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PROCESSO CIVIL
@PROFANABLAZUTE
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido
qualquer tipo de repasse.
DICAS FATAIS
PROCESSO CIVIL
DICA 01 Lembre que o CPC/15 prestigia o uso dos métodos alternativos de resolução de conflito. A
conciliação, a mediação e outros métodos de solução consensual de conflitos deverão ser estimulados por
juízes, advogados, defensores públicos e membros do MP, inclusive no curso do processo judicial. Ou seja,
devem ser estimulados antes de surgir um processo, mas também (inclusive) no curso do processo (CPC, 3º,
§ 3º).
DICA 02 Como exemplo desse estímulo, o CPC prevê que quando o oficial de justiça for realizar uma
citação ou intimação, deverá certificar eventual proposta de autocomposição apresentada por qualquer
das partes (CPC, 154, VI), cabendo ao juiz intimar a parte contrária para se manifestar em 5 dias,
entendendo-se seu silêncio como recusa (CPC, 154, p. ú.). O CPC também diz que nas ações de família,
todos os esforços serão empreendidos para a solução consensual, devendo o juiz disposto do auxílio de
profissionais de outras áreas. A requerimento das partes, o juiz pode determinar a suspensão do processo
enquanto as partes se submetem a mediação extrajudicial ou a atendimento domiciliar (CPC, 694)
Thaise Tenorio da Silva
DICA 03 A regra é que o tjuhizanisãoepteronfeorirráiode2c@isãohocotnmtraauilm.ca odams
partes sem ela ser previamente ouvida (CPC, 9º). Mas isso não se aplica no caso de concessão de tutela de
urgência (que pode ser concedida liminarmente) (CPC, 9º, p. ú., I c/c 300, § 2º), bem como nos casos de
concessão de tutela de evidência quando: i) as alegações de fato forem comprovadas documentalmente e
houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou súmula vinculante; ou ii) for caso de pedido
reipersecutório (restituição de um bem), com base em prova documental (escrita) de contrato de depósito
(CPC, 9º, p. ú., II c/c art. 311, p. ú.)
DICA 04 Proposta uma ação possessória dentro de ano e dia da turbação ou esbulho, estando a petição
inicial devidamente instruída, o juiz expedirá mandado liminar de manutenção ou reintegração de posse
(CPC, 558 c/c 562)
DICA 05 O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual
não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual
deva decidir de ofício (CPC, 10). Vedação à decisão surpresa.
DICA 06 Para postular em juízo é necessário ter interesse e legitimidade (CPC, 18). O interesse do autor
pode se limitar à declaração de (in)existência ou modo de ser de uma relação jurídica; ou sobre
autenticidade/falsidade de documento (CPC, 19). O autor pode propor ação meramente declaratória,
mesmo que tenha ocorrido violação de direito (CPC, 20)
DICA 07 Foro competente para ação de inventário = domicílio do autor da herança (falecido) CPC, 48. Se
não possuía domicílio certo, será o foro de situação dos bens imóveis. Se houver imóveis em foros diferentes,
poderá ser no lugar de qualquer um deles. Não havendo imóveis, pode ser no local de qualquer bem do
espólio (CPC, 48, p. ú.)
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DICA 09 Foro competente para ação de reparação de dano sofrido em razão de delito ou acidente de
veículos = domicílio do autor ou do local do fato (CPC, 53, V)
DICA 10 Ações possessórias imobiliárias serão propostas no foro de situação do bem imóvel, e neste
caso, trata-se competência absoluta (CPC, 47, § 2º)
DICA 11 As partes podem eleger o foro onde será proposta ação oriunda de direitos e obrigações (cláusula
de eleição de foro). Mas esta eleição só produz efeito se constar de instrumento escrito. Esse foro
contratual obriga as partes e seus sucessores. CPC, 63. O juiz pode, de ofício, reputar ineficaz a cláusula
de eleição de foro se ela for abusiva, antes mesmo de citar o réu. Se isso não acontecer e o réu for citado,
compete a ele alegar a abusividade na contestação, sob pena de preclusão. CPC, 63, § 3º e 4º.
DICA 12 Salvo a hipótese acima, o juiz não pode conhecer de ofício a incompetência relativa. A
incompetência absoluta podTehsaeirsdeecTlaerandoa rdieo odf íac i oSpilevl oa j u i z . CPC, 64.
Compete ao réu alegar a
incompetência relativa em preliminar de contestação. Se não fizer, ocorrerá prorrogação da
competência (CPC, 65). Athaisetenorio2@hotmail.co
incompetência absoluta pode ser alegada em qualquer tempo e grau de
jurisdição (CPC, 64, § 1º), e inclusive ser fundamento para a propositura de ação rescisória (CPC, 966, II). A
relativa, não.
