Você está na página 1de 8

EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA COMARCA DE DELTA DO

PARNAÍBA

                             João José da Silva, brasileiro, casado, funcionário público


municipal, portador da Carteira de Identidade nº1111111111-1 e do CPF nº
222.222.222-22, residente e domiciliado neste município à Rua delta, 333, Centro,
por seu advogado infra-assinado, conforme documento de procuração (doc.01), com
escritório nesta cidade, aonde recebe, intimações, citações, avisos e demais
documentos de praxe, vêm perante Vossa Excelência, impetrar

MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR

contra  ato do Excelentíssimo Senhor Pedro dos Anzóis Caracol, Prefeito Municipal do
Delta Parnaíba, que poderá ser encontrado na sede da Prefeitura à Rua que sobe e
desce, s/nº, Centro, neste Município.

I – DO CABIMENTO

                              Os atos administrativos, em regra, são os que mais ensejam


lesões a direitos individuais e coletivos; portanto estão sujeitos a impetração de
Mandado de Segurança.

                             O objeto da Mandado de Segurança será sempre a correção de


ato ou omissão de autoridade, desde que, ilegal e ofensivo de direito individual ou
coletivo, líquido e certo, do impetrante.

                             O Art. 5º, LXIX,da Constituição Federal do Brasil, determina:

                              “Conceder-se-á Mandado de Segurança para proteger


direito líquido e certo, não amparado por hábeas corpus ou hábeas data,
quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade
pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder
Público”.

O art. 5º, III da Lei nº 1.533 de 31 de dezembro de 1951 disciplina:

“Não se dará mandado de segurança quando se tratar de ato disciplinar,


salvo quando praticado por autoridade incompetente ou com inobservância
de formalidade essencial”.

                                               O art. 144 da lei 8.112/90 determina:

“As denúncias sobre irregularidades serão objeto de apuração, desde que


contenham a identificação e o endereço do denunciante e sejam formuladas
por escrito, confirmada a autenticidade”.

                                               O caso em tela tem cabimento constitucional, ainda


amparado pelas Leis 1.533/51, 8.112/90 e demais dispositivos aplicáveis à espécie.

II - DOS FATOS
O Senhor João José Silva, servidor estável do Município do Delta Parnaíba, nomeado
em 02/08/1989, (doc.02) após aprovação em primeiro lugar, no concurso público
para o cargo de digitador (doc.03).

No dia 14/03/05, pela Portaria 001/2005 (doc.04), o Prefeito constituiu comissão de


sindicância, composta por três servidores municipais, para apurar fatos ilícitos
apontados em denúncia anônima formulada contra o impetrante. Logo após foi
determinado o seu afastamento, por 10 dias, prorrogados por igual prazo pelas
Portarias 10/2005 de 17/03/2005 (doc.05) e 11/2005 de 28/03/2005 (doc.06). De
ambos os atos teve o servidor ciência imediata.

No dia 09/04/2005, o impetrante foi notificado através do Ofício 111/2005 (doc.07)


da instauração de sindicância e determinado seu comparecimento perante a
comissão de Sindicância para tratar de assuntos de seu interesse e tomar ciência dos
fatos narrados na investigação realizada e dos documentos já produzidos.

Logo no dia seguinte, o servidor prestou esclarecimentos, limitando-se a responder


às indagações feitas pelo Presidente da Comissão de Sindicância, uma vez que não
foi facultada, a palavra aos outros membros para realizar quaisquer indagações.
(doc.08)

Já em 14/04/2005, o impetrante foi notificado da instauração de Inquérito


Administrativo / Processo Administrativo Disciplinar, pela Portaria 30/2005 (doc.09)
contra ele e contra seu colega Matias da Silva, e do afastamento de ambos,
preventivamente, por 60 dias.

No dia 15/04/2005, o impetrante requereu ao Presidente da Comissão de Inquérito ,


cópia do processo administrativo em curso, sendo o pedido negado verbalmente sob
justificativa de que o acesso aos autos somente poderia ocorrer após o oferecimento
da defesa por razões de sigilo do Processo Disciplinar. Somente no dia 16/05/2005
foi entregue ao impetrante cópia dos autos, liberada pelo Presidente da Comissão
(doc.10), começando na mesma data a correr o prazo para defesa, estipulada em 10
dias.

