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GRAMÁTICA

Livro Eletrônico
Presidente: Gabriel Granjeiro
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Coordenadora Pedagógica: Élica Lopes

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do Gran. Será proibida toda forma de plágio, cópia, reprodução ou qualquer outra forma de
uso, não autorizada expressamente, seja ela onerosa ou não, sujeitando-se o transgressor às
penalidades previstas civil e criminalmente.

CÓDIGO:
230815116807

BRUNO PILASTRE

Doutor em Linguística pela Universidade de Brasília. É autor de obras didáticas


de Língua Portuguesa (Gramática, Texto, Redação Oficial e Redação Discursiva).
Pela Editora Gran Cursos, publicou o “Guia Prático de Língua Portuguesa” e o “Guia
de Redação Discursiva para Concursos”. No Gran Cursos Online, atua na área de
desenvolvimento de materiais didáticos (educação e popularização de C&T/CNPq:
http://lattes.cnpq.br/1396654209681297).

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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre

SUMÁRIO
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
PDF Sintético de Gramática. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1. Ortografia Oficial e Acentuação Gráfica. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2. Estrutura e Formação de Palavras. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
3. Emprego das Classes de Palavras. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
3.1. Substantivo, Adjetivo, Artigo, Pronome e Numeral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
3.2. Emprego de Tempos e Modos Verbais; Advérbios. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
3.3. Preposição e Conjunção. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
3.4. Interjeição e Palavras e Locuções Denotativas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
4. Domínio da Estrutura Morfossintática do Período . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
5. Relações de Coordenação entre Orações e entre Termos da Oração. . . . . . . . . . . 43
6. Relações de Subordinação entre Orações e entre Termos da Oração. . . . . . . . . . 45
7. Funções do QUE e do SE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
8. Sintaxe de Concordância, de Regência e de Colocação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
8.1. Concordância Verbal e Nominal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
8.2. Regência Verbal e Nominal. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
8.3. Colocação Pronominal – Próclise, Mesóclise e Ênclise . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
9. Emprego do Sinal Indicativo de Crase . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56
10. Emprego dos Sinais de Pontuação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60
Exercícios. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62
Gabarito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 99
Gabarito Comentado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 101
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 156
Anexo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 158

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APRESENTAÇÃO
Escrever um livro é algo desafiador. Porém, escrever para o público concurseiro torna
a tarefa ainda mais árdua.
Afinal, há candidatos com diferentes níveis de conhecimento, estudando para seleções
de áreas variadas.
No entanto, existe algo em comum entre aqueles que se preparam para um concurso
público: todos querem a aprovação o mais rápido possível e não têm tempo a perder!
Foi pensando nisso que esta obra nasceu.
Você tem em suas mãos um material sintético!
Isso porque ele não é extenso, para não desperdiçar o seu tempo, que é escasso. De
igual modo, não foge da batalha, trazendo tudo o que é preciso para fazer uma boa prova
e garantir a aprovação que tanto busca!
Também identificará alguns sinais visuais, para facilitar a assimilação do conteúdo. Por
exemplo, afirmações importantes aparecerão grifadas em azul. Já exceções, restrições ou
proibições surgirão em vermelho. Há ainda destaques em marca-texto. Além disso, abusei
de quadros esquemáticos para organizar melhor os conteúdos.
Tudo foi feito com muita objetividade, por alguém que foi concurseiro durante
muito tempo.
Para você me conhecer melhor, comecei a estudar para concursos ainda na adolescência,
e sempre senti falta de ler um material que fosse direto ao ponto, que me ensinasse de um
jeito mais fácil, mais didático.
Enfrentei concursos de nível médio e superior. Fiz desde provas simples, como recenseador
do IBGE, até as mais desafiadoras, sendo aprovado para defensor público, promotor de
justiça e juiz de direito.
Usei toda essa experiência, de 16 anos como concurseiro, e de outros tantos ensinando
centenas de milhares de alunos de todo o país para entregar um material que possa
efetivamente te atender.
A Coleção PDF Sintético era o material que faltava para a sua aprovação!
Professor Aragonê Fernandes

APRESENTAÇÃO DO PROFESSOR
Olá! Sou o professor Bruno Pilastre, autor do PDF Sintético de Gramática. Meu objetivo,
ao longo desta aula, é simples: ser sintético, relevante e preciso na abordagem do conteúdo
de Gramática em concursos públicos. Para atingir esse objetivo, utilizarei os meus 15 anos
de experiência na elaboração obras didáticas preparatórias para processos seletivos e toda
a minha trajetória acadêmica (Graduação, Mestrado e Doutorado). Espero atender todas
as suas demandas.
É isso. Feita essa rápida apresentação, podemos iniciar os trabalhos!
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1. ORTOGRAFIA OFICIAL E ACENTUAÇÃO GRÁFICA


A ortografia oficial em Língua Portuguesa é estabelecida pelo Acordo Ortográfico da
Língua Portuguesa, assinado em dezembro de 1990 pelos países signatários (no Brasil, a
obrigatoriedade de se adotar o Acordo teve início em 1º de janeiro de 2016). O documento
apresenta 21 bases, as quais estabelecem normas sobre a grafia correta de vocábulos e
locuções. Busca-se, então, uma unificação do registro escrito, o qual tem por finalidade
reproduzir graficamente os sons da fala.
Nem sempre é simples ensinar ortografia. O conhecimento da grafia correta das palavras
está relacionado ao hábito de leitura e escrita. Para fins de concurso público, alguns padrões
de cobrança surgem da análise de questões anteriores. Observe os exemplos a seguir
(questões dos últimos 4 anos):
Banca Enunciado da questão sobre ortografia
FUMARC Ocorre erro de ortografia em:
São palavras escritas de acordo com sistema ortográfico oficial vigente na língua
FUNDATEC
portuguesa:
Assinale a alternativa em que a frase está em conformidade com a norma-padrão
VUNESP
de ortografia e acentuação.
FEPESE Assinale a alternativa correta quanto à ortografia e acentuação gráfica.
FGV Assinale a opção ortograficamente correta.
CEBRSPE Assinale a opção em que a palavra apresentada está corretamente grafada.

O primeiro padrão é a necessidade de se identificar a grafia correta. O segundo padrão,


por oposição, é identificar as grafias incorretas. O terceiro padrão é o do tipo “preenchimento
de lacuna”, no qual a banca exige que você selecione a alternativa em que todas as palavras
são adequadas para figurar em determinado contexto.
Consultando a Plataforma Gran Questões, observamos a existência de 1.034 questões
específicas sobre ortografia oficial. Eu estou seguro de que a maioria dessas questões
versam sobre grafia correta/grafia incorreta de palavras da Língua Portuguesa.
Sobre o sistema ortográfico da Língua Portuguesa, há 4 padrões para memorizar:
Padrão Descrição Exemplo
Combinações de letras que Chave
Dígrafos
representam um só fonema. Quilo
Letras (e dígrafos) diferentes
Diferentes letras representam
que podem representar o Exato/Rezar/Pesar
o mesmo som
mesmo fonema.

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Padrão Descrição Exemplo


A mesma letra pode
Uma letra representa Xícara
representar fonemas
diferentes sons Exame
distintos.
Uma letra não representa Hotel
Letra que não representa som
nenhum fonema. Hora

Um outro ponto fundamental em ortografia é o fenômeno de paronímia. Quando


observamos palavras que são quase homônimas, mas que se diferenciam ligeiramente
na grafia e na pronúncia, estamos diante da paronímia. O “alto”/”auto” pode ilustrar esse
fenômeno: o termo “alto” caracteriza algo de grande extensão vertical; a palavra “auto”, por
sua vez, denomina um ato público, um registro escrito de um ato ou uma peça processual.
O que pega mesmo em provas é o danado do hífen. De modo geral, esse sinal é utilizado
para unir os elementos de palavras compostas, separar sílabas em final de linha e marcar
ligações enclíticas e mesoclíticas (na colocação pronominal). Em ortografia, o desafio é
saber se uma palavra é ou não grafada com hífen. Veja quando o hífen é sempre empregado
(casos de vocábulos compostos):
Sempre se usa o hífen Exemplos
abóbora-menina
Nas palavras compostas que designam espécies erva-doce
botânicas e zoológicas feijão-verde
bem-te-vi
além-mar
Nos compostos com os elementos aquém-mar
além | aquém | recém | sem recém-casado
sem-número
Nas combinações históricas ou ocasionais de Áustria-Hungria
topônimos Angola-Brasil

Como regra geral, NÃO se emprega o hífen nos seguintes casos:


NÃO se usa o hífen Exemplos
cão de guarda
Nas locuções substantivas fim de semana
sala de jantar
cor de açafrão
Nas locuções adjetivas cor de café com leite
cor de vinho
cada um
ele próprio
Nas locuções pronominais
nós mesmos
quem quer que seja

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NÃO se usa o hífen Exemplos


à parte
à vontade
de mais
Nas locuções adverbiais
depois de amanhã
em cima
por isso
abaixo de
acima de
a fim de
a par de
Nas locuções prepositivas à parte de
apesar de
aquando de
debaixo de
quanto a
a fim de que
ao passo que
Nas locuções conjuncionais
contanto que
por conseguinte

Para os prefixos, adoto o quadro proposto por Azeredo (2008):


Na prefixação, USA-SE o hífen quando:
O 1º elemento for: E o 2º elemento:

aero infra mono


di
agro intra morfo psico
entre
alfa iso multi retro
extra
ante lacto nefro semi
foto
anti lipo neo sobre a) for iniciado por vogal igual à vogal final
gama
arqui macro neuro supra do 1º elemento;
geo
auto maxi paleo lete b) for iniciado por h.
giga
beta mega peri tetra
hidro
bi meso pluri tri
hipo
bio micro poli ultra
homo
contra mini proto

ab sob
for iniciado por b, h, r
ob sub
for iniciado por h (sugere-se eliminar
co (“com”) essa letra, passando-se a grafar, assim,
coerdar, coerdeiro etc.)
ciber super
hiper for iniciado por h, r
inter nuper
ad for iniciado por d, h, r
a) for iniciado por vogal;
pan b) for iniciado por h, m, n (diante de b e
p passa a pam)

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Na prefixação, USA-SE o hífen quando:


O 1º elemento for: E o 2º elemento:
a) for iniciado por vogal;
circum b) for iniciado por h, m, n (aceita formas
aglutinadas como circu e circum).
além sem
aquém sota
qualquer (sempre)
ex soto
recém vice
pós
sempre que conservem autonomia
pré
vocabular.
pró

Nos casos em que não ocorre o emprego do hífen na formação de palavras por prefixação,
proponho a tabela a seguir:
Na prefixação, NÃO se usa hífen quando
antissemita
infrassom
O prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por “r” ou “s”
microssistema
microrradiografia
antiaéreo
O prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por vogal extraescolar
diferente autoaprendizagem
plurianual
Desumano (humano)
Ocorrem formações que contêm em geral os prefixos “des-“ e “in-“
Inábil (hábil)
e nas quais o segundo elemento perdeu o “h” inicial
Inumano (humano)

Ótimo, finalizamos esse primeiro tópico. Agora seguiremos com o resumo sobre
acentuação gráfica.
Apenas uma breve introdução: na fonologia, há dois grupos de sons, as consoantes
(em que o ar que sai dos pulmões encontra algum obstáculo no aparelho fonador) e as
vogais (em que o ar que sai dos pulmões não encontra obstáculo no aparelho fonador). Em
estrutura mais complexa, encontramos as sílabas, as quais sempre possuem uma vogal
como núcleo. Amparadas pelas vogais, observa-se a existência de semivogais. Vogais e
semivogais na mesma sílaba dão origem aos ditongos e aos tritongos. Quando duas vogais
de sílabas diferentes se encontram, observamos um hiato. Em estruturas silábicas, também
observamos o fenômeno de acento tônico, o qual expressa uma maior força, uma maior
intensidade na cadeia falada. As regras de acentuação gráfica buscam justamente marcar
onde ocorre a tonicidade, considerando, é claro, certos parâmetros, organizados no quadro
esquemático a seguir.

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Posição da sílaba tônica Quando a palavra é acentuada Exemplos


Terminada em -a(s) Pará

Última sílaba Terminada em -e(s) Café


- oxítona –
Terminada em -o(s) Cipó

Terminada em -em/-ens Armazém/Armazéns

Terminadas em ditongo História


Terminadas em tritongo Águem
Terminadas em -ão(s) e -ã(s) Órgão

Penúltima sílaba Fácil


- paroxítona – Glúten
Qualquer outra terminação que não
Quórum
seja:
Caráter
-a(s)
Tórax
-e(s)
Júri
-o(s)
Tênis
-em(ns)
Vênus
Fórceps
Cômodo
Econômico
Antepenúltima sílaba Estávamos
- proparoxítona – TODAS são acentuadas Lâmpada
Músico
Elétrico
Página

No caso da acentuação pela regra dos hiatos, temos o seguinte: as vogais tônicas grafadas
em i e u das palavras oxítonas e paroxítonas LEVAM ACENTO quando são antecedidas de
uma vogal com que não formam ditongo (isto é, com a qual formam hiato) e desde que não
constituam sílaba com a eventual consoante seguinte, excetuando o caso de s. Exemplos:
país, atraí, saúde, juízes, raízes, saída.
Em relação às mudanças advindas do Acordo de 1990, não se empregam mais os seguintes
acentos gráficos:
Crer: creem/descreem
Não se emprega mais o acento circunflexo na primeira vogal das
Dar: deem/desdeem
terminações -eem nas terceiras pessoas do plural do presente
Ler: leem/releem
do indicativo ou do subjuntivo dos verbos
Ver: veem/anteveem
Assembleia
Não são mais acentuadas as palavras paroxítonas com os ditongos
Ideia
abertos -ei e -oi:
Heroico

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Há também os acentos diferenciais e os casos de dupla grafia:


Recebem acentos Flexões distintas da forma verbal “poder”: pôde x pode
diferenciais pôr (verbo) x por (preposição)
Aceitam dupla grafia Forma ou Fôrma

Por fim, e talvez o tópico mais avaliado em concursos públicos, observamos a distinção
entre “tem” e “têm” (e derivados). Aqui, estamos diante de uma marcação morfológica:
“tem” marca a concordância com sujeito na terceira pessoa do SINGULAR; “têm” marca a
concordância com sujeito na terceira pessoa do PLURAL. Aplica-se o mesmo padrão para
o par “vem”/”vêm” (e derivados). Note que, quando houver forma derivada, o padrão de
acentuação das oxítonas deve ser aplicado: “ele detém” e “eles detêm”.

Professor, e nas provas? Como esse assunto é abordado?

Na Plataforma Gran Questões, encontramos 3.044 questões sobre acentuação gráfica.


Na maioria das bancas, os enunciados se apresentam da seguinte forma:
Banca Enunciado da questão sobre acentuação gráfica
SELECON A palavra “câncer” é acentuada pela mesma razão da palavra:
Assinale a alternativa em que os termos destacados sejam acentuados pela
INSTITUTO AOCP
mesma norma gramatical.
A frase abaixo em que as duas palavras sublinhadas mostram acento gráfico
FGV
devido à mesma regra, é:
IDECAN Assinale a alternativa que contém palavras acentuadas pela mesma regra.
O emprego de acento agudo nas palavras “elétricos”, “pálidas” e “móveis”
CEBRASPE
justifica-se pela mesma regra de acentuação gráfica.
Justifica-se, com base na mesma regra de acentuação gráfica, o emprego
QUADRIX
do acento nas palavras

Podemos observar claramente um padrão emergindo: as bancas solicitam em especial


a identificação de padrões de acentuação. Deve-se encontrar o grupo de palavras que são
acentuadas pela mesma regra. Outra abordagem é a identificação de desvios ortográficos
em reescritas.
Finalizamos aqui os tópicos de Ortografia Oficial e Acentuação Gráfica. Passaremos
direto para um novo nível de análise, o morfológico.

2. ESTRUTURA E FORMAÇÃO DE PALAVRAS


A morfologia estuda a estrutura e os processos de formação de palavras. O objeto de
análise é o morfema, a menor unidade portadora de significado. Os morfemas podem ser
raízes ou afixos. As raízes são elementos morfológicos que tipicamente formam a base
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de uma palavra quando os afixos são retirados. Os afixos, por sua vez, são elementos não
autônomos (não ocorrem isoladamente em uma frase) que se unem às raízes. Em uma
palavra como “desleal”, o morfema “des-“ é um afixo e o morfema “leal” é a raiz. É comum
que a raiz expresse o significado descritivo de entidades do mundo biossocial (coisas,
eventos, emoções etc.).
Dois conceitos são centrais na análise mórfica: a flexão e a derivação. A flexão é
caracterizada por mudanças na forma do vocábulo que expressam noções gramaticais. Já
a derivação se caracteriza por ser um processo que cria novas palavras. Em “casa” | “casas”,
há flexão, pois há a inserção de uma noção gramatical (número plural), sem que isso crie
um novo vocábulo. Em “casa” | “casebre”, observamos uma derivação, pois se cria uma nova
palavra a partir de um elemento primitivo.
Na flexão, as estruturas mais importantes são as flexões nominais e verbais, como
esquematizado a seguir (e ilustrado pela forma verbal cantássemos):
VOGAL MORFEMA DE MORFEMA DE
RAIZ + + +
TEMÁTICA MODO-TEMPO NÚMERO-PESSOA
Cant- -á -sse -mos

Para os nomes (substantivos e adjetivos), o padrão é mais simples:


RAIZ + VOGAL TEMÁTICA + MORFEMA DE GÊNERO + MORFEMA DE NÚMERO

Os morfemas que expressam as noções gramaticais da flexão são denominados desinências.


Os padrões de formação de novas palavras estão organizados a seguir. Note que a flexão
ocorre sempre por sufixação (as desinências são afixadas após a raiz). Na derivação, os
processos são mais dinâmicos.
Processos de derivação por afixação (adição de afixo(s))
Prefixação União de prefixo + RAIZ infeliz (in- + feliz)
Sufixação União de RAIZ + Sufixo felizmente (feliz + -mente)
União não simultânea de Infelizmente
Prefixação e sufixação
Prefixo + RAIZ + Sufixo (in- + feliz + -mente)
União simultânea de Emporcalhar
Parassíntese
Prefixo + RAIZ + Sufixo (em- + porco + -alhar)

Para identificar os processos de derivação por afixação, um teste deve ser aplicado:
observe a palavra e pergunte se é possível retirar o afixo. Esse “retirar o afixo” significa mais
ou menos o seguinte: a palavra existe na língua sem aquele afixo? Em “infeliz”, podemos
tirar o “in-” porque sabemos da existência autônoma de “feliz”. Isso também vale para
“felizmente”. Na parassíntese, há um fato adicional: a palavra só vai existir se os afixos
forem retirados simultaneamente, já que não existem as formas “emporco” ou “porcalhar”.
Esse raciocínio é muito exigido em questões sobre morfologia.
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Em concursos, também é exigido o conhecimento sobre quais palavras são criadas a


partir de outras - por exemplo, você deve saber que “tranquilamente” é uma forma adverbial
derivada de um adjetivo. Os mapas mentais a seguir sintetizam esses processos:

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Além da derivação por inserção (soma) de afixo(s), ocorre também a formação de palavras
por supressão de sufixo, a derivação regressiva. É o que ocorre em “abalo”, formado a partir
do verbo “abalar”. Nesse processo, há a perda da morfologia verbal (o sufixo de infinitivo).
Por fim, pode ocorrer derivação sem a mudança de forma da palavra (sem adição ou
redução de afixos). Esse é o caso da derivação imprópria (também denominada conversão).
Nela, ocorre mudança de categoria gramatical a partir da posição sintática ocupada pelo
vocábulo, como em “O não é uma forma adverbial que denota negação”, em que o advérbio
“não” passa a substantivo (é núcleo de um sintagma nominal sujeito).
Além dos processos de formação de palavras por afixação, as palavras podem ser
formadas pela junção de raízes. É o caso de “passatempo”. Quando uma palavra é formada
a partir da combinação de raízes, temos um processo de composição, o qual pode ocorrer
de duas formas:
Composição por justaposição Composição por aglutinação
Ocorre quando as raízes se unem e NÃO HÁ perda Ocorre quando as raízes se unem e HÁ perda
fonológica (e gráfica) fonológica (e gráfica)
Socioeconômicas (sócio+econômica) Aguardente (água+ardente)
Qualquer (qual+quer) Pernalta (perna + alta)

Quando as raízes têm origem em outras línguas, como em “sambódromo” (samba (grupo
linguístico banto) + dromo (língua grega)), estamos diante de um hibridismo.
Outros processos, menos recorrentes em provas de concurso, também merecem uma
apresentação em nossa síntese. Observe as características do neologismo e do estrangeirismo.
É o emprego de novas palavras, derivadas ou Um exemplo ilustrativo
formadas de outras já existentes (incluindo é o caso de novos nomes
Neologismo morfemas), na mesma língua ou não (ou de estabelecimentos
seja, podem ocorrer com elementos de comerciais, como açaiteria
outras línguas). e esmalteria.
É a incorporação de um termo estrangeiro Um bom exemplo é o verbo
Estrangeirismo
a uma língua receptora. tuitar, derivado de Twitter.

Na Plataforma Gran Questões, encontramos 1.874 questões sobre estrutura e formação


de palavras. Na maioria das bancas, os enunciados se apresentam da seguinte forma:
Banca Enunciado da questão sobre estrutura e formação de palavras
A palavra “paulatinamente” (segundo período do primeiro parágrafo) é
CEBRASPE
formada por derivação parassintética.
Do ponto de vista morfológico, o elemento destacado na palavra
SELECON
“reestruturação” tem a mesma função verificada em:
FUNDATEC Há o mesmo tipo de sufixo em “tristemente” e “eloquente”.
Assinale a alternativa em que a palavra indicada tenha, em seu processo de
IDECAN
formação, sofrido parassíntese.

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Banca Enunciado da questão sobre estrutura e formação de palavras


FCC A palavra que possui o mesmo processo de formação de “descuidoso” é:
A palavra destacada (evapotranspiração) foi criada pela junção de duas palavras,
FUNDEP
sendo que a primeira delas passou por um outro processo, conhecido como:
Assinale a alternativa em que a palavra, extraída do texto, tenha sido formada
IDIB
por derivação parassintética.

O padrão parece ser o da identificação do tipo de processo de formação da palavra


em análise.
Finalizamos mais um capítulo. Agora iniciaremos os trabalhos sobre as classes de palavras.

3. EMPREGO DAS CLASSES DE PALAVRAS


Em português, há 10 classes gramaticais: substantivo, adjetivo, pronome, artigo, numeral,
verbo, advérbio, preposição, conjunção e interjeição. Para classificar os vocábulos da língua
em cada uma dessas classes, adotam-se os seguintes critérios:
ESSE CRITÉRIO LEVA EM
CRITÉRIO EXEMPLO
CONSIDERAÇÃO
A característica dos morfemas e do A palavra cordialmente possui o
MORFOLÓGICO modo como eles se associam em nível morfema -mente, o qual forma
vocabular. advérbios a partir de adjetivos.
A posição (distribuição) do item lexical Na sequência A Maria chegou”, o artigo
SINTÁTICO
ao longo da sentença. A precede o substantivo Maria.
O significado lexical, o qual pode
A palavra inteligente, em A Maria é
corresponder a algo do mundo
SEMÂNTICO: inteligente, atribui uma qualidade a
extralinguístico (mundo biossocial) ou
um ser.
a noções gramaticais (como número).

Outros critérios, menos cobrados em concursos, estão sintetizados a seguir:


Nas classes abertas, os itens lexicais podem ser renovados com relativa facilidade
Classes abertas
(fazem parte de um “clube aberto”, em que novos membros podem ingressar).
x
Nas classes fechadas, os itens lexicais não são renovados com facilidade (fazem
Classes fechadas
parte de um “clube fechado”, em que raramente novos membros podem ingressar).
Nas classes variáveis, os itens lexicais podem sofrer mudança morfológica (em
Classes variáveis
nível de flexão).
x
Nas classes invariáveis, os itens lexicais não podem sofrer mudança morfológica
Classes invariáveis
(em nível de flexão).
Classes lexicais Na classes lexicais, há palavras que possuem significado descritivo, significado
x esse que denota entidades ou situações exteriores à linguagem.
Classes gramaticais Nas classes gramaticais (ou funcionais), há itens que têm função estruturadora,
(funcionais) quase como uma “cola” que une as palavras em sentenças.

Para finalizar esse tópico, indico o comportamento de cada uma das classes a partir dos
critérios supracitados (renovação lexical, mudança morfológica e significado):

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CRITÉRIO RENOVAÇÃO LEXICAL MUDANÇA MORFOLÓGICA SIGNIFICADO


TIPO ABERTAS FECHADAS VARIÁVEL INVARIÁVEL LEXICAL GRAMATICAL
preposições
preposições substantivos
substantivos advérbios
artigos adjetivos preposições substantivos
CLASSES adjetivos artigos
pronomes verbos conjunções adjetivos
INTEGRANTES verbos pronomes
conjunções artigos advérbios verbos
numerais numerais
advérbios pronomes
conjunções

É a partir dos critérios morfológico, sintático e semântico que apresentaremos as


principais características de cada classe gramatical. O padrão de nossa síntese será seguido:
focarei nas propriedades mais abordadas em concursos públicos.

3.1. SUBSTANTIVO, ADJETIVO, ARTIGO, PRONOME E NUMERAL


Os substantivos podem denotar classes de entidades (coisas), como substâncias,
qualidades, estados e processos. Na tradição gramatical, adotam-se as seguintes classificações
(estabelecidas a partir do critério semântico):
Divisão Concretos Abstratos
Propriedade O substantivo designa ser de O substantivo designa ser de existência
semântica existência independente dependente
Exemplos casa, mar, sol, automóvel prazer, beijo, trabalho

Divisão Próprios Comuns


O substantivo tem a propriedade de
O substantivo denomina um objeto
Propriedade denominar um ou mais objetos particulares
ou um conjunto de objetos, sempre
semântica que reúnem características comuns
tomados individualmente
inerentes a dada classe
Exemplos João, Jonas, Açores homem, mesa, livro

Divisão Contáveis Não contáveis


O s o b j e to s d e n o m i n a d o s p e l o Os objetos denominados pelo
Propriedade
substantivo existem isolados, como substantivo não são separados em
semântica
partes individualmente consideradas partes individuais
Exemplos homem, mulher, casa oceano, vinho, bondade

Divisão Coletivos Nomes de grupos


Propriedade São substantivos que fazem referência São substantivos que nomeiam
semântica a uma coleção ou conjunto de objetos conjuntos de objetos contáveis
Exemplos vinhedo, arvoredo bando, rebanho, cardume

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Quando se aplica o critério morfológico, observa-se que substantivos, adjetivos e artigos


partilham uma estrutura semelhante: todos flexionam em gênero e número:
Substantivo Adjetivo Artigo
Masculino Cantor Bonito Um
Gênero
Feminino Cantora Bonita Uma
Singular Carro Caro O
Número
Plural Carros Caros Os

É claro que existem especificidades na formação do plural. Observe as três


possibilidades a seguir:

Acréscimo de -s, como em troféu  troféus


Acréscimo de -es, como em mar  mares
Acréscimo de -is, como em papel  papeis
Há também a formação do plural que se manifesta apenas nos determinantes e
modificadores, como em “lápis”: o lápis (singular); os lápis (plural). Por fim, devem-se observar
as palavras que terminam com ditongos nasais, como compreensão  compreensões,
cidadão  cidadãos, pão  pães, capitão  capitães e cristão  cristãos.
Em nomes compostos (aqueles formados por mais de uma raiz, como dissemos há pouco
na síntese sobre o conteúdo de morfologia), há quatro padrões:
1º padrão
Em compostos cujo primeiro elemento é beija-flor  beija-flores
invariável quanto a número: alto-falante  alto-falantes

2º padrão
Somente o primeiro elemento varia
Em compostos onde haja preposição (clara mula-sem-cabeça  mulas-sem-cabeça
ou oculta): pé de moleque  pés de moleque
Em compostos de dois substantivos, onde o
público-alvo  públicos-alvo
segundo exprime a ideia de fim, semelhança,
peixe-boi  peixes-boi
ou limita a significação do primeiro:

3º padrão
Ambos os elementos variam
Nos compostos formados por:
carta-bilhete  cartas-bilhetes
substantivo-substantivo
amor-perfeito  amores-perfeitos
substantivo-adjetivo
segunda-feira  segundas-feiras
adjetivo-substantivo
Nos compostos verbais repetidos corre-corre  corres-corres

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4º padrão
Nenhum elemento varia
(e o plural é indicado por determinantes ou modificadores)
Em frases substantivas o disse-me-disse  os disse-me-disse
Nos compostos
o ganha-pouco  os ganha-pouco
tema verbal + palavra invariável

Para a noção de gênero GRAMATICAL, a flexão para o feminino ocorre tipicamente


pela adição do sufixo -a (cantor + -a = cantora). Há também outras manifestações, como
bom/boa, leão/leoa, valentão/valentona, órfão/órfã e europeu/europeia. Em português,
também há os substantivos de gênero único, os substantivos de dois gêneros sem flexão
e os substantivos de dois gêneros, com flexão redundante, conforme descrito a seguir:
(a) rosa
(o) planeta
(a) flor
Substantivo de gênero único: (o) amor
(a) tribo
(o) livro
(a) juruti
(o), (a) artista
Substantivo de dois gêneros sem flexão: (o), (a) intérprete
(o), (a) mártir
(o) lobo; (a) loba
Substantivos de dois gêneros, com
(o) mestre; (a) mestra
flexão redundante:
(o) autor; (a) autora

Para além dos casos de flexão, observam-se os seguintes casos relacionados à noção
de gênero:
A mudança de gênero gera a cabeça (parte do corpo) - o cabeça (o chefe)
mudança de significado a rádio (a estação) - o rádio (o aparelho)
abade - abadessa
O processo de derivação também barão - baronesa
indica gênero (novo item lexical que conde - condessa
compartilha a mesma raiz) embaixador - embaixatriz
imperador - imperatriz
homem - mulher
Heteronímia no gênero (a cavaleiro - amazona
indicação de gênero é determinada marido - mulher
por substantivos semanticamente genro - nora
opositivos) boi - vaca
cavalo - égua

A noção de grau também é abordada em concursos. A tabela a seguir sintetiza cada um


dos tipos de variação de grau:
Sintético (morfológico) Analítico (adjetivação)
Grau aumentativo Homenzarrão Homem grande
Grau diminutivo Homenzinho Homem pequeno

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Na sintaxe, os substantivos são núcleos de sintagmas nominais, os quais podem exercer


as seguintes funções sintáticas:
Função sintática Exemplo (em destaque, o substantivo)
Sujeito O rapaz comprou o presente da noiva.
Objeto direto Ele viu o futuro.
Aposto Pedro é marcado por um defeito: a preguiça.
Predicativo Ele é um político.
Objeto indireto Eu entreguei o cheque ao gerente.
Agente da passiva O bilhete foi comprado pela irmã.
Adjunto adnominal Ele bateu na velha com a bengala.
Complemento nominal A destruição de Roma pelos Bárbaros
Adjunto adverbial Pedro caminhava com atenção.

Em um sintagma nominal, o núcleo substantivo pode ser modificado por outros termos,
como numerais, artigos, adjetivos, pronomes etc. Em sintaxe, as funções sintáticas exercidas
por esses termos podem ser duas: adjunto adnominal ou complemento nominal. Na síntese
sobre as funções sintáticas do período simples, abordarei essas noções.
Passemos agora à classe dos adjetivos, os quais também se flexionam em gênero e
número. Essa flexão é condicionada pelo fenômeno de concordância nominal, o qual será
visto na seção 8.2 de nossa aula.
Há algumas bancas (como a FGV) que avaliam a classificação dos adjetivos conforme
Cunha & Cintra (2008). Há dois grandes grupos, apresentados a seguir.
No primeiro, temos os adjetivos que caracterizam os seres, objetos ou as noções nomeadas
pelos substantivos. Esses adjetivos podem indicar:
inteligência lúcida
Qualidade (ou defeito)
homem perverso
pessoa simples
Modo de ser
rapaz delicado
céu azul
Aspecto ou aparência
vidro fosco
casa arruinada
Estado
laranjeira florida

No segundo grupo, há os adjetivos que estabelecem uma relação de tempo, de espaço,


de finalidade, de propriedade etc. São os chamados adjetivos de relação.
nota mensal nota relativa ao mês
movimento estudantil movimento feito por estudantes
casa paterna casa onde habitam os pais
vinho português vinho proveniente de Portugal

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Em termos de colocação dos termos, o adjetivo tipicamente fica APÓS o substantivo, como
em “homem corajoso”. É possível, entretanto, que o adjetivo ocorra antes do substantivo
(posição mais marcada, em especial para efeitos estilísticos ou literários).

A mudança de posição do adjetivo em relação ao substantivo pode gerar alteração de


sentido original, como em “O bravo comandante foi entrevistado” e “O comandante bravo
foi entrevistado.”

Na sintaxe, o adjetivo pode exercer três funções centrais:


Função Exemplo
Adjunto adnominal O vidro fosco acabou.
Predicativo do sujeito O seu jardim é lindo.
Predicativo do objeto Ontem eu vi minha vizinha muito preocupada.

Observe que o adjunto adnominal é uma função interna ao sintagma nominal; o predicativo
do sujeito ocorre em predicados nominais (com verbos de ligação); e o predicativo do objeto
ocorre em predicados verbo-nominais (predicação dupla, com núcleo verbal lexical e adjetivo).
O grau dos adjetivos expressa uma espécie de medição escalar, a qual pode ser expressa
das seguintes formas:
Grau comparativo
(comparação feita em relação a uma mesma entidade)
Comparativo de superioridade Jonas é mais inteligente que estudioso.
Comparativo de igualdade João é tão inteligente quanto estudioso.
Comparativo de inferioridade Ana é menos inteligente do que estudiosa.

Grau comparativo
(comparação feita em relação a entidades distintas)
Comparativo de superioridade Jonas é mais inteligente que Paulo.
Comparativo de igualdade João é tão inteligente como (ou quanto) Maria.
Comparativo de inferioridade Ana é menos inteligente do que Pedro.

Grau superlativo absoluto


(o adjetivo atinge o grau máximo de determinada qualidade)
Sintético (formado morfologicamente) Paulo é inteligentíssimo.
Analítico (formado sintaticamente) Paulo é muito inteligente.

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Grau superlativo relativo


(o adjetivo atinge o grau máximo de determinada qualidade em comparação à totalidade dos
seres que representam a mesma qualidade)

Paula é a estudante mais estudiosa do colégio.

Superlativo relativo de
SUPERIORIDADE
Superlativo relativo de
INFERIORIDADE

Carlos é o estudante menos estudioso do colégio.

