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WALFREDO CUNHA CAMPOS
Promotor de Justiça do Estado de São Paulo. Professor da Escola Superior do Ministério Público
do Estado de São Paulo e do Curso de Pós-Graduação- Atame (Universidade Cândido Mendes),
de Cuiabá. Palestrante do Conselho Nacional do Ministério Público.
O presente e-book é uma cortesia dos autores e da Editora Mizuno, sendo parte integrante da
obra “Tribunal do Júri - Teoria e Prática - 8ª Edição”.
dedicatória
PARTE I
TEORIA
CAPÍTULO 1
Júri. Natureza Jurídica. Previsão Constitucional.......................................................................... 49
1.1. Definição............................................................................................................................... 49
1.2. Previsão constitucional.......................................................................................................... 49
1.3. Natureza jurídica dúplice....................................................................................................... 49
1.4. Elementos da instituição....................................................................................................... 53
1.5. Cláusula pétrea..................................................................................................................... 54
1.6. Princípios processuais constitucionais.................................................................................. 54
1.7. Plenitude de defesa.............................................................................................................. 54
1.8. Sigilo das votações............................................................................................................... 55
1.9. Soberania dos veredictos...................................................................................................... 60
1.10. Competência mínima para julgamento dos crimes dolosos contra a vida.......................... 61
CAPÍTULO 2
Investigação dos Crimes Dolosos Contra a Vida. Particularidades........................................... 63
2.1. Inquérito policial ou procedimento investigatório criminal..................................................... 63
2.2. Diligências do inquérito policial ............................................................................................ 63
2.2.1. Discricionariedade da autoridade policial na realização das diligências investigató-
rias e na colheita das provas........................................................................................... 63
2.2.2. Diligências investigatórias, elementos informativos e a produção de provas periciais
sob a responsabilidade da autoridade policial no decorrer do inquérito..................... 64
2.2.2.1. Diligenciar no local dos fatos.............................................................................. 64
2.2.2.2. Apreender os objetos relacionados ao fato........................................................ 65
2.2.2.2.1. Cadeia de custódia.................................................................................... 65
2.2.2.2.1.1. Definição de cadeia de custódia...................................................... 65
2.2.2.2.1.2. Preservação do local do crime......................................................... 66
2.2.2.2.1.3. Etapas da Cadeia de Custódia......................................................... 67
2.2.2.2.1.4. Coleta de vestígios........................................................................... 71
2.2.2.2.1.5. Recipientes para acondicionamento de vestígios............................ 71
2.2.2.2.1.6. Central de Custódia.......................................................................... 71
2.2.2.2.1.7. Possibilidade de o assistente técnico acompanhar a produção da
perícia........................................................................................................... 72
2.2.2.2.1.8. Descumprimento das normas que regulamentam a cadeia de
custódia. Consequências. Discussão acadêmica. ....................................... 72
2.2.2.2.1.8.1. Cadeia de custódia. A dura realidade brasileira...................... 74
2.2.2.3. Ouvir o ofendido, testemunhas e o indiciado. Violência institucional (art. 15-A
da lei 13.869/2019, acrescentado pela Lei 14.321/2022).......................................... 76
2.2.2.3.1. Reconhecimento pessoal e fotográfico..................................................... 78
2.2.2.3.2. Elementos informativos trazidos por notícia anônima que tenha auxiliado
à apuração do crime de homicídio. Disque-denúncia......................................... 82
2.2.2.4. Requisição de dados e informações cadastrais da vítima, testemunhas ou de
suspeitos pela autoridade policial.............................................................................. 83
2.2.2.5. Representação para obtenção da ERB visando obter informação a respeito da
localização do indiciado............................................................................................. 83
2.2.2.5.1. Identificação de usuários em determinada localização geográfica, sem
individualizar pessoa determinada...................................................................... 84
2.2.2.6. Perícias determinadas no decorrer do inquérito policial..................................... 85
2.2.2.7. Reprodução simulada dos fatos......................................................................... 88
2.2.2.8. Indiciamento....................................................................................................... 89
2.2.2.9. Identificação criminal.......................................................................................... 89
2.2.2.9.1. Identificação criminal. Noções gerais........................................................ 89
2.2.2.9.2. Identificação criminal e coleta de material biológico para a obtenção do
perfil genético. (Lei 12.037/2019 e Lei de Execução Penal)).............................. 91
2.2.2.10. Órgãos criados pela Lei 13.964/2019 (Pacote Anticrime) e a apuração dos
crimes dolosos contra a vida. Banco Nacional de Perfis Balísticos. Banco Nacional
Multibiométrico e de Impressões Digitais....................................................................... 97
2.2.2.10.1. Banco Nacional de Perfis Balísticos........................................................ 97
2.2.2.10.2. Multibiometria e Impressões Digitais....................................................... 98
2.2.2.10.2.1. Multibiometria................................................................................. 98
2.2.2.10.2.2. Banco Nacional Multibiométrico e de Impressões Digitais............. 98
2.2.2.10.2.3. Multibiometria e investigação criminal............................................ 99
2.3. Demora injustificada na apuração investigatória de crimes dolosos contra a vida............... 99
2.4. Audiência de Custódia e Júri. Previsão Convencional e legal.............................................. 100
2.4.1. Conceito. Finalidades. Prazo. Procedimento. Registro. Valor Probatório.................... 102
2.4.1.1. Conceito.............................................................................................................. 102
2.4.1.2. Finalidades da audiência de custódia................................................................. 102
2.4.1.3. Procedimento da audiência de custódia............................................................. 103
2.4.1.4. Valor probatório das declarações do preso na audiência de custódia................ 104
2.4.1.5. Decisões que podem ser tomadas pelo juiz durante a audiência de custódia... 106
2.4.1.6. Não realização da audiência de custódia no prazo legal .................................. 108
2.5. Prisão temporária (Lei nº 7.960/89)...................................................................................... 108
2.5.1. Conceito e natureza jurídica da prisão temporária...................................................... 108
2.5.2. Crimes que autorizam a decretação da prisão temporária.......................................... 109
2.5.3. Pressupostos e fundamentos para a decretação da prisão temporária....................... 109
2.5.3.1. Pressupostos da prisão temporária. Existência de fundadas razões, de acordo
com qualquer prova admitida na legislação penal, de autoria ou participação do
indiciado em determinados crimes (art. 1º, III, da Lei 7.960/89)............................... 109
2.5.3.2. Fundamento para a decretação da prisão temporária. Imprescindibilidade da
prisão para as investigações criminais (normalmente do inquérito policial – art. 1º,
I, da Lei 7.960/89)...................................................................................................... 109
2.5.3.3. Imprescindibilidade da prisão para as investigações criminais em razão de o
indiciado não possuir residência fixa ou não fornecer elementos necessários ao
esclarecimento de sua identidade (art. 1º, II, da Lei 7.960/89)................................. 110
2.5.4. Procedimento para a decretação da prisão temporária e sua duração....................... 110
2.5.5. Prisão temporária e recurso......................................................................................... 111
2.5.6. Cumprimento do mandado de prisão temporária......................................................... 111
2.5.7. Expiração da prisão temporária e a soltura automática do preso................................ 111
2.6. Prisão preventiva e medidas cautelares na fase investigativa.............................................. 112
2.6.1. Noções gerais.............................................................................................................. 112
2.6.2. Possibilidade de se decretar a prisão preventiva, sem que haja oferecimento simultâneo
de denúncia..................................................................................................................... 113
2.7. Citação do integrante das Forças de Segurança Pública investigado por crime doloso
contra a vida.......................................................................................................................... 114
2.7.1. Disciplina legal trazida pelo Pacote Anticrime.............................................................. 114
2.7.2. Categorias profissionais beneficiadas pela nova legislação........................................ 117
2.7.3. Citação (notificação) do investigado. Contraditório e ampla defesa limitados. Momento
de sua aplicação. Não suspensão da investigação. A previsão legal deve retroagir?........ 118
2.7.4. Imprescindibilidade do nexo entre o homicídio e a função pública exercida............... 121
2.7.5. Violação dos novos dispositivos legais. Consequências............................................. 121
2.7.6. O art. 14-A do CPP é constitucional?........................................................................... 122
2.7.6.1. Declaração incidental de inconstitucionalidade da norma. Prós e contras......... 124
2.7.6.2. O verdadeiro problema que criou a celeuma. Propostas de solução................. 125
2.8. Juiz das garantias e Júri........................................................................................................ 129
2.8.1. Juiz das garantais e Júri. Linhas gerais. Sua não aplicação ao rito do Júri, como
regra de competência funcional. ..................................................................................... 129
2.8.2. Aplicação da sistemática do juiz das garantias ao rito do Júri..................................... 130
2.9. Arquivamento de Inquérito Policial de crime doloso contra a vida. Novo procedimento
trazido pelo Pacote Anticrime (Lei 13.964/2019)................................................................... 130
2.9.1. Nova disciplina legal. Noções gerais........................................................................... 130
2.9.2. Necessidade de fundamentação do arquivamento dos crimes dolosos contra a
vida. ................................................................................................................................ 132
2.9.3. Hipóteses mais comuns de arquivamento do inquérito policial no caso dos crimes
dolosos contra a vida....................................................................................................... 132
2.9.4. Procedimento do arquivamento................................................................................... 133
2.9.4.1. Comunicações obrigatórias................................................................................ 133
2.9.4.2. Possibilidade de recurso administrativo em face da promoção de arquivamen-
to nos casos de crimes dolosos contra a vida........................................................... 135
2.9.4.3. Remessa dos autos de inquérito policial à instância revisional do Ministério
Público....................................................................................................................... 136
2.9.4.3.1. Possibilidade de o investigado arrazoar o recurso interposto pela vítima
ou por familiares.................................................................................................. 136
2.10. Investigação criminal dos homicídios praticados por militares estaduais ou integrantes das Forças
Armadas contra civis. Panorama geral. ..................................................................................... 137
2.10.1. Arquivamento de crime doloso contra a vida no bojo de inquérito policial militar por
juiz militar estadual.......................................................................................................... 141
2.11. Inquérito policial e prova ilícita............................................................................................ 142
2.11.1. Frutos da árvore proibida e Júri - ilicitude por derivação........................................... 142
2.11.2. Apreensão de celular de vítima de homicídio consumado ou de suspeito. Criptografia.... 143
2.11.3. Laudo pericial subscrito por policiais e não por peritos.............................................. 144
2.12. Detetives particulares e investigação criminal.................................................................... 145
2.13. Investigação defensiva........................................................................................................ 145
2.13.1. Conceito..................................................................................................................... 145
2.13.2. Fases em que pode se desenvolver a investigação defensiva.................................. 145
2.13.3. Finalidade da investigação defensiva........................................................................ 146
2.13.4. Poderes do advogado na condução da investigação defensiva................................ 146
2.13.5. Sigilo da investigação defensiva................................................................................ 146
2.13.6. Proibição de censura ou impedimento pelas autoridades à atividade de investiga-
ção defensiva................................................................................................................... 146
2.13.7. A investigação defensiva é constitucional? Argumentos pela inconstitucionalidade
e pela constitucionalidade. ............................................................................................. 146
CAPÍTULO 3
Competência ................................................................................................................................... 165
3.1. Competência dos integrantes do Tribunal do Júri................................................................. 165
3.2. Competência territorial do Júri.............................................................................................. 165
3.2.1. Linhas gerais ............................................................................................................... 165
3.2.2. Crimes dolosos contra a vida praticados no estrangeiro por brasileiros...................... 167
3.2.3. Crime doloso contra a vida cometido por estrangeiro no Brasil contra brasileiro. ...... 168
3.3. Júri federal............................................................................................................................ 168
3.3.1. Júri federal. Linhas gerais............................................................................................ 168
3.3.2. Júri federal e agente ou vítima que seja servidor público federal................................ 169
3.3.3. Júri federal e aberratio ictus......................................................................................... 170
3.3.4. Júri federal e conexão ou continência com infração de competência da Justiça estadual...... 170
3.3.5. Júri federal e a prática de crime doloso contra a vida no contexto de disputa sobre
direitos indígenas (art. 109, XI, da CF)............................................................................ 172
3.3.5.1. Crime cometido por indígena e necessidade de tradução de peças e de intérprete
aos acusados. Estudo antropológico................................................................................... 173
3.3.6. Júri federal e a prática de crime doloso contra a vida cometido a bordo de navio ou
aeronave (art. 109, IX, da CF)......................................................................................... 173
3.4. Júri estadual e do Distrito Federal......................................................................................... 174
3.5. Crime eleitoral em conexão com delito doloso contra a vida................................................ 174
3.6. Crime militar em conexão com delito doloso contra a vida................................................... 174
3.6.1. Alargamento da competência da Justiça Militar decorrente da Lei 13.491/2017 - O
novo conceito de crime militar trazido pela legislação..................................................... 175
3.6.2. Conexão entre um crime doloso contra a vida e crime militar..................................... 176
3.6.2.1. Conexão teleológica entre crime doloso contra a vida e crime militar................ 176
3.6.2.2. Norma processual de efeito imediato................................................................. 178
3.6.2.3. Retroatividade da lei penal e aplicação de benefícios penais pela Justiça Militar...... 181
3.7. Derrogação da competência constitucional do Júri. Foro por prerrogativa de função. ........ 181
3.7.1. Supremo Tribunal Federal........................................................................................... 183
3.7.2. Superior Tribunal de Justiça........................................................................................ 184
3.7.3. Tribunais de Justiça..................................................................................................... 185
3.7.3.1. Tribunais de Justiça e Constituições Estaduais.................................................. 185
3.7.4. Tribunais Regionais Federais...................................................................................... 190
3.7.5. Crimes praticados em coautoria.................................................................................. 190
3.7.6. Perda do cargo com prerrogativa de função................................................................ 192
3.8. Tribunal do Júri e violência doméstica (Lei 11.340/06)......................................................... 193
3.9. Tribunal do Júri e crimes praticados por militares................................................................. 195
3.9.1. Crimes dolosos contra a vida de civil praticados por militares. Regras gerais............ 195
3.9.2. Aberratio ictus e crime militar....................................................................................... 201
3.9.3. Crimes dolosos contra a vida de civil praticados por integrante das Forças Armadas.
Regras especiais. ........................................................................................................... 202
3.9.4. A retirada da competência do Júri Federal para processar e julgar os crimes dolosos
praticados por integrantes das Forças Armadas contra civil, atribuindo-a à Justiça Militar
da União, é inconstitucional?................................................................................................ 204
3.10. Tribunal do Júri e federalização das causas relativas a direitos humanos. Incidente de
deslocamento de competência para a Justiça federal (art. 109, V-A e § 5º, da CF).............. 205
3.11. Tribunal do Júri e crime de genocídio (Lei 2.889/56).......................................................... 210
3.12. Tribunal do Júri e o crime de latrocínio (art. 157, § 3º, do CP)........................................... 212
3.13. Tribunal do Júri e Tribunal Penal Internacional (art. 5º, § 4º, da CF).................................. 213
3.14. Crime doloso contra a vida praticado contra o Presidente da República, do Senado Federal, da
Câmara dos Deputados ou do Supremo Tribunal Federal....................................................... 213
3.15. Julgamento colegiado em 1º grau de jurisdição de crimes praticados por organizações
criminosas (Lei 12.694/12). Inovações trazidas pelo Pacote Anticrime (Lei 13.964/2019):
Vara Colegiada. ..................................................................................................................... 213
3.15.1. Julgamento colegiado em 1ª instância por decisão de juiz que se sinta intimidado
(Lei 12.694/12)................................................................................................................. 213
3.15.2. Julgamento colegiado em 1ª instância por Vara Criminal Colegiada (Lei
13.964/2019).................................................................................................................... 216
3.15.2.1. Linhas gerais.................................................................................................... 216
3.15.2.2. Distinções entre o juízo colegiado em 1ª instância (Lei 12.694/2012) e a Vara
Criminal Colegiada (Lei 13.964/2019) ...................................................................... 217