A defesa foi apresentada em 27/05/2005, tendo em vista o feriado do dia


26/05/2002, em 15 laudas, e com o requerimento de produção de provas
testemunhais em número de quatro e juntada de documentos (doc. 11, 12 ).

Em 07/07/2005, o impetrante foi notificado de que no dia imediatamente posterior


estaria sendo realizada a audiência de inquirição das testemunhas de defesa
(doc.13). Foram inquiridas as testemunhas, (doc.14-15-16-17) oportunidade em que
foi requerida pelo impetrante a oitiva de uma outra testemunha, o chefe do
departamento pessoal (doc.18), com vistas à demonstração da verdade real, o que
foi indeferido.

No dia 13/06/2005, a Comissão de Inquérito Administrativo, apresentou o seu


relatório imputando ao impetrante a prática dos seguintes ilícitos administrativos,
ausentar-se do serviço durante o expediente sem autorização do superior e
não atender à solicitação da administração para atualização de seus dados
cadastrais,  pugnando pela aplicação da penalidade de demissão (doc.19).

A autoridade julgadora acolheu as conclusões da Comissão de Inquérito


Administrativo, (doc.20) expedindo Portaria de demissão do impetrante em
21/11/2005 (doc.21), não obstante o impetrante jamais ter sofrido
qualquer punição disciplinar.

III - DO DIREITO

                             O impetrante era servidor concursado estável do município


desde 1989, diga-se ainda que foi aprovado em primeiro lugar no concurso público
para o cargo de digitador.

                              O Art. 41, § 1º, I, II, III da CRFB determina:

                              “São estáveis após 3 anos de efetivo exercício, os


servidores nomeados para cargo de provimento efetivo, em virtude de
concurso público.”

                             Assim comprovada está sua estabilidade uma vez que já cumpriu
o estágio probatório de 3 (três) anos.

                                               Vem ainda contrariando o art. 144 da lei 8.112/90


que rege a matéria, uma vez que a denúncia contra o impetrante foi feita por carta
anônima;

“As denúncias sobre irregularidades serão objeto de apuração, desde que


contenham a identificação e     o endereço do  denunciante e    sejam       
formuladas por escrito, confirmada a autenticidade”.

                                                           Portanto, nulo é, de pleno direito, todos os


atos, desde o início, mediante tal arbitrariedade, pois a denúncia originária do
Inquérito Administrativo se amparou em uma carta anônima.

                                                           A jurisprudência dispõe de caso semelhante


já julgado pelo STJ, a saber:

Acórdão: ROMS 1278/RJ; RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE


SEGURANÇA (1991/0018676-7)

                              Fonte: DJ/ DATA: 10/03/1993

                              Órgão Julgador: T2- SEGUNDA TURMA

                              EMENTA:

                              ADMINISTRATIVO. INSTAURAÇÃO DE INQUÉRITO,


MEDIANTE DENÚNCIA ANÕNIMA. POSSIBILIDADE. ANISTIA. NÃO
CARACTERIZAÇÃO.

                              I – A instauração de Inquérito Administrativo, ainda que


resultante de denúncia anônima, não encerra, no caso, qualquer
irregularidade.

                              II- Não havendo ainda contra o impetrante qualquer


sanção administrativa, não há cogitar-se da anistia prevista no art. 29 do
ADCT da Constituição do Estado do Rio de Janeiro.
                              III- Recurso Ordinário Desprovido.

M.M. Juiz, o que mais causa surpresa é verificar que o relatório que imputa ao
impetrante os seguintes ilícitos administrativos: ausentar-se do serviço durante o
expediente sem autorização do superior e não atender a solicitação da
administração para atualização de seus dados cadastrais, proibições contidas
no art. 117, I e XIX da lei 8.112/90; pugnou a Comissão pela aplicação da
penalidade de demissão do impetrante, quando diz a Lei:

As penas disciplinares no nosso Direito Administrativo Federal são de seis


espécies, enumerando-se nesta ordem crescente de gravidade: 1)
advertência; 2) suspensão: 3) demissão;.....

