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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DA _____ VARA DO TRABALHO DE VILHENA

– RO

NELSON SILVA, brasileiro, técnico em informática, inscrito no


CPF nº 000.001.222-33, titular da CI.RG nº 888.656-SSP/RO,
residente e domiciliado na cidade de Vilhena – RO, vem,
respeitosamente perante Vossa Excelência por intermédio de
seu advogado que ao final subscreve (procuração anexa) com
escritório profissional na Av. Brigadeiro, 987, Centro, na cidade
de Vilhena - RO onde recebe intimação e notificações, com
fulcro no artigo 840 da Consolidação da Leis do Trabalho /CLT,
propor:

RECLAMAÇÃO TRABALHISTA, PELO RITO ORDINÁRIO em face da


SOCIEDADE EMPRESÁRIA ALFA LTDA., inscrita no CNPJ nº 00.001.001/0001-00,
com sede na cidade de Vilhena - RO, pelas razões de fato e de direito a seguir
expostos.

1. DA CAUSA DE PEDIR

O reclamante requer a concessão dos benefícios da justiça gratuita, nos


termos do art. 790, § 3º e 4º da CTL e item I da Súmula 463 do TST, declarando não
possuir de arcar com as despesas processuais.
Pois bem, o reclamante alega que foi admitido pela reclamada para exercer a
na prática, a função de técnico de informática. O qual foi demitido por justa causa,
apesar de não ter feito nada de errado, não recebendo qualquer indenização, sendo
ressarcido somente o valor salarial correspondente ao último mês trabalhado. Aduz
ainda, que consta em sua CTPS, a admissão em 17/12/2017 e demissão em
28/04/2021, do cargo de auxiliar de serviços gerais, na parte de anotações gerais,
em que seu salário era de R$1.500,00, informando que o reclamante foi dispensado
por justa causa em razão de conduta inadequada.
Ocorre que o reclamante afirma que foi despedido por justa causa apesar de
não ter feito nada que a justificasse e conforme dispõe a Súmula 212 do TST, o
ônus de provar o término do contrato de trabalho quando negados a prestação de
serviços e o despedimento é do empregador, que no caso em tela se manteve
inerte.
Em virtude da dispensa por justa causa e o pagamento apenas do salário do
último mês trabalhado, entretanto, após o afastamento da justa causa do
reclamante, são devidas verbas rescisórias contratuais de: aviso prévio indenizado
de 30 dias, integral desse período do seu tempo de serviço e reflexos nas verbas
contratuais e verbas resilitórias; férias proporcionais de 5/12 acrescido do terço
constitucional; 13º proporcional a 4/12 (quatro doze avos); multa do FGTS de 40 %;
e, liberação das guias do saque do FGTS.
Ante posto, requer a procedência dos pedidos das verbas rescisórias acima
descritas.
Visto que, o reclamante tinha jornada de trabalho das 20h às 5h, de segunda a
sábado, com intervalo de 20 minutos para refeição. Assim, depreende-se de que sua
jornada eram de 48 (quarenta e oito) horas semanais, requer, as horas extras
devidas com adicional de 50% (cinquenta por cento) superior da hora normal, haja
vistas o labor superior de 44 horas semanais em 4 (quatro) horas.
Ainda, no que se refere a intervalo intrajornada, o reclamante laborou de
segunda-feira a sábado das 20h às 5h, com intervalo de 20 minutos para a refeição.
Nos termos do art. 71 da CLT, o trabalho cuja duração exceda 6 horas, é
obrigatória a concessão de um intervalo mínimo de uma hora. No entanto, o
reclamante tinha um intervalo de apenas 20 minutos, sendo assim suprimidos 40
minutos de descanso, resultando o pagamento de natureza indenizatória do período
suprimido (40 minutos) com acréscimo de 50% sobre o valor da remuneração hora
normal do trabalho.
Quanto ao adicional noturno, V. Excelência, a luz da CLT, o trabalho noturno terá
remuneração superior à do diurno de pelo menos 20% sobre a hora diurna. De
acordo com o § 2º, do art. 73 da CLT, compreende-se como noturno, o trabalho
executado entre as 22 horas de um dia e as 5 horas do dia seguinte. Sendo assim,
solicita o provimento do adicional noturno, conforme determina a norma jurídica, pois
