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RECLAMATÓRIA TRABALHISTA
No dia 25 de março de 2013 o Reclamante adoeceu, sendo que por causa do mal
acometido, restou afastado durante 02 dias do serviço, sob atestado médico, sendo que
no dia 27 de março o mesmo ainda não estava em condições de voltar ao labor,
recebendo outro atestado, conforme documentos juntados a este instrumento.
Conforme o artigo 7º, XVI e artigo 58 da CLT, são devidas as horas extras ao
empregado que trabalhou além da duração normal do trabalho. Como fundamentação
jurídica, não resta dúvidas que foi violado o direito do empregado a ser recompensado
por seu trabalho suplementar realizado.
Neste sentido, peço vênia para colacionar trecho do julgado que segue:
Ainda assim cabe salientar que as horas trabalhadas aos domingos e feriados
devem ser remuneradas com o adicional de 100%, tendo em vista que a Reclamante
cumpriu expediente em todos os domingos durante a contratualidade.
Veja bem Excelência, é devida tal adicional de 100% de horas sobre os dias de
repouso trabalhado, bem como domingos e feriados, eis estar previsto em legislação,
bem como na norma coletiva juntada aos autos.
Por fim, o Reclamante faz jus ao recebimento do adicional de horas extras com
seus devidos reflexos legais, ou seja, o reflexo em repousos semanais remunerados,
férias acrescidas de 1/3, décimo terceiro salário e FGTS com multa de 40%.
Entretanto, para que seja possível tal caracterização, resta imperioso destacar
que deve o empregador fornecer o transporte para que seus empregados, assim como o
caso concreto.
Tal modalidade restou instituída legalmente na CLT, em seu art. 58, § 2º, sendo
alterada pela lei 10.243 de 19/06/2001. A edição da lei foi resultado de várias decisões
dos tribunais trabalhistas e da Súmula 90 do Tribunal Superior do Trabalho.
EMENTA
HORAS IN ITINERE. ACORDO COLETIVO DE TRABALHO. Caso em
que inexistia transporte público regular no trecho fornecido no final da
jornada do autor, permitindo o reconhecimento de que o tempo gasto com a
condução fornecida pelo empregador deve ser considerado como tempo à
disposição. Atenção à Súmula nº 90 do TST. Não há como conferir eficácia
à cláusula de norma coletiva que restrinja o pagamento de horas in itinere,
suprimindo direito irrenunciável do trabalhador. Horas in itinere devidas.
HORAS EXTRAS. TEMPO À DISPOSIÇÃO. O tempo em que o empregado
permanece, do término da jornada até a saída do referido transporte, deve
ser considerado como tempo à disposição, tendo em vista que, embora não
tenha havido labor ou disponibilidade ao empregador, decorrem da
necessidade de utilização de transporte fornecido pela empresa, único meio
de deslocamento entre o local de trabalho e sua residência. Horas extras
devidas. (Acórdão do processo 0000208-85.2010.5.04.0522; Data:
15/05/2013; Origem: 2ª Vara do Trabalho de Erechim)
Deste modo, evidente que, eis que o caso concreto se amolda à hipótese do item
I, da Súmula nº 90 do TST, pois inexiste transporte público regular para que o
Reclamante chegasse até o destino final, bem como inexistia o mesmo tipo de transporte
que o levasse do serviço até sua residência, permitindo assim, o reconhecimento de que
o tempo gasto com a condução fornecida pela Reclamada deve ser considerada como
tempo à disposição.
Deste modo, eis não ter a Reclamada cumprido com sua obrigação, deve este ser
devidamente reconhecido e acrescido em sua remuneração, com os devidos reflexos
legais, ou seja, o reflexo em repousos semanais remunerados, férias acrescidas de 1/3,
décimo terceiro salário e FGTS com multa de 40%.
E ainda, tendo em vista que não recebeu sequer de forma simples pelo trabalho
prestado, necessário se faz o recebimento em dobro destes dias, com reflexos em férias,
13º salários e aviso prévio.
I.VI DA INSALUBRIDADE
Para realizar estes serviços, ele não recebia luvas ou equipamento adequado de
serviço. O Reclamante recebeu adicional de Insalubridade no grau de 20%. Entretanto,
faz jus ao adicional de insalubridade em grau máximo, à razão de 40%, isso devido à
utilização de querosene para limpezas das ferramentas de trabalho.
I.VII DO FGTS
Por ser injusta a despedida do Reclamante, eis estar sobre o gozo de atestado
médico à data de sua demissão, bem como, por ter sido demitido sem a realização de
exame para demissão, o que faz com que o atestado apresentado pelo Reclamante não
possa ser afastado, para justificar a despedida desmotivada que este recebeu. Deste
modo, evidente que o Reclamante faz jus a indenização, senão vejamos:
b) Repercussão das horas extras do repouso semanal remunerado, nas férias, no décimo
terceiro, no FTS e 40%, no aviso prévio, conforme item 05 da explanação, no valor de
R$...;
d) Multa de 10% sobre o salário, por não ter a Reclamada entregue ao Reclamante cópia
do contrato de trabalho, conforme item 08 da explanação, no valor de R$...;
e) FGTS sobre os pedidos e diferenças de FGTS de toda a contratualidade, acrescidos
de multa de 40%, conforme item 07 da explanação, no valor de R$...;
i) Requer o Benefício da Assistência Judiciária Gratuita, por não ter condições de arcar
com as despesas do processo, baseado na Lei 1.060/50;
Requer, desde já, o deferimento para a produção de todos os meios de prova em direito
admitidos, especialmente, pelo depoimento pessoal da Reclamada, sob pena de
confesso, além de prova testemunhal, documental, pericial e juntada posterior de
documentos.
Requer, por derradeiro, a procedência da ação, em sua plenitude, na forma dos pedidos,
e, por conseguinte a condenação da Reclamada no principal e demais cominações
legais.
cidade, data.
Advogado/OAB...