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Todo o material desta apostila (incluídos textos e imagens) está protegido por direitos autorais
do Gran. Será proibida toda forma de plágio, cópia, reprodução ou qualquer outra forma de
uso, não autorizada expressamente, seja ela onerosa ou não, sujeitando-se o transgressor às
penalidades previstas civil e criminalmente.
CÓDIGO:
230815116807
BRUNO PILASTRE
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para THIAGO GABRIEL DA MOTA QUEIROS - 02279234130, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
PDF SINTÉTICO
Gramática
Bruno Pilastre
SUMÁRIO
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
PDF Sintético de Gramática. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1. Ortografia Oficial e Acentuação Gráfica. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2. Estrutura e Formação de Palavras. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
3. Emprego das Classes de Palavras. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
3.1. Substantivo, Adjetivo, Artigo, Pronome e Numeral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
3.2. Emprego de Tempos e Modos Verbais; Advérbios. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
3.3. Preposição e Conjunção. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
3.4. Interjeição e Palavras e Locuções Denotativas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
4. Domínio da Estrutura Morfossintática do Período . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
5. Relações de Coordenação entre Orações e entre Termos da Oração. . . . . . . . . . . 43
6. Relações de Subordinação entre Orações e entre Termos da Oração. . . . . . . . . . 45
7. Funções do QUE e do SE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
8. Sintaxe de Concordância, de Regência e de Colocação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
8.1. Concordância Verbal e Nominal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
8.2. Regência Verbal e Nominal. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
8.3. Colocação Pronominal – Próclise, Mesóclise e Ênclise . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
9. Emprego do Sinal Indicativo de Crase . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56
10. Emprego dos Sinais de Pontuação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60
Exercícios. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62
Gabarito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 99
Gabarito Comentado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 101
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 156
Anexo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 158
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Gramática
Bruno Pilastre
APRESENTAÇÃO
Escrever um livro é algo desafiador. Porém, escrever para o público concurseiro torna
a tarefa ainda mais árdua.
Afinal, há candidatos com diferentes níveis de conhecimento, estudando para seleções
de áreas variadas.
No entanto, existe algo em comum entre aqueles que se preparam para um concurso
público: todos querem a aprovação o mais rápido possível e não têm tempo a perder!
Foi pensando nisso que esta obra nasceu.
Você tem em suas mãos um material sintético!
Isso porque ele não é extenso, para não desperdiçar o seu tempo, que é escasso. De
igual modo, não foge da batalha, trazendo tudo o que é preciso para fazer uma boa prova
e garantir a aprovação que tanto busca!
Também identificará alguns sinais visuais, para facilitar a assimilação do conteúdo. Por
exemplo, afirmações importantes aparecerão grifadas em azul. Já exceções, restrições ou
proibições surgirão em vermelho. Há ainda destaques em marca-texto. Além disso, abusei
de quadros esquemáticos para organizar melhor os conteúdos.
Tudo foi feito com muita objetividade, por alguém que foi concurseiro durante
muito tempo.
Para você me conhecer melhor, comecei a estudar para concursos ainda na adolescência,
e sempre senti falta de ler um material que fosse direto ao ponto, que me ensinasse de um
jeito mais fácil, mais didático.
Enfrentei concursos de nível médio e superior. Fiz desde provas simples, como recenseador
do IBGE, até as mais desafiadoras, sendo aprovado para defensor público, promotor de
justiça e juiz de direito.
Usei toda essa experiência, de 16 anos como concurseiro, e de outros tantos ensinando
centenas de milhares de alunos de todo o país para entregar um material que possa
efetivamente te atender.
A Coleção PDF Sintético era o material que faltava para a sua aprovação!
Professor Aragonê Fernandes
APRESENTAÇÃO DO PROFESSOR
Olá! Sou o professor Bruno Pilastre, autor do PDF Sintético de Gramática. Meu objetivo,
ao longo desta aula, é simples: ser sintético, relevante e preciso na abordagem do conteúdo
de Gramática em concursos públicos. Para atingir esse objetivo, utilizarei os meus 15 anos
de experiência na elaboração obras didáticas preparatórias para processos seletivos e toda
a minha trajetória acadêmica (Graduação, Mestrado e Doutorado). Espero atender todas
as suas demandas.
É isso. Feita essa rápida apresentação, podemos iniciar os trabalhos!
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ab sob
for iniciado por b, h, r
ob sub
for iniciado por h (sugere-se eliminar
co (“com”) essa letra, passando-se a grafar, assim,
coerdar, coerdeiro etc.)
ciber super
hiper for iniciado por h, r
inter nuper
ad for iniciado por d, h, r
a) for iniciado por vogal;
pan b) for iniciado por h, m, n (diante de b e
p passa a pam)
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Nos casos em que não ocorre o emprego do hífen na formação de palavras por prefixação,
proponho a tabela a seguir:
Na prefixação, NÃO se usa hífen quando
antissemita
infrassom
O prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por “r” ou “s”
microssistema
microrradiografia
antiaéreo
O prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por vogal extraescolar
diferente autoaprendizagem
plurianual
Desumano (humano)
Ocorrem formações que contêm em geral os prefixos “des-“ e “in-“
Inábil (hábil)
e nas quais o segundo elemento perdeu o “h” inicial
Inumano (humano)
Ótimo, finalizamos esse primeiro tópico. Agora seguiremos com o resumo sobre
acentuação gráfica.
Apenas uma breve introdução: na fonologia, há dois grupos de sons, as consoantes
(em que o ar que sai dos pulmões encontra algum obstáculo no aparelho fonador) e as
vogais (em que o ar que sai dos pulmões não encontra obstáculo no aparelho fonador). Em
estrutura mais complexa, encontramos as sílabas, as quais sempre possuem uma vogal
como núcleo. Amparadas pelas vogais, observa-se a existência de semivogais. Vogais e
semivogais na mesma sílaba dão origem aos ditongos e aos tritongos. Quando duas vogais
de sílabas diferentes se encontram, observamos um hiato. Em estruturas silábicas, também
observamos o fenômeno de acento tônico, o qual expressa uma maior força, uma maior
intensidade na cadeia falada. As regras de acentuação gráfica buscam justamente marcar
onde ocorre a tonicidade, considerando, é claro, certos parâmetros, organizados no quadro
esquemático a seguir.
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No caso da acentuação pela regra dos hiatos, temos o seguinte: as vogais tônicas grafadas
em i e u das palavras oxítonas e paroxítonas LEVAM ACENTO quando são antecedidas de
uma vogal com que não formam ditongo (isto é, com a qual formam hiato) e desde que não
constituam sílaba com a eventual consoante seguinte, excetuando o caso de s. Exemplos:
país, atraí, saúde, juízes, raízes, saída.
Em relação às mudanças advindas do Acordo de 1990, não se empregam mais os seguintes
acentos gráficos:
Crer: creem/descreem
Não se emprega mais o acento circunflexo na primeira vogal das
Dar: deem/desdeem
terminações -eem nas terceiras pessoas do plural do presente
Ler: leem/releem
do indicativo ou do subjuntivo dos verbos
Ver: veem/anteveem
Assembleia
Não são mais acentuadas as palavras paroxítonas com os ditongos
Ideia
abertos -ei e -oi:
Heroico
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Por fim, e talvez o tópico mais avaliado em concursos públicos, observamos a distinção
entre “tem” e “têm” (e derivados). Aqui, estamos diante de uma marcação morfológica:
“tem” marca a concordância com sujeito na terceira pessoa do SINGULAR; “têm” marca a
concordância com sujeito na terceira pessoa do PLURAL. Aplica-se o mesmo padrão para
o par “vem”/”vêm” (e derivados). Note que, quando houver forma derivada, o padrão de
acentuação das oxítonas deve ser aplicado: “ele detém” e “eles detêm”.
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de uma palavra quando os afixos são retirados. Os afixos, por sua vez, são elementos não
autônomos (não ocorrem isoladamente em uma frase) que se unem às raízes. Em uma
palavra como “desleal”, o morfema “des-“ é um afixo e o morfema “leal” é a raiz. É comum
que a raiz expresse o significado descritivo de entidades do mundo biossocial (coisas,
eventos, emoções etc.).
Dois conceitos são centrais na análise mórfica: a flexão e a derivação. A flexão é
caracterizada por mudanças na forma do vocábulo que expressam noções gramaticais. Já
a derivação se caracteriza por ser um processo que cria novas palavras. Em “casa” | “casas”,
há flexão, pois há a inserção de uma noção gramatical (número plural), sem que isso crie
um novo vocábulo. Em “casa” | “casebre”, observamos uma derivação, pois se cria uma nova
palavra a partir de um elemento primitivo.
Na flexão, as estruturas mais importantes são as flexões nominais e verbais, como
esquematizado a seguir (e ilustrado pela forma verbal cantássemos):
VOGAL MORFEMA DE MORFEMA DE
RAIZ + + +
TEMÁTICA MODO-TEMPO NÚMERO-PESSOA
Cant- -á -sse -mos
Para identificar os processos de derivação por afixação, um teste deve ser aplicado:
observe a palavra e pergunte se é possível retirar o afixo. Esse “retirar o afixo” significa mais
ou menos o seguinte: a palavra existe na língua sem aquele afixo? Em “infeliz”, podemos
tirar o “in-” porque sabemos da existência autônoma de “feliz”. Isso também vale para
“felizmente”. Na parassíntese, há um fato adicional: a palavra só vai existir se os afixos
forem retirados simultaneamente, já que não existem as formas “emporco” ou “porcalhar”.
Esse raciocínio é muito exigido em questões sobre morfologia.
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Além da derivação por inserção (soma) de afixo(s), ocorre também a formação de palavras
por supressão de sufixo, a derivação regressiva. É o que ocorre em “abalo”, formado a partir
do verbo “abalar”. Nesse processo, há a perda da morfologia verbal (o sufixo de infinitivo).
Por fim, pode ocorrer derivação sem a mudança de forma da palavra (sem adição ou
redução de afixos). Esse é o caso da derivação imprópria (também denominada conversão).
Nela, ocorre mudança de categoria gramatical a partir da posição sintática ocupada pelo
vocábulo, como em “O não é uma forma adverbial que denota negação”, em que o advérbio
“não” passa a substantivo (é núcleo de um sintagma nominal sujeito).
Além dos processos de formação de palavras por afixação, as palavras podem ser
formadas pela junção de raízes. É o caso de “passatempo”. Quando uma palavra é formada
a partir da combinação de raízes, temos um processo de composição, o qual pode ocorrer
de duas formas:
Composição por justaposição Composição por aglutinação
Ocorre quando as raízes se unem e NÃO HÁ perda Ocorre quando as raízes se unem e HÁ perda
fonológica (e gráfica) fonológica (e gráfica)
Socioeconômicas (sócio+econômica) Aguardente (água+ardente)
Qualquer (qual+quer) Pernalta (perna + alta)
Quando as raízes têm origem em outras línguas, como em “sambódromo” (samba (grupo
linguístico banto) + dromo (língua grega)), estamos diante de um hibridismo.
Outros processos, menos recorrentes em provas de concurso, também merecem uma
apresentação em nossa síntese. Observe as características do neologismo e do estrangeirismo.
É o emprego de novas palavras, derivadas ou Um exemplo ilustrativo
formadas de outras já existentes (incluindo é o caso de novos nomes
Neologismo morfemas), na mesma língua ou não (ou de estabelecimentos
seja, podem ocorrer com elementos de comerciais, como açaiteria
outras línguas). e esmalteria.
É a incorporação de um termo estrangeiro Um bom exemplo é o verbo
Estrangeirismo
a uma língua receptora. tuitar, derivado de Twitter.
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Para finalizar esse tópico, indico o comportamento de cada uma das classes a partir dos
critérios supracitados (renovação lexical, mudança morfológica e significado):
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2º padrão
Somente o primeiro elemento varia
Em compostos onde haja preposição (clara mula-sem-cabeça mulas-sem-cabeça
ou oculta): pé de moleque pés de moleque
Em compostos de dois substantivos, onde o
público-alvo públicos-alvo
segundo exprime a ideia de fim, semelhança,
peixe-boi peixes-boi
ou limita a significação do primeiro:
3º padrão
Ambos os elementos variam
Nos compostos formados por:
carta-bilhete cartas-bilhetes
substantivo-substantivo
amor-perfeito amores-perfeitos
substantivo-adjetivo
segunda-feira segundas-feiras
adjetivo-substantivo
Nos compostos verbais repetidos corre-corre corres-corres
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4º padrão
Nenhum elemento varia
(e o plural é indicado por determinantes ou modificadores)
Em frases substantivas o disse-me-disse os disse-me-disse
Nos compostos
o ganha-pouco os ganha-pouco
tema verbal + palavra invariável
Para além dos casos de flexão, observam-se os seguintes casos relacionados à noção
de gênero:
A mudança de gênero gera a cabeça (parte do corpo) - o cabeça (o chefe)
mudança de significado a rádio (a estação) - o rádio (o aparelho)
abade - abadessa
O processo de derivação também barão - baronesa
indica gênero (novo item lexical que conde - condessa
compartilha a mesma raiz) embaixador - embaixatriz
imperador - imperatriz
homem - mulher
Heteronímia no gênero (a cavaleiro - amazona
indicação de gênero é determinada marido - mulher
por substantivos semanticamente genro - nora
opositivos) boi - vaca
cavalo - égua
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Em um sintagma nominal, o núcleo substantivo pode ser modificado por outros termos,
como numerais, artigos, adjetivos, pronomes etc. Em sintaxe, as funções sintáticas exercidas
por esses termos podem ser duas: adjunto adnominal ou complemento nominal. Na síntese
sobre as funções sintáticas do período simples, abordarei essas noções.
Passemos agora à classe dos adjetivos, os quais também se flexionam em gênero e
número. Essa flexão é condicionada pelo fenômeno de concordância nominal, o qual será
visto na seção 8.2 de nossa aula.
