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OP-109AB-21

CÓD: 79084035038
7908403503889
89

MGS-MG
MINAS GERAIS ADMINISTRAÇÃO
A DMINISTRAÇÃO E SERVIÇOS S.A
ESTADO DE MINAS GERAIS

Ensino Fundament
Fundamental
al Completo
Completo::
Porteiro Escolar

EDITAL MGS Nº 01/2021


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ÍNDICE

Língua Portuguesa
1. Compreensão e interpretação
interpretação de textos. textos. Tipologia textual textual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
2. Ortograa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
3. Acentuação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
4. Morfologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
5. crase . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
Uso do sinal de crase

6.
7. Sintax
Sintaxe 19
e . .o. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. 21
Pontuação
Pontuaçã
8. Concordância nominal e verbal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22

Matemáca
1. Operações com números
números naturais
naturais e fracionários. Adição, subtração, mulplicaçã
mulplicação
o e divisão.
divisão. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
2. Sistemas de medidas: tempo, comprimento, capacidade, massa, quandade. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

Conhecimentos Gerais
1. Geograa do Brasil
Brasil e do Estado de Minas Gerais: Formação
Formação do território. Geograa Geograa sica: relevo, relevo, clima, vegetação,vegetação, hidrograa.
Geograa humana: aspectos econômicos, sociais e culturais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
LÍNGUA PORTUGUESA
1. Compreensão e interpretação de textos. Tipologia textual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01 01
2. Ortograa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 10
3. Acentuação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 11
4. Morfologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 12
5. Uso do sinal de crase . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 19
6. Sintaxe . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
19
7. Pontuação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21 21
8. Concordância nominal e verbal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22 22
LÍNGUA PORTUGUESA
Veja, no quadro abaixo, os principais pos e suas caracterís-
caracterís -
COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS.TIPO- cas:
LOGIA TEXTUAL
Apresenta um enredo, com ações e
Compreender e interpretar textos é essencial para que o relações entre personagens, que ocorre
objevo de comunicação seja alcançado sasfatoriamente. Com em determinados espaço e tempo. É
isso, é importante saber diferenciar os dois conceitos. Vale lem- TEXTO NARRATIVO
contado por um narrador, e se estrutura
brar que o texto pode ser verbal ou não-verbal, desde que tenha da seguinte maneira: apresentação >
um sendo completo. desenvolvimento
desenvolvimen to > clímax > desfecho
A compreensão se relaciona ao entendimento de um texto
Tem o objevo de defender determinado
e de sua proposta comunicava, decodicando a mensagem ex- ex - TEXTO ponto de vista, persuadindo o leitor a
plícita. Só depois de compreender o texto que é possível fazer a
DISSERTATIVO parr do uso de argumentos sólidos.
sua interpretação.
ARGUMENTATIVO Sua estrutura comum é: introdução >
A interpretação são as conclusões que chegamos a parr do
desenvolvimento
desenvolvimen to > conclusão.
conteúdo do texto, isto é, ela se encontra para além daquilo que
está escrito ou mostrado. Assim, podemos dizer que a interpre- Procura expor ideias, sem a necessidade
tação é subjeva, contando com o conhecimento prévio e do re- re - de defender algum ponto de vista. Para
pertório do leitor. isso, usa-se comparações, informações,
TEXTO EXPOSITIVO
Dessa maneira, para compreender e interpretar bem um tex- denições, conceitualizações etc. A
to, é necessário fazer a decodicação de códigos linguíscos e/ou estrutura segue a do texto dissertavo-
visuais, isto é, idencar guras de linguagem, reconhecer o sen-
sen- argumentavo.
do de conjunções e preposições, por exemplo, bem como iden-iden - Expõe acontecimentos, lugares, pessoas,
car expressões, gestos e cores quando se trata de imagens. de modo que sua nalidade é descrever,
TEXTO DESCRITIVO ou seja, caracterizar algo ou alguém. Com
Dicas prácas isso, é um texto rico em adjevos e em
1. Faça um resumo (pode ser uma palavra, uma frase, um verbos de ligação.
conceito) sobre o assunto e os argumentos apresentados em
cada parágrafo, tentando traçar a linha de raciocínio do texto. Se Oferece instruções, com o objevo de
TEXTO INJUNTIVO orientar o leitor. Sua maior caracterísca
possível, adicione também pensamentos e inferências próprias
são os verbos no modo imperavo.
às anotações.
2. Tenha sempre um dicionário ou uma ferramenta de busca
por perto, para poder procurar o signicado de palavras desco-
desco - Gêneros textuais
nhecidas. A classicação dos gêneros textuais se dá a parr do reco-
reco -
3. Fique atento aos detalhes oferecidos pelo texto: dados, nhecimento de certos padrões estruturais que se constuem a
fonte de referências e datas. parr da função social do texto. No entanto, sua estrutura e seu
4. Sublinhe as informações importantes, separando fatos de eslo não são tão limitados e denidos como ocorre na polo-
polo -
opiniões. gia textual, podendo se apresentar com uma grande diversidade.
5. Perceba o enunciado das questões. De um modo geral, Além disso, o padrão também pode sofrer modicações ao lon- lon-
questões que esperam compreensão do texto aparecem com go do tempo, assim como a própria língua e a comunicação, no
as seguintes expressões: o autor arma/sugere que...; segundo geral.
o texto...; de acordo com o autor... Já as questões que esperam Alguns exemplos de gêneros textuais:
interpretação do texto aparecem com as seguintes expressões: • Argo
conclui-se do texto que...; o texto permite deduzir que...; qual é a • Bilhete
intenção do autor quando arma que... •• Bula
Carta
Tipologia Textual • Conto
A parr da estrutura linguísca, da função social e da nali-
nali - • Crônica
dade de um texto, é possível idencar a qual po e gênero ele • E-mail
pertence. Antes, é preciso entender a diferença entre essas duas • Lista
classicações. • Manual
• Nocia
Tipos textuais • Poema
A pologia textual se classica a parr da estrutura e da na-
na- • Propaganda
lidade do texto, ou seja, está relacionada ao modo como o texto • Receita culinária
se apresenta. A parr de sua função, é possível estabelecer um • Resenha
padrão especíco para se fazer a enunciação. • Seminário

Vale lembrar que é comum enquadrar os gêneros textuais


em determinados pos textuais. No entanto, nada impede que
um texto literário seja feito com a estruturação de uma receita
culinária, por exemplo. Então, que atento quanto às caracterís-
caracterís-
cas, à nalidade e à função social de cada texto analisado.

1
LÍNGUA PORTUGUESA
ARGUMENTAÇÃO Admidas como verdadeiras as duas premissas, a conclusão
também será verdadeira.
O ato de comunicação não visa apenas transmir uma infor-
infor - No domínio da argumentação, as coisas são diferentes. Nele,
mação a alguém. Quem comunica pretende criar uma imagem a conclusão não é necessária, não é obrigatória. Por isso, deve-se
posiva de si mesmo (por exemplo, a de um sujeito educado, mostrar que ela é a mais desejável, a mais provável, a mais plau-
ou inteligente, ou culto), quer ser aceito, deseja que o que diz sível. Se o Banco do Brasil zer uma propaganda dizendo-se mais
seja admido como verdadeiro. Em síntese, tem a intenção de conável do que os concorrentes porque
porque existe desde a chegada
convencer, ou seja, tem o desejo de que o ouvinte creia no que o da família real portuguesa ao Brasil, ele estará dizendo-nos que
texto diz e faça o que ele propõe. um banco com quase dois séculos de existência é sólido e, por
Se essa é a nalidade úlma de todo ato de comunicação, isso, conável. Embora não haja relação necessária entre a soli-
soli-
todo
taçãotexto contémde
é o conjunto umrecursos
componente argumentavo.
de natureza linguíscaAdesnados
argumen -
argumen- dez de uma instuição
argumentavo bancária
na armação e sua anguidade,
da conabilidade de umesta tem peso
banco. Por-
Por-
a persuadir a pessoa a quem a comunicação se desna. Está pre-pre - tanto é provável que se creia que um banco mais ango seja mais
sente em todo po de texto e visa a promover adesão às teses e conável do que outro fundado há dois ou três anos.
aos pontos de vista defendidos. Enumerar todos os pos de argumentos é uma tarefa quase
As pessoas costumam pensar que o argumento seja apenas impossível, tantas são as formas de que nos valemos para fazer
uma prova de verdade ou uma razão indiscuvel para comprovar as pessoas preferirem uma coisa a outra. Por isso, é importante
a veracidade de um fato. O argumento é mais que isso: como se entender bem como eles funcionam.
disse acima, é um recurso de linguagem ulizado para levar o in in-- Já vimos diversas caracteríscas dos argumentos. É preciso
terlocutor a crer naquilo que está sendo dito, a aceitar como ver- acrescentar mais uma: o convencimento do interlocutor, o au-
dadeiro o que está sendo transmido. A argumentação pertence ditório,, que pode ser individual ou colevo, será tanto mais fácil
ditório
ao domínio da retórica, arte de persuadir as pessoas mediante o quanto mais os argumentos esverem de acordo com suas cren- cren -
uso de recursos de linguagem. ças, suas expectavas, seus valores. Não se pode convencer um
Para compreender claramente o que é um argumento, é auditório pertencente a uma dada cultura enfazando coisas que
bom voltar ao que diz Aristóteles, lósofo grego do século IV a.C., ele abomina. Será mais fácil convencê-lo valorizando coisas que
numa obra intulada “Tópicos: os argumentos são úteis quando ele considera posivas. No Brasil, a publicidade da cerveja vem
se tem de escolher entre duas ou mais coisas” . com frequência associada ao futebol, ao gol, à paixão nacional.
Se vermos de escolher entre uma coisa vantajosa e uma Nos Estados Unidos, essa associação certamente não surria
desvantajosa, como a saúde e a doença, não precisamos argu- efeito, porque lá o futebol não é valorizado da mesma forma que
mentar. Suponhamos, no entanto, que tenhamos de escolher en- no Brasil. O poder persuasivo de um argumento está vinculado
tre duas coisas igualmente vantajosas, a riqueza e a saúde. Nesse ao que é valorizado ou desvalorizado numa dada cultura.
caso, precisamos argumentar sobre qual das duas é mais desejá-
Tipos de Argumento
vel. O argumento pode então ser denido como qualquer recurso
que torna uma coisa mais desejável que outra. Isso signica que
Já vericamos que qualquer recurso linguísco desnado a
ele atua no domínio do preferível. Ele é ulizado para fazer o
fazer o interlocutor dar preferência à tese do enunciador é um
interlocutor crer que, entre duas teses, uma é mais provável que
argumento. Exemplo:
a outra, mais possível que a outra, mais desejável que a outra, é
preferível à outra.
Argumento
Argument o de Autoridade
Aut oridade
O objevo da argumentação não é demonstrar a verdade de
um fato, mas levar o ouvinte a admir como verdadeiro o que o É a citação, no texto, de armações de pessoas reconheci-
reconheci-
enunciador está propondo. das pelo auditório como autoridades em certo domínio do saber,
Há uma diferença entre o raciocínio lógico e a argumenta- para servir de apoio àquilo que o enunciador está propondo. Esse
ção. O primeiro opera no domínio do necessário, ou seja, preten- recurso produz dois efeitos disntos: revela o conhecimento do
de demonstrar que uma conclusão deriva necessariamente das produtor do texto a respeito do assunto de que está tratando; dá
premissas propostas, que se deduz obrigatoriamente dos postu- ao texto a garana do autor citado. É preciso, no entanto, não
lados admidos. No raciocínio lógico, as conclusões não depen-
depen - fazer do texto um amontoado de citações. A citação precisa ser
dem de crenças, de uma maneira de ver o mundo, mas apenas do pernente e verdadeira. Exemplo:
encadeamento
encadeament o de premissas e conclusões.
Por exemplo, um raciocínio lógico é o seguinte encadeamento: “A imaginação é mais importante do que o conhecimento.”

A é igual
ig ual a B. Quem disse a frase aí de cima não fui eu... Foi Einstein. Para
A é igual
ig ual a C. ele, uma coisa vem antes da outra: sem imaginação, não há co-
Então: C é igual a A. nhecimento. Nunca o inverso.

Admidos os dois postulados, a conclusão é, obrigatoria-


obrigatoria - Alex José Periscinot
P eriscinoto.
o.
mente, que C é igual a A. In: Folha de S. Paulo, 30/8/1993, p. 5-2
Outro exemplo:
A tese defendida nesse texto é que a imaginação é mais im-
portante do que o conhecimento. Para levar o auditório a aderir
Todo ruminante é um mamífero. a ela, o enunciador cita um dos mais célebres cienstas do mun-
mun -
A vaca é um ruminante.
ru minante. do. Se um sico de renome mundial disse isso, então as pessoas
Logo, a vaca é um mamífero. devem acreditar que é verdade.

2
LÍNGUA PORTUGUESA
Argumento
Argument o de Quandad
Q uandade
e Argumento
Argument o do Atributo
Atr ibuto

É aquele que valoriza mais o que é apreciado pelo maior É aquele que considera melhor o que tem propriedades  -
número de pessoas, o que existe em maior número, o que tem picas daquilo que é mais valorizado socialmente, por exemplo, o
maior duração, o que tem maior número de adeptos, etc. O fun- mais raro é melhor que o comum, o que é mais renado é melhor
damento desse po de argumento é que mais = melhor. A publi-
publi - que o que é mais grosseiro, etc.
cidade faz largo uso do argumento de quandade. Por esse movo, a publicidade usa, com muita frequência,
celebridades recomendando prédios residenciais, produtos de
Argumento
Argument o do Consenso
Con senso beleza, alimentos estécos, etc., com base no fato de que o con-
con -
sumidor tende a associar o produto anunciado com atributos da
É uma variante do argumento de quandade. Fundamenta-
Fundamenta - celebridade.
-se em armações que, numa determinada época, são aceitas Uma variante do argumento de atributo é o argumento da
como verdadeiras e, portanto, dispensam comprovações, a me- competência linguísca. A ulização da variante culta e formal
nos que o objevo do texto seja comprovar alguma delas. Parte da língua que o produtor do texto conhece a norma linguísca
da ideia de que o consenso, mesmo que equivocado, correspon- socialmente mais valorizada e, por conseguinte, deve produzir
de ao indiscuvel, ao verdadeiro e, portanto, é melhor do que um texto em que se pode conar. Nesse sendo é que ses e diz que
aquilo que não desfruta dele. Em nossa época, são consensuais, o modo de dizer dá conabilidade ao que se diz.
por exemplo, as armações de que o meio ambiente precisa ser Imagine-se que um médico deva falar sobre o estado de saú
saú--
protegido e de que as condições de vida são piores nos países de de uma personalidade pública. Ele poderia fazê-lo das duas
subdesenvolvidos. Ao conar no consenso, porém, corre-se o ris-
ris - maneiras indicadas abaixo, mas a primeira seria innitamente
co de passar dos argumentos válidos para os lugares comuns, os mais adequada para a persuasão do que a segunda, pois esta
preconceitos e as frases carentes de qualquer base cienca. produziria certa estranheza e não criaria uma imagem de com-
petência do médico:
Argumento
Argument o de Existência
Exist ência
- Para aumentar a conabilidade do diagnósco e levando
É aquele que se fundamenta no fato de que é mais fácil acei- em conta o caráter invasivo de alguns exames, a equipe médica
tar aquilo que comprovadamente existe do que aquilo que é ape- houve por bem determinar o internamento do governador pelo
nas provável, que é apenas possível. A sabedoria
s abedoria popular enuncia período de três dias, a parr
par r de hoje,
h oje, 4 de fevereiro
fev ereiro de
d e 2001.
o argumento de existência no provérbio “Mais vale um pássaro - Para conseguir fazer exames com mais cuidado e porque
na mão do que dois voando”. alguns deles são barrapesada, a gente botou o governador no
Nesse po de argumento, incluem-se as provas documen-
documen - hospital por três dias.
tais (fotos, estascas, depoimentos, gravações, etc.) ou provas
concretas, que tornam mais aceitável uma armação genérica. Como dissemos antes, todo texto tem uma função argumen-
Durante a invasão do Iraque, por exemplo, os jornais diziam que tava, porque ninguém fala para não ser s er levado a sério, para ser
o exército americano era muito mais poderoso do que o iraquia- ridicularizado, para ser desmendo: em todo ato de comunica-
comunica-
no. Essa armação, sem ser acompanhada de provas concretas, ção deseja-se inuenciar alguém. Por mais neutro que pretenda
poderia ser vista como propagandísca. No entanto, quando do- do- ser, um texto tem sempre uma orientação argumentava.
cumentada pela comparação do número de canhões, de carros A orientação argumentava é uma certa direção que o falan falan--
de combate, de navios, etc., ganhava credibilidade. te traça para seu texto. Por exemplo, um jornalista, ao falar de
um homem público, pode ter a intenção de cricá-lo, de ridicula
ridicula--
Argumento
Argument o quase lógico
l ógico rizá-lo ou, ao contrário, de mostrar sua
s ua grandeza.
O enunciador cria a orientação argumentava de seu texto
É aquele que opera com base nas relações lógicas, como dando destaque a uns fatos e não a outros, omindo certos epi -
causa e efeito, analogia, implicação, idendade, etc. Esses ra-ra- sódios e revelando outros, escolhendo determinadas palavras e
ciocínios são chamados quase lógicos porque, diversamente dos não outras, etc. Veja:
raciocínios lógicos, eles não pretendem estabelecer relações ne-
cessárias entre os elementos, mas sim instuir relações prová-
prová - “O clima da festa era tão pacíco que até sogras e noras tro-
veis, possíveis, plausíveis. Por exemplo, quando se diz “A é igual cavam abraços afetuosos.”
a B”, “B é igual a C” , “então A é igual a C” , estabelece-se uma O enunciador aí pretende ressaltar a ideia geral de que noras
relação de idendade lógica. Entretanto, quando se arma “Ami- e sogras não se toleram. Não fosse assim, não teria escolhido
go de amigo meu é meu amigo” não se instui uma idendade esse fato para ilustrar o clima da festa nem teria ulizado o ter-
ter -
lógica, mas uma idendade provável. mo até, que serve para incluir no argumento alguma coisa ines-
Um texto coerente do ponto de vista lógico é mais facilmen- perada.
te aceito do que um texto incoerente. Vários são os defeitos que Além dos defeitos de argumentação mencionados quando
concorrem para desqualicar o texto do ponto de vista lógico: tratamos de alguns pos de argumentação, vamos citar outros:
fugir do tema proposto, cair em contradição, rar conclusões que - Uso sem delimitação adequada de palavra de sendo tão
não se fundamentam nos dados apresentados, ilustrar arma- arma- amplo, que serve de argumento para um ponto de vista e seu
ções gerais com fatos inadequados, narrar um fato e dele extrair contrário. São noções confusas, como paz, que, paradoxalmente,
generalizações indevidas. pode ser usada pelo agressor e pelo agredido. Essas palavras po-
dem ter valor posivo (paz, jusça, honesdade, democracia) ou
vir carregadas de valor negavo (autoritarismo, degradação do
meio ambiente, injusça, corrupção).

3
LÍNGUA PORTUGUESA
- Uso de armações tão amplas, que podem ser derrubadas Para discur um tema, para confrontar argumentos e posi-
posi -
por um único contra exemplo. Quando se diz “Todos os polícos ções, é necessária a capacidade de conhecer outros pontos de
são ladrões”, basta um único exemplo de políco honesto para vista e seus respecvos argumentos. Uma discussão impõe, mui-
mui-
destruir o argumento. tas vezes, a análise de argumentos opostos, antagônicos. Como
- Emprego de noções ciencas sem nenhum rigor, fora do sempre, essa capacidade aprende-se com a práca. Um bom
contexto adequado, sem o signicado apropriado, vulgarizando-
vulgarizando - exercício para aprender a argumentar e contra-argumentar con-
-as e atribuindo-lhes uma signicação subjeva e grosseira. É o siste em desenvolver as seguintes habilidades:
caso, por exemplo, da frase “O imperialismo de certas indústrias - argumentação
argumentação:: anotar todos os argumentos a favor de uma
não permite que outras crescam”, em que o termo imperialismo ideia ou fato; imaginar um interlocutor que adote a posição to-
é descabido, uma vez que, a rigor, signica “ação de um Estado talmente contrária;
visando a reduzir outros à sua dependência políca e econômica”. - contra-argumentação
contra-argumentação:: imaginar um diálogo-debate e quais
os argumentos que essa pessoa imaginária possivelmente apre-
A boa argumentação é aquela que está de acordo com a si- sentaria contra a argumentação proposta;
tuação concreta do texto, que leva em conta os componentes - refutação
refutação:: argumentos e razões contra a argumentação
envolvidos na discussão (o po de pessoa a quem se dirige a co-
co - oposta.
municação, o assunto, etc).
Convém ainda alertar que não se convence ninguém com A argumentação tem a nalidade de persuadir, portanto,
manifestações de sinceridade do autor (como eu, que não cos- argumentar consiste em estabelecer relações para rar conclu-
conclu -
tumo menr...) ou com declarações de certeza expressas em sões válidas, como se procede no método dialéco. O método
fórmulas feitas (como estou certo, creio rmemente, é claro, é dialéco não envolve apenas questões ideológicas, geradoras de
óbvio, é evidente, armo com toda a certeza, etc). Em vez de polêmicas. Trata-se de um método de invesgação da realidade
prometer, em seu texto, sinceridade e certeza, autencidade e pelo estudo de sua ação recíproca, da contradição inerente ao
verdade, o enunciador deve construir um texto que revele isso. fenômeno em questão e da mudança dialéca que ocorre na na- na-
Em outros termos, essas qualidades não se prometem, manifes- tureza e na sociedade.
tam-se na ação. Descartes (1596-1650), lósofo e pensador francês, criou o
A argumentação é a exploração de recursos para fazer pa- método de raciocínio silogísco, baseado na dedução, que parte
recer verdadeiro aquilo que se diz num texto e, com isso, levar a do simples para o complexo. Para ele, verdade e evidência são a
pessoa a que texto é endereçado a crer naquilo que ele diz. mesma coisa, e pelo raciocínio torna-se possível chegar a conclu-
Um texto dissertavo tem um assunto ou tema e expressa sões verdadeiras, desde que o assunto seja pesquisado em par-
um ponto de vista, acompanhado de certa fundamentação, que tes, começando-se pelas proposições mais simples até alcançar,
inclui a argumentação, quesonamento, com o objevo de per- per - por meio de deduções, a conclusão nal. Para a linha de racio -
suadir. Argumentar é o processo pelo qual se estabelecem rela- cínio cartesiana, é fundamental determinar o problema, dividi-
ções para chegar à conclusão, com base em premissas. Persuadir -lo em partes, ordenar os conceitos, simplicando-os, enumerar
é um processo de convencimento, por meio da argumentação, no todos os seus elementos e determinar o lugar de cada um no
qual procura-se convencer os outros, de modo a inuenciar seu conjunto da dedução.
pensamento e seu comportamento. A lógica cartesiana, até os nossos dias, é fundamental para a
A persuasão pode ser válida e não válida. Na persuasão vá - argumentação dos trabalhos acadêmicos. Descartes propôs qua-
lida, expõem-se com clareza os fundamentos de uma ideia ou tro regras básicas que constuem um conjunto de reexos vitais,
proposição, e o interlocutor pode quesonar cada passo do ra- ra - uma série de movimentos sucessivos e connuos do espírito em
ciocínio empregado na argumentação. A persuasão não válida busca da verdade:
apoia-se em argumentos subjevos, apelos subliminares, chan-
chan - - evidência;
tagens senmentais, com o emprego de “apelações”, como a in - - divisão ou análise;
exão de voz, a mímica e até o choro. - ordem ou dedução;
Alguns autores classicam a dissertação em duas modalida-
modalida - - enumeração.
des, exposiva e argumentava. Esta, exige argumentação, ra- ra-
zões a favor e contra uma ideia, ao passo que a outra é informa- A enumeração pode apresentar dois pos de falhas: a omis-
omis -
va, apresenta dados sem a intenção de convencer. Na verdade, são e a incompreensão. Qualquer erro na enumeração pode que-
a escolha dos dados levantados, a maneira de expô-los no texto brar o encadeamento das ideias, indispensável para o processo
já revelam uma “tomada de posição
posição”,
”, a adoção de um ponto
p onto de deduvo.
vista na dissertação, ainda que sem a apresentação explícita de A forma de argumentação mais empregada na redação aca-
argumentos. Desse ponto de vista, a dissertação pode ser de-
de - dêmica é o silogismo, raciocínio baseado nas regras cartesianas,
nida como discussão, debate, quesonamento, o que implica a que contém três proposições: duas premissas, maior e menor, e
liberdade de pensamento, a possibilidade de discordar ou con- a conclusão. As três proposições são encadeadas de tal forma,
cordar parcialmente. A liberdade de quesonar é fundamental, que a conclusão é deduzida da maior por intermédio da menor. A
mas não é suciente para organizar um texto dissertavo. É ne - premissa maior deve ser universal, emprega todo, nenhum, pois
cessária também a exposição dos fundamentos, os movos, os alguns não caracteriza a universalidade. Há dois métodos funda-
porquês da defesa de um ponto de vista. mentais de raciocínio: a dedução (silogísca), que parte do geral
Pode-se dizer que o homem vive em permanente atude para o parcular, e a indução, que vai do parcular para o geral.
argumentava. A argumentação está presente em qualquer po A expressão formal do método deduvo é o silogismo. A dedu-dedu -
de discurso, porém, é no texto dissertavo que ela melhor se ção é o caminho das consequências, baseia-se em uma conexão
evidencia. descendente (do geral para o parcular) que leva à conclusão.
Segundo esse método, parndo-se de teorias gerais, de verdades

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universais, pode-se chegar à previsão ou determinação de fenô- adaptam os processos de dedução e indução à natureza de uma
menos parculares. O percurso do raciocínio vai da causa para o realidade parcular. Pode-se armar que cada ciência tem seu
efeito. Exemplo: método próprio demonstravo, comparavo, histórico etc. A
Todo homem é mortal (premissa maior = geral, universal) análise, a síntese, a classicação a denição são chamadas mé-mé-
Fulano é homem (premissa menor = parcular) todos sistemácos, porque pela organização e ordenação das
Logo, Fulano é mortal (conclusão) ideias visam sistemazar a pesquisa.
Análise e síntese são dois processos opostos, mas interliga-
A indução percorre o caminho inverso ao da dedução, ba- dos; a análise parte do todo para as partes, a síntese, das partes
seiase em uma conexão ascendente, do parcular para o geral. para o todo. A análise precede a síntese, porém, de certo modo,
Nesse caso, as constatações parculares levam às leis gerais, ou uma depende da outra. A análise decompõe o todo em partes,
seja, parte de fatos parculares conhecidos para os fatos gerais, enquanto a síntese recompõe o todo pela reunião das partes.
desconhecidos. O percurso do raciocínio se faz do efeito para a Sabe-se, porém, que o todo não é uma simples justaposição das
causa.. Exemplo:
causa partes. Se alguém reunisse todas as peças de um relógio, não sig-
O calor dilata o ferro (parcular) nica que reconstruiu o relógio, pois fez apenas um amontoado
O calor dilata o bronze (parcular) de partes. Só reconstruiria todo se as partes esvessem organiza-
organiza-
O calor dilata o cobre (parcular) das, devidamente combinadas, seguida uma ordem de relações
O ferro, o bronze, o cobre são metais necessárias, funcionais, então, o relógio estaria reconstruído.
Logo, o calor dilata metais (geral, universal) Síntese, portanto, é o processo de reconstrução do todo
por meio da integração das partes, reunidas e relacionadas num
Quanto a seus aspectos formais, o silogismo pode ser válido conjunto. Toda síntese, por ser uma reconstrução, pressupõe a
e verdadeiro; a conclusão será verdadeira se as duas premissas análise, que é a decomposição. A análise, no entanto, exige uma
também o forem. Se há erro ou equívoco na apreciação dos fa- decomposição organizada, é preciso saber como dividir o todo
tos, pode-se parr de premissas verdadeiras para chegar a uma em partes. As operações que se realizam na análise e na síntese
conclusão falsa. Tem-se, desse modo, o sosma. Uma denição podem ser assim relacionadas:
inexata, uma divisão incompleta, a ignorância da causa, a falsa
analogia são algumas causas do sosma. O so sma pressupõe má Análise: penetrar, decompor, separar, dividir.
fé, intenção deliberada de enganar ou levar ao erro; quando o Síntese: integrar, recompor, juntar, reunir.
sosma não tem essas intenções propositais, costuma-se chamar
esse processo de argumentação de paralogismo
paralogismo.. Encontra-se um A análise tem importância vital no processo de coleta de
exemplo simples de sosma no seguinte diálogo: ideias a respeito do tema proposto, de seu desdobramento e da
criação de abordagens possíveis. A síntese também é importante
- Você concorda que possui uma coisa que não perdeu? na escolha dos elementos que farão parte do texto.
- Lógico, concordo. Segundo Garcia (1973, p.300), a análise pode ser formal ou
- Você perdeu um brilhante de 40 quilates? informal. A análise formal pode ser cienca ou experimental; é
- Claro que não! caracterísca das ciências matemácas, sico-naturais e experi-
experi -
- Então você possui um brilhante de 40 quilates... mentais. A análise informal é racional ou total, consiste em “dis-
“dis -
cernir” por vários atos disntos da atenção os elementos cons-
cons -
Exemplos de sosmas: tuvos de um todo, os diferentes caracteres de um objeto ou
fenômeno.
Dedução A análise decompõe o todo em partes, a classicação esta-
esta-
Todo professor tem um diploma (geral, universal) belece as necessárias relações de dependência e hierarquia entre
Fulano tem um diploma (parcular) as partes. Análise e classicação ligam-se inmamente, a ponto
Logo, fulano é professor (geral – conclusão falsa) de se confundir uma com a outra, contudo são procedimentos di-
versos: análise é decomposição e classicação é hierarquisação.
Indução Nas ciências naturais, classicam-se os seres, fatos e fenô-
fenô-
O Rio de Janeiro tem uma estátua do Cristo Redentor. (par- menos por suas diferenças e semelhanças; fora das ciências na-
cular) Taubaté (SP) tem uma estátua do Cristo Redentor. (par-
(par - turais, a classicação pode-se efetuar por meio de um processo
cular) Rio de Janeiro e Taubaté são cidades. mais ou menos arbitrário, em que os caracteres comuns e dife-
Logo, toda cidade tem uma estátua do Cristo Redentor. (ge- renciadores são empregados de modo mais ou menos convencio-
ral – conclusão falsa) nal. A classicação, no reino animal, em ramos, classes, ordens,
subordens, gêneros e espécies, é um exemplo de classicação
Nota-se que as premissas são verdadeiras, mas a conclusão natural, pelas caracteríscas comuns e diferenciadoras. A classi
classi--
pode ser falsa. Nem todas as pessoas que têm diploma são pro - cação dos variados itens integrantes de uma lista mais ou menos
fessores; nem todas as cidades têm uma estátua do Cristo Reden- caóca é arcial.
tor. Comete-se erro quando se faz generalizações apressadas ou Exemplo: aquecedor, automóvel, barbeador, batata, cami-
infundadas. A “simples inspeção” é a ausência de análise ou aná-
aná- nhão, canário, jipe, leite, ônibus, pão, pardal, pintassilgo, queijo,
lise supercial dos fatos, que leva a pronunciamentos subjevos, relógio, sabiá, torradeira.
baseados nos senmentos não ditados pela razão.
Tem-se, ainda, outros métodos, subsidiários ou não funda- Aves: Canário, Pardal, Pintassilgo, Sabiá.
mentais, que contribuem para a descoberta ou comprovação da Alimentos: Batata, Leite, Pão, Queijo.
verdade: análise, síntese, classicação e denição. Além desses, Mecanismos: Aquecedor, Barbeador, Relógio, Torradeira.
existem outros métodos parculares de algumas ciências, que Veículos: Automóvel, Caminhão, Jipe, Ônibus.

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Os elementos desta lista foram classicados por ordem al-
al - - deve ser recíproca: “O homem é um ser vivo” não constui
fabéca e pelas anidades comuns entre eles. Estabelecer cri-
cri - denição exata, porque a recíproca, “Todo
“ Todo ser vivo é um homem”
térios de classicação das ideias e argumentos, pela ordem de não é verdadeira (o gato é ser vivo e não é homem);
importância, é uma habilidade indispensável para elaborar o - deve ser breve (conda num só período). Quando a de-
desenvolvimento de uma redação. Tanto faz que a ordem seja nição, ou o que se pretenda como tal, é muito longa (séries de
crescente, do fato mais importante para o menos importante, ou períodoss ou
período o u de
d e parágra
p arágrafos),
fos), chama-s
chama-see explicaçã
exp licação,
o, e também
ta mbém de-
decrescente, primeiro o menos importante e, no nal, o impac-
impac- nição expandid
expandida;da;d
to do mais importante; é indispensável que haja uma lógica na - deve ter uma estrutura gramacal rígida: sujeito (o termo)
classicação. A elaboração do plano compreende a classicação + cópula (verbo de ligação ser) + predicavo (o gênero) + adjun-
das partes e subdivisões, ou seja, os elementos do plano devem tos (as diferenças).
obedecer a uma hierarquização. (Garcia, 1973, p. 302304.)
Para a clareza da dissertação, é indispensável que, logo na As denições dos dicionários de língua são feitas por meio
introdução, os termos e conceitos sejam denidos, pois, para ex- ex- de paráfrases denitórias, ou seja, uma operação metalinguísca
pressar um quesonamento, deve-se, de antemão, expor clara que consiste em estabelecer uma relação de equivalência entre a
e racionalmente as posições assumidas e os argumentos que as palavra e seus signicados.
juscam.
jus cam. É muito
muit o importante
import ante deixar
dei xar claro o campo da discuss
d iscussão
ão A força do texto dissertavo está em sua fundamentação.
e a posição adotada, isto é, esclarecer não só o assunto, mas tam- Sempre é fundamental procurar um porquê, uma razão verda-
bém os pontos de vista sobre ele. deira e necessária. A verdade de um ponto de vista deve ser de-
A denição tem por objevo a exadão no emprego da lin- lin- monstrada com argumentos válidos. O ponto de vista mais lógico
guagem e consiste na enumeração das qualidades próprias de e racional do mundo não tem valor, se não esver acompanhado
uma ideia, palavra ou objeto. Denir é classicar o elemento con con-- de uma fundamentação coerente e adequada.
forme a espécie a que pertence, demonstra: a caracterísca que
o diferencia dos outros elementos dessa mesma espécie. Os métodos fundamentais de raciocínio segundo a lógica
Entre os vários processos de exposição de ideias, a denição clássica, que foram abordados anteriormente, auxiliam o julga-
é um dos mais importantes, sobretudo no âmbito das ciências. mento da validade dos fatos. Às vezes, a argumentação é clara
A denição cienca ou didáca é denotava, ou seja, atribui às e pode reconhecer-se facilmente seus elementos e suas rela-
palavras seu sendo usual ou consensual, enquanto a conotava ções; outras vezes, as premissas e as conclusões organizam-se de
ou metafórica emprega palavras de sendo gurado. Segundo a modo livre, misturando-se na estrutura do argumento. Por isso, é
lógica tradicional aristotélica, a denição consta de três elemen-
elemen- preciso aprender a reconhecer os elementos que constuem um
tos: argumento: premissa
premissas/conc
s/conclusões
lusões.. Depois de reconhecer, veri-
veri-
- o termo a ser denido; car se tais elementos são verdadeiros ou falsos; em seguida, ava-
- o gênero ou espécie; liar se o argumento está expresso corretamente; se há coerência
- a diferença especíca. e adequação entre seus elementos, ou se há contradição. Para
isso é que se aprende os processos de raciocínio por dedução e
O que disngue o termo denido de outros elementos da por indução. Admindo-se que raciocinar é relacionar, conclui-se
mesma espécie. Exemplo: que o argumento é um po especíco de relação entre as premis-
premis-
sas e a conclusão.
Na frase: O homem é um animal racional classica-se: Procedimentos Argumentavos: Constuem os procedimen-
procedimen-
tos argumentavos mais empregados para comprovar uma ar- ar -
mação: exemplicação, explicitação, enumeração, comparação.
Exemplicação: Procura juscar os pontos de vista por
meio de exemplos, hierarquizar armações. São expressões co- co -
Elemento especie diferença muns nesse po de procedimento: mais importante que, superior
a ser denido especíca a, de maior relevância que. Empregam-se também dados esta-
scos, acompanhados de expressões: considerando os dados;
É muito comum formular denições de maneira defeituosa, por conforme os dados apresentados. Faz-se a exemplicação, ainda,
exemplo: Análise é quando a gente decompõe o todo em partes. pela apresentação de causas e consequências, usando-se comu-
Esse po de denição é gramacalmente incorreto; quando é ad- mente as expressões: porque, porqua
porquanto,
nto, pois
p ois que,
qu e, uma vez que,
que ,
vérbio de tempo, não representa o gênero, a espécie, a gente é for- visto que, por causa de, em virtude de, em vista de, por movo de.
ma coloquial não adequada à redação acadêmica. Tão importante é Explicitação: O objevo desse recurso argumentavo é ex- ex-
saber formular uma denição, que se recorre a Garcia (1973, p.306), plicar ou esclarecer os pontos de vista apresentados. Pode-se
para determinar os “requisitos da denição denotava”. Para ser alcançar esse objevo pela denição, pelo testemunho e pela in- in-
exata, a denição deve apresentar os seguintes requisitos: terpretação. Na explicitação por denição, empregam-se expres-
expres -
- o termo deve realmente pertencer ao gênero ou classe em sões como: quer dizer, denomina-se, chama-se, na verdade, isto
que está incluído: “mesa é um móvel” (classe em que ‘mesa’ está é, haja vista, ou melhor; nos testemunhos são comuns as expres-
realmente incluída) e não “mesa é um instrumento ou ferramenta sões: conforme, segundo, na opinião de, no parecer de, consoan-
consoan -
ou instalação”; te as ideias de, no entender de, no pensamento de. A explicitação
- o gênero deve ser sucientemente amplo para incluir todos se faz também pela interpretação, em que são comuns as seguin-
os exemplos especícos da coisa denida, e sucientemente res- tes expressões: parece, assim, desse ponto
p onto de
d e vista.
vist a.
trito para que a diferença possa ser percebida sem diculdade; Enumeração: Faz-se pela apresentação de uma sequência de
- deve ser obrigatoriamente armava: não há, em verdade, elementos que comprovam uma opinião, tais como a enumera-
denição, quando se diz que o “triângulo não é um prisma”; ção de pormenores, de fatos, em uma sequência de tempo, em

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LÍNGUA PORTUGUESA
que são frequentes as expressões: primeiro
primeiro,, segundo,
segund o, por úlmo,
úl mo, Refutação por exclusão: consiste em propor várias hipóte-
antes, depois, ainda, em seguida, então, presentemente, anga- ses para eliminá-las, apresentando-se, então, aquela que se julga
mente, depois de, antes de, atualmente, hoje, no passado, suces- verdadeira;
sivamente, respecvamente. Na enumeração de fatos em uma Desqualicação do argumento: atribui-se o argumento à
sequência de espaço, empregam-se as seguintes expressões: cá, opinião pessoal subjeva do enunciador, restringindo-se a uni-uni -
lá, acolá, ali, aí, além, adiante, perto de, ao redor de, no Estado versalidade da armação;
tal, na capital, no interior, nas grandes cidades, no sul, no leste... Ataque ao argumento
ar gumento pelo
pel o testemunho autorida de: con-
testemunh o de autoridade:
Comparação: Analogia e contraste são as duas maneiras de siste em refutar um argumento empregando os testemunhos de
se estabelecer a comparação, com a nalidade de comprovar autoridade que contrariam a armação apresentada;
uma ideia ou opinião. Na analogia, são comuns as expressões: da Desqualicar dados concretos apresentados: consiste em

mesma forma, tal como, tanto quanto, assim como, igualmente. desautorizar dados reais, demonstrando que o enunciador ba-
Para estabelecer contraste, empregam-se as expressões: mais seou-se em dados corretos, mas rou conclusões falsas ou in -
que, menos que, melhor que, pior que. consequentes.. Por exemplo, se na argumentação armou-se, por
consequentes
meio de dados estascos, que “o controle demográco produz
Entre outros pos de argumentos empregados para aumen-
aumen - o desenvolvimento”, arma-se que a conclusão é inconsequente,
tar o poder de persuasão de um texto dissertavo encontram-se: pois baseia-se em uma relação de causa-feito dicil de ser com-
com -
Argumento
Argument o de autoridade : O saber notório de uma autorida- provada. Para contraargumentar, propõese uma relação inversa:
de reconhecida em certa área do conhecimento dá apoio a uma “o desenvolvimento é que gera o controle demográco” .
armação. Dessa maneira, procura-se trazer para o enunciado a
credibilidade da autoridade citada. Lembre-se que as citações li- Apresentam-se aqui sugestões, um dos roteiros possíveis
terais no corpo de um texto constuem argumentos de autorida-
autorida - para desenvolver um tema, que podem ser analisadas e adapta-
de. Ao fazer uma citação, o enunciador situa os enunciados nela das ao desenvolvimento de outros temas. Elege-se um tema, e,
condos na linha de raciocínio que ele considera mais adequada em seguida, sugerem-se os procedimentos que devem ser adota-
para explicar ou juscar um fato ou fenômeno. Esse po de ar- ar- dos para a elaboração de um Plano de Redação.
gumento tem mais caráter conrmatório que comprobatório.
Apoio na consensu
consensualidad
alidadee: Certas armações dispensam Tema: O homem e a máquina : necessidade e riscos da evo-
explicação ou comprovação, pois seu conteúdo é aceito como lução tecnológica
válido por consenso, pelo menos em determinado espaço socio-
cultural. Nesse caso, incluem-se - Quesonar o tema, transformá-lo em interrogação, respon-
- A declaração que expressa uma verdade universal (o ho- der a interrogação (assumir um ponto de vista); dar o porquê da
mem, mortal, aspira à imortalidade); resposta, juscar, criando um argumento básico;
- A declaração que é evidente por si mesma (caso dos postu- - Imaginar um ponto de vista oposto ao argumento básico e
lados e axiomas); construir uma contra-argumentação; pensar a forma de refuta-
- Quando escapam ao domínio intelectual, ou seja, é de na- ção que poderia ser feita ao argumento básico e tentar desquali-
tureza subjeva ou senmental (o amor tem razões que a própria cá-la (rever pos de argumentação);
razão desconhece); implica apreciação de ordem estéca (gosto - Reer sobre o contexto, ou seja, fazer uma coleta de
não se discute); diz respeito a fé religiosa, aos dogmas (creio, ideias que estejam direta ou indiretamente ligadas ao tema (as
ainda que parece absurdo). ideias podem ser listadas livremente ou organizadas como causa
e consequência);
Comprovação pela experiência ou observação: A verdade - Analisar as ideias anotadas, sua relação com o tema e com
de um fato ou armação pode ser comprovada por meio de da-
da- o argumento básico;
dos concretos, estascos ou documentais. - Fazer uma seleção das ideias pernentes, escolhendo as
que poderão ser aproveitadas no texto; essas ideias transfor-
Comprovação pela fundamentação lógica: A comprovação mam-se em argumentos auxiliares, que explicam e corroboram a
se realiza por meio de argumentos racionais, baseados na lógica: ideia do argumento básico;
causa/efeito; consequência/causa; condição/ocorrência. - Fazer um esboço do Plano de Redação, organizando uma
sequência na apresentação das ideias selecionadas, obedecendo
Fatos não se discutem; discutem-se opiniões. As declara- às partes principais da estrutura do texto, que poderia ser mais
ções, julgamento, pronunciamentos, apreciações que expressam ou menos a seguinte:
opiniões pessoais (não subjevas) devem ter sua validade com- com -
provada, e só os fatos provam. Em resumo toda armação ou Introdução
juízo que express
expressee uma opinião pessoa
pessoall só
s ó terá validade se fun-
damentada na evidência dos fatos, ou seja, se acompanhada de - função social da ciência e da tecnologia;
provas, validade dos argumentos, porém, pode ser contestada - denições de ciência e tecnologia;
por meio da contra-argumentação ou refutação. São vários os - indivíduo e sociedade perante o avanço tecnológico.
processos de contra-argumentação:
Desenvolvimento
Refutação pelo absurdo: refuta-se uma armação demons-
demons -
trando o absurdo da consequência. Exemplo clássico é a con- - apresentação de aspectos posivos e negavos do desen-
desen -
traargumentação do cordeiro, na conhecida fábula “O lobo e o volvimento tecnológico;
cordeiro”; - como o desenvolvimento cienco-tecnológico modicou
as condições de vida no mundo atual;

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LÍNGUA PORTUGUESA
- a tecnocracia: oposição entre uma sociedade tecnologica- A informação explícita é que hoje André é um antabagis-
antabagis -
mente desenvolvida e a dependência tecnológica dos países sub- ta convicto. Do sendo do verbo tornar-se, que signica “vir a
desenvolvidos; ser”, decorre logicamente que antes André não era antabagista
- enumerar e discur os fatores de desenvolvimento social; convicto. Essa informação está pressuposta. Ninguém se torna
- comparar a vida de hoje com os diversos pos de vida do algo que já era antes. Seria muito estranho dizer que a palmeira
passado; apontar semelhanças e diferenças; tornou-se um vegetal.
- analisar as condições atuais de vida nos grandes centros
urbanos; “Eu ainda não conheço a Europa.”
- como se poderia usar a ciência e a tecnologia para humani- A informação explícita é que o enunciador não tem conhe-
zar mais a sociedade. cimento do connente europeu. O advérbio ainda deixa pressu-
pressu -
posta a possibilidade de ele um dia conhecê-la.
Conclusão As informações explícitas podem ser quesonadas pelo re- re -
- a tecnologia pode libertar ou escravizar: benecios/conse-
benecios/conse - ceptor, que pode ou não concordar com elas. Os pressupostos,
quências malécas; porém, devem ser verdadeiros ou, pelo menos, admidos como
- síntese interpretava dos argumentos e contra-argumen-
contra-argumen - tais, porque esta é uma condição para garanr a connuidade do
tos apresentados. diálogo e também para fornecer fundamento às armações ex- ex -
plícitas. Isso signica que, se o pressuposto é falso, a informação
Naturalmente esse não é o único, nem o melhor plano de explícita não tem cabimento. Assim, por exemplo, se Maria não
redação: é um dos possíveis. falta nunca a aula nenhuma, não tem o menor sendo dizer “Até
Maria compareceu à aula de hoje”. Até estabelece o pressuposto
Texto: da inclusão de um elemento inesperado.
Na leitura, é muito importante detectar os pressupostos,
“Neto ainda está longe de se igualar a qualquer um desses pois eles são um recurso argumentavo que visa a levar o recep recep--
craques (Rivelino, Ademir da Guia, Pedro Rocha e Pelé), mas ain- tor a aceitar a orientação argumentava do emissor. Ao introdu
introdu--
da tem um longo caminho a trilhar (...).”
(... ).” zir uma ideia sob a forma de pressuposto, o enunciador pretende
Veja São Paulo, 26/12/1990, p. 15. transformar seu interlocutor em cúmplice, pois a ideia implícita
não é posta em discussão, e todos os argumentos explícitos só
Esse texto diz explicitamente que: contribuem para conrmála. O pressusposto aprisiona o receptor
- Rivelino, Ademir da Guia, Pedro Rocha e Pelé são craques; no sistema de pensamento montado pelo enunciador.
- Neto não tem o mesmo nível desses craques; A demonstração disso pode ser feita com as “verdades in- in-
- Neto tem muito tempo de carreira pela frente. contestáveis” que estão na base de muitos discursos polícos,
O texto deixa implícito que: como o que segue:
- Existe a possibilidade de Neto um dia aproximar-se dos cra-
cra -
ques citados; “Quando o curso do rio São Francisco for mudado, será resol-
- Esses craques são referência de alto nível em sua especia- vido o problema da seca no Nordeste.”
lidade esporva; O enunciador estabelece o pressuposto de que é certa a mu-
- Há uma oposição entre Neto e esses craques no que diz dança do curso do São Francisco e, por consequência, a solução
respeito ao tempo disponível para evoluir. do problema da seca no Nordeste. O diálogo não teria connui-
connui-
Todos os textos transmitem explicitamente certas informa- dade se um interlocutor não admisse ou colocasse sob suspeita
ções, enquanto deixam outras implícitas. Por exemplo, o texto essa certeza. Em outros termos, haveria quebra da connuidade
acima não explicita que existe a possibilidade de Neto se equipa-
equipa - do diálogo se alguém interviesse com uma pergunta deste po:
rar aos quatro futebolistas, mas a inclusão do advérbio ainda es-
tabelece esse implícito. Não diz também com explicitude que há “Mas quem disse que é certa a mudança do curso do rio?”
oposição entre Neto e os outros jogadores, sob o ponto de vista
de contar com tempo para evoluir. A escolha do conector “mas” A aceitação do pressuposto estabelecido pelo emissor per-
entre a segunda e a primeira oração só é possível levando em mite levar adiante o debate; sua negação compromete o diálogo,
conta esse dado implícito. Como se vê, há mais signicados num uma vez que destrói a base sobre a qual se constrói a argumen-
texto do que aqueles que aparecem explícitos na sua supercie. tação, e daí nenhum argumento tem mais importância ou razão
Leitura prociente é aquela capaz de depreender tanto um po de ser. Com pressupostos disntos, o diálogo não é possível ou
de signicado quanto o outro, o que, em outras palavras, signi-
signi - não tem sendo.
ca ler nas entrelinhas. Sem essa habilidade, o leitor passará por A mesma pergunta, feita para pessoas diferentes, pode ser em-
cima de signicados importantes ou, o que é bem pior, concor-
concor - baraçosa ou não, dependendo do que está pressuposto em cada
dará com ideias e pontos de vista que rejeitaria se os percebesse. situação. Para alguém que não faz segredo sobre a mudança de em-
Os signicados implícitos costumam ser classicados em prego, não causa o menor embaraço uma pergunta como esta:
duas categorias: os pressupostos e os subentendidos.
Pressupostos: são ideias implícitas que estão implicadas lo- “Como vai você no seu novo emprego?”
gicamente no sendo de certas palavras ou expressões explicita-
explicita-
das na supercie da frase. Exemplo: O efeito da mesma pergunta seria catastróco se ela se diri-
diri -
gisse a uma pessoa que conseguiu um segundo emprego e quer
“André tornou-se um antabagista convicto.” manter sigilo até decidir se abandona o anterior. O adjevo novo
estabelece o pressuposto de que o interrogado tem um emprego
diferente do anterior.