3.15.2.3. Número de juízes da Vara Colegiada. Sigilo das reuniões de seus integrantes.
Referência a voto divergente de um de seus integrantes.............................................. 218
3.15.2.4. Qual órgão de justiça deve prevalecer: Vara Criminal Colegiada ou juízo
colegiado?............................................................................................................ 218
3.15.2.5. Vara Criminal Colegiada (Lei 13.964/2019) e Júri............................................ 218
3.16. Tribunal do Júri e perpetuatio jurisdicionis.......................................................................... 220
3.16.1. Perpetuatio jurisdicionis e criação de órgão judiciário............................................... 220
3.16.2. Perpetuatio jurisdicionis e alteração da competência absoluta................................. 221
CAPÍTULO 4
Procedimento Especial do Júri...................................................................................................... 223
4.1. Do processo criminal............................................................................................................. 223
4.2. Rito ou procedimento criminal............................................................................................... 223
4.3. Rito do Júri............................................................................................................................ 223
4.3.1. Judicium accusationes................................................................................................. 223
4.3.1.1. Prioridade de julgamento ................................................................................... 224
4.3.2. Judicium causae.......................................................................................................... 225
4.3.3. Ordem de manifestação no rito do Júri na hipótese de corréus ................................. 225
CAPÍTULO 5
Juízo da Acusação........................................................................................................................... 227
5.1. Protagonistas do processo penal.......................................................................................... 227
5.1.1. Ministério Público......................................................................................................... 227
5.1.1.1. Ministério Público e vítimas................................................................................ 228
5.1.2. Assistente da acusação............................................................................................... 229
5.1.2.1. Generalidades.................................................................................................... 229
5.1.2.2. Atribuições.......................................................................................................... 230
5.1.2.3. Associação atuando como assistente da acusação........................................... 232
5.1.3. Defensor...................................................................................................................... 232
5.1.4. Acusado....................................................................................................................... 233
5.1.5. Juiz............................................................................................................................... 233
5.2. Denúncia............................................................................................................................... 234
5.2.1. Requisitos da denúncia ou queixa. Publicidade. Pedido de indenização.................... 234
5.2.1.1. Descrição pormenorizada da conduta de cada réu. .......................................... 235
5.2.1.2. Necessidade de narração das qualificadoras, causas de aumento de pena e
do crime conexo........................................................................................................ 237
5.2.1.3. Denúncia e arrolamento de testemunhas........................................................... 237
5.2.1.4. Denúncia alternativa que cumula imputação de dolo direto ou eventual........... 238
5.2.1.5. Desarquivamento de inquérito policial em razão de novas provas e oferecimento
de denúncia..................................................................................................................... 238
5.2.1.6. Arquivamento de inquérito policial militar e oferecimento de denúncia em
razão de novas provas......................................................................................... 240
5.2.1.7. Denúncia e dúvida a respeito da existência de crime militar ou de crime doloso
contra a vida.............................................................................................................. 242
5.2.1.8. Recebimento da denúncia e reconhecimento pessoal e fotográfico.................. 243
5.3. Denúncia e possibilidade de oferecimento de transação penal lato sensu ao autor de crime
conexo ao doloso contra a vida............................................................................................. 243
5.4. Denúncia e possibilidade de se oferecer acordo de não persecução penal ao autor de
crime conexo e para o autor de crime doloso contra a vida (art. 28-A do CPP, acrescentado
pela Lei 13.964/2019- Pacote Anticrime)............................................................................... 248
5.5. Denúncia e possibilidade de proposta de suspensão condicional do processo ao autor de
crime doloso contra a vida em geral ..................................................................................... 253
5.6. Possibilidade de se oferecer transação penal e suspensão condicional da pena ao crime
doloso contra a vida de induzimento, instigação ou auxílio a suicídio (art. 122 do CP)........ 257
5.6.1. É possível se oferecer transação penal para o autor do crime doloso contra a vida
de induzimento, instigação ou auxílio a suicídio?............................................................ 257
5.7. Aditamento da denúncia de crime doloso contra a vida........................................................ 260
5.8. Recebimento da denúncia. Ato decisório. Decretação da prisão preventiva ou medidas
cautelares. Citação................................................................................................................ 263
5.8.1. Recebimento ou rejeição da denúncia e sua fundamentação..................................... 263
5.8.1.1. Hipóteses de rejeição da denúncia de crime doloso contra a vida..................... 264
5.8.1.1.1. Denúncia manifestamente inepta.............................................................. 264
5.8.1.1.2. Rejeição da denúncia por faltar pressuposto processual ou condição
para o exercício da ação penal........................................................................... 264
5.8.1.1.2.1. Rejeição por incompetência do Juízo.............................................. 265
5.8.1.1.3. Rejeição da denúncia por faltar justa causa para o exercício da ação
penal. Verificação do cumprimento das regras da cadeia de custódia. ............. 266
5.8.1.2. É possível rejeitar-se a denúncia após a decisão de de recebimento? ............ 267
5.8.1.3. Rejeição ou recebimento da denúncia e recurso............................................... 268
5.8.1.4. Recebimento/rejeição parcial da denúncia......................................................... 268
5.8.1.5. Modificação da imputação pelo juiz no ato de recebimento da denúncia.......... 272
5.8.2. Recebimento da denúncia e decretação da prisão preventiva ou de medidas cautelares.. 273
5.8.2.1. Prisão preventiva e medidas cautelares. Noções gerais.................................... 273
5.8.2.2. Prisão preventiva de crimes dolosos contra a vida............................................ 274
5.8.2.2.1. Pressupostos da prisão preventiva........................................................... 274
5.8.2.2.2. Fundamentos da prisão preventiva........................................................... 274
5.8.2.2.3. Condições de admissibilidade da prisão preventiva no caso dos crimes
dolosos contra a vida ......................................................................................... 275
5.8.2.2.4. Revisão obrigatória e fundamentada da prisão preventiva, de ofício, pelo
juiz....................................................................................................................... 277
5.8.2.2.5. Proibição da decretação da prisão preventiva.......................................... 277
5.8.2.2.6. Prisão preventiva com fundamentação ilegal ........................................... 278
5.8.3. Prisão domiciliar........................................................................................................... 278
5.8.4. Citação......................................................................................................................... 280
5.8.4.1. Citação com hora certa....................................................................................... 280
5.8.4.2. Citação por edital e produção antecipada de provas......................................... 281
5.9. Prioridade de julgamento e produção antecipada de provas................................................ 284
5.9.1. Prioridade de julgamento............................................................................................. 284
5.9.2. Produção antecipada de provas ................................................................................. 285
5.10. Resposta à acusação.......................................................................................................... 286
5.10.1. Linhas gerais.............................................................................................................. 286
5.10.2. Resposta à acusação na hipótese de corréus em que um deles seja delator........... 289
5.10.3. Justificação. Produção antecipada de prova............................................................. 289
5.11. Despacho inicial.................................................................................................................. 292
5.12. Audiência una de instrução, debates e julgamento............................................................. 292
5.12.1. Linhas gerais.............................................................................................................. 292
5.12.1.1. Tele audiência (audiência virtual)..................................................................... 294
5.12.1.2. Ultrapassada a pandemia (ou convivendo-se com ela), as audiências virtuais
devem continuar?...................................................................................................... 294
5.12.1.3. Incomunicabilidade e audiências virtuais ........................................................ 296
5.12.1.4. Acareações, reconhecimento de pessoas e outras provas audiências virtuais... 297
5.12.1.5. Audiência virtual e testemunhas ameaçadas................................................... 297
5.12.1.6. Interrogatório real e virtual do acusado............................................................ 297
5.12.1.7. Sistema misto de inquirição: presencial e virtual.............................................. 299
5.12.1.8. Participação do juiz e das partes nas audiências............................................. 299
5.12.1.9. Mudança de paradigma. Novas tecnologias digitas. O metaverso. ................. 299
5.12.2. Gravação audiovisual da audiência e transcrição..................................................... 300
5.12.2.1. Declarações do ofendido.................................................................................. 300
5.12.2.1.1. Inquirição direta das vítimas.................................................................... 301
5.12.2.1.2. Incomunicabilidade das vítimas. Vítimas e testemunhas com identidade
sob sigilo. ................................................................................................................. 301
5.12.2.1.2.1. Teleaudiências e incomunicabilidade............................................. 302
5.12.2.1.3. Inquirição da mulher em situação de violência doméstica e familiar ou
de testemunha de violência doméstica .............................................................. 303
5.12.2.1.3.1. Linhas gerais. ................................................................................ 303
5.12.2.1.3.2. Procedimento de inquirição............................................................ 304
5.12.2.1.4. Depoimento sem dano ........................................................................... 304
5.12.2.1.4.1. Previsão legal do depoimento sem dano....................................... 305
5.12.2.1.4.2. Definição legal do depoimento especial......................................... 305
5.12.2.1.4.3. Proteção de contato com o autor................................................... 305
5.12.2.1.4.4. Local do depoimento especial........................................................ 305
5.12.2.1.4.5. Depoimento especial e produção antecipada de provas............... 305
5.12.2.1.4.6. Impossibilidade de novo depoimento especial, em regra.............. 306
5.12.2.1.4.7. Procedimento do depoimento especial.......................................... 306
5.12.2.1.4.8. Preservação da intimidade e privacidade...................................... 307
5.12.2.1.5. Declarações na ausência do réu............................................................. 307
5.12.2.1.6. Proibição de ofensa à dignidade de vítimas e testemunhas quando de
suas oitivas em audiência (Lei 14.245/2021- Lei Mariana Ferrer). Violência
institucional (Lei 14.321/2022) e instrução na 1ª fase do rito do Júri.................. 308
5.12.2.1.6.1. Entrada em vigor da nova Lei. Texto legal. Histórico de sua
promulgação. ...................................................................................... 308
5.12.2.1.6.2. A Lei Mariana Ferrer é aplicável à 1ª fase do rito do Júri?............. 308
5.12.2.1.6.3. Aplicação da Lei Mariana Ferrer na 1ª fase do rito do Júri............. 309
5.12.2.1.6.4. Violência institucional (Lei 14.321/2022) e instrução na 1ª fase do
rito do Júri..................................................................................................... 312
5.12.2.2. Ordem de inquirição das testemunhas............................................................. 314
5.12.2.2.1. Regra geral.............................................................................................. 314
5.12.2.2.2. Particularidades na ordem de oitivas de testemunhas arroladas pelas
defesas dos acusados delator e delatado. ......................................................... 315
5.12.2.2.3. Substituição de testemunha.................................................................... 315
5.12.2.2.4. Princípio da comunhão da prova............................................................. 315
5.12.3. Número de testemunhas............................................................................................ 316
5.12.4. Inquirição direta das testemunhas............................................................................. 317
5.12.5. Incomunicabilidade das testemunhas........................................................................ 318
5.12.5.1. Incomunicabilidade e audiências virtuais ........................................................ 318
5.12.6. Depoimento na ausência do réu................................................................................ 319
5.12.7. Direito de a defesa ter acesso à qualificação da testemunha com identidade protegida.. 319
5.12.8. Esclarecimentos dos peritos...................................................................................... 319
5.12.9. Acareações, reconhecimento de pessoas e coisas e juntada de documentos.......... 321
5.12.10. Interrogatório............................................................................................................ 323
5.12.10.1. Interrogatório. Linhas gerais........................................................................... 323
5.12.10.2. Interrogatório e delação de corréu.................................................................. 324
5.12.10.3. Interrogatório e carta precatória..................................................................... 326
5.12.10.4. Processos com dois ou mais réus e possibilidade de o advogado de um
deles realizar perguntas quando do interrogatório do outro corréu. ....................... 326
5.12.10.5. É possível o interrogatório virtual de réu foragido?........................................ 328
5.12.11. Debates.................................................................................................................... 330
5.12.11.1. Linhas gerais................................................................................................... 330
5.12.11.2. A apresentação de alegações finais pela defesa é obrigatória?..................... 332
5.12.11.3. Tempo de debates no caso de ação penal subsidiária da pública e ação
privada. ..................................................................................................................... 332
5.12.11.4. Possibilidade de conversão dos debates em memorais escritos.................... 333
5.12.11.5. Ordem de apresentação dos debates ou de memoriais escritos na hipótese
de corréus.................................................................................................................. 333
5.12.12. Decisão.................................................................................................................... 334
5.12.12.1. Conversão do julgamento em diligência......................................................... 334
5.12.12.2. Princípio da identidade física do juiz.............................................................. 336
5.12.13. Registro formal da audiência. Possibilidade de gravação da audiência pelas partes. .... 337
5.13. Prazo para conclusão da primeira fase do procedimento................................................... 338
CAPÍTULO 6
Pronúncia.......................................................................................................................................... 341
6.1. Requisitos da pronúncia........................................................................................................ 341
6.1.1. Prova da existência do crime....................................................................................... 341
6.1.2. Indícios suficientes de que o réu seja o autor. Depoimento de ouvir dizer. Autoria e
participação. Participação de menor importância e cooperação dolosamente distinta. A
prova do motivo implica a prova da autoria?................................................................... 347
6.1.2.1. Autoria e participação......................................................................................... 350
6.1.2.2. Autoria e aberratio ictus com unidade complexa................................................ 351
6.1.2.3. Necessidade de prova suficiente do fato ilícito e de autoria culpável para a
pronúncia................................................................................................................... 352
6.1.2.4. A prova do motivo implica a prova da autoria?................................................... 352
6.1.3. Pronúncia e standards probatórios.............................................................................. 353
6.1.4. Pronúncia lastreada em prova lícita............................................................................. 354
6.2. Pronúncia e sua fundamentação.......................................................................................... 355
6.3. Excesso de linguagem na pronúncia.................................................................................... 357
6.3.1. Excesso de linguagem na pronúncia: linhas gerais. ................................................... 357
6.3.2. Excesso de linguagem e anulação da pronúncia: deve a pronúncia ser desentranhada
dos autos? ........................................................................................................................... 359
6.4. Pronúncia e qualificadoras.................................................................................................... 361
6.4.1. Necessidade de fundamentação adequada e de prova judicial para que a qualificadora
seja reconhecida na pronúncia. ........................................................................................... 361
6.4.2. Qualificadoras em espécie e seu substrato lógico e jurídico....................................... 363
6.4.3. Qualificadoras e recursos............................................................................................ 364
6.5. Pronúncia com base em provas colhidas exclusivamente no inquérito policial.................... 365
6.5.1. Pronúncia e reconhecimento pessoal ou fotográfico................................................... 367
6.6. Decisão de pronúncia e aplicação de pena. Pronúncia e tese de colaboração premiada.... 373
6.6.1. Decisão de pronúncia e aplicação de pena................................................................. 373
6.6.2. Pronúncia e colaboração premiada............................................................................. 376
6.7. Pronúncia e o princípio da correlação. Emendatio e mutatio libelli....................................... 377
6.7.1. Emendatio libelli........................................................................................................... 378
6.7.1.1. Emendatio libelli e reconhecimento de qualificadora......................................... 382
6.7.1.2. Mutatio libelli....................................................................................................... 382
6.7.1.3. Mutatio libelli e reconhecimento de qualificadora e causas de aumento de
pena .......................................................................................................................... 385
6.8. Efeitos da decisão de pronúncia........................................................................................... 386
6.9. Pronúncia e prisão preventiva do acusado ou imposição de outras medidas cautelares..... 387
6.10. Pronúncia e excesso de prazo da prisão............................................................................ 389
6.11. Pronúncia e crime conexo................................................................................................... 390
6.12. Intimação da decisão de pronúncia..................................................................................... 392
6.12.1. Regras gerais............................................................................................................. 392
6.12.2. Acusado localizado no estrangeiro............................................................................ 393
6.12.3. Processos que tramitavam antes da vigência da Lei 9.271/96 que alterou o art. 366
do CPP............................................................................................................................. 394
6.13. Prova de autoria ou participação de outras pessoas não incluídas na acusação............... 395
6.14. Recurso da decisão de pronúncia....................................................................................... 396
6.14.1. Recurso da decisão de pronúncia e impronúncia concomitantes.............................. 397
6.14.2. Recurso da decisão de pronúncia e desclassificação simultâneas........................... 398
6.14.3. Recurso da decisão de pronúncia e absolvição sumária simultâneas....................... 398
CAPÍTULO 7
Impronúncia...................................................................................................................................... 399
7.1. Hipóteses de impronúncia..................................................................................................... 399
7.1.1. Excesso de linguagem na impronúncia....................................................................... 400
7.2. Propositura de nova ação penal........................................................................................... 401
7.2.1. Necessidade de novas provas..................................................................................... 401
7.3. Importância da impronúncia.................................................................................................. 402
7.4. Despronúncia........................................................................................................................ 409
7.5. Impronúncia e crimes conexos.............................................................................................. 410
7.6. Impronúncia de crime conexo............................................................................................... 410
7.7. Intimação da sentença de impronúncia................................................................................. 411
7.8. Prova de autoria ou participação de outras pessoas não incluídas na acusação................. 411
7.9. Impronúncia e recurso........................................................................................................... 412
7.9.1. Impronúncia parcial e recurso...................................................................................... 413
7.9.2. Recurso da decisão de impronúncia e pronúncia concomitantes................................ 414
7.9.3. Recurso da decisão de impronúncia e desclassificação simultâneas......................... 414
7.9.4. Recurso da decisão de impronúncia e absolvição sumária simultâneas..................... 415
CAPÍTULO 8
Desclassificação............................................................................................................................... 417
8.1. Desclassificação de um dos crimes conexos e remessa para o Júri.................................... 421
8.2. Conflito de competência........................................................................................................ 421
8.3. Desclassificação para delito de alçada da Lei 9.099/95....................................................... 424
8.4. Desclassificação e crime militar............................................................................................ 424
8.5. Desclassificação e crimes conexos....................................................................................... 425
8.6. Intimação da decisão de desclassificação............................................................................ 425
8.7. Prova de autoria ou participação de outras pessoas não incluídas na acusação................. 425
8.8. Recurso da decisão desclassificatória.................................................................................. 426
8.8.1. Recurso da decisão de desclassificação e pronúncia simultâneas............................. 428
8.8.2. Recurso da decisão desclassificatória e impronúncia simultâneas............................. 428
8.8.3. Recurso da decisão desclassificatória e absolvição sumária simultâneas.................. 428
CAPÍTULO 9
Absolvição Sumária.......................................................................................................................... 429
9.1. Diferença entre impronúncia e absolvição sumária.............................................................. 430
9.2. Hipóteses de absolvição sumária por inexistência do fato, prova de que o acusado não é
seu autor ou partícipe e por atipicidade do fato..................................................................... 430
9.3. Hipóteses de absolvição sumária pela existência de causas excludentes de ilicitude......... 431
9.4. Hipóteses de absolvição sumária por circunstâncias que isentam o réu de pena................ 431
9.5. Inimputabilidade e semi-imputabilidade e absolvição sumária............................................. 432
9.6. Absolvição sumária e crimes conexos.................................................................................. 434
9.7. Absolvição sumária de crime conexo.................................................................................... 435
9.8. Intimação da sentença de absolvição sumária..................................................................... 435
9.9. Prova de autoria ou participação de outras pessoas não incluídas na acusação................. 436
9.10. Fim do recurso ex officio..................................................................................................... 437
9.11. Recurso da sentença de absolvição sumária...................................................................... 437
9.11.1. Recurso da decisão de absolvição sumária e pronúncia simultâneas....................... 437
9.11.2. Recurso da decisão de absolvição sumária e impronúncia simultâneas................... 438
9.11.3. Recurso da decisão de absolvição sumária e desclassificação simultâneas............ 438
CAPÍTULO 10
Juízo da Causa – Preparação para o Julgamento....................................................................... 439
10.1. Fato modificativo superveniente à pronúncia...................................................................... 439
10.1.1. Fato processual penal modificativo da competência absoluta do Júri....................... 443
10.2. Da preparação do processo para julgamento em plenário................................................. 445
10.2.1. Requerimento de diligências e arrolamento de testemunhas.................................... 445
10.2.1.1. Arrolamento de testemunhas. Número legal. ................................................. 445
10.2.1.2. Número de Testemunhas não abarca oitiva de vítima e peritos....................... 447
10.2.1.3. Número de vítimas e aberratio icuts................................................................. 447
10.2.1.4. Arrolamento de testemunhas e preclusão........................................................ 447
10.2.1.5. O assistente da acusação pode arrolar testemunhas?.................................... 447
10.2.1.6. Testemunhas e vítimas arroladas em caráter de imprescindibilidade.............. 448
10.2.1.6.1. Pode ser determinado, pelo juiz, de ofício, a oitiva da vítima? .............. 448
10.2.1.7. Intimação pessoal de testemunhas e vítimas................................................... 449
10.2.1.7.1. Intimação por via eletrônica..................................................................... 449
10.2.1.8. Testemunha arrolada em caráter de imprescindibilidade que não tenha sido
localizada................................................................................................................... 450
10.2.1.9. A cláusula de imprescindibilidade aplica-se à vítima?...................................... 450
10.2.1.10. Perito oficial e assistente técnico e o rol de testemunhas.............................. 451
10.2.1.11. Substituição de testemunhas.......................................................................... 451
10.2.1.12. Renovação do rol de testemunhas no caso de julgamento anterior anulado. 451
10.2.1.13. Arrolamento de corréu como testemunha....................................................... 453
10.2.1.14. Juntada de documentos e requerimento de diligências................................. 453
10.2.1.15. Requerimento de transcrição dos depoimentos colhidos por meio audiovisual
para o plenário................................................................................................................ 457
10.2.1.16. Testemunha residente em outra comarca ...................................................... 459
10.2.1.17. Réu residente em outra comarca................................................................... 461
10.3. Ordem de apresentação da manifestação na fase do art. 422 na hipótese de corréus
em que um deles seja delator ............................................................................................... 462
10.4. Despacho saneador, juntada de relatório sucinto aos autos e designação de data para o
julgamento............................................................................................................................. 462
10.5. Data para designação do julgamento em plenário.............................................................. 466
10.6. Desmembramento de julgamento de corréus..................................................................... 467
CAPÍTULO 11
Juízo da Causa – Julgamento pelo Júri........................................................................................ 469
11.1. Abertura dos trabalhos da sessão – quórum mínimo.......................................................... 469
11.2. Jurados suplentes............................................................................................................... 469
11.2.1. Questão dos empréstimos de jurados........................................................................ 472
11.3. Multa ao jurado faltoso........................................................................................................ 473
11.4. Escusas oferecidas pelo jurado........................................................................................... 473
11.5. Análise pelo juiz presidente dos casos de impedimentos, isenção ou dispensa dos jurados...... 474
11.6. Pedido de adiamento da sessão e justificativa para não comparecimento......................... 475
11.6.1. Pedido de adiamento da sessão indeferido e nomeação de advogado ad hoc para
a sessão.......................................................................................................................... 475
11.7. Ausência das partes ou testemunhas.................................................................................. 475
