosa: qualquer modalidade de informação ou comunicação de caráter
publicitário, inteira ou parcialmente falsa, ou, por qualquer outro modo, mesmo por
omissão, capaz de induzir em erro o consumidor a respeito da natureza, características,
qualidade, quantidade, propriedades, origem, preço e quaisquer outros dados sobre
produtos e serviços.

Publicidade abusiva: publicidade discriminatória de qualquer natureza, a que incite


à violência, explore o medo ou a superstição, se aproveite da deficiência de julgamento e
experiência da criança, desrespeita valores ambientais, ou que seja capaz de induzir o
consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa à sua saúde ou segurança.

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ATENÇÃO!

O ônus da prova da veracidade e correção da informação ou comunicação publicitária


cabe a quem as patrocina.

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PROCESSO CIVIL
DICA 126
TEORIA DOS CAPÍTULOS DA SENTENÇA

Segundo esta teoria, o dispositivo de uma sentença é passível de ser dividido em


capítulos, no que a doutrina chama de decomposição ideológica do conteúdo decisório.
Dessa forma, os capítulos são unidades autônomas de um todo que é a sentença.
Uma polêmica existente diz respeito quanto ao trânsito em julgado daquele pedido que não
foi questionado em recurso pela parte.
Muita atenção, pois é um tema polêmico em que STF e STJ já decidiram sobre o tema
e de forma diversa:

Para o STJ: STF:

não há trânsito em julgado parcial,


não é
Admite a formação progressiva da coisa
possível cindir a sentença em
julgada.
capítulos autônomos
para fins de trânsito em julgado.

É firme a jurisprudência desta Corte Mostra-se viável, em face da teoria dos


de capítulos de
impossibilidade de fracionamento da sentença, reconhecer, no instrumento
sentença, sentencial,
com trânsito em julgado parcial, pluralidade de decisões, cada qual incidindo
motivo pelo qual o sobre
trânsito em julgado material somente um objeto autônomo do processo, a
ocorre quando justificar,
esgotadas todas as possibilidades de portanto, na linha de antigo magistério
interposição de jurisprudencial desta Suprema Corte, a
recurso. (STJ, AgInt no REsp possibilidade de formação progressiva da coisa
1.553.568/2020) julgada. (STF, Pleno, ACO 1990/2015)

Portanto, é necessário, além de conhecer sobre essa teoria, atentar para a diferença de
entendimento até então entre STJ e STF.
DICA 127
DA LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA

Quando a sentença condenar ao pagamento de quantia ilíquida, proceder-se-á a sua


liquidação, a requerimento do credor ou do devedor:

por arbitramento, quando determinado pela sentença, convencionado pelas partes ou


exigido pela natureza do objeto da liquidação;

pelo procedimento comum, quando houver necessidade de alegar e provar fato novo.

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ATENTE-SE!
Quando na sentença houver uma parte líquida e outra ilíquida, ao credor é lícito
promover simultaneamente a execução daquela e, em autos apartados, a liquidação desta.
Quando a apuração do valor depender apenas de cálculo aritmético, o credor poderá
promover, desde logo, o cumprimento da sentença.
O Conselho Nacional de Justiça desenvolverá e colocará à disposição dos interessados
programa de atualização financeira.
Na liquidação é vedado discutir de novo a lide ou modificar a sentença que a julgou.

Na liquidação por arbitramento, o juiz intimará as partes para a apresentação de


pareceres ou documentos elucidativos, no prazo que fixar, e, caso não possa decidir de
plano, nomeará perito, observando-se, no que couber, o procedimento da prova pericial.

Na liquidação pelo procedimento comum, o juiz determinará a intimação do


requerido, na pessoa de seu advogado ou da sociedade de advogados a que estiver
vinculado, para, querendo, apresentar contestação no prazo de 15 dias.
A liquidação poderá ser realizada na pendência de recurso, processando-se em autos
apartados no juízo de origem, cumprindo ao liquidante instruir o pedido com cópias das
peças processuais pertinentes.
DICA 128
AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE SENTENÇA (QUERELA NULLITATIS
INSANABILIS)
Trata-se de uma espécie de ação de impugnação autônoma que tem como escopo atacar
os chamados vícios transrescisórios, ou seja, vícios que vão além do prazo da ação
rescisória. Esses vícios são tão graves que transformam o ato judicial em ato inexistente.

Um grande exemplo é a nulidade consistente em vício ou ausência de citação.


DICA 129
SUCEDÂNEOS RECURSAIS
É um meio residual de impugnação das decisões judiciais, consistindo em instrumentos
que fazem as vezes de um recurso.

Como exemplos pode-se citar:


O pedido de reconsideração (não é recurso, tampouco ação de impugnação
autônoma): como não possui natureza recursal, não suspende e nem interrompe o prazo
para interposição de recurso.
Pedido de suspensão da liminar ou segurança (art. 15 da Lei 12.016/09): é um
instrumento utilizado quando há risco de grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à
economia, sendo possível pedir a suspensão de liminar e até sentença.

Correição parcial: visa a emenda de erros ou abusos, quando não há recurso cabível.
DICA 130
PRINCÍPIO DO DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO
Para muitos o maior princípio no que se refere ao direito de revisão das decisões judiciais.
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Apesar de não constar expressamente na constitucional, está implícito no art. 5º, LV da
CR/88, o qual prevê que “aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos
acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos
a ela inerentes.”
Por outro lado, no Pacto de São José da Costa Rica (norma supralegal) está expressamente
consagrado em seu art. 8º.

O duplo grau de jurisdição pode ser dividido em:

Vertical: quando a revisão se dá por órgão hierarquicamente superior.

Horizontal: quando a revisão se dá por órgão da mesma hierarquia, mas de


composição diversa.

Ex.: o Recurso Inominado dos juizados especiais: o julgamento se dá por órgão da


mesma hierarquia, de composição colegiada (3 juízes togados).
OBS.: O princípio do duplo grau de jurisdição não é ilimitado, existem limites legais:
quando o pedido será apreciado pelo próprio órgão julgador.

Ex.: embargos infringentes interpostos em face de sentença de pequeno valor proferida


em execução fiscal.
DICA 131
PRINCÍPIO DA TAXATIVIDADE RECURSAL
Os recursos podem ser criados apenas por lei federal, a qual prevê um rol taxativo de
recursos cabíveis. Assim, Estados e Municípios não podem criar recursos.
Apesar de não poder criar recurso, os Estados podem regulamentar o procedimento desse
recurso.
Aos litigantes também não é dada a possibilidade de instituírem recursos por meio dos
negócios processuais.

En. 20, FPPC. Não são admissíveis os seguintes negócios bilaterais, dentre outros: (...)
acordo para criação de novas espécies recursais.

DICA 132
PRINCÍPIO DA UNIRRECORRIBILIDADE
Também conhecido como singularidade e unicidade recursal.
Segundo esse princípio, para cada decisão que se pretenda impugnar, só haverá um
recurso adequado.

Ex.: sentença é desafiada por apelação; concessão de uma tutela provisória na sentença:
pelo princípio da unicidade, a decisão será absorvida pela sentença e apelável.
Assim sendo, não seria possível atacar uma mesma decisão com recursos distintos.

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Informativo 532 do STJ:

O indeferimento, na prolação da sentença, do pedido de assistência judiciária gratuita é


impugnável por meio de apelação. Isso porque, pelo princípio da unirrecorribilidade,
cada ato decisório só pode ser atacado por um único recurso. Ressalte-se que a hipótese
em análise não se confunde com aquela na qual o pedido de assistência judiciária gratuita
é apreciado em decisão interlocutória, situação em que o recurso cabível será o agravo de
instrumento.
A importância deste princípio é notória quando o próprio CPC/15 o consagra
expressamente no §5º do art. 1.013 do CPC: O capítulo da sentença que confirma,
concede ou revoga a tutela Provisória é impugnável na apelação.
Uma exceção a este princípio é no caso de acórdãos desafiados por RE e REsp. Quando
os acórdãos possuem um esteio constitucional e outro infraconstitucional, há o ônus de
dupla impugnação, não havendo que se falar de faculdade do apelante.
O recurso sequer será recebido se a decisão não tiver sido duplamente recorrida, uma vez
que mesmo que o recorrente fosse vencedor de um recurso especial (fundamento
infraconstitucional, a decisão se manteria firme em um fundamento constitucional
(impugnável via recurso extraordinário).
Neste sentido é a súmula 126 do STJ: É inadmissível Recurso Especial quando o acórdão
recorrido assenta em fundamentos constitucional e infraconstitucional, qualquer deles
suficiente, por si só, para mantê-lo, e a parte vencida não manifesta Recurso
Extraordinário.
Nada impede que a parte interponha um único recurso para atacar mais de uma decisão.
Não sendo vedado por lei ou pelo princípio da unirrecorribilidade a interposição de um
único recurso para impugnar mais de uma decisão, embora não seja comum.

Ex.: Um agravo contra duas decisões interlocutórias proferidas em menos de 15 dias


dentro do mesmo processo.

DICA 133
PRINCÍPIO DA DIALETICIDADE
A parte, ao interpor um recurso, necessita realizar a exposição da fundamentação
recursal e do pedido (anulação, reforma, esclarecimento ou integração da decisão).

O STJ, no informativo 638 tratou sobre o princípio:

Em síntese, pelo Princípio da Dialeticidade deve a parte, ao propor um recurso, apresentar


fundamentação, cujo atendimento pressupõe necessariamente a argumentação
lógica destinada a evidenciar o equívoco da decisão impugnada, ou seja, a parte
tem o dever de expor ao tribunal as razões de fato e de direito pelas quais entende
que a decisão a quo deve ser modificada.
OBS.: Através desse princípio evita-se que na interposição do recurso a parte se limite
a repetir a fundamentação presente na inicial ou contestação, sem apresentar as razões
de impugnação à decisão.

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Informativo 507 do STJ:

É inepta a apelação quando o recorrente deixa de demonstrar os fundamentos de


fato e de direito para a reforma pleiteada ou deixa de impugnar, ainda que em tese, os
argumentos da sentença.
O princípio está previsto em vários recursos:
Art. 1.010. A apelação, interposta por petição dirigida ao juízo de primeiro grau, conterá:
(...) II – a exposição do fato e do direito; III – as razões do pedido de reforma ou de
decretação de nulidade; IV – o pedido de nova decisão.
Art. 1.016. O agravo de instrumento será dirigido diretamente ao tribunal competente,
por meio de petição com os seguintes requisitos: (...) II – a exposição do fato e do direito;
III – as razões do pedido de reforma ou de invalidação da decisão e o próprio pedido;
Art. 1.021 (...) § 1º Na petição de agravo interno, o recorrente impugnará
especificadamente os fundamentos da decisão agravada.

DICA 134
PRINCÍPIO DA VOLUNTARIEDADE
Através desse princípio é possível concluir que para a existência de um recurso deve haver
a vontade da parte, ou seja, o recurso é um ato voluntário.
Assim sendo, para existir um recurso, a parte necessita manifestar sua vontade, sendo está
condição indispensável.
Por assim ser é que não se pode tratar a remessa necessária como um recurso, uma
vez que não se condiciona à vontade das partes.
DICA 135
NOVIDADE FRESQUINHA: STF PERMITE QUE JUÍZES ATUEM EM CASOS DE
CLIENTES DE PARENTES, DESDE QUE EM PROCESSOS DISTINTOS
Recentemente, o STF passou a permitir que magistrados julguem processos de clientes de
seus parentes.
Ponto importante: Não se discute nesta ADI ( que culminou neste entendimento) que não
cabe ao magistrado julgar uma causa em que seus parentes estejam atuando direta ou
indiretamente, já que isto é proibido pelo artigo 144, inciso III e parágrafo 3º, do CPC. O
problema, segundo a AMB ( que ajuizou a ADI), seria o impedimento das causas
patrocinadas por outros advogados do escritório em que eles trabalham.
DICA 136
EXCEÇÕES AO NON REFORMATIO IN PEJUS
Pela non reformatio in pejus não se admite o agravamento da situação do recorrente,
em virtude do seu próprio recurso.
Apesar dessa previsão existem exceções em que esse princípio não é aplicado:

Conhecimento de matéria de ordem pública: em sede de recurso, mesmo que da


própria parte, pode o tribunal reconhecer, por exemplo, que ela era ilegítima, porque se
trata de matéria de ordem pública.
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Esse é o entendimento do STJ, conforme o seguinte julgado:

O julgamento fundado em matéria de ordem pública não se submete à preclusão e


não constitui ofensa ao princípio da vedação à reformatio in pejus. (STJ, AgRg no
Aresp 440.138/2014)
Exemplos de matéria de ordem pública: legitimidade, prescrição, decadência e juros
de mora.
Indeferimento de inicial, seguida de apelação que mantem a sentença e arbitra
honorários (agravamento)

O STJ, no informativo 640 assim decidiu:

Em caso de indeferimento da petição inicial seguida de interposição de apelação e


a integração do executado à relação processual, mediante a constituição de advogado e
apresentação de contrarrazões, uma vez confirmada a sentença extintiva do
processo, é cabível o arbitramento de honorários em prol do advogado do vencedor.

DICA 137
PRINCÍPIO DA COMPLEMENTARIEDADE
O princípio da complementaridade permite que, em algumas situações, a parte
complemente suas razões recursais, afastando a ideia de preclusão consumativa.

Ex.: Embargos de Declaração

Art. 1.024. O juiz julgará os embargos em 5 (cinco) dias. (...)


§ 4º Caso o acolhimento dos embargos de declaração implique modificação da
decisão embargada, o embargado que já tiver interposto outro recurso contra a decisão
originária tem o direito de complementar ou alterar suas razões, nos exatos limites
da modificação, no prazo de 15 (quinze) dias, contado da intimação da decisão dos
embargos de declaração.

DICA 138
DO EFEITO OBSTATIVO DO RECURSO
A interposição do recurso impede/obsta a ocorrência da preclusão e,
consequentemente, do trânsito em julgado e da própria coisa julgada material (na
pendência de prazo recursal ou de julgamento de recurso interposto), esta última ocorrida
quando há sentença de mérito proferida em juízo de cognição exauriente.
Assim sendo, não é apenas o recurso que impede a preclusão, mas o próprio prazo de
interposição (enquanto pendente) também a impede.
DICA 139
DO EFEITO DEVOLUTIVO E SUAS DIMENSÕES
Todos os recursos têm efeito devolutivo, haja vista que se devolve sempre a questão ao
poder judiciário para a reapreciação do tema por ele, geralmente por um órgão superior
hierarquicamente.