Pronto, falamos o suficiente sobre as principais características dos adjetivos. Agora é


o momento de falarmos dos artigos, dos numerais e dos pronomes.
Como os substantivos e os adjetivos, os artigos também podem ser flexionados em
gênero e número. Nesse caso, a flexão ocorre por concordância nominal (com o núcleo
substantivo). Em termos sintáticos, os artigos são adjuntos adnominais (em relação ao
núcleo substantivo).
Uma característica importante dos artigos é a capacidade de substantivar toda e
qualquer expressão que o suceder (em sintagmas nominais, o núcleo será substantivo).
Assim, se houver artigo, a possibilidade de o termo ser um substantivo é bem grande. Ah,
importante também destacar que, afora os casos de substantivação de uma outra classe
gramatical, os artigos não antecedem verbos ou pronomes retos/pessoais.
Sobre as classes de artigos, há duas: os definidos (quando o artigo denota particularização,
ou expressa algo de conhecimento prévio entre falante e ouvinte ou refere-se a algo já
mencionado) e os indefinidos (não particularização, não conhecido previamente, algo não
mencionado anteriormente). A tabela a seguir expressa claramente a classe dos artigos
em português.
Artigo definido Artigo indefinido
Singular Plural Singular Plural
Masculino o os um uns
Feminino a as uma umas

Os artigos podem estar combinados com preposições. É importante, então, identificá-


los nesses contextos (basta combinar o item da coluna [PREPOSIÇÃO] ao item da coluna
[ARTIGO DEFINIDO] ou [ARTIGO INDEFINIDO]:

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ARTIGO DEFINIDO

PREPOSIÇÃO o a os as
a ao à aos às
de do da dos das
em no na nos nas
por (per) pelo pela pelos pelas

ARTIGO INDEFINIDO

PREPOSIÇÃO um uma uns umas


de dum duma duns dumas
em numa numa nuns numas

O destaque à classe dos artigos certamente vai para o fenômeno de crase, destacado na
penúltima tabela. Para identificar a necessidade ou não de emprego do sinal indicativo de
crase, é muito importante verificar se o termo precedido pelo [à] é (i) interpretado de forma
particularizada; (ii) expressa algo de conhecimento prévio entre falante e ouvinte; ou (iii)
refere-se a algo já mencionado. A explicação é simples: somente haverá a crase se o termo for
precedido pelo artigo feminino definido a(s) (ou pelo pronome demonstrativo aquele(a)(s)).
Para os numerais, as provas de concursos públicos avaliam em especial ortografia dos
tipos de numerais. Por isso, listo, a seguir, a grafia de cada um deles:
CARDINAL ORDINAL MULTIPLICATIVO FRACIONÁRIO

(expressam (expressam ordem, (denotam múltiplos) (denotam quantidade


quantidades inteiras) posição em uma série) fracionária)
um primeiro - -
dois segundo dobro, duplo meio
três terceiro triplo, tríplice terço
quatro quarto quádruplo quarto
cinco quinto quíntuplo quinto
seis sexto sêxtuplo sexto
sete sétimo sétuplo sétimo

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CARDINAL ORDINAL MULTIPLICATIVO FRACIONÁRIO

(expressam (expressam ordem, (denotam múltiplos) (denotam quantidade


quantidades inteiras) posição em uma série) fracionária)
oito oitavo óctuplo oitavo
nove nono nônuplo nono
dez décimo décuplo décimo
onze décimo primeiro - onze avos
doze décimo segundo - doze avos
treze décimo terceiro - treze avos
catorze décimo quarto - catorze avos
quinze décimo quinto - quinze avos
dezesseis décimo sexto - dezesseis avos
dezessete décimo sétimo - dezessete avos
dezoito décimo oitavo - dezoito avos
dezenove décimo nono - dezenove avos
vinte vigésimo - vinte avos
trinta trigésimo - trinta avos
quarenta quadragésimo - quarenta avos
cinquenta quinquagésimo - cinquenta avos
sessenta sexagésimo - sessenta avos
setenta septuagésimo - setenta avos
oitenta octogésimo - oitenta avos
noventa nonagésimo - noventa avos
cem centésimo cêntuplo centésimo
duzentos ducentésimo - ducentésimo
trezentos trecentésimo - trecentésimo
quatrocentos quadringentésimo - quadringentésimo
quinhentos quingentésimo - quingentésimo
seiscentos sexcentésimo - sexcentésimo
setecentos septingentésimo - septingentésimo
oitocentos octingentésimo - octingentésimo
nongentésimo ou
novecentos - nongentésimo
noningentésimo

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CARDINAL ORDINAL MULTIPLICATIVO FRACIONÁRIO

(expressam (expressam ordem, (denotam múltiplos) (denotam quantidade


quantidades inteiras) posição em uma série) fracionária)
mil milésimo - milésimo
milhão milionésimo - milionésimo
bilhão bilionésimo - bilionésimo

Sintaticamente, os numerais são adjuntos adnominais de núcleos substantivos (duas salas).


Certo, estamos indo bem até agora. Seguiremos nosso PDF Sintético de Gramática com
a classe dos pronomes.
Os pronomes são formas linguísticas capazes de fazer referência (seja textual, espacial
ou discursiva). Os pronomes se flexionam em pessoa, gênero e número. Em termos
de classificação, a tradição gramatical descreve os pronomes pessoais, possessivos,
demonstrativos, indefinidos, interrogativos e relativos. Veja, no mapa mental a seguir, a
esquematização sobre a classificação e a flexão dos pronomes em Língua Portuguesa:

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Como a nossa aula prima pela epítome (palavra chique para “síntese”, “resumo”) do
conteúdo de gramática, vamos organizar cada tipo de pronome em tabelas. Para todas
elas, as noções de PESSOA (1º - quem fala; 2º - com quem se fala; 3ª - de quem se fala), de
NÚMERO (singular; plural) e de GÊNERO (masculino; feminino) estão organizadas conforme
a tradição gramatical.
Pronomes pessoais
(fazem referência aos participantes dos eventos e a elementos textuais
prévios (como nomes e eventos))
Retos Oblíquos átonos Oblíquos tônicos
eu me mim
tu te ti
ele/ela o, a, lhe, se ele/ela/si
nós nos nós
vós vos vós,
eles/elas os, as, lhes, se eles/elas/si

Lembrando que o pronome “lhe”, no âmbito nominal, denota posse (é o chamado “genitivo”).
Pronomes possessivos
(denotam posse e exercem função semelhante à dos adjetivos)
meu, minha/meus, minhas
teu, tua/teus, tuas
seu, sua/seus, suas
nosso, nossa/nossos, nossas
vosso, vossa/vossos, vossas
seu, sua/seus, suas

Pronomes demonstrativos
(indicam seres ou coisas referidas no momento da enunciação, seja textual, seja espacial)
Invariável (sempre pronome
Masculino Feminino
substantivo)
Este Esta Isto
Esse Essa Isso
Aquele Aquela Aquilo

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Pronomes indefinidos
(referem-se à terceira pessoa de modo indeterminado; na sintaxe, ocorrem como núcleos de
sintagma nominal, desencadeando, na flexão verbal, concordância na 3ª pessoa)
Algum(a)(s)
Alguém
Nenhum(a)(s)
Ninguém
Outro(a)(s)
Outrem
Muito(a)(s)
Pouco(a)(s)
Certo(a)(s)
Vários(as)
Tanto(a)(s)
Quanto(a)(s)
Qualquer
Quaisquer
Nada
Cada
Algo

Pronomes interrogativos
(utilizados em frases interrogativas, diretas ou indiretas)
Que (ou quê, acentuado, quando em final de período)
Qual
Quem
Quanto

Pronomes relativos
(retomam um termo antecedente e, sintaticamente, exercem função sintática na subordinada adjetiva)
Que
Quem
Onde
O(s) qual(is)
A(s) qual(is)
Cujo(a)(s)
Quando
Como

Os pronomes de tratamento, por fim, são formas de referência ao interlocutor. Segundo


o Manual de Redação da Presidência da República (3ª Edição, 2018), “Tradicionalmente,
o emprego dos pronomes de tratamento adota a segunda pessoa do plural, de maneira
indireta, para referenciar atributos da pessoa à qual se dirige. [...] Embora se refiram à
segunda pessoa gramatical (à pessoa com quem se fala), levam a concordância para a
terceira pessoa.”
Na Plataforma Gran Questões, encontramos o seguinte quantitativo de questões sobre
as classes gramaticais substantivo, adjetivo, artigo, numeral e pronome:

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Quantitativo
Classe gramatical
(últimos 4 anos, todas as bancas)
Adjetivos 1164
Substantivos 1134
Pronome 868
Artigo 317
Numeral 178

Em provas, os enunciados das questões que avaliam essas classes expressam as


formulações a seguir:
Enunciado da questão sobre substantivos, adjetivos, artigos, numerais
Banca
e pronomes
IBFC Assinale a alternativa correta, em que o termo “vencedor” é um substantivo.
VUNESP O termo destacado atribui sentido de indefinição ao substantivo em:
Assinale a alternativa em que a palavra indicada, no texto, desempenhe
IDECAN
papel adjetivo.
Nesse fragmento estão destacados vários adjetivos que, segundo as
FGV gramáticas, podem expressar estados, características, qualidades e relações.
Os dois adjetivos abaixo que expressam qualidades são:
CEBRASPE No sétimo período do texto, o pronome “cujas” remete a “mecanismo”.
IADES O pronome “lhe” (linha 17) foi empregado no texto com valor possessivo.
No trecho “Agora, mais de cem anos depois, esse tema vem à tona novamente”,
FUNDATEC
retirado do texto, qual palavra é um numeral?

Conseguimos! Finalizamos essa seção. Agora vamos seguir para a classe dos verbos
(e advérbios).

3.2. EMPREGO DE TEMPOS E MODOS VERBAIS; ADVÉRBIOS


Para a classe dos verbos, a tabela a seguir sintetiza a descrição gramatical preconizada
pela Nomenclatura Gramatical Brasileira (e adotada pela maioria das bancas examinadoras).
As explicações e as ilustrações, bastante sintetizadas, estão entre parênteses:
VERBOS
Primitivo
(formas irredutíveis a partir das quais se criam outros verbos)
Derivado
Formação (formas derivadas da primitiva, formadas a partir de afixação, como
“ler”>”reler”)
Simples (um único radical)
Composto (mais de um radical, como em “tremeluzir”).

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VERBOS
Regular (sem alteração no radical ou no paradigma)
Irregular (há modificações no radical ou no paradigma)
Defectivo (conjugação incompleta)
Classificação
Abundante (apresenta formas variantes)
Anômalo (verbos “ir” e “ser”).
Auxiliar (fica anteposto ao principal; é funcional)
Infinitivo (comprar)
Formas nominais Particípio (comprado)
Gerúndio (comprando)
1ª (tema em -a) (viajar)
Conjugações 2ª (tema em -e) (perceber)
3ª (tema em -i) (dormir)
Indicativo
Modo Subjuntivo
Imperativo
Presente
Perfeito (evento concluso)
Pretérito Imperfeito (evento não concluso)
Tempo
Mais-que-perfeito (passado do passado)
Do presente
Categorias Futuro
Do pretérito
gramaticais
Singular
Número
Plural
Primeira (quem fala)
Pessoa Segunda (com quem se fala)
Terceira (de quem se fala)
Ativa (Eu abracei o Pedro)
Voz Passiva (O Pedro foi abraçado por mim)
Reflexiva (Abraçamo-nos)

A tabela de conjugação de um verbo regular (CANTAR) pode ser conferida a seguir:

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Indicativo
Pretérito
Pretérito Pretérito Futuro do Futuro do
Presente mais-que-
perfeito imperfeito presente pretérito
perfeito
canto cantei cantava cantara cantarei cantaria
cantas cantaste cantavas cantaras cantarás cantarias
canta cantou cantava cantara cantará cantaria
cantamos cantamos cantávamos cantáramos cantaremos cantaríamos
cantais cantastes cantáveis cantáreis cantareis cantaríeis
cantam cantaram cantavam cantaram cantarão cantariam
Subjuntivo Formas nominais
Imperativo
Pretérito Infinitivo Gerúndio
Presente Futuro afirmativo
imperfeito flexionado cantando
cante cantasse cantar - cantar Particípio
cantes cantasses cantares canta cantares
cante cantasse cantar cante cantar
cantemos cantássemos cantarmos cantemos cantarmos cantado
canteis cantásseis cantardes cantai cantardes
cantem cantassem cantarem cantem cantarem

Em termos sintáticos, um verbo pode realizar duas funções centrais: (i) ser centro da
predicação (núcleo de um predicado verbal ou verbo-nominal) ou ligar um sujeito a um
predicado nominal (nesse caso, é um verbo de ligação). Na predicação verbal, observamos
o fenômeno da transitividade, o qual está relacionado ao modo como um núcleo verbal
seleciona ou não complementos (se seleciona, é transitivo; se não seleciona, é intransitivo).
Os complementos, quando selecionados, podem ser diretos (sem presença de preposição)
ou indiretos (com presença de preposição, exigida pelo verbo). Quando se analisa o modo
como um verbo pode se comportar em termos de transitividade, estamos diante da chamada
sintaxe de regência.
Outro fenômeno muito relevante é a relação do verbo com seu sujeito. Se o verbo predica
algum sujeito, haverá a relação de concordância verbal. Se o predicado não está vinculado
a um sujeito, a manifestação dessa não vinculação será mais neutra (na terceira pessoa do
singular, sempre) – como ocorre, por exemplo, com os verbos impessoais.
Em termos semântico-discursivos, a escolha da forma verbal pode expressar distintos
valores, como estes:
Forma verbal Valor Exemplo
Continuidade
Presente do indicativo  O Pedro fuma.
Recorrência
Hipótese
Futuro do pretérito  Conjectura Eu cantaria na casa da Carla.
Incerteza

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Forma verbal Valor Exemplo


Ordem
Imperativo  Comando Cantemos o hino!
Desejo
Ordem
Urgência
O Rafael deveria ouvir a Ana.
Auxiliares modais  Certeza
O Rafael poderia ouvir a Ana.
Hipótese
Etc.

Para encerrar esta subseção sobre verbos, vamos falar sobre a correlação entre tempos
e modos verbais. Quando o primeiro verbo da correlação estiver em um tempo-modo
específico, o outro verbo (de uma subordinada, tipicamente) deve estar em um tempo-
modo que se harmonize com o primeiro. As correlações mais avaliadas são estas:
Correlação verbal

Quando o tempo-modo 1 for: O tempo-modo 2 deve ser: Exemplo

Não é adequado que você desrespeite


presente do indicativo presente do subjuntivo
seu chefe.

Quando o governo resolver investir


futuro do presente do
futuro do subjuntivo em educação, acreditarei em um
indicativo
futuro melhor.
pretérito imperfeito do Orei durante dias para que você se
pretérito perfeito do indicativo
subjuntivo convertesse.
pretérito imperfeito do futuro do pretérito do Se corrêssemos mais, seríamos mais
subjuntivo indicativo saudáveis.

Ótimo. Agora podemos ir à classe dos advérbios, definida pelo gramático Evanildo Bechara
(2017) como como a classe que, semanticamente, denota uma circunstância (de lugar, de
tempo, de modo, de intensidade, de condição etc.). Sintaticamente, um advérbio funciona
como um termo adjunto. Morfologicamente, os advérbios são invariáveis (não flexionam).
A posição ocupada pela forma advérbio na sentença pode alterar os sentidos da oração,
como na sequência a seguir:

Provavelmente a coordenadora atendeu um aluno do sétimo ano.


A coordenadora provavelmente atendeu um aluno do sétimo ano.
A coordenadora atendeu provavelmente um aluno do sétimo ano.
A coordenadora atendeu um aluno provavelmente do sétimo ano.

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As tabelas a seguir (de Hauy, 2014) ilustram com clareza os tipos de advérbios em português.
Tipo Lugar Tempo Modo Dúvida Intensidade
assaz
abaixo nunca
bastante
acima agora
assim bem
além ainda hoje acaso
bem demais
aquém amanhã porventura
depressa mais
aqui cedo possivelmente
Exemplo devagar menos
ali já provavelmente
mal muito
dentro jamais quiçá
levemente pouco
detrás sempre talvez
suavemente quão
longe outrora
tão
perto antigamente
meio

Principais locuções adverbiais (introduzidas por preposição)


à queima-
a cavalo a pé a prazo a sangue frio à vista
roupa
a esmo à escuta a princípio a reboque a sete chaves à vontade
a granel a postos a propósito à revelia à toa ao vivo
aos poucos às cegas às claras às pressas às vezes de leve
de manhã de propósito de repente de súbito em geral em vão
em verdade por vezes sem dúvida em resumo de noite de improviso

Observe que se emprega o acento indicativo de crase nas locuções com preposição a e
núcleo substantivo feminino.
Na Plataforma Gran Questões (últimos 4 anos), encontramos 920 questões para a
classe gramatical verbo e 743 questões que citam a classe gramatical advérbio.
Em provas de concursos, os enunciados das questões que avaliam verbos e advérbios
possuem tipicamente a seguinte forma:
Banca Enunciado da questão sobre verbos e sobre advérbios
Assinale a alternativa que apresenta qual das palavras abaixo representa uma
IBFC
ação, um verbo.
VUNESP A alternativa em que os verbos estão corretamente conjugados é:
Chegara até a pensar, não digo em concertos, mas num brilhante recital de caridade
em que aparecesse de vestido comprido (teria então uns doze anos) e, num belo
FCC contralto, cantasse ao violão certo tango argentino da minha preferência.
Consideradas as relações de sentido estabelecidas pelo contexto, substituindo
“Chegara” por “Cheguei”, os verbos destacados assumirão as seguintes formas:
Assinale a opção que contém um trecho do texto em que as formas verbais foram
empregadas no mesmo tempo verbal.
CEBRASPE
No primeiro período do último parágrafo, o vocábulo ‘bem’ intensifica o sentido
do termo ‘provável’.
FGV A frase abaixo que mostra correto emprego do gerúndio é:

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3.3. PREPOSIÇÃO E CONJUNÇÃO


Em concursos, cobram-se os valores semânticos das conjunções e das preposições. No
caso das conjunções, aborda-se em especial a possibilidade de se substituir uma forma
por outra equivalente, como em conquanto/embora/apesar de. No caso das preposições,
a abordagem é referente à semântica (tipicamente posicional/direcional) da preposição.
Sintaticamente, as conjunções estabelecem relações de coordenação entre termos,
além de também estabelecer subordinação (conjunções subordinativas). As preposições,
por sua vez, são subordinantes (em nível sintagmático e em nível oracional). Em minha
exposição para as conjunções e para as preposições, utilizarei basicamente mapas mentais.

Conjunções coordenativas

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Conjunções subordinativas (parte 1)

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Conjunções subordinativas (parte 2)

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Preposições

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Traços semânticos das preposições

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As preposições mais avaliadas em provas de concursos são o “a”, o “para”, o “de” e o “por”.
As conjunções mais comuns em provas são as adversativas, as explicativas, as conclusivas,
as integrantes, as concessivas, as causais, as finais e as condicionais.
Na plataforma Gran Questões, encontramos 2.705 questões sobre conjunções e 1.898
questões sobre as preposições.
Em provas, os enunciados das questões que avaliam as preposições e as conjunções
possuem comumente estas formulações:
Banca Enunciado da questão sobre preposições e sobre conjunções
Seria mantida a correção gramatical do texto caso a conjunção “pois”, no último
período do primeiro parágrafo, fosse substituída por por que.
CEBRASPE No trecho “análise da evolução de experiências alternativas de resolução de
conflitos” (início do último parágrafo), a preposição de, em suas quatro ocorrências,
introduz argumentos que assumem o mesmo papel temático: o de paciente.
Na frase “A natureza faz o homem feliz e bom, mas a sociedade o corrompe e torna-o
FGV miserável”, a conjunção destacada pode ser adequadamente substituída por:
Indique a frase em que a preposição COM tem o significado de “companhia”.
A conjunção “embora” substitui corretamente a expressão destacada em:
Em relação aos termos destacados em –... sofrendo com a problemática das
VUNESP mudanças climáticas que tanto aflige, principalmente, os agricultores e agricultoras
de base familiar. (1º parágrafo) –, é correto afirmar que a preposição “com”
expressa sentido de
A conjunção “portanto” (linha 19) conclusão no período em que aparece.
QUADRIX É correto afirmar que, no título do texto — “Aprenda a chamar a polícia” —, os
dois vocábulos “a” têm a mesma classificação gramatical.

3.4. INTERJEIÇÃO E PALAVRAS E LOCUÇÕES DENOTATIVAS


Modernamente, os gramáticos e os linguistas classificam um grupo de palavras e
expressões muito utilizadas na oralidade e na escrita: as palavras e expressões denotativas
(expletivas). Para Hauy, essas palavras acrescentam ao discurso a participação crítica ou
emocional do falante (HAUY, 2014). Essas palavras não exercem função sintática, à semelhança
das interjeições, formas linguísticas que denotam estados emocionais do falante. A lista a
seguir é proposta por Hauy (2014):
Palavras e expressões denotativas
Sim
Afirmação Com efeito
Certamente
Negação Não Qual nada

Somente
Exclusão Apenas
Unicamente
Exclusive

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Palavras e expressões denotativas


Também Outrossim
Inclusão
Mesmo Inclusive
Quase
Avaliação Casualmente
Mais ou menos
Designação Eis
Isto é Por exemplo
Explicação
A saber Como
Aliás
Retificação Ou antes
Ou melhor

Que
Realce Cá
Se
É [...] que
Afetividade Felizmente Ainda bem
Afinal Então
Situação
Mas Agora

Fiz um destaque especial às formas que e se.


Sobre as interjeições (manifestam estados emocionais do enunciador), os principais
exemplares são estes (note a presença de pontuação exclamativa):
VALOR DA INTERJEIÇÃO EXEMPLOS
exclamação Viva!
Ah!
admiração/susto
Oh!
Ah!
alívio
Eh!
Eia!
animação
Coragem!
Olá!
apelo ou chamamento Alô!
Psiu!
aplauso Bravo!
Oxalá!
desejo
Tomara!
Ai!
dor física
Ui!
impaciência Arre!

Finalizamos aqui o trabalho do capítulo mais extenso de nossa síntese. Na sequência,


abordarei a estrutura morfossintática do período.

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4. DOMÍNIO DA ESTRUTURA MORFOSSINTÁTICA DO


PERÍODO
Para este capítulo, elaborei esquemas (mapas mentais) que sintetizam com clareza as
relações morfossintáticas mais importantes do período simples. Para revisar esse conteúdo,
é importante seguir cada um dos ramos com atenção, em especial nas partes em que há
contrastes de funções (por exemplo, adjunto adnominal e complemento nominal).
Os tópicos centrais versam sobre: a relação fundamental da oração, com os tipos de
sujeito e os tipos de predicado; os complementos verbal e nominal, o agente da passiva, as
funções adjuntas, o aposto e o vocativo. Também abordo a construção passiva.
Começamos com as noções básicas de sintaxe, distinguindo as noções de frase, oração
e período. Observe também a caracterização do vocativo, bastante exigido em pontuação.

Para os termos essenciais, destaco as funções de sujeito (identificada pela pergunta


dirigida ao predicado: quem é que [predicado]?) e os tipos de predicado. Em provas, avaliam-
se os tipos de sujeito (você deve identifica-los corretamente) e os tipos de predicado (em
especial, a transitividade dos verbos na frase em análise).

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Para os termos integrantes e acessórios, destaco a distinção entre complemento nominal


e adjunto adnominal. A identificação dos valores semânticos e da pontuação aplicada aos
adjuntos adverbiais também é destaque em provas.

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Sobre as vozes verbais, a distinção entre voz reflexiva e voz recíproca pode ser importante
na interpretação de textos.

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Para a voz passiva, as bancas exigem a transformação ativa<>passiva. Também se


exige a transformação passiva analítica<>passiva sintética. Por fim, a diferença entre o
SE apassivador e o SE índice de indeterminação do sujeito também é bastante avaliada.

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Encerramos, de forma sintética, a sintaxe do período simples. Passemos agora à sintaxe


do período composto.

5. RELAÇÕES DE COORDENAÇÃO ENTRE ORAÇÕES E ENTRE


TERMOS DA ORAÇÃO
Há dois tipos de coordenadas: as sindéticas (com conectivo manifesto) e as assindéticas
(sem conectivo manifesto). É importante, aqui, lembrar que a coordenação pode ocorrer

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dentro de um sintagma, entre sintagmas e entre orações. Em concursos, a coordenação


entre orações prevalece (e, em especial, prevalecem as coordenadas sindéticas).

As bancas avaliam o seu conhecimento sobre a possibilidade ou não de mudar uma conjunção
(das orações coordenadas). A expressão típica utilizada pelo examinador é a seguinte:
“No trecho X é possível, sem prejuízo sintático-semântico, substituir a conjunção y pela
conjunção z”.

Vejamos as principais orações coordenadas sindéticas (com conectivo):


Sentido Conectivos Exemplo
e
nem (= e não)
mas (precedido de não só)
Aditiva bem... como
Denotam soma, acréscimo não só... mas (também) O Rafael lê e escreve muito
entre o que se apresenta não só... mas (ainda) bem.
nas orações. bem... como
não só... como (ainda)
tanto... como
tanto... quanto
mas
Adversativas
porém O novo filme do Star Wars
Denotam oposição,
contudo teve sucesso nas bilheterias,
contraste, quebra de
todavia mas não agradou os fãs da
expectativa, compensação,
entretanto franquia.
restrição, adversidade.
no entanto
Alternativas
Veiculam a ideia de uma ou
opcionalidade (escolha) ou ou... ou
O aluno ora se comportava,
oposição (dessemelhança) quer... quer
ora bagunçava.
entre o que se informa na já... já
oração 1 e o que se informa ora... ora
na oração 2.
Conclusivas pois [após o verbo]
E l e s e m p re f o i m u i t o
Denotam consequência, portanto
mentiroso, por isso ninguém
conclusão, ilação (ação de logo
acredita nele.
inferir). por conseguinte
Explicativa
pois [antes do verbo]
Manifestam a semântica Não fume perto de postos
porque
de que a oração 2 explica/ de combustível, porque é
que
justifica o que se afirma na perigoso.
porquanto
oração 1.

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6. RELAÇÕES DE SUBORDINAÇÃO ENTRE ORAÇÕES E ENTRE


TERMOS DA ORAÇÃO
Nas subordinadas, as relações entre termos e entre orações é do tipo hierárquica:
há o termo subordinante e o termo subordinado. Em nível oracional, há três classes de
subordinadas: as substantivas, as adjetivas e as adverbiais. Vejamos cada uma delas nas
tabelas a seguir:
Subordinadas substantivas
Subjetiva
É claro que não tenho medo.
Função de sujeito.
Objetiva direta
O Matias disse que você chegaria um pouco mais tarde.
Função de objeto direto.
Objetiva indireta
Lembrou-se de que a classe estava atrasada.
Função de objeto indireto.
Completiva nominal
Tenho a sensação de que me furam os tímpanos.
Função de complemento nominal.
Predicativa
A conclusão é que a vida e a morte são heterogêneas.
Função de predicativo.
Apositiva
Ele descobriu a verdade: que escolhera o pior candidato nas eleições.
Função de aposto.

Nas subordinadas substantivas subjetivas, objetivas diretas e objetivas indiretas, a subordinada


pode ser substituída pela forma ISSO (ou, se houver preposição, [PREPOSIÇÃO] ISSO).

Subordinadas adjetivas
Adjetiva restritiva
STF pode julgar ação que questiona proibição às piadas na eleição.
(sem vírgula)
Adjetiva explicativa
Os professores, que sempre aderem à greve, tiveram o ponto cortado.
(com vírgula)

Aqui, é importante diferenciar as subordinadas substantivas das subordinadas adjetivas:


Oração subordinada substantiva Oração subordinada adjetiva
Exercem função de substantivo. Exercem função de adjetivo.
A forma “que”, quando presente, é simples
A forma “que” é pronome relativo (ao (pro)nome a que se
conector (conjunção integrante), não
refere) e exerce função sintática na oração subordinada.
exercendo função sintática.
A forma “que”, pronome relativo, pode ser substituída
A forma “que” não pode ser substituída por
por forma equivalente, a qual manifestará os traços de
formas variantes.
gênero e número: o(s) qual(is), a(s) qual(is).

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Subordinadas adverbiais
Condicionais
A subordinada contém uma hipótese ou uma condição Se o Brasil for campeão da Copa, poderemos
necessária para que se cumpra a asserção da oração comemorar o Hexa!
principal.
Concessivas
A subordinada exprime uma oposição ao que é dito na Embora ele corra algum risco, concordo que o
oração principal, não sendo capaz, porém, de anular ou investimento possa dar retorno.
impedir o fato mencionado.
Conformativas
Conforme os ensinamentos do nutricionista,
A subordinada expressa uma noção de acordo, de
não posso comer açúcar branco.
conformidade em relação à asserção da oração principal.
Consecutivas
A subordinada possui um conteúdo que é consequência Isso é tão salgado que até dá sede.
da asserção da oração principal.
Finais
Todos trabalharam arduamente para que o
A subordinada exprime a finalidade daquilo afirmado
evento desse certo.
pela oração principal.
Causais
A subordinada exprime uma relação de causa, isto é,
Já que está calor, vestirei uma roupa mais leve.
explicita que o que se diz na oração subordinada é causa
ou motivo para o que se diz na oração principal.
Comparativas
É menos arriscado investir em CDB do que
A subordinada exerce o papel de segundo membro de
investir na Bolsa de Valores.
uma comparação, de um cotejo.
Proporcionais
A subordinada faz referência a um fato ocorrido ou À medida que treinava, o chute do jogador
a ocorrer concomitantemente com o fato da oração ficava mais potente.
principal.
Temporais
Quando eu me lembro do acidente, fico ansioso.
A subordinada expressa uma circunstância de tempo.

Subordinadas adverbiais reduzidas


de infinitivo De tanto pedir, eu entrara na posse do objeto sonhado.
CAUSAL Não sendo meu costume dissimular ou escolher nada, contarei
de gerúndio
nesta página o caso do muro.
de infinitivo Sem o querer, associou o trio à imagem das bancas examinadoras.
CONCESSIVA de gerúndio Mesmo estando doente, saiu para a festa.
de particípio Mesmo afastado do trabalho, insistia em enviar os relatórios.
Na hipótese de ser feriado no jogo da Copa, o professor cancelou
de infinitivo
a próxima aula.
CONDICIONAL
de gerúndio Responsabilizando qualquer deles, meu pai me esqueceria.
de particípio Executada, esta infâmia não surtiria efeito em mim.
FINAL de infinitivo A sua resposta foi compelir-me fortemente a olhar para baixo.

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Subordinadas adverbiais reduzidas


CONSECUTIVA de infinitivo Fazia um frio de tremer os queixos.
de infinitivo Ao chegar em casa, foi logo beijar os filhos.
de gerúndio Entrando em casa, foi logo beijar os filhos.
TEMPORAL
Cumprida a tarefa, Rafael foi logo arrumando as coisas para
de particípio
partir.

7. FUNÇÕES DO QUE E DO SE
O tópico “funções do QUE e do SE” é bastante frequente nos conteúdos programáticos
dos editais das principais bancas. Para o QUE, há 738 questões disponíveis na plataforma
Gran Questões; para o SE, 662 questões.
Em provas, os enunciados das questões que avaliam o QUE e o SE possuem tipicamente
estas formulações:
Banca Enunciado da questão sobre o QUE e o SE
No último parágrafo do texto, a partícula “se”, em “Fala-se já de bombas eletrônicas”,
indica que o sujeito da oração é indeterminado.
CEBRASPE No segundo parágrafo, o vocábulo “que”, em “que culminou com escolhas”
(antepenúltimo período) e “que hackers interfiram no sistema” (penúltimo período),
pertence à mesma classe gramatical.
Assinale a frase em que o vocábulo SE está corretamente identificado.
FGV Nesse segmento do texto 3 há cinco ocorrências do vocábulo QUE, que se encontram
sublinhadas. Sobre essas ocorrências, é correto afirmar que:
Na frase – E se bobear chega a mil facinho! –, a palavra “se” tem o mesmo emprego
que a destacada em:
VUNESP
Na frase – Não ia fazer nada sozinho, que eu não sou bobo. – o termo QUE se
classifica como
Em relação ao item destacado em “[...] três colegas que se formaram em medicina
[...]”, assinale a alternativa correta.
AOCP
A palavra “que” no trecho “[...] bem como o desenvolvimento de uma estrutura
de risco, que atualmente não existe globalmente.” exerce qual função sintática?

Para cada um dos vocábulos, trabalharei com tabelas. A primeira tabela versará sobre
o QUE; a segunda, sobre o SE.
QUE
CARACTERÍSTICA
CLASSE FUNÇÃO EXEMPLO
IDENTIFICADORA
Núcleo de sintagma Nomeia o item lexical.
Substantivo O quê possui várias funções.
nominal É acentuado e determinado.

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QUE
CARACTERÍSTICA
CLASSE FUNÇÃO EXEMPLO
IDENTIFICADORA
Sujeito ou predicativo do
Que dizem sobre isso?
sujeito O “que” é a coisa interrogada.
Pronome
Que dirá você diante dessa É acentuado em final de
interrogativo Objeto direto
pergunta? período.
Objeto indireto De que trata esse manual?
Pronome Função interna ao Que novidades surpreendentes Equivale a “quanto(s)/
indefinido sintagma nominal. você me trouxe! quanta(s)”.
Está vinculado a um termo
Exerce função de sintagma
Pronome O homem é o único animal que de natureza (pro)nominal,
nominal dentro da
relativo pensa. podendo ser substituído por
subordinada adjetiva.
“o(a)(s) qual(is)”.
Advérbio de
Função adverbial. Que bobo eu fui! Equivale a “quão”.
intensidade
Pode ser substituída
Preposição Perífrase “ter QUE +
Eu tinha que ter estudado mais. p o r o u t ra p re p o s i çã o
acidental infinitivo”
(tipicamente o “de”).
Introduz subordinadas Dissemos que o Pedro não valia
Conjunção Não retoma outro termo.
substantivas e adverbiais. nada.
Palavra
denotativa Sem função sintática. Quem que falou essa mentira? Se retirar, “não faz falta”.
de realce
Denota estado emocional
Interjeição Função discursiva. Quê! Você enlouqueceu? (o mais comum sendo o de
espanto, de incredulidade).

Para fins de concurso público, certamente o QUE pronome relativo e o QUE conjunção
integrante são os mais avaliados.
Passamos agora à morfossintaxe do SE:
SE
Classificação (morfológica e sintática) Exemplo
Os diversos usos dos ses devem ser estudados por
Substantivo (pode ser pluralizado)
todos os candidatos.
Índice de indeterminação do sujeito
Precisa-se de bons profissionais de TI.
(com V.L., V.I., V.T.I. na 3ª p.s.)
Apassivador
(com V.T.D., concordando com o Vendem-se bons livros no Sebinho.
sujeito paciente)
Pronome oblíquo
Reflexivo
O mecânico se cortou por não usar EPI.
(a si mesmo)
Cortaram-se um ao outro enquanto brincavam
Recíproco
com a tesoura.
(um ao outro)
Parte integrante do verbo Ele se precaveu das dívidas.

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SE
Classificação (morfológica e sintática) Exemplo
Integrante
Não sei se é dormindo ou alheado que estou.
(em subordinadas substantivas)
Condicional Se houver adiamento das eleições, será preciso
Conjunção (indica hipótese) pensar em novas estratégias eleitorais.
subordinativa Causal Se a alimentação é uma necessidade básica, então
(se = “porque”, “visto que”) é necessário incentivar a agricultura.
Temporal
Se fala, irrita a todos.
(se = “todas as vezes”)
Palavra denotativa de realce
Ele se tremia de raiva após a descoberta da traição.
(não exerce função sintática e pode ser omitida)

Em provas, o SE pronome e o SE conjunção são os mais avaliados.

8. SINTAXE DE CONCORDÂNCIA, DE REGÊNCIA E DE


COLOCAÇÃO
Vejamos o quantitativo de questões disponíveis na plataforma Gran Questões para
cada um dos fenômenos sintáticos abordados neste capítulo:
Nominal 1.526
Concordância
Verbal 3.366
Nominal 1.029
Regência
Verbal 3.328
Próclise 491
Colocação Mesóclise 118
Ênclise 424

Observe o número expressivo de questões sobre concordância verbal e sobre regência verbal.

8.1. CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL


A concordância nominal e a concordância verbal partilham o mesmo princípio: um termo
x leva um ou mais termos a manifestarem certas propriedades gramaticais, as quais estarão
de acordo com o que o núcleo determinar. Em “O João e a Ana chegaram”, observamos o
verbo concordando com o sujeito no plural; em “Os professores renomados”, os termos “Os”
e “renomados” concordam com o núcleo masculino plural.
Para cada um dos tipos de concordância, elaborarei uma tabela. Na primeira,
apresento as principais regras de concordância verbal; na segunda, as principais regras de
concordância nominal.

