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Rodada 05 12/05/23
Rodada 06 16/05/23
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Portanto, utilize o nosso material com todo o seu esforço, estudando e aprofundando cada
uma das dicas.
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ÍNDICE
ÉTICA ......................................................................................................................................... 4
FILOSOFIA DO DIREITO ............................................................................................... 15
DIREITO CONSTITUCIONAL ....................................................................................... 18
DIREITOS HUMANOS ...................................................................................................... 32
DIREITO INTERNACIONAL .......................................................................................... 34
DIREITO TRIBUTÁRIO ................................................................................................... 37
DIREITO ADMINISTRATIVO ....................................................................................... 44
DIREITO AMBIENTAL ..................................................................................................... 59
DIREITO CIVIL ................................................................................................................... 61
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE .................................................. 68
DIREITO EMPRESARIAL................................................................................................ 89
DIREITO PENAL ................................................................................................................. 93
PROCESSO PENAL........................................................................................................... 107
DIREITO DO TRABALHO ............................................................................................. 118
PROCESSO DO TRABALHO ......................................................................................... 128
DICA 01
DO PROCESSO DISCIPLINAR
O processo Disciplinar é o meio pelo qual apura infração disciplinar dos profissionais
inscritos nos quadros da OAB.
Está fundamentado:
Artigos 68 a 77 do EAOAB;
Artigos 55 a 69 do CED;
Artigos 137-A a 144-A do RGEOAB.
Será aplicado subsidiariamente, ao processo disciplinar, as regras da legislação
processual penal comum.
O processo disciplinar será instaurado de ofício ou mediante representação de qualquer
autoridade ou pessoa interessada.
DICA 02
DAS REPRESENTAÇÕES NO PROCESSO DISCIPLINAR
Representações contra:
Conselho Federal;
Processadas e julgadas
- Membros da DIRETORIA
do Conselho Federal; Conselho Pleno.
- Membros honorários
vitalícios;
- Membros detentores da
medalha RUI BARBOSA.
DICA 04
DA COMPETÊNCIA DO TED COMO ÓRGÃO MEDIADOR
As partes;
Seus defensores;
Autoridade competente.
O sigilo do processo se dá do início dele ao seu término, porém nos casos em que o
advogado for suspenso ou excluído dos quadros da OAB, este deverá ser publicado no
D.O.E.OAB.
DICA 07
DOS PRAZOS NO PROCESSO DISCIPLINAR
Os prazos para manifestação no processo, em geral, são de 15 dias, sendo computados
somente os dias úteis.
Elaboração de pareceres.
DICA 08
DA PRESCRIÇÃO DO PROCESSO DISCIPLINAR
O direito de ação contra infrações disciplinares acometidas pelo advogado prescreve em
05 anos, contados da constatação da data oficial dos fatos (Art. 43, caput EAOAB).
De oficio;
ATENÇÃO!
DICA 11
REVISÃO DO PROCESSO DISCIPLINAR
Haverá possibilidade de revisão do processo disciplinar, conforme preceituam os artigos 73,
§5º do EAOAB e artigo 68 do CED.
Erro de julgamento;
3) O parecer preliminar baseado no artigo 59, § 7º, é submetido ao TED para que haja
enquadramento legal dos fatos imputados ao representado.
DICA 13
ALGUNS PONTOS IMPORTANTES SOBRE O PROCEDIMENTO PROCESSUAL
DICA 15
ADVOGADO ESTRANGEIRO ATUANTE NO BRASIL
Fundamentado no Provimento 91/2000 do Conselho Federal da OAB.
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I. Capacidade civil
II. Diploma ou Certidão de Graduação em Direito.
III. Título de Eleitor e quitação do serviço militar, se brasileiro.
IV. Aprovação em Exame de Ordem
V. Não exercer atividade Incompatível
VI. Idoneidade Moral
VII. Prestar compromisso perante Conselho.
A exceção para tal ato, será do inciso III, ficando dispensado de juntar o título de eleitor
e a quitação do serviço militar.
DICA 17
BRASILEIRO FORMADO NO EXTERIOR E ADVOGAR NO BRASIL
É preciso que o advogado, que seja brasileiro formado no exterior e tenha a pretensão de
advogar no Brasil, faça prova do título de graduação, obtida em instituição estrangeira,
revalidada por órgão oficial brasileiro.
ATENÇÃO!!
DICA 18
SOBRE A ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL – OAB
A OAB é uma entidade “Sui Generis”.
Sua natureza jurídica “Sui Generis” se dá pelo fato de abranger tanto o interesse
público com o privado. Sua dupla finalidade consiste em:
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O Conselho Federal;
Os Conselhos Seccionais;
As Subseções;
A OAB não é fiscalizada por qualquer órgão, realizando assim a sua própria fiscalização,
que ocorre internamente.
Importante: Cabe, privativamente, ao Conselho Federal da OAB, em processo disciplinar
próprio, dispor, analisar e decidir sobre a prestação efetiva do serviço jurídico realizado pelo
advogado.
DICA 20
OUTRAS CARACTERÍSTICAS DA OAB
DICA 21
A RESPEITO DA IMUNIDADE DA OAB E CONTRIBUIÇÃO SINDICAL
A OAB tem imunidade tributária total;
Sendo:
De bens;
Rendas;
Serviços.
Segundo o artigo 47 do EAOAB, o advogado terá um pagamento anual único a OAB.
12
13
Caso seja constrangido a depor, sob ameaça de prisão, tal pessoa incorrerá em
pena, sendo:
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DICA 26
GUSTAV RADBRUCH
Este jurista alemão, que faz parte da Escola de Baden, foi durante sua juventude um
positivista, todavia com a ascensão do Nazismo na sua terra natal, a Alemanha e com todo
o ocorrido na Segunda Guerra Mundial, ele começou a criticar o positivismo jurídico e se
aproximar do jusnaturalismo. Um dos pontos que fez ele criticar o positivismo foi ver que o
Nazismo em muitas ocasiões se apoiou em leis para cometer suas atrocidades. As chamadas
Leis de Nuremberg são um exemplo de como Hitler utilizou o sistema jurídico a favor de
seus ideais desumanos. O jusnaturalismo.
DICA 27
MIGUEL REALE - FATO, VALOR E NORMA
Impossível falar de filosofia do direito sem abordar o jurista brasileiro Miguel Reale. A obra
mais famosa dele é Teoria Tridimensional do Direito. Para ele, o ordenamento jurídico tem
uma estrutural tríplice, aonde ele vê o fato, a norma e o valor como um processo de
interação 100% dinâmico.
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NORMA
FATO VALOR
DICA 28
HANNAH ARENDT
Ela nasceu na Alemanha, no ano de 1906, sendo autora de dois livros que marcaram o
século XX: Origens do totalitarismo, em 1951, e A condição humana, em 1958. Vale a
pena ressaltar que ela nasceu na Alemanha e tinha ascendência judaica, em um período
conturbado para os judeus neste país, visto o aumento do antissemitismo na Alemanha.
Hannah chegou a ser presa em um campo de concentração no ano de 1941, mas conseguiu
fugir de lá e se asilar nos EUA, mais precisamente em New York.
IMPORTANTE: Na obra “A Condição Humana”, Hannah leciona que os seres humanos
não são apenas objetos físicos, mas também ação e discurso.
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17
DICA 31
PODER EXECUTIVO
Regulamentar normas por meio de decreto, com objetivo central de se manter fiel à
execução da lei;
Nomear autoridades para ocupar cargos, tais como, ministro do Supremo tribunal
Federal, Governadores de Territórios, Procurador Geral da República, entre outros;
DICA 33
ATRIBUIÇÕES DELEGAVEIS DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA
A regra é a indelegabilidade (24 incisos do art. 84) e a exceção é a delegabilidade (3 incisos
do art. 84).
Memorize: O presidente pode delegar o PID para o PAM:
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DICA 34
RESPONSABILIDADES DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Diferentemente dos parlamentares, o Presidente da República não possui imunidade
material, contudo tem imunidade formal em relação à prisão e em relação ao processo.
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DICA 36
RESPONSABILIDADE DE GOVERNADORES
Governadores podem ser responsabilizados por crimes comuns e crimes de
responsabilidade.
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ATENÇÃO!!
O ingresso na carreira, ocorrerá no cargo de juiz substituto, o qual se dará por aprovação
em concurso público de provas e títulos, com a participação da OAB em todas as fases.
Exige-se do candidato o período de 3 (três) anos de prática jurídica.
O subsídio dos Ministros dos Tribunais Superiores (STJ, TST, TSE, STM) corresponderá
a 95% do subsídio dos Ministros do STF.
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No art. 37, inciso XI, da CF, dispõe que o subsídio dos desembargadores será limitado
a 90,25% do subsídio dos Ministros do STF.
São vedadas as férias coletivas nos juízos de primeiro e segundo graus, funcionando o
plantão judiciário, nos dias em que não houver expediente no fórum.
Por fim, o número de juízes na unidade jurisdicional será proporcional à efetiva demanda
judicial e à respectiva população.
DICA 41
ÓRGÃO ESPECIAL
A criação do Órgão Especial ocorre para facilitar a decisão de algumas questões afetas
ao Tribunal, tendo em vista que o Órgão Especial é constituído por no mínimo 11 e no
máximo 25 julgadores.
A metade dos cargos do Órgão Especial é provido por antiguidade e a outra metade por
eleição do Tribunal Pleno.
DICA 42
CLÁUSULA DE RESERVA DE PLENÁRIO
Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo
órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato
normativo do Poder Público”.
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Súmula Vinculante nº 10
“Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, art. 97) a decisão de órgão fracionário de
tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato
normativo do Poder Público, afasta a sua incidência no todo ou em parte.”
quando o Plenário (ou órgão especial) do Tribunal que estiver decidindo já tiver se
manifestado pela inconstitucionalidade da norma;
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DICA 43
SÚMULA VINCULANTE E REPERCUSSÃO GERAL
A Súmula Vinculante corresponde a materialização de determinado entendimento do STF,
a partir de reiteradas decisões sobre matéria constitucional. O termo “vinculante”
significa que a partir de sua publicação na imprensa oficial, a súmula terá efeito vinculante
em relação aos demais órgãos do poder judiciário e à administração pública direta e
indireta, nas esferas federal, estadual e municipal.