A apuração regular da falta disciplinar é indispensável para a legalidade da


punição interna da Administração. O discricionário do poder disciplinar não
vai ao ponto de permitir que o superior hierárquico puna arbitrariamente o
subordinado. Deverá em primeiro lugar, apurar a falta, pelos meios legais
compatíveis com a gravidade da pena a ser imposta, dando-se oportunidade
de defesa ao acusado. Sem o atendimento desses dois requisitos, a punição
será arbitrária e não discricionária, e, como tal, ilegítima e invalidável pelo
judiciário, por não seguir o devido processo legal – due process of law -, de
prática universal nos procedimentos punitivos acolhidos pela nossa
Constituição (Art. LIV e LV) e pela nossa Doutrina. Daí o cabimento de
Mandado de Segurança contra ato disciplinar (Lei 1.533/51, art. 5º, III).

Absurdamente, a autoridade julgadora acolheu as conclusões da Comissão de


Inquérito, expedindo portaria de demissão do impetrante em 21 de novembro de
2005. Não obstante o impetrante ter sofrido jamais qualquer punição disciplinar, o
que comprova que não foi em momento algum observado  o dispositivo da Lei
8.112/90, assim aplicando sanção não adequada ao caso da conduta leve praticada
servidor, que seria apenas uma advertência, se a tivesse cometido.

Segundo a moderna Doutrina Francesa, hoje aceita pelos nossos publicistas


e pela nossa jurisprudência, todo ato administrativo é inoperante, quando o
motivo invocado é falso ou inidôneo, vale dizer, quando ocorre inexistência
material ou inexistência jurídica dos motivos. Esses motivos, na expressão
de Jèze, devem ser “materialmente exatos e juridicamente fundados”. Tal
teoria tem inteira aplicação ao ato disciplinar que é espécie do gênero – ato
administrativo.

 Haveria forma condizente para punir o impetrante de acordo com a falta cometida
com um simples termo de declaração que, segundo a doutrina, é forma sumária de
comprovação de faltas menores de servidores através de tomada de se depoimento
que, em si, já é defesa sobre irregularidade que lhe é atribuída e, se confessada,
servirá de base para punição cabível.

 Esse meio sumário evita demoradas sindicâncias e processos sobre pequenos


deslizes funcionais que devam ficar documentalmente comprovados para imediata
punição ou para atestar futuras reincidências do servidor. Se o inquirido negar a
falta, haverá a necessidade de processo administrativo disciplinar para legitimar e
comprovar a punição, assim ensina o Professor Hely Lopes Meirelles em Direito
Administrativo Brasileiro, V – Poder Disciplinar.
Passados 5 dias, o impetrante já estava notificado da instauração de inquérito e
afastado preventivamente por 60 dias. Inconformado, o impetrante requereu ao
Presidente da Comissão a cópia do processo administrativo e, mais uma vez, teve
sua defesa cerceada com a negativa verbal do Presidente da Comissão, justificando
sigilo do processo disciplinar, observe-se, contra ele mesmo. Somente um mês após
foi entregue ao impetrante a cópia dos autos começando na mesma data a correr o
prazo para sua defesa, estipulado em 10 dias.

Mesmo assim, na ânsia de comprovar sua inocência, o impetrante apresentou sua


defesa dentro do prazo estipulado pela Comissão, requerendo produção de prova
testemunhal e juntada de documentos com base no art. 156 da lei 8.112/90, que
assim rege:

“É assegurado ao servidor o direito de acompanhar o processo


pessoalmente ou por intermédio de procurador, arrolar e reinquirir
testemunhas, produzir provas e contraprovas e formular quesitos, quando
se tratar de prova pericial”.

Continuou o impetrante afastado de suas funções e, somente quase dois meses


depois, foi notificado que no dia seguinte haveria audiência de inquirição de suas
testemunhas de defesa, oportunidade em que o impetrante requereu a oitiva do
chefe de departamento de pessoal como testemunha de primordial importância
diante dos fatos que lhe estavam sendo imputados. O que, inusitadamente, lhe foi
indeferido. Procedimento este coercivo e abusivo, violando a ampla defesa do
impetrante, seu relevante interesse de evitar a lesão difícil e de incerta reparação a
que está sendo submetido.