Há algumas bancas (como a FGV) que avaliam a classificação dos adjetivos conforme
Cunha & Cintra (2008). Há dois grandes grupos, apresentados a seguir.
No primeiro, temos os adjetivos que caracterizam os seres, objetos ou as noções nomeadas
pelos substantivos. Esses adjetivos podem indicar:
inteligência lúcida
Qualidade (ou defeito)
homem perverso
pessoa simples
Modo de ser
rapaz delicado
céu azul
Aspecto ou aparência
vidro fosco
casa arruinada
Estado
laranjeira florida
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Em termos de colocação dos termos, o adjetivo tipicamente fica APÓS o substantivo, como
em “homem corajoso”. É possível, entretanto, que o adjetivo ocorra antes do substantivo
(posição mais marcada, em especial para efeitos estilísticos ou literários).
Observe que o adjunto adnominal é uma função interna ao sintagma nominal; o predicativo
do sujeito ocorre em predicados nominais (com verbos de ligação); e o predicativo do objeto
ocorre em predicados verbo-nominais (predicação dupla, com núcleo verbal lexical e adjetivo).
O grau dos adjetivos expressa uma espécie de medição escalar, a qual pode ser expressa
das seguintes formas:
Grau comparativo
(comparação feita em relação a uma mesma entidade)
Comparativo de superioridade Jonas é mais inteligente que estudioso.
Comparativo de igualdade João é tão inteligente quanto estudioso.
Comparativo de inferioridade Ana é menos inteligente do que estudiosa.
Grau comparativo
(comparação feita em relação a entidades distintas)
Comparativo de superioridade Jonas é mais inteligente que Paulo.
Comparativo de igualdade João é tão inteligente como (ou quanto) Maria.
Comparativo de inferioridade Ana é menos inteligente do que Pedro.
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Superlativo relativo de
SUPERIORIDADE
Superlativo relativo de
INFERIORIDADE
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ARTIGO DEFINIDO
PREPOSIÇÃO o a os as
a ao à aos às
de do da dos das
em no na nos nas
por (per) pelo pela pelos pelas
ARTIGO INDEFINIDO
O destaque à classe dos artigos certamente vai para o fenômeno de crase, destacado na
penúltima tabela. Para identificar a necessidade ou não de emprego do sinal indicativo de
crase, é muito importante verificar se o termo precedido pelo [à] é (i) interpretado de forma
particularizada; (ii) expressa algo de conhecimento prévio entre falante e ouvinte; ou (iii)
refere-se a algo já mencionado. A explicação é simples: somente haverá a crase se o termo for
precedido pelo artigo feminino definido a(s) (ou pelo pronome demonstrativo aquele(a)(s)).
Para os numerais, as provas de concursos públicos avaliam em especial ortografia dos
tipos de numerais. Por isso, listo, a seguir, a grafia de cada um deles:
CARDINAL ORDINAL MULTIPLICATIVO FRACIONÁRIO
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Como a nossa aula prima pela epítome (palavra chique para “síntese”, “resumo”) do
conteúdo de gramática, vamos organizar cada tipo de pronome em tabelas. Para todas
elas, as noções de PESSOA (1º - quem fala; 2º - com quem se fala; 3ª - de quem se fala), de
NÚMERO (singular; plural) e de GÊNERO (masculino; feminino) estão organizadas conforme
a tradição gramatical.
Pronomes pessoais
(fazem referência aos participantes dos eventos e a elementos textuais
prévios (como nomes e eventos))
Retos Oblíquos átonos Oblíquos tônicos
eu me mim
tu te ti
ele/ela o, a, lhe, se ele/ela/si
nós nos nós
vós vos vós,
eles/elas os, as, lhes, se eles/elas/si
Lembrando que o pronome “lhe”, no âmbito nominal, denota posse (é o chamado “genitivo”).
Pronomes possessivos
(denotam posse e exercem função semelhante à dos adjetivos)
meu, minha/meus, minhas
teu, tua/teus, tuas
seu, sua/seus, suas
nosso, nossa/nossos, nossas
vosso, vossa/vossos, vossas
seu, sua/seus, suas
Pronomes demonstrativos
(indicam seres ou coisas referidas no momento da enunciação, seja textual, seja espacial)
Invariável (sempre pronome
Masculino Feminino
substantivo)
Este Esta Isto
Esse Essa Isso
Aquele Aquela Aquilo
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Pronomes indefinidos
(referem-se à terceira pessoa de modo indeterminado; na sintaxe, ocorrem como núcleos de
sintagma nominal, desencadeando, na flexão verbal, concordância na 3ª pessoa)
Algum(a)(s)
Alguém
Nenhum(a)(s)
Ninguém
Outro(a)(s)
Outrem
Muito(a)(s)
Pouco(a)(s)
Certo(a)(s)
Vários(as)
Tanto(a)(s)
Quanto(a)(s)
Qualquer
Quaisquer
Nada
Cada
Algo
Pronomes interrogativos
(utilizados em frases interrogativas, diretas ou indiretas)
Que (ou quê, acentuado, quando em final de período)
Qual
Quem
Quanto
Pronomes relativos
(retomam um termo antecedente e, sintaticamente, exercem função sintática na subordinada adjetiva)
Que
Quem
Onde
O(s) qual(is)
A(s) qual(is)
Cujo(a)(s)
Quando
Como
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Quantitativo
Classe gramatical
(últimos 4 anos, todas as bancas)
Adjetivos 1164
Substantivos 1134
Pronome 868
Artigo 317
Numeral 178
Conseguimos! Finalizamos essa seção. Agora vamos seguir para a classe dos verbos
(e advérbios).
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VERBOS
Regular (sem alteração no radical ou no paradigma)
Irregular (há modificações no radical ou no paradigma)
Defectivo (conjugação incompleta)
Classificação
Abundante (apresenta formas variantes)
Anômalo (verbos “ir” e “ser”).
Auxiliar (fica anteposto ao principal; é funcional)
Infinitivo (comprar)
Formas nominais Particípio (comprado)
Gerúndio (comprando)
1ª (tema em -a) (viajar)
Conjugações 2ª (tema em -e) (perceber)
3ª (tema em -i) (dormir)
Indicativo
Modo Subjuntivo
Imperativo
Presente
Perfeito (evento concluso)
Pretérito Imperfeito (evento não concluso)
Tempo
Mais-que-perfeito (passado do passado)
Do presente
Categorias Futuro
Do pretérito
gramaticais
Singular
Número
Plural
Primeira (quem fala)
Pessoa Segunda (com quem se fala)
Terceira (de quem se fala)
Ativa (Eu abracei o Pedro)
Voz Passiva (O Pedro foi abraçado por mim)
Reflexiva (Abraçamo-nos)
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Indicativo
Pretérito
Pretérito Pretérito Futuro do Futuro do
Presente mais-que-
perfeito imperfeito presente pretérito
perfeito
canto cantei cantava cantara cantarei cantaria
cantas cantaste cantavas cantaras cantarás cantarias
canta cantou cantava cantara cantará cantaria
cantamos cantamos cantávamos cantáramos cantaremos cantaríamos
cantais cantastes cantáveis cantáreis cantareis cantaríeis
cantam cantaram cantavam cantaram cantarão cantariam
Subjuntivo Formas nominais
Imperativo
Pretérito Infinitivo Gerúndio
Presente Futuro afirmativo
imperfeito flexionado cantando
cante cantasse cantar - cantar Particípio
cantes cantasses cantares canta cantares
cante cantasse cantar cante cantar
cantemos cantássemos cantarmos cantemos cantarmos cantado
canteis cantásseis cantardes cantai cantardes
cantem cantassem cantarem cantem cantarem
Em termos sintáticos, um verbo pode realizar duas funções centrais: (i) ser centro da
predicação (núcleo de um predicado verbal ou verbo-nominal) ou ligar um sujeito a um
predicado nominal (nesse caso, é um verbo de ligação). Na predicação verbal, observamos
o fenômeno da transitividade, o qual está relacionado ao modo como um núcleo verbal
seleciona ou não complementos (se seleciona, é transitivo; se não seleciona, é intransitivo).
Os complementos, quando selecionados, podem ser diretos (sem presença de preposição)
ou indiretos (com presença de preposição, exigida pelo verbo). Quando se analisa o modo
como um verbo pode se comportar em termos de transitividade, estamos diante da chamada
sintaxe de regência.
Outro fenômeno muito relevante é a relação do verbo com seu sujeito. Se o verbo predica
algum sujeito, haverá a relação de concordância verbal. Se o predicado não está vinculado
a um sujeito, a manifestação dessa não vinculação será mais neutra (na terceira pessoa do
singular, sempre) – como ocorre, por exemplo, com os verbos impessoais.
Em termos semântico-discursivos, a escolha da forma verbal pode expressar distintos
valores, como estes:
Forma verbal Valor Exemplo
Continuidade
Presente do indicativo O Pedro fuma.
Recorrência
Hipótese
Futuro do pretérito Conjectura Eu cantaria na casa da Carla.
Incerteza
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Para encerrar esta subseção sobre verbos, vamos falar sobre a correlação entre tempos
e modos verbais. Quando o primeiro verbo da correlação estiver em um tempo-modo
específico, o outro verbo (de uma subordinada, tipicamente) deve estar em um tempo-
modo que se harmonize com o primeiro. As correlações mais avaliadas são estas:
Correlação verbal
Ótimo. Agora podemos ir à classe dos advérbios, definida pelo gramático Evanildo Bechara
(2017) como como a classe que, semanticamente, denota uma circunstância (de lugar, de
tempo, de modo, de intensidade, de condição etc.). Sintaticamente, um advérbio funciona
como um termo adjunto. Morfologicamente, os advérbios são invariáveis (não flexionam).
A posição ocupada pela forma advérbio na sentença pode alterar os sentidos da oração,
como na sequência a seguir:
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As tabelas a seguir (de Hauy, 2014) ilustram com clareza os tipos de advérbios em português.
Tipo Lugar Tempo Modo Dúvida Intensidade
assaz
abaixo nunca
bastante
acima agora
assim bem
além ainda hoje acaso
bem demais
aquém amanhã porventura
depressa mais
aqui cedo possivelmente
Exemplo devagar menos
ali já provavelmente
mal muito
dentro jamais quiçá
levemente pouco
detrás sempre talvez
suavemente quão
longe outrora
tão
perto antigamente
meio
Observe que se emprega o acento indicativo de crase nas locuções com preposição a e
núcleo substantivo feminino.
Na Plataforma Gran Questões (últimos 4 anos), encontramos 920 questões para a
classe gramatical verbo e 743 questões que citam a classe gramatical advérbio.
Em provas de concursos, os enunciados das questões que avaliam verbos e advérbios
possuem tipicamente a seguinte forma:
Banca Enunciado da questão sobre verbos e sobre advérbios
Assinale a alternativa que apresenta qual das palavras abaixo representa uma
IBFC
ação, um verbo.
VUNESP A alternativa em que os verbos estão corretamente conjugados é:
Chegara até a pensar, não digo em concertos, mas num brilhante recital de caridade
em que aparecesse de vestido comprido (teria então uns doze anos) e, num belo
FCC contralto, cantasse ao violão certo tango argentino da minha preferência.
Consideradas as relações de sentido estabelecidas pelo contexto, substituindo
“Chegara” por “Cheguei”, os verbos destacados assumirão as seguintes formas:
Assinale a opção que contém um trecho do texto em que as formas verbais foram
empregadas no mesmo tempo verbal.
CEBRASPE
No primeiro período do último parágrafo, o vocábulo ‘bem’ intensifica o sentido
do termo ‘provável’.
FGV A frase abaixo que mostra correto emprego do gerúndio é:
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Conjunções coordenativas
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Preposições
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Traços semânticos das preposições
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As preposições mais avaliadas em provas de concursos são o “a”, o “para”, o “de” e o “por”.
As conjunções mais comuns em provas são as adversativas, as explicativas, as conclusivas,
as integrantes, as concessivas, as causais, as finais e as condicionais.
Na plataforma Gran Questões, encontramos 2.705 questões sobre conjunções e 1.898
questões sobre as preposições.
Em provas, os enunciados das questões que avaliam as preposições e as conjunções
possuem comumente estas formulações:
Banca Enunciado da questão sobre preposições e sobre conjunções
Seria mantida a correção gramatical do texto caso a conjunção “pois”, no último
período do primeiro parágrafo, fosse substituída por por que.
CEBRASPE No trecho “análise da evolução de experiências alternativas de resolução de
conflitos” (início do último parágrafo), a preposição de, em suas quatro ocorrências,
introduz argumentos que assumem o mesmo papel temático: o de paciente.
Na frase “A natureza faz o homem feliz e bom, mas a sociedade o corrompe e torna-o
FGV miserável”, a conjunção destacada pode ser adequadamente substituída por:
Indique a frase em que a preposição COM tem o significado de “companhia”.
A conjunção “embora” substitui corretamente a expressão destacada em:
Em relação aos termos destacados em –... sofrendo com a problemática das
VUNESP mudanças climáticas que tanto aflige, principalmente, os agricultores e agricultoras
de base familiar. (1º parágrafo) –, é correto afirmar que a preposição “com”
expressa sentido de
A conjunção “portanto” (linha 19) conclusão no período em que aparece.
QUADRIX É correto afirmar que, no título do texto — “Aprenda a chamar a polícia” —, os
dois vocábulos “a” têm a mesma classificação gramatical.
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Sobre as vozes verbais, a distinção entre voz reflexiva e voz recíproca pode ser importante
na interpretação de textos.
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As bancas avaliam o seu conhecimento sobre a possibilidade ou não de mudar uma conjunção
(das orações coordenadas). A expressão típica utilizada pelo examinador é a seguinte:
“No trecho X é possível, sem prejuízo sintático-semântico, substituir a conjunção y pela
conjunção z”.
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Subordinadas adjetivas
Adjetiva restritiva
STF pode julgar ação que questiona proibição às piadas na eleição.