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Concordância verbal
Concordância padrão A flexão verbal manifesta os traços de número e pessoa do sujeito gramatical.
Com verbos impessoais Flexão verbal fica sempre na terceira pessoa do singular.
Quando o núcleo do sujeito é uma palavra com sentido coletivo, o verbo fica
no singular.
Quando o sujeito de uma subordinada adjetiva é formado pelo pronome relativo
“que”, o verbo deve concordar com os traços do referente do pronome relativo.
Nas expressões do tipo [pronome interrogativo/demonstrativo/indefinido no
plural + de nós/de vós], o verbo concorda com o pronome no plural ou com as
formas nós/vós.
Regras para sujeito Em topônimos pluralizados (isto é, em nomes geográficos que ocorrem sempre
simples (com um no plural), o plural ocorrerá quando da presença obrigatória do artigo plural
núcleo) em ordem SVO antes do topônimo.
Quando o sujeito é formado por expressões como “menos de”, “cerca de”, “perto
de” + NUMERAL, o núcleo verbal concorda com o numeral.
Na voz passiva sintética (aquela formada com o pronome “se” e que ocorre
sem agente da passiva), o núcleo verbal concorda com os traços do sujeito (seja
singular, seja plural).
Quando o sujeito é um pronome de tratamento, o verbo sempre fica na terceira
pessoa (do singular ou do plural).
− 1ª pessoa tem prioridade em
Quando há mais de uma pessoa relação à 2ª pessoa.
gramatical (aquelas: 1ª, 2ª e 3ª), deve-
se respeitar a seguinte hierarquia: − 2ª pessoa tem prioridade em
relação à 3ª pessoa.
Quando os núcleos do sujeito composto estiverem ligados pela preposição
“com”, o núcleo verbal será flexionado no plural.
Quando cada um dos núcleos do sujeito composto estiver acompanhado da
palavra “cada” ou “nenhum”, o núcleo verbal será flexionado no singular.

Regras para sujeito com Quando os núcleos do sujeito forem formas infinitivas, a flexão ocorre no
núcleo composto em singular.
ordem SVO
Quando os núcleos do sujeito composto forem ligados por “nem... nem...”, o
verbo ocorre preferencialmente no plural.
− quando o “ou” indica exclusão:
concordância no singular;
Se os núcleos do sujeito composto − quando o “ou” indica retificação
forem ligados por “ou”, temos as ou sinonímia: concordância com o
seguintes possibilidades: núcleo mais próximo (por atração);
− quando o “ou” indicar adição/
inclusão: concordância no plural.

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E agora, é claro, as regras de concordância nominal:


Concordância nominal
O núcleo do sintagma nominal desencadeia a concordância nos
Concordância padrão
demais termos a ele vinculados.
Sujeito simples O predicativo do sujeito concordará com os traços do núcleo.
Sujeito simples com
A concordância é dupla: ocorre com a expressão partitiva ou com
expressões partitivas, como
o especificador do termo partitivo.
“a maioria de”
Junto Elas viviam juntas no apartamento.
Leso Cometeu crime de lesa-pátria.
Obrigado A Ana ficou obrigada por tantas gentilezas.

Quando possuem valor Extra Os trabalhos extras serão pagos.


adjetivo (e modificam um Quite Os comerciantes ficaram quites com a Receita Federal.
nome, seja por adjunção, seja
por predicação), as seguintes Anexo As pastas anexas devem ser utilizadas na auditoria.
palavras são flexionadas: Incluso Os custos não estão inclusos.
Mesmo A médica mesma fez o exame.
Bastante Posso citar bastantes exemplos de filmes de terror.
Meio Ela levou meia hora para chegar.
Bastante Almoçamos bastante ontem.
Não são flexionadas as Meio Elas estavam meio cansadas.
seguintes palavras (quando
em função de advérbios): Junto A cantina fica junto da quadra de esportes.
Caro Comprou caro aquele carro usado.

8.2. REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL


O fenômeno de regência está relacionado à seleção de complementos nas classes
nominais e verbais. A presença (ou não) de preposição – e as diferenças de sentido para cada
preposição selecionada, quando há múltiplas regências – é o foco em provas de concurso.
Outro foco em provas é identificar o termo regente da preposição. O preenchimento de
lacunas com as preposições adequadas (regência correta) também é comum.
Na primeira parte dessa seção, veremos as regências dos verbos mais recorrentes em
concursos. Faremos isso por meio de esquemas. Na sequência, veremos uma lista ilustrativa
(apresentada em tabela) com as principais regências nominais.

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Regência verbal (parte 1)

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Regência verbal (parte 2)

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Exemplos de regência nominal


Abuso de, contra Dúvida sobre, em, acerca de
Acatado de, por, em Dúvida em, sobre, acerca de
Acessível a Empenho de, em, por
Acostumado a, com Escasso de
Adesão a Estranho a
Aflito com, por Essencial para
Alheio a, de Facilidade de, em, para
Alusão a Falho de, em
Análogo a Farto de
Ansioso de, para, por Favorável a
Assíduo a, em Fiel a
Atenção a, para Grato a
Atencioso com, para Hábil em
Atento a, em Habituado a
Aversão a, por Hostil a, contra, para com
Ávido de, por Imbuído de, em
Benéfico a Impossibilidade de, em
Benefício a Impotente para, contra
Bom para Impróprio para
Capaz de, para Imune a, de
Certeza de Inábil para
Coerente com Invasão de
Compatível com Junto a, de
Cuidadoso com Maior de
Compaixão de, para com, por Medo de, a
Compatível com Necessário a
Concordância a, com, de, entre Necessidade de
Conforme a, com Nocivo a
Constituído com, de, por Ódio a, contra
Constante de, em Posterior a
Desfavorável a Preferência a, por
Desgostoso com, de Propenso a, para
Desleal a Propício a
Desprezo a, de, por Próprio de, para
Desrespeito a Próximo a, de
Devoção a, por, para, com Receio de
Devoto a, de Relacionado com
Diferente de Respeito a, com, de, por, para
Dificuldade com, de, em, para Vazio de
Discordância com, de, sobre Versado em
Disposição para Visível a

8.3. COLOCAÇÃO PRONOMINAL – PRÓCLISE, MESÓCLISE E ÊNCLISE


Para o fenômeno de colocação pronominal (dos pronomes oblíquos), importa conhecer
os fatores que levam a uma determinada colocação (antes, “entre” ou após o núcleo verbal).
É exatamente isso o que a tabela a seguir sintetiza:

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Fatores que levam à


Exemplo
colocação
Nunca se esqueça de colocar a máscara para
Palavra negativa
ir ao comércio.
Agora se negam a apresentar os comprovantes
Advérbio ou expletivo
de depósito.
Disseram que me enviariam a encomenda
Conjunções subordinativas
até hoje.
Próclise
(antes do verbo) O policial chamou a equipe que se destinava
Pronome relativo
às operações táticas.
Quem me perguntou sobre você não sabia
Pronome interrogativo
de sua viagem.
Substantivos indefinidos Poucos me perguntaram sobre o incidente.
Ambos Ambos me disseram que eu seria enganado.

Verbo no futuro do presente do


Ver-nos-emos amanhã.
Mesóclise indicativo (sem palavra atrativa)
(entre verbo e
desinência) Verbo no futuro do pretérito do Ver-nos-íamos com mais frequência se você
indicativo (sem palavra atrativa) não viajasse tanto.

Início de período (sem palavra


atrativa ou verbo no futuro do Vejo-me concursado daqui a cinco anos.
Ênclise indicativo).
(após o verbo)
Quando há pausa antes do verbo
Após a discussão, iniciou-se a votação.
(sem palavra atrativa).

Será facultativa a colocação que não estiver enquadrada em alguma das regras
apresentadas no quadro anterior.
Quando há estrutura verbal composta, as seguintes regras se impõem:
Estrutura Colocações possíveis

AUXILIAR + Enclítico ao auxiliar (com Enclítico ao verbo


Proclítico ao auxiliar
INFINITIVO ou sem hífen) principal
ou Eu quero-lhe falar.
AUXILIAR + Eu lhe quero falar. ou Eu quero falar-lhe
GERÚNDIO Eu quero lhe falar.
Proclítico ao auxiliar Enclítico ao auxiliar
AUXILIAR + Eu tenho-lhe falado. ÊNCLISE É PROIBIDA
PARTICÍPIO Eu lhe tenho falado. ou COM PARTICÍPIO
Eu tenho lhe falado.

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9. EMPREGO DO SINAL INDICATIVO DE CRASE


A crase é um fenômeno de natureza fonológica que descreve a junção de sons vocálicos
semelhantes. Em gramática, descreve a junção de preposição e artigo ou de preposição e
pronome demonstrativo iniciado por a (aquele(a)(s)). Na escrita, o fenômeno gramatical
de crase é indicado pelo sinal grave [`].
Em concursos, avaliam-se os casos em que o emprego do sinal indicativo de crase
(a o próprio fenômeno de crase) é obrigatório, proibido ou facultativo. Como estamos
trabalhando a síntese dos conteúdos, minha exposição será feita por recursos gráficos.
Confira os esquemas a seguir.

Casos obrigatórios de crase

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Casos proibitivos de crase (parte 1)

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Casos proibitivos de crase (parte 2)

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Casos facultativos de crase

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10. EMPREGO DOS SINAIS DE PONTUAÇÃO


Em concursos, os sinais de pontuação mais avaliados são a vírgula, o ponto e vírgula, os
dois-pontos, os parênteses, o travessão e as aspas. Os sinais de ponto, ponto de interrogação,
ponto de exclamação e reticências são pouco avaliados.
Em termos de abordagem, há dois eixos: o da reescrita e o da correção gramatical. Na
reescrita, sugere-se a substituição, com as devidas alterações de maiúsculas e minúsculas, de
vírgula por ponto e vírgula, de vírgula por ponto, de vírgulas por parênteses ou travessões, de
parênteses por travessão etc. Na análise da correção gramatical, exige-se o seu conhecimento
sobre o emprego (in)correto de determinada pontuação. Por fim, uma abordagem mais
discursiva avalia os sentidos e as funções comunicativas de certas pontuações, como as aspas.
Os pontos mais importantes no emprego dos sinais de pontuação são apresentados
na tabela a seguir:
Sinal de pontuação Emprego
NÃO se aplica a vírgula nos seguintes casos (sem inversões sintáticas):
separando o sujeito não oracional de seu predicado;
separando o verbo de seus complementos;
separando o núcleo substantivo de seus adjuntos ou complementos;
separando o agente da passiva de seu núcleo verbal;
separado o predicativo do termo predicado;
separando orações coordenadas sindéticas aditivas ligadas por “e”
ou “nem”.
EMPREGA-SE obrigatoriamente a vírgula para isolar, no período
simples:
aposto;
vocativo;
Vírgula, expressões exemplificativas, retificativas, explicativas etc.;
termos coordenados em uma enumeração;
termos repetidos;
termos deslocados da ordem canônica.
No período composto, EMPREGA-SE a vírgula para:
marcar a elipse de um verbo;
separar orações coordenadas assindéticas;
− separar orações coordenadas sindéticas adversativas, alternativas,
conclusivas e explicativas;
− separara orações subordinadas adjetivas explicativas;
− separar orações subordinadas substantivas deslocadas;
− separar orações subordinadas adverbiais, especialmente quando
ocorrem em início de período, antes da oração principal;
− isolar oração interferente.
É utilizado:
em enumerações, para distinguir frases ou sintagmas de mesma
função sintática;
Ponto e vírgula; na separação entre orações coordenadas não unidas por conjunção
coordenativa; e
para indicar suspensão maior que a da vírgula (e menor que a do
ponto) no interior de uma oração.

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Sinal de pontuação Emprego


Esse sinal precede uma fala direta, uma citação, uma enumeração,
Dois-pontos:
um esclarecimento ou uma síntese do que foi dito antes.
Indicam um isolamento sintático e semântico mais completo dentro
Parênteses ( ) do enunciado.
Travessões – – Informacionalmente, trazem conteúdos correlacionados (adicionais)
ou um comentário do enunciador.
Adotado amplamente em textos narrativos e dialogais, nos quais é
Travessão simples –
preciso indicar a fala de um personagem/enunciador.
Pode:
delimitar citação textual;
identificar títulos de obras, textos, capítulos etc.;
Aspas “”
identificar palavras estrangeiras;
indicar a perspectiva subjetiva/analítica do enunciador, expressando
ironia, descrença, malícia ou imprecisão (lexical).

Para finalizar o nosso curso sintético de gramática, vamos conhecer o enunciado das
questões sobre crase e pontuação (principais bancas):
Banca Enunciado da questão sobre crase e pontuação
Os verbos e o sinal indicativo de crase estão empregados corretamente na seguinte
FCC frase, redigida a partir do texto:
É plenamente adequada a pontuação da seguinte frase:
Assinale a frase em que a utilização do acento grave indicativo da crase é realizada de
forma errada.
“Nesse contexto, a cidade é o resultado de uma complexa interação entre governança,
FGV ambientes urbanos físicos, sociais e econômicos, tendo como protagonista a biologia
dos seus habitantes.”
Uma proposta de reescritura da passagem do texto destacada acima na qual NÃO se
verifica erro relativo ao emprego dos sinais de pontuação é:
No trecho “correspondem a novas ansiedades emergentes” (final do segundo parágrafo),
seria gramaticalmente correta a inserção do acento indicativo de crase no vocábulo “a”,
haja vista a regência do verbo corresponder e a flexão da palavra “novas” no feminino.
CEBRASPE
No trecho “Como diz o sacerdote, em triste zombaria (seria mesmo zombaria?)”, os
parênteses, que poderiam ser substituídos por travessões, foram empregados para
isolar uma digressão feita pelo autor do texto.
As orações abaixo foram construídas a partir do texto precedente. Assinale entre elas
a única em que o uso do sinal indicativo da crase é utilizado com correção.
IDECAN Considere o seguinte excerto do texto:
“O major era aparentado com Cecília, a moça dos olhos azuis”.
Assinale a alternativa que contém a pontuação de razão equivalente ao trecho acima.

Finalizamos aqui o nosso curso sintético de Gramática. Espero ter contribuído em sua
preparação.
Agora é hora de resolver as questões.
Abraços!

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EXERCÍCIOS

ORTOGRAFIA OFICIAL E ACENTUAÇÃO GRÁFICA

001. (FGV/TÉCNICO EM ENFERMAGEM/CÂM. DE ARACAJU/2021) “Convém, a quem nasce,


muita cautela na escolha do local, do ano e dos pais.” O verbo “nascer” é grafado com SC;
a palavra abaixo que também deveria ser escrita com essas letras é:
a) docente;
b) indecente;
c) fluorecente;
d) precisão;
e) concisão.

002. (IBFC/SUPERVISOR DE COLETA E QUALIDADE/IBGE/2023) Em relação à ortografia das


palavras destacadas, assinale a alternativa incorreta.
a) O médico indicou uma ultrassonografia.
b) Gosto muito do filme do super-homem, apesar de ser antigo.
c) Aquela auto-estrada é muito movimentada.
d) O livro contava tudo sobre a pré-história.
e) O ex-governador ainda é muito popular.

003. (IBADE/SOLDADO/PMERJ/2023) Escrever palavras de forma ortográfica (do grego


ORTHOS = correta + GRAPHIA = escrita) é uma parte relevante da língua escrita. Aperfeiçoar
o emprego correto das letras na construção das palavras sugere o exercício constante da
leitura e da escrita. Desse modo, a série de palavras que completa corretamente as lacunas
da assertiva “Aquele ______ pode ser uma ______, um ______, um ______ ou um ______” é:
a) apetrecho, prache, ultraje, impecilho, previlégio.
b) apetrexo, praxe, ultrage, empecilho, privilégio.
c) apetrecho, praxe, ultraje, empecilho, privilégio.
d) apetrecho, prache, ultrage, empecilho, previlégio.
e) apetrexo, praxe, ultrage, impecilho, previlégio.

004. (CEBRASPE/PROFESSOR/SEED-PR/2021) Assinale a opção em que a palavra apresentada


está de acordo com a atual ortografia oficial da língua portuguesa.
a) seminternato
b) hiperssensibilidade
c) contra-regra

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d) mão-de-obra
e) autoanálise

005. (INSTITUTO AOCP/SOLDADO/PMDF/2023) Assinale a alternativa em que os termos


destacados sejam acentuados pela mesma norma gramatical.
a) “(...) até os mais céticos – que duvidam da capacidade dos programas em atuar no
nosso lugar.”.
b) “O ChatGPT é um chatbot desenvolvido pela OpenAI que utiliza inteligência artificial
para promover diálogos incrivelmente humanizados.”.
c) “Em poucos segundos, você pode ter em sua tela a resposta para uma dúvida sobre
questões complexas de matemática (...)”.
d) “(...) tem algo indispensável que seguirá sendo a espinha dorsal: o comando por trás de
toda resposta parte da mente humana.”.
e) “Em seguida, logo reparei que, se você aplicar comandos genéricos, terá também
respostas genéricas.”.

ESTRUTURA E FORMAÇÃO DE PALAVRAS

006. (IDECAN/TÉCNICO/SEFAZ-RR/2023) Em relação ao processo de formação de palavras,


há exemplo, assinalado, de derivação sufixal em:
Alternativas
a) “... um matinho sempre igual...”
b) “... um mundo de águas sujas...”
c) “... um buquê famoso...”
d) “... filme horrível...”
e) “A noite dormiu feliz.”

007. (IBADE/ASSISTENTE SOCIAL/ISE-AC/2021) Nos versos “Aceitar suas limitações / e me


fazer pedra de segurança”, as palavras destacadas sofreram o seguinte processo de formação:
a) derivação sufixal.
b) derivação parassintética.
c) derivação prefixal.
d) derivação regressiva.
e) derivação imprópria.

008. (INÉDITA/2024) O vocábulo “qualquer” é formado a partir do processo de


a) derivação parassintética.
b) prefixação.

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c) sufixação.
d) composição.
e) derivação regressiva.

009. (INÉDITA/2024) Entre as opções abaixo, assinale aquela em que o aumentativo destacado
perdeu o valor de aumentativo, designando uma outra realidade.
a) O prefeito causou indignação ao chegar em seu carrão blindado.
b) O corpanzil do policial assustou o ladrão.
c) O aluno tomou um pescoção do colega.
d) O paredão foi derrubado após a área de conflito ser pacificada.
e) Ele tomou um copão de refrigerante.

010. (INÉDITA/2024) Assinale a opção abaixo que mostra uma relação inadequada entre
verbo e substantivo.
a) divertir / divertimento
b) melhorar / melhora
c) resolver / resposta
d) prover / provisão
e) anabolizar / anabolização

EMPREGO DAS CLASSES DE PALAVRAS

011. (IBFC/SUPERVISOR DE COLETA E QUALIDADE/IBGE/2023) Assinale a alternativa em que


o termo “melhor” é um substantivo.
a) O melhor deve vencer a disputa.
b) Fizemos o melhor tempo na corrida.
c) Trabalhamos melhor quando estamos juntos.
d) O melhor presente foi o da professora.
e) Vamos escolher o melhor trabalho.

012. (CONSULPAM/AGENTE/PREF. JACAREÍ-SP/2023)


“Escuta o trem de ferro alegre a cantar.”
Assinale a alternativa cuja palavra é um adjetivo relativo, correspondente ao sintagma
acima, conforme o seu sentido no texto.
a) Férreo.
b) Ferrenho.
c) Ferreiro.
d) Ferroso.

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013. (IBFC/SUPERVISOR DE COLETA E QUALIDADE/IBGE/2023)

No último quadrinho, o personagem diz “...mas antes, vamos acertar o pronome” porque
o certo é:
a) vamos massacrar eles.
b) vamos arrasar eles.
c) vamos os arrasar.
d) vamos os massacrar.
e) vamos arrasá-los.

014. (CONSULPAM/MOTORISTA/PREF. IRAUÇUBA-CE/2022) Assinale a alternativa CORRETA


sobre a classificação morfológica da palavra autoimune, conforme o seu emprego na
sentença abaixo:
Doença celíaca é uma doença autoimune causada pela intolerância ao glúten.
a) Substantivo.
b) Adjetivo.
c) Verbo.
d) Pronome.

015. (FGV/AUXILIAR/PREF. MUN. PAULÍNIA-SP/2021) Assinale a opção que apresenta o


adjetivo que se refere ao espaço de poder de uma prefeitura.
a) nacional.
b) federal.
c) municipal.
d) estadual.
e) regional.
Durante um seminário sobre a antropologia do dinheiro ministrado na Escola de Economia
e Ciência Política de Londres, Jock Stirratt descreveu em um gráfico os usos a que alguns
pescadores do Sri Lanka que prosperaram nos últimos anos submetiam sua riqueza recém-
adquirida. A renda desses pescadores, antes muito baixa, deu um grande salto desde que o
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gelo se tornou disponível, o que possibilitou que seus peixes alcançassem, em boas condições,
os mercados distantes da costa, onde atingiram preços altos. No entanto, as aldeias de
pescadores ainda permanecem isoladas e, à época do estudo, não tinham eletricidade,
estradas nem água encanada. Apesar desses desincentivos aparentes, os pescadores
mais ricos gastavam os excedentes de seus lucros na compra de aparelhos de televisão
inutilizáveis, na construção de garagens em casas a que automóveis sequer tinham acesso e
na instalação de caixas-d’água jamais abastecidas. De acordo com Stirratt, isso tudo ocorre
por uma imitação entusiasmada da alta classe média das zonas urbanas do Sri Lanka.
É fácil rir de despesas tão grosseiramente excêntricas, cuja aparente falta de propósito
utilitário dá a impressão de que, por comparação, pelo menos parte de nosso próprio consumo
tem um caráter racional. Como os objetos adquiridos por esses pescadores parecem não
ter função em seu meio, não conseguimos entender por que eles deveriam desejá-los. Por
outro lado, se eles colecionassem peças antigas de porcelana chinesa e as enterrassem,
como fazem os Ibans, seriam considerados sensatos, senão encantados, tal como os
temas antropológicos normais. Não pretendo negar as explicações óbvias para esse tipo de
comportamento – ou seja, busca de status, competição entre vizinhos, e assim por diante.
Mas penso que também dever-se-ia reconhecer a presença de uma certa vitalidade cultural
nessas atrevidas incursões a campos ainda não inexplorados do consumo: a habilidade de
transcender o aspecto meramente utilitário dos bens de consumo, de modo que se tornem
mais parecidos com obras de arte, carregados de expressão pessoal.

016. (CEBRASPE/ANALISTA/APEX BRASIL/2021) No trecho “se eles colecionassem peças


antigas de porcelana chinesa” (segundo parágrafo), o modo da forma verbal “colecionassem”
indica uma
a) hipótese.
b) avaliação.
c) vontade.
d) ordem.
Não sei quando começou a necessidade de fazer listas, mas posso imaginar nosso
antepassado mais remoto riscando na parede da caverna, à luz de uma tocha, signos que
indicavam quanto de alimento havia sido estocado para o inverno que se aproximava ou,
como somos competitivos, a relação entre nomes de integrantes da tribo e o número de
caças abatidas por cada um deles.
Se formos propor uma hermenêutica acerca do tema, talvez possamos afirmar que
existem dois tipos de listas: as necessárias e as inúteis. Em muitos casos, dialeticamente,
as necessárias tornam-se inúteis e as inúteis, necessárias. Tomemos dois exemplos. Todo
mês, enumero as coisas que faltam na despensa de minha casa antes de me dirigir ao
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supermercado; essa lista arrolo na categoria das necessárias. Por outro lado, há pessoas
que anotam suas metas para o ano que se inicia: começar a fazer ginástica, parar de
fumar, cortar em definitivo o açúcar, ser mais solidário, menos intolerante... Essa elenco
na categoria das inúteis.
Feitas as compras, a lista do supermercado, necessária, torna-se então inútil. A lista
contendo nossos desejos de sermos melhores para nós mesmos e para os outros, embora
inútil, pois dificilmente a cumprimos, converte-se em necessária, porque estabelece um
vínculo com o futuro, e nos projetar é uma forma de vencer a morte.
Tudo isso para justificar o que se segue. Ninguém me perguntou, mas resolvi organizar
uma lista dos melhores romances que li em minha vida — escolhi o número vinte, não por
motivos místicos, mas porque talvez, pela amplitude, alinhave, mais que preferências
intelectuais, uma história afetiva das minhas leituras. Enquadro-a na categoria das listas
inúteis, mas, quem sabe, se consultada, municie discussões, já que toda escolha é subjetiva
e aleatória, ou, na melhor das hipóteses, suscite curiosidade a respeito de um título ou de
um autor. Ocorresse isso, me daria por satisfeito.

017. (CEBRASPE/AGENTE/IBGE/2021) Mantendo-se o sentido original do texto, a locução


“formos propor” (início do segundo parágrafo) poderia ser corretamente substituída pela
forma verbal
a) propuséssemos.
b) proporemos.
c) propusermos.
d) proporíamos.
e) propúnhamos.
Talvez espante ao leitor a franqueza com que lhe exponho e realço a minha mediocridade;
advirto que a franqueza é a primeira virtude de um defunto. Na vida, o olhar da opinião,
o contraste dos interesses, a luta das cobiças obrigam a gente a calar os trapos velhos,
a disfarçar os rasgões e os remendos, a não estender ao mundo as revelações que faz à
consciência; e o melhor da obrigação é quando, à força de embaçar os outros, embaça-se um
homem a si mesmo, porque em tal caso poupa-se o vexame, que é uma sensação penosa,
e a hipocrisia, que é um vício hediondo. Mas, na morte, que diferença! Que desabafo! Que
liberdade! Como a gente pode sacudir fora a capa, deitar ao fosso as lantejoulas, despregar-
se, despintar-se, desafeitar-se, confessar lisamente o que foi e o que deixou de ser! Porque,
em suma, já não há vizinhos, nem amigos, nem inimigos, nem conhecidos, nem estranhos;
não há plateia. O olhar da opinião, esse olhar agudo e judicial, perde a virtude, logo que
pisamos o território da morte; não digo que ele se não estenda para cá, e nos não examine
e julgue; mas a nós é que não se nos dá do exame nem do julgamento. Senhores vivos, não
há nada tão incomensurável como o desdém dos finados.
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018. (CEBRASPE/PROFESSOR SÉRIE INICIAIS/SEED-PR /2021) No texto, o narrador utiliza


majoritariamente verbos flexionados no tempo
a) pretérito perfeito.
b) presente.
c) pretérito imperfeito.
d) futuro do pretérito.
e) futuro do presente.

019. (INSTITUTO AOCP/ASSISTENTE/UFPB/2019) Qual é o tempo verbal presente no trecho


“O vento gemera durante o dia todo [...]”?
a) Pretérito perfeito.
b) Pretérito imperfeito.
c) Pretérito mais-que-perfeito.
d) Futuro do presente.
e) Futuro do pretérito.

020. (INSTITUTO AOCP/INVESTIGADOR/PC-ES/2019) Assinale a alternativa cujo conectivo


apresentado relaciona corretamente as seguintes frases, preservando-lhes o sentido: “Não
deixe luzes acesas durante o dia. Isso significa que não há ninguém em casa.”
a) Porque.
b) Embora.
c) Também.
d) Contudo.
e) Portanto.

021. (INÉDITA/2024) Em todas as frases abaixo há advérbios destacados; o advérbio que


expressa a opinião do autor da frase é:
a) Lentamente, a lama com rejeitos avançou pela cidade.
b) O pintor olhava atentamente cada detalhe de sua obra.
c) Felizmente, o candidato a vereador foi denunciado por irregularidades na campanha eleitoral.
d) O foragido atravessou a fronteira rapidamente.
e) A professora ensinava calmamente quando foi surpreendida pela explosão.

022. (INÉDITA/2024) “Apesar de as entidades patronais assegurarem que o sol já pode brilhar
nas escolas particulares, a dúvida permanece”
No trecho, o conectivo “apesar de” pode ser substituído por:
a) visto que
b) conquanto
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c) assim como
d) desde que
e) a menos que

023. (INÉDITA/2024) Assinale a frase que se estrutura com base em uma comparação.
a) A ferocidade da competição pela subsistência converteria toda pequena variação fortuita,
desde que benéfica a seu possuidor, numa vantagem apreciável.
b) Quanto mais uma pessoa trabalha, mais rica ela fica.
c) À medida que crescia o uso de internet durante as aulas, o rendimento dos alunos caia.
d) É comum afirmarem que a música é tão velha quanto o homem.
e) Os barulhos produzidos por nós mesmos não são percebidos como incômodo: eles têm
um sentido.

024. (INÉDITA/2024) “Arrependeu-se de pensar e desejar o pior, pensando no quanto a


confiança é rara.”
Nessa frase, a conjunção E indica adição; a frase abaixo em que essa mesma conjunção
indica oposição é:
a) Quem veio nos incomodar e estragar a paz do final de semana?
b) É preciso evitar a fórmula farisaica “faça o que eu mando, e não o que eu faço”.
c) Raimundo se sentia irritado com a cara de pau da vizinha e ficou desconfiado com o
destino do empréstimo.
d) Naquele mundo sem internet, telefonemas eram impossíveis e cartas ou pacotes
demoravam semanas para chegar.
e) Fabrício já se encontrava receoso, tanto que tratou de criticar e expelir o veneno pela boca.

025. (INÉDITA/2024) A frase abaixo que mostra um erro quanto à colocação do pronome
pessoal destacado é:
a) Em vez de achar o fundo liso e duro do guarda-roupa, encontrou uma coisa macia e fria,
que se esfarelava nos dedos.
b) O que até recentemente se não sabia sobre este livro notável é que não passa de uma
história romanceada com a maior fidelidade possível aos elementos humanos, sociais e
paisagísticos da realidade.
c) Santo Agostinho já dizia: não te gabes, nem mesmo quando és bom.
d) A despeito das acusações do paciente, não havia possibilidade de erro médico, pois eu
tinha examinado-o atentamente.
e) “Abrace-me, minha amada esposa”, dizia o soldado antes de ir para a guerra.

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DOMÍNIO DA ESTRUTURA MORFOSSINTÁTICA DO PERÍODO

À área da linguística que se ocupa em contribuir para a solução de problemas


judiciais e que auxilia também na compreensão de discursos e interações produzidos
em ambiente jurídico chamamos de linguística forense. Pouco ainda se fala e se conhece
sobre a aplicação da linguística à esfera forense, apesar de muitos crimes serem cometidos
unicamente ou parcialmente por meio da língua, como a calúnia, a injúria, a difamação, a
ameaça, o estelionato e a extorsão.
Ao produzir um texto, oral ou escrito, o sujeito lança mão de um vasto repertório lexical
e regras de ordenação sintática pertencentes à gramática de seu idioma. Entretanto, esse
arranjo não é feito da mesma forma por diferentes pessoas. Ao falarmos ou ao escrevermos,
organizamos o material linguístico que está disponível em nosso acervo mental de uma forma
única, afinal cada indivíduo constituiu seu vocabulário a partir de experiências também
únicas. Isso significa que imprimimos nosso estilo em nossos textos, deixando nele nossa
“assinatura”. Esse uso individual do idioma é chamado de idioleto, ou seja, é como se fosse
um dialeto pessoal, uma marca identitária daquele indivíduo. Embasada nisso, a linguística
forense procura desenvolver metodologias que auxiliem no processo de atribuição de autoria
de um determinado texto.

026. (CEBRASPE /ANALISTA/MPE-AP/2021) No primeiro período do texto, o sujeito da


oração principal
a) está indeterminado, haja vista o emprego do vocábulo “se”.
b) é o termo “área da linguística”.
c) é o termo “linguística forense”.
d) está elíptico e corresponde à primeira pessoa do plural.
e) é composto.

1 No século 21, eu acredito que a missão da Organização das Nações Unidas (ONU)
será definida por uma consciência nova e mais profunda da santidade e da dignidade 4 de
cada vida humana, independentemente de raça ou religião. Isso irá requerer que levemos
o nosso olhar para além da estrutura dos Estados, ou da simples superfície de nações ou 7
comunidades. Devemos enfocar, como nunca, a melhoria das condições de vida de homens
e mulheres, individualmente, que dão ao Estado ou à nação a sua riqueza e o seu caráter.
10 Neste novo século, devemos começar pela compreensão de que a paz pertence não
somente aos Estados ou povos, mas também a cada um e a todos os membros dessas 13
comunidades. A soberania dos Estados não mais deverá ser utilizada como um escudo
contra grandes violações aos direitos humanos. A paz deve ser real e tangível no dia a dia
de cada 16 indivíduo que dela necessite. Devemos buscá-la, acima de tudo, pelo fato de ser

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a condição para que cada membro da família humana possa levar uma vida de dignidade
e segurança.
19 A lição do século passado nos fez entender que ameaçar ou atropelar a dignidade
do indivíduo — como naqueles países onde o cidadão não desfruta do direito básico 22 de
escolher o seu governo, ou do direito de o escolher regularmente — resultou em conflitos,
perdas de civis inocentes, vidas abreviadas e comunidades destruídas.
25 Com efeito, os obstáculos à democracia têm muito pouco a ver com cultura ou
religião, e muito mais com o desejo daqueles que se encontram no poder e querem manter
sua 28 posição a qualquer custo. Não se trata de um fenômeno novo nem restrito a uma
parte específica do mundo. As pessoas de todas as culturas prezam por sua liberdade de
escolha e sentem 31 a necessidade de ter direito de voz nas decisões que afetam suas vidas.

027. (CEBRASPE/AJUDANTE/BARRA DOS COQUEIROS-SE/2020) No texto, o sujeito elíptico


das formas verbais “levemos” (l.5) e “Devemos” (l.7) corresponde a
a) eu.
b) você.
c) eles.
d) nós.
e) vós.
1 Atitudes para um desenvolvimento sustentável tornaram-se uma urgência e estão
inseridas de forma definitiva na agenda da sociedade. Até no mundo dos negócios a 4
sustentabilidade está em pauta. Empresas que antes pensavam só em lucro agora otimizam
seus processos por meio da sustentabilidade empresarial. Outro campo de estudos voltado
7 para o consumo consciente e equilibrado com o meio ambiente é a bioeconomia, ou
economia sustentável, cujo objetivo é promover a utilização de recursos de base biológica,
recicláveis 10 e renováveis, e consequentemente mais sustentáveis.
Hoje, a sustentabilidade é um imperativo para o sucesso das empresas, que precisam cada
vez mais entregar ao 13 cliente valor agregado e estilo de vida, e não somente mercadorias.
A preocupação com o meio ambiente converte-se, portanto, em vantagem competitiva,
notadamente em mercados 16 cada vez mais exigentes e desafiadores. Isso amplia a
perenidade da marca, em virtude do fortalecimento de sua reputação e credibilidade.
19 Para o desenvolvimento sustentável, os negócios devem estar amparados em boas
práticas de governança, com benefícios sociais e ambientais. Essa metodologia influencia
os 22 ganhos econômicos, a competitividade e o sucesso das organizações.
Qual é o motivo de a sustentabilidade ser tão 25 importante para a economia? A população
cresce em número e em capacidade de consumo; com isso, a demanda pela utilização de
recursos naturais recrudesce de forma quase 28 insustentável. A utilização de matrizes
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não renováveis tende ao esgotamento e à poluição progressiva do meio ambiente. Para


quebrar esse paradigma, mobilizam-se conceitos econômicos 31 que propõem um novo
modo de gestão da sociedade, como a economia circular e a bioeconomia.
A bioeconomia está ligada à melhoria de nosso 34 desenvolvimento e à busca por novas
tecnologias que priorizem a qualidade de vida da sociedade e do meio ambiente em seu
eixo de elaboração. Ela, agora, reúne todos os setores 37 da economia que utilizam recursos
biológicos. Assim, a bioeconomia surgiu para possibilitar soluções eficazes e coerentes para
os problemas socioambientais contemporâneos: 40 mudanças climáticas, crise econômica
mundial, substituição do uso de energias fósseis, saúde, qualidade de vida da população,
entre outros.
43 O objetivo é criar uma economia inovadora com baixas emissões de poluentes, que
concilie as exigências para a agricultura sustentável e a pesca, a segurança alimentar e o
46 uso sustentável dos recursos biológicos renováveis para fins industriais, e que assegure,
ao mesmo tempo, a biodiversidade e a proteção ambiental. A bioeconomia contempla não
apenas 49 setores tradicionais como agricultura, silvicultura e pesca, mas também setores
como as biotecnologias e bioenergias. Ao que tudo indica, o futuro será definitivamente bio.