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As dimensões desse efeito são:
Dimensão horizontal ou extensão do efeito devolutivo: o recurso devolve à
apreciação do poder judiciário apenas as matérias impugnadas (tantum devolutum quantum
apelatum).
Dimensão vertical ou profundidade do efeito devolutivo: com a delimitação da
matéria a ser devolvida, pela extensão do efeito devolutivo, o recurso devolve todas as
questões, alegações e fundamentações relativas a matéria impugnada para que sejam
apreciadas pelo judiciário, mesmo que ainda não decididas na primeira instância.
A partir do momento em que é voluntariamente delimitada a matéria a ser devolvida pelo
recorrente (dimensão horizontal), deve ser ampla a cognição a ser exercida pelo Tribunal –
efeito devolutivo em sua profundidade – (dimensão vertical), a fim de que o órgão julgador
não esteja adstrito somente ao fundamento adotado pela decisão de 1º grau, mas, ao revés,
que também possa o Tribunal examinar quaisquer questões relacionadas à matéria
impugnada. (STJ, REsp 1.762.249/2018)
DICA 140
DO EFEITO TRANSLATIVO
Por este efeito é possível que o tribunal conheça de ofício matérias de ordem pública, ou
seja, quando se devolve a matéria impugnada, com o efeito translativo do recurso, devolve-
se também toda e qualquer matéria de ordem pública.
Há corrente que defende não haver de fato um efeito translativo e que essa possibilidade
ocorre em razão da dimensão vertical do efeito devolutivo.

Conforme entendimento do STJ: O efeito translativo pode desencadear reforma


para pior, ou seja, agravar a situação do recorrente. Por força do efeito translativo dos
recursos, permite-se que o tribunal conheça, de ofício, de matérias de ordem pública não
havendo falar em reformatio in pejus. (STJ, AgInt no AREsp 848.116/2018)
O efeito translativo pode resultar em piora já que possibilita o conhecimento de matéria de
ofício, ainda que não impugnada. Contudo, para evitar decisão surpresa, é necessária
intimação prévia das partes.
Em relação aos recursos especial e extraordinário, o conhecimento das questões de ordem
pública deve observar o prequestionamento.
DICA 141
DO EFEITO SUBSTITUTIVO

O CPC/15 traz expressamente o efeito substitutivo no seu art. 1.008:


Art. 1.008. O julgamento proferido pelo tribunal substituirá a decisão impugnada no que
tiver sido objeto de recurso.
Com este efeito, o julgamento do órgão ad quem substitui a decisão atacada.
Caso não seja conhecido o recurso não haverá efeito substitutivo.

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Caso o recurso seja conhecido com o julgamento do mérito haverá duas opções:

Se o recorrente alegar error in judicando: erro de juízo/erro de interpretação (busca


reforma da sentença): o recurso terá efeito substitutivo, qualquer que seja a decisão.
O acórdão substituirá a decisão impugnada e será ele executado.

Se o recorrente alegou error in procedendo: erro de procedimento (busca


anulação/cassação do acórdão):
→ Se não for dado provimento ao recurso: há efeito substitutivo (acórdão substitui
a sentença);
→ Se for dado provimento ao recurso (cassa a sentença, manda voltar para primeira
instância para nova decisão), não há efeito substitutivo.

DICA 142
DO EFEITO SUSPENSIVO

Com a interposição do recurso suspende-se a eficácia da decisão recorrida.


Não apenas a interposição de recurso em si, mas a possibilidade de sua interposição (prazo
recursal) tem o efeito suspensivo.
O efeito suspensivo não impede todos os efeitos da decisão, há alguns efeitos da
decisão que não se suspendem, de modo que há eficácia, ainda que que parcial, da decisão
recorrida, ou seja, mesmo com efeito suspensivo, a decisão pode surtir efeitos práticos.

Ex.: a hipoteca judiciária é produzida mesmo que a decisão seja impugnada por recurso
dotado de efeito suspensivo é (art. §1º, III, do CPC).

Em regra os recursos não possuem efeito suspensivo, ou seja, os recursos não têm
efeito suspensivo ope legis como regra, existindo exceções:

Apelação (art. 1.012, CPC).

RE e REsp contra decisão de Incidentes de Resolução de demandas repetitivas (IRDR).


Há casos de efeito suspensivo ope judicis (concedido pelo juiz)

Quando o próprio desembargador/relator concede o efeito, porém, para que isso ocorra
é necessários alguns requisitos:

Risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação (periculum in mora).

Probabilidade de provimento do recurso (fumus boni iuris)


DICA 143
DO EFEITO EXPANSIVO
O efeito expansivo se aplica quando o julgamento do recurso ensejar decisão mais
abrangente do que a matéria impugnada (expansivo objetivo) ou atingir sujeitos que não
participaram do recurso (expansivo subjetivo).

Efeito expansivo objetivo: É quando o julgamento do recurso ensejar decisão mais


abrangente do que a matéria impugnada.
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Efeito expansivo objetivo interno: a decisão atinge capítulos não impugnados da decisão
recorrida. O recorrente ataca um capítulo da decisão, mas acaba atingindo outro.

Ex.: Recorrente ataca a condenação dos danos morais, em caso de provimento, atinge o
capítulo do quantum debeatur.

Efeito expansivo objetivo externo: quando o julgamento do recurso atinge atos


processuais diversos da decisão recorrida, nesse caso, o recorrente ataca uma
sentença, mas atinge outros atos processuais, que não a decisão impugnada.
Ex.: Recorre de uma sentença e seja provido o recurso também são atingidos os atos da
execução provisória tramitando na primeira instância.

Efeito expansivo subjetivo: quando o julgamento do recurso atingir sujeitos que não
participaram do recurso.

Art. 1.005. O recurso interposto por um dos litisconsortes a todos aproveita, salvo se
distintos ou opostos os seus interesses.

DICA 144
DO EFEITO REGRESSIVO
Refere-se à possibilidade de a decisão ser revista pelo próprio órgão julgador.
Alguns recursos no processo civil, como os agravos, têm o efeito regressivo como regra.

Algumas apelações, de forma excepcional também terão efeito regressivo:


Apelação contra a sentença de indeferimento da petição inicial.
Apelação contra a sentença de improcedência liminar do pedido.
Apelação contra sentença que extingue o processo sem resolução de mérito.
DICA 145
DO EFEITO DIFERIDO
Ocorre quando o conhecimento de determinado recurso depende da admissibilidade de
outro recurso.
É encontrado no âmbito do recurso adesivo, uma vez que esse depende da admissibilidade
do recurso principal.

O recurso adesivo, portanto, não se trata de uma modalidade autônoma de interposição


de recurso, mas de uma forma de interposição de recurso.
DICA 146
DOS PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE DOS RECURSO
São os requisitos analisados no recurso antes de adentrar ao mérito, com fulcro de analisar
se o recurso será conhecido ou não.
O debate do mérito enseja o (im) provimento do recurso.

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Os pressupostos se dividem em:

Pressupostos Subjetivos: Legitimidade e Interesse.

Pressupostos Objetivos: Cabimento, Tempestividade, Preparo, Regularidade formal e


Inexistência de fato impeditivo ou extintivo do direito de recorrer.

Podem também ser divididos em:

Pressupostos Intrínsecos: Legitimidade, Interesse, Cabimento e Inexistência de fato


impeditivo ou extintivo do direito de recorrer

Pressupostos Extrínsecos: Tempestividade, Preparo e Regularidade formal.


DICA 147
DA LEGITIMIDADE RECURSAL DO TERCEIRO PREJUDICADO
De acordo com o art. 996 do CPC, além da parte vencida e do MP, o recurso também pode
ser interposto pelo terceiro prejudicado.

Terceiro prejudicado é aquele que não fez parte da relação processual, mas pode
interpor o recurso.
Cumpre ao terceiro demonstrar a possibilidade de a decisão sobre a relação jurídica
submetida à apreciação judicial atingir direito de que se afirme titular ou que possa discutir
em juízo como substituto processual.

Quanto a verba relativa à sucumbência e o direito autônomo do advogado (terceiro


prejudicado), assim decidiu o STJ:

STJ

A verba relativa à sucumbência, a despeito de constituir direito autônomo do advogado,


não exclui a legitimidade concorrente da parte para discuti-la. Precedentes. (STJ,
AgRg no AREsp 637.405/2015)

Exemplos de legitimidade do terceiro prejudicado:


Advogado recorrendo da decisão com relação aos honorários. A parte representada
também é legitimada neste caso.
Litisconsorte necessário não citado.
Agente público em Mandado de Segurança impetrado apenas contra o órgão.

O terceiro prejudicado não possui prazo em dobro.

DICA 148
DO INTERESSE RECURSAL
O interesse recursal é composto pela necessidade somado a utilidade do recurso.

Quanto à necessidade, é preciso utilizar-se das vias recursais com fim de atingir um
objetivo. As vezes não se faz necessário a interposição de um recuso para atacar uma
decisão.

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Por outro lado, a utilidade quer dizer que o recurso deve ser capaz de trazer situação
mais vantajosa para a parte que recorre, gerando um proveito prático.
DICA 149
DO PREPARO
O preparo envolve o custo financeiro da interposição de um recurso, ou seja, as custas e
porte de remessa e retorno, exceto no caso de PJe.
Conforme previsão do art. 1.007 do CPC, no ato de interposição do recurso, o recorrente
comprovará, quando exigido pela legislação pertinente, o respectivo preparo, inclusive
porte de remessa e de retorno, sob pena de deserção.
São dispensados de preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, os recursos
interpostos pelo Ministério Público, pela União, pelo Distrito Federal, pelos Estados, pelos
Municípios, e respectivas autarquias, e pelos que gozam de isenção legal.

A insuficiência no valor do preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, implicará


deserção se o recorrente, intimado na pessoa de seu advogado, não vier a supri-lo no prazo
de 5 (cinco) dias. Será, porém, vedada a complementação se houver insuficiência parcial
do preparo, inclusive porte de remessa e de retorno.
Provando o recorrente justo impedimento, o relator relevará a pena de deserção, por
decisão irrecorrível, fixando-lhe prazo de 5 dias para efetuar o preparo.

É dispensado o recolhimento do porte de remessa e de retorno no processo em autos


eletrônicos.
O recorrente que não comprovar, no ato de interposição do recurso, o recolhimento do
preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, será intimado, na pessoa de seu
advogado, para realizar o recolhimento em dobro, sob pena de deserção.
Portanto, a ausência de recolhimento do preparo, permite-se o recolhimento posterior
desde que em dobro.
A regra, portanto, é que o preparo seja imediato, devendo o pagamento ser
comprovado no ato de interposição do recurso.
Entretanto, o STJ já admitiu uma exceção:

Súmula 484 do STJ:

Admite-se que o preparo seja efetuado no primeiro dia útil subsequente, quando a
interposição do recurso ocorrer após o encerramento do expediente bancário.

O STJ, no informativo 565 admitiu a comprovação por recibo extraído da internet:

O pagamento do preparo recursal pode ser comprovado por intermédio de recibo extraído
da internet, desde que esse meio de constatação de quitação possibilite a aferição da
regularidade do recolhimento.
O equívoco no preenchimento da guia de custas não implicará a aplicação da pena de
deserção, cabendo ao relator, na hipótese de dúvida quanto ao recolhimento, intimar o
recorrente para sanar o vício no prazo de 5 dias.

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DICA 150
DA EXTINÇÃO DO PROCESSO DE EXECUÇÃO
A execução será extinta quando:
a petição inicial for indeferida;
a obrigação for satisfeita;
o executado obtiver, por qualquer outro meio, a extinção total da dívida;
o exequente renunciar ao crédito;
ocorrer a prescrição intercorrente.

→ A extinção só produz efeito quando declarada por sentença.

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DIREITO EMPRESARIAL
DICA 151
CONTRATOS EMPRESARIAIS: CONCEITO E PRINCÍPIOS

Contrato empresarial: É o contrato realizado por empresários ou empresas para


fins de realizar a atividade econômica. São contratos realizados no cotidiano da empresa,
para obtenção de seus fins. Não se confunde com contratos do âmbito do direito do
consumidor ou mesmo contratos de trabalho e divergem em parte de contratos civis típicos,
por terem princípios específicos.

São princípios do contrato mercantil, conforme doutrina de Fabio Ulhoa Coelho:

Princípio da autonomia da vontade: Os empresários tem ampla liberdade negocial,


em geral, diferentemente de contratos de consumo, que são contratos massificados ou
mesmo contratos de trabalho. Excepcionalmente haverá contratos empresariais de
adesão, mas sempre com a possibilidade do empresário aderir ou não ao contrato. A
autonomia da vontade, enquanto princípio do direito contratual empresarial é decorrência
dos princípios constitucionais da livre-iniciativa e da livre concorrência.

Princípio da vinculação dos contratantes ao contrato: O grau de vinculação dos


empresários ao contrato empresarial é maior do que das partes nos contratos civil ou de
consumo e, dessa forma, a imprevisibilidade que pode ser invocada comumente em
contratos de consumo, dificilmente serão aceitas na esfera mercantil, pois o risco faz parte
do empreendimento.

Princípio da proteção do contratante dependente: A assimetria de direito comercial


é muito diferente da existente no contrato de trabalho (o empresário nunca é
hipossuficiente como o empregado) e no contrato de consumo (não é vulnerável como o
consumidor), mas, por vezes, um empresário, como é o caso do franqueado está em
assimetria em relação ao franqueador, ou seja, está em uma posição mais enfraquecida.

Princípio da eficácia dos usos e costumes: O direito consuetudinário é típico dos


contratos empresariais. Muitas vezes o contrato é criado pelos usos e costumes, para
somente depois ser regulamentado. Assim, a dinâmica do mercado que exige rapidez e
soluções maleáveis é melhor atendida.

DICA 152
CONTRATOS MERCANTIS: DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DE LIBERDADE
ECONÔMICA
A Declaração de direitos da liberdade econômica, a Lei 13.874/2019 trouxe diversas
mudanças na seara empresarial e no direito privado em geral, com vistas a trazer maiores
garantias à liberdade de mercado. Nesse aspecto, a Lei de liberdade econômica introduziu
mudança no CC/02 para fins de distinção de contratos empresariais de contratos civis.
Destaca-se que, no âmbito do artigo 421, do CC/02, exige-se o cumprimento da função
social do contrato, aplicável a todo o artigo, inclusive aos contratos empresariais!

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O parágrafo único do artigo 421 do CC/02, também foi modificado pela lei de liberdade
econômica para afirmar que nas relações contratuais privadas, prevalecerão o princípio da
intervenção mínima e a excepcionalidade da revisão contratual. Nesse sentido, apenas
de forma excepcional é que se poderá intervir em um contrato empresarial, respeitando-
se ao máximo a liberdade contratual. Válida a transcrição do art.421-A, do CC/02:

Art. 421-A. Os contratos civis e empresariais presumem-se paritários e simétricos até a


presença de elementos concretos que justifiquem o afastamento dessa presunção,
ressalvados os regimes jurídicos previstos em leis especiais, garantido também que:
I - as partes negociantes poderão estabelecer parâmetros objetivos para a interpretação
das cláusulas negociais e de seus pressupostos de revisão ou de resolução;
II - a alocação de riscos definida pelas partes deve ser respeitada e observada; e
III - a revisão contratual somente ocorrerá de maneira excepcional e limitada.