(sem vírgula)
Adjetiva explicativa
Os professores, que sempre aderem à greve, tiveram o ponto cortado.
(com vírgula)
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Subordinadas adverbiais
Condicionais
A subordinada contém uma hipótese ou uma condição Se o Brasil for campeão da Copa, poderemos
necessária para que se cumpra a asserção da oração comemorar o Hexa!
principal.
Concessivas
A subordinada exprime uma oposição ao que é dito na Embora ele corra algum risco, concordo que o
oração principal, não sendo capaz, porém, de anular ou investimento possa dar retorno.
impedir o fato mencionado.
Conformativas
Conforme os ensinamentos do nutricionista,
A subordinada expressa uma noção de acordo, de
não posso comer açúcar branco.
conformidade em relação à asserção da oração principal.
Consecutivas
A subordinada possui um conteúdo que é consequência Isso é tão salgado que até dá sede.
da asserção da oração principal.
Finais
Todos trabalharam arduamente para que o
A subordinada exprime a finalidade daquilo afirmado
evento desse certo.
pela oração principal.
Causais
A subordinada exprime uma relação de causa, isto é,
Já que está calor, vestirei uma roupa mais leve.
explicita que o que se diz na oração subordinada é causa
ou motivo para o que se diz na oração principal.
Comparativas
É menos arriscado investir em CDB do que
A subordinada exerce o papel de segundo membro de
investir na Bolsa de Valores.
uma comparação, de um cotejo.
Proporcionais
A subordinada faz referência a um fato ocorrido ou À medida que treinava, o chute do jogador
a ocorrer concomitantemente com o fato da oração ficava mais potente.
principal.
Temporais
Quando eu me lembro do acidente, fico ansioso.
A subordinada expressa uma circunstância de tempo.
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7. FUNÇÕES DO QUE E DO SE
O tópico “funções do QUE e do SE” é bastante frequente nos conteúdos programáticos
dos editais das principais bancas. Para o QUE, há 738 questões disponíveis na plataforma
Gran Questões; para o SE, 662 questões.
Em provas, os enunciados das questões que avaliam o QUE e o SE possuem tipicamente
estas formulações:
Banca Enunciado da questão sobre o QUE e o SE
No último parágrafo do texto, a partícula “se”, em “Fala-se já de bombas eletrônicas”,
indica que o sujeito da oração é indeterminado.
CEBRASPE No segundo parágrafo, o vocábulo “que”, em “que culminou com escolhas”
(antepenúltimo período) e “que hackers interfiram no sistema” (penúltimo período),
pertence à mesma classe gramatical.
Assinale a frase em que o vocábulo SE está corretamente identificado.
FGV Nesse segmento do texto 3 há cinco ocorrências do vocábulo QUE, que se encontram
sublinhadas. Sobre essas ocorrências, é correto afirmar que:
Na frase – E se bobear chega a mil facinho! –, a palavra “se” tem o mesmo emprego
que a destacada em:
VUNESP
Na frase – Não ia fazer nada sozinho, que eu não sou bobo. – o termo QUE se
classifica como
Em relação ao item destacado em “[...] três colegas que se formaram em medicina
[...]”, assinale a alternativa correta.
AOCP
A palavra “que” no trecho “[...] bem como o desenvolvimento de uma estrutura
de risco, que atualmente não existe globalmente.” exerce qual função sintática?
Para cada um dos vocábulos, trabalharei com tabelas. A primeira tabela versará sobre
o QUE; a segunda, sobre o SE.
QUE
CARACTERÍSTICA
CLASSE FUNÇÃO EXEMPLO
IDENTIFICADORA
Núcleo de sintagma Nomeia o item lexical.
Substantivo O quê possui várias funções.
nominal É acentuado e determinado.
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QUE
CARACTERÍSTICA
CLASSE FUNÇÃO EXEMPLO
IDENTIFICADORA
Sujeito ou predicativo do
Que dizem sobre isso?
sujeito O “que” é a coisa interrogada.
Pronome
Que dirá você diante dessa É acentuado em final de
interrogativo Objeto direto
pergunta? período.
Objeto indireto De que trata esse manual?
Pronome Função interna ao Que novidades surpreendentes Equivale a “quanto(s)/
indefinido sintagma nominal. você me trouxe! quanta(s)”.
Está vinculado a um termo
Exerce função de sintagma
Pronome O homem é o único animal que de natureza (pro)nominal,
nominal dentro da
relativo pensa. podendo ser substituído por
subordinada adjetiva.
“o(a)(s) qual(is)”.
Advérbio de
Função adverbial. Que bobo eu fui! Equivale a “quão”.
intensidade
Pode ser substituída
Preposição Perífrase “ter QUE +
Eu tinha que ter estudado mais. p o r o u t ra p re p o s i çã o
acidental infinitivo”
(tipicamente o “de”).
Introduz subordinadas Dissemos que o Pedro não valia
Conjunção Não retoma outro termo.
substantivas e adverbiais. nada.
Palavra
denotativa Sem função sintática. Quem que falou essa mentira? Se retirar, “não faz falta”.
de realce
Denota estado emocional
Interjeição Função discursiva. Quê! Você enlouqueceu? (o mais comum sendo o de
espanto, de incredulidade).
Para fins de concurso público, certamente o QUE pronome relativo e o QUE conjunção
integrante são os mais avaliados.
Passamos agora à morfossintaxe do SE:
SE
Classificação (morfológica e sintática) Exemplo
Os diversos usos dos ses devem ser estudados por
Substantivo (pode ser pluralizado)
todos os candidatos.
Índice de indeterminação do sujeito
Precisa-se de bons profissionais de TI.
(com V.L., V.I., V.T.I. na 3ª p.s.)
Apassivador
(com V.T.D., concordando com o Vendem-se bons livros no Sebinho.
sujeito paciente)
Pronome oblíquo
Reflexivo
O mecânico se cortou por não usar EPI.
(a si mesmo)
Cortaram-se um ao outro enquanto brincavam
Recíproco
com a tesoura.
(um ao outro)
Parte integrante do verbo Ele se precaveu das dívidas.
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SE
Classificação (morfológica e sintática) Exemplo
Integrante
Não sei se é dormindo ou alheado que estou.
(em subordinadas substantivas)
Condicional Se houver adiamento das eleições, será preciso
Conjunção (indica hipótese) pensar em novas estratégias eleitorais.
subordinativa Causal Se a alimentação é uma necessidade básica, então
(se = “porque”, “visto que”) é necessário incentivar a agricultura.
Temporal
Se fala, irrita a todos.
(se = “todas as vezes”)
Palavra denotativa de realce
Ele se tremia de raiva após a descoberta da traição.
(não exerce função sintática e pode ser omitida)
Observe o número expressivo de questões sobre concordância verbal e sobre regência verbal.
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Concordância verbal
Concordância padrão A flexão verbal manifesta os traços de número e pessoa do sujeito gramatical.
Com verbos impessoais Flexão verbal fica sempre na terceira pessoa do singular.
Quando o núcleo do sujeito é uma palavra com sentido coletivo, o verbo fica
no singular.
Quando o sujeito de uma subordinada adjetiva é formado pelo pronome relativo
“que”, o verbo deve concordar com os traços do referente do pronome relativo.
Nas expressões do tipo [pronome interrogativo/demonstrativo/indefinido no
plural + de nós/de vós], o verbo concorda com o pronome no plural ou com as
formas nós/vós.
Regras para sujeito Em topônimos pluralizados (isto é, em nomes geográficos que ocorrem sempre
simples (com um no plural), o plural ocorrerá quando da presença obrigatória do artigo plural
núcleo) em ordem SVO antes do topônimo.
Quando o sujeito é formado por expressões como “menos de”, “cerca de”, “perto
de” + NUMERAL, o núcleo verbal concorda com o numeral.
Na voz passiva sintética (aquela formada com o pronome “se” e que ocorre
sem agente da passiva), o núcleo verbal concorda com os traços do sujeito (seja
singular, seja plural).
Quando o sujeito é um pronome de tratamento, o verbo sempre fica na terceira
pessoa (do singular ou do plural).
− 1ª pessoa tem prioridade em
Quando há mais de uma pessoa relação à 2ª pessoa.
gramatical (aquelas: 1ª, 2ª e 3ª), deve-
se respeitar a seguinte hierarquia: − 2ª pessoa tem prioridade em
relação à 3ª pessoa.
Quando os núcleos do sujeito composto estiverem ligados pela preposição
“com”, o núcleo verbal será flexionado no plural.
Quando cada um dos núcleos do sujeito composto estiver acompanhado da
palavra “cada” ou “nenhum”, o núcleo verbal será flexionado no singular.
Regras para sujeito com Quando os núcleos do sujeito forem formas infinitivas, a flexão ocorre no
núcleo composto em singular.
ordem SVO
Quando os núcleos do sujeito composto forem ligados por “nem... nem...”, o
verbo ocorre preferencialmente no plural.
− quando o “ou” indica exclusão:
concordância no singular;
Se os núcleos do sujeito composto − quando o “ou” indica retificação
forem ligados por “ou”, temos as ou sinonímia: concordância com o
seguintes possibilidades: núcleo mais próximo (por atração);
− quando o “ou” indicar adição/
inclusão: concordância no plural.
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Regência verbal (parte 1)
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Regência verbal (parte 2)
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PDF SINTÉTICO
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Será facultativa a colocação que não estiver enquadrada em alguma das regras
apresentadas no quadro anterior.
Quando há estrutura verbal composta, as seguintes regras se impõem:
Estrutura Colocações possíveis
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Para finalizar o nosso curso sintético de gramática, vamos conhecer o enunciado das
questões sobre crase e pontuação (principais bancas):
Banca Enunciado da questão sobre crase e pontuação
Os verbos e o sinal indicativo de crase estão empregados corretamente na seguinte
FCC frase, redigida a partir do texto:
É plenamente adequada a pontuação da seguinte frase:
Assinale a frase em que a utilização do acento grave indicativo da crase é realizada de
forma errada.
“Nesse contexto, a cidade é o resultado de uma complexa interação entre governança,
FGV ambientes urbanos físicos, sociais e econômicos, tendo como protagonista a biologia
dos seus habitantes.”
Uma proposta de reescritura da passagem do texto destacada acima na qual NÃO se
verifica erro relativo ao emprego dos sinais de pontuação é:
No trecho “correspondem a novas ansiedades emergentes” (final do segundo parágrafo),
seria gramaticalmente correta a inserção do acento indicativo de crase no vocábulo “a”,
haja vista a regência do verbo corresponder e a flexão da palavra “novas” no feminino.
CEBRASPE
No trecho “Como diz o sacerdote, em triste zombaria (seria mesmo zombaria?)”, os
parênteses, que poderiam ser substituídos por travessões, foram empregados para
isolar uma digressão feita pelo autor do texto.
As orações abaixo foram construídas a partir do texto precedente. Assinale entre elas
a única em que o uso do sinal indicativo da crase é utilizado com correção.
IDECAN Considere o seguinte excerto do texto:
“O major era aparentado com Cecília, a moça dos olhos azuis”.
Assinale a alternativa que contém a pontuação de razão equivalente ao trecho acima.
Finalizamos aqui o nosso curso sintético de Gramática. Espero ter contribuído em sua
preparação.
Agora é hora de resolver as questões.
Abraços!
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EXERCÍCIOS
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d) mão-de-obra
e) autoanálise
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c) sufixação.
d) composição.
e) derivação regressiva.
009. (INÉDITA/2024) Entre as opções abaixo, assinale aquela em que o aumentativo destacado
perdeu o valor de aumentativo, designando uma outra realidade.
a) O prefeito causou indignação ao chegar em seu carrão blindado.
b) O corpanzil do policial assustou o ladrão.
c) O aluno tomou um pescoção do colega.
d) O paredão foi derrubado após a área de conflito ser pacificada.
e) Ele tomou um copão de refrigerante.
010. (INÉDITA/2024) Assinale a opção abaixo que mostra uma relação inadequada entre
verbo e substantivo.
a) divertir / divertimento
b) melhorar / melhora
c) resolver / resposta
d) prover / provisão
e) anabolizar / anabolização
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No último quadrinho, o personagem diz “...mas antes, vamos acertar o pronome” porque
o certo é:
a) vamos massacrar eles.
b) vamos arrasar eles.
c) vamos os arrasar.
d) vamos os massacrar.
e) vamos arrasá-los.
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gelo se tornou disponível, o que possibilitou que seus peixes alcançassem, em boas condições,
os mercados distantes da costa, onde atingiram preços altos. No entanto, as aldeias de
pescadores ainda permanecem isoladas e, à época do estudo, não tinham eletricidade,
estradas nem água encanada. Apesar desses desincentivos aparentes, os pescadores
mais ricos gastavam os excedentes de seus lucros na compra de aparelhos de televisão
inutilizáveis, na construção de garagens em casas a que automóveis sequer tinham acesso e
na instalação de caixas-d’água jamais abastecidas. De acordo com Stirratt, isso tudo ocorre
por uma imitação entusiasmada da alta classe média das zonas urbanas do Sri Lanka.
É fácil rir de despesas tão grosseiramente excêntricas, cuja aparente falta de propósito
utilitário dá a impressão de que, por comparação, pelo menos parte de nosso próprio consumo
tem um caráter racional. Como os objetos adquiridos por esses pescadores parecem não
ter função em seu meio, não conseguimos entender por que eles deveriam desejá-los. Por
outro lado, se eles colecionassem peças antigas de porcelana chinesa e as enterrassem,
como fazem os Ibans, seriam considerados sensatos, senão encantados, tal como os
temas antropológicos normais. Não pretendo negar as explicações óbvias para esse tipo de
comportamento – ou seja, busca de status, competição entre vizinhos, e assim por diante.