ATENÇÃO!
Presidente da República;
Mesa do Senado Federal;
Mesa da Câmara dos Deputados;
Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal;
Governador de Estado ou do Distrito Federal;
Procurador-Geral da República;
Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
Partido político com representação no Congresso Nacional;
Confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
25
O CNJ foi criado pela Emenda Constitucional nº. 45/2004. Trata-se de órgão com
competência administrativa e não jurisdicional.
ATENÇÃO!
Apenas advogados e “cidadãos” contam com 02 (dois) membros, o restante dos órgãos
conta com apenas um membro, o que facilita a memorização.
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15 (quinze) membros;
DICA 47
COMPOSIÇÃO DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA
DOIS advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
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DICA 48
DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
CRITÉRIO DE IDADE:
dentre brasileiros com mais de 30 (trinta) anos e
menos de 70 (sessenta) anos.
QUINTO CONSTITUCIONAL:
sendo: 1/5 (um quinto) dentre:
advogados com mais de 10 (dez) anos de efetiva atividade profissional e;
membros do Ministério Público Federal com mais de 10 (dez) anos de carreira;
28
OS DEMAIS:
mediante promoção de juízes federais com mais de 05 (cinco) anos de exercício,
por antiguidade e merecimento, alternadamente.
A lei disciplinará a remoção ou a permuta de juízes dos Tribunais Regionais Federais e
determinará sua jurisdição e sede.
Os Tribunais Regionais Federais instalarão a justiça itinerante, com a realização de
audiências e demais funções da atividade jurisdicional, nos limites territoriais da
respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários.
DICA 50
DOS DIREITOS E DEVERES DA MAGISTRATURA
vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício,
dependendo a perda do cargo, nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz estiver
vinculado, e, nos demais casos, de sentença judicial transitada em julgado;
inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na forma do art. 93, VIII;
irredutibilidade de subsídio, ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 39, § 4º, 150,
II, 153, III, e 153, § 2º, I.
DICA 51
DOS DIREITOS E DEVERES DA MAGISTRATURA
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DICA 54
DA AUTONOMIA ADMINISTRATIVA E FINANCEIRA DO PODER JUDICIÁRIO
Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia administrativa e financeira.
- Autonomia administrativa
Poder Judiciário
- Autonomia financeira
30
Competência dos
Definida na Constituição do Estado
tribunais
31
DICA 57
PRINCIPAIS PROTEÇÕES AOS DIREITOS HUMANOS NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL
DE 1988
A Constituição de 1988 é um marco na proteção dos direitos humanos, pois o Brasil
assumiu uma posição importante na internalização dos Tratados firmados, demonstrando
um processo evolutivo de afirmação dos Direitos Humanos.
Os objetivos fundamentais possuem relação com a busca pela defesa e promoção dos
Direitos Humanos.
Ex.: Genocídio.
Todos os direitos reservados. proibida cópia, plágio ou comercialização.
Pensar Concursos.
32
ESTRANGEIRO: é possível.
Exceção: crime político ou de opinião (art. 5º, LII da CF);
BRASILEIRO NATO: Não é possível, mas pode ser entregue ao TPI para ser julgado por
crime contra humanidade.
DICA 60
AÇÕES AFIRMATIVAS NA PROMOÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS
São ações afirmativas que visam proteger grupos de pessoas que foram prejudicadas
historicamente, por meio de uma discriminação positiva, que objetiva a igualdade social de
oportunidades e fruição dos Direitos Humanos.
A Convenção Internacional sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial
é um importante tratado que busca que os Estados promovam o acesso de direitos sem
qualquer discriminação. No Brasil, foi criada a Lei nº 12,288/10, o Estatuto da Igualdade
Racial.
O Estatuto da Igualdade Racial prevê em seu art. 1º, conceitos de discriminação racial ou
étnico-racial; desigualdade racial e desigualdade de gênero e raça.
As ações afirmativas encontram fundamentos constitucionais na dignidade da pessoa
humana, na promoção do bem de todos, na prevalência dos direitos humanos e na
possibilidade de criação de mais direitos e garantias.
DICA 61
INTERVENÇÃO FEDERAL NA DEFESA DOS DIREITOS HUMANOS
No caso de violação dos Direitos Humanos, a intervenção é um mecanismo de defesa.
Possui como previsão o art. 34, inciso VII, alínea b, da Constituição Federal.
A União poderá intervir nos Estados e no Distrito Federal, para assegurar a observância de
princípios fundamentais, entre eles os diretos da pessoa humana.
É uma exceção, pois a regra é a independência da União, dos Estados e do Distrito
Federal.
Será necessária uma avaliação em relação a adequação, necessidade e
proporcionalidade da medida, as vantagens devem superar as desvantagens.
33
DICA 62
DIREITO DIPLOMÁTICO
As relações consulares e as diplomáticas formam o Direito Diplomático, considerado
um dos braços do Direito Internacional. Os Estados necessitam de representações para
estabelecer a relação com outros Estados ou Organizações Internacionais.
As Convenções de Viena sobre Relações Diplomáticas (1961) e a das Relações Consulares
(1963) são as bases para o Direito Diplomático.
No Brasil, a escolha dos chefes de missão diplomática será feita pelo Chefe do Poder
Executivo (indicação é política), mediante aprovação do Senado Federal.
34
Não terá imunidade de jurisdição civil e administrativa, caso de ação real sobre imóvel
privado situado no Estado acreditado; ação sucessória na qual o agente diplomático figure,
a título privado, como executor testamentário, administrador, herdeiro ou legatário e ação
referente a qualquer profissão liberal ou atividade comercial exercida pelo agente
diplomático no Estado acreditado fora de suas funções oficiais.
35
Poderão ser chamados a depor como testemunha, o que não pode ser aplicado para os
agentes diplomáticos.
36
DICA 67
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
Hipóteses de infração previstas no art. 137 referem-se mais precisamente às infrações
tributárias. Ou seja, refere-se à responsabilidade pela multa derivada do ato que essa
pessoa praticar. Art. 137. CTN. A responsabilidade é pessoal ao agente.
Hipóteses:
Conduta tipificada como crime/contravenção: agente será responsabilizado
pessoalmente. Exceto: não se responsabiliza se estava no exercício regular de
administração ou estava cumprindo ordens (nas hipóteses de escusas a PJ ainda responde):
I - quanto às infrações conceituadas por lei como crimes ou contravenções, salvo quando
praticadas no exercício regular de administração, mandato, função, cargo ou emprego, ou
no cumprimento de ordem expressa emitida por quem de direito;
Infração tributária que exige dolo específico do agente: agente será responsabilizado
pessoalmente. II - quanto às infrações em cuja definição o dolo específico do agente seja
elementar;
Infração tributária que exige dolo específico contra alguém por quem responde: agente
será responsabilizado pessoalmente. III - quanto às infrações que decorram direta e
exclusivamente de dolo específico: a) das pessoas referidas no artigo 134, contra aquelas
por quem respondem; b) dos mandatários, prepostos ou empregados, contra seus
mandantes, preponentes ou empregadores; c) dos diretores, gerentes ou representantes
de pessoas jurídicas de direito privado, contra estas. Nas duas últimas alíneas, o dolo é
sempre de prejudicar essas pessoas.
DICA 68
NORMA ANTIELISÃO FISCAL
A fuga da tributação pode ocorrer por meios lícitos (elisão fiscal, ou planejamento
tributário) e ilícitos (evasão fiscal).
Há também a elisão ineficaz/ abusiva ou elusão fiscal, que ocorre quando o sujeito
passivo foge da tributação utilizando um mecanismo lícito de maneira atípica.
As condutas são lícitas, mas possuem abuso de forma, de forma que não existe elisão ou
evasão, como ocorre, por exemplo, na celebração de negócio jurídico falso para fugir da
tributação.
Nesses casos, a autoridade administrativa pode desconsiderar essa operação, quando
verificado o propósito ilícito, usa o negócio jurídico real e não o simulado, fazendo a
consideração econômica do fato gerador (teoria do propósito negocial - desconsiderando a
forma).
Art. 116, Parágrafo único, CTN. A autoridade administrativa poderá desconsiderar atos
ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato
gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária,
observados os procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinária. Regulamentação
jurídica depende de edição de lei.
37
SÚMULA 70 STF:
38
DICA 72
DENÚNCIA ESPONTÂNEA
A denúncia espontânea tem como objetivo incentivar sujeito passivo que está irregular
voltar a sua situação de regularidade. Seria a “Ponte de Ouro” que conduziria a situação
de regularidade.
Regra, visa excluir a responsabilidade por infrações (multa, etc.), quando o agente
confessa a irregularidade e realiza o pagamento integral do tributo (com juros e correção).
O STJ pacificou entendimento que denúncia afasta tanto a multa moratória quanto a multa
punitiva, pois o art. 138 não faz distinção entre as duas (AgRg nos EDcl no Ag 755.008/SC).
DICA 73
DENÚNCIA ESPONTÂNEA
O depósito em dinheiro só é admitido para fins de denúncia espontânea se a apuração
depende de atuação da administração. Caso não (como ocorre na maioria dos tributos) o
depósito, para além de configurar a assunção do crédito (o que já inviabiliza a denúncia,
pois para ter denúncia o Fisco não pode conhecer essa situação), ainda não se confunde
com o pagamento (ou seja, falta o requisito do pagamento integral para configurar
denúncia).
DICA 74
DENÚNCIA ESPONTÂNEA
A Denúncia espontânea somente pode ocorrer antes que a Fazenda inicie qualquer
procedimento administrativo ou medida de fiscalização com objetivo de apurar aquela
infração. Considera-se iniciado o procedimento com a lavratura de auto de infração.
Não exige qualquer forma especial para a notificação.
39
DICA 75
DENÚNCIA ESPONTÂNEA
Não caberá a denúncia espontânea:
Parcelamento, o depósito integral e a compensação: não são considerados
pagamentos para fins de denúncia espontânea. Pessoa inadimplente se dirige a
administração e confessa e dívida, entrando com pedido de parcelamento, antes de iniciado
qualquer procedimento administrativo pelo Fisco, terá direito a denúncia espontânea? NÃO.
Logo, havendo parcelamento do pagamento do tributo, contribuinte não conseguirá afastar
a multa pelo benefício da denúncia espontânea, devendo a multa ser parcelada
juntamente ao tributo.