De acordo com a JDCom. nº 29:

Aplicam-se aos negócios jurídicos entre empresários a função social do contrato e a boa-
fé objetiva (arts. 421 e 422 do Código Civil), em conformidade com as especificidades dos
contratos empresariais.

DICA 153
CONTRATOS MERCANTIS: DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DE LIBERDADE
ECONÔMICA
Quanto à interpretação dos contratos mercantis, a lei da liberdade econômica trouxe
significativas mudanças a partir da inserção do art. 113, do CC/02, que são aplicáveis a
qualquer contrato privado.

Segundo o art. 113, CC/02. Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme
a boa-fé e os usos do lugar de sua celebração. A interpretação do negócio jurídico
deve lhe atribuir o sentido de:

for confirmado pelo comportamento das partes posterior à celebração do negócio;

corresponder aos usos, costumes e práticas do mercado relativas ao tipo de negócio;

corresponder à boa-fé;

For mais benéfico à parte que não redigiu o dispositivo, se identificável.

corresponder a qual seria a razoável negociação das partes sobre a questão discutida,
inferida das demais disposições do negócio e da racionalidade econômica das partes,
consideradas as informações disponíveis no momento de sua celebração.

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DICA 154
CONTRATOS MERCANTIS: TIPOS DE CONTRATOS EMPRESARIAIS

De acordo com Fabio Ulhoa Coelho, citado por Ricardo Negrão, os contratos empresariais
podem ser classificados conforme sua função econômica:

Contratos associativos ou de organização e de prevenção de riscos: exemplos:


contrato de seguro, contrato de crédito, LEASING e CONTRATOS BANCÁRIOS.

Contratos de cooperação ou colaboração empresarial: exemplos: contratos de


distribuição, intermediação e concessão (contratos de atividade).
Contratos de colaboração por aproximação: não há aqui associação, mas mera
colaboração. Em geral, o colaborador não assume o risco do empreendimento. Exemplos:
Tais são, entre outros, os contratos de mandato, de edição, de representação e de agência.
DICA 155
CONTRATOS MERCANTIS: NOVO CONTRATO DE FRANQUIA
De acordo com o DOD (dizer o direito), franquia é um contrato por meio do qual uma
empresa (franqueador) transfere a outra (franqueado) o direito de usar a sua marca
ou patente e de comercializar seus produtos ou serviços, podendo, ainda, haver a
transferência de conhecimentos do franqueador para o franqueado.
Atualmente a Lei que rege o contrato de franquia é a Lei 13.966 de dezembro de 2019, que
revogou a Lei 8.955 de 1994 (antiga lei de Franquia). A franquia não é contrato de consumo,
mas de adesão, e, ainda assim, contrato mercantil bastante comum na sociedade em que
o Franqueado, após atender algumas condições contratuais, pode se utilizar de modelo de
negócio, por exemplo.
DICA 156
FRANQUIA
O contrato de franquia é considerado um contrato solene, ou seja, exige a existência de
um contrato escrito, ao contrário dos contratos meramente consensuais, tanto é assim que
se exige uma série de requisitos legais que devem constar na circular de oferta.
Todavia, recentemente, o STJ entendeu pela possibilidade de reconhecimento de contrato
de franquia, ainda que o mesmo não tenha sido realizado de forma solene.
DICA 157
FRANQUIA
De acordo com art. 3º da nova lei de franquias, quando o Franqueador sublocar ao
Franqueado o ponto comercial relativo à franquia, qualquer uma das partes terá legitimidade
para propor a renovação do contrato de locação do imóvel, vedada a exclusão de
qualquer uma delas do contrato de locação e de sublocação por ocasião da sua renovação
ou prorrogação, salvo nos casos de inadimplência dos respectivos contratos ou do
contrato de franquia.
Assim, a lei de Franquia, quanto ao contrato de sublocação é diferente da Lei de Locações
geral, que somente permite a legitimidade para propor ação renovatória de aluguel ao
próprio sublocatário, nos termos do art.51 §1º da Lei de Locações, enquanto a lei de
franquia permite esse direito a qualquer uma das partes (franqueador ou franqueado).

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Dica 158
ARRENDAMENTO MERCANTIL (LEASING)
O Leasing é o contrato em que uma instituição financeira tem um bem e resolve arrendá-lo
(alugar) ao devedor, com a possibilidade de, no final, o arrendatário (devedor) opte por
comprar o bem. É também conhecido como arrendamento mercantil. De acordo com a
doutrina de André Santa Cruz, pode-se resumir o arrendamento mercantil da seguinte
forma...

É um contrato de locação em que se asseguram ao arrendatário três opções ao final do


aluguel:
renovar a locação;
encerrar o contrato, não mais renovando a locação;
comprar o bem alugado, pagando-se o valor residual.
DICA 159
MODALIDADES DE LEASING

André Cruz menciona que de acordo com a Resolução 2.309/1996 do BACEN, mencionada
acima, existem duas espécies de leasing:

Leasing Financeiro: bem arrendado não pertence à Arrendadora, mas é indicado


(escolhido) pelo arrendatário (locatário). Como a Arrendadora terá um custo maior para
adquirir o referido bem da forma escolhida pelo devedor, o referido valor será incluído nos
custos das prestações e valor residual a ser pago no final, portanto será baixo.

Leasing Operacional: nesse tipo contratual, o bem pertence ao Arrendador, que então
apenas o aluga ao Arrendatário, sem ter o custo inicial de aquisição do bem,
comprometendo-se também a prestar assistência técnica. Aqui a soma das prestações do
aluguel não pode ultrapassar 75% do valor do bem, mas o valor residual é alto.

Leasing Operacional: doutrina aponta ainda a 3ª modalidade de leasing, que é a lease


back ou leasing de retorno. Aqui o bem arrendado era de propriedade do arrendatário,
que o vende à arrendadora para depois arrendá-lo, podendo, obviamente, readquirir o bem
ao final do contrato, caso se utilize da opção de compra pagando o valor residual.
DICA 160
ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA EM GARANTIA
Na Alienação Fiduciária o bem é de propriedade do próprio devedor, que é dado como
garantia ao credor (instituição financeira), sendo que a propriedade somente retorna ao
devedor após o pagamento integral da operação, caso o proprietário quite integralmente a
operação.
Segundo André Santa Cruz, o contrato de alienação fiduciária em garantia é um contrato
instrumental em que uma das partes, em confiança, aliena a outra a propriedade de
determinado bem, móvel ou imóvel, ficando esta parte (uma instituição financeira, em
regra) obrigada a devolver àquela o bem que lhe foi alienado quando verificada a ocorrência
de determinado fato. Diz-se que é contrato instrumental porque, em regra, é formalizado
como um meio para a concretização de um outro negócio principal. Assim, geralmente está
associada a um mútuo, servindo-lhe de garantia.

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DIREITO PENAL
DICA 161
DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO

Latrocínio:

Roubo qualificado que é crime hediondo;

A morte deve decorrer sempre da violência;

A morte deve ocorrer no momento e em razão do assalto. Se a morte for posterior


haverá concurso entre o homicídio e o roubo;

Não é latrocínio quando um assaltante mata o outro para ficar com o produto do crime.

CONSUMAÇÃO: depende sempre da morte, segundo a súmula 610 do STF:

ROUBO TENTADO + MORTE TENTADA = LATROCÍNIO TENTADO

ROUBO TENTADO + MORTE CONSUMADA = LATROCÍNIO CONSUMADO

ROUBO CONSUMADO + MORTE TENTADA = LATROCÍNIO TENTADO

ROUBO CONSUMADO + MORTE CONSUMADA = LATROCÍNIO CONSUMADO

DICA 162
EXTORSÃO

Constranger mediante violência ou grave ameaça;


Tem como fim específico a vantagem econômica indevida. Aqui, ao contrário do roubo, a
colaboração da vítima é indispensável e a vantagem buscada é futura:

Ex: exigir que a vítima forneça a senha bancária para sacar os valores, logo, sem a
“colaboração” da vítima não é possível. Entenda que essa colaboração não é, logicamente,
voluntária;

SEQUESTRO RELÂMPAGO: é modalidade de extorsão qualificada pela restrição da


liberdade da vítima;

DIFERENÇA DO SEQUESTRO RELÂMPAGO PARA A EXTORSÃO MEDIANTE


SEQUESTRO:

Na extorsão qualificada (sequestro relâmpago), a vítima tem a sua liberdade restringida


e a vantagem econômica é exigida dela mesma.

Ex.: agente que entra no carro da vítima e a mantém sob o seu poder até que informe
as senhas bancárias para realizar saques e transações.
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Já na extorsão mediante sequestro, a vítima tem a liberdade restringida, mas a


vantagem é exigida de terceira pessoa.

Ex.: pessoa que fica em cativeiro enquanto o agente liga para familiares da vítima para
pedir o resgate.

DICA 163
ESTELIONATO

Elementos estruturais: fraude + vantagem ilícita + prejuízo alheio;


Diferença com furto mediante fraude: aqui a fraude é empregada para enganar a
vítima e fazer com que ela mesma entregue a vantagem para o agente;

Nova hipótese de estelionato qualificado (fraude eletrônica): utilização de


informações fornecidas pela vítima ou por terceiro induzido a erro por meio de redes
sociais, contatos telefônicos ou envio de correio eletrônico fraudulento;
Causa de Aumento: se vítima for idosa ou vulnerável - 1/3 ao dobro.
CUIDADO! Embora a causa de aumento se aplique ao IDOSO (a partir de 60 anos), a
ação necessitará de representação quando a vítima tiver mais de 70 anos!

ATENÇÃO!

Inovação do pacote anticrime.


O estelionato somente se procede mediante representação, salvo se a vítima for:

→ Administração Pública, direta ou indireta;


→ Criança ou adolescente;
→ Pessoa com deficiência mental; ou
→ Maior de 70 anos de idade ou incapaz.

ATENÇÃO!

O STF entendeu recentemente no HC208817 Ag. pela possibilidade da retroatividade,


inclusive para processos em curso, acerca da necessidade de representação. A vítima
deverá ser intimada para, no prazo de 30 dias, afirmar se deseja o prosseguimento da
ação penal. Firma-se, assim uma condição de prosseguibilidade da ação penal.

DICA 164
RECEPTAÇÃO

São crimes acessórios, vassalo ou parasitários (precisa de crime anterior);


A pena será em dobro se o bem for público;

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Culposa: quando é possível presumir a origem criminosa, mas não se sabe com
certeza, pelo preço que pagou, pelas condições de quem vendeu e etc. Cabe perdão judicial
se primário.

ATENÇÃO!!

Disposições gerais sobre os crimes contra o patrimônio:

→ será isento de pena nos crimes patrimoniais sem violência e grave ameaça à
pessoa: o cônjuge, ascendente ou descendente (inclusive o adotivo);

→ essa isenção é chamada de escusa absolutória;


→ essa isenção não se aplica se a vítima tiver 60 anos ou mais.

DICA 165
DOS CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL
ESTUPRO

Violência ou grave ameaça + conjunção carnal ou ato libidinoso;

O beijo lascivo integra o rol de atos libidinosos e pode configurar o crime de estupro
se obtido mediante emprego de força física do agressor contra vítima maior de 14 anos;

A ação penal será sempre incondicionada;

Será qualificado o crime se a vítima tiver mais de 14 e menos de 18 anos, se ocorrer


lesão corporal grave ou morte.
DICA 166
ESTUPRO DE VULNERÁVEL

Conjunção carnal ou ato libidinoso + MENOR de 14 anos ou pessoa com


enfermidade ou deficiência mental sem o necessário discernimento;

O estado de sono, que diminua a capacidade da vítima de oferecer resistência,


caracteriza a vulnerabilidade prevista no art. 217-A, § 1º, do Código Penal – CP (STJ);

No crime de estupro de vulnerável não há a possibilidade de consentimento;

Pouco importa se a vítima menor de 14 anos namora com o agente, se tem


experiência sexual anterior, se é garota de programa, se concordou com a prática, pois a
violência é considerada presumida.

QUESTÃO FGV – OAB.


Durante dois meses, Mário, 45 anos, e Joana, 14 anos, mantiveram relações sexuais em
razão de relacionamento amoroso. Apesar do consentimento de ambas as partes, ao
tomar conhecimento da situação, o pai de Joana, revoltado, comparece à Delegacia e
narra o ocorrido para a autoridade policial, esclarecendo que o casal se conhecera no dia
do aniversário de 14 anos de sua filha.

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Considerando apenas as informações narradas, é correto afirmar que a conduta de Mário
(a) é atípica, em razão do consentimento da ofendida.
(b) configura crime de estupro de vulnerável.
(c) é típica, mas não é antijurídica, funcionando o consentimento da ofendida como causa
supralegal de exclusão da ilicitude.
(d) configura crime de corrupção de menores.
Gabarito: Letra A.
Comentário: No caso em tela, tem-se que a conduta de Mário é atípica, uma vez que
houve o consentimento da ofendida. Todavia, caso Joana tivesse menos de 14 anos, a
conduta de Mario configuraria crime de estupro de vulnerável, previsto no artigo 217-A
do Código Penal, pois, neste caso, o consentimento da vítima seria irrelevante.
Súmula 593 do STJ: O crime de estupro de vulnerável se configura com a conjunção
carnal ou prática de ato libidinoso com menor de 14 anos, sendo irrelevante eventual
consentimento da vítima para a prática do ato, sua experiência sexual anterior ou
existência de relacionamento amoroso com o agente.

DICA 167
CORRUPÇÃO DE MENORES
Induzir alguém menor de 14 (catorze) anos a satisfazer a lascívia de outrem, ou seja;

ATENÇÃO!

Nesse crime o agente induz o menor a satisfazer a lascívia de terceiro, mas não pode
ser com a prática de ato libidinoso;

Se o agente induz o menor de 14 anos a praticar um ato libidinoso propriamente dito,


como sexo oral, por exemplo, será partícipe no crime de estupro de vulnerável;
COMO ENTÃO O CRIME SE CONSUMA?
O agente pode induzir a vítima menor de 14 anos a ficar nua ou dançar sensualmente na
frente do terceiro, por exemplo.
DICA 168
DIVULGAÇÃO DE CENA DE ESTUPRO OU DE CENA DE ESTUPRO DE VULNERÁVEL,
DE CENA DE SEXO OU DE PORNOGRAFIA

Oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, vender ou expor à venda, distribuir, publicar


ou divulgar;

Fotografia, vídeo ou outro registro audiovisual;

Cena de estupro ou de estupro de vulnerável ou que faça apologia ou induza a sua prática;

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Cena de sexo, nudez ou pornografia sem consentimento da vítima (porn revenge).

