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ESCRITA
ACADÊMICA
PARA QUESTÕES
DISCURSIVAS
Elaine Hoffmann
Luana Ewald
Raquel da Silva Yee
1. APRESENTAÇÃO
Escrever faz parte do dia a dia das pessoas, de suas múltiplas atividades, como no
trabalho, na universidade, na vida social em geral. A escrita cumpre funções comunicativas
importantes, e escrever adequadamente à esfera social, como no âmbito acadêmico,
mercado de trabalho, enfim, é essencial para interação e inserção no mundo.
Assim, a partir desta apresentação, em outras três partes diferentes deste material,
vamos (I) explicar alguns elementos importantes sobre como responder avaliações
discursivas, destacando aspectos de objetividade, clareza e originalidade; (II) apresentar
questões comentadas para contribuir com sua compreensão sobre elementos essenciais
na hora de responder sua avaliação, observando o que o comando da questão solicita;
e (III) introduzir algumas dicas adicionais para o aprimoramento das suas habilidades
escritas.
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2. COMO ESCREVER A
RESPOSTA DA PROVA
DISCURSIVA?
Enunciado da questão
Textos motivadores
Comando da questão
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2.1 OBJETIVIDADE, CLAREZA E
ASSERTIVIDADE NA RESPOSTA
A resposta atribuída a cada questão do tipo dissertativa precisa atender ao
comando da questão, contemplar o assunto do ponto de vista científico e demonstrar
sua aprendizagem sobre o conteúdo. Para isso, é importante que você, estudante, ocupe-
se de alguns passos relacionados à pré-escrita, demonstrando adequação ao tema
e sendo capaz de estabelecer uma progressão de ideias. É fundamental que haja um
entendimento, em primeiro lugar, daquilo que é solicitado no enunciado.
Quando se trata de uma questão de prova de alguma disciplina que você está
cursando, é comum que se faça uma consulta no livro da disciplina, sempre que possível.
Nesse momento, é preciso que você busque ler e compreender o conteúdo em questão,
bem como, se assim deseja, ler outros textos sobre o mesmo tema. O cuidado para
não acabar apenas replicando o texto lido é importante! Por isso, selecionamos
algumas dicas:
Para deixar mais claro o que estamos abordando, vamos exemplificar a partir de
uma questão ENADE.
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(ENADE 2021)
Texto I
Uma cidade é considerada inteligente quando: i) nela se utiliza a tecnologia
para melhorar a sua infraestrutura e seus serviços, tornando os setores de administração,
educação, saúde, segurança pública, moradia e transporte mais inteligentes,
interconectados e eficientes, beneficiando toda a população; e ii) está comprometida
com o meio ambiente e com sua herança histórica e cultural.
AQUINO, A. L. L. et al. Cidades inteligentes, um novo paradigma da sociedade do
conhecimento. Blucher education Proceedings, v. 1, n. 1, p. 165-178, 2015 (adaptado).
Texto II
A evolução para uma cidade mais inteligente, mais integrada, mais inovadora
pressupõe uma visão holística e sistêmica do espaço urbano e a integração efetiva dos
vários atores e setores. Para tal, é necessário ir além dos investimentos em inovação
tecnológica e inovar também na gestão, no planejamento, no modelo de governança e
no desenvolvimento de políticas públicas.
CAMPOS, C. C. et al. Cidades inteligentes e mobilidade urbana. Cadernos FGV Projetos,
n. 24, 2014 (adaptado).
a) Explique de que modo as cidades inteligentes podem contribuir para a melhoria das
questões relacionadas ao desenvolvimento sustentável. (valor: 5,0 pontos)
b) Apresente uma proposta de intervenção urbana que pode gerar impacto social e
contribuir para a melhoria da vida em comunidade. (valor: 5,0 pontos)
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Feito isso, supõe-se que você compreendeu o conceito de cidade inteligente.
O próximo passo é ler o enunciado com atenção. Veja que é solicitado que a sua
resposta, como destacamos, deve ser construída a partir do conceito, exposto nos
textos, de cidade inteligente.
De toda forma, o que se espera é que exista, por parte do respondente, uma
reflexão própria, que seja coerente com os conceitos apresentados e com o enunciado
da questão. Entendido isso, como você notou, fomos destacando os aspectos mais
relevantes dos textos motivadores e palavras-chave que nos levam a compreender o que
se pede no enunciado. Junte a isso o desenvolvimento de um raciocínio lógico relacionado
ao tema e, certamente, você será capaz de desenvolver uma boa resposta. Note, ainda,
que os textos motivadores não trazem a resposta daquilo que é solicitado no enunciado,
mas dão um subsídio importante para a compreensão dos conceitos necessários. A
partir desses conceitos, utilizando o seu entendimento sobre eles, o seu conhecimento
de mundo, demonstrando exemplos que você conhece, ou pensando em soluções para
problemas relacionados ao tema, você desenvolverá sua resposta dissertativa, com
autoria própria, isto é, sem que sejam realizadas cópias deliberadas dos textos, enunciado
da questão ou outras fontes de leitura.