Mas penso que também dever-se-ia reconhecer a presença de uma certa vitalidade cultural
nessas atrevidas incursões a campos ainda não inexplorados do consumo: a habilidade de
transcender o aspecto meramente utilitário dos bens de consumo, de modo que se tornem
mais parecidos com obras de arte, carregados de expressão pessoal.
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supermercado; essa lista arrolo na categoria das necessárias. Por outro lado, há pessoas
que anotam suas metas para o ano que se inicia: começar a fazer ginástica, parar de
fumar, cortar em definitivo o açúcar, ser mais solidário, menos intolerante... Essa elenco
na categoria das inúteis.
Feitas as compras, a lista do supermercado, necessária, torna-se então inútil. A lista
contendo nossos desejos de sermos melhores para nós mesmos e para os outros, embora
inútil, pois dificilmente a cumprimos, converte-se em necessária, porque estabelece um
vínculo com o futuro, e nos projetar é uma forma de vencer a morte.
Tudo isso para justificar o que se segue. Ninguém me perguntou, mas resolvi organizar
uma lista dos melhores romances que li em minha vida — escolhi o número vinte, não por
motivos místicos, mas porque talvez, pela amplitude, alinhave, mais que preferências
intelectuais, uma história afetiva das minhas leituras. Enquadro-a na categoria das listas
inúteis, mas, quem sabe, se consultada, municie discussões, já que toda escolha é subjetiva
e aleatória, ou, na melhor das hipóteses, suscite curiosidade a respeito de um título ou de
um autor. Ocorresse isso, me daria por satisfeito.
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022. (INÉDITA/2024) “Apesar de as entidades patronais assegurarem que o sol já pode brilhar
nas escolas particulares, a dúvida permanece”
No trecho, o conectivo “apesar de” pode ser substituído por:
a) visto que
b) conquanto
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c) assim como
d) desde que
e) a menos que
023. (INÉDITA/2024) Assinale a frase que se estrutura com base em uma comparação.
a) A ferocidade da competição pela subsistência converteria toda pequena variação fortuita,
desde que benéfica a seu possuidor, numa vantagem apreciável.
b) Quanto mais uma pessoa trabalha, mais rica ela fica.
c) À medida que crescia o uso de internet durante as aulas, o rendimento dos alunos caia.
d) É comum afirmarem que a música é tão velha quanto o homem.
e) Os barulhos produzidos por nós mesmos não são percebidos como incômodo: eles têm
um sentido.
025. (INÉDITA/2024) A frase abaixo que mostra um erro quanto à colocação do pronome
pessoal destacado é:
a) Em vez de achar o fundo liso e duro do guarda-roupa, encontrou uma coisa macia e fria,
que se esfarelava nos dedos.
b) O que até recentemente se não sabia sobre este livro notável é que não passa de uma
história romanceada com a maior fidelidade possível aos elementos humanos, sociais e
paisagísticos da realidade.
c) Santo Agostinho já dizia: não te gabes, nem mesmo quando és bom.
d) A despeito das acusações do paciente, não havia possibilidade de erro médico, pois eu
tinha examinado-o atentamente.
e) “Abrace-me, minha amada esposa”, dizia o soldado antes de ir para a guerra.
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1 No século 21, eu acredito que a missão da Organização das Nações Unidas (ONU)
será definida por uma consciência nova e mais profunda da santidade e da dignidade 4 de
cada vida humana, independentemente de raça ou religião. Isso irá requerer que levemos
o nosso olhar para além da estrutura dos Estados, ou da simples superfície de nações ou 7
comunidades. Devemos enfocar, como nunca, a melhoria das condições de vida de homens
e mulheres, individualmente, que dão ao Estado ou à nação a sua riqueza e o seu caráter.
10 Neste novo século, devemos começar pela compreensão de que a paz pertence não
somente aos Estados ou povos, mas também a cada um e a todos os membros dessas 13
comunidades. A soberania dos Estados não mais deverá ser utilizada como um escudo
contra grandes violações aos direitos humanos. A paz deve ser real e tangível no dia a dia
de cada 16 indivíduo que dela necessite. Devemos buscá-la, acima de tudo, pelo fato de ser
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a condição para que cada membro da família humana possa levar uma vida de dignidade
e segurança.
19 A lição do século passado nos fez entender que ameaçar ou atropelar a dignidade
do indivíduo — como naqueles países onde o cidadão não desfruta do direito básico 22 de
escolher o seu governo, ou do direito de o escolher regularmente — resultou em conflitos,
perdas de civis inocentes, vidas abreviadas e comunidades destruídas.
25 Com efeito, os obstáculos à democracia têm muito pouco a ver com cultura ou
religião, e muito mais com o desejo daqueles que se encontram no poder e querem manter
sua 28 posição a qualquer custo. Não se trata de um fenômeno novo nem restrito a uma
parte específica do mundo. As pessoas de todas as culturas prezam por sua liberdade de
escolha e sentem 31 a necessidade de ter direito de voz nas decisões que afetam suas vidas.
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Pesquisadores foram convidados a vir ao país para perguntar e entender como esforços
de pesquisa colaborativa podem promover a resiliência às atuais ameaças a identidades,
terras, águas e culturas indígenas.
Precisamos de metodologias indígenas de pesquisa para compreender a relação entre
o desmatamento, a mudança climática, os ciclos de colheita e os rituais dos calendários
indígenas. Para resistir à municipalização da assistência médica indígena, é preciso haver
pesquisas para examinar como manter um cuidadoso equilíbrio entre conhecimentos
indígenas e não indígenas. Já que os Kuikuro não podem mais beber a água do Rio Xingu,
precisamos questionar: por quanto tempo seus peixes continuarão a alimentar as aldeias,
à medida que toxinas agrícolas e industriais poluem seus afluentes ou o próprio rio é
bloqueado por barragens hidrelétricas?
Os debates começam sob os milhares de estrelas do céu do Xingu, no Planetário do Rio,
enquanto se contemplam as cosmologias indígenas nas constelações de cada um de nossos
visitantes. Na sequência, haverá a busca de respostas para perguntas significativas. Como
criar pesquisas equitativas, específicas a um contexto e sensíveis em termos históricos,
culturais e linguísticos? Como a coprodução de conhecimento entre pesquisadores indígenas
e não indígenas pode superar desequilíbrios de poder arraigados, sobre os quais nossos
sistemas universitários de ensino e pesquisa são construídos?
Os conselhos de pesquisa do Reino Unido reuniram colaboradores de doze projetos
conduzidos por acadêmicos britânicos em parceria com pesquisadores indígenas de várias
partes do mundo para criar um novo conjunto de diretrizes para pesquisa em universidades
britânicas. Financiado pelo Global Challenges Research Fund (GCRF) –um investimento de
1,5 bilhão de libras por parte do governo do Reino Unido para criar parcerias que apoiem
pesquisas de ponta para lidar com os principais desafios enfrentados por países em
desenvolvimento –, o seminário examina em que medida a pesquisa financiada pelo Reino
Unido está sendo conduzida a partir do ponto de vista indígena e busca propor como as
universidades podem garantir uma estrutura ética para pesquisas que tragam benefícios
diretos a povos indígenas. Acima de tudo, vai questionar que tipo de pesquisa vale a pena
conduzir e qual a melhor forma de realizá-la.
O povo Kuikuro e a Universidade Queen Mary de Londres colaboram em projetos de
pesquisa financiados pelo GCRF desde 2016. Isso resultou em um programa de residências
artísticas organizado pelo povo Kuikuro na Aldeia Ipatse no Alto Xingu, que reuniu mais de
20 artistas de Londres, Madri e Rio de Janeiro.
Em contrapartida, Takumã fez um documentário que oferece uma reflexão crítica sobre
modelos britânicos de multiculturalismo, e os Kuikuro colaboraram com o Museu Hornimam,
em Londres, para criar uma experiência imersiva da cultura do Xingu com o uso de tecnologias
de realidade virtual e aumentada.
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Ao dar boas-vindas a nossos colegas de várias partes do mundo, vamos compartilhar muitas
questões e esperamos ter algumas respostas. Vamos também contar histórias e refletir
sobre como as narrativas que precisamos contar e ouvir estão cada vez mais ameaçadas
de extinção. Estamos nos reunindo para criar e mobilizar conhecimentos.
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035. (INÉDITA/2024) De acordo com a norma padrão, passando-se a voz passiva analítica
do período: “No projeto, dados sobre o analfabetismo funcional foram coletados por doze
pesquisadores” para a voz ativa, a forma verbal correspondente será
a) coletam
b) coletaram
c) coletou
d) coletara
e) coletavam
036. (INÉDITA/2024) Assinale a opção que mostra uma modificação adequada da frase de
voz ativa para a voz passiva com auxiliar.
a) Aplicarei a metáfora a uma situação do nosso cotidiano. / A metáfora seria aplicada a
uma situação do nosso cotidiano.
b) A orientação do nosso ensino deveria contemplar nossa fecundidade indisciplinada. /
Nossa fecundidade indisciplinada deve ser contemplada pela orientação do nosso ensino.
c) A maioria dos professores considera tão somente uma solução para cada problema. /
Uma solução para cada problema é tão somente considerado pela maioria dos professores.
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037. (INÉDITA/2024) Assinale a opção que apresenta a frase construída com todos os termos
e em ordem direta.
a) Sai mais barato para a nação sustentar a família imperial.
b) O grande inimigo da raça humana é o egoísmo.
c) Por sete anos Jacob serviu Labão, pai de Raquel.
d) Estudiosos demonstram a importância do ato de ler.
e) A cada minuto nasce mais um otário.
“Sete quedas por mim passaram,
E todas sete se esvaíram.
Cessa o estrondo das cachoeiras, e com ele
A memória dos índios, pulverizada,
Já não desperta o mínimo arrepio.
[...]
Sete quedas por nós passaram,
E não soubemos, ah, não soubemos amá-las”
(Adeus a Sete Quedas. Carlos Drummond de Andrade.)
038. (INÉDITA/2024) No texto precedente, a forma verbal que vem antes de seu sujeito é
a) passaram
b) esvaíram
c) cessa
d) desperta
e) soubemos
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a) Enquanto isso.
b) Com base nisso.
c) No entanto.
d) Portanto.
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“[...] os municípios, que são os responsáveis pela maior parte das matrículas públicas no
ensino infantil e fundamental, focarão, em 2020, na formação dos docentes [...]”
A frase em destaque é uma oração subordinada adjetiva que produz, sobre o núcleo do
sujeito da oração principal, um efeito de sentido de:
a) Restrição.
b) Condição.
c) Explicação.
d) Comparação.
Pessoa que já serviu na polícia secreta de Londres e de New York tem anunciado nos
nossos diários que oferece os seus préstimos para descobrir coisas furtadas ou perdidas. Não
publica o nome; prova de que é realmente um ex-secreta* inglês ou americano. A primeira
ideia do ex-secreta local seria imprimir o nome, com indicação da residência. Não há ofício
que não traga louros, e os louros fizeram-se para os olhos dos homens. Não tenho perdido
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nada, nem por furto, nem por outra via; deixo de recorrer aos préstimos do anunciante,
mas aproveito esta coluna para recomendá-los aos meus amigos e leitores.
Pois que a fortuna trouxe às nossas plagas um perfeito conhecedor do ofício, erro é não
o aproveitar. Não se perdem somente objetos: perdem-se também vidas, nem sempre se
sabe quem é que as leva. Ora, conquanto não se achem as vidas perdidas, importa conhecer
as causas da perda, quando escapam à ação da lei ou da autoridade. Não foi assassínio,
mas suicídio, o dessa Ambrosina Cananeia, que deixou a vida esta semana. Era uma pobre
mulher trabalhadeira, com dois filhos adolescentes e mãe valetudinária**; morava nos
fundos de uma estalagem da rua da Providência. O filho era empregado, a filha aprendia a
fazer flores... Não sei se te lembras do acontecimento: tais são os casos de sangue destes
dias que é natural vir o fastio e ir-se a memória. Pois fica lembrado.
A causa do suicídio não foi a pobreza, ainda que a pessoa fosse pobre. Nem desprezo
de homem, nem ciúmes. A carta deixada dizia em começo: “Vou dar-te a última prova
de amizade... É impossível mais tolerar a vida por tua causa; deixando eu de existir, você
deixa de sofrer.” Você é uma mocinha de dezesseis anos, vizinha, dizem que bonita, amiga
da morta. Segundo a carta, a mocinha era castigada por motivo daquela afeição, tudo de
mistura com um casamento que lhe queriam impor.
O que é único, é esta amiga que se mata para que a outra não padeça. A outra era
diariamente espancada, quase todos os vizinhos o sabiam pelos gritos e pelo pranto da
vítima − “tudo por causa da nova amizade”. Não podendo atalhar o mal da amiga, Ambrosina
buscou um veneno, meteu no seio as cartas da amiga e acabou com a vida em cinco minutos.
“Adeus, Matilde; recebe o meu último suspiro”.
Os tempos, desde a antiguidade, têm ouvido suspiros desses, mas não são últimos. Que a
morte de uma trouxesse a da outra, voluntária e terrível, não seria comum, mas confirmaria
a amizade. As afeições grandes podem não suportar a viuvez. Quem eu quisera ouvir sobre
isto era o ex-secreta de Londres e de New York, onde a polícia pode ser que penetre além
do delito e suas provas, e passeie na alma da gente, como tu, por tua casa.
* secreta: agente secreto.
** valetudinário: que ou o que é de constituição física débil, doentia, sempre sujeito a
enfermidades.
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c) condição.
d) consequência.
e) causa.
ILUMINAÇÃO
A Prefeitura foi intrujada quando, em 1920, aqui se firmou um contrato para o
fornecimento de luz. Apesar de ser o negócio referente a claridade, julgo que assinaram
aquilo às escuras. É um BLUFF*. Pagamos até a luz que a lua nos dá.
*BLUFF expressão inglesa que foi aportuguesada como “blefe”: atitude enganadora, em
jogo de cartas, que busca iludir o adversário.