                              Vicente Greco Filho sintetiza o princípio de maneira bem


prática e simples: "O contraditório se efetiva assegurando-se os seguintes
elementos: a) o conhecimento da demanda por meio de ato formal de
citação; b) a oportunidade, em prazo razoável, de se contrariar o pedido
inicial; c) a oportunidade de produzir prova e se manifestar sobre a prova
produzida pelo adversário; d) a oportunidade de estar presente a todos os
atos processuais orais, fazendo consignar as observações que desejar; e) a
oportunidade de recorrer da decisão desfavorável."

 A Ampla Defesa "não é uma generosidade, mas um interesse público. Para


além de uma garantia constitucional de qualquer país, o direito de defender-
se é essencial a todo e qualquer Estado que se pretenda minimamente
democrático".

Alexandre Moraes preleciona que, embora no campo administrativo, não


exista necessidade de tipificação estrita que subsuma rigorosamente a
conduta à norma, a capitulação do ilícito administrativo não pode ser tão
aberta a ponto de impossibilitar o direito de defesa, pois nenhuma
penalidade poderá ser imposta, tanto no campo judicial, quanto nos campos
administrativos ou disciplinares, sem a necessária amplitude de defesa.

Paulo Tadeu Rodrigues Rosa assevera que "A Lei existe para ser cumprida e
observada, e quando esta é violada surge para o Estado o direito de punir o
infrator, que poderá ter o seu jus libertatis cerceado, ou ainda perder os
bens que conquistou no decorrer da vida. Mas, o direito de punir, jus
puniendi, pressupõe o direito de defesa que deve ser amplo e irrestrito. A
Constituição Federal no art. 5.º, LV, assegura aos acusados e ao litigantes
em geral, em processo judicial ou administrativo, o direito a ampla e
contraditório, com todos os recursos a ela inerentes. Apesar da clareza do
Texto Constitucional, e da sua auto-aplicabilidade, norma de eficácia plena,
alguns administradores ainda insistem em não lhe dar cumprimento.

Vasta jurisprudência consagra casos semelhantes em julgados pelo STF:

39002169 – CONCURSO PÚBLICO – ANULAÇÃO – DEMISSÃO DE


SERVIDORES ESTÁVEIS SEM OBSERVÂNCIA DO DEVIDO PROCESSO LEGAL –
Ausência do contraditório e da ampla defesa – Ato arbitrário e ilegal do
Chefe do Executivo – Segurança concedida para recondução dos servidores
a seus cargos de origem com todas as vantagens. (TJMG – AC 118.634/5 –
2ª C. Cív. – Rel. Des. Sérgio Lellis Santiago – J. 30.03.1999)

801624 – MANDADO DE SEGURANÇA – SERVIDOR PÚBLICO CONCURSADO E


ESTÁVEL – SINDICÂNCIA INSTAURADA SEM QUE FOSSE CONSIGNADA A
POSSIBILIDADE DE DEMISSÃO – ILEGALIDADE DO ATO – LEI Nº 759/90 –
ESTATUTO DOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS MUNICIPAIS DE SEARA –
SEGURANÇA CONCEDIDA – REMESSA DESPROVIDA – Configura ilegalidade a
aplicação de pena de demissão a servidor público concursado e estável,
após sindicância cuja portaria não consignou esta hipótese, não se-lhe
propiciando deste modo o contraditório e ampla defesa. Além disto, a Lei
Municipal de Seara nº 759 de 14.12.1990 prevê em seu art. 193 que da
sindicância somente poderia resultar o "I – o arquivamento do processo",
"II – a aplicação de penalidade de advertência ou suspensão de até 30
(trinta) dias" ou "III – a instauração de processo disciplinar". (TJSC – AC
em mandado de segurança 96.001254-0 – 2ª C.C.Esp. – Rel. Des. Nelson
Schaefer Martins – J. 19.06.1997)

Sendo o relatório a síntese do apurado no processo, é apenas peça informativa e


opinativa, não tendo efeito vinculante. Daí porque pode a autoridade julgadora
divergir tanto das conclusões quanto das sugestões do relatório sem qualquer ofensa
ao interesse público ou ao direito das partes, fundamentando sua decisão em
elementos existentes no processo ou na insuficiência de provas para uma decisão
punitiva ou, mesmo, deferitória ou indeferitória da pretensão postulada.