DICA 13 O juiz nomeará curador especial ao: i) incapaz, se não tiver representante legal ou se os interesses
deste colidirem com os daquele, enquanto durar a incapacidade; ii) réu preso revel, bem como ao réu revel
citado por edital ou com hora certa, enquanto não for constituído advogado. A curatela especial será
exercida pela Defensoria Pública, nos termos da lei. (CPC, 72)
DICA 14 O cônjuge necessitará do consentimento do outro para propor ação que verse sobre direito real
imobiliário, salvo quando casados sob o regime de separação absoluta de bens (CPC, 73). A falta desse
consentimento pode ser suprida judicialmente quando for negado por um dos cônjuges sem justo motivo,
ou quando lhe seja impossível concedê-lo (CPC, 74). A falta de consentimento, quando necessário e não
suprido pelo juiz, invalida o processo (CPC, 74, p. ú.). Ambos os cônjuges serão necessariamente citados
para a ação: i) que verse sobre direito real imobiliário, salvo quando casados sob o regime de separação
absoluta de bens; ii) resultante de fato que diga respeito a ambos os cônjuges ou de ato praticado por eles;
iii) fundada em dívida contraída por um dos cônjuges a bem da família; iv) que tenha por objeto o
reconhecimento, a constituição ou a extinção de ônus sobre imóvel de um ou de ambos os cônjuges. CPC,
73, § 1º
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DICA 15
Verifica-se
Juiz suspende Na Pelo autor Processo é extinto
incapacidade processo instância
processual originária
+ Determinaçã Pelo réu Considerado revel
ou o não
Designa cumprida Pelo Recurso não é
irregularidade prazo recorrente conhecido
representação razoável para Na fase
Pelo recorrido Desentranhamento
da parte que vício seja recursal
das contrarrazões
sanado
DICA 16 De ofício ou a requerimento, o juiz condenará o litigante de má-fé a pagar multa, entre 1% e
10% do valor da causa. Se este for irrisório ou inestimável, multa pode ser fixada em até 10 (dez) salários-
mínimos. CPC, 81, caput e § 2º. Quando forem dois ou mais litigantes de má-fé, o juiz condenará cada um
na proporção do seu respectivo interesse na causa ou solidariamente aqueles que se coligaram para lesar
a parte contrária (CPC, 81, § 1º)
DICA 17 A alienação da coisa ou do direito litigioso por ato entre vivos, a título particular, não altera a
legitimidade das partes. O adquirente ou cessionário não poderá ingressar em juízo, sucedendo o
alienante ou cedente, sem queT ohacoisnseintTaeanpoarrtieocodnatráSriial .vTaodavia, o
adquirente ou cessionário poderá
intervir no processo comothaassiissteetnetenloitirsicoon2s@orchiaol tdmo
aa l ii el .nca not emo u cedente. Estendem-se os efeitos da sentença proferida entre as partes originárias ao
adquirente ou cessionário (CPC, 109)
DICA 18 O juiz poderá limitar o litisconsórcio facultativo quanto ao número de litigantes quando este
comprometer a rápida solução do litígio ou dificultar a defesa ou o cumprimento da sentença. O
requerimento de limitação interrompe o prazo para manifestação ou resposta, que recomeçará da
intimação da decisão que o solucionar (CPC, 113, §§ 1º e 2º)
DICA 19 O autor, brasileiro ou estrangeiro, que residir fora do Brasil ou deixar de residir no país ao longo
da tramitação do processo prestará caução suficiente ao pagamento das custas e dos honorários de
advogado da parte contrária nas ações que propuser, se não tiver no Brasil bens imóveis que lhes
assegurem o pagamento (CPC, 83). Esta caução não será exigida: i) quando houver dispensa prevista em
acordo ou tratado internacional de que o Brasil faz parte; ii) na execução fundada em título extrajudicial e no
cumprimento de sentença; iii) na reconvenção (CPC, 83, § 1º)
DICA 20 A sentença condenará o vencido a pagar honorários ao advogado do vencedor, os quais serão
fixados entre o mínimo de dez e o máximo de vinte por cento sobre o valor da condenação, do proveito
econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa (CPC, 85, caput e §
2º). Nas causas em que for inestimável ou irrisório o proveito econômico ou, ainda, quando o valor da
causa for muito baixo, o juiz fixará o valor dos honorários por apreciação equitativa (CPC, 85, § 1º).
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tribunal, ao julgar recurso, majorará os honorários fixados anteriormente levando em conta o trabalho
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adicional realizado em grau recursal, respeitando o limite de 20% (CPC, 85, § 11). Os honorários serão
devidos quando o advogado atuar em causa própria (CPC, 85, § 17)
DICA 22 Caso a decisão seja omissa quanto aos honorários, cabe embargos de declaração. Se, todavia, ela
transitar em julgado sendo omissa quanto ao direito aos honorários ou ao seu valor , é cabível ação
autônoma para sua definição e cobrança (CPC, 85, § 18)
DICA 23
DICA 25 A gratuidade da justiça pode ser concedida em relação a todos os atos ou a apenas alguns, ou
então consistir na redução percentual de despesas processuais que o beneficiário tiver de adiantar no curso
do procedimento (desconto) CPC, 98, § 5º. Conforme o caso, o juiz poderá conceder direito ao
parcelamento de despesas processuais (CPC, 98, § 6º).
DICA 26 Presume-se verdadeira a alegação de insuficiência deduzida exclusivamente por pessoa natural.
Se o pedido for feito por pessoa jurídica, este deve provar a insuficiência, para fins de obtenção de
gratuidade (CPC, 99 § 3º). O direito à gratuidade da justiça é pessoal, não se estendendo a litisconsorte ou a
sucessor do beneficiário, salvo requerimento e deferimento expressos (CPC, 99 § 6º). A assistência do
requerente por advogado particular não impede a concessão de gratuidade da justiça (CPC, 99 § 4º)
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DICA
Deferido Réu deve impugnar em preliminar de contestação (CPC, 100 e 337, XIII)
DICA 29
Admite-se uma única denunciação sucessiva, promovida pelo denunciado, contra seu antecessor imediato
na cadeia dominial ou quem seja responsável por indenizá-lo, não podendo o denunciado sucessivo
promover nova denunciação, hipótese em que eventual direito de regresso será exercido por ação autônoma
(CPC, 125, §2º)
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DICA
Amicus curiae
DICA 32 Versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição, é lícito às partes plenamente
capazes estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às especificidades da causa e convencionar
sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres processuais, antes ou durante o processo (negócio
jurídico processual). De ofício ou a requerimento, o juiz controlará a validade das convenções, recusando-
lhes aplicação somente nos casos de nulidade ou de inserção abusiva em contrato de adesão ou em que
alguma parte se encontre em manifesta situação de vulnerabilidade. (CPC, 190). De comum acordo, o juiz
e as partes podem fixar calendário para a prática dos atos processuais, quando for o caso. Dispensa-se a
intimação das partes para a pTráhticaaidseeatToepnroocersisouadl oau Sa ir leva lai z a ç ã o de
audiência cujas datas tiverem sido
designadas no calendário ( C P C, 1 9 1 )
t h a i s e t enorio2@hotmail.com
DICA 33 Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, computar-se-ão somente os dias
úteis (apenas se for prazo processual) (CPC, 219). Não se contam os feriados, que de acordo com a lei, além
dos declarados em lei, são: os sábados, os domingos e os dias em que não haja expediente forense (CPC,
216)
DICA 34 Nos condomínios edilícios ou nos loteamentos com controle de acesso, será válida a entrega do
mandado a funcionário da portaria responsável pelo recebimento de correspondência, que, entretanto,
poderá recusar o recebimento, se declarar, por escrito, sob as penas da lei, que o destinatário da
correspondência está ausente (CPC, 248, § 4º)
DICA 35 É facultado aos advogados promover a intimação do advogado da outra parte por meio do
correio, juntando aos autos, a seguir, cópia do ofício de intimação e do aviso de recebimento. O ofício de
intimação deverá ser instruído com cópia do despacho, da decisão ou da sentença (CPC, 269, §§ 1º e 2º).