028. (CEBRASPE/CARGO DE NÍVEL SUPERIOR/MPC-PA/2019) No texto, o termo “conceitos


econômicos” (l.30) é
a) sujeito sintático de “propõem” (l.31)
b) complemento de “mobilizam-se” (l.30)
c) agente da ação expressa por “mobilizam-se” (l.30)
d) sujeito sintático de “mobilizam-se” (l.30)
e) sujeito sintático tanto de “mobilizam-se” (l.30) quanto de “propõem” (l.31)
1 Candeia era quase nada. Não tinha mais que vinte casas mortas, uma igrejinha velha,
um resto de praça. Algumas construções nem sequer tinham telhado; outras, 4 invadidas
pelo mato, incompletas, sem paredes. Nem o ar tinha esperança de ser vento. Era custoso
acreditar que morasse alguém naquele cemitério de gigantes.
7 O único sinal de vida vinha de um bar aberto. Duas mesas de madeira na frente, um
caminhão, um homem e uma mulher na boleia ouvindo música, entre abraços, 10 beijos
e carícias ousadas. Mais desolado e triste que Juazeiro do Norte aquele povoado, muito
mais. Em Juazeiro tinha gente, a cidade era viva. E no meio daquele povo todo 13 sempre
se encontrava uma alma boa como a de sua mãe, uma moça bonita, um amigo animado.
Candeia era morta.
Samuel ao menos ficou um pouco feliz por ouvir 16 a música do caminhoneiro. Quase
sorriu. O esboço de alegria durou até aparecer pela porta mal pintada de azul uma mulher
assombrosa, praguejando com uma vassoura na mão 19 e mandando desligar aquela música
maldita. O caminhoneiro a chamou pelo nome:
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— Cadê o café, Helenice? Deixa de praguejar, 22 coisa-ruim!


Pela mesma porta saiu uma moça, bem jovem, com uma garrafa térmica vermelha e duas
canecas. Foi 25 e voltou com rapidez, agora trazendo dois pratos, quatro pães pequenos,
duas bananas cozidas e um pote de margarina.
— Cinco reais — ordenou Helenice, com a mão 28 na garrafa térmica.
— Só come se pagar.
O homem pagou, sempre rindo da cara de Helenice, visivelmente bêbado.
31 Samuel invejou o caminhoneiro. Não tinha tanto dinheiro para comer naquele fim
de tarde, fim de vida.

029. (CEBRASPE/AUDITOR/CGE-CE/2019) No texto, o sujeito da oração “Era custoso” (l.5) é


a) o segmento “acreditar que morasse alguém naquele cemitério de gigantes” (l.5 e 6).
b) o trecho “alguém naquele cemitério de gigantes” (l.6).
c) o termo “custoso” (l.5).
d) classificado como indeterminado.
e) oculto e se refere ao período “Nem o ar tinha esperança de ser vento” (l.4 e 5).
Grandes questões. Respostas indígenas.
Esta semana, no Rio de Janeiro, o povo Kuikuro do Alto Xingu vai dizer HEKITE KUATSANGE
EGEI ENHÜGÜ (Seja bem-vindo!) para pesquisadores indígenas de todo o mundo. De Papua-
Nova Guiné, Kiribati, Sudão, Dominica, Uganda, Índia, Quênia e Colômbia, assim como das
comunidades Guarani-Kaiowá, Tuxa, Baniwa e Tupinambá do Brasil, povos indígenas se reúnem
no Museu do Índio para refletir criticamente sobre como métodos indígenas de pesquisa
são essenciais para entender os principais problemas que o mundo enfrenta no século XXI.
Seja para abordar os desafios da mudança climática ou o racismo, a sustentabilidade
ambiental ou a violência de gênero, a seca ou patrimônios culturais ameaçados, os
pesquisadores questionam como o conhecimento indígena pode ser ativado de forma efetiva
como um recurso para desenvolvimento no futuro. Pesquisadores do Sudão mostram como
o conhecimento tradicional núbio pode informar decisões sobre agricultura sustentável.
Uma pesquisadora do povo Emberá-Chami demonstra a importância do conhecimento
indígena para a resolução de questões de deslocamento forçado na Colômbia ao lado de
um pesquisador Acholi, que examina soluções para a seca em Uganda.
Grandes questões. Respostas indígenas. Apesar de todos os impactos positivos dessas
colaborações para pesquisas até agora, sabemos que o Brasil enfrenta questões urgentes
relacionadas à sua herança indígena e seu futuro. Esse seminário é uma chance para que
o povo Kuikuro peça aos colegas indígenas que reflitam juntos sobre como a pesquisa
acadêmica pode proteger, preservar e promover o desenvolvimento sustentável para os
povos indígenas do Brasil.
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Pesquisadores foram convidados a vir ao país para perguntar e entender como esforços
de pesquisa colaborativa podem promover a resiliência às atuais ameaças a identidades,
terras, águas e culturas indígenas.
Precisamos de metodologias indígenas de pesquisa para compreender a relação entre
o desmatamento, a mudança climática, os ciclos de colheita e os rituais dos calendários
indígenas. Para resistir à municipalização da assistência médica indígena, é preciso haver
pesquisas para examinar como manter um cuidadoso equilíbrio entre conhecimentos
indígenas e não indígenas. Já que os Kuikuro não podem mais beber a água do Rio Xingu,
precisamos questionar: por quanto tempo seus peixes continuarão a alimentar as aldeias,
à medida que toxinas agrícolas e industriais poluem seus afluentes ou o próprio rio é
bloqueado por barragens hidrelétricas?
Os debates começam sob os milhares de estrelas do céu do Xingu, no Planetário do Rio,
enquanto se contemplam as cosmologias indígenas nas constelações de cada um de nossos
visitantes. Na sequência, haverá a busca de respostas para perguntas significativas. Como
criar pesquisas equitativas, específicas a um contexto e sensíveis em termos históricos,
culturais e linguísticos? Como a coprodução de conhecimento entre pesquisadores indígenas
e não indígenas pode superar desequilíbrios de poder arraigados, sobre os quais nossos
sistemas universitários de ensino e pesquisa são construídos?
Os conselhos de pesquisa do Reino Unido reuniram colaboradores de doze projetos
conduzidos por acadêmicos britânicos em parceria com pesquisadores indígenas de várias
partes do mundo para criar um novo conjunto de diretrizes para pesquisa em universidades
britânicas. Financiado pelo Global Challenges Research Fund (GCRF) –um investimento de
1,5 bilhão de libras por parte do governo do Reino Unido para criar parcerias que apoiem
pesquisas de ponta para lidar com os principais desafios enfrentados por países em
desenvolvimento –, o seminário examina em que medida a pesquisa financiada pelo Reino
Unido está sendo conduzida a partir do ponto de vista indígena e busca propor como as
universidades podem garantir uma estrutura ética para pesquisas que tragam benefícios
diretos a povos indígenas. Acima de tudo, vai questionar que tipo de pesquisa vale a pena
conduzir e qual a melhor forma de realizá-la.
O povo Kuikuro e a Universidade Queen Mary de Londres colaboram em projetos de
pesquisa financiados pelo GCRF desde 2016. Isso resultou em um programa de residências
artísticas organizado pelo povo Kuikuro na Aldeia Ipatse no Alto Xingu, que reuniu mais de
20 artistas de Londres, Madri e Rio de Janeiro.
Em contrapartida, Takumã fez um documentário que oferece uma reflexão crítica sobre
modelos britânicos de multiculturalismo, e os Kuikuro colaboraram com o Museu Hornimam,
em Londres, para criar uma experiência imersiva da cultura do Xingu com o uso de tecnologias
de realidade virtual e aumentada.
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Ao dar boas-vindas a nossos colegas de várias partes do mundo, vamos compartilhar muitas
questões e esperamos ter algumas respostas. Vamos também contar histórias e refletir
sobre como as narrativas que precisamos contar e ouvir estão cada vez mais ameaçadas
de extinção. Estamos nos reunindo para criar e mobilizar conhecimentos.

030. (IDECAN/ASSISTENTE/IF-AM/2019) Assinale a alternativa em que a inversão da ordem


dos termos provoque alteração gramatical e semântica.
a) principais problemas (linha 5) / problemas principais
b) conhecimento tradicional (linha 9) / tradicional conhecimento
c) atuais ameaças (linha 18) / ameaças atuais
d) várias partes (linha 31) / partes várias
e) experiência imersiva (linha 42) / imersiva experiência

031. (INÉDITA/2024) A frase “Irregularidades na ANTT foram denunciadas pelos jornalistas


da Le Monde Diplomatique” está escrita na voz passiva analítica com o verbo “ser”; se
transformássemos essa frase para a voz ativa, a forma correta seria:
a) Denunciaram-se irregularidades na ANTT pelos jornalistas da Le Monde Diplomatique.
b) Foram denunciadas irregularidades na ANTT pelos jornalistas da Le Monde Diplomatique.
c) Denunciaram irregularidades na ANTT.
d) Denunciou-se irregularidades na ANTT.
e) Os jornalistas da Le Monde Diplomatique denunciaram irregularidades na ANTT.

032. (INÉDITA/2024) Ao se transpor o período “Sustentamos essa hipótese.” para a voz


passiva, TEM-SE:
a) Essa hipótese foi sustentada por nós.
b) Essa hipótese fora sustentada por nós.
c) Essa hipótese é sustentada por nós.
d) Essa hipótese será sustentada por nós.

(Alexandre Beck, Armandinho)

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033. (INÉDITA/2024) Em “Deve ser divertido fazer quadrinhos” (primeiro quadrinho), o


sujeito é:
a) oracional.
b) elíptico.
c) indeterminado.
d) composto.
e) inexistente.

034. (INÉDITA/2024) As orações


Pedro Albuquerque destratou Mariana.
Mariana destratou Pedro Albuquerque.
possuem as mesmas palavras. No entanto, cada oração veicula uma informação diferente.
Considerando as duas orações em conjunto (contraste do par), o elemento determinante
para a identificação do sujeito em cada caso é a
a) regência transitiva direta do verbo “destratar”.
b) concordância verbal.
c) ordem de ocorrência dos termos.
d) ausência de termos adjuntos.
e) ausência de formas pronominais.

035. (INÉDITA/2024) De acordo com a norma padrão, passando-se a voz passiva analítica
do período: “No projeto, dados sobre o analfabetismo funcional foram coletados por doze
pesquisadores” para a voz ativa, a forma verbal correspondente será
a) coletam
b) coletaram
c) coletou
d) coletara
e) coletavam

036. (INÉDITA/2024) Assinale a opção que mostra uma modificação adequada da frase de
voz ativa para a voz passiva com auxiliar.
a) Aplicarei a metáfora a uma situação do nosso cotidiano. / A metáfora seria aplicada a
uma situação do nosso cotidiano.
b) A orientação do nosso ensino deveria contemplar nossa fecundidade indisciplinada. /
Nossa fecundidade indisciplinada deve ser contemplada pela orientação do nosso ensino.
c) A maioria dos professores considera tão somente uma solução para cada problema. /
Uma solução para cada problema é tão somente considerado pela maioria dos professores.
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d) O método dialético estimula a valorização das contradições. / A valorização das contradições


é estimulada pelo método dialético.
e) As leis do mercado favorecem esse culto da juventude. / Esse culto da juventude é
favorecido por leis do mercado.

037. (INÉDITA/2024) Assinale a opção que apresenta a frase construída com todos os termos
e em ordem direta.
a) Sai mais barato para a nação sustentar a família imperial.
b) O grande inimigo da raça humana é o egoísmo.
c) Por sete anos Jacob serviu Labão, pai de Raquel.
d) Estudiosos demonstram a importância do ato de ler.
e) A cada minuto nasce mais um otário.
“Sete quedas por mim passaram,
E todas sete se esvaíram.
Cessa o estrondo das cachoeiras, e com ele
A memória dos índios, pulverizada,
Já não desperta o mínimo arrepio.
[...]
Sete quedas por nós passaram,
E não soubemos, ah, não soubemos amá-las”
(Adeus a Sete Quedas. Carlos Drummond de Andrade.)

038. (INÉDITA/2024) No texto precedente, a forma verbal que vem antes de seu sujeito é
a) passaram
b) esvaíram
c) cessa
d) desperta
e) soubemos

039. (SELECON/GUARDA CIVIL/PREF. DE BOA VISTA-RR/2021) Em “Muitos países, regiões e


municípios, também dentro do Estado brasileiro, vivem sem soberania alimentar e outros
tantos vivem com sua soberania alimentar ameaçada pelos fatores supramencionados”, o
termo “sem soberania alimentar” exerce a função de:
a) sujeito
b) aposto
c) objeto indireto
d) adjunto adverbial

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040. (FCC/ASSISTENTE LEGISLATIVO/AL-AP/2020)


“o desempenho dos chips de computador dobra, sem que aumentem os custos de fabricação.”
O segmento destacado acima exerce a mesma função sintática daquele destacado em:
a) Vale lembrar que o computador que usamos hoje também começou com um passo singelo.
b) A revelação foi resultado de uma distração.
c) O arquivo, já programado para ser divulgado oficialmente, permaneceu poucos segundos
no ar.
d) O avanço ainda se restringe a âmbitos estritamente técnicos.
e) Algum funcionário da NASA, também envolvido com o projeto.

RELAÇÕES DE COORDENAÇÃO ENTRE ORAÇÕES E TERMOS DA ORAÇÃO

041. (FGV/PROFESSOR/PREF. MUN. PAULÍNIA-SP/2021) A conjunção e é certamente a mais


empregada em nossa língua. Assinale a frase a seguir em que essa conjunção estabelece
uma relação de causa e consequência.
a) Comeu e bebeu até tarde.
b) Agrediu a comissária e o expulsaram do voo.
c) Entrou no ônibus e sentou-se na poltrona 5.
d) Abriu o livro e leu o primeiro parágrafo.
e) O policial prendeu o bandido e o levou para a prisão.

042. (FCC/ASSISTENTE LEGISLATIVO/AL-AP/2020)


“mas já é apelidado de “o Santo Graal da computação”. (5º parágrafo)
Sem prejuízo para as relações de sentido estabelecidas no texto, uma redação correta para
o segmento acima, transformando-o em um período independente, está em:
a) Com isso, é apelidado de “o Santo Graal da computação”.
b) No entanto, foi apelidado “o Santo Graal da computação”.
c) Assim, apelidaram-no de “o Santo Graal da computação”.
d) Conforme já se apelidou de “o Santo Graal da computação”.
e) Já é, porém, apelidado de “o Santo Graal da computação”.

043. (FCC/ASSISTENTE LEGISLATIVO/AL-AP/2020) Na oração “Nem Hazeroth nem Magog


foram eleitos”, a relação estabelecida entre os sujeitos e o verbo é de
a) comparação.
b) conclusão.
c) alternância.
d) exclusão
e) adição.

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044. (FCC/ASSISTENTE LEGISLATIVO/AL-AP/2020) Estabelece-se entre as ideias das orações


“Era uma exceção, mas certamente os outros deviam ser quase semideuses (...)” relação de
a) coordenação, articulada pelo emprego do sentido de adversidade do conectivo.
b) paralelismo, efetuado pela independência entre as orações.
c) subordinação, efetuada pelo sentido de oposição entre as orações.
d) situação, marcadamente designada pela presença de advérbios.
e) nominação, efetuada pelo emprego de substantivos.
Projeções sobre o impacto do clima no fluxo de rios têm sido calculadas há décadas, a
maioria com base em modelos físicos, como é o caso das projeções realizadas pelo IPCC (Painel
Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas). Entretanto, novas análises indicam que esses
modelos subestimam a disponibilidade de água no cenário da atual emergência climática.
É o caso de uma pesquisa conduzida pelo professor Günter Blöschl, da Universidade
Técnica de Viena, na Áustria, que se uniu a colegas da China, da Austrália, dos EUA e da
Arábia Saudita para construir e analisar um grande banco de dados de observações de
fluxos d’água em todo o mundo. A investigação incluiu mais de 9.500 bacias hidrográficas
do planeta, com dados de diferentes décadas.
Os resultados foram publicados no periódico Nature Water e mostram que as consequências
das mudanças climáticas ao criar crises hídricas locais têm uma extensão ainda maior do que
o esperado. Isso porque, segundo o novo estudo, a conexão entre precipitação e quantidade
de água nos rios é mais sensível do que se pensava.
“Na comunidade da climatologia, os efeitos das mudanças climáticas na atmosfera são
muito bem compreendidos. No entanto, suas consequências locais nos rios e na disponibilidade
de água caem no campo da hidrologia”, explica Blöschl, em comunicado.
A crise climática altera a circulação atmosférica global, que por sua vez muda o regime
de chuvas e a evaporação em boa parte do mundo. Consequentemente, a quantidade de
água dos rios para ser utilizada localmente também sofre mudanças.
Daí porque, segundo os autores, os modelos de previsão dos efeitos das mudanças
climáticas no abastecimento hídrico devem ser revisados, pois eles não têm as medições
de escoamento que o novo modelo proporciona.
De acordo com a análise, o fluxo global de água esperado entre 2021 e 2050 pode ser
menor do que o previsto pelos Modelos do Sistema Terrestre. Principalmente na África, na
Austrália e na América do Norte, que têm um risco significativamente maior de crises de
abastecimento de água nas próximas três décadas.

045. (CONSULPAM/TÉCNICO/ICTIM/2023) “Entretanto, novas análises indicam que esses


modelos subestimam a disponibilidade de água no cenário da atual emergência climática”.
O termo destacado no trecho acima pode ser substituído sem prejuízo de significado por:
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a) Enquanto isso.
b) Com base nisso.
c) No entanto.
d) Portanto.

RELAÇÕES DE SUBORDINAÇÃO ENTRE ORAÇÕES E ENTRE TERMOS DA ORAÇÃO

046. (INÉDITA/2024) Em todas as frases abaixo há orações adjetivas destacadas; a frase


em que foi proposto um adjetivo adequado para a substituição de uma dessas orações, é:
a) Louça que quebra facilmente gera muitos prejuízos para os restaurante. / estilhaçável
b) A atitude que não suporto é a indiferença. / desagradável
c) A vingança é um prato que se come frio. / congelado
d) Ele sofre de uma doença que se prolonga indefinidamente. / crônica
e) A PRF parou os ônibus que fazia o trajeto entre GO e MG. / intermunicipal

Estudos se debruçam sobre o impacto mental do novo coronavírus


Enquanto a pandemia deixa um rastro de mortes no planeta, seu impacto na saúde mental
das pessoas vem rendendo diversos estudos. De acordo com os pesquisadores, espera-
se um número expressivo de indivíduos que desenvolverão algum tipo de transtorno
psiquiátrico, como ansiedade e depressão. A psiquiatra Carol North, professora da University
of Texas Southwestern, é uma das autoras de artigo publicado no meio deste mês na revista
científica “New England Journal of Medicine”. “Praticamente todos experimentarão algum
grau de angústia e sofrimento, mas há grupos que serão afetados com maior intensidade.
São àqueles formados por pessoas que contraíram a doença; pelos indivíduos que pertencem
a categorias de risco, como os idosos; e os que já apresentavam problemas psiquiátricos
ou de abuso de substâncias”, afirmou.

047. (IBGP/MUNICIPIO DE BAMBUÍ MG/ENGENHEIRO CIVIL/2020) Acerca da estrutura da


oração e do período, é CORRETO afirmar que a partícula “que”, em “um número expressivo
de indivíduos que desenvolverão algum tipo de transtorno psiquiátrico”, introduz uma:
a) Oração subordinada substantiva completiva nominal.
b) Oração subordinada substantiva predicativa.
c) Oração subordinada adjetiva explicativa.
d) Oração subordinada adjetiva restritiva.

048. (IBGP/MUNICIPIO DE ITABIRA/ENGENHEIRO CIVIL/2020)

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“[...] os municípios, que são os responsáveis pela maior parte das matrículas públicas no
ensino infantil e fundamental, focarão, em 2020, na formação dos docentes [...]”
A frase em destaque é uma oração subordinada adjetiva que produz, sobre o núcleo do
sujeito da oração principal, um efeito de sentido de:
a) Restrição.
b) Condição.
c) Explicação.
d) Comparação.

049. (FGV/PROFESSOR/PREF. MUN. PAULÍNIA-SP/2021) Em todas as frases abaixo temos,


destacada, uma oração adjetiva.
Assinale a opção que apresenta a proposta adequada de substituição de uma dessas orações.
a) Não há acaso no governo das coisas humanas, e a fortuna é apenas uma palavra que não
tem sentido nenhum / insensível.
b) Não sei se as outras pessoas são como eu, mas logo que acordo gosto de desprezar os
que dormem / dorminhocos.
c) O arqueiro que ultrapassa o alvo falha tanto como aquele que não o alcança / preciso.
d) Outrora os analfabetos eram os que não iam à escola; hoje são os que a frequentam /
preguiçosos.
e) O barômetro é um instrumento engenhoso que indica o tempo que estamos tendo / ocioso.

050. (FGV/PROFESSOR/PREF. MUN. PAULÍNIA-SP/2021) Assinale a opção que apresenta a frase


em que a oração reduzida foi substituída adequadamente por uma oração desenvolvida.
a) Há apenas um dever: o de sermos felizes / de que fôssemos felizes.
b) Felicidade é como um beijo: você deve compartilhar para aproveitá-lo / para que o
aproveitasse.
c) Felicidade é a única coisa que podemos dar sem possuir / sem que a possuamos.
d) As pessoas mais felizes são aquelas que não têm nenhuma razão específica para serem
felizes, exceto pelo fato de que elas são / para terem felicidade.
e) Você não será feliz com mais até ser feliz com o que você já tem / até que sejam felizes
com o que você já tem.

Pessoa que já serviu na polícia secreta de Londres e de New York tem anunciado nos
nossos diários que oferece os seus préstimos para descobrir coisas furtadas ou perdidas. Não
publica o nome; prova de que é realmente um ex-secreta* inglês ou americano. A primeira
ideia do ex-secreta local seria imprimir o nome, com indicação da residência. Não há ofício
que não traga louros, e os louros fizeram-se para os olhos dos homens. Não tenho perdido

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nada, nem por furto, nem por outra via; deixo de recorrer aos préstimos do anunciante,
mas aproveito esta coluna para recomendá-los aos meus amigos e leitores.
Pois que a fortuna trouxe às nossas plagas um perfeito conhecedor do ofício, erro é não
o aproveitar. Não se perdem somente objetos: perdem-se também vidas, nem sempre se
sabe quem é que as leva. Ora, conquanto não se achem as vidas perdidas, importa conhecer
as causas da perda, quando escapam à ação da lei ou da autoridade. Não foi assassínio,
mas suicídio, o dessa Ambrosina Cananeia, que deixou a vida esta semana. Era uma pobre
mulher trabalhadeira, com dois filhos adolescentes e mãe valetudinária**; morava nos
fundos de uma estalagem da rua da Providência. O filho era empregado, a filha aprendia a
fazer flores... Não sei se te lembras do acontecimento: tais são os casos de sangue destes
dias que é natural vir o fastio e ir-se a memória. Pois fica lembrado.
A causa do suicídio não foi a pobreza, ainda que a pessoa fosse pobre. Nem desprezo
de homem, nem ciúmes. A carta deixada dizia em começo: “Vou dar-te a última prova
de amizade... É impossível mais tolerar a vida por tua causa; deixando eu de existir, você
deixa de sofrer.” Você é uma mocinha de dezesseis anos, vizinha, dizem que bonita, amiga
da morta. Segundo a carta, a mocinha era castigada por motivo daquela afeição, tudo de
mistura com um casamento que lhe queriam impor.
O que é único, é esta amiga que se mata para que a outra não padeça. A outra era
diariamente espancada, quase todos os vizinhos o sabiam pelos gritos e pelo pranto da
vítima − “tudo por causa da nova amizade”. Não podendo atalhar o mal da amiga, Ambrosina
buscou um veneno, meteu no seio as cartas da amiga e acabou com a vida em cinco minutos.
“Adeus, Matilde; recebe o meu último suspiro”.
Os tempos, desde a antiguidade, têm ouvido suspiros desses, mas não são últimos. Que a
morte de uma trouxesse a da outra, voluntária e terrível, não seria comum, mas confirmaria
a amizade. As afeições grandes podem não suportar a viuvez. Quem eu quisera ouvir sobre
isto era o ex-secreta de Londres e de New York, onde a polícia pode ser que penetre além
do delito e suas provas, e passeie na alma da gente, como tu, por tua casa.
* secreta: agente secreto.
** valetudinário: que ou o que é de constituição física débil, doentia, sempre sujeito a
enfermidades.

051. (FCC/ANALISTA/MANAUSPREV /2021) Em “Ora, conquanto não se achem as vidas


perdidas, importa conhecer as causas da perda, quando escapam à ação da lei ou da
autoridade.” (2º parágrafo), a oração destacada expressa, em relação à oração que a
sucede, ideia de
a) proporção.
b) concessão.

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c) condição.
d) consequência.
e) causa.

052. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO AUXILIAR/TJ-SC /2021) Em “O champanhe que tinha


comprado para celebrar com os vizinhos a sua entrada na universidade” (9º parágrafo), o
trecho destacado exprime ideia de
a) conclusão.
b) condição.
c) causa.
d) consequência.
e) finalidade.

ILUMINAÇÃO
A Prefeitura foi intrujada quando, em 1920, aqui se firmou um contrato para o
fornecimento de luz. Apesar de ser o negócio referente a claridade, julgo que assinaram
aquilo às escuras. É um BLUFF*. Pagamos até a luz que a lua nos dá.
*BLUFF expressão inglesa que foi aportuguesada como “blefe”: atitude enganadora, em
jogo de cartas, que busca iludir o adversário.

053. (FCC/ASSISTENTE LEGISLATIVO/AL-AP/2020) A expressão “Apesar de” estabelece entre


as orações relação de:
a) proporção.
b) consequência.
c) condição.
d) conformidade.
e) concessão.

054. (CONSULPAM/TÉCNICO/ICTIM/2023) No trecho “novas análises indicam que esses


modelos subestimam a disponibilidade de água”, a oração em destaque exerce a mesma
função sintática do que o termo destacado em:
a) “Os resultados foram publicados no periódico Nature Water”.
b) “A crise climática altera a circulação atmosférica global”.
c) “suas consequências locais nos rios e na disponibilidade de água caem no campo da
hidrologia”.
d) “Consequentemente, a quantidade de água dos rios para ser utilizada localmente
também sofre mudanças”.

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055. (IDIB/NÍVEL SUPERIOR/MINISTÉRIO DA ECONOMIA/2021) Observe o período a seguir:


“Embora tenha sofrido muitas dificuldades, o cientista enriqueceu, não obstante permanecia
com suas atividades de filantropia”. Assinale a alternativa que apresente corretamente as
respectivas funções das conjunções em destaque.
a) concessão e oposição
b) alternância e oposição
c) explicação e conclusão
d) oposição e explicação
e) hipótese e concessão

FUNÇÕES DO QUE E DO SE

056. (INÉDITA/2024) A frase em que o “se” possui valor condicional é:


a) Feriu-se gravemente no clube de tiro.
b) Vive-se muito bem nos países com IDH alto.
c) Se ele trouxer o abridor, beberemos vinho.
d) Compraram-se muitas máscaras no início da pandemia.
e) Foi-se embora, reclamando.

057. (INÉDITA/2024) Em “O programa de privatizações do Reino Unido dos anos 1980-1990,


comandado pela primeira-ministra Margaret Thatcher, foi o caso paradigmático, que serviu
de modelo para diversos países”, a forma destacada é um pronome relativo que exerce
função sintática de sujeito da oração subordinada adjetiva explicativa; a opção em que a
forma “que” possui a mesma classificação é:
a) “Em agosto, constatamos que a pandemia do novo coronavírus estava longe do fim”
b) “O governo pretende avançar muito mais no processo de privatização com a venda dos
Correios, da Eletrobras e de subsidiárias da Caixa, do Banco do Brasil e da Petrobras, que
pretende vender oito de suas refinarias”
c) “O artigo de Stevan Thomas e o livro de Jean Hansen e Jacques Perceboais deixam isso muito
evidente, inclusive mostrando que as agências reguladoras do Reino Unido e da França têm
perdido espaço para uma atuação mais direta do Estado, por meio de políticas discricionárias”
d) “Estudo recente sobre o mercado de refino da Europa concluiu que ‘dividir a indústria
em players menores para incentivar mais concorrência pode levar a preços mais altos para
os consumidores’”
e) “Na verdade, essa é a retorica atual que legitima um processo de privatização que
está associado à geração de novos espaços para ampliação do capital privado nacional
e internacional”

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058. (INÉDITA/2024) “Vale notar que tal comprovação é opcional para os prestadores
privados que assumiram a prestação dos serviços via licitação antes da aprovação da lei,”
(Ana Lúcia e Suyá Quintslr. Reforma urbana e direito à cidade, 2022).

Qual a classificação morfossintática expressões destacadas no texto, respectivamente?


a) conjunção integrante e partícula expletiva.
b) partícula expletiva e pronome relativo.
c) advérbio e partícula expletiva.
d) conjunção integrante e advérbio.
e) conjunção integrante e pronome relativo.
Governo não pode achar que as ruas decidirão reformas
O domingo de manifestações em favor do governo Bolsonaro, realizadas em 156
cidades, distribuídas pelos 26 estados e o Distrito Federal, serviu para mostrar que a direita
chegou mesmo às ruas, que eram monopólio da esquerda até junho de 2013, quando atos
espontâneos, à margem das máquinas sindicais lulopetistas, denunciaram a má qualidade
dos serviços públicos e da infraestrutura.
É possível inferir que a grande maioria dos que se vestiram de verde e amarelo no fim
de semana seja bolsonarista de raiz, sem representantes daquela parcela dos eleitores do
ex-capitão que votaram nele movidos por um forte sentimento antipetista. Demonstram
pesquisas que estes já abandonaram o presidente.
O pretexto da mobilização foi a resposta a passeatas, também realizadas em todo o
país, em defesa da Educação, depois que o novo ministro da área, Abraham Weintraub,
fez um pronunciamento desastrado para anunciar “cortes” no MEC, quando, na verdade,
era um contingenciamento. O ministro aproveitou para fazer críticas de fundo ideológico
a universidades, em que reinariam “bagunça” e “balbúrdia”. Com isso, deu pretexto para
a oposição organizar as manifestações, de que se aproveitaram até mesmo corporações
sindicais de servidores públicos, privilegiadas na atual Previdência, e levaram às ruas palavras
de ordem contra a reforma.
O bolsonarismo entendeu que deveria responder às manifestações de “esquerda”,
embora a defesa da educação seja uma bandeira suprapartidária. Foram, então, organizadas
as passeatas a favor do governo, algo pouco visto, e que costuma ocorrer em regimes
autoritários, como o de Nicolás Maduro, na Venezuela.
A iniciativa abriu espaço para a extrema direita pregar o fechamento do Congresso e
do STF, uma manifestação golpista. Bolsonaro agiu de forma correta ao desautorizar este
discurso. Enfim, a presença desses radicais foi desprezível.
Quanto mais não seja, o domingo serviu para reafirmar a popularidade do ministro da
Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, que tem sido batido no governo em questões como
a das armas. E demonstrar um inédito apoio ao ministro da Economia, Paulo Guedes, que
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trata de executar um ajuste a partir da Previdência, tema impopular. Mostra que a classe
média que ocupou a Paulista e a Avenida Atlântica, além de vias principais em várias outras
cidades, demonstra ter mais consciência que políticos da oposição.
Passada, porém, a manifestação a favor, deve o governo se voltar aos entendimentos
com o Congresso, espaço institucional para as mudanças necessárias nas leis, a fim de
que o país saia da estagnação em que se encontra. Não pode considerar que avanços que
venham a ser alcançados na reforma da Previdência e outras se deverão às pressões das
ruas, usadas quase sempre com intenções antidemocráticas.

059. (INÉDITA/2024) Assinale a alternativa em que a expressão destacada tem função de


pronome relativo.
a) É possível inferir que a grande maioria [...]
b) [...] serviu para mostrar que a direita chegou mesmo às ruas [...]
c) O bolsonarismo entendeu que deveria responder às manifestações de “esquerda” [...]
d) E demonstrar um inédito apoio ao ministro da Economia, Paulo Guedes, que trata de
executar um ajuste a partir da Previdência [...]
e) Demonstram pesquisas que estes já abandonaram o presidente [...]

060. (INÉDITA/2024) Assinale a frase abaixo que se encontra na voz passiva sintética ou
pronominal, com o pronome SE.
a) A partir de Sócrates, o ser humano voltou-se para si mesmo.
b) Após ser ofendida pelo adversário, a candidata foi-se embora, chorando.
c) O afastamento ocorreria precisamente se a universidade servisse imediatamente a
determinados interesses.
d) Após análise das faturas de um dos contratos, constatou-se que os consultores
apresentaram regime de trabalho incompatível com a realidade
e) Importa destacar que a violência intrafamiliar pode se dar de forma omissiva ou comissiva.

061. (INÉDITA/2024) “Afinal de contas, era em suas margens que ele se debruçava
todos os dias.”
Nesse segmento do texto, a expressão destacada tem valor expressivo, com função de
realce de algum termo ou ideia.
A frase abaixo em que essa expressão tem valor gramatical, fazendo parte da estrutura
sintática da frase, é:
a) Trata-se de uma ficha que pode ser adquirida em qualquer papelaria.
b) É aqui que eu trato da alma e da mente.
c) Os escrivães, fique o senhor sabendo, é que são as verdadeiras autoridades.
d) Explique então o que é que a gente vai fazer após a eliminação da Seleção Brasileira?
e) É nas grandes cidades brasileiras que se concentram os principais problemas sociais.
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Estudos se debruçam sobre o impacto mental do novo coronavírus


Enquanto a pandemia deixa um rastro de mortes no planeta, seu impacto na saúde mental
das pessoas vem rendendo diversos estudos. De acordo com os pesquisadores, espera-
se um número expressivo de indivíduos que desenvolverão algum tipo de transtorno
psiquiátrico, como ansiedade e depressão. A psiquiatra Carol North, professora da University
of Texas Southwestern, é uma das autoras de artigo publicado no meio deste mês na revista
científica “New England Journal of Medicine”. “Praticamente todos experimentarão algum
grau de angústia e sofrimento, mas há grupos que serão afetados com maior intensidade.
São àqueles formados por pessoas que contraíram a doença; pelos indivíduos que
pertencem a categorias de risco, como os idosos; e os que já apresentavam problemas
psiquiátricos ou de abuso de substâncias”, afirmou.

062. (IBGP/MUNICIPIO DE BAMBUÍ MG/ENGENHEIRO CIVIL/2020) De acordo com as partículas


“que” presentes no texto precedente, analise as afirmativas a seguir:
I – A partícula “que” em “um número expressivo de indivíduos que desenvolverão algum tipo
de transtorno psiquiátrico” exerce função morfológica de conjunção integrante.
II – As partículas “que” presentes em “por pessoas que contraíram a doença; pelos indivíduos
que pertencem a categorias de risco” exercem a mesma função morfológica.
III – No texto precedente, há duas partículas “que” exercendo função morfológica de
conjunção integrante.
Está(ão) CORRETA(S) a(s) afirmativa(s):
a) II apenas.
c) II e III apenas.
b) I e III apenas.
d) I, II e III.

063. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO AUXILIAR/TJ-SC /2021) UMA PESSOA COM CONHECIMENTO,


COM DIGNIDADE, UMA PESSOA QUE TODOS RESPEITARÃO (6º PARÁGRAFO) Era uma bela
geladeira, com muitos dispositivos que ela mal conhecia (8º parágrafo).
Os termos destacados referem-se, respectivamente, a
a) pessoa e ela.
b) todos e geladeira.
c) todos e dispositivos.
d) pessoa e geladeira.
e) pessoa e dispositivos

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064. (CONSULPAM/TÉCNICO/ICTIM/2023) Classifique a oração iniciada pelo ‘que’ no


período abaixo:
“pois eles não têm as medições de escoamento que o novo modelo proporciona”.
a) Oração subordinada substantiva objetiva direta.
b) Oração subordinada adjetiva restritiva.
c) Oração subordinada adverbial proporcional.
d) Oração subordinada substantiva completiva nominal.

065. (IDIB/TÉCNICO EM INFORMATICA/CÂMARA DE PLANALTINA/2021) Em “Tenho um sobrinho,


um pensador irreverente de botequim, que gosta de dizer o seguinte: [...]”, a partícula “que”
está exercendo função gramatical de
a) conjunção integrante.
b) conjunção explicativa.
c) pronome relativo.
d) pronome interrogativo.

SINTAXE DE CONCORDÂNCIA, DE REGÊNCIA E DE COLOCAÇÃO

066. (INÉDITA/2024) Todas as frases abaixo sofreram a mesma alteração; a opção em que
a mudança causa erro de regência verbal é:
a) Todos acudiram ao candidato / Todos acudiram o candidato
b) O residente assistiu ao paciente enfermo / O residente assistiu o paciente enfermo
c) O perfume de que eu gosto não está mais disponível / O perfume que eu gosto não está
mais disponível
d) O prefeito eleito declinou do cargo / O prefeito eleito declinou o cargo
e) Ele não sofreu com a doença, pois goza de boa saúde / Ele não sofreu com a doença, pois
goza boa saúde

067. (INÉDITA/2024) “Essa piora reflete a frustração [...]”


“[...] a mediana das projeções indica uma expansão de 1,23% [...]”
“[...] O texto menciona uma “robusta reforma” [...]”
As expressões em destaque nos excertos apresentados podem ser substituídas
adequadamente, considerando a escolha pronominal e respectiva colocação, por:
a) a reflete / a indica / menciona-o
b) lhe reflete / lhe indica / a menciona
c) reflete-a / lhe indica / menciona-lhe
d) a reflete / a indica / a menciona

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e) reflete-lhe / a indica / menciona-a

068. (INÉDITA/2024) “Segundo os pesquisadores da UFBA, o vírus da febre Zika chegou ao


país, provavelmente, durante a Copa do Mundo de Futebol em 2014, uma vez que não havia
registros da doença na América Latina”
A forma verbal destacada no excerto precedente poderia ser substituída, mantendo-se a
correção gramatical e o significado original, por
a) tinham
b) haviam
c) existia
d) tinha
e) existiam

069. (INÉDITA/2024) Entre as frases abaixo, aquela que possui um erro gramatical, é:
a) Em dezembro de 2019, haviam vários casos de pneumonia na cidade de Wuhan, província
de Hubei, na China.
b) Chegou ao Brasil um milhão de vacinas produzidas pela AstraZeneca.
c) Se todos nós nos mantivermos aquecidos, o perigo de hipotermia é inexistente.
d) A situação dos imigrantes venezuelanos na região Norte do Brasil se afasta muito das
condições dignas de vida.
e) A civilização do século XX tornou-se altamente dependente do mais nobre dos combustíveis:
o petróleo.

“Já se tornou uma rotina na vida do estudante Victor Antonioli Velozo. Todo mês, ele
vai à Biblioteca Municipal Paul Harris, em São Caetano do Sul, para devolver o livro que
acabou de ler e apanhar o novo que irá acompanhá-lo nas próximas quatro semanas. O
hábito começou em 2018, quando Velozo precisou fazer um trabalho escolar. Como não
tinha dinheiro para comprar o material de pesquisa nem ambiente ideal para estudar em
casa, resolveu ir à biblioteca. “Depois desse dia, acabei pegando mais gosto pelos livros,
pelo lugar e pelas pessoas que frequentam a Paul Harris, que me dá toda a estrutura para
estudar”, conta o estudante de 16 anos, aluno do segundo ano do ensino médio.
Só que, em breve, a biblioteca deve ser transferida de local – e a mudança está causando
apreensão nos funcionários e revolta nos frequentadores. A Prefeitura de São Caetano do
Sul anunciou que os mais de 30 mil livros serão levados da atual sede, que tem dois andares,
para um espaço de 200m2 no edifício da Secretaria de Educação, conhecido na cidade como
“aquário”, porque suas paredes são revestidas com vidro, do piso ao teto.

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Para funcionários da Paul Harris, a mudança coloca em risco o acervo, em razão do


tamanho do novo espaço. Pelo mesmo motivo, os funcionários temem que haja uma forte
queda na quantidade de visitantes, que antes da pandemia chegava a ser de mais de 10
mil pessoas por mês.”

070. (INÉDITA/2024) No texto, há uma série de ocorrências da preposição “de”; a frase em


que essa preposição é solicitada por um termo anterior é
a) “[...] conta o estudante de 16 anos [...]”
b) “Como não tinha dinheiro para comprar o material de pesquisa [...]”
c) “[...] 30 mil livros serão levados da atual sede [...]”
d) “[...] porque suas paredes são revestidas com vidro, do piso ao teto.”
e) “A Prefeitura de São Caetano do Sul anunciou que [...]”
Estudos se debruçam sobre o impacto mental do novo coronavírus
Enquanto a pandemia deixa um rastro de mortes no planeta, seu impacto na saúde
mental das pessoas vem rendendo diversos estudos. De acordo com os pesquisadores,
espera-se um número expressivo de indivíduos que desenvolverão algum tipo de transtorno
psiquiátrico, como ansiedade e depressão. A psiquiatra Carol North, professora da University
of Texas Southwestern, é uma das autoras de artigo publicado no meio deste mês na revista
científica “New England Journal of Medicine”. “Praticamente todos experimentarão algum
grau de angústia e sofrimento, mas há grupos que serão afetados com maior intensidade.
São àqueles formados por pessoas que contraíram a doença; pelos indivíduos que pertencem
a categorias de risco, como os idosos; e os que já apresentavam problemas psiquiátricos
ou de abuso de substâncias”, afirmou.

071. (IBGP/MUNICIPIO DE BAMBUÍ MG/ENGENHEIRO CIVIL/2020) Leia o trecho a seguir:


“Enquanto a pandemia deixa um rastro de mortes no planeta, seu impacto na saúde mental
das pessoas vem rendendo diversos estudos.”
Sobre a concordância do verbo “vem” (linha 3), assinale a alternativa CORRETA:
a) Deve levar acento, pois concorda com o seu sujeito “pandemia”, no singular.
b) Deve levar acento, pois concorda com o seu sujeito “pessoas”, no plural. (c) Não deve
levar acento, e está corretamente empregado, uma vez que seu sujeito está no singular.
d) Não deve levar acento, e está corretamente empregado, uma vez que seu sujeito está
no plural.

072. (IBGP/MUNICIPIO DE ITABIRA/ENGENHEIRO CIVIL/2020)


“Os resultados disponíveis mostram que a maioria dos estudantes brasileiros obteve
desempenho abaixo do adequado e não conseguem, por exemplo, tomar decisões em
contextos que são relevantes para eles [...]”
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Com relação à concordância determinada pela norma-padrão, as formas verbais em


destaque estão:
a) Ambas corretas.
b) Ambas incorretas.
c) Correta e incorreta respectivamente.
d) Incorreta e correta respectivamente.

073. (IBGP/MUNICIPIO DE ITABIRA/ENGENHEIRO CIVIL/2020)


“O Pisa oferece avaliação em competência financeira de forma optativa aos países integrantes
do programa.”
O verbo dessa oração possui dois complementos cujas regências são:
a) Ambas diretas.
b) Ambas indiretas.
c) Direta (sem preposição) e indireta (com preposição), respectivamente.
d) Indireta (com preposição) e direta (sem preposição), respectivamente.

074. (FGV/PROFESSOR/PREF. MUN. PAULÍNIA-SP/2021) Em todos os pensamentos abaixo,


o enunciador teve a preocupação de construir frases com paralelismo sintático.
Assinale a opção que apresenta a frase em que essa preocupação acaba por gerar um erro
gramatical.
a) Eu pego as lendas e as transformo em coisas comuns; Mozart pega as coisas comuns e
as transforma em lendas.
b) Sucesso é conseguir o que você quer e felicidade é gostar do que você conseguiu.
c) As grandes épocas dizem: a arte. As épocas medíocres dizem: as artes.
d) A crítica é fácil e a arte é difícil.
e) Felicidade é alguém para amar, algo para fazer e algo para aspirar.

075. (FGV/PROFESSOR/PREF. MUN. PAULÍNIA-SP/2021) Em todas as frases abaixo houve a


utilização do advérbio onde.
Assinale a opção que apresenta a frase em que, segundo a gramática tradicional, deveria
ser usada a forma mais adequada aonde.
a) Felicidade é um lugar onde você pode pousar, mas não pode fazer seu ninho.
b) Se você já construiu castelos no ar, não tenha vergonha deles. Estão onde devem estar.
Agora, dê-lhes alicerces.
c) Quantas vezes eu descobri onde eu deveria ir apenas por partir para algum outro lugar.
d) O importante da vida não é a situação onde estamos, mas a direção para a qual nos movemos.
e) Um bom lugar para você começar é de onde você está.
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EMPREGO DO SINAL INDICATIVO DE CRASE

076. (INÉDITA/2024) A frase em que o emprego do acento grave (crase) é justificado por
razão diferente dos demais é:
a) À meia noite, os fogos explodiram no céu de Copacabana.
b) O candidato não entregou o extrato à Receita Federal.
c) O escritor deu um livro autografado à fã.
d) O assessor atribuiu culpa à editora.
e) À relatora, o assessor apresentou o parecer técnico.

077. (INÉDITA/2024) Assinale a alternativa na qual a escrita está correta em relação ao


uso da crase.
a) Tárcia Clara, aluna do IFAL, disse que o professor praticamente a obrigou à fazer o teste.
b) Quando leio O Conde de Monte Cristo, retorno à França de Napoleão.
c) Tenho verdadeira devoção à Nossa Senhora dos Prazeres.
d) No debate, os candidatos ficaram cara à cara.
e) O presidente do time apresentou-se contra às ações do treinador.

078. (INÉDITA/2024) Assinale a frase em que há um erro gramatical.


a) Aos que me perguntam o motivo de minhas viagens, geralmente lhes respondo que sei
bem do que fujo, mas não o que busco.
b) Três coisas existem de que sempre gostei muito e que mais consegui compreender: a
música, a pintura e as mulheres.
c) Não contesto que a medicina seja útil à alguns homens, mas digo que ela é funesta ao
gênero humano.
d) A polícia é uma instituição necessária à ordem e à vida da cidade.
e) Quem come do fruto da árvore da sabedoria sempre é arrojado de algum paraíso.
Estudos se debruçam sobre o impacto mental do novo coronavírus
Enquanto a pandemia deixa um rastro de mortes no planeta, seu impacto na saúde
mental das pessoas vem rendendo diversos estudos. De acordo com os pesquisadores,
espera-se um número expressivo de indivíduos que desenvolverão algum tipo de transtorno
psiquiátrico, como ansiedade e depressão. A psiquiatra Carol North, professora da University
of Texas Southwestern, é uma das autoras de artigo publicado no meio deste mês na revista
científica “New England Journal of Medicine”. “Praticamente todos experimentarão algum
grau de angústia e sofrimento, mas há grupos que serão afetados com maior intensidade.
São àqueles formados por pessoas que contraíram a doença; pelos indivíduos que pertencem
a categorias de risco, como os idosos; e os que já apresentavam problemas psiquiátricos
ou de abuso de substâncias”, afirmou.

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079. (IBGP/MUNICIPIO DE BAMBUÍ MG/ENGENHEIRO CIVIL/2020) Sobre o emprego do acento


grave indicador de crase no texto precedente, é CORRETO afirmar que:
a) O termo “a”, em “enquanto a pandemia”, deveria ter sido craseado.
b) O termo “a”, em “A psiquiatra Carol North”, deveria ter sido craseado.
c) O termo “àqueles”, em “São àqueles formados por pessoas”, não deveria ter sido craseado.
d) O termo “a”, em “pessoas que contraíram a doença” deveria ter sido craseado.

080. (IDIB/TÉCNICO ADMINISTRATIVO/CÂMARA DE PLANALTINA/2021) Em “Se quisermos


levar a sério o combate à mudança climática,...”, ocorreu a crase porque
a) é uma locução adverbial feminina que sempre vem acompanhada de crase.
b) o verbo “combate” pede a preposição A e o substantivo “mudança” aceita o artigo A.
c) o verbo “levar” pede a preposição A e o nome “combate” também pede a preposição A.
d) o nome “combate” pede a preposição A e o substantivo “mudança” aceita o artigo A.

EMPREGO DOS SINAIS DE PONTUAÇÃO

081. (INÉDITA/2024) A frase em que o emprego da vírgula se mostra inadequado é:


a) “As multinacionais norte-americanas, recorrem frequentemente à filantropia para
mascarar os crimes que as enriqueceram”
b) “Nos Estados Unidos, o patrimônio da maioria das famílias afro-americanas permanece
abaixo dos US$ 20.000”
c) “As famílias afro-americanas devem, por isso, residir em bairros pobres e matricular seus
filhos em escolas medíocres”
d) “O Mapa da Violência 2019, elaborado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública e pelo
Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea), é categórico”
e) “Essas práticas de violação, violência policial e racismo têm sido denunciadas pelo
movimento negro brasileiro há décadas”
Governo não pode achar que as ruas decidirão reformas
O domingo de manifestações em favor do governo Bolsonaro, realizadas em 156
cidades, distribuídas pelos 26 estados e o Distrito Federal, serviu para mostrar que a direita
chegou mesmo às ruas, que eram monopólio da esquerda até junho de 2013, quando atos
espontâneos, à margem das máquinas sindicais lulopetistas, denunciaram a má qualidade
dos serviços públicos e da infraestrutura.
É possível inferir que a grande maioria dos que se vestiram de verde e amarelo no fim
de semana seja bolsonarista de raiz, sem representantes daquela parcela dos eleitores do
ex-capitão que votaram nele movidos por um forte sentimento antipetista. Demonstram
pesquisas que estes já abandonaram o presidente.

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O pretexto da mobilização foi a resposta a passeatas, também realizadas em todo o


país, em defesa da Educação, depois que o novo ministro da área, Abraham Weintraub,
fez um pronunciamento desastrado para anunciar “cortes” no MEC, quando, na verdade,
era um contingenciamento. O ministro aproveitou para fazer críticas de fundo ideológico
a universidades, em que reinariam “bagunça” e “balbúrdia”. Com isso, deu pretexto para
a oposição organizar as manifestações, de que se aproveitaram até mesmo corporações
sindicais de servidores públicos, privilegiadas na atual Previdência, e levaram às ruas palavras
de ordem contra a reforma.
O bolsonarismo entendeu que deveria responder às manifestações de “esquerda”,
embora a defesa da educação seja uma bandeira suprapartidária. Foram, então, organizadas
as passeatas a favor do governo, algo pouco visto, e que costuma ocorrer em regimes
autoritários, como o de Nicolás Maduro, na Venezuela.
A iniciativa abriu espaço para a extrema direita pregar o fechamento do Congresso e
do STF, uma manifestação golpista. Bolsonaro agiu de forma correta ao desautorizar este
discurso. Enfim, a presença desses radicais foi desprezível.
Quanto mais não seja, o domingo serviu para reafirmar a popularidade do ministro da
Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, que tem sido batido no governo em questões como
a das armas. E demonstrar um inédito apoio ao ministro da Economia, Paulo Guedes, que
trata de executar um ajuste a partir da Previdência, tema impopular. Mostra que a classe
média que ocupou a Paulista e a Avenida Atlântica, além de vias principais em várias outras
cidades, demonstra ter mais consciência que políticos da oposição.
Passada, porém, a manifestação a favor, deve o governo se voltar aos entendimentos
com o Congresso, espaço institucional para as mudanças necessárias nas leis, a fim de
que o país saia da estagnação em que se encontra. Não pode considerar que avanços que
venham a ser alcançados na reforma da Previdência e outras se deverão às pressões das
ruas, usadas quase sempre com intenções antidemocráticas.

082. (INÉDITA/2024) Sobre o texto precedente, analise as assertivas e assinale a alternativa


que aponta as corretas.
I – O uso de aspas no terceiro parágrafo denota, por parte do jornal O Globo, um posicionamento
contrário ao pronunciamento de Abraham Weintraub.
II – Em “depois que o novo ministro da área, Abraham Weintraub, fez um pronunciamento
desastrado para anunciar ‘cortes’ no MEC”, a primeira vírgula pode ser suprimida sem
comprometer a correção gramatical do trecho.
III – O último período do terceiro parágrafo está corretamente reescrito da seguinte
forma: “Com isso, deu-se pretexto para a oposição organizar as manifestações; de que se
aproveitaram até mesmo corporações sindicais de servidores públicos (privilegiadas na
atual Previdência) e levaram às ruas palavras de ordem contra a reforma.”
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a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e II.
e) Apenas II e III.

“Por conseguinte, e ao contrário do que comumente (e lamentavelmente) se lê em textos


assinados por sociolinguistas – num discurso que se repete também nos livros didáticos de
português, supostamente “atualizados” com os avanços da ciência linguística –, a norma-
padrão definitivamente não é uma das muitas variedades linguísticas que existem na
sociedade. Não existe uma variedade padrão (aliás, uma contradição em termos, pois se é
padrão, isto é, uniforme e invariante, como pode ser uma “variedade”?), nem um dialeto-
padrão, nem uma língua padrão, embora esses termos pululem na bibliografia dedicada ao
tema. O que existe é uma norma-padrão, língua materna de ninguém, língua paterna por
excelência, língua da Lei, uma norma no sentido mais jurídico do termo.”

083. (INÉDITA/2024) Nesse segmento textual, as duas ocorrências dos parênteses têm a
finalidade de:
a) Confrontar a afirmativa anterior.
b) Demarcar o ponto de vista do autor em relação à temática abordada.
c) Retificar da afirmativa precedente.
d) Esclarecer o significado de um termo anterior.
e) Acrescentar fatos adicionais ao conteúdo central do texto.

084. (FCC/ASSISTENTE LEGISLATIVO/AL-AP/2020/ADAPTADA) A pontuação se mantém


correta no seguinte excerto:
a) Hoje, a computação quântica, uma revolução tecnológica, deixa no passado, o raciocínio
da duplicação de capacidade de cálculos, à base de silício.
b) Trata-se de um caminho que, levará a transformações radicais − não apenas em algumas,
mas em diversas áreas.
c) Como se sabe, o computador que usamos hoje, também começou de forma inusitada,
com um passo singelo.
d) O jornal Financial Times, flagrou o arquivo, confidencial, o qual permaneceu, apenas por
poucos segundos, no ar.
e) Um diagrama numérico, publicado pela matemática inglesa Ada Lovelace (1815-1852),
veio a ser considerado o primeiro algoritmo computacional.

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085. (FCC/ASSISTENTE LEGISLATIVO/AL-AP/2020) A pontuação está inteiramente adequada


no seguinte enunciado:
a) Vista como forma radical, de evolução inorgânica, a propagação de vírus, é um fato da
computação.
b) Ao falar do conceito de vida, o autor do texto, previne que seria preciso alargá-lo, tendo
em vista: o que a ciência tem evoluído.
c) Pergunta-se se seria possível chamar também de vida, essas novas formas mutantes,
de vírus de computador?
d) O autor do texto inteira-nos, do desenvolvimento de certos vírus, que constituem um
processo que se dá, inteiramente à margem do nosso controle.
e) Não deixa de ser assustadora a possibilidade de que nós, criaturas orgânicas, sejamos
capazes de, a certa altura, concorrermos para uma evolução inorgânica.

086. (IDIB/TÉCNICO ADMINISTRATIVO/CÂMARA DE PLANALTINA/2021) Na frase “Tô com


fome mãe!”, deveria ter tido uma vírgula
a) depois do verbo “tô”, porque há orações coordenadas assindéticas.
b) depois do verbo “tô”, porque há um adjunto adverbial deslocado.
c) depois de “fome”, porque há um vocativo.
d) depois de “fome”, porque há um aposto.

087. (IDIB/TÉCNICO ADMINISTRATIVO/CÂMARA DE PLANALTINA/2021) Em “Larga de ser


mentiroso moleque!”, o ponto de exclamação expressa um sentimento de
a) compaixão.
b) repreensão.
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c) advertência.
d) desconfiança.

088. (IDIB/TÉCNICO ADMINISTRATIVO/CRECI–20ª REGIÃO/2021) No trecho: “A Terra, o


terceiro planeta mais próximo do Sol, apresenta cerca de 71% da sua superfície coberta
por oceanos de água salgada”. No excerto, a vírgula tem a função de isolar o
a) Adjetivo.
b) Aposto.
c) Vocativo.
d) Substantivo.

089. (IDIB/TÉCNICO EM INFORMATICA/CÂMARA DE PLANALTINA/2021) Em “Flecha, você é


machista?”, a vírgula foi empregada por qual razão?
a) Para isolar o aposto.
b) Para isolar o vocativo.
c) Para isolar o adjunto adverbial deslocado.
d) Para separar orações coordenadas assindéticas.
Memórias do cárcere
Graciliano Ramos
Chegávamos à cancela. E experimentei de chofre a necessidade imperiosa de expandir-
me numa clara ameaça. A desarrazoada tentação era tão forte que naquele instante não
me ocorreu nenhuma ideia de perigo.
– Levo recordações excelentes, doutor. E hei de pagar um dia a hospitalidade que os
senhores me deram.
– Pagar como? exclamou a personagem.
– Contando lá fora o que existe na Ilha Grande.
– Contando?
– Sim, doutor, escrevendo. Ponho tudo isso no papel. O diretor suplente recuou, esbugalhou
os olhos e inquiriu carrancudo:
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– O senhor é jornalista?
– Não senhor. Faço livros. Vou fazer um sobre a Colônia Correcional. Duzentas páginas
ou mais. Os senhores me deram assunto magnífico. Uma história curiosa, sem dúvida. O
médico enterrou-me os olhos duros, o rosto cortante cheio de sombras. Deu-me as costas
e saiu resmungando:
– A culpa é desses cavalos que mandam para aqui gente que sabe escrever.

090. (INÉDITA/2024) Em “Sim, doutor, escrevendo.”, a vírgula foi empregada para


a) isolar aposto
b) isolar vocativo
c) isolar uma explicação
d) isolar um termo adjunto

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GABARITO

ORTOGRAFIA OFICIAL E ACENTUAÇÃO GRÁFICA

1. c 3. c 5. c
2. c 4. e

ESTRUTURA E FORMAÇÃO DE PALAVRAS


6. a 8. d 10. c
7. a 9. c

EMPREGO DAS CLASSES DE PALAVRAS


11. a 16. a 21. c
12. a 17. c 22. b
13. e 18. b 23. d
14. b 19. c 24. b
15. c 20. a 25. d

DOMÍNIO DA ESTRUTURA MORFOSSINTÁTICA DO PERÍODO


26. d 31. e 36. d
27. d 32. c 37. d
28. d 33. a 38. c
29. a 34. c 39. d
30. d 35. b 40. b

RELAÇÕES DE COORDENAÇÃO ENTRE ORAÇÕES E TERMOS DA ORAÇÃO


41. b 43. e 45. c
42. e 44. a

RELAÇÕES DE SUBORDINAÇÃO ENTRE ORAÇÕES E ENTRE TERMOS DA ORAÇÃO


46. d 50. c 54. b
47. d 51. b 55. a
48. c 52. e
49. b 53. e

FUNÇÕES DO QUE E DO SE
56. c 58. e 60. d
57. b 59. d 61. a

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62. a 64. b
63. e 65. c

SINTAXE DE CONCORDÂNCIA, DE REGÊNCIA E DE COLOCAÇÃO


66. c 70. c 74. e
67. d 71. c 75. c
68. e 72. a
69. a 73. c

EMPREGO DO SINAL INDICATIVO DE CRASE


76. a 78. c 80. d
77. b 79. c

EMPREGO DOS SINAIS DE PONTUAÇÃO


81. a
82. a
83. b
84. e
85. e
86. c
87. b
88. b
89. b
90. b

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GABARITO COMENTADO

ORTOGRAFIA OFICIAL E ACENTUAÇÃO GRÁFICA

001. (FGV/TÉCNICO EM ENFERMAGEM/CÂM. DE ARACAJU/2021) “Convém, a quem nasce,


muita cautela na escolha do local, do ano e dos pais.” O verbo “nascer” é grafado com SC;
a palavra abaixo que também deveria ser escrita com essas letras é:
a) docente;
b) indecente;
c) fluorecente;
d) precisão;
e) concisão.

O vocábulo “fluorescente” é grafado com “sc”. Os vocábulos docente, indecente, precisão


e concisão são escritos com “c”.
Letra c.

002. (IBFC/SUPERVISOR DE COLETA E QUALIDADE/IBGE/2023) Em relação à ortografia das


palavras destacadas, assinale a alternativa incorreta.
a) O médico indicou uma ultrassonografia.
b) Gosto muito do filme do super-homem, apesar de ser antigo.
c) Aquela auto-estrada é muito movimentada.
d) O livro contava tudo sobre a pré-história.
e) O ex-governador ainda é muito popular.

Os registros “ultrassonografia”, “super-homem”, “pré-história” e “ex-governador” estão


corretos. O vocábulo “autoestrada” é registrado sem hífen, pois a vogal final de “auto” é
diferente da vogal inicial de “estrada”. Se fossem iguais, o hífen seria aplicado, como em
“auto-organização”.
Letra c.

003. (IBADE/SOLDADO/PMERJ/2023) Escrever palavras de forma ortográfica (do grego


ORTHOS = correta + GRAPHIA = escrita) é uma parte relevante da língua escrita. Aperfeiçoar
o emprego correto das letras na construção das palavras sugere o exercício constante da

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leitura e da escrita. Desse modo, a série de palavras que completa corretamente as lacunas
da assertiva “Aquele ______ pode ser uma ______, um ______, um ______ ou um ______” é:
a) apetrecho, prache, ultraje, impecilho, previlégio.
b) apetrexo, praxe, ultrage, empecilho, privilégio.
c) apetrecho, praxe, ultraje, empecilho, privilégio.
d) apetrecho, prache, ultrage, empecilho, previlégio.
e) apetrexo, praxe, ultrage, impecilho, previlégio.

Os registros ortográficos são estes: apetrecho, praxe, ultraje, empecilho e privilégio.


Letra c.

004. (CEBRASPE/PROFESSOR/SEED-PR/2021) Assinale a opção em que a palavra apresentada


está de acordo com a atual ortografia oficial da língua portuguesa.
a) seminternato
b) hiperssensibilidade
c) contra-regra
d) mão-de-obra
e) autoanálise

Em (e), a palavra “autoanálise” está grafada corretamente. O elemento “auto-” será seguido
de hífen apenas diante “o” ou “h”. Em (d), não se aplica hífen em locuções; em (a), aplica-se
hífen quando há vogais semelhantes (entre prefixo e base, como em semi-internato); em
(b), não se aplica hífen, pois o “r” deve ser duplicado: contrarregra. Por fim, o vocábulo em
(c) deve ser registrado com apenas um “s”: hipersensibilidade.
Letra e.

005. (INSTITUTO AOCP/SOLDADO/PMDF/2023) Assinale a alternativa em que os termos


destacados sejam acentuados pela mesma norma gramatical.
a) “(...) até os mais céticos – que duvidam da capacidade dos programas em atuar no
nosso lugar.”.
b) “O ChatGPT é um chatbot desenvolvido pela OpenAI que utiliza inteligência artificial
para promover diálogos incrivelmente humanizados.”.
c) “Em poucos segundos, você pode ter em sua tela a resposta para uma dúvida sobre
questões complexas de matemática (...)”.

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d) “(...) tem algo indispensável que seguirá sendo a espinha dorsal: o comando por trás de
toda resposta parte da mente humana.”.
e) “Em seguida, logo reparei que, se você aplicar comandos genéricos, terá também
respostas genéricas.”.

O mesmo padrão de acentuação está presente em (c), pois “dúvida” e “matemática” são
proparoxítonas. Nas demais alternativas, temos os seguintes pares: (a) oxítona e proparoxítona;
(b) paroxítona e proparoxítona; (d) paroxítona e oxítona; (e) proparoxítona e oxítona.
Letra c.

ESTRUTURA E FORMAÇÃO DE PALAVRAS

006. (IDECAN/TÉCNICO/SEFAZ-RR/2023) Em relação ao processo de formação de palavras,


há exemplo, assinalado, de derivação sufixal em:
Alternativas
a) “... um matinho sempre igual...”
b) “... um mundo de águas sujas...”
c) “... um buquê famoso...”
d) “... filme horrível...”
e) “A noite dormiu feliz.”

Na derivação sufixal, há o acréscimo de um SUFIXO. Em (a) o sufixo “-inho” é adicionado ao


radical “mat(o)”. Nas demais palavras, não há afixação de sufixos.
Letra a.

007. (IBADE/ASSISTENTE SOCIAL/ISE-AC/2021) Nos versos “Aceitar suas limitações / e me


fazer pedra de segurança”, as palavras destacadas sofreram o seguinte processo de formação:
a) derivação sufixal.
b) derivação parassintética.
c) derivação prefixal.
d) derivação regressiva.
e) derivação imprópria.

Para a banca, as palavras “limitações” e “segurança” são derivadas das formas verbais “limitar”
e “segurar”, às quais são adicionados os sufixos “-ção” e “-ança”. Assim, as duas palavras

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sofreram o processo de formação denominado derivação sufixal. Com isso, descartamos


as demais alternativas, pois não se trata de parassíntese (afixação simultânea de prefixo
e sufixo), derivação prefixal (pois na verdade são afixados os sufixos), derivação regressiva
(não há perda de algum morfema) ou derivação imprópria (não ocorre alteração de classe
gramatical sem a mudança de forma).
Letra a.

008. (INÉDITA/2024) O vocábulo “qualquer” é formado a partir do processo de


a) derivação parassintética.
b) prefixação.
c) sufixação.
d) composição.
e) derivação regressiva.

O vocábulo “qualquer” é formado pela junção de “qual” e “quer” (forma verbal flexionada).
Assim, como temos duas raízes unidas, o processo de formação é denominado composição. Não
se trata, então, de derivação parassintética, prefixação ou sufixação, pois não há acréscimo
de afixos. Também não pode ser derivação regressiva, pois não há eliminação de afixo.
Letra d.

009. (INÉDITA/2024) Entre as opções abaixo, assinale aquela em que o aumentativo destacado
perdeu o valor de aumentativo, designando uma outra realidade.
a) O prefeito causou indignação ao chegar em seu carrão blindado.
b) O corpanzil do policial assustou o ladrão.
c) O aluno tomou um pescoção do colega.
d) O paredão foi derrubado após a área de conflito ser pacificada.
e) Ele tomou um copão de refrigerante.

Os vocábulos “carrão”, “corpanzil”, “paredão” e “copão” (A, B, D e E) são aumentativos de


carro, corpo, parede e copo. A semântica é apenas uma: cada um dos termos está sendo
caracterizado como grande. Em (c), diferentemente, “pescoção” não designa um pescoço
grande. Na verdade, designa uma pancada no pescoço, desferida geralmente com a mão
(equivale a “pescoçada” ou “pescotapa”) (segundo a definição do Houaiss, 2009).
Letra c.

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010. (INÉDITA/2024) Assinale a opção abaixo que mostra uma relação inadequada entre
verbo e substantivo.
a) divertir / divertimento
b) melhorar / melhora
c) resolver / resposta
d) prover / provisão
e) anabolizar / anabolização

Em (a), (b), (d) e (e), os pares divertir/divertimento, melhorar/melhora, prover/provisão e


anabolizar/anabolização estão adequados (o primeiro item do par é o verbo e o segundo é
o substantivo a ele relacionado). Em (c), no entanto, a contraparte adequada para o verbo
“resolver” é “resolução”, não “resposta” (que é, por sua vez, a contraparte substantiva para
o verbo “responder”).
Letra c.

EMPREGO DAS CLASSES DE PALAVRAS

011. (IBFC/SUPERVISOR DE COLETA E QUALIDADE/IBGE/2023) Assinale a alternativa em que


o termo “melhor” é um substantivo.
a) O melhor deve vencer a disputa.
b) Fizemos o melhor tempo na corrida.
c) Trabalhamos melhor quando estamos juntos.
d) O melhor presente foi o da professora.
e) Vamos escolher o melhor trabalho.

Se houver artigo definido precedendo o núcleo do sintagma, estamos diante de um


substantivo. Isso ocorre em (a): o melhor deve vencer a disputa. Em (b), o núcleo substantivo
é “tempo” (e “melhor” é adjetivo). Em (d) e (e), ocorre algo semelhante: o núcleo substantivo
de cada um dos sintagmas é, respectivamente, “presente” e “trabalho”, sendo o termo
“melhor” o adjetivo. Em (c), “melhor” é advérbio.
Letra a.

012. (CONSULPAM/AGENTE/PREF. JACAREÍ-SP/2023)


“Escuta o trem de ferro alegre a cantar.”
Assinale a alternativa cuja palavra é um adjetivo relativo, correspondente ao sintagma
acima, conforme o seu sentido no texto.

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a) Férreo.
b) Ferrenho.
c) Ferreiro.
d) Ferroso.

A forma correspondente a “de ferro” é “férreo”, pois denotam a ideia de “contém ferro”.
Em (b), (c) e (d), as noções são distintas: semelhante a ferro; artífice do ferro; que possui
natureza de ferro.
Letra a.

013. (IBFC/SUPERVISOR DE COLETA E QUALIDADE/IBGE/2023)

No último quadrinho, o personagem diz “...mas antes, vamos acertar o pronome” porque
o certo é:
a) vamos massacrar eles.
b) vamos arrasar eles.
c) vamos os arrasar.
d) vamos os massacrar.
e) vamos arrasá-los.

O adequado é “arrasá-los”. Deve-se empregar o pronome oblíquo para exercer a função


de complemento direto do verbo “arrasar”. A correção ocorre em razão de se utilizar,
incorretamente, o pronome reto “eles” na função de complemento.
Letra e.

014. (CONSULPAM/MOTORISTA/PREF. IRAUÇUBA-CE/2022) Assinale a alternativa CORRETA


sobre a classificação morfológica da palavra autoimune, conforme o seu emprego na
sentença abaixo:
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Doença celíaca é uma doença autoimune causada pela intolerância ao glúten.


a) Substantivo.
b) Adjetivo.
c) Verbo.
d) Pronome.

O vocábulo “autoimune” modifica a palavra “doença” (especifica o tipo de doença). Por


essa razão, estamos diante de um adjetivo (que exerce função de adjunto adnominal).
Descartamos, então, as alternativas que classificam essa forma como substantivo, verbo
ou pronome.
Letra b.