8
LÍNGUA PORTUGUESA
Marcadores de Pressupostos Há uma diferença capital entre o pressuposto e o subenten-
dido. O primeiro é uma informação estabelecida como indiscu-
- Adjevos ou palavras similares modicadoras do substan-
substan - vel tanto para o emissor quanto para o receptor, uma vez que
vo decorre necessariamente do sendo de algum elemento linguís-
linguís -
Julinha foi minha
minh a primeira
primeir a lha.
lha . co colocado na frase. Ele pode ser negado, mas o emissor coloca
“Primeira” pressupõe que tenho outras lhas e que as outras o implicitamente para que não o seja. Já o subentendido é de
nasceram depois de Julinha. responsabilidade do receptor. O emissor pode esconder-se atrás
Destruíram a outra igreja do povoado. do sendo literal das palavras e negar que tenha dito o que o
“Outra” pressupõe a existência de pelo menos uma igreja receptor depreendeu de suas palavras. Assim, no exemplo dado
além da usada como referência. acima, se o dono da casa disser que é muito pouco higiênico fe-
char todas as janelas, o visitante pode dizer que também acha e
- Certos verbos que apenas constatou a intensidade do frio.
O subentendido serve, muitas vezes, para o emissor prote-
Renato connua doente. gerse, para transmir a informação que deseja dar a conhecer
O verbo “connua” indica que Renato já estava doente no sem se comprometer. Imaginemos, por exemplo, que um fun- fun-
momento anterior ao presente. cionário recémpromovido numa empresa ouvisse de um colega
o seguinte:
Nossos dicionários já aportuguesaram a palavrea copydesk.
O verbo “aportuguesar” estabelece o pressuposto de que co-
co - “Competência e mérito connuam não valendo nada como
pidesque não exisa em português. critério de promoção nesta empresa...”

- Certos advérbios Esse comentário talvez suscitasse esta suspeita:

A produç
produção
ão automob
automobilísca
ilísca brasilei
brasileira
ra está totalmen
totalmente
te nas “Você está querendo dizer que eu não merecia a promoção?”
mãos das mulnacionais.
O advérbio totalmente pressupõe que não há no Brasil in- Ora, o funcionário preterido, tendo recorrido a um suben-
dústria automobilísca nacional. tendido, poderia responder:
“Absolutamente! Estou falando em termos gerais.”
- Você conferiu o resultado da loteria?
- Hoje não. ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO
A negação precedida de um advérbio de tempo de âmbito DO TEXTO E DOS PARÁGRAFOS
limitado estabelece o pressuposto de que apenas nesse intervalo
(hoje) é que o interrogado não pracou o ato de conferir o resul-
resul - São três os elementos essenciais para a composição de um
tado da loteria. texto: a introdução, o desenvolvimento e a conclusão. Vamos
estudar cada uma de forma isolada a seguir:
- Orações adjevas
Introdução
Os brasileiros, que não se importam com a colevidade, só
se preocupam com seu bemestar e, por isso, jogam lixo na rua, É a apresentação direta e objeva da ideia central do texto. A
fecham os cruzamentos
cru zamentos,, etc. introdução é caracterizada por ser o parágrafo inicial.
O pressuposto é que “todos” os brasileiros não se importam Desenvolvimento
com a colevidade.
Quando tratamos de estrutura, é a maior parte do texto. O
Os brasileiros que não se importam com a colevidade só se desenvolvimento estabelece uma conexão entre a introdução e
preocu pam com seu bemestar e, por isso, jogam lixo na rua, fe-
preocupam a conclusão, pois é nesta parte que as ideias, argumentos e posi-
pos i-
cham os cruzamentos, etc. cionamento do autor vão sendo formados e desenvolvidos com a
Nesse caso, o pressuposto é outro: “alguns” brasileiros não nalidade de dirigir a atenção do leitor para a conclusão.
se importam com a colevidade. Em um bom desenvolvimento as ideias devem ser claras e
aptas a fazer com que o leitor anteceda qual será a conclusão.
No primeiro caso, a oração é explicava; no segundo, é res-
res-
triva. As explicavas pressupõem que o que elas expressam se São três principais erros que podem ser comedos na elabo-
elabo -
refere à totalidade dos elementos de um conjunto; as restrivas, ração do desenvolvimento:
que o que elas dizem concerne apenas a parte dos elementos - Distanciar-se do texto em relação ao tema inicial.
de um conjunto. O produtor do texto escreverá uma restriva - Focar em apenas um tópico do tema e esquecer dos outros.
ou uma explicava segundo o pressuposto que quiser comunicar. - Falar sobre muitas informações e não conseguir organizá-
-las, dicultando a linha de compreensão do leitor.
Subentendidos: são insinuações condas em uma frase ou
um grupo de frases. Suponhamos que uma pessoa esvesse em Conclusão
visita à casa de outra num dia de frio glacial e que uma janela, por
onde entravam rajadas de vento, esvesse aberta. Se o visitante Ponto nal de todas as argumentações discorridas no desen-
desen -
dissesse “Que frio terrível”, poderia estar insinuando que a janela volvimento, ou seja, o encerramento do texto e dos quesona-
quesona -
deveria ser fechada. mentos levantados pelo autor.

9
LÍNGUA PORTUGUESA
Ao fazermos a conclusão devemos evitar expressões como: “Concluindo...”, “Em conclusão, ...”, “Como já dissemos antes...”.

Parágrafo

Se caracteriza como um pequeno recuo em relação à margem esquerda da folha. Conceitualmente, o parágrafo completo deve
conter introdução, desenvolvimento e conclusão.
- Introdução – apresentação da ideia principal, feita de maneira sintéca de acordo com os objevos do autor.
- Desenvolvimento – ampliação
amp liação do tópico
t ópico frasal (intro
(introdução),
dução), atribuíd
atribuídoo pelas
pe las ideias
id eias secundá
secundárias,
rias, a m de reforçar
re forçar e dar credibi
credibi--
lidade na discussão.
- Conclusão – retomada da ideia central ligada aos pressupostos citados no desenvolvimento, procurando arrematá-los.

Exemplo de um parágrafo bem estruturado (com introdução, desenvolvimento e conclusão):

“Nesse contexto, é um grave erro a liberação da maconha. Provocará de imediato violenta elevação do consumo. O Estado per-
per -
derá o precário controle que ainda exerce sobre as drogas psicotrópicas e nossas instuições de recuperação de viciados não terão
estrutura suciente para atender à demanda. Enm, viveremos o caos. ”
(Alberto Corazza, Isto É, com adaptações)

Elemento relacionador: Nesse contexto.


Tópico frasal: é um grave erro a liberação da maconha.
Desenvolvimento: Provocará de imediato violenta elevação do consumo. O Estado perderá o precário controle que ainda exerce
sobre as drogas psicotrópicas e nossas instuições de recuperação de viciados não terão estrutura suciente para atender à deman-
deman-
da.
Conclusão:: Enm, viveremos o caos.
Conclusão

ORTOGRAFIA

A ortograa ocial diz respeito às regras gramacais referentes à escrita


es crita correta das palavras. Para melhor entendê-las, é preciso
analisar caso a caso. Lembre-se de que a melhor maneira de memorizar a ortograa correta de uma língua é por meio da leitura, que
também faz aumentar o vocabulário do leitor.
Neste capítulo serão abordadas regras para dúvidas frequentes entre os falantes do português.
port uguês. No entanto, é importante ressal-
ressal -
tar que existem inúmeras exceções para essas regras, portanto, que atento!

Alfabeto
O primeiro passo para compreender a ortograa ocial é conhecer o alfabeto (os sinais grácos e seus sons). No português, o
alfabeto se constui 26 letras, divididas entre vogais (a, e, i, o, u) e consoantes (restante das letras).
Com o Novo Acordo Ortográco, as consoantes K, W e Y foram reintroduzidas ao alfabeto ocial da língua portuguesa, de modo
que elas são usadas apenas em duas ocorrências: transcrição de nomes próprios e abreviaturas e símbolos de uso internacional.
internacional.

Uso do “X”
Algumas dicas são relevantes para saber o momento de usar o X no lugar do CH:
• Depois das sílabas iniciais “me” e “en” (ex: mexerica; enxergar)
• Depois de ditongos (ex: caixa)
• Palavras de origem indígena ou africana (ex: abacaxi; orixá)

Uso do “S” ou “Z”


Algumas regras do uso do “S” com som de “Z” podem ser observadas:
• Depois de ditongos (ex: coisa)
• Em palavras derivadas cuja palavra primiva já se usa o “S” (ex: casa > casinha)
• Nos suxos “ês” e “esa”, ao indicarem nacionalidade, tulo ou origem. (ex: portuguesa)
• Nos suxos formadores de adjevos “ense”, “oso” e “osa” (ex: populoso)

Uso do “S”, “SS”, “Ç”


• “S” costuma aparecer entre uma vogal e uma consoante (ex: diversão)
• “SS” costuma aparecer entre duas vogais (ex: processo)
• “Ç” costuma aparecer em palavras estrangeiras que passaram pelo processo de aportuguesamento (ex: muçarela)

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LÍNGUA PORTUGUESA
Os diferentes porquês

POR QUE Usado para fazer perguntas.


perguntas. Pode ser substuído por “por qual movo”
PORQUE Usado em respostas e explicações. Pode ser substuído por “pois”
O “que” é acentuado quando aparece como a úlma palavra da frase, antes da pontuação nal (interrogação,
POR QUÊ
exclamação, ponto nal)
PORQUÊ É um substanvo, portanto costuma vir acompanhado de um argo, numeral, adjevo ou pronome

Parônimos e homônimos
As palavras parônimas são aquelas que possuem graa e pronúncia semelhantes, porém com signicados disntos.
Ex:: cumprimento (saudação) X comprimento (extensão); tráfego (trânsito) X tráco (comércio ilegal).
Ex
Já as palavras homônimas são aquelas que possuem a mesma graa e pronúncia, porém têm signicados diferentes. Ex
Ex:: rio (ver-
bo “rir”) X rio (curso d’água); manga (blusa) X manga (fruta).

ACENTUAÇÃO

A acentuação é uma das principais questões relacionadas à Ortograa Ocial, que merece um capítulo a parte. Os acentos uli -
zados no português são: acento agudo (´); acento grave ((``); acento circunexo (^); cedilha (¸) e l (~).
Depois da reforma do Acordo Ortográco, a trema foi excluída, de modo que ela só é ulizada na graa de nomes e suas deriva-deriva-
ções (ex: Müller, mülleriano).
Esses são sinais grácos que servem para modicar o som de alguma letra, sendo importantes para marcar a sonoridade e a in -
tensidade das sílabas, e para diferenciar palavras que possuem a escrita semelhante.
A sílaba mais intensa da palavra é denominada sílaba tônica.
tônica. A palavra pode ser classicada a parr da localização da sílaba tô-
tô -
nica, como mostrado abaixo:
• OXÍTONA: a úlma sílaba da palavra é a mais intensa. (Ex: café)
• PAROXÍTONA: a penúlma sílaba da palavra é a mais intensa. (Ex: automóvel)
• PROPAROXÍTONA: a antepenúlma sílaba da palavra é a mais intensa. (Ex: lâmpada)
As demais sílabas, pronunciadas de maneira mais sul, são denominadas sílabas átonas.
átonas.

Regras fundamentais

CLASSIFICAÇÃO R EGR AS E X E M P LO S
• terminadas em A, E, O, EM, seguidas ou não do
cipó(s), pé(s), armazém
OXÍTONAS plural
respeitá-la, compô-lo, comprometê-los
• seguidas de -LO, -LA, -LOS, -LAS
• terminadas em I, IS, US, UM, UNS, L, N, X, PS, Ã,
ÃS, ÃO, ÃOS
táxi, lápis, vírus, fórum, cadáver, tórax, bíceps, ímã,
• ditongo oral, crescente ou decrescente, seguido
PAROXÍTONAS órfão, órgãos, água, mágoa, pônei, ideia, geleia,
ou não do plural
(OBS:: Os ditongos “EI” e “OI” perderam o acento paranoico, heroico
(OBS
com o Novo Acordo Ortográco)
PROPAROXÍTONAS • todas são acentuadas cólica, analíco, jurídico, hipérbole, úlmo, álibi

Regras especiais

R EG R A E X E M P LO S
Acentua-se quando “I” e “U” tônicos formarem hiato com a vogal anterior, acompanhados
acompanhados ou não de “S”,
saída, faísca, baú, país
desde que não sejam seguidos por “NH”
feiura, Bocaiuva, Sauipe
OBS: Não serão mais acentuados “I” e “U” tônicos formando hiato quando vierem depois de ditongo
Acentua-se a 3ª pessoa do plural do presente do indicavo dos verbos “TER” e “VIR” e seus compostos têm, obtêm, contêm, vêm
Não são acentuados hiatos “OO” e “EE” leem, voo, enjoo
Não são acentuadas palavras homógrafas
pelo, pera, para
OBS: A forma verbal “PÔDE” é uma exceç
exceção
ão

11
LÍNGUA PORTUGUESA

MORFOLOGIA

Classes de Palavras
Para entender sobre a estrutura das funções sintácas, é preciso conhecer as classes de palavras, também conhecidas por classes
morfológicas. A gramáca tradicional pressupõe 10 classes gramacais de palavras, sendo elas: adjevo, advérbio, argo, conjunção,
interjeição, numeral, pronome, preposição, substanvo e verbo.

Veja, a seguir, as caracteríscas principais de cada uma delas.

C L A SS E C A R AC T E R Í S T I C A S E X E M P LO S
Menina inteligente...
Expressar caracteríscas,
caracteríscas, qualidades ou estado dos seres Roupa azul-marinho...
ADJETIVO
Sofre variação em número, gênero e grau Brincadeira de criança...
Povo brasileiro...
A ajuda chegou tarde.
Indica circunstância
circunstância em que ocorre o fato verbal
ADVÉRBIO A mulher trabalha muito
muito..
Não sofre variação
Ele dirigia mal.
Determina os substanvos (de modo denido ou indenido) A galinha
botou um ovo.
ARTIGO
Varia em gênero e número Uma menina deixou a mochila no ônibus.
Liga ideias e sentenças (conhecida também como conecvos) Não gosto de refrigeran
refrigerante
te nem de pizza.
CONJUNÇÃO
Não sofre variação Eu vou para a praia ou para a cachoeira?
Exprime reações emovas e senmentos Ah!! Que calor...
Ah
INTERJEIÇÃO
Não sofre variação Escapei por pouco, ufa
ufa!!

NUMERAL Atribui
Varia emquandade e indica posição em alguma sequência
gênero e número Gostei
Três é amuito do de
metade primeiro
seis.. dia de aula.
seis
Posso ajudar, senhora?
Acompanha, substui ou faz referência ao substanvo Ela me ajudou muito com o meu trabalho.
PRONOME
Varia em gênero e número Esta é a casa onde eu moro.
Que dia é hoje?
Relaciona dois termos de uma mesma oração Espero por você essa noite.
PREPOSIÇÃO
Não sofre variação Lucas gosta de tocar violão.
Nomeia objetos, pessoas, animais, alimentos, lugares etc. A menina jogou sua boneca no rio
rio..
SUBSTANTIVO
Flexionam em gênero, número e grau. A malha nha muita coragem
coragem..
Indica ação, estado ou fenômenos da natureza Ana se exercita pela manhã.
Sofre variação de acordo com suas exões de modo, tempo, Todos parecem meio bobos.
VERBO
número, pessoa e voz. Chove muito em Manaus.
Verbos não signicavos são chamados verbos de ligação A cidade é muito bonita quando vista do alto.

Substanvo
Tipos de substanvos
Os substanvos podem ter diferentes classicações, de acordo com os conceitos apresentados abaixo:
• Comum: usado para nomear seres e objetos generalizados. Ex: mulher; gato; cidade...
• Próprio: geralmente escrito com letra maiúscula, serve para especicar e parcularizar. Ex: Maria; Gareld; Belo Horizonte...
• Colevo: é um nome no singular que expressa ideia de plural, para designar grupos e conjuntos de seres ou objetos de uma
mesma espécie. Ex: malha; enxame; cardume...
• Concreto: nomeia algo que existe de modo independente de outro ser (objetos, pessoas, animais, lugares etc.). Ex: menina;
cachorro; praça...
• Abstrato: depende de um ser concreto para exisr, designando senmentos, estados, qualidades, ações etc. Ex: saudade; sede;
imaginação...
• Primivo: substanvo que dá origem a outras palavras. Ex: livro; água; noite...
• Derivado: formado a parr de outra(s) palavra(s). Ex: pedreiro; livraria; noturno...
• Simples: nomes formados por apenas uma palavra (um radical). Ex: casa; pessoa; cheiro...
• Composto: nomes formados por mais de uma palavra (mais de um radical). Ex: passatempo; guarda-roupa; girassol...

Flexão de gênero
Na língua portuguesa, todo substanvo é exionado em um dos dois gêneros possíveis: feminino e masculino
masculino..
O substanvo biforme é aquele que exiona entre masculino e feminino, mudando a desinência de gênero, isto é, geralmente
o nal da palavra sendo -o ou -a-a,, respecvamente (Ex:
(Ex: menino / menina).
menina) . Há, ainda, os que se diferenciam por meio da pronúncia /
acentuação (Ex:
(Ex: avô / avó),
avó), e aqueles em que há ausência ou presença de desinência (Ex:
(Ex: irmão / irmã; cantor / cantora).
cantora) .

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LÍNGUA PORTUGUESA
O substanvo uniforme é aquele que possui apenas uma forma, independente do gênero, podendo ser diferenciados quanto ao
gênero a parr da exão de gênero no argo ou adjevo que o acompanha (Ex:
(Ex: a cadeira / o poste).
poste) . Pode ser classicado em epiceno
(refere-se aos animais), sobrecomum (refere-se a pessoas) e comum de dois gêneros (idencado por meio do argo).
É preciso car atento à mudança semânca que ocorre com alguns substanvos quando usados no masculino ou no feminino,
trazendo alguma especicidade em relação a ele. No exemplo o fruto X a fruta temos signicados diferentes: o primeiro diz respeito
ao órgão que protege a semente dos alimentos, enquanto o segundo é o termo popular para um po especíco de fruto.

Flexão de número
No português, é possível que o substanvo esteja no singular
singular,, usado para designar apenas uma única coisa, pessoa, lugar (Ex:
( Ex:
bola; escada; casa) ou no plural
plural,, usado para designar maiores quandades (Ex:
( Ex: bolas; escadas; casas)
casas) — sendo este úlmo represen-
represen -
tado, geralmente, com o acréscimo da letra S ao nal da palavra.
Há, também, casos em que o substanvo não se altera, de modo que o plural ou singular devem estar marcados a parr do con-
con -
texto, pelo uso do argo adequado (Ex:
(Ex: o lápis / os lápis).
lápis) .

Variação de grau
Usada para marcar diferença na grandeza de um determinado substanvo, a variação de grau pode ser classicada em aumen-
tavo e diminuvo.
Quando acompanhados de um substanvo que indica grandeza ou pequenez, é considerado analíco ((Ex:Ex: menino grande / me-
nino pequeno).
pequeno).
Quando acrescentados suxos indicadores de aumento ou diminuição, é considerado sintéco ((Ex:
Ex: meninão / menininho).
menininho ).

Novo Acordo Ortográco


De acordo com o Novo Acordo Ortográco da Língua Portuguesa, as letras maiúsculas devem ser usadas em nomes próprios
de pessoas, lugares (cidades, estados, países, rios), animais, acidentes geográcos, instuições, endades, nomes astronômicos, de
festas e fesvidades, em tulos de periódicos e em siglas, símbolos ou abreviaturas.
Já as letras minúsculas podem ser usadas em dias de semana, meses, estações do ano e em pontos cardeais.
Existem, ainda, casos em que o uso de maiúscula ou minúscula é facultavo, como em tulo de livros, nomes de áreas do saber,
disciplinas e matérias, palavras ligadas a alguma religião e em palavras de categorização.

Adjevo
Os adjevos podem ser simples (vermelho
( vermelho)) ou compostos (mal-educado)
(mal-educado);; primivos (alegre)
(alegre) ou derivados (tristonho)
( tristonho).. Eles podem
exionar entre o feminino (estudiosa
( estudiosa)) e o masculino (engraçado)
( engraçado),, e o singular (bonito
(bonito)) e o plural (bonitos).
(bonitos).
Há, também, os adjevos pátrios ou genlicos, sendo aqueles que indicam o local de origem de uma pessoa, ou seja, sua nacio -
nalidade (brasileiro;
(brasileiro; mineiro).
É possível, ainda, que existam locuções adjevas, isto é, conjunto de duas ou mais palavras usadas para caracterizar o substan- substan-
vo. São formadas, em sua maioria, pela preposição DE + substanvo:
• de criança = infanl
• de mãe = maternal
• de cabelo = capilar

Variação de grau
Os adjevos podem se encontrar em grau normal (sem ênfases), ou com intensidade, classicando-se entre comparavo e su-
su-
perlavo.
• Normal: A Bruna é inteligente.
• Comparavo de superioridade: A Bruna é mais inteligente que o Lucas.
• Comparavo de inferioridade: O Gustavo é menos inteligente que a Bruna.
• Comparavo de igualdade: A Bruna é tão inteligente quanto a Maria.
• Superlavo relavo de superioridade: A Bruna é a mais inteligente da turma.
• Superlavo relavo de inferioridade: O Gustavo é o menos inteligente da turma.
• Superlavo absoluto analíco: A Bruna é muito inteligente.
inteligente.
• Superlavo absoluto sintéco: A Bruna é inteligenssima
inteligenssima..

Adjevos de relação
São chamados adjevos de relação aqueles que não podem sofrer variação de grau, uma vez que possui valor semânco obje -
vo, isto é, não depende de uma impressão pessoal (subjeva). Além disso, eles aparecem após o substanvo, sendo formados por
suxação de um substanvo (Ex:
(Ex: vinho do Chile = vinho chileno).
chileno ).

13
LÍNGUA PORTUGUESA
Advérbio

Os advérbios são palavras que modicam um verbo, um adjevo ou um outro advérbio. Eles se classicam de acordo com a
tabela abaixo:

C L A S S I F I C AÇ Ã O A DV É R B I O S LO C U Ç Õ E S A DV E R B I A I S
DE MODO bem; mal; assim; melhor; depressa ao contrário; em detalhes
ontem; sempre; anal; já; agora; doravante; primei- logo mais; em breve; mais tarde, nunca mais, de
DE TEMPO
ramente noite
DE LUGAR aqui;; acim
aqui acima;
a; em
emba
baixixo;
o; lon
longe
ge;; for
fora;
a; em
embabaix
ixo;
o; al
alii Ao re
redo
dorr de;
de; em fr
fren
ente
te a; à es
esqu
quer
erda
da;; por
por per
perto
to
DE INTENSIDADE mui
uitto; tão
ão;; dem
demas
asiiad
ado;
o; imens
nso;o; tan
anto
to;; nad
nada
a em excess
sso;
o; de tod
odos
os;; mui
muitto me
meno
noss
DE AFIRMAÇÃO sim,
sim, in
indu
dubi
bita
tave
velm
lmen
ente
te;; cert
certo;
o; dec
decer
erto
to;; deve
devera
rass com
com cer
certe
tezza; de
de fat
fato;
o; sem
sem dú
dúvi
vida
dass
DE NEGAÇÃO não; nunca; jamais; tampouco; nem nunca mais; de modo algum; de jeito nenhum
DE DÚVIDA Possivelmente;
Possivelmente; acaso; será; talvez; quiçá Quem sabe

Advérbios interrogavos
São os advérbios ou locuções adverbiais ulizadas para introduzir perguntas, podendo expressar circunstâncias de:
• Lugar: onde, aonde, de onde
• Tempo: quando
• Modo: como
• Causa: por que,
qu e, por quê

Grau do advérbio
Os advérbios podem ser comparavos ou superlavos.
• Comparavo de igualdade: tão/tanto + advérbio + quanto
• Comparavo de superioridade: mais + advérbio + (do) que
• Comparavo de inferioridade: menos + advérbio + (do) que
• Superlavo analíco: muito cedo
• Superlavo sintéco: cedíssimo

Curiosidades
Na linguagem coloquial,
coloquial, algumas variações do superlavo são aceitas, como o diminuvo (cedinho ( cedinho),
), o aumentavo (cedão)
(cedão) e o
uso de alguns prexos (supercedo
(supercedo).).
Existem advérbios que exprimem ideia de exclusão (somente; salvo; exclusivamente; apenas), apenas), inclusão (também; ainda; mesmo)
e ordem (ulmamente; depois; depois; primeiramente
primeiramente).
).
Alguns advérbios, além de algumas preposições, aparecem sendo usados como uma palavra denotava, acrescentando um sen-
do próprio ao enunciado, podendo ser elas de inclusão ((até, até, mesmo, inclusive);
inclusive ); de exclusão ((apenas,
apenas, senão, salvo);
salvo); de designação
(eis)
eis);; de realce ((cá,
cá, lá, só, é que); de recação ((aliás,
aliás, ou melhor, isto é) e de situação ((anal,
anal, agora, então, e aí).
aí).

Pronomes
Osele
ciado, pronomes
pode sersão palavras que
classicado fazem referência
da seguinte maneira: aos nomes, isto é, aos substanvos.
subst anvos. Assim, dependendo de sua função no enun- enun -
• Pronomes pessoais: indicam as 3 pessoas do discurso, e podem ser retos (eu, (eu, tu, ele...)
ele...) ou oblíquos (mim,
(mim, me, te, nos, si...).
• Pronomes possessivos: indicam posse (meu,
( meu, minha, sua, teu, nossos...)
• Pronomes demonstravos: indicam localização de seres no tempo ou no espaço. (este, isso, essa, aquela, aquilo...)
• Pronomes interrogavos: auxiliam na formação de quesonamentos (qual, quem, onde, quando, que, quantas...)
• Pronomes relavos: retomam o substanvo, substuindo-o
s ubstuindo-o na oração seguinte (que,
(que, quem, onde, cujo, o qual...)
• Pronomes indenidos: substuem o substanvo de maneira imprecisa (alguma,(alguma, nenhum, certa, vários, qualquer...)
• Pronomes de tratamento: empregados, geralmente, em situações formais (senhor,( senhor, Vossa Majestade, Vossa Excelência, você...)

Colocação pronominal
Diz respeito ao conjunto de regras que indicam a posição do pronome oblíquo átono (me,( me, te, se, nos, vos, lhe, lhes, o, a, os, as,
lo, la, no, na...) em relação ao verbo, podendo haver próclise (antes do verbo), ênclise (depois do verbo) ou mesóclise (no meio do
verbo).
Veja, então, quais as principais situações para cada um deles:
• Próclise: expressões negavas; conjunções subordinavas; advérbios sem vírgula; pronomes indenidos, relavos ou demons- demons-
travos; frases exclamavas ou que exprimem desejo; verbos no gerúndio antecedidos por “em”.
Nada me faria mais feliz.
fel iz.

14
LÍNGUA PORTUGUESA
• Ênclise: verbo no imperavo armavo; verbo no início da frase (não estando no futuro e nem no pretérito); verbo no gerúndio
não acompanhado por “em”; verbo no innivo pessoal.
Inscreveu-se no concurso para tentar realizar um sonho.

• Mesóclise: verbo no futuro iniciando uma oração.


Orgulhar-me-ei de meus alunos.

DICA: o pronome não deve aparecer no início de frases ou orações, nem após ponto-e-vírgula.

Verbos
Os verbos podem ser exionados em três tempos: pretérito (passado), presente e futuro, de maneira que o pretérito e o futuro
possuem subdivisões.
Eles também se dividem em três exões de modo: indicavo (certeza sobre o que é passado), subjunvo (incerteza sobre o que
é passado) e imperavo (expressar ordem, pedido, comando).
• Tempos simples do modo indicavo: presente, pretérito perfeito, pretérito imperfeito, pretérito mais-que-perfeito, futuro do
presente, futuro do pretérito.
• Tempos simples do modo subjunvo: presente, pretérito imperfeito, futuro.

Os tempos verbais compostos são formados por um verbo auxiliar e um verbo principal, de modo que o verbo auxiliar sofre exão
em tempo e pessoa, e o verbo principal permanece no parcípio. Os verbos auxiliares mais ulizados são “ter”
“ ter” e “haver”
“ haver”.
• Tempos compostos do modo indicavo: pretérito perfeito, pretérito mais-que-perfeito, futuro do presente, futuro do pretérito.
• Tempos compostos do modo subjunvo: pretérito perfeito, pretérito mais-que-perfeito, futuro.
As formas nominais do verbo são o innivo (dar,
(dar, fazerem, aprender),
aprender), o parcípio (dado,
(dado, feito, aprendido) e o gerúndio (dando,
( dando,
fazendo,, aprenden
fazendo a prendendo)
do).. Eles podem ter função de verbo ou função de nome, atuando como substanvo (innivo), adjevo (parcí -
pio) ou advérbio (gerúndio).

Tipos de verbos
Os verbos se classicam de acordo com a sua exão verbal. Desse modo, os verbos se dividem em:
Regulares: possuem regras xas para a exão (cantar,
(cantar, amar, vender, abrir...)
• Irregulares: possuem alterações nos radicais
r adicais e nas terminações quando conjugados (medir, ( medir, fazer, poder, haver...)
• Anômalos: possuem diferentes radicais quando conjugados (ser,( ser, ir...)
• Defecvos: não são conjugados em todas as pessoas verbais (falir, banir, colorir, adequar...)
• Impessoais: não apresentam sujeitos, sendo conjugados sempre na 3ª pessoa do singular (chover, ( chover, nevar, escurecer, anoitecer...)
• Unipessoais: apesar de apresentarem sujeitos, são sempre conjugados na 3ª pessoa do singular ou do plural (lar, ( lar, miar, custar,
acontecer...)
• Abundantes: possuem duas formas no parcípio, uma regular e outra irregular (aceitar = aceito, aceitado)
• Pronominais: verbos conjugados com pronomes oblíquos átonos, indicando ação reexiva (suicidar-se, ( suicidar-se, queixar-se, sentar-se,
pentear-se...
pentea r-se...))
• Auxiliares: usados em tempos compostos ou em locuções verbais (ser, (ser, estar, ter, haver, ir...)
• Principais: transmitem totalidade da ação verbal por si próprios (comer,
( comer, dançar, nascer, morrer, sorrir...)
• De ligação: indicam um estado, ligando uma caracterísca ao sujeito (ser, ( ser, estar, parecer, car, connuar...)

Vozes verbais
As vozes verbais indicam se o sujeito praca ou recebe a ação, podendo ser três pos diferentes:
• Voz ava: sujeito é o agente da ação (Vi
(Vi o pássaro)
• Voz passiva: sujeito sofre a ação (O
(O pássaro foi visto)
• Voz reexiva: sujeito praca e sofre a ação (Vi-me
(Vi-me no reexo do lago)

Ao passar um discurso para a voz passiva, é comum ulizar a parcula apassivadora “se”, fazendo com o que o pronome seja
equivalente ao verbo “ser”.

Conjugação de verbos
Os tempos verbais são primivos quando não derivam de outros tempos da língua portuguesa. Já os tempos verbais derivados
são aqueles que se originam a parr de verbos primivos, de modo que suas conjugações seguem o mesmo padrão do verbo de ori-
ori -
gem.
• 1ª conjugação: verbos terminados em “-ar” (aproveitar, imaginar, jogar...)
• 2ª conjugação: verbos terminados em “-er” (beber, correr, erguer...)
• 3ª conjugação: verbos terminados em “-ir” (dormir, agir, ouvir...)

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LÍNGUA PORTUGUESA
Conra os exemplos de conjugação apresentados abaixo:

Fonte: www.conjugação.com.br/verbo-lutar

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LÍNGUA PORTUGUESA

Fonte: www.conjugação.com.br/verbo-impor

Preposições
As preposições são palavras invariáveis que servem para ligar dois termos da oração numa relação subordinada, e são divididas
entre essenciais (só funcionam como preposição) e acidentais (palavras de outras classes gramacais que passam a funcionar como
preposição em determinadas sentenças).

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LÍNGUA PORTUGUESA
Preposições essenciais: a, ante, após, de, com, em, contra, • Consecuvas: de forma que, de modo que, de sorte que.
para, per, perante
perante,, por, até, desde, sobre, sobre, trás, sob, sem, • Finais
Finais:: a m de que, para que.
entre. • Proporcionais
Proporcionais:: à medida que, ao passo que, à proporção
Preposições acidentais: afora, como, conforme, consoante, que.
durante, exceto, mediante, menos, salvo, segundo, visto etc. • Temporais
Temporais:: quando, enquanto, agora.
Locuções preposivas: abaixo de, am de, além de, à custa
de, defronte a, a par de, perto de, por causa de, em que pese a Formação de Palavras
etc.
A formação de palavras se dá a parr de processos morfoló -
Ao conectar os termos das orações, as preposições estabele- gicos, de modo que as palavras se dividem entre:
cem uma relação semânca entre eles, podendo passar ideia de: • Palavras primivas: são aquelas que não provêm de outra
• Causa: Morreu de câncer. palavra. Ex: or; pedra
p edra
• Distância: Retorno a 3 quilômetros.
quilômetros . • Palavras derivadas: são originadas a parr de outras pala-
pala-
• Finalidade: A lha retornou para o enterro. vras. Ex: oricu
oricultura;
ltura; pedrad
pedradaa
• Instrumento: Ele cortou a foto com uma tesoura. • Palavra simples: são aquelas que possuem apenas um ra-
• Modo: Os rebeldes eram colocados em la. dical (morfema que contém signicado básico da palavra). Ex:
• Lugar: O vírus veio de Portugal. cabelo; azeite
• Companhia: Ela saiu com a amiga. • Palavra composta: são aquelas que possuem dois ou mais
• Posse: O carro de Maria é novo. radicais. Ex: guarda-roupa; couve-or
• Meio: Viajou de trem. Entenda como ocorrem os principais processos de formação
de palavras:
Combinações e contrações
Algumas preposições podem aparecer combinadas a outras Derivação
palavras de duas maneiras: sem haver perda fonéca (combina-
(combina- A formação se dá por derivação quando ocorre a parr de
ção) e havendo perda fonéca (contração). uma palavra simples ou de um único radical, juntando-se axos.
• Combinação: ao, aos, aonde • Derivação prexal: adiciona-se um axo anteriormente à
• Contração: de, dum, desta, neste, nisso palavra ou radical. Ex: antebraço (ante + braço) / infeliz (in + feliz)
• Derivação suxal: adiciona-se um axo ao nal da palavra
Conjunção ou radical. Ex: friorent
friorentoo (frio + ento) / guloso (gula + oso)
As conjunções se subdividem de acordo com a relação es- • Derivação parassintéca: adiciona-se um axo antes e ou- ou -
tabelecida entre as ideias e as orações. Por ter esse papel im- tro depois da palavra ou radical. Ex: esfriar (es + frio + ar) / des-
portante de conexão, é uma classe de palavras que merece des- governado (des + governar + ado)
taque, pois reconhecer o sendo de cada conjunção ajuda na • Derivação regressiva (formação deverbal):
deverbal) : reduz-se a pa-
compreensão e interpretação de textos, além de ser um grande lavra primiva. Ex: boteco (botequim) / ataque (verbo “atacar”)
diferencial no momento de redigir um texto. • Derivação imprópria (conversão):
(conversão): ocorre mudança na clas-
Elas se dividem em duas opções: conjunções coordenavas e se gramacal, logo, de sendo, da palavra primiva. Ex: janta jantarr
conjunções subordinavas. (verbo para substanvo) / Oliveira (substanvo comum para
substanvo próprio – sobrenomes).
Conjunções coordenavas
As orações coordenadas não apresentam dependência sintá- Composição
ca entre si, servindo também para ligar termos que têm a mes - A formação por composição ocorre quando uma nova pa-
ma função gramacal. As conjunções coordenavas se subdivi-
subdivi- lavra se origina da junção de duas ou mais palavras simples ou
dem em cinco grupos: radicais.
• Adivas: e, nem, bem como.
como. • Aglunação: fusão de duas ou mais palavras simples, de
• Adversavas: mas, porém, contudo.
contudo. modo que ocorre supressão de fonemas, de modo que os ele-
• Alternavas: ou, ora…ora, quer…quer. mentos formadores perdem sua idendade ortográca e fono- fono-
• Conclusivas
Conclusivas:: logo, portanto, assim.
assim. lógica. Ex: aguardente (água + ardente) / planal
planalto
to (plano + alto)
• Explicavas: que, porque, porquanto.
porquanto. • Justaposição
Justaposição:: fusão de duas ou mais palavras simples,
mantendo a ortograa e a acentuação presente nos elementos
Conjunções subordinavas formadores. Em sua maioria, aparecem conectadas com hífen.
As orações subordinadas são aquelas em que há uma relação Ex: beija-or / passa
passatempo.
tempo.
de dependência entre a oração principal e a oração subordinada.
Desse modo, a conexão entre elas (bem como o efeito de sen - Abreviação
do) se dá pelo uso da conjunção subordinada adequada. Quando a palavra é reduzida para apenas uma parte de sua
Elas podem se classicar de dez maneiras diferentes: totalidade, passando a exisr como uma palavra autônoma. Ex:
• Integrantes
Integrantes:: usadas para introduzir as orações subordina- foto (fotograa) / PUC (Poncia Universidade Católica).
das substanvas, denidas pelas palavras que e se.
• Causais
Causais:: porque
porque,, que, como. Hibridismo
• Concessivas
Concessivas:: embora, ainda que, se bem que. Quando há junção de palavras simples ou radicais advindos
• Condicionais
Condicionais:: e, caso, desde que. de línguas disntas. Ex: sociologia (socio – lam + logia – grego)
gr ego) /
• Conformavas: conforme, segundo, consoante. binóculo (bi – grego + oculus – lam).
• Comparavas: como, tal como, assim como.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Combinação Há, ainda, situações em que o uso da crase é facultavo
Quando ocorre junção de partes de outras palavras simples • Pronomes possessivos femininos: Dei um picolé a minha
ou radicais. Ex: portun
portunhol
hol (português + espanhol) / aborrecente lha. / Dei um
u m picolé
picol é à minha
min ha lha.
lh a.
(aborrecer + adolescente). • Depois da palavra “até”: Levei minha avó até a feira. / Levei
minha avó até à feira.
Intensicação • Nomes próprios femininos (desde que não seja especi -
Quando há a criação de uma nova palavra a parr do alarga-
alarga - cado): Enviei o convite a Ana. / Enviei o convite à Ana. / Enviei o
mento do suxo de uma palavra existente. Normalmente é feita convite à Ana da faculdade.
adicionando o suxo -izar. Ex: inicializar (em vez de iniciar) / pro- DICA: Como a crase só ocorre em palavras no feminino, em
tocolizar (em vez de protocolar). caso de dúvida, basta substuir por uma palavra equivalente no
masculino. Se aparecer “ao”, deve-se usar a crase: Amanhã ire-
Neologismo mos à escola / Amanhã iremos ao colégio.
Quando novas palavras surgem devido à necessidade do fa-
lante em contextos especícos, podendo ser temporárias ou per- per-
manentes. Existem três pos principais de neologismos:
• Neologismo semânco: atribui-se novo signicado a uma SINTAXE
palavra já existente. Ex: amarelar (desisr) / mico (vergonha)
• Neologismo sintáco: ocorre a combinação de elementos
já existen
existentes
tes no léxico
l éxico da língua.
lí ngua. Ex: dar um bolo (não compare- A sintaxe estuda o conjunto das relações que as palavras
cer ao compromisso) / dar a volta por cima (superar). estabelecem entre si. Dessa maneira, é preciso car atento aos
• Neologismo lexical: criação de uma nova palavra, que tem enunciados e suas unidades: frase, oração e período.
período.
um novo conceito. Ex: deletar (apagar) / escanear (digitalizar) Frase é qualquer palavra ou conjunto de palavras ordenadas
que apresenta sendo completo em um contexto de comunica-
comunica-
Onomatopeia ção e interação verbal. A frase nominal é aquela que não contém
Quando uma palavra é formada a parr da reprodução apro-
apro- verbo. Já a frase verbal apresenta um ou mais verbos (locução
ximada do seu som. Ex: atchim; zum-zum; que-taque. verbal).
Oração é um enunciado organizado em torno de um único
verbo ou locução verbal, de modo que estes passam a ser o nú-
USO DO SINAL DE CRASE cleo da oração. Assim, o predicavo é obrigatório, enquanto o
sujeito é opcional.
Crase é o nome dado à contração de duas letras “A” em uma Período é uma unidade sintáca, de modo que seu enun -
só: preposição “a” + argo “a” em palavras femininas. Ela é de- ciado é organizado por uma oração (período simples) ou mais
marcada com o uso do acento grave (à), de modo que crase não é orações (período composto). Eles são iniciados com letras maiús-
considerada um acento em si, mas sim o fenômeno dessa fusão. culas e nalizados com a pontuação adequada.
Veja, abaixo, as principais situações em que será correto o
emprego da crase:
crase: Análise sintáca
• Palavras femininas: Peça o material emprestado àquela A análise sintáca serve para estudar a estrutura de um pe-
pe -
aluna. ríodo e de suas orações. Os termos da oração se dividem entre:
• Indicação de horas, em casos de horas denidas e especi-
especi - • Essenciais (ou fundamentais):
fundamentais): sujeito e predicado
cadas: Chegaremos em Belo Horizonte às 7 horas. • Integrantes:
Integrantes: completam o sendo (complementos verbais
• Locuções preposivas: A aluna foi aprova
aprovada
da à custa de e nominais, agentes da passiva)
muito estresse. • Acessórios:
Acessórios: função secundária (adjuntos adnominais e ad-
• Locuções conjunvas: À medida
medid a que crescemo
crescemoss vamos
vamo s dei-
dei - verbiais, apostos)
xando de lado
lad o a capacida
ca pacidade
de de imagina
imaginar.
r.
• Locuções adverbiais de tempo, modo e lugar: Vire na pró- Termos essenciais da oração
xima à esquerd
esquerda.a. Os termos essenciais da oração são o sujeito e o predicado.
O sujeito é aquele sobre quem diz o resto da oração, enquanto
Veja, agora, as principais situações em que não se aplica a o predicado é a parte que dá alguma informação sobre o sujeito,
crase::
crase logo, onde o verbo está presente.
• Palavras masculinas: Ela prefere passear a pé.
• Palavras repedas (mesmo quando no feminino): Melhor O sujeito é classicado em determinado (facilmente iden-
iden-
termos uma reunião frente a frente. cável, podendo ser simples, composto ou implícito) e indetermi-
• Antes de verbo: Gostaria de aprender a pintar. nado,, podendo, ainda, haver a oração sem sujeito (a mensagem
nado
• Expressões que sugerem distância ou futuro: A médica
médi ca vai
v ai se concentra no verbo impessoal):
te atender daqui a pouco. Lúcio dormiu cedo.
• Dia de semana (a menos que seja um dia denido): De ter- Aluga-se
Aluga- se casa
cas a para réveillon
réveillon..
ça a sexta. / Fecharemos às segundas-feiras. Choveu bastante em janeiro.
• Antes de numeral (exceto horas denidas): A casa
c asa da vizi-
nha ca a 50 metros da esquina. Quando o sujeito aparece no início da oração, dá-se o nome
de sujeito direto.
direto. Se aparecer depois do predicado, é o caso de
sujeito inverso. Há, ainda, a possibilidade de o sujeito aparecer
no meio da oração:

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LÍNGUA PORTUGUESA
Lívia se esqueceu da reunião pela manhã.
Esqueceu-se da reunião pela manhã, Lívia.
Da reunião pela manhã, Lívia se esqueceu.

Os predicados se classicam em: predicado verbal (núcleo do predicado é um verbo que indica ação, podendo ser transivo, in-
in-
transivo ou de ligação); predicado nominal (núcleo da oração é um nome, isto é, substanvo ou adjevo); predicado verbo-nominal
(apresenta um predicavo do sujeito, além de uma ação mais uma qualidade sua)
As crianças
cri anças brinca
brincaram
ram no salão de festas.
fest as.
Mariana é inteligente.
Os jogadores venceram a parda. Por isso, estavam felizes.

Termos integrantes da oração


Os complementos verbais são classicados em objetos diretos (não preposicionados) e objetos indiretos (preposicionado).
A menina que possui
po ssui bolsa
b olsa vermelha
v ermelha me cumprimentou.
cumpr imentou.
O cão precisa de carinho.

Os complementos nominais podem ser substanvos, adjevos ou advérbios.


A mãe estava
es tava orgulho
o rgulhosa
sa de seus  lhos.
Carlos tem inveja de Eduardo.
Bárbara caminhou vagarosamente pelo bosque.

Os agentes da passiva são os termos que tem a função de pracar a ação expressa pelo verbo, quando este se encontra na voz
passiva. Costumam estar acompanhados pelas preposições “por” e “de”.
Os lhos foram movo de orgulho da mãe.
Eduardo foi alvo de inveja de Carlos.
O bosque foi caminhado vagarosamente por Bárbara.

Termos acessórios da oração


Os termos acessórios não sãos ão necessários para dar sendo à oração, funcionando como complementação da informação. Desse
modo, eles têm a função de caracterizar o sujeito, de determinar o substanvo ou de exprimir circunstância, podendo ser adjunto
adverbial (modicam o verbo, adjevo ou advérbio),
advérbio), adjunto adnominal (especica o substanvo, com função de adjevo) e aposto
(caracteriza o sujeito, especicando-o).
especicando-o).
Os irmãos brigam muito.
A brilhante
brilh ante aluna
a luna apresen
apresentou
tou uma bela pesquisa
pe squisa à banca.
ban ca.
Pelé, o rei do futebol, começou sua carreira no Santos.

Tipos de Orações
Levando em consideração o que foi aprendido anteriormente sobre oração, vamos aprender sobre os dois pos de oração que
existem na língua portuguesa: oração coordenada e oração subordinada.
subordinada.

Orações coordenadas
São aquelas que não dependem sintacamente uma da outra, ligando-se apenas pelo sendo. Elas aparecem quando há um pe-
pe-
ríodo composto, sendo conectadas por meio do uso de conjunções ( sindécas), ou por meio da vírgula ( assindécas).
No caso das orações coordenadas sindécas, a classicação depende do sendo entre as orações, representado por um grupo
de conjunções adequadas:

C L A S S I F I C A Ç ÃO C ARAC T E RÍ ST I C A S C O NJU N Ç ÕE S
ADITIVAS Adição da ideia apresentada na oração anterior e, nem, também, bem como, não só, tanto...
Oposição à ideia apresentada na oração anterior (inicia
ADVERSATIVAS mas, porém, todavia, entretanto
entretanto,, contudo...
com vírgula)
Opção / alternância em relação à ideia apresentada na
ALTERNATIVAS ou, já, ora, quer
quer,, seja...
oração anterior
CONCLUSIVAS Conclusão da ideia apresentada na oração anterior logo, pois, portanto, assim, por isso, com isso...
EXPLICATIVAS Explicação
Explicação da ideia apresentada na oração anterior que, porque, porquanto, pois, ou seja...

Orações subordinadas
São aquelas que dependem sintacamente em relação à oração principal. Elas aparecem quando o período é composto por duas
ou mais orações.
A classicação das orações subordinadas se dá por meio de sua função: orações subordinadas substanvas, quando fazem o
papel de substanvo da oração; orações subordinadas adjevas, quando modicam o substanvo, exercendo a função do adjevo;
orações subordinadas adverbiais,
adverbiais, quando modicam o advérbio.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Cada uma dessas sofre uma segunda classicação, como pode ser observado nos quadros abaixo.

S U B OR DI NADAS S U B STA NTI VAS F U N Ç ÃO E X E MP LO S


APOSITIVA aposto Esse era meu receio: que ela não discursasse outra vez.
COMPLETIVA NOMINAL complemento nominal Tenho medo de que ela não discurse novamente.
OBJETIVA DIRETA objeto direto Ele me perguntou se ela discursaria outra vez.
OBJETIVA INDIRETA objeto indireto Necessito de que você discurse de novo.
PREDICATIVA predicavo Meu medo é que ela não discurse novamente.
SUBJETIVA sujeito É possível que ela discurse outra vez.

SUBORDINADAS
C A R AC T E R Í S T I C A S E X E M P LO S
ADJETIVAS
Esclarece algum detalhe, adicionando uma informa-
O candidato, que é do pardo socialista, está sen-
EXPLICATIVAS ção.
do atacado.
Aparece sempre separado por vírgulas.
Restringe e dene o sujeito a que se refere.
As pessoas que são racistas precisam rever seus
RESTRITIVAS Não deve ser rerado sem alterar o sendo.
valores.
Não pode ser separado por vírgula.
Introduzidas por conjunções, pronomes e locuções
conjunvas. Ele foi o primeiro presidente que se preocupou
DESENVOLVIDAS
Apresentam verbo nos modos indicavo ou subjun-
subjun- com a fome no país.
vo.
Não são introduzidas por pronomes, conjunções
REDUZIDAS sou locuções conjunvas. Assis ao documentário denunciando a corrup-
Apresentam o verbo nos modos parcípio, gerúndio ção.
ou innivo

S U B O R D I N A DA S A DV E R B I A I S F U NÇ ÃO P RI NC I PA I S C O NJ UN Ç ÕE S
CAUSAIS Ideia de causa, movo, razão de efeito porque, visto que, já que, como...
COMPARATIVAS Ideia de comparação como, tanto quanto, (mais / menos) que, do que...
CONCESSIVAS Ideia de contradição embora, ainda que, se bem que, mesmo...
CONDICIONAIS Ideia de condição caso, se, desde que, contanto que, a menos que...
CONFORMATIVAS Ideia de conformidad
conformidadee como, conforme, segundo...
CONSECUTIVAS Ideia de consequência De modo que, (tal / tão / tanto) que...
FINAIS Ideia de nalidade que, para que, a m de que...
quanto mais / menos... mais /menos, à medida
PROPORCIONAIS Ideia de proporção
que, na medida em que, à proporção que...
TEMPORAIS Ideia de momento quando, depois que, logo que, antes que...

PONTUAÇÃO

Os sinais de pontuação são recursos grácos que se encontram na linguagem escrita, e suas funções são demarcar unidades e
sinalizar limites de estruturas sintácas. É também usado como um recurso eslísco, contribuindo para a coerência e a coesão dos
textos.
São eles: o ponto (.), a vírgula (,), o ponto e vírgula (;), os dois pontos (:), o ponto de exclamação (!), o ponto de interrogação (?),
as recências (...), as aspas (“”), os parênteses ( ( ) ), o travessão (—), a meia-risca (–), o apóstrofo (‘), o asterisco (*), o hífen (-), o
colchetes ([]) e a barra (/).

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LÍNGUA PORTUGUESA
Conra, no quadro a seguir, os principais sinais de pontuação e suas regras de uso.

SI N AL NO ME U SO E X E M P LO S
Indicar nal da frase declarava Meu nome é Pedro.
. Ponto Separar períodos Fica mais. Ainda está cedo
Abreviar palavras Sra.
A princesa disse:
Iniciar fala de personagem
- Eu consigo sozinha.
Antes de aposto ou orações aposivas, enumerações
Esse é o problema da pandemia: as
: Dois-pontos ou sequência de palavras para resumir / explicar ideias
apresentadas anteriormente pessoas não respeitam a quarentena.
Como diz o ditado: “olho por olho,
Antes de citação direta
dente por dente”.
Indicar hesitação
Sabe... não está sendo fácil...
... Recências Interromper uma frase
Quem sabe depois...
Concluir com a intenção de estender a reexão
Isolar palavras e datas A Semana de Arte Moderna (1922)
() Parênteses Frases intercaladas na função explicava (podem substuir Eu estava cansada (trabalhar e estudar
vírgula e travessão) é puxado).
Indicar expressão de emoção Que absurdo!
Ponto de
! Final de frase imperava Estude para a prova!
Exclamação
Após interjeição Ufa!
Ponto de
? Em perguntas diretas Que horas ela volta?
Interrogação
A professora disse:
Iniciar fala do personagem do discurso direto e indicar — Boas férias!
— Travessão mudança de interloculor no diálogo — Obrigado, professora.
Substuir vírgula em expressões ou frases explicavas
explicavas O corona vírus — Covid-19 — ainda
está sendo estudado.