11.7.1. Ausência do órgão do Ministério Público................................................................... 475
11.7.2. Réu sem defensor...................................................................................................... 476
11.7.3. Ausência do defensor................................................................................................. 476
11.7.4. Ausência do réu.......................................................................................................... 481
11.7.5. Ausência do acusador particular, em caso de queixa-crime em ação penal privada
subsidiária da pública...................................................................................................... 484
11.7.6. Ausência do querelante em caso de ação penal privada exclusiva em conexão com
ação penal pública........................................................................................................... 485
11.7.7. Ausência do advogado do assistente da acusação................................................... 485
11.7.8. Ausência de vítima ou testemunha arrolada pelas partes.......................................... 486
11.7.8.1. Vítima arrolada: oitiva imprescindível, se requerida pela parte. Direito da par-
te à condução coercitiva da vítima que, intimada, não compareceu. ....................... 486
11.7.8.2. Possibilidade de as partes requerem a expedição de ofícios para se localizar
o paradeiro da vítima não localizada ou sua substituição ........................................ 486
11.7.8.3. Impossibilidade de o juiz determinar, de ofício, a condução coercitiva da víti-
ma.............................................................................................................................. 487
11.7.8.4. Testemunha não localizada no endereço fornecido. Possibilidade de sua
substituição. .............................................................................................................. 487
11.7.8.5. Testemunha arrolada em caráter de imprescindibilidade.................................. 488
11.7.8.6. Testemunha arrolada sem o caráter de imprescindibilidade............................. 491
11.8. Produção antecipada de prova em plenário não realizado................................................. 491
11.9. Plenário não realizado e sua nova designação para o dia seguinte................................... 491
11.10. Instalação da sessão e posicionamento das partes na tribuna......................................... 491
11.11. Advertência do juiz presidente aos jurados sobre os impedimentos, incompatibilidades
e suspeições.......................................................................................................................... 493
11.12. Suspeição.......................................................................................................................... 493
11.13. Impedimento...................................................................................................................... 495
11.14. Incompatibilidade............................................................................................................... 497
11.14.1. Suspeição, impedimento e incompatibilidade e nulidades....................................... 497
11.15. Advertência do juiz presidente aos jurados sobre a incomunicabilidade.......................... 498
11.16. Arguição de suspeição...................................................................................................... 499
11.16.1. Arguição de suspeição contra o jurado no plenário................................................. 499
11.16.2. Arguição de suspeição contra o juiz presidente, promotor ou qualquer funcionário
antes do plenário............................................................................................................. 500
11.16.3. Arguição de suspeição contra o juiz presidente, promotor ou qualquer outro
funcionário no plenário............................................................................................... 501
11.16.4. Arguição contra o promotor em plenário ................................................................. 501
11.16.4.1. Promotor suspeito e nulidade......................................................................... 503
11.16.4.2. Designação de promotor para o Júri............................................................... 503
11.16.4.3. Atuação em conjunto de dois ou mais promotores em plenário..................... 504
11.16.5. Arguição contra funcionário...................................................................................... 504
11.16.6. Produção da prova da suspeição em plenário......................................................... 505
11.16.7. Arguição contra o juiz............................................................................................... 505
11.16.8. Quem pode arguir suspeição e contra quem? ....................................................... 506
11.17. Recusas peremptórias ou imotivadas............................................................................... 506
11.18. Formação do Conselho de Sentença, sua exortação e compromisso.............................. 510
11.18.1. Ausência de compromisso: efeitos .......................................................................... 512
11.18.2. Jurado incapaz de exercer a função........................................................................ 512
11.18.3. Jurado estrangeiro................................................................................................... 512
11.19. Entrega de cópias da pronúncia e do relatório do processo............................................. 513
11.20. Instrução em plenário........................................................................................................ 513
11.20.1. Declarações do ofendido.......................................................................................... 514
11.20.1.1. Regras gerais.................................................................................................. 514
11.20.1.2. Oitiva da vítima em segredo de justiça........................................................... 515
11.20.1.3. As partes podem dispensar a oitiva da vítima que esteja presente?.............. 515
11.20.2. Declarações do ofendido na ausência do acusado.................................................. 517
11.20.2.1. Inquirição da mulher em situação de violência doméstica e familiar ou de
testemunha de violência doméstica ......................................................................... 518
11.20.2.1.1. Linhas gerais. ........................................................................................ 518
11.20.2.1.2. Procedimento de inquirição................................................................... 519
11.20.2.2. Depoimento sem dano ou depoimento especial ........................................... 519
11.20.2.2.1. Previsão legal do depoimento especial................................................. 520
11.20.2.2.2. Definição legal do depoimento especial................................................ 520
11.20.2.2.3. Proteção de contato com o autor........................................................... 520
11.20.2.2.4. Local do depoimento especial............................................................... 520
11.20.2.2.5. Depoimento especial e produção antecipada de provas....................... 521
11.20.2.2.6. Impossibilidade de novo depoimento especial, em regra...................... 521
11.20.2.2.7. Procedimento do depoimento especial.................................................. 522
11.20.2.2.8. Preservação da intimidade e privacidade.............................................. 523
11.20.3. Incomunicabilidade das vítimas............................................................................... 524
11.20.4. Inquirição.................................................................................................................. 524
11.20.5. Inquirição de testemunhas....................................................................................... 524
11.20.5.1. Prova testemunhal........................................................................................ 524
11.20.5.1.1. Regras gerais......................................................................................... 524
11.20.5.1.2. Oitiva da testemunha em segredo de justiça......................................... 524
11.20.5.2. Testemunha não arrolada na fase de preparação do julgamento (art. 422 do
CPP).......................................................................................................................... 525
11.20.5.3. Testemunha ou vítima com identidade sob sigilo............................................ 528
11.21. Incomunicabilidade das testemunhas............................................................................... 529
11.22. Inquirição........................................................................................................................... 529
11.22.1. Inquirição direta pelas partes................................................................................... 529
11.22.2. Violação ao direito das partes á inquirição direta. O que fazer? ............................. 529
11.22.3. Inquirição pelo jurado............................................................................................... 530
11.22.4. Retorno ao sistema presidencialista se houver excessos na inquirição direta........ 530
11.22.5. Proibição de ofensa à dignidade de vítimas e testemunhas quando de suas
oitivas em plenário (Lei 14.245/2021- Lei Mariana Ferrer). Violência institucional (Lei
14.321/2022).............................................................................................................. 530
11.22.5.1. Entrada em vigor da nova Lei. Texto legal. Histórico de sua promulgação. .. 530
11.22.5.2. Lei processual penal para “resolver imediatamente o problema”. Resposta aos
reclamos sociais. Inflação legislativa. Inovação desnecessária. ..................................... 531
11.22.5.3. Como deve ser aplicado o art. 474-A do CPP? O difícil equilíbrio entre a
dignidade de vítima e testemunhas e os demais direitos de igual estatura constitu-
cional que não podem ser esquecidos. .................................................................... 534
11.22.5.4. E se o art. 474-A for violado e a vítima ou testemunha forem humilhadas,
ofendendo-se sua dignidade? O julgamento é nulo?................................................ 541
11.22.5.5. Violência institucional (Lei 14.321/2022) e instrução em plenário do Júri...... 543
11.23. Momento das oitivas.......................................................................................................... 545
11.24. Ordem de inquirição.......................................................................................................... 546
11.24.1. Ordem de inquirição e sistema acusatório constitucional. Inovação trazida pelo
pacote anticrime (art. 3º-A do CPP). Necessidade de mudança de paradigma. ............ 546
11.24.2. Atuação subsidiária do juiz presidente na produção da prova oral ....................... 549
11.24.3. Poder de direção do juiz presidente dos trabalhos da instrução criminal ............... 549
11.24.4. Ordem de inquirição legal (art. 473 do CPP) .......................................................... 550
11.25. Contradita e suspeição das testemunhas......................................................................... 551
11.26. Termo da oitiva.................................................................................................................. 552
11.27. Permanência da testemunha no Tribunal.......................................................................... 553
11.28. Falso testemunho em plenário.......................................................................................... 554
11.29. Retratação da testemunha em plenário............................................................................ 555
11.30. Falso testemunho na primeira fase do procedimento do Júri............................................ 556
11.31. Testemunha com prerrogativa de função ......................................................................... 557
11.32. Testemunha e, ao mesmo tempo, assistente da acusação............................................... 557
11.33. Reinquirição de testemunhas............................................................................................ 557
11.34. Local da oitiva das testemunhas....................................................................................... 559
11.35. Renovação do rol de testemunhas no caso de julgamento anterior anulado.................... 559
11.36. Depoimento da testemunha na ausência do acusado...................................................... 560
11.37. Acareações, reconhecimento de pessoas e coisas e esclarecimentos dos peritos.......... 561
11.37.1. Linhas gerais............................................................................................................ 561
11.37.2. Reconhecimento de pessoas e coisas..................................................................... 562
11.37.3. Esclarecimentos dos peritos.................................................................................... 563
11.38. Outras provas que podem ser requeridas ou produzidas em plenário.............................. 564
11.38.1. Os jurados podem ser consultados a respeito da necessidade de produção de
determinada prova requerida pelas partes? ................................................................... 565
11.39. Provas ilícitas e Júri........................................................................................................... 566
11.40. Dissolução do Conselho para a realização de diligências................................................ 567
11.40.1. Dissolução do Conselho de Sentença e aproveitamento das provas produzidas na
sessão............................................................................................................................. 567
11.41. Leitura de peças................................................................................................................ 568
11.41.1. Prova cautelar.......................................................................................................... 569
11.41.2. As provas não repetíveis.......................................................................................... 570
11.41.3. Provas antecipadas.................................................................................................. 571
11.41.4. Entrega de cópias de peças aos jurados................................................................. 573
11.41.5. Exibição de vídeos em plenário............................................................................... 573
11.42. Interrogatório. ................................................................................................................... 574
11.42.1. Interrogatório e corréus. Versões colidentes. Possibilidade de Cisão de julga-
mentos de corréus pelo juiz. Processos com dois ou mais réus e possibilidade de o
advogado de um deles realizar perguntas quando do interrogatório do outro corréu. ..... 575
11.43. Interrogatório e delação premiada. ................................................................................... 578
11.44. Perguntas pelas partes...................................................................................................... 580
11.45. Direito ao silêncio.............................................................................................................. 580
11.46. Corréus.............................................................................................................................. 581
11.46.1.1. Possibilidade de os corréus fazerem perguntas............................................. 581
11.47. Uso de algemas em plenário............................................................................................. 581
11.48. Banco dos réus.................................................................................................................. 585
11.49. Ausência ou deficiência de interrogatório.......................................................................... 586
11.49.1. Ausência de interrogatório........................................................................................ 586
11.49.2. Ausência de interrogatório como direito do réu e necessidade de sua presença
para o seu reconhecimento pessoal................................................................................ 586
11.49.3. Deficiência de interrogatório..................................................................................... 587
11.49.4. É possível o interrogatório virtual de réu foragido?.................................................. 587
11.50. Retirada do réu do plenário............................................................................................... 589
11.51. Debates............................................................................................................................. 589
11.52. Ordem dos debates........................................................................................................... 590
11.52.1. Debates com mais de um acusador......................................................................... 590
11.52.2. Debates com mais de um defensor.......................................................................... 590
11.53. Tempo dos debates........................................................................................................... 591
11.53.1. Tempo dos debates em caso de ação penal privada exclusiva e ação penal pública
em conexão........................................................................................................................... 592
11.53.2. Tempo dos debates no caso de ação penal privada subsidiária da pública ou com
assistente da acusação................................................................................................... 592
11.54. Possibilidade de prorrogação do tempo dos debates....................................................... 593
11.55. Limitação temática aos debates. Censura........................................................................ 594
11.55.1. A proibição de as partes se referirem ao teor da decisão de pronúncia, como argumento
de autoridade (art. 478, I, primeira parte, do CPP).......................................................... 595
11.55.1.1. Linhas gerais................................................................................................... 595
11.55.1.2. Análise crítica das limitações em espécie....................................................... 597
11.55.2. Proibição de as partes se manifestarem a respeito da determinação para que o
acusado permaneça algemado, como argumento de autoridade (art. 478, I, segunda
parte, do CPP)................................................................................................................. 599
11.55.3. Proibição de se fazer referências ao silêncio do acusado ou à ausência de
interrogatório em seu prejuízo (art. 478, II, do CPP)....................................................... 600
11.55.4. Interpretação atual a respeito da constitucionalidade das limitações temáticas dos
debates............................................................................................................................ 601
11.55.5. Aplicação prática das vedações temáticas em plenário........................................... 601
11.56. Aparte................................................................................................................................ 604
11.57. Pedido de informações ou esclarecimentos de fatos pela parte ou pelos jurados............ 606
11.58. Teses da acusação............................................................................................................ 608
11.58.1. Teses do Ministério Público. Liberdade postulatória como regra. ........................... 608
11.58.1.1. Impossibilidade de o promotor sustentar a “desclassificação” de crime doloso
contra a vida para o delito de latrocínio, em plenário. .............................................. 609
11.58.1.2. Acusação bifronte. ......................................................................................... 611
11.58.2. Querelante em ação penal privada exclusiva.......................................................... 611
11.58.3. Querelante em ação penal privada subsidiária da pública....................................... 612
11.59. Teses da defesa.............................................................................................................. 612
11.59.1. Teses da Defesa. Liberdade postulatória como regra.............................................. 612
11.59.2. Defesa técnica e autodefesa diversas..................................................................... 612
11.59.3. Impossibilidade de a defesa sustentar desclassificação para outro delito, cujos
elementos típicos sejam completamente diferentes daqueles referentes à imputação
original............................................................................................................................. 613
11.59.4. O que é defesa bifronte?.......................................................................................... 613
11.59.5. Pode a defesa sustentar a absolvição utilizando-se de argumentos extrajurídicos?..... 614
11.59.6. Impossibilidade de a defesa sustentar a tese da legítima defesa da honra em ple-
nário trazida pela medida cautelar na arguição de descumprimento de preceito
fundamental 779/DF. ....................................................................................................... 615
11.59.6.1. Breve histórico do tema.................................................................................. 615
11.59.6.2. Falta de lógica entre as decisões.................................................................... 616
11.59.6.3. Fundo prático da decisão liminar: correção de rumos.................................... 617
11.59.6.4. Efeitos práticos da liminar no julgamento dos recursos pelo Júri. Inovação
prejudicial à defesa. .................................................................................................. 618
11.59.6.5. Outras teses metajurídicas também estão proibidas?.................................... 619
11.59.6.6. Liminar em colisão com a Lei Maior................................................................ 619
11.59.6.7. A liminar já deve ser aplicada aos novos Júris?.............................................. 620
11.59.6.8. Como aplicar de uma maneira apropriada ao rito do Júri a nova determinação
advinda da ADPF?.......................................................................................................... 622
11.59.6.8.1. Tese da Legítima defesa da honra quando dos debates. Interpretação
pragmática .......................................................................................................... 622
11.59.6.8.2. Tese da legítima defesa da honra e instrução....................................... 626
11.59.6.8.3. Tese da legítima defesa da honra e interrogatório................................. 627
11.59.6.8.4. Tese da legítima defesa da honra e votação dos quesitos.................... 627
11.59.6.8.5. Tese de legítima defesa da honra e recursos........................................ 627
11.59.6.8.6. Nosso posicionamento a respeito da tese de legítima defesa da honra ...... 629
11.60. Réplica e tréplica............................................................................................................... 630
11.60.1. Pode haver tréplica sem réplica?............................................................................. 630
11.60.2. Réplica na hipótese de diversos acusadores........................................................... 632
11.60.3. Inovação na tréplica................................................................................................. 634
11.60.4. Tréplica em sendo diversos defensores................................................................... 638
11.61. Proibição de depoimento pessoal pelos tribunos.............................................................. 639
11.62. Proibição de leitura ou produção de documento novo em plenário.................................. 639
11.62.1. Vedação à apresentação de documentos em geral................................................. 639
11.62.2. Contagem do prazo para a juntada do documento novo......................................... 640
11.62.3. Direito à contraprova................................................................................................ 641
11.62.4. Livros, artigos e estudos científicos......................................................................... 642
11.62.5. Reconstituição do crime em plenário....................................................................... 642
11.62.6. Corpo da vítima ou do réu são documentos?.......................................................... 642
11.62.7. Fato novo que surge em plenário............................................................................. 643
11.62.8. Alusão a documento não juntado aos autos............................................................ 643
11.62.9. Exibição de documentos sobre a vida das testemunhas ........................................ 643
11.62.10. Exibição de documentos e nulidades..................................................................... 644
11.62.11. Exibição de vídeo e fotografia em plenário não relacionados- diretamente- com os
fatos submetidos ao Conselho de Sentença. Leitura de repertório de jurisprudências...... 644
11.62.12. Proibição de as partes pesquisarem, pela internet, em plenário, questão relacio-
nada à causa................................................................................................................... 644
11.63. Oferecimento de memoriais.............................................................................................. 645
11.64. Momento para se arguir nulidade ocorrida em plenário.................................................... 647
11.65. Preparação para o julgamento.......................................................................................... 647
11.66. Do questionário e sua votação.......................................................................................... 651
11.66.1. Quesitos................................................................................................................... 651
11.66.2. Fontes dos quesitos................................................................................................. 653
11.66.2.1. Interrogatório como fonte de quesitos............................................................. 653
11.66.3. Redação dos quesitos.............................................................................................. 655
11.66.4. Ordem dos quesitos................................................................................................. 656
11.66.4.1. Materialidade do fato....................................................................................... 656
11.66.4.1.1. Quesitação do nexo de causalidade no homicídio consumado............. 656
11.66.4.2. Autoria ou participação.................................................................................... 657
11.66.4.2.1. Especificação concreta da conduta do partícipe................................... 658
11.66.4.2.2. Impossibilidade de inovação da tese acusatória de dolo direto para
eventual ou de eventual para direto em plenário................................................ 659
11.66.4.3. Se o acusado deve ser absolvido................................................................... 660
11.66.4.4. Causas de diminuição de pena alegadas pela defesa.................................... 660
11.66.4.5. Circunstâncias qualificadoras......................................................................... 661
11.66.4.6. Causas de aumento de pena.......................................................................... 661
11.66.4.7. Prejudicialidade dos quesitos.......................................................................... 661
11.67. Tentativa............................................................................................................................ 662
11.68. Tese de desclassificação da infração para outra de competência do juiz singular........... 663
11.69. Tese de desclassificação da infração para outra de competência do Júri........................ 663
11.70. Mais de um crime ou mais de um acusado....................................................................... 664
11.71. Leitura dos quesitos.......................................................................................................... 664
11.72. Oportunidade para se reclamar dos quesitos.................................................................... 665
11.73. Oportunidade para os jurados sanarem dúvidas a respeito dos quesitos......................... 665
11.74. Julgamento........................................................................................................................ 666
11.75. Não interferência das partes no interior da sala secreta................................................... 666
11.76. Votação dos quesitos........................................................................................................ 667
11.77. Contradição nas respostas aos quesitos........................................................................... 667
11.77.1. Tese única defensiva de negativa de autoria ou participação e absolvição do
acusado..................................................................................................................... 668
11.77.2. Condenação do acusado e afastamento simultâneo do crime de falso testemunho
quesitado quanto a testemunha ouvida em plenário....................................................... 672
11.78. Esclarecimentos do juiz presidente................................................................................... 673
11.79. Eventual parcialidade do juiz na sala secreta................................................................... 673
11.80. Dúvida do jurado durante a votação.................................................................................. 674
11.81. Sigilo das votações............................................................................................................ 674
11.81.1. Funcionamento. Histórico legislativo. Interpretação constitucional do sigilo............ 674
11.81.2. Entendimento dos Tribunais Superiores a respeito do tema.................................... 678
11.81.3. Violação ao sigilo das votações com o computo da integralidade dos votos .......... 679
11.82. Decisões condenatórias e absolutórias............................................................................. 679
11.82.1. Sentença absolutória (art. 492, II, a, b e c, do CPP)................................................ 679
11.82.1.1. Sentença absolutória imprópria...................................................................... 679
11.82.1.2. Sentença absolutória própria e indenização pelos danos............................... 680
11.82.2. Absolvição do crime doloso contra a vida e crimes conexos................................... 682
11.82.3. Efeito da sentença absolutória de autor quanto aos partícipes............................... 682
11.82.4. Sentença condenatória (art. 492, I, a, b, c, d, e e f, do CPP). Linhas gerais.
Detração para fins de determinação de regime inicial de cumprimento da pena privativa
de liberdade. ................................................................................................................... 684
11.82.5. Sentença condenatória e reconhecimento de agravantes e atenuantes................. 686
11.82.6. Sentença condenatória e continuidade delitiva........................................................ 690
11.82.7. Efeito extrapenal automático da sentença condenatória: reparação dos danos
causados pela infração.................................................................................................... 690
11.82.7.1. Efeito extrapenal automático da sentença condenatória: identificação do
perfil genético (art. 9º-A da LEP)............................................................................... 693
11.82.8. Efeitos extrapenais não-automáticos da sentença condenatória. Perda do cargo,
função pública ou mandado eletivo; incapacidade para o exercício do poder familiar, da
tutela ou curatela; inabilitação para dirigir veículo (art. 92 do CP). Impossibilidade de
casamento do cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de
homicídio contra o seu consorte (art. 1521, VII, do CC). Ação de exclusão de herdeiro
por ato de indignidade. ................................................................................................... 693
11.82.8.1. Condenação pelo Júri e inelegibilidade – “Lei da Ficha Limpa”...................... 697
11.82.9. Decretação ou manutenção da prisão preventiva em plenário. Execução provi-
sória das condenações a penas iguais ou superiores a 15 anos proferidas pelo Júri
instituída pela Lei 13.964/2019 (Pacote Anticrime) ................................................................... 698
11.82.9.1. Nova disciplina legal....................................................................................... 698
11.82.9.2. 11.81.9.2 Decretação ou manutenção da prisão preventiva em plenário...... 699