015. (FGV/AUXILIAR/PREF. MUN. PAULÍNIA-SP/2021) Assinale a opção que apresenta o


adjetivo que se refere ao espaço de poder de uma prefeitura.
a) nacional.
b) federal.
c) municipal.
d) estadual.
e) regional.

Quando se fala em “decreto municipal”, por exemplo, temos um decreto emitido por
uma prefeitura. Assim, o adjetivo que se refere ao espaço de poder de uma prefeitura é
“municipal”. Por essa razão, a alternativa (c) está correta e as demais ((a), (b), (d) e (e)), por
exclusão, estão incorretas.
Letra c.

Durante um seminário sobre a antropologia do dinheiro ministrado na Escola de Economia


e Ciência Política de Londres, Jock Stirratt descreveu em um gráfico os usos a que alguns
pescadores do Sri Lanka que prosperaram nos últimos anos submetiam sua riqueza recém-
adquirida. A renda desses pescadores, antes muito baixa, deu um grande salto desde que o
gelo se tornou disponível, o que possibilitou que seus peixes alcançassem, em boas condições,
os mercados distantes da costa, onde atingiram preços altos. No entanto, as aldeias de
pescadores ainda permanecem isoladas e, à época do estudo, não tinham eletricidade,
estradas nem água encanada. Apesar desses desincentivos aparentes, os pescadores
mais ricos gastavam os excedentes de seus lucros na compra de aparelhos de televisão
inutilizáveis, na construção de garagens em casas a que automóveis sequer tinham acesso e
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na instalação de caixas-d’água jamais abastecidas. De acordo com Stirratt, isso tudo ocorre
por uma imitação entusiasmada da alta classe média das zonas urbanas do Sri Lanka.
É fácil rir de despesas tão grosseiramente excêntricas, cuja aparente falta de propósito
utilitário dá a impressão de que, por comparação, pelo menos parte de nosso próprio consumo
tem um caráter racional. Como os objetos adquiridos por esses pescadores parecem não
ter função em seu meio, não conseguimos entender por que eles deveriam desejá-los. Por
outro lado, se eles colecionassem peças antigas de porcelana chinesa e as enterrassem,
como fazem os Ibans, seriam considerados sensatos, senão encantados, tal como os
temas antropológicos normais. Não pretendo negar as explicações óbvias para esse tipo de
comportamento – ou seja, busca de status, competição entre vizinhos, e assim por diante.
Mas penso que também dever-se-ia reconhecer a presença de uma certa vitalidade cultural
nessas atrevidas incursões a campos ainda não inexplorados do consumo: a habilidade de
transcender o aspecto meramente utilitário dos bens de consumo, de modo que se tornem
mais parecidos com obras de arte, carregados de expressão pessoal.

016. (CEBRASPE/ANALISTA/APEX BRASIL/2021) No trecho “se eles colecionassem peças


antigas de porcelana chinesa” (segundo parágrafo), o modo da forma verbal “colecionassem”
indica uma
a) hipótese.
b) avaliação.
c) vontade.
d) ordem.

Há, na construção, uma sequência de estruturas que denotam hipótese: o “se” e a forma
verbal “colecionassem”, flexionada na terceira pessoa do plural do pretérito imperfeito
do subjuntivo.
Letra a.

Não sei quando começou a necessidade de fazer listas, mas posso imaginar nosso
antepassado mais remoto riscando na parede da caverna, à luz de uma tocha, signos que
indicavam quanto de alimento havia sido estocado para o inverno que se aproximava ou,
como somos competitivos, a relação entre nomes de integrantes da tribo e o número de
caças abatidas por cada um deles.
Se formos propor uma hermenêutica acerca do tema, talvez possamos afirmar que
existem dois tipos de listas: as necessárias e as inúteis. Em muitos casos, dialeticamente,
as necessárias tornam-se inúteis e as inúteis, necessárias. Tomemos dois exemplos. Todo
mês, enumero as coisas que faltam na despensa de minha casa antes de me dirigir ao
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supermercado; essa lista arrolo na categoria das necessárias. Por outro lado, há pessoas
que anotam suas metas para o ano que se inicia: começar a fazer ginástica, parar de
fumar, cortar em definitivo o açúcar, ser mais solidário, menos intolerante... Essa elenco
na categoria das inúteis.
Feitas as compras, a lista do supermercado, necessária, torna-se então inútil. A lista
contendo nossos desejos de sermos melhores para nós mesmos e para os outros, embora
inútil, pois dificilmente a cumprimos, converte-se em necessária, porque estabelece um
vínculo com o futuro, e nos projetar é uma forma de vencer a morte.
Tudo isso para justificar o que se segue. Ninguém me perguntou, mas resolvi organizar
uma lista dos melhores romances que li em minha vida — escolhi o número vinte, não por
motivos místicos, mas porque talvez, pela amplitude, alinhave, mais que preferências
intelectuais, uma história afetiva das minhas leituras. Enquadro-a na categoria das listas
inúteis, mas, quem sabe, se consultada, municie discussões, já que toda escolha é subjetiva
e aleatória, ou, na melhor das hipóteses, suscite curiosidade a respeito de um título ou de
um autor. Ocorresse isso, me daria por satisfeito.

017. (CEBRASPE/AGENTE/IBGE/2021) Mantendo-se o sentido original do texto, a locução


“formos propor” (início do segundo parágrafo) poderia ser corretamente substituída pela
forma verbal
a) propuséssemos.
b) proporemos.
c) propusermos.
d) proporíamos.
e) propúnhamos.

Precisamos seguir este princípio: o verbo lexical (forma única) deve estar flexionado da mesma
forma que a locução “formos propor”. Nessa locução, o auxiliar “formos” está flexionado
na primeira pessoa do plural do futuro do subjuntivo. Com isso, a forma “propusermos” é a
adequada, pois também está flexionada na primeira pessoa do plural do futuro do subjuntivo.
Letra c.

Talvez espante ao leitor a franqueza com que lhe exponho e realço a minha mediocridade;
advirto que a franqueza é a primeira virtude de um defunto. Na vida, o olhar da opinião,
o contraste dos interesses, a luta das cobiças obrigam a gente a calar os trapos velhos,
a disfarçar os rasgões e os remendos, a não estender ao mundo as revelações que faz à
consciência; e o melhor da obrigação é quando, à força de embaçar os outros, embaça-se um
homem a si mesmo, porque em tal caso poupa-se o vexame, que é uma sensação penosa,
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e a hipocrisia, que é um vício hediondo. Mas, na morte, que diferença! Que desabafo! Que
liberdade! Como a gente pode sacudir fora a capa, deitar ao fosso as lantejoulas, despregar-
se, despintar-se, desafeitar-se, confessar lisamente o que foi e o que deixou de ser! Porque,
em suma, já não há vizinhos, nem amigos, nem inimigos, nem conhecidos, nem estranhos;
não há plateia. O olhar da opinião, esse olhar agudo e judicial, perde a virtude, logo que
pisamos o território da morte; não digo que ele se não estenda para cá, e nos não examine
e julgue; mas a nós é que não se nos dá do exame nem do julgamento. Senhores vivos, não
há nada tão incomensurável como o desdém dos finados.

018. (CEBRASPE/PROFESSOR SÉRIE INICIAIS/SEED-PR /2021) No texto, o narrador utiliza


majoritariamente verbos flexionados no tempo
a) pretérito perfeito.
b) presente.
c) pretérito imperfeito.
d) futuro do pretérito.
e) futuro do presente.

Fiz uma seleção de algumas formas verbais flexionadas no texto: espante; exponho; realço;
advirto; é; obrigam; faz; embaça; há; perde. Como se vê, os verbos estão majoritariamente
flexionados no presente.
Letra b.

019. (INSTITUTO AOCP/ASSISTENTE/UFPB/2019) Qual é o tempo verbal presente no trecho


“O vento gemera durante o dia todo [...]”?
a) Pretérito perfeito.
b) Pretérito imperfeito.
c) Pretérito mais-que-perfeito.
d) Futuro do presente.
e) Futuro do pretérito.

A forma verbal “gemera”, do verbo “gemer”, está conjugada na terceira pessoa do singular
do pretérito mais-que-perfeito do indicativo.
Letra c.

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020. (INSTITUTO AOCP/INVESTIGADOR/PC-ES/2019) Assinale a alternativa cujo conectivo


apresentado relaciona corretamente as seguintes frases, preservando-lhes o sentido: “Não
deixe luzes acesas durante o dia. Isso significa que não há ninguém em casa.”
a) Porque.
b) Embora.
c) Também.
d) Contudo.
e) Portanto.

A relação entre os períodos é de explicação. A razão de X se justifica (é explicada) por Y. O


termo adequado, assim, é uma conjunção explicativa: “porque”, “pois”.
Letra a.

021. (INÉDITA/2024) Em todas as frases abaixo há advérbios destacados; o advérbio que


expressa a opinião do autor da frase é:
a) Lentamente, a lama com rejeitos avançou pela cidade.
b) O pintor olhava atentamente cada detalhe de sua obra.
c) Felizmente, o candidato a vereador foi denunciado por irregularidades na campanha eleitoral.
d) O foragido atravessou a fronteira rapidamente.
e) A professora ensinava calmamente quando foi surpreendida pela explosão.

Os advérbios tradicionalmente expressam o modo como um evento verbal ocorre. Isso


acontece em (a), (b), (d) e (e): lentamente, atentamente, rapidamente e calmamente. Em
(c), diferentemente, o advérbio “felizmente” é relativo à perspectiva do enunciador da
frase, não estando relacionado ao evento verbal “foi denunciado”. A interpretação, então,
é que o enunciador da frase considera positivo o fato de o candidato ter sido denunciado
por irregularidades na campanha eleitoral.
Letra c.

022. (INÉDITA/2024) “Apesar de as entidades patronais assegurarem que o sol já pode brilhar
nas escolas particulares, a dúvida permanece”
No trecho, o conectivo “apesar de” pode ser substituído por:
a) visto que
b) conquanto
c) assim como
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d) desde que
e) a menos que

A forma “apesar de” possui valor concessivo, exatamente como a forma “conquanto”, em
(b). As demais formas possuem outros valores:
a) causal;
c) comparativo;
d) condicional;
e) condicional.
Letra b.

023. (INÉDITA/2024) Assinale a frase que se estrutura com base em uma comparação.
a) A ferocidade da competição pela subsistência converteria toda pequena variação fortuita,
desde que benéfica a seu possuidor, numa vantagem apreciável.
b) Quanto mais uma pessoa trabalha, mais rica ela fica.
c) À medida que crescia o uso de internet durante as aulas, o rendimento dos alunos caia.
d) É comum afirmarem que a música é tão velha quanto o homem.
e) Os barulhos produzidos por nós mesmos não são percebidos como incômodo: eles têm
um sentido.

A comparação está presente apenas em (d): estabelece-se uma comparação entre a idade
da música e a idade do homem (ser humano). Nas demais alternativas, predominam outras
relações lógico-semânticas: (a) condicional, (b) proporcional, (c) proporcional e (e) causa.
Letra d.

024. (INÉDITA/2024) “Arrependeu-se de pensar e desejar o pior, pensando no quanto a


confiança é rara.”
Nessa frase, a conjunção E indica adição; a frase abaixo em que essa mesma conjunção
indica oposição é:
a) Quem veio nos incomodar e estragar a paz do final de semana?
b) É preciso evitar a fórmula farisaica “faça o que eu mando, e não o que eu faço”.
c) Raimundo se sentia irritado com a cara de pau da vizinha e ficou desconfiado com o
destino do empréstimo.
d) Naquele mundo sem internet, telefonemas eram impossíveis e cartas ou pacotes
demoravam semanas para chegar.
e) Fabrício já se encontrava receoso, tanto que tratou de criticar e expelir o veneno pela boca.
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Em (a), (c), (d) e (e), o conectivo “e” estabelece uma relação de adição entre termos: incomodar
+ estragar; se sentia irritado + ficou desconfiado; telefonemas eram impossíveis + cartas
ou pacotes demoravam; criticar + expelir. Em (b), diferentemente, o “e” estabelece uma
relação de oposição (adversativa), como se comprova pela substituição do “e” por “mas”:
faça o que eu mando, mas não [faça] o que eu faço.
Letra b.

025. (INÉDITA/2024) A frase abaixo que mostra um erro quanto à colocação do pronome
pessoal destacado é:
a) Em vez de achar o fundo liso e duro do guarda-roupa, encontrou uma coisa macia e fria,
que se esfarelava nos dedos.
b) O que até recentemente se não sabia sobre este livro notável é que não passa de uma
história romanceada com a maior fidelidade possível aos elementos humanos, sociais e
paisagísticos da realidade.
c) Santo Agostinho já dizia: não te gabes, nem mesmo quando és bom.
d) A despeito das acusações do paciente, não havia possibilidade de erro médico, pois eu
tinha examinado-o atentamente.
e) “Abrace-me, minha amada esposa”, dizia o soldado antes de ir para a guerra.

As colocações em (a), (b), (c) e (e) estão corretas: próclise com pronome relativo em (a),
apossínclise (entre advérbio e palavra negativa) em (b), próclise com palavra negativa em
(c) e ênclise em início de período em (e). Em (d), a ênclise é proibida com forma participial,
por isso estamos diante de um erro de colocação pronominal.
Letra d.

DOMÍNIO DA ESTRUTURA MORFOSSINTÁTICA DO PERÍODO


À área da linguística que se ocupa em contribuir para a solução de problemas
judiciais e que auxilia também na compreensão de discursos e interações produzidos
em ambiente jurídico chamamos de linguística forense. Pouco ainda se fala e se conhece
sobre a aplicação da linguística à esfera forense, apesar de muitos crimes serem cometidos
unicamente ou parcialmente por meio da língua, como a calúnia, a injúria, a difamação, a
ameaça, o estelionato e a extorsão.
Ao produzir um texto, oral ou escrito, o sujeito lança mão de um vasto repertório lexical
e regras de ordenação sintática pertencentes à gramática de seu idioma. Entretanto, esse

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arranjo não é feito da mesma forma por diferentes pessoas. Ao falarmos ou ao escrevermos,
organizamos o material linguístico que está disponível em nosso acervo mental de uma forma
única, afinal cada indivíduo constituiu seu vocabulário a partir de experiências também
únicas. Isso significa que imprimimos nosso estilo em nossos textos, deixando nele nossa
“assinatura”. Esse uso individual do idioma é chamado de idioleto, ou seja, é como se fosse
um dialeto pessoal, uma marca identitária daquele indivíduo. Embasada nisso, a linguística
forense procura desenvolver metodologias que auxiliem no processo de atribuição de autoria
de um determinado texto.

026. (CEBRASPE /ANALISTA/MPE-AP/2021) No primeiro período do texto, o sujeito da


oração principal
a) está indeterminado, haja vista o emprego do vocábulo “se”.
b) é o termo “área da linguística”.
c) é o termo “linguística forense”.
d) está elíptico e corresponde à primeira pessoa do plural.
e) é composto.

Vamos ao primeiro período do texto: “À área da linguística que se ocupa em contribuir


para a solução de problemas judiciais e que auxilia também na compreensão de discursos
e interações produzidos em ambiente jurídico chamamos de linguística forense.” O verbo
da oração principal está flexionado na primeira pessoa do plural: “chamamos”. Como não
há sintagma sujeito explícito (apenas a flexão marca o sujeito do verbo) e o referente está
identificado (a primeira pessoa do plural), a alternativa (d) é adequada.
Letra d.

1 No século 21, eu acredito que a missão da Organização das Nações Unidas (ONU)
será definida por uma consciência nova e mais profunda da santidade e da dignidade 4 de
cada vida humana, independentemente de raça ou religião. Isso irá requerer que levemos
o nosso olhar para além da estrutura dos Estados, ou da simples superfície de nações ou 7
comunidades. Devemos enfocar, como nunca, a melhoria das condições de vida de homens
e mulheres, individualmente, que dão ao Estado ou à nação a sua riqueza e o seu caráter.
10 Neste novo século, devemos começar pela compreensão de que a paz pertence não
somente aos Estados ou povos, mas também a cada um e a todos os membros dessas 13
comunidades. A soberania dos Estados não mais deverá ser utilizada como um escudo
contra grandes violações aos direitos humanos. A paz deve ser real e tangível no dia a dia
de cada 16 indivíduo que dela necessite. Devemos buscá-la, acima de tudo, pelo fato de ser
a condição para que cada membro da família humana possa levar uma vida de dignidade
e segurança.
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19 A lição do século passado nos fez entender que ameaçar ou atropelar a dignidade
do indivíduo — como naqueles países onde o cidadão não desfruta do direito básico 22 de
escolher o seu governo, ou do direito de o escolher regularmente — resultou em conflitos,
perdas de civis inocentes, vidas abreviadas e comunidades destruídas.
25 Com efeito, os obstáculos à democracia têm muito pouco a ver com cultura ou
religião, e muito mais com o desejo daqueles que se encontram no poder e querem manter
sua 28 posição a qualquer custo. Não se trata de um fenômeno novo nem restrito a uma
parte específica do mundo. As pessoas de todas as culturas prezam por sua liberdade de
escolha e sentem 31 a necessidade de ter direito de voz nas decisões que afetam suas vidas.

027. (CEBRASPE/AJUDANTE/BARRA DOS COQUEIROS-SE/2020) No texto, o sujeito elíptico


das formas verbais “levemos” (l.5) e “Devemos” (l.7) corresponde a
a) eu.
b) você.
c) eles.
d) nós.
e) vós.

As formas verbais “levemos” e “devemos” têm como sujeito a forma pronominal reta “nós”:
primeira pessoa do plural.
Letra d.

1 Atitudes para um desenvolvimento sustentável tornaram-se uma urgência e estão


inseridas de forma definitiva na agenda da sociedade. Até no mundo dos negócios a 4
sustentabilidade está em pauta. Empresas que antes pensavam só em lucro agora otimizam
seus processos por meio da sustentabilidade empresarial. Outro campo de estudos voltado
7 para o consumo consciente e equilibrado com o meio ambiente é a bioeconomia, ou
economia sustentável, cujo objetivo é promover a utilização de recursos de base biológica,
recicláveis 10 e renováveis, e consequentemente mais sustentáveis.
Hoje, a sustentabilidade é um imperativo para o sucesso das empresas, que precisam cada
vez mais entregar ao 13 cliente valor agregado e estilo de vida, e não somente mercadorias.
A preocupação com o meio ambiente converte-se, portanto, em vantagem competitiva,
notadamente em mercados 16 cada vez mais exigentes e desafiadores. Isso amplia a
perenidade da marca, em virtude do fortalecimento de sua reputação e credibilidade.
19 Para o desenvolvimento sustentável, os negócios devem estar amparados em boas
práticas de governança, com benefícios sociais e ambientais. Essa metodologia influencia
os 22 ganhos econômicos, a competitividade e o sucesso das organizações.

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Qual é o motivo de a sustentabilidade ser tão 25 importante para a economia? A população


cresce em número e em capacidade de consumo; com isso, a demanda pela utilização de
recursos naturais recrudesce de forma quase 28 insustentável. A utilização de matrizes
não renováveis tende ao esgotamento e à poluição progressiva do meio ambiente. Para
quebrar esse paradigma, mobilizam-se conceitos econômicos 31 que propõem um novo
modo de gestão da sociedade, como a economia circular e a bioeconomia.
A bioeconomia está ligada à melhoria de nosso 34 desenvolvimento e à busca por novas
tecnologias que priorizem a qualidade de vida da sociedade e do meio ambiente em seu
eixo de elaboração. Ela, agora, reúne todos os setores 37 da economia que utilizam recursos
biológicos. Assim, a bioeconomia surgiu para possibilitar soluções eficazes e coerentes para
os problemas socioambientais contemporâneos: 40 mudanças climáticas, crise econômica
mundial, substituição do uso de energias fósseis, saúde, qualidade de vida da população,
entre outros.
43 O objetivo é criar uma economia inovadora com baixas emissões de poluentes, que
concilie as exigências para a agricultura sustentável e a pesca, a segurança alimentar e o
46 uso sustentável dos recursos biológicos renováveis para fins industriais, e que assegure,
ao mesmo tempo, a biodiversidade e a proteção ambiental. A bioeconomia contempla não
apenas 49 setores tradicionais como agricultura, silvicultura e pesca, mas também setores
como as biotecnologias e bioenergias. Ao que tudo indica, o futuro será definitivamente bio.

028. (CEBRASPE/CARGO DE NÍVEL SUPERIOR/MPC-PA/2019) No texto, o termo “conceitos


econômicos” (l.30) é
a) sujeito sintático de “propõem” (l.31)
b) complemento de “mobilizam-se” (l.30)
c) agente da ação expressa por “mobilizam-se” (l.30)
d) sujeito sintático de “mobilizam-se” (l.30)
e) sujeito sintático tanto de “mobilizam-se” (l.30) quanto de “propõem” (l.31)

Observe o trecho original: “Para quebrar esse paradigma, mobilizam-se conceitos


econômicos que propõem um novo modo de gestão da sociedade, como a economia
circular e a bioeconomia.” A pergunta para encontrar o sujeito é feita ao predicado: “quem/o
que se mobilizam?”. A resposta será “conceitos econômicos” (e, assim, esse é o sujeito de
“mobilizam-se”). Lembro que o “se” é partícula apassivadora e a passiva é sintética. Logo,
a alternativa (d) está correta.
Letra d.

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1 Candeia era quase nada. Não tinha mais que vinte casas mortas, uma igrejinha velha,
um resto de praça. Algumas construções nem sequer tinham telhado; outras, 4 invadidas
pelo mato, incompletas, sem paredes. Nem o ar tinha esperança de ser vento. Era custoso
acreditar que morasse alguém naquele cemitério de gigantes.
7 O único sinal de vida vinha de um bar aberto. Duas mesas de madeira na frente, um
caminhão, um homem e uma mulher na boleia ouvindo música, entre abraços, 10 beijos
e carícias ousadas. Mais desolado e triste que Juazeiro do Norte aquele povoado, muito
mais. Em Juazeiro tinha gente, a cidade era viva. E no meio daquele povo todo 13 sempre
se encontrava uma alma boa como a de sua mãe, uma moça bonita, um amigo animado.
Candeia era morta.
Samuel ao menos ficou um pouco feliz por ouvir 16 a música do caminhoneiro. Quase
sorriu. O esboço de alegria durou até aparecer pela porta mal pintada de azul uma mulher
assombrosa, praguejando com uma vassoura na mão 19 e mandando desligar aquela música
maldita. O caminhoneiro a chamou pelo nome:
— Cadê o café, Helenice? Deixa de praguejar, 22 coisa-ruim!
Pela mesma porta saiu uma moça, bem jovem, com uma garrafa térmica vermelha e duas
canecas. Foi 25 e voltou com rapidez, agora trazendo dois pratos, quatro pães pequenos,
duas bananas cozidas e um pote de margarina.
— Cinco reais — ordenou Helenice, com a mão 28 na garrafa térmica.
— Só come se pagar.
O homem pagou, sempre rindo da cara de Helenice, visivelmente bêbado.
31 Samuel invejou o caminhoneiro. Não tinha tanto dinheiro para comer naquele fim
de tarde, fim de vida.

029. (CEBRASPE/AUDITOR/CGE-CE/2019) No texto, o sujeito da oração “Era custoso” (l.5) é


a) o segmento “acreditar que morasse alguém naquele cemitério de gigantes” (l.5 e 6).
b) o trecho “alguém naquele cemitério de gigantes” (l.6).
c) o termo “custoso” (l.5).
d) classificado como indeterminado.
e) oculto e se refere ao período “Nem o ar tinha esperança de ser vento” (l.4 e 5).

Sempre é bom voltar ao trecho original: “Era custoso acreditar que morasse alguém naquele
cemitério de gigantes.” A pergunta para encontrar o sujeito é feita ao predicado: “quem/o
que era custoso?” A resposta será o sujeito oracional “acreditar que morasse alguém naquele
cemitério de gigantes”. Por isso a alternativa (a) é a correta.
Letra a.

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Grandes questões. Respostas indígenas.


Esta semana, no Rio de Janeiro, o povo Kuikuro do Alto Xingu vai dizer HEKITE KUATSANGE
EGEI ENHÜGÜ (Seja bem-vindo!) para pesquisadores indígenas de todo o mundo. De Papua-
Nova Guiné, Kiribati, Sudão, Dominica, Uganda, Índia, Quênia e Colômbia, assim como das
comunidades Guarani-Kaiowá, Tuxa, Baniwa e Tupinambá do Brasil, povos indígenas se
reúnem no Museu do Índio para refletir criticamente sobre como métodos indígenas de
pesquisa são essenciais para entender os principais problemas que o mundo enfrenta no
século XXI.
Seja para abordar os desafios da mudança climática ou o racismo, a sustentabilidade
ambiental ou a violência de gênero, a seca ou patrimônios culturais ameaçados, os
pesquisadores questionam como o conhecimento indígena pode ser ativado de forma efetiva
como um recurso para desenvolvimento no futuro. Pesquisadores do Sudão mostram como
o conhecimento tradicional núbio pode informar decisões sobre agricultura sustentável.
Uma pesquisadora do povo Emberá-Chami demonstra a importância do conhecimento
indígena para a resolução de questões de deslocamento forçado na Colômbia ao lado de
um pesquisador Acholi, que examina soluções para a seca em Uganda.
Grandes questões. Respostas indígenas. Apesar de todos os impactos positivos dessas
colaborações para pesquisas até agora, sabemos que o Brasil enfrenta questões urgentes
relacionadas à sua herança indígena e seu futuro. Esse seminário é uma chance para que
o povo Kuikuro peça aos colegas indígenas que reflitam juntos sobre como a pesquisa
acadêmica pode proteger, preservar e promover o desenvolvimento sustentável para os
povos indígenas do Brasil.
Pesquisadores foram convidados a vir ao país para perguntar e entender como esforços
de pesquisa colaborativa podem promover a resiliência às atuais ameaças a identidades,
terras, águas e culturas indígenas.
Precisamos de metodologias indígenas de pesquisa para compreender a relação entre
o desmatamento, a mudança climática, os ciclos de colheita e os rituais dos calendários
indígenas. Para resistir à municipalização da assistência médica indígena, é preciso haver
pesquisas para examinar como manter um cuidadoso equilíbrio entre conhecimentos
indígenas e não indígenas. Já que os Kuikuro não podem mais beber a água do Rio Xingu,
precisamos questionar: por quanto tempo seus peixes continuarão a alimentar as aldeias,
à medida que toxinas agrícolas e industriais poluem seus afluentes ou o próprio rio é
bloqueado por barragens hidrelétricas?
Os debates começam sob os milhares de estrelas do céu do Xingu, no Planetário do Rio,
enquanto se contemplam as cosmologias indígenas nas constelações de cada um de nossos
visitantes. Na sequência, haverá a busca de respostas para perguntas significativas. Como
criar pesquisas equitativas, específicas a um contexto e sensíveis em termos históricos,
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culturais e linguísticos? Como a coprodução de conhecimento entre pesquisadores indígenas


e não indígenas pode superar desequilíbrios de poder arraigados, sobre os quais nossos
sistemas universitários de ensino e pesquisa são construídos?
Os conselhos de pesquisa do Reino Unido reuniram colaboradores de doze projetos
conduzidos por acadêmicos britânicos em parceria com pesquisadores indígenas de várias
partes do mundo para criar um novo conjunto de diretrizes para pesquisa em universidades
britânicas. Financiado pelo Global Challenges Research Fund (GCRF) –um investimento de
1,5 bilhão de libras por parte do governo do Reino Unido para criar parcerias que apoiem
pesquisas de ponta para lidar com os principais desafios enfrentados por países em
desenvolvimento –, o seminário examina em que medida a pesquisa financiada pelo Reino
Unido está sendo conduzida a partir do ponto de vista indígena e busca propor como as
universidades podem garantir uma estrutura ética para pesquisas que tragam benefícios
diretos a povos indígenas. Acima de tudo, vai questionar que tipo de pesquisa vale a pena
conduzir e qual a melhor forma de realizá-la.
O povo Kuikuro e a Universidade Queen Mary de Londres colaboram em projetos de
pesquisa financiados pelo GCRF desde 2016. Isso resultou em um programa de residências
artísticas organizado pelo povo Kuikuro na Aldeia Ipatse no Alto Xingu, que reuniu mais de
20 artistas de Londres, Madri e Rio de Janeiro.
Em contrapartida, Takumã fez um documentário que oferece uma reflexão crítica sobre
modelos britânicos de multiculturalismo, e os Kuikuro colaboraram com o Museu Hornimam,
em Londres, para criar uma experiência imersiva da cultura do Xingu com o uso de tecnologias
de realidade virtual e aumentada.
Ao dar boas-vindas a nossos colegas de várias partes do mundo, vamos compartilhar muitas
questões e esperamos ter algumas respostas. Vamos também contar histórias e refletir
sobre como as narrativas que precisamos contar e ouvir estão cada vez mais ameaçadas
de extinção. Estamos nos reunindo para criar e mobilizar conhecimentos.

030. (IDECAN/ASSISTENTE/IF-AM/2019) Assinale a alternativa em que a inversão da ordem


dos termos provoque alteração gramatical e semântica.
a) principais problemas (linha 5) / problemas principais
b) conhecimento tradicional (linha 9) / tradicional conhecimento
c) atuais ameaças (linha 18) / ameaças atuais
d) várias partes (linha 31) / partes várias
e) experiência imersiva (linha 42) / imersiva experiência

Ao se inverter “várias partes” por “partes várias”, o sentido é distinto (bem como a classe
gramatical). Em “várias partes”, “várias” é pronome indefinido plural e denota “vários,
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diversos, numerosos”. Em “partes várias”, “várias” é adjetivo e denota “pertencente a uma


pluralidade de espécies; sortido”.
Letra d.

031. (INÉDITA/2024) A frase “Irregularidades na ANTT foram denunciadas pelos jornalistas


da Le Monde Diplomatique” está escrita na voz passiva analítica com o verbo “ser”; se
transformássemos essa frase para a voz ativa, a forma correta seria:
a) Denunciaram-se irregularidades na ANTT pelos jornalistas da Le Monde Diplomatique.
b) Foram denunciadas irregularidades na ANTT pelos jornalistas da Le Monde Diplomatique.
c) Denunciaram irregularidades na ANTT.
d) Denunciou-se irregularidades na ANTT.
e) Os jornalistas da Le Monde Diplomatique denunciaram irregularidades na ANTT.

Na voz ativa, o sujeito sintático é equivalente ao objeto direto da ativa. Se a passiva for
analítica e houver o agente da passiva, esse agente da passiva é o sujeito sintático da ativa.
Por isso, a sentença passiva “Irregularidades na ANTT foram denunciadas pelos jornalistas
da Le Monde Diplomatique” deve ser reescrita na ativa tendo em vista que: (i) a estrutura
“irregularidades na ANTT” será o objeto direto; “pelos jornalistas da Le Monde Diplomatique”
(que é o agente da passiva) será sujeito. A forma verbal “foram denunciadas” está no pretérito
perfeito do indicativo, e esse tempo-modo verbal se mantém na ativa: denunciou(aram).
A ativa será, então: os jornalistas da Le Monde Diplomatique denunciaram irregularidades
na ANTT (alternativa (e)). As demais alternativas estão incorretas porque:
a) trata-se de uma passiva sintética com agente da passiva (o que é impossível).
b) trata-se de uma passiva analítica com mudança de ordem, não de uma ativa.
c) trata-se de uma construção de sujeito indeterminado (sendo que, na sentença passiva
analítica, o agente da passiva se faz presente (e, por isso, a ativa deve ter sujeito explícito:
os jornalistas da Le Monde Diplomatique denunciaram).
d) trata-se de uma construção passiva sintética com desvio de concordância (note que o
verbo é transitivo direto e que o sujeito no plural está posposto. Não se pode considerar,
então, que se trata de uma construção com “se” impessoal).
Letra e.

032. (INÉDITA/2024) Ao se transpor o período “Sustentamos essa hipótese.” para a voz


passiva, TEM-SE:
a) Essa hipótese foi sustentada por nós.
b) Essa hipótese fora sustentada por nós.
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c) Essa hipótese é sustentada por nós.


d) Essa hipótese será sustentada por nós.

Na transposição ativa-passiva, deve-se manter o mesmo tempo-modo. Como a oração


“Sustentamos essa hipótese.” está no presente do indicativo, a forma passiva analítica (ser
+ particípio) deve também manifestar esse tempo-modo, como observamos na alternativa
(c), correta: “Essa hipótese é sustentada por nós.” Nas demais alternativas, o tempo-modo
de cada auxiliar é diferente da contraparte ativa: (a) pretérito perfeito do indicativo, (b)
pretérito mais-que-perfeito do indicativo e (d) futuro do presente do indicativo.
Letra c.

(Alexandre Beck, Armandinho)

033. (INÉDITA/2024) Em “Deve ser divertido fazer quadrinhos” (primeiro quadrinho), o


sujeito é:
a) oracional.
b) elíptico.
c) indeterminado.
d) composto.
e) inexistente.

O sujeito é a forma oracional “fazer quadrinhos”, pois responde à pergunta “o que deve ser
divertido?”. Assim, temos a alternativa (a) como correta. Não se trata, então, de sujeito
elíptico (b), indeterminado (c), composto (d) ou inexistente (e).
Letra a.

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034. (INÉDITA/2024) As orações


Pedro Albuquerque destratou Mariana.
Mariana destratou Pedro Albuquerque.
possuem as mesmas palavras. No entanto, cada oração veicula uma informação diferente.
Considerando as duas orações em conjunto (contraste do par), o elemento determinante
para a identificação do sujeito em cada caso é a
a) regência transitiva direta do verbo “destratar”.
b) concordância verbal.
c) ordem de ocorrência dos termos.
d) ausência de termos adjuntos.
e) ausência de formas pronominais.

No par de orações em análise, o que determina a função sintática é a ordem de ocorrência dos
termos (alternativa (C)). O termo em posição pré-verbal será o sujeito; o termo que estiver
após o verbo será o objeto direto. Não é o fenômeno de transitividade ou de concordância
que, no caso em análise, caracteriza a posição do sujeito (e eliminamos as alternativas (A)
e (B)). Do mesmo modo, nas frases em análise, não é a ausência de adjuntos ou de formas
pronominais que denota a posição do sujeito (eliminando, assim, as alternativas (D) e (E)).
Letra c.

035. (INÉDITA/2024) De acordo com a norma padrão, passando-se a voz passiva analítica
do período: “No projeto, dados sobre o analfabetismo funcional foram coletados por doze
pesquisadores” para a voz ativa, a forma verbal correspondente será
a) coletam
b) coletaram
c) coletou
d) coletara
e) coletavam

No original (voz passiva analítica), o auxiliar marca o tempo-modo do pretérito perfeito do


indicativo (foram). Esse mesmo modo-tempo deve ser mantido. Como o sujeito da ativa será
o agente da passiva (doze pesquisadores), a concordância deve ocorrer na terceira pessoa
do plural: coletaram (alternativa (B)). Devemos eliminar, então, as demais formas, pois se
apresentam divergentes em relação ao original: (A) 3ª p.p. do presente do indicativo, (C)
3ª p.s. do presente do indicativo, (D) 3ª p.s. do pretérito mais-que-perfeito do indicativo
e (E) 3ª p.p. do pretérito imperfeito do indicativo.
Letra b.

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036. (INÉDITA/2024) Assinale a opção que mostra uma modificação adequada da frase de
voz ativa para a voz passiva com auxiliar.
a) Aplicarei a metáfora a uma situação do nosso cotidiano. / A metáfora seria aplicada a
uma situação do nosso cotidiano.
b) A orientação do nosso ensino deveria contemplar nossa fecundidade indisciplinada. /
Nossa fecundidade indisciplinada deve ser contemplada pela orientação do nosso ensino.
c) A maioria dos professores considera tão somente uma solução para cada problema. /
Uma solução para cada problema é tão somente considerado pela maioria dos professores.
d) O método dialético estimula a valorização das contradições. / A valorização das contradições
é estimulada pelo método dialético.
e) As leis do mercado favorecem esse culto da juventude. / Esse culto da juventude é
favorecido por leis do mercado.