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DICA 36
A toda a causa será atribuído valor certo, o qual constará da petição inicial ou da reconvenção, e
será (CPC, 292):
soma monetariamente corrigida do principal, dos
ação de cobrança de dívida juros de mora vencidos e de outras penalidades,
se houver, até a data de propositura da ação
ação que tiver por objeto a existência, a validade, o o valor do ato ou o de sua parte controvertida
cumprimento, a modificação, a resolução, a resilição
ou a rescisão de ato jurídico
ação de alimentos soma de 12 prestações mensais pedidas pelo
autor
ação de divisão, de demarcação e de reivindicação valor de avaliação da área ou do bem objeto do
pedido
ação indenizatória, inclusive a fundada em dano valor pretendido
moral
ação em que há cumulação de pedidos soma dos valores de todos eles
ação em que os pedidos são alternativos o de maior valor
ação em que houver pedido subsidiário valor do pedido principal
Somatória das prestações vencidas, mais o valor
das prestações vincendas, que será:
ação em que pede prestações vTehncaidiassee a- uSmilavpar es t a ç ã o anual, se a obrigação
Tvinecnenodraiso d for por
O juiz corrigirá, de ofício e por arbitramento, o valor da causa (CPC, 292, § 3º). O réu poderá impugnar, em
preliminar da contestação, o valor atribuído à causa pelo autor, sob pena de preclusão (CPC, 293 c/c 337,
III)
DICA 37 A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem: probabilidade do
direito + perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo. O juiz pode, conforme o caso, exigir
caução (CPC, 300, caput e § 1º). Se a parte que se beneficiar da tutela de urgência perder no final do
processo, fica obrigada a reparar os prejuízos sofridos pela parte contrária. Essa indenização será liquidada
nos próprios autos, sempre que possível (CPC, 302)
DICA 38 Nos casos de urgência, a petição inicial pode se limitar ao requerimento da tutela antecipada
(CPC, 303). Trata-se da tutela antecipada requerida em caráter antecedente. Caso o juiz a defira e a parte
contrária não interponha recurso, haverá a estabilização da tutela (CPC, 304). Ocorrendo a estabilização,
qualquer das partes pode demandar a outra com o intuito de rever, reformar ou invalidar a tutela
antecipada estabilizada. O juízo que concedeu a tutela será prevento para julgar essa ação, que pode ser
proposta em até 2 anos, contados da ciência da decisão que extinguiu o processo (CPC, 304, §§)
DICA 39 A tutela cautelar também pode ser requerida em caráter antecedente (CPC, 305). Se ela for
deferida, a parte terá o prazo de 30 dias para formular o pedido principal. Esse prazo inicia a partir da
efetivação da tutela (CPC, 308). Caso não seja feito o pedido principal nesse prazo, cessará a eficácia da
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medida cautelar (CPC, 309, I). O indeferimento da tutela cautelar não obsta a que a parte formule o
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pedido principal, nem influi no julgamento desse, salvo se o motivo do indeferimento for o
reconhecimento de decadência ou de prescrição (CPC, 310)
DICA 40
DICA 41
DICA 42 A petição inicial indicará nome e qualificação completa do autor e do réu. Se o autor não tiver todas
as informações do réu, poderá requerer ao juiz diligências necessárias a sua obtenção. A petição não será
indeferida se, a despeito da falta de informações, for possível a citação do réu (CPC, 319, §§). O juiz, ao
verificar que a petição inicial não preenche os requisitos legais ou que apresenta defeitos e irregularidades
capazes de dificultar o julgamento de mérito, determinará que o autor, no prazo de 15 (quinze) dias, a
emende ou a complete, indicando com precisão o que deve ser corrigido ou completado (CPC, 321)
DICA 43 O pedido deve ser certo. Compreendem-se no principal os juros legais, a correção monetária e
as verbas de sucumbência, inclusive os honorários advocatícios (pedidos implícitos) CPC, 322 O pedido
deve ser determinado. É lícito, porém, formular pedido genérico: i) nas ações universais, se o autor não
puder individuar os bens demandados; ii) quando não for possível determinar, desde logo, as consequências
do ato ou do fato; iii) quando a determinação do objeto ou do valor da condenação depender de ato que
deva ser praticado pelo réu (CPC, 324)
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DICA 44
DICA 45
Admite-se, pelo juiz, a retratação, no prazo de 05 dias. Se não houver retratação, juiz mandará citar o réu
para que responda o recurso, o qual será, em seguida, encaminhado ao tribunal
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DICA 46 Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for o caso de improcedência liminar do
pedido, o juiz designará audiência de conciliação ou de mediação com antecedência mínima de 30
(trinta) dias, devendo ser citado o réu com pelo menos 20 (vinte) dias de antecedência. Autor será
intimado na pessoa do seu advogado (CPC, 334, caput e § 3º)
DICA 47As partes devem estar acompanhadas por seus advogados ou defensores públicos (CPC, 334, §
9º). A parte poderá constituir representante, por meio de procuração específica, com poderes para
negociar e transigir (CPC, 334, §10). O não comparecimento injustificado do autor ou do réu à audiência
de conciliação é considerado ato atentatório à dignidade da justiça e será sancionado com multa de até
dois por cento da vantagem econômica pretendida ou do valor da causa, revertida em favor da União ou
do Estado (CPC, 334, § 8º)
DICA 48
Thaise Tenorio da Silva
Tetrhmao iinsiceiatlesneroá il.com Quando
Réu pode raidoa2ta@hotma
oferecer Da audiência de conciliação ou mediação, Qualquer parte não comparecer ou se não
contestação ou da última sessão tiver autocomposição
no prazo de Do protocolo do pedido de cancelamento Audiência não ocorrer por desinteresse de
15 dias da audiência apresentado pelo réu ambas as partes
Prevista no art. 231, de acordo com o modo Demais casos
como foi feita a citação
DICA 49
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DICA 50 Se o réu alegar sua ilegitimidade, o juiz facultará ao autor, em 15 (quinze) dias, a alteração da
petição inicial para substituição do réu. Realizada a substituição, o autor reembolsará as despesas e pagará