Exclusão da ilicitude no crime de divulgação de cena se sexo ou estupro (não será


crime):

Publicação de natureza jornalística, científica, cultural ou acadêmica;

Com recurso que impossibilite a identificação da vítima ou;

Prévia autorização, caso seja maior de 18 anos.

DICA 169
CRIMES CONTRA A PAZ PÚBLICA
ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA
Associar três ou mais pessoas (inimputáveis são contabilizados, como por exemplo, dois
adultos e um adolescente) para a prática de crimes;
Exige ajuste prévio entre os agentes.
O crime de associação criminosa tem o fim específico de cometer crimes!
CUIDADO: se a questão trouxer “infração penal” estará errado, pois infração penal
é crime OU contravenção penal;
Além disso a lei fala em crimes, por isso a associação para a prática de 1 só crime não
configura o delito.

É UM CRIME FORMAL:
Consumando-se no momento em que se concretiza a convergência de vontades;
Independente da realização ulterior do fim visado, ou seja, consuma-se quando três ou
mais pessoas se associam para a prática de crimes, ainda que nenhum delito venha a ser
efetivamente praticado.

CAUSA DE AUMENTO DA ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA


A pena será aumentada até a metade se a organização fizer uso de armas ou se houver
a participação de criança ou adolescente (menor de 18 anos).
Se o objetivo da associação é a prática de crimes hediondos e equiparados, aplica-se a
pena do artigo 8º da Lei de Crimes Hediondos.
Será de três a seis anos de reclusão a pena;
Quando se tratar de crimes hediondos, prática da tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e
drogas afins ou terrorismo.

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ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA MILÍCIA PRIVADA ORGANIZAÇÃO


CRIMINOSA

3 ou mais ------------------------ 4 ou mais

Estabilidade, permanência,
Estabilidade e permanência ------------------------
divisão de tarefas

Infrações penais com pena


Crimes Crimes do CP máxima superior a 4 anos
ou caráter transnacional

Dispensa busca de
Dispensa busca de vantagem Objetiva obter vantagem
vantagem

Emprego de arma de fogo: até Emprego de arma de fogo:


------------------------
a metade até a metade

Participação de menor de 18 Emprego de arma de fogo:


------------------------
anos: até a metade até a metade

É hediondo se voltado para a


Não é crime
Não é crime hediondo prática de crimes hediondos
hediondo
ou equiparados

Memorizar a quantidade de pessoas necessária à configuração de cada um desses


delitos.
Perceba que é uma escadinha 2,3,4 (o macete é CAÔ):

C Concurso de pessoas 2 ou mais agentes

A Associação criminosa 3 ou mais agentes

Ô Organização criminosa 4 ou mais agentes

QUESTÃO OAB 2022 - EXAME XXXIV.


Rômulo, 35 anos, José, 28 anos e Guilherme, 15 anos, durante 3 (três) meses, reuniram-
se, na casa da mãe do adolescente, para discutirem a prática de crimes considerados de
menor potencial ofensivo.
Ao descobrir o objetivo das reuniões, a mãe de Guilherme informou os fatos à autoridade
policial, que instaurou procedimento investigatório. Concluídas as investigações e
confirmados os fatos, o Ministério Público ofereceu denúncia, em face de Rômulo e José,
pelo crime de organização criminosa com causa de aumento pelo envolvimento do
adolescente.
Considerando apenas as informações narradas, a defesa de Rômulo e José poderá
pleitear, sob o ponto de vista técnico,

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(a) a desclassificação para o crime de associação criminosa, apesar de possível a
aplicação da causa de aumento pelo envolvimento de adolescente.
(b) o afastamento da causa de aumento pelo envolvimento de adolescente, apesar de
possível a condenação pelo crime de constituição de organização criminosa.
(c) a absolvição dos réus, já que, considerando a inimputabilidade de Guilherme, não
poderiam responder nem pela constituição de organização criminosa nem pela associação
criminosa.
(d) a desclassificação para o crime de associação criminosa, não havendo previsão de
causa de aumento pelo envolvimento de adolescente, mas tão só se houvesse emprego
de arma de fogo.
Gabarito: Letra A
Comentário: Para resolução dessa questão é necessário que o candidato saiba a
diferença de organização criminosa e associação criminosa.
Nesse sentido, segue abaixo essa diferenciação:
Associação criminosa - Código Penal, Art. 288: Associação de 3 ou + pessoas → fim
específico de cometer crimes.
Organização criminosa - Lei 12.850/2013: Associação de 4 ou + pessoas → Estrutura
ordenada → Divisão de tarefas → Vantagem de qualquer natureza → Crimes com MÁXIMA
superior a 4 anos OU de caráter Transnacional.
Dessa forma, como são três os indivíduos apresentados na questão, aplica-se o art. 288
do Código Penal (associação criminosa).
Compreendido essa diferença, resta saber a causa de aumento de pena pelo
envolvimento de adolescente prevista no parágrafo único do art. 288 do CP (A pena
aumenta-se até a metade se a associação é armada ou se houver a participação de
criança ou adolescente).

DICA 170
CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA
CRIMES FUNCIONAIS
Os crimes funcionais são os próprios que exigem a condição de funcionário público para
figurar como sujeito ativo (autor do crime).

Apenas dois crimes contra a fé pública são próprios de funcionário público:

Falso reconhecimento de firma ou letra - Art. 300, CP.

Certidão ou atestado ideologicamente falso - Art. 301, CP.

ATENÇÃO!

Não confunda com o crime de falsidade ideológica, que é um crime COMUM.

CUIDADO: todos os crimes contra a fé pública são dolosos, ou seja, só podem ser
praticados com intenção do agente;

Logo, qualquer alternativa que traga um crime contra fé pública que tenha sido praticado
por negligência, imprudência ou imperícia estará ERRADO!

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DICA 171
PAPÉIS PÚBLICOS
Não confunda o crime de falsificação de documento público com o crime de falsificação de
papel público.
São papéis públicos:

Selo tributário

Crédito Público (exceto moeda de curso legal)

Cautela de penhor

Caderneta da Caixa Econômica

Papel de arrecadação de renda pública

Ex: alvará, guia judicial

Passe estudantil

Vale-postal

DICA 172
PENAS E COMPETÊNCIA
Os crimes de Falsificação de Títulos e papéis públicos são punidos com reclusão;
O crime de petrechos de falsificação é de menor potencial ofensivo (da competência dos
Juizados Especiais);
O crime de petrechos de falsificação tem causa de aumento de 1/6 se praticado por
funcionário público, logo, na figura do CAPUT é crime comum, que pode ser praticado por
qualquer pessoa.
DICA 173
FIGURAS PRIVILEGIADAS
O crime de falsificação de papéis públicos tem três condutas privilegiadas.

Duas delas são: suprimir carimbo de que indicava a inutilização do título para utilizá-lo
novamente; usar esse título com o sinal suprimido; nessas, a pena será de reclusão de
1 a 4 anos e multa;

A terceira é devolver à circulação os papéis alterados ou falsificados depois de receber


de boa-fé e perceber a sua falsificação; esta tem a pena ainda menor, de detenção de
seis meses a dois anos OU multa;

A pena do crime de falsificação de papéis públicos é de reclusão de dois a oito anos e


multa.
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DICA 174
USO E RESTITUIÇÃO DA CIRCULAÇÃO DE SELO FALSIFICADO

ATENÇÃO!

O art. 293 estabelece que será punido com a mesma pena da falsificação (reclusão,
de 2 a 8 anos) aquele que usa ou restitui à circulação selo falsificado destinado a
controle tributário.
PORÉM, segundo o §4º do mesmo artigo, quem usa ou restitui à circulação, embora
recebido de boa-fé, qualquer dos papéis falsificados ou alterados, depois de conhecer a
falsidade ou alteração, incorre na pena de detenção, de seis meses a dois anos, ou
multa.
OU SEJA, se a questão disser que o agente recebeu de boa-fé e somente depois percebeu
a falsificação do selo destinado a controle tributário e colocou de volta à circulação
será aplicada a pena de detenção de 6 meses a 2 anos.
Por outro lado, se não disser que recebeu de boa-fé, será punido com a pena de
reclusão, de 2 a 8 anos.

O ESQUEMA É ASSIM:

RECEBEU DE MÁ-
RECEBEU DE BOA-FÉ

Detenção, de 6 meses Reclusão, 2 a 8


Usar Papel Público
a 2 anos anos

Detenção, de 6 meses
Usar Selo Tributário Reclusão, 2 a 8 anos
a 2 anos

Restituir à Detenção, de 6 meses


Papel Público -----------
Circulação a 2 anos

Restituir à Detenção, de 6 meses


Selo Tributário Reclusão, 2 a 8 anos
Circulação a 2 anos

ATENÇÃO! Usar papel público com sinal de adulteração suprimido responderá por
pena de 1 a 4 anos.

USAR Papel público falsificado que recebeu de Detenção, de 6 meses a 2


boa-fé anos

USAR Papel público com sinal de inutilização Reclusão, de 1 a 4 anos


suprimido

USAR Papel público falsificado que recebeu de Reclusão, de 2 a 8 anos


boa-fé

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DICA 175
PETRECHOS DE FALSIFICAÇÃO

O crime se perfaz com a prática de qualquer uma das condutas listadas na tabela abaixo:

CONDUTAS

Fabricar

Adquirir

Fornecer

Possuir

Guardar

Em relação a objeto que seja especialmente destinado à falsificação de qualquer papel


público.
DICA BÔNUS
FALSIDADE DOCUMENTAL
DOCUMENTOS PÚBLICOS EQUIPARADOS
O Código Penal elenca cinco documentos que são equiparados a documento público.

São eles:

L Livros Mercantis

A Ações de Sociedade Comercial

T Título ao Portador ou Transmissível por Endosso

T Testamento Particular

E Entidade Paraestatal

CUIDADO!

A falsificação de CHEQUE é crime de falsificação de documento público;


A falsificação de cartão de crédito ou débito é crime de falsificação de documento
particular.

DICA BÔNUS
FALSIDADE IDEOLÓGICA
No crime de falsidade ideológica o documento é materialmente verdadeiro, sendo falso
apenas o seu conteúdo;

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Os verbos do tipo são: omitir, inserir ou fazer inserir a informação;

Para que haja o crime, o agente deve ter um dentre três objetivos: prejudicar direito,
criar obrigação ou alterar a verdade sobre um fato.

É crime comum, pois pode ser praticado por qualquer pessoa, mas se for praticado por
funcionário público utilizando-se do cargo, a pena será aumentada em 1/6.
Na falsidade ideológica há a falsidade de uma informação dentro de um documento
público ou particular verdadeiro;

Ex.: o indivíduo que vai tirar um documento de identidade e mente sobre a sua idade,
por exemplo. O Documento gerado será verdadeiro, mas a informação ali contida (data de
nascimento) será falsa!
Se o agente for funcionário público ou se a falsidade se der em assento de registro civil a
pena será aumentada em 1/6.

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PROCESSO PENAL
DICA 176
FLAGRANTE PREPARADO X FLAGRANTE ESPERADO
O flagrante preparado é ilegal. Ao passo que o flagrante esperado é possível.

Flagrante preparado: ocorre quando alguma pessoa instiga, ou seja, estimula,


incentiva uma pessoa à prática do crime, com o objeto de depois prendê-lo em
flagrante.
A doutrina se refere ao flagrante preparado como uma cena de teatro, o que torna ilegal a
prisão e, mais do que isso, sequer haveria crime nessa conduta!

SÚMULA 145 DO STF:

Não há crime, quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível a sua
consumação.

Flagrante esperado: no flagrante esperado, a situação é distinta. NÃO há qualquer


induzimento ou provocação por parte de uma terceira pessoa. Aqui, a autoridade policial,
tendo informações, apenas espera o momento do cometimento do delito para realizar a
prisão em flagrante.

Ex.: a polícia tem informações de que uma determinada quadrilha vai estourar um
determinado caixa eletrônico, num determinado dia e hora. A polícia, ao invés de
prontamente desmantelar a quadrilha, espera, monta uma campana, e aguarda o dia e
hora ajustados para prendê-los em flagrante.

É por isso que o flagrante esperado é possível e válido. já o flagrante preparado não!!!

QUESTÃO FGV – OAB, 2020.


Durante escuta telefônica devidamente deferida para investigar organização criminosa
destinada ao contrabando de armas, policiais obtiveram a informação de que Marcelo
receberia, naquele dia, grande quantidade de armamento, que seria depois repassada a
Daniel, chefe de sua facção.
Diante dessa informação, os policiais se dirigiram até o local combinado. Após
informarem o fato à autoridade policial, que o comunicou ao juízo competente, eles
acompanharam o recebimento do armamento por Marcelo, optando por não o prender
naquele momento, pois aguardariam que ele se encontrasse com o chefe da sua
organização para, então, prendê-los. De posse do armamento, Marcelo se dirigiu ao
encontro de Daniel e lhe repassou as armas contrabandeadas, quando, então, ambos
foram surpreendidos e presos em flagrante pelos policiais que monitoravam a operação.
Encaminhados para a Delegacia, os presos entraram em contato com um advogado para
esclarecimentos sobre a validade das prisões ocorridas.
Com base nos fatos acima narrados, o advogado deverá esclarecer aos seus clientes que
a prisão em flagrante efetuada pelos policiais foi:
(a) ilegal, por se tratar de flagrante esperado.

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(b) legal, restando configurado o flagrante preparado.
(c) legal, tratando-se de flagrante retardado.
(d) ilegal, pois a conduta dos policiais dependeria de prévia autorização judicial.
Gabarito: Letra C.
Comentário: O flagrante retardado também pode ser denominado de esperado,
retardado, diferido, postergado.
Fique atento!
Lei 11.343 (drogas) – deve ter autorização judicial + demonstrar saber toda a rotina da
facção criminosa + Manifestação do MP.
Lei 12.850 (organização criminosa) – não precisa ter autorização judicial, precisa ter
somente a comunicação judicial e ministerial.
Lei 9.613/98 (lavagem de capitais) - também prevê o instituto da ação controlada
devendo haver prévia manifestação do MP.