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FUNÇÕES DO QUE E DO SE
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058. (INÉDITA/2024) “Vale notar que tal comprovação é opcional para os prestadores
privados que assumiram a prestação dos serviços via licitação antes da aprovação da lei,”
(Ana Lúcia e Suyá Quintslr. Reforma urbana e direito à cidade, 2022).
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trata de executar um ajuste a partir da Previdência, tema impopular. Mostra que a classe
média que ocupou a Paulista e a Avenida Atlântica, além de vias principais em várias outras
cidades, demonstra ter mais consciência que políticos da oposição.
Passada, porém, a manifestação a favor, deve o governo se voltar aos entendimentos
com o Congresso, espaço institucional para as mudanças necessárias nas leis, a fim de
que o país saia da estagnação em que se encontra. Não pode considerar que avanços que
venham a ser alcançados na reforma da Previdência e outras se deverão às pressões das
ruas, usadas quase sempre com intenções antidemocráticas.
060. (INÉDITA/2024) Assinale a frase abaixo que se encontra na voz passiva sintética ou
pronominal, com o pronome SE.
a) A partir de Sócrates, o ser humano voltou-se para si mesmo.
b) Após ser ofendida pelo adversário, a candidata foi-se embora, chorando.
c) O afastamento ocorreria precisamente se a universidade servisse imediatamente a
determinados interesses.
d) Após análise das faturas de um dos contratos, constatou-se que os consultores
apresentaram regime de trabalho incompatível com a realidade
e) Importa destacar que a violência intrafamiliar pode se dar de forma omissiva ou comissiva.
061. (INÉDITA/2024) “Afinal de contas, era em suas margens que ele se debruçava
todos os dias.”
Nesse segmento do texto, a expressão destacada tem valor expressivo, com função de
realce de algum termo ou ideia.
A frase abaixo em que essa expressão tem valor gramatical, fazendo parte da estrutura
sintática da frase, é:
a) Trata-se de uma ficha que pode ser adquirida em qualquer papelaria.
b) É aqui que eu trato da alma e da mente.
c) Os escrivães, fique o senhor sabendo, é que são as verdadeiras autoridades.
d) Explique então o que é que a gente vai fazer após a eliminação da Seleção Brasileira?
e) É nas grandes cidades brasileiras que se concentram os principais problemas sociais.
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066. (INÉDITA/2024) Todas as frases abaixo sofreram a mesma alteração; a opção em que
a mudança causa erro de regência verbal é:
a) Todos acudiram ao candidato / Todos acudiram o candidato
b) O residente assistiu ao paciente enfermo / O residente assistiu o paciente enfermo
c) O perfume de que eu gosto não está mais disponível / O perfume que eu gosto não está
mais disponível
d) O prefeito eleito declinou do cargo / O prefeito eleito declinou o cargo
e) Ele não sofreu com a doença, pois goza de boa saúde / Ele não sofreu com a doença, pois
goza boa saúde
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069. (INÉDITA/2024) Entre as frases abaixo, aquela que possui um erro gramatical, é:
a) Em dezembro de 2019, haviam vários casos de pneumonia na cidade de Wuhan, província
de Hubei, na China.
b) Chegou ao Brasil um milhão de vacinas produzidas pela AstraZeneca.
c) Se todos nós nos mantivermos aquecidos, o perigo de hipotermia é inexistente.
d) A situação dos imigrantes venezuelanos na região Norte do Brasil se afasta muito das
condições dignas de vida.
e) A civilização do século XX tornou-se altamente dependente do mais nobre dos combustíveis:
o petróleo.
“Já se tornou uma rotina na vida do estudante Victor Antonioli Velozo. Todo mês, ele
vai à Biblioteca Municipal Paul Harris, em São Caetano do Sul, para devolver o livro que
acabou de ler e apanhar o novo que irá acompanhá-lo nas próximas quatro semanas. O
hábito começou em 2018, quando Velozo precisou fazer um trabalho escolar. Como não
tinha dinheiro para comprar o material de pesquisa nem ambiente ideal para estudar em
casa, resolveu ir à biblioteca. “Depois desse dia, acabei pegando mais gosto pelos livros,
pelo lugar e pelas pessoas que frequentam a Paul Harris, que me dá toda a estrutura para
estudar”, conta o estudante de 16 anos, aluno do segundo ano do ensino médio.
Só que, em breve, a biblioteca deve ser transferida de local – e a mudança está causando
apreensão nos funcionários e revolta nos frequentadores. A Prefeitura de São Caetano do
Sul anunciou que os mais de 30 mil livros serão levados da atual sede, que tem dois andares,
para um espaço de 200m2 no edifício da Secretaria de Educação, conhecido na cidade como
“aquário”, porque suas paredes são revestidas com vidro, do piso ao teto.
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076. (INÉDITA/2024) A frase em que o emprego do acento grave (crase) é justificado por
razão diferente dos demais é:
a) À meia noite, os fogos explodiram no céu de Copacabana.
b) O candidato não entregou o extrato à Receita Federal.
c) O escritor deu um livro autografado à fã.
d) O assessor atribuiu culpa à editora.
e) À relatora, o assessor apresentou o parecer técnico.
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a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e II.
e) Apenas II e III.
083. (INÉDITA/2024) Nesse segmento textual, as duas ocorrências dos parênteses têm a
finalidade de:
a) Confrontar a afirmativa anterior.
b) Demarcar o ponto de vista do autor em relação à temática abordada.
c) Retificar da afirmativa precedente.
d) Esclarecer o significado de um termo anterior.
e) Acrescentar fatos adicionais ao conteúdo central do texto.
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c) advertência.
d) desconfiança.
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– O senhor é jornalista?
– Não senhor. Faço livros. Vou fazer um sobre a Colônia Correcional. Duzentas páginas
ou mais. Os senhores me deram assunto magnífico. Uma história curiosa, sem dúvida. O
médico enterrou-me os olhos duros, o rosto cortante cheio de sombras. Deu-me as costas
e saiu resmungando:
– A culpa é desses cavalos que mandam para aqui gente que sabe escrever.
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GABARITO
1. c 3. c 5. c
2. c 4. e
FUNÇÕES DO QUE E DO SE
56. c 58. e 60. d
57. b 59. d 61. a
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62. a 64. b
63. e 65. c
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GABARITO COMENTADO
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leitura e da escrita. Desse modo, a série de palavras que completa corretamente as lacunas
da assertiva “Aquele ______ pode ser uma ______, um ______, um ______ ou um ______” é:
a) apetrecho, prache, ultraje, impecilho, previlégio.
b) apetrexo, praxe, ultrage, empecilho, privilégio.
c) apetrecho, praxe, ultraje, empecilho, privilégio.
d) apetrecho, prache, ultrage, empecilho, previlégio.
e) apetrexo, praxe, ultrage, impecilho, previlégio.
Em (e), a palavra “autoanálise” está grafada corretamente. O elemento “auto-” será seguido
de hífen apenas diante “o” ou “h”. Em (d), não se aplica hífen em locuções; em (a), aplica-se
hífen quando há vogais semelhantes (entre prefixo e base, como em semi-internato); em
(b), não se aplica hífen, pois o “r” deve ser duplicado: contrarregra. Por fim, o vocábulo em
(c) deve ser registrado com apenas um “s”: hipersensibilidade.
Letra e.
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d) “(...) tem algo indispensável que seguirá sendo a espinha dorsal: o comando por trás de
toda resposta parte da mente humana.”.
e) “Em seguida, logo reparei que, se você aplicar comandos genéricos, terá também
respostas genéricas.”.
O mesmo padrão de acentuação está presente em (c), pois “dúvida” e “matemática” são
proparoxítonas. Nas demais alternativas, temos os seguintes pares: (a) oxítona e proparoxítona;
(b) paroxítona e proparoxítona; (d) paroxítona e oxítona; (e) proparoxítona e oxítona.
Letra c.
Para a banca, as palavras “limitações” e “segurança” são derivadas das formas verbais “limitar”
e “segurar”, às quais são adicionados os sufixos “-ção” e “-ança”. Assim, as duas palavras
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O vocábulo “qualquer” é formado pela junção de “qual” e “quer” (forma verbal flexionada).
Assim, como temos duas raízes unidas, o processo de formação é denominado composição. Não
se trata, então, de derivação parassintética, prefixação ou sufixação, pois não há acréscimo
de afixos. Também não pode ser derivação regressiva, pois não há eliminação de afixo.
Letra d.
009. (INÉDITA/2024) Entre as opções abaixo, assinale aquela em que o aumentativo destacado
perdeu o valor de aumentativo, designando uma outra realidade.
a) O prefeito causou indignação ao chegar em seu carrão blindado.
b) O corpanzil do policial assustou o ladrão.
c) O aluno tomou um pescoção do colega.
d) O paredão foi derrubado após a área de conflito ser pacificada.
e) Ele tomou um copão de refrigerante.
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010. (INÉDITA/2024) Assinale a opção abaixo que mostra uma relação inadequada entre
verbo e substantivo.
a) divertir / divertimento
b) melhorar / melhora
c) resolver / resposta
d) prover / provisão
e) anabolizar / anabolização
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a) Férreo.
b) Ferrenho.
c) Ferreiro.
d) Ferroso.
A forma correspondente a “de ferro” é “férreo”, pois denotam a ideia de “contém ferro”.
Em (b), (c) e (d), as noções são distintas: semelhante a ferro; artífice do ferro; que possui
natureza de ferro.
Letra a.
No último quadrinho, o personagem diz “...mas antes, vamos acertar o pronome” porque
o certo é:
a) vamos massacrar eles.
b) vamos arrasar eles.
c) vamos os arrasar.
d) vamos os massacrar.
e) vamos arrasá-los.
Quando se fala em “decreto municipal”, por exemplo, temos um decreto emitido por
uma prefeitura. Assim, o adjetivo que se refere ao espaço de poder de uma prefeitura é
“municipal”. Por essa razão, a alternativa (c) está correta e as demais ((a), (b), (d) e (e)), por
exclusão, estão incorretas.
Letra c.
na instalação de caixas-d’água jamais abastecidas. De acordo com Stirratt, isso tudo ocorre
por uma imitação entusiasmada da alta classe média das zonas urbanas do Sri Lanka.
É fácil rir de despesas tão grosseiramente excêntricas, cuja aparente falta de propósito
utilitário dá a impressão de que, por comparação, pelo menos parte de nosso próprio consumo
tem um caráter racional. Como os objetos adquiridos por esses pescadores parecem não
ter função em seu meio, não conseguimos entender por que eles deveriam desejá-los. Por
outro lado, se eles colecionassem peças antigas de porcelana chinesa e as enterrassem,
como fazem os Ibans, seriam considerados sensatos, senão encantados, tal como os
temas antropológicos normais. Não pretendo negar as explicações óbvias para esse tipo de
comportamento – ou seja, busca de status, competição entre vizinhos, e assim por diante.
Mas penso que também dever-se-ia reconhecer a presença de uma certa vitalidade cultural
nessas atrevidas incursões a campos ainda não inexplorados do consumo: a habilidade de
transcender o aspecto meramente utilitário dos bens de consumo, de modo que se tornem
mais parecidos com obras de arte, carregados de expressão pessoal.
Há, na construção, uma sequência de estruturas que denotam hipótese: o “se” e a forma
verbal “colecionassem”, flexionada na terceira pessoa do plural do pretérito imperfeito
do subjuntivo.
Letra a.
Não sei quando começou a necessidade de fazer listas, mas posso imaginar nosso
antepassado mais remoto riscando na parede da caverna, à luz de uma tocha, signos que
indicavam quanto de alimento havia sido estocado para o inverno que se aproximava ou,
como somos competitivos, a relação entre nomes de integrantes da tribo e o número de
caças abatidas por cada um deles.
Se formos propor uma hermenêutica acerca do tema, talvez possamos afirmar que
existem dois tipos de listas: as necessárias e as inúteis. Em muitos casos, dialeticamente,
as necessárias tornam-se inúteis e as inúteis, necessárias. Tomemos dois exemplos. Todo
mês, enumero as coisas que faltam na despensa de minha casa antes de me dirigir ao
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supermercado; essa lista arrolo na categoria das necessárias. Por outro lado, há pessoas
que anotam suas metas para o ano que se inicia: começar a fazer ginástica, parar de
fumar, cortar em definitivo o açúcar, ser mais solidário, menos intolerante... Essa elenco
na categoria das inúteis.
Feitas as compras, a lista do supermercado, necessária, torna-se então inútil. A lista
contendo nossos desejos de sermos melhores para nós mesmos e para os outros, embora
inútil, pois dificilmente a cumprimos, converte-se em necessária, porque estabelece um
vínculo com o futuro, e nos projetar é uma forma de vencer a morte.
Tudo isso para justificar o que se segue. Ninguém me perguntou, mas resolvi organizar
uma lista dos melhores romances que li em minha vida — escolhi o número vinte, não por
motivos místicos, mas porque talvez, pela amplitude, alinhave, mais que preferências
intelectuais, uma história afetiva das minhas leituras. Enquadro-a na categoria das listas
inúteis, mas, quem sabe, se consultada, municie discussões, já que toda escolha é subjetiva
e aleatória, ou, na melhor das hipóteses, suscite curiosidade a respeito de um título ou de
um autor. Ocorresse isso, me daria por satisfeito.
Precisamos seguir este princípio: o verbo lexical (forma única) deve estar flexionado da mesma
forma que a locução “formos propor”. Nessa locução, o auxiliar “formos” está flexionado
na primeira pessoa do plural do futuro do subjuntivo. Com isso, a forma “propusermos” é a
adequada, pois também está flexionada na primeira pessoa do plural do futuro do subjuntivo.
Letra c.