                              Vejamos ainda o que continua a ensinar Hely Lopes Meirelles.

                              O essencial é que a decisão seja motivada com base na


acusação, na defesa e na prova, não sendo lícito a autoridade julgadora
argumentar com fatos estranhos ao processo ou silenciar sobre razões do
acusado, porque isto equivale a cerceamento de defesa e conduzirá à
nulidade do julgamento, que não é discricionário mas vinculado ao devido
processo legal.

815759 – MANDADO DE SEGURANÇA – ATO ADMINISTRATIVO PRATICADO


COM CARÁTER DISCIPLINAR – PODER DISCRICIONÁRIO DA
ADMINISTRAÇÃO – ADMISSÍVEL O CONTROLE JUDICIAL DE LEGALIDADE –
CABIMENTO DO WRIT – O ato administrativo praticado com caráter
disciplinar, ainda que inerente ao poder discricionário da administração, é
passível de apreciação jurisdicional para o exercício do controle de
legalidade, via mandado de segurança. SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL –
REINTEGRAÇÃO – DEMISSÃO INOCORRENTE – IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA
DO PEDIDO – A reintegração é a recondução do servidor demitido ao cargo
que ocupava, desde que reconhecida, por decisão judicial, a ilegalidade de
sua demissão. Não tendo sido demitido o servidor, torna-se impossível seu
pedido reintegratório. SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL – SUSPENSÃO DOS
VENCIMENTOS – PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR EM CURSO –
INADMISSIBILIDADE – Não pode a administração pública municipal
suspender o pagamento dos vencimentos de seu servidor, antes de
concluído o respectivo processo administrativo disciplinar que apura sua
responsabilidade por falta cometida. (TJSC – AC-MS 96.008409-6 – SC – 2ª
C.Cív.Esp. Rel. Des. Nilton Macedo Machado – J. 06.08.1998)

                             Diante da Carta Magna, da Doutrina e da Jurisprudência aqui


expostas e demais matérias reguladoras da espécie, claros estão os atos abusivos e
ilegais que sofre o impetrante.

                             Mostram os fatos e provados estão, que houve abuso de


autoridade além de omissão do julgador que não se preocupou da obrigação de
analisar as provas tendo a prerrogativa de discordar e desprezá-las, evitando os
danos causados ao impetrante e sua família, com quem tem toda responsabilidade
financeira.

                             Manifesto está o perigo do dano patrimonial, moral e a


necessidade “in continenti” do pedido.

IV – LIMINAR

ISTO POSTO, o impetrante requer a V. Exª. deferir a segurança LIMINARMENTE


INALDITA ALTERA PARTS, ante a ofensa ao direito líquido e certo e o perigo da
demora.

O “fumus boni iuris” apresenta-se fartamente demonstrado pelo impetrante nos


autos, onde se comprova a existência do direito incontestável, líquido e certo,
requerido.

                             O “periculum in mora” é fato indiscutível, questão de vida e


sobrevivência familiar ameaçada que está, mais ainda será pela demora na
prestação jurisdicional.

V - DO PEDIDO

Requer-se:

A nulidade total do processo administrativo instaurado contra o impetrante;

Que seja deferida a LIMINAR INALDITA ALTERA PARTS, a imediata reintegração


ao cargo do impetrante, assim como o pagamento das verbas remuneratórias desde
a data da impetração deste mandado e o deferimento definitivo da presente
segurança confirmando a liminar deferida.

Que seja notificada a autoridade coatora para que preste informações;

Que seja concedido o benefício da gratuidade da justiça, abrangendo também a


autenticação dos documentos.
Após ,dando vistas ao Douto  Ministério  Público,  para manifestar-se.

                             Tudo por medida da mais relevante

                           JUSTIÇA!

                             Dá-se à causa, o valor de R$ 100,00 (Cem Reais).

Termos em que

Pede Deferimento

Delta do Parnaíba, 07 de outubro de 2017

J J DE JOSÉ
Advogado
OAB/DF ...

Anexos:
Docs. 01 a 21

Você também pode gostar