11.82.9.2.1. Decretação da prisão preventiva........................................................... 699
11.82.9.2.2. Manutenção ou revogação da prisão preventiva em plenário............... 699
11.82.9.3. Execução provisória de pena igual ou superior a 15 anos............................. 700
11.82.9.3.1. Prisão-pena – execução provisória. Linhas gerais................................ 700
11.82.9.3.1.1. Execução provisória e réu inimputável e semi-imputável............. 701
11.82.9.3.2. Execução provisória das penas iguais ou superiores a 15 anos.
Procedimento............................................................................................. 701
11.82.9.3.2.1. Pressupostos da execução provisória: acusado que responda solto
ao processo de competência do Júri e inexistência dos requisitos da prisão
preventiva, ou acusado que se encontrava preso preventivamente e sua
prisão processual é convertida em prisão penal. ......................................... 701
11.82.9.3.2.2. Execução provisória da pena. Fundamentação........................... 702
11.82.9.3.2.2.1. Determinação de execução provisória da pena. Funda-
mentação. Possíveis requerimentos das partes. ................................... 702
11.82.9.3.2.2.2. Possibilidade de o juiz presidente conceder efeito suspensivo
à eventual apelação defensiva, impedindo a execução provisória da
pena............................................................................................................. 704
11.82.9.3.2.2.2.1. Efeito suspensivo concedido pelo juiz presidente...... 704
11.82.9.3.2.2.2.2. Efeito suspensivo por ser a decisão dos jurados ma-
nifestamente contrária a prova dos autos......................................... 705
11.82.9.3.2.2.2.3. Efeito suspensivo em razão de nulidade posterior à
pronúncia.......................................................................................... 706
11.82.9.3.2.2.2.4. Possibilidade de o juiz presidente não determinar a
execução provisória da pena por reputá-la inconstitucional ............ 707
11.82.9.3.3. A execução provisória no Júri viola o princípio da presunção de
inocência?................................................................................................. 707
11.82.9.3.3.1. Presunção de inocência. Previsão Constitucional e Convencional.. 707
11.82.9.3.3.2. Formas de manifestação da presunção de inocência no processo
penal................................................................................................................... 707
11.82.9.3.3.3. Entendimento atual do Supremo a respeito da constitucionalidade
da execução provisória...................................................................................... 708
11.82.9.3.3.4. Discussão a respeito da constitucionalidade da execução provisória
da pena pelo Júri. ................................................................................................... 709
11.82.9.3.3.4.1. Argumentos a favor. ........................................................... 709
11.82.9.3.3.4.2. Argumentos contrários à execução provisória no rito do
Júri.......................................................................................................... 712
11.82.9.3.3.4.3. Entendimento do STF e do STJ e dos demais Tribunais do
país quanto à constitucionalidade da execução provisória no Júri. ....... 714
11.82.9.3.3.4.3.1. Possibilidade de o Supremo conferir interpretação
conforme à Constituição ao instituto da execução provisória do
Júri prevista no art. 492 do CPP.......................................................... 726
11.82.9.3.3.4.3.2. Execução provisória do Júri: vácuo jurídico enquanto o
Supremo Tribunal Federal não decidir a respeito de sua constitucio-
nalidade................................................................................................. 726
11.82.9.3.3.4.3.3. A execução provisória da pena é retroativa?............. 727
11.82.9.3.3.4.3.4. Execução provisória e realidade prática ................... 730
11.82.9.3.3.5. Linhas gerais................................................................................ 730
11.82.9.3.3.6. Não realização de plenários de réus soltos. Aumento da
impunidade. ..................................................................................... 731
11.82.9.3.3.7. Tempo transcorrido e espetáculo da prisão em plenário do réu
solto: maior dificuldade para a condenação e aumento da impunidade. ..... 732
11.82.9.3.3.8. Fixação de teto de pena que não ultrapasse 15 anos.................. 737
11.82.9.3.4. Por qual motivo passou-se – pela primeira vez desde a nova ordem
constitucional – a se interpretar a soberania dos veredictos como autorizador
da execução provisória em 1ª instância?............................................................ 737
11.82.9.3.5. Alterações sistêmicas necessárias para a otimização da execução
provisória da pena............................................................................................... 749
11.83. Decisão desclassificatória (art. 492, §§ 1º e 2º, do CPP).................................................. 749
11.83.1. Inconstitucionalidade da desclassificação própria prevista na Lei........................... 750
11.83.2. Desclassificação e continuidade da votação............................................................ 752
11.83.3. Desclassificação e aplicação dos institutos da Lei 9.099/95 (art. 492, § 1º, do
CPP). Desclassificação e aplicação do benefício do Acordo de não persecução penal
(art. 28-A do CPP). ......................................................................................................... 753
11.83.3.1. Desclassificação e institutos da Lei 9.099/95................................................. 753
11.83.3.2. Desclassificação e acordo de não persecução penal..................................... 757
11.83.4. Desclassificação para um crime militar................................................................... 759
11.83.5. Efeito da desclassificação do crime doloso contra a vida quanto aos autores de
crimes conexos................................................................................................................ 759
11.83.6. Efeito da desclassificação em relação a crime imputado a um dos autores e
efeito extensivo quanto aos demais, quando a conduta for idêntica. Desclassificação
da conduta imputada aos autores e efeitos quanto aos partícipes................................. 760
11.83.6.1. Desclassificação do crime doloso contra a vida em face de um dos autores
e efeitos quanto aos demais...................................................................................... 760
11.83.6.1.1. Desclassificação do crime doloso contra a vida em face de um dos
autores e efeitos quanto aos demais, em julgamentos diversos pelo Júri.......... 760
11.83.6.1.2. Desclassificação do crime doloso contra a vida em face de um dos
autores e efeitos quanto aos demais, quando são julgados em conjunto pelo
Júri....................................................................................................................... 764
11.83.6.2. Desclassificação do crime doloso contra a vida e concurso formal de delitos
praticados pelo mesmo agente................................................................................. 765
11.83.6.3. Desclassificação do crime doloso contra a vida em face de um dos autores
e efeitos quanto aos partícipes.................................................................................. 768
11.83.7. Desclassificação e execução provisória da pena..................................................... 769
11.83.7.1. Desclassificação e prescrição......................................................................... 770
11.84. Leitura da sentença – intimação........................................................................................ 770
11.85. Identidade física do juiz presidente................................................................................... 771
CAPÍTULO 12
Questões Processuais do Juízo da Causa.................................................................................... 773
12.1. Insanidade mental de autor de crime conexo e julgamento do autor do crime doloso
contra a vida.......................................................................................................................... 773
12.2. Insanidade mental do autor de crime doloso contra a vida e julgamento de réu de crime
conexo................................................................................................................................... 774
12.3. Julgamento de vários corréus............................................................................................. 775
12.3.1. Regras gerais ............................................................................................................ 775
12.3.2. Julgamentos multitudinários...................................................................................... 776
12.4. Morte do corréu................................................................................................................... 776
12.5. Aproveitamento do mesmo Conselho para julgar mais de um processo............................ 777
12.6. Absolvição por negativa de autoria e novo processo por participação............................... 778
12.7. Abandono do plenário pelas partes..................................................................................... 780
12.7.1. Abandono por advogado constituído ou dativo.......................................................... 780
12.7.2. Abandono de plenário por membro da Defensoria Pública (e do Ministério Público)
e aplicação de multa pelo juiz presidente........................................................................ 782
12.8. Possibilidade de ampla divulgação dos julgamentos pelo Júri........................................... 783
12.9. Júri e processo digital.......................................................................................................... 784
12.10. É possível à Defensoria Pública atuar, no mesmo processo do rito do Júri, na defesa do
acusado e como assistente da acusação da vítima?............................................................ 786
12.11. Gravação dos debates por meio de mídia ........................................................................ 786
12.12. Autorização para que o acusado preso traje, durante o julgamento pelo Júri, roupas de
passeio e não o uniforme do presídio.................................................................................... 786
12.13. Habeas corpus para determinar a realização do julgamento do Júri................................ 787
12.14. É possível a pronúncia pelo juiz ou a condenação pelo Júri sem pedido expresso da
acusação nesse sentido?...................................................................................................... 787
12.15. Júri virtual ou Júri pandêmico: o Júri dos novos tempos?................................................. 789
12.16. Réu e advogado ao mesmo tempo................................................................................... 793
12.17. Uso de camisetas pelo público.......................................................................................... 793
12.18. Crimes contra a dignidade sexual..................................................................................... 794
12.19. Apartes que inviabilizem a fala do tribuno ........................................................................ 794
12.20. Atuação de advogado não habilitado em plenário............................................................ 794
12.21. Dissolução do Conselho de Sentença por se considerar a sociedade indefesa .............. 795
12.22. Luta corporal em plenário entre os debatedores............................................................... 799
12.23. Presença de crianças e adolescentes na assistência do Júri........................................... 799
12.24. Julgamento pelo Júri realizado em fim de semana........................................................... 800
12.25. Limitação de número de defensores em plenário............................................................. 801
12.26. Condução coercitiva de jurado.......................................................................................... 801
12.27. Psicografia e Júri............................................................................................................... 801
12.28. Tese defensiva de que o réu estaria possuído por espíritos malignos quando da prática
do crime................................................................................................................................. 802
CAPÍTULO 13
Documentos Essenciais do Julgamento pelo Júri....................................................................... 803
13.1. Termo de compromisso....................................................................................................... 803
13.2. Termo de votação................................................................................................................ 803
13.3. Ata de julgamento............................................................................................................... 804
13.3.1. Ausência de ata......................................................................................................... 806
13.3.2. Ausência de cópia da ata no processo...................................................................... 806
13.3.3. Ausência de assinatura na ata................................................................................... 806
13.3.4. Omissão ou erro na ata. Como se insurgir contra o teor da ata?.............................. 806
13.3.5. Gravação contínua de todo o julgamento.................................................................. 807
CAPÍTULO 14
Atribuições do Presidente do Tribunal do Júri............................................................................. 809
CAPÍTULO 15
Recursos............................................................................................................................................ 815
15.1. Conceito.............................................................................................................................. 815
15.2. Recursos no rito do Júri...................................................................................................... 815
15.2.1. Recurso em sentido estrito. Linhas gerais. ............................................................... 815
15.2.1.1. Recurso em sentido estrito em face da decisão de pronúncia e de desclassi-
ficação. Procedimento recursal................................................................................. 815
15.2.1.1.1. Recurso em sentido estrito para desclassificar o crime doloso para crime
culposo..................................................................................................................... 817
15.2.1.2. Recurso em sentido estrito, como regra, para se desconstituir a pronúncia e
afastar qualificadoras ou para se obter a desclassificação. Excepcional utilização
do habeas corpus para tanto. ................................................................................... 817
15.2.1.3. Recurso em sentido estrito em face da decisão que inclui ou exclui jurado.... 819
15.2.1.4. Pode haver julgamento pelo Júri, na pendência de recurso especial ou extra-
ordinário em face da decisão de pronúncia?............................................................. 820
15.2.1.5. Acórdão confirmatório da pronúncia e interrupção da prescrição.................... 823
15.2.1.6. Pronúncia e causas suspensivas da prescrição (mudanças trazidas pelo pa-
cote anticrime - Lei 13.964/2019).............................................................................. 824
15.2.1.7. Recurso em sentido estrito contra pronúncia lastreada exclusivamente em
reconhecimento pessoal inválido.............................................................................. 824
15.2.2. Apelação.................................................................................................................... 825
15.2.2.1. Interposição do recurso contra as decisões definitivas de absolvição ou con-
denação proferidas pelo Júri e limites da irresignação............................................. 826
15.2.2.2. Apelação nas hipóteses de nulidade posterior à pronúncia (art. 593, III, a, do
CPP).......................................................................................................................... 827
15.2.2.2.1. Nulidade pela tese de legítima defesa da honra .................................... 827
15.2.2.2.2. Apelação contra veredicto condenatório lastreado exclusivamente em
reconhecimento pessoal inválido........................................................................ 828
15.2.2.3. Apelação na hipótese de erro do juiz presidente (art. 593, III, b e c, do CPP). 828
15.2.3. Apelação contra decisão manifestamente contrária à prova dos autos (art. 593, III,
d, do CPP)....................................................................................................................... 829
15.2.3.1. Limites do provimento da apelação.................................................................. 829
15.2.3.2. Veredicto condenatório sem respaldo em prova judicial. Apenas elementos in-
formativos de inquérito policial. Cassação ou nulidade do veredicto? Entendimento
de que deva ser anulado também o processo, desde a pronúncia, substituindo-a
por decisão de impronúncia. ................................................................................... 830
15.2.3.3. Regras gerais de como o Tribunal deve julgar apelação em face de veredicto
do Júri........................................................................................................................ 835
15.2.3.4. Particularidades da análise pelo Tribunal dos veredictos condenatórios......... 836
15.2.3.5. O jurado pode condenar o réu com base apenas em “provas” (elementos
informativos) de inquérito policial? Esse veredicto é manifestamente contrário à
prova dos autos, e deve ser cassado, ou é válido, e deve ser mantido, em razão da
íntima convicção (não fundamentada) e a soberania próprias do Júri?.................... 841
15.2.3.6. O in dubio pro reo é válido como fundamento para se cassar o veredicto
condenatório? .......................................................................................................... 845
15.2.3.7. Como o Tribunal deve verificar se os jurados decidiram com base em provas
judiciais ou se apenas em elementos informativos do inquérito policial?................. 846
15.2.3.8. Recursos e medidas cabíveis se o Tribunal cassar decisão que não seja
manifestamente contrária à prova dos autos ....................................................... 847
15.2.3.9. Recursos cabíveis se o Tribunal mantiver a condenação pelo Júri.................. 848
15.2.3.10. Diferenciação entre anulação e cassação do veredicto................................. 848
15.2.3.11. Apelação para cassar o veredicto que seja aberrante da prova: recurso
único.......................................................................................................................... 849
15.2.3.12. Apelação contra decisão desclassificatória.................................................... 849
15.2.3.13. Habeas corpus e afastamento de qualificadoras reconhecidas pelo Júri....... 850
15.2.3.14. Análise pelo Tribunal a respeito do mérito do veredicto absolutório quando
são sustentadas duas ou mais teses de defesa........................................................ 850
15.2.3.15. Análise pelo Tribunal a respeito do mérito do veredicto no caso de decisão
contrária ao teor de perícia médica........................................................................... 851
15.2.3.16. Excesso de linguagem do acórdão que cassa o veredicto aberrante da
prova.......................................................................................................................... 852
15.2.4. Provimento parcial da apelação................................................................................. 853
15.2.5. Apelação e reformatio in pejus indireta...................................................................... 855
15.2.6. Apelação e reformatio in mellius................................................................................ 858
15.2.7. Impossibilidade de a acusação recorrer do veredicto absolutório reconhecido pelos
jurados ao votarem o quesito genérico da absolvição, mesmo quando manifestamente
contrário à prova dos autos............................................................................................. 859
15.2.8. Recurso de apelação contra absolvição do acusado por clemência......................... 867
15.2.9. Apelação contra veredicto absolutório quando a tese única defensiva era de negativa
de autoria ou participação .................................................................................................... 868
15.2.10. Incompatibilidade lógica entre acórdão que cassa o veredicto condenatório, por
ser manifestamente contrário à prova dos autos, quando o mesmo Tribunal que tenha
anulado a decisão seja aquele que tenha confirmado anteriormente a pronúncia, por
reputar existir prova de materialidade e autoria delitivas. .................................................. 868
15.2.11. Interrupção da prescrição pela publicação do acórdão condenatório recorrível...... 869
15.2.12. Não interrupção da prescrição no caso de anulação do julgamento condenatório
ou de cassação do veredicto condenatório..................................................................... 869
15.2.13. Causas suspensivas da prescrição e recursos. Mudanças trazidas pelo Pacote
Anticrime (Lei 13.964/2019). ........................................................................................... 870
15.2.14. Apelação da decisão que determinou ou não a Execução provisória das condena-
ções a penas iguais ou superiores a 15 anos proferidas pelo Júri. Alteração instituída
pela Lei 13.964/2019 (Pacote Anticrime) ........................................................................ 871
15.2.14.1. Nova disciplina legal....................................................................................... 871
15.2.14.2. Possibilidade de o juiz declarar a execução provisória da pena inconstitucional... 872
15.2.14.3. Possibilidade de o juiz presidente conceder efeito suspensivo à eventual
apelação defensiva, impedindo a execução provisória da pena............................... 872
15.2.14.3.1. Efeito suspensivo. Linhas gerais........................................................... 872
15.2.14.3.2. Efeito suspensivo por ser a decisão dos jurados manifestamente
contrária à prova dos autos............................................................................ 873
15.2.14.3.3. Efeito suspensivo em razão de nulidade posterior à pronúncia............ 874
15.2.14.3.4. Recurso em face da decisão do juiz presidente que determina a
execução provisória da pena ......................................................................... 874
15.2.14.3.5. A acusação pode recorrer da decisão do juiz presidente que não
determina a execução provisória da pena?.................................................... 879
15.2.15. Cassação do veredicto condenatório pelo Tribunal por ser manifestamente
contrário à prova dos autos e prisão preventiva..................................................... 882
15.3. Revisão criminal.................................................................................................................. 882
15.3.1. Revisão criminal e indenização................................................................................. 889
15.3.2. Revisão criminal e vedação à reformatio in pejus indireta......................................... 890
15.3.3. Revisão criminal e absolvição imprópria.................................................................... 891
15.3.4. Limitação do alcance da Revisão criminal pelos Tribunais quando, em recurso especial
ou extraordinário anteriores, o veredicto condenatório do Júri tenha sido mantido pelo
STJ ou STF........................................................................................................................... 891
15.3.5. Juízo rescindente e prescrição.................................................................................. 892
15.4. Extinção do recurso de protesto por novo Júri.................................................................... 892
15.5. Provimento do recurso ou procedência da revisão e a fase do art. 422 do CPP................ 894
15.6. Unirrecorribilidade recursal e encerramento da 1ª fase do rito do Júri. Decisão que, a um
só tempo, pronuncia, impronuncia, absolve sumariamente e desclassifica.......................... 895
CAPÍTULO 16
Nulidades Processuais..................................................................................................................... 897
16.1. Ato processual..................................................................................................................... 897
16.2. Graus de imperfeição dos atos processuais....................................................................... 897
16.2.1. Inexistência e irregularidade...................................................................................... 897
16.2.2. Nulidade relativa........................................................................................................ 898
16.2.3. Nulidade absoluta...................................................................................................... 899
16.2.3.1. Nulidade absoluta e necessidade de comprovação do prejuízo...................... 900
16.2.4. Nulidade parcial do veredicto .................................................................................... 900
16.2.5. Nulidades previstas no art. 564 do CPP.................................................................... 902
16.2.6. Nulidade por ter a acusação ou a defesa se referido à decisão de pronúncia ou
sobre o uso de algemas “como argumento de autoridade”, ou, ainda, se a acusação se
referiu ao silêncio do réu ou à ausência de seu interrogatório, em seu prejuízo (art. 478
do CPP). ......................................................................................................................... 908
16.2.7. Nulidade por ter a defesa se manifestado pedindo a absolvição com base na tese
de legítima defesa da honra em caso de feminicídio...................................................... 908
16.2.8. Casuística de nulidades do rito do Júri...................................................................... 909
CAPÍTULO 17
Desaforamento................................................................................................................................ 923
17.1. Definição............................................................................................................................. 923
17.2. Motivos................................................................................................................................ 924
17.3. Requerimento...................................................................................................................... 930
17.4. Suspensão do julgamento................................................................................................... 931
17.5. Processamento................................................................................................................... 931
17.6. Transferência do processo e não apenas do julgamento para outra comarca................... 934
17.7. Desaforamento e concurso de agentes.............................................................................. 934
17.8. Reaforamento..................................................................................................................... 935
CAPÍTULO 18
Organização do Júri......................................................................................................................... 937
18.1. Elaboração da lista de jurados............................................................................................ 937
18.2. Publicação da lista.............................................................................................................. 938
18.3. Listas provisória e definitiva................................................................................................ 939
18.4. Alteração da lista provisória................................................................................................ 939
18.5. Reclamações contra a lista provisória................................................................................. 940
18.6. Reclamação pelo próprio jurado......................................................................................... 940
18.7. Reclamação por qualquer do povo..................................................................................... 942
18.8. Alteração da lista definitiva.................................................................................................. 943
18.9. Efeitos da alteração da lista definitiva................................................................................. 944
18.9.1. Efeitos administrativos............................................................................................... 944
18.9.2. Efeitos processuais.................................................................................................... 944
18.10. Renovação das listas........................................................................................................ 946
18.10.1. Inclusão indevida de jurado que participou de julgamento nos últimos 12 meses.
O julgamento é nulo? ...................................................................................................... 947
18.11. Questões procedimentais referentes à lista e suas alterações......................................... 947
18.12. Sorteio dos jurados........................................................................................................... 949
18.13. Convocação dos jurados................................................................................................... 951
18.14. Prazo entre o sorteio e a primeira sessão da reunião....................................................... 952
18.14.1. Sigilo de dados dos jurados..................................................................................... 952
CAPÍTULO 19
Ordem dos Julgamentos pelo Júri................................................................................................. 955
19.1. Regra geral......................................................................................................................... 955
19.2. Alteração da regra geral...................................................................................................... 955
CAPÍTULO 20
Jurados............................................................................................................................................. 959
20.1. Definição............................................................................................................................. 959
20.2. Categorias........................................................................................................................... 959
20.3. Condições para ser jurado.................................................................................................. 959
20.4. Deveres............................................................................................................................... 962
20.5. Direitos................................................................................................................................ 962
20.6. Recusa ao serviço do Júri................................................................................................... 963
20.7. Vantagens........................................................................................................................... 964
20.8. Responsabilidade criminal.................................................................................................. 965
20.9. Vedação de desconto nos vencimentos ou salário do jurado............................................. 965
20.10. Jurado não alistável, isento e dispensado. Conceitos...................................................... 965
20.10.1. Jurado não alistável................................................................................................. 965
20.10.2. Jurado isento........................................................................................................... 967
20.10.3. Jurado dispensado .................................................................................................. 967
ANEXO A
Fluxogramas do Rito do Júri........................................................................................................... 969
ANEXO B
Modelos de Quesitos....................................................................................................................... 975
1. Homicídio simples consumado (art. 121 do CP)........................................................................... 1015
2. Homicídio simples tentado (art. 121 na forma do art. 14, II, do CP).............................................. 1016
2.1. Homicídio simples tentado (art. 121, na forma do art. 14, II, do CP), com tese de desclas-
sificação para o delito de disparo de arma de fogo............................................................... 1017
3. Homicídio simples com causa de aumento de pena (crime praticado por grupo de extermínio –
art. 121, § 6º, in fine, do CP)........................................................................................................ 1018
4. Homicídio consumado qualificado (art. 121, § 2º, incisos I ao V, e VIII, do CP)............................ 1020
5. Homicídio tentado qualificado (art. 121, § 2º, incisos I ao V, e VIII, na forma do art. 14, II, ambos
do CP).......................................................................................................................................... 1022
6. Homicídio simples privilegiado consumado (art. 121, § 1º, do CP)................................................ 1024
7. Homicídio consumado privilegiado-qualificado (art. 121, §§ 1º e 2º, incisos I ao V, e VIII, do
CP)............................................................................................................................................... 1026
8. Homicídio simples consumado com causa de aumento de pena (vítima menor de 14 anos – art.
121, § 4º, segunda parte, primeira figura do CP)......................................................................... 1028
9. Homicídio qualificado consumado com causa de aumento de pena (vítima menor de 14 anos –
art. 121, § 2º, incisos I ao V, e VIII, c.c. o § 4º, segunda parte, primeira figura do CP)............... 1029
10. Homicídio simples consumado com causa de aumento de pena (vítima maior de 60 anos – art.
121, § 4º, segunda parte, última figura do CP)............................................................................ 1030
11. Homicídio consumado qualificado com causa de aumento de pena (vítima maior de 60 anos –
art. 121, § 2º, incisos I ao V, e VIII, c.c. o § 4º, segunda parte, última figura do CP)................... 1031
12. Homicídio consumado qualificado com causa de aumento de pena (homicídio por milícia priva-
da ou grupo de extermínio – art. 121, § 2º, incisos I ao V, e VIII, c.c. o § 6º, do CP).................. 1032
13. Homicídio consumado qualificado pelo feminicídio cumulado com demais qualificadoras (art.
121, § 2º, incisos I ao V, VI, § 2º-A, I [violência doméstica e familiar], e VIII, do CP).................. 1033
14. Homicídio consumado qualificado pelo feminicídio e demais qualificadoras (art. 121, § 2º, in-
cisos I ao V, VI, § 2º-A, I violência doméstica e familiar, e VIII, do CP), com tese de homicídio
privilegiado (domínio de violenta emoção – art. 121, § 1º, do CP).............................................. 1035
15. Homicídio consumado qualificado pelo feminicídio cumulado com qualificadoras (art. 121, § 2º,
III, IV,VI, § 2º-A, II – menosprezo ou discriminação à condição da mulher, e VIII, do CP).......... 1038
16. Homicídio consumado qualificado pelo feminicídio cumulado com qualificadoras (art. 121, § 2º,
III, IV, VI, § 2º-A, I – menosprezo ou discriminação à condição de mulher, e VIII, do CP), com
tese de homicídio privilegiado (domínio de violenta emoção – art. 121, § 1º, do CP)................. 1040
17. Homicídio consumado qualificado pelo feminicídio cumulado com qualificadoras (art. 121, §
2º, I, II, III, IV, V, VI, § 2º-A, I – violência doméstica e familiar, e VIII, do CP), com causas de
aumento de pena (crime praticado durante a gestação ou nos 3 meses posteriores ao parto;
contra menor de 14 anos ou maior de 60 anos; ou com deficiência ou portadora de doenças
degenerativa que acarretem condição limitante ou de vulnerabilidade física ou mental; na pre-
sença física ou virtual de descendente ou ascendente da vítima; em descumprimento das
medidas de urgência previstas na Lei 11.340/2006 [Lei Maria da Penha] – art. 121, § 7º, I, II e
III e IV, do CP) e com tese de homicídio privilegiado (domínio de violenta emoção – art. 121, §
1º, do CP)..................................................................................................................................... 1042
18. Homicídio consumado qualificado pelo feminicídio cumulado com qualificadoras (art. 121, § 2º,
III, IV,VI, § 2º-A, II – menosprezo ou discriminação à condição de mulher, e VIIIdo CP), com
causas de aumento de pena – crime praticado durante a gestação, nos 3 meses posteriores ao
parto; contra menor de 14 anos, ou maior de 60 anos; ou com deficiência ou portadora de do-
enças degenerativa que acarretem condição limitante ou de vulnerabilidade física ou mental;
na presença física ou virtual de descendente ou ascendente da vítima; em descumprimento
das medidas de urgência previstas na Lei 11.340/2006 (Lei Maria da Penha) – art. 121, § 7º,
I, II e III e IV, do CP; e com tese de homicídio privilegiado (domínio de violenta emoção – art.