os honorários ao procurador do réu excluído, que serão fixados entre três e cinco por cento do valor da
causa. Quando alegar sua ilegitimidade, incumbe ao réu indicar o sujeito passivo da relação jurídica
discutida sempre que tiver conhecimento, sob pena de arcar com as despesas processuais e de indenizar o
autor pelos prejuízos decorrentes da falta de indicação. No prazo de 15 dias, o autor poderá fazer a
substituição (pagando as despesas e honorários, conforme explicado acima), ou incluir, como litisconsorte
passivo, o sujeito indicado pelo réu. (CPC, 338 e 339)
DICA 51 Se o réu alegar incompetência relativa ou absoluta, poderá protocolar a contestação no foro de
seu domicílio, antes mesmo da audiência de conciliação ou mediação. Essa contestação será submetida a
livre distribuição ou, se o réu houver sido citado por meio de carta precatória, juntada aos autos dessa carta.
Esse protocolo será imediatamente comunicado ao juiz da causa, preferencialmente por meio eletrônico. A
realização da audiência de conciliação ou de mediação, se tiver sido designada, será suspensa. Reconhecida
a competência do foro i n d i c aTd ho apiesloeréTue, no ojuríizoo pdaara So i lqvu aa l for
distribuída a contestação ou a carta
precatória será co nside ra d o p re v e nt o .
t h data
ju ízo competente designará nova a para t e denDe
i s aeaudiência ofirniioda
conciliação
a co m p e tên ci a , o
ou2de@ h o (CPC,
mediação. t m340)a i l .c
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DICA 52 O réu pode propor reconvenção para manifestar pretensão própria, desde que conexa com a ação
principal ou com o fundamento da defesa. A reconvenção pode ser proposta independentemente de
contestação, mas se o réu for contestar e reconvir, será feita uma peça só. A reconvenção pode ser proposta
pelo réu em litisconsórcio com terceiro, contra o autor e terceiro. A desistência da ação ou a sua
extinção por qualquer motivo não impede o prosseguimento do processo para análise da reconvenção
(CPC, 343)
DICA 53
Se o réu não contestar a Havendo pluralidade de réus, algum deles contestar a ação
ação, será considerado O litígio versar sobre direitos indisponíveis
revel e presumir-se-ão A petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considere
verdadeiras as indispensável à prova do ato
alegações de fato As alegações de fato formuladas pelo autor forem inverossímeis ou estiverem
formuladas pelo autor, em contradição com prova constante dos autos
salvo se...
Os prazos contra o revel que não tenha patrono nos autos fluirão da data de publicação do ato decisório no
órgão oficial. O revel pode intervir no processo em qualquer fase, recebendo-o no estado em que se
encontrar (CPC, 346)
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DICA 54 O juiz julgará antecipadamente o pedido, proferindo sentença com resolução de mérito, quando: I
- não houver necessidade de produção de outras provas; II - o réu for revel, ocorrer a presunção de
veracidade e não houver requerimento de novas provas (CPC, 355)
DICA 55 O juiz decidirá parcialmente o mérito quando um ou mais dos pedidos formulados ou parcela
deles: I - mostrar-se incontroverso; II - estiver em condições de imediato julgamento, por não haver mais
necessidade de produção de outras provas. Essa decisão, como está julgando apenas parcela do mérito,
será uma decisão interlocutória, da qual é cabível agravo de instrumento. A parte poderá liquidar ou
executar, desde logo, a obrigação reconhecida na decisão que julgar parcialmente o mérito,
independentemente de caução, ainda que haja recurso contra essa interposto. Se houver trânsito em
julgado da decisão, a execução será definitiva (CPC, 356)
DICA 56 Se o processo necessitar ir para fase instrutória, o juiz deverá proferir decisão de saneamento do
processo, na qual deve delimitar as questões de fato sobre as quais recairá a atividade probatória,
especificando os meios de prova admitidos, bem como definir a distribuição do ônus da prova. Realizado o
saneamento, as partes têm o direito de pedir esclarecimentos ou solicitar ajustes, no prazo comum de 5
(cinco) dias, findo o qual a decisão se torna estável. Mas as partes podem apresentar ao juiz, para
homologação, delimitação consensual das questões de fato e de direito. Se a causa apresentar
complexidade em matéria de fato ou de direito, deverá o juiz designar audiência para que o saneamento
seja feito em cooperação com as partes, oportunidade em que o juiz, se for o caso, convidará as partes a
integrar ou esclarecer suas alegações. (CPC, 357)
Thaise Tenorio da Silva
DICA 57 Se o juiz determinar a produção de prova testemunhal, fixará prazo comum não superior a 15
thaisetenorio2@hotmail.c
(quinze) dias para que as partes apresentem rol de testemunhas. Caso o juiz tenha designado audiência para
que o saneamento seja feito em cooparticipação com as partes, estas devem levar o rol de testemunhas para
a audiência. O número de testemunhas arroladas não pode ser superior a 10 (dez), sendo 3 (três), no
máximo, para a prova de cada fato (CPC, 357)
DICA 58 Cabe ao advogado da parte informar ou intimar a testemunha por ele arrolada do dia, da hora
e do local da audiência designada, dispensando-se a intimação do juízo. Essa intimação a ser feita pelo
advogado deverá ser realizada por carta com aviso de recebimento, cumprindo ao advogado juntar aos
autos, com antecedência de pelo menos 3 (três) dias da data da audiência, cópia da correspondência de
intimação e do comprovante de recebimento. A parte pode comprometer-se a levar a testemunha à
audiência, independentemente da intimação, presumindo-se, caso a testemunha não compareça, que a parte
desistiu de sua inquirição. A intimação da testemunha só será feita pela via judicial quando: i) for frustrada
a intimação feita pelo advogado; ii) sua necessidade for devidamente demonstrada pela parte ao juiz; iii)
figurar no rol de testemunhas servidor público ou militar, hipótese em que o juiz o requisitará ao chefe da
repartição ou ao comando do corpo em que servir; iv) a testemunha houver sido arrolada pelo Ministério
Público ou pela Defensoria Pública; v) a testemunha for uma daquelas previstas no art. 454 do CPC.