DICA 177
AÇÃO CONTROLADA (OU FLAGRANTE PRORROGADO)
A ação controlada é um instituto importante, disciplinada pela Lei das Organizações
Criminosas (Lei 12.850/2013) e pela Lei de Drogas (Lei 11.343/06).
A ação controlada (também chamada de flagrante prorrogado) se aproxima bastante
do flagrante esperado, mas com ele não se confunde.
A autoridade policial tem o dever de realizar o flagrante (art. 301). Nesse sentido, a ação
controlada é uma verdadeira autorização para que a prisão em flagrante seja adiada para
outro momento, mais oportuno para as investigações.
A polícia adia/retarda a intervenção policial visando a formação de um maior acervo de
provas e obtenção de informações. A polícia sabe que o crime está ocorrendo, mas não
faz o flagrante para pegar maiores informações sobre aquela organização criminosa.
Isso porque, muitas vezes, no combate à criminalidade organizada (Organizações
Criminosas), o mais importante não é combater os pequenos criminosos, na linha de frente
da organização criminosa. É muito difícil alcançar a “cabeça”, o alto escalão dessas
organizações. Daí porque a lei autoriza não fazer o flagrante para obter maiores provas
sobre a organização e funcionamento daquela criminalidade organizada.
Esse adiamento deve ser previamente comunicado ao juiz (art. 8º, §1º, Lei
12.850/2013).
DICA 178
AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA

Na audiência de custódia, portanto, o juiz vai analisar a regularidade do auto de prisão


em flagrante, na presença do acusado, de seu defensor, e do membro do Ministério Público.
Nessa audiência de custódia, o juiz pode:

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1) Relaxar a prisão ilegal

AUDIÊNCIA DE
CUSTÓDIA 2) Converter a prisão em
flagrante em prisão preventiva
(Art. 310, CPP)

3) Conceder liberdade
provisória, com ou sem
fiança.

→ Se a prisão for ILEGAL, o juiz deve relaxar a prisão.


→ Se verificar que a prisão é legal e válida, mas desnecessária neste momento,
concederá ao réu a liberdade provisória, podendo ou não fixar fiança.

→ Mesmo quando o réu permanece preso, não há que se falar mais em prisão
provisória, mas sim em prisão preventiva!
Por fim, de acordo com o art. 310, §4º, se decorrer 24 horas, após o prazo para
audiência de custódia (que também é de 24 horas!), sem que a audiência tenha sido
realizada, estará configurada a ilegalidade da prisão, que deverá ser relaxada pelo juiz.
DICA 179
NÃO SE ADMITE PRISÃO EM FLAGRANTE
Há casos em que não se admite a prisão em flagrante.

Sobre isso, as três principais regras que vocês precisam levar para a prova de vocês é:

LEI 9.099/95 (Lei dos Juizados): no caso de crime de menor potencial ofensivo,
NÃO se impõe prisão em flagrante ao agente que assumir o compromisso de comparecer
no Juizado, quando intimado a tanto. Caso se recuse a comparecer, pode ser imposto o
flagrante.

CRIME DE PORTE DE DROGAS PARA CONSUMO PESSOAL (art. 28, Lei de Drogas):
NÃO se impõe prisão em flagrante para esse crime. Deve o autor do fato ser
imediatamente encaminhado ao juízo competente ou assumir o compromisso de a ele
comparecer.

ACIDENTE DE TRÂNSITO: nos termos do art. 301 do Código de Trânsito, ao condutor


de veículo, nos acidentes de trânsito de que resulte vítima, NÃO se impõe prisão em
flagrante nem se exige fiança, se prestar pronto e integral socorro.
Ou seja, se fugir, pode ser preso em flagrante! Mas, se prestar socorro, a lei proíbe
expressamente o flagrante e, também, a imposição de fiança!

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DICA 180
PRISÃO PREVENTIVA
A prisão preventiva é uma espécie de prisão cautelar decretada pelo juiz, em qualquer
fase da persecução penal (na investigação ou no processo), sempre que ocorrer os motivos
que a lei autoriza e desde que preenchidos os requisitos legais.
Nos termos do art. 313, §2, não será admitida a decretação da prisão preventiva como
antecipação de cumprimento de pena, ou como decorrência direta/automática da
investigação/denúncia.
A prisão preventiva é sempre a última saída. Ou seja, ela só pode ser decretada pelo juiz
quando as outras medidas cautelares forem insuficientes, nos termos do art. 312 do CPP.

Ex.: ao invés de decretar a prisão, o juiz deve priorizar decretar outras medidas, como
a proibição de sair da comarca, a tornozeleira eletrônica etc.
Ademais, uma das modificações mais importantes do Pacote Anticrime diz respeito à
impossibilidade de o juiz decretar a prisão preventiva ou outra medida cautelar de ofício,
seja na fase de investigação policial, seja na fase processual penal.
Portanto, para decretar a prisão preventiva é necessário requerimento do MP (ação
penal pública), assistente ou querelante (ação penal privada).

Art. 311 – em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal, caberá a prisão
preventiva decretada pelo juiz, a requerimento do Ministério Público, do querelante ou do
assistente, ou por representação da autoridade policial.

ATENTE-SE!! Isso é novidade do pacote anticrime que certamente estará na sua


prova!!

Juiz não pode decretar prisão preventiva de ofício. NÃO pode decretar preventiva de
ofício na fase de investigação. NÃO pode decretar preventiva de ofício durante o
processo/instrução criminal.

ATENÇÃO!

O art. 316 do CPP prevê que o juiz pode, de ofício ou a requerimento, REVOGAR a
prisão preventiva. Veja: o juiz não pode decretá-la de ofício, mas revogar pode!

DICA 181
PRESSUPOSTOS DA PRISÃO PREVENTIVA
Pressupostos da prisão preventiva se trata do que é preciso para que o juiz possa decretá-
la. Essa resposta nós encontramos no art. 312 do CPP.

Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como (1) garantia da ordem pública,
da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal ou para assegurar a
aplicação da lei penal, quando houver (2) prova da existência do crime e indício
suficiente de autoria e de perigo gerado pelo estado de liberdade do imputado.

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PROVA da existência do crime

INDÍCIO suficiente de autoria

Pressupostos Da Garantia da ordem pública


Prisão Preventiva

Garantia da ordem econômica

ia
Conveniência da instrução criminal

Garantia da aplicação da lei penal

Esses pressupostos servem como norte ao juiz. Só poderá decretar a prisão preventiva caso
esteja presente a prova da existência do crime e indício suficiente de autoria. E, mesmo
presentes esses 2 requisitos, ainda assim só poderá decretá-la para a finalidade de garantia
da ordem pública/econômica, para a conveniência da instrução criminal ou para a garantia
da aplicação da lei penal.
Mnemônico:

“PRECISA de 3GIN”

PRECISA → PRova da Existência do Crime + Indício Suficiente de Autoria.


3G → Garantia da ordem pública + Garantia da ordem econômica + Garantia da
aplicação da lei penal.

IN → Conveniência da Instrução criminal

DICA 182

HIPÓTESES DE ADMISSIBILIDADE DA PRISÃO PREVENTIVA

Não é para todo e qualquer crime que se admite a prisão preventiva. Imaginem só uma
prisão preventiva decretada num crime em que sequer seja punido com pena privativa de
liberdade. A prisão preventiva (de natureza processual) seria mais grave do que a própria
pena máxima daquele crime.

É por isso que o art. 313 prevê as hipóteses de admissibilidade da prisão preventiva,
sendo admissível nos seguintes casos:

nos crimes DOLOSOS punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 4
anos;

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se tiver sido condenado por OUTRO crime doloso (o acusado deve ser reincidente em
crime doloso);

Quando o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança,


adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a execução das
medidas protetivas de urgência.

Além disso, o art. 313, parágrafo único do CPP admite a prisão preventiva quando se
tiver dúvida sobre a identidade civil da pessoa ou quando essa pessoa não fornecer
dados para esclarecer a sua identidade.

Por fim, o CPP também prevê a decretação da prisão preventiva em razão do


descumprimento de outras medidas cautelares diversas da prisão. Exemplo: réu que
arrebenta a tornozeleira eletrônica na intenção de fraudá-la. Pode ser decretada a prisão
preventiva.

DICA 183

CITAÇÕES E INTIMAÇÕES: CITAÇÃO PESSOAL

A citação poderá ser de duas espécies:

Real ou pessoal (a regra): mandado, carta precatória, carta de ordem ou por carta
rogatória;

Ficta ou presumida (medida excepcional): citação por edital e por hora certa;

Se o acusado estiver na mesma jurisdição, será feita por mandado e se estiver em outra
jurisdição, será feita por precatória;

Apenas se a citação pessoal não for possível, será realizada uma das espécies da citação
ficta, a depender do caso;

FIQUE ATENTO (A)! O preso será citado pessoalmente.

DICA 184

CITAÇÃO POR EDITAL

É espécie de citação ficta que ocorre quando o réu está em local incerto e não sabido.

O prazo será de 15 dias;

Se o acusado aparecer depois de citado, o processo segue normal;

Se ele não aparecer, o processo será suspenso junto com o prazo prescricional.

DICA 185

DOS PROCESSOS EM ESPÉCIE

Tipos de Procedimento:

O procedimento poderá ser comum ou especial.

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O procedimento comum poderá ser:

ORDINÁRIO: pena máxima igual ou superior a 4 anos;

SUMÁRIO: pena máxima superior a 2 anos e inferior a 4 anos (ou seja, quase sempre
3 anos);

SUMARÍSSIMO: crimes com pena máxima até 2 anos e contravenções penais;

JÚRI: crimes dolosos contra a vida (homicídio, auxílio ao suicídio ou automutilação,


infanticídio e aborto), independente da pena.

ATENÇÃO!

No processo civil o procedimento sumário foi extinto, mas segue existindo no


processo penal.

DICA 186
RESPOSTA À ACUSAÇÃO
Também pode ser chamada de defesa prévia ou preliminar;
Se o juiz não rejeitar a denúncia ou queixa e recebê-la intimará o acusado para responder
à acusação, nos procedimentos sumário e ordinário;
O prazo será de 10 dias;
Se o réu for citado por edital, o prazo de 10 dias só começará a contar do seu
comparecimento ou do seu defensor constituído.
DICA 187
ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA

O Juiz, depois de analisar a defesa preliminar (resposta à acusação do réu), poderá de


pronto absolvê-lo, se:

Existir manifesta causa excludente da ilicitude do fato;

Existir manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente, salvo


inimputabilidade.
CUIDADO! pois a doença mental não fará o juiz absolver sumariamente o réu.

O fato narrado evidentemente não constituir crime;

Estiver extinta a punibilidade do agente (crime prescrito, réu morto, que já cumpriu a
pena, que recebeu perdão judicial ou indulto);
Cuidado para não confundir com as causas de rejeição da denúncia!

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DICA 188
PRAZOS IMPORTANTES DO PROCEDIMENTO ORDINÁRIO

Vejamos alguns prazos sobre o procedimento ordinário, os quais são importantes para a
sua prova:

ORDINÁRIO

Audiência em 60 dias

Testemunhas 8 de cada lado

Alegações finais orais 20 minutos para cada lado

Tempo de prorrogação 10 minutos para cada lado

Tempo do assistente do MP 10 minutos

Alegações finais escritas (memoriais) 5 dias para cada

Sentença Em audiência ou em 10 dias

DICA 189
PRAZOS IMPORTANTES DO PROCEDIMENTO SUMÁRIO
Vejamos alguns prazos sobre o procedimento sumário, os quais são importantes para a sua
prova:

SUMÁRIO

Audiência em 30 dias

Testemunhas 5 de cada lado

Alegações finais orais 20 minutos para cada lado

Tempo de prorrogação 10 minutos para cada lado

Tempo do assistente do MP 10 minutos

Alegações finais escritas (memoriais) NÃO HÁ

Sentença Sempre em audiência

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DICA 190
TRIBUNAL DO JÚRI: FASES DO JÚRI
O procedimento do Júri é composto por duas fases chamadas de: sumário da culpa
e plenário;

PRIMEIRA FASE SEGUNDA FASE

TESTEMUNHAS 8 TESTEMUNHAS 5

DURAÇÃO 90 DIAS DURAÇÃO SEM PRAZO

INSTRUÇÃO PLENÁRIO

DICA BÔNUS
DECISÕES
A primeira fase do Júri se encerra com uma decisão do Juiz, que pode ser: pronúncia,
impronúncia, desclassificação e absolvição sumária;

Quando há prova da
Encaminhado para a fase
PRONÚNCIA materialidade e indícios de
de plenário de Júri;
autoria;

O processo é extinto, mas


Quando não há provas
a punibilidade do agente
suficientes da materialidade,
IMPRONÚNCIA não. Havendo novas
nem indícios suficientes de
provas, pode haver nova
autoria;
denúncia;

Quando se perceber que não se


O processo será remetido
DESCLASSIFICAÇÃO trata de crime doloso contra a
ao juízo competente;
vida;

Quando estiver provada a


INEXISTÊNCIA do fato;
provado que o acusado NÃO
Nesse caso, o processo é
participou do crime; quando o
ABSOLVIÇÃO extinto e a punibilidade do
fato NÃO for crime; quando o
SUMÁRIA agente também, pois ele é
agente for isento de pena ou
considerado inocente.
houver causa de exclusão do
crime (exceto inimputabilidade
- doença mental)

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DICA BÔNUS
RECURSOS
Cada decisão proferida na primeira fase do Júri é combatida por um recurso.
O macete é: se a decisão começa com vogal, o recurso também; se começa com
consoante, o recurso também:

Pronúncia Recurso em Sentido Estrito

Impronúncia Apelação

Desclassificação Recurso em Sentido Estrito

Absolvição Sumária Apelação

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DIREITO DO TRABALHO
DICA 191
É VÁLIDO ACORDO QUE REDUZIU SALÁRIOS DE MOTORISTAS DO GRUPO DE RISCO
DA COVID-19?
Para o TST, sim! O TST considerou válido acordo que reduziu salários de motoristas do
grupo de risco da covid-19.
Em outras palavras: A redução foi excepcional e temporária, para fazer frente à pandemia,
pela categoria em assembleia e, além disso, não colocou os trabalhadores em situação de
vulnerabilidade.
DICA 192
SÓCIO RETIRANTE
Tema de extrema importância para quem estuda o direito do trabalho. Previsto no período
pós Reforma Trabalhista, no art. 10- A da CLT, aonde a retirada deste sócio altera o contrato
social da empresa, lembrando sempre que só depois de averbado o contrato social, aí o
sócio se torna retirante.

Vejamos a seguir:

Art. 10-A. O sócio retirante responde subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas


da sociedade relativas ao período em que figurou como sócio, somente em ações
ajuizadas até dois anos depois de averbada a modificação do contrato, observada a
seguinte ordem de preferência:
a empresa devedora;
os sócios atuais; e
os sócios retirante.

ATENTE-SE! A responsabilidade de débitos trabalhistas do sócio retirante é


subsidiária, havendo assim responsabilidade principal dos sócios (devedores) principais.
E quanto tempo dura esta responsabilidade do sócio retirante? 2 anos.
DICA 193
DESVIO DE FUNÇÃO
O desvio de função é um assunto que não pode faltar nos seus estudos. Antes de tudo:
Qual a diferença de desvio de função para acúmulo de função?

O acúmulo de função acontece quando um empregado exerce sua função laboral em


conjunto com as atividades de outro cargo.

Ex.: Um estoquista que exerce sua função conjuntamente com a de segurança também,
acumulando as duas atividades. Para que seja considerada como acúmulo, tem que ser uma
situação recorrente e não de forma esporádica.

O desvio de função ocorre na situação em que o empregado exerce uma função


distinta para a que ele foi contratado, sem que exista anuência, permissão e alteração do
contrato de trabalho.