121, § 1º, do CP).......................................................................................................................... 1046
19. Homicídio consumado qualificado pelo meio insidioso, cruel ou que possa resultar perigo co-
mum, recurso que dificulte ou torne impossível a defesa da vítima, contra autoridade que
represente a segurança pública, seja policial penal, federal, estadual ou distrital, da Força Na-
cional ou das Forças Armadas, dentre outros, em razão dessas funções e mediante emprego
de arma de fogo de uso restrito ou proibido (art. 121, § 2º, III, IV, VII e VIII, do CP)................... 1049
20. Homicídio consumado qualificado pelo meio insidioso, cruel ou que possa resultar perigo co-
mum, recurso que dificulte ou torne impossível a defesa da vítima, contra autoridade que
represente a segurança pública, seja integrante da Polícia penal federal, estadual ou distrital,
da Força Nacional ou das Forças Armadas, dentre outros, em razão dessas funções, e com
emprego de arma de fogo de uso proibido ou restrito (art. 121, § 2º, III, IV,VII e VIII, do CP),
com tese de homicídio privilegiado (relevante valor social ou moral – art. 121, § 1º, do CP)..... 1051
21. Homicídio qualificado com tese de causa superveniente relativamente independente excluindo
a imputação (art. 121, § 2º, na forma do art. 13, § 1º, do CP)..................................................... 1054
22. Homicídio consumado com tese de legítima defesa própria........................................................ 1057
23. Homicídio consumado com tese de legítima defesa de 3º (art. 25 do CP) (vide modelo homicídio
consumado com tese de legítima defesa própria)............................................................................... 1059
24. Homicídio consumado com tese de legítima defesa exculpante (excesso exculpante como causa
supralegal de exclusão da culpabilidade).................................................................................... 1060
25. Homicídio consumado com tese de estado de necessidade próprio ou de terceiro.................... 1062
26. Homicídio consumado com tese de estado de necessidade próprio ou de terceiro exculpante
(causa supralegal de exclusão de culpabilidade)......................................................................... 1064
27. Homicídio consumado com tese de estrito cumprimento do dever legal................................................ 1066
28. Homicídio consumado com tese de estrito cumprimento do dever legal exculpante (inexigibili-
dade de conduta diversa)............................................................................................................. 1068
29. Homicídio consumado com tese de exercício regular de direito.................................................. 1070
30. Homicídio consumado com tese de coação moral irresistível...................................................... 1072
31. Homicídio consumado com tese de obediência hierárquica........................................................ 1074
32. Participação em homicídio consumado........................................................................................ 1076
33. Participação dolosamente distinta em homicídio consumado...................................................... 1078
34. Participação de menor importância em homicídio consumado.................................................... 1080
35. Participação de menor importância e cooperação dolosamente distinta em homicídio con-
sumado (art. 29, §§ 1º e 2º, do CP)............................................................................................. 1082
36. Homicídio consumado com tese de embriaguez completa causada por força maior ou caso
fortuito, tornando o agente inimputável........................................................................................ 1084
37. Homicídio consumado com tese de embriaguez incompleta causada por força maior ou caso
fortuito, tornando o agente semi-imputável.................................................................................. 1086
38. Homicídio consumado com tese única de inimputabilidade......................................................... 1089
39. Homicídio consumado com tese principal de excludente de ilicitude cumulada com tese secun-
dária de inimputabilidade............................................................................................................. 1092
40. Homicídio consumado com tese de semi-imputabilidade............................................................ 1095
41. Homicídio consumado com tese principal de absolvição e com tese secundária de desclassifi-
cação para lesões corporais seguidas de morte (art. 129, § 3º, do CP)...................................... 1098
42. Homicídio consumado com tese única de desclassificação para lesões corporais seguidas de
morte (art. 129, § 3º, do CP)........................................................................................................ 1100
43. Homicídio consumado com tese principal de descriminante putativa por erro de tipo escusável/
inevitável e tese subsidiária desclassificatória de erro de tipo inescusável/evitável (erro de tipo
indireto – art. 20 do CP)............................................................................................................... 1102
44. Homicídio consumado com tese principal de descriminante putativa por erro de proibição ine-
vitável/escusável e tese subsidiária de redução de pena pelo erro de proibição evitável/inescu-
sável (art. 21 do CP).................................................................................................................... 1104
45. Homicídio consumado com tese de causa supralegal de exclusão de culpabilidade (inexigibili-
dade de conduta diversa)............................................................................................................. 1106
46. Homicídio com tese de desclassificação para infanticídio........................................................... 1108
47. Homicídio consumado com tese de desclassificação para participação em suicídio com resul-
tado morte (art. 122, § 2º do CP)................................................................................................. 1110
48. Homicídio e aberratio ictus com unidade simples: tentativa de homicídio contra a pessoa visada (não
atingida) e homicídio em relação a terceira pessoa.......................................................................... 1113
49. Homicídio e aberratio ictus com unidade simples: tentativa de homicídio contra a pessoa visada
(não atingida) e lesões corporais em relação a terceira pessoa................................................ 1116
50. Aberratio ictus com unidade complexa: duplo homicídio.............................................................. 1118
51. Aberratio ictus com unidade complexa: homicídio contra a pessoa visada e lesões corporais
contra terceira pessoa.................................................................................................................. 1120
52. Aberratio ictus com unidade complexa: tentativa de homicídio contra a pessoa visada
(atingida) e homicídio em relação a terceira pessoa......................................................................... 1122
53. Aberratio ictus com unidade complexa: tentativa de homicídio contra a pessoa visada (atingida)
e lesões corporais em terceira pessoa......................................................................................... 1124
54. Homicídio doloso praticado mediante omissão (crime comissivo por omissão).......................... 1126
54.1. Homicídio doloso por omissão consumado. Agente com obrigação legal de cuidado,
proteção ou vigilância quanto à vítima (art. 13, § 2º, a, do CP)............................................. 1128
54.2. Homicídio doloso por omissão tentado. Agente com obrigação legal de cuidado, proteção
ou vigilância quanto à vítima (art. 13, § 2º, a, do CP)............................................................ 1129
54.3. Homicídio doloso por omissão consumado. Agente com obrigação, não derivada de lei,
de cuidado, proteção ou vigilância da vítima, por ter assumido a responsabilidade de im-
pedir o resultado (art. 13, § 2º, b, do CP).............................................................................. 1130
54.4. Homicídio doloso por omissão tentado. Agente com obrigação, não derivada de lei, de
cuidado, proteção ou vigilância da vítima, por ter assumido a responsabilidade de impedir
o resultado (art. 13, § 2º, b, do CP)................................................................................................... 1131
54.5. Homicídio doloso por omissão consumado. Agente que, com seu comportamento ante-
rior, criou o risco da ocorrência do resultado morte da vítima (art. 13, § 2º, c, do CP).......... 1132
54.6. Homicídio doloso por omissão tentado. Agente que, com seu comportamento anterior,
criou o risco da ocorrência do resultado morte da vítima (art. 13, § 2º, c, do CP)................. 1133
55. Aborto consumado provocado pela gestante – autoaborto (art. 124, 1ª parte, do CP)................ 1134
56. Aborto tentado provocado pela gestante – autoaborto (art. 124, 1ª parte, do CP)...................... 1140
57. Aborto consumado provocado por terceiro com consentimento da gestante – ré gestante (art.
124, 2ª parte, do CP).................................................................................................................... 1141
58. Aborto tentado provocado por terceiro com consentimento da gestante – ré gestante (art. 124,
2ª parte, do CP)............................................................................................................................ 1142
59. Aborto consumado sem consentimento da gestante com tese principal absolutória e com tese
subsidiária de desclassificação para aborto com consentimento da gestante (art. 125 do CP). 1143
59.1. Aborto consumado sem consentimento da gestante com tese principal de desclassifica-
ção para aborto com consentimento da gestante (art. 125 do CP)....................................... 1143
60. Aborto tentado provocado por terceiro sem o consentimento da gestante com tese principal
absolutória e com tese subsidiária de desclassificação para aborto com o consentimento da
gestante (art. 125 do CP)............................................................................................................. 1145
61. Aborto consumado provocado por terceiro com consentimento da gestante (art. 126 do CP).... 1146
62. Aborto tentado provocado por terceiro com consentimento da gestante (art. 126 do CP)........... 1147
63. Aborto consumado provocado por terceiro com consentimento inválido da gestante com tese
principal absolutória e tese subsidiária de desclassificação para aborto com consentimento
válido (art. 126, § único, do CP)................................................................................................... 1148
64. Aborto qualificado pelas lesões corporais de natureza grave (art. 127 do CP)............................ 1149
65. Aborto provocado por terceiro com consentimento da gestante qualificado pelas lesões corpo-
rais de natureza grave (art. 127 do CP)....................................................................................... 1150
66. Aborto provocado por terceiro sem consentimento da gestante qualificado pelas lesões corpo-
rais de natureza grave com tese principal absolutória e subsidiária de desclassificação para
aborto com consentimento válido (art. 127 do CP)...................................................................... 1151
67. Aborto qualificado pelo resultado morte (art. 127 do CP)............................................................. 1153
67.1. Aborto com consentimento da gestante qualificado pelo resultado morte (art. 127 do CP)........ 1153
67.2. Aborto sem consentimento da gestante qualificado pela morte da gestante com tese
principal absolutória e tese subsidiária de desclassificação para aborto com consentimento
da gestante (art. 127 do CP).................................................................................................. 1154
68. Aborto consumado decorrente de homicídio consumado qualificado (art. 121, § 2º, I, II, III,
IV, V, VI, VIII, § 2º-A, I – violência doméstica e familiar – do CP), com causas de aumento de
pena do feminicídio (crime cometido durante a gestação, na presença de descendente, e em
descumprimento de medidas protetivas de urgência- art. 121, § 7º, I, III e IV, do CP)................ 1156
69. Aborto tentado decorrente de homicídio consumado qualificado (art. 121, § 2º, I, II, III, IV, V, VI,
VIII, § 2º-A, I – violência doméstica e familiar – do CP), com causas de aumento de pena do
feminicídio (crime cometido durante a gestação, na presença de descendente, e em descum-
primento de medidas protetivas de urgência- art. 121, § 7º, I, III e IV, do CP)............................ 1160
70. Aborto consumado decorrente de homicídio tentado qualificado (art. 121, § 2º, I, II, III, IV, V, VI,
VIII, § 2º-A, I – violência doméstica e familiar – do CP), com causas de aumento de pena do
feminicídio (crime cometido durante a gestação, na presença de descendente, e em descum-
primento de medidas protetivas de urgência- art. 121, § 7º, I, III e IV, do CP)............................ 1163
71. Aborto tentado decorrente de homicídio tentado qualificado (art. 121, § 2º, I, II, III, IV, V, VI,
VIII, § 2º-A, I – violência doméstica e familiar – do CP), com causas de aumento de pena do
feminicídio (crime cometido durante a gestação, na presença de descendente, e em descum-
primento de medidas protetivas de urgência-art. 121, § 7º, I, III e IV, do CP)............................. 1166
72. Aborto consumado decorrente de homicídio consumado qualificado pelo feminicídio e demais quali-
ficadoras (art. 121, § 2º, I, II, III, IV, V, VI, VIII, § 2º-A, I – violência doméstica e familiar – do CP), com
causas de aumento de pena do feminicídio (crime cometido durante a gestação, na presença de
descendente, e em descumprimento de medidas protetivas de urgência-art. 121, § 7º, I, III e IV, do
CP) , e com tese de homicídio privilegiado (domínio de violenta emoção – art. 121, § 1º, do CP)..... 1170
73. Aborto tentado decorrente de homicídio tentado qualificado e pelo feminicídio (art. 121, § 2º, III, IV
e VI, § 2º-A, II – menosprezo ou discriminação à condição de mulher, e VIII do CP), com causas
de aumento de pena do feminicídio (crime cometido durante a gestação, na presença de descen-
dente, e em descumprimento de medidas protetivas de urgência-(art. 121, § 7º, I, III e IV, do CP),
e com tese de homicídio privilegiado (domínio de violenta emoção – art. 121, § 1º, do CP).......... 1174
74. Aborto provocado por terceiro com tese de estado de necessidade (art. 24 do CP)................... 1179
75. Aborto praticado por médico – aborto terapêutico (art. 128, inciso I, do CP)............................... 1180
76. Aborto praticado por médico com consentimento da gestante, em caso de gravidez resultante
de estupro (aborto sentimental – art. 128, II)............................................................................... 1181
77. Infanticídio consumado (art. 123 do CP)...................................................................................... 1182
78. Infanticídio tentado (art. 123 do CP)............................................................................................. 1184
79. Induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio com resultado morte (art. 122, § 2º, do CP)....... 1185
80. Induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio com resultado lesão corporal grave ou gravíssi-
ma (art. 122, § 1º, do CP)............................................................................................................ 1194
81. Induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio, com resultado morte e com causas de aumento
de pena (art. 122, parágrafo 3º, incisos I e II, § § 4º e 5º, do CP)............................................... 1197
82. Falso testemunho (art. 342 do CP).............................................................................................. 1199
83. Quesitação dos crimes conexos................................................................................................... 1203
83.1. Lesão corporal dolosa simples (art. 129, caput, do CP)..................................................... 1204
83.2. Lesão corporal de natureza grave (art. 129, § 1º, do CP)................................................... 1204
83.3. Lesão corporal de natureza gravíssima (art. 129, § 2º, do CP).......................................... 1204
83.4. Furto qualificado (art. 155, parágrafos 4º, 5º, 6º e 7º, do CP)............................................. 1205
83.5. Roubo agravado (art. 157, § 2º, II, III, IV, V, VI e VII; § 2º-A, I, II; § 2º-B; § 3º, I e II, do CP).. 1205
83.6. Estupro qualificado pelo resultado (art. 213, na forma dos §§ 1º e 2º, do CP)................... 1206
83.7. Resistência qualificada (art. 329, § 1º, do CP).................................................................... 1207
83.8. Associação criminosa simples (art. 288, caput, do CP)...................................................... 1207
83.9. Associação criminosa agravada (art. 288, parágrafo único, do CP)................................... 1207
83.10. Colaboração premiada visando o perdão judicial ou a redução da pena (Lei 12.850/13
– Lei que define organização criminosa e dispõe sobre a investigação criminal, os meios de
obtenção da prova e infrações penais correlatas)................................................................... 1207
83.11. Tráfico de drogas (art. 33 da Lei 11.343/2006).................................................................. 1208
83.12. Destruição, subtração ou ocultação de cadáver (art. 211 do CP)..................................... 1209
83.13. Fraude processual (art. 347, § único, do CP)................................................................... 1210
83.14. Tortura (art. 1º, II, da Lei 9.455/97)................................................................................... 1210
84. Quesitos desnecessários............................................................................................................. 1211
84.1. Caso fortuito ou força maior................................................................................................ 1211
84.2. Crime impossível (art. 17 do CP)........................................................................................ 1211
84.3. Desistência voluntária e arrependimento eficaz (art. 15 do CP)......................................... 1212
84.4. Insuficiência de provas........................................................................................................ 1214
84.5. Crime continuado (art. 71 do CP)........................................................................................ 1215
85. A questão do dolo eventual.......................................................................................................... 1216
85.1. Dolo eventual – sua natureza e a necessidade de quesitá-lo............................................. 1216
85.2. Impossibilidade de cumular-se, no mesmo questionário, dolo direto e eventual................ 1217
85.3. Dolo eventual, qualificadoras do homicídio e homicídio privilegiado.................................. 1217
85.4. Dolo eventual e causas de aumento de pena do homicídio................................................ 1220
85.5. Dolo eventual e tentativa..................................................................................................... 1220
85.6. Dolo eventual e “racha”....................................................................................................... 1221
85.7. Dolo eventual, “racha” e concurso de agentes.................................................................... 1222
85.8. Dolo eventual e entrega de veículo a pessoa embriagada................................................. 1223
85.8.1. Homicídio culposo e lesão corporal culposa na direção de veículo automotor e
embriaguez. Fuga de local de acidente (art. 305 do CTB).............................................. 1224
85.8.2. Embriaguez e dolo eventual...................................................................................... 1224
85.9. Modelos de questionários de homicídio com dolo eventual................................................ 1225
85.9.1. Homicídio simples consumado com dolo eventual (art. 121 do CP). Tese principal
absolutória e tese secundária desclassificatória para homicídio culposo....................... 1225
85.9.2. Homicídio consumado qualificado com dolo eventual (art. 121, § 2º, V, do CP). Tese
principal absolutória e tese secundária desclassificatória para homicídio culposo............. 1228
85.9.3. Homicídio simples consumado com dolo eventual (art. 121 do CP). Tese única de
desclassificação para homicídio culposo......................................................................... 1231
PARTE II
Prática
APÊNDICE B
Breve Esboço Histórico-Constitucional......................................................................................... 1301
APÊNDICE C
Defensores e Detratores do Júri................................................................................................... 1303
REFERÊNCIAS...................................................................................................................................... 1309
1 Jesus Antonio Velho, Karina Alves Costa e Clayton Tadeu Mota Damasceno, Locais de Crime, dos
vestígios à dinâmica Criminosa, p. 95.
2 Jesus Antonio Velho, Karina Alves Costa e Clayton Tadeu Mota Damasceno, Locais de Crime, dos
vestígios à dinâmica criminosa, p. 36.
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filmagens ou croqui, sendo indispensável a sua descrição no laudo pericial produzido pelo
perito responsável pelo atendimento; nessa descrição, devem ser apontadas as condições do
isolamento, nomes dos responsáveis pela área até o momento, as condições climáticas (tem-
peratura, umidade do ar), portas, cortinas ou janelas, se abertas ou fechadas, luzes, acesas
ou apagadas, pegadas, marcas de pneu, a hora da chegada do perito, e outras informações.
Deverão ser diligenciadas, inclusive, áreas pouco visualizadas, como locais escondidos.
Nessa etapa, deverão ser tiradas fotografias do local, o denominado planejamento fo-
tográfico: fotografias panorâmicas, a distância, acompanhadas de fotos a uma distância média,
e, por fim, fotos bem próximas (“em close”), de preferência, se possível, instruídas por uma
escala de medida, que pode ser tirada do corpo da vítima, especialmente da lesão sofrida, ou do
instrumento do crime (v.g, uma faca ao lado de uma régua para se ter uma ideia do tamanho do
instrumento vulnerante, ou uma régua do lado da lesão ostentada pelo cadáver, demonstrando
sua extensão). Sendo o local do crime uma residência, necessária a tomada fotográfica dos locais
de acesso, como as portas, janelas, corredores etc. Muito útil que se obtenha, através do Google
Earth, imagem de satélite do local.
3 Manual de Atendimento a Locais de Morte Violenta, Amilcar da Serra e Silva Netto Alberti Espindula, p. 133.
4 Jesus Antonio Velho, Karina Alves Costa e Clayton Tadeu Mota Damasceno, Locais de Crime, dos
vestígios à dinâmica criminosa, p. 115 e 121.
5 Jesus Antonio Velho, Karina Alves Costa e Clayton Tadeu Mota Damasceno, Locais de Crime, dos
vestígios à dinâmica criminosa, p. 121.
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CAPÍTULO 2
Investigação dos Crimes Dolosos Contra a Vida. Particularidades
Coleta de cadáveres
Quem coleta os cadáveres são os funcionários do Instituto Médico Legal. Poderá ser
coletado sangue, em punção cardíaca, em se tratando de cadáveres recentes; havendo de-
composição ou carbonização do cadáver, deverá se rastrear algum material orgânico, como
dentes, tecidos aderido ao osso, embalando esses materiais em recipientes refrigerados para
depois congelá-los. No caso de ossos sem material orgânico aderido, poderão ser embalados
em papel na temperatura ambiente6.
Até 72 horas depois da morte, como ensinam Jesus Antonio Velho, Karina Alves Costa
e Clayton Tadeu Mota Damasceno7, a medicina legal consegue - por seus métodos - apurar
a estimativa do IPM (Intervalo pós-morte até o encontro do cadáver). Depois desse período,
haverá uma degradação dos tecidos do corpo, de modo que o método para se apurar esse
intervalo cronológico será pelo estudo dos insetos que passarão a se alimentar do cadáver.
Esses insetos, bem como as massas e larvas de ovos deverão ser coletadas, acondicionadas
em frascos, em temperatura fria, mas não congelada, até que cheguem para serem estudados
pelo entomologista forense, perito que estuda os insetos, seu desenvolvimento vital, a fim de
elucidar crimes, notadamente a data provável da morte e até a sua possível causa.
6 Jesus Antonio Velho, Karina Alves Costa e Clayton Tadeu Mota Damasceno, Locais de Crime, dos
vestígios à dinâmica criminosa, p. 117.
7 Jesus Antonio Velho, Karina Alves Costa e Clayton Tadeu Mota Damasceno, Locais de Crime, dos
vestígios à dinâmica criminosa, p. 133 e 142.
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Tribunal do Júri 8ª Edição
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8 Jesus Antonio Velho, Karina Alves Costa e Clayton Tadeu Mota Damasceno, Locais de Crime, dos
vestígios à dinâmica criminosa, p. 116.
9 Código de rastreamento é o conjunto de algarismos sequenciais que possui a capacidade de traçar
o caminho da história, aplicação, uso e localização de um objeto individual (Portaria 82 da SENASP,
Secretaria Nacional de Segurança Pública).
10 Contraperícia é a nova perícia realizada no material devidamente armazenado, com a finalidade de questiona-
rem-se as conclusões do trabalho pericial anterior; o resultado da nova perícia constituirá uma contraprova.
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CAPÍTULO 2
Investigação dos Crimes Dolosos Contra a Vida. Particularidades
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Tribunal do Júri 8ª Edição
Walfredo Cunha Campos
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CAPÍTULO 2
Investigação dos Crimes Dolosos Contra a Vida. Particularidades
oferecimento da resposta à acusação (art. 406, § 3º, do CPP), pela defesa do acusado ou
da vítima, caberá ao promotor requerer, imediatamente depois (art. 409 do CPP), a con-
traprova; se anexada a investigação particular na fase das alegações finais (art. 411, § 4º, do
CPP), o pedido de realização de contraprova pelo Ministério Público será formulado antes
da prolação de decisão judicial. De idêntica maneira, sendo anexada pelo advogado que
representa os interesses da vítima uma investigação defensiva com depoimentos, “laudos”
e “perícias” e “reconstituições”, será permitido ao advogado do acusado que requeira a
contraprova, como a oitiva em juízo daquela testemunha ouvida pelo advogado da vítima,
ou, então, a realização de perícias oficiais para aquilatar a veracidade do concluído nos
estudos técnicos particulares. E ainda: anexada a investigação defensiva pelo advogado do
investigado, o assistente da acusação poderá solicitar a realização de provas para passar
aquelas informações pelo crivo de um controle judicializado probatório, em que se exerça
o contraditório.