Vírgula
A vírgula é um sinal de pontuação com muitas funções, usada para marcar uma pausa no enunciado. Veja, a seguir, as principais
regras de uso obrigatório da vírgula.
• Separar termos coordenados: Fui à feira e comprei abacate, mamão, manga, morango e abacaxi.
• Separar aposto (termo explicavo): Belo Horizonte, capital mineira, só tem uma linha de metrô.
• Isolar vocavo: Boa tarde, Maria.
• Isolar expressões que indicam circunstâncias adverbiais (modo, lugar, tempo etc): Todos os moradores, calmamente, deixaram
o prédio.
• Isolar termos explicavos: A educação,
educ ação, a meu ver, é a solução
solu ção de
d e vários
vário s problemas
pro blemas sociais.
s ociais.
• Separar conjunções intercaladas, e antes dos conecvos “mas”, “porém”, “pois”, “contudo”, “logo”: A menina
men ina acordo
acordouu cedo,
c edo,
mas não conseguiu chegar a tempo na escola
escola.. Não explicou, porém, o movo para a professora.
• Separar o conteúdo pleonásco: A ela, nada mais abala.
ab ala.

No caso da vírgula, é importante saber que, em alguns casos, ela não deve ser usada.
us ada. Assim, não há vírgula para separar:

• Sujeito de predicado.
• Objeto de verbo.
• Adjunto adnominal de nome.
• Complemento nominal de nome.
• Predicavo do objeto do objeto.
• Oração principal da subordinada substanva.
• Termos coordenados ligados por “e”, “ou”, “nem”.

CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL

Concordância é o efeito gramacal causado por uma relação harmônica entre dois ou mais termos. Desse modo, ela pode ser
verbal — refere-se ao verbo em relação ao sujeito — ou nominal — refere-se ao substanvo e suas formas relacionadas.
• Concordância em gênero: exão em masculino e feminino
• Concordância em número: exão em singular e plural
• Concordância em pessoa: 1ª, 2ª e 3ª pessoa

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LÍNGUA PORTUGUESA
Concordância nominal
Para que a concordância nominal esteja adequada, adjevos, argos, pronomes e numerais devem exionar em número e gêne -
ro,, de acordo com o substanvo. Há algumas regras principais que ajudam na hora de empregar a concordância, mas é preciso estar
ro
atento, também, aos casos especícos.
Quando há dois ou mais adjevos para apenas um substanvo, o substanvo permanece no singular se houver um argo entre
os adjevos. Caso contrário, o substanvo
s ubstanvo deve estar no plural:
• A comida
comid a mexicana
mexica na e a japone
japonesa.
sa. / As comidas
comid as mexicana
mexica na e japone
japonesa.
sa.

Quando há dois ou mais substanvos para apenas um adjevo, a concordância depende da posição de cada um deles. Se o adje-
adje -
vo vem antes dos substanvos, o adjevo deve concordar com o substanvo mais próximo:
pr óximo:
• Linda casa e bairro.
Se o adjevo vem depois dos substanvos, ele pode concordar tanto com o substanvo mais próximo, ou com todos os substan-
substan -
vos (sendo usado no plural):
• Casa e apartamento arrumado. / Apartamento e casa
cas a arrumada.
• Casa e apartamento arrumados. / Apartamento e casa
ca sa arrumados.

Quando há a modicação de dois ou mais nomes próprios ou de parentesco, os adjevos devem ser exionados no plural:
• As talentosa
ta lentosass Clarice
Clar ice Lispector
Lisp ector e Lygia Fagun
Fagundes
des Telles
Tel les estão
est ão entre
ent re os melhores escrito
escritores
res brasileiros
bra sileiros..

Quando o adjevo assume função de predicavo de um sujeito ou objeto, ele deve ser exionado no plural caso o sujeito ou
objeto seja ocupado por dois substanvos ou mais:
• O operário e sua família estavam preocupados com as consequências do acidente.

CASOS ESPECÍFICOS REGRA EXEMPLO


É PROIBIDO Deve concordar com o substanvo quando há presença
É PERMITIDO de um argo. Se não houver essa determinação, deve ÉÉ proibido
proibida entrada.
a entrada.
É NECESSÁRIO permanecer no singular e no masculino.
Mulheres dizem “obrigada” Homens dizem
OBRIGADO / OBRIGADA Deve concordar com a pessoa que fala.
“obrigado”.
As bastantes crianças caram doentes com a
volta às aulas.
Quando tem função de adjevo para um substanvo,
Bastante criança cou doente com a volta às
BASTANTE concorda em número com o substanvo.
aulas.
Quando tem função de advérbio, permanece invariável.
O prefeito considerou bastante a respeito da
suspensão das aulas.
É sempre invariável, ou seja, a palavra “menas” não Havia menos mulheres que homens na la para
MENOS
existe na língua portuguesa. a festa.
As crianças mesmas limparam
limparam a sala depois
depois da
MESMO Devem concordar em gênero e número com a pessoa a
aula.
PRÓPRIO que fazem referência.
Eles próprios sugeriram o tema da formatura.
Quando tem função de numeral adjevo, deve
concordar com o substanvo. Adicione meia xícara
xícara de leite.
MEIO / MEIA
Quando tem função de advérbio, modicando um Manuela é meio arsta, além de ser engenheira.
adjevo, o termo é invariável.
Segue anexo o orçamento.
Seguem anexas as informações adicionais
ANEXO INCLUSO Devem concordar com o substanvo a que se referem.
As professoras estão inclusas na greve.
greve.
O material está incluso no valor da mensalidade.

Concordância verbal
Para que a concordância verbal esteja adequada, é preciso haver exão do verbo em número e pessoa , a depender do sujeito
com o qual ele se relaciona.

Quando o sujeito composto é colocado anterior ao verbo, o verbo cará no plural:


• A menina
menin a e seu irmão viajara
v iajaram
m para a praia
pra ia nas férias escola
escolares.
res.

Mas, se o sujeito composto aparece depois do verbo, o verbo pode tanto car no plural quanto concordar com o sujeito mais
próximo:
• Discuram marido e mulher. / Discuu marido e mulher.

23
LÍNGUA PORTUGUESA
Se o sujeito composto for formado por pessoas gramacais
diferentes, o verbo deve car no plural e concordando com a pes-
pes -
EXERCÍCIOS
soa que tem prioridade, a nível gramacal — 1ª pessoa (eu, nós)
tem prioridade em relação à 2ª (tu, vós); a 2ª tem prioridade em 1. (FMPA – MG)
relação à 3ª (ele, eles): Assinale o item em que a palavra destacada está incorreta-
• Eu e vós vamos à festa. mente aplicada:
(A) Trouxeram-me um ramalhete de ores fragrantes.
Quando o sujeito apresenta uma expressão parva (sugere (B) A jusça inigiu pena merecida aos desordeiros.
“parte de algo”), seguida de substanvo ou pronome no plural, o (C) Promoveram uma festa beneciente para a creche.
verbo pode car tanto no singular
s ingular quanto no plural: (D) Devemos ser eis aos cumprimentos do dever.
• A maioria
maior ia dos alunos não se
s e preparou
prepa rou para
pa ra o simulado
simulado.. / A (E) A cessão de terras compete ao Estado.
maioria dos alunos não se prepararam para o simulado.
2. (UEPB – 2010)
Quando o sujeito apresenta uma porcentagem
porcentagem,, deve concor- Um debate sobre a diversidade na escola reuniu alguns, dos
maiores nomes da educação mundial na atualidade.
dar com o valor da expressão. No entanto, quanto seguida de
um substanvo (expressão parva), o verbo poderá concordar
Carlos Alberto Torres
tanto com o numeral quanto com o substanvo: 1
O tema da diversidade tem a ver com o tema idendade.
• 27% deixaram de ir às urnas ano passado. / 1% dos eleito-
Portanto, 2quando você discute diversidade, um tema que cabe
res votou nulo / 1% dos eleitores votaram nulo.
muito no 3pensamento pós-modernista, está discundo o tema
da 4diversidade não só em ideias contrapostas, mas também em
Quando o sujeito apresenta alguma expressão que indique 5
idendades que se mexem, que se juntam em uma só pessoa. E
quandade aproximada, o verbo concorda com o substanvo 6
este é um processo de aprendizagem. Uma segunda armação
que segue a expressão: é 7que a diversidade está relacionada com a questão da educa-
• Cerca de duzentas mil pessoas compareceram à manifesta- ção 8e do poder. Se a diversidade fosse a simples descrição 9de-
ção. / Mais de um aluno cou abaixo da média na prova. mográca da realidade e a realidade fosse uma boa arculação
10
dessa descrição demográca em termos de constante arcula-
arcula -
11
Quando
pre na o sujeito
terceira pessoaédo
indeterminado
indeterminado,
singular: , o verbo deve estar sem- ção
12 democráca,
diversidade neste você não senria
instante. muito
Há o termo a presença
diversidade do tema
porque há
• Precisa-se de balconistas. / Precisa-se de balconista. 13
uma diversidade que implica o uso e o abuso de poder, de uma
14
perspecva éca, religiosa, de raça, de classe.
Quando o sujeito é colevo, o verbo permanece no singular, […]
concordando com o colevo parvo:
• A muldão
mul dão delirou com a entrada
en trada triunf
triunfal
al dos
d os arst
arstas.
as. / A Rosa Maria Torres
malha cansou depois de tanto puxar o trenó. 15
O tema da diversidade, como tantos outros, hoje em dia,
abre 16muitas versões possíveis de projeto educavo e de projeto
projet o
Quando não existe sujeito na oração,
oração, o verbo ca na terceira
17
políco e social. É uma bandeira pela qual temos que reivindi -
pessoa do singular (impessoal): car, 18e pela qual temos reivindicado há muitos anos, a necessida-
• Faz chuva hoje de 19de reconhecer que há disnções, grupos, valores disntos,
e 20que a escola deve adequar-se às necessidades de cada grupo.
Quando o pronome relavo “que” atua como sujeito, o ver-
21
Porém, o tema da diversidade também pode dar lugar a uma
bo deverá concordar em número e pessoa com o termo da ora-
22
série de coisas indesejadas.
ção principal ao qual o pronome faz referência: […]
• Foi Maria que arrumou a casa. Adaptado da Revista Páo, Diversidade na educação: limi-

tes eDopossibilidades.
enunciado “OAno
temaV, da
nº diversidade
20, fev./abr.tem
2002, p. 29.
a ver com o tema
Quando o sujeito da oração é o pronome relavo “quem”,
idendade.” (ref. 1), pode-se inferir que
o verbo pode concordar tanto com o antecedente do pronome
I – “Diversidade e idendade” fazem parte do mesmo campo
quanto com o próprio nome, na 3ª pessoa do singular: semânco, sendo a palavra “idendade” considerada um hiperô hiperô--
• Fui eu quem arrumei a casa. / Fui eu quem arrumou a casa. nimo, em relação à “diversidade”.
II – há uma relação de intercomplementariedade entre “di- “di -
Quando o pronome indenido ou interrogavo, atuando versidade e idendade”, em função do efeito de sendo que se
como sujeito, esver no singular, o verbo deve car na 3ª pessoa instaura no paradigma argumentavo do enunciado.
enunciado.
do singular: III – a expressão “tem a ver” pode ser considerada de uso
• Nenhum de nós merece adoecer. coloquial e indica nesse contexto um vínculo temáco entre “di- “di -
versidade e idendade”.
Quando houver um substanvo que apresenta forma plural,
porém com sendo singular, o verbo deve permanecer no singu-
singu- Marque a alternava abaixo que apresenta a(s) proposi-
proposi -
lar. Exceto caso o substanvo vier precedido por determinante:
deter minante: ção(ões) verdadeira(s).
• Férias é indispensável para qualquer pessoa. / Meus óculos
ócu los (A) I, apenas
sumiram. (B) II e III
(C) III, apenas
(D) II, apenas
(E) I e II

24
LÍNGUA PORTUGUESA
3. (UNIFOR CE – 2006) Quando meditava sobre algum problema terrível – pois na
Dia desses, por alguns momentos, a cidade parou. As televi- pré-adolescência sempre temos problemas terríveis –, eu tenta-
sões hipnozaram os espectadores que assisram, sem
s em piscar, ao va me libertar da coisa rependo em voz alta: “Qüeqüi Güegüi”.
resgate de uma mãe e de uma lha. Seu automóvel caíra em um Se numa prova de Matemáca eu não conseguia me lembrar de
rio. Assis ao evento em um local público. Ao acabar o nociário, uma fórmula, lá vinham as palavras mágicas.
o silêncio em volta do aparelho se desfez e as pessoas retoma- Um desses problemas terríveis, uma namorada, ouvindo mi-
ram as suas ocupações habituais. Os celulares recomeçaram a nha evocação, quis saber o que era esse tal de Qüeqüi Güegüi.
tocar. Perguntei-me: indiferença? Se tomarmos a denição ao pé – Você nunca ouviu
o uviu falar
f alar nele?
ne le? – pergunt
p erguntei.
ei.
da letra, indiferença é sinônimo de desdém, de insensibilidade, – Ainda
Aind a não fomos
f omos apresen
apresentados
tados – ela disse.
de apaa e de negligência. Mas podemos considerá-la também – É o abominável
ab ominável monstr
monstro o ortográ
or tográco
co – z uma
u ma falsa
fa lsa voz
v oz de
de
uma forma de cecismo e desinteresse, um “estado sico que terror.
não apresenta nada de parcular”; enm, explica o Aurélio, uma – E ele
el e faz o quê?
atude de neutralidade. – Atrapalha
Atr apalha a gente na hora
hor a de escrever
e screver..
Conclusão? Impassíveis diante da emoção, imperturbáveis Ela riu e se desinteressou do assunto. Provavelmente não sa-
diante da paixão, imunes à angúsa, vamos hoje burilando nos- nos - bia usar trema nem se lembrava da regrinha.
sa indiferença. Não nos indignamos mais! À distância de tudo, Aos poucos, eu me habituei a colocar as letras e os sinais no
seguimos surdos ao barulho do mundo lá fora. Dos movimentos lugar certo. Como essa aprendizagem foi demorada, não sei se
de massa “quentes” (lembram-se do “Diretas Já”?) onde nos fun-fun - conseguirei escrever de outra forma – agora que teremos novas
díamos na igualdade, passamos aos gestos frios, nos quais indife- regras. Por isso, peço desde já que perdoem meus futuros erros,
rença e distância são fenômenos inseparáveis. Neles, apesar de que servirão ao menos para determinar minha idade.
iguais, somos estrangeiros ao desno de nossos semelhantes. […] – Esse aí é do
d o tempo
temp o do trema.”
(Mary Del Priore. Histórias do codiano. São Paulo: Contex-
Contex -
to, 2001. p.68) Assinale a alternava correta.
(A) As expressões “monstro ortográco” e “abominável mons-
mons-
Dentre todos os sinônimos apresentados no texto para o vo- tro ortográco” mantêm uma relação hiperonímica entre si.
cábulo indiferença, o que melhor se aplica a ele, considerando-se (B) Em “– Atrapalha a gente na hora de escrever”, conforme a
norma culta do português, a palavra “gente” pode ser substu-
substu-
o contexto, é
(A) cecismo. ída por “nós”.
(B) desdém. (C) A frase “Fui-me obrigando a escrever minimamente do jeito
(C) apaa. correto”,, o emprego do pronome oblíquo átono está correto de
correto”
(D) desinteresse. acordo com a norma culta da língua portuguesa.
(E) negligência. (D) De acordo com as explicações do autor, as palavras pregüiça
e tranqüilo não serão mais grafadas com o trema.
4. (CASAN – 2015) Observe as sentenças. (E) A palavra “evocação”
“evocação” (3° parágrafo) pode ser substuída no
I. Com medo do escuro, a criança ascendeu a luz. texto por “recordação”, mas haverá alteração de sendo.
II. É melhor deixares a vida uir num ritmo tranquilo.
III. O tráco nas grandes cidades torna-se cada dia mais dicil 6. (FMU) Leia as expressões destacadas na seguinte passa-
para os carros e os pedestres. gem: “E comecei a senr falta das pequenas brigas por causa do
tempero na salada – o meu jeito de querer bem.”
bem .”
Assinale a alternava correta quanto ao uso adequado de Tais expressões exercem, respecvamente, a função sintá-
sintá-
homônimos e parônimos. ca de:
(A) objeto indireto e aposto
(A) I e III. (B) objeto indireto e predicavo do sujeito
(B) II e III. (C)
(D) complemento
complemento nominal
nominal ee adjunto
aposto adverbial de modo
(C) II apenas.
(D) Todas incorretas. (E) adjunto adnominal e adjunto adverbial de modo
5. (UFMS – 2009)
Leia o argo abaixo, intulado “Uma questão de tempo”, de 7. (PUC-SP) Dê a função sintáca do termo destacado em:
Miguel Sanches Neto, extraído da Revista Nova Escola Online, em “Depressa esqueci o Quincas Borba”.
30/09/08. Em seguida, responda. (A) objeto direto
“Demorei para aprender ortograa. E essa aprendizagem (B) sujeito
contou com a ajuda dos editores de texto, no computador. Quan- (C) agente da passiva
do eu comea uma infração, pequena ou grande, o programa gri-gri - (D) adjunto adverbial
fava em vermelho meu deslize. Fui assim me obrigando a escre- (E) aposto
ver minimamente do jeito correto.
Mas de meu tempo de escola trago uma grande descoberta, 8. (MACK-SP) Aponte a alternava que expressa a função
a do monstro ortográco. O nome dele era Qüeqüi Güegüi. Sim, sintáca do termo destacado: “Parece enfermo
enfermo,, seu irmão”.
esse animal exisu de fato. A professora de Português nos disse (A) Sujeito
que devíamos usar trema nas sílabas qüe, qüi, güe e güi quando (B) Objeto direto
(C) Predicavo do sujeito
o u é pronunciado.
enigmáca Fiquei com essa expressão tão sonora quanto
na cabeça. (D) Adjunto adverbial
(E) Adjunto adnominal

25
LÍNGUA PORTUGUESA
9. (OSEC-SP) “Ninguém parecia disposto ao trabalho naque- 15. (UEMG) “De repente chegou o dia dos meus setenta
la manhã de segunda-feira”.
segunda-feira”. anos.
(A) Predicavo Fiquei entre surpresa e diverda, setenta, eu? Mas tudo pa-
pa -
(B) Complemento nominal rece ter sido ontem! No século em que a maioria quer ter vinte
(C) Objeto indireto anos (trinta a gente ainda aguenta), eu estava fazendo setenta.
(D) Adjunto adverbial Pior: duvidando disso, pois ainda escutava em mim as risadas da
(E) Adjunto adnominal menina que queria correr nas lajes do páo quando chovia, que
pescava lambaris com o pai no laguinho, que chorava em lme
10. (MACK-SP) “Não se fazem motocicletas como anga-
anga- do Gordo e Magro, quando a mãe a levava à manê. (Eu chorava
mente”. O termo destacado funciona como: alto com pena dos dois, a mãe cava furiosa.)
(A) Objeto indireto A menina que levava casgo na escola porque ria fora de
(B) Objeto direto hora, porque se distraía olhando o céu e nuvens pela janela em
(C) Adjunto adnominal lugar de prestar atenção, porque devagarinho empurrava o es-
(D) Vocavo tojo de lápis até a beira da mesa, e deixava cair com estrondo
(E) Sujeito sabendo que os meninos, mais que as meninas, se botariam de
quatro catando lápis, canetas, borracha – as tediosas regras de
11. (UFRJ) Esparadrapo ordem e quietude seriam rompidas mais uma vez.
Há palavras que parecem exatamente o que querem dizer. “Es-
“Es- Fazendo a toda hora perguntas loucas, ela aborrecia os pro-
paradrapo”, por exemplo. Quem quebrou a cara ca mesmo com cara fessores e divera a turma: apenas porque não queria ser dife-
dife-
de esparadrapo. No entanto, há outras, aliás de nobre sendo, que rente, queria ser amada, queria ser natural, não queria que sou-
parecem estar insinuando outra coisa. Por exemplo, “incunábulo*”. bessem que ela, doze anos, além de histórias em quadrinhos e
QUINTANA, Mário. Da preguiça como método de trabalho. novelinhas açucaradas, lia teatro grego – sem entender – e acha-
Rio de Janeiro, Globo. 1987. p. 83. va emocionante.
*Incunábulo: [do lat. Incunabulu; berço]. Adj. 1- Diz-se do (E até do futuro namorado, aos quinze anos, esconderia isso.)
livro impresso até o ano de 1500./ S.m. 2 – Começo, origem. O meu aniversário: primeiro pensei numa grande celebra-
ção, eu que sou avessa a badalações e gosto de grupos bem pe-
A locução “No entanto” tem importante papel na estrutura
do texto. Sua função resume-se em: quenos. Logo
tempo! Mas me
pensei, setenta
dei conta devale
que ahoje
pena! Analé já
setenta é bastante
quase banal,
(A) ligar duas orações que querem dizer exatamente a mesma
muita gente com oitenta ainda está avo e presente.
coisa.
(B) separar acontecimentos que se sucedem cronologicamente. Decidi apenas reunir lhos e amigos mais chegados (tarefa
(C) ligar duas observações contrárias acerca do mesmo assunto. dicil, escolher), e deixar aquela festona para outra década.”
(D) apresentar uma alternava para a primeira ideia expressa. LUFT, 2014, p.104-105
(E) introduzir uma conclusão após os argumentos apresentados.
Leia atentamente a oração destacada no período a seguir:
12. (IBFC – 2013) Leia as sentenças: “(...) pois ainda escutava em mim as risadas da menina que
queria correr nas lajes do páo (...)”
É preciso que ela se encante por mim!
Chegou à conclusão de que saiu no prejuízo. Assinale a alternava em que a oração em negrito e subli-
subli-
nhada apresenta a mesma classicação sintáca da destacada
Assinale abaixo a alternava que classica, correta e respec-
respec- acima.
vamente, as orações subordinadas substanvas (O.S.S.) desta-
desta- (A) “A menina que levava casgo na escola porque ria fora de
cadas: hora (...)”
(A) O.S.S. objeva direta e O.S.S. objeva indireta. (B) “(...) e deixava cair com estrondo sabendo que os meninos,
(B) O.S.S. subjeva e O.S.S. compleva nominal mais que as meninas, se botariam de quatro catando lápis, cane-
(C) O.S.S. subjeva e O.S.S. objeva indireta. tas, borracha (...)”
(D) O.S.S. objeva direta e O.S.S.
O.S.S . compleva nominal. (C) “(...) não queria que soubessem que ela (...)”
(D) “Logo me dei conta de que hoje setenta é quase banal (...)”
13. (ADVISE-2013) Todos os enunciados abaixo correspon-
dem a orações subordinadas substanvas, exceto: 16. (FUNRIO – 2012) “Todos querem que nós
(A) Espero sinceramente isto: que vocês não faltem mais. ____________
______ _____________
________.”
_.”
(B) Desejo que ela volte.
(C) Gostaria de que todos me apoiassem. Apenas uma das alternavas completa coerente e adequada-
adequada-
(D) Tenho medo de que esses assessores me traiam. mente a frase acima. Assinale-a.
(E) Os jogadores que foram convocados apresentaram-se ontem. (A) deslando pelas passarelas internacionais.
(B) desista da ação contra aquele salafrário.
14. (PUC-SP) “Pode-se dizer que a tarefa é puramente
purament e formal.” (C) estejamos prontos em breve para o trabalho.
No texto acima temos uma oração destacada que é (D) recuperássemos a vaga de motorista da rma.
________e
______ __e um “se” que
q ue é . ________.
____ ____. (E) tentamos aquele emprego novamente.
(A) substanva objeva direta, parcula apassivadora
(B) substanva predicava, índice de indeterminação do sujeito
(C) relava, pronome reexivo
(D) substanva subjeva, parcula apassivadora
(E) adverbial consecuva, índice de indeterminação do sujeito

26
LÍNGUA PORTUGUESA
17. (ITA - 1997) Assinale a opção que completa corretamente 22. (FUVEST) Assinale a alternava que preenche correta-
correta-
as lacunas do texto a seguir: mente as lacunas correspondentes.
“Todas as amigas estavam _______________ ansiosas A arma ___ se feriu desapareceu.
_____________
______ _________ __ ler os jornais,
jornai s, pois foram informadas
inf ormadas de que as Estas são as pessoas ___ lhe falei.
crícas foram ______________ indulgentes ______________ ra- ra - Aqui está a foto ___ me referi.
paz, o qual, embora vesse mais apdão _______________ ciên- ciên- Encontrei um amigo de infância ___ nome não me lembrava.
cias exatas, demonstrava uma certa propensão _______________ Passamos por uma fazenda ___ se criam búfalos.
arte.”
(A) meio - para - bastante - para com o - para - para a (A) que, de que, à que, cujo, que.
(B) muito - em - bastante - com o - nas - em (B) com que, que, a que, cujo qual, onde.
(C) bastante - por - meias - ao - a - à (C) com que, das quais, a que, de cujo, onde.
(D) meias - para - muito - pelo - em - por (D) com a qual, de que, que, do qual, onde.
(E) bem - por - meio - para o - pelas – na (E) que, cujas, as quais, do cujo, na cuja.

18. (Mackenzie) Há uma concordância inaceitável de acordo 23. (FESP) Observe a regência verbal e assinale a opção falsa:
com a gramáca: (A) Avisaram-no que chegaríamos logo.
I - Os brasileiros somos todos eternos sonhadores. (B) Informei-lhe a nota obda.
II - Muito obrigadas! – disseram as moças. (C) Os motoristas irresponsáveis, em geral, não obedecem
III - Sr. Deputado, V. Exa. Está enganada. aos sinais de trânsito.
IV - A pobre senhora cou meio confusa. (D) Há bastante tempo que assismos em São Paulo.
V - São muito estudiosos os alunos e as alunas deste curso. (E) Muita gordura não implica saúde.

(A) em I e II 24. (IBGE) Assinale a opção em que todos os adjevos devem


(B) apenas em IV ser seguidos pela mesma preposição:
(C) apenas em III (A) ávido / bom / inconsequente
(D) em II, III e IV (B) indigno / odioso / perito

(E) apenas em II (C) leal


(D) / limpo/ /rico
orgulhoso oneroso
/ sedento
19. (CESCEM–SP) Já ___ anos, ___ neste local árvores e o-
o - (E) oposto / pálido / sábio
res. Hoje, só ___ ervas daninhas.
(A) fazem, havia, existe 25. (TRE-MG) Observe a regência dos verbos das frases rees-
r ees-
(B) fazem, havia, existe critas nos itens a seguir:
(C) fazem, haviam, existem I - Chamaremos os inimigos de hipócritas. Chamaremos aos
(D) faz, havia, existem inimigos de hipócritas;
(E) faz, havia, existe II - Informei-lhe o meu desprezo por tudo. Informei-lhe do
meu desprezo por tudo;
20. (IBGE) Indique a opção correta, no que se refere à con-
con - III - O funcionário esqueceu o importante acontecimento. O
cordância verbal, de acordo com a norma culta: funcionário esqueceu-se do importante acontecimento.
(A) Haviam muitos candidatos esperando a hora da prova.
(B) Choveu pedaços de granizo na serra gaúcha. A frase reescrita está com a regência correta em:
(C) Faz muitos anos que a equipe do IBGE não vem aqui. (A) I apenas
(D) Bateu três horas quando o entrevistador
entr evistador chegou. (B) II apenas
(E) Fui eu que abriu a porta para o agente do censo. (C) III apenas
(D) I e III apenas
21. (FUVEST – 2001) A única frase que NÃO apresenta des- des - (E) I, II e III
vio em relação à regência (nominal e verbal) recomendada pela
norma culta é: 26. (INSTITUTO AOCP/2017 – EBSERH) Assinale a alternava
(A) O governador insisa em armar que o assunto principal em que todas as palavras estão adequadamente grafadas.
seria “as grandes questões nacionais”, com o que discordavam (A) Silhueta, entretenimento, autoesma.
líderes pefelistas. (B) Rímo, silueta, cérebro, entretenimento.
(B) Enquanto Cuba monopolizava as atenções de um clube, do (C) Altoesma, entreterimento, memorização, silhueta.
qual nem sequer pediu para integrar, a situação dos outros paí- (D) Célebro, ansiedade, auto-esma, ritmo.
ses passou despercebida. (E) Memorização, anciedade, cérebro, ritmo.
(C) Em busca da realização pessoal, prossionais escolhem a dedo
aonde trabalhar, priorizando à empresas com atuação social.
(D) Uma família de sem-teto descobriu um sofá deixado por um
morador não muito consciente com a limpeza da cidade.
(E) O roteiro do lme oferece uma versão de como conseguimos
um dia preferir a estrada à casa, a paixão e o sonho à regra, a
aventura à repeção.

27
LÍNGUA PORTUGUESA
27. (ALTERNATIVE CONCURSOS/2016 – CÂMARA DE BANDEIRANTES-SC) Algumas palavras são usadas no nosso codiano de
forma incorreta, ou seja, estão em desacordo com a norma culta padrão. Todas as alternavas abaixo apresentam palavras escritas
erroneamente, exceto em:
(A) Na bandeija estavam as xícaras angas da vovó.
(B) É um privilégio estar aqui hoje.
(C) Fiz a sombrancelha no salão novo da cidade.
(D) A criança estava com desinteria.
(E) O bebedoro da escola estava estragado.

28. (SEDUC/SP – 2018) Preencha as lacunas das frases abaixo com “por que”, “porque”, “por quê” ou “porquê”. Depois, assinale
a alternava que apresenta a ordem correta, de cima para baixo, de classicação.
“____________ o céu é azul?”
“Meus pais chegaram atrasados, ____________ pegaram trânsito pelo caminho.”
“Gostaria muito de saber o ____________ de você ter faltado ao nosso encontro.”
“A Alemanha é considerada uma das grandes potências mundiais. ____________?”
(A) Porque – porquê – por que – Por quê
(B) Porque – porquê – por que – Por quê
(C) Por que – porque – porquê – Por quê
(D) Porquê – porque – por quê – Por que
(E) Por que – porque – por quê – Porquê

29. (CEITEC – 2012) Os vocábulos Emergir e Imergir são parônimos: empregar um pelo outro acarreta grave confusão no que se
quer expressar. Nas alternavas abaixo, só uma apresenta uma frase em que se respeita
r espeita o devido sendo dos vocábulos, selecionan-
selecionan-
do convenientemente o parônimo adequado à frase elaborada. Assinale-a.
(A) A descoberta do plano de conquista era eminente.
(B) O infrator foi preso em agrante.

(C)
(D) O
O candidato recebeu
metal delatou despensa
ao ser dasàduas
submedo alta úlmas provas.
temperatura.
(E) Os culpados espiam suas culpas na prisão.

30. (FMU) Assinale a alternava em que todas as palavras estão grafadas corretamente.
(A) paralisar, pesquisar, ironizar, deslizar
(B) alteza, empreza, francesa, miudeza
(C) cuscus, chimpazé, encharcar, encher
(D) incenso, abcesso, obsessão, luxação
(E) chineza, marquês, garrucha, meretriz

31. (VUNESP/2017 – TJ-SP) Assinale a alternava em que todas as palavras estão corretamente grafadas, considerando-se as
regras de acentuação da língua padrão.
(A) Remígio era homem de carater, o que surpreendeu D. Firmina, que aceitou o matrimônio de sua lha.
(B) O consôlo de Fadinha foi ver que Remígio queria desposa-la apesar de sua beleza ter ido embora depois da doença.
(C) Com a saúde de Fadinha compromeda, Remígio não conseguia se recompôr e viver tranquilo.
(D) Com o triúnfo do bem sobre o mal, Fadinha se recuperou, Remígio resolveu pedí-la em casamento.
(E) Fadinha não nha mágoa por não ser mais tão bela; agora, interessava-lhe viver no paraíso com Remígio.
32. (PUC-RJ) Aponte a opção em que as duas palavras são acentuadas devido à mesma regra:
(A) saí – dói
(B) relógio – própria
(C) só – sóis
(D) dá – custará
(E) até – pé

33. (UEPG ADAPTADA) Sobre a acentuação gráca das palavras agradável, automóvel e possív possível,
el, assinale o que for correto.
(A) Em razão de a letra L no nal das palavras transferir a tonicidade para a úlma sílaba, é necessário que se marque gracamen-
gracamen-
te a sílaba tônica das paroxítonas terminadas em L, se isso não fosse feito, poderiam ser lidas como palavras oxítonas.
(B) São acentuadas porque são proparoxítonas terminadas em L.
(C) São acentuadas porque são oxítonas terminadas em L.
(D) São acentuadas porque terminam em ditongo fonéco – eu.
(E) São acentuadas porque são paroxítonas terminadas em L.

28
LÍNGUA PORTUGUESA
34. (IFAL – 2016 ADAPTADA) Quanto à acentuação das palavras, assinale a armação verdadeira.
(A) A palavra “tendem” deveria ser acentuada gracamente, como “também” e “porém”.
(B) As palavras “saíra”, “destruída” e “aí” acentuam-se pela mesma razão.
(C) O nome “Luiz” deveria ser acentuado gracamente, pela mesma razão que a palavra “país”.
(D) Os vocábulos “é”, “já” e “só” recebem acento por constuírem monossílabos tônicos fechados.
(E) Acentuam-se “simpáca”, “cenmetros”, “simbólica” porque todas as paroxítonas são acentuadas.

35. (MACKENZIE) Indique a alternava em que nenhuma palavra é acentuada gracamente:


(A) lapis, canoa, abacaxi, jovens
(B) ruim, sozinho, aquele, traiu
(C) saudade, onix, grau, orquídea
(D) voo, legua, assim, tênis
(E) ores, açucar, album, virus

36. (IFAL - 2011)

Parágrafo do Editorial “Nossas crianças, hoje”.

“Oportunamente serão divulgados os resultados de tão importante encontro, mas enquanto nordesnos e alagoanos senmos
na pele e na alma a dor dos mais altos índices de sofrimento da infância mais pobre. Nosso Estado e nossa região padece de índices
vergonhosos no tocante à mortalidade infanl, à educação básica e tantos outros indicadores terríveis.” (Gazeta de Alagoas, seção
Opinião, 12.10.2010)
O primeiro período desse parágrafo está corretamente pontuado na alternava:
(A) “Oportunamente, serão divulgados os resultados de tão importante encontro, mas enquanto nordesnos e alagoanos, senmos
na pele e na alma a dor dos mais altos índices de sofrimento da infância mais pobre.”
(B) “Oportunamente serão divulgados os resultados de tão importante encontro, mas enquanto nordesnos e alagoanos senmos, na
pele e na alma, a dor dos mais altos índices de sofrimento da infância mais pobre.”
(C) “Oportunamente, serão divulgados os resultados de tão importante encontro, mas enquanto nordesnos e alagoanos, senmos
na pele e na alma, a dor dos mais altos índices de sofrimento da infância mais pobre.”
(D) “Oportunamente serão divulgados os resultados de tão importante encontro, mas, enquanto nordesnos e alagoanos senmos,
na pele e na alma a dor dos mais altos índices de sofrimento, da infância mais pobre.”
(E) “Oportunamente, serão divulgados os resultados de tão importante encontro, mas, enquanto nordesnos e alagoanos, senmos,
na pele e na alma, a dor dos mais altos índices de sofrimento da infância mais pobre.”

37. (F.E. BAURU) Assinale a alternava em que há erro de pontuação:


(A) Era do conhecimento de todos a hora da prova, mas, alguns se atrasaram.
(B) A hora da prova era do conhecimento de todos; alguns se atrasaram, porém.
(C) Todos conhecem a hora da prova; não se atrasem, pois.
(D) Todos conhecem a hora da prova, portanto não se atrasem.
(E) N.D.A

38. (VUNESP – 2020) Assinale a alternava correta quanto à pontuação.


(A) Colaboradores da Universidade Federal do Paraná armaram: “Os cristais de urato podem provocar graves danos nas arculações.”.
(B)
(C) ÉA uma
prescrição de remédios
inamação, e a adesão,a ao
que desencadeia tratamento,
crise por parte dosapacientes
de gota; diagnoscada são baixas.
parr do reconhecimento de intensa dor, no local.
(D) A ausência de dor não pode ser movo para a interrupção do tratamento conforme o editorial diz: – (é preciso que o doente cone
em seu médico).
(E) A qualidade de vida, do paciente, diminui pois a dor no local da inamação é bastante intensa!

39. (ENEM – 2018)

Física com a boca


Por que nossa voz ca tremida ao falar na frente do venlador?
Além de vennho, o venlador gera ondas sonoras. Quando você não tem mais o que fazer e ca falando na frente dele, as
ondas da voz se propagam na direção contrária às do venlador. Davi Akkerman – presidente da Associação Brasileira para a Quali -
dade Acúsca – diz que isso causa o mismatch
mismatch,, nome bacana para o desencontro entre as ondas. “O vento também contribui para a
distorção da voz, pelo fato de ser uma vibração que inuencia no som”, diz. Assim, o ruído do venlador e a inuência do vento na
propagação das ondas contribuem para distorcer sua bela voz.
Disponível em: hp://super.abril.com.br. Acesso em: 30 jul. 2012 (adaptado).

29
LÍNGUA PORTUGUESA
Sinais de pontuação são símbolos grácos usados para organizar a escrita e ajudar na compreensão da mensagem. No texto, o
sendo não é alterado em caso de substuição dos travessões por
(A) aspas, para colocar em destaque a informação seguinte
(B) vírgulas, para acrescentar uma caracterização de Davi Akkerman.
(C) recências, para deixar subetendida a formação do especialista.
(D) dois-pontos, para acrescentar uma informação introduzida anteriormente.
(E) ponto e vírgula, para enumerar informações fundamentais para o desenvolvimento temáco.

40. (FCC – 2020)

A supressão da vírgula altera o sendo da seguinte frase:


(A) O segundo é o “capit
“capitalismo
alismo de Estado”,
Estado”, que cona ao governo a tarefa de estabelecer a direção da economia.
(B) milhões prosperaram, à medida que empresas abriam mercados.
(C) Por m, execuvos e invesdores começaram
começaram a reconhecer que seu sucesso em longo prazo está inmamente ligado ao de seus
clientes.
(D) De início, um novo indicador de “criação de valor comparlhado” deveria incluir metas ecológicas.
(E) Na verdade, esse deveria ser seu propósito denivo.

41. (CESGRANRIO - RJ) As palavras esquartejar, desculpa e irreconhecível foram formadas, respecvamente, pelos processos de:
(A) suxação - prexação – parassíntese
(B) suxação - derivação regressiva – prexação
(C) composição por aglunação - prexação – suxação
(D) parassíntese - derivação regressiva – prexação
(E) parassíntese - derivação imprópria - parassíntese

30
LÍNGUA PORTUGUESA
42. (UFSC) Aponte a alternava cujas palavras são respec-
respec - (B) de informações conhecidas, nas duas ocorrências, sendo
vamente formadas por justaposição, aglunação e parassíntese: possível a troca dos argos nos enunciados, pois isso não
(A) varapau - girassol - enfaixar alteraria o sendo do texto.
(B) pontapé - anoitecer - ajoelhar (C) da generalização, no primeiro caso, com a introdução de
(C) maldizer - petróleo - embora informação conhecida, e da especicação, no segundo, com
(D) vaivém - ponagudo - enfurece informação nova.
(E) penugem - plenilúnio - despedaça (D) da introdução de uma informação nova, no primeiro caso,
e da retomada de uma informação já conhecida, no segundo.
43. (CESGRANRIO) Assinale a opção em que nem todas as (E) de informações novas, nas duas ocorrências, movo pelo
palavras são de um mesmo radical: qual são introduzidas de forma mais generalizada
(A) noite, anoitecer, noitada
(B) luz, luzeiro, alumiar 47. (UFMG-ADAPTADA) As expressões em negrito corres-
(C) incrível, crente, crer pondem a um adjevo, exceto em:
(D) festa, festeiro, festejar (A) João Fanhoso anda amanhecendo sem entusiasmo.
entusiasmo.
(E) riqueza, ricaço, enriquecer (B) Demorava-se de propósito naquele complicado banho.
(C) Os bichos da terra fugiam em desabalada carreira.
44. (FUVEST-SP) Foram formadas pelo mesmo processo as (D) Noite fechada sobre aqueles ermos perdidos da caanga
seguintes palavras: sem m.
(A) vendavais, naufrágios, polêmicas (E) E ainda me vem com essa conversa de homem da roça.
roça.
(B) descompõem, desempregados, desejava
(C) estendendo, escritório, espírito 48. (UMESP) Na frase “As negociações estariam meio aber-
aber -
(D) quietação, sabonete, nadador tas só depois de meio período de trabalho”, as palavras destaca-
destaca-
(E) religião, irmão, solidão das são, respecvamente:
(A) adjevo, adjevo
45. (FUVEST) Assinale a alternava em que uma das palavras (B) advérbio, advérbio
não é formada por prexação: (C) advérbio, adjevo
(D) numeral, adjevo
(A) readquirir,amoral,
(B) irregular, predesnado,
demoverpropor (E) numeral, advérbio
(C) remeter, conter, antegozar
(D) irrestrito, anpoda, prever 49. (ITA-SP)
(E) dever, deter, antever Beber é mal, mas é muito bom.
(FERNANDES, Millôr. Mais! Folha de S. Paulo, 5 ago. 2001,
46. (UNIFESP - 2015) Leia o seguinte texto: p. 28.)
Você conseguiria car 99 dias sem o Facebook?
Uma organização não governamental holandesa está pro- A palavra “mal”, no caso especíco da frase de Millôr, é:
pondo um desao que muitos poderão considerar impossível: - - (A) adjevo
car 99 dias sem dar nem uma “olhadinha” no Facebook. O obje-
obje - (B) substanvo
vo é medir o grau de felicidade dos usuários longe da rede social. (C) pronome
O projeto também é uma resposta aos experimentos psicoló- (D) advérbio
gicos realizados pelo próprio Facebook. A diferença neste caso é (E) preposição
que o teste é completamente voluntário. Ironicamente, para po- po-
der parcipar, o usuário deve trocar a foto do perl no Facebook 50. (PUC-SP) “É uma espécie... nova... completamente nova!
e postar um contador na rede social. (Mas já) tem nome... Bazei-(a) logo... Vou-(lhe) mostrar...”. Sob
Os pesquisadores irão avaliar o grau de sasfação e felicida-
felicida - o ponto de vista morfológico, as palavras destacadas correspon-
de dos parcipantes no 33º dia, no 66º e no úlmo dia da abs - dem pela ordem, a:
nência. (A) conjunção, preposição, argo, pronome
Os responsáveis apontam que os usuários do Facebook gas- gas - (B) advérbio, advérbio, pronome, pronome
tam em média 17 minutos por dia na rede social. Em 99 dias sem (C) conjunção, interjeição, argo, advérbio
acesso, a soma média seria equivalente a mais de 28 horas, 2que (D) advérbio, advérbio, substanvo, pronome
poderiam ser ulizadas em “avidades emocionalmente mais (E) conjunção, advérbio, pronome, pronome
realizadoras”.
(hp://codigofonte.uol.com.br. Adaptado.)

Após ler o texto acima, examine as passagens do primeiro


parágrafo: “Uma organização não governamental holandesa está
propondo um desao” “O objevo é medir o grau de felicidade
dos usuários longe da rede social.”

A ulização dos argos destacados jusca-se em razão:

(A)depreendidas
te da retomada pelo
de informações que podem
contexto, sendo ambasser facilmen-
equivalentes
semancamente.

31
LÍNGUA PORTUGUESA

GABARITO 43 B
44 D
45 E
1 C 46 D
2 B 47 B
3 D 48 B
4 C 49 B
5 C 50 E
6 A
7 D
ANOTAÇÕES
8 C
9 B ______________________________________________________
_________________________ _____________________________
10 E
______________________________________________________
_________________________ _____________________________
11 C
12 B ______________________________________________________
_________________________ _____________________________
13 E ______________________________________________________
_________________________ _____________________________
14 B
______________________________________________________
_________________________ _____________________________
15 A
16 C ______________________________________________________
_________________________ _____________________________

17 A ______________________________________________________
_________________________ _____________________________
18 C ______________________________________________________
_________________________ _____________________________
19 D
______________________________________________________
_________________________ _____________________________
20 C
21 E ______________________________________________________
_________________________ _____________________________
22 C ______________________________________________________
_________________________ _____________________________
23 A
______________________________________________________
_________________________ _____________________________
24 D
______________________________________________________
_________________________ _____________________________
25 E
26 A ______________________________________________________
_________________________ _____________________________
27 B ______________________________________________________
_________________________ _____________________________
28 C
29 B _________________________ _____________________________
______________________________________________________
30 A ______________________________________________________
_________________________ _____________________________
31 E ______________________________________________________
_________________________ _____________________________
32 B
______________________________________________________
_________________________ _____________________________
33 E
______________________________________________________
_________________________ _____________________________
34 B
35 B ______________________________________________________
_________________________ _____________________________
36 E ______________________________________________________
_________________________ _____________________________
37 A
______________________________________________________
_________________________ _____________________________
38 A
39 B _____________
______ _____________
_____________
_____________
_____________
_____________
_____________
_________

40 A _____________
______ _____________
_____________
_____________
_____________
_____________
_____________
_________
41 D ______________________________________________________
_________________________ _____________________________
42 D

32
MATEMÁTICA
1. Operações com números naturais e fracionários. Adição, subtração, mulplicação e divisão. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
2. Sistemas de medidas: tempo, comprimento, capacidade, massa, quandade. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
10
MATEMÁTICA

OPERAÇÕES COM NÚMEROS NATURAIS E FRACIONÁRIOS. ADIÇÃO, SUBTRAÇÃO, MULTIPLICAÇÃO E DIVISÃO

Conjunto dos números inteiros - z


O conjunto dos números inteiros é a reunião do conjunto dos números naturais N = {0, 1, 2, 3, 4,..., n,...},(N C Z); o conjunto dos opos-
tos dos números naturais e o zero. Representamos
Representamos pela letra Z.

N C Z (N está condo em Z)

Subconjuntos:

S Í M B O LO RE P R ES E NTAÇ ÃO D E S C R I Ç ÃO
* Z* Conjunto dos números inteiros não nulos

+ Z+ Conjunto dos números inteiros não negavos


*e+ Z*+ Conjunto dos números inteiros posivos
- Z_ Conjunto dos números inteiros não posivos
*e- Z*_ Conjunto dos números inteiros negavos

Observamos nos números inteiros algumas caracteríscas:


• Módulo: distância ou afastamento desse número até o zero, na reta numérica inteira. Representa-se o módulo por | |. O módulo de
qualquer número inteiro, diferente de zero, é sempre posivo.
• Números Opostos: dois números são opostos quando sua soma é zero. Isto signica que eles estão a mesma distância da origem
(zero).

Somando-se temos: (+4) + (-4) = (-4) + (+4) = 0

Operações
• Soma ou Adição: Associamos aos números inteiros posivos a ideia de ganhar e aos números inteiros negavos a ideia de perder.
perder.

ATENÇÃO:
ATENÇÃO: O sinal (+) antes do número posivo pode ser dispensado, mas o sinal (–) antes do número negavo nunca pode ser
dispensado.

• Subtração: empregamos quando precisamos rar uma quandade de outra quandade; temos duas quandades e queremos saber
quanto uma delas tem a mais que a outra; temos duas quandades e queremos saber quanto falta a uma delas para angir a outra. A
subtração é a operação inversa da adição. O sinal sempre será do maior número.

ATENÇÃO:
A TENÇÃO: todos parênteses,
parênteses, colchetes, chaves, números, ..., entre outros, precedidos de sinal negavo, tem o seu sinal inverdo,
ou seja, é dado o seu oposto.

1
MATEMÁTICA
Exemplo: 36 : 3 = 12 livros de 3 cm
(FUNDAÇÃO CASA – AGENTE EDUCACIONAL – VUNESP) Para O total de livros da pilha: 8 + 12 = 20 livros ao todo.
zelar pelos jovens internados e orientá-los a respeito do uso ade - Resposta: D
quado dos materiais em geral e dos recursos ulizados em avida -
des educavas, bem como da preservação predial, realizou-se
realizou-se uma • Potenciação: A potência an do número inteiro a, é denida
dinâmica elencando “atudes posivas” e “atudes negavas”,
negavas”, no como um produto de n fatores iguais. O número a é denominado a
entendimento dos elementos do grupo. Solicitou-se que cada um base e o número n é o expoente .an = a x a x a x a x ... x a , a é mul-
classicasse suas atudes como posiva ou negava, atribuindo plicado por a n vezes. Tenha em mente que:
(+4) pontos a cada atude posiva e (-1) a cada atude negava. – Toda
Toda potência de base posiva é um número inteiro posivo.
Se um jovem classicou como posiva apenas 20 das 50 atudes – Toda
Toda potência de base negava e expoente par é um número
anotadas, o total de pontos atribuídos foi inteiro posivo.
(A) 50. – Toda potência de base negava e expoente ímpar é um nú-
(B) 45. mero inteiro negavo.
(C) 42.
(D) 36. Propriedades da Potenciação
(E) 32. 1) Produtos de Potências com bases iguais: Conserva-se a base
e somam-se os expoentes. (–a)3 . (–a)6 = (–a)3+6 = (–a)9
Resolução: 2) Quocientes de Potências com bases iguais: Conserva-se a
50-20=30 atudes negavas base e subtraem-se os expoentes. (-a)8 : (-a)6 = (-a)8 – 6 = (-a)2
20.4=80 3) Potência de Potência: Conserva-se a base e mulplicam-se
30.(-1)=-30 os expoentes. [(-a)5]2 = (-a)5 . 2 = (-a)10
80-30=50 4) Potência de expoente 1: É sempre igual à base. (-a) 1 = -a e
Resposta: A (+a)1 = +a
5) Potência de expoente zero e base diferente de zero: É igual
• Mulplicaçã
Mulplicação: o: é uma adição de números/ fatores repedos. a 1. (+a)0 = 1 e (–b)0 = 1
Na mulplicação o produto dos números a e b, pode ser indicado
por a x b, a . b ou ainda ab sem nenhum sinal entre as letras. Conjunto dos números racionais – Q m

Um número racional é o que pode ser escrito na forma n ,


• Divisão: a divisão exata de um número inteiro por outro nú - onde m e n são números inteiros, sendo que n deve ser diferente
mero inteiro, diferente de zero, dividimos o módulo do dividendo de zero. Frequentemente usamos m/n para signicar a divisão de
pelo módulo do divisor. m por n.