Descumprimento de obrigação acessória: se houvesse essa possibilidade, o fisco iria
ter que isentar a pessoa da multa, ficando sem sanção o descumprimento da obrigação
principal. Art. 113. CTN A obrigação tributária é principal ou acessória. § 3º A obrigação
acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação principal
relativamente à penalidade pecuniária.
DICA 76
DENÚNCIA ESPONTÂNEA
Denúncia espontânea em tributos de lançamento por homologação: No caso dos tributos
declarados e não pagos, não há direito a denúncia espontânea, pois declaração é
dever do contribuinte nos tributos com lançamento por homologação, e não faculdade.
Ademais, a declaração do contribuinte efetivamente constitui o crédito e, assim, não se
pode mais falar que o fisco o “desconhecia” a obrigação tributária para fins de auferir a
espontaneidade da denúncia.
DICA 77
SOLIDARIEDADE TRIBUTÁRIA
40
Regra subsidiária: local dos bens/local dos fatos que deram origem à obrigação.
Art. 127, § 1º, CTN - Quando não couber a aplicação das regras fixadas em qualquer dos
incisos deste artigo, considerar-se-á como domicílio tributário do contribuinte ou
41
Art. 139, CTN - O crédito tributário decorre da obrigação principal e tem a mesma
natureza desta.
DICA 80
LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO
Competência: Cada lei determinará uma pessoa que pode realizar lançamento.
Competência para realizar o lançamento é exclusiva do auditor fiscal (autoridade
administrativa), não pode ser delegado. Atuação do auditor no procedimento do
lançamento é vinculada, pois, observada a ocorrência do fato gerador é dever de autoridade
competente realizar o lançamento, sob pena de responsabilidade funcional, não sendo
cabível juízo de conveniência e oportunidade.
42
Calcular o montante devido do tributo: deve aplicar alíquota da época do fato gerador em
cima da base de cálculo. Não importa se depois ela aumentou/diminuiu, pois no momento
do fato gerador, congela-se aquela situação jurídica.
Aplicar sanção cabível: Esse é único ato que pode ocorrer ou não, porque somente aplica-
se multa quando se detecta uma irregularidade.
43
DICA 82
SERVIÇO PÚBLICO - CONCEITUAÇÃO
TITULARIDADE X EXECUÇÃO:
A titularidade dos serviços públicos deverá ser buscada no sistema constitucional de
partilhas, na própria CRFB/88. Existem serviços públicos federais, estaduais, distritais e
municipais.
Ainda nesta ótica, é possível verificar que alguns serviços são comuns aos entes
federados e outros são privativos.
Serviços públicos prestados sem discriminação quanto aos usuários, quando tenham a
mesma condição técnica e jurídica para a fruição.
IMPORTANTE!
As tarifas poderão ser diferenciadas em função das características técnicas e dos custos
específicos provenientes do atendimento aos distintos segmentos de usuários.
44
JURISPRUDÊNCIA STJ
Princípio da Cortesia: o serviço público deve ser prestado de maneira cortês, por
pessoas (físicas ou jurídicas) que tratem os usuários com respeito e educação.
DICA 84
DA REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO PÚBLICO
A separação constitucional de competências entre os entes da Federação, no que tange à
prestação de serviços públicos, rege-se pelo Princípio da Predominância do Interesse.
45
ATENÇÃO!
União art. 21
Comum art. 23
Municípios art. 30
DICA 85
ELEMENTOS DO SERVIÇO PÚBLICO
ATENÇÃO!
A sujeição ao regime jurídico de direito público PODERÁ ser total ou parcial, a depender
da própria natureza do serviço público, pois objetiva entregar meios que garantam a
efetividade desses serviços.
46
QUADRO RESUMO
Específicos ou
individuais Os serviços públicos são prestados especificamente ou
individualmente ao administrado.
(Uti singuli)
Gerais
Os serviços públicos NÃO são prestados para um administrado
específico.
(Uti universi)
ATENÇÃO!!
47
ESPÉCIES DE DESCENTRALIZAÇÃO:
XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição
de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei
complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação;
ATENÇÃO!!
48
Natureza do
Quanto ao particular Licitação
vínculo contratual
Modalidade
Só pode ser pessoa
concorrência ou
CONCESSÃO jurídica, sozinha ou em NÃO precário
diálogo
consórcio
competitivo
49
QUADRO RESUMO
CONCESSÕES COMUNS
CONCESSÕES ESPECIAIS
ATENÇÃO!
DICA 91
DA POLÍTICA TARIFÁRIA
Os valores pagos pelos usuários dos serviços concedidos possuem natureza de preço
público e como tais são fixados por ato do Poder Concedente. Critérios de proporcionalidade
50
A tarifa poderá sofrer revisão a fim de se adequar aos custos do serviço, visando
manter sempre o equilíbrio contratual.
Não pode a Administração, sem prévia justificativa, alterar o valor das tarifas. Neste
caso, o concessionário buscará a tutela judicial para declarar abusiva a alteração e anular o
ato.
Somente no caso de previsão contratual, redução dos ônus e encargos do concessionário
ou mediante indenização, poderá o poder concedente alterar o valor das tarifas, de forma
a manter o equilíbrio contratual.
DICA 92
DA RESPONSABILIDADE DO CONCESSIONÁRIO
51
A Lei 11.079 trata de normais gerais, o que NÃO impede que Estados e Municípios
tenham suas próprias regras sobre PPP’s, observadas as normas gerais;
52
DICA 95
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
Recentemente, a Lei 14.230/21 promoveu diversas modificações na Lei de Improbidade
administrativa.
Não revogou a Lei 8.429/1992, mas apenas promoveu alterações significativas nessa
norma;
53
ATENÇÃO!!
54
DICA 98
ENRIQUECIMENTO ILÍCITO
OABEIRO, sei que já são muitos conceitos que você precisa decorar para sua prova, mas,
esse é mais que necessário!
Portanto, o que é em si a conduta de improbidade administrativa que se configura como
enriquecimento ilícito?
55
Veja só:
DICA 100
ENRIQUECIMENTO ILÍCITO – SUJEITOS
Em se tratando de Lei de Improbidade Administrativa, um dos tópicos mais cobrados pelas
bancas é: quem pode incorrer em ato ímprobo?
E, isso, a própria lei responde: o agente público! Ok, isso eu já entendi, mas para fins
dessa lei, o que é considerado agente público? Veja só:
Art. 2º Para os efeitos desta Lei, consideram-se agente público o agente político, o
servidor público e todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem
remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra
forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades
referidas no art. 1º desta Lei.
DICA 101
SITUAÇÕES QUE CONFIGURAM ENRIQUECIMENTO ILÍCITO
Uma das apostas para cair em sua prova, quando se trata desse assunto, são os incisos do
artigo 9º. Ou seja, o examinador, provavelmente vai colocar um enunciado na questão e
você terá que dizer se aquilo é enriquecimento ilícito ou outra modalidade de conduta
ímproba.
56
Para tanto, nessa dica, vamos trabalhar com o inciso I, bem como com um exemplo
para você fixar isso em mente! Primeiro, leia o inciso I, do artigo 9°:
I - receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou imóvel, ou qualquer outra
vantagem econômica, direta ou indireta, a título de comissão, percentagem, gratificação
ou presente de quem tenha interesse, direto ou indireto, que possa ser atingido ou
amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente público;
Ex.: João, servidor público do Poder Judiciário, recebe de Pedro, seu amigo, um
presente: uma viagem para Maldivas com tudo pago! Ocorre que, Pedro, tem total
interesse na tramitação de um processo que, João, por ser servidor público, pode atuar.
DICA 102
SITUAÇÕES QUE CONFIGURAM ENRIQUECIMENTO ILÍCITO
Um ponto que merece destaque é a diferença entre ato que gera enriquecimento ilícito e
ato que causa prejuízo ao erário.
57
A declaração compreenderá
imóveis, móveis, semoventes,
dinheiro, títulos, ações, e qualquer
outra espécie de bens e valores
patrimoniais, localizado no País ou REVOGADO
no exterior, e, quando for o caso,
Art. 13, § 1º abrangerá os bens e valores
patrimoniais do cônjuge ou
companheiro, dos filhos e de
outras pessoas que vivam sob a
dependência econômica do
declarante, excluídos apenas os
objetos e utensílios de uso
doméstico.
58
DICA 104
CRIAÇÃO, ALTERAÇÃO E DESAFETAÇÃO DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO
A criação é feita por ato do poder público (lei ou decreto) devendo ser precedida de
estudos técnicos e de consulta pública a fim de identificar a localização, a dimensão e os
limites mais adequados para a unidade.
A alteração, desafetação ou redução dos limites de uma unidade de conservação
somente podem ser feita mediante lei específica.
A ampliação dos limites da unidade de conservação pode ocorrer pelo instrumento do
mesmo nível hierárquico, ou seja, se foi criada por decreto pode ser ampliada também
por decreto. Deve se observar ainda a necessidade dos estudos técnicos e a consulta
pública.
Pode haver alteração do grupo de Unidade de Conservação de Uso Sustentável para
de Proteção Integral.
CUIDADO!
Não é possível alteração do grupo de Unidade de Conservação de Proteção Integral
para Unidade de Conservação de Uso Sustentável.
DICA 105
ZONA DE AMORTECIMENTO E CORREDORES ECOLÓGICOS
Com exceção da Área de Proteção Ambiental e Reserva Particular do Patrimônio
Natural, as unidades de conservação devem possuir zona de amortecimento e, quando
conveniente, corredores ecológicos.
59
Drenagem e manejo das águas pluviais urbanas: constituídos pelas atividades, pela
infraestrutura e pelas instalações operacionais de drenagem de águas pluviais,
transporte, detenção ou retenção para o amortecimento de vazões de cheias, tratamento
e disposição final das águas pluviais drenadas, contempladas a limpeza e a fiscalização
preventiva das redes;
60
DICA 109
TEORIA FUNDAMENTAL DA POSSE
De acordo com o art. 1.196 do CC, houve a consagração da Teoria Objetiva de Ihering
(exteriorização da posse por aquele que a exerça com poderes de dono e imprima uma
destinação econômica à coisa).
IMPORTANTE!