Em suma, as medidas sugeridas nada mais são do que formas de se assegurar, na
prática, o contraditório entre as partes.
Tratando-se de matéria de relevância probatória, caberá ao juiz deferir o pleito
de produção de prova para filtrar em juízo os elementos informativos coligidos durante
a investigação defensiva; se a prova requerida pelas partes, contudo, for considerada pelo
magistrado como irrelevante, impertinente ou protelatório, o pleito poderá ser indeferido
(art. 411, § 2º, do CPP). Desse indeferimento em si, não cabe recurso, mas as partes
poderão, quando proferida decisão que tenha encerrado a primeira fase do rito do Júri
(pronúncia, impronúncia, absolvição sumária e desclassificação). recorrer de tal decisão e
sustentar, em sede preliminar de recurso, a nulidade por ofensa ao princípio constitucional
do contraditório caracterizada pelo indeferimento de produção de prova. Cabível, ainda,
contra a decisão de indeferimento, habeas corpus pela defesa; no caso da acusação, seria
possível a impetração de mandado de segurança, pois a finalidade dessa ação constitucional
é a de fazer reconhecer o direito líquido e certo a produção de prova, que nada mais é que
um corolário do direito constitucional de ação. É de conhecimento nosso o teor da Súmula
604 do STJ, que não admite mandado de segurança pelo Ministério Público quando visa
atribuir efeito suspensivo ao recurso criminal interposto. No caso, porém, não se pretende,
com a impetração do mandado de segurança, conceder-se qualquer efeito suspensivo a
recurso contra a decisão que indeferiu a produção de provas- até porque não há recurso
contra a decisão que indeferiu a produção de provas- mas simplesmente se reconhecer
o direito constitucional líquido e certo a realização de atos probatórios pertinentes por
contribuírem com a busca da verdade dos fatos.
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Tribunal do Júri 8ª Edição
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Fase judicial III: fase do art. 422 do CPP- etapa preparatória de julgamento
pelo Júri.
Nessa etapa processual, se permite às partes juntarem documentos, de forma que
poderá a defesa do acusado ou do assistente da acusação (advogado que tutela os interesses
da vítima) anexar, nessa fase derradeira prévia ao julgamento pelo Júri, os autos da inves-
tigação defensiva.
No caso de elementos informativos de relevância, juntados pelo advogado do acusado
ou pelo assistente da acusação, como o depoimento prestado por uma testemunha dita
presencial ao advogado; ou então, as conclusões de “laudo pericial” ou “reconstituição” que
contrariem perícias oficiais anteriores, se facultará ao promotor requerer a contraprova,
seja requerendo a oitiva da testemunha referida em plenário, seja a produção de prova
pericial que possa dirimir uma questão técnico-científica mais complexa.
De idêntica forma, sendo anexada investigação defensiva pelo assistente da acusação,
ao advogado do investigado assiste o direito de postular a realização de contraprova.
54 |
capítulo 6
Pronúncia
56 |
CAPÍTULO 6
Pronúncia
das lesões suportadas pelo cadáver da vítima, pode ser substituído por irretocável laudo
necroscópico (cadavérico), esquemas e gráficos anexados pelo médico legista (art. 165
do CPP). No caso do reconhecimento irregular (pessoal ou fotográfico) produzido na de-
legacia de polícia, ou seja, que não tenha seguido as prescrições do art. 226 do CPP, o ato de
reconhecimento em si estaria comprometido, viciado, contaminado: quem produz a prova
de reconhecimento (o reconhecedor) teria sua capacidade de identificação- sua memória-
viciada, pela contaminação, ou, no mínimo, colocada em dúvida, pois, a cada vez que fosse
convidado a reconhecer- mesmo que em juízo, identificaria, não necessariamente quem
cometeu o crime, mas quem reconheceu, de maneira irregular, na delegacia de polícia; seria
um reconhecimento da pessoa que lhe foi apresentada no reconhecimento ilegal anterior, e
não um reconhecimento de pessoa que teria cometido o crime.
Desse modo, mesmo que haja um reconhecimento em juízo, cumprindo-se todas as
formalidades do art. 226 do CPP, se o reconhecimento anterior, na delegacia de polícia, não
tiver seguido o procedimento probatório legal, a prova produzida em juízo não poderá, por si
só, justificar uma condenação, a não ser que haja outro elemento de convicção independente.
Claro que o descumprimento das exigências legais do reconhecimento, na fase policial
e judicial, ou apenas na fase judicial, acarretará o mesmo efeito: a imprestabilidade da prova.
De outro giro, o reconhecimento realizado na delegacia de polícia descumprindo
as formalidades legais e se for meramente ratificado, quando do depoimento do reco-
nhecedor, ou seja, sem se proceder a novo reconhecimento em juízo, essa mera ratificação
do reconhecimento anterior, não autoriza a condenação do acusado, se for essa a única
prova em face dele.
Quanto ao reconhecimento fotográfico, deverá seguir o mesmo procedimento do
reconhecimento pessoal, e deve ser encarado como mera prova inicial que depende ser
referendada por reconhecimento presencial do suspeito; mesmo que o reconhecimento
fotográfico seja confirmado em juízo, não pode servir como prova isolada da autoria, e deve
ser confirmado por prova independente. Significa dizer que o reconhecimento fotográfico
pode ser a base inicial de uma investigação, inclusive para fundamentar a decretação da
prisão preventiva13, mas mesmo que todo o trâmite do art. 226 do CPP seja seguido, na
fase policial e judicial (com dois reconhecimentos por fotografia), não poderá, isoladamente,
essa prova, justificar uma condenação. O reconhecimento por foto de mídia social como
Facebook, Instagram, não é válido, se não seguir o rito probatório do art. 226 do CPP14. De
idêntica maneira, mera exibição de prints fotográficos do suspeito, sem se cumprir o rito
do reconhecimento, acarreta a nulidade da prova15, ou a de foto, por meio de WhatsApp16.
Mas ante a todas essas regras probatórias legais, agora tidas como obrigatórias, há
uma ressalva apontada pelo STJ: cumpridas as prescrições do art. 226 do CPP, no geral, com
a descrição prévia de quem se vai reconhecer, colocação ao lado dele de outras pessoas,
reconhecimento individualizado (impedindo-se o reconhecimento de dois ou mais reco-
nhecedores e/ou dois ou mais reconhecidos, ao mesmo tempo), não haverá nulidade da
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Tribunal do Júri 8ª Edição
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prova, se não tiverem sido colocados, ao lado de quem se pretendia reconhecer, pessoas
com semelhança física, como ressalva o inciso II do art. 226 do CPP: “a pessoa, cujo reco-
nhecimento se pretender, será colocada, se possível, ao lado de outras que com ela tiverem
qualquer semelhança (...)”. Sendo assim, a não colocação de pessoa semelhante ao lado
de quem se pretende reconhecer não gerará nulidade, desde que tal impossibilidade seja
devidamente justificada. Logo, se não for justificada a impossibilidade, o reconhecimento
será nulo como prova; evidentemente que, se quem tiver que ser reconhecido não for co-
locado ao lado de mais ninguém- semelhantes fisicamente ou não- com maior razão ainda,
a nulidade da prova seria inevitável.
Adaptando essa questão da validade ou não do reconhecimento ao rito do Júri,
chegamos às seguintes conclusões:
17 O Tribunal Regional Federal da 2ª Região, ao julgar recurso em sentido estrito, reformou pronúncia
para impronunciar o acusado que foi reconhecido pelas vítimas da tentativa de homicídio sem que se
tivesse seguido o procedimento previsto no art. 226 do CPP. As vítimas do crime reconhecerem o
acusado que estava sozinho em um leito hospitalar (autos 5005606.24.2020.4.02.5110/RJ).
58 |
CAPÍTULO 6
Pronúncia
18 Excerto do voto do Min. Nefi Cordeiro, do STJ, citado pelo Min. Reynaldo Soares da Fonseca, tam-
bém do STJ, no seu voto no HC 652.284/SC.
19 STJ- 6ª T. AgRg no HC 633.659/SP, Rel. Min. Nefi Cordeiro. J. 02/03/2021, DJe 05/03/2021.
20 STJ - 6ª T. HC 598.886. Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz.
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CAPÍTULO 16
Nulidades Processuais
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inaudível; se assim ocorrer, a nulidade do ato deve ser decretada. Em razão disso que,
sempre que possível, deve-se transcrever tais depoimentos, pelo setor técnico do Tribunal.
Seria uma hipótese de nulidade do ato processual, e não de inexistência, afinal a
prova oral foi efetivamente produzida, mas, por um defeito técnico, não se registrou em
mídia audiovisual sua produção; o defeito é da forma do ato processual, não se questionado
sua existência material, portanto.
Se a prova tiver sido colhida na 1ª fase, por mídia inaudível (sem transcrição em de-
poimentos escritos), as partes não terão acesso aos depoimentos para se preparem para o
julgamento, e, no dia do plenário – igualmente os jurados – o que, por óbvio, cerceia – se não
impossibilita – a atuação acusatória e defensiva, bem como a competência constitucional do
Júri de julgar os crimes dolosos contra a vida, competência essa que pressupõe – em primeiro
lugar – o amplo conhecimento dos fatos e das provas postos sob seu poder de decisão.
Se a falha da gravação for notada, após a realização das audiências e antes de as
partes se manifestarem em alegações finais e o juiz exercer o juízo de admissibilidade da
acusação (fase da pronúncia), a instrução deverá ser repetida, intimando-se, novamente,
todas as testemunhas, vítima e acusado, para serem ouvidos, mais uma vez, a respeito
dos mesmos fatos. Não será possível se dar seguimento ao processo com base apenas na
lembrança subjetiva das partes e do juiz a respeito daquilo que os inquiridos em audiência
teriam dito. Nessa situação, o refazimento integral de todas as inquirições se impõe, porque
patenteada a nulidade da instrução (evidentemente se o defeito técnico não puder ser re-
solvido através de aparelhos mais sofisticados); se o magistrado determinar, porém, a re-
tomada do processo, sem a reinquirição das testemunhas, a nulidade do feito será evidente,
a ser decretada, inclusive por meio de habeas corpus, ou, em sede de preliminar de recurso
em face da decisão que encerrou a primeira fase do rito do Júri (pronúncia, impronúncia,
absolvição sumária e desclassificação). Claro que se uma das partes gravou a audiência,
como lhe é permitido fazê-lo, por conta própria, bastará ceder a gravação para o juiz e para
o seu adversário processual, a fim de que o registro da prova oral seja entranhado aos autos,
o que afastará a ocorrência da nulidade.
Pode ocorrer, ainda, que, realizada a audiência de instrução, gravada por mídia audio-
visual, as partes se manifestem em alegações finais orais ou escritas e o juiz profira decisão
na fase de encerramento da 1ª etapa do rito do Júri, com base apenas naquilo que ouviram
em audiência e que possam ter lembrança, ou anotado, quando da inquirição, sem que
tenham tido a necessidade de ouvirem as gravações para tanto (de modo que a falha técnica
não foi notada pelas partes e pelo magistrado); prolatada a pronúncia (ou impronúncia,
absolvição sumária ou desclassificação), e havendo recurso, se o Tribunal se aperceber da
ausência de mídia audível, tentará solucionar o problema técnico; se não lograr êxito, de-
terminará a nulidade do processo a partir da instrução, para que seja refeita, colhendo-se a
prova oral mais uma vez. O problema surgirá quando, na situação ora em estudo- em que
as partes tenham se manifestado em alegações finais, o juiz pronuncie e o Tribunal confirme
a pronúncia, sem que ninguém tenha se apercebido que a mídia se encontra inaudível. E,
quando as partes se preparam para o plenário, ao ouvirem as gravações, notam que os
depoimentos estão inaudíveis. O que fazer? Notando-se, antes do julgamento pelo Júri, que
os depoimentos colhidos por mídia estão inaudíveis, a primeira providência a ser tomada é
a de, através de equipamento técnico mais sofisticado, tentar-se captar-se o seu teor; se não
for possível essa solução, poderá ser determinada a nova oitiva de todas as testemunhas
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Nulidades Processuais
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pelo Júri deverá ser anulado (nulidade absoluta), pois não será possível ao Tribunal apreciar o
acerto ou desacerto da decisão do Conselho de Sentença, uma vez que a prova oral produzida
em plenário deixou de ser registrada, e não haverá, ao contrário da situação acima retratada,
qualquer peça processual, como memoriais e pronúncia para se restaurar as provas produzidas.
Claro que se uma das partes tiver gravado, por conta própria a instrução, o problema estará
solucionado. No entanto, se o recurso impugnar – não o mérito do veredicto – mas apenas
eventual nulidade ocorrida em plenário que possa ser comprovada exclusivamente pela ata dos
trabalhos, não haveriase falar em nulidade, porque o fato de a mídia da prova oral coligida na
sessão de julgamento não ser audível em nada prejudicaria o julgamento do recurso, e, sem
nulidade, não haveria prejuízo (art. 563 do CPP). Pensamos, porém, que é direito de todo o
acusado, até para se permitir eventual ajuizamento de revisão criminal no futuro (mesmo que
não se deseje discutir o mérito da causa em apelação), e também é prerrogativa da sociedade,
possuir registrado o acervo de provas que tenha legitimado uma condenação de alguém pelo
Tribunal do Júri; é inadmissível que as provas desapareçam, até pela impossibilidade de serem res-
tauradas, e o veredicto transite em julgado, sem qualquer providência. Desse modo, pensamos
que é o caso de se reconhecer a nulidade do processo (a partir da instrução da primeira fase do
rito) em se tratando de veredicto condenatório, inclusive de ofício pelo Tribunal, mesmo que as
partes não entrem na discussão do mérito da causa e discutam, no recurso, apenas a ocorrência
de irregularidades formais no julgamento (o que é raro de ocorrer). No caso de veredicto abso-
lutório, mesmo que com mídia inaudível, se houver recurso da acusação sustentando a nulidade,
o julgamento deverá ser anulado; obviamente, se não houver essa arguição pelo promotor, o
veredicto absolutório transitará em julgado, porque não pode o Tribunal reconhecer, contra o
réu, de ofício, nulidade, mesmo que absoluta (como é o caso)29, uma vez que seria uma espécie
de reformatio in pejus indireta (reformar para pior a decisão anterior sem pedido expresso da
acusação para tanto), o que é vedado pelo art. 617 do CPP.
29 Este é o teor da Súmula 160 do STF: É nula a decisão do Tribunal que acolhe, contra o réu, nulidade
não arguida no recurso da acusação, ressalvado os casos de recurso de ofício.
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CAPÍTULO 16
Nulidades Processuais
que seria do conhecimento íntimo do orador; por esse motivo, o depoimento pessoal – se
ocasionar prejuízo – acarretará a nulidade do julgamento.
O Tribunal de Justiça de São Paulo30, acertadamente, anulou julgamento em que o
membro do MP, na sua fala, relatou ter obtido informações a respeito da causa pelo fato de
seu genitor ter mantido conversas com o genitor do acusado, o que o habilitaria a sustentar
a tese acusatória, uma vez que conhecia efetivamente como os fatos ocorreram.
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CAPÍTULO 16
Nulidades Processuais
de preliminar de apelação, que, como os jurados decidem pela íntima convicção, sem fun-
damentação, é possível que o fator preponderante que os conduziu ao veredicto conde-
natório tenha sido justamente a permanência contínua do réu algemado durante a sessão.
Como não é possível apurar se foi verdadeiramente o algemamento indevido do acusado
a causa de sua condenação- e não há como se exigir que a defesa comprove esse nexo de
causalidade (que é prova inviável de ser produzida), o caminho lógico é se presumir que
referida causa gerou o evento condenatório. Evidente que, se o indeferimento do pedido
de desalgemamento for fundamentado e idôneo, apesar do pedido expresso da defesa e
a arguição da nulidade, não se decretará a invalidação do julgamento, como acima se viu.
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Anexo B
Modelos de Quesitos
relação íntima de afeto, no qual o agressor conviva ou tenha convivido com a ofendida.
Deve-se descrever no 7º quesito que o crime foi cometido contra a vítima “B”, por razões
da condição de sexo feminino consistente no menosprezo ou discriminação à condição de
mulher, narrando, de maneira concreta, no que consistiu o menosprezo ou discriminação.
Trata-se, sem dúvida alguma, de qualificadora de natureza subjetiva.
Se os jurados votam não ao 1º quesito, negam a materialidade e absolvem o réu.
Afirmados os dois primeiros quesitos, indagar-se-á o 3º; votado sim a essa indagação, o
réu terá sido absolvido, porque os jurados reconheceram, implicitamente, alguma tese
alegada pelas partes quando dos debates, e, em razão disso, entenderam que o acusado é
inocente. Se for votado não ao 3º quesito, os jurados terão condenado o acusado, até esse
momento, por um homicídio simples. Votado sim ao 4º quesito (homicídio privilegiado),
automaticamente está prejudicado o quesito referente ao feminicídio (quesito 7º), porque
totalmente incompatíveis o privilégio (sempre subjetivo) com uma qualificadora também
subjetiva. Todavia, o reconhecimento do homicídio privilegiado pela violenta emoção não
prejudica as demais qualificadoras objetivas quesitadas, que deverão ser normalmente in-
dagadas aos jurados (5º, 6º e 8º quesitos).
Se não for reconhecido o privilégio (votando não ao 4º quesito), os jurados serão
indagados a respeito de todas as qualificadoras, inclusive a do feminicídio. Quando dos
votos referentes à 5ª e 6ª indagações, os jurados reconhecerão ou não as circunstâncias
qualificadoras. Afirmada qualquer uma delas, o acusado passa a responder pelas penas do §
2º do art. 121 do CP. Na redação dos quesitos referentes às qualificadoras, deve-se sempre
mencionar, de maneira sucinta, no que consistiu a qualificadora, individualizando perfei-
tamente as circunstâncias mais gravosas do crime imputado ao réu, tornando possível aos
jurados julgar os fatos concretos dos autos, e não conceitos abstratos jurídicos (quando consta
dos quesitos somente a expressão literal do artigo, v. g, motivo torpe, fútil, emboscada
etc.). Além de essencial para o julgamento consciente dos jurados, tal medida é necessária
para que o tribunal ad quem, em eventual apelação, possa melhor analisar se a decisão
dos jurados, quanto às qualificadoras, foi ou não manifestamente contrária à prova dos
autos. Quer tenham os jurados reconhecido ou não as qualificadoras do 5º e 6º quesitos, se
indagará a respeito do feminicídio propriamente dito, no 7º quesito, que trata do especial
ânimo de agir do acusado; respondido não a esse quesito, a qualificadora do feminicídio foi
rechaçada; respondido sim ao 7º quesito, reconheceu-se o feminicídio. De qualquer forma,
deve-se votar o 8º quesito que trata da qualificadora do emprego de arma de fogo de uso
restrito ou proibido.
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ANEXO B
Modelos de Quesitos
Espécies
1. legítima defesa própria: quando o bem jurídico ameaçado ou agredido é do
próprio agente;
2. legítima defesa de 3º: quando o bem jurídico ameaçado ou agredido é de outra
pessoa que não o agente.
Questionário
1º No dia 24 de agosto de 2020, na rua Ipanema, 132, Bairro Guilhermina, na cidade
de...................,, “B” sofreu os ferimentos descritos no laudo necroscópico de fl.
34 que lhe acarretaram a morte?
2º O réu “A” desferiu disparos de arma de fogo contra “B” produzindo os feri-
mentos acima descritos?
3º O jurado absolve o acusado?
4º Eventuais causas de diminuição de pena.
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5º Eventuais qualificadoras.
6º Eventuais causas de aumento de pena.
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ANEXO B
Modelos de Quesitos
Breve noção penal – lesão corporal seguida de morte (art. 129, § 3º, do CP)
Conceito: ocorre quando o agente, com o ânimo de ferir alguém, acaba por ocasionar,
por culpa sua (em decorrência de imprudência, imperícia ou negligência), a morte da vítima.
Há dolo no antecedente (na intenção de ferir) e culpa no consequente (na morte do ofendido,
não desejada pelo réu). É o chamado homicídio preterdoloso ou preterintencional.
Questionário
1º No dia 24 de agosto de 2020, na rua Ipanema, 132, Bairro Guilhermina, na cidade
de...................,, “B” sofreu os ferimentos descritos no laudo necroscópico de fl.
34 que lhe acarretaram a morte?
2º O réu “A” desferiu socos contra “B” produzindo os ferimentos acima descritos?
3º O jurado absolve o acusado?
4º O réu “A”, assim agindo, quis o resultado morte (caso de acusação por dolo direto)?
5º O réu “A”, assim agindo, assumiu o risco de produzir o resultado morte (caso de
acusação por dolo eventual, em que se deve descrever, por meio de fatos, como)?
6º Eventuais causas de diminuição de pena.
7º Eventuais qualificadoras.
8º Eventuais causas de aumento de pena.
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Para tanto, questiona-se, primeiro, o quesito absolutório, e, depois, aquele que acarretaria
a desclassificação do delito. Claro que se fosse quesitada a tese desclassificatória antes da
tese absolutória, se resolveria, em um primeiro momento, se o Júri é competente ou não
para julgar a infração; ou seja, se o delito levado a julgamento é crime doloso contra a vida
ou não, determinando-se, antes de qualquer outra formulação, a competência, também
constitucional, do Tribunal do Júri. Ocorre que, havendo conflito em potencial entre a com-
petência do Júri e a plenitude de defesa, ambos de altitude constitucional, pensamos que,
dada a natureza de garantia individual do Júri, deverá prevalecer aquele questionário que
seja mais favorável à liberdade do acusado.