ATENÇÃO:
ATENÇÃO:
1) No conjunto Z, a divisão não é comutava, não é associava
e não tem a propriedade da existência do elemento neutro.
2) Não existe divisão por zero.
3) Zero dividido por qualquer número inteiro, diferente de zero,
é zero, pois o produto de qualquer número inteiro por zero é igual
a zero.

Na mulplicação e divisão de números inteiros é muito impor-


tante a REGRA DE SINAIS:

Sinais iguais (+) (+); (-) (-) = resultado sempre posivo. N C Z C Q (N está condo em Z que está condo em Q)

Sinais diferentes (+) (-); (-) (+) = resultado sempre Subconjuntos:


negavo.

Exemplo: S Í M B O LO RE P R ES E NTAÇ ÃO D E S C R I Ç ÃO
(PREF.DE NITERÓI) Um estudante empilhou seus livros, obten - Conjunto dos números
* Q*
do uma única pilha 52cm de altura. Sabendo que 8 desses livros racionais não nulos
possui uma espessura de 2cm, e que os livros restantes possuem Conjunto dos números
espessura de 3cm, o número de livros na pilha é: + Q+
racionais não negavos
(A) 10
(B) 15 Conjunto dos números
*e+ Q*+
(C) 18 racionais posivos
(D) 20 Conjunto dos números
- Q_
(E) 22 racionais não posivos
Conjunto dos números
Resolução: *e- Q*_
racionais negavos
São 8 livros de 2 cm: 8.2 = 16 cm
Como eu tenho 52 cm ao todo e os demais livros tem 3 cm,
temos:
52 - 16 = 36 cm de altura de livros de 3 cm

2
MATEMÁTICA
Representação decimal
Podemos representar um número racional, escrito na forma de fração, em número decimal. Para isso temos duas maneiras possíveis:
1º) O numeral decimal obdo possui, após a vírgula, um número nito de algarismos. Decimais Exatos:
Exatos:

2
= 0,4
5

2º) O numeral decimal obdo possui, após a vírgula, innitos algarismos (nem todos nulos), rependo-se periodicamente Decimais
Periódicos ou Dízimas Periódicas:

1
= 0,333...
3

Representação Fracionária
É a operação inversa da anterior. Aqui temos duas maneiras possíveis:

1) Transf
Transformando
ormando o número decimal em uma fração numerador é o número decimal sem a vírgula e o denominador é composto pelo
numeral 1, seguido de tantos zeros quantas forem as casas decimais do número decimal dado. Ex.:
0,035 = 35/1000

2) Através da fração geratriz.


geratriz. Aí temos o caso das dízimas periódicas que podem ser simples ou compostas.
– Simples: o seu período é composto por um mesmo número ou conjunto de números que se repe innitamente. Exemplos:
Exemplos:

Procedimento: para transformarmos


transformarmos uma dízima periódica simples em fração basta ulizarmos o dígito 9 no denominador para cada
quantos dígitos ver o período da dízima.

– Composta: quando a mesma apresenta um ante período que não se repete.

a)

Procedimento: para cada algarismo do período ainda se coloca um algarismo 9 no denominador. Mas, agora, para cada algarismo do
anperíodo se coloca um algarismo zero, também no denominador.

3
MATEMÁTICA
b)

Procedimento: é o mesmo aplicado ao item “a”, acrescido na frente da parte inteira (fração mista), ao qual transformamos e obtemos
a fração geratriz.

Exemplo:
(PREF. NITERÓI) Simplicando a expressão abaixo

Obtém-se :

(A) ½
(B) 1
(C) 3/2
(D) 2
(E) 3

Resolução:

Resposta: B

Carateríscas dos números racionais


O módulo e o número oposto são as mesmas dos números inteiros.

Inverso: dado um número racional a/b o inverso desse número (a/b)–n, é a fração onde o numerador vira denominador e o denomi -
nador numerador (b/a)n.

Representação geométrica

4
MATEMÁTICA
Observa-se que entre dois inteiros consecuvos existem inni- • Divisão: a divisão de dois números racionais p e q é a própria
tos números racionais. operação de mulplicação do número p pelo inverso de q, isto é: p
÷ q = p × q-1
Operações
• Soma ou adição: como todo número racional é uma fração
ou pode ser escrito na forma de uma fração, denimos a adição
a c
entre os números racionais e , da mesma forma que a soma
de frações, através de: b d

Exemplo:
(PM/SE – SOLDADO 3ªCLASSE – FUNCAB) Numa operação
policial de rona, que abordou 800 pessoas, vericou-se que 3/4
dessas pessoas eram homens e 1/5 deles foram dedos. Já entre as
mulheres abordadas, 1/8 foram dedas.
• Subtração: a subtração de dois números racionais p e q é a Qual o total de pessoas dedas nessa operação policial?
própria operação de adição do número p com o oposto de q, isto é: (A) 145
p – q = p + (–q) (B) 185
(C) 220
(D) 260
(E) 120

Resolução:

ATENÇÃO: Na adição/subtraç
ATENÇÃO: adição/subtração
ão se o denominador for igual,
conserva-se os denominadores e efetua-se a operação apresen-
tada.

Exemplo:
(PREF. JUNDIAI/SP – AGENTE DE SERVIÇOS OPERACIONAIS
– MAKIY
MAKIYAMA)
AMA) Na escola onde estudo, ¼ dos alunos tem a língua
portuguesa como disciplina favorita, 9/20 têm a matemác
matemácaa como
favorita e os demais têm ciências como favorita. Sendo assim, qual
fração representa os alunos que têm ciências como disciplina favo-
rita?
(A) 1/4
(B) 3/10
(C) 2/9
(D) 4/5
(E) 3/2 Resposta: A

Resolução: • Potenciação
Potenciação:: é válido as propriedades aplicadas aos núme-
núme -
Somando português e matemác
matemáca:
a: ros inteiros. Aqui destacaremos apenas as que se aplicam aos nú-
meros racionais.

A) Toda potência com expoente negavo de um número racio-


nal diferente de zero é igual a outra potência que tem a base igual
ao inverso da base anterior e o expoente igual ao oposto do expo -
O que resta gosta de ciências: ente anterior.

Resposta: B

• Mulplicação
Mulplicação:: como todo número racional é uma fração ou B) Toda potência com expoente ímpar tem o mesmo sinal da
pode ser escrito na forma de uma fração, denimos o produto de base.
a c
dois números racionais e , da mesma forma que o produto de
b d
frações, através de:

5
MATEMÁTICA
C) Toda potência com expoente par é um número posivo.

Resposta: E

Expressões numéricas Múlplos


São todas sentenças matemácas formadas por números, suas Dizemos que um número é múlplo de outro quando o primei -
operações (adições, subtrações, mulplicações, divisões, potencia- ro é resultado da mulplicação entre o segundo e algum número
ções e radiciações) e também por símbolos chamados de sinais de natural e o segundo, nesse caso, é divisor do primeiro. O que sig -
associação, que podem aparecer em uma única expressão. nica que existem dois números, x e y, tal que x é múlplo de y se
exisr algum número natural n tal que:
Procedimentos x = y·n
1) Operações:
- Resolvermos primeiros as potenciações e/ou radiciações na Se esse número exisr, podemos dizer que y é um divisor de x e
ordem que aparecem; podemos escrever: x = n/y
- Depois as mulplicações e/ou divisões;
- Por úlmo as adições e/ou subtrações na ordem que apare - Observações:
cem. 1) Todo número natural
natural é múlplo de si mesmo.
2) Todo número natural
natural é múlplo de 1.
2) Símbolos: 3) Todo número natural, diferente de zero, tem innitos múl -
- Primeiro, resolvemos os parênteses (), até acabarem os cálcu- plos.
los dentro dos parênteses, 4) O zero é múlplo de qualquer número natural.
-Depois os colchetes []; 5) Os múlplos do número 2 são chamados de números pares,
- E por úlmo as chaves {}. e a fórmula geral desses números é 2k (k ∈ N). Os demais são cha-
mados de números ímpares, e a fórmula geral desses números é 2k
ATENÇÃO: + 1 (k ∈ N).
– Quando o sinal de adição (+) anteceder um parêntese, col- 6) O mesmo se aplica para os números inteiros, tendo k ∈ Z.
chetes ou chaves, deveremos eliminar o parêntese, o colchete ou
chaves, na ordem de resolução, reescrevendo
reescrevendo os números internos Critérios de divisibilidade
com os seus sinais originais. São regras prácas que nos possibilitam dizer se um número
– Quando o sinal de subtração (-) anteceder um parêntese, col- é ou não divisível por outro, sem que seja necessário efetuarmos
chetes ou chaves, deveremos eliminar o parêntese, o colchete ou a divisão.
chaves, na ordem de resolução, reescrevendo
reescrevendo os números internos No quadro abaixo temos um resumo de alguns dos critérios:
com os seus sinais inverdos.

Exemplo:
(MANAUSPREV – ANALISTA PREVIDENCIÁRIO – ADMINISTRATI-
VA – FCC) Considere as expressões numéricas, abaixo.
A = 1/2 + 1/4+ 1/8 + 1/16 + 1/32 e
B = 1/3 + 1/9 + 1/27 + 1/81 + 1/243
O valor, aproximado, da soma entre A e B é
(A) 2
(B) 3
(C) 1
(D) 2,5
(E) 1,5

Resolução:
Vamos resolver cada expressão separadamente:

(Fonte: hps://www
hps://www.guiadamatemaca.com.br/criterios-de-divisi-
.guiadamatemaca.com.br/criterios-de-divisi
bilidade/ - reeditado)

6
MATEMÁTICA
Vale ressaltar a divisibilidade por 7: Um número é divisível por 7 quando o úlmo algarismo do número, mulplicado por 2, subtraí-
do do número sem o algarismo, resulta em um número múlplo de 7. Neste, o processo será repedo a m de diminuir a quandade de
algarismos a serem analisados quanto à divisibilidade por 7.

Outros critérios
Divisibilidade por 12: Um número é divisível por 12 quando é divisível por 3 e por 4 ao mesmo tempo.
Divisibilidade por 15: Um número é divisível por 15 quando é divisível por 3 e por 5 ao mesmo tempo.

Fatoração numérica
Trata-se
Trata-se de decompor o número em fatores primos. Para decompormos este número natural em fatores primos, dividimos o mesmo
pelo seu menor divisor primo, após pegamos o quociente e dividimos o pelo seu menor divisor, e assim sucessivamente até obtermos o
quociente 1. O produto de todos os fatores primos representa o número fatorado. Exemplo:
Exemplo:

Divisores
Os divisores de um número n, é o conjunto formado por todos os números que o dividem exatamente. Tomemos como exemplo o
número 12.

Um método para descobrimos os divisores é através da fatoração numérica. O número de divisores naturais é igual ao produto dos
expoentes dos fatores primos acrescidos de 1.
Logo o número de divisores de 12 são:

Para sabermos quais são esses 6 divisores basta pegarmos cada fator da decomposição e seu respecvo expoente natural que varia
de zero até2 o expoente
1
com o qual o fator se apresenta na decomposição do número natural.
12 = 2 . 3 =
22 = 20,21 e 22 ; 31 = 30 e 31, teremos:
20 . 30=1
20 . 31=3
21 . 30=2
21 . 31=2.3=6
22 . 31=4.3=12
22 . 30=4

O conjunto de divisores de 12 são: D (12)={1, 2, 3, 4, 6, 12}


A soma dos divisores é dada por: 1 + 2 + 3 + 4 + 6 + 12 = 28

Máximo divisor comum (MDC)


É o maior número que é divisor comum de todos os números dados. Para o cálculo do MDC usamos a decomposição
decomposição em fatores pri-
pri-
mos. Procedemos da seguinte maneira:
Após decompor em fatores primos, o MDC é o produto dos FA
FATORES
TORES COMUNS obdos, cada um deles elevado ao seu MENOR EXPO-
ENTE.

7
MATEMÁTICA
Exemplo:
MDC (18,24,42) =

Observe que os fatores comuns entre eles são: 2 e 3, então pegamos os de menores expoentes: 2x3 = 6. Logo o Máximo Divisor Co -
mum entre 18,24 e 42 é 6.

Mínimo múlplo comum (MMC)


É o menor número posivo que é múlplo comum de todos os números dados. A técnica para acharmos é a mesma do MDC, apenas
com a seguinte ressalva:
O MMC é o produto dos FATORES COMUNS E NÃO-COMUNS,
NÃO-COMUNS, cada um deles elevado ao SEU MAIOR EXPOENTE.
Pegando o exemplo anterior, teríamos:
MMC (18,24,42) =
Fatores comuns e não-comuns= 2,3 e 7
Com maiores expoentes: 2³x3²x7 = 8x9x7 = 504. Logo o Mínimo Múlplo Comum entre 18,24 e 42 é 504.

Temos ainda que o produto do MDC e MMC é dado por: MDC (A,B). MMC (A,B)= A.B

Os cálculos desse po de problemas, envolvem adições e subtrações, posteriormente as mulplicações e divisões. Depois os pro -
blemas são resolvidos com a ulização dos fundamentos algébricos, isto é, criamos equações matemácas com valores desconhecidos
(letras). Observe algumas situações que podem ser descritas com ulização da álgebra.
É bom ter mente algumas situações que podemos encontrar:

Exemplos:
(PREF. GUARUJÁ/SP – SEDUC – PROFESSOR DE MATEMÁTICA – CAIPIMES) Sobre 4 amigos, sabe-se que Clodoaldo é 5 cenmetros
mais alto que Mônica e 10 cenmetros mais baixo que Andreia. Sabe-se também que Andreia é 3 cenmetros mais alta que Doralice e que
Doralice não é mais baixa que Clodoaldo. Se Doralice tem 1,70 metros, então é verdade que Mônica tem, de altura:
(A) 1,52 metros.
(B) 1,58 metros.
(C) 1,54 metros.
(D) 1,56 metros.

Resolução:
Escrevendo em forma de equações, temos:
C = M + 0,05 ( I )
C = A – 0,10 ( II )
A = D + 0,03 ( III )
D não é mais baixa que C
Se D = 1,70 , então:

8
MATEMÁTICA
( III ) A = 1,70 + 0,03 = 1,73 Fração é todo número que pode ser escrito da seguinte forma
( II ) C = 1,73 – 0,10 = 1,63 a/b,, com b≠0. Sendo a o numerador e b o denominador. Uma fra-
a/b
( I ) 1,63 = M + 0,05 ção é uma divisão em partes iguais. Observe a gura:
M = 1,63 – 0,05 = 1,58 m
Resposta: B

(CEFET – AUXILIAR EM ADMINISTRAÇÃO – CESGRANRIO) Em


três meses, Fernando depositou, ao todo, R$ 1.176,00 em sua ca-
derneta de poupança. Se, no segundo mês, ele depositou R$ 126,00
a mais do que no primeiro e, no terceiro mês, R$ 48,00 a menos do
que no segundo, qual foi o valor depositado no segundo mês? O numerador indica quantas partes tomamos do total que foi
(A) R$ 498,00 dividida a unidade.
(B) R$ 450,00 O denominador indica quantas partes iguais foi dividida a uni-
(C) R$ 402,00 dade.
(D) R$ 334,00 Lê-se: um quarto.
(E) R$ 324,00
Atenção:
Resolução: • Frações com denominadores de 1 a 10: meios, terços, quar-
Primeiro mês = x tos, quintos, sextos, sémos, oitavos, nonos e décimos.
Segundo mês = x + 126 • Frações com denominadores potências de 10: décimos, cen-
Terceiro mês = x + 126 – 48 = x + 78 tésimos, milésimos, décimos de milésimos, centésimos de milési-
Total = x + x + 126 + x + 78 = 1176 mos etc.
3.x = 1176 – 204 • Denominadores diferentes dos citados anteriormente:
x = 972 / 3 Enuncia-se o numerador e, em seguida, o denominador seguido da
x = R$ 324,00 (1º mês) palavra “avos”
“avos ”.
* No 2º mês: 324 + 126 = R$ 450,00
Resposta: B Tipos de frações
– Frações Próprias: Numerador é menor que o denominador.
(PREFEITURA MUNICIPAL DE RIBEIRÃO PRETO/SP – AGENTE Ex.: 7/15
DE ADMINISTRAÇÃO – VUNESP) Uma loja de materiais elétricos – Frações Impróprias:
Impróprias: Numerador é maior ou igual ao denomi -
testou um lote com 360 lâmpadas e constatou que a razão entre o nador. Ex.: 6/7
número de lâmpadas queimadas e o número de lâmpadas boas era – Frações aparente
aparentes:
s: Numerador é múlplo do denominador.
2 / 7. Sabendo-se que, acidentalmente, 10 lâmpadas boas quebra- As mesmas pertencem também ao grupo das frações impróprias.
ram e que lâmpadas queimadas ou quebradas não podem ser ven- Ex.: 6/3
didas, então a razão entre o número de lâmpadas que não podem – Frações mistas: Números compostos de uma parte inteira e
ser vendidas e o número de lâmpadas boas passou a ser de outra fracionária. Podemos transformar uma fração imprópria na
(A) 1 / 4. forma mista e vice e versa. Ex.: 1 1/12 (um inteiro e um doze avos)
(B) 1 / 3. – Frações equivalentes:
equivalentes: Duas ou mais frações que apresentam
(C) 2 / 5. a mesma parte da unidade. Ex.: 2/4 = 1/2
(D) 1 / 2. – Frações irreduveis:
irreduveis: Frações onde o numerador e o denomi-
(E) 2 / 3. nador são primos entre si. Ex.: 5/11 ;

Resolução: Operações com frações


Chamemos o número de lâmpadas queimadas de ( Q ) e o nú-
mero de lâmpadas boas de ( B ). Assim: • Adição e Subtração
B + Q = 360 , ou seja,
s eja, B = 360 – Q ( I ) Com mesmo denominador: Conserva-se o denominador e so-
ma-se ou subtrai-se os numeradores.

, ou seja, 7.Q = 2.B ( II )

Substuindo a equação ( I ) na equação ( II ), temos:


7.Q = 2. (360 – Q)
7.Q = 720 – 2.Q Com denominadores diferentes: é necessário reduzir ao mes-
7.Q + 2.Q = 720 mo denominador através do MMC entre os denominadores. Usa -
9.Q = 720 mos tanto na adição quanto na subtração.
Q = 720 / 9
Q = 80 (queimadas)
Como 10 lâmpadas boas quebraram, temos:
Q’ = 80 + 10 = 90 e B’ = 360 – 90 = 270

Resposta: B
O MMC entre os denominadores (3,2) = 6

9
MATEMÁTICA
• Mulplicação e Divisão
Mulplicação:: É produto dos numerados pelos denominadores dados. Ex.:
Mulplicação

– Divisão: É igual a primeira


primeira fração mulplicada
mulplicada pelo inverso
inverso da segunda fração.
fração. Ex.:

Obs.: Sempre que possível podemos simplicar o resultado da fração resultante de forma a torna-la irreduvel.

Exemplo:
(EBSERH/HUPES – UFBA – TÉCNICO EM INFORMÁTICA – IADES) O suco de três garraf
garrafas
as iguais foi dividido igualmente entre 5 pessoas.
Cada uma recebeu

(A)

(B)

(C)

(D)

(E)

Resolução:
Se cada garrafa contém
contém X litros de suco, e eu tenho 3 garrafas, então o total será de 3X litros de suco. Precisamos dividir essa quan-
dade de suco (em litros) para 5 pessoas, logo teremos:

Onde x é litros de suco, assim a fração que cada um recebeu de suco é de 3/5 de suco da garrafa.
Resposta: B

SISTEMAS DE MEDIDAS: TEMPO, COMPRIMENTO, CAPACIDADE, MASSA, QUANTIDADE

O sistema métrico decimal é parte integrante do Sistema de Medidas. É adotado no Brasil tendo como unidade fundamental de me -
dida o metro.
O Sistema de Medidas é um conjunto de medidas usado em quase todo o mundo, visando padronizar as formas de medição.

10
MATEMÁTICA
Medidas de comprimento
Os múlplos do metro são usados para realizar medição em grandes distâncias, enquanto os submúlplos para realizar medição em
pequenas distâncias.

UNIDADE
MÚLTIPLOS SUBMÚLTIPLOS
FUNDAMENTAL
Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Cenmetro Milímetro
km hm Dam m dm cm mm

1000m 100m 10m 1m 0,1m 0,01m 0,001m


Para transformar
transformar basta seguir a tabela seguinte (esta transformação vale para todas as medidas):

Medidas de supercie e área


As unidades de área do sistema métrico correspondem às unidades de comprimento da tabela anterior.
anterior.
São elas: quilômetro quadrado (km ), hectômetro quadrado (hm ), etc. As mais usadas, na práca, são o quilômetro quadrado, o me-
2 2

tro quadrado e o hectômetro quadrado, este muito importante nas avidades rurais com o nome de hectare (ha): 1 hm2 = 1 ha.
No caso
Entretant
Entretanto, das unidades que
o, consideramos de área, o padrão
o sistema muda:decimal,
connua uma unidade é 100
porque 100 vezes
= 102.aAmenor seguinteéeanão
nomenclatura 10 vezes,
mesma como nos
das unidades decomprimentos.
comprimento
acrescidas de quadrado.

Vejamos as relações entre algumas essas unidades que não fazem parte do sistema métrico e as do sistema métrico decimal (valores
aproximados):
1 polegada = 25 milímetros
1 milha = 1 609 metros
1 légua = 5 555 metros
1 pé = 30 cenmetros

Medidas de Volume e Capacidade


Na práca, são muitos usados o metro cúbico(m3) e o cenmetro cúbico(cm3).
Nas unidades de volume, há um novo padrão: cada unidade vale 1000 vezes a unidade menor seguinte. Como 1000 = 10 3, o sistema
connua sendo decimal. Acrescentamos a nomenclatura cúbico.
A noção de capacidade relaciona-se com a de volume. A unidade fundamental para medir capacidade é o litro (l); 1l equivale a 1 dm 3.

Medidas
O sistemade Massadecimal inclui ainda unidades de medidas de massa. A unidade fundamental é o grama(g). Assim as denominamos:
métrico
Kg – Quilograma; hg – hectograma; dag – decagrama; g – grama; dg – decigrama; cg – cengrama; mg – miligrama
Dessas unidades, só têm uso práco o quilograma, o grama e o miligrama. No dia-a-dia, usa-se ainda a tonelada (t). Medidas Especiais:
1 Tonelada(t) = 1000 Kg
1 Arroba = 15 Kg
1 Quilate = 0,2 g

Em resumo temos:

11
MATEMÁTICA
Relações importantes
EXERCÍCIOS COMENT
COMENTADOS
ADOS

01. (IBGE - Técnico em Informações Geográcas e Estascas


– FGV/2016)
FGV/2016) Considere a sequência innita

IBGEGBIBGEGBIBGEG...

A 2016ª e a 2017ª letras dessa sequência são, respecvamente:


(A) BG;
(B) GE;
(C) EG;
(D) GB;
1 kg = 1l = 1 dm 3 (E) BI.
1 hm2 = 1 ha = 10.000m2
1 m3 = 1000 l Resposta: E.
Exemplos: É uma sequência com 6
(CLIN/RJ - GARI E OPERADOR DE ROÇADEIRA - COSEAC) Uma Cada letra equivale a sequência
peça de um determinado tecido tem 30 metros, e para se confec- I=1
cionar uma camisa desse tecido são necessários 15 decímetros. B=2
Com duas peças desse tecido é possível serem confeccionadas:
confeccionadas: G=3
(A) 10 camisas E=4
(B) 20 camisas G=5
(C) 40 camisas B=0
(D) 80 camisas
2016/6=336 resta 0
Resolução: 2017/6=336 resta 1
Como eu quero 2 peças desse tecido e 1 peça possui 30 metros Portanto, 2016 será a letra B, pois resta 0, será equivalente a
logo: úlma letra
30 . 2 = 60 m. Temos que trabalhar com todas na mesma unida -
de: 1 m é 10dm assim temos 60m . 10 = 600 dm, como cada camisa E 2017 será a letra I, pois resta 1 e é igual a primeira letra.
gasta um total de 15 dm, temos então:
600/15 = 40 camisas. 02. (IBGE - Técnico em Informações Geográcas e Estascas
Resposta: C – FGV/2016) A grandeza G é diretamente proporcional à grandeza
A e inversamen
inversamentete proporcional à grandeza B. Sabe-se que quando o
(CLIN/RJ - GARI E OPERADOR DE ROÇADEIRA - COSEAC) Um valor de A é o dobro do valor de B, o valor de G é 10.
veículo tem capacidade para transportar duas toneladas de carga.
Se a carga a ser transportada é de caixas que pesam 4 quilogramas Quando A vale 144 e B vale 40, o valor de G é:
cada uma, o veículo tem capacidade de transportar no máximo: (A) 15;
(A) 50 caixas (B) 16;
(B) 100 caixas (C) 18;
(C) 500 caixas (D) 20;
(D) 1000 caixas (E) 24.

Resolução: Resposta: C.
Uma tonelada(ton) é 1000 kg, logo 2 ton. 1000kg= 2000 kg Se a grandeza G é diretamente proporcional a A, então G/A
Cada caixa pesa 4kg E se é inversamen
inversamente
te proporcional a B
2000 kg/ 4kg = 500 caixas.
Resposta: C

Quando A é o dobro de B:

K=5

12
MATEMÁTICA
03. (IBGE - Técnico em Informações Geográcas e Estascas ∆S=V∆t
– FGV/2016) Sobre os números inteiros
inteiros w,
w, x, y e z, sabe-se que w Rubinho
> x > 2y > 3z. ∆S=1,6V∆t2
Se z =2 , o valor mínimo de w é: V∆t=1,6V∆t2
(A) 6;
(B) 7;
(C) 8;
(D) 9;
(E) 10. Como é 0,625, o tempo dele foi 1-0,625=0,375 menor.
menor.
0,375=37,5%
Resposta: E.
06. (IBGE - Técnico em Informações Geográcas e Estascas
Sabendo que z=2 – FGV/20
FGV/2016)
16) Uma senha de 4 símbolos deve ser feita de forma a
3z=6 conter dois elementos disntos do conjunto {A, B, C, D, E} e dois ele -
Como os números são inteiros, o possível para y =4 mentos disntos do conjunto {0, 1, 2, 3, 4, 5}, em qualquer ordem.
2y=8 Por exemplo,
exemplo, a senha 2EC4 é uma das senhas possíveis.
Portanto,, os menores possíveis são:
Portanto Nesse sistema, o número de senhas possíveis é:
X=9 (A) 2400;
W=10 (B) 3600;
(C) 4000;
04. (IBGE - Técnico em Informações Geográcas e Estascas (D) 4800;
– FGV/2016) Uma loja de produtos populares anunciou, para a se- (E) 6400.
mana seguinte, uma promoção com desconto de 30% em todos os Resposta: B.
seus itens. Entretanto, no domingo anterior, o dono da loja aumen- Pelo conjunto {A, B, C, D, E}
tou em 20% os preços de todos os itens da loja. Como são 5 letras e 2 espaços

Na semana seguinte, a loja estará oferecendo um desconto real


de:
(A) 10%;
(B) 12%; Pelo conjunto {0, 1, 2, 3, 4, 5}
(C) 15%; 6 números para 2
(D) 16%;
(E) 18%.

Resposta: D.
Primeiramente,
Primeiramen te, temos um aumento de 20%.
Se o valor do produto for x: Como pode ser qualquer ordem, devemos ainda ter uma per-
mutação dos 4 elementos
Aumento de 20%=1,2x P4=4!=4⋅3⋅2⋅1=24
E sofreu um desconto de 30% 10⋅15⋅24=3600
Como tem desconto de 30%, o fator mulplicavo
mulplicavo é 1-0,3=0,7
07. (IBGE - Técnico em Informações Geográcas e Estascas
1,2.0,7x=0,84x – FGV/2016) Quando contamos os números pares em ordem cres-
Ou seja, o real desconto é de 1-0,84=0,16=16% cente de 1000 até 2500, o número 2016 ocupa a 509ª posição.
Quando contamos os números pares em ordem decrescente de
05. (IBGE - Técnico em Informações Geográcas e Estascas 2500 até 1000, o número 2016 ocupa a posição:
– FGV/2016)
FGV/2016) Rubens percorreu o trajeto de sua casa até o trabalho (A) 240;
com uma determinada velocidade média. (B) 241;
Rubinho, lho de Rubens, percorreu o mesmo trajeto com uma (C) 242;
velocidade média 60% maior do que a de Rubens. (D) 243;
Em relação ao tempo que Rubens levou para percorrer o traje- (E) 244.
to, o tempo de Rubinho foi:
(A) 12,5% maior; Resposta: D.
(B) 37,5% menor; É uma PA
PA onde:
(C) 60% menor;
(D) 60% maior; an=2016
(E) 62,5% menor. a1=2500
r=-2(pois são os pares em ordem decrescente)
Resposta: B.
Rubens an=a1+(n-1)r
2016=2500+(n-1).(-2)

13
MATEMÁTICA
Cuidado com o jogo de sinal aqui Para descobrimos a altura do triângulo,
tr iângulo, fazer teorema de Pitá-
2016=2500-2n+2 goras.
2014=2500-2n
-486=-2n
N=243

08. (IBGE - Técnico em Informações Geográcas e Estascas


– FGV/2016)
FGV/2016) Uma pirâmide regular é construída com um quadrado
de 6 m de lado e quatro triângulos iguais ao da gura abaixo.

10²=3²+h²
100=9+h²
91=h²

h²=H²+r²
91=H²+3²
H²=91-9
O volume dessa pirâmide em m 3 é aproximada
aproximadamente:
mente: H²=82
(A) 84;
(B) 90;
(C) 96;
(D) 108;
(E) 144.

Resposta: D. Para √82≈9


A Pirâmide é formada por uma base quadrada e os 4 triângulos V=12⋅9=108 m³
de lateral
09. (IBGE - Técnico em Informações Geográcas e Estascas
– FGV/2016)
FGV/2016) Cinco pessoas estão sentadas em cinco cadeiras em li-
nha, cada uma com uma moeda na mão. As moedas são todas bem
equilibradas, de modo que a probabilidade de sair cara ou coroa em
cada uma delas é 1/2. Em um determinado momento, as cinco pes-
soas jogam suas respecvas moedas. Aquelas que obverem cara
connuam sentadas, e as que obverem coroa levantam-se. Após
esse procedimento, a probabilidade de que NÃO haja duas pessoas
adjacentes, ambas sentadas ou ambas de pé, é de:
(A) 1/2;
(B) 1/8;
Para descobrimos a altura da pirâmide, vamos precisar da altu- (C) 1/16;
ra do triângulo (D) 3/32;
(E) 5/32.

Resposta: C.
__ __ ___ __ ___
2 . 2 . 2 . 2 . 2=32

Para que não haja duas pessoas adjacentes sentadas ou de pé

Temos duas opções:


CA CO CA CO CA
CO CA CO CA CO

Vamos usar o triângulo retângulo


H é a altura da pirâmide
h=altura do triângulo
r=raio da base

h²=H²+r²

14
MATEMÁTICA
10. (IBGE - Técnico em Informações Geográcas e Estascas 12. (CPRM – Técnico em Geociências – CESPE/2016) Depois
– FGV/2016) Duas grandezas posivas X e Y são tais que, quando a das simplicações possíveis, o número será
primeira diminui de 1 unidade, a segunda aumenta de 2 unidades. igual a
Os valores iniciais dessas grandezas são X =50 e Y =36 . O valor má- (A) 3.
ximo do produto P = XY é: (B) 40.
(A) 2312; (C) 80.
(B) 2264; (D) 400.
(C) 2216; (E) 566.
(D) 2180;
(E) 2124. Resposta: C.

Resposta: A.
A cada número que diminuimos de 50, aumentamos 2 para o
36

P=(50-n)(36+2n)
P=1800+64n-2n²
∆=64²-4.(-2).1800
∆=4096+14400=18496
máximo=-∆/4a
13. (CPRM – Técnico em Geociências – CESPE/2016) Três ca-
minhões de lixo que trabalham durante doze horas com a mesma
produvidade recolhem o lixo de determinada cidade. Nesse caso,
cinco desses caminhões, todos com a mesma produvidade, reco -
11. (IFPE – Auxiliar em Administração – IFPE/2016) A unidade lherão o lixo dessa cidade trabalhando durante
monetária de um determinado país é uno (U$). O custo de um de - (A) 6 horas.
putado federal nesse país é composto de (B) 7 horas e 12 minutos.
• salário; (C) 7 horas e 20 minutos.
• auxílio-moradi
auxílio-moradia;
a; (D) 8 horas.
• cota de avidade parlamentar, que inclui passagens aéreas, (E) 4 horas e 48 minutos.
fretamento de aeronaves, alimentação, assinatura de publicações
e serviços de TV e internet, contratação de serviços de segurança, Resposta: B.
entre outros; ↑Caminhões horas↓
• verba para gabinete, ulizada para contratação de funcioná- 3------------------12
rios do deputado. 5-------------------x
Sabe-se que o salário corresponde a um quinto do custo men-
sal de um parlamentar
parlamentar,, enquanto que a cota de avidade parlamen- Quanto mais caminhões, menos horas.
tar representa um quarto desse custo. Já o auxílio-moradia corres - Invertendo as horas:
ponde a um décimo do salário. Sabe-se, também, que a verba para ↑Caminhões horas↑
o gabinete é U$ 90.100,00. Sendo assim, qual o custo mensal de um 3------------------x
deputado federal nesse país? 5-------------------12
(A) U$ 170.000,00 5x=36
(B) U$ 138.615,39 X=7,2h
(C) U$ 180.200,00
(D) U$ 132.934,43 0,2⋅60=12 minutos
(E) U$ 158.615,39 7 horas e 12 minutos

Resposta: A. 14. (CPRM – Técnico em Geociências – CESPE/2016) Por 10


Sendo x o custo torneiras, todas de um mesmo po e com igual vazão, uem 600
Salário 1/5x L de água em 40 minutos. Assim, por 12 dessas torneiras, todas do
Cota: 1/4x mesmo po e com a mesma vazão, em 50 minutos uirão
Auxílio moradia: 1/10 salário (A) 625 L de água.
(B) 576 L de água.
(C) 400 L de água.
(D) 900 L de água.
Mmc=100 (E) 750 L de água.

20x+25x+2x+9010000=100x Resposta: D.
53x=9010000
X=170000 Todas as grandezas são diretamente proporciona
proporcionais
is

↑Torneiras ↑vazão tempo↑


10---------------600----------40
12---------------x--------------50

15
MATEMÁTICA
Quanto mais dias, menos funcionários será necessário
Quanto mais dias, mais máquinas preparadas

↓Funcionários ↑ máquinas dias↑


400x=360000 20------------------150-----------45
X=900 30-------------------275----------x
↑Funcionários ↑ máquinas dias↑
15. (TRF 3ª REGIÃO – Analista Judiciário – FCC/2016) Uma 30------------------150-----------45
herança de R$ 82.000,00 será reparda de modo inversamente 20-------------------275----------x
proporcional às idades, em anos completos, dos três herdeiros. As
idades dos herdeiros são: 2, 3 e x anos. Sabe-se que os números que
correspondem às idades dos herdeiros são números primos entre si
(o maior divisor comum dos três números é o número 1) e que foi
R$ 42.000,00 a parte da herança que o herdeiro com 2 anos rece -
beu. A parr dessas informações o valor de x é igual a
(A) 7.
(B) 5.
(C) 11.
(D) 1.
(E) 13.
9x=495
Resposta: A. X=55

17. (TRF 3ª REGIÃO – Analista Judiciário – FCC/2016) O valor


da expressão numérica 0,00003 . 200 . 0,0014 ÷ (0,05 . 12000 . 0,8)
é igual a
(A)

Sabendo que A recebeu 42000


(B)
P=42000x2=84000

(C)

12000x=84000 (D)
X=7

16. (TRF 3ª REGIÃO – Analista Judiciário – FCC/2016) Uma in-


dústria produz um po de máquina que demanda a ação de grupos
de funcionários no preparo para o despacho ao cliente. Um grupo (E)
de 20 funcionários prepara o despacho de 150 máquinas em 45
dias. Para preparar o despacho de 275 máquinas, essa indústria
designou 30 funcionários. O número de dias gastos por esses 30
funcionários para preparem essas 275 máquinas é igual a
(A) 55. Resposta: B.
(B) 36. Vamos transformar
transformar em notação cienca
(C) 60. Lembrando que em potências de bases iguais, na mulplicação
(D) 72. somamos os expoentes e na divisão subtraimos
(E) 48.

Resposta: A.

16
MATEMÁTICA
18. (UNIFESP - Técnico em Segurança do Trabalho – VU - Ele fez a compra de mais 2 copos
NESP/2016) Determinada quana A de dinheiro foi dividida igual - 18+2=20
mente entre 8 pessoas, não ocorrendo sobras. Se a essa quana A
fossem acrescentados mais R$ 1.280,00, cada pessoa teria recebido 20. (UNIFESP - Técnico em Segurança do Trabalho – VU- VU-
R$ 1.560,00. Ao se dividir a quana A entre as 8 pessoas, cada uma NESP/2016) Um produto é vendido a prazo da seguinte forma: R$
delas recebeu 200,00 de entrada e 5 parcelas iguais de R$ 120,00 cada uma. Sa-
(A) R$ 1.350,00. be-se que o preço do produto a prazo é 25% maior que o preço
(B) R$ 1.400,00. da tabela, mas, se o pagamento for à vista, há um desconto de 5%
(C) R$ 1.480,00. sobre o preço da tabela. Então, a diferença entre o preço a prazo e
(D) R$ 1.500,00. o preço à vista é
(E) R$ 1.550,00. (A) R$ 160,00.
Resposta: B. (B) R$ 175,00.
(C) R$ 186,00.
(D) R$ 192,00.
(E) R$ 203,00.

A+1280=12480 Resposta: D.
A=11200
Cada um recebeu 11200/8=1400 Preço a prazo
200+120x5=800
19. (UNIFESP - Técnico em Segurança do Trabalho – VU -
NESP/2016) Em uma casa, a razão entre o número de copos colo- Preço tabela, sabendo que 800 é 25% a mais do que o preço
ridos e o número de copos transparentes é 3/5. Após a compra de da tabela:
mais 2 copos coloridos, a razão entre o número de copos coloridos
e o número de copos transparentes passou a ser 2/3. O número de 800=1,25x
copos coloridos nessa casa, após a compra, é X=640
(A) 24.
(B) 23. Preço à vista tem 5% de desconto em relação a tabela:
(C) 22.
(D) 21. 640x0,95=608
(E) 20.
Diferença:: 800-608=192
Diferença
Resposta: E.
Cc=copos coloridos 21. (UNIFESP - Técnico em Segurança do Trabalho – VU- VU-
Ct=copos transparentes NESP/2016) Um capital de R$ 1.200,00 foi aplicado a juros simples,
com taxa de 9% ao ano, durante certo período de tempo, rendendo
juros de R$ 72,00. Se esse capital permanecesse aplicado por mais
5 meses, o total obdo de juros seria
(A) R$ 98,00.
(B) R$ 102,00.
(C) R$ 108,00.
(D) R$ 112,00.
(E) R$ 117,00.

Resposta: E.
C=1200
I=0,09aa
i=0,09/12=0,0075 ao mês

J=Cin
72=1200.0,0075n
N=8 meses

8+5=13
J=1200.0,0075.13=117

Ct=30

Cc=18

17
MATEMÁTICA
22. (UNIFESP - Técnico em Segurança do Trabalho – VU - Sabendo-se que o perímetro da sala A é 2 metros maior que
NESP/2016) Um terreno retangular ABCD, com 8 m de frente por o perímetro da sala B, então é correto armar que o perímetro da
12 m de comprimento
comprimento,, foi dividido pelas cercas AC e EM, conforme sala B, em metros, é
mostra a gura. (A) 34.
(B) 36.
(C) 38.
(D) 40.
(E) 42.

Resposta: D.
Pa=perímetro da sala A
Pa=perímetro
Pb=perímetro sala B

Pa=Pb+2
X+x+5+x+x+5=5+x+7+5+x+7+2
4x+10=2x+26
2x=16
X=8

Sabendo-se que o ponto E pertence à cerca AC, o valor da área Pb=2x+24=16+24=40


AEMD destacada na gura, em m² , é
(A) 22.
24. (EMSERH – Psicólogo – FUNCAB/2016) Observe as sequ-
(B) 24. ências a seguir:
(C) 26.
(D) 28.
A= (1,1, 2, 3, 5, 8,..., an )
(E) 30. B = (1, 4, 9,16, 25,..., bn )
C = (1, 3, 6,10,15,..., cn )
Resposta: C.
É um exercício
exercício simples, basta lembrar da fórmula
fórmula da área do De acordo com as sequências anteriores, o valor da expressão
trapézio
E = 2.(a9 + a10) + 3.(b9+ b10 ) + 5.(c9 + c10 ), é:
(A) 360.
(B) 947.
AEMD é um trapézio
(C) 1.221.
A altura do trapézio é 12-8=4
(D) 1.261.
(E) 1.360.

Resposta: C.
Caso não lembre da fórmula do trapézio, podemos dividir a  - A7=5+8=13
A8=13+8=21
gura em triângulo e retângulo
A9=21+13=34
área do triângulo A10=34+21=55
A=bxh/2=3x4/2=6 B9=9²=81
B10=10²=100
C6=15+6=21
área do retângulo
A=bxh=5x4=20 C7=21+7=28
C8=28+8=36
Somando:20+6=26 C9=36+9=45
C10=45+10=55
23. (UNIFESP - Técnico em Segurança do Trabalho – VU -
NESP/2016) As guras mostram as dimensões, em metros, de duas E=2(34+55)+3(81+100)+5(45+55)
salas retangulares A e B. E=2.89+3.181+5.100
E=178+543+500
E=1221

25. (ANAC – Técnico Administravo – ESAF/2016) Dada a ma-


triz , o determinante da matriz 2A é igual a

(A) 40.
(B) 10.
(C) 18.
(D) 16.
(E) 36.

18
MATEMÁTICA
Resposta: A. Mas, teremos duas incógnitas x e n, então vamos eixar uma em
D=(8+3)-(2+4) função da outra
D=11-6=5 an=a1+(n-1)r
Determinante da matriz 2A r=7-4=3
Como é o dobro e a matriz é 3x3 x=4+3n-3
x=1+3n
D=2³.5=8.5=40

26. (ANAC – Técnico Administravo – ESAF/2016) Em uma pro-


gressão aritméca, tem-se a2 + a5 = 40 e a4 + a7 = 64. O valor do
31º termo dessa progressão aritméca é igual a
(A) 180.
(B) 185.
(C) 182. (5+3n).n=848
(D) 175. 5n+3n²-848=0
(E) 178. ∆=25-4.3.(-848)
∆=25+10176=10201
Resposta: B.
A2+a5=40
Vamos deixar tudo em função de a1, para poder montar um
sistema
N=96/6=16
A1+r+a1+4r=40 N=-106/6(não convém)
2a1+5r=40
X=1+3n
A4+a7=64 X=1+3.16
A1+3r+a1+6r=64 X=1+48=49
2a1+9r=64
28. (UFPB – Administr
Administrador
ador – IDECAN/2016) Um grupo de alu-
nos é formado por 11 meninos e 14 meninas. Sabe-se que metade
das meninas são loiras, ao passo que apenas três meninos são loi-
ros. Dessa forma, ao selecionar-se ao acaso um aluno, a probabili-
(I)-(II) dade de que seja um menino loiro é:
-4r=-24 (A) 0,12.
r=6 (B) 0,15.
Substuindo em I (C) 0,22.
2a1+30=40 (D) 0,25.
2a1=10
A1=5 Resposta: A.
total de crianças é de 11+14=25 crianças.
A31=a1+30r Se temos 11 meninos, a probabilidade é de 11/25
A31=5+30.6= E entre os meninos 3 são loiros, 3/11, pois já deixa claro que é
A31=5+180=185 está entre os meninos e não mais entre as crianças.

27. (UFPB – Administrad


Administrador
or – IDECAN/2016
I DECAN/2016)) Considere a equa-
ção a seguir:

4 + 7 + 10 + ... + x = 424 29. (TRT 14ª REGIÃO – Analista Judiciário – FCC/2016) Observe
os sete primeiros termos de uma sequência numérica: 7, 13, 25,
Sabendo-se que os termos do primeiro membro dessa equação 49, 97, 193, 385, ... . Mando o mesmo padrão da sequência e ad-
formam uma progressão aritméca, então o valor de x é: mindo-se que o 100º termo seja igual a x, então o 99º termo dela
(A) 37. será igual a
(B) 49. (A) x/2 +1
(C) 57. (B) x/2-1
(D) 61. (C) x-1/2
(D) x+1/2
Resposta: B. (E) 2x-1/4
Pela fórmula do somario de PA:
Resposta: D.

19
MATEMÁTICA
Vamos fazer por tentava que é a forma mais rápida. Resposta: C.
Vamos analisar cada alternava,
alternava, com base nos números dados, 65x12=780
vamos sempre tomar como base os dois primeiros, que são núme - Para sabermos quanto foi de hora extra:
ros mais baixos.
As alternavas A e B já estão fora, pois dividem o segundo ter- 845-780=65
mo por 2, daria um decimal, que não da certo. Se ele só pode fazer 1 hora extra por dia, então ele fez
A C caria 13-1/2=6 65/13=5 dias de hora extra.
Opa, se x-1/2, deu um número a menos, então a resposta deve 33. (TRT 14ª REGIÃO – Técnico Judiciário – FCC/2016) Alberto
ser a D. fez uma dieta com nutricionista e perdeu 20% do seu peso nos seis
primeiros meses. Nos seis meses seguintes Alberto abandonou o
acompanhamento do nutricionista e, com isso, engordou 20% em
relação ao peso que havia angido. Comparando o peso de Alberto
quando ele iniciou a dieta com seu peso ao nal dos doze meses
30. (CODEBA – Guarda Portuário – FGV/2016) No dia 1º de ja- mencionados, o peso de Alberto
neiro de 2016, na cidade de Salvador
Salvador,, o nascente do Sol ocorreu às (A) reduziu 4%.
5 horas e 41 minutos e o poente às 18 horas e 26 minutos. (B) aumentou 2%.
(C) manteve-se igual.
O período de luminosidade desse dia foi (D) reduziu 5%.
(A) 12 horas e 25 minutos. (E) aumentou 5%.
(B) 12 horas e 35 minutos.
(C) 12 horas e 45 minutos. Resposta: A.
(D) 13 horas e 15 minutos. Como ele perdeu 20%
(E) 13 horas e 25 minutos. 1-0,2=0,8

Resposta: C. Depois engordou 20%


26 é um número maior que 41, então devemos emprestar do 0,8x1,2=0,96
vizinho, mas como estamos falando de hora, ramos uma hora e
como é minutos, 1 hora tem 60 minutos, devemos somar os 60 mi - Do peso inicial ele reduziu 1-0,96=0,04=4%
nutos aos 26 minutos.
34. (TRF 3ª REGIÃO – Analista Judiciário – FCC/2016) A tabela
abaixo fornece os valores recebidos por uma empresa, na data de
hoje, correspondentes aos descontos de 3 tulos em um banco. A
taxa de desconto ulizada pelo banco é de 18% ao ano para qual -
quer operação.

31. (CODEBA – Guarda Portuário – FGV/2016) Um contêiner


possui, aproximadamente,
aproximadamente, 6,0 m de comprimento, 2,4 m de largura
e 2,3 m de altura.
Se a soma dos valores nominais dos 3 tulos é igual a R$
A capacidade cúbica desse contêiner é de, aproximadamente,
aproximadamente, 50.000,00, então X é, em R$, igual a
(A) 31 m3 . (A) 9.960,65.
(B) 33 m3 . (B) 10.056,15.
(C) 35 m3 . (C) 9.769,65.
(D) 37 m3 . (D) 10.247,15.
(E) 39 m3 . (E) 9.865,15.

Resposta: B. Resposta: A.
6x2,4x2,3=33,12 Título 1
18%aa=1,5%am
32. (CODEBA – Analista Portuário – FGV/2016) Hércules rece-
be R$ 65,00 por dia normal de trabalho e mais R$ 13,00 por hora Desconto Racional Simples
extra. N=A(1+it)
Após 12 dias de trabalho, Hércules recebeu um total de R$ N=19000(1+0,015.2)
845,00. N = 19.000(1,03)
Sabendo que Hércules pode fazer apenas uma hora extra por N =19.570
dia, o número de dias em que Hércules fez hora extra foi
(A) 1. Título 3
(B) 3. Desconto Comercial Simples
(C) 5. A=N(1-it)
(D) 7. 18500=N(1-0,015.5)
(E) 9. N = 18.500/ 0.925 => N = 20.000

20
MATEMÁTICA
Título 2: 36. (PREF. DE CUIABÁ/MT – Auditor Fiscal Tributário da Recei-
Recei-
Sabendo que a soma dos valores nominais dos tulos é 50.000 ta Municipal – FGV/2016) Suponha um tulo cujo valor seja igual a
R$ 2000,00 e o prazo de vencimento é de 60 dias.
50.000 = tulo 1 + tulo 2 + tulo 3 Sob uma taxa de desconto “por fora” igual a 1% ao mês, o valor
tulo2 = 50.000 - 19.570 - 20.000 = 10.430 do desconto composto é igual a
(A) R$ 40,00.
A=N(1-it) (B) R$ 39,80.
A = 10.430 (1-0,015x3) (C) R$ 39,95.
A = 9.960,65 (D) R$ 38,80.
(E) R$ 20,00.
35. (TRF 3ª REGIÃO – Analista Judiciário – FCC/2016) Um tulo
de valor nominal igual a R$ 18.522,00 vencerá daqui a 3 trimestres. Resposta: B.
Sabe-se que ele será resgatado antes do vencimento, segundo o cri -
tério do desconto racional composto, a uma taxa de juros de 5% ao Temos 60 dias de antecipação, ou 2 meses comerciais. Assim,
trimestre.
Supondo-se que a primeira opção será resgatar o tulo 2 tri - A = N.(1 – j)t
mestres antes do vencimento e a segunda opção será resgatar o A = 2000.(1 – 0,01)²
tulo 1 trimestre antes do vencimento
vencimento,, o valor de resgate do tulo A = 2000. 0,99²
referentee à segunda opção supera o valor de resgate do tulo refe-
referent A = 2000 x 0,9801
rente à primeira opção, em R$, em A = 1960,2
D=N–A
Dados: 1,052 = 1,102500 e 1,053 = 1,157625 D = 2000 – 1960,2 = 39,8 reais
(A) 926,10.
(B) 882,00. 37. (BAHIAGAS – Analista de Processos Organizacionais
Organizacionais – CAI
CAI--
(C) 900,00. PIMES/2016) Uma aplicação de R$ 1.000.000,00 resultou em um
(D) 800,00. montante de R$ 1.240.000,00 após 12 meses. Dentro do regime de
(E) 840,00. Juros Simples, a que taxa o capital foi aplicado?
(A) 1,5% ao mês.
Resposta: E. (B) 4% ao trimestre.
(C) 20% ao ano.
Desconto Racional Composto => A = N/(1+i) n (D) 2,5% ao bimestre.
(E) 12% ao semestre.
Primeira opção
Se o prazo do vencimento era 3 trimestres e ele resgata 2 tri- Resposta: E.
mestres antes disso, isso signica que ele descontou 1 trimestre
M=1240000
C=1000000
N=12
I=?