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Ex.: Um zelador que deixa o seu cargo e passa a ser gerente do seu local de trabalho,
todavia sem receber o reajuste salarial, ganhando ainda o salário de zelador. Nesse caso, o
desvio acontece mesmo que seja algo esporádico.
IMPORTANTE: Súmula 378 do STJ dispõe que, é reconhecido o desvio de função, o
servidor faz jus às diferenças salariais decorrentes.
DICA 194
DISCRIMINAÇÃO NO TRABALHO
Como vivemos em um Estado Social e Democrático de Direito, é simplesmente inaceitável
que em qualquer ambiente, inclusive o laboral, haja qualquer conduta de cunho
discriminatório.

Mas o que seriam condutas de teor discriminatório no ambiente de trabalho? Vejamos


alguns exemplos:

Conduta discriminatória contra o trabalhador afrodescendente: A prática de um


ato discriminatório contra o trabalhador afrodescendente quando, por exemplo, o
empregador não admite empregados afrodescendentes. Vale a pena ressaltar que a prática
de racismo é crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos
termos da lei (art. 5º, XLII, CF).

Conduta discriminatória contra o trabalhador pessoa com deficiência: Qualquer


tipo de discriminação contra pessoas com deficiência é inaceitável. Isto inclui também o
ambiente corporativo. O Estatuto da Pessoa com Deficiência visa, dentre outras coisas, fazer
a promoção, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades
fundamentais às pessoas com deficiência.
A pessoa com deficiência tem direito ao trabalho de sua livre escolha e aceitação, em
ambiente acessível e inclusivo, em igualdade de oportunidades com as demais pessoas,
bem como é proibida a restrição ao trabalho da pessoa com deficiência e qualquer
discriminação em razão de sua condição, inclusive nas etapas de recrutamento, seleção,
contratação, admissão, exames admissional e periódico, permanência no emprego,
ascensão profissional e reabilitação profissional, bem como exigência de aptidão plena.
IMPORTANTE: A nomenclatura “pessoa portadora de deficiência” está em desuso. O
certo é pessoa com deficiência.
Lembrando: O nosso ordenamento jurídico tem a previsão das medidas que asseguram
um percentual de vagas reservadas para pessoas com deficiência, tanto no setor público
(art. 37, VIII, da CF/88) como no setor privado.

Conduta discriminatória contra o trabalhador idoso: O Estatuto do Idoso traz


categoricamente em seu artigo 26 que direito dos idosos ao exercício laboral, sendo
respeitadas suas condições físicas, intelectuais e psíquicas deste idoso.
Na admissão do idoso em qualquer trabalho ou emprego, é proibida a discriminação e até
mesmo a fixação de um limite máximo de idade, até mesmo em casos envolvendo
concursos, exceto nos casos em que a natureza do cargo em si o exigir.

Exigir “boa aparência” é prática discriminatória? Sim.

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DICA 195
DISPENSA DISCRIMINATÓRIA
Esta dispensa ocorre quando o empregador, pautado em algum argumento de cunho
discriminador, dispensa seu empregado.
A súmula 443 do TST traz um exemplo: “Presume-se discriminatória a despedida de
empregado portador do vírus HIV ou de outra doença grave que suscite estigma ou
preconceito. Inválido o ato, o empregado tem direito à reintegração no emprego.” Ou seja,
neste exemplo, o empregador dispensa seu empregado soropositivo baseado em um
preconceito tacanho, havendo assim a dispensa discriminatória. Também há outros
exemplos, como o empregador que demite o empregado que ajuizou ação em face da
empresa, dispensa do empregado que espirrou e o empregador julgou que ele estava com
coronavírus, entre outros casos.
Ocorrendo a dispensa discriminatória, ele (empregado) poderá voltar e receber os salários
do período em que ele esteve dispensado.
DICA 196
PESSOA COM DEFICIÊNCIA APRENDIZ
É importante que você saiba que o contrato de aprendizagem não pode ter mais de 2
anos, salvo quando se for um aprendiz pessoa com deficiência, conforme normatizado
no art. 428, § 3º da CLT. E mais: A idade máxima não é aplicada em casos de aprendizes
com deficiência, conforme está no art. 428, § 5º da CLT.
Recentemente, o TST manteve a nulidade de redução de cota para pessoas com deficiência
e aprendizes.
DICA 197
HONORÁRIOS DO INTÉRPRETE
Imagine um processo trabalhista aonde as partes não falem a mesma língua.

Ex.: Uma parte é brasileira e outra é francesa. Será preciso um intérprete para mediar
essa conversa entre as partes. Mas quem paga estes honorários? Em caso de intérpretes
parte sucumbente, exceto se a parte for beneficiária da gratuidade de justiça, conforme
normatizado no parágrafo 2º da pela Lei 13.660/2018.
Lembrando que a necessidade de intérprete também ocorre em caso de uma das partes
ser surdo-mudo, ou de mudo que não saiba escrever. Em todas as possibilidades, o
intérprete deverá ser devidamente nomeado pelo juiz ou presidente.
DICA 198
VALE TRANSPORTE
Para que se tenha o direito ao vale-transporte, o empregado necessita dizer ao seu
empregador o seu endereço domiciliar, isto é, onde ele mora e também falar quais os meios
de transporte que precisará utilizar neste trajeto, como por exemplo ônibus, metrô, barca,
trem entre outros.
OBS.: Trabalhador que labora em sua própria residência tem direito ao recebimento do
vale transporte?

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NÃO, por não haver o preenchimento dos requisitos constantes no art. 1º da Lei n. 7.418/85
e no art. 2º do Decreto n. 95.247/87. O benefício do vale-transporte é devidamente
assegurado a todos os empregados que necessitam sair de sua residência ao local de
trabalho.
DICA 199
REVISTA DE BOLSAS GERA DANO MORAL?
Um determinado local de trabalho, que vende joias extremamente valiosas, regularmente
realiza revistas das bolsas dos funcionários. Esta revista viola a intimidade? Gera direito ao
recebimento de indenização por dano moral? A resposta é NÃO.
É de suma importância que você não confunda revista de bolsa com revista íntima. Não
é revista íntima aquela na qual o empregador se limita, por simples contato visual, verificar
conteúdo de bolsas.
Em outras palavras, a revista de bolsas é um exercício regular direito do empregador de
proteger seu patrimônio.

ATENÇÃO!!

A revista em questão deve ser moderada.


Para maiores informações, recomendamos que você assista ao vídeo “Empresas podem
revistar bolsas e armários de empregados?”, disponível no canal do Tribunal Superior do
Trabalho, no Youtube.

DICA 200
OFENSA EM GRUPO DE TRABALHO NO WHATSAPP
Grupos de mensagens em aplicativos são extremamente comuns nos dias atuais, inclusive
em empresas, aonde muitas vezes são utilizados para dar recados, marcar reuniões, fazer
lembretes, discutir assuntos entre outros.
Mas o que ocorre quando esta ferramenta é utilizada para ofender e humilhar? A ofensa
em grupo de WhatsApp do trabalho (grupo corporativo) gera dano moral? A resposta é
SIM.

Lembrando que é punível não só a ofensa, mas também o assédio, quer seja ele
moral, sexual, entre outros. Veja abaixo esta recente notícia do TST:

DICA 201
EXIGÊNCIA DE TESTE DE HIV PARA ADMISSÃO
Imagine uma empresa que exija como pré-requisito para a contratação de empregados
um exame de HIV. Será que está exigência é correta e está em concordância com o
nosso ordenamento jurídico? A resposta para esta pergunta é não.
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Exigir exame de HIV com o intuito de contratação é uma atitude altamente
discriminatória, e sua exigência gera direito à indenização por dano moral.

SÚMULA 443 DO TST:

“Presume-se discriminatória a despedida de empregado portador do vírus HIV ou de outra


doença grave que suscite estigma ou preconceito. Inválido o ato, o empregado tem direito
à reintegração no emprego”.

DICA 202
MEDIAÇÃO
A mediação é uma forma efetiva de pacificação social, resolução e prevenção de litígios,
controvérsias e conflitos. Lembrando sempre que o mediador tem um discurso persuasivo,
e não impositivo.
IMPORTANTE: A mediação também pode ser feita diante do Ministério Público do
Trabalho.

Mediação coletiva de trabalho: É uma maneira de composição voluntária entre


entidades sindicais ou entre estas e empresas, e tem lugar quando as possibilidades de
entendimento direto entre as partes se esgotaram, tornando necessária a intervenção de
um terceiro imparcial e sem interesse direto na demanda, para auxiliá-las a encontrar
a solução do conflito.
DICA 203
ADICIONAL DE PERICULOSIDADE E O BOMBEIRO CIVIL
O adicional de periculosidade é devido em caso de bombeiro civil de entidade
educacional?
Sim, em uma decisão recente do TST, no RR-1002032-48.2017.5.02.0045, o profissional
bombeiro civil de entidade educacional tem sim direito ao adicional de periculosidade, visto
que , apesar do artigo 2º da Lei 11.901/09 considerar o profissional bombeiro civil como o
que, desde que devidamente habilitado, exerça, em caráter habitual, função remunerada
e exclusiva de prevenção e combate a incêndio, como empregado contratado diretamente
por empresas privadas ou públicas, sociedades de economia mista, ou empresas
especializadas em prestação de serviços de prevenção e combate a incêndio. Todavia, a
expressão “exclusiva” não pode ser utilizada para prejudicar o profissional em questão.
Para o TST, a profissão do bombeiro civil lida com perigos, sendo assim devido o
adicional de periculosidade.
DICA 204
APOSENTADO E SUA FILIAÇÃO NO SINDICATO
Aposentado pode permanecer como filiado ao sindicato? A nossa Constituição
Federal, em seu art.8º, permite que pessoas aposentadas não apenas continuem filiados,
mas também podendo votar e até ser votado. Vejamos a seguir:

Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte:


VII - o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizações sindicais;

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DICA 205
LOCK-OUT
É um tipo de paralisação do trabalho por parte do empregador, tendo esta paralisação o
claro intuito de acabar ou até mesmo frustrar uma negociação coletiva, ou dificultar o
atendimento de reivindicações dos respectivos empregados.
Esta prática é proibida pela nossa legislação, conforme afirma o art. 17 da Lei n. 7.783/89,
sendo devidamente assegurado aos empregadores, em casos de lock-out, o direito à
percepção dos salários durante o período da paralisação das atividades.
DICA 206
ADESÃO À GREVE CONSTITUI FALTA GRAVE?
Imagine que um empregado, que tem a estabilidade garantida por lei, aderiu à uma greve
pacífica. Esta adesão pode ser vista pelo nosso ordenamento jurídico como uma falta grave,
ensejando dispensa com justa causa? A resposta é NÃO.

Veja o que a súmula 316 do STF afirma: “A simples adesão à greve não constitui falta
grave.”
Mesmo que haja a negociação do sindicato da categoria para o fim do movimento, estes
permaneçam em estado de greve, ainda assim, não se constitui em falta grave, sendo este
entendimento consolidado pelo TST.
DICA 207
VALE CULTURA
O vale cultura é um direito garantido, sendo um auxílio ligado ao Programa de Cultura do
Trabalhador, que tem como objetivo garantir acesso e incentivo aos programas culturais
brasileiros.
Permite o empregador poder ir ao cinema, ao teatro, a shows, exposições e outros
espetáculos. O auxílio também pode ser utilizado na compra e aluguel de livros, DVDs,
revistas e jornais. Em caso de compras com valor maior que o benefício, o usuário poderá
utilizar o crédito acumulado, já que não existe validade para o uso do auxílio.
LEMBRANDO: Nos termos do art. 458, § 2º, VIII, da CLT, o vale cultura não tem
natureza salarial.
DICA 208
RECUSA À VACINAÇÃO DE COVID-19
A recusa à vacinação de covid-19 gera justa causa?
Segundo o TRT/SP, a recusa a se vacinar contra o coronavírus, sem justificativa, gera justa
causa, pela indisciplina e insubordinação. O caso em questão versa sobre uma
empregada, já advertida, por não ter ido à 1ª campanha de vacinação, que prosseguiu se
recusando terminantemente a se vacinar na 2ª campanha. Logo, neste caso, o interesse
individual não se sobrepõe sobre o interesse coletivo.
O acordão inclusive cita a recomendação da OMS em se vacinar, para trazer a chamada
imunização do rebanho. Caso a prova traga está questão, importante que você saiba disto.
Há, inclusive, decisão do plenário do STF (ARE 1267879 e ADIs 6586 e 6587) comentando

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que, desde que sejam respeitados limites mínimos, poderá o Estado tornar obrigatória a
vacinação, por intermédio de restrições à direitos individuais.

→ INTERESSE COLETIVO>INTERESSE INDIVIDUAL

DICA 209
CENTRAIS SINDICAIS
A Lei n. 11.648 foi a responsável pela inserção das centrais sindicais na estrutura
sindical do ordenamento jurídico brasileiro. Lembrando que as centrais sindicais são um
assunto que pode sim estar presente na sua prova, e algumas são bem conhecidas, como
a CUT (Central Única dos Trabalhadores).

Mas o que a lei diz sobre as centrais sindicais:

Art. 1º: A central sindical, entidade de representação geral dos trabalhadores,


constituída em âmbito nacional, terá as seguintes atribuições e prerrogativas:
coordenar a representação dos trabalhadores por meio das organizações sindicais a ela
filiadas; e
participar de negociações em fóruns, colegiados de órgãos públicos e demais espaços de
diálogo social que possuam composição tripartite, nos quais estejam em discussão
assuntos de interesse geral dos trabalhadores.

→ CENTRAL SINDICAL = Entidade Associativa De Direito Privado Composta Por


Organizações Sindicais De Trabalhadores.

DICA 210
LICENÇA MATERNIDADE

O período é de 120 dias, sem que haja qualquer tipo de prejuízo laboral e salarial:

Art. 392 da CLT: “A empregada gestante tem direito à licença-maternidade de 120


(cento e vinte) dias, sem prejuízo do emprego e do salário.
§ 1º A empregada deve, mediante atestado médico, notificar o seu empregador da data
do início do afastamento do emprego, que poderá ocorrer entre o 28º (vigésimo oitavo)
dia antes do parto e ocorrência deste.
§ 2º Os períodos de repouso, antes e depois do parto, poderão ser aumentados de 2
(duas) semanas cada um, mediante atestado médico.
§ 3º Em caso de parto antecipado, a mulher terá direito aos 120 (cento e vinte) dias
previstos neste artigo.
§ 4º É garantido à empregada, durante a gravidez, sem prejuízo do salário e demais
direitos:
I – transferência de função, quando as condições de saúde o exigirem, assegurada a
retomada da função anteriormente exercida, logo após o retorno ao trabalho;
II – dispensa do horário de trabalho pelo tempo necessário para a realização de, no
mínimo, seis consultas médicas e demais exames complementares.”