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DICA 59
DICA 60 Havendo necessidade de produção de prova oral (testemunha, depoimento pessoal...), o juiz
designará a realização de audiência de instrução e julgamento. Esta audiência pode ser adiada: i) por
convenção das partes; ii) se não puder comparecer, por motivo justificado, qualquer pessoa que dela deva
necessariamente participar; ou iii) por atraso injustificado de seu início em tempo superior a 30 (trinta)
minutos do horário marcado (CPC, 362). A audiência poderá ser integralmente gravada em imagem e em
áudio, diretamente por qualquer das partes, independentemente de autorização judicial (CPC, 367, §§ 5º
e 6º)
DICA 61 O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atribuindo-lhe o valor que
considerar adequado, observado o contraditório (trata-se da chamada prova emprestada) (CPC, 372). O juiz
apreciará a prova constante dos autos, independentemente do sujeito que a tiver promovido, e indicará
na decisão as razões da formação de seu convencimento (CPC, 371). A produção antecipada da prova será
admitida nos casos em que: i) haja fundado receio de que venha a tornar-se impossível ou muito difícil a
verificação de certos fatos na pendência da ação; ii) a prova a ser produzida seja suscetível de viabilizar a
autocomposição ou outro meio adequado de solução de conflito; iii) o prévio conhecimento dos fatos possa
justificar ou evitar o ajuizamento de ação (CPC, 381)
DICA 62 Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada pelo
tribunal, a sentença: I - proferida contra a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas
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Proibido qualquer tipo de repasse.
respectivas autarquias e fundações de direito público; II - que julgar procedentes, no todo ou em parte, os
embargos à execução fiscal. (remessa necessária) CPC, 496
Não se aplica a remessa necessária quando a condenação ou o proveito econômico obtido na causa for de
valor certo e líquido inferior a
1.000 (mil) salários-mínimos para a União e as respectivas autarquias e fundações de direito público
500 (quinhentos) salários- para os Estados, o DF, as respectivas autarquias e fundações de direito
mínimos público e os Municípios que constituam capitais dos Estados
100 (cem) salários-mínimos para todos os demais Municípios e respectivas autarquias e fundações de
direito público
Também não se aplica o disposto neste artigo quando a sentença estiver fundada em: I - súmula de
tribunal superior; II - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de
Justiça em julgamento de recursos repetitivos; III - entendimento firmado em incidente de resolução de
demandas repetitivas ou de assunção de competência; IV - entendimento coincidente com orientação
vinculante firmada no âmbito administrativo do próprio ente público, consolidada em manifestação,
parecer ou súmula administrativa
DICA 63 A apelação é o recurso cabível contra sentença, no prazo de 15 dias (salvo nos juizados especiais,
onde a sentença é desafiada por recurso inominado no prazo de 10 dias). É interposta por petição dirigida
ao juízo de primeiro grau (art. 1.010), o qual intimará o apelado para apresentação de contrarrazões (art.
1.010, § 1º). Após isso, os a uTt ohs asiãso ereTmeetnidoosriaoo dt r ai b uSn ai ll vpae l o juiz,
independentemente de juízo de admissibilidade (art. 1 . 0 1 0t ,h§ a3iºs) . eNtãeons oe reisoqu2e@ça:
hapoetlamçãaoiel.ncdoermeçada para juízo de primeiro grau, e esse
não faz a admissibilidade, manda logo pro tribunal (rimou! Rs)
DICA 64 Em regra, a apelação não admite retratação pelo juízo que proferiu a sentença. O juiz de primeiro
grau só pode se retratar, se se tratar de apelação interposta contra: i) sentença de indeferimento da inicial
(art. 331), ii) sentença de improcedência liminar (art. 332, § 3º), ou iii) sentença terminativa (sem resolução do
mérito) (art. 485, § 7º). Nesses casos, o juiz pode se retratar em cinco dias.
DICA 65 A apelação, em regra, tem efeito suspensivo (art. 1012), salvo quando a lei dispuser em sentido
contrário (ex.: sentença que condena a pagar alimentos, sentença que confirma, concede ou revoga tutela
provisória, sentença que rejeita embargos à execução, etc) (art. 1.012, § 1º). Quando a apelação, por força de
lei, não tiver efeito suspensivo, pode a parte interessada fazer requerimento para atribuição. Este
requerimento será dirigido: i) ao tribunal, no período compreendido entre a interposição da apelação e sua
distribuição, ficando o relator designado para seu exame, prevento para julgá-la; ii) ao relator, se já
distribuída a apelação (art. 1.012, § 3º).