M=C(1+in)
Segunda opção 1240000=1000000(1+12i)
Se ele resgatou 1 trimestre antes do vencimento, então ele des- 1,24=1+12i
contou 2 trimestres (n=2) 0,24=12i
I=0,02am
0,02x6=0,12 a.s
12%ao semestre

38. (PREF. DE GOIÂNIA – Auditor de Tributos – CSUFG/2016)


Uma pessoa antes de tomar emprestado uma quana de R$ 100
000,00, avalia três propostas: a primeira, à taxa de 5% ao mês, du -
rante 8 meses; a segunda, à taxa de 4% ao mês, durante 12 meses;
Diferença
Diferença = 17.640 - 16.800 = 840 a terceira, à taxa de 3% ao mês, durante 24 meses; todas a juros
simples. O valor dos juros a serem pagos, em reais, à proposta em
que pagará menos juros, é:
(A) 72 000,00
(B) 60 000,00
(C) 48 000,00
(D) 40 000,00

Resposta: D.

21
MATEMÁTICA
1ª Proposta Sendo “a” um número real, para que tenhamos A . B = C, o valor
C=100000 da variável “a” deverá ser:
I=0,05 (A) um número inteiro, ímpar e primo.
N=8 (B) um número inteiro, par,
par, maior que 1 e menor que 5
(C) um número racional, par, maior que 5 e menor que 10.
J=Cin (D) um número natural, impar,
impar, maior que 1 e menor que 5.
J=100000.0,05.8=40000
Resposta: A.
2ªProposta
C=100000
I=0,04
N=12

J=100000.0,04.12=48000

3ªProposta
I=0,03
N=24
J=100000.0,03.24=72000 a+2=9
a=7
Então a que paga menos juros é a primeira de 40000
42. (SEFAZ/RS – Auditor Fiscal da Receita Estadual – FUNDA-
FUNDA -
39.(PREF. DO RIO DE JANEIRO –Agente de Administração - TEC/2014) O determinante da matriz
PREF. DO RIO DE JANEIRO/2016) SejaSeja N a quandade máxima de
números inteiros de quatro algarismos disntos, maiores do que
4000, que podem ser escritos ulizando-se apenas os algarismos 0,
1, 2, 3, 4, 5 e 6.
O valor de N é: é:
(A) 120
(B) 240 (A) -32.
(C) 360 (B) -26.
(D) 480 (C) 14.
Resposta: C. (D) 16.
4 __ __ __ (E) 28.
6. 5. 4=120
Depois xamos o 5 e o 6, e também teremos 120 possibilidades Resposta: B.
120x3=360 Vamos fazer por cofator, pois já temos duas linhas com 0

40. (MGS – Serviços Técnicos


Técnicos Contábeis – IBFC/2015) Sejam as
matrizes quadradas
quadradas de e então o valor
valor ordem e ,
então o valor do determinante da matriz C = A + B é igual a:

(A) -2 A34= -[(3+2+4)-(6+4+1)]


(B) 2 A34=-(9-11)
(C) 6 A34=2
(D) -6

Resposta: D.

A44=4.[(6-6+4)-(6+8-3)]
A44=4.(4-11)
A44=-28

A34+ A44=2-28=-26

41. (PREF. DE SANTO ANDRÉ – Assistente Econômico Financei-


Financei -
ro – IBAM/2015) Considere as seguintes matrizes:

22
MATEMÁTICA
43. (PC/SP – Desenhista Técnico-Pericial – VUNESP/2014) Con- 20 programas B, para cada década temos:
sidere as matrizes e , Em relação a MN, que é o produ- 8x20=160 da década de 60
to da matriz M pela matriz N, é correto armar que 2x20=40 da década de 70
7x20 =140 da década de 80

(A) Década de 60:250+160=410


Década de 70: 150+40=190
(B) MN = [0 #31;2 3] Década de 80: 200+140=340

Com as respostas do 1º mês conseguimos obter a resposta C.

(C) 45. (BRDE – Analista de Sistemas – FUNDATE/2015) A solução


do seguinte sistema linear é:

(A) S={(0,2,-5)}
(D) (B) S={(1,4,1)}
(C) S={(4,0,6)}
(D) S={(3/2 ,6, -7/2)}
(E) Sistema sem solução.
solução.
(E)
Resposta: D.
Resposta: A. Da II equação ramos:
Como a matriz Aé 3x3 e a matriz B é 3x1, o produto só pode X=5+z
ser 3x1

44. (PREF. DE UBATUBA/SP – Procurador Municipal – EDE- EDE- Da III equação:


CAN/2014) Uma rádio apresenta dois programas com músicas an- Y=13+2z
gas das décadas de 60, 70 e 80, cujos números de músicas de cada
década são sempre iguais conforme indicado a seguir: Substuindo na I
- Programa A: cinco canções da década de 60, três da década de 5+z+2(13+2z)+z=10
70 e quatro da década de 80; e, 5+z+26+4z+z=10
-Programa B: oito canções da década de 60, duas da década de 6z=10-31
70 e sete da década de 80. 6z=-21
Considere que nos dois primeiros meses a parr das estreias Z=-21/6
desses programas os mesmos foram apresentados várias vezes: Z=-7/2
-1º mês: 50 programas A e 20 programas B; e,
-2º mês: 30 programas A e 40 programas B. X=5+z
A matriz que representa a quandade de músicas exibidas nos
dois meses considerados é

(A) 46. (BRDE – Assistente Administravo – FUNDATEC/2015) A


solução do sistema linear é:
(A) S={(4, ¼)}
(B) S={(3, 3/2 )}
(B) (C) S={(3/2 ,3 )}
(D) S={(3,− 3/2 )}
(E) S={(1,3/2 )}

(C) Resposta: A.

(D)

Resposta: C.

1ºmês
Como são 50 programas A
5x50=250 canções da década de 60
3x50=150 da década de 70 Somando as duas equações:
4x50=200 da década de 80 144y=36

23
MATEMÁTICA
Fazendo a equação I (x-1) e somando com a II e depois (x-2) e
somando com a III.

-x+28y=3
-x+7=3
-x=3-7
X=4
Substuindo II em III
-2-2z=-10
47. (SEDUC/PI – Professor – Matemáca – NUCEPE/2015) O -2z=-10+2
sistema linear é possível e indeterminado -2z=-8
se: Z=4

Substuindo em I
(A) m ≠ 2 e n = 2 . X+2.2+2.4=11
(B) m ≠ 1/2 e n = 2 . X+4+8=11
(C) m = 2 e n = 2 . X=-1
(D) m = 1/2 e n = 2 .
(E) m = 1/2 e n ≠ 2 . X+y+z=-1+2+4=5

Resposta: D. 49. CRM/MS – Assessor – Tecnologia da Informação – MS


Para ser possível e indeterminado, D=Dx=Dy=Dz=0 CONCURSOS/2014) Observe o sistema linear a seguir:

D=(3m+4m+3)-(3m+6m+2)=0 Ao escalonarmos esse sistema, podemos concluir que:


7m+3-9m-2=0 (A) Trata-se de um sistema incompavel.
-2m=-1 (B) Esse sistema é compavel e indeterminado.
m=1/2 (C) Este sistema é compavel e determinado e seu vetor solu -
ção é (0,-2/3, 1/3)
(D) Este sistema é compavel e determinado e admite como
solução a tripla ordenada (1, 2, 3).

Resposta: C.
(n-4+9)-(-3+6+2n)=0
n+5-2n-3=0
-n=-2
n=2

Mulplicando a primeira equação por -2 e somando na segun-


48. (AGU – Administrador – IDECAN/2014) Um estudante, ao da:
resolver um problema, chegou ao seguinte sistema linear:

É correto armar que x + y + z é igual a Mulplicando a primeira equação por -3 e somando na tercei -
(A) 1 ra:
(B) 3
(C) 5
(D) 7
(E) 9

Resposta:C. De II temos
Vamos trocar a primeira e a terceira equação Y=-2/3
Substuindo em III

24
MATEMÁTICA
-4-6z=-6 52. (TCE/RN – Assessor de Informáca – CESPE/2015) Para s-
-6z=-6+4 calizar determinada endade, um órgão de controle escolherá 12
-6z=-2 de seus servidores: 5 da secretaria de controle interno, 3 da secre -
Z=2/6 taria de prevenção da corrupção, 3 da corregedoria e 1 da ouvido-
Z=1/3 ria. Os 12 servidores serão distribuídos, por sorteio, nas equipes A,
B e C; e cada equipe será composta por 4 servidores. A equipe A
Substuindo em I será a primeira a ser formada, depois a equipe B e, por úlmo, a C.
A respeito dessa situação, julgue o item subsequente.
A probabilidade de um servidor que não for sorteado para inte-
grar a equipe A ser sorteado para integrar a equipe B é igual a 0,5.
X=1-1=0 ( ) Certo ( ) Errado

Vetor solução (0, -2/3, 1/3) Resposta: certo


Como já foram 4 servidores, sobraram 8
50. (CASAN – Técnico de Laboratório – INSTITUTO AOCP/2016) E são formados sempre por 4
Um empresário, para evitar ser roubado, escondia seu dinheiro no
interior de um dos 4 pneus de um carro velho fora de uso, que man-
nha no fundo de sua casa. Certo dia, o empresário se gabava de
sua inteligência ao contar o fato para um de seus amigos, enquanto
um ladrão que passava pelo local ouvia tudo. O ladrão nha tem - 53. (CIS-AMOSC/SC – Auxiliar Administravo
Administravo – CURSIVA/
CURSIVA/2015)
2015)
po suciente para escolher aleatoriamente apenas um dos pneus, Numa caixa são colocadas 12 bolas pretas, 8 bolas verdes e 10 bolas
rerar do veículo e levar consigo. Qual é a probabilidade de ele ter amarelas Rerando-se ,ao acaso uma bola dessa caixa, determine a
roubado o pneu certo? probabilidade de ela ser preta?
(A) 0,20. (A) 40%
(B) 0,23. (B) 45%
(C) 0,25. (C) 30%
(D) 0,27. (D) 35%
(E) 0,30.
Resposta: A.
Resposta: C. Total de bolas:30
A probabilidade é de 1/4, pois o carro tem 4 pneus e o dinheiro Bolas pretas:12
está em 1.
1/4=0,25

51. (PREF. DE PAULÍNIA/SP – Guarda Municipal – FGV/2015)


Um ciclo completo de um determinado semáforo é de um minuto 54. (COLÉGIO PEDRO II – Técnico em Assuntos Educacionais –
e meio. A cada ciclo o semáforo ca vermelho 30 segundos, em ACESSO PUBLICO/2015) Carlos realizou duas reuniões pedagógicas
seguida ca laranja 10 segundos e, por m, ca verde 50 segundos. com os professores, uma para professores do ensino fundamental
(EF) e a outra para professores do ensino médio (EM). Apenas 20
Escolhido um instante de tempo ao acaso, a probabilidade de dos 50 professores do EF previstos compareceram à reunião. Ape -
que neste instante de tempo o semáforo NÃO esteja fechado, isto nas 10 dos 30 professores do EM previstos compareceram à reu -
é, NÃO esteja vermelho, é: nião. Alberto e Bruna são, respecvamente, professores
professores de EF e EM
(A) 1/9; previstos para parciparem da reunião. Qual a probabilidade de os
(B) 2/9; dois terem faltado a reunião?
(C) 1/3; (A) 0,4
(D) 4/9; (B) 0,2
(E) 2/3. (C) 0,3
(D) 0,5
Resposta: E. (E) 0,6
São 60 segundos (10+50) de 90 segundos ( 1 minuto e meio)
que ele não ca vermelho. Resposta: A.
Como compareceram 20 de 50 do EF, faltaram 30
E faltaram 20 do EM

55. (CIS-AMOSC/SC – Auxiliar Administravo


Administravo – CURSIVA/
CURSIVA/2015)
2015)
Lançando- se uma moeda três vezes, qual é a probabilidade de que
apareça cara nos três lançamentos ?
(A) 1/3
(B) 1/6
(C) 1/8
(D) 1/9

25
MATEMÁTICA
Resposta: C. 58. (TJ/RO – Técnico Judiciário – FGV/2015) A média do núme-
ro de páginas de cinco processos que estão sobre a mesa de Tânia é
Pode ser cara ou coroa, portanto terá 1/2 possibilidade para 90. Um desses processos, com 130 páginas, foi analisado e rerado
cada. da mesa de Tânia.
E como são 3 lançamentos tem que ser cara E cara E cara A média do número de páginas dos quatro processos que res -
taram é:
(A) 70;
(B) 75;
(C) 80;
56. (PREF. DE NITERÓI – Agente Fazendário – FGV/2015) Os 12 (D) 85;
funcionários de uma reparção da prefeitura foram submedos a (E) 90.
um teste de avaliação de conhecimentos de computação e a pon -
tuação deles, em uma escala de 0 a 100, está no quadro abaixo. Resposta: C.

50 55 55 55 55 60
62 63 65 90 90 100

O número de funcionários com pontuação acima da média é: S=450 páginas


(A) 3;
(B) 4; 450-130=320
(C) 5;
(D) 6; Média =320/4=80
(E) 7.
59. (TCE/RO – Analista de Tecnologia da Informação –
Resposta: A. FGV/2015) A média de cinco números de uma lista é 19. A média
dos dois primeiros números da lista é 16.
A média dos outros três números da lista é:
(A) 13;
(B) 15;
M=66,67 (C) 17;
Apenas 3 funcionários estão acima da média. (D) 19;
(E) 21.
57. (PREF. DE NITERÓI – Fiscal de Posturas – FGV/2015) A mé-
dia das idades dos cinco jogadores mais velhos de um me de fu - Resposta: E.
tebol é 34 anos. A média das idades dos seis jogadores mais velhos Sendo os números: x1, x2, x3, x4, x5
desse mesmo me é 33 anos. Média dos dois primeiros
A idade, em anos, do sexto jogador mais velho desse me é:
(A) 33;
(B) 32;
(C) 30;
(D) 28; X1+x2=32
(E) 26.

Resposta: D.
S=soma das idades dos 5 jogadores
X=idade do 6º jogador

X3+x4+x5+32=95
S=34x5=170 X3+x4+x5=63

Média dos 3

170+x=198
X=28

26
CONHECIMENTOS GERAIS

1. Geograa do Brasil e do Estado de Minas Gerais: Formação do território. Geograa sica: relevo, clima, vegetação, hidrograa. Geo-
graa humana: aspectos econômicos, sociais e culturais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
CONHECIMENTOS GERAIS

Hidrografa Brasileira
GEOGRAFIA DO BRASIL E DO ESTADO DE MINAS GE-
RAIS: FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO. GEOGRAFIA FÍSI- Ao todo, o Brasil tem 12 regiões hidrográcas, dentre as quais
CA: RELEVO, CLIMA, VEGETAÇÃO, HIDROGRAFIA. GEO - a bacia amazônica, a maior de todas. São elas:
GRAFIA HUMANA: ASPECTOS ECONÔMICOS, SOCIAIS • Região Hidrográca Amazônica
Amazônica
E CULTURAIS • Região Hidrográca Tocanns Araguaia
• Região Hidrográca do Paraná
BRASIL: Geografa • Região Hidrográca do São Francisco
• Região Hidrográca do Paraguai
A Geograa do Brasil compreende aspectos como área, clima, • Região Hidrográca do Uruguai
hidrograa, relevo, vegetação, entre outros. • Região Hidrográca Atlânco
Atlânco Nordeste Ocidental
• Região Hidrográca Atlânco
Atlânco Nordeste Oriental
Localizado
Localizado na América do Sul, sua extensão é de mais de 8,5 mi- • Região Hidrográca do Parnaíba
lhões de quilômetros quadrados de extensão (8.515.759,090 km2) o • Região Hidrográca Atlânco Leste
que faz dele o quinto maior país do mundo. • Região Hidrográca Atlânco
Atlânco Sudeste
Também é um dos países mais populosos. Apesar de ter • Região Hidrográca Atlânco
Atlânco Sul
204.450.649 habitantes é qualicado como pouco povoado pelo
fato de que conta com 22,4 hab./km2. Clima Brasileiro
O país está dividido em cinco regiões (Nordeste, Norte, Centro-
-Oeste, Sudeste e Sul) e tem 26 estados e um Distrito Federal. Na maior parte do país o clima é quente, o que decorre da sua
Faz fronteira com Venezuela, Guiana, Suriname, Guiana Fran - localização, entre a Linha do Equador e o Trópico de Capricórnio.
localização,
cesa, Colômbia, Peru, Bolívia, Paraguai, Argenna e Uruguai. Isso Apesar disso existem 6 principais pos de climas no Brasil:
quer dizer que faz fronteira com quase todos os países desse sub - Equatorial, Tropical, Tropical Semiárido, Tropical de Altude, Tropi -
connente americano, exceto com Chile e Equador. cal Litorâneo e Subtropical.
O relevo brasileiro é formado principalmente por planaltos e
depressões. O Brasil é banhado pelo oceano Atlânco e possui as Vegetação Brasileira
maiores bacias hidrográcas do mundo.
No nosso país localiza-se a maior oresta tropical do Mundo.
População Brasileira Parte da Floresta Amazônica, o “Pulmão do Mundo”, também en -
contra-se em outros 8 países da América do Sul.
A expectava de vida da população brasileira é de 73 anos.
São Paulo é o estado mais populoso do Brasil com 41,2 milhões A vegetação brasileira é constuída principalmente por:
de habitantes. Depois dele, Minas Gerais, com 19,5 milhões de ha- • Caanga
bitantes. • Cerrado
Esses dados mostram que a região brasileira com maior con - • Mangue
centração populacional é o Sudeste. • Pampa
Enquanto isso, o estado brasileiro que tem a população mais • Pantanal
pequena é Roraima, com 451,2 mil habitantes. • Mata Atlânca
Relevo Brasileiro • Mata das Araucárias
Os planaltos, áreas elevadas e planas, ocupam a maior parte do • Mata dos Cocais
nosso território, cerca de 5.000.00 km2. São divididos em: • Amazônia
• Planalto das Guianas Relevo brasileiro
• Planalto Brasileiro
• Planalto Central Estrutura Geológica do Brasil
• Planalto Meridional
• Planalto Nordesno Três estruturas geológicas disntas compõem o Brasil: escudos
• Serras e Planaltos do Leste e do Sudeste, cristalinos, bacias sedimentares e terrenos vulcânicos.
• Planalto do Maranhão-Pia
Maranhão-Piauí uí
• Planalto Dissecado de Sudeste (Escudo Sul-Riograndense)
Junto com as depressões, áreas mais baixas, os planaltos ocu -
pam cerca de 95% do território nacional. As principais depressões
do nosso país são Depressões Norte e Sul Amazônic
Amazônica.a.
As principais planícies do Brasil, que se caracteriz
caracterizam
am pela áreas
planas quase sem variação de altude são: Planície Amazônica, Pla-
nície do Pantanal e Planície Litorânea.

Área de mineração na Serra dos Carajás, nesse local é extraído


minério de ferro formado em escudos cristalinos.

1
CONHECIMENTOS GERAIS

A realização de estudos direcionados ao conhecimento geoló - Montanhas


gico é de extrema importância para saber quais são as principais
jazidas minerais e sua quandade no subsolo. Ta Tall informação pro-
porciona o racionamento da extração de determinados minérios,
de maneira que não comprometa sua reserva para o futuro.
A supercie brasileira é constuída basicamente por três estru-
turas geológicas: escudos cristalinos, bacias sedimentares e terre -
nos vulcânicos.
• Escudos cristalinos: são áreas cuja supercie se constuiu no
Pré-Cambriano,, essa estrutura geológica abrange aproximadamen-
Pré-Cambriano
te 36% do território brasileiro. Nas regiões que se formaram no éon
Arqueano (o qual ocupa cerca de 32% do país) existem diversos  -
pos de rochas, com destaque para o granito. Em terrenos formados
no éon Proterozoico são encontradas rochas metamórcas, onde se
formam minerais como ferro e manganês.

• Bacias sedimentar
sedimentares:
es: estrutura geológica de formação mais
recente, que abrange pelo menos 58% do país. Em regiões onde o
terreno se formou na era Paleozoica existem jazidas carboníferas.
Em terrenos formados na era Mesozoica existem jazidas petrolífe - Os Alpes, na Europa, formam uma cadeia de montanhas
ras. Em áreas da era Cenozoica
Cenozoica ocorre um intenso processo de sedi -
mentação que corresponde às planícies. As montanhas são formas de relevo que se caracterizam pela
• Terrenos vulcânicos: esse po de estrutura ocupa somente elevada altude em comparação com as demais altudes da su-
8% do território nacional, isso acontece por ser uma formação mais percie terrestre. Quando das em conjunto, elas formam cadeias
rara. Tais terrenos foram submedos a derrames vulcânicos, as la- chamadas de cordilheiras, a exemplo da Cordilheira dos Andes, na
vas deram origem a rochas, como o basalto e o diabásio, o primeiro América do Sul, e da Cordilheira do Himalaia, na Ásia.
é responsável pela formação dos solos mais férteis do Brasil, a “ter- Existem quatro pos de montanhas: as vulcânicas, que se for-
ra roxa”. mam a parr de vulcões; as de erosão, que surgem a parr da ero -
são do relevo ao seu redor, levando milhões de anos para serem
Tipos de Relevo formadas; as falhadas, originadas a parr de falhament
falhamentos
os na crosta,
que geram uma ruptura entre dois blocos terrestres, cando soer -
A supercie terrestre é composta por diferentes pos de rele- guidos um sobre o outro; e as dobradas, que se originam a parr
vo: montanhas, planícies, planaltos e depressões. dos dobramentos terrestres causados pelo tectonismo. De todos
esses pos, o úlmo é o mais comum.

Planaltos

As diferentes
diferentes feições da supercie formam
formam os diferentes pos
de relevo Imagem do planalto betano

O relevo corresponde às variações que se apresentam sobre Os planaltos – também chamados de platôs – são denidos
a camada supercial da Terra. Assim, podemos notar que o relevo como áreas mais ou menos planas que apresentam médias altu -
terrestre apresenta diferentes sionomias, isto é, áreas com dife - des, delimitações bem nídas, geralment
geralmentee compostas por escarpas,
rentes caracteríscas: algumas mais altas, outras mais baixas, al- e são cercadas por regiões mais baixas. Neles, predomina o proces-
gumas mais acidentadas, outras mais planas, entre outras feições. so de erosão, que fornece sedimentos para outras áreas.
Para melhor analisar e compreender a forma com que essas
dinâmicas se revelam, foi elaborada uma classicação do relevo ter-
restre com base em suas caracteríscas principais, dividindo-o em
quatro diferentes formas de relevo: as montanhas, os planaltos, as
planícies e as depressões.

2
CONHECIMENTOS GERAIS

Existem três principais pos de planaltos: os cristalinos, for- Planalto Nordesno


mados por rochas cristalinas (ígneas intrusivas e metamórcas) e
compostos por restos de montanhas que se erodiram com o tempo; Localizado na região nordeste do país, esse planalto possuem a
Localizado
os basálcos, formados por rochas ígneas extrusivas (ou vulcânicas) presença de chapadas e serras cristalinas, donde destaca-se a Serra
originadas de angas e exntas avidades vulcânicas; e os sedimen- da Borborema.
tares, formados por rochas sedimentares que antes eram baixas e Ela está localizada nos Estados de Alagoas, Pernambuco, Paraí -
que sofreram o soerguimento pelos movimentos internos da crosta ba e Rio Grande do Norte, com altude máxima de 1260 m.
terrestre. Os picos mais elevados na Serra ou Planalto da Borborema é o
Pico do Papagaio (1260 m) e o Pico do Jabre (1200 m).
Planaltos do Brasil
Serras e Planaltos do Leste e do Sudeste
No território brasileiro há um predomínio de planaltos. Esse
po de relevo ocupa cerca de 5.000.00 km2 da área total do país, É conhecido pela denominação “mar de morros”. Envolve gran -
do qual as formas mais comuns são os picos, serras, colinas, morros de parte do planalto atlânco, no litoral do país, as serras e os pla -
e chapadas. naltos do leste e do sudeste.
De maneira geral, o planalto brasileiro é dividido em planalto Abrangem os estados do Paraná, Santa Catarina, São Paulo,
meridional, planalto central e planalto atlânco: Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Bahia.
Destacam-se a Serra da Canastra, Serra do Mar e Serra da Man-
Planalto Central queira.

O planalto central está localizado nos Estados de Minas Gerais, Planalto do Maranhão-Piauí
Tocanns, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
O local possui grande potencial elétrico com presença de mui - Também chamado de planalto meio-norte, esse planalto está
tos rios, donde se destacam os rios São Francisco, Araguaia e To - localizado nos estados do Maranhão, Piauí e Ceará.
canns.
Além disso, há o predomínio de vegetação do cerrado. Seu Planalto Dissecado de Sudeste (Escudo Sul-rio-grandense)
ponto de maior altude é a Chapada dos Veadeiros, localizada no
estado de Goiás e com altudes que variam de 600 m a 1650 m. Localizado no estado do Rio Grande do Sul, o escudo sul-rio -
-grandense apresenta elevações de até 550 metros, o qual caracte-
Planalto das Guianas riza o conjunto de serras do estado.
Um dos pontos mais altos é o Cerro do Sandin, com 510 metros
Localizado nos estados do Amazonas, Pará, Roraima e Amapá, de altude.
o planalto das guianas é uma das formações geológicas mais angas
do planeta. Planícies
Ele se estende também pelos países vizinhos: Venezuela, Co-
lômbia, Guiana, Suriname e Guiana Francesa.
Formado em sua maioria, por vegetaç
vegetação
ão tropical (Floresta Ama-
zônica) e serras. É aqui que se encontra o ponto mais alto do relevo
brasileiro,, ou seja, o Pico da Neblina com cerca de 3.000 metros de
brasileiro
altude, localizado na Serra do Imeri, no Estado do Amazonas.

Planalto Brasileiro

Formado pelo Planalto Central, Planalto Meridional, Planalto


Nordesno, Serras e Planaltos do Leste e Sudeste, Planaltos do Ma-
ranhão-Piauí e Planalto Uruguaio-Rio-Grand
Uruguaio-Rio-Grandense.
ense.
O ponto mais alto do planalto brasileiro é o Pico da Bandeira
com cerca de 2.900 metros, localizado nos estados do Espírito Santo
e de Minas Gerais, na serra do Caparaó.

Planalto Meridional O Rio Amazonas é cercado por uma área de planície

Localizado, em sua grande maioria, no sul do país, o planalto São áreas planas e com baixas altudes, normalmente muito
meridional estende-se também pelas regiões do centro-oeste e su- próximas ao nível do mar. Encontram-se, em sua maioria, próximas
deste no Brasil. a planaltos, formando alguns vales uviais ou constuindo áreas
Seu ponto mais alto é Serra Geral do Paraná presente nos esta- litorâneas. Caracterizam-se pelo predomínio do processo de acu -
dos do Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina. mulação e sedimentação, uma vez que recebem a maior parte dos
É dividido em: planalto arenito-basálco, os quais formam as sedimentos provenientes
provenientes do desgaste dos demais pos de relevo.
serras (cuestas) e a depressão periférica, caracterizada por altudes
menos elevadas.

3
CONHECIMENTOS GERAIS

Planície Amazônica

Localizada
Localizada no estado de Rondônia, esse po de relevo caracteriza
caracteriza a maior área de terras baixas no Brasil. As formas mais recorrentes
são a região de várzeas, terraços
terraços uviais (tesos) e baixo planalto.

Planície do Pantanal

Situada nos estados no Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, a planície do pantanal é um terreno propenso às inundações. Portanto, ele
é marcado por diversas regiões pantanosas.
Lembre-se que o Pantanal é a maior planície inundável do mundo.
Planície Litorânea

Também chamada de planície costeira, a planície litorânea é uma faixa de terra situada na região costeira do litoral brasileiro, que
possui aproximadamente 600 km.

Depressão

Mar morto, exemplo de depressão absoluta

São áreas rebaixadas que apresentam as menores altudes da supercie terrestre. Quando uma localidade é mais baixa que o seu
entorno, falamos em depressão relava, e quando ela se encontra abaixo do nível do mar, temos a depressão absoluta. O mar morto, no
Oriente Médio, é a maior depressão absoluta do mundo, ou seja, é a área connental que apresenta as menores altudes, com cerca de
396 metros abaixo do nível do mar.

Urbanização: crescimento urbano, problemas estruturais, conngente populacional brasileiro

Para chegar ao tamanho atual, com um território integrado e sem riscos iminentes de fracionament
fracionamento,o, muitos conitos e processos de
exploração
exploraç ão econômica ocorreram ao longo de cinco séculos. Uma série de fatores contribuiu para o alargamento do território, a parr da
chegada dos portugueses em 1500, alguns desses fatores foram:
- a sucessão de grandes produções econômicas para exportação (cana-de-açúcar,
(cana-de-açúcar, tabaco, ouro, borracha, café, etc.), além de culturas
alimentares e pecuária, em diferentes bases geográcas do território;
- as expedições (bandeiras) que param de São Paulo – então um colégio e um pequeno povoado fundado por padres jesuítas – e se
dirigiam ao interior, aproveitando a topograa favorável e a navegabilidade de auentes do rio Paraná, para a captura de indígenas e a
busca de metais preciosos;

- a criação de aldeias de missões jesuícas, em especial ao sul do território, buscando agrupar e catequiz
catequizar
ar grupos indígenas;
- o esforço políco e administravo da coroa portuguesa em assegurar a posse do novo território, especialmente após as ameaças da
efeva ocupação
ocupação de frações do território – ainda que por curtos períodos – por franceses e holandeses.
É importante destacar que a construção da unidade territorial nacional signicou também o sistemáco massacre, deslocamento ou
aculturação dos povos indígenas. Além de provocar a redução da diversidade cultural do país, determinou a imposição dos padrões cul -
turais europeus. A geração de riquezas exauriu também ao máximo o trabalho dos negros africanos trazidos a força, tratados como mera
mercadoria e de forma violenta e cruel. Nesse caso, houve imposições de ordem cultural: muitos grupos, ao longo do tempo, perderam os
ritos religiosos e traços culturais que possuíam.

Expansão Territorial do Brasil Colônia

Durante o período do capitalismo comercial


comercial (séculos XV a XVIII), as metrópoles europeias acumularam capital com a práca de avi-
dades de rerada e comerciali
comercialização
zação de produtos primários (agrícolas e extravist
extravistas),
as), empreendida nos territórios conquistados. O Brasil
na condição de colônia portuguesa, consolidou-se como área exportador
exportadoraa de matérias-pri
matérias-primas
mas e importador
importadoraa de bens manufaturados.

4
CONHECIMENTOS GERAIS

Esse sistema de exploraç


exploração
ão de matérias-primas permite explicar a formação e a expansão territorial do Brasil, juntamente com os tra-
tados assinados entre Portugal e Espanha (Tratado de Tordesilhas e Tratado de Madri), que acabaram por denir, com alguns acréscimos
posteriores, a área que hoje consideramos território brasileiro.
Tratado de Tordesilhas

Espanha e Portugal foram pioneiros na expansão marimo-comercial europeia, iniciada no século XV, que cou conhecida como Gran-
des Navegações e que resultou na conquista de novas terras. Essas descobertas geraram diversas tensões e conitos entre os dois países
que, na tentava de evitar uma guerra, em 7 de junho de 1494 assinaram o Tratado de Tordesilhas,
Tordesilhas, na pequena cidade de Tordesilhas,
Tordesilhas, na
Espanha. Esse tratado estabeleceu uma linha imaginária que passava a 370 léguas a oeste do arquipélago de Cabo Verde (África), dividindo
o mundo entre Portugal e Espanha: as terras situadas a leste seriam de Portugal enquanto as terras a oeste da Espanha.
Os limites do território brasileiro, estabelecidos por esse tratado, se estendiam do atual estado do Pará até o atual estado de Santa
Catarina. No entanto, esses limites não foram respeitados, e terras que seriam da Espanha foram ocupadas por portugueses e brasileiros,
contribuindo para que nosso país adquirisse a forma atual.

5
CONHECIMENTOS GERAIS

Tratado de Madri

O Tratado de Madri, assinado em 1750, pracamente garanu a atual extensão territorial do Brasil. O novo acordo anulou o Tratado
de Tordesilhas
Tordesilhas e determinou que as terras pertencial a quem de fato as ocupasse, seguindo o princípio de u possides.
Dessa forma, a Espanha reconheceu os direitos dos portugueses sobre as áreas correspondentes aos atuais estados de Mato Grosso
do Sul, Goiás, Tocanns,
Tocanns, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Amazonas, Rondônia, Pará, Amapá, entre outros.

6
CONHECIMENTOS GERAIS

De Arquipélago a Connente

É costume dizer que, ao longo do período de colonização portuguesa, o território brasileiro se assemelhava a um arquipélago – um
arquipélago
arquipélago econômico.
Por que um arquipélago? As regiões do Brasil colônia que foram palco da produção agroexportadora se manveram sob o domínio
do poder central da metrópole portuguesa, formando assim um arquipélago geográfco. Já que não exisam ligações entre as regiões. O
mesmo ocorreu no Brasil independente.

A expansão econômica

A expansão de avidades dos colonizadore


colonizadoress avançou gradavamente
gradavamente das faixas litorâneas para o interior
interior.. Nos primeiros dois séculos,
formou-se um complexo geoeconômico no Nordeste do país. Para culvar a cana-de-açúcar, os colonos passaram a importar escravos
africanos. A primeira leva chegou já em 1532, num circuito perverso do comércio humano que durou até 1850. Conforme os geógrafos
Hervé Théry e Neli Mello, a produção de cana gerou avidades complementares, como a plantação do tabaco, na região do Recôncavo
Baiano, a criação de gado nas zonas mais interiores e as culturas alimentares no chamado Agreste (transição da Zona da Mata úmida para
o semiárido).
A pecuária desempenhou importante papel na ocupação do interior,
interior, aproveitando-se o rebrotar das folhas na estação das águas nas
caangas arbusvas
arbusvas mais densas, além dos brejos e dos trechos de matas. Com a exploração das minas de ouro descobertas mais ao sul,
foram necessários também carne, couro e outros derivados, além de animais para o transporte.
Desse modo, a pecuária também se consolidou no alto curso do rio São Francisco, expandiu-se para áreas onde hoje se encontram
o Piauí e o Ceará, e para o Sul, seguindo o curso do “Velho Chico”,
Chico”, até o Sudeste e o Sul do território. Vários povoados foram surgindo ao
longo desses percursos, oferecendo pastos para descanso e engorda e feiras periódicas.
A organização do espaço no Brasil central ganhou contornos mais nídos com a exploração do ouro, diamantes e diversos minerais
preciosos, especialmente em Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, ao longo do século XVIII, o que deu origem à criação de inúmeros núcleos
urbanos nas rotas das minas.
Nos séculos XVIII e XIX, a constuição do território começou a se consolidar com a ocupação da imensa frente amazônica. Por mova-
ções mais polícas do que econômicas – a defesa do território contra incursões de corsários estrangeiros
estrangeiros -, a região passou a ser ocupada
com a instalação de fortes e missões, acompanhando o curso do rio Amazonas e alguns de seus auentes. Esse avanço ocorreu inclusive
sobre domínios espanhóis, que estavam mais interessados no ouro e na exploraç
exploração
ão dos navos do México e do Peru e em rotas comerciais
do mar do Caribe (América Central) e no rio da Prata, na parte mais meridional da América do Sul.
7

CONHECIMENTOS GERAIS

A dinamização das fronteiras


fronteiras amazônicas ocorreu mais efevamente
efevamente com o surto da borracha, no m do século XIX e início do século
XX. O desenvolvimento da indústria automobilísca juscava a demanda por borracha par a fabricação de pneus. Esse período curto,
mas virtuoso, foi responsável pela atração de mais de 1 milhão de nordesnos, que fugiam da terrível seca que se abateu sobre o sertão
nordesno em 1877.
Os períodos econômicos indicados, em seus momentos de apogeu e crise, contribuíram para determinar
determinar um processo de regionaliza-
ção do território, marcando a diferenciaç
diferenciação
ão de áreas. Ao mesmo tempo, contribuíram para a integraçã
integraçãoo territorial.
8

CONHECIMENTOS GERAIS

Café, Ferrovias, Fábricas e Cidades Pelo Tratado de Santo Ildefonso ou Tratado dos Limites, assi -
nado em 1777 entre Portugal e a Espanha, esta úlma caria com
O enredo de formação do território brasileiro culminou, ainda a Colônia do Sacramento e a região dos Sete Povos das Missões,
no século XIX, com a economia cafeeira e a constuição de um nú- mas devolveria à Coroa Portuguesa as terras que havia ocupado nos
cleo econômico no Sudeste do país. A cultura do café, em sua ori - atuais estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Resolviam-se
gem próxima à cidade do Rio de Janeiro, expandiu-se pelo vale do assim as contendas abertas pelo Tratado de Madrid de 1750.
rio Paraíba do Sul para os estados de São Paulo e de Minas Gerais.
Mas foi no planalto ocidental paulista, sobre os solos férteis de terra Industrialização no Brasil
roxa (do italiano rossa
rossa,, que signica vermelha), que o café mais se
desenvolveu. Em torno desse circuito econômico, foram construí- A industrialização no Brasil foi historicamente tardia ou retar-
das as ferrovias para escoar o produto do interior paulista ao porto datária. Enquanto na Europa se desenvolvia a Primeira Revolução
de Santos. No caminho, São Paulo, a pequena vila do nal do século Industrial, o Brasil vivia sob o regime de economia colonial.
XIX, foi crescendo rapidamente, transformando-se em sede de em - Fatores da Industrialização no Brasil
presas, bancos e serviços diversos e chegando a sediar a nascente
industrialização do país. O Rio de Janeiro, já na época um núcleo
urbano considerável, também veio a exercer esse papel.
Ao longo do século XX, intensicou-se a concentraç
concentraçãoão regional
das riquezas. O Sudeste, e parcularmente o eixo Rio – São Paulo,
passou a ser o meio geográco mais apto a receber inovações tec-
nológicas e novas avidades econômicas, aumentando sua posição
de comando do país.

Vários fatores contribuíram para o processo de industrialização


no Brasil:
- a exportação de café gerou lucros que permiram o inves-
mento na indústria;
- os imigrantes estrangeiros traziam consigo as técnicas de fa -
bricação de diversos produtos;
- a formação de uma classe média urbana consumidora, es -
mulou a criação de indústrias;
- a diculdade de importação de produtos industrializados du-
rante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) esmulou a indústria.
A passagem de uma sociedade operária para uma urbano in -
dustrial, mudou a paisagem de algumas cidades brasileiras, princi -
palmente de São Paulo e Rio de Janeiro.

Resumo das fases do desenvolvimen


desenvolvimento
to industrial brasileiro
Mais de trezentos anos sem indústrias

Enquanto o Brasil foi colônia de Portugal (1500 a 1822) não


houve desenvolvimento industrial em nosso país. A metrópole proi-
bia o estabelecimento de fábricas em nosso território, para que os
brasileiros consumissem os produtos manufaturados portugueses.
Mesmo com a chegada da família real (1808) e a Abertura dos Por-
tos às Nações Amigas, o Brasil connuou dependente do exterior,
Observação:
Observação: porém, a parr deste momento, dos produtos ingleses.
Durante o século XVIII e início do XIX, diversos tratados foram
assinados para o estabelecimento dos limites do território brasilei- História do início da industrializaç
industrialização
ão
ro.
Esses tratados sempre envolveram Portugal e Espanha, com Foi somente no nal do século XIX que começou o desenvolvi-
exceção do Tratado de Utrecht (1713), assinado também com a mento industrial no Brasil. Muitos cafeicultores passaram a invesr
França, para denir um trecho de limite no norte do Brasil (atual es- parte dos lucros, obdos com a exportação do café, no estabeleci-
tado do Amapá), e do Tratado
Tratado de Petrópolis (1903), pelo qual, num mento de indústrias, principalmente em São Paulo e Rio de Janeiro.
acordo com a Bolívia, o Brasil incorporou o trecho que corresponde Eram fábricas de tecidos, calçados e outros produtos de fabricação
atualmente ao estado do Acre. Em 1801, ao ser estabelecido o Tra- mais simples. A mão de obra usada nestas fábricas era, na maioria
tado de Badajós, entre portugueses e espanhóis, os limites atuais das vezes, formada por imigrantes italianos.
de nosso país já estavam pracamente denidos.
9

CONHECIMENTOS GERAIS

Era Vargas e desenvolvimento industrial Diante das informações, ca evidente que no Brasil ocorre uma
discrepância em relação à distribuição de terras, uma vez que al -
Foi durante o primeiro governo de Getúlio Vargas
Vargas (1930-1945) guns detêm uma elevada quandade de terras e outros possuem
que a indústria brasileira ganhou um grande impulso. Vargas teve pouca ou nenhuma, esses aspectos caracterizam a concentração
como objevo principal efevar a industrialização do país, privile- fundiária brasileira.
giando as indústrias nacionais, para não deixar o Brasil cair na de - É importante conhecer os números que revelam quantas são as
pendência externa. Com leis voltadas para a regulamentação do propriedades rurais e suas extensões: existem pelo menos 50.566
mercado de trabalho, medidas protecionistas e invesmentos em estabelecimentos rurais inferior a 1 hectare, essas juntas ocupam
infraestrutura, a indústria nacional cresceu signicavamente nas no país uma área de 25.827 hectares, há também propriedades de
décadas de 1930-40. Porém, este desenvolvimento connuou res - tamanho superior a 100 mil hectares que juntas ocupam uma área
trito aos grandes centros urbanos da região sudeste, provocando de 24.047.669 hectares.
uma grande disparidade regional. Outra forma de concentração de terras no Brasil é proveniente
Durante este período, a indústria também se beneciou com também da expropriação, isso signica a venda de pequenas pro -
o nal da Segunda Guerra Mundial (1939-45), pois, os países euro- priedades rurais para grandes lafundiários com intuito de pagar
peus, estavam com suas indústrias arrasadas, necessitando impor - dívidas geralmente geradas em emprésmos bancários, como são
tar produtos industrializados de outros países, entre eles o Brasil. muito pequenas e o nível tecnológico é restrito diversas vezes não
Com a criação da Petrobr
Petrobrás
ás (1953), ocorreu um grande desen- alcançam uma boa produvidade e os custos são elevados, dessa
volvimento das indústrias ligadas à produção de gêneros derivados forma, não conseguem comper no mercado, ou seja, não obtêm
do petróleo (borracha sintéca, ntas, pláscos, ferlizantes, etc.). lucros. Esse processo favorece o sistema migratório do campo para
a cidade, chamado de êxodo rural.
Período JK A problemáca referente à distribuição da terra no Brasil é pro-
duto histórico, resultado do modo como no passado ocorreu a pos -
Durante o governo de Juscelino Kubitschek (1956 -1960) o de - se de terras ou como foram concedidas.
senvolvimento industrial brasileiro ganhou novos rumos e feições. A distribuição teve início ainda no período colonial com a cria -
JK abriu a economia para o capital internacional, atraindo indústrias ção das capitanias hereditárias e sesmarias, caracterizada pela en-
mulnacionais. Foi durante este período que ocorreu a instalação trega da terra pelo dono da capitania a quem fosse de seu interes -
de montadoras de veículos internacionais (Ford, General Motors, se ou vontade, em suma, como no passado a divisão de terras foi
Volkswagen
Volksw agen e Willys) em território brasileiro. desigual os reexos são percebidos na atualidade e é uma questão
extremamentee polêmica e que divide opiniões.
extremament
Úlmas décadas do século XX
Agricultura no Brasil atual
Nas décadas 70, 80 e 90, a industrializa
industrialização
ção do Brasil connuou
a crescer, embora, em alguns momentos de crise econômica, ela te - Atualmente, a agricultura no Brasil é marcada pelo processo de
nha estagnado. Atualmente o Brasil possui uma boa base industrial, mecanização e expansão das avidades em direção à região Norte.
mecanização
produzindo diversos produtos como, por exemplo
exemplo,, automóveis, má - A avidade do setor agrícola é uma das mais importantes da
quinas, roupas, aviões, equipamentos, produtos alimencios indus- economia brasileira,
brasileira, pois, embora componha pouco mais de 5% do
trializados, eletrodoméscos,
eletrodoméscos, etc. Apesar disso, a indústria nacional PIB brasileiro na atualidade, é responsável por quase R$100 bilhões
ainda é dependente, em alguns setores, (informáca, por exemplo) em volume de exportações em conjunto com a pecuária, segun -
de tecnologia externa. do dados da Secretaria de Relações Internacionais do Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SRI/Mapa). A produção
Dados atuais agrícola no Brasil, portanto, é uma das principais responsáveis pelos
valores da balança comercial do país.
- Felizmente, o Brasil está apresentando, embora pequena, re- Ao longo da história, o setor da agricultura no Brasil passou por
cuperação na produção industrial. De acordo com dados do IBGE, diversos ciclos e transformações, indo desde a economia canaviei -
divulgados em 1 de fevereiro de 2019, a indústria brasileira apre- ra, pautada principalmente na produção de cana-de-açúca
cana-de-açúcarr durante
sentou crescimento de 1,1% em 2018. o período colonial, até as recentes transformações e expansão do
café e da soja. Atualmente, essas transformações ainda ocorrem,
Estrutura fundiária do Brasil sobretudo garanndo um ritmo de sequência às transformações
técnicas ocorridas a parr do século XX, como a mecanização da
A estrutura fundiária corresponde ao modo como as proprie - produção e a modernização das avidades.
dades rurais estão dispersas pelo território e seus respecvos tama- A modernização da agricultura no Brasil atual está diretamente
nhos, que facilita a compreensão das desigualdades que acontecem associada ao processo de industrialização ocorrido no país durante
no campo.A desigualdade estrutural fundiária brasileira congura o mesmo período citado, fator que foi responsável por uma recon-
como um dos principais problemas do meio rural, isso por que in- guração no espaço geográco e na divisão territorial do Brasil. Nes-
terfere diretamente
diretamente na quandade de postos de trabalho, valor de se novo panorama, o avanço das indústrias, o crescimento do setor
salários e, automacamente, nas condições de trabalho e o modo terciário e a aceleração do processo de urbanização colocaram o
de vida dos trabalhadores rurais. campo economicamente subordinado à cidade, tornando-o depen-
No caso especíco do Brasil, uma grande parte das terras do dente das técnicas e produções industriais (máquinas, equipamen -
país se encontra nas mãos de uma pequena parcela da população, tos, defensivos agrícolas etc.).
essas pessoas são conhecidas como lafundiários. Já os minifundiá-

rios são proprietários


espalhadas pelo país, de milhares
algumas sãode pequenas
tão pequenaspropriedades
que muitas rurais
vezes
não conseguem produzir renda e a própria subsistência
s ubsistência familiar
familiar su-
ciente.
10

CONHECIMENTOS GERAIS

Podemos dizer que a principal marca da agricultura no Brasil


atual – e também, por extensão, a pecuária – é a formação dos
complexos agrícolas, notadamente desenvolvidos nas regiões que
englobam os estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro,
Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Goiás, Mato Grosso e
Mato Grosso do Sul. Nesse contexto, destacam-se a produção de
soja, a carne para exportação e também a cana-de-açúcar, em razão
do aumento da necessidade nacional e internacional por etanol.
Na região Sul do país, a produção agrícola é caracterizada
caracterizada pela
ocupação histórica de grupos imigrantes europeus, pela expansão
da soja voltada para a exportação nos úlmos decênios e pela in-
tensiva modernização agrícola. Essa conguração é preponderante
no oeste do Paraná e de Santa Catarina, além do norte do Rio Gran-
de do sul. Além da soja, culvam-se também, em larga escala, o
milho, a cana-de-açúcar e o algodão. Na pecuária, a maior parte da
produção é a de carne de porco e de aves.
Na região Sudeste,
Sudeste, assim como na região sul, a mecanização
e produção com base em procedimentos intensivos de alta tecno- Produção mecanizada de soja no Mato Grosso
logia são predominantes. Embora seja essa a região em que a agri -
cultura encontra-se mais completamente subordinada à indústria, Por m, a região Norte é caracterizada por receber, atualmen-
destacam-se os altos índices de produvidade e uso do solo. Por te, as principais frentes de expansão, vindas do Nordeste e do Cen-
outro lado, com a maior presença de maquinários, a geração de tro-Oeste. A região do “matopiba” (Maranhão, Tocanns, Piauí e
empregos é limitada e, quando muito, gerada nas agroindústrias. Bahia), por exemplo, é a área onde a pressão pela expansão das
As principais culturas culvadas são o café, a cana-de-açúcar e a avidades agrárias ocorre mais intensamente, o que torna a re-
frucultura, com ênfase para os laranjais. gião Norte como o futuro centro de crescimento do agronegócio
brasileiro. As avidades mais pracadas nessa região ainda são de
caráter extensivo
extensivo e de baixa tecnologia, com ênfase na pecuária pri-
miva, na soja em expansão e em outros produtos, que passam a
comper com o extravismo vegetal existente.
existente.