Segundo o STJ, possuidor é aquele que dispõe do efetivo poder sobre a coisa, podendo
ser uma pessoa física, uma pessoa jurídica e, até́ mesmo, um ente despersonalizado.
DICA 110
POSSE PRECÁRIA
É uma posse a título de favor, que pode ser requisitada a qualquer momento.
Este empréstimo não tem aptidão a gerar usucapião, pois lhe falta o animus domini
(intenção de ser dono).
OBS: Se o dono da coisa exigir a coisa de volta, e o possuidor resistir, a posse passa a
ser injusta pelo vício da precariedade.
DICA 111
POSSE DIRETA OU INDIRETA
Quanto ao modo de exercício, a posse pode ser:
Posse Direta: Aquele que está em contato com a coisa. Ex.: Inquilino.
61
Ex.: Pedro compra um imóvel para morar nele: Pedro tem a posse própria; agora, se
Pedro aluga o imóvel para Ana, Ana tem a posse imprópria.
DICA 114
POSSE ORIGINÁRIA E DERIVADA
Posse Originária é aquela que não tem vínculo de aquisição com o possuidor
anterior. Ou seja, não há vínculo com o proprietário anterior.
62
DICA 118
PROPRIEDADE
Refere-se a um direito real complexo e compreendido das faculdades reais de usar,
gozar/fruir, dispor e reivindicar a coisa, conforme a sua função social (art. 1.228, CC).
Se todos esses poderes forem reunidos, o sujeito irá adquirir a propriedade plena. A
propriedade é instrumentalizada através do domínio.
OBS: A propriedade é uma relação jurídica complexa, pois o proprietário se encontra
em uma situação ativa e passiva, e só poderá́ demandar abstenção da coletividade se
promover o cumprimento da função social.
DICA 119
ESTRUTURA DO DIREITO DE PROPRIEDADE
Os poderes do proprietário são conferidos no art. 1.228, CC, sendo eles: usar, gozar,
dispor ou reaver a coisa.
63
Exclusivo Via de regra, a propriedade não pode ser de mais de uma pessoa,
exceção: condomínio.
DICA 121
REGISTRO
O registro imobiliário é o modo de adquirir a propriedade, firmando, como regra, a
presunção relativa de veracidade (art. 1.245, CC).
Por aluvião;
Por avulsão;
64
Requisitos da Usucapião:
O decurso do tempo.
DICA 124
ESPÉCIES DE USUCAPIÃO
A usucapião pode ser classificada como extraordinária, ordinária e especial.
Na Usucapião Extraordinária a posse deve ser mansa e pacífica, por 15 anos, com
animus domini, independentemente de justo título ou boa-fé́ (art. 1.238, CC).
O possuidor de imóvel urbano com até́ 250m2 que exercer posse mansa, pacífica e
ininterrupta por 5 anos, independentemente da existência de justo título e boa-fé́,
poderá́ adquirir a propriedade, se nela fixou moradia.
Já́ o possuidor de imóvel rural com até́ 50ha, sem oposição por 5 anos, se fixada
residência e realizado investimentos, poderá́ usucapir o bem.
Em ambos os casos, para usucapir o bem o indivíduo não poderá́ ser proprietário de outro
imóvel urbano ou rural (arts. 1.239 e 1.240, CC).
DICA 126
PERDA DA PROPRIEDADE
A propriedade pode ser extinta por via convencional ou legal. Em casos de: alienação,
renúncia, abandono, perecimento do objeto e desapropriação.
65
ALIENAÇÃO E RENÚNCIA:
Ex.: Som alto depois das 22h em dias de semana (infração à lei do silêncio). Os demais
proprietários, incomodados com o uso anormal da propriedade, poderão entrar com uma
demanda judicial em face do vizinho inconveniente solicitando que seja diminuído o volume
do som.
DICA 130
ÁRVORES LIMÍTROFES
As árvores limítrofes se situam entre duas propriedades e serão conservadas e
mantidas, constituindo condomínio necessário. Ambos serão proprietários das árvores e,
por isso, partilharão também os seus frutos. Caso as raízes, galhos e folhas de uma
árvore situada em um imóvel transcendam a linha limítrofe e invadam a propriedade
Todos os direitos reservados. proibida cópia, plágio ou comercialização.
Pensar Concursos.
66
Legal ou necessário: Quando imposto pela lei, como no caso de paredes, cercas, muros
e valas (art. 1.327, CC).
67
DICA 134
PROCEDIMENTO NO ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE (ECA) –
DISPOSIÇÕES GERAIS
A criança e o adolescente recebem um tratamento diferenciado, os procedimentos são
específicos e, em caráter subsidiário e aplicado a legislação processual pertinente.
Nos processos e procedimentos que envolvem criança e adolescente gozam de prioridade
absoluta, sob pena de responsabilidade, assim como na execução dos atos e diligências.
Em relação ao prazo, os mesmos são contados em dias corridos, excluído o dia do
começo e incluído o dia de vencimento, impedindo a aplicação subsidiária do art. 219
do CPC (STJ).
É vedado prazo em dobro para a Fazenda Pública e o Ministério Público.
A criança possui incapacidade civil absoluta, para estarem em juízo precisam ser
representados pelos pais ou responsáveis.
68
Da sentença que deferir a adoção, produz efeito desde logo, cabível apelação, com
efeito devolutivo, exceto: caso de adoção internacional ou houver perigo de dano
irreparável ou de difícil reparação.
Da sentença que destituir ambos ou qualquer dos genitores do poder familiar, cabe
apelação, com efeito devolutivo.
DICA 136
PAPEL DO ADVOGADO
O advogado, indispensável para a manutenção da justiça, possui papel importante nos
procedimentos previstos no ECA.
Nenhum adolescente a quem se atribua a prática de ato infracional, será processado sem
defensor e se não tiver defensor, será nomeado pelo juiz.
69
70
DICA 139
RESPONSABILIDADE POR VÍCIO DE SERVIÇO
a reexecução dos serviços, sem custo adicional e quando cabível, que pode ser confiada
a terceiros capacitados, por conta e risco do fornecedor
71
GARANTIAS CONTRATUAIS: A garantia contratual está prevista no art. 50, CDC, sendo
complementar à garantia legal e devendo ser feita por escrito. Trata-se de uma mera
faculdade do fornecedor. Entende-se que o prazo da garantia contratual deverá ser
somado ao da garantia legal, ou seja, apenas após o término do prazo da garantia legal
é que se inicia o prazo da garantia contratual.
72
Prazo vício oculto: Em relação aos vícios que não são de fácil constatação,
denominados vícios ocultos, o CDC traz prazo diverso para o consumidor reclamar dos
mesmos. Assim, de acordo com a legislação, art. 26, §3° tratando-se de vício oculto, o
prazo decadencial inicia-se no momento em que ficar evidenciado o defeito.
A partir do momento em que o consumidor verificar o vício do produto ou do fornecimento
do serviço, quando se fala em vício oculto, é que se começará a fluir o prazo decadencial
do art. 26. Não confunda esse prazo decadencial com o prazo para propor ação
indenizatória.
O prazo decadencial aqui previsto para que o consumidor possa exigir uma das alternativas
previstas no art. 20 do CDC, quais sejam, reexecução de serviços, restituição de quantia
paga ou abatimento proporcional do preço.
Por fim, em relação ao vício oculto, a doutrina e a jurisprudência consolidaram-se no sentido
de que os bens de consumo têm uma durabilidade determinada, que seria a chamada vida
útil do produto, não sendo, portanto, de durabilidade eterna.
Doutrina entende em sua maioria, que as causas acima que obstam a decadência são
causas SUSPENSIVAS.
73
Art. 27 - Prescreve em cinco anos a pretensão à reparação pelos danos causados por fato
do produto ou do serviço prevista na Seção II deste Capítulo, iniciando-se a contagem do
prazo a partir do conhecimento do dano e de sua autoria.
ação de indenização por danos materiais proposta por consumidor em face de construtora
por vício de qualidade e de quantidade do imóvel adquirido. Prazo prescricional de
10 anos. Fundamento artigo 205, CC/02. Não se aplica o prazo prescricional quinquenal
do art.27 do CDC, pois o mesmo se refere apenas a fato do produto (acidente de
consumo). STJ. 3ª T. REsp 1534831-DF, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, Rel. Acd.
Min. Nancy Andrighi, j. 20/2/18 (Info 620).
O Código de Defesa do Consumidor não tem dispositivo sobre prazo prescricional sobre
indenização decorrente de inadimplemento contratual, e, portanto, deve ser utilizado
o prazo geral decenal do art.205, CC/02.
74
DICA 144
DO PROCEDIMENTO COMUM
No processo civil, os procedimentos são o comum e o especial. O CPC/15 não mais
subdivide o procedimento comum em ordinário e sumário. Nota-se, portanto, que o CPC/15
visou a simplificação do procedimento.
Segundo previsão do art. 318 do CPC aplica-se a todas as causas o procedimento
comum, salvo disposição legal em contrário.
OBS.: Mesmo quando não aplicado de forma integral, o procedimento comum será
aplicado subsidiariamente aos demais procedimentos especiais e ao processo de
execução.
DICA 145
DA CONTESTAÇÃO E SEU TERMO INICIAL
Contestação é a defesa do réu no procedimento comum, deve ser feita por petição escrita
e oferecida no prazo de 15 dias ÚTEIS.
Hipótese em que não se admite a realização de audiência (direitos que não admitem
autocomposição – réu já é citado para contestar): a contagem é realizada de acordo com
os prazos do art. 231 do CPC.
Quando há desistência em relação a réu não citado, não se contará o prazo da última
citação, mas sim da intimação acerca da homologação da desistência.
OBS.: Oposição de embargos de declaração não interrompe o prazo para contestar.
75
Existem algumas espécies de defesa que podem ser trazidas pelo réu na contestação:
Ex.: autor requer indenização por danos morais, o réu concorda com os fatos, mas
explicita que não são passíveis de gerar dano, configurando mero aborrecimento.
Ex.: autor aviou uma ação de cobrança, em sua defesa, porém, o réu alega o
pagamento (novo fato extintivo).
DICA 147
DO PRINCÍPIO DA EVENTUALIDADE
Segundo o qual, cabe ao réu alegar a totalidade da matéria de defesa, ainda que possa
parecer contradição.