Em (D), a conversão ativa>passiva ocorre adequadamente: o sujeito da ativa passa a


agente da passiva e o objeto da ativa passa a sujeito sintático da passiva. Há manutenção
do tempo-modo e o particípio concorda em gênero e número com o sujeito. Nas demais
alternativas (A, B, C e E), as formas adequadas seriam estas: A metáfora será aplicada;
deveria ser contemplada; é tão somente considerada; é favorecido pelas leis do mercado.
Letra d.

037. (INÉDITA/2024) Assinale a opção que apresenta a frase construída com todos os termos
e em ordem direta.
a) Sai mais barato para a nação sustentar a família imperial.
b) O grande inimigo da raça humana é o egoísmo.
c) Por sete anos Jacob serviu Labão, pai de Raquel.
d) Estudiosos demonstram a importância do ato de ler.
e) A cada minuto nasce mais um otário.

Em (d), os termos estão em ordem direta: SUJEITO – VERBO – OBJETO. No objeto, cada um
dos termos associados ao substantivo “importância” estão preposicionados e à direita. Nas
demais alternativas, o sujeito está posposto ao verbo em (a) “sustentar a família imperial sai
mais barato”, (b) “o egoísmo é o grande inimigo da raça humana” e (e) “mais um otário nasce
a cada minuto”. Em (c), o adjunto “por sete anos” está em posição pré-verbal (deslocado
de sua posição original, pós-verbal: Jacob serviu Labão por sete anos).
Letra d.

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“Sete quedas por mim passaram,


E todas sete se esvaíram.
Cessa o estrondo das cachoeiras, e com ele
A memória dos índios, pulverizada,
Já não desperta o mínimo arrepio.
[...]
Sete quedas por nós passaram,
E não soubemos, ah, não soubemos amá-las”
(Adeus a Sete Quedas. Carlos Drummond de Andrade.)

038. (INÉDITA/2024) No texto precedente, a forma verbal que vem antes de seu sujeito é
a) passaram
b) esvaíram
c) cessa
d) desperta
e) soubemos

O sujeito da forma verbal “cessa” é “o estrondo das cachoeiras” (alternativa C), o qual está
posposto ao verbo. Nos demais casos (A, B, D e E), os sujeitos não estão pospostos: sete
quedas passaram; todas as sete se esvaíram; a memória dos índios já não desperta; e [nós
(elíptico)] não soubemos.
Letra c.

039. (SELECON/GUARDA CIVIL/PREF. DE BOA VISTA-RR/2021) Em “Muitos países, regiões e


municípios, também dentro do Estado brasileiro, vivem sem soberania alimentar e outros
tantos vivem com sua soberania alimentar ameaçada pelos fatores supramencionados”, o
termo “sem soberania alimentar” exerce a função de:
a) sujeito
b) aposto
c) objeto indireto
d) adjunto adverbial

O termo é um adjunto adverbial (de modo). Isso é comprovado pelo fato de não ser um
termo regido por outro e por denotar a circunstância em que o evento verbal o corre (o
modo como vivem).
Letra d.

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040. (FCC/ASSISTENTE LEGISLATIVO/AL-AP/2020)


“o desempenho dos chips de computador dobra, sem que aumentem os custos de fabricação.”
O segmento destacado acima exerce a mesma função sintática daquele destacado em:
a) Vale lembrar que o computador que usamos hoje também começou com um passo singelo.
b) A revelação foi resultado de uma distração.
c) O arquivo, já programado para ser divulgado oficialmente, permaneceu poucos segundos
no ar.
d) O avanço ainda se restringe a âmbitos estritamente técnicos.
e) Algum funcionário da NASA, também envolvido com o projeto.

O termo “os custos da fabricação” é sujeito (posposto) de “aumentem”. O termo que exerce
essa mesma função é “a revelação”, em (b): “A revelação foi resultado de uma distração”.
Em (a), (d) e (e), os termos destacados são precedidos de preposição, impossibilitando a
função de sujeito. Em (c), o sujeito de “permaneceu” é “O arquivo”, não “poucos segundos”.
Letra b.

RELAÇÕES DE COORDENAÇÃO ENTRE ORAÇÕES E TERMOS DA ORAÇÃO

041. (FGV/PROFESSOR/PREF. MUN. PAULÍNIA-SP/2021) A conjunção e é certamente a mais


empregada em nossa língua. Assinale a frase a seguir em que essa conjunção estabelece
uma relação de causa e consequência.
a) Comeu e bebeu até tarde.
b) Agrediu a comissária e o expulsaram do voo.
c) Entrou no ônibus e sentou-se na poltrona 5.
d) Abriu o livro e leu o primeiro parágrafo.
e) O policial prendeu o bandido e o levou para a prisão.

A relação de causa e consequência será expressa pela possibilidade de se inserir o “por isso”
diante do “e”: Agrediu a comissária e por isso o expulsaram do voo. Nas demais alternativas,
a inserção do “por isso” não funciona.
Letra b.

042. (FCC/ASSISTENTE LEGISLATIVO/AL-AP/2020)


“mas já é apelidado de “o Santo Graal da computação”. (5º parágrafo)
Sem prejuízo para as relações de sentido estabelecidas no texto, uma redação correta para
o segmento acima, transformando-o em um período independente, está em:
a) Com isso, é apelidado de “o Santo Graal da computação”.

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b) No entanto, foi apelidado “o Santo Graal da computação”.


c) Assim, apelidaram-no de “o Santo Graal da computação”.
d) Conforme já se apelidou de “o Santo Graal da computação”.
e) Já é, porém, apelidado de “o Santo Graal da computação”.

O trecho original é este: “O avanço ainda se restringe a âmbitos estritamente técnicos, sem
utilidade cotidiana, mas já é apelidado de ‘o Santo Graal da computação’”. A reescrita em
(e) mantém os sentidos originais, com o deslocamento da conjunção adversativa “porém”.
Letra e.

043. (FCC/ASSISTENTE LEGISLATIVO/AL-AP/2020) Na oração “Nem Hazeroth nem Magog


foram eleitos”, a relação estabelecida entre os sujeitos e o verbo é de
a) comparação.
b) conclusão.
c) alternância.
d) exclusão
e) adição.

A expressão “nem – nem” estabelece uma relação do tipo aditiva: os dois foram eleitos
(Hazeroth e Magog não foram eleitos).
Letra e.

044. (FCC/ASSISTENTE LEGISLATIVO/AL-AP/2020) Estabelece-se entre as ideias das orações


“Era uma exceção, mas certamente os outros deviam ser quase semideuses (...)” relação de
a) coordenação, articulada pelo emprego do sentido de adversidade do conectivo.
b) paralelismo, efetuado pela independência entre as orações.
c) subordinação, efetuada pelo sentido de oposição entre as orações.
d) situação, marcadamente designada pela presença de advérbios.
e) nominação, efetuada pelo emprego de substantivos.

A relação é de coordenação (aditiva), articulada pela conjunção “mas”. Não se trata, assim,
de paralelismo, subordinação, situação ou nominação.
Letra a.

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Projeções sobre o impacto do clima no fluxo de rios têm sido calculadas há décadas, a
maioria com base em modelos físicos, como é o caso das projeções realizadas pelo IPCC (Painel
Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas). Entretanto, novas análises indicam que esses
modelos subestimam a disponibilidade de água no cenário da atual emergência climática.
É o caso de uma pesquisa conduzida pelo professor Günter Blöschl, da Universidade
Técnica de Viena, na Áustria, que se uniu a colegas da China, da Austrália, dos EUA e da
Arábia Saudita para construir e analisar um grande banco de dados de observações de
fluxos d’água em todo o mundo. A investigação incluiu mais de 9.500 bacias hidrográficas
do planeta, com dados de diferentes décadas.
Os resultados foram publicados no periódico Nature Water e mostram que as consequências
das mudanças climáticas ao criar crises hídricas locais têm uma extensão ainda maior do que
o esperado. Isso porque, segundo o novo estudo, a conexão entre precipitação e quantidade
de água nos rios é mais sensível do que se pensava.
“Na comunidade da climatologia, os efeitos das mudanças climáticas na atmosfera são
muito bem compreendidos. No entanto, suas consequências locais nos rios e na disponibilidade
de água caem no campo da hidrologia”, explica Blöschl, em comunicado.
A crise climática altera a circulação atmosférica global, que por sua vez muda o regime
de chuvas e a evaporação em boa parte do mundo. Consequentemente, a quantidade de
água dos rios para ser utilizada localmente também sofre mudanças.
Daí porque, segundo os autores, os modelos de previsão dos efeitos das mudanças
climáticas no abastecimento hídrico devem ser revisados, pois eles não têm as medições
de escoamento que o novo modelo proporciona.
De acordo com a análise, o fluxo global de água esperado entre 2021 e 2050 pode ser
menor do que o previsto pelos Modelos do Sistema Terrestre. Principalmente na África, na
Austrália e na América do Norte, que têm um risco significativamente maior de crises de
abastecimento de água nas próximas três décadas.

045. (CONSULPAM/TÉCNICO/ICTIM/2023) “Entretanto, novas análises indicam que esses


modelos subestimam a disponibilidade de água no cenário da atual emergência climática”.
O termo destacado no trecho acima pode ser substituído sem prejuízo de significado por:
a) Enquanto isso.
b) Com base nisso.
c) No entanto.
d) Portanto.

A conjunção “entretanto” é adversativa. Esse mesmo sentido é expresso pelo conectivo


“no entanto”, em (c). As outras alternativas trazem expressões com valores distintos: (a)
temporal, (c) conformativa; (d) conclusiva.
Letra c.

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RELAÇÕES DE SUBORDINAÇÃO ENTRE ORAÇÕES E ENTRE TERMOS DA ORAÇÃO

046. (INÉDITA/2024) Em todas as frases abaixo há orações adjetivas destacadas; a frase


em que foi proposto um adjetivo adequado para a substituição de uma dessas orações, é:
a) Louça que quebra facilmente gera muitos prejuízos para os restaurante. / estilhaçável
b) A atitude que não suporto é a indiferença. / desagradável
c) A vingança é um prato que se come frio. / congelado
d) Ele sofre de uma doença que se prolonga indefinidamente. / crônica
e) A PRF parou os ônibus que fazia o trajeto entre GO e MG. / intermunicipal

Apenas está adequada a proposta de substituição em (d): uma doença que se prolonga
indefinidamente é uma doença crônica. Nas demais alternativas, os termos “estilhaçável”,
“desagradável”, “congelado” e “intermunicipal” não traduzem corretamente as orações
adjetivas. O mais adequado seria utilizar as formas adjetivas “quebradiça”, “insuportável”,
“frio” e “interestadual”.
Letra d.

Estudos se debruçam sobre o impacto mental do novo coronavírus


Enquanto a pandemia deixa um rastro de mortes no planeta, seu impacto na saúde mental
das pessoas vem rendendo diversos estudos. De acordo com os pesquisadores, espera-
se um número expressivo de indivíduos que desenvolverão algum tipo de transtorno
psiquiátrico, como ansiedade e depressão. A psiquiatra Carol North, professora da University
of Texas Southwestern, é uma das autoras de artigo publicado no meio deste mês na revista
científica “New England Journal of Medicine”. “Praticamente todos experimentarão algum
grau de angústia e sofrimento, mas há grupos que serão afetados com maior intensidade.
São àqueles formados por pessoas que contraíram a doença; pelos indivíduos que pertencem
a categorias de risco, como os idosos; e os que já apresentavam problemas psiquiátricos
ou de abuso de substâncias”, afirmou.

047. (IBGP/MUNICIPIO DE BAMBUÍ MG/ENGENHEIRO CIVIL/2020) Acerca da estrutura da


oração e do período, é CORRETO afirmar que a partícula “que”, em “um número expressivo
de indivíduos que desenvolverão algum tipo de transtorno psiquiátrico”, introduz uma:
a) Oração subordinada substantiva completiva nominal.
b) Oração subordinada substantiva predicativa.
c) Oração subordinada adjetiva explicativa.
d) Oração subordinada adjetiva restritiva.

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Em “um número expressivo de indivíduos que desenvolverão algum tipo de transtorno


psiquiátrico”, a partícula “que” é um pronome relativo que integra uma oração subordinada
adjetiva restritiva. Note que a oração “que desenvolverão algum tipo de transtorno
psiquiátrico” modifica “indivíduos” (sendo, por isso, uma subordinada adjetiva) e que NÃO
HÁ vírgula entre o termos substantivo e a oração adjetiva (a interpretação é a seguinte:
em relação ao grupo geral de indivíduos, fala-se apenas sobre aqueles que desenvolverão
algum tipo de transtorno psiquiátrico).
Letra d.

048. (IBGP/MUNICIPIO DE ITABIRA/ENGENHEIRO CIVIL/2020)


“[...] os municípios, que são os responsáveis pela maior parte das matrículas públicas no
ensino infantil e fundamental, focarão, em 2020, na formação dos docentes [...]”
A frase em destaque é uma oração subordinada adjetiva que produz, sobre o núcleo do
sujeito da oração principal, um efeito de sentido de:
a) Restrição.
b) Condição.
c) Explicação.
d) Comparação.

O enunciado da questão já traz a classificação da oração destacada: trata-se de uma


oração subordinada adjetiva. Por estar entre vírgulas, essa oração EXPLICA o sentido do
substantivo modificado: é característica dos municípios serem os responsáveis pela maior
parte das matrículas públicas no ensino infantil e fundamental. Muito bem, vemos assim
que a alternativa (c) é a correta.
Letra c.

049. (FGV/PROFESSOR/PREF. MUN. PAULÍNIA-SP/2021) Em todas as frases abaixo temos,


destacada, uma oração adjetiva.
Assinale a opção que apresenta a proposta adequada de substituição de uma dessas orações.
a) Não há acaso no governo das coisas humanas, e a fortuna é apenas uma palavra que não
tem sentido nenhum / insensível.
b) Não sei se as outras pessoas são como eu, mas logo que acordo gosto de desprezar os
que dormem / dorminhocos.
c) O arqueiro que ultrapassa o alvo falha tanto como aquele que não o alcança / preciso.

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d) Outrora os analfabetos eram os que não iam à escola; hoje são os que a frequentam /
preguiçosos.
e) O barômetro é um instrumento engenhoso que indica o tempo que estamos tendo / ocioso.

A questão solicita a identificação do par [subordinada adjetiva-adjetivo] mais harmonioso


(sintática e semanticamente). Isso não ocorre em (a), (c), (d) e (e), já que “que não tem sentido
nenhum/insensível”, “que ultrapassa o alvo/preciso”, “que não iam à escola/preguiçosos”
e “que estamos tendo/ocioso” não são pares equivalentes. Assim, resta-nos a alternativa
(b): o par “que dormem” e “dorminhocos” são (relativamente) equivalentes.
Letra b.

050. (FGV/PROFESSOR/PREF. MUN. PAULÍNIA-SP/2021) Assinale a opção que apresenta a frase


em que a oração reduzida foi substituída adequadamente por uma oração desenvolvida.
a) Há apenas um dever: o de sermos felizes / de que fôssemos felizes.
b) Felicidade é como um beijo: você deve compartilhar para aproveitá-lo / para que o
aproveitasse.
c) Felicidade é a única coisa que podemos dar sem possuir / sem que a possuamos.
d) As pessoas mais felizes são aquelas que não têm nenhuma razão específica para serem
felizes, exceto pelo fato de que elas são / para terem felicidade.
e) Você não será feliz com mais até ser feliz com o que você já tem / até que sejam felizes
com o que você já tem.

Em (a), (b), (d) e (e), há significativas mudanças no sentido quando se altera a oração reduzida
pela desenvolvida (em especial, no tempo verbal e no aspecto/modo). Em (c), há adequação
no uso da preposição (“sem”) e na correlação verbal (primeira pessoa do plural do presente
do subjuntivo, já que o verbo da oração principal está no presente do indicativo).
Letra c.

Pessoa que já serviu na polícia secreta de Londres e de New York tem anunciado nos
nossos diários que oferece os seus préstimos para descobrir coisas furtadas ou perdidas. Não
publica o nome; prova de que é realmente um ex-secreta* inglês ou americano. A primeira
ideia do ex-secreta local seria imprimir o nome, com indicação da residência. Não há ofício
que não traga louros, e os louros fizeram-se para os olhos dos homens. Não tenho perdido
nada, nem por furto, nem por outra via; deixo de recorrer aos préstimos do anunciante,
mas aproveito esta coluna para recomendá-los aos meus amigos e leitores.
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Pois que a fortuna trouxe às nossas plagas um perfeito conhecedor do ofício, erro é não
o aproveitar. Não se perdem somente objetos: perdem-se também vidas, nem sempre se
sabe quem é que as leva. Ora, conquanto não se achem as vidas perdidas, importa conhecer
as causas da perda, quando escapam à ação da lei ou da autoridade. Não foi assassínio,
mas suicídio, o dessa Ambrosina Cananeia, que deixou a vida esta semana. Era uma pobre
mulher trabalhadeira, com dois filhos adolescentes e mãe valetudinária**; morava nos
fundos de uma estalagem da rua da Providência. O filho era empregado, a filha aprendia a
fazer flores... Não sei se te lembras do acontecimento: tais são os casos de sangue destes
dias que é natural vir o fastio e ir-se a memória. Pois fica lembrado.
A causa do suicídio não foi a pobreza, ainda que a pessoa fosse pobre. Nem desprezo
de homem, nem ciúmes. A carta deixada dizia em começo: “Vou dar-te a última prova
de amizade... É impossível mais tolerar a vida por tua causa; deixando eu de existir, você
deixa de sofrer.” Você é uma mocinha de dezesseis anos, vizinha, dizem que bonita, amiga
da morta. Segundo a carta, a mocinha era castigada por motivo daquela afeição, tudo de
mistura com um casamento que lhe queriam impor.
O que é único, é esta amiga que se mata para que a outra não padeça. A outra era
diariamente espancada, quase todos os vizinhos o sabiam pelos gritos e pelo pranto da
vítima − “tudo por causa da nova amizade”. Não podendo atalhar o mal da amiga, Ambrosina
buscou um veneno, meteu no seio as cartas da amiga e acabou com a vida em cinco minutos.
“Adeus, Matilde; recebe o meu último suspiro”.
Os tempos, desde a antiguidade, têm ouvido suspiros desses, mas não são últimos. Que a
morte de uma trouxesse a da outra, voluntária e terrível, não seria comum, mas confirmaria
a amizade. As afeições grandes podem não suportar a viuvez. Quem eu quisera ouvir sobre
isto era o ex-secreta de Londres e de New York, onde a polícia pode ser que penetre além
do delito e suas provas, e passeie na alma da gente, como tu, por tua casa.
* secreta: agente secreto.
** valetudinário: que ou o que é de constituição física débil, doentia, sempre sujeito a
enfermidades.

051. (FCC/ANALISTA/MANAUSPREV /2021) Em “Ora, conquanto não se achem as vidas


perdidas, importa conhecer as causas da perda, quando escapam à ação da lei ou da
autoridade.” (2º parágrafo), a oração destacada expressa, em relação à oração que a
sucede, ideia de
a) proporção.
b) concessão.
c) condição.
d) consequência.
e) causa.
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A conjunção “conquanto” é concessiva. Por isso, a oração destacada expressa, em relação


à oração que a sucede, ideia de concessão. Descartamos, então, as noções semânticas de
proporção, condição, consequência e causa.
Letra b.

052. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO AUXILIAR/TJ-SC /2021) Em “O champanhe que tinha


comprado para celebrar com os vizinhos a sua entrada na universidade” (9º parágrafo), o
trecho destacado exprime ideia de
a) conclusão.
b) condição.
c) causa.
d) consequência.
e) finalidade.

A estrutura destacada (“para celebrar com os vizinhos a sua entrada na universidade”) exprime
a ideia de finalidade. Isso é provado pela possibilidade de se substituir a preposição “para”
por uma expressão sinônima, como “a fim de” ou “com o objetivo de”: “com a finalidade
de celebrar com os vizinhos a sua entrada na universidade”. Descartamos, então, as opções
em (a), (b), (c) e (d).
Letra e.

ILUMINAÇÃO
A Prefeitura foi intrujada quando, em 1920, aqui se firmou um contrato para o
fornecimento de luz. Apesar de ser o negócio referente a claridade, julgo que assinaram
aquilo às escuras. É um BLUFF*. Pagamos até a luz que a lua nos dá.
*BLUFF expressão inglesa que foi aportuguesada como “blefe”: atitude enganadora, em
jogo de cartas, que busca iludir o adversário.

053. (FCC/ASSISTENTE LEGISLATIVO/AL-AP/2020) A expressão “Apesar de” estabelece entre


as orações relação de:
a) proporção.
b) consequência.
c) condição.
d) conformidade.
e) concessão.

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A expressão “apesar de” estabelece entre as orações uma relação de concessão. Assim,
eliminamos as demais alternativas, pois não é proporção, consequência, condição e
conformidade.
Letra e.

054. (CONSULPAM/TÉCNICO/ICTIM/2023) No trecho “novas análises indicam que esses


modelos subestimam a disponibilidade de água”, a oração em destaque exerce a mesma
função sintática do que o termo destacado em:
a) “Os resultados foram publicados no periódico Nature Water”.
b) “A crise climática altera a circulação atmosférica global”.
c) “suas consequências locais nos rios e na disponibilidade de água caem no campo da
hidrologia”.
d) “Consequentemente, a quantidade de água dos rios para ser utilizada localmente
também sofre mudanças”.

A oração destacada é complemento direto do verbo “indicar”. Por isso, é classificada


corretamente como subordinada substantiva objetiva direta. A expressão em (b) também
destaca um termo que é objeto direto (complemento direto do verbo “altera”). Nas demais
alternativas, temos as seguintes classificações: (a) sujeito; (c) função adjunta; (d) por ser
advérbio, exerce função adjunta.
Letra b.

055. (IDIB/NÍVEL SUPERIOR/MINISTÉRIO DA ECONOMIA/2021) Observe o período a seguir:


“Embora tenha sofrido muitas dificuldades, o cientista enriqueceu, não obstante permanecia
com suas atividades de filantropia”. Assinale a alternativa que apresente corretamente as
respectivas funções das conjunções em destaque.
a) concessão e oposição
b) alternância e oposição
c) explicação e conclusão
d) oposição e explicação
e) hipótese e concessão

Se você identificou no trecho a forma “embora”, a ideia veiculada é de concessão. Assim,


já sabemos que a alternativa correta é a (a). O termo “não obstante” traz ideia concessiva
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ou adversativa. Lembrando que na noção de “concessão” já há uma ideia de oposição, mas


uma oposição parcial.
Letra a.

FUNÇÕES DO QUE E DO SE

056. (INÉDITA/2024) A frase em que o “se” possui valor condicional é:


a) Feriu-se gravemente no clube de tiro.
b) Vive-se muito bem nos países com IDH alto.
c) Se ele trouxer o abridor, beberemos vinho.
d) Compraram-se muitas máscaras no início da pandemia.
e) Foi-se embora, reclamando.

Apenas em (c) a forma “se” possui valor condicional (equivalendo à reescrita “caso ele
traga”). Nas demais alternativas, o “se” é classificado como:
a) pronome reflexivo;
b) índice de indeterminação do sujeito;
d) partícula apassivadora;
e) partícula expletiva, sem função sintática.
Letra c.

057. (INÉDITA/2024) Em “O programa de privatizações do Reino Unido dos anos 1980-1990,


comandado pela primeira-ministra Margaret Thatcher, foi o caso paradigmático, que serviu
de modelo para diversos países”, a forma destacada é um pronome relativo que exerce
função sintática de sujeito da oração subordinada adjetiva explicativa; a opção em que a
forma “que” possui a mesma classificação é:
a) “Em agosto, constatamos que a pandemia do novo coronavírus estava longe do fim”
b) “O governo pretende avançar muito mais no processo de privatização com a venda dos
Correios, da Eletrobras e de subsidiárias da Caixa, do Banco do Brasil e da Petrobras, que
pretende vender oito de suas refinarias”
c) “O artigo de Stevan Thomas e o livro de Jean Hansen e Jacques Perceboais deixam isso muito
evidente, inclusive mostrando que as agências reguladoras do Reino Unido e da França têm
perdido espaço para uma atuação mais direta do Estado, por meio de políticas discricionárias”
d) “Estudo recente sobre o mercado de refino da Europa concluiu que ‘dividir a indústria
em players menores para incentivar mais concorrência pode levar a preços mais altos para
os consumidores’”

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e) “Na verdade, essa é a retorica atual que legitima um processo de privatização que
está associado à geração de novos espaços para ampliação do capital privado nacional
e internacional”

Em (b), o termo “que” é pronome relativo (a Petrobras), exercendo a função sintática de


sujeito da oração subordinada adjetiva explicativa (sujeito da forma verbal “pretende”). As
demais classificações do “que” são estas:
a) o “que” é uma conjunção integrante que introduz oração subordinada substantiva
objetiva direta.
c) o “que” é uma conjunção integrante que introduz oração subordinada substantiva
objetiva direta.
d) o “que” é uma conjunção integrante que introduz oração subordinada substantiva
objetiva direta.
e) o “que” é um pronome relativo (a “um processo de privatização”) que exerce função
sintática de sujeito de uma oração subordinada adjetiva restritiva.
Letra b.

058. (INÉDITA/2024) “Vale notar que tal comprovação é opcional para os prestadores
privados que assumiram a prestação dos serviços via licitação antes da aprovação da lei,”
(Ana Lúcia e Suyá Quintslr. Reforma urbana e direito à cidade, 2022).

Qual a classificação morfossintática expressões destacadas no texto, respectivamente?


a) conjunção integrante e partícula expletiva.
b) partícula expletiva e pronome relativo.
c) advérbio e partícula expletiva.
d) conjunção integrante e advérbio.
e) conjunção integrante e pronome relativo.

O primeiro “que” é uma conjunção integrante que introduz uma subordinada substantiva.
Na segunda ocorrência, o “que” é um pronome relativo (retoma “os prestadores privados”),
exercendo função sintática na subordinada adjetiva. Assim, a classificação correta está em
(e), já que não se pode classificar as formas destacadas como partícula expletiva (como em
“que ninguém se mexa”) ou advérbio (como em “que bela estava aquela noite”).
Letra e.

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Governo não pode achar que as ruas decidirão reformas


O domingo de manifestações em favor do governo Bolsonaro, realizadas em 156
cidades, distribuídas pelos 26 estados e o Distrito Federal, serviu para mostrar que a direita
chegou mesmo às ruas, que eram monopólio da esquerda até junho de 2013, quando atos
espontâneos, à margem das máquinas sindicais lulopetistas, denunciaram a má qualidade
dos serviços públicos e da infraestrutura.
É possível inferir que a grande maioria dos que se vestiram de verde e amarelo no fim
de semana seja bolsonarista de raiz, sem representantes daquela parcela dos eleitores do
ex-capitão que votaram nele movidos por um forte sentimento antipetista. Demonstram
pesquisas que estes já abandonaram o presidente.
O pretexto da mobilização foi a resposta a passeatas, também realizadas em todo o
país, em defesa da Educação, depois que o novo ministro da área, Abraham Weintraub,
fez um pronunciamento desastrado para anunciar “cortes” no MEC, quando, na verdade,
era um contingenciamento. O ministro aproveitou para fazer críticas de fundo ideológico
a universidades, em que reinariam “bagunça” e “balbúrdia”. Com isso, deu pretexto para
a oposição organizar as manifestações, de que se aproveitaram até mesmo corporações
sindicais de servidores públicos, privilegiadas na atual Previdência, e levaram às ruas palavras
de ordem contra a reforma.
O bolsonarismo entendeu que deveria responder às manifestações de “esquerda”,
embora a defesa da educação seja uma bandeira suprapartidária. Foram, então, organizadas
as passeatas a favor do governo, algo pouco visto, e que costuma ocorrer em regimes
autoritários, como o de Nicolás Maduro, na Venezuela.
A iniciativa abriu espaço para a extrema direita pregar o fechamento do Congresso e
do STF, uma manifestação golpista. Bolsonaro agiu de forma correta ao desautorizar este
discurso. Enfim, a presença desses radicais foi desprezível.
Quanto mais não seja, o domingo serviu para reafirmar a popularidade do ministro da
Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, que tem sido batido no governo em questões como
a das armas. E demonstrar um inédito apoio ao ministro da Economia, Paulo Guedes, que
trata de executar um ajuste a partir da Previdência, tema impopular. Mostra que a classe
média que ocupou a Paulista e a Avenida Atlântica, além de vias principais em várias outras
cidades, demonstra ter mais consciência que políticos da oposição.
Passada, porém, a manifestação a favor, deve o governo se voltar aos entendimentos
com o Congresso, espaço institucional para as mudanças necessárias nas leis, a fim de
que o país saia da estagnação em que se encontra. Não pode considerar que avanços que
venham a ser alcançados na reforma da Previdência e outras se deverão às pressões das
ruas, usadas quase sempre com intenções antidemocráticas.
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059. (INÉDITA/2024) Assinale a alternativa em que a expressão destacada tem função de


pronome relativo.
a) É possível inferir que a grande maioria [...]
b) [...] serviu para mostrar que a direita chegou mesmo às ruas [...]
c) O bolsonarismo entendeu que deveria responder às manifestações de “esquerda” [...]
d) E demonstrar um inédito apoio ao ministro da Economia, Paulo Guedes, que trata de
executar um ajuste a partir da Previdência [...]
e) Demonstram pesquisas que estes já abandonaram o presidente [...]

Em (a), (b), (c) e (e), as formas destacadas (“que”) são conjunções integrantes, as quais
introduzem orações subordinadas substantivas objetivas diretas (que exercem função de
complemento dos verbos “inferir”, “mostrar”, “entender” e “demonstrar”, respectivamente).
Apenas em (d) temos um pronome relativo, o qual retoma “Paulo Guedes” e exerce função
sintática de sujeito da subordinada adjetiva explicativa nucleada pela forma verbal “trata”.
Letra d.

060. (INÉDITA/2024) Assinale a frase abaixo que se encontra na voz passiva sintética ou
pronominal, com o pronome SE.
a) A partir de Sócrates, o ser humano voltou-se para si mesmo.
b) Após ser ofendida pelo adversário, a candidata foi-se embora, chorando.
c) O afastamento ocorreria precisamente se a universidade servisse imediatamente a
determinados interesses.
d) Após análise das faturas de um dos contratos, constatou-se que os consultores
apresentaram regime de trabalho incompatível com a realidade
e) Importa destacar que a violência intrafamiliar pode se dar de forma omissiva ou comissiva.

Para ser passiva sintética (com pronome “se”), o verbo deve ser transitivo direto e o sujeito
paciente. Em (d), a estrutura subordinada “que os consultores [...]” é o sujeito paciente
do verbo “constatar” (transitivo direto na ativa). Por ser um sujeito oracional, o verbo é
flexionado na terceira pessoa do singular. Assim, a alternativa (d) é a correta. Em (a), (b), (c)
e (e), o “se” é classificado como, respectivamente, pronome reflexivo, partícula expletiva,
conjunção condicional e parte integrante do verbo.
Letra d.

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061. (INÉDITA/2024) “Afinal de contas, era em suas margens que ele se debruçava
todos os dias.”
Nesse segmento do texto, a expressão destacada tem valor expressivo, com função de
realce de algum termo ou ideia.
A frase abaixo em que essa expressão tem valor gramatical, fazendo parte da estrutura
sintática da frase, é:
a) Trata-se de uma ficha que pode ser adquirida em qualquer papelaria.
b) É aqui que eu trato da alma e da mente.
c) Os escrivães, fique o senhor sabendo, é que são as verdadeiras autoridades.
d) Explique então o que é que a gente vai fazer após a eliminação da Seleção Brasileira?
e) É nas grandes cidades brasileiras que se concentram os principais problemas sociais.

Em (b), (c), (d) e (e), o vocábulo “que” é (parte de um) expletivo, como se pode comprovar pela
retirada desse termo em cada sentença: aqui eu trato da alma; os escrivães são as verdadeiras
autoridades; o que a gente vai fazer; nas grandes cidades brasileiras se concentram. Em
(a), o “que” é um pronome relativo que exerce a função de sujeito do predicado “pode ser
adquirida” (em uma subordinada adjetiva).
Letra a.

Estudos se debruçam sobre o impacto mental do novo coronavírus


Enquanto a pandemia deixa um rastro de mortes no planeta, seu impacto na saúde mental
das pessoas vem rendendo diversos estudos. De acordo com os pesquisadores, espera-
se um número expressivo de indivíduos que desenvolverão algum tipo de transtorno
psiquiátrico, como ansiedade e depressão. A psiquiatra Carol North, professora da University
of Texas Southwestern, é uma das autoras de artigo publicado no meio deste mês na revista
científica “New England Journal of Medicine”. “Praticamente todos experimentarão algum
grau de angústia e sofrimento, mas há grupos que serão afetados com maior intensidade.
São àqueles formados por pessoas que contraíram a doença; pelos indivíduos que
pertencem a categorias de risco, como os idosos; e os que já apresentavam problemas
psiquiátricos ou de abuso de substâncias”, afirmou.

062. (IBGP/MUNICIPIO DE BAMBUÍ MG/ENGENHEIRO CIVIL/2020) De acordo com as partículas


“que” presentes no texto precedente, analise as afirmativas a seguir:
I – A partícula “que” em “um número expressivo de indivíduos que desenvolverão algum tipo
de transtorno psiquiátrico” exerce função morfológica de conjunção integrante.
II – As partículas “que” presentes em “por pessoas que contraíram a doença; pelos indivíduos
que pertencem a categorias de risco” exercem a mesma função morfológica.
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III – No texto precedente, há duas partículas “que” exercendo função morfológica de


conjunção integrante.
Está(ão) CORRETA(S) a(s) afirmativa(s):
a) II apenas.
c) II e III apenas.
b) I e III apenas.
d) I, II e III.

Apenas a afirmativa em II está correta, já que, no trecho em análise, as duas ocorrências


da partícula “que” exercem a mesma função morfológica (são pronomes relativos, os
quais retomam, respectivamente, “pessoas” e “indivíduos”). A afirmativa em I está errada,
porque o “que”, no trecho em análise, também é pronome relativo (retoma “indivíduos”).
Por fim, III está incorreto, pois não há partículas “que” exercendo função morfológica de
conjunção integrante.
Letra a.

063. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO AUXILIAR/TJ-SC /2021) UMA PESSOA COM CONHECIMENTO,


COM DIGNIDADE, UMA PESSOA QUE TODOS RESPEITARÃO (6º PARÁGRAFO) Era uma bela
geladeira, com muitos dispositivos que ela mal conhecia (8º parágrafo).
Os termos destacados referem-se, respectivamente, a
a) pessoa e ela.
b) todos e geladeira.
c) todos e dispositivos.
d) pessoa e geladeira.
e) pessoa e dispositivos

Os pronomes relativos fazem referência, respectivamente, a “pessoa” e “dispositivos”, como


indicado na alternativa (e). Podemos descartas as demais alternativas, pois os referentes
já estão definidos e não há ambiguidade referencial.
Letra e.

064. (CONSULPAM/TÉCNICO/ICTIM/2023) Classifique a oração iniciada pelo ‘que’ no


período abaixo:
“pois eles não têm as medições de escoamento que o novo modelo proporciona”.
a) Oração subordinada substantiva objetiva direta.
b) Oração subordinada adjetiva restritiva.
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c) Oração subordinada adverbial proporcional.


d) Oração subordinada substantiva completiva nominal.

Como a oração modifica o termo “as medições de escoamento” (o pronome relativo retoma
essa expressão), estamos diante de uma oração subordinada adjetiva restritiva (note que não
há vírgula separando a oração). Logo, não se trata de uma oração substantiva ou adverbial.
Letra b.