Produção cafeeira em Alfenas, Minas Gerais

Na região Nordeste,
Nordeste, por sua vez, encontra-se uma relava plu-
ralidade. Na Zona da Mata, mais úmida, predomina o culvo das
plantaons,, presente desde tempos coloniais, com destaque nova-
plantaons Pecuária extensiva
extensiva na área de expansão agrícola da região
mente para a cana, voltada atualmente para a produção de álcool e Norte
também de açúcar.
açúcar. Nas áreas semiáridas, ressalta-se a presença da
agricultura familiar
familiar e também de algumas zonas com uma produção As relações de trabalho no campo
mais mecanizada.
mecanizada. O principal culvo é o de frutas, como o melão, a Diminuição do sistema de parceria:
uva, a manga e o abacaxi. Além disso, a agricultura de subsistência
também possui um importante papel. Com a capitalização do campo, as relações de trabalho tradi -
Já a região Centro-Oeste é a área em que mais se expande o cionais vão desaparecendo porque são substuídas pelo trabalho
culvo pela produção mecanizada, que se expande em direção à assalariado, ou porque o proprietário prefere deixar a terra ociosa
Amazônia e vem pressionando a expansão da fronteira agrícola á espera de valorizaç
valorização.
ão.
para o norte do país. A Revolução Verde, no século passado, foi a
principal responsável pela ocupação dos solos do Cerrado nessa re- Expansão de um regime associavo:
gião, pois permiu o culvo de diversas culturas em seus solos de
elevada acidez. O principal produto é a soja, também voltada para Com a capitalização do campo, as relações de trabalho tradi -
o mercado externo. cionais tendiam a desaparecer mais, porque são substuídas pelo

trabalho
as assalariado,
grandes no entanto, para
empresas desenvolveram umadiminuir custode
nova forma e encargos,
trabalhar
no campo, incenvando o pequeno e o médio produtor a produzir
para eles.
11

CONHECIMENTOS GERAIS

Êxodo rural – Formação de vazios demográcos no campo: em regiões


como o Sudeste, o Sul e, principalmente, o Centro-Oeste, forma -
O êxodo rural corresponde ao processo de migração em massa ram-se verdadeiros vazios demográcos no campo, com densidades
da população do campo para as cidades, fenômeno que costuma demográcas pracamente
pracamente nulas em várias áreas.
ocorrer em um período de tempo considerado curto, como o prazo
de algumas décadas. Trata-se de um elemento diretamente associa- Já entre as causas do êxodo rural no Brasil,
Brasil, é possível citar:
do a várias dinâmicas socioespaciais, tais como a urbanização, a in- – Concentraç
Concentraçãoão da produção do campo, na medida em que a
dustrialização, a concentração fundiária e a mecanização do campo. menor disponibilidade de terras proporciona maior mobilidade da
Um dos maiores exemplos de como essa questão costuma ge - população rural de média e baixa renda;
rar efeitos no processo de produção do espaço pode ser visualiza - – Mecanização do campo, com a substuição dos trabalhado-
do quando analisamos a conjuntura do êxodo rural no Brasil.
Brasil. Sua res rurais por maquinários, gerando menos empregos no setor pri -
ocorrência foi a grande responsável pela aceleração do processo mário e forçando a saída da população do campo para as cidades;
de urbanização em curso no país, que aconteceu mais por valores – Fatores atravos oferecidos pelas cidades, como mais em-
repulsivos do que atravos, isto é, mais pela saída de pessoas do pregos nos setores secundário e terciário, o que foi possível graças
campo do que pelo grau de atravidade social e nanceira das ci- ao rápido – porém tardio – processo de industrialização vivido pelo
dades brasileira
brasileiras.
s. país na segunda metade do século XX.
O êxodo rural no Brasil ocorreu, de forma mais intensa, em
apenas duas décadas: entre 1960 e 1980, mantendo patamares re- Agronegócio e a produção agropecuária brasileira
lavamentee elevados nas décadas seguintes e perdendo força total
lavament
na entrada dos anos 2000. Segundo estudos publicados pela Em - O agronegócio, que atualmente recebe o nome de agrobusi-
brapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), o êxodo rural, ness (agronegócios em inglês), corresponde à junção de diversas
nas duas primeiras décadas citadas, contribuiu com quase 20% de avidades produvas que estão diretamente ligadas à produção e
toda a urbanização do país, passando para 3,5% entre os anos 2000 subprodução de produtos derivados da agricultura e pecuária.
e 2010.¹ Quando se fala em agronegócio é comum associar somente a
De acordo com o Censo Demográco de 2010 divulgado pelo produção in natura, como grãos e leite, por exemplo, no entanto
IBGE, o êxodo rural é, realmente, desacelerado nos tempos atu - esse segmento produvo é muito mais abrangente, pois existe um
ais. Em comparação com o Censo anterior (2000), quando a taxa grande número de parcipantes nesse processo.
de migração campo-cidade por ano era de 1,31%, a úlma amostra O agronegócio deve ser entendido como um processo, na pro-
registrou uma queda para 0,65%. Esses números consideraram as dução agropecuária intensiva é ulizado uma série de tecnologias
porcentagens em relação a toda a população brasileira.
brasileira. e biotecnologias para alcançar níveis elevados de produvidade,
Se considerarmos os valores do êxodo rural a parr do número para isso é necessário que alguém ou uma empresa forneça tais
de migrantes em relação ao tamanho total da população residente elementos.
no campo no Brasil, temos que, entre 2000 e 2010, a taxa de êxodo Diante disso, podemos citar vários setores da economia que
rural foi de 17,6%, um número bem menor do que o da década faz parte do agronegócio, como bancos que fornecem créditos, in -
anterior: 25,1%. Na década de 1980, essa taxa era de 26,42% e, na dústria de insumos agrícolas (ferlizantes, herbicidas, insecidas,
década de 1970, era de 30,02%. Portanto, nota-se claramente a ten- sementes selecionadas para plano entre outros), indústria de tra-
dência de desaceleração, ao passo que as regiões Centro-Oeste e tores e peças, lojas veterinárias e laboratórios que fornecem vaci -
Norte, até mesmo, apresentam um pequeno crescimento no núme- nas e rações para a pecuária de corte e leiteira, isso na primeira
ro de habitantes do campo. etapa produva.
Os principais fatores responsáveis pela queda do êxodo rural Posteriormentee a esse processo são agregados novos integran-
Posteriorment
no Brasil são: a quandade já escassa de trabalhadores rurais no tes do agronegócio que correspondem às agroindústrias responsá -
país, exceto o Nordeste, que ainda possui uma relava reserva de veis pelo processamento da matéria-prima oriunda da agropecuá-
migrantes; e os invesmentos, mesmo que midos, para os pe- ria.
quenos produtores e agricultores familiares.
familiares. Existem, dessa forma, A agroindústria realiza a transformação dos produtos primários
vários programas sociais do governo para garanr que as pessoas da agropecuária em subprodutos que podem inserir na produção
encontrem melhores condições de vida no campo, embora esses de alimentos, como os frigorícos, indústria de enlatados, lacínios,
invesmentos
invesment os não sejam considerados tão expressivos. indústria de couro, biocombusveis, produção têxl entre muitos
Entre os efeitos do êxodo rural no Brasil,
Brasil , podemos destacar: outros.
– Aceleração da urbanizaçã
urbanização,o, que ocorreu concentrada
concentrada,, so- A produção agropecuária está diretamente ligada aos alimen-
bretudo, nas grandes metrópoles do país, sobretudo as da região tos, processados ou não, que fazem parte do nosso codiano, po-
sudeste ao longo do século XX. Essa concentração ocorreu, princi - rém essa produção é mais complexa, isso por que muitos dos itens
palmente, porque o êxodo rural foi acompanhado de uma migração que compõe nossa vida são oriundos dessa avidade produva,
interna no país, em direção aos polos de maiores atravidades eco- madeira dos móveis, as roupas de algodão, essência dos sabonetes
nômicas e com mais acentuada industrialização;
industrialização; e grande parte dos remédios têm origem nos agronegócios.
– Expansão desmedida
desmedida das periferias
periferias urbanas, com a formação
formação A parr de 1970, o Brasil vivenciou um aumento no setor
de habitações irregulares e o crescimento das favelas em várias me- agroindustrial, especialmente no processamento de café, soja, la -
trópoles do país; ranja e cana-de-açúcar e também criação de animais, principais
– Aumento do desemprego e do emprego informal: o êxodo produtos da época.
rural, acompanhado do crescimento das cidades, propiciou o au - A agroindústria, que corresponde à fusão entre a produção
mento do setor terciário e também do campo de atuação informal, agropecuária e a indústria, possui uma interdependência com rela-

gerando
lhadores.uma
Alémmaior
disso,precarização
com um maiordas exército
condiçõesdede
trabalhadores de-
vida dos traba ção a diversos
insumos ramos
agrícolas, da indústria,
irrigação, pois enecessitam
máquinas de embalagens,
implementos.
reserva nas cidades, houve uma maior elevação do desemprego;
12

CONHECIMENTOS GERAIS

Esse conjunto de interações dá à avidade alto grau de impor- Segundo Ianni (2002, p. 19) convém ressaltar:
tância econômica para o país, no ano de 1999 somente a agropecuá- A fábrica global instala-se além de toda e qualquer fronteira,
ria respondeu por 9% do PIB do Brasil, entretanto, se enquadrarmos arculando capital, tecnologia, força de trabalho, divisão do traba -
todas as avidades (comercial, nanceira e serviços envolvidos) li - lho social e outras forças produvas. Acompanhada pela publicida-
gadas ao setor de agronegócios esse percentual se eleva de forma de, a mídia impressa e eletrônica, a indústria cultural, misturadas
signicava com a parcipação da agroindústria para aproximada- em jornais, revistas, livros, programas de radio, emissões de tele -
mente 40% do PIB total. visão, videoclipes, fax, redes de computadores e outros meios de
Esse processo também ocorre nos países centrais, nos quais comunicação, informação e fabulação, dissolve fronteiras, agiliza os
a agropecuária responde, em média, por 3% do Produto Interno mercados, generaliza o consumismo. Provoca a desterritorialização
Bruto (PIB), mas os agronegócios ou agrobusiness representam um e reterritorialização
reterritorialização das coisas, gentes e ideias. Promove o redimen-
terço do PIB. Essas caracterí
caracteríscas
scas levam os líderes dos Estados Uni- sionamento de espaços e tempos.
dos e da União Européia a conduzir sua produção agrícola de modo Este contexto da globalização da economia demanda uma inte-
subsidiado pelos seus respecvos governos, esses criam medidas gração dos agentes econômicos dentro de uma realidade compe-
protecionistas (barreiras alfandegárias, impedimento de importa- va de mercado, a velocidade da mudança e os desaos do mundo
ção de produtos de bens agrícolas) para preservar as avidades de globalizado demonstram uma necessidade de considerar circuns-
seus produtores. tancias em todos os campos de atuação, que evidenciam alguma
Em suma, o agronegócio ocupa um lugar de destaque na eco- forma de tecnologia para alcançar seus objevos.
nomia mundial, principalmente nos países subdesenvolvidos ou em
desenvolvimento, pois garante o sustento alimentar das pessoas e Quando se trata especicamente da economia, Ianni (1995, p.
sua manutenção, além disso, contribui para o crescimento da ex- 17-18):
portação e do país que o executa. Toda economia nacional, seja qual for, torna-se província da
economia global. O modo capitalista de produção entra em uma
Globalização e economia época propriamente global, e não apenas internacional ou mul -
nacional. Assim, o mercado, as forças produvas, a nova divisão
Sobre a globalização em si já falamos acima, vamos aqui abor- internacional do trabalho, a reprodução ampliada do capital desen -
dar a globalização no contexto ecnomômico. volvem-se em escala mundial.
A globalização da economia é o processo através do qual se Tem-se, portanto, o fato de que os termos “globalização” e
expande no mercado, trata-se de buscar aumentos cada vez maio - “economia global” passaram a fazer parte do vocabulário dos es -
res a m de ampliar ao máximo o mercado. Discute-se, portanto a pecialistas, agentes econômicos e polícos, que normalmente são
ideia de que a globalização econômica poderá desempenhar este ulizados para caracterizar o processo atual de integração econô-
processo num contexto em que as dinâmicas de integração global mica à escala planetária e a perda de importância das economias
se destacam cada vez mais às dinâmicas das economias nacionais nacionais, armações de uma grande economia de mercado glo -
ou até mesmo regionais, também o sistema de relações econômi - bal. Traduzindo a realidade de um processo em movimento e em
cas e na valorização da inserção coleva e individual na economia permanente transformação,
transformação, não encontrara
encontraramm ainda uma aplicação
globalizada. uniforme e uma substancia teórica consolidada.
Assim, segundo Gonçalves (2003, p. 21): Ainda sobre as questões da inserção internacional de países ou
A globalização econômica
econômica pode ser entendida como a ocorrên- de espaços econômicos, é absolutamente indispensável
indispensável o conjunto
cia simultânea de três processos. O primeiro é o aumento extra - de referencias que servirão de suporte a analise que permitem for-
ordinário dos uxos internacionais de bens, serviços e capitais. O mular um conjunto de hipóteses que possam inserir posivamente
segundo processo é o acirramento da concorrência internacional. A nas dinâmicas de internacionalização econômica e de constuição
evidencia empírica é pontual e, portanto, não há indicadores agre- de um espaço econômico integrado.
gados a esse respeito. O terceiro processo é o da crescente interde-
pendência entre agentes
agentes econômicos nacionais. Held (2001, p. 71) diz ainda:
Em uma época de complexidades organizacionais e um am - Embora haja um reconhecimento de que a globalização eco -
biente mercadológico globalizado, compreender e aceitar esses nômica tanto gera perdedores quanto ganhadores, os neoliberais
desaos representa um dos mais importantes compromissos da frisam a difusão crescente da riqueza e da prosperidade em toda
sociedade capitalista na atualidade. A globalização por sua vez economia mundial – o efeito em cascata. A pobreza global, segun -
compreende um processo de integração mundial que se baseia na do padrões históricos, caiu mais nos úlmos cinquenta anos do que
liberalização
liberalização econômica, os países então se abrem ao uxo interna- nos quinhentos anteriores, e o bem-estar das populações de quase
cional de bens, serviços e capitais. todas as regiões melhorou signicamente nas ulmas décadas.
Este processo de globalizaç
globalização
ão trata-se de um desenvolvimento
Gonçalves (2003, p. 22) coloca ainda que: da economia mundial, ou, pelo contrario, trata-se de um resultado
Este fato é evidente quando levamos em conta que uma das intrínseco e necessário do desenvolvimento e expansão das eco -
caracteríscas centrais da globalização econômica (a pós-moderni - nomias modernas baseadas na produção para o mercado. Existe
dade na sua dimensão econômica) é o próprio acirramento da con- também o processo objevo de integração econômica, de expansão
corrência ou a maior contestabilidade do mercado mundial. espacial das economias e de geração e aprofundamento de interde-
A globalização se apresenta como um ambiente contextual, pendências que tentam transformar as dinâmicas globais que gera
pois reúne condições de atuar sobre o espaço herdado de tempos as dinâmicas locais e parculares que permanecem.
passados, compreendendo enfoques organizacionais construídos No entanto considerar um fator importante em que assenta
através da evolução, remodelando as novas necessidades do mer- todo o processo de globalização, e que é a existência de uma re -

cado. ferência monetária.


aparecimento Este processo
da moeda e expandedeaglobalização começa
ulização desta e secom o
xam
as formas e as regras pelas quais é reconhecida como referencia
comum.
13

CONHECIMENTOS GERAIS

Com o aparecimento de formas e funções ao sistema mone - Vale ressaltar a importância de disnguir globalização, enquanto
tário internacional atual, longo e complexo foi o processo de evo- processo histórico que encontra-se no século XVI, na sequencia da
lução da economia mundial e diversas dinâmicas impulsionaram a integração geográca
geográca mundial, as suas bases de desenvolvimentos
integração das diferentes economias locais. É fundamental neste modernos, da economia global, que só tem existência efeva
efeva a par-
processo e que determinou a passagem a uma nova fase de evo - r do século XIX.
lução da economia mundial em que as dinâmicas de globalização Podendo então dar formas as dinâmicas de transformação da
claramente se tornaram dominantes. economia global resultando de modo como se arculam historica-
mente a sustentação das relações econômicas internacionais.
Mingst (2009, p. 265) diante dessas circunstanci
circunstancias
as descreve as Conforme visto, há vários conceitos e abordagens acerca dos
seguintes palavras: processos de globalização das relações sociais, abordagens estas
Nos derradeiros do século XX, crenças sobre a teoria econômica que diferenciam entre si a denição, escala, cronologia, impacto.
convergiram. Os princípios do liberalismo econômico mostraram-se Muitos dos argumentos são generalizados, há uma ênfase em al-
ecientes para elevar o padrão de vida dos povos no mundo intei - guns aspectos sejam eles cultural, econômico, histórico, políco,
ro. As alternavas radicais que foram criadas para promover o de - algo de sumo importância principalmente quando se vê questões
senvolvimento econômico não mostraram ser viáveis, ainda que as fundamentais que se encontram em jogo neste conceito chamado
alternavas de capitalismo de estado tenham connuado atravas globalização.
para alguns estados. O maior efeito ocorrido nas ulmas décadas tem sido o cres -
Contudo, essa divergência não signicou a ausência de conito cimento do mercado por todo o mundo, como consequências de
sobre questões da economia políca internacional. A globalização transnacionalização
transnacionaliz ação dos mercados. As mudanças trazidas pelos pro-
econômica resultante
resultante do triunfo do liberalismo econômico tem en- cessos globalizantes dos mercados, com sua força atual dada pelo
frentado vários desaos. avanço tecnológico.
A década de 70 do século XIX deve ser entendida como um pe- Assim, neste circulo vicioso que os Estados menos desenvolvi -
ríodo fundamental de evolução da economia mundial que marca dos social e economicamente se encontram nesses três primeiros
a passagem de uma fase inicial de processo de globalização, isso anos do século XXI divididos entre as necessidades de presgiar
poderá designar o inicio de uma globalização primiva, para uma uma economia globalizada, com o retrocesso do trabalho para atra-
fase de globalização efeva, onde se estende até a atualidade. É ção de invesmentos a m de propiciar o crescimento econômico,
e, o dever de corrigir as distorções que o mercado global tende a
importante que não se misture economia global com o conceito produzir diante da fragilidade crescente por esse retrocesso nas
de economia mundial, a economia global não tende coincidir com
questões sociais.
economia mundial, ela deve ser entendida na sua dimensão quali -
A globalização, no entanto, não perdoa as incertezas e as in -
tava, enquanto espaço econômico e de outras realidades econô -
decisões, é capaz de transnacionalizar mercados, tecnologias, cul-
micas, nestes aspectos a globalizaç
globalização
ão transforma a economia mun -
turas, valores, com a queda das fronteiras nacionais, mundializa
dial numa economia global. O surgimento da economia global não
também as crises.
vem marcar o esgotamento do processo de globalização, mas sim a
Um fenômeno decorrente dos avanços tecnológicos e das te -
entrada de uma nova fase que terá suas fases de desenvolvimen
desenvolvimento.
to.
lecomunicações, um conjunto de ações polícas econômicas e
Assim, diante de suas diferentes fases é possível disnguir a culturais que objevam a integração do mundo todo permindo a
sucessão de algumas grandes fases deste processo, a primeira delas transmissão de informações com extrema rapidez de uma parte a
corresponde aos primórdios da globalizaç
globalização,
ão, é a fase pré-economia outra do planeta.
que podemos chamar de globalização primiva.
A segunda vai do inicio da década de 70 ate o inicio da 1ª Guer- Organização e estrutura do MERCOS
MERCOSUL
UL
ra Mundial, é a fase que representa à economia global e coinci -
de com o sistema monetário, é a chamada globalização clássica. O Mercosul estrutura-se a parr de alguns organismos repre-
A terceira é marcada regressão do funcionamento dos sistemas e sentados pelos países-membros efevos do bloco que visam à cor-
das instuições econômicas internacionais, é a fase que designa -
mos globalização interrompida.
interrompida. A quarta fase apresenta uma dupla reta estruturação
possui dos acordos
três grupos diferent es de realizados.
diferentes Essees:
países integrant bloco econômico
integrantes:
lógica de integração econômica global, com a cisão da economia Membros permanentes: são aqueles países que fazem parte
mundial, com dois sistemas econômicos rivais, o sistema de eco - integralmente do Mercosul, adotam a TEC e compõem todos os
nomia de mercado e o de direção central, onde ambos procuram acordos do bloco, além de possuírem poderes de votação em ins -
estender a sua área de inuencia, a esta fase chamamos de globa- tâncias decisórias. São membros permanentes a Argenna, o Brasil,
lização rival. A quinta fase vai de 1971 a 1989, fundamentalmente o Paraguai e o Uruguai. (A Venezuela foi aceita como membro per-
o que determina esta fase é a recomposição das relações de força manente em 2012 e suspensa do bloco em dezembro de 2016 e em
a nível internacional, impulsionada por crises econômicas interna - 05 de agosto de 2017).
cionais, fase esta que se denomina fase da globalização liberal. E Membros associados: são aqueles países que não fazem par -
então a sexta fase que caracteriza o retorno da economia mundial te totalmente dos acordos do Mercosul, principalmente por não
a uma lógica única de integração global, que se sobrepõe às lógicas adotarem a TEC, mas que integram o bloco no sendo de ampliar
nacionais ou mesmo regionais de equilíbrio interno e externo, cha- suas trocas comerciais com os demais países do bloco. São mem -
mamos esta de globalização uniforme. bros associados a Bolívia, o Chile, a Colômbia, o Equador, o Peru, o
Contudo, esta evolução do processo de globalização conside- Suriname e a Guiana.
rando evidencias aos seus marcadores genécos e suas dinâmicas Membros observadores: composto pelo México e pela Nova
de transformação, fatores que darão forma e base para a susten - Zelândia, esse grupo é desnado aos países que desejam acompa -

tação atual. Comconstui


de globalização essa ideia
umapodemos observardo
maior tendência que este processo-
desenvolvimen nhar
fazeroparte,
andamento e expansão
podendo tornar-sedo
umbloco sem efevo
membro o compromisso de dele
ou associado no
to das economias de mercado, podendo então sofrer com crises futuro. No caso do México, isso será muito dicil, haja vista que esse
econômicas profundas ou de relações de forças internacionais. país já compõe outros dois blocos: o NAFTA e a APEC.
14

CONHECIMENTOS GERAIS

Em termos de organização interna e estruturação, o Mercosul Protocolo de Ouro Preto, 1994; estabeleceu estrutura instu-
é formado por algumas instuições que detêm funções especícas cional para o Mercosul, ampliando a parcipação dos parlamen-
e buscam assegurar o bom andamento e o desenvolvimento do blo- tos nacionais e da sociedade civil. Este foi o protocolo que deu ao
co, são elas: Mercosul personalidade jurídica de direito internacional, tornando
a) CMC (Conselho do Mercado Comum): É o principal órgão do possível sua relação com outros países, organismos internacionais
Mercosul, sendo responsável pelas principais tomadas de decisões e blocos econômicos. No Brasil, este protocolo foi aprovado através
através
no bloco. É composto pelos Ministros das Relações Exteriores e da do decreto legislavo número 188, de 16 de dezembro de 1995, e
Economia de todos os membros efevos e apresenta duas reuniões promulgado por meio do decreto número 1 901, de 9 de maio de
por ano, sendo a presença dos presidentes obrigatória em pelo me- 1996.
nos uma dessas reuniões. Protocolo de Medidas Cautelares, 1994; No Brasil, este proto -
b) GMC (Grupo Mercado Comum): É o órgão execuvo do Mer- colo foi aprovado através do decreto legislavo número 192, de 15
cosul, sendo composto por representantes tulares e alternavos de dezembro de 1995 e promulgado por meio do decreto número 2
de cada um dos membros efevos do bloco. Esse grupo reúne-se 626, de 15 de junho de 1998.
trimestralmente,
trimestralment e, mas pode haver encontros extraordinários
extraordinários a pedi- Protocolo de Assistência Jurídica Mútua em Assuntos Penais,
do de qualquer um dos seus parcipes. 1996; No Brasil, este protocolo foi aprovado através do decreto le-
c) CCM (Comissão de Comércio do Mercosul): É o órgão res - gislavo número 3, de 26 de janeiro de 2000, e promulgado por
ponsável pela gestão das decisões sobre o comércio do Mercosul. meio do decreto número 3 468, de 17 de maio de 2000.
Suas funções envolvem a aplicação dos instrumentos polícos e Protocolo de São Luís em Matéria de Responsabilidade Civil
comerciais dentro do bloco e deste com terceiros, além de criar e Emergente de Acidentes de Trânsito entre os Estados Partes do
supervisionar órgãos e comitês para funções especícas. Mercosul, 1996; No Brasil, este protocolo foi aprovado através do
d) CPC (Comissão Parlamentar Conjunta): representa os parla- decreto legislavo número 259, de 15 de dezembro de 2000, e pro-
mentos dos países-membros do Mercosul. É o órgão responsável mulgado por meio do decreto número 3 856, de 3 de julho de 2001.
pela operacionalização e máxima eciência do corpo legislavo do Protocolo de Integração Educava para a Formação de Recur-
bloco. sos Humanos a Nível de Pós-Graduação entre os Países Membros
e) Foro Consulvo Econômico e Social: é o órgão que represen- do Mercosul, 1996; No Brasil, este protocolo foi aprovado pelo de-
ta os setores da economia e da sociedade de cada um dos membros creto legislavo número 129, de 5 de outubro de 1995, e promulga-
do Mercosul. Ele possui um caráter apenas consulvo, opera por do através do decreto número 2 095, de 17 de dezembro de 1996.
meio de recomendações ao GMC e pode incluir em torno de si a Protocolo de Integração Cultural do Mercosul, 1996; No Brasil,
parcipação de empresas privadas. este protocolo foi registrado através do decreto legislavo número
Além desses organismos, existem outros órgãos e secretarias 3, de 14 de janeiro de 1999, e promulgado através do decreto nú -
vinculados às denominações acima apresentadas. Juntos, esses ele- mero 3 193, de 5 de outubro de 1999.
mentos compõem a estrutura do Mercosul, atuando no sendo de Protocolo de Integração Educacional para o Prosseguimento de
organizá-lo
organizá -lo e fundamentando suas ações e estratégias de mercado. Estudos de Pós-Graduação nas Universidades dos Países Membros
O seu correto funcionamento signica a garana da coesão e har - do Mercosul, 1996; No Brasil, este protocolo foi aprovado através
monia desse importante bloco econômico. do decreto legislavo número 2, de 14 de janeiro de 1999, e pro-
mulgado por meio do decreto número 3 194, de 5 de outubro de
Protocolos complementares
complementares ao tratado fundador 1999.
Protocolo de Ushuaia, 1998; No Brasil, este protocolo foi apro-
Em razão da dinâmica presente no processo de integração, vado através do decreto legislavo número 452, de 14 de novembro
para adequar a estrutura do bloco às mudanças ocorridas, o Con - de 2001 e promulgado através de decreto número 4 210, de 24 de
selho do Mercado Comum anexou ao Tratado de Assunção diversos abril de 2002.
protocolos complementares ao longo do tempo. Para ter validade, Protocolo de Olivos, 2002; aprimorou o Protocolo de Brasília
após receber a assinatura dos presidentes do bloco, um protocolo mediante a criação do Tribunal Arbitral Permanente de Revisão do

geral deve ser


signatários. Aoaprovado por decreto
todo, 15 protocolos legislavoesta
receberam em aprovação
todos os países
e es - Mercosul.Arbitrais,
Tribunais Esse tribunal passou
em caso a revisar laudos
de contestação. Seus expedidos pelos
árbitros são no -
tão em vigência: meados por um período de dois anos, com possibilidade de pror-
Protocolo de Las Leñas, 1992; determinou que sentenças pro - rogação. As decisões deste tribunal têm caráter obrigatório para os
venientes de um país signatário tenham o mesmo entendimento Estados envolvidos nas controvérsias, não estão sujeitas a recursos
judicial em outro,
outro, sem a necessidade
necessidade de homologação
homologação de sentença, ou revisões e, em relação aos países envolvidos, exercem força de
a que estão submedas todas as demais decisões judiciais tomadas juízo. No Brasil, este protocolo foi registrado
registrado através
através do decreto le-
em países de fora do bloco. No Brasil, este protocolo foi aprovado gislavo número 712, de 15 de outubro de 2003, e promulgado por
através do decreto legislavo número 55 de 19 de abril de 1995 meio do decreto número 4 982, de 9 de fevereiro de 2004.
e promulgado por meio do decreto 2 067, de 12 de novembro de Protocolo de Assunção sobre o Compromisso com a Promoção
1996. e Proteção dos direitos Humanos no Mercosul, 2005; No Brasil, este
Protocolo de Buenos Aires sobre Jurisdição Internacional em protocolo foi registrado através do decreto legislavo número 592,
Matéria Contratual, 1994; No Brasil, este protocolo foi aprovado de 27 de agosto de 2009 e promulgado por meio do decreto núme-
pelo decreto legislavo número 129, de 5 de outubro de 1995, e ro 7 225, de 1 de julho de 2010.
promulgado através
através do decreto número 2 095, de 17 de dezembro Protocolo Constuvo do Parlamento do Mercosul, 2005; No
de 1996. Brasil, este protocolo foi aprovado através do decreto legislavo nú -
Protocolo de Integração Educava e Reconhecimento de Cer- mero 408, de 12 de setembro de 2006 e promulgado por meio do

cados,
No Brasil,Títulos e Estudosfoi
este protocolo deaprovado
Nível Primário,
atravésMédio e Técnico,
do decreto 1994;
legislavo decreto número 6 105, de 30 de abril de 2007.
número 101, de 3 de julho de 1995, e promulgado por meio do de-
creto número 2 726, de 10 de agosto de 1998.
15

CONHECIMENTOS GERAIS

Protocolo de Adesão da República Bolivariana de Venezuela ao Integração regional Brasil e América Lana é muito baixa
Mercosul, 2006; Protocolo válido em razão da suspensão da Repú -
blica do Paraguai. No Brasil, este protocolo foi registrado através Países poderiam aproveitar melhor o aumento de barreiras
do decreto legislavo número 936, de 16 de dezembro de 2009 e entre EUA e China se houvesse um comércio interregional mais
promulgado por meio do decreto número 3 859, de 6 de dezembro estruturado
de 2012. Enquanto as incertezas no cenário externo aumentam devi -
Alguns protocolos não receberam esta aprovação e, por este do às tensões comerciais entre Estados Unidos e China, apesar da
movo, são chamados de protocolos pendentes. No entanto, ou - trégua temporária de 90 dias acordada no encontro do G2 (grupo
tros protocolos aprovados por decreto legislavo foram aprimora- das 19 maiores economias desenvolvidas e emergentes do planeta
dos posteriormente, tendo assim, sua validade revogada: mais a União Europeia), especialistas alertam para a falta de inte-
Protocolo de Brasília, 1991; foi revogado com a assinatura do gração do Brasil com os países vizinhos, que poderia ser uma for-
Protocolo de Olivos em 2002. Modicou o mecanismo de contro - ma de proteção para a região, de acordo com levantamento feito
vérsias inicialmente previsto no Tratado de Assunção, disponibili - pelo Instuto de Pesquisa Econômica
Econômica Avançada (Ipea) e a Comissão
zando a ulização de meios jurídicos para a solução de eventuais Econômica pra a América Lana (Cepal), ligada à Organização das
disputas comerciais. Espulou a ulização do recurso de arbitragem Nações Unidas (ONU).
como forma de assegurar ao comércio regional estabilidade e so - “Temos um quadro de integração regional que não é muito
lidez. Deniu prazos, condições de requerer o assessoramento de sasfatório. Ele é muito baixo. Aproximadamente, apenas 18% do
especialistas, nomeação de árbitros, conteúdo dos laudos arbitrais, comércio dos países lano americanos é intrarregional nos úlmos
nocações, custeio das despesas, entre outras disposições. No anos. Ainda que ele tenha melhorado um pouco entre 2005 e 2011,
Brasil, este protocolo foi registrado através do decreto legislavo que foram os melhores anos para o comércio na região e o Brasil
número 88, de 01 de dezembro de 1992, e decreto número 922, de aumentou sua parcipação, mas, nos úlmos anos, esse comércio
10 de setembro de 1993. intrarregional voltou a diminuir”. (Pedro Silva Barros - pesquisador
do Ipea Pedro Silva Barros).
Alguns dados demográcos, econômicos
econômicos e geográcos
geográcos do O pesquisador lembrou que um dos maiores desaos para o
Mercosul aumento dessa integração regional é a infraestrutur
infraestruturaa precária assim
como a falta de garanas para o comércio intrarregional
intrarregional e a desor-
- População: 300 milhões de habitantes (esmava 2017) ganização das cadeias de valor. “A estruturação das cadeias de valor
- Comércio entre os países: US$ 37,9 bilhões (em 2016) não compreende nossa região como espaço de arculação. Nesse
- Área total: 14.869.775 km² sendo, o Estado pode atuar para estruturar melhor essas cadeias”,
- PIB: US$ 4,7 trilhões (esmava 2017) disse ele, lembrando que boa parte das exportações brasileiras na
- PIB per capita: US$ 15.680 (esmava 2017) região é de manufaturas e, no setor de serviços, a parcipação do
- IDH: 0.767 (índice de desenvolvimento humano alto) - Pnud Brasil cresce em uma velocidade muito lenta. O técnico destacou
2016 que a Zona Franca de Manaus poderia ser um catalisador do comér-
O MERCOSUL oferece ao Brasil a possibilidade de se tornar o cio intrarregional, contudo, está longe de cumprir essa função. “A
líder de uma região com um PIB da ordem de grandeza de US$ 4,7 Suframa é um polo industrial que foi estruturado como agência de
trilhões; sem conitos étnicos, de fronteira
fronteira,, religiosos, históricos ou desenvolvimento
desenvolvimen to regional, mas não cumpre o seu papel”, lamentou.
culturais; com sistemas nanceiros relavamente desenvolvidos; De acordo com o representante da área de Assuntos Econô -
uma tradição capitalista
capitalista de décadas; um parque industrial de porte micos da Cepal em Sanago, José Duran, destacou que o índice de
razoável;
razoá vel; consumo de massa; e uma considerável demanda reprimi- comércio intrarregional cou em 17,2% das exportações totais da
da, visto se tratar de uma região com uma renda per capita média, América Lana, em 2017, dos quais 54% do valores das trocas entre
porém com bolsões de pobreza expressivos
expressivos e portanto com grande países vizinhos são de produtos de tecnologia alta, média e baixa.
potencial de expansão de consumo. O MERCOSUL é o grande expo- A China é o maior desno desses produtos e importa quase 50%
ente brasileiro no cenário internacional, nas relações econômicas e do total embarcado. “A América Lana poderia se beneciar das

até mesmo
ciação polícas,
ao gozar possibilitando
do status uma maior éestrutura
de bloco econômico, nego -
visto, pordemuitos, maiores
vesse barreiras
maior comerciais
integração entre
regional”
regional”, Estados
, disse Unidos
Duran. e China
A Cepal um-
se hou
projetou
como uma forma de fugir da gigantesc
gigantescaa inuência dos Estados Uni- crescimento das trocas interregionais, liderado pelas manufaturas
dos na América Lana que é uma constante preocupação no que baseadas em recursos minerais, como derivados de petróleo, cobre
diz respeito a manter tradições e costumes culturais singulares dos papel e papelão, e de manufaturas de tecnologia baixa e média. To-
lanos. davia, ele acrescentou que há também um potencial de crescimento
do comércio eletrônico intrarregional, mas há quatro desaos que
precisam ser enfrentados: melhorar o capital humano, aperfeiçoar
a infraestrutura logísca, convergência regulatória
regulatória e adequação dos
meios de pagamentos. “O Brasil parcipa com 42% desse comércio
e a região está aumentando o consumo de produto importado, que
vem ocupando o espaço brasileiro”,
brasileiro”, alertou.
Avaliações
Avaliações demonstram que o modelo de trocas comerciais na
região não é sustentável e muito diferente do que ocorre no sudes-
te asiáco. Os países do sudeste asiáco são provedores de insu-
mo da produção chinesa. Logo, quando a China cresce, os demais
países crescem junto. Agora, aqui na região, se o Brasil cresce, não

acontece nada.
16

CONHECIMENTOS GERAIS

A condição básica para a sustentabilidade de longo prazo na integração da América do Sul é criar a capacidade de oferta nos países
menores de uma forma que eles possam prover insumos para a produção brasileira pra que quando a economia brasileira crescer, aí o
crescimento da região se sustenta, porém, isso requer uma maior coordenação entre as organizações de fomento da região e de bancos de
desenvolvimento.
desenvolvimen to. Essas instuições precisam focar os recursos em projetos para melhorar a infraestrutura regional.
O diretor de Estudos e Relações Econômicas
Econômicas e Polícas Internacionais do Ipea, reforçou que a capacidade de invesmen
invesmento
to no país, que
é baixa e depende das mulnacionais e da agenda de integração. “O Brasil tem pés de barro para ser um líder regional e uma limitação
estrutural, que é determinante para qualquer integração.
integração.
A discussão de abertura comercial, cogitada pelo novo governo, precisa ter mecanismos de incenvo ao comércio intrarregional”,
armou. O diretor destaca ainda a necessidade de ampliação dos acordos comerciais não apenas do Mercosul como forma de melhorar a
integração
integração regional.

Circulação e custos

O sistema de transporte é um elemento fundamental das economias nacionais. Os custos de deslocamento incidem sobre os custos
das matérias-primas e dos produtos nais desnados aos mercados internos ou à exportação. Sistemas de transportes caros e inecien -
tes reduzem o potencial de geração de riquezas e a compevidade dos países. No Brasil, o desenho do sistema de transporte reete as
desigualdades regionais.
Nas paisagens coexistem formas espaciais, objetos produzidos pelo trabalho humano em diferentes momentos históricos. Por mais
velozes que sejam as mudanças na sociedade, esses objetos nunca são destruídos ou substuídos por outros ao mesmo tempo. Ao con -
trário, alguns processos novos se adaptam às formas espaciais preexistentes, e a elas atribuem novos papéis. Isso acontece, por exemplo,
quando uma região fabril é desavada e os velhos galpões são reaproveitados para novos ns, como grandes restaurantes,
restaurantes, danceterias ou
áreas de promoção cultural; ou quando uma anga área portuária se transforma em polo de turismo ou lazer
lazer..

Estação das Artes Elizeu Ventania


Ventania em Mossoró - RN. Ango prédio do Sistema Ferroviário
Ferroviário Federal, foi recuperado pela Petrobras e
hoje abriga a maior parte das festas e eventos sociais da cidade.

O geógrafo Milton Santos chama de «rugosidades» essas formas espaciais produzidas para atender necessidades do passado, mas que
resisram aos processos de transformação social e econômico e connuam a desempenhar um papel avo no presente. É o que ocorre,
por exemplo, com as redes nacionais de transporte - espelhos dos diferentes modelos de organização da economia que se sucederam ao
longo da história de um país.
No Brasil, as rodovias dominam a matriz de transportes. O sistema rodoviário responde por 59% da matriz, em contrast
contrastee com os 24%
das ferrovias e os 17% das hidrovias e outros meios somados. Para efeitos de comparação com o Brasil, um país também de dimensões
connentais como o Canadá tem 46% de ferrovias, 43% de rodovias e 11% de hidrovias e outros. A opção pelas rodovias, responsáveis
pelos elevados custos de deslocamento que vigoram no país, foi realizada no contexto da acelerada industrialização que teve lugar em
meados do século passado.
17

CONHECIMENTOS GERAIS

Ferrovia Transiberiana
Transiberiana - maior ferrovia do mundo, corta a Rússia de leste a oeste

No nal do século XIX e início do século XX, porém, o modelo de transporte adotado no Brasil contemplava,
contemplava, basicamente, as necessi-
dades da economia agroexportadora. Nesse período, o trem era o meio de transporte mais pico. O traçado das redes regionais interligava
interligava
as áreas produtoras de mercadorias tropicais aos portos, pelos quais a produção era escoada para o mercado externo. No caso da malha
ferroviária paulista,
paulista, que estava a serviço do café, havia uma abertura em leque para as terras do interior e um afunilamento na direção do
Porto de Santos.
Essas redes conguravam as estruturas de “bacia de drenagem”, pois se desnavam a escoar produtos minerais e agrícolas para os
portos, de onde eles seguiam rumo aos mercados internacionais.
internacionais. Os planos de desenvolvimento de transportes visavam integrar as ferro-
vias com as hidrovias, uma vez que os rios eram bastante ulizados
ulizados para a circulaçã
circulação
o regional. Um plano esboçado pelo engenheiro militar
Eduardo José de Moraes ainda no século XIX nha como objevo criar um sistema hidroviário integrado.
integrado.
18

CONHECIMENTOS GERAIS

Com a emergência da economia urbano-industrial, as ferrovias e hidrovias foram paulanamente


paulanamente perdendo importância para a rede
rodoviária. Na década de 1930 esboçou-se uma nova diretriz na políca nacional de transporte, que passou a privilegiar a construção de

grandes
construirrodovias. Washington
estradas”. Luís,
Nas décadas presidente
seguintes, essadapolíca
República
seriaentre 1926 epela
fortalecida 1930, adotou
criação dacomo lemaede
Petrobras seudesenvolvimento
pelo mandato a frase da
“governar
indústriaé
automobilísca.
A opção rodoviária, adotada naquela época, é atualmente uma das maiores diculdades logíscas do país, pois teve como resultado
um sistema de transporte caro e ineciente, que traz impactos negavos tanto para a economia quanto para o meio ambiente.
19

CONHECIMENTOS GERAIS

Mapa rodoviário do Brasil

Embora no Brasil existam grandes extensões de rios navegáveis, o país não dispõe de um sistema hidroviário. O sistema ferroviário,
pracamente abandonado nos úlmos 80 anos, hoje apresenta enormes trechos desavados ou subaproveitados.
pracamente
No que diz respeito às rodovias, apesar da presença de estradas modernas e construídas com os mais avançados recursos da engenha-
ria, predominam os trechos esburacados e em péssimas condições. Cerca de 16% delas foram privazadas
privazadas e receberam invesmentos nas
úlmas décadas, ainda que tenham se tornado extremamente caras caras tanto para os carros de passeio quanto para os caminhões de carga,
em virtude das elevadas tarifas de pedágio.
Entre as rodovias públicas, cerca de 80% da malha foi classicada como deciente, ruim ou péssima por uma pesquisa da Confedera-
ção Nacional do Transporte (CNT).

BR-230 (Transamazônica)
(Transamazônica) - Trecho entre Altamira e Marabá, no Pará

A situação da maior parte da malha ferroviária brasileira


brasileira também é bastante precária. Enquanto a maioria dos países desenvolvidos
dispõe de um sistema ferroviário moderno, que permite tráfego das locomovas de até 300 km/h, os trilhos no Brasil têm mais de 100
anos, e por eles passam trens vagarosos.
Além disso, muitos trechos da malha foram cercados por cidades: um levantamento feito pela MRS Logísca, que opera a malha su-
deste da anga
nos trechos Rede Ferroviária
próximos a cidades eFederal,
Federal, aponta
estradas obrigaaos
existência
trens dede 11.000
carga cruzamentos
brasileir
brasileiros com estradas
os a andarem no Brasil.de
numa velocidade A necessidade
25 km/h, aode desacelerar
passo que em
outros países a velocidade média é de 80 km/h.
20

CONHECIMENTOS GERAIS

Grande parte da rede ferroviária do Brasil encontra-se sucateada

Atualmente,, onze linhas férreas estão converdas em atrações turíscas. A maior delas, com 664 km de extensão é a que liga a capi-
Atualmente
tal do Espírito Santo, Vitória, à capital mineira. A menor, com somente 4 km, ca na cidade do Rio de Janeiro: o Trenzinho do Corcovado.
Em muitos casos, a transformaç
transformaçãoão de trechos ferroviários desavados em caminhos turíscos foi iniciava dos apaixonados por trens;
t rens;
gente que gostava de ver as locomovas correr sobre os trilhos e lembrar com saudade da época áurea do transporte ferroviário de pas-
sageiros no país. Reunidos em associações, esses militantes preservam a memória ferroviária brasileira,
brasileira, recuperam locomovas e vagões
e procuram colocá-los novamente em avidade.

Trem Turísco
Turísco puxado por uma “Maria Fumaça” que liga São João Del Rey a Tiradentes - MG

Algumas rodovias brasileiras desempenharam (e ainda desempenham) papel estratégico na integração do território nacional.
O Nordeste e o Sul do país foram conectados ao Sudeste por meio da BR-116 e, depois, da BR-101. Nas décadas de 1950 e 1960, as
capitais do Centro-Oeste e Brasília foram ligadas ao Sudeste.
Em seguida, Brasília e Cuiabá tornaram-se os trampolins para a integração da Amazônia com o restante do território brasileiro. Os
eixos principais foram a BR-153 (Belém-Brasília) e a BR-364, que parte de Mato Grosso e abre caminho para Rondônia e o Acre. Um eixo
secundário é a BR-163 (Cuiabá-Santarém),
(Cuiabá-Santarém), cuja pavimentação se interrompe antes da divisa setentrional de Mato Grosso e só é retomada

nas proximidades de Santarém.

Trecho da BR-010 (Belém-Brasília) em Dom Eliseu (PA)

Na década debastante
de invesmentos 1980, a crise nanceira
reduzi
reduzido, do Estado
do, o governo brasileiro
federal teve efeitos
simplesmente devas
devastadores
deixou detadores
realizarsobre a vasta malha
a manutenção rodoviária.
das estradas, Com
que, a capacidade
sob o peso dos
caminhões de carga e dos efeitos erosivos da chuva e do sol quente, se deterioraram em pouco tempo.
21

CONHECIMENTOS GERAIS

O péssimo estado de conservação das rodovias brasileiras não prejudica apenas os usuários de transporte de passageiros, mas tam -
bém o ramo de transporte de cargas, que tem muito mais gastos com a manutenção de caminhões. Além disso, a existência de trechos
intransitáveis
intransitáveis e a falta de maior integraçã
integração
o entre as redes de transporte, exigem trajetos mais longos e complicados, o que resulta em mais
poluição e mais gastos com combusveis, além de uma maior exposição a acidentes.

Condições das rodovias federais de acordo com uma pesquisa feita em 2010 pela CNT

Na década de 1990, a administração de inúmeras rodovias federais e estaduais passou ao controle de concessionários privados,
garanndo a modernização e expansão das ligações viárias que servem principalmente aos eixos de circulação do Sudeste. Entre esses
empreendimentos destacam-se as grandes rodovias paulistas, como os sistemas Anhanguera-Ba
Anhanguera-Bandeirantes
ndeirantes (entre São Paulo e Campinas),
Anchieta-Imigrantes (entre São Paulo e a Baixada Sansta) e Dutra-Ayrton Senna (entre São Paulo e o Vale do Paraíba).
22

CONHECIMENTOS GERAIS

Rodovia dos Bandeirantes - trecho São Paulo-Cordeirópolis

As estradas da globalização
globalização
Nos úlmos anos, o Brasil tem realizado um enorme esforço para aumentar sua parcipação no comércio internacional. Entretanto,
o predomínio das rodovias e a precária integração entre os diferentes modos de transportes geram elevados custos de deslocamento,
que dicultam a chegada dos produtos brasileiros aos mercados externos. Por isso mesmo, uma parcela signicava do orçamento e das
obras previstas no Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), anunciado em 2007, está voltado para o setor. Essas obras desnam-se a
congurar uma nova estrutura em “bacia de drenagem”,
drenagem”, por meio de empreendimentos ferroviários e hidroviários. A perspecva do Plano

Nacional de Logíscarodoviário,
seguinte reparção: e Transporte (PNTL),
33%; do Ministério
, 29%. dos Transportes, é alcançar em 2015 o equilíbrio entre os três sistemas, com a
hidroviário,
hidroviário

Obras do PAC na BR-101 no município de Goianinha - RN

Alguns dos principais empreendimentos desnam-se a facilitar o escoamento da agropecuária modernizada do Centro-Oeste, na
Amazônia meridional e no leste do Pará. O centro e o sul do Mato Grosso do Sul jáj á estão conectados aos portos de Santos e Paranaguá por
meio das ferrovias Noroeste do Brasil, Novoeste e Ferropar. Os trilhos da Ferronorte alcançaram a porção setentrional do Mato Grosso do
Sul e, numa segunda etapa, devem angir Cuiabá e Porto Velho. O ramal ferroviário Cuiabá-Santarém é um projeto de longo prazo, mas o
trecho paraense da rodovia que liga essas duas cidades estão sendo asfaltado.
A conclusão da segunda etapa da Ferronorte representará uma dupla conexão das áreas agrícolas do oeste do Mato Grosso e de Ron-
dônia. Ao sul, a produção será escoada pelos portos de São Paulo e do Paraná
Paraná,, ou através da Hidrovia do Rio Paraná, rumo à Argenna. Ao
norte, seguirá pela Hidrovia do Madeira até chegar ao Rio Amazonas, de onde seguirá para o oceano. A estrada de ferro também servirá
para aliviar o uxo que passa pela BR-364.
23

CONHECIMENTOS GERAIS

Ferrovia Ferronorte

A Ferrovia
canns Norte-Sul
e nordeste desna-se
de Mato Grosso. Aa estrada
escoar adeprodução agropecuária
ferro está conectada àsderodovias
uma vasta área que
e ferrovias doseSudeste.
estendeDo
pelo oeste
outro baiano,
lado, tantoGoiás, To-
a ferrovia
quanto a hidrovia projetada interligam-se à Estrada de Ferro Carajás, que transporta minérios e grãos para o porto de Itaqui, no Maranhão.
O novo eixo ferroviário em construção tende a reduzir o transporte de cargas pela BR-153.

Ferrovia Norte-Sul
24

CONHECIMENTOS GERAIS

Os invesmentos não estão ocorrendo apenas no ramo ferroviário. Desde 2007, o Departamento Nacional de Infraestrutura e Trans-
portes (DNIT) está preparando uma espécie de “PAC das hidrovias”,
hidrovias”, que prevê invesmentos
invesmentos de até R$ 18 bilhões nos próximos anos.
A mais importante entre essas obras é a ampliação da Hidrovia Tietê-Paraná. A intenção do governo é ampliar o trecho navegável,
dos atuais 800 para 2.000 km. A capacidade de transporte de carga aumentaria de 5 milhões para 30 milhões de toneladas por ano. Outra
vantagem é que a hidrovia terminaria a uma distância de apenas 150 km do Porto de Santos (hoje essa distância é de 310 km).

HidroviaTietê-Paraná

A segunda obra em análise é a ampliação da Hidrovia do Tocanns-Araguaia. O primeiro trecho da obra contempla a construção da
eclusa de Tucuruí, que dará ao Rio Tocanns
Tocanns 700 km navegá
navegáveis.
veis. No futuro, pretende-se fazer mais três eclusas, elevando a distância na-
vegável para 2.200 km.

paraOampliar
terceiro projeto trata-se
a navegabilidade
navegabilidade dodorio
projeto dakm
de 300 implantação
para 1.500da
km.Hidrovia Teles
Teles Pires-Tapajós,
Pires-Tapajós, que demandará invesmentos
invesmentos de R$ 5 bilhões

Hidrovia To
Tocanns-Araguaia
canns-Araguaia
25

CONHECIMENTOS GERAIS

A integração intermodal
intermodal
A nova políca de transportes não representa uma mera substuição da prioridade rodoviária pela ênfase nas ferrovias e hidrovias. A
conguração de uma estrutura de “bacia de drenagem” capaz de contribuir para a inserção compeva do país na economia globalizada
depende da integração intermodal - ou seja, entre diferentes modos de transporte.
As cargas devem ser transferidas, com eciência e baixos custos, entre caminhões, vagões ferroviários e comboios uviais. Isso exige
a construção de terminais intermodais e terminais especializados junto às ferrovias, hidrovias e portos marímos. Os trabalhos de ligações
intermodais desenvolvem-se
desenvolvem-se em todas as regiões. Um exemplo é a ligação da Ferrovia Norte-Sul ao Porto de Santos, que deverá facilitar o
escoamento da safra de grãos do Centro-Oeste.