Esse ônus é tido como ônus da eventualidade ou princípio da concentração.
Nesse sentido, prevê o art. 336 do CPC que: “incumbe ao réu alegar, na contestação, toda
a matéria de defesa, expondo as razões de fato e de direito com que impugna o pedido do
autor e especificando as provas que pretende produzir.
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77
falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar – dilatória
potencialmente peremptória;
DICA 151
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS
Os pressupostos processuais são condições mínimas de constituição e de desenvolvimento
do processo.
A ausência de um pressuposto acarreta a extinção do processo sem resolução do
mérito, com base no inciso IV do art. 485.
Os pressupostos dividem-se em pressupostos de constituição (existência) e em
pressupostos de desenvolvimento (validade) e representam questões de ordem pública,
motivo pelo qual, a ausência dos pressupostos deve ser reconhecida de ofício.
78
Objetivo: Demanda;
Subjetivos:
Objetivos:
DICA 152
DETERMINAÇÃO DA COMPETÊNCIA E A PERPETUATIO JURISDICTIONIS
Competência é a repartição da jurisdição entre os órgãos do poder judiciário.
Funcionando ainda como limite legal para exercício válido, regular e legítimo da função
jurisdicional.
A competência é determinada no momento do registro ou da distribuição da petição
inicial.
Assim, após ficar decidido, com o registro ou distribuição, o órgão jurisdicional que irá julgar
a causa, em regra, a jurisdição não será mais alterada – é a chamada perpetuatio
jurisdictionis.
79
Dessa forma, pode-se extrair uma terceira exceção do julgado acima: quando há
alteração no domicílio do menor.
DICA 153
ESPÉCIES DE COMPETÊNCIA
A competência pode ser dividida em competência absoluta e competência relativa.
Ex.: natureza trabalhista – Justiça do Trabalho; natureza cível – Justiça Comum; natureza
eleitoral – Justiça Eleitoral.
da função: relacionada com as funções que devem ser exercidas dentro do processo.
Enunciado 1, FONAJE
80
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V izinhança;
D emarcação;
S ervidão;
P ropriedade;
O bra nova;
P ossessórias imobiliárias.
OBS.: Essa competência absoluta se justifica por se tratar de ação em que geralmente
é necessário que o magistrado faça inspeção local, motivo pelo qual se torna razoável
o processamento e julgamento onde a coisa está situada.
Caso o imóvel encontre-se situado em mais de um lugar, a competência territorial do
juízo prevento se estende pela totalidade do imóvel.
Todos os direitos reservados. proibida cópia, plágio ou comercialização.
Pensar Concursos.
82
Ex.: fungibilidade das possessórias, prevista no art. 554 que assim prevê: A propositura
de uma ação possessória em vez de outra não obstará a que o juiz conheça do pedido e
outorgue a proteção legal correspondente àquela cujos pressupostos estejam provados.
DICA 161
DOS ELEMENTOS ESSENCIAIS DA SENTENÇA
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84
Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de
confirmada pelo tribunal, a sentença:
Proferida contra a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas
autarquias e fundações de direito público;
Não há previsão de sociedade de economia mista nem empresa pública, afinal são
pessoas jurídicas de direito privado.
Todos os direitos reservados. proibida cópia, plágio ou comercialização.
Pensar Concursos.
85
Também não se aplica a remessa necessária quando a sentença estiver fundada em:
súmula de tribunal superior;
acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em
julgamento de recursos repetitivos;
entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção
de competência;
En. 164, FPPC.: A sentença arbitral contra a Fazenda Pública não está sujeita à remessa
necessária.
86
Na ação que tenha por objeto a prestação de fazer ou de não fazer, o juiz, se
procedente o pedido, concederá a tutela específica ou determinará providências que
assegurem a obtenção de tutela pelo resultado prático equivalente.
Na ação que tenha por objeto a entrega de coisa, o juiz, ao conceder a tutela
específica, fixará o prazo para o cumprimento da obrigação.
Material: A coisa julgada material, também chamada de “lei entre as partes”, atinge
apenas as decisões de mérito, de cognição exauriente.
A imutabilidade de uma decisão, quando atingida pela coisa julgada material, se projeta
para fora do processo.
Gera uma estabilidade chamada exoprocessual (anprocessual).
A coisa julgada material atinge sentenças, acórdãos e, até mesmo, decisões interlocutórias
(art. 356 CPC).
87
A respeito da afronta à coisa julgada como requisito para o ajuizamento da ação rescisória,
o que se proíbe é o "novo julgamento, independentemente ou não de o juiz confirmar o
anterior: ele, o segundo juiz, simplesmente está impedido de conhecer a matéria, em razão
do chamado efeito negativo da coisa julgada material". (STJ, AR 5.524/2017)
POSITIVO: Vinculação do juízo ao que foi decidido na causa em que a coisa julgada foi
produzida.
O juiz fica vinculado ao que foi decidido na fase anterior.
88
DICA 169
DIREITO CAMBIÁRIO: ATOS CAMBIÁRIOS
FIANÇA: é instituto do direito civil que consiste em uma garantia. Trata-se de uma
obrigação acessória e, dessa forma, caso haja nulidade da obrigação principal, também
haverá da obrigação acessória, seguindo o destino da obrigação principal. Em geral, o fiador
responde de forma subsidiária pelas obrigações contratuais, ou seja, o fiador somente
responde em segundo lugar, após o devedor principal, no que se denomina benefício
de ordem. Apenas de forma excepcional, caso previsto expressamente em clausula
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90
Licenças voluntárias: são aquelas que o inventor permite que outra pessoa se utilize
do objeto patenteado, como uma espécie de aluguel, através de pagamento de royalties.
Licenças compulsórias: são aquelas que o inventor não permite que outra pessoa se
utilize de seu invento, mas ainda assim terá o seu bem móvel imaterial utilizado
livremente, desde que preenchidas alguns requisitos vistos a seguir.
DICA 175
LICENÇA COMPULSÓRIA DE PATENTES
A licença compulsória de patentes pode ser concedida como uma espécie de punição,
por uma questão técnica ou por interesse público, conforme arts. 68 e seguintes da lei de
patentes. Nesse sentido:
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Art. 71-A. Poderá ser concedida, por razões humanitárias e nos termos de tratado
internacional do qual a República Federativa do Brasil seja parte, licença compulsória de
patentes de produtos destinados à exportação a países com insuficiente ou nenhuma
capacidade de fabricação no setor farmacêutico para atendimento de sua
população.
DICA 178
MARCAS
Segundo Fabio Ulhoa Coelho, Marca é o designativo que identifica produtos e serviços,
não se confundindo com outros designativos presentes na empresa, assim o nome
empresarial (que identifica o empresário), o nome de domínio (designativo do canal de
negócios ambientado na internet) e o título de estabelecimento (referido ao local do
exercício da atividade econômica).
Para o referido autor, são três os requisitos para registro da Marca no INPI:
Novidade relativa: A marca deve apresentar uma novidade relativa, ou seja, não
precisa ser absoluta. A utilização do signo na identificação de produtos industrializados ou
comercializados, ou de serviços prestados, é que deve ser nova.
Não pode colidir com marca notória: ainda que a referida marca não seja registrada
no INPI, consoante previsão na Convenção de Paris que o Brasil é signatário.
Não pode haver impedimento legal para o registro da marca: nome civil, armas
oficiais, etc., previsão, art. 124, Lei de Patentes.
92
DICA 179
PUNIBILIDADE E SUAS CAUSAS DE EXTINÇÃO
PUNIBILIDADE:
EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE:
EFEITOS:
ANTES DA SENTENÇA:
Atinge o jus puniendi;
Não persiste qualquer efeito do processo ou da sentença.
DEPOIS DA SENTENÇA:
Em regra, atingem a execução ou alguns de seus efeitos, como a pena;
Excepcionalmente, pode atingir todos os efeitos, como no caso da anistia e da abolitio
criminis.
DICA 180
ANISTIA
É a clemência do estado;
Em crimes hediondos;
93
Coletivo;
É a clemência do estado;
Individual;
É a clemência do estado;
Voltada à um condenado;
motivo torpe;
94
DICA 184
FEMINICÍDIO
O Feminicídio é outra hipótese de homicídio qualificado;
O feminicídio é o homicídio de MULHER em uma dessas duas hipóteses: em situação de
violência doméstica e familiar ou em menosprezo à condição da mulher (essas
situações são chamadas de condições do sexo feminino);
95
contra maior de 60 (sessenta) anos (CUIDADO, pois não é contra o IDOSO, pois idoso
é todo aquele com 60 anos ou mais e para aumentar a pena no feminicídio é preciso que
a vítima tenha MAIS de 60 anos);
integrantes das polícias: federal, rodoviária federal, ferroviária federal, civis, militares
e corpos de bombeiros militares, penais federal, estaduais e distrital.
Parentes até terceiro grau atinge, por exemplo: avô e bisavô, tios e tias, irmãos,
filhos, netos. NÃO abrange, contudo, os primos, que são parentes de quarto grau.
DICA 186
HOMICÍDIO PRIVILEGIADO
96
para que esteja configurado o agente deve agir impelido por motivo de relevante valor
social ou moral;
relevante valor social é aquele que inspira clamor social, como por exemplo, alguém
que matasse o criminoso Lázaro, que vinha aterrorizando a população no centro do País;
relevante valor moral é aquele relacionado a interesse privado do agente, como por
exemplo aquele que mata o estuprador de sua filha;
além das hipóteses, o agente deve agir sob o domínio de violenta emoção e logo após
injusta provocação da vítima;
provocação não se confunde com agressão. Se for agressão será legítima defesa;
MUITA ATENÇÃO: o agente deve estar sob o domínio da violenta emoção; se a
questão trouxer sob a influência, não será hipótese de homicídio privilegiado, mas de
homicídio simples com circunstância atenuante;
DICA 187
INDUZIMENTO, INSTIGAÇÃO OU AUXÍLIO AO SUICÍDIO OU AUTOMUTILAÇÃO
CUIDADO! O crime foi muito alterado em 2019;
induzir é colocar a ideia na cabeça de alguém; instigar é alimentar uma ideia que já
existe; auxiliar é prestar qualquer ajuda material, como emprestar a corda para a pessoa
se enforcar ou o canivete para se automutilar;
o crime, em sua forma simples, é formal, ou seja, não precisa de resultado; ainda
que a vítima nem chegue a tentar o suicídio o crime estará consumado;
se do ato a vítima sofrer lesão LEVE, o crime será na forma simples, mas se a lesão for
GRAVE, GRAVÍSSIMA ou ocorrer a MORTE, o crime será qualificado;
além das formas qualificadas (nova pena mínima e máxima), o artigo ainda prevê
algumas causas de aumento:
DUPLICADA (2X)
vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer causa,
a capacidade de resistência.