Caso entendam os jurados que o acusado não deve ser absolvido, aí sim, irão votar
os membros do Conselho de Sentença a proposta desclassificatória, que é a tese subsidiária
apresentada. Se os jurados votam não ao 1º quesito, negam a materialidade e absolvem
o réu; se votam sim, admitem a existência do delito. Negado o 2º quesito, os jurados
terão afastado a autoria e, igualmente, estará absolvido o réu. Afirmados os dois primeiros
quesitos, indagar-se-á se o jurado absolve o réu. Votado sim ao 3º quesito, o acusado terá
sido absolvido, porque, implicitamente, os jurados reconheceram alguma causa excludente
de ilicitude, de isenção de pena, de exclusão do dolo ou mesmo não jurídica que tenha sido
alegada pelas partes quando dos debates. Se responderem não ao 3º quesito, será indagado
a eles a respeito da tese de desclassificação. No 4º quesito, é questionada a tese da des-
classificação quando a acusação é de homicídio consumado por dolo direto; no 5º quesito,
é questionada a desclassificação quando a acusação é de homicídio consumado por dolo
eventual. Note-se que ou a acusação se estriba numa ação, exclusivamente, movida por
dolo direto, ou por dolo eventual, e não é possível cumulá-las alternativamente quando se
trata de uma só conduta do agente contra a mesma vítima (imputando ao acusado a conduta
de querer matar a vítima, ou de, pelo menos, ter assumido o risco de tal resultado ocorrer);
a acusação deve ser clara e definida, sem teses subsidiárias. Votando não ao 4º ou 5º quesitos,
terão os jurados desclassificado a infração para o delito de lesões corporais seguidas de
morte (desclassificação imprópria) e a competência para julgar será deslocada para o juiz
presidente, encerrando-se a votação (art. 492, § 1º, do CPP). Se os jurados votarem sim
aos quesitos 4º ou 5º, o réu será condenado por homicídio. Nesse caso, deve-se prosseguir
com a votação das demais teses suscitadas pelas partes. Os referidos quesitos devem ser
redigidos de maneira afirmativa, a fim de se evitar nulidade, que fatalmente ocorreria se
fossem formulados de modo negativo.
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ANEXO B
Modelos de Quesitos
40 Em caso julgado pelo STJ (6ª T. AgRg no AgRg no Agravo em Recurso Especial nº 1866503/CE, Rel.
Min. Rogerio Schietti Cruz) o réu, acusado de homicídio, havia sido absolvido, pelo Júri, por inexigibi-
lidade de conduta diversa, uma vez que a vítima, dependente químico, pulava o muro da casa do réu
“para pegar dinheiro na casa do acusado”; o Tribunal cassou a absolvição por reputar que o motivo
apresentado para a prática do crime não possuía o condão de configurar a tese sustentada, mas o STJ
restabeleceu a absolvição em respeito à soberania dos veredictos.
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Questionário
1º No dia 24 de agosto de 2020, na rua Ipanema, 132, Bairro Guilhermina, na cidade
de...................,, “B” sofreu os ferimentos descritos no laudo necroscópico de fl.
34 que lhe acarretaram a morte?
2º O réu “A” desferiu disparos de arma de fogo contra “B”, produzindo os feri-
mentos acima descritos?
3º O jurado absolve o acusado?
4º Eventuais causas de diminuição de pena.
5º Eventuais qualificadoras.
6º Eventuais causas de aumento de pena.
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ANEXO B
Modelos de Quesitos
Natureza da qualificadora
É uma qualificadora de meio para a prática do homicídio e é objetiva.
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Exemplos de armas de uso restrito: .50 Magnum; . 454 Casull;. 445 SuperMag; Fuzil
FAL; Fuzil AK-47; Fuzil AR-15.
Armas de fogo de uso proibido são, de acordo com o mesmo decreto: a) as armas
de fogo classificadas de uso proibido em acordos e tratados internacionais dos quais a Re-
pública Federativa do Brasil seja signatária; b) as armas de fogo dissimuladas, com aparência
de objetos inofensivos”. Exemplos: bengalas-pistola, canetas-revólver e outros.
Amas de uso permitido são as armas curtas, revólveres e pistolas, bem como as
longas (espingardas), que não se enquadrem nos conceitos de armas de uso restrito ou
proibido. Chega-se à definição de arma de uso permitido, portanto, por exclusão: tudo o
que não for proibido ou restrito é permitido. Exemplos de armas de uso permitido: .32; .38
Special; .380 Automatic Colt Pistol; .9mm Parabelum EXPP; .40 Automatic Colt Pistol; .45
Automatic Colt Pistol. .45 EXPO + Gold Hex; .44 Magnum; 44 SPL; .357 Magnum.
Quanto às armas longas (de repetição ou semi-automáticas). .22 LR; .32-20; .38-40;
.44-40; Gáugio 12.
Na prática, o que se verá como uso de arma de uso restrito, como forma de se reco-
nhecer a qualificadora nova do homicídio, se restringirá ao emprego de fuzis (os demais arma-
mentos citados como exemplos de armas de uso restrito ou proibido são bastante incomuns).
A ratio da qualificadora é a de agravar a pena de quem, ao cometer um homicídio,
utiliza-se de arma de fogo de uso restrito ou proibido, uma vez que essa circunstância
demonstra reprovabilidade maior da conduta. Para se verificar a incidência ou não da
qualificadora, será indispensável a utilização do decreto regulamentar que estipula, pela
quantidade de energia cinética da munição na saída do cano da arma, quais são as armas de
fogo permitidas, restritas e proibidas.
Desse modo, a prática de um homicídio com emprego de uma pistola 9 mm; . 40;
.45; .357 Magnum- armas de fogo consideradas como de uso permitido (e não proibido)-
não caracterizam a nova qualificadora do inciso VIII ora estudada.
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ANEXO B
Modelos de Quesitos
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41 Allan Antunes Martinho Leandro, Armas de Fogo e Legítima Defesa. A desconstrução de oito mitos.
Editora Lumen Juris. 3ª Tiragem. Página 44.
42 Hygino de C. Hercules. Medicina Legal. Texto e Atlas. 2ª Edição. Revista e Ampliada. Editora Athe-
neu. Fls. 297 e 298.
43 Hygino de C. Hercules. Medicina Legal. Texto e Atlas. 2ª Edição. Revista e Ampliada. Editora Athe-
neu. Fls. 291.
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ANEXO B
Modelos de Quesitos
44 Hygino de C. Hercules. Medicina Legal. Texto e Atlas. 2ª edição. Revista e Ampliada. Página 291
45 Hygino de C. Hercules. Medicina Legal. Texto e Atlas. 2ª edição. Revista e Ampliada. Página 298.
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QUESITAÇÃO DA QUALIFICADORA
O quesito deverá ser redigido mencionando o uso de arma de fogo restrita ou
proibida, fazendo referência ao laudo que tenha apreendido o instrumento vulnerante,
projéteis, cartuchos, ou, então, ao laudo necroscópico que tenha apontado características
especiais dos ferimentos ocasionados por projéteis de alta energia.
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capítulo 11
Juízo da Causa – Julgamento pelo Júri
Art. 474-A. Durante a instrução em plenário, todas as partes e demais sujeitos pro-
cessuais presentes no ato deverão respeitar a dignidade da vítima, sob pena de res-
ponsabilização civil, penal e administrativa, cabendo ao juiz presidente garantir o cum-
primento do dispositivo neste artigo, vedadas:
inciso I- a manifestação sobre circunstâncias ou elementos alheios aos fatos objeto de
apuração nos autos;
o inciso II- a utilização de linguagem, de informações ou de material que ofendam a
dignidade da vítima ou de testemunhas.
A lei foi denominada Lei Mariana Ferrer. Mariana Ferrer é uma influenciadora digital
que constava como vítima de estupro em processo na cidade de Florianópolis, que teve
grande repercussão; a ofendida foi ouvida em audiência que foi disponibilizada pela internet
que gerou enorme comoção, de um lado, pelo tratamento dispensado pelo advogado
do então acusado à ofendida, tido como desumano, indigno e humilhante; de outro, pela
aparente inércia e omissão do juiz que teria permitido que a dignidade da ofendida fosse
ultrajada, inclusive sendo utilizado adjetivos que atentariam contra a honra de Mariana.
Estipula o art. 474-A, caput, do CPP que o descumprimento ao dever de se res-
peitar a dignidade da vítima acarretará a responsabilização civil, penal e administrativa de
seu violador. Quanto à responsabilização civil, se trata de ajuizamento de ação no Juízo
Cível para se reparem os danos morais e materiais; quanto à responsabilização criminal,
seria a responsabilização dos tribunos pela prática do crime de calúnia contra a vítima, lhe
imputando a prática de crime. Quanto à possível prática do crime de palavra, o art. 133 da
Constituição Federal e o art. 2º, § 3º do Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil (Lei
Tribunal do Júri 8ª Edição
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CAPÍTULO 11
Juízo da Causa – Julgamento pelo Júri
criminoso, mas que podem, de uma maneira sutil, estarem relacionados entre si, e cuja
ligação poderia ser proveitosamente explorada pelos tribunos, e do qual o magistrado não
seria seu conhecedor, justamente porque não refletiu qual seria a tática persuasiva dos
expositores. Desse modo, em regra, deve ser o juiz presidente tolerante com perguntas
aparentemente desvinculadas do contexto principal dos fatos, justamente para não com-
prometer o direito líquido e certo das partes à produção das provas, sem se descurar que
questões morais, comportamentais, relacionadas à vítima, muito embora não se relacionem
ao fato objetos dos autos, são levadas em grande consideração pelos jurados, o que motiva
as partes a sua indagação; esse livre questionamento- desde que não abusivo, e desrela-
cionado completamente da causa, ou ofensivo, deve ser preservado como forma de se
assegurar o direito subjetivo das partes à produção de provas em plenário, e o direito do
cidadão-jurado conhecer a causa, em seus múltiplos enfoques, inclusive sob a ótica moral
de discussão. Pelas mesmas razões, a manifestação de outras vítimas, testemunhas ou do
réu em suas versões apresentadas em plenário devem ser asseguradas, em regra, mesmo
que aparentemente desvinculadas da causa, sob pena se comprometer a livre narrativa do
ocorrido, que poderia comprometer a busca da verdade dos fatos, e, no caso do acusado,
o seu exercício a autodefesa.
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pela prática de crimes, como homicídios, roubos, tráfico, estupro? Essas informações do
passado da vítima ou das testemunhas deveriam ser ocultadas de todos, sobretudo dos
jurados, a título de se preservar a dignidade do ofendido ou da testemunha? Pensamos que
não, afinal é direito dos jurados tomarem conhecimento do passado- criminoso ou santificado,
glorioso ou vergonhoso- de ofendido e das testemunhas para aquilatarem quem é a pessoa que
presta depoimento, e qual valor deve ser conferido ao seu testemunho. Impedir-se essa ex-
ploração de informações ou de material, mesmo que ofensivo a dignidade da vítima ou
de testemunhas, desde que pertinente a busca em que se discuta a credibilidade ou não
que mereça a pessoa que presta depoimento, seria uma violação à produção da prova
pelas partes e um desrespeito ao direito de o jurado conhecer quem são os protagonistas
do processo: a vítima, que pode ter desencadeado, pelo seu comportamento anterior, a
conduta criminosa contra si (essa pode ser a tese defensiva); quanto às testemunhas, um
depoente que tenha sido condenado por falso testemunho merece a mesma credibilidade
que outro com antecedentes imaculados?; um depoente que esteja sendo investigado por
ser traficante concorrente do acusado não pode ser interessado em sua condenação? Em
miúdos: pensamos que as informações ou o material relacionado à vida passada da vítima
ou testemunhas, mesmo que atentatório às suas dignidades, devem ser preservados, desde
que, de alguma forma, revelem seu caráter, e, por consequência, a credibilidade ou não,
que seus depoimentos deverão colher. Caso a juntada dessas informações ou material
forem indeferidas pelo juiz, na fase de preparação para o julgamento em plenário (fase do
art. 422 do CPP), as partes poderão impetrar habeas corpus ou mandado de segurança,
conforme o caso, contra essa decisão arbitrária, a fim de se assegurar o direito líquido e
certo à produção da prova, que deve incluir, em sua abrangência conceitual, a possibilidade
de se subministrarem elementos documentais aptos a permitir que os jurados conheçam
quem são (ou foram), pelo que fizeram, no passado, ofendido e testemunhas. Esse é um
julgamento moral que cabe aos jurados fazerem ou não, e que não pode deles ser usurpado,
mesmo que a custo de desgaste emocional do depoente exposto em sua honra: é intuitivo e
válido se procurar saber, e levar em consideração, quem é a pessoa que se apresenta como
fonte da prova oral; é ilógico e contrário ao que ensina a experiência de vida separar-se-
artificialmente- a pessoa do depoente dos fatos por ele relatados; afinal, a maior ou menor
credibilidade do que é dito depende, em parte, dos atributos morais de quem fala. E ainda:
como as partes poderão contraditar a testemunha ou arguir circunstâncias ou defeitos que
a tornem suspeita de parcialidade ou indigna de fé, como permite o art. 214 do CPP, se for
vedada a utilização de informações ou de material que ofendam a dignidade da testemunha?
Estaria inviabilizada a arguição de suspeição, de modo a se impedir que os jurados tomem
conhecimento, por exemplo, de que a testemunha é inimiga figadal do acusado ou da vítima;
é um estelionatário contumaz, tem interesse na condenação injusta do réu por uma questão
comercial; tem um relacionamento amoroso com a mulher do acusado e pretende com ela
se casar, depois da condenação do acusado, etc. Seguindo-se a literalidade do inciso II do
art. 474-A do CPP, os jurados nada saberiam a respeito de fatos relevantíssimos, porque seriam
atentatórios à dignidade das testemunhas, o que não nos parece uma interpretação razoável.
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CAPÍTULO 11
Juízo da Causa – Julgamento pelo Júri
Violência institucional
Art.15-A Submeter a vítima de infração penal ou a testemunha de crimes violentos
a procedimentos desnecessários, repetitivos ou invasivos, que a leve a reviver, sem estrita
necessidade:
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CAPÍTULO 11
Juízo da Causa – Julgamento pelo Júri
pelas recordações do fato traumático) acaba sendo inevitável. O que a lei visa evitar é o
sofrimento desnecessário, por capricho ou satisfação pessoal (por sadismo) do agente público,
contra aquele que se pretenda que produza a prova.
A produção da prova- a arguição em plenário à vítima e testemunhas- é essencial para
que os jurados possam bem decidir, e não há como se responsabilizar criminalmente o juiz,
o promotor, o defensor público e os jurados interessados e diligentes na produção de provas
e que formulam indagações pertinentes ao depoente. Apenas se visa reprimir os questio-
namentos inúteis, repetitivos ou invasivos da privacidade, os quais, sendo formuladas pelo
promotor, jurados ou pelo defensor público, podem ser obstadas pelo juiz presidente, no
exercício de coordenação dos trabalhos em plenário, sem prejuízo de apuração de eventual
responsabilidade criminal pelo tipo penal do art. 15-A da lei de Abuso de autoridade.
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capítulo 15
Recursos
foi manifestamente contrário à prova dos autos? É o veredicto que condenou sem prova
alguma; com provas que não sejam minimante confiáveis; ou que tenha condenado, apesar
de evidências razoáveis de que o acusado não foi o autor; ou ainda que tenha condenado não
obstante a existência de elementos probatórios apontando para alguma causa excludente
da ilicitude (como, por exemplo, a legítima defesa), ou de isenção de pena (exclusão da
culpabilidade), como, a coação moral irresistível ou inexigibilidade de conduta diversa, que
beneficiam o réu, e que tenham sido ignoradas pelos jurados. Em síntese, o veredicto conde-
natório manifestamente contrário à prova dos autos é aquele que responsabiliza o acusado,
mesmo sem prova minimante idônea e racional, de que foi ele o autor de um fato típico,
ilícito e culpável. Já o veredicto condenatório compatível com os elementos probatórios do
processo é aquele que se alicerça em dados de convicção sérios a apontar que o acusado é
o autor de uma conduta antijurídica e reprovável penalmente. Pelo que se nota, o veredicto
aberrante da prova/compatível com a prova são duas possibilidades auto excludentes, ou
uma, ou outra, realidade, necessariamente, ocorreram, afinal, por um princípio elementar
do pensamento racional, uma coisa não pode ser e não ser ao mesmo tempo.
Para verificar se o veredicto condenatório está divorciado da prova, ou se é com ela
compatível, o Tribunal tem que, ao decidir o recurso de apelação, identificar os elementos
de prova que possam ter convencido os jurados a responsabilizar o réu.
Ao Tribunal se impõe o dever de identificar- expressamente- os elementos de con-
vicção que sustentaram o veredicto condenatório: a prova de materialidade e de autoria de
fato ilícito e culpável, que não seja seriamente comprometido por evidências de que haveria
causas excludentes de ilicitude ou culpabilidade que militassem em favor do réu. Identi-
ficados os alicerces probatórios do veredicto condenatório, o Tribunal poderá mantê-lo,
negando provimento à apelação defensiva. Se, ao contrário, não os identificar, deve referir,
também explicitamente, que não os há; ou que são insuficientes; ou que não confiáveis; ou
que são contraditórios entre si; ou que operaram em favor do réu evidências de que teria
agido amparado por alguma causa excludente de ilicitude ou de culpabilidade. Em suma,
nessa última situação, é dever do Tribunal, ao exercer o controle da legalidade das decisões
do Júri, referir não ter encontrado base de apoio probatória sólida e coerente naquele
veredicto, e, em razão, disso, cassá-lo, para que outro seja proferido.
Mantida a condenação pelo Tribunal, julgando improcedente a apelação defensiva,
mesmo quando não se tenha evidenciado- por não existirem- provas mínimas de autoria
e da existência de fato ilícito ou culpável, a defesa poderá interpor recurso especial ou
mesmo habeas corpus, perante os Tribunais Superiores, visando desconstituir o veredicto
condenatório emanado do Júri, bem como o acórdão do Tribunal que o manteve.
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Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em
contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente
nos elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas
cautelares, não repetíveis e antecipadas. (grifo nosso)
Resta analisar se a regra geral a respeito das provas, que impõe ao juiz que forme
sua convicção pela análise de prova- vedada a fundamentação calcada exclusivamente em
elementos informativos da investigação- seria também aplicável ao rito do Júri?
Já se responde que, indiscutivelmente, sim, mas há particularidades que serão agora
tratadas.
Os elementos informativos coligidos no decorrer do inquérito policial têm por fina-
lidade entregar a justa causa necessária para que o promotor possa oferecer denúncia, de
maneira responsável, em face de alguém, pela prática de um crime doloso contra a vida. O
standard probatório- a qualidade e o grau de convicção da prova, nessa situação de início da
ação penal, de recebimento da denúncia, são pouco exigentes: impõe-se a existência de ele-
mentos informativos coerentes, enfeixando uma hipótese razoável de autoria, mas não provas
propriamente ditas, uma vez que apenas se formula uma proposta acusatória que passará pelo
crivo do contraditório, com amplas possibilidades de a defesa rebater seus termos.
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CAPÍTULO 15
Recursos
Iniciada a 1ª fase do rito do Júri, devem ser colhidas, a fim de que se possa pronunciar
o acusado legitimamente, provas judiciais, sob o manto do contraditório e da ampla defesa,
como explicamos no Capítulo 6 (Pronúncia). Esse entendimento sedimentou-se junto ao STJ
e ao STF. Não bastam elementos informativos para se pronunciar o acusado: são indispen-
sáveis provas judiciais, sob pena de nulidade da pronúncia; no caso de ser proferida pronúncia
nessas condições (sem provas judiciais, mas apenas com elementos informativos), e o réu for
condenado, esse veredicto deverá ser cassado, porque a decisão dos jurados terá sido mani-
festamente contrária à prova dos autos. Dessa maneira, o standard probatório da pronúncia é
mais exigente que o do mero recebimento da denúncia, porque exige prova de autoria e de
materialidade delitiva (art. 413, § 1º, do CPP), e não meros elementos informativos.
Quanto ao julgamento pelo Júri em si- a fase do juízo da causa do rito- como os jurados
decidem pela íntima convicção, sem fundamentar os seus votos, não há como se saber se
deliberaram de acordo com os elementos informativos do inquérito policial ou se levaram
em consideração as provas judiciais. Quanto ao standard probatório necessário para uma con-
denação, mesmo aquela proferida pelo Tribunal Popular, deve ser tão qualificado, ou seja, no
mínimo, igual, ou, preferencialmente, mais convincente e persuasivo que aquele que existia
quando da pronúncia e que havia reconhecido a existência de provas judiciais de autoria e
materialidade delitivas. Se a pronúncia declarou admissível a acusação em plenário, apontando
provas judiciais, a condenação pelos jurados, quer tenham sido novamente reproduzidas tais
provas em plenário ou não, será válida, porque se alcançou o standard probatório mínimo para
a condenação penal pelo Júri: provas judiciais de autoria e materialidade delitiva. Aliás, a pro-
núncia, como filtro processual a viabilizar a garantia individual do acusado à liberdade, existe
justamente para ser uma barreira de relevância probatória (de standard probatório mínimo):
remetem-se ao julgamento pelo Júri apenas aqueles processos em que se detectou a exis-
tência de provas judiciais de autoria e materialidade delitivas, relegando-se aqueles outros
processos em que foram coligidos exclusivamente elementos informativos de inquérito po-
licial à extinção processual, por meio da sentença de impronúncia.
Pronunciado o acusado, com base em provas judiciais de autoria e materialidade
delitiva, se os jurados o condenarem, o veredicto não será considerado, em regra, contrário
a prova dos autos. Se, além de provas judiciais, houver elementos informativos de inquérito
policial, não se saberá- em razão da íntima convicção (não fundamentada) imanente ao
Júri- qual o peso que os jurados deram a cada um deles: pode ser até que o Conselho
de Sentença tenha levado mais em consideração as informações trazidas pelo inquérito,
mas, de qualquer forma, constatando-se a existência de provas judiciais naqueles autos, não
haveria razão, normalmente, para se invalidar o julgamento.
Se a pronúncia for lastreada, exclusivamente, em elementos de convicção hauridos
do inquérito, inexistentes provas judiciais que a confirmem, a condenação pelos jurados
será válida? Em outras palavras: como os jurados decidem de acordo com a sua íntima
convicção, não fundamentada, a eles se aplicaria, ou não, a regra probatória do art. 155
do CPP, que exige que o juiz profira decisão apenas quando persuadido pela prova judicial
produzida em contraditório?