Talvez espante ao leitor a franqueza com que lhe exponho e realço a minha mediocridade;
advirto que a franqueza é a primeira virtude de um defunto. Na vida, o olhar da opinião,
o contraste dos interesses, a luta das cobiças obrigam a gente a calar os trapos velhos,
a disfarçar os rasgões e os remendos, a não estender ao mundo as revelações que faz à
consciência; e o melhor da obrigação é quando, à força de embaçar os outros, embaça-se um
homem a si mesmo, porque em tal caso poupa-se o vexame, que é uma sensação penosa,
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e a hipocrisia, que é um vício hediondo. Mas, na morte, que diferença! Que desabafo! Que
liberdade! Como a gente pode sacudir fora a capa, deitar ao fosso as lantejoulas, despregar-
se, despintar-se, desafeitar-se, confessar lisamente o que foi e o que deixou de ser! Porque,
em suma, já não há vizinhos, nem amigos, nem inimigos, nem conhecidos, nem estranhos;
não há plateia. O olhar da opinião, esse olhar agudo e judicial, perde a virtude, logo que
pisamos o território da morte; não digo que ele se não estenda para cá, e nos não examine
e julgue; mas a nós é que não se nos dá do exame nem do julgamento. Senhores vivos, não
há nada tão incomensurável como o desdém dos finados.
Fiz uma seleção de algumas formas verbais flexionadas no texto: espante; exponho; realço;
advirto; é; obrigam; faz; embaça; há; perde. Como se vê, os verbos estão majoritariamente
flexionados no presente.
Letra b.
A forma verbal “gemera”, do verbo “gemer”, está conjugada na terceira pessoa do singular
do pretérito mais-que-perfeito do indicativo.
Letra c.
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022. (INÉDITA/2024) “Apesar de as entidades patronais assegurarem que o sol já pode brilhar
nas escolas particulares, a dúvida permanece”
No trecho, o conectivo “apesar de” pode ser substituído por:
a) visto que
b) conquanto
c) assim como
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d) desde que
e) a menos que
A forma “apesar de” possui valor concessivo, exatamente como a forma “conquanto”, em
(b). As demais formas possuem outros valores:
a) causal;
c) comparativo;
d) condicional;
e) condicional.
Letra b.
023. (INÉDITA/2024) Assinale a frase que se estrutura com base em uma comparação.
a) A ferocidade da competição pela subsistência converteria toda pequena variação fortuita,
desde que benéfica a seu possuidor, numa vantagem apreciável.
b) Quanto mais uma pessoa trabalha, mais rica ela fica.
c) À medida que crescia o uso de internet durante as aulas, o rendimento dos alunos caia.
d) É comum afirmarem que a música é tão velha quanto o homem.
e) Os barulhos produzidos por nós mesmos não são percebidos como incômodo: eles têm
um sentido.
A comparação está presente apenas em (d): estabelece-se uma comparação entre a idade
da música e a idade do homem (ser humano). Nas demais alternativas, predominam outras
relações lógico-semânticas: (a) condicional, (b) proporcional, (c) proporcional e (e) causa.
Letra d.
Em (a), (c), (d) e (e), o conectivo “e” estabelece uma relação de adição entre termos: incomodar
+ estragar; se sentia irritado + ficou desconfiado; telefonemas eram impossíveis + cartas
ou pacotes demoravam; criticar + expelir. Em (b), diferentemente, o “e” estabelece uma
relação de oposição (adversativa), como se comprova pela substituição do “e” por “mas”:
faça o que eu mando, mas não [faça] o que eu faço.
Letra b.
025. (INÉDITA/2024) A frase abaixo que mostra um erro quanto à colocação do pronome
pessoal destacado é:
a) Em vez de achar o fundo liso e duro do guarda-roupa, encontrou uma coisa macia e fria,
que se esfarelava nos dedos.
b) O que até recentemente se não sabia sobre este livro notável é que não passa de uma
história romanceada com a maior fidelidade possível aos elementos humanos, sociais e
paisagísticos da realidade.
c) Santo Agostinho já dizia: não te gabes, nem mesmo quando és bom.
d) A despeito das acusações do paciente, não havia possibilidade de erro médico, pois eu
tinha examinado-o atentamente.
e) “Abrace-me, minha amada esposa”, dizia o soldado antes de ir para a guerra.
As colocações em (a), (b), (c) e (e) estão corretas: próclise com pronome relativo em (a),
apossínclise (entre advérbio e palavra negativa) em (b), próclise com palavra negativa em
(c) e ênclise em início de período em (e). Em (d), a ênclise é proibida com forma participial,
por isso estamos diante de um erro de colocação pronominal.
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arranjo não é feito da mesma forma por diferentes pessoas. Ao falarmos ou ao escrevermos,
organizamos o material linguístico que está disponível em nosso acervo mental de uma forma
única, afinal cada indivíduo constituiu seu vocabulário a partir de experiências também
únicas. Isso significa que imprimimos nosso estilo em nossos textos, deixando nele nossa
“assinatura”. Esse uso individual do idioma é chamado de idioleto, ou seja, é como se fosse
um dialeto pessoal, uma marca identitária daquele indivíduo. Embasada nisso, a linguística
forense procura desenvolver metodologias que auxiliem no processo de atribuição de autoria
de um determinado texto.
1 No século 21, eu acredito que a missão da Organização das Nações Unidas (ONU)
será definida por uma consciência nova e mais profunda da santidade e da dignidade 4 de
cada vida humana, independentemente de raça ou religião. Isso irá requerer que levemos
o nosso olhar para além da estrutura dos Estados, ou da simples superfície de nações ou 7
comunidades. Devemos enfocar, como nunca, a melhoria das condições de vida de homens
e mulheres, individualmente, que dão ao Estado ou à nação a sua riqueza e o seu caráter.
10 Neste novo século, devemos começar pela compreensão de que a paz pertence não
somente aos Estados ou povos, mas também a cada um e a todos os membros dessas 13
comunidades. A soberania dos Estados não mais deverá ser utilizada como um escudo
contra grandes violações aos direitos humanos. A paz deve ser real e tangível no dia a dia
de cada 16 indivíduo que dela necessite. Devemos buscá-la, acima de tudo, pelo fato de ser
a condição para que cada membro da família humana possa levar uma vida de dignidade
e segurança.
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19 A lição do século passado nos fez entender que ameaçar ou atropelar a dignidade
do indivíduo — como naqueles países onde o cidadão não desfruta do direito básico 22 de
escolher o seu governo, ou do direito de o escolher regularmente — resultou em conflitos,
perdas de civis inocentes, vidas abreviadas e comunidades destruídas.
25 Com efeito, os obstáculos à democracia têm muito pouco a ver com cultura ou
religião, e muito mais com o desejo daqueles que se encontram no poder e querem manter
sua 28 posição a qualquer custo. Não se trata de um fenômeno novo nem restrito a uma
parte específica do mundo. As pessoas de todas as culturas prezam por sua liberdade de
escolha e sentem 31 a necessidade de ter direito de voz nas decisões que afetam suas vidas.
As formas verbais “levemos” e “devemos” têm como sujeito a forma pronominal reta “nós”:
primeira pessoa do plural.
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1 Candeia era quase nada. Não tinha mais que vinte casas mortas, uma igrejinha velha,
um resto de praça. Algumas construções nem sequer tinham telhado; outras, 4 invadidas
pelo mato, incompletas, sem paredes. Nem o ar tinha esperança de ser vento. Era custoso
acreditar que morasse alguém naquele cemitério de gigantes.
7 O único sinal de vida vinha de um bar aberto. Duas mesas de madeira na frente, um
caminhão, um homem e uma mulher na boleia ouvindo música, entre abraços, 10 beijos
e carícias ousadas. Mais desolado e triste que Juazeiro do Norte aquele povoado, muito
mais. Em Juazeiro tinha gente, a cidade era viva. E no meio daquele povo todo 13 sempre
se encontrava uma alma boa como a de sua mãe, uma moça bonita, um amigo animado.
Candeia era morta.
Samuel ao menos ficou um pouco feliz por ouvir 16 a música do caminhoneiro. Quase
sorriu. O esboço de alegria durou até aparecer pela porta mal pintada de azul uma mulher
assombrosa, praguejando com uma vassoura na mão 19 e mandando desligar aquela música
maldita. O caminhoneiro a chamou pelo nome:
— Cadê o café, Helenice? Deixa de praguejar, 22 coisa-ruim!
Pela mesma porta saiu uma moça, bem jovem, com uma garrafa térmica vermelha e duas
canecas. Foi 25 e voltou com rapidez, agora trazendo dois pratos, quatro pães pequenos,
duas bananas cozidas e um pote de margarina.
— Cinco reais — ordenou Helenice, com a mão 28 na garrafa térmica.
— Só come se pagar.
O homem pagou, sempre rindo da cara de Helenice, visivelmente bêbado.
31 Samuel invejou o caminhoneiro. Não tinha tanto dinheiro para comer naquele fim
de tarde, fim de vida.
Sempre é bom voltar ao trecho original: “Era custoso acreditar que morasse alguém naquele
cemitério de gigantes.” A pergunta para encontrar o sujeito é feita ao predicado: “quem/o
que era custoso?” A resposta será o sujeito oracional “acreditar que morasse alguém naquele
cemitério de gigantes”. Por isso a alternativa (a) é a correta.
Letra a.
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Ao se inverter “várias partes” por “partes várias”, o sentido é distinto (bem como a classe
gramatical). Em “várias partes”, “várias” é pronome indefinido plural e denota “vários,
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Na voz ativa, o sujeito sintático é equivalente ao objeto direto da ativa. Se a passiva for
analítica e houver o agente da passiva, esse agente da passiva é o sujeito sintático da ativa.
Por isso, a sentença passiva “Irregularidades na ANTT foram denunciadas pelos jornalistas
da Le Monde Diplomatique” deve ser reescrita na ativa tendo em vista que: (i) a estrutura
“irregularidades na ANTT” será o objeto direto; “pelos jornalistas da Le Monde Diplomatique”
(que é o agente da passiva) será sujeito. A forma verbal “foram denunciadas” está no pretérito
perfeito do indicativo, e esse tempo-modo verbal se mantém na ativa: denunciou(aram).
A ativa será, então: os jornalistas da Le Monde Diplomatique denunciaram irregularidades
na ANTT (alternativa (e)). As demais alternativas estão incorretas porque:
a) trata-se de uma passiva sintética com agente da passiva (o que é impossível).
b) trata-se de uma passiva analítica com mudança de ordem, não de uma ativa.
c) trata-se de uma construção de sujeito indeterminado (sendo que, na sentença passiva
analítica, o agente da passiva se faz presente (e, por isso, a ativa deve ter sujeito explícito:
os jornalistas da Le Monde Diplomatique denunciaram).
d) trata-se de uma construção passiva sintética com desvio de concordância (note que o
verbo é transitivo direto e que o sujeito no plural está posposto. Não se pode considerar,
então, que se trata de uma construção com “se” impessoal).
Letra e.
O sujeito é a forma oracional “fazer quadrinhos”, pois responde à pergunta “o que deve ser
divertido?”. Assim, temos a alternativa (a) como correta. Não se trata, então, de sujeito
elíptico (b), indeterminado (c), composto (d) ou inexistente (e).
Letra a.
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No par de orações em análise, o que determina a função sintática é a ordem de ocorrência dos
termos (alternativa (C)). O termo em posição pré-verbal será o sujeito; o termo que estiver
após o verbo será o objeto direto. Não é o fenômeno de transitividade ou de concordância
que, no caso em análise, caracteriza a posição do sujeito (e eliminamos as alternativas (A)
e (B)). Do mesmo modo, nas frases em análise, não é a ausência de adjuntos ou de formas
pronominais que denota a posição do sujeito (eliminando, assim, as alternativas (D) e (E)).
Letra c.
035. (INÉDITA/2024) De acordo com a norma padrão, passando-se a voz passiva analítica
do período: “No projeto, dados sobre o analfabetismo funcional foram coletados por doze
pesquisadores” para a voz ativa, a forma verbal correspondente será
a) coletam
b) coletaram
c) coletou
d) coletara
e) coletavam
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036. (INÉDITA/2024) Assinale a opção que mostra uma modificação adequada da frase de
voz ativa para a voz passiva com auxiliar.
a) Aplicarei a metáfora a uma situação do nosso cotidiano. / A metáfora seria aplicada a
uma situação do nosso cotidiano.
b) A orientação do nosso ensino deveria contemplar nossa fecundidade indisciplinada. /
Nossa fecundidade indisciplinada deve ser contemplada pela orientação do nosso ensino.
c) A maioria dos professores considera tão somente uma solução para cada problema. /
Uma solução para cada problema é tão somente considerado pela maioria dos professores.
d) O método dialético estimula a valorização das contradições. / A valorização das contradições
é estimulada pelo método dialético.
e) As leis do mercado favorecem esse culto da juventude. / Esse culto da juventude é
favorecido por leis do mercado.
037. (INÉDITA/2024) Assinale a opção que apresenta a frase construída com todos os termos
e em ordem direta.
a) Sai mais barato para a nação sustentar a família imperial.
b) O grande inimigo da raça humana é o egoísmo.
c) Por sete anos Jacob serviu Labão, pai de Raquel.
d) Estudiosos demonstram a importância do ato de ler.
e) A cada minuto nasce mais um otário.
Em (d), os termos estão em ordem direta: SUJEITO – VERBO – OBJETO. No objeto, cada um
dos termos associados ao substantivo “importância” estão preposicionados e à direita. Nas
demais alternativas, o sujeito está posposto ao verbo em (a) “sustentar a família imperial sai
mais barato”, (b) “o egoísmo é o grande inimigo da raça humana” e (e) “mais um otário nasce
a cada minuto”. Em (c), o adjunto “por sete anos” está em posição pré-verbal (deslocado
de sua posição original, pós-verbal: Jacob serviu Labão por sete anos).
Letra d.
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038. (INÉDITA/2024) No texto precedente, a forma verbal que vem antes de seu sujeito é
a) passaram
b) esvaíram
c) cessa
d) desperta
e) soubemos
O sujeito da forma verbal “cessa” é “o estrondo das cachoeiras” (alternativa C), o qual está
posposto ao verbo. Nos demais casos (A, B, D e E), os sujeitos não estão pospostos: sete
quedas passaram; todas as sete se esvaíram; a memória dos índios já não desperta; e [nós
(elíptico)] não soubemos.