97
ATENÇÃO!
Para que a pessoa possa ser induzida, instigada ou auxiliada a cometer suicídio ou praticar
automutilação é preciso que ela tenha capacidade de tomar essa decisão; por este motivo,
a lei entende que se a vítima tiver menos de 14 anos ou for deficiente mental sem
capacidade de discernimento ou não puder oferecer resistência, ela não tem condições
de fazer essa escolha; assim, se o agente induzir, instigar ou auxiliar qualquer das
pessoas acima a se suicidar ou automutilar, ele não responderá por este crime, e sim pela
lesão corporal gravíssima ou pelo homicídio;
CONTUDO, essa exceção ocorre apenas se o resultado for lesão GRAVÍSSIMA ou
MORTE.
DICA 188
ABORTO PROVOCADO PELA GESTANTE
É chamado de autoaborto;
Se o aborto se der por tentativa de suicídio e a gestante não morrer pode ser aborto
tentado ou consumado;
É INDISPENSÁVEL o exame de corpo de delito, mas pode ser substituído por prova
testemunhal;
O chamado aborto econômico, quando a mãe pratica por não ter condições
financeiras, é crime;
a pena será aumentada de 1/3 se houver lesão grave ou duplicadas se houver morte
da gestante;
DICA 189
NÃO SERÃO PUNIDAS AS HIPÓTESES DE ABORTO LEGAL
98
perigo de vida
1 a 5 anos 2 a 8 anos
Dentes quebrados: lesão grave. (art. 129, §1º, III – debilidade permanente);
Lesão corporal seguida de morte: não admite tentativa, por ser crime preterdoloso,
ou seja, o agente tem o dolo (intenção) de lesionar e a morte acaba sendo uma
consequência;
DICA 191
DOS CRIMES CONTRA A HONRA: CALÚNIA
Ex.: dizer “João é ladrão” não é calúnia, mas sim difamação, pois o fato não é
determinado. Calúnia seria “Foi João quem roubou a bolsa de Maria ontem”.
O agente tem que SABER que o fato é falso, se ele achar que é verdade não é calúnia.
É punível contra os mortos (mas a vítima não é o morto e sim a sua família);
99
Perdão judicial: quando a vítima provocou de forma reprovável; retorsão imediata com
outra injúria;
INJÚRIA PRECONCEITUOSA:
É INAFIANÇÁVEL.
ATENÇÃO!
100
Lei 7.716/1989 CP
101
Exceção da verdade: quando aquele que pratica a calúnia, injúria e difamação tem a
possibilidade de comprovar o que está dizendo;
A exceção da verdade cabe no crime de calúnia, a não ser que esteja falando do Presidente
da República ou chefe de governo estrangeiro ou o agente já tiver sido absolvido;
A exceção da verdade na difamação apenas quando se tratar de funcionário público;
Pedido de explicações: acontece quando a vítima fica na dúvida se a fala foi ofensiva
ou não e vai em juízo pedir que o autor da declaração explique o que quis dizer;
Não admite perdão judicial Não admite perdão judicial Admite perdão judicial
102
DICA 195
PERSEGUIÇÃO
Crime novo, incluído no ano de 2021, também chamado de “STALKING”, consiste em:
perseguir alguém;
103
A Ausência de periculosidade
I Inexpressiva lesividade
DICA 197
FURTO QUALIFICADO
Abuso de confiança;
Escalada: de modo anormal que não significa necessariamente subir, pode ser meio
subterrâneo, pular muro.
104
105
Transporte de Valores
Subtração de explosivos
106
DICA 199
INTERROGATÓRIO
O interrogatório judicial é o ato por meio do qual o juiz ouve o acusado sobre sua pessoa e
sobre a imputação que lhe é feita.
107
INTIMAÇÃO DAS PARTES: As partes devem ser intimadas acerca da decisão que
determinar o interrogatório por videoconferência, com no mínimo 10 dias de
antecedência.
DICA 201
CONFISSÃO
A confissão é a admissão feita pelo acusado acerca da materialidade e autoria do crime.
Classificação:
Confissão qualificada: o réu confessa a prática do crime, mas alega que o praticou
sob a proteção de alguma excludente da ilicitude ou culpabilidade.
DICA 202
CARACTERÍSTICAS DA CONFISSÃO
A confissão é retratável. É perfeitamente possível que o acusado, após confessar o crime,
decida se retratar.
Além disso, a confissão é divisível. O acusado pode confessar a prática de um dos crimes
imputados pela acusação, mas negar o outro.
Nesse sentido, o art. 200 do CPP diz que “a confissão será divisível e retratável, sem
prejuízo do convencimento do juiz, fundado no exame das provas em conjunto”.
DICA 203
VALOR PROBATÓRIO DA CONFISSÃO
A confissão não é mais tida como a rainha das provas. Pelo contrário, a confissão tem o
mesmo valor probatório dos outros meios de prova, devendo ser interpretada com as
demais provas obtidas no processo.
É por isso que se diz que a confissão tem valor relativo, devendo ser confrontada com as
demais provas do processo.
Todos os direitos reservados. proibida cópia, plágio ou comercialização.
Pensar Concursos.
108
Circunstância Atenuante:
De acordo com o art. 65, inciso III, alínea “d” do Código Penal, a confissão funciona como
circunstância atenuante, que atenua (diminui) a pena, incidindo na segunda fase da
dosimetria.
De acordo com o STJ, mesmo na confissão qualificada (em que o réu confessa, mas
alega uma excludente de ilicitude) aplica-se a atenuante quando utilizada pelo juiz como
elemento de convicção.
DICA 205
DECLARAÇÕES DO OFENDIDO (VÍTIMA)
O ofendido é a vítima do crime. Sempre que possível, deve ser ouvido.
ATENTE-SE: O ofendido não deve ser confundido com as testemunhas. Ofendido não
é testemunha e por isso não presta o compromisso legal de dizer a verdade.
Ao contrário do que ocorre no interrogatório (STF – ADPF 444), caso o ofendido tenha sido
intimado para prestar suas declarações e não compareça, é possível a sua condução
coercitiva.
DICA 206
PROVA TESTEMUNHAL
Testemunha é a pessoa capaz de depor perante a autoridade e que declara o que sabe
acerca de fatos que interessam à causa.
Quem pode ser testemunha (art. 202): qualquer pessoa pode ser testemunha,
desde que dotada de capacidade física para depor.
A incapacidade jurídica é irrelevante. Isso porque, no processo penal, os menores de
18 ou 16 anos, e os deficientes mentais, por exemplo, podem prestar depoimento como
testemunha. É possível e de certa forma até comum que crianças sejam ouvidas como
testemunha no processo penal.
DICA 207
PROVA TESTEMUNHAL
109
A testemunha deve ser ouvida perante o juiz do lugar de sua residência (art. 222).
Assim, caso a testemunha resida em comarca distinta daquela em que está ocorrendo a
instrução criminal, deve ser expedida carta precatória para a sua oitiva. Nesse caso, o juiz
depreca a outro juízo, de outra comarca, a oitiva da testemunha. O juízo toma o depoimento
da testemunha e, após, devolve a carta precatória.
A expedição da carta precatória não suspende a instrução criminal. Ou seja, o juiz pode
dar andamento ao processo e à sua instrução enquanto a carta precatória não é devolvida
pelo juízo deprecado. Inclusive o julgamento pode ser realizado antes da devolução da
precatória, mas, uma vez cumprida, ela será juntada aos autos a qualquer tempo (art.
222, §2).
No caso de testemunha que more no exterior, deve ser expedida CARTA ROGATÓRIA.
Nesse caso, considerando a dificuldade e demora no seu cumprimento, a carta rogatória só
será expedida se a parte demonstrar previamente a sua imprescindibilidade, arcando
com todos os custos de envio (art. 222-A).
DICA 209
DEVER DE PRESTAR DEPOIMENTO
IMPORTANTE! As pessoas que testemunharem a prática de um crime possuem o dever
de depor. Se, devidamente intimadas, podem inclusive ser conduzidas coercitivamente pela
autoridade policial (art. 218), podendo inclusive ser aplicada multa à testemunha faltosa.
Apesar dessa obrigatoriedade, há certas pessoas que podem se recusar a depor (art.
206), e outras que são inclusive impedidas de depor (art. 207).
DICA 210
COMPROMISSO DE DIZER A VERDADE
IMPORTANTE! Ao contrário do interrogatório do réu e das declarações da vítima, na
oitiva das testemunhas há o compromisso de dizer a verdade. Isso significa que a
testemunha deve dizer o que sabe, não pode se omitir ou calar o que sabe.
Antes do início do depoimento da testemunha, o juiz faz a tomada do seu compromisso de
dizer a verdade. Caso a testemunha minta ou cale a verdade, cometerá o crime de falso
testemunho, previsto no art. 204 do Código Penal.
Todos os direitos reservados. proibida cópia, plágio ou comercialização.
Pensar Concursos.
110
os menores de 14 anos.
Veja que essas pessoas podem dar o seu depoimento, mas serão consideradas como
declarantes ou informantes, pois não prestam o compromisso de dizer a verdade. É por
isso que as suas informações podem ser levadas em consideração pelo magistrado na
sentença, mas com certa cautela e parcimônia.
CUIDADO COM A PEGADINHA:
Prestem bem atenção. Os menores de 14 anos são desobrigados de prestar o
compromisso. Cuidado, pois a FGV pode trocar isso, falando que são “menores de 16
anos” ou “menores de 18 anos” os desobrigados a dar depoimento.
DICA 211
PESSOAS QUE NÃO PRESTAM COMPROMISSO DE DIZER A VERDADE
Art. 208,CPP
Os menores de 14 ANOS
DICA 212
NÚMERO DE TESTEMUNHAS
IMPORTANTE!