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DICA 66 Quando o resultado da apelação for não unânime, o julgamento terá prosseguimento em sessão a ser
designada com a presença de outros julgadores, que serão convocados nos termos previamente definidos no regimento
interno, em número suficiente para garantir a possibilidade de inversão do resultado inicial, assegurado às partes e a
eventuais terceiros o direito de sustentar oralmente suas razões perante os novos julgadores. (CPC, 942). Os julgadores
que já tiverem votado poderão rever seus votos por ocasião do prosseguimento do julgamento.
DICA 67 O agravo de instrumento é o recurso cabível contra as interlocutórias arroladas no art. 1.015 do
CPC. Leia esse artigo! Ex.: decisão interlocutória que versa sobre tutela provisória, que rejeita pedido de
justiça gratuita ou a revoga, que versa sobre incidente de desconsideração da personalidade jurídica, que
rejeita alegação de convenção de arbitragem, que julga o mérito de um dos pedidos ou então que
reconhece a prescrição de um dos pedidos, etc. Se for uma interlocutória não agravável (ou seja, que não
está no 1015), a parte poderá discutir em preliminar de apelação, a ser interposta após a decisão final
(sentença).
DICA 68 Se o processo for físico, o agravo de instrumento deve ser instruído com algumas cópias
obrigatórias, além do agravante ter que comunicar a interposição do agravo ao juízo de primeiro grau (a
quo). Na falta da cópia de qualquer peça que deve instruir o agravo ou no caso de algum outro vício que
comprometa a admissibilidade, o relator deve conceder o prazo de 5 dias para saneamento do vício (art.
1.017, § 3º). Mas atenção: se o processo tramitar em autos eletrônicos, a juntada de cópias e comunicação
não são obrigatórias. O agravo é dirigido diretamente ao tribunal competente (diferente da apelação, que é
dirigida ao juízo de primeiro grau).
Thaise Tenorio da Silva
DICA 69 Os embargos d e t hd eac liasr aeç tã eo
ncaobreimo2co@ntrhaoqtumalqauielr.cdeocmisão acometida de omissão, obscuridade, contradição
ou erro material. Considera-se omissa a decisão que deixe de se manifestar sobre tesa firmada
em julgamento de casos repetitivos aplicável ao caso sob julgamento, sendo cabível a oposição de embargos
de declaração (art. 1.022, p. ú.).
DICA 70 Os embargos de declaração são opostos no prazo de 05 dias, não se sujeitam a preparo (art.
1.023), não possuem efeito suspensivo e interrompem o prazo para interposição de recurso (art. 1.026).
Lembre-se: ED interrompe prazo para outro recurso (não é “suspende”, é “interrompe”, ok?).
DICA 71 Se de uma mesma decisão uma parte opor ED, e outra interpor outro recurso, este espera o
julgamento daquele. Se não houver alteração na decisão, o recurso é processado independentemente de
ratificação. Se houver alteração, a parte que já havia recorrido terá o prazo de quinze dias para
complementar as suas razões, nos exatos limites da modificação.
DICA 73 O recurso extraordinário (RE) e o recurso especial (REsp) são interpostos no tribunal de origem,
onde será feito o juízo de admissibilidade. Apenas se este for positivo (recurso conhecido) é que será
enviado ao STF/STJ. Se, no tribunal de origem, for negado seguimento pelo fato do recurso estar contrário
a precedente (súmula, acórdão, etc), a parte interessada pode interpor agravo interno, julgado no próprio
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tribunal. Agora, se o RE/RESP for não conhecido por outro motivo, cabe agravo em RE ou RESP, o qual é
enviado ao STF/STJ.
Cabe
DICA 74 O RE/REsp não são dotados de efeito suspensivo. Porém, este efeito pode ser atribuído agravo
mediante
requerimento. O pedido de concessão de efeito suspensivo a recurso extraordinário ou a recurso especial
em RE ou
poderá ser formulado por requerimento dirigido: I – ao tribunal superior respectivo, no período
compreendido entre a publicação da decisão de admissão do recurso e sua distribuição, ficando o relator
designado para seu exame pTrehveanitsoepaTrea njuolgrái-ol o ; dI I a- Sa oi l vr eal a t o r , se já
distribuído o recurso; III – ao
presidente ou ao vice-p r e s i d e n t e d o t r i b u n a l re cor ri do , no p e río d o
t h ado irecurso
compreendido entre a interposição s e t eeanpublicação
o r i oda 2decisão
@ de h oadmissão
t m doai recurso,
l .c oassim
m
como no caso de o recurso ter sido
sobrestado, nos termos do art. 1.037
DICA 75 Contra decisão proferida pelo relator (decisão monocrática) caberá agravo interno para o
respectivo órgão colegiado. Quando o agravo interno for declarado manifestamente inadmissível ou
improcedente em votação unânime, o órgão colegiado, em decisão fundamentada, condenará o agravante
a pagar ao agravado multa fixada entre um e cinco por cento do valor atualizado da causa. A interposição
de qualquer outro recurso está condicionada ao depósito prévio do valor dessa multa, à exceção da Fazenda
Pública e do beneficiário de gratuidade da justiça, que farão o pagamento ao final (CPC, 1021)
DICA 76 Cada parte interporá o recurso independentemente, no prazo e com observância das exigências
legais. Sendo vencidos autor e réu (sucumbência recíproca), ao recurso interposto por qualquer deles poderá
aderir o outro (recurso adesivo). O recurso adesivo fica subordinado ao recurso independente, e pode ser
interposto no prazo de que a parte dispõe para responder o recurso independente, apresentado pela outra
parte. É admissível na apelação, no recurso extraordinário e no recurso especial. O recurso adesivo não será
conhecido, se houver desistência do recurso principal ou se for ele considerado inadmissível (CPC, 997)
DICA 77 O recorrente poderá, a qualquer tempo, sem a anuência do recorrido ou dos litisconsortes, desistir
do recurso (CPC, 998). A renúncia ao direito de recorrer independe da aceitação da outra parte (CPC, 999)
DICA 78 No ato de interposição do recurso, o recorrente comprovará, quando exigido pela legislação
pertinente, o respectivo preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, sob pena de deserção. São