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E o que ocorre em caso do bebê nascer morto?
Havendo a ocorrência do parto em si, a grávida terá direito à licença-maternidade e ao
salário-maternidade, sendo irrelevante se o bebê nasceu ou não com vida.
Lembrando sempre que este benefício cabe também em casos de empregada que venha
a adotar ou tiver guarda provisória para fins de adoção, conforme normatiza o art. 392-
A da CLT.
IMPORTANTE: A licença-maternidade só será concedida mediante apresentação do
termo judicial de guarda à adotante ou guardiã.

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PROCESSO DO TRABALHO

DICA 211
RECURSO DE REVISTA
Conhecido por ser um recurso bastante técnico, o recurso de revista (com sua normatização
no artigo 896 da CLT) tem uma natureza de cunho extraordinário, bem como o recurso
especial julgado pelo STJ e o recurso extraordinário, que é julgado pelo STF. E é de suma
importância que você saiba que o jus postulandi não se aplica ao recurso de revista,
conforme traz a Súmula 425 do TST.

→ O prazo é de 8 dias úteis.


E qual seu cabimento? Cabe em 3 situações:

Quando o TRT vier a dar à Lei Federal uma interpretação divergente ou diferente de
algum outro TRT, da Seção de Dissídios Individuais, de Súmula ou Orientação
Jurisprudencial do TST ou de Súmula Vinculante do STF.

Uma decisão do TRT der à lei estadual, convenção coletiva de trabalho, acordo coletivo
de trabalho, regulamento interno de empresa ou sentença normativa interpretação distinta
de outro TRT, Seção de Dissídios Individuais, súmula ou orientação jurisprudencial do TST
ou súmula vinculante do STF.

Quando o TRT violar a CF/88 ou lei federal.


DICA 212
TRANSCENDÊNCIA

É a ideia da extrema importância do tema tratado pelo Recurso de Revista, que não se
prende apenas às partes. Já havia previsão deste instituto antes da Reforma Trabalhista,
mas sua normatização mais concreta veio na Reforma Trabalhista, aonde vieram os
indicativos abaixo elencados:

São indicadores de transcendência, entre outros (art. 896-A, § 1°, CLT):

econômica, o elevado valor da causa;

política, o desrespeito da instância recorrida à jurisprudência sumulada do Tribunal


Superior do Trabalho ou do Supremo Tribunal Federal;

social, a postulação, só podendo ser alegada pelo reclamante-recorrente, de direito social


constitucionalmente assegurado;

jurídica, a existência de questão nova em torno da interpretação da legislação trabalhista.

Precisa de todos? Não, apenas um já basta.


Lembrando que a lei não impõe que haja neste recurso um tópico próprio no recurso de
revista, muito embora seja altamente recomendado que tenha.

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DICA 213
PREQUESTIONAMENTO
O prequestionamento é a matéria que será discutida no recurso. É prequestionada a
matéria ou questão quando na decisão impugnada haja sido adotada, explicitamente, tese
a respeito.
Não entendeu? Em outras palavras, o prequestionamento é a manifestação prévia do
Poder Judiciário sobre a matéria que será o objeto de discussão no recurso de revista. Ou
seja, nada de trazer coisas novas no recurso de revista.

Art. 896, § 1º-A, I, da CLT e Súmula 297 do TST:

Art. 896, § 1º-A, I, da CLT: Diz-se prequestionada a matéria quando na decisão


impugnada haja sido adotada expressamente tese a respeito (Súmula 297, I, do TST).

SÚMULA 297, DO TST:

Inciso II. dispõe a Oposição de Embargos de Declaração em caso de ausência de


prequestionamento.
Inciso III. Considera-se prequestionada questão jurídica invocada em recurso principal
sobre o qual se omite o Tribunal de pronunciar tese, não obstante opostos embargos de
declaração (prequestionamento tácito).

DICA 214
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE
É uma forma de defesa na fase de execução, aonde o executado pode arguir questões
de ordem pública e nulidades do título executivo, com a consequente extinção da execução.
Mas há um fundamento para ela em nossa legislação? Na verdade, não. É uma criação de
teor jurisprudencial.

→ PRÉ-EXECUTIVIDADE = ANTES DA PENHORA


Todavia pode ser utilizada como base legal desta peça o art. 5º, XXXV, da CF/88 e os artigos
518 e 803, parágrafo único, do CPC.
IMPORTANTE: Enunciado 48 da Jornada de Execução Trabalhista: EXCEÇÃO DE PRÉ-
EXECUTIVIDADE. MANDADO DE SEGURANÇA. INCABIMENTO. Incabível mandado de
segurança da decisão que rejeita ou que não admite exceção de pré-executividade.
DICA 215
RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL
Serve para fazer a impugnação decisões denegatórias de habeas corpus, mandado de
segurança, habeas data e mandado de injunção, julgados em única instância pelos
tribunais superiores. No que tange a Justiça do Trabalho, o recurso caberá quando estes
processos forem julgados, pelo Tribunal Superior do Trabalho, em uma instância única. Não
há necessidade de preparo e seu prazo é de 15 dias.

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Art. 102 da CF/88: Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a


guarda da Constituição, cabendo-lhe:
II – julgar, em recurso ordinário:
a) o habeas corpus, o mandado de segurança, o habeas data e o mandado de injunção
decididos em única instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão; (...).

E de quem é a competência? O recurso ordinário constitucional é de competência do


STF.
IMPORTANTE: Não se admite recurso adesivo no Recurso Ordinário Constitucional.
DICA 216
EMBARGOS À EXECUÇÃO
Com prazo de 5 dias contados da intimação da penhora ou do depósito da quantia
devida, estes embargos permitem que sejam escutadas até 3 testemunhas.
Os embargos à execução serão devidamente julgados pelo juízo que processou a execução,
ou seja, a Vara do Trabalho que fez a realização dos atos no processo de execução.
Ex.: Sendo requerida a execução da sentença pela 4ª Vara do Trabalho de São Paulo
/SP, a competência é desta Vara.
Em outras palavras: O recurso que pode ser interposto pelo executado se chama "embargos
à execução". Em momento posterior da decisão do magistrado, será possível ingressar com
um recurso novo, o "agravo de petição", tendo prazo de oito dias.
DICA 217
EMBARGOS À EXECUÇÃO - ILEGITIMIDADE DE PARTE
Esta é uma das teses dos embargos à execução, sendo inclusive já tema da prova de uma
questão do Exame da OAB. É quando o embargante fala que não tem relação com a
execução, como por exemplo o ex-sócio que diz que se retirou da sociedade há mais de 2
anos do ajuizamento da ação, sendo, portanto, sócio retirante (prevista no prevista no art.
10-A da CLT) e não tendo qualquer relação com o processo.
IMPORTANTE: Os embargos à execução não terão efeito suspensivo.
DICA 218
EMBARGOS À EXECUÇÃO - COMPETÊNCIA
O juízo que terá competência para fazer a apreciação os embargos à execução será o juízo
da execução (Vara do Trabalho ou Tribunal Regional do Trabalho).
E em casos de carta precatória?
Na execução por carta precatória, a oposição dos embargos poderá ocorrer no juízo
deprecante ou deprecado, mas quem julga, como regra geral, é o juízo deprecante.

Deprecante: Juízo de origem dos dados da carta precatória. É quem realiza o envio;

Deprecado: Juízo que recebe a carta precatória e realiza o cumprimento.

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DICA 219
EMBARGOS DE TERCEIRO
Apesar de não ter uma previsão legal na CLT, cabem embargos no direito processual
trabalhista, com sua base legal nos arts. 674 a 680 do CPC.

Vamos ver uma parte importante:

Art. 674, § 2°, do CPC:

→ o cônjuge ou companheiro, quando defende a posse de bens próprios ou de sua


meação;

→ o adquirente de bens cuja constrição decorreu de decisão que declara a ineficácia da


alienação realizada em fraude à execução;

→ quem sofre constrição judicial de seus bens por força de desconsideração da


personalidade jurídica, de cujo incidente não fez parte;

→ o credor com garantia real para obstar expropriação judicial do objeto de direito real
de garantia, caso não tenha sido intimado, nos termos Legais dos atos expropriatórios
respectivos.

A propósito: O recurso cabível em face da sentença proferida nos embargos de


terceiro na execução é o agravo de petição.
DICA 220
EMBARGOS DE TERCEIRO - COMPETÊNCIA
Quando falamos de embargos de terceiro, o juízo que tem a competência para fazer a devida
apreciação dos embargos de terceiro será o juízo que determinou a apreensão do bem
(Vara do Trabalho ou Tribunal Regional do Trabalho).
Há distribuição por dependência dos embargos de terceiro ao processo em que tramita a
execução.
DICA 221
EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA
Cabem embargos de divergência no TST em face da decisão colegiada em matéria de
direito individual, sendo este normatizado no art. 894, II, da CLT.
Possui natureza extraordinária? Sim.

IMPORTANTE: Lei 7.701/88.


Art. 3º - Compete à Seção de Dissídios Individuais julgar:
III - em última instância:
b) os embargos das decisões das Turmas que divergirem entre si, ou das decisões
proferidas pela Seção de Dissídios Individuais;
Cabem embargos de divergência quando houver desentendimento entre:
→ TURMA x TURMA
→ TURMA x POSICIONAMENTO DA SDI

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→ TURMA x SÚMULA DO TST


→ TURMA x ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL DO TST
→ TURMA x SÚMULA VINCULANTE DO STF
DICA 222
EMBARGOS DE INFRINGÊNCIA
Disposto no art. 894, I, a, da CLT, os embargos de infringência devem ser opostos contra
decisão colegiada, conforme normatizado na OJ 378 da SDI-I. Há a necessidade de preparo,
ou seja, de custas + depósito recursal. A não unanimidade é um dos requisitos destes
embargos.

Art. 894. No Tribunal Superior do Trabalho cabem embargos, no prazo de 8 (oito) dias:
I - de decisão não unânime de julgamento que:
a) conciliar, julgar ou homologar conciliação em dissídios coletivos que excedam a
competência territorial dos Tribunais Regionais do Trabalho e estender ou rever as
sentenças normativas do Tribunal Superior do Trabalho, nos casos previstos em lei;

→ INFRINGÊNCIA = DECISÃO NÃO UNÂNIME


DICA 223
DISSÍDIO COLETIVO DE NATUREZA JURÍDICA
O dissídio coletivo tem como característica o intuito de que haja a interpretação de normas
jurídicas que já sejam pré-existentes, sendo um exemplo disto a sentença normativa.
De acordo com a OJ 7 da SDC do TST, não é cabível o dissídio coletivo de natureza jurídica
para interpretar artigo da CLT. Estes dissídios aqui tratados poderão entrar na discussão,
por exemplo, de condições salariais, horas extras entre outros.
Para fixar melhor:

DISSÍDIO COLETIVO JURÍDICO:

Sem comum acordo


Interpretar normas jurídicas
Sentença declaratória

DICA 224
AGRAVO REGIMENTAL
É um recurso que cabe em face de decisões monocráticas proferidas pelos TRTs ou
TST, não havendo necessidade alguma de preparo. E mais: o agravo regimental será
interposto em duas peças: Uma de interposição e outra de minuta de agravo
regimental/interno.
IMPORTANTE: Recurso ordinário interposto contra despacho monocrático indeferitório
da petição inicial de ação rescisória ou de mandado de segurança pode, pelo princípio de
fungibilidade recursal, ser recebido como agravo regimental. Hipótese de não conhecimento
do recurso pelo TST e devolução dos autos ao TRT, para que aprecie o apelo como agravo
regimental (OJ 69 da SDI- II).

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DICA 225
RECURSO EXTRAORDINÁRIO
É o tipo de recurso aonde existe uma afronta direta e literal ao texto constitucional.
Em casos envolvendo este recurso, não há mais a necessidade do preparo, ou seja, de
custas + depósito recursal.
Veja o motivo: Tema 679 de Repercussão Geral: "Surge incompatível com a
Constituição Federal exigência de depósito prévio como condição de admissibilidade do
recurso extraordinário, no que não recepcionada a previsão constante do § 1º do artigo 899
da Consolidação das Leis do Trabalho, sendo inconstitucional a contida na cabeça do artigo
40 da Lei nº 8.177 e, por arrastamento, no inciso II da Instrução Normativa nº 3/1993 do
Tribunal Superior do Trabalho”

→ Recurso extraordinário é o recurso impetrado diretamente no STF.


DICA 226
RECURSO EXTRAORDINÁRIO- REPERCUSSÃO GERAL
Em casos de Recurso Extraordinário, o recorrente precisa demonstrar a repercussão geral
das questões constitucionais discutidas, para que o Tribunal venha a examinar a admissão
do recurso, e neste ponto só poderá recusar este recurso quando houver manifestação de
2/3 de seus membros, conforme normatizado no art. 102, § 3º da CF/88:

Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da


Constituição, cabendo-lhe:
§ 3º No recurso extraordinário o recorrente deverá demonstrar a Repercussão Geral das
questões constitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que o Tribunal
examine a admissão do recurso, somente podendo recusá-lo pela manifestação de dois
terços de seus membros.

DICA 227
EXCEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA RELATIVA
Aqui é bem simples entender: No campo processual do trabalho, só há uma situação de
incompetência relativa: A incompetência territorial, que veremos abaixo:

Art. 651 da CLT: A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é determinada


pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao
empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro.

Sujeitos desta relação:


Excipiente: quem a alega.
Excepto: em face de quem é alegada.
DICA 228
EXCEÇÃO DE SUSPEIÇÃO/IMPEDIMENTO
Neste caso, devemos observar o disposto no art. 802 da CLT;

Apresentada a exceção de suspeição, o juiz ou tribunal designará audiência dentro de 48


(quarenta e oito) horas, para instrução e julgamento da exceção.

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§ 1º Nas Juntas de Conciliação e Julgamento e nos Tribunais Regionais, julgada
procedente a exceção de suspeição, será logo convocado para a mesma audiência ou
sessão, ou para a seguinte, o suplente do membro suspeito, o qual continuará a funcionar
no feito até decisão final. Proceder-se-á da mesma maneira quando algum dos membros
se declarar suspeito.
§ 2º Se se tratar de suspeição de juiz de direito, será este substituído na forma da
organização judiciária local.

IMPORTANTE: Sabendo destas informações de grande importância, é preciso que se


saiba que na exceção de suspeição/impedimento, caso esta seja julgada como procedente,
vai ser convocado para a mesma audiência o chamado suplente, e este ficará até o final.
Porém, se for julgada como improcedente, o magistrado deve, no prazo de 15 dias, fazer o
encaminhamento dos autos, com suas razões e eventuais provas que deseja produzir, ao
TRT respectivo, por força da aplicação subsidiária do art. 146 do CPC/2015.
DICA 229
EXECUÇÃO CONTRA A FAZENDA PÚBLICA
A execução contra a Fazenda Pública é processada do mesmo jeito de quando o
devedor é uma pessoa física ou jurídica de direito privado, pois os bens da Fazenda
Pública são impenhoráveis e imprescritíveis, não estando sujeitos a usucapião. Inclusive, a
Fazenda Pública é dispensada de garantir de forma prévia o juízo para opor embargos à
execução.