As testemunhas devem ser apresentadas pela acusação no momento do oferecimento
da peça acusatória (denúncia ou queixa-crime). Já a defesa deve apresentar o rol de
testemunhas na resposta à acusação.
111
Ordinário 8 testemunhas
Sumário 5 testemunhas
Sumaríssimo 3 testemunhas
1ª fase: 8 testemunhas
Tribunal do Júri
2ª fase: 5 testemunhas
DICA 213
ACAREAÇÃO
Acarear significa colocar em presença uma da outra, cara a cara, pessoas cujas declarações
são diferentes.
Por força do art. 229 do CPP, a acareação é admitida entre acusados, entre acusado e
testemunha, entre testemunhas, entre acusado ou testemunha e a pessoa ofendida, e entre
pessoas ofendidas, sempre que suas declarações divergirem. Os acareados são
reperguntados para que expliquem pontos de divergência.
Veja que há previsão inclusive da possibilidade de acarear o acusado x vítima, pessoas
que não estão obrigadas a prestar compromisso de dizer a verdade.
O art. 230 do CPP traz uma previsão um tanto quanto curiosa, a acareação por carta
precatória. A intenção do legislador é possibilitar a acareação de uma testemunha que
resida em outra comarca.
DICA 214
PROVA DOCUMENTAL
As partes podem apresentar documentos em qualquer fase do processo, salvo, as
limitações da própria lei. São considerados documentos quaisquer escritos, papéis,
instrumentos, sejam eles públicos ou particulares.
No Júri, não será permitida a leitura de documento durante o julgamento que não tiver
sido juntado aos autos com a antecedência mínima de 3 dias úteis.
A produção da prova documental pode ser espontânea (quando há juntada pelas partes),
ou provocada (quando o juiz determina, independente de requerimento das partes, a sua
juntada aos autos, nos termos do art. 234).
112
INICIATIVA E DECRETAÇÃO: O art. 242 do CPP prevê que “a busca pode ser
determinada de ofício ou a requerimento de qualquer das partes”. Todavia, acerca da
iniciativa, é necessário distinguir a busca pessoal da busca domiciliar, pois o tratamento é
distinto.
DICA 216
DA BUSCA PESSOAL
A busca pessoal pode ser determinada pela autoridade policial ou pela autoridade
judiciária. Nas hipóteses do art. 244 do CPP, a busca pessoal independerá de mandado
judicial.
Ou seja, a busca pessoal não dependerá de mandado judicial no caso de prisão ou quando
houver fundada suspeita de que:
Já a busca domiciliar somente pode ser realizada através de mandado expedido pela
autoridade judiciária (art. 241).
FIQUE ATENTO (A)!
A busca em mulher será feita por outra mulher, se isso não importar retardamento ou
prejuízo da diligência (art. 249).
DICA 217
BUSCA DOMICILIAR
Busca domiciliar é a ocorrida no âmbito da residência da pessoa investigada.
Não podemos confundir a busca domiciliar com as hipóteses em que a Constituição Federal
autoriza a invasão de domicílio (art. 5º, inciso XI, CF).
Diz o art. 5º, inciso XI, CF que “a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém podendo
penetrar sem o consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre,
ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial”.
113
ATENÇÃO!!
114
DICA 219
PRISÃO
a prisão penal;
115
prisão em flagrante;
prisão preventiva;
prisão temporária.
As prisões processuais, não possuem a finalidade punir o réu. A finalidade de cada uma
varia de acordo com sua espécie.
DICA 220
PRISÃO EM FLAGRANTE
A prisão em flagrante é muito conhecida.
Ex.: Você está dormindo, percebe uma movimentação estranha em sua casa. Acorda e
decide ligar no 190. A polícia chega e realmente pega o bandido em flagrante, no interior
de sua casa, armado, prestes a roubá-la.
Qualquer pessoa do povo PODE decretar a prisão em flagrante (art. 301, CPP), sendo
que a autoridade policial DEVE decretá-la.
A prisão em flagrante é aquela imposta quando o crime está queimando, quando a infração
está prestes a acontecer. É por isso mesmo que ela independe de mandado judicial.
A autoridade policial pode decretá-la independente de mandado.
DICA BÔNUS
ESPÉCIES DE FLAGRANTE
As hipóteses que autorizam o flagrante estão previstas no art. 302 do CPP.
116
Flagrante
PRÓPRIO O agente está cometendo o crime (art.
302, inciso I), ou acabou de cometer
(art. 302, I (art. 302, inciso II).
e II)
117
DICA 221
ACIDENTE DE TRABALHO
O acidente de trabalho é uma situação que em muitos casos se apresenta diante de todos
nós no Direito do Trabalho. Sendo assim, o "acidente de trabalho é o que ocorre pelo
exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados
referidos no inciso VII do art. 11 desta lei, provocando lesão corporal ou perturbação
funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da
capacidade para o trabalho", como diz o artigo 19 da Lei 8.213 /91.
DICA 222
DOENÇAS OCUPACIONAIS
As doenças ocupacionais se dividem em duas categorias:
Doenças Profissionais
118
tuberculose ativa;
hanseníase;
alienação mental;
esclerose múltipla;
hepatopatia grave;
neoplasia maligna;
cegueira;
cardiopatia grave;
doença de Parkinson;
espondiloartrose anquilosante;
nefropatia grave;
119
ATENÇÃO!
120
o respeito à privacidade;
a autodeterminação informativa;
A Lei n. 8.213/91, em seu art. 20, § 1º, traz as doenças que não são consideradas como
doenças ocupacionais:
doença degenerativa.
doença endêmica, ou seja, aquela que existe em determinado lugar ou região de forma
constante. Cuidado com este último caso: A doença endêmica pode sim ser considerada
ocupacional se ela vier da forma de trabalho exercida pelo empregado.
Ex.: A doença de Chagas é uma patologia endêmica em certos lugares, como a Região
Norte. Não é considerada doença ocupacional. Mas, se a pessoa que a tiver for um
pesquisador que teve de ir à uma região endêmica pesquisar sobre pessoas com esta mesma
doença, para ele é considerada uma doença ocupacional.
DICA 227
ASSÉDIO ORGANIZACIONAL
O assunto assédio organizacional ainda é um pouco comentado e as vezes, confundido
com o assédio moral. Cuidado para não se confundir com isto. O assédio organizacional tem
por intuito todo o grupo de trabalhadores sem distinção, por meio da chamada “gestão de
pressão”, fazendo uma exigência muito forte dos colaboradores daquele ambiente, dando
aos que o sofrem um sofrimento psíquico forte.
121
Súmula 12, TST: “As anotações apostas pelo empregador na carteira profissional
do empregado não geram presunção juris et de jure, mas apenas juris tantum”.
PRESUNÇÃO JURIS TANTUM = PRESUNÇÃO RELATIVA
E qual é o prazo para que o empregador faça todas as anotações na CTPS? O prazo
máximo será de 48 horas para fazer todas as anotações necessárias na CTPS.
DICA 229
LIVRO DE REGISTRO DE EMPREGADOS
Faz parte das obrigações do empregador fazer o devido registro de seus empregados,
por intermédio do preenchimento dos dados dos funcionários. Para esta obrigação seja
adimplida, o empregador pode adotar livros, fichas ou sistema eletrônico, preenchendo-os
com as informações.
Recentemente, foi autorizado que o chamado eSocial (um sistema eletrônico de registro
de dados) pudesse fazer a substituição do livro de registro de empregados, ou seja, de
forma gradual, esses dados deixarão de ser preenchidos no Cadastro Geral de Empregados
e Desempregados (Caged) e na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).
DICA 230
ANOTAÇÃO DA CTPS
É importante frisar inicialmente que a Lei de Liberdade Econômica (Lei nº 13.874 de 2019),
inclusive revogando os 25 a 28 da CLT que disciplinavam acerca da entrega das carteiras
de trabalho e previdência social – CTPS.
Além disso, alterou do art. 29 da CLT. Passando a dispor que o empregador terá não
mais o prazo de 48h, mas sim de 5 (cinco) dias úteis para anotar na CTPS, em relação aos
trabalhadores que admitir, a data de admissão, a remuneração e as condições especiais, se
Todos os direitos reservados. proibida cópia, plágio ou comercialização.
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122
DICA 232
DIFERENÇA ENTRE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS E HONORÁRIOS DE
SUCUMBÊNCIA
123
DICA 234
TRABALHO EM CONDIÇÕES PERIGOSAS
O art. 193 da CLT é muito específico quanto ao que é considerado como trabalho em
condições perigosas: “São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da
regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas que, por sua
natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de exposição
permanente do trabalhador a:
DICA 235
PROFISSIONAL DE EMPILHADEIRA E PERICULOSIDADE
O profissional de empilhadeira (também chamado de operador) tem direito ao adicional de
periculosidade? Segundo recente decisão do TST, sim. No caso em questão, este profissional
tinha direito ao adicional por realizar troca de botijão de gás. Lembrando que estamos
falando de periculosidade, logo, de um risco de morte imediata. Decisão do TST: RR
1002302-81.2014.5.02.0464
QUESTÃO SIMULADA.
Laurêncio é operador de empilhadeira na empresa XYZK LTDA., realizando troca de
botijões de gás, estando em contato direto com gases inflamáveis, que podem causar
explosões. Diante do entendimento consolidado pelo TST, podemos dizer que Laurêncio:
a) Tem direito ao adicional de periculosidade.
b) Não tem direito a nenhum adicional.
c) Tem direito ao adicional de insalubridade.
124
DICA 236
A GESTANTE EM LOCAIS INSALUBRES
A gestante e a lactante podem laborar em locais insalubres? Bom, de forma bem
simplificada tanto a grávida quanto a lactante não podem laborar em locais insalubres. Ou
seja, cabe ao empregador trocar essa mulher gestante ou lactante de uma função insalubre
para uma não insalubre (porém mantendo o pagamento do adicional de insalubridade
mesmo assim) ou caso na empresa não haja nenhuma atividade que não seja insalubre,
cabe ao empregador afasta-la pelo ISS.