Letra c.
O termo é um adjunto adverbial (de modo). Isso é comprovado pelo fato de não ser um
termo regido por outro e por denotar a circunstância em que o evento verbal o corre (o
modo como vivem).
Letra d.
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O termo “os custos da fabricação” é sujeito (posposto) de “aumentem”. O termo que exerce
essa mesma função é “a revelação”, em (b): “A revelação foi resultado de uma distração”.
Em (a), (d) e (e), os termos destacados são precedidos de preposição, impossibilitando a
função de sujeito. Em (c), o sujeito de “permaneceu” é “O arquivo”, não “poucos segundos”.
Letra b.
A relação de causa e consequência será expressa pela possibilidade de se inserir o “por isso”
diante do “e”: Agrediu a comissária e por isso o expulsaram do voo. Nas demais alternativas,
a inserção do “por isso” não funciona.
Letra b.
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O trecho original é este: “O avanço ainda se restringe a âmbitos estritamente técnicos, sem
utilidade cotidiana, mas já é apelidado de ‘o Santo Graal da computação’”. A reescrita em
(e) mantém os sentidos originais, com o deslocamento da conjunção adversativa “porém”.
Letra e.
A expressão “nem – nem” estabelece uma relação do tipo aditiva: os dois foram eleitos
(Hazeroth e Magog não foram eleitos).
Letra e.
A relação é de coordenação (aditiva), articulada pela conjunção “mas”. Não se trata, assim,
de paralelismo, subordinação, situação ou nominação.
Letra a.
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Projeções sobre o impacto do clima no fluxo de rios têm sido calculadas há décadas, a
maioria com base em modelos físicos, como é o caso das projeções realizadas pelo IPCC (Painel
Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas). Entretanto, novas análises indicam que esses
modelos subestimam a disponibilidade de água no cenário da atual emergência climática.
É o caso de uma pesquisa conduzida pelo professor Günter Blöschl, da Universidade
Técnica de Viena, na Áustria, que se uniu a colegas da China, da Austrália, dos EUA e da
Arábia Saudita para construir e analisar um grande banco de dados de observações de
fluxos d’água em todo o mundo. A investigação incluiu mais de 9.500 bacias hidrográficas
do planeta, com dados de diferentes décadas.
Os resultados foram publicados no periódico Nature Water e mostram que as consequências
das mudanças climáticas ao criar crises hídricas locais têm uma extensão ainda maior do que
o esperado. Isso porque, segundo o novo estudo, a conexão entre precipitação e quantidade
de água nos rios é mais sensível do que se pensava.
“Na comunidade da climatologia, os efeitos das mudanças climáticas na atmosfera são
muito bem compreendidos. No entanto, suas consequências locais nos rios e na disponibilidade
de água caem no campo da hidrologia”, explica Blöschl, em comunicado.
A crise climática altera a circulação atmosférica global, que por sua vez muda o regime
de chuvas e a evaporação em boa parte do mundo. Consequentemente, a quantidade de
água dos rios para ser utilizada localmente também sofre mudanças.
Daí porque, segundo os autores, os modelos de previsão dos efeitos das mudanças
climáticas no abastecimento hídrico devem ser revisados, pois eles não têm as medições
de escoamento que o novo modelo proporciona.
De acordo com a análise, o fluxo global de água esperado entre 2021 e 2050 pode ser
menor do que o previsto pelos Modelos do Sistema Terrestre. Principalmente na África, na
Austrália e na América do Norte, que têm um risco significativamente maior de crises de
abastecimento de água nas próximas três décadas.
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Apenas está adequada a proposta de substituição em (d): uma doença que se prolonga
indefinidamente é uma doença crônica. Nas demais alternativas, os termos “estilhaçável”,
“desagradável”, “congelado” e “intermunicipal” não traduzem corretamente as orações
adjetivas. O mais adequado seria utilizar as formas adjetivas “quebradiça”, “insuportável”,
“frio” e “interestadual”.
Letra d.
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d) Outrora os analfabetos eram os que não iam à escola; hoje são os que a frequentam /
preguiçosos.
e) O barômetro é um instrumento engenhoso que indica o tempo que estamos tendo / ocioso.
Em (a), (b), (d) e (e), há significativas mudanças no sentido quando se altera a oração reduzida
pela desenvolvida (em especial, no tempo verbal e no aspecto/modo). Em (c), há adequação
no uso da preposição (“sem”) e na correlação verbal (primeira pessoa do plural do presente
do subjuntivo, já que o verbo da oração principal está no presente do indicativo).
Letra c.
Pessoa que já serviu na polícia secreta de Londres e de New York tem anunciado nos
nossos diários que oferece os seus préstimos para descobrir coisas furtadas ou perdidas. Não
publica o nome; prova de que é realmente um ex-secreta* inglês ou americano. A primeira
ideia do ex-secreta local seria imprimir o nome, com indicação da residência. Não há ofício
que não traga louros, e os louros fizeram-se para os olhos dos homens. Não tenho perdido
nada, nem por furto, nem por outra via; deixo de recorrer aos préstimos do anunciante,
mas aproveito esta coluna para recomendá-los aos meus amigos e leitores.
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Pois que a fortuna trouxe às nossas plagas um perfeito conhecedor do ofício, erro é não
o aproveitar. Não se perdem somente objetos: perdem-se também vidas, nem sempre se
sabe quem é que as leva. Ora, conquanto não se achem as vidas perdidas, importa conhecer
as causas da perda, quando escapam à ação da lei ou da autoridade. Não foi assassínio,
mas suicídio, o dessa Ambrosina Cananeia, que deixou a vida esta semana. Era uma pobre
mulher trabalhadeira, com dois filhos adolescentes e mãe valetudinária**; morava nos
fundos de uma estalagem da rua da Providência. O filho era empregado, a filha aprendia a
fazer flores... Não sei se te lembras do acontecimento: tais são os casos de sangue destes
dias que é natural vir o fastio e ir-se a memória. Pois fica lembrado.
A causa do suicídio não foi a pobreza, ainda que a pessoa fosse pobre. Nem desprezo
de homem, nem ciúmes. A carta deixada dizia em começo: “Vou dar-te a última prova
de amizade... É impossível mais tolerar a vida por tua causa; deixando eu de existir, você
deixa de sofrer.” Você é uma mocinha de dezesseis anos, vizinha, dizem que bonita, amiga
da morta. Segundo a carta, a mocinha era castigada por motivo daquela afeição, tudo de
mistura com um casamento que lhe queriam impor.
O que é único, é esta amiga que se mata para que a outra não padeça. A outra era
diariamente espancada, quase todos os vizinhos o sabiam pelos gritos e pelo pranto da
vítima − “tudo por causa da nova amizade”. Não podendo atalhar o mal da amiga, Ambrosina
buscou um veneno, meteu no seio as cartas da amiga e acabou com a vida em cinco minutos.
“Adeus, Matilde; recebe o meu último suspiro”.
Os tempos, desde a antiguidade, têm ouvido suspiros desses, mas não são últimos. Que a
morte de uma trouxesse a da outra, voluntária e terrível, não seria comum, mas confirmaria
a amizade. As afeições grandes podem não suportar a viuvez. Quem eu quisera ouvir sobre
isto era o ex-secreta de Londres e de New York, onde a polícia pode ser que penetre além
do delito e suas provas, e passeie na alma da gente, como tu, por tua casa.
* secreta: agente secreto.
** valetudinário: que ou o que é de constituição física débil, doentia, sempre sujeito a
enfermidades.
A estrutura destacada (“para celebrar com os vizinhos a sua entrada na universidade”) exprime
a ideia de finalidade. Isso é provado pela possibilidade de se substituir a preposição “para”
por uma expressão sinônima, como “a fim de” ou “com o objetivo de”: “com a finalidade
de celebrar com os vizinhos a sua entrada na universidade”. Descartamos, então, as opções
em (a), (b), (c) e (d).
Letra e.
ILUMINAÇÃO
A Prefeitura foi intrujada quando, em 1920, aqui se firmou um contrato para o
fornecimento de luz. Apesar de ser o negócio referente a claridade, julgo que assinaram
aquilo às escuras. É um BLUFF*. Pagamos até a luz que a lua nos dá.
*BLUFF expressão inglesa que foi aportuguesada como “blefe”: atitude enganadora, em
jogo de cartas, que busca iludir o adversário.
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A expressão “apesar de” estabelece entre as orações uma relação de concessão. Assim,
eliminamos as demais alternativas, pois não é proporção, consequência, condição e
conformidade.
Letra e.
FUNÇÕES DO QUE E DO SE
Apenas em (c) a forma “se” possui valor condicional (equivalendo à reescrita “caso ele
traga”). Nas demais alternativas, o “se” é classificado como:
a) pronome reflexivo;
b) índice de indeterminação do sujeito;
d) partícula apassivadora;
e) partícula expletiva, sem função sintática.
Letra c.
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e) “Na verdade, essa é a retorica atual que legitima um processo de privatização que
está associado à geração de novos espaços para ampliação do capital privado nacional
e internacional”
058. (INÉDITA/2024) “Vale notar que tal comprovação é opcional para os prestadores
privados que assumiram a prestação dos serviços via licitação antes da aprovação da lei,”
(Ana Lúcia e Suyá Quintslr. Reforma urbana e direito à cidade, 2022).
O primeiro “que” é uma conjunção integrante que introduz uma subordinada substantiva.
Na segunda ocorrência, o “que” é um pronome relativo (retoma “os prestadores privados”),
exercendo função sintática na subordinada adjetiva. Assim, a classificação correta está em
(e), já que não se pode classificar as formas destacadas como partícula expletiva (como em
“que ninguém se mexa”) ou advérbio (como em “que bela estava aquela noite”).
Letra e.
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Em (a), (b), (c) e (e), as formas destacadas (“que”) são conjunções integrantes, as quais
introduzem orações subordinadas substantivas objetivas diretas (que exercem função de
complemento dos verbos “inferir”, “mostrar”, “entender” e “demonstrar”, respectivamente).
Apenas em (d) temos um pronome relativo, o qual retoma “Paulo Guedes” e exerce função
sintática de sujeito da subordinada adjetiva explicativa nucleada pela forma verbal “trata”.
Letra d.
060. (INÉDITA/2024) Assinale a frase abaixo que se encontra na voz passiva sintética ou
pronominal, com o pronome SE.
a) A partir de Sócrates, o ser humano voltou-se para si mesmo.
b) Após ser ofendida pelo adversário, a candidata foi-se embora, chorando.
c) O afastamento ocorreria precisamente se a universidade servisse imediatamente a
determinados interesses.
d) Após análise das faturas de um dos contratos, constatou-se que os consultores
apresentaram regime de trabalho incompatível com a realidade
e) Importa destacar que a violência intrafamiliar pode se dar de forma omissiva ou comissiva.
Para ser passiva sintética (com pronome “se”), o verbo deve ser transitivo direto e o sujeito
paciente. Em (d), a estrutura subordinada “que os consultores [...]” é o sujeito paciente
do verbo “constatar” (transitivo direto na ativa). Por ser um sujeito oracional, o verbo é
flexionado na terceira pessoa do singular. Assim, a alternativa (d) é a correta. Em (a), (b), (c)
e (e), o “se” é classificado como, respectivamente, pronome reflexivo, partícula expletiva,
conjunção condicional e parte integrante do verbo.
Letra d.
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061. (INÉDITA/2024) “Afinal de contas, era em suas margens que ele se debruçava
todos os dias.”
Nesse segmento do texto, a expressão destacada tem valor expressivo, com função de
realce de algum termo ou ideia.
A frase abaixo em que essa expressão tem valor gramatical, fazendo parte da estrutura
sintática da frase, é:
a) Trata-se de uma ficha que pode ser adquirida em qualquer papelaria.
b) É aqui que eu trato da alma e da mente.
c) Os escrivães, fique o senhor sabendo, é que são as verdadeiras autoridades.
d) Explique então o que é que a gente vai fazer após a eliminação da Seleção Brasileira?
e) É nas grandes cidades brasileiras que se concentram os principais problemas sociais.
Em (b), (c), (d) e (e), o vocábulo “que” é (parte de um) expletivo, como se pode comprovar pela
retirada desse termo em cada sentença: aqui eu trato da alma; os escrivães são as verdadeiras
autoridades; o que a gente vai fazer; nas grandes cidades brasileiras se concentram. Em
(a), o “que” é um pronome relativo que exerce a função de sujeito do predicado “pode ser
adquirida” (em uma subordinada adjetiva).
Letra a.
Como a oração modifica o termo “as medições de escoamento” (o pronome relativo retoma
essa expressão), estamos diante de uma oração subordinada adjetiva restritiva (note que não
há vírgula separando a oração). Logo, não se trata de uma oração substantiva ou adverbial.
Letra b.
No trecho em análise, o “que” é um pronome relativo, o qual retoma “sobrinho”. Note ser
possível substituir o “que” por “o qual”, termo que estabelece concordância de gênero e
número com o referente. Além disso, o pronome “que” exerce função sintática na subordinada
adjetiva (é sujeito de “gosta”). A alternativa correta é a (c), então.
Letra c.
066. (INÉDITA/2024) Todas as frases abaixo sofreram a mesma alteração; a opção em que
a mudança causa erro de regência verbal é:
a) Todos acudiram ao candidato / Todos acudiram o candidato
b) O residente assistiu ao paciente enfermo / O residente assistiu o paciente enfermo
c) O perfume de que eu gosto não está mais disponível / O perfume que eu gosto não está
mais disponível
d) O prefeito eleito declinou do cargo / O prefeito eleito declinou o cargo
e) Ele não sofreu com a doença, pois goza de boa saúde / Ele não sofreu com a doença, pois
goza boa saúde
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Todas as expressões em destaque são complementos diretos (objetos diretos das formas
verbais “reflete”, “indica” e “menciona”, respectivamente). Por isso, a forma pronominal
“lhe” não pode ser empregada em nenhum dos casos (porque essa forma, no âmbito
verbal, exerce função de objeto indireto). Eliminamos, assim, as alternativas (b), (c) e (e).