065. (IDIB/TÉCNICO EM INFORMATICA/CÂMARA DE PLANALTINA/2021) Em “Tenho um sobrinho,


um pensador irreverente de botequim, que gosta de dizer o seguinte: [...]”, a partícula “que”
está exercendo função gramatical de
a) conjunção integrante.
b) conjunção explicativa.
c) pronome relativo.
d) pronome interrogativo.

No trecho em análise, o “que” é um pronome relativo, o qual retoma “sobrinho”. Note ser
possível substituir o “que” por “o qual”, termo que estabelece concordância de gênero e
número com o referente. Além disso, o pronome “que” exerce função sintática na subordinada
adjetiva (é sujeito de “gosta”). A alternativa correta é a (c), então.
Letra c.

SINTAXE DE CONCORDÂNCIA, DE REGÊNCIA E DE COLOCAÇÃO

066. (INÉDITA/2024) Todas as frases abaixo sofreram a mesma alteração; a opção em que
a mudança causa erro de regência verbal é:
a) Todos acudiram ao candidato / Todos acudiram o candidato
b) O residente assistiu ao paciente enfermo / O residente assistiu o paciente enfermo
c) O perfume de que eu gosto não está mais disponível / O perfume que eu gosto não está
mais disponível
d) O prefeito eleito declinou do cargo / O prefeito eleito declinou o cargo
e) Ele não sofreu com a doença, pois goza de boa saúde / Ele não sofreu com a doença, pois
goza boa saúde

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Atenção! Atenção! Atenção! Erro de regência é diferente de “diferentes regências”. Em (a),


(d) e (e), temos casos de dupla regência (acudir/acudir a; declinar/declinar de; gozar/gozar
de). Em (b), o verbo “assistir” pode ser transitivo indireto (regendo preposição “a”, com
sentido de “presenciar”) ou transitivo direto (com sentido de “prestar socorro”). Não há,
então, erro de regência nessas estruturas, mas diferentes regências.
Em (c), diferentemente, a forma “O perfume que eu gosto não está mais disponível” contém
erro de regência, pois o pronome “que” precisa ser introduzido pela preposição “de”, regida
pelo verbo “gostar”.
Letra c.

067. (INÉDITA/2024) “Essa piora reflete a frustração [...]”


“[...] a mediana das projeções indica uma expansão de 1,23% [...]”
“[...] O texto menciona uma “robusta reforma” [...]”
As expressões em destaque nos excertos apresentados podem ser substituídas
adequadamente, considerando a escolha pronominal e respectiva colocação, por:
a) a reflete / a indica / menciona-o
b) lhe reflete / lhe indica / a menciona
c) reflete-a / lhe indica / menciona-lhe
d) a reflete / a indica / a menciona
e) reflete-lhe / a indica / menciona-a

Todas as expressões em destaque são complementos diretos (objetos diretos das formas
verbais “reflete”, “indica” e “menciona”, respectivamente). Por isso, a forma pronominal
“lhe” não pode ser empregada em nenhum dos casos (porque essa forma, no âmbito
verbal, exerce função de objeto indireto). Eliminamos, assim, as alternativas (b), (c) e (e).
A alternativa (a) está inadequada porque propõe o pronome oblíquo “o”, masculino, como
substituto para um termo feminino (a frustração). Em termos de colocação pronominal,
a forma oblíqua “a” (adequada para substituir as expressões em destaque) pode estar em
próclise ou ênclise (sujeito explícito com núcleo substantivo) – e por isso a alternativa (d)
está correta.
Letra d.

068. (INÉDITA/2024) “Segundo os pesquisadores da UFBA, o vírus da febre Zika chegou ao


país, provavelmente, durante a Copa do Mundo de Futebol em 2014, uma vez que não havia
registros da doença na América Latina”

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A forma verbal destacada no excerto precedente poderia ser substituída, mantendo-se a


correção gramatical e o significado original, por
a) tinham
b) haviam
c) existia
d) tinha
e) existiam

O verbo “haver” destacado no trecho em análise é existencial (sendo, por isso, impessoal,
sempre flexionado na terceira pessoa do singular) – e, com isso, eliminamos a alternativa
(b). Nessa acepção, não pode ser substituído por “ter”, o que nos leva à eliminação de (a) e
(d). Sendo existencial, pode ser substituído por “existir”. Como o verbo “existir” é pessoal e
concorda com o sujeito (no caso, “registros da doença na América Latina”), a concordância
adequada é “existiam”, como nos aponta a alternativa (e). Descartamos a alternativa (c)
pela inadequação na concordância.
Letra e.

069. (INÉDITA/2024) Entre as frases abaixo, aquela que possui um erro gramatical, é:
a) Em dezembro de 2019, haviam vários casos de pneumonia na cidade de Wuhan, província
de Hubei, na China.
b) Chegou ao Brasil um milhão de vacinas produzidas pela AstraZeneca.
c) Se todos nós nos mantivermos aquecidos, o perigo de hipotermia é inexistente.
d) A situação dos imigrantes venezuelanos na região Norte do Brasil se afasta muito das
condições dignas de vida.
e) A civilização do século XX tornou-se altamente dependente do mais nobre dos combustíveis:
o petróleo.

O erro em (a) está na flexão do verbo “haver”, existencial: o adequado é flexioná-lo sempre
na terceira pessoa do singular: havia vários casos de pneumonia. Nas demais alternativas
(b, c, d e e), as frases preservam a correção gramatical (concordância, flexão de forma
verbal, colocação etc.).
Letra a.

“Já se tornou uma rotina na vida do estudante Victor Antonioli Velozo. Todo mês, ele
vai à Biblioteca Municipal Paul Harris, em São Caetano do Sul, para devolver o livro que
acabou de ler e apanhar o novo que irá acompanhá-lo nas próximas quatro semanas. O
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hábito começou em 2018, quando Velozo precisou fazer um trabalho escolar. Como não
tinha dinheiro para comprar o material de pesquisa nem ambiente ideal para estudar em
casa, resolveu ir à biblioteca. “Depois desse dia, acabei pegando mais gosto pelos livros,
pelo lugar e pelas pessoas que frequentam a Paul Harris, que me dá toda a estrutura para
estudar”, conta o estudante de 16 anos, aluno do segundo ano do ensino médio.
Só que, em breve, a biblioteca deve ser transferida de local – e a mudança está causando
apreensão nos funcionários e revolta nos frequentadores. A Prefeitura de São Caetano do
Sul anunciou que os mais de 30 mil livros serão levados da atual sede, que tem dois andares,
para um espaço de 200m2 no edifício da Secretaria de Educação, conhecido na cidade como
“aquário”, porque suas paredes são revestidas com vidro, do piso ao teto.
Para funcionários da Paul Harris, a mudança coloca em risco o acervo, em razão do
tamanho do novo espaço. Pelo mesmo motivo, os funcionários temem que haja uma forte
queda na quantidade de visitantes, que antes da pandemia chegava a ser de mais de 10
mil pessoas por mês.”

070. (INÉDITA/2024) No texto, há uma série de ocorrências da preposição “de”; a frase em


que essa preposição é solicitada por um termo anterior é
a) “[...] conta o estudante de 16 anos [...]”
b) “Como não tinha dinheiro para comprar o material de pesquisa [...]”
c) “[...] 30 mil livros serão levados da atual sede [...]”
d) “[...] porque suas paredes são revestidas com vidro, do piso ao teto.”
e) “A Prefeitura de São Caetano do Sul anunciou que [...]”

Em (c), a preposição “de” é exigida pela forma nominal “levados” (levado de algum lugar
para outro lugar). Nas demais alternativas (A, B, D e E), a preposição “de” não é exigida pelo
termo anterior (isto é, introduzem apenas termos adjuntos, os quais não se vinculam por
regência a outro termo).
Letra c.

Estudos se debruçam sobre o impacto mental do novo coronavírus


Enquanto a pandemia deixa um rastro de mortes no planeta, seu impacto na saúde
mental das pessoas vem rendendo diversos estudos. De acordo com os pesquisadores,
espera-se um número expressivo de indivíduos que desenvolverão algum tipo de transtorno
psiquiátrico, como ansiedade e depressão. A psiquiatra Carol North, professora da University
of Texas Southwestern, é uma das autoras de artigo publicado no meio deste mês na revista
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grau de angústia e sofrimento, mas há grupos que serão afetados com maior intensidade.
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São àqueles formados por pessoas que contraíram a doença; pelos indivíduos que pertencem
a categorias de risco, como os idosos; e os que já apresentavam problemas psiquiátricos
ou de abuso de substâncias”, afirmou.

071. (IBGP/MUNICIPIO DE BAMBUÍ MG/ENGENHEIRO CIVIL/2020) Leia o trecho a seguir:


“Enquanto a pandemia deixa um rastro de mortes no planeta, seu impacto na saúde mental
das pessoas vem rendendo diversos estudos.”
Sobre a concordância do verbo “vem” (linha 3), assinale a alternativa CORRETA:
a) Deve levar acento, pois concorda com o seu sujeito “pandemia”, no singular.
b) Deve levar acento, pois concorda com o seu sujeito “pessoas”, no plural. (c) Não deve
levar acento, e está corretamente empregado, uma vez que seu sujeito está no singular.
d) Não deve levar acento, e está corretamente empregado, uma vez que seu sujeito está
no plural.

Bom, vou direto ao ponto sobre a flexão do verbo “vir”: quando na terceira pessoa do
singular do presente do indicativo, o correto é “vem”; quando na terceira pessoa do plural
do presente do indicativo, o correto é “vêm”. Como o núcleo do sujeito da oração em análise
é “impacto”, a forma adequada fica sem acento circunflexo: “vem”. É exatamente isso o que
se afirma na alternativa (c), correta.
Letra c.

072. (IBGP/MUNICIPIO DE ITABIRA/ENGENHEIRO CIVIL/2020)


“Os resultados disponíveis mostram que a maioria dos estudantes brasileiros obteve
desempenho abaixo do adequado e não conseguem, por exemplo, tomar decisões em
contextos que são relevantes para eles [...]”
Com relação à concordância determinada pela norma-padrão, as formas verbais em
destaque estão:
a) Ambas corretas.
b) Ambas incorretas.
c) Correta e incorreta respectivamente.
d) Incorreta e correta respectivamente.

A concordância ocorre em relação ao complexo “a maioria dos estudantes brasileiros”:


“obteve” concorda com “a maioria” e “conseguem” concorda como “estudantes”. Por isso,
temos a alternativa (a) como correta, já que as duas formas verbais estão adequadas
segundo a norma-padrão.
Letra a.

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073. (IBGP/MUNICIPIO DE ITABIRA/ENGENHEIRO CIVIL/2020)


“O Pisa oferece avaliação em competência financeira de forma optativa aos países integrantes
do programa.”
O verbo dessa oração possui dois complementos cujas regências são:
a) Ambas diretas.
b) Ambas indiretas.
c) Direta (sem preposição) e indireta (com preposição), respectivamente.
d) Indireta (com preposição) e direta (sem preposição), respectivamente.

A forma verbal em análise é “oferece”. Na oração, observamos que “avaliação em competência


financeira de forma optativa” é o objeto direto (oferece [isso]) e “aos países integrantes do
programa” é o objeto indireto (oferece [isso] [a alguém/algo]). Por isso, temos que o verbo
possui regência transitiva DIRETA (complemento sem preposição) e INDIRETA (complemento
com preposição), respectivamente: a alternativa (c) é a correta, portanto.
Letra c.

074. (FGV/PROFESSOR/PREF. MUN. PAULÍNIA-SP/2021) Em todos os pensamentos abaixo,


o enunciador teve a preocupação de construir frases com paralelismo sintático.
Assinale a opção que apresenta a frase em que essa preocupação acaba por gerar um
erro gramatical.
a) Eu pego as lendas e as transformo em coisas comuns; Mozart pega as coisas comuns e
as transforma em lendas.
b) Sucesso é conseguir o que você quer e felicidade é gostar do que você conseguiu.
c) As grandes épocas dizem: a arte. As épocas medíocres dizem: as artes.
d) A crítica é fácil e a arte é difícil.
e) Felicidade é alguém para amar, algo para fazer e algo para aspirar.

Em (e), o paralelismo com o verbo “aspirar” (transitivo indireto no sentido de “almejar”) é


inadequado, pois falta-lhe a preposição. As formas verbais “amar” e “fazer”, diferentemente,
são transitivas diretas e não necessitam de preposição.
Letra e.

075. (FGV/PROFESSOR/PREF. MUN. PAULÍNIA-SP/2021) Em todas as frases abaixo houve a


utilização do advérbio onde.
Assinale a opção que apresenta a frase em que, segundo a gramática tradicional, deveria
ser usada a forma mais adequada aonde.
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a) Felicidade é um lugar onde você pode pousar, mas não pode fazer seu ninho.
b) Se você já construiu castelos no ar, não tenha vergonha deles. Estão onde devem estar.
Agora, dê-lhes alicerces.
c) Quantas vezes eu descobri onde eu deveria ir apenas por partir para algum outro lugar.
d) O importante da vida não é a situação onde estamos, mas a direção para a qual nos
movemos.
e) Um bom lugar para você começar é de onde você está.

Para se utilizar a forma “aonde”, é necessário haver um termo regente (que exija a preposição
“a”). Isso ocorre em (c), pois há uma forma que exige preposição “a”: descobri aonde eu
deveria ir.
Letra c.

EMPREGO DO SINAL INDICATIVO DE CRASE

076. (INÉDITA/2024) A frase em que o emprego do acento grave (crase) é justificado por
razão diferente dos demais é:
a) À meia noite, os fogos explodiram no céu de Copacabana.
b) O candidato não entregou o extrato à Receita Federal.
c) O escritor deu um livro autografado à fã.
d) O assessor atribuiu culpa à editora.
e) À relatora, o assessor apresentou o parecer técnico.

Em (a), a crase ocorre porque a preposição introduz um adjunto adverbial (de tempo, relativo
a quando os fogos explodiram). A preposição introdutora é “a” e o termo adjunto também
é formado por artigo determinado feminino “a” (havendo a junção, a crase se aplica). Esse
é o único caso de crase ocorrendo em expressão adverbial. Nas demais alternativas, a crase
ocorre por razões semelhantes (isto é, em (b), (c), (d) e (e), a crase é aplicada pelas mesmas
razões; em (a), a crase se aplica por uma razão distinta):
b) crase decorrente de regência de verbo bitransitivo (entregar) + presença de artigo
definido feminino.
c) crase decorrente de regência de verbo bitransitivo (dar) + presença de artigo definido
feminino.
d) crase decorrente de regência de verbo bitransitivo (atribuir) + presença de artigo
definido feminino.

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e) crase decorrente de regência de verbo bitransitivo (apresentar) + presença de artigo


definido feminino. Nesse caso, o objeto indireto está deslocado para o início da oração. Em
ordem direta, teríamos: O assessor apresentou o parecer técnico à relatora.
Letra a.

077. (INÉDITA/2024) Assinale a alternativa na qual a escrita está correta em relação ao


uso da crase.
a) Tárcia Clara, aluna do IFAL, disse que o professor praticamente a obrigou à fazer o teste.
b) Quando leio O Conde de Monte Cristo, retorno à França de Napoleão.
c) Tenho verdadeira devoção à Nossa Senhora dos Prazeres.
d) No debate, os candidatos ficaram cara à cara.
e) O presidente do time apresentou-se contra às ações do treinador.

A crase em (b) é justificada pela regência do verbo “retornar” e pelo artigo definido diante
de “França” (a França de Napoleão, por isso específica). Vamos aos erros das alternativas
(a), (c), (d) e (e): (a) crase diante de verbo; (c) crase diante de nomes de santas; (d) crase
entre palavras repetidas; (e) crase diante de outra preposição.
Letra b.

078. (INÉDITA/2024) Assinale a frase em que há um erro gramatical.


a) Aos que me perguntam o motivo de minhas viagens, geralmente lhes respondo que sei
bem do que fujo, mas não o que busco.
b) Três coisas existem de que sempre gostei muito e que mais consegui compreender: a
música, a pintura e as mulheres.
c) Não contesto que a medicina seja útil à alguns homens, mas digo que ela é funesta ao
gênero humano.
d) A polícia é uma instituição necessária à ordem e à vida da cidade.
e) Quem come do fruto da árvore da sabedoria sempre é arrojado de algum paraíso.

Em (a), (b), (d) e (e), não há desvios. As relações morfossintáticas estão adequadas. Em (c),
diferentemente, há desvio gramatical: o registro do sinal indicativo de crase em “à alguns
homens” é inadequado, pois não se emprega artigo antes de pronomes indefinidos.
Letra c.

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Enquanto a pandemia deixa um rastro de mortes no planeta, seu impacto na saúde
mental das pessoas vem rendendo diversos estudos. De acordo com os pesquisadores,
espera-se um número expressivo de indivíduos que desenvolverão algum tipo de transtorno
psiquiátrico, como ansiedade e depressão. A psiquiatra Carol North, professora da University
of Texas Southwestern, é uma das autoras de artigo publicado no meio deste mês na revista
científica “New England Journal of Medicine”. “Praticamente todos experimentarão algum
grau de angústia e sofrimento, mas há grupos que serão afetados com maior intensidade.
São àqueles formados por pessoas que contraíram a doença; pelos indivíduos que pertencem
a categorias de risco, como os idosos; e os que já apresentavam problemas psiquiátricos
ou de abuso de substâncias”, afirmou.

079. (IBGP/MUNICIPIO DE BAMBUÍ MG/ENGENHEIRO CIVIL/2020) Sobre o emprego do acento


grave indicador de crase no texto precedente, é CORRETO afirmar que:
a) O termo “a”, em “enquanto a pandemia”, deveria ter sido craseado.
b) O termo “a”, em “A psiquiatra Carol North”, deveria ter sido craseado.
c) O termo “àqueles”, em “São àqueles formados por pessoas”, não deveria ter sido craseado.
d) O termo “a”, em “pessoas que contraíram a doença” deveria ter sido craseado.

Em (c), afirma-se que a forma “àqueles” não deveria ter sido craseada. É isso mesmo,
pois NÃO HÁ preposição “a” (observe que não há nenhum termo regente). Nas demais
alternativas, os erros são estes: (a) não há preposição na expressão “enquanto a”; (b) o “A”
em “A psiquiatra Carol North” é apenas artigo (observe que o termo é sujeito, e por isso não
pode ser preposicionado). Em (d), por fim, o termo “a doença” é objeto direto, não havendo
preposição (o verbo “contrair” é transitivo direto).
Letra c.

080. (IDIB/TÉCNICO ADMINISTRATIVO/CÂMARA DE PLANALTINA/2021) Em “Se quisermos


levar a sério o combate à mudança climática,...”, ocorreu a crase porque
a) é uma locução adverbial feminina que sempre vem acompanhada de crase.
b) o verbo “combate” pede a preposição A e o substantivo “mudança” aceita o artigo A.
c) o verbo “levar” pede a preposição A e o nome “combate” também pede a preposição A.
d) o nome “combate” pede a preposição A e o substantivo “mudança” aceita o artigo A.

A crase se justifica por haver preposição “a” (exigida pelo termo regente “combate”) e artigo
definido feminino “a”, o qual precede o termo “mudança climática”, cujo núcleo é “mudança”.
É exatamente essa a análise presente em (d), alternativa correta.
Letra d.

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EMPREGO DOS SINAIS DE PONTUAÇÃO

081. (INÉDITA/2024) A frase em que o emprego da vírgula se mostra inadequado é:


a) “As multinacionais norte-americanas, recorrem frequentemente à filantropia para
mascarar os crimes que as enriqueceram”
b) “Nos Estados Unidos, o patrimônio da maioria das famílias afro-americanas permanece
abaixo dos US$ 20.000”
c) “As famílias afro-americanas devem, por isso, residir em bairros pobres e matricular seus
filhos em escolas medíocres”
d) “O Mapa da Violência 2019, elaborado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública e pelo
Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea), é categórico”
e) “Essas práticas de violação, violência policial e racismo têm sido denunciadas pelo
movimento negro brasileiro há décadas”

Em (a), o emprego da vírgula é inadequado porque separa o sujeito (“As multinacionais norte-
americanas”) de seu predicado (“recorrem frequentemente à filantropia para mascarar
os crimes que as enriqueceram”). Nas demais alternativas, a vírgula está empregada
corretamente, pois:
b) isola adjunto deslocado;
c) isola expressão explicativa;
d) isola expressão intercalada;
e) isola expressão coordenada.
Letra a.

Governo não pode achar que as ruas decidirão reformas


O domingo de manifestações em favor do governo Bolsonaro, realizadas em 156
cidades, distribuídas pelos 26 estados e o Distrito Federal, serviu para mostrar que a direita
chegou mesmo às ruas, que eram monopólio da esquerda até junho de 2013, quando atos
espontâneos, à margem das máquinas sindicais lulopetistas, denunciaram a má qualidade
dos serviços públicos e da infraestrutura.
É possível inferir que a grande maioria dos que se vestiram de verde e amarelo no fim
de semana seja bolsonarista de raiz, sem representantes daquela parcela dos eleitores do
ex-capitão que votaram nele movidos por um forte sentimento antipetista. Demonstram
pesquisas que estes já abandonaram o presidente.
O pretexto da mobilização foi a resposta a passeatas, também realizadas em todo o
país, em defesa da Educação, depois que o novo ministro da área, Abraham Weintraub,
fez um pronunciamento desastrado para anunciar “cortes” no MEC, quando, na verdade,

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era um contingenciamento. O ministro aproveitou para fazer críticas de fundo ideológico


a universidades, em que reinariam “bagunça” e “balbúrdia”. Com isso, deu pretexto para
a oposição organizar as manifestações, de que se aproveitaram até mesmo corporações
sindicais de servidores públicos, privilegiadas na atual Previdência, e levaram às ruas palavras
de ordem contra a reforma.
O bolsonarismo entendeu que deveria responder às manifestações de “esquerda”,
embora a defesa da educação seja uma bandeira suprapartidária. Foram, então, organizadas
as passeatas a favor do governo, algo pouco visto, e que costuma ocorrer em regimes
autoritários, como o de Nicolás Maduro, na Venezuela.
A iniciativa abriu espaço para a extrema direita pregar o fechamento do Congresso e
do STF, uma manifestação golpista. Bolsonaro agiu de forma correta ao desautorizar este
discurso. Enfim, a presença desses radicais foi desprezível.
Quanto mais não seja, o domingo serviu para reafirmar a popularidade do ministro da
Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, que tem sido batido no governo em questões como
a das armas. E demonstrar um inédito apoio ao ministro da Economia, Paulo Guedes, que
trata de executar um ajuste a partir da Previdência, tema impopular. Mostra que a classe
média que ocupou a Paulista e a Avenida Atlântica, além de vias principais em várias outras
cidades, demonstra ter mais consciência que políticos da oposição.
Passada, porém, a manifestação a favor, deve o governo se voltar aos entendimentos
com o Congresso, espaço institucional para as mudanças necessárias nas leis, a fim de
que o país saia da estagnação em que se encontra. Não pode considerar que avanços que
venham a ser alcançados na reforma da Previdência e outras se deverão às pressões das
ruas, usadas quase sempre com intenções antidemocráticas.

082. (INÉDITA/2024) Sobre o texto precedente, analise as assertivas e assinale a alternativa


que aponta as corretas.
I – O uso de aspas no terceiro parágrafo denota, por parte do jornal O Globo, um posicionamento
contrário ao pronunciamento de Abraham Weintraub.
II – Em “depois que o novo ministro da área, Abraham Weintraub, fez um pronunciamento
desastrado para anunciar ‘cortes’ no MEC”, a primeira vírgula pode ser suprimida sem
comprometer a correção gramatical do trecho.
III – O último período do terceiro parágrafo está corretamente reescrito da seguinte
forma: “Com isso, deu-se pretexto para a oposição organizar as manifestações; de que se
aproveitaram até mesmo corporações sindicais de servidores públicos (privilegiadas na
atual Previdência) e levaram às ruas palavras de ordem contra a reforma.”
a) Apenas I.
b) Apenas II.
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c) Apenas III.
d) Apenas I e II.
e) Apenas II e III.

Vejamos os porquês de as afirmativas II e III estarem incorretas: II. a retirada da primeira


vírgula geraria desvio gramatical (não isolar aposto e separar sujeito de seu predicado); III.
a expressão “deu-se” altera a estrutura original, porque impessoaliza a construção (que,
originalmente, tem sujeito referencial); além disso, a substituição da vírgula por ponto e
vírgula após “manifestações” é inadequada, tendo em vista as relações sintáticas e coesivas.
Letra a.

“Por conseguinte, e ao contrário do que comumente (e lamentavelmente) se lê em textos


assinados por sociolinguistas – num discurso que se repete também nos livros didáticos de
português, supostamente “atualizados” com os avanços da ciência linguística –, a norma-
padrão definitivamente não é uma das muitas variedades linguísticas que existem na
sociedade. Não existe uma variedade padrão (aliás, uma contradição em termos, pois se é
padrão, isto é, uniforme e invariante, como pode ser uma “variedade”?), nem um dialeto-
padrão, nem uma língua padrão, embora esses termos pululem na bibliografia dedicada ao
tema. O que existe é uma norma-padrão, língua materna de ninguém, língua paterna por
excelência, língua da Lei, uma norma no sentido mais jurídico do termo.”

083. (INÉDITA/2024) Nesse segmento textual, as duas ocorrências dos parênteses têm a
finalidade de:
a) Confrontar a afirmativa anterior.
b) Demarcar o ponto de vista do autor em relação à temática abordada.
c) Retificar da afirmativa precedente.
d) Esclarecer o significado de um termo anterior.
e) Acrescentar fatos adicionais ao conteúdo central do texto.

Nos trechos “(e lamentavelmente) e (aliás, uma contradição em termos, pois se é padrão,
isto é, uniforme e invariante, como pode ser uma “variedade”?), os parênteses demarcam o
ponto de vista do autor em relação à temática abordada (alternativa (b)). Nessas ocorrências,
os parênteses não estão sendo utilizados para (a) confrontar a afirmativa anterior, (c)
retificar da afirmativa precedente, (d) esclarecer o significado de um termo anterior ou
(e) acrescentar fatos adicionais ao conteúdo central do texto.
Letra b.

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084. (FCC/ASSISTENTE LEGISLATIVO/AL-AP/2020/ADAPTADA) A pontuação se mantém


correta no seguinte excerto:
a) Hoje, a computação quântica, uma revolução tecnológica, deixa no passado, o raciocínio
da duplicação de capacidade de cálculos, à base de silício.
b) Trata-se de um caminho que, levará a transformações radicais − não apenas em algumas,
mas em diversas áreas.
c) Como se sabe, o computador que usamos hoje, também começou de forma inusitada,
com um passo singelo.
d) O jornal Financial Times, flagrou o arquivo, confidencial, o qual permaneceu, apenas por
poucos segundos, no ar.
e) Um diagrama numérico, publicado pela matemática inglesa Ada Lovelace (1815-1852),
veio a ser considerado o primeiro algoritmo computacional.

Há as seguintes falhas em (a), (b), (c) e (d): em (a), separa-se o verbo do complemento
(deixa – o raciocínio); em (b), separa-se o sujeito do predicado (pronome relativo “que” e o
predicado “levará”); em (c) e (d), também se separa o sujeito do predicado (o computador
– começou; O jornal – flagrou). Em (e), a pontuação está adequada.
Letra e.

085. (FCC/ASSISTENTE LEGISLATIVO/AL-AP/2020) A pontuação está inteiramente adequada


no seguinte enunciado:
a) Vista como forma radical, de evolução inorgânica, a propagação de vírus, é um fato da
computação.
b) Ao falar do conceito de vida, o autor do texto, previne que seria preciso alargá-lo, tendo
em vista: o que a ciência tem evoluído.
c) Pergunta-se se seria possível chamar também de vida, essas novas formas mutantes,
de vírus de computador?
d) O autor do texto inteira-nos, do desenvolvimento de certos vírus, que constituem um
processo que se dá, inteiramente à margem do nosso controle.
e) Não deixa de ser assustadora a possibilidade de que nós, criaturas orgânicas, sejamos
capazes de, a certa altura, concorrermos para uma evolução inorgânica.

Em (a) e (b), a incorreção está na separação entre sujeito e predicado (a propagação é


um fato; o autor do texto previne). Em (c) e (d), separa-se incorretamente o verbo do
complemento (chamar essas novas formas; inteira-nos do desenvolvimento). Em (e), por
fim, a pontuação está correta.
Letra e.

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086. (IDIB/TÉCNICO ADMINISTRATIVO/CÂMARA DE PLANALTINA/2021) Na frase “Tô com


fome mãe!”, deveria ter tido uma vírgula
a) depois do verbo “tô”, porque há orações coordenadas assindéticas.
b) depois do verbo “tô”, porque há um adjunto adverbial deslocado.
c) depois de “fome”, porque há um vocativo.
d) depois de “fome”, porque há um aposto.

A vírgula é necessária para isolar o vocativo “Mãe” (um chamamento, o qual evoca o
interlocutor). O adequado, então, seria registrar a vírgula após o termo “fome”: Tô com
fome, mãe!
Letra c.

087. (IDIB/TÉCNICO ADMINISTRATIVO/CÂMARA DE PLANALTINA/2021) Em “Larga de ser


mentiroso moleque!”, o ponto de exclamação expressa um sentimento de
a) compaixão.
b) repreensão.
c) advertência.
d) desconfiança.

O ponto de exclamação expressa uma repreensão da mãe em relação à fala do filho – e por
isso a alternativa (b) é a correta. Uma observação importante: deveria haver uma vírgula
separando o termo “moleque”, pois se trata de um vocativo.
Letra b.

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088. (IDIB/TÉCNICO ADMINISTRATIVO/CRECI–20ª REGIÃO/2021) No trecho: “A Terra, o


terceiro planeta mais próximo do Sol, apresenta cerca de 71% da sua superfície coberta
por oceanos de água salgada”. No excerto, a vírgula tem a função de isolar o
a) Adjetivo.
b) Aposto.
c) Vocativo.
d) Substantivo.

Os termos “A terra” e “o terceiro planeta mais próximo do Sol” partilham o mesmo referente
no mundo. Ambos possuem natureza nominal. Isso indica que o segundo termo é aposto
do primeiro. Logo, o par de vírgulas é utilizado para isolar um aposto.
Letra b.

089. (IDIB/TÉCNICO EM INFORMATICA/CÂMARA DE PLANALTINA/2021) Em “Flecha, você é


machista?”, a vírgula foi empregada por qual razão?
a) Para isolar o aposto.
b) Para isolar o vocativo.
c) Para isolar o adjunto adverbial deslocado.
d) Para separar orações coordenadas assindéticas.

O termo “Flecha” é um chamado (a forma como um interlocutor evoca o outro). Trata-se,


então, de um vocativo, um termo não sintático (quer dizer, um termo que não se relaciona
sintaticamente com outros termos da oração). É por isso que o vocativo deve ser isolado
por vírgula. A alternativa (b) é a correta: a vírgula foi empregada para isolar o vocativo.
Letra b.

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Memórias do cárcere
Graciliano Ramos
Chegávamos à cancela. E experimentei de chofre a necessidade imperiosa de expandir-
me numa clara ameaça. A desarrazoada tentação era tão forte que naquele instante não
me ocorreu nenhuma ideia de perigo.
– Levo recordações excelentes, doutor. E hei de pagar um dia a hospitalidade que os
senhores me deram.
– Pagar como? exclamou a personagem.
– Contando lá fora o que existe na Ilha Grande.
– Contando?
– Sim, doutor, escrevendo. Ponho tudo isso no papel. O diretor suplente recuou, esbugalhou
os olhos e inquiriu carrancudo:
– O senhor é jornalista?
– Não senhor. Faço livros. Vou fazer um sobre a Colônia Correcional. Duzentas páginas
ou mais. Os senhores me deram assunto magnífico. Uma história curiosa, sem dúvida. O
médico enterrou-me os olhos duros, o rosto cortante cheio de sombras. Deu-me as costas
e saiu resmungando:
– A culpa é desses cavalos que mandam para aqui gente que sabe escrever.

090. (INÉDITA/2024) Em “Sim, doutor, escrevendo.”, a vírgula foi empregada para


a) isolar aposto
b) isolar vocativo
c) isolar uma explicação
d) isolar um termo adjunto

A vírgula está sendo empregada para isolar um vocativo, tendo em vista o termo “doutor”
constituir um chamamento (o narrador do texto evoca o interlocutor).
Letra b.

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REFERÊNCIAS

AZEREDO, J. Escrevendo pela nova ortografia. São Paulo: Publifolha, 2008.

AZEREDO, J. Iniciação à sintaxe do português. Rio de Janeiro: Zahar, 1990.

BECHARA, E. Moderna Gramática Portuguesa. Rio de Janeiro: YHL, 2017.

BECHARA, E. Lições de português pela análise sintática. São Paulo, SP: Padrão, 2010.

BELTRÃO, Odacir; BELTRÃO, Mariúsa. Correspondência: linguagem & comunicação - oficial,


comercial, bancária, particular. São Paulo: Atlas, 2007.

BRASIL. Presidência da República. Manual De Redação da Presidência da República. Brasília:


Presidência da República, 2018.

CAMARA Jr., J. M. Dicionário de linguística e gramática. Petrópolis: Vozes, 1981.

CAMARA Jr., J. M. Estrutura da língua portuguesa. 10. ed. Petrópolis: Editora Vozes Ltda.,
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CUNHA, C.; CINTRA, L. Nova gramática do português contemporâneo. 5. ed. Rio de Janeiro:
Lexicon, 2008.

GARCIA, O. Comunicação em prosa moderna. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas,


2010.

HAUY, A. Gramática da língua portuguesa padrão: com comentários e exemplário. São Paulo:
Editora da USP, 2014.

HOUAISS, A. Dicionário eletrônico Houaiss da língua portuguesa. São Paulo: Editora Objetiva.
2009.

KASPARY, A. Redação Oficial: normas e modelos. Porto Alegre: Livraria do Advogado Editora,
2017.

KEHDI, V. Formação de palavras do português. São Paulo: Ática, 2002.

KURY, A. Lições de análise sintática: Teoria e pratica, com mais de 60 modelos, 250 períodos
para exercícios e sua solução. 5. ed. Rio de janeiro: Fundo de Cultura, 1970.

LUFT, C. Grande manual de ortografia Globo. São Paulo: Globo, 2002.

PEIXOTO, F. Redação na vida profissional: setores público e privado. São Paulo: Martins
Fontes, 2001.
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RAPOSO, E. (Org.). Gramática do português. Vol. 1. Lisboa, Portugal: Fundação Calouste


Gulbenkian. 2013.

ROCHA LIMA. Gramática normativa da língua portuguesa. 49. ed. Rio de Janeiro: José
Olympio, 2011.

ROSA, M. C. Introdução à morfologia. São Paulo: Contexto, 2000.

SCHWINDT, L. (Org.) Manual de linguística: fonologia, morfologia e sintaxe. Petrópolis, RJ:


Vozes, 2014.

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ANEXO
SIGLAS E ABREVIATURAS
V.I. – verbo intransitivo
V.T.D. – verbo transitivo direto
V.T.I. – verbo transitivo indireto
V.T.D.I. – verbo transitivo direto e indireto
V.L. – verbo de ligação
l. – linha
1ª p.s. – primeira pessoa do singular
2ª p.s. – segunda pessoa do singular
3ª p.s. – terceira pessoa do singular
1ª p.p. – primeira pessoa do plural
2ª p.p. – segunda pessoa do plural
3ª p.p. – terceira pessoa do plural
N.G.B – Nomenclatura Gramatical Brasileira
SVO – ordem sujeito verbo objeto

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Abra

caminhos

crie

futuros
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