dispensados de preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, os recursos interpostos pelo Ministério
Público, pela União, pelo Distrito Federal, pelos Estados, pelos Municípios, e respectivas autarquias, e pelos
que gozam de isenção legal. O recorrente que não comprovar, no ato de interposição do recurso, o
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recolhimento do preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, será intimado, na pessoa de seu
advogado, para realizar o recolhimento em dobro, sob pena de deserção (CPC, 1007)
DICA 79
Para o Contra a decisão que julga os mandados de segurança, habeas data e mandados
STF de injunção, decididos em única instância pelos tribunais superiores, quando
Cabe denegatória a decisão
recurso Contra a decisão que julga os mandados de segurança decididos em única
ordinário Para o instância pelos tribunais regionais federais ou pelos tribunais de justiça dos
STJ Estados e do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão
Contra a sentença proferida nos processos em que forem partes, de um lado,
Estado estrangeiro ou organismo internacional e, de outro, Município ou pessoa
residente ou domiciliada no País
DICA 80 De acordo com o CPC, é cabível a instauração do incidente de resolução de demandas repetitivas
(IRDR) quando houver: i) efetiva repetição de processos que contenham controvérsia sobre a mesma questão
unicamente de direito; e ii) risco de ofensa à isonomia e à segurança jurídica (art. 976). O pedido de
instauração do incidente é dirigido ao presidente do tribunal (art. 977). Se o incidente for admitido, o
relator suspenderá os processos pendentes que tramitam no Estado ou na região (art. 982). O incidente será
julgado no prazo de 1 ano (art. 980) e, após julgamento, a tese jurídica definida será aplicada a todos os
processos que versem sobre idTênhtiacaisqeuesTtãeondoe rdii or e i tdo ae qSuielvt r aa m i tem na
área de jurisdição do tribunal (art.
985). De decisão que julgat ohaIRiDsRe, tceabneoRrEioou2R@Esph, ocotmm
aefiel i.tcoosumspensivo e, uma vez apreciado o mérito do recurso, a tese adotada será aplicada em todo
território nacional (art. 987)
DICA 81
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DICA 82 Na petição inicial da ação rescisória, deverá o autor cumular ao pedido de rescisão, se for o caso, o
de novo julgamento do processo; bem como depositar a importância de cinco por cento sobre o valor da
causa, que se converterá em multa caso a ação seja, por unanimidade de votos, declarada inadmissível ou
improcedente. A exigência desse depósito não se aplica à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos
Municípios, às suas respectivas autarquias e fundações de direito público, ao Ministério Público, à Defensoria
Pública e aos que tenham obtido o benefício de gratuidade da justiça.
DICA 83 A ação rescisória pode ser proposta no prazo de 2 (dois) anos contados do trânsito em julgado da
última decisão proferida no processo. Se ela for fundada na descoberta de prova nova (inciso VII do 966), o
termo inicial do prazo será a data de descoberta da prova nova, observado o prazo máximo de 5 (cinco)
anos, contado do trânsito em julgado da última decisão proferida no processo.
DICA 84
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DICA 85 O cumprimento de sentença é feito quando o exequente tiver um título executivo judicial (ver art.
515) (lembre-se que a sentença arbitral é título judicial e não precisa de homologação). O executado é
intimado para pagar em 15 dias. Se não pagar, incide multa de 10% e honorários advocatícios de 10%.
Se o pagamento for parcial, multa e honorários incidem sobre o valor não pago.
DICA 86 O executado pode ofertar impugnação ao cumprimento de sentença, em 15 dias, que iniciam
após o prazo para pagamento. Nessa sua defesa, o executado poderá alegar I - falta ou nulidade da citação
se, na fase de conhecimento, o processo correu à revelia; II - ilegitimidade de parte; III - inexequibilidade do
título ou inexigibilidade da obrigação; IV - penhora incorreta ou avaliação errônea; V - excesso de execução
ou cumulação indevida de execuções; VI - incompetência absoluta ou relativa do juízo da execução; VII -
qualquer causa modificativa ou extintiva da obrigação, como pagamento, novação, compensação, transação
ou prescrição, desde que s u p e rTv ehnai einst ees àTseenntoenrçiao. Sde ao eSx ei lcvu taa d o alegar
que o exequente, em excesso de
execução, pleiteia q u a n t i a tshu ap ei rsi oer tàerne sou lrt iaon t2e
@ h o t m a il . c o m
da se n te nç a, c u m p rir-lhe-á declarar de imediato o valor que entende correto, apresentando
demonstrativo discriminado e atualizado de seu cálculo. Não apontado o
valor correto ou não apresentado o demonstrativo, a impugnação será liminarmente rejeitada, se o
excesso de execução for o seu único fundamento, ou, se houver outro, a impugnação será processada, mas o
juiz não examinará a alegação de excesso de execução
DICA 87 A apresentação de impugnação não impede a prática dos atos executivos, inclusive os de
expropriação, podendo o juiz, a requerimento do executado e desde que garantido o juízo com penhora,
caução ou depósito suficientes, atribuir-lhe efeito suspensivo, se seus fundamentos forem relevantes e se o
prosseguimento da execução for manifestamente suscetível de causar ao executado grave dano de difícil ou
incerta reparação
DICA 88 Considera-se inexigível a obrigação reconhecida em título executivo judicial fundado em lei ou ato
normativo considerado inconstitucional pelo STF, ou fundado em aplicação ou interpretação da lei ou do ato
normativo tido pelo STF como incompatível com a CF, em controle de constitucionalidade concentrado ou
difuso. Para que esta inexigibilidade possa ser alegada em sede de impugnação ao cumprimento de
sentença, a decisão do Supremo Tribunal Federal deve ser anterior ao trânsito em julgado da decisão
exequenda. Se tal decisão for proferida após o trânsito em julgado da decisão exequenda, caberá ação
rescisória, cujo prazo será contado do trânsito em julgado da decisão proferida pelo STF.