A alternativa (a) está inadequada porque propõe o pronome oblíquo “o”, masculino, como
substituto para um termo feminino (a frustração). Em termos de colocação pronominal,
a forma oblíqua “a” (adequada para substituir as expressões em destaque) pode estar em
próclise ou ênclise (sujeito explícito com núcleo substantivo) – e por isso a alternativa (d)
está correta.
Letra d.
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O verbo “haver” destacado no trecho em análise é existencial (sendo, por isso, impessoal,
sempre flexionado na terceira pessoa do singular) – e, com isso, eliminamos a alternativa
(b). Nessa acepção, não pode ser substituído por “ter”, o que nos leva à eliminação de (a) e
(d). Sendo existencial, pode ser substituído por “existir”. Como o verbo “existir” é pessoal e
concorda com o sujeito (no caso, “registros da doença na América Latina”), a concordância
adequada é “existiam”, como nos aponta a alternativa (e). Descartamos a alternativa (c)
pela inadequação na concordância.
Letra e.
069. (INÉDITA/2024) Entre as frases abaixo, aquela que possui um erro gramatical, é:
a) Em dezembro de 2019, haviam vários casos de pneumonia na cidade de Wuhan, província
de Hubei, na China.
b) Chegou ao Brasil um milhão de vacinas produzidas pela AstraZeneca.
c) Se todos nós nos mantivermos aquecidos, o perigo de hipotermia é inexistente.
d) A situação dos imigrantes venezuelanos na região Norte do Brasil se afasta muito das
condições dignas de vida.
e) A civilização do século XX tornou-se altamente dependente do mais nobre dos combustíveis:
o petróleo.
O erro em (a) está na flexão do verbo “haver”, existencial: o adequado é flexioná-lo sempre
na terceira pessoa do singular: havia vários casos de pneumonia. Nas demais alternativas
(b, c, d e e), as frases preservam a correção gramatical (concordância, flexão de forma
verbal, colocação etc.).
Letra a.
“Já se tornou uma rotina na vida do estudante Victor Antonioli Velozo. Todo mês, ele
vai à Biblioteca Municipal Paul Harris, em São Caetano do Sul, para devolver o livro que
acabou de ler e apanhar o novo que irá acompanhá-lo nas próximas quatro semanas. O
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hábito começou em 2018, quando Velozo precisou fazer um trabalho escolar. Como não
tinha dinheiro para comprar o material de pesquisa nem ambiente ideal para estudar em
casa, resolveu ir à biblioteca. “Depois desse dia, acabei pegando mais gosto pelos livros,
pelo lugar e pelas pessoas que frequentam a Paul Harris, que me dá toda a estrutura para
estudar”, conta o estudante de 16 anos, aluno do segundo ano do ensino médio.
Só que, em breve, a biblioteca deve ser transferida de local – e a mudança está causando
apreensão nos funcionários e revolta nos frequentadores. A Prefeitura de São Caetano do
Sul anunciou que os mais de 30 mil livros serão levados da atual sede, que tem dois andares,
para um espaço de 200m2 no edifício da Secretaria de Educação, conhecido na cidade como
“aquário”, porque suas paredes são revestidas com vidro, do piso ao teto.
Para funcionários da Paul Harris, a mudança coloca em risco o acervo, em razão do
tamanho do novo espaço. Pelo mesmo motivo, os funcionários temem que haja uma forte
queda na quantidade de visitantes, que antes da pandemia chegava a ser de mais de 10
mil pessoas por mês.”
Em (c), a preposição “de” é exigida pela forma nominal “levados” (levado de algum lugar
para outro lugar). Nas demais alternativas (A, B, D e E), a preposição “de” não é exigida pelo
termo anterior (isto é, introduzem apenas termos adjuntos, os quais não se vinculam por
regência a outro termo).
Letra c.
São àqueles formados por pessoas que contraíram a doença; pelos indivíduos que pertencem
a categorias de risco, como os idosos; e os que já apresentavam problemas psiquiátricos
ou de abuso de substâncias”, afirmou.
Bom, vou direto ao ponto sobre a flexão do verbo “vir”: quando na terceira pessoa do
singular do presente do indicativo, o correto é “vem”; quando na terceira pessoa do plural
do presente do indicativo, o correto é “vêm”. Como o núcleo do sujeito da oração em análise
é “impacto”, a forma adequada fica sem acento circunflexo: “vem”. É exatamente isso o que
se afirma na alternativa (c), correta.
Letra c.
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a) Felicidade é um lugar onde você pode pousar, mas não pode fazer seu ninho.
b) Se você já construiu castelos no ar, não tenha vergonha deles. Estão onde devem estar.
Agora, dê-lhes alicerces.
c) Quantas vezes eu descobri onde eu deveria ir apenas por partir para algum outro lugar.
d) O importante da vida não é a situação onde estamos, mas a direção para a qual nos
movemos.
e) Um bom lugar para você começar é de onde você está.
Para se utilizar a forma “aonde”, é necessário haver um termo regente (que exija a preposição
“a”). Isso ocorre em (c), pois há uma forma que exige preposição “a”: descobri aonde eu
deveria ir.
Letra c.
076. (INÉDITA/2024) A frase em que o emprego do acento grave (crase) é justificado por
razão diferente dos demais é:
a) À meia noite, os fogos explodiram no céu de Copacabana.
b) O candidato não entregou o extrato à Receita Federal.
c) O escritor deu um livro autografado à fã.
d) O assessor atribuiu culpa à editora.
e) À relatora, o assessor apresentou o parecer técnico.
Em (a), a crase ocorre porque a preposição introduz um adjunto adverbial (de tempo, relativo
a quando os fogos explodiram). A preposição introdutora é “a” e o termo adjunto também
é formado por artigo determinado feminino “a” (havendo a junção, a crase se aplica). Esse
é o único caso de crase ocorrendo em expressão adverbial. Nas demais alternativas, a crase
ocorre por razões semelhantes (isto é, em (b), (c), (d) e (e), a crase é aplicada pelas mesmas
razões; em (a), a crase se aplica por uma razão distinta):
b) crase decorrente de regência de verbo bitransitivo (entregar) + presença de artigo
definido feminino.
c) crase decorrente de regência de verbo bitransitivo (dar) + presença de artigo definido
feminino.
d) crase decorrente de regência de verbo bitransitivo (atribuir) + presença de artigo
definido feminino.
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A crase em (b) é justificada pela regência do verbo “retornar” e pelo artigo definido diante
de “França” (a França de Napoleão, por isso específica). Vamos aos erros das alternativas
(a), (c), (d) e (e): (a) crase diante de verbo; (c) crase diante de nomes de santas; (d) crase
entre palavras repetidas; (e) crase diante de outra preposição.
Letra b.
Em (a), (b), (d) e (e), não há desvios. As relações morfossintáticas estão adequadas. Em (c),
diferentemente, há desvio gramatical: o registro do sinal indicativo de crase em “à alguns
homens” é inadequado, pois não se emprega artigo antes de pronomes indefinidos.
Letra c.
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Em (c), afirma-se que a forma “àqueles” não deveria ter sido craseada. É isso mesmo,
pois NÃO HÁ preposição “a” (observe que não há nenhum termo regente). Nas demais
alternativas, os erros são estes: (a) não há preposição na expressão “enquanto a”; (b) o “A”
em “A psiquiatra Carol North” é apenas artigo (observe que o termo é sujeito, e por isso não
pode ser preposicionado). Em (d), por fim, o termo “a doença” é objeto direto, não havendo
preposição (o verbo “contrair” é transitivo direto).
Letra c.
A crase se justifica por haver preposição “a” (exigida pelo termo regente “combate”) e artigo
definido feminino “a”, o qual precede o termo “mudança climática”, cujo núcleo é “mudança”.
É exatamente essa a análise presente em (d), alternativa correta.
Letra d.
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Em (a), o emprego da vírgula é inadequado porque separa o sujeito (“As multinacionais norte-
americanas”) de seu predicado (“recorrem frequentemente à filantropia para mascarar
os crimes que as enriqueceram”). Nas demais alternativas, a vírgula está empregada
corretamente, pois:
b) isola adjunto deslocado;
c) isola expressão explicativa;
d) isola expressão intercalada;
e) isola expressão coordenada.
Letra a.
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c) Apenas III.
d) Apenas I e II.
e) Apenas II e III.
083. (INÉDITA/2024) Nesse segmento textual, as duas ocorrências dos parênteses têm a
finalidade de:
a) Confrontar a afirmativa anterior.
b) Demarcar o ponto de vista do autor em relação à temática abordada.
c) Retificar da afirmativa precedente.
d) Esclarecer o significado de um termo anterior.
e) Acrescentar fatos adicionais ao conteúdo central do texto.
Nos trechos “(e lamentavelmente) e (aliás, uma contradição em termos, pois se é padrão,
isto é, uniforme e invariante, como pode ser uma “variedade”?), os parênteses demarcam o
ponto de vista do autor em relação à temática abordada (alternativa (b)). Nessas ocorrências,
os parênteses não estão sendo utilizados para (a) confrontar a afirmativa anterior, (c)
retificar da afirmativa precedente, (d) esclarecer o significado de um termo anterior ou
(e) acrescentar fatos adicionais ao conteúdo central do texto.
Letra b.
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Há as seguintes falhas em (a), (b), (c) e (d): em (a), separa-se o verbo do complemento
(deixa – o raciocínio); em (b), separa-se o sujeito do predicado (pronome relativo “que” e o
predicado “levará”); em (c) e (d), também se separa o sujeito do predicado (o computador
– começou; O jornal – flagrou). Em (e), a pontuação está adequada.
Letra e.
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A vírgula é necessária para isolar o vocativo “Mãe” (um chamamento, o qual evoca o
interlocutor). O adequado, então, seria registrar a vírgula após o termo “fome”: Tô com
fome, mãe!
Letra c.
O ponto de exclamação expressa uma repreensão da mãe em relação à fala do filho – e por
isso a alternativa (b) é a correta. Uma observação importante: deveria haver uma vírgula
separando o termo “moleque”, pois se trata de um vocativo.
Letra b.
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Os termos “A terra” e “o terceiro planeta mais próximo do Sol” partilham o mesmo referente
no mundo. Ambos possuem natureza nominal. Isso indica que o segundo termo é aposto
do primeiro. Logo, o par de vírgulas é utilizado para isolar um aposto.
Letra b.
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Memórias do cárcere
Graciliano Ramos
Chegávamos à cancela. E experimentei de chofre a necessidade imperiosa de expandir-
me numa clara ameaça. A desarrazoada tentação era tão forte que naquele instante não
me ocorreu nenhuma ideia de perigo.
– Levo recordações excelentes, doutor. E hei de pagar um dia a hospitalidade que os
senhores me deram.
– Pagar como? exclamou a personagem.
– Contando lá fora o que existe na Ilha Grande.
– Contando?
– Sim, doutor, escrevendo. Ponho tudo isso no papel. O diretor suplente recuou, esbugalhou
os olhos e inquiriu carrancudo:
– O senhor é jornalista?
– Não senhor. Faço livros. Vou fazer um sobre a Colônia Correcional. Duzentas páginas
ou mais. Os senhores me deram assunto magnífico. Uma história curiosa, sem dúvida. O
médico enterrou-me os olhos duros, o rosto cortante cheio de sombras. Deu-me as costas
e saiu resmungando:
– A culpa é desses cavalos que mandam para aqui gente que sabe escrever.
A vírgula está sendo empregada para isolar um vocativo, tendo em vista o termo “doutor”
constituir um chamamento (o narrador do texto evoca o interlocutor).
Letra b.
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REFERÊNCIAS
BECHARA, E. Lições de português pela análise sintática. São Paulo, SP: Padrão, 2010.
CAMARA Jr., J. M. Estrutura da língua portuguesa. 10. ed. Petrópolis: Editora Vozes Ltda.,
1980.
CUNHA, C.; CINTRA, L. Nova gramática do português contemporâneo. 5. ed. Rio de Janeiro:
Lexicon, 2008.
HAUY, A. Gramática da língua portuguesa padrão: com comentários e exemplário. São Paulo:
Editora da USP, 2014.
HOUAISS, A. Dicionário eletrônico Houaiss da língua portuguesa. São Paulo: Editora Objetiva.
2009.
KASPARY, A. Redação Oficial: normas e modelos. Porto Alegre: Livraria do Advogado Editora,
2017.
KURY, A. Lições de análise sintática: Teoria e pratica, com mais de 60 modelos, 250 períodos
para exercícios e sua solução. 5. ed. Rio de janeiro: Fundo de Cultura, 1970.
PEIXOTO, F. Redação na vida profissional: setores público e privado. São Paulo: Martins
Fontes, 2001.
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ROCHA LIMA. Gramática normativa da língua portuguesa. 49. ed. Rio de Janeiro: José
Olympio, 2011.
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ANEXO
SIGLAS E ABREVIATURAS
V.I. – verbo intransitivo
V.T.D. – verbo transitivo direto
V.T.I. – verbo transitivo indireto
V.T.D.I. – verbo transitivo direto e indireto
V.L. – verbo de ligação
l. – linha
1ª p.s. – primeira pessoa do singular
2ª p.s. – segunda pessoa do singular
3ª p.s. – terceira pessoa do singular
1ª p.p. – primeira pessoa do plural
2ª p.p. – segunda pessoa do plural
3ª p.p. – terceira pessoa do plural
N.G.B – Nomenclatura Gramatical Brasileira
SVO – ordem sujeito verbo objeto
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caminhos
crie
futuros
gran.com.br
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