o seu labor compreendia a jornada das 20h às 5h, correspondente a 09h trabalhada.
Requer ainda, a retificação da CTPS para constar a verdadeira função e o
pagamento da diferença salarial, de acordo com seu cargo exercido na reclamada, o
qual exercia função de técnico de informática com salário de R$ 1.500,00 (hum mil e
quinhentos reais), entretanto, em sua CTPS consta a função de auxiliar de serviços
gerais. Todavia, consta na convenção coletiva da categoria do reclamante, que o
piso normativo para a função desempenhada de fato, o valor de R$ 2.000,00 (dois
mil reais).
Diante o exposto, requer as diferenças salariais diante o piso salarial
apresentado, condenando o reclamado ao pagamento das diferenças de todo o
período em que o reclamante exerceu a função de técnico de informática e a
retificação da CTPS a fim de que conste o real valor e a função, conforme
estabelece o art. 29 da CLT.
O reclamante faz jus ainda, a indenização por dano moral pela anotação da
penalidade em sua CTPS. Tendo em vista que, fez constar na referida, na parte
destinada a anotações gerais, a demissão por justa causa em razão de conduta
inadequada, fato que o reclamante alega, inexistente.
Ademais, acreditando que seja afastado a justa causa pelas razões de fato e
de direito, requer que seja retificada a CTPS do reclamante a fim de que seja
retirado a anotação de “conduta inadequada”.
Diante todo exposto, requer a condenação do reclamado ao pagamento de
dano moral pela anotação de penalidade na CTPS do reclamante. Solicita ainda, a
devolução do FGTS, conforme cópias apresentadas dos contracheques em que
consta descontos do FGTS.
.
2. PEDIDOS
Diante o exposto requer:
a) a procedência do pedido;
que seja afastado a justa causa da demissão;
b) que o reclamado seja condenado ao pagamento do aviso prévio indenizado de 30
dias com a integração desse período no seu tempo de serviço e reflexos nas verbas
contratuais e resilitórias;
c) que seja condenado ao pagamento das férias proporcionais de 5/12 (cinco doze
avos) acrescido do terço constitucional;
d) que seja condenado ao pagamento do décimo terceiro proporcional de 4/12
(quatro doze avos);
e) condenado ao pagamento da multa do FGTS de 40 %;
f) a liberação das guias do saque do FGTS;
g) a condenação do pagamento das horas extras devidas com adicional de 50%
superior da hora normal, haja vistas o labor superior de 44 horas semanais de 4
horas, sendo essas horas extras;
h) condenado ao pagamento de natureza indenizatória do período suprimido (40
minutos) com acréscimo de 50% sobre o valor da remuneração hora normal do
trabalho;
i) condenado ao pagamento do provimento do adicional noturno de 20 % sobre as
horas diurnas das 7 horas em que o reclamante laborava conforme explicado nesta
exordial;
j) condenado ao pagamento das diferenças salariais diante do piso salarial
apresentado, condenando o reclamado ao pagamento das diferenças de todo o
período em que o reclamante exercia a função de técnico de informática e a
retificação da CTPS a fim de que conste o real valor e a função;
k) a condenação do reclamado ao pagamento de dano moral pela anotação de
penalidade na CTPS do reclamante; e,
l) que o reclamado seja condenado à devolução do desconto do FGTS.
3. REQUERIMENTOS FINAIS
Diante o exposto, requer a procedência dos pedidos, a intimação do reclamado para
apresentar contestação à reclamação, sob pena de revelia e confissão quanto a
matéria de fato.
A produção de todos os meios de provas em direito admitidos, em especial a prova
documental e testemunhal.
E por fim, a procedência dos pedidos e a condenação do reclamado ao pagamento
de honorários advocatícios no importe de 15% conforme estabelece o art. 791-A da
CLT.
Atribui-se à causa o valor de R$ ..., correspondente a somatória dos pedidos.
Nestes termos,
Pede deferimento.
Vilhena, RO,
Advogado

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