DICA 89 Se o exequente tiver um título executivo extrajudicial (ler art. 784), pode propor ação de execução
(lembre-se que créditos condominiais são título extrajudicial). Juiz fixa de plano honorários advocatícios de
10% e executado é citado para pagar em 03 dias ou para apresentar embargos à execução em 15. Se
pagar, honorários são reduzidos pela metade.
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DICA 90 Nos 15 dias, executado pode requerer parcelamento, depositando 30% e o restante é pago em
até 6 vezes. Nesses casos, não poderá mais embargar. Atenção: esse parcelamento não é admitido no
cumprimento de sentença. Deferido o parcelamento, suspendem-se os atos executivos, até total quitação do
débito. O não pagamento de qualquer das prestações acarretará cumulativamente: I - o vencimento das
prestações subsequentes e o prosseguimento do processo, com o imediato reinício dos atos executivos; II - a
imposição ao executado de multa de dez por cento sobre o valor das prestações não pagas.
DICA 92 Os embargos à execução não terão efeito suspensivo, mas o juiz poderá, a requerimento do
embargante, atribuir efeito suspensivo aos embargos quando verificados os requisitos para a concessão da
tutela provisória e desde que a execução já esteja garantida por penhora, depósito ou caução suficientes.
Quando o efeito suspensivo atribuído aos embargos disser respeito apenas a parte do objeto da execução,
esta prosseguirá quanto à parte restante. A concessão de efeito suspensivo aos embargos oferecidos por um
dos executados não s u s p e n dTehr áaiasee x eTceu çnã oo rci oon tdr aa oSs ilqvuae não embargaram
quando o respectivo
fundamento disser respeitothexacilusseivtaemnenoteriaoo2e@mbharogatnmteail.com
DICA 93 Perceba que tanto a impugnação ao cumprimento de senteça, como os embargos à execução,
independem, para sua apresentação, que o juízo esteja garantido. Mas essa garantia será necessária se o
executado quiser atribuir efeito suspensivo à sua defesa.
DICA 94 A lei assegura a impenhorabilidade de alguns bens (ler art. 833 do CPC). As quantias depositadas
na caderneta de poupança são impenhoráveis, até o limite de 40 salários mínimos. O que exceder, pode
ser penhorado. Se se tratar de execução de alimentos, pode penhorar valores em poupança (mesmo que
inferior a 40 salários mínimos)
DICA 95 De acordo com a Lei 8.009/90, o imóvel usado para moradia da família também é impenhorável
(bem de família). Se o imóvel é usado para moradia de uma pessoa solteira, divorciada ou viúva, o imóvel
também é impenhorável. A impenhorabilidade do bem de família não se aplica quando se tratar de
execução de alimentos, execução de valores relativos à aquisição ou construção do próprio bem, execução
de imposto, taxas e contribuições devidos em função do imóvel familiar, execução por obrigação decorrente
de fiança concedida em contrato de locação (ver art. 3º da Lei 8.099/90)
DICA 96 Nos casos em que o devedor de obrigação se deparar com algum obstáculo na hora de pagar o
que deve (por exemplo, recusa do credor em receber), ele pode propor ação de consignação em pagamento.
Na petição inicial, autor deve requerer autorização para fazer depósito em 5 dias. Se for uma consignação
por haver dúvida sobre quem deve, legitimamente, receber o pagamento, deve-se requerer a citação de
todos os possíveis titulares do crédito. Se for obrigação em dinheiro, pode ser feita a consignação
extrajudicial, através de depósito em estabelecimento bancário. Nesse caso, o credor é notificado para se
manifestar em 10 dias. Se apresentar recusa escrita, o devedor deverá propor ação no prazo de 01 mês
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(nesse caso, a petição inicial não precisará do requerimento para depósito, pois o autor comprova o depósito
feito no banco, bem como apresenta a recusa escrita apresentada pelo credor).
DICA 97 Quem, não sendo parte no processo, sofrer constrição ou ameaça de constrição sobre bens que
possua ou sobre os quais tenha direito incompatível com o ato constritivo, poderá requerer seu
desfazimento ou sua inibição por meio de embargos de terceiro. Os embargos podem ser opostos a
qualquer tempo no processo de conhecimento enquanto não transitada em julgado a sentença e, no
cumprimento de sentença ou no processo de execução, até 5 (cinco) dias depois da adjudicação, da
alienação por iniciativa particular ou da arrematação, mas sempre antes da assinatura da respectiva carta. Os
embargos serão distribuídos por dependência ao juízo que ordenou a constrição e autuados em apartado.
DICA 98 A ação monitória pode ser proposta por aquele que afirmar, com base em prova escrita sem
eficácia de título executivo, ter direito de exigir do devedor capaz: I - o pagamento de quantia em dinheiro; II
- a entrega de coisa fungível ou infungível ou de bem móvel ou imóvel; III - o adimplemento de obrigação
de fazer ou de não fazer.
DICA 99 Na ação monitória, se o juiz tiver dúvida quanto à idoneidade de prova documental apresentada
pelo autor, o juiz intimá-lo-á para, querendo, emendar a petição inicial, adaptando-a ao procedimento
comum. Caso contrário, sendo evidente o direito do autor, o juiz deferirá a expedição de mandado de
pagamento, de entrega de coisa ou para execução de obrigação de fazer ou de não fazer, concedendo ao
réu prazo de 15 (quinze) dias para o cumprimento e o pagamento de honorários advocatícios de cinco por
cento do valor atribuído à causa
Thaise Tenorio da Silva
DICA 100 Cabe ação moni t ór ia co n tr a a Fa z e n da Pú b lic a .
N e s t a a çã t hde acitação.
o, é admitida todas as formas is eO réu
t epode
n oapresentar
r i o 2defesa,
@ queh se
o chama
tm
a il. c o m
embargos monitórios, inclusive reconvenção.