Os portos marímos e uviais nos quais atracam embarcações


embarcações de longo curso representam os elos principais entre o sistema nacional
de transporte e o mercado mundial. Segundo o Ministério dos Transportes, existem no país 40 portos públicos, basicamente operados
pelo setor privado. Do ponto de vista da movimentaç
movimentaçãoão de cargas, os maiores portos brasileiros são dois grandes terminais exportadores
de minérios e produtos siderúrgicos: Tubarão,
Tubarão, no Espírito Santo, e Itaqui, no Maranhão. Ambos prestam serviços para a Companhia Vale
do Rio Doce (Vale), a maior empresa mineradora do país e uma das maiores do mundo.
26

CONHECIMENTOS GERAIS

Os principais portos do Brasil

No litoral Sudeste encontra-se a maior concentração de portos de intenso movimento, com destaque para o Porto de Santos, que mo-
vimenta principalmente
principalmente produtos industrializados. Na Região Sul, destacam-se as exportações agropecuárias de Paranaguá e Rio Grande.
Os custos portuários brasileiros chegaram
chegaram a gurar entre os mais elevados do mundo, em razão da fraca mecanização das operações
de embarque e desembarque e da intrincada burocracia
burocracia administrava. Faltam equipamentos para movimentar a carga, há poucos esta-
cionamentos para os caminhões e os armazéns são insucientes. Desse modo, congesonamentos e atrasos tornam-se rona, o que di-
culta a vida de quem exporta. Nesse setor, porém, a maior parte dos invesmentos está sendo realizada pelo setor privado, que já controla
cerca de 80% da movimentaç
movimentaçãoão portuária nacional.
27

CONHECIMENTOS GERAIS

Desde a década de 1960, as estratégias voltadas para reduzir a


crise do tráfego urbano concentraram-se
concentraram-se na mulplicação das obras
viárias: pistas expressas, vias elevadas, viadutos, túneis, anéis peri -
féricos. Essas estratégias, extremamente caras, desguram grande
parte da paisagem urbana, ampliaram o espaço consumido pelas
infraestruturas de circulação, deterioraram áreas residenciais, par-
ques e praças e fracassara
fracassaram:
m: o aumento da oferta de vias de tráfego
esmulou o crescimento, num ritmo ainda maiormaior,, da quandade de
veículos e das distâncias percorridas.

laçãoAafalta
andardeem
invesmentos
ônibus cadaem
veztransporte público,
mais lotados nas grandes a popu-
obriga cidades
A experiência do passado recente revelou que novas infraes -
truturas de circulação geram seus próprios congesonamentos. As-
sim, surgiram propostas para enfrentar o desao do tráfego urbano
Fila de carretas em direção ao Porto de Paranaguá - PR que buscam combinar invesmentos nos transportes de massa com
restrições avas à circulação de veículos parculares. No Brasil, as
Os invesmentos em infraestrutura de transporte estão geran- experiências de limitação do tráfego de automóveis abrangem prin-
do novos polos de crescimento econômico
econômico e acendem disputas pela cipalmente proibições parciais de circulação, por meio de sistemas
atração de invesmentos. No Nordeste, dois novos e modernos de rodízios. O automóvel, ango ícone da liberdade de deslocamen-
portos foram empreendimentos prioritários dos governos estaduais to, tornou-se símbolo das mazelas da vida urbana.
na década de 1990: Suape, em Pernambuco, e Pecém, no Ceará. Em
torno deles, surgiram, graças a generosos incenvos scais, distri- Destaque da Região Centro-Sul
tos industriais com vocação exportadora.
exportadora.
Com aproximadamente de 2,2 milhões de km 2, cerca de 25%
O transporte intraurbano do território brasileiro, a região centro-sul abrange os estados da
região Sul, Sudeste (exceto o norte de Minas Gerais) e Centro-Oes-
As úlmas décadas conheceram uma verdadeira explosão nas
taxas de motorização individual. Entre os países desenvolvidos, essa te,
e de(Goiás, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal, Sul do Mato Grosso
Tocanns.
taxa varia de cerca de 350 mil automóveis por mil habitantes da Di - É o complexo regional mais importante e o centro econômico
namarca até 500 ou mais na Alemanha, Itália e nos Estados Unidos. da nação, com mais de 60% da população brasileira. Aí estão 16
Nos países subdesenvolvidos industrializados,
industrializados, ela é bem menor
menor,, em das 22 áreas metropolitanas do país. É a mais dinâmica das regiões,
torno de 100 a 200 automóveis por mil habitantes, embora esteja com uma economia muito diversicad
diversicada.a.
crescendo em ritmo acelerado. Apresenta a maior concentração de indústrias do país, uma
Nas cidades brasileiras com mais de 60 mil habitantes, por rede complexa e interligada de cidades, a agropecuária mais mo-
exemplo, a taxa de motorização passou de 171 veículos/mil habi - derna e a mais densa rede de serviços, comunicações e transportes.
tantes em 2003 para 206 veículos/mil habitantes em 2007. Por isso, É onde se produz mais emprego do que todos os complexos regio-
e apesar dos programas de redução de poluentes de veículos, a nais e concentra a maior quandade dos invesmentos das grandes
quandade de poluentes emidos pelos habitantes dessas cidades empresas.
apresentou aumento de 2,3% no período. O Centro-Sul é o espaço da modernização e do dinamismo, em-
A poluição atmosférica causada pelos veículos acarreta distúr- bora apresente ainda estruturas tradicionais e atrasadas, acarretan-
bios de saúde em vastas camadas da população. A poluição sonora do desequilíbrios socioespaciais no seu espaço regional. Podemos
e os acidentes de tráfego também fazem parte da lista dos proble - dizer que o Centro-Sul representa o “Brasil novo”,
novo”, da indústria, das
mas gerados pelo crescimento intensivo do transporte individual. grandes metrópoles, da imigração e da modernizaçã
modernização o da economia.
É aparte
maior região
dode economia
PIB. maisagrário,
Nos setores dinâmica do país,eproduzindo
industrial de serviços,a
além de concentrar a maior parte da população. Apesar da maior
dinamicidade, o centro-sul possui também as contradições picas
do desigual desenvolvimen
desenvolvimento
to sócieconômico brasileiro.

População Brasileira

O Brasil é considerado um dos países de maior diversidade ét -


nica do mundo, sua população apresenta caracteríscas
caracteríscas dos coloni-
zadores europeus (brancos), dos negros (africanos) e dos indígenas
(população nava), além de elementos dos imigrantes asiácos. A
construção da idendade brasileira levou séculos para se formar,
sendo fruto da miscigenação (interação entre diferentes etnias) en-
Ar bastante poluído na cidade de São
São Paulo - SP tre os povos que aqui vivem.
Além de miscigenado, o Brasil é um país populoso. De acordo
No mundo todo houve expansão da motorização individual, ao com dados do úlmo Censo Demográco, realizado em 2010 pelo
passo
ção, ouque o usodeclínio.
mesmo dos transportes públicos brasileiras,
Nas metrópoles experimentou carentes de-
estagna Instuto
tal do paísBrasileiro de Geograa
é de 190.755.799 e Estasca
habitantes. Essa (IBGE), a população
quandade to--
faz do Bra
adequados sistemas de transporte público, o automóvel tende a sil o quinto mais populoso do mundo, atrás da China, Índia, Estados
substuir os deslocamentos a pé ou em bicicletas. Unidos da América (EUA) e Indonésia, respecvamente.
28

CONHECIMENTOS GERAIS

Apesar de populoso, o Brasil é um país pouco povoado, pois a Mercado de Trabalho


densidade demográca (população relava) é de apenas 22,4 habi-
tantes por quilômetro quadrado. Outro fato que merece ser desta- Mercado de Trabalho é um conceito ulizado para explicar a
cado é a distribuição desigual da população no território nacional. procura e a oferta das avidades remuneradas oferecidas
oferecidas pelas pes -
Um exemplo desse processo é a comparação entre o conngente soas ao setor público e ao privado.
populacional do estado de São Paulo (41,2 milhões) com o da região O mercado de trabalho acompanhou a expansão da economia
Centro-Oeste (14 milhões). e as taxas de desemprego chegaram a registrar somente 4% de de -
A demograa – ou Geograa da População – é a área da ciência socupação.
que se preocupa em estudar as dinâmicas e os processos popula - Cada vez mais, exige-se o ensino médio para as prossões mais

cionais.
brasileiraPara entender, primeiramente,
é necessário, por exemplo, a entender
lógica atual da população
alguns conceitos elementares,
a desigualdadeconhecimento básico
social do país, nem de inglêsesses
sempre e informáca.
requisitosDevido
serão
básicos desse ramo do conhecimento. cumpridos durante a vida escolar.
População absoluta:
absoluta: é o índice geral da população de um deter- O melhor é se dedicar aos estudos, fazer um bom currículo,
minado local, seja de um país, estado, cidade ou região. Exemplo: acumular experiências de trabalho voluntário e se preparar para
a população absoluta do Brasil está esmada em 180 milhões de entrevistas.
habitantes. Por isso, é preciso abandonar de vez a ideia de trabalho infanl
Densidade demográca:
demográca: é a taxa que mede o número de pes - e lembrar que uma criança que não estudou durante a infância será
soas em determinado espaço, geralmente medida em habitantes um adulto com menos chances de conseguir um bom emprego.
por quilômetro quadrado (hab/km²). Também é chamada de popu- Desde 2016, a taxa de desemprego tem crescido e isso só au -
lação relava
relava.. menta a compeção para quem deseja se recolocar ou entrar no
Superpovoamento ou superpopulação:
superpopulação: é quando o quantavo mercado de trabalho.
populacional é maior do que os recursos sociais e econômicos exis-
tentes para a sua manutenção.
Qual a diferença entre um local, populoso, densamente povo-
ado e superpovoado?
Um local densamente povoado é um local com muitos habi-
tantes poruma
local com metro quadrado,
população enquanto
muito grandeque
emum local absolutos
termos populoso eé um
um
lugar superpovoado é caracterizado
caracterizado por não ter recursos sucientes
para abastecer toda a sua população.
Exemplo: o Brasil é populoso, porém não é densamente povo -
ado. O Bangladesh não é populoso, porém superpovoado. O Japão
é um país populoso, densamente povoado e não é superpovoado.
Taxa de natalidade:
natalidade: é o número de nascimentos que aconte-
cem em uma determinada área.
Taxa de fecundidade:
fecundidade: é o número de nascimentos bem sucedi -
dos menos o número de óbitos em nascimentos.
Taxa de mortalidade:
mortalidade: é o número de óbitos ocorridos em um
determinado local.
Crescimento natural ou vegetavo:
vegetavo: é o crescimento populacio
populacio-
nal de uma localidade medido a parr da diminuição da taxa de
natalidade pela taxa de mortalidade.
Crescimento migratório:
migratório: é a taxa de crescimento de um local
medido
chegam)apela
parr dade
taxa diminuição
emigraçãoda
emigração taxa deque
(pessoas imigração (pessoas que
se mudam).
Crescimento populacional ou demográco:
demográco: é a taxa de cresci -
mento populacional calculada a parr da soma entre o crescimento
natural e o crescimento migratório.
migratório.
Migração pendular: aquela realizada diariamente no codiano
da população. Exemplo: ir ao trabalho e voltar.
Migração sazonal: aquela que ocorre durante um determinado
período, mas que também é temporária. Exemplo: viagem de férias. Taxa de desemprego no Brasil em 2017
Migração deniva:
deniva: quando se trata de algum po de migra -
ção ou mudança de moradia deniva. Muitas pessoas recorrem ao trabalho informal, temporário ou
Êxodo rural:
rural: migração em massa da população do campo para não, a m de escapar da situação de desemprego.
a cidade durante um determinado período. Lembre-se que uma mi-
gração esporádica de campo para a cidade não é êxodo rural. Atual
Metropolização:: é a migração em massa de pessoas de peque-
Metropolização O mercado de trabalho nunca foi tão compevo. A economia
nas e médias cidades para grandes metrópoles ou regiões metro - de mercado globalizada fez com que as empresas possam contratar
politanas. pessoas em todos os cantos do planeta. Com o crescimento do tra-
Desmetropolização:
Desmetropolização
ção migra : é ocidades
em massa para processo contrário,
menores, em queas
sobretudo a popula
cidades
- balhoIgualmente,
remoto estaostendência só tende apelo
postos oferecidos aumentar.
mercado de trabalho
médias. exigem cada vez mais tempo de estudo, autonomia e habilidades
em informáca
informáca..
29

CONHECIMENTOS GERAIS

Dessa maneira, nem sempre aqueles que são considerados A realidade dos millennials nos países subdesenvolvidos em ge -
como população economicamente ava, tem suciente formação ral e no Brasil em parcular esbarra sempre no acesso à educação
para ingressar no mercado de trabalho. formal.

Tendências Prossões mais valorizadas


As principais tendências para o aperfeiçoamento do trabalha- Apesar de ser apenas uma esmava, aqui estão as prossões
dor,, em 2017, segundo uma consultoria brasileira seriam:
dor que estão em alta e devem ser mais demandadas nos próximos
• Capacidade de Negociação anos:
• Execução de planejamento estratégico e projetos - Estasca

•• Domínio
Assumir equipes deinglês
do idioma sucesso herdadas -- Analista
Médico de dados
- Biotecnologia e Nanotecnologia
Mulher - Economia Agroindustrial
Embora a mulher ocupe uma faa expressiva do mercado de - Administração de Empresas
trabalho, vários problemas persistem como a remuneraç
remuneração ão inferior - Comércio Exterior
ao homem e a dupla jornada de trabalho. - Turismo
Mesmo possuindo a mesma formação de um homem e ocu- - Geriatria
pando a mesma posição, a mulher ganhará menos. Além disso, em - Design com foco em inovação
casa se ocupará mais tempo das tarefas doméscas do que os ho-
mens. Estrutura ocupacional
Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), em
todo mundo, apenas 46% das mulheres em idade de trabalhar bus- Nos úlmos anos o ritmo de crescimento populacional foi al -
cam emprego. Na mesma faixa etária, os homens respondem por terado pelas modicações das taxas de mortalidade e fecundidade.
76%. Nonato et al (2012) analisando a força de trabalho, destacam que
Nos países desenvolvidos a mulher ocupa 51,6% dos postos de a transição demográca altera a quandade da força de trabalho,
trabalho frente aos 68% dos homens. No Brasil, essa diferença é de pois altera a composição relava de peso para cada grupos da po -
22 pontos percentuais,
Nos grácos abaixoaumentando a brechaa salarial.
podemos observar parcipação da mu- pulação,
constuem principalmente em
a PIA brasileira, termos
e assim de números
modicando de adultos
a oferta de mãoque
de
lher no mercado de trabalho no Brasil: obra do país, como será visto na seção nesta seção.
Para Camarano (2014) o Brasil estaria indo em direção à ter-
ceira fase da transição demográca na qual a população apresen -
ta diminuição e envelhecimento. Barbosa (2014) argumenta que a
demograa brasileira nas úlmas décadas vem expondo um menor
ritmo de crescimento populacional e alteração de sua estrutura etá-
ria, fato que modica população em idade ava (PIA), assim como,
modica o mercado de trabalho.
Nonato et al (2012) observam a força de trabalho brasileira e
sua disposição de quandade e qualidade. A quandade da força de
trabalho está condicionada ao tamanho da população, número de
adultos e a disposição de empregabilidade. Enquanto a qualidade
da força de trabalho está condicionada ao nível educacional da po-
pulação. Segundo os autores as caracteríscas quantava e qua -
litava da força de trabalho brasileira modicaram-se nas ulmas
décadas
demográcapor três razões centrais.
e alteração A primeira
da estrutura etária,diz
querespeito
altera aà composi
transição-
ção da PIA e consequentemen
consequentemente te o número de indivíduos da força de
trabalho. A segunda são alterações da qualicação
qualicação,, especialização,
ou seja, aumentos da escolaridade que são associados a maiores ní-
veis de parcipação nas avidades produvas. E a terceira refere-se
refere-se
Divisão do mercado de trabalho entre mulheres e homens à população feminina e sua parcipação no mercado de trabalho.
Barbosa (2014) ressalta que a parcela que representa a PIA
Jovens dentro do conjunto populacional de 2012, nha um peso próximo a
Para os jovens da chamada geração Y ou os millennials – que 69,0% do total da população brasileira.
brasileira. No entanto a PIA tem cresci -
nasceram após 1995 – o mercado de trabalho pode ser um desao do a taxas relavamente menores que a população com mais de 65
complexo. anos de idade, apresentando uma tendência de desaceleração do
Os millennials se caracterizam por ter um domínio das tecno- grupo entre 15 e 64 anos de idade desde 1999, em função da queda
logias mais recentes, redes sociais e até programação. Possuem da fecundidade e com projeções para sua intensicação de queda
bom nível de inglês e um segundo idioma, zeram pós-graduação
pós-graduação e para as próximas décadas. 27
quem pode, viajou para o exterior.
Por outro lado, têm diculdades em aceitar hierarquias e, por
conta
mando.deSão
suamenos
formação, desejam
propensos começar
a serem éis logo em postos
à empresa de co-
e preferem
empreender seu próprio negócio que buscar um emprego tradicio-
nal.
30

CONHECIMENTOS GERAIS

Camarano (2014) explica que o grupo da PIA apresentou uma Parcipação das Mulheres Brasileiras na Avidade Econômi-
taxa de crescimento de 1,4% ao ano, entre 2010 e 2015, taxa con - ca nos Úlmos Anos
siderada relavamente alta por Camarano, mas deve apresentar
crescimento negavo para os períodos nais da projeção até 2050, A presente seção aponta para um cenário aonde a mulher vem
angindo seu máximo até 2040 com um número aproximado de incrementando sua parcipação no mercado de trabalho assim
177 milhões. A desaceleração do crescimento para o grupo da PIA como seu nível educacional nos úlmos anos. E se comparado o ce-
é projetado a parr de 2045, projeta-se também que 60,0% de sua nário entre homens e mulheres em termos de parcipação nas a-
formação sejam de indivíduos com mais de 45 anos de idade, e de vidades econômicas do Brasil e alguns países integrantes da OCDE
50,0% com mais de 50 anos de idade e Estados Unidos, ainda existe espaço para ampliação das taxa de

Camarano
avidade (2014)(PEA)
econômica argumenta
de 2010que
camas constantes
taxas de parcipação na
até a projeção avidades da mulher
O incremento dano mercado de
parcipação trabalho.
feminina no mercado de traba -
de 2020, no entanto para a projeção de 2020- 2030 em decorrência lho é uma opção que pode ser explorada visto que possui espaço
da queda da fecundidade devem resultar em um decréscimo apro- para crescer. Comparavamente aos países da Organização para a
ximado de 380 mil na demanda por postos de trabalho anuais. Res- Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e aos Estados
salta que para manter o nível de avidade da economia brasileira Unidos, as taxas por faixa etária dos homens brasileiros cam nem
de 2010, entre 2030 e 2050, 400 mil novos indivíduos deverão estar níveis similares. No entanto, com relação a faixa etária entre 40 e 64
dispostos a ocuparem uma vaga no mercado de trabalho brasileiro. anos do grupo das mulheres brasileiras, as taxas de avidade cam
A autora argumenta que esses potenciais demandantes por vagas abaixo das taxas observadas entre as mulheres da OCDE e Estados
no mercado de trabalho poderiam resultar do declínio de mortali- Unidos.
dade, aumento da parcipação feminina ou ainda uma postergaç
postergação
ão Para Souza Júnior e Levy (2014) o nível de avidade das mulhe-
da saída do mercado de trabalho. res em relação ao nível de avidade do grupo dos homens é menor
Nonato et al (2012) ressalta que os efeitos de curto prazo de para todas as faixas etárias. Esta diferença se amplia se observado
diminuição da população jovem será desdobrado no médio e longo o grupo das mulheres com mais de 45 anos de idade. Nonato et al
prazo em uma redução da (PIA) e inversão da pirâmide etária. E a (2012) argumentam que apesar da diferença entre a parcipação
parr de uma perspecva do mercado de trabalho a consequência entre homens e mulheres, existe um crescente incremento das mu-
da transição demográca resulta diretamente na composição da lheres no mercado de trabalho formal nos úlmos anos, passando
PIA brasileira e impactando a disponibilidade de mão de obra. de
tre uma taxa de
o período deparcipação
1981 a 2009 de 32,9%
e, que parado
apesar uma taxa denos
aumento 52,7% en -
úlmos
Além dos fatores que dizem respeito aos indivíduos e suas con- anos, ainda existe uma diferença considerável,
considerável, 20 pontos percentu-
dições, existem as barreiras sociais. Uma dessas barreiras sociais é ais em comparação a nível de parcipação masculina.
como absorver um conngente mais envelhecido (ou manter ele Logo Nonato et al (2012) observam um potencial para o au -
em avidade) como o preconceito em relação ao trabalho das pes- mento do grupo das mulheres no mercado de trabalho. Somado a
soas mais envelhecidas, embora tenham um nível maior de experi - esse potencial, uma melhora do nível de escolaridade tende a incre-
ência em relação aos jovens, apresentam maior absenteísmo por mentar a parcipação dos indivíduos nas avidades econômicas as-
condições sicas e de saúde como também maior tempo de apren- sim como tendem a incrementar a sua produvidade. Para Barbosa
dizado de algumas funções assim como diculdades para lidar com (2014) dentre os fatores que inuenciam a entrada das mulheres no
modicações tecnológicas. Logo existe a necessidade para adequa- mercado de trabalho sem sombra de dúvidas a educação possui um
ção dos meios de trabalho para esse conngente da população mais destaque. Nonato et al (2012) alega que toda a PIA brasileira tem
envelhecido, assim como ampliar o número de oportunidade para apresentado níveis cada vez maiores de escolarização nos úlmos
esse grupo etário (CAMARANO; KANSO E FERNANDES, 2014). anos e evidencia um maior peso da parcipação das mulheres para
A proporção de idosos com mais de 65 anos que connuam esse aumento no nível de escolaridade da PIA brasileira.
no mercado de trabalho na maior parte do mundo é baixa, e ape -
sar desse fato foi observado nos Estados Unidos, um incremento Determinantes
Determinantes da Parcipação Feminina no Mercado de
dessa parcela
um quadro da população
diferenciado, poisnapossuem
avidadeuma
econômica,
condiçãoembora com-
socioeconô Trabalho
mica mais elevada em termos de saúde e escolaridade entre eles. Nota-se o potencial que ainda pode ser explorado em relação
No entanto, esse grupo etário observado também se diferencia dos às mulheres e sua inserção no mercado de trabalho, como já co-
outros aspectos, além da idade, pois optaram por uma maior exi - mentado neste trabalho, observa-se a diferença entre a taxa de
bilidade em sua permanência nas avidade econômicas, trabalhan- parcipação nas avidades econômica brasileira feminina
feminina e a inter-
do menos horas com uma remuneraç
remuneraçãoão menor, o que de fato pode nacional, como exemplo dos países que compõe Organização para
ser uma alternava muito viável para ser aproveitado no contexto a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e Estados
brasileiro,, pois se adotadas medidas que favoreç
brasileiro favoreçaa uma maior par- Unidos, mas principalmente, em relação à diferença nas taxas de
cipação desse grupo etário na economia, mesmo que não integral- avidade masculina e feminina no Brasil. A seção aborda o conceito
mente, pode levar a um prolongamento do tempo nas avidades de salário reserva da mulher na tomada de decisão de entrada ou
econômicas (CAMARANO; KANSO E FERNANDES, 2014). não no mercado de trabalho,
t rabalho, assim como trata da conciliação
conciliação entre
trabalho e maternidade, sendo que a presença de creches aponta
para uma maior disposição das mulheres a exercerem avidades
econômicas.
A tomada de decisão em relação a entrar no mercado de tra -
balho está ligada a oferta de trabalho e, na teoria neoclássica a de -
cisão deàofertar
relação trabalhodaouulidade
maximização não ofertar trabalho
individual emérelação
uma decisão em-
à quan
dade de bens e lazer.
31

CONHECIMENTOS GERAIS

Logo, a determinação quanto à oferta de trabalho do indivíduo rar de 2011 a 2020, buscando ampliar a oferta de educação infanl
está associada ao chamado salário de reserva, ou seja, quanto o in- de forma a atender a 50% da população de até 3 anos, reetem a
divíduo receberá de remuneração adicional para abrir mão de uma preocupação do governo em universalizar o atendimento escolar
hora de lazer.
lazer. Logo o indivíduo estará disposto a ter menos horas de desnado ao público infanl (BERLINGERI; SANTOS, 2014, p.449)
lazer quando o salário de mercado exceder seu salário de reserva. O cenário de transformação demográca da população brasi -
Barbosa (2014) nota que enquanto para os homens a elascidade leira oferece importantes informações
informações a respeito das demandas por
das horas trabalhadas em relação ao salário é a principal variável vagas na educação infanl de creches e pré-escolas. Como já visto,
dos estudos sobre oferta de trabalho. No entanto não é o mesmo a fecundidade nas ulmas décadas vem decrescendo cada vez mais
para entender os determinantes da oferta do trabalho feminino, no cenário brasileiro, que com o passar dos anos, foi alterando a

justamente
mercado depelo contraste da parcipação de ambos os sexos no
trabalho. composição etária da as
dois grupos extremos, população,
crianças e modicando principalmente
os idosos, pois os
o primeiro grupo
Barbosa (2014) aponta que o salário de reserva tem um papel perde seu peso na composição da população enquanto o segundo
importante para determinar a inserção ou não da mulher no mer - amplia seu conngente. Logo, não é comum para os formuladores
cado de trabalho, pois o mesmo indica caracteríscas individuais, de polícas atenderem esse aumento de demanda presente através
familiares ou econômicas que afetam a disposição de seu nível de da expansão dos serviços de educação infanl esperando que esses
parcipação. Como exemplo, as mulheres com lhos pequenos, invesmentos não possam car ociosos no futuro. Assim a deman-
possuem uma tendência a ter um salário de reserva maior do que da por esses serviços são conitantes, pois o número de crianças do
as mulheres que não possuem lhos, assim como outros membros grupo entre 0 e 3 anos de idade é cada vez menor, mas apesar disso,
dependentes no domicílio e um número maior de adultos também o número de família que buscam por esse serviço é cada vez maior
tendem a aumentar o salário de reserva das mulheres. A autora ain- (BERLINGERI; SANTOS, 2014).
da observa variáveis como a idade e o estado conjugal com grande Como visto neste capítulo, a população que compõe a PIA bra-
inuencia no salário de reserva e, que podem ter o efeito posivo sileira vem apresentando menores taxas de crescimento com proje -
ou negavo quanto a parcipação da mulher no mercado de tra- ções de máximo de sua população em 2040, e taxa de crescimento
balho. negavas para depois desse período. Além disso, vem apresentan -
Camarano (2004) argumenta que a presença de idosos com do maior grau de envelhecime
envelhecimento.
nto. Segundo Camarano (2014) para
mais de 75 é uma variável dúbia, pois se o idoso pode gerar um manter os níveis de avidade de 2010 entre 2030 e 2050 a oferta
efeito negavo se necessitar de cuidados, assim como pode gerar de mão obrada
incremento t rabalhadora
trabalhador a deve
parcipação crescer, eeindica
das mulheres a possibilidade
aumento da permanên de-
um efeito posivo se os idosos auxiliarem no cuidado dos lhos e/
ou da casa. cia dos trabalhadores no mercado de trabalho. Embora não elimine
Barbosa (2014) aponta que vários estudos indicam de forma a tendência de diminuição da população em idade ava, essas duas
possibilidades retardam o processo.
signicava que creches e pré-escolas aumentam a parcipação
Apesar disso, uma maior permanência nas avidades labora-
das mulheres no mercado de trabalho assim como o aumento das
vas não é uma tarefa simples, pois conforme o trabalhador vai can-
horas trabalhadas. Barros et al (2011) observa que ao incrementar
do mais velho tende a apresentar mais problemas relacionados à
a oferta de creches públicas em bairros de baixa renda no Rio de
sua condição de saúde. Como visto em média ambos os sexos saem
Janeiro, elevou consideravelmente
consideravelmente a parcipação feminina no mer-
do mercado de trabalho antes da idade mínima prevista em lei para
cado de trabalho nestas localidades, entre 36,0% e 46,0%.
aposentadoria.
Berlingeri e Santos (2014) argumentam que é previsto em lei
Logo a tendência de saída do mercado de trabalho pelo traba-
o atendimento gratuito em creches e pré-escolas e que nos úl- lhador brasileiro não está em concordância com as modicações
mos anos está ocorrendo um aumentando na demanda nesses ser- demográcas que o país está passando, ou seja, o incremento em
viços. Entre 1997 e 2009 a demanda por creches municipais teve anos de vida que a população brasileira vem ganhando não está
um aumento de quatro vezes. Segundo os autores o aumento na sendo repassada em aumentos em anos nas avidades econômicas.
demanda tem dois movos principais. O primeiro é em relação às Contudo cabe ressaltar que em conjunto de um tempo maior
conquistas da mulher no mercado de trabalho para complementa-
ção da renda familiar, sendo que a creche aparece como uma en- de
destrabalho o incrementoada
é outra possibilidade serparcipação das mulheres
explorada.. Pois
explorada nas
os níveis de avida-
avidade
dade que auxilia as mães trabalhadoras na conciliação do trabalho das mulheres brasileiras são menores comparavamente ao nível
e maternidade. O segundo movo é o benecio no ensino infanl, de avidade dos homens brasileiros, assim como menores, quan-
desenvolvimento cognivo e socioemocional das crianças, ou seja, do comparadas aos níveis de avidade das mulheres dos países da
a relevância no processo educacional. OCDE e Estados Unidos.
Várias modicações instucionais visando o ensino infanl fo- Barros et al (2011) observa uma relação posiva entre aumen-
ram realizadas pelos órgãos públicos tentando suprir a crescente to de número de creches e aumento da parcipação feminina nas
demanda por vagas desse grupo etário como exemplo avidades econômicas. Berlingeri e Santos (2014) argumentam que
Por meio da Lei nº 9.394/1996, que estabelece as diretrizes e a demanda pelo serviço de creches tem aumentando nos úlmos
bases da educação nacional (Brasil, 1996), as creches foram incor - anos, mas observa que um aumento de invesmentos na ampliação
poradas ao sistema de educação e, posteriormente, ao Fundo de deste po de serviço pode car ocioso no futuro, tendo em vista
Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valoriza - as alterações demográcas, como um número cada vez menor de
ção dos Prossionais da Educação (FUNDEB), recebendo recursos nascimentos para o grupo de crianças de 0 a 3 anos que ulizam
diretos do governo. Outras medidas, como a Lei nº 11.114/2005 esse serviço.
(Brasil, 2005) – que altera o Argo 32 da LDB, determinando que Barbosa (2014) argumenta ser incerto os cenários de aumento
o ensino fundamental, gratuito e obrigatório, passa a ter início aos das mulheres na avidade econômica, e mesmo se houver este in -
6 anos de idade(EC)
Constucional e estende sua duração
nº 59/2009 até aosincluir
– que passa 9 anos –, a Emenda
a pré-escola (4 cremento ainda
tura de mão não será
de obra o suciente
no mercado para suprir
de trabalho a necessidade
brasileiro, fua-
argument
argumenta
a 5 anos) como etapa obrigatória do ensino básico –, e o projeto a necessidade de melhores níveis educacionais e mais polícas para
de lei (PL) que cria o Plano Nacional de Educação (PNE) para vigo- permanência do trabalhador no mercado de trabalho.
32

CONHECIMENTOS GERAIS

Nonato et al (2012) argumenta que para reduzir a diferença entre mulheres e homens em termos de níveis de avidade do mercado
de trabalho depende de modicações culturais, econômicas
econômicas e sociais. Ressalta ainda que a parcipação feminina deve incrementar-se
incrementar-se para
os próximos anos com mais mulheres ocupando cargos e postos nos quais ainda não estão muito presentes.
Indicadores sócioeconômicos

Os indicadores sociais são dados estascos sobre os vários aspectos da vida de um povo que, em conjunto, retratam
retratam o estado social
da nação e permitem conhecer o seu
s eu nível de desenvolvimento social.
Os indicadores sociais compõem um sistema e, para que tenham sendo, é necessário que sejam observados uns em relação aos
outros, como elementos de um mesmo conjunto.

A parr
condições destes indicadores
médicas-sanitárias desociais,
médicas-sanitárias podeou
uma região serpaís.
avaliada a renda per capita,
capita, analfabesmo (grau de instrução), condições alimentares e

Ilustração de gráco para indicadores sociais

Através
Atrav
gente) ou és destes
pobres indicadores, pode-se
(subdesenvolvidos). ainda
Para queindicar os países
isso ocorra, como sendo:
organismos ricos (desenvolvidos),
internacionai
internacionais em desenvolvimento
s analisam os países segundo: (economia emer-
• Expectava de vida (média de anos de vida de uma pessoa em determinado país).
• Taxa
Taxa de mortalidade (corresponde ao número de pessoas que morreram durante o ano).
• Taxa
Taxa de mortalidade infanl (corresponde ao número de crianças que morrem antes de completar 1 ano).
• Taxa
Taxa de analfabesmo (corresponde ao percentual de pessoas que não sabem ler e nem escrever).
• Renda Nacional Bruta (RNB) per capita,
capita, baseada na paridade de poder de compra dos habitantes.
• Saúde (referente à qualidade da saúde da população).
• Alimentação (referente
(referente à alimentação mínima que uma pessoa necessita, cerca de 2.500 calorias, e se essa alimentaçã
alimentação
o é equilibra-
da).
• Condições médico-sanitárias (acesso a esgoto, água tratada, pavimentação,
pavimentação, entre outros).
• Qualidade de vida e acesso ao consumo (correspondem ao número de carros, de computadores, televisores, celulares, acesso à
internet, etc).

IDH (Índice de Desenvolvim


Desenvolvimento
ento Humano)

O IDH foi criado pela ONU (Organização das Nações Unidas) com o objevo de medir o grau econômico e, principalmente, como as

pessoas
O IDHestão vivendo
avalia nos em
os países países
umadeescala
todo odemundo.
0 a 1. O índice 1 não foi alcançado por nenhum país do mundo, e dicilmente será, pois tal
índice iria signicar que determinado país apresenta uma realidade pracamente perfeita,
perfeita, com elevada renda per capita, expectava
expectava de
vida de 90 anos e assim por diante.
Igualmente é importante ressaltar que não existe nenhum país do mundo com índice 0, pois se isso acontecesse seria o mesmo que
apresentar,, por exemplo, taxas de analfabesmo de 100% e todos os outros indicadores em níveis catastrócos. Os 10 países que ocupam
apresentar
o topo no quesito “muito
“ muito alto desenvolvime
desenvolvimento
nto humano” na tabela que apresenta o ranking IDH Global de 2018 são:

Ranking IDH Global País Nota


1 Noruega 0,953
2 Suiça 0,944
3 Austrália 0,939
4 Irlanda 0,938
5 Alemanha 0,936
6 Islândia 0,935
7 Hong Kong 0,933
8 Suécia 0,933
33

CONHECIMENTOS GERAIS

9 Singapura 0,932
10 Holanda 0,931

De acordo com este relatório, o Brasil gura no quesito “alto


“alto desenvolvimento humano”, ocupando a posição 79º no ranking IDH
Global, com nota 0,759.

Mapa ilustrando a visualização IDH Global

Que po de informação os indicadores podem dar sobre o Brasil?


A comparação entre as regiões norte, nordeste, sudeste, sul e centro-oeste é muito importante para que tenhamos condições de
conhecer melhor uma região ou o país. Quando comparados os indicadores sociais do nordeste com os do sudeste (por exemplo
exemplo,, número
de pessoas que têm em casa esgoto ligado à rede geral, água tratada e coleta de lixo), ca evidente que no nordeste as famílias vivem em
piores condições de vida do que no sudeste.
Ao mesmo tempo, estes indicadores possibilitam que tenhamos condições de avaliar com mais cuidado as ações dos governos no que
se refere à administração da vida das pessoas. Um governo conseguiu melhorar os índices de educação em várias regiões, outro pode ter
incenvado a criação de novas indústrias - os números mostram o que realmente foi realizado.

Plataforma do PNUD apresenta indicadores sociais de 20 regiões metropolitanas do Brasil


Atlas do Desenvolvimento Humano das Regiões Metropolitanas Brasileiras disponibiliza informações do IDH municipal e outros 200
indicadores socioeconômicos. Objevo é melhorar elaboração de polícas públicas para as cidades. Iniciava é tema de apresentações na
Terceira Conferência da ONU sobre Moradia e Desenvolvimento Urbano Sustentável, a Habitat III.
Para disponibilizar dados sobre 20 regiões metropolitanas brasileiras — de um total de 70 espalhadas pelo país —, o Programa das
Nações Unidas para o Desenvolvim
Desenvolvimento
ento (PNUD) e o Instuto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) criaram uma plataforma online com
informações sobre educação, renda, trabalho, demograa, longevidade, habitação e vulnerabilidade de grupos especícos. O objevo é
melhorar as polícas públicas para as cidades.

A iniciava
III, que é tema
teve início de apresentações
na segunda-feir
segunda-feiraa (17) eda Terceira
termina naConferência da ONU
próxima quinta (20).sobre Moradia e Desenvolvimento Urbano Sustentável, a Habitat
Criado também em parceria com a Fundação João Pinheiro, o Atlas do Desenvolvi
Desenvolvimento
mento Humano das Regiões Metropolitanas Brasi-
leiras uliza informações do projeto Atlas Brasil, que avaliou as condições de vida em 5.565 municípios.
Além de apresentar o índice de desenvolvimento humano de cada cidade (IDHM), o portal exibe outros 200 indicadores socieconômi-
cos e sua evolução de 2000 a 2010 nas 20 regiões analisadas. Entre as regiões metropolitanas avaliadas, estão São Paulo, Distrito Federal
e Entorno, Rio de Janeiro, Manaus, Maceió, Curiba, Porta Alegre, entre outras.
“O Atlas é um instrumento de democrazação da informação que pode auxiliar na melhoria da qualidade de polícas públicas”,
públicas”, des-
taca a coordenadora do Relatório de Desenvolvimen
Desenvolvimento to Humano no PNUD, Andréa Bolzon.
Segundo a especialista, com a plataform
plataformaa “é possível perceber que a desigualdade em nível ‘intrametr
‘intrametropolitano’
opolitano’ ainda persiste como
realidade tanto no Sudeste quanto no Nordeste”.
“Dentro da mesma região metropolitana, por exemplo, a diferença em termos de esperança de vida ao nascer pode chegar a mais de
dez anos entre uma Unidade de Desenvolvimento Humano (UDHs) e outra, quer estejamos em Campinas ou em Maceió” Maceió”,, explica Bolzon.
As UDHs — que podem ser analisadas separadamente na plataforma — são áreas menores que bairros nos territórios mais populosos
e heterogêneos, mas iguais a municípios inteiros quando estes têm população insuciente para desagregações estascas.
Através
Atrav és do link a seguir terá acesso, sequencialmente, à plataforma online e ao atlas apontado no texto.
hp://www.br.undp.org/content/brazil/pt/home/presscenter/arcles/2016/10/18/atlas-do-desenvolvimento-humano-nas-regi-es -

-metropolitanas-fornece-indicadores-para-focal
-metropolitanas-fornece-indicadores-para-focaliza-o-de-pol-cas-p-blicas-/
iza-o-de-pol-cas-p-blicas-/
34

CONHECIMENTOS GERAIS

Consequências do processo de urbanização Ao contrário do que muitos autores escrevem, o quinto (20%),
a parte do Rei, não era elevada, de uma forma geral, era inferior
inferior aos
O processo de urbanizaçã
urbanização,o, além de ocorrer de forma desigual, impostos pagos atualmente no Brasil. O termo “imposto” também é
não só no Brasil mas em diversas partes do mundo, dá-se de forma inadequado, pois as minas pertenciam ao Rei. O termo apropriado
desordenada, apontando então a falta de planejamento. Isso acar- é royalty, embora não usado na época.
reta diversos problemas urbanos de ordem social e ambiental. São Em meados do século 18, a produção de ouro contabilizada
contabilizada nas
alguns deles: Minas Gerais cava por volta de 10 toneladas anuais. Em 1789, a
Favelização:
Favelização: A falta de planejamento e de polícas públicas faz Capitania devia à Coroa mais de sete toneladas de ouro. As ações
com que muitas pessoas (ao dirigirem-se às cidades e não encon- para a cobrança dessas dívidas levaram, em oposição, ao movimen-
trar locais de
em áreas para abrigarem-se)
risco. ocupem
A favelização áreas
é uma terrenas, muitas
consequência vezes
do inchaço to daNo
Incondência Mineira.
início do século 19, Minas Gerais entrou em um novo ciclo
urbano e da ocupação desordenada das cidades. econômico, com a expansão da cafeicul
cafeicultura,
tura, mas a Bahia era, então,
Excesso de lixo: Visivelmente, onde há maior concentração de a capitania mais rica.
pessoas, há também maior produção de lixo. O aumento do núme- Em 1816, por alvará de 4 de abril, a região conhecida como Tri-
ro de habitantes nas grandes cidades fez com que houvesse maior ângulo Mineiro, então parte da Capitania de Goyaz, foi incorporada
produção de lixo, que, por vezes, é descartado de maneira incor - à Capitania de Minas Gerais.
reta, provocando outros problemas urbanos e também problemas De 1880 a 1883, o engenheiro baiano Miguel de Teive e Argollo
ambientais. Segundo o IBGE, no Brasil, cerca de 50% do lixo gerado construiu a mais importante ferrovia de Minas Gerais, no século 19:
é depositado em locais incorretos, a céu aberto. a Ferrovia Bahia-Minas. Argollo era também o concessionário des-
Poluição: A questão da poluição pode ter diversas naturezas. sa Ferrovia, que foi transferida para o Estado de Minas Gerais, em
As grandes cidades concentram, além de um elevado número de 1897.
habitantes, também um grande número de indústrias e automó - No século 20, a economia mineira foi diversicada e ampliada.
veis, que, diariamente, emitem diversos gases poluentes à atmos -
fera, causando poluição do ar. A poluição sonora e visual também é Ocupação indígena
um grande problema vivido nos centros urbanos, comprometendo
o bem-estar da população. A região onde se encontra atualmente
atualmente Minas Gerais já era habi -

meioViolência:
da faveli Processos
favelização
zação ou dacomo a marginalização
ocupação desordenadada populaçãopara
contribuem por tada
atrás,por povosoindígenas
período possivelmente
qual esma-se entre 11Luzia,
ter se originado 400 anome
12 000 anos-
recebi
o aumento da violência. O inchaço das cidades associado à inca- do pelo fóssil humano mais ango encontrado nas Américas, acha-
pacidade de abrigar toda a população, às condições insalubres de do em escavações na Lapa Vermelha, uma gruta na região de Lagoa
moradia e à falta de polícas públicas que atendam essa parcela Santa e Pedro Leopoldo, na Região Metropolitana de Belo Horizon-
da população tem como consequência direta o aumento da crimi - te. Na região dos municípios de Januária, Montalvânia,
Montalvânia, Itacarambi e
nalidade. Juvenília, no norte do estado, escavações arqueológicas levaram a
Inundações: O processo de urbanização está atrelado a diver - esmavas de que a ocupação inicial tenha ocorrido entre 11 000 e
sas questões, como o aumento da produção de lixo associado à 12 000 anos atrás. Desse período, herdaram-se caracteríscas cul -
impermeabilização do solo. O asfaltamento das cidades e o mau turais como o uso de peças de pedra ou osso, fogueiras exntas,
planejamento prejudicam o escoamento das águas, provocando criação de cemitérios, pequenos silos com sementes e pinturas ru -
inundações. pestres. Mais tarde, há cerca de quatro mil anos, especula-se que
tenha ocorrido o culvo de vegetais, em especial o milho, e há dois
MINAS GERAIS mil anos já havia importante manufatura
manufatura de produtos cerâmicos.
O descobrimento de Luzia, na década de 1970, fez com que
O desbravamento do sertão do atual Estado de Minas Gerais fosse formulada a hipótese de que o povoamento das Américas te-
começou, em 1554, com a expedição exploradora do espanhol ria sido feito por correntes migratórias de caçadores e coletores,
Francisco Bruza
te da Costa, Espinosa, que
o Governador residiaEspinosa
do Brasil, na Bahia.paru
Por ordem de Duar
de Porto
-
Segu- ambas vindas
vés de uma da Ásia,
língua provavelmente
de terra pelo estreito
chamada Beríngia de formou
(que se Bering atra
com
-
ro, percorreu parte das bacias do Rio Pardo e do Rio Jequinhonha a queda do nível dos mares durante a úlma idade do gelo). Os
e angiu o Rio São Francisco, em busca de riquezas minerais. A re- povos indígenas que predominavam em Minas Gerais, assim como
gião era, então, parte da Capitania de Porto Seguro. Posteriormen- em todo o Brasil e na América do Sul, são descendentes dessas tri -
te, criadores baianos de gado seguiram pela região, com as nocias bos caçadoras que se instalaram na região, oriundas da América do
da expedição. Norte.
A ocupação efeva do atual território de Minas Gerais, pelos Mais de cem grupos indígenas habitavam o estado de Minas
portugueses, começou a parr do nal do século 17, com a des - Gerais. A região foi ocupada, até o século XVI, por povos indígenas
coberta das primeiras jazidas de ouro. A primeira vila foi fundada do tronco linguísco macro-jê, tais como os xacriabás, os maxac
maxacalis,
alis,
em 1712, a Vila do Ribeirão do Carmo, que foi elevada à categoria os crenaques, os aranãs, os mocurins, os atu-auá-araxás e os pu -
de cidade, em 1745, com o nome de Mariana, em homenagem à ris. Algumas décadas após o Descobrimento do Brasil, no entanto,
rainha dona Maria Ana d’Áustria. passaram a ser visados a servirem como escravos, sendo captura -
Em 1720, foi criada a capitania das Minas Gerais, desmembra- dos pelos bandeirantes para os usarem em suas próprias fazendas
da da capitania de São Paulo e Minas d’Ouro. No século 18, Minas ou serem vendidos durante séculos; os que se revoltaram eram
Gerais tornou-se uma das principais fontes de riqueza do Império exterminados, o que provocou uma grande redução na população
Lusitano. indígena (restando atualmente cinco grupos: xacriabás, crenaques,
Com a riqueza, seguiu-se um rápido povoamento da região e maxacalis, pataxós e pankararus).
conitos pela exploração das minas, como a Guerra dos Emboabas,
com mineiros paulistas. Depois surgiram os conitos pelo pagamen-
to da parte do Rei, relava à concessão das minas.
35

CONHECIMENTOS GERAIS

A corrida do ouro No auge da exploração do ouro, a mão de obra escrava era es -


sencial para os grandes proprietários. Desta forma, intensicou-se o
Pintura retratando a lavra do ouro em primeiro plano e Vila comércio de negros trazidos do connente africano para trabalhar
Rica ao fundo. (Rugendas, 1820-1825) nas minas. Muitos dos negros tentavam e conseguiam fugir, o que
Desde o início da colonização portuguesa, alguns colonos se provocou o intenso surgimento de quilombos por todo o atual esta-
embrenhavam nas matas em busca de metais preciosos, mova- do. Esma-se que durante o século XVIII surgiram mais de 120 des-
dos por lendas sobre as possíveis riquezas do interior selvagem, tas comunidades por toda a capitania. Contudo, tais assentamentos
mas raramente retornavam.
retornavam. Somente a parr do m do século XVII não se encontrav
encontravam
am tão afastados dos centros mineradores, o que
foram registradas as primeiras evidências de que a região de fato facilitava a fuga de mais negros. Exisa, ainda, o comércio de pro-
possuía uma grande
bandeirantes riqueza
paulistas, mineral,a cuja
em especial descoberta
Antônio atribui-se
Rodrigues aos
Arzão, que dutos de subsistência
vantagem entre
do preço mais os oferecido
baixo negros e comerciantes, que ravam
pelos quilombolas.
inicialmente buscavam índios para servirem como escravos. Den -
tre as incursões que rumaram para o interior do estado, destaca-se Incondência Mineira
a de Antônio Dias de Oliveira, em cujo assentamento aos pés do
pico do Itacolomi viria se formar Vila Rica. A nocia da descoberta Contudo, a parr da segunda metade do século XVIII a pro -
de ouro na região logo se espalhou, atraindo pessoas interessadas dução aurífera dava sinais claros de declínio. Para manter a arre -
em adquirir riqueza fácil nas terras ainda a serem desbravadas. Ini- cadação, a Coroa Portuguesa passou a aumentar os impostos e a
cialmente o ouro era extraído do leito dos rios, o que obrigava os scalização
scalizaçã o na colônia, além de criar a derrama, uma nova forma de
garimpeiros a se mudar conforme o esgotamento do metal. Após imposto que garanria seus lucros. As regiões auríferas passaram
algum tempo, a exploração passou a ser feita também nas encostas a car cada vez mais escassas, e os colonos não mais podiam arcar
de montanhas, o que obrigav
obrigavaa o assentamento permanente dos mi - com tais impostos, levando o governo lusitano ao consco de suas
neradores. Isso proporcionou o surgimento dos primeiros núcleos propriedades.
de povoamento. Tais ações consideradas abusivas trouxeram profunda insas -
Os paulistas se julgavam proprietários do ouro rerado das fação entre a população mineira. Então, inuenciados pelos ideais
minas, alegando direito de conquista, e não queriam que outros do Iluminismo que surgira na Europa e se espalhavam pelo mundo
se apossassem dessa riqueza. Com isso, em 1708, teve início o pri- ocidental, as elites mineradoras passaram a conjecturar um plano
meiro grande
(“aquele conito da
que ofende”, emregião, uma guerra
tupi) atacaram na qual osEstes
os paulistas. emboabas
saíram com o objevo
rais. A revoluçãodeestava
criar uma nova para
marcada república na região
acontecer de Minas
em 1789, Ge-
quando
derrotados do conito e passaram a buscar por ouro em outras re- ocorreria uma nova cobrança da derrama. Dentre os líderes do mo -
giões, e o encontraram onde hoje estão os estados de Goiás e Mato vimento estavam os poetas Cláudio Manoel da Costa e Tomás An -
Grosso. A imposição da autoridade da Coroa Portuguesa também tônio Gonzaga, o padre Carlos Correia de Toledo e Melo, o coronel
contribuiu para o m do conito, a parr da criação da Capitania de Joaquim Silvério dos Reis e o alferes Tiradentes.
Tiradentes. Contudo, a cobran-
São Paulo e Minas de Ouro em 1709 e da Capitania de Minas Gerais ça da derrama foi revogada pelas autoridades lusitanas. Ao mesmo
em 1720. tempo, havia a invesgação
invesgação por parte da coroa sobre o movimento
A Coroa Portuguesa, então, passou a controlar com rigor a ex - de insurreição que estaria para acontecer. Em troca do perdão de
ploração de ouro nas minas, recolhendo vinte por cento de tudo o suas dívidas, Joaquim Silvério dos Reis delatou todo o plano dos
que era produzido, o que cou conhecido como quinto. A população incondentes, o que levou à prisão de vários de seus companheiros
da capitania connuava a crescer, mas exisam até então somente antes que a insurreição acontecesse. Como boa parte dos membros
pequenos culvos agropecuários de subsistência, o que demandava dos movimentos nham forte ligação com a elite, poucos foram de
a importação de produtos de outras regiões da colônia. Novos aces - fato condenados. Como Tiradentes era de origem popular, toda a
sos a região passaram a ser criados e o uxo de pessoas e merca - responsabilidade do movimento foi atribuída a ele. Como forma
dorias aumentou intensamente surgindo, assim, o primeiro grande de reprimir outros movimentos, a Coroa Portuguesa realizou o en -
mercado consumidor do Brasil. Ao longo desses acessos apareciam forcamento e o esquartejamento do alferes, e partes de seu corpo
povoados, tendo, portanto,
capitania. Dentre papeldestaca-se
esses trajetos fundamental no povoamento
o Caminho da
Novo, que foram espalhadas por vias de acesso da capitania.
ligava as regiões mineradoras ao Rio de Janeiro. A intensa mistura Decadência da produção mineral
de pessoas associada a riqueza oriunda do ouro e a vida urbana
proporcionaram
proporcionara m a formação de uma nova sociedade culturalmente Até então a maior parte da população da capitania concentra-
diversa, com vários músicos, arstas, escultores e artesãos. Dentre va-se nos núcleos urbanos e nas proximidades da região minerado-
os movimentos culturais destacam-se o trabalho de Aleijadinho e ra. Contudo, o esgotamento das jazidas auríferas e de diamantes
Mestre Ataíde, dentre outros, que permiram o orescimento do levou à diáspora da população urbana, que se deslocou para outras
Barroco Mineiro. regiões. Os desbravadores passaram a criar novas fazendas por ou-
No mesmo período, na região do vale do Jequinhonha, ocor- tras regiões do atual estado, erguiam capelas onde posteriormente
reu a descoberta do diamante, embora seus descobridores por dé- surgiam arraiais e vilas. No início do século XIX, houve uma intensa
cadas não reconheceram o valor desta pedra preciosa. Contudo, a criação de vilas, freguesias, distritos e municípios. Isto contribuiu
Coroa Portuguesa, ao reconhecer a produção mineral da região, para a expansão e povoamento do território mineiro, expandido
logo estabeleceu uma forma de cobrar impostos sobre a produção, suas fronteiras para o norte (adquirindo partes da província de Per-
de forma similar ao quinto do ouro. O principal núcleo de explora- nambuco), para leste (adquirindo áreas do Espírito Santo), para o
ção dos diamantes era próximo de onde surgiu o Arraial do Tijuco oeste (anexando a região do Triângulo Mineiro, antes pertencente
(hoje Diamanna). a Goiás). A população mineira passou a ser predominantemente ru-
ral, e as cidades do ouro caram cada vez mais vazias, o que teve
grande inuência na cultura e na políca da província.
36