Há duas posições a respeito do tema:
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Walfredo Cunha Campos
1ª Posição: Aos jurados não se aplica a regra probatória do art. 155 do CPP, apenas
incidente em se tratando de juízes togados. Como os jurados decidem pela íntima con-
vicção, não fundamentada, lhes seria possível condenar o acusado com lastro exclusivo
em elementos de inquérito policial, mesmo que inexistentes provas judiciais. Essa posição
possui vários precedentes no STJ, em que as duas Turmas Criminais deliberaram pela não
aplicação do art. 155 do CPP ao rito do Júri46.
2ª Posição: Aos jurados também se aplica a regra probatória do art. 155 do CPP.
Entende-se, segundo essa corrente proposta com ineditismo, e raro brilho, pelo Min.
Ribeiro Dantas, do STJ, que seria contraditório se exigir que a pronúncia seja alicerçada,
sob pena de nulidade, em provas judiciais, enquanto uma decisão condenatória proferida
pelo Júri (e, por isso, soberana, ou seja, raramente desconstituída) possa se contentar com
meros elementos informativos, destituída de provas judiciais. Ora, se uma mera decisão de
admissibilidade da acusação, uma sentença processual por excelência como é a pronúncia,
embora não julgue o mérito da causa (a pronúncia não condena ninguém!), se impõe que
seja fundamentada em provas judiciais, como standard probatório obrigatório, não há como-
sob pena de completa falta de lógica- se exigir menos justamente para a condenação! No
caso do Júri, não se trata de mera condenação criminal: é a condenação soberana que, em
regra, não se desconstitui nem se invalida, o que é mais um motivo para que, a mesma regra
probatória aplicável aos juízes técnicos em geral (art. 155 do CPP), também incida no caso
dos jurados. Esse posicionamento foi seguido pelo STJ, em mais um brilhante voto do Min.
Ribeiro Dantas47, que se recomenda a leitura integral de seu conteúdo, lúcido, didático, e
logicamente irretocável.
Nas palavras do Ministro: “A ideia central de minha proposta é a de que, se existem
provas judicializadas e elementos inquisitoriais quanto a determinado elemento do crime (de
acordo com o exame do acervo fático-probatório feito pelo Tribunal local), realmente não é
possível saber em quais os jurados basearam seus votos, e aqui não há ofensa ao art. 155 do
CPP. Diferentemente, se não há nenhuma prova judicializada, o veredicto condenatório só
pode ter buscado fundamento nos elementos de inquérito que foram apresentados ao júri,
e isso efetivamente contraria o art. 155 do CPP”.
Quando se fala em prova judicial, logo se vem à mente depoimentos de testemunhas
prestados em juízo, de maneira que depoimentos ocorridos no decorrer do inquérito po-
licial- mas não repetidos durante a instrução judicial-não podem autorizar, como acima se
viu, a pronúncia, nem o veredicto condenatório.
Mas se deve refletir que a prova judicial não se circunscreve à prova oral (oitiva em
juízo de vítimas e testemunhas), mas abarca um largo leque de provas antecipadas/periciais,
como os laudos de exame de corpo de delito, o laudo de local, de balística, de confronto
balístico, de colheita de impressões datiloscópicas, de exame de material orgânico e coleta
de DNA; também se inclui no rol de provas cautelares, mas que não são científicas, a inter-
ceptação telefônica, a quebra de sigilo telefônico ou telemático.
46 STJ_ 5ª T. AgRg no HC 489.737/RN, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca. J. 25/06/2019, DJe
05/08/2019. STJ- 6ª T. AgRg no HC 454.895/RS, Rel. Min. Nefi Cordeiro. J. 18/09/2018, DJe
25/09/2018. STJ. 6ª T. AgRg no AREsp 1013003/RS, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, J.
07/03/2017, Dje 17/03/2017.
47 STJ- 5ª T. Recurso Especial nº 1.916.733/MG (2021/0018557-4). Rel. Min. Ribeiro Dantas.
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CAPÍTULO 15
Recursos
Com essas provas judiciais acima exemplificadas, cujo contraditório é diferido ou pos-
tergado, mas que têm a natureza jurídica de provas, nos estritos termos do art. 155 do CPP,
autoriza-se, ao juiz togado e também aos jurados, proferirem uma decisão, exclusivamente,
calcado nelas, mesmo que inexistente prova testemunhal, sem que tenha ocorrido nulidade
nesta decisão. E não poderia ser diferente, afinal, a título de exemplos, com a colheita de
impressões datiloscópicas; material genético do acusado no corpo da vítima ou no local do
crime; admissão do acusado de que assassinou a vítima captada em interceptação telefônica;
laudo necroscópico cuja interpretação por meio de estudos médico-legais demonstra como
impossível a versão do acusado de que agiu em legítima defesa; são todos esses elementos
de convicção considerados como provas judiciais que podem ser mais persuasivos que
qualquer depoimento prestado durante a instrução criminal. Diante desse quadro, mesmo
que não tenha sido produzida prova testemunhal durante a instrução, constando apenas a
negativa do réu em seu interrogatório, será legítima a decisão de pronúncia e o veredicto
condenatório, se houver prova cautelar- pericial ou de outra espécie- que seja convincente
quanto à autoria e materialidade delitivas.
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de convicção seja minimamente confiável e racional, e, por isso, a condenação com base nele
se mostre um provável ato de justiça; não é possível se aceitar, mesmo que em homenagem à
soberania dos veredictos, que um veredicto condenatório seja a encarnação da injustiça, apesar
de formalmente válido porque constituído por prova judicial, se o senso crítico de qualquer
pessoa dotada de racionalidade e experiência o repudiar. Nessa situação anômala, pensamos
ser válida a cassação do veredicto, não obstante a existência, meramente protocolar, de
provas judiciais. Evidente que essa postura tem seus riscos: os Tribunais podem se arrogar
em verdadeiros censores do mérito daquilo que foi decido pelos jurados, afrontando a
soberania do voto popular; por outro lado, não há como cruzarem-se os seus braços, com
apatia, ante uma condenação construída sobre areia probatória. Ademais, do acórdão que
venha a se animar a adentrar, indevidamente, no mérito do veredicto dos jurados prolatado
com base em prova racional e verossímil, e venha a cassar a decisão popular, caberá ao
Ministério Público interpor recurso especial, perante o STJ, para restaurar a ordem jurídica
violada. Mas, a pergunta permanece: o art. 387, VII, do CPP, que estabelece como regra de
julgamento o in dubio pro reo, determinando que o juiz absolva quanto a prova judicial não for
suficiente é aplicável aos veredictos do Júri? A resposta não, tornando impossível a cassação
de um veredicto condenatório, mesmo que alicerçado em provas judiciais contraditórias
e lacunosas ao extremo, tornaria definitiva- e soberana- uma possível injustiça; de outro
lado, a resposta sim, se permitindo que o Tribunal, sob a sua ótica tecnicista-processual,
tornasse insubsistente a decisão popular, por qualquer filigrana de prova, seria uma afronta
à soberania dos veredictos, e à própria democracia, tornando o Júri um órgão de justiça
consultivo, quase que um objeto decorativo, sem funcionalidade e poder, o que é inaceitável.
Pensamos que a regra prevista no art. 387, VII, do CPP, é aplicável ao Júri, desde que, como já
se disse, as provas judiciais sejam extremamente frágeis em seu poder de convencimento de
uma pessoa racional, ao ponto de se colocar em dúvida se a confirmação de uma condenação
não seria uma chancela soberana à uma injustiça. De outro giro, não é qualquer prova contro-
vertida- interpretação diversa das provas, de seu valor ou grau de convencimento- que podem
acarretar a cassação do veredicto condenatório, sob pena de violação da soberania dos vere-
dictos. Em miúdos: o art. 386, VII, do CPP é aplicável, ao Júri, mas com moderação, apenas em
casos de prova judicial rota e esfarrapada, destituída de real poder de convencimento, tendo
por ponto de vista- não o jurista- mas o espírito lúcido e racional.
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CAPÍTULO 15
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Resta analisar, agora, como os Tribunais deverão julgar as apelações da defesa que se
voltem contra os veredictos condenatórios. Como se estudou nos itens anteriores, a quem
se remete o leitor, caberá à 2ª instância identificar prova judicial de que o acusado é o autor
de um fato típico, ilícito e culpável. Havendo essa prova judicial- e sendo minimamente per-
suasiva- o veredicto condenatório deverá ser mantido; se não houver prova judicial alguma
(mas apenas elementos informativos do inquérito), ou se seu grau de convencimento for
pífio, a condenação deverá ser cassada. A condenação estribada em prova controvertida-
com dupla interpretação razoável possível- deverá ser mantida pelo Tribunal.
E como os Tribunais Superiores exercerão o controle sobre às decisões da 2ª instância
que mantiveram o veredicto condenatório, não provendo a apelação defensiva? Por meio
de recurso especial (ou extraordinário, ou mesmo habeas corpus como tratamos no item
anterior) deverão analisar, pela leitura do acórdão dos Tribunais de Justiça ou dos Tribunais
Regionais Federais, se foi especificada a existência de prova judicial; havendo elementos
probatórios em juízo, os Tribunais Superiores poderão manter o acórdão da 2ª instância,
que confirmou o veredicto condenatório (e o próprio veredicto condenatório, é claro).
No caso de inexistirem elementos de convicção coligidos em juízo, mas apenas elementos
informativos do inquérito policial- o que é facilmente aferível pela superior instância através
da leitura do acórdão da 2ª instância, da pronúncia, das peças das partes, do termo de
audiência da 1ª fase do rito do Júri, ou da ata de plenário, o STJ (ou conforme o caso o STF)
poderão anular o acórdão do Tribunal de apelação, e cassar o julgamento pelo Júri, para que
outro plenário seja realizado, por ofensa ao art. 155 do CPP.
Na hipótese de existirem elementos probatórios judicializados em juízo, mas o
Tribunal de apelação não os especificar, como deveria, apontando as evidências concretas
de materialidade e autoria de conduta criminosa ilícita e culpável, ao se contentar em utilizar
expressões jurídicas genéricas, essa omissão na fundamentação legal levará à anulação do
acórdão, para que outro seja prolatado, por violação ao art. 93, IX, da CF e art. 315, § 2º,
II, do CPP), preservando-se o veredicto condenatório.
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2. Discurso em Plenário
De modo geral, o padrão de todo discurso forense segue a ordem preconizada por
Maurice Garçon em sua clássica obra Ensaios sobre a eloquência judiciária:49
1. Exórdio: é a introdução, a fala inicial do tribuno, e oportunidade em que se cum-
primenta o juiz, os jurados e a parte adversária e se apresenta o assunto que será tratado.
48 Marco Túlio Cícero, Brutus e a Perfeição Oratória (Do melhor gênero de oratória), p. 45.
49 Maurice Garçon, Ensaios sobre a eloquência judiciária.
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CAPÍTULO 15
Manual de atuação da Polícia, do Promotor, do Defensor e do Juiz na Apuração e Julgamento dos Crimes Dolosos contra a Vida
O exórdio deve ser adaptado ao caso que está sendo julgado, podendo ser racional ou
emotivo, poético ou agressivo, rápido ou um pouco mais longo. Note-se que, embora o
introito possa ser mais demorado que o usual, nunca deve rivalizar em duração com a
narrativa e a discussão do discurso. O exórdio, segundo Silveira Bueno50, pode ser: simples
ou direto (em uma exposição breve, o orador entra no assunto); ex-abrupto ou veemente
(entrar diretamente no assunto, sem a menor preparação); nessa última situação, o estado
de ânimo do orador e da sessão plenária deve estar bastante acalorado. Exórdio pomposo
(é aquele em que é usada uma linguagem elevada, sofisticada; não é recomendável na
oratória desenvolvida no Júri); insinuante (aquele em que o orador entra sutilmente no tema
do discurso; recomendável quanto os jurados se mostram hostis à tese a ser desenvolvida,
ou às personagens do processo – réu ou vítima, de modo que é necessário preparar o
espírito de quem ouve, combatendo preconceitos e objeções). Não se aconselha iniciar-se
o discurso com uma fala muito emocionada e veemente, pois a imensa energia dispendida,já
nos primeiros minutos,irá, em pouco tempo, exaurir o orador; no meio do discurso, o
tribuno já estará cansado; no fim, justamente quando seria mais importante passar a última
impressão de convicção aos jurados, sua voz estará um fiapo, sua postura, em frangalhos, sua
mente, lerda, ao ponto de demandarem,por falta de disposição física,o abreviamento – às
vezes indevido e prematuro – do discurso, mesmo que se correndo o risco de não se apre-
sentar bons argumentos finais. Recorde-se Maurice Garçon51: “Outro defeito dos exórdios
demasiado veementes, ou que começam num tom muito elevado ou por demais enfático, é
que tiram o fôlego ao orador no momento em que precisa economizar as suas forças para
as equilibrar durante todo o discurso. Se o orador fizer um esforço físico desproporcionado
ao começar, arrisca-se a manifestar em seguida um cansaço que afrouxará o movimento, e
acabará por tirar-lhe o benefício da primeira impressão que soubera produzir”. Continua
o mestre: “Começando com uma autoridade calma num tom bastante baixo, mas bem
timbrado, não só economizamos fôlego e forças, como obrigamos o juiz a exigir silêncio
para melhor ouvir e poder prestar a maior atenção às primeiras palavras. Não é necessário
apressarmo-nos. Nada força o orador, a quem acaba de ser dada a palavra, a acalorar-se
imediatamente. Ele pode proceder de seu vagar (...) Se começar então por algumas frases
claras, fluentes, fáceis e sem pressas inúteis (...)”.
Acrescentamos nós que o exórdio deve ser curto, mas interessante – original e com o
condão de tocar a sensibilidade de quem ouve, despertando a atenção; proibidos os clichês
e as frases feitas sem originalidade alguma. O ensinamento de Danni Sales52 é irretocável:
“A abertura dos discursos marca um momento de entrega mútua e recíproca, entre orador
e jurados. É um momento de fidelizar atenções! Experimente começar de uma forma inte-
ressante, impactante, surpreendente ou inspiradora. (...) Evite chavões introdutórios (...) A
abertura é momento de cativar, e não de enfadar” (grifo nosso).
2. Cumprimentos/saudações: cuidado para não aborrecer os jurados com extensos
cumprimentos ao tribuno oponente ou ao juiz, pois pode tal conduta provocar dois efeitos
deletérios ao orador: primeiro, entediar o juiz leigo e convidá-lo à distração e à falta de paciência;
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segundo, indispô-lo contra quem fala, quando as homenagens são falsas. Pensará o Conselho
de Sentença, cartesianamente: se o tribuno não é verdadeiro nesse trecho de sua fala, prova-
velmente não o será no resto. O que muitas vezes é mesmo verdade! Santa psicologia essa do
jurado! O mais lamentável é que alguns sempre repetem, indistintamente, idênticos elogios,
sejam lá a quem forem elas destinados, utilizando até as mesmas expressões: o imparcial juiz, o
aguerrido promotor, o conspícuo defensor etc. Francamente, só se deve tecer homenagens quando
de fato se tem algo de bom a dizer; se não houver, por amor à verdade, não há que se falar nada.
Neste início é que se deve conquistar os jurados, atentos às primeiras palavras, para ganhar, ao
longo do discurso, seus votos. Costumamos fazer, no início dos nossos discursos perante o Júri,
o que Danni Sales denomina “saudação em arranjamento”53: “fazer da saudação um exórdio, em
que damos ao ouvinte uma ideia geral do assunto a ser tratado”.
4. Narração: a parte mais importante do discurso – saber narrar, com vida e espírito,
os fatos do processo. Este trecho deve ser claro e verossímil. A narração deve ser uma recons-
tituição completa, propondo-se a reviver os homens com seus sentimentos exatos e hesitações
(circunstâncias psicológicas); apresentar não só as suas ações, mas ainda os pensamentos que
as acompanharam. Como ensina Aristóteles55, é preciso “fazer os ouvintes verem, (...) usando
expressões capazes de representar as coisas como se estivessem em atividade”.
Pode-se seguir a ordem cronológica dos fatos ou, querendo chamar um pouco mais a
atenção, enunciar o último fato da ordem cronológica, voltando em seguida para recomeçar
do princípio, para, aí então, seguir a ordem do tempo. Isso porque, ao invés de contar desde
o início a sucessão dos acontecimentos, que podem não oferecer nenhum interesse e, por
conseguinte, não despertar a atenção, o autor descreve em primeiro lugar o fato mais dra-
mático, e que acontece ser o último da série. Depois, para explicá-lo, remonta bastante longe
no passado e segue a sucessão natural dos fatos que conduzem ao último que já se conhece.
A vantagem do sistema está em provocar, desde o primeiro momento, uma viva curiosidade e
de levar o ouvinte a prestar uma atenção tanto maior quanto se sente animado do desejo de
saber por que e como sobreveio o fato surpreendente que acaba de ser revelado.
Sendo produzida toda a prova oral em plenário, a narração pode até ser dispensada,
abordando-se, de imediato, as provas dos autos; a nosso ver, é mais recomendável, antes de
analisar as provas, resumir-se – mesmo que brevemente – as linhas gerais da narração fática.
Todavia, no caso de não ser produzida a prova em plenário, deverá ser dedicada a máxima
atenção à narrativa, porque os fatos serão praticamente desconhecidos dos jurados.
5. Discussão: analisar, durante a narração, ou após, com profundidade, os fatos,
discutindo-os, quer dizer, argumentando, com emoção, sobre eles. É o momento de ra-
ciocinar emocionando e emocionar raciocinando.
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Walfredo Cunha Campos
“pode servir pelo menos de base a quase todos os discursos. É a arte pessoal do orador e sua
originalidade que farão desse plano uma obra notável ou somente de valor médio. Nunca, se o
aplicarmos com rigor, faremos uma obra má”.57
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Os jurados são pessoas ocupadas. Não se deve fazer com que, à custa do tempo e da
paciência deles, demonstremos nossa espantosa e variada cultura nas mais diversas matérias
do saber humano. O importante, como diz Magarinos Torres,
“[...] é não maçar: fazer tudo isso com brevidade e concisão, elegância e compostura, é a
melhor maneira de agradar... e de vencer”.63
Essa urgência dos tempos modernos se verifica pela chamada “audição ansiosa”,
canções com menor tempo de duração, objetiva e curta, de preferência não superior a
dois minutos e meio; tudo é breve e apressado: stories de 15 segundos; Twitter com pouco
texto; TikTok em um minuto64. Nosso discurso, para que venha a ser assimilado, deve ser, na
medida do possível, mais curto e objetivo, não, é claro, atendendo aos exageros de uma fala
tão enxuta que se reduza a breves minutos, mas não tão longo e repleto de detalhes inúteis
que gere tédio e enfado em quem nos ouve.
Deve-se expor o assunto de maneira simples, sem demonstrações gratuitas de
erudição. Claro que, se houver uma ligação do fato que se quer comentar com algum co-
nhecimento que se tenha de leituras, se poderá, de maneira natural, discorrer a respeito.
Afrânio Peixoto, inimigo figadal do Júri, em página antológica, faz a crítica dos vaidosos
tribunos de seu tempo, acometidos de verborreia incontida:
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Tribunal do Júri 8ª Edição
Walfredo Cunha Campos
“Um julgamento feito pelo Tribunal do Júri, ao contrário do que muitos pensam, não é uma
loteria. Depende, é certo, de algumas peripécias, mas pode ser o seguro resultado de uma
conduta bem planejada e executada com rigor, desde a fase do inquérito policial até o [...]
Plenário do Júri. [...] a apresentação dos argumentos deve obedecer a um plano previamente
traçado, a exposição deve ser fluente e clara, sem rodeios e tiradas literárias, ferindo os pontos
em debate. As proposições devem seguir a forma silogística, e cada conclusão se ajustará às
outras, formando um tecido único. O tom de voz, as modulações não devem seguir o superado
critério da exaltação e passionalismo, a não ser que o momento do discurso ou a dramati-
cidade do tema o imponham. Não terá o advogado, também, a preocupação de formar frases
pomposas, bombásticas, geralmente vazias de sentido, cujo único mérito é causar admiração
dos que se deixam impressionar pela beleza da forma. As demonstrações de cultura, quando
desnecessárias, soam falsas e traem a intenção do orador de se autovalorizar, o que, às vezes,
é consagrado à custa do direito do constituinte. Os torneios de retórica, o uso de frases feitas,
as citações eruditas só cabem raramente no discurso forense. Mesmo os oradores, que podem
contar naturalmente com esses recursos, devem policiar-se e não permitir que a exuberância
da forma prejudique a essência do discurso. As incursões no campo doutrinário do direito
serão reduzidas ao essencial e, sempre que possível, traduzidas em linguagem acessível aos
leigos, e explicadas em termos simples, sem complicações teóricas ou filigranas jurídicas, que
conduzem à perplexidade inútil e até mesmo prejudicial. Resumindo, diríamos que o discurso
forense deverá ser simples e objetivo, visando demonstrar para convencer sem preocupações
literárias ou retóricas e transmitindo em voz natural, em tom didático, usando a linguagem
também simples e acessível. Esta linguagem, por força, deverá ser correta, embora desatada da
preocupação de ser elegante e literária. É recomendável a abstenção de termos ou expressões
de gíria. Não será condenável o seu uso, entretanto, caso não exista outra maneira de dizer, nas
circunstâncias, contando já o defensor com suficiente dose de empatia com o Júri”66;
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CAPÍTULO 15
Manual de atuação da Polícia, do Promotor, do Defensor e do Juiz na Apuração e Julgamento dos Crimes Dolosos contra a Vida
O escritor russo Fiódor Dostoiévski67 retratou, em breves pinceladas, o que deve ser
um orador no Júri: “Ele começou de forma excepcionalmente direta, simples e convincente,
mas sem a mínima arrogância. Sem a mínima tentativa de eloquência, de notas patéticas, de
expressão arrebatada. Era como se falasse num círculo íntimo de simpatizantes de seu pen-
samento. Tinha uma voz bela, sonora e simpática, e era como se essa voz já se distinguisse
algo simples e sincero”.
Por fim, a síntese magistral de Churchill68: “Das palavras, as mais curtas; as mais
comuns, quando curtas, melhor ainda”.
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