Art. 102 do CC/02: Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.

E ainda é importante que você saiba que:

"OJ 343 DA SDI-I/TST. PENHORA. SUCESSÃO. ART. 100 DA CF/1988. EXECUÇÃO. É


válida a penhora em bens de pessoa jurídica de direito privado, realizada anteriormente
à sucessão pela União ou por Estado-membro, não podendo a execução prosseguir
mediante precatório. A decisão que a mantém não viola o art. 100 da CF/1988".

DICA 230
AÇÕES POSSESSÓRIAS
Ações possessórias no direito do trabalho? Isto mesmo. Imagine a situação aonde
grevistas, com o intuito de forçar que o empregador, começam a barrar a entrada de todos
na empresa e montam barricadas, nas quais visam impedir que pessoas entrem lá. Ademais,
os grevistas quebram diversas maquinas lá dentro. O dono da empresa poderá ingressar
com uma ação de reintegração de posse.
E quais são as ações possessórias? Ação de reintegração de posse, interdito proibitório e
ação de manutenção da posse;
IMPORTANTE: Os grevistas não poderão impedir o acesso à empresa, conforme o
normatizado no art. 6º, § 3º da Lei n. 7.783/89.

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DIREITO ELEITORAL

DICA 231
DIREITO ELEITORAL E PAUTAS IGUALITÁRIAS – PESSOAS NEGRAS
Da mesma forma que a população feminina, a população negra encontra-se sub-
representada nas esferas de poder.
Nos últimos tempos, observa-se uma série de políticas voltadas à promoção de candidaturas
de pessoas negras através de dispositivos que muitas vezes se sobrepõem a dispositivos
que promovem o incentivo às candidaturas femininas.
o artigo 17, parágrafo quarto e o artigo 19, parágrafo terceiro, ambos da Resolução TSE n.º
23.607/2019 tratam acerca da obrigatoriedade de os partidos destinarem percentuais de
recursos do Fundo Partidário e do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC)
para o financiamento de candidaturas femininas e de pessoas negras.
No caso das candidaturas de pessoas negras, o percentual corresponderá à proporção de
mulheres negras e não negras do gênero feminino do partido; e homens negros e não
negros do gênero masculino do partido.
Ou seja, o percentual racial é aferido separadamente pelo recorte de gênero, a fim de se
prevenir sobreposição.
Os percentuais serão aferidos em relação ao total de candidaturas do partido em âmbito
nacional.
DICA 232
DIREITO ELEITORAL E PAUTAS IGUALITÁRIAS – PESSOAS LGTTQIA+
O Princípio Constitucional da Isonomia veda que identidade ou orientação sexual causem
restrições ao exercício dos direitos políticos.
Neste ponto, o Direito Eleitoral pode ser visto como um pioneiro, pois a Jurisprudência do
Tribunal Superior Eleitoral já acolhia a igualdade de direitos nas uniões homoafetivas,
especialmente quanto ao reconhecimento da inelegibilidade reflexa.

Candidata ao cargo de prefeito. Relação estável homossexual com a prefeita reeleita do


município. Inelegibilidade. Art. 14, §7º, da Constituição Federal. Os sujeitos de uma
relação estável homossexual, à semelhança do que ocorre com os de relação estável, de
concubinato e de casamento, submetem-se à regra de inelegibilidade prevista no art. 14,
§ 7º, da Constituição Federal. Recurso a que se dá provimento. (TSE, REsp. Eleitoral
24.564, Rel. Min. Gilmar Mendes, j.01.10.2004).

Ademais, o artigo 16, da Resolução TSE n.º 23.659/2021 trata como Direito Fundamental
da pessoa transgênera fazer constar do Cadastro Eleitoral seu nome social e sua
identidade de gênero.
Na consulta n.º 0604054-58.2017.6.00.0000, o Tribunal Superior Eleitoral entendeu que
tanto os homens quanto as mulheres transexuais e travestis podem ser contabilizados nas
respectivas cotas de candidatura masculina e feminina.

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DICA 233
DIREITO ELEITORAL E PAUTAS IGUALITÁRIAS – PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
Dados do Censo de 2010 apontam que aproximadamente 24% da população do país
apresenta algum tipo de deficiência.
O Código Eleitoral fazia apenas duas referências à questão da deficiência: o artigo 150 trata
do voto do eleitor com deficiência visual e o artigo 135, parágrafo 6º-A, que cuida da
instalação das mesas receptoras nos locais designados pelos juízes eleitorais.
A Resolução TSE n.º 21.008/2002 previa que os juízes eleitorais deverão criar seções
eleitorais especiais, destinadas a eleitores com deficiência.
CUIDADO: o artigo 14, parágrafo terceiro, da Resolução TSE n.º 23.659/2021 proíbe
expressamente a criação de seções eleitorais exclusivas para pessoas com
deficiência.
Além disso, o parágrafo 12, do artigo 42, da mencionada Resolução determina que na
definição da seção eleitoral, será assegurada a acessibilidade a pessoas com deficiência.
A Resolução TSE n.º 23.381/2012 instituiu o “Programa de Acessibilidade destinado ao
eleitor com deficiência ou mobilidade reduzida”. Esta Resolução prevê uma série de medidas
para promover o amplo acesso às pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida no
processo eleitoral.
A Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo
Facultativo foi incorporada ao ordenamento jurídico pátrio com status de norma
constitucional por meio do Decreto n.º 6.949, de 25 de agosto de 2009.
A Convenção foi regulamentada pela Lei n.º 13.146/2015 (Lei Brasileira da Inclusão).
NÃO ESQUEÇA: O artigo 76, parágrafo primeiro, inciso IV, garanta o livre exercício do
direito ao voto, permitindo que a pessoa com deficiência seja auxiliada na votação
por pessoa de sua escolha.
Além disso, o artigo 85, parágrafo primeiro, define que a curatela não alcança o direito
ao voto.
DICA 234
DIREITO ELEITORAL E PAUTAS IGUALITÁRIAS – DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
Pessoas com deficiência intelectual eram consideradas absolutamente incapazes pelo
Código Civil de 2002. Com isso, estas pessoas recebiam em seu cadastro eleitoral uma
anotação de suspensão dos direitos políticos.
Com o advento da Lei Brasileira da Inclusão, revogou-se o mencionado artigo 3º, fazendo
com que o rol dos absolutamente incapazes ficasse limitado apenas aos menores de 16
anos.

ATENÇÃO!!

não há mais limitação ao direito ao exercício do voto das pessoas com deficiência
intelectual. Mesmo aquelas que se encontram sob o regime da curatela não podem
sofrer constrangimento ao exercício do voto.

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A Resolução TSE n.º 23.659, de 26 de outubro de 2021, prevê em seu artigo 15, que não
estará sujeita às sanções legais decorrentes da ausência de alistamento e do não
exercício do voto a pessoa com deficiência para quem seja impossível ou
demasiadamente oneroso o cumprimento daquelas obrigações eleitorais.
DICA 235
DIREITO ELEITORAL E PAUTAS IGUALITÁRIAS – DEFICIÊNCIA VISUAL
Atualmente, todas as urnas eletrônicas são preparadas para atender pessoas com
deficiência visual. Além do sistema braile e da identificação da tecla número cinco nos
teclados, são disponibilizados fones de ouvido nas seções com acessibilidade e naquelas
onde há solicitação nesse sentido, para que o eleitor cego receba sinais sonoros indicando
o número escolhido e o nome do candidato (em voz sintetizada).

ATENÇÃO!!

também é possível utilizar o alfabeto comum ou o braile para assinar o caderno de


votação. O artigo 150 do Código Eleitoral assegura o uso de qualquer instrumento
mecânico que a pessoa com deficiência visual portar.

CUIDADO: A Resolução TSE n.º 23.610/2019 (dispõe sobre propaganda eleitoral) prevê
a utilização do recurso da audiodescrição na propaganda eleitoral, na transmissão dos
debates e na propaganda eleitoral gratuita (artigos 21, caput, em seus artigos 21, caput,
44, parágrafo quinto e 48, parágrafo quarto).

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DIREITO FINANCEIRO

DICA 236
PROGRAMA DE ACOMPANHAMENTO E TRANSPARÊNCIA FISCAL
O Programa de Acompanhamento e Transparência Fiscal tem por objetivo reforçar a
transparência fiscal dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e compatibilizar
as respectivas políticas fiscais com a da União.
IMPORTANTE: Este Programa será avaliado, revisado e atualizado periodicamente, e
será amplamente divulgado, inclusive em meios eletrônicos de acesso público.
DICA 237
PROGRAMA DE ACOMPANHAMENTO E TRANSPARÊNCIA FISCAL
Este programa poderá estabelecer metas e compromissos para o Estado, o Distrito Federal
e o Município.

PODERÁ não é o mesmo que DEVERÁ.

IMPORTANTE: O Estado, o Distrito Federal e o Município que aderir ao Programa firmará


o compromisso de contrair novas dívidas exclusivamente de acordo com os termos do
Programa.
O Programa poderá estabelecer limites individualizados para contratação de dívidas em
percentual da receita corrente líquida, de acordo com a capacidade de pagamento apurada
conforme metodologia definida pelo Ministério da Economia.
DICA 238
PLANO DE PROMOÇÃO DO EQUILÍBRIO FISCAL
O Plano de Promoção do Equilíbrio Fiscal conterá conjunto de metas e de compromissos
pactuados entre a União e cada Estado, o Distrito Federal ou cada Município, com o objetivo
de promover o equilíbrio fiscal e a melhoria das respectivas capacidades de pagamento.
IMPORTANTE: O Plano de Promoção do Equilíbrio Fiscal terá vigência temporária,
requisitos adicionais de adesão por Estado, pelo Distrito Federal ou por Município e demais
condições definidas em regulamento.
DICA 239
PLANO DE PROMOÇÃO DO EQUILÍBRIO FISCAL

O Plano de Promoção do Equilíbrio Fiscal deverá conter, no mínimo:

as metas e compromissos pactuados nos termos do caput;

autorização para contratações de operações de crédito com garantia da União e as


condições para liberação dos recursos financeiros.

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DICA 240
CONCEITO DE DÍVIDA PÚBLICA
De uma forma bem resumida e simples, a dívida pública é resultado dos empréstimos feitos
por entes estatais com o setor privado e com órgãos públicos financeiros. Sendo assim, o
Estado toma dinheiro emprestado, tendo como intuito cobrir o déficit fiscal.
Em outras palavras, quando as despesas estão acima da arrecadação, o Poder Público
precisará obter recursos, tendo como meta o financiamento dos gastos excedentes.

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DIREITO PREVIDENCIÁRIO

DICA 241
BENEFÍCIO ASSISTENCIAL – BENEFÍCIOS EVENTUAIS

São por benefícios eventuais:

As provisões suplementares e provisórias que integrem organicamente as garantias do


SUAS; e

São prestadas aos cidadãos e às famílias em virtude de nascimento, morte, situações de


vulnerabilidade temporária e de calamidade pública.

A concessão e o valor dos benefícios serão definidos pelos Estados, Distrito Federal e
Municípios.

Os benefícios eventuais subsidiários não poderão ser cumulados com aqueles


instituídos pelas Leis no 10.954/04 (Auxílio Emergencial Financeiro para atendimento à
população atingida por desastres).
DICA 242
BENEFÍCIO ASSISTENCIAL – BENEFÍCIOS EVENTUAIS - DO AUXÍLIO-INCLUSÃO

Terá direito à concessão do auxílio-inclusão, a pessoa com deficiência moderada ou


grave que, cumulativamente:

receba o benefício de prestação continuada, e passe a exercer atividade:

que tenha remuneração limitada a 2 (dois) salários-mínimos; e

que enquadre o beneficiário como segurado obrigatório do Regime Geral de


Previdência Social ou como filiado a REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL da
União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios;

tenha inscrição atualizada no CadÚnico no momento do requerimento do auxílio-


inclusão;

tenha inscrição regular no CPF; e

atenda aos critérios de manutenção do benefício de prestação continuada, incluídos


os critérios relativos à renda familiar mensal per capita exigida para o acesso ao benefício.
IMPORTANTE: Com a recente normatização da Lei 14.441/22 ficou instituído que o
auxílio-inclusão será concedido automaticamente pelo INSS, observado o preenchimento
dos demais requisitos, mediante constatação, pela própria autarquia ou pelo ministério
da cidadania, de acumulação do benefício de prestação continuada com o exercício de
atividade remunerada.
DICA 243
BENEFÍCIO ASSISTENCIAL – DO AUXÍLIO-INCLUSÃO - MUDANÇAS RECENTES
Como muitas questões no direito, sempre temos atualizações. E obviamente que nossa
equipe buscou traze-las aqui.
Uma portaria do Ministério do Trabalho, publicada recentemente, passou a permitir que
pessoas com deficiência que comecem a exercer atividade remunerada como militares,

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Memorex OAB – Exame XXXIX – Rodada 05
autônomos e pequenos produtores rurais e mesmo assim prossigam tenham direito ao
auxílio-inclusão.
Com a nova portaria, pessoas de baixa renda com deficiência que comecem a exercer
atividade militar e foram beneficiárias do BPC nos últimos cinco anos podem ter o auxílio.
O grupo inclui bombeiros, policiais militares e das Forças Armadas. Também foram incluídas
pessoas com deficiência que comecem a exercer trabalho autônomo e recolham contribuição
para o INSS como contribuintes individuais.
DICA 244
BENEFÍCIO ASSISTENCIAL – DO AUXÍLIO-INCLUSÃO
O auxílio-inclusão é devido a partir da data do requerimento;
Terá valor correspondente a 50% (cinquenta por cento) do valor do benefício de prestação
continuada em vigor;
Ao requerer o auxílio-inclusão, o beneficiário autorizará a suspensão do benefício de
prestação continuada;

O pagamento do auxílio-inclusão não será acumulado com o pagamento de:

benefício de prestação continuada;

prestações a título de aposentadoria, de pensões ou de benefícios por incapacidade pagos


por qualquer regime de previdência social; ou

seguro-desemprego.
DICA 245
BENEFÍCIO ASSISTENCIAL – DO AUXÍLIO-INCLUSÃO

O pagamento do auxílio-inclusão cessará na hipótese de o beneficiário:

deixar de atender aos critérios de manutenção do benefício de prestação continuada; ou

deixar de atender aos critérios de concessão do auxílio-inclusão.

ATENÇÃO!

Ato do Poder Executivo federal disporá sobre o procedimento de verificação dos


critérios de manutenção e de revisão do auxílio-inclusão.

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