CONHECIMENTOS GERAIS

O período imperial Industrialização

Durante o período imperial, houve duas mobilizações impor- O ciclo do café no estado teve certas caracteríscas parcu-
tantes da população. A primeira delas foi a Sedição Militar de 1833, lares que desfavoreceram o crescimento econômico do estado. O
um movimento sem consistência que queria o retorno de Dom Pe- lucro gerado pela cultura era em parte desnado aos portos de
dro I ao país, mas foi logo abafado pelo governo provincial. Outro exportação nos estados vizinhos. Além disso, ndo o período da
grande movimento foi a Revolução Liberal de 1842. No Brasil Im - escravidão, não houve a transição direta para o trabalho livre e as-
pério as forças polícas estavam divididas essencialmente entre li - salariado nas lavouras, o que levou à menor circulação monetária.
berais e conservadores. Quando Dom Pedro II angiu a maioridade Outro agravante era a desarculação entre as regiões do estado,
em 1840, dos
a revolta o Pardo Conservador
liberais. assumiu
Tiveram início, o poder,
então, o que
conitos provocou
armados na que nham mais relações
reconhecimento econômicas
a esta situação, commineiras
as elites os estados vizinhos.uma
iniciaram Em
província de São Paulo, que ganharam adesão dos liberais minei - tentava de centralizar
centralizar a economia estadual a parr de diversas ini-
ros em 1842, com a parcipação inicial de quinze dos quarenta e ciavas, dentre elas a criação de uma nova capital, Belo Horizonte,
dois municípios existentes na época. Para conter os revoltosos, o em 1897. Uma exceção ao atraso industrial foi a cidade de Juiz de
governo imperial enviou guardas nacionais e unidades do exército, Fora, que apresentou um surto de desenvolvimento industrial sus -
que deveriam prender os líderes do pardo liberal. Transcorreram tentado pela economia cafeeira aliado à proximidade com o Rio de
vários conitos durante mais de dois meses até que o movimento Janeiro. Contudo, tal desenvolvimento durou até 1930, quando a
foi nalmente abafado por completo. Os líderes foram julgados e compeção com os outros grandes centros industriais do país levou
absolvidos seis anos depois. à estagnação e posterior declínio do parque industrial da cidade.
O projeto de desenvolvimento mineiro estava pautado em
Índios em uma fazenda c. 1824 duas orientações. A primeira delas incluía a diversicação produ-
va, em que se pretendia a criação de uma forte agricultura capaz de
Durante a segunda metade do século surgiram os primeiros sustentar o desenvolvimento industrial. A outra estratégia envolvia
avanços no setor industrial em Minas. No campo siderúrgico co- o aproveitamento dos recursos naturais do estado para realizar a
meçava a aumentar a produção e manufatura do ferro. Surgiram especialização produva, com a produção de bens intermediários.
ainda várias fábricas de produtos têxteis, lacínios, vinhos, alimen- Através das primeiras décadas do século XX o plano foi sendo gra -
tos,
navamcerâmicas e louças.
a economia Contudo
da época, as avidades
sendo voltadas agropecuárias para-
principalmentedomi dualmente implementado
da Cidade Industrial com diversas
de Contagem iniciavas,
em 1941. como
Contudo, a criação
o avanço foi
subsistência, desfavorecendo o crescimento econômico da provín- prejudicado por conta de problemas logíscos como a falta de ener-
cia. A mão de obra era predominantemente escrava, provenientes gia e de uma rede eciente de transportes.
dos que restaram das avidades mineradoras. A produção de café A parr do m da década de 40 e ao longo da década de 50,
voltada para a exportação chegou à província no início do período entretanto, Minas passa por um importante processo de transfor-
imperial e aumentou substancialmente até o m do século. Contu- mação, que visa sanar os problemas que barravam o desenvolvi -
do, a produção paulista sempre foi expressivamente maior e fatores mento mineiro, principalmente durante o período do mandato de
administravos,
administrav os, naturais e econômicos desfavoreceram
desfavoreceram o desenvol- Juscelino Kubitschek como governador (1951-1955) e presidente da
vimento da cafeicultura mineira na época. república (1956-1961). Foram criadas a Companhia Energéca de
Minas Gerais (Cemig), várias usinas hidroelétricas e milhares de qui -
Cafeicultura lômetros de rodovias. Um importante setor industrial que se desen-
volveu neste período foi o metalúrgic
metalúrgico,
o, sustentado pela exploração
Em 1889 tem início o período da República Velha no Brasil, do ferro na região central do estado.[36] Contudo, a instabilidade
que foi comandado inicialmente por presidentes militares. Somen - econômica que se sucedeu durante a década de 1960 afetou a con-
te em 1894 houve a eleição do primeiro presidente civil do Brasil, nuidade de tal crescimento
crescimento,, deixando o estado em defasagem. Du-
dando início ao período da República Oligárquica. Em Minas Ge - rante a ditadura militar, as federações de indústrias de Minas Gerais
rais, surgiam
aumentar os primeiros grandes
signicavamente barões do
a produção do café, responsáveis
estado. por
As oligarquias e importantes
Na décadaindustriais
seguinte, mineiros apoiaram
entretanto, Minas oretoma
regime.sua trajetória
cafeeiras nham grande inuência no cenário políco nacional, a de crescimento econômico beneciado, sobretudo, pelo processo
ponto de escolherem os representantes que iriam ocupar o cargo de descentralização industrial. Como resultado, o crescimento do
de presidente do país. Os dois estados mais populosos do país, produto interno bruto mineiro foi superior à média nacional por
então, rmaram um acordo em que os presidentes eleitos seriam vários anos. Tal processo deveu-se ao incremento da produção in -
alternados entre paulistas e mineiros, o que cou conhecido como dustrial e fortalecimen
fortalecimento
to da agricultura. Tal
Tal processo provocou ain -
políca do café-com-leite. da o aumento da porcentagem da população que vivia nas cidades,
Houve, contudo, algumas divergências polícas entre os dois embora boa parte deste êxodo rural tenha movado a emigração
estados, o que permiu a eleição de presidentes de outros estados, da população para os grandes centros urbanos de outros estados.
embora nunca deixassem de exercer inuência sobre o processo Na década de 1980, o crescimento econômico mineiro sofre uma
eleitoral. Na década de 1920, vários fatores aceleraram o declínio nova desconnuidade por conta da crise econômica generalizada
do domínio oligárquico, como revoltas populares, movimentos te- pela qual o país passava. Mesmo assim, o crescimento mineiro ain-
nenstas e a crise econômica do café, que se agravou ainda mais da foi superior à média nacional. A parr da década de 90, o estado
com a grande depressão. Mas a políca do café-com-l
café-com-leite
eite terminou apresentou baixo dinamismo econômico,
econômico, seguindo a tendência na-
de fato quando o então presidente paulista Washington
Washington Luís deveria cional. A parr de então, Minas se consolida na economia nacional
indicar um mineiro para sucessão, mas indicou outro paulista, Júlio com o terceiro maior PIB do país, e se mantém na posição até hoje
Prestes. Em oposição ao episódio, Minas Gerais se uniu à Aliança
Liberal, que realizou um golpe de Estado em 1930 e instaurou uma
nova república no Brasil, sob o comando de Getúlio Vargas.
Vargas.
37

CONHECIMENTOS GERAIS

Aspectos Geográcos Clima


Relevo
O clima em Minas Gerais é de inuência tropical de altude. A
O relevo mineiro é caracterizado por planaltos com escarpas. temperatura média é de 20º C e há duas estações bem denidas, a
Entre os exemplos estão a serra da Manqueira e a serra do Espi- de chuva e a seca.
nhaço. O Pico da Bandeira é o ponto mais alto do estado, com 2,8 No estado de Minas Gerais, predominam quatro pos disntos
metros de altura. de clima: o clima subtropical de altude (Cwb, segundo a Classica-
Ocialmente, as formas de relevo existentes no estado de Mi- ção climáca de Köppen-Geiger), que ocorre nas regiões mais ele-
nas Gerais podem ser divididas nos seguintes pos de unidades ge- vadas das serras da Canastra, Espinhaço e Manqueira e em peque-
omorfológicas: planalto
do rio São Francisco, Cristalino,
planalto do Sãoserra do Espinhaço,
Francisco depressão
e planalto do Paraná. nas
tendoáreas próximas
esagens às cidades
no inverno de Araguari
e temperatur
temperaturas e Carmodurante
as amenas do Paranaíba,
o ano e
O planalto cristalino possui altudes médias de 800 metros — sen- cuja temperatura média do mês mais quente é inferior a 22 °C; o cli -
do reduzida ao aproximar-se da Zona da Mata —, apresentando de- ma subtropical de inverno seco — e com temperaturas
temperaturas inferiores a
pressões onde originam-se os vales dos rios Jequinhonha e Doce. 18 °C — e verão quente — temperaturas maiores de 22 °C — (Cwa),
A serra do Espinhaço possui altude média de 1 300 metros, rele - observado a norte das serras do Espinhaço e do Cabral; clima tro-
vando-se por dividir a bacia do rio São Francisco com as bacias hi - pical com inverno seco (Aw), que predomina no Triângulo Mineiro,
drográcas costeiras.
costeiras. A depressão do rio São Francisco tem altude na Zona da Mata, Vale do Rio Doce e em quase toda a metade norte
média de 500 metros e está presente na parte oeste de Minas, em do estado, tendo estação seca no inverno e chuvas abundantes no
sendo norte-sul. O planalto do São Francisco tem altude média verão, com precipitações anuais entre 750 mm a 1 800 mm; e o
de mil metros e é composto por chapadões acidentados entrelaça- clima tropical semi úmido com chuvas no verão (As), que ocorre no
dos por vales. Por m, o planalto do Paraná tem altude média de norte mineiro, com precipitações anuais sempre inferiores a 1 000
600 metros e corresponde ao sudoeste mineiro, sendo cortado por
mm e por vezes menores que 750 mm. Segundo a Superintendência
rios como o da Prata, Tijuco e o Araguari.
do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), o clima semiárido está
Hidrograa
presente em 88 municípios mineiros, todos no norte do estado,
muitos dos quais estão em processo de desercação.
Na rede hidrográca, entre os principais rios do estado de Mi-
O estado sofre inuência de frentes frias durante todo o ano,
nas Gerais estão
Manqueira o Doce, que
e Espinhaço nasce entre
e percorre 853 kmas até
encostas das serras
desaguar no Oceada- no entanto no inverno a presença de um núcleo anciclone sub -
no Atlânco, no Espírito Santo; o Grande, cuja nascente está na Ser- tropical impede o avanço da umidade, mantendo os dias secos e
ra da Manqueira, no município de Bocaina de Minas, percorrendo ensolarados, e favorece a inuência de massas de ar frio, congu -
1 360 km até o Rio Paranaíba, formando assim o Rio Paraná (no rando-se a estação seca. Entre o nal da primavera e começo do
estado de São Paulo); o Paranaíba, que nasce na Mata da Corda, em verão (principalmente entre novembro e março), com o afastamen-
Paranaíba,
Paranaí ba, e tem aproximadamente
aproximadamente 1 070 km; o São Francisco, que to do anciclone, as frentes frias atuam com maior intensidade e
nasce na Serra da Canastra, percorre 2 830 km, cortando a Bahia e há uma intensa organização
organização da convecçã
convecção
o tropical, manifestada por
passando por Pernambuco, Sergipe e Alagoas até desaguar no oce- uma banda de nebulosidade convecva, as chamadas zonas de con-
ano, sendo suas águas essenciais para o turismo, lazer, irrigação e vergência — dentre as quais a zona de convergência do Atlânco
transporte em várias cidades, especialmente no norte mineiro e, sul (ZCAS) é a que mais afeta o estado, provocando dias seguidos
por m, o Jequinhonha, que nasce na serra do Espinhaço, em Ser- de chuvas intensas em algumas regiões. Devido à nebulosidade, as
ro, e percorre 920 km até sua foz no Atlânco. Outros rios impor- chuvas causadas pelas ZCAS e por frentes frias são capazes de pro -
tantes do estado são o Mucuri, Pardo, Paraíba
Paraíba do Sul, São Mateus e vocar quedas de temperatura, que normalmente ca elevada nessa
das Velhas. O Parque Estadual do Rio Doce abriga o maior sistema época, devido à atuação de massas de ar quente connentais.
lacustre do estado. Contudo, existem importantes reservatórios de
usinas hidrelétricas, como a Represa de Furnas no sul e a Três Ma- Ecologia e meio ambiente
rias no centro
Devido do estado.
à grande quandade de nascentes, o estado é conheci- Originalmente, a cobertura vegetal de Minas Gerais era cons -
do como a caixa-d’água
água do Brasil, tendo muitos desses rios relevân- tuída por quatro biomas principais: cerrado, Mata Atlânca, cam-
cia energéca, agrícola e turísca, com grande presença de usinas pos rupestres e a mata seca. O cerrado é o bioma predominante,
hidrelétricas, canais para irrigação e avidades de lazer. 16 bacias sendo observado em 50% do território mineiro, mais presente na
hidrográcas compõem o estado de Minas Gerais, sendo a maior porção oeste do estado. A vegetação é predominantemente ras-
delas a do São Francisco, que abrange uma área de 2,3 milhões de teira, composta por gramíneas, arbustos e árvores, tendo como
km² no estado. Quatro regiões hidrográcas abrangem o território
representantes da fauna tamanduá, tatu, anta, jiboia, cascavel e o
mineiro, sendo elas a do São Francisco (tendo como principais com-
cachorro-do-mato,, além de espécies ameaçadas de exnção, como
cachorro-do-mato
ponentes, em Minas, os rios São Francisco, das Velhas e Paracatu),
o lobo-guará, o veado-campeir
veado-campeiro o e o pato-mergulhão.
do Atlânco Leste (rios como São Mateus, Doce, Itaúnas e Itabapo-
ana), do Atlânco Sudeste e do Paraná (composta
(composta pelas sub-bacias A Mata Atlânca ocupa a segunda maior área de ocorrência em
dos rios Paranaíba e Grande).Na estação das secas é observado um Minas Gerais, predominando nas regiões da Zona da Mata, Cam-
menor volume das águas, sendo que no norte mineiro alguns cur- pos das Vertentes, Sul, Metropolitana de Belo Horizonte, Vale do
sos chegam a secar nos períodos de esagem. Já na estação das Rio Doce e Vale do Mucuri, no entanto foi fortemente devastada,
chuvas ocorre a cheia dos rios e, por vezes, enchentes. ocorrendo atualmente em áreas restritas. A vegetação é densa e,
devido ao elevado índice pluviométrico, bastante verde, sendo pos-

sível
e, na encontrar bromélias,
fauna, macacos, cipós,capivaras,
preguiças, samambaias, orquídeas
onças, e líquens
araras, papagaios
e beija-ores. Os campos rupestres possuem cobertura vegetal de
menor porte e são picos das terras altas do estado, tendo vege -
38

CONHECIMENTOS GERAIS

tação herbácea e poucas árvores, apresentando raposas, veados, bordinadas ou não ao órgão público, como a Fundação Clóvis Salga-
micos, capivaras e cobras.[64] Já a mata seca é uma tocenose do do (FCS), a Fundação TV Minas Cultural e Educava,
Educava, a Fundação de
cerrado e ocorre no norte do estado, no vale do rio São Francis - Arte de Ouro Preto (FAOP),
(FAOP), o Instuto Estadual do Patrimônio Histó-
co, apresentando plantas espinhosas e com galhos secos, dentre as rico e Arsco de Minas Gerais (IEPHA-MG) e a Rádio Incondência.
quais destacam-se as barrigudas, os ipês e os pau-ferros na ora e
a ariranha, a onça, a anta, a capivara e a águia-pescadora na fauna. Artes cênicas
Segundo o Instuto Estadual de Florestas (IEF), o estado con-
tava, em 2012, com onze estações ecológicas (que protegiam um Fachada do Palácio das Artes de Belo Horizonte, um dos maio-
total de 12 528,9812 ha.), nove reservas biológicas (16 977,35 ha.), res núcleos culturais da América Lana.
onze monumentos
silvestre (22 292,76 naturais (8 581,8
ha.), 16 áreas ha.), quatro
de proteção refúgios(APA
ambiental (APdeA vida
—2 Minas Gerais conta com vários espaços, projetos e eventos de -
dicados ao fomento das áreas teatral e de dança. O estado é berço
154 705,71 ha.), duas orestas estaduais (4 538,87 ha.), uma re- de uma considerável gama de grupos teatrais de sucesso nacional
serva de desenvolvimento sustentável (4 538,87 ha.), 182 reservas ou mesmo internacional, tais como o Grupo Galpão, o Giramundo
parculares do patrimônio natural (RPPN — 90 148,39 ha.), e 23 Teatro de Bonecos, o Grupo Corpo e Ponto de Parda. Muitos deles
parques estaduais. Sete parques nacionais também estão situados têm suas origens e manutenção ligadas à formação arsca pros-
em Minas Gerais: Caparaó, Grande Sertão Veredas, Itaaia, Caver-
sional e a mecanismos municipais e estaduais de incenvo cultural;
nas do Peruaçu, Sempre-Vivas, Serra da Canastra e Serra do Cipó,
o Grupo Divulgação, de Juiz de Fora, por exemplo, nasceu na Facul-
de acordo com o Instuto Chico Mendes de Conservação da Biodi -
dade de Filosoa e Letras da Universidade Federal de Juiz de Fora
versidade (ICMBio). A Serra do Cipó é inclusive a maior comunidade
vegetal em espécies por metro quadrado do mundo. (UFJF). A Companhia de Dança Palácio das Artes, fundada em Belo
Apesar da existência das áreas de preservação, o estado ainda Horizonte em 1971, é um dos grupos prossionais mandos pela
apresenta consideráveis índices de desmatamento
desmatamento,, encontrando-se Fundação Clóvis Salgado e ocasionalmente está presente em palcos
com 9,84% de seu território dentro do polígono das secas, segundo nacionais e internacionais.
dados da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimen- Em Minas Gerais situam-se alguns dos maiores espaços teatrais
tação (FAO). Outra situação grave é a da Mata Atlânca, cujo bioma do Brasil, tais como o Teatro Municipal de Ouro Preto, que também
perdeu um espaço de 10 572 ha. entre 2011 e 2012 em Minas Ge- é o teatro mais ango das Américas, inaugurado no século XVIII; o

rais, Ao que
Matarepresenta
Atlânca,44%
que do total desmatado
já chegou em todo
a se estender país.
do Rio Grande Cine-Theatro
nica e históricaCentral,
culminouemno
Juiz de Fora, cuja
tombamento importância
pelo IPHAN; o Palácio das-
arquitetô
do Sul ao Rio Grande do Norte de hoje, foi quase totalmente de - Artes de Belo Horizonte, que é considerado como o maior centro de
vastada, restando atualmente apenas 5% de sua vegetação original produção, formação
formação e difusão cultural do estado e um dos maiores
(cerca de 52 000 km²); em Minas Gerais, cobria cerca de 81,8% da da América Lana, sendo mando pela Fundação Clóvis Salgado,
área que corresponde ao atual estado, mas hoje esse percentual é que oferece à população uma série de programações arscas e
de apenas de 7%, sendo os principais responsáveis pelo desoresta- de avidades educavas; o Centro Cultural Usiminas, em Ipanga,
mento, no período colonial, a extração do pau-brasil e as plantações considerado como um dos mais modernos do país e mando pelo
de cana-de-açúcar e café e, mais recentemente, a mineração e a Instuto Cultural Usiminas; e o Centro Cultural Banco do Brasil, em
agropecuária. Por outro lado, muitos projetos do governo e inicia- Belo Horizonte, mando pelo Banco do Brasil.
vas privadas estão tentando reverter este quadro.[ São vários os eventos arscos do estado em que os grupos
e arstas demonstram suas avidades, sendo realizados tanto nos
Divisão Territorial espaços culturais quanto ao ar livre. Na capital mineira, são alguns
exemplos o Fesval Internacional de Teatro, Palco e Rua (FIT-BH), o
Minas Gerais é dividida em dez regiões que seguem caracterís- Fesval Internacional de Teatro de Bonecos, o Fesval Internacional
cas geográcas e de anidade econômica. As regiões são: Alto Pa- de Dança (FID), o Fesval Internacional de Corais (FIC), o Fesval
ranaíba, Central, Centro-Oeste
Centro-Oeste de Minas, Jequinhonha ou Mucuri, Internacional de Curtas, o Fesval Mundial de Circo do Brasil e o
Mata, Noroeste de Minas, Norte de Minas, Rio Doce, Sul de Minas Fesval Internacional de Quadrinhos. No interior do estado, des-
e Triângulo Mineiro.
taca-se a realização da Campanha de Popularização do Teatro e da
Dança, com espetáculos teatrais em Juiz de Fora e no Vale do Aço;
Cultura
e o Fesval de Inverno da Universidade Federal de Minas Gerais,
A cultura mineira é uma das mais ricas e diversas do Brasil. São com ocinas de iniciação e atualização, espetáculos, peças de tea-
fortes as inuências do colonizador português no artesanato, nas tro e exposições em vários municípios do estado, como Diamanna
manifestações
manifestaç ões populares, na culinária e na arte. e Cataguases.
Como ocorre com os demais estados brasileiros, também é
marcante o misto com as culturas indígenas e africana. Música, cinema e literatura
Entre as mais importantes manifestações culturais de Minas
estão o congado, a folia de reis, pastorinhas, boi de reis, festa do Di - O ator mineiro Selton Mello na 5ª edição do Prêmio Bravo! Pri-
vino, cavalhada,
cavalhada, mulinha de ouro, dança de São Gonçalo, Caxambu, me de Cultura, em 2009.
maneiro o pau e a quadrilha. A música se faz presente em Minas Gerais desde o período co-
A Secretaria Estadual de Cultura (SEC), que foi criada em 1983, lonial. Os primeiros instrumentos musicais a adentrarem o estado
durante o governo de Tancredo Neves, e estruturada em 1996, é o foram trazidos pela Companhia de Jesus na segunda metade do sé -
órgão vinculado ao Governo do Estado de Minas Gerais responsável culo XVI, com objevo de converterem os indígenas aos costumes
por atuar no setor de cultura do estado, desde seu planejamento europeus, difundindo a música barroca. Por décadas, os jesuítas fo -
nanceiro até a execução de projetos e manutenção de bibliotecas, ram responsáveis tanto pelo ensinamento da gramáca e do lam
museus e do Arquivo Público Mineiro. A SEC atua em parceria com quanto pela alfabezação musical nas escolas. No século XVIII des-
diversas outras instuições e endades culturais, diretamente su- tacou-se a obra sacra de Lobo de Mesquita] e, no XIX, a de João de
39

CONHECIMENTOS GERAIS

Deus de Castro Lobo, cujas obras estão disponibilizadas, dentre ou- morte e renascimento do boi; a Festa do Divino, em homenagem ao
tras, nas séries Acervo da Música Brasileira e Patrimônio Arquivís
Arquivís- Divino Espírito Santo; as Cavalha
Cavalhadas,
das, representando os combates e
co-Musical Mineiro. A parr do século XIX, as bandas de música se guerras travadas entre mouros e cristãos; a Dança de São
S ão Gonçalo;
desenvolvem a ponto de serem hoje um dos marcos de idendade e as quadrilhas, nas festas juninas.
cultural do estado. Na primeira metade do século XX, destacam-se Boa parte da produção artesanal mineira tem ligação às tra-
o samba, a bossa nova, o chorinho e as marchinhas com os compo- dições culturais do estado, como na representação de imagens de
sitores Ary Barroso, de Ubá, e Ataulfo Alves, de Miraí. Na década santos ou personagens históricos. O artesanato está presente em
de 1970, surge em Belo Horizonte o movimento Clube da Esquina, diversas regiões de Minas Gerais, com produção baseada em pedra-
cujas maiores inuências eram a bossa nova e os Beatles. Na dé - -sabão, cerâmica, madeira e bras vegetais, argila, prata e estanho.
cada de 80,de
na década destacaram-se mundialmente
90, surgem Skank, Sepultura
Jota Quest, Pato Fu ee Tianastácia.
Sarcófago e Em Tiradentes destacam-se
do Jequinhonha os objetos
são feitas peças em prata;
em madeira na região do Vale
e principalmente ce-
Às primeiras décadas do século XXI, surgem arstas musicais como râmica; em Ouro Preto, Congonhas, Mariana e Serro há considerá -
César Meno & Fabiano e Paula Fernandes. vel presença dos trabalhos em pedra-sabão; em Ouro Preto e Viço-
No cinema mineiro, os nomes de Humberto Mauro e João sa são produzidos utensílios com cobre e outros metais; e em todo
Carriço se destacam por serem os pioneiros do cinema nacional. o estado são encontrados bordados, trançados em talas, bambu e
Humberto Mauro iniciou suas primeiras lmagens em 1925 em Ca- bras têxteis, crochês e tricôs, além da madeira.
taguases, mudando-se para o Rio de Janeiro. Seu contemporâneo Na cozinha mineira, por sua vez, a carne de porco é muito pre-
João Carriço, com o lema “Cinema para o povo”, lançou a Carriço sente, sendo famosos o tutu com lombo de porco, a costelinha de
Filmes, em Juiz de Fora, produzindo cinejornais e documentários porco e o leitão à pururuca. Também são apreciados a vaca atolada,
no início do século XX. No período do Cinema Novo e do Cinema o feijão tropeiro com torresmo, a canjiquinha com carne (de boi
Marginal, desponta o nome de Carlos Alberto Prates Correia, um ou porco), linguiça e couve, o frango ao molho pardo com angu de
dos principais realizadores da história do estado, autor de lmes fubá, o frango com quiabo ensopado e arroz com pequi. São famo-
evocadores da paisagem, da cultura e do povo mineiro, como os sos os doces mineiros, especialmente o doce de leite, a goiabada
invenvos Perdida,
Perdida, Cabaret Mineiro e Noites do Sertão. Finalmente, e a paçoca. O pão de queijo, os queijos (e seu modo artesanal de
no cinema contemporâneo, ressaltam-se Cao Guimarães produtor preparo) e o café também estão entre as principais referências da
de curtas premiados no mundo inteiro; Helvécio Raon, diretor de cozinha mineira. Muitos pratos têm origens indígenas, cuja culiná-
entre
Seltonoutros lmes
Mello, que Menino
atuou Maluquinho
em lmes e Pequenas
como Guerra Histórias;
de Canudos, O Que e ria era predominantemente à base de mandioca e milho e teve in-
cremento dos costumes europeus, com a introdução dos ovos, do
É Isso, Companheiro?, O Palhaço, O Cheiro do Ralo e Meu Nome
vinho, dos quentes e dos doces.
Não é Johnny.
A literatura mineira, por sua vez, teve bastante contribuição
para a primeira geração literária brasileira,
brasileira, ainda no século XVIII. As Arquitetura
obras oriundas do estado nham ideais bucólicos, visando a repre-
sentar paisagens locais, sendo os principais autores da época Tomás Museu da Incondência e Igreja de Nossa Senhora do Carmo,
Antônio Gonzaga, Alvarenga Peixoto e Cláudio Manoel da Costa. na Cidade Histórica de Ouro Preto, considerada um Patrimônio da
Com o Romansmo e o Simbolismo, no século XIX, ganham desta - Humanidade pela UNESCO.
que as obras de Bernardo Guimarães e Alphonsus de Guimaraens. Durante o período colonial, a riqueza oriunda do ouro e dos
No século XX, Minas conquista grande espaço no cenário literário diamantes propiciou o surgimento de cidades que nham como
brasileiro, revelando nomes como Carlos Drummond de Andrade, caracterísca o dinamismo cultural. Nesse contexto, desenvolve-
Emílio Moura e João Guimarães Rosa, que contribuíram para o auge ram-se as cidades e a arquitetura colonial, cujas obras permanecem
do Modernismo no Brasil. Entre a segunda metade do século XX e como sendo alguns dos conjuntos mais notáveis deste período da
a contemporaneidade, ressaltam-se
ressaltam-se Abgar Renault, Cyro dos Anjos, história brasileira. As casas das cidades mineiras eram construídas
Murilo Rubião, Aonso Romano de Sant’Sant’Anna,
Anna, Murilo Mendes, Oo com aspectos uniformes entre si e, usualmente, ocupavam todo o
Lara Resende, Paulo Mendes Campos, Fernando Sabino, Henriqueta terreno. As ruas estreitas se adaptavam à topograa acidentada
Lisboa, Aonso Ávila, Oswaldo França Júnior, Roberto Drummond, do território mineiro. Dada a inuência da Igreja Católica, muitas
Bartolomeu Campos de Queirós e Ziraldo. igrejas foram erguidas nas cidades e vilas da época, com caracterís-
cas arquitetônicas notáveis picas do período barroco. Merecem
Folclore, artesanato e culinária destaque, especialmente, as obras de Antônio Francisco Lisboa, o
Aleijadinho, notável por seu eslo peculiar reedo nas esculturas,
A história da mineração reeu diretamente na culinária mi - obras arquitetônicas e entalhes do nal do período colonial. Os
neira. Entre os pratos mais conhecidos estão o feijão tropeiro, angu, principais remanescentes desta fase da arquitetura mineira são o
frango com quiabo, paçoca de carne seca, farofa, leitão à pururuca, Santuário de Bom Jesus de Matosinhos (em Congonhas, com obras
torresmo e pernil assado. de Aleijadinho), o centro histórico de Ouro Preto e de de Diaman -
O pão de queijo é um prato pico da culinária mineira. na (todos declarados patrimônios da humanidade pela UNESCO),
A religiosidade tem inuência marcante nas principais manifes- além da Igreja de São Francisco de Assis em São João del-Rei. Já no
tações culturais do povo mineiro, principalmente
principalmente nas festas folclóri-
m do período colonial, houve a transição para o período neoclás -
cas. Dentre as tradições presentes no estado, destacam-se o Conga-
sico. Contudo, tal eslo não foi tão marcante em território mineiro,
do, que reúne danças herdadas dos costumes africanos, difundidos
deixando traços em algumas construções como na Casa da Câmara
pelos escravos, com as tradições católicas dos colonizadores; as
comemoraçõess da Folia de Reis, que celebram desde o nascimento
comemoraçõe e Cadeia de Ouro Preto e na fachada da Igreja de Nossa Senhora do

de Jesus até a visita dos Três Reis Magos através de procissões e PilarPosteriormente,
em Nova Lima. a parr das úlmas décadas do século XIX, o
visitas a casas; as “Pastorinhas”, que são meninos e meninas que
visitam os presépios nas casas, assim como se fazia em Belém na eclesmo europeu passa a inuenciar as obras arquitetônicas do
época do nascimento de Jesus; o bumba meu boi, que simboliza a estado, que passava por um surto de desenvolvime
desenvolvimento
nto graças à a-
40

CONHECIMENTOS GERAIS

vidade cafeeira e à pecuária. Em um primeiro momento, tal eslo O estado apresenta uma grande disparidade social entre o sul
ainda sofre inuência do neoclassicismo, apresentando contornos e o norte do seu território, sendo o norte de Minas Gerais uma das
suaves. Somente a parr do século XX, o eclesmo passa a apresen- áreas mais pobres do Brasil, com precária rede de esgoto, alta taxa
tar uma estéca rebuscada, além de permir uma vasta gama de de mortalidade infanl e analfabesmo.
combinações eslíscas inuenciada sobretudo pela arte europeia, Minas Gerais é o estado brasileiro que possui o terceiro maior
que se estendem até a década de 1940. No período entreguerras produto interno bruto, que totalizava 351,38 bilhões de reais no m
chega ao estado a tendência mundial do art déco, que valorizava do ano de 2010. Ao longo dos úlmos anos, a economia mineira
em sua estéca a abstração, a linha, a forma, o volume e a cor e apresentou crescimento pracamente connuo, interrompido so-
que se beneciou pelas inovações construvas, como a ulização mente durante a grande recessão entre os anos de 2008 e 2009
do concreto
projetos armado.
de Oscar Contudo,
Niemeyer uma
que, ao grande revolução
conceber viriaArquite
o Conjunto com os- quando houve o decréscimo
posteriormente, a economia signicavo do PIB
voltou a crescer emmineiro. Contudo,
ritmo superior à
tônico da Pampulha, buscou a criação de formas simples e úteis, media nacional. Das regiões mineiras, a Região Metropolitana de
com suas caracteríscas curvas. Na década de 50, o arquiteto con - Belo Horizonte concentra 45% das avidades econômicas do esta -
cebeu outras obras notáveis, como o Edicio Niemeyer. Ao mesmo do, e é também uma das regiões que apresenta maior crescimento.
tempo chegam a Minas novos conceitos do nascente Eslo Inter - A capital mineira, por si só, possui 43% das avidades econômicas
nacional, além do surgimento da arquitetura modernista no Brasil. da região, seguida pelos municípios de Bem e Contagem. A seguir
Desde então, as construções passaram a integrar como princípios estão o Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, o Sul e Sudoeste de Mi-
a funcionalidade e integração com seus arredores. Um dos mais nas, Zona da Mata e Vale do Rio Doce que juntas correspondem a
recentes e notáveis projetos arquitetônicos no estado é a Cidade cerca de 40% do PIB mineiro. As regiões menos desenvolvidas são
Administrava de Minas Gerais, projetada por Oscar Niemeyer e os vales do Jequinhonha e do Mucuri, que juntas possuem 2,1% de
concluída em 2010. parcipação no PIB estadual.
O estado, segundo dados de 2012, é o terceiro que mais expor-
Turismo ta no país, sendo responsável por 12,78% dos produtos vendidos ao
Cachoeira na Serra do Cipó. exterior,, cando atrás apenas de São Paulo (26,55%) e Rio de Janei-
exterior
ro (12,88%). A pauta de exportação do estado, no entanto, é mui -
Um dos mais importantes circuitos turíscos de Minas Gerais to concentrada e baseada em produtos primários, principalmente
étransportar
a Estrada Real,
o ouroque
daspassa pelos
minas, queangos caminhos
liga a região ulizados
central para
do estado às minério
(5,15%).de ferro (43,15%),
O volume total decafé (11,29%),em
exportações ferro-lig
ferro-ligas
2012as foi(5,86%) e ouro
de cerca U$D
cidades do Rio de Janeiro e Para. Os diferentes roteiros deste cir- 33 000 000 000,00 (trinta e três bilhões de dólares).
cuito apresentam atravos históricos, culturais e naturais para seus
visitantes.] Outro aspecto notável do turismo mineiro inclui a visi - Agropecuária
tação às cidades históricas, as quais conservam as construções do
museu colonial além de incluírem museus e espaços culturais que Campos agrícolas com irrigação por gotejamento perto da ci -
revelam o passado dessas localidades. Destas cidades, destaca-se dade de Perdizes.
Ouro Preto, onde encontra-se o Museu da Incondência. O setor primário da economia mineira correspondeu a cerca
O relevo do estado, com abundância de picos e serras (espe - de 8,7% da soma de tudo o que foi produzido no estado durante o
cialmente os grandes picos), além da grande quandade de grutas ano de 2012. Das culturas do estado, o café foi o que teve a maior
e cavernas, rios e lagos naturais e arciais e a riqueza da fauna e parcipação no que se refere ao valor da produção agrícola estadu-
ora estadual atraem pracantes do ecoturismo e também do tu- al, chegando a 40% em 2011. Minas Gerais foi a origem de 61,2%
rismo de aventura. Outro segmento relevante é o turismo rural, já de todo o café produzido no país no mesmo ano sendo, portanto, o
que Minas é um dos estados que mais possuem empreendimen - maior produtor do país. A região sul do estado é a principal origem
tos voltados para esta nalidade. Na região central do estado, além do café mineiro, onde é culvado em sua maioria a variedade ará-
das cidades históricas e da capital, encontram-se parques nacionais bica. A produção de cana-de-açúca
cana-de-açúcarr, por sua vez, representa quase
como o Serra do Cipó, além do Museu de Inhom, que possui um vinte por cento do valor da produção agrícola de Minas, seguido
dos maiores acervos de arte contemporânea do país. No sul do es - pelo milho, soja e feijão. Minas também se destaca no cenário na -
tado encontra-se o Circuito das águas, conhecido por suas estâncias cional na produção de batata, sorgo, tomate, banana e abacaxi.
minerais. No município de Jaíba, no norte de estado, um projeto implantou
Destaca-se ainda o turismo de negócios que está em franca ex- a maior área de agricultura irrigada da América do Sul, onde são
pansão, uma vez que nos úlmos anos grandes eventos de projeção culvadas mais de trinta variedades de frutas, dentre elas a bana -
internacional foram realizados no estado. Em especial, destaca-se na-prata, da qual o município é o maior produtor.
nesse segmento a cidade de Belo Horizonte, que atrai cada vez mais Em relação à pecuária, Minas Gerais lidera a produção nacional
feiras, congressos e reuniões, o que pode ser atribuído à infraestru- de leite, com uma produção de 8,4 bilhões de litros em 2010, o que
tura e à importante rede hoteleira da cidade. Outras cidades do in - equivaleu a um quarto da produção brasileira. O estado também
terior (como Juiz de Fora, Uberaba e Uberlândia) também oferecem possui uma importante parcipação nacional nas criações de corte
opções para a realização de eventos de negócios de grande porte de bovinos, suínos e frangos. A produção mineira de ovos também
foi a segunda maior do país, com cerca de 375 milhões de dúzias.
Economia
Indústria
No âmbito da economia, Minas Gerais é o maior produtor de
café e leite do país, é o segundo Estado mais industrializado do A avidade de extração de minerais metálicos é a que possui
Brasil, cando atrás apenas de São Paulo. A agropecuária é uma maior parcipação no setor secundário mineiro, com aproximada-
avidade muito inuente. Um setor que está se desenvolvendo no mente um quarto de representaçã
representaçãoo na indústria estadual e respon-
Estado é a biotecnologia. É o maior produtor brasileiro de minério de por mais de quarenta por cento da produção mineral nacional.
de ferro, outros minerais explorados são o ouro e o zinco. Dentre os principais minérios extraídos destacam-se o ferro, man-
41

CONHECIMENTOS GERAIS

ganês (explorados sobretudo na região conhecida como Quadriláte- No ano de 2011, 10,635 milhões de pessoas se enquadravam
ro Ferrífero), ouro, níquel, nióbio, zinco, quartzo, enxofre, fosfato e na categoria de população economicamente ava, dos quais apro -
bauxita. Três quartos da indústria mineira, por sua vez, correspon- ximadamente dez milhões se encontravam ocupadas. Destes, 3,8
dem a avidades de transformação dos quais o mais parcipavo é milhões de pessoas possuíam carteira assinada. A taxa de desem -
o setor de metalurgia, sendo que, no âmbito da indústria siderúrgi - prego no estado apresentou connua queda desde 2009, passando
ca o estado foi responsável por um terço da produção nacional. Em de 7,2% para 3,9% no m de 2012. Dentre as principais ocupações
Minas estão instaladas unidades produvas de alguns dos maiores da população economicamente ava, destacam-se
destacam-se as avidades de
grupos ligados ao setor do país, como a Gerdau, Usiminas e Arce - comércio (16,3%), agropecuária (16,2%) e da indústria de transfor-
lorMial. O estado possui, ainda, signicava parcipação no setor mação (11,8%), seguidas por serviços de saúde, educação e serviços
ser viços
de fundição, com avidades concentradas sobretudo no centro-o- sociais,
avidade construção civil e serviços
econômica[nota doméscos.
1] apresentam maiorTodos os setores
quandade de emde-
este do estado e cuja metade da produção é desnada ao setor de
automobilíscos. pregados na região central do estado, com exceção das avidades
A seguir, destaca-se o setor de produtos alimencios, que cor- agropecuárias, na qual o Sul de Minas possui maior quandade de
responde a 13% das avidades industriais de Minas. Em seguida, trabalhadores formais
com parcipação pracamente semelhante, está o setor automo-
bilísco, responsável
responsável pela produção de quase um quarto da produ- EXERCÍCIOS
ção nacional de veículos a par da presença de unidades produvas
de empresas como Iveco, Fiat e Mercedes Benz. Destaca-se ainda,
a produção de cimento, sendo que o estado é o maior produtor 1. (ADVISE - 2012 - Prefeitura de Jabocabal - SP - Educador In-
nacional, fato que é favorecido pelas grandes reservas de calcário fanl - Professor Adjunto de Educação Básica I, Professor de Educa-
em território mineiro. Outro setor importante é a indústria química, ção Básica I) Pelo relevo brasileiro, podemos idencar alguns picos
especialmente o setor de pláscos, cuja produção desna-se princi- considerados importantes para a Geograa do Brasil. Entre os picos
palmente a atender outras cadeias produvas. citados abaixo, assinale o que apresenta a maior ponto culminante
do país.
Serviços
(A) Pico 31 de Março
O setor terciário é o mais importante da economia mineira, (B) Pico da
(C) Pico Bandeira
da Neblina
pois corresponde a mais da metade das avidades econômicas do
estado. Neste setor, o comércio varejista tem acompanhado o cres - (D) Pico Roraima
(E) Pico Cruzeiro
cimento do setor no país, que foi de 8,3% no período de 2009 a
2012. Contudo, alguns segmentos apresentaram comportamentos
2. (AOCP - 2018 - FUNPAPA - Auxiliar de Administração) O Bra -
disntos como a venda de móveis e eletrodoméscos que evoluiu
sil é um país de proporções connentais, com aproximadamente
acima da média nacional, ao contrário do segmento de super e hi -
8,5 milhões km², que ocupa quase a metade da América do Sul,
permercados, que foi abaixo da média brasileira no mesmo período.
abarcando várias zonas climácas e apresentando diversos biomas
Contudo, a parcipação do comércio no setor terciário é su-
e diversas formas de relevo. Sobre a geograa do Brasil, assinale a
perada somente pelo segmento de administração pública, respon- alternava correta.
sável por movimentar 13,7% de todo o PIB estadual. Em 2010, fo -
ram arrecadados no estado aproximadamente 43,5 bilhões de reais (A) O Brasil, devido as suas proporções, apresenta território em
em impostos, o que corresponde a doze por cento do PIB mineiro. dois hemisférios da Terra, o oriental e o meridional.
Destacam-se ainda, as avidades ligadas ao setor imobiliário e de (B) O Brasil é um país de estrutura geológica anga, porém na
aluguéis (8,6% do valor agregado bruto mineiro), intermediação - porção leste brasileira ocorrem dobramentos modernos, como
nanceira (5,2%) e de transportes (5,1%). a Serra da Manqueira e o Planalto Atlânco.
O comércio
cimento connuoexterior
acima de
da Minas
média Gerais temoapresentado
nacional, um cres --
que fez sua parcipa (C) O Pico de São Paulo é o ponto mais alto do Brasil, com 3525
metros de altude, e localiza-se na região norte do país, nos
ção em vendas externas nacionais aumentarem de 10,5% em 2002 Montes Apalaches.
para 13,4% em 2012 e consolidar-se como o segundo maior estado (D) Apesar do Rio Amazonas ser o mais extenso do mundo, com
exportador do país. Mais da metade do total exportado compõe - aproximadamente
aproximad amente 7 mil quilômetros, é o Rio Paraná que apre-
-se de produtos da extração mineral bruta ou processados pela in- senta a maior bacia hidrográca do Brasil.
dústria metalúrgica. Cerca de um quinto desse total compõe-se de (E) O território brasileiro ca sobre a placa tectônica sul-ame-
produtos da agropecuária, em especial o café. Destaca-se, ainda, o ricana e apresenta estrutura geológica composta de maciços
crescimento na exportação
exportação de medicamentos, soja e ouro não mo- angos e bacias sedimentares.
netário nas exportações mineiras. Os principais desnos dos pro -
dutos exportados são a China, o Japão, Alemanha, Estados Unidos
e Argenna. De forma similar,
similar, a importação de produtos no estado
manteve-se crescendo com taxas similares às nacionais. Destaca-se
nesse contexto a compra de veículos automotores, produtos quí -
micos e farmacêucos, produtos minerais e maquinaria industrial.
O resultado da balança comercial mineira manteve-se posivo ao
longo nos úlmos dez anos, o que signica que o estado exportou
mais do que importou. Em 2011, o superávit mineiro chegou a 28,4
bilhões de reais, muito próximo ao superávit brasileiro de 29,8 bi -
lhões, evidenciando, portanto, a relevância do estado no comércio
internacional brasileiro.
42

CONHECIMENTOS GERAIS

3. (Quadrix - 2018 - SEDF - Professor Substuto - Geograa) A corrente críca ou radical da geograa desenvolveu,
desenvolveu, no Brasil, uma tra-
jetória notável
notável do ponto
ponto de vista
vista da abordagem
abordagem acadêmica,
acadêmica, ao desvendar processos
processos que nutriram
nutriram o debate
debate políco em delicado momento
nacional.
Internet: <www
<www.ub.edu>.
.ub.edu>.

Tendo o texto acima apenas como referência inicial e analisando o processo histórico do pensamento geográco, julgue o item que
segue.
No Brasil, os geógrafos crícos opuseram-se fortemente à despolização da geograa, promovendo transformações não só nas análi-
ses humanas, mas também nas abordagens sicas.

( ) CERTO
( ) ERRADO

4. (CESPE - 2003 - Instuto Rio Branco - Diplomata) No bojo dos invesmentos, não se pode esquecer que Mercedes-Benz e Volkswa
Volkswa-
gen construíram no Brasil as fábricas mais
modernas do mundo. Justamente por causa dessa massa de invesmentos, se Frankfurt não vai ao Brasil, o Brasil tem que ir a
Frankfurt. Para compensar a grande ociosidade das fábricas brasileiras,
brasileiras, exportar é mais do que uma ordem - transformou-se em
“religião”.. A meca dos invesmen
“religião” invesmentos
tos das montadoras, e não só das alemãs, agora é a China.
Renato Acciarto. Brasil perde para China preferência das montadoras. In: Gazeta Mercanl. 11/9/2003, p. A1 (com adaptações).

O texto acima expressa importantes processos em curso no mundo. Considerando esse texto, julgue os itens a seguir.
No processo de globalizaçã
globalização
o econômica, que suplanta fronteiras e culturas, é irrelevant
irrelevantee o papel do Estado, prescindindo-se também
de ações conciliatórias entre os governos.

( ) CERTO
( ) ERRADO

5. (CESPE - 2009 - SEJUS-ES - Agente de Escolta e Vigilância Penitenciário)


Penitenciário)
43

CONHECIMENTOS GERAIS

Com base nos mapas temácos apresentados acima, julgue os ______________________________________________________


_________________________ _____________________________
itens que se seguem.
De acordo com o mapa 1, a maioria dos municípios que têm ______________________________________________________
_________________________ _____________________________
seus limites com o estado de Minas Gerais apresentam densidades
elevadas. ______________________________________________________
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_________________________ _____________________________
( ) CERTO
( ) ERRADO ______________________________________________________
_________________________ _____________________________

co de6.Laboratório
(CONSULPLAN - 2010 - Prefeitura de Congonhas - MG21km
- Técni
- ______________________________________________________
_________________________ _____________________________
- Informáca) ( ) A Estrada Real Percorre no
município pela rota do chamado “Caminho Velho”, ligando o distrito ______________________________________________________
_________________________ _____________________________
de Lobo Leite ao povoado do Pequeri.
( ) A área industrial da Gerdau Açominas se encontra totalmen- ______________________________________________________
_________________________ _____________________________
te localizada em áreas do município de Congonhas.
______________________________________________________
_________________________ _____________________________
( ) Grande parte da Mina de Fábrica, anga Ferteco e, hoje,
Vale, está localizada
localizada no município de Congonhas. ______________________________________________________
_________________________ _____________________________
( ) Congonhas possui duas comunidades quilombolas: a Barra
de Santo Antônio e o Campinho. ______________________________________________________
_________________________ _____________________________

A sequência está correta em: ______________________________________________________


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(A) V, V, F, F ______________________________________________________
_________________________ _____________________________
(B) F, F, V, V
(C) V, F, F, V ______________________________________________________
_________________________ _____________________________
(D) F, V, V, F
______________________________________________________
_________________________ _____________________________
(E) V, F, V, F
______________________________________________________
_________________________ _____________________________

GABARITO ______________________________________________________
_________________________ _____________________________

______________________________________________________
_________________________ _____________________________
1 C ______________________________________________________
_________________________ _____________________________
2 E
______________________________________________________
_________________________ _____________________________
3 C E RTO
4 E RR ADO ______________________________________________________
_________________________ _____________________________
5 E RR ADO ______________________________________________________
_________________________ _____________________________
6 A
______________________________________________________
_________________________ _____________________________

ANOTAÇÕES ______________________________________________________
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______________________________________________________
_________________________ _____________________________
______________________________________________________
__________________________ ____________________________ ______________________________________________________
_________________________ _____________________________
______________________________________________________
__________________________ ____________________________ ______________________________________________________
_________________________ _____________________________
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__________________________ ____________________________ ______________________________________________________
_________________________ _____________________________
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__________________________ ____________________________ ______________________________________________________
_________________________ _____________________________
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__________________________ ____________________________ ______________________________________________________
_________________________ _____________________________
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__________________________ ____________________________ ______________________________________________________
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__________________________ ____________________________ ______________________________________________________
_________________________ _____________________________
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