DICA 237
LESÕES POR ESFORÇOS REPETITIVOS
Antes de tudo: O que vem a ser a LER? Essa sigla quer dizer lesões por esforços
repetitivos. As LER’s passaram a ser reconhecidas como de fato doença do trabalho a
partir do ano de 1987, por intermédio da Portaria n. 4.062, de 6 de agosto de 1987, do
Ministério da Previdência Social.
Daí pode surgir a dúvidas: LER é apenas um tipo de doença? Não, a LER é qualquer
doença de trabalho, proveniente de esforços repetitivos de uma mesma função.
São exemplos de LER: A lombalgia, a tendinite, a bursite, o cisto sinovial entre outros.
No filme “Tempos Modernos”, o personagem do ator Charles Chaplin fica tanto tempo
realizando seu trabalho com movimentos e esforços repetitivos, que ao largar da fábrica,
prossegue fazendo os mesmos esforços, embora já esteja fora do ambiente laboral.
Sabendo de todas as informações, é importante que se tenha em mente o fato que,
segundo alguns especialistas, as LER’s aumentaram consideravelmente durante o
período da pandemia, pois o home office faz com que a pessoa passe o seu período em
casa, porém trabalhando.
Um exemplo clássico é a pessoa que trabalha digitando, e fica horas e mais horas
nesta mesma posição. Por ser um assunto atual, consideramos importante você saber
deste assunto.
125
É um problema irreversível.
DICA 239
GESTANTES E ATIVIDADES PRESENCIAIS
A lei 14.151/21 inicialmente afastou gestantes do trabalho presencial enquanto houver
estado de emergência de saúde pública causada pelo coronavírus.
Ocorre que, a Lei nº 14.311, de 2022, determinou o retorno das gestantes, nos seguintes
termos legais:
126
127
DICA 241
RECURSO ORDINÁRIO
Possui duas hipóteses de cabimento, estabelecidas no art. 895 da CLT: Das decisões
definitivas ou terminativas das Varas e Juízos, no prazo de 8 (oito) dias; e das decisões
definitivas ou terminativas dos Tribunais Regionais, em processos de sua competência
originária, no prazo de 8 (oito) dias, quer nos dissídios individuais, quer nos dissídios
coletivos. Para fixar melhor:
DECISÕES
AONDE HÁ
CABIMENTO Proferidas pelo TRT em ações de competência
DO R.O. originária nos dissídios individuais e coletivos
(ex.: ação rescisória, dissídio coletivo, mandado
de segurança), com julgamento pelo TST
DICA 242
TEMPESTIVIDADE
A tempestividade nada mais é do que a interposição do recurso no prazo previsto por
lei, no caso do recurso ordinário o prazo de interposição para este tipo recurso é de oito
dias. Sendo interposto fora deste prazo, o recurso será intempestivo.
Como não esquecer deste prazo?
Ordinário
Oito dias
DICA 243
MÉRITO DO RECURSO
O mérito do recurso realiza e faz parte da apreciação pelo tribunal de tudo aquilo que
o magistrado analisou em sentença, no caso do recurso ordinário, temos de nos atentar 487
do CPC, que afirma:
128
III - homologar:
a) o reconhecimento da procedência do pedido formulado na ação ou na reconvenção;
b) a transação;
c) a renúncia à pretensão formulada na ação ou na reconvenção.
Parágrafo único. Ressalvada a hipótese do§ 1 o do art. 332, a prescrição e a decadência
não serão reconhecidas sem que antes seja dada às partes oportunidade de manifestar-
se.
TOME NOTA: Neste caso, é importantíssimo que você saiba que temos decisões
terminativas (extingue o processo sem resolução do mérito), com resolução parcial do
mérito e as decisões definitivas (que julgam o mérito definitivamente). Cabe recurso
ordinário para todos estes casos.
Se sua peça na segunda fase for um RO, você deve pedir o provimento do recurso para
reformar a sentença.
Para fixar bem na sua mente:
RO
Cabível em:
Decisões definitivas
(com resolução do
mérito)
Decisões terminativas
(sem resolução do
mérito)
DICA 244
CUSTAS PROCESSUAIS
Lembrando sempre que a responsabilidade pelo pagamento das custas é da parte vencida
no processo, conforme o art. 789, § 1º, da CLT normatiza. E mais: Se reclamante ganhar
pelo menos um pedido: RECLAMADA É VENCIDA.
129
Lembrando que há certos entes que são isentos destas custas, que são:
E aonde ele pode ser adimplido? Pode ser feito o seu pagamento em dinheiro, em conta
judicial à disposição do juízo ou até mesmo ser substituído por uma fiança bancária ou
seguro-garantia judicial.
Falaremos de custas + depósito caso o recorrente seja uma empresa ou até mesmo uma
tomadora de serviços, quando houver condenação em pecúnia, conforme traz a Súmula 161
do TST.
Mas como funciona este pagamento? Ele deverá ser pago a cada novo recurso, ou seja,
fez o recurso, deve fazer um novo depósito, como afirma a súmula 128, I, do TST.
130
Que tal não esquecer nunca mais quem paga o que no processo do trabalho?
Veja a tabela abaixo:
DEPÓSITO
RECURSAL NÃO NÃO NÃO SIM
DICA 247
CERCEAMENTO DE DEFESA
O mais comum é o chamado cerceamento de defesa, normatizado no art. 5º, LV, da CF/88
e no art. 794 da CLT. O que vem a ser este cerceamento de defesa? Pense no seguinte
exemplo: A empresa XYL é reclamada em uma reclamação trabalhista, aonde o funcionário
é reclamante e faz uma série de pedidos. No dia da audiência, a empresa leva 10
testemunhas, entretanto todas são dispensadas, ocasião em que o magistrado indeferiu o
requerimento de sua oitiva. Estamos diante de um cerceamento de defesa.
QUESTÃO SIMULADA
A empresa ABCDEF LTDA. Tem ajuizada em sua face uma reclamação trabalhista do ex-
empregado João, reclamação que tramita na 400ª Vara trabalhista de Manaus. A empresa
apresenta contestação. No dia da audiência, o juiz defere todos os pedidos e dispensa
todas as testemunhas trazidas pela empresa. Inconformada, a empresa decide interpor
um recurso ordinário. Neste caso, sobre a dispensa das testemunhas por parte do juiz,
podemos dizer que é:
a) Periculosidade
b) Cerceamento de defesa
c) Tempestividade
d) Exercício pleno do magistrado
Gabarito: Letra B.
131
Deserção (quando a parte não realiza o recolhimento das custas e/ou depósito recursal
ao recorrer).
Uma dúvida: Em casos de recursos de agravo, temos contrarrazões? NÃO, neste
caso teremos contraminuta de agravo.
DICA 249
COMO É UMA PEÇA DE CONTRARRAZÕES?
A banca já trouxe esta peça em uma segunda fase, em uma prova de reaplicação. Que tal
vermos sua estrutura, uma forma bem resumida? São duas peças ok?
DICA 250
PONTOS IMPORTANTE SOBRE INTEMPESTIVIDADE
Como já falado, um recurso é tempestivo quando este é interposto dentro do lapso
temporal que a lei prevê, como é o caso do recurso ordinário, aonde este prazo é de 8
dias. Caso seja interposto fora deste prazo, diz-se que é intempestivo. A intempestividade
Todos os direitos reservados. proibida cópia, plágio ou comercialização.
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132
DICA 252
AÇÃO RESCISÓRIA
A ação rescisória é de competência originária dos tribunais trabalhistas*. Todavia, qual
sua aplicação no mundo processual? A ação rescisória tem por objetivo não anular a
sentença, mas sim rescindi-la, reparando a sentença com trânsito em julgado. Falou em
trânsito em julgado, falou da ação rescisória. (*Ou seja, não pode ser ajuizada na Vara
do Trabalho.)
133
Trânsito em Julgado;
ATENÇÃO!
Contra a decisão do Tribunal Regional do Trabalho, que extingue a ação rescisória sem
resolução do mérito, é cabível a interposição de recurso ordinário, conforme dispõe a
súmula 158 do TST. Lembrando que tal recurso deve ser direcionado ao Tribunal Superior
do Trabalho. Este questionamento cai em uma questão recente de concurso, e pode vir
também na sua prova do Exame da OAB.
DICA 253
DEPÓSITO PRÉVIO
Para que se ajuíze esta ação, o autor deve apontar a existência de algumas das hipóteses
do art. 966 do CPC, que são:
134
falsidade da prova;
prova nova;
erro de fato.
DICA 255
AGRAVO DE PETIÇÃO
O recurso de agravo de petição é usado nas execuções trabalhistas, objetivando fazer a
impugnação das decisões proferidas nessa espécie de processo. Ele também é cabível nos
casos de procedimento de liquidação de sentença. Em suma: O agravo de petição é um
recurso usado na fase de execução, previsto no art. 897, alínea A, da CLT.
ATENÇÃO!
DICA 257
AÇÃO ANULATÓRIA DE CLÁUSULAS CONVENCIONAIS
A ação anulatória de cláusula de convenção ou acordo coletivo de trabalho será proposta,
via de regra, pelo Ministério Público do Trabalho (art. 83, IV, da LC 75/1993), tendo esta
legitimidade para propor esta ação, legitimidade dada por lei. E o sindicato, pode ajuizar
esta ação? Sim, o sindicato, também possui legitimidade para propor essa espécie de ação,
por força do disposto no inciso III do art. 8° da CF/88.
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Alguns autores o chamam de recurso subordinado, e isto diz muito sobre a missão
dele no mundo jurídico. Apesar do nome, o recurso adesivo não é um recurso propriamente
dito, e o motivo disto é que ele depende de um recurso principal. Em outras palavras, ele
não tem normatização na CLT, e por causa desta ausência de previsão na CLT, se aplica,
subsidiariamente, o art. 997 do CPC, sendo ainda importante ver o disposto na Súmula 283
do TST:
P ETIÇÃO
E MBARGOS
R EVISTA
O RDINÁRIO
136
DICA 260
PRINCÍPIO DA NON REFORMATIO IN PEJUS
É um princípio importante para que o examinando saiba que basicamente ele afirma que
é vedado ao tribunal, quando for julgar um recurso, profira uma decisão mais gravosa,
mais desfavorável ao recorrente, do que aquela recorrida.
Em outras palavras: A sentença poderá ser impugnada total ou parcialmente,
entretanto não pode vir a trazer maiores danos ao recorrente do que já existia
anteriormente.
137