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Quando se trata de provas realizadas durante as disciplinas cursadas na graduação,
a atividade de responder uma questão dissertativa, certamente, é estratégica. Afinal,
como vimos, é necessário planejar o conteúdo a ser escrito de acordo com os conceitos
mobilizados na disciplina, ao mesmo tempo em que a sua própria voz não esteja “apagada”,
configurando a autoria própria. Nesse planejamento, dentre as estratégias de escrita
que você pode adotar, a citação (na forma direta ou como paráfrase), talvez, seja uma
possibilidade, desde que alinhada à sua discussão, à sua forma de interpretar o texto que
usa como fonte. A sua singularidade, que se constitui a partir de vivências locais, situadas
na sua história de vida, de onde você é e com as relações sociais que você constrói,
configuram uma interação particular com o texto, configuram percepções próprias que
devem ser levadas a cabo no momento de discutir, dissertar e debater.
DICAS
Para compreender melhor sobre a necessidade de apresentar originalidade na sua escrita,
verifique o material Plágio e Originalidade produzido pela equipe de revisão do Núcleo de
Educação a Distância da UNIASSELVI:
https://trilhaaprendizagem.uniasselvi.com.br/LET38_
morfologia_da_lingua_portuguesa/materiais/16.e-
book_-_plagio_e_originalidad__1_.pdf
Nesse material, você entenderá que existem diferentes tipos de plágio e observará a
diferença entre a citação e o plágio.
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DICAS
Recomendamos que você assista ao vídeo a seguir para complementar suas reflexões.
https://www.youtube.com/watch?v=87_nbcz1qQ8
Nesse vídeo, disponível no Canal Brasil Escola da plataforma Youtube, o professor Guga
Valente apresenta a citação de autoridade como uma estratégia argumentativa que
pode ser utilizada em avaliações.
2.2 ORIGINALIDADE
Para a elaboração de uma resposta dissertativa, é natural que o estudante
parta de algum discurso já dito, pois consulta os conteúdos disponibilizados dentro da
disciplina, como livro didático, Trilha de Aprendizagem, Objetos de Estudos, Enquetes,
Leituras Complementares etc. Por isso, de fato, quando você, estudante, escreve sua
resposta dissertativa, apresenta algo que já está dito em outro momento, mas também
produzindo conhecimento sobre essa informação. Logo, isso não significa que você
possa simplesmente copiar algum texto e apropriar-se desse texto como sendo seu, ou
que possa construir uma resposta apenas de citações diretas. No processo dialógico de
aprendizagem, a produção da resposta parte de uma organização própria, na qual você
demonstra a maneira particular que tem de ler, compreender e gerar conhecimento a
partir do que lhe é apresentado nos materiais que tem à sua disposição.
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Nos dois quadros a seguir, observe os exemplos que apresentamos de reposta
mecanizada (que reflete uma apropriação autoral indevida) e de resposta original (que
demonstra seu próprio percurso argumentativo e, por conseguinte, de aprendizagem):
Quadro 1 – Questão dissertativa: o que é uma resposta mecanizada e por que não tiro nota 10
quando copio ou reescrevo uma resposta que encontrei no livro, internet ou outros materiais?
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Explicação: Observe que o exemplo de resposta mecanizada apresenta exatamente
a mesma sistematização do gabarito de respostas da UNIASSELVI, perdendo sua
originalidade. Ademais, as construções sentenciais são muito próximas, ocorrendo
apenas algumas inversões de posições das expressões na sentença (como a mudança
de voz ativa para passiva em “O comprador usa a palavra grama no feminino (quantas
gramas)”/“A palavra grama é usada pelo comprador no feminino (quantas gramas)”).
A substituição de palavras equivalentes ou sinônimos também reflete a apropriação
do texto como se fosse seu, mesmo não sendo, caracterizando o que a UNIASSELVI
denomina “resposta mecanizada”. Esse tipo de resposta tem baixa ou nenhuma
pontuação justamente porque a apropriação de um texto de outra autoria acaba
deixando o avaliador com pouca materialidade de análise sobre a aprendizagem do
conteúdo por parte do estudante. Lembre-se de que, como já destacamos, a produção
do texto acadêmico (como a resposta de uma questão dissertativa) é avaliada a partir
da reflexão própria do estudante, da sua propriedade conceitual adquirida na disciplina,
do seu posicionamento acadêmico diante dos conceitos mobilizados, e do próprio
percurso de aprendizagem a partir da originalidade na escrita.
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Quadro 2 – Questão dissertativa: uma resposta original, com autoria própria, contempla todos os
argumentos esperados sem copiá-los ou reproduzi-los parcialmente.
1 As diferentes cores, nas respostas, foram usadas justamente para destacar em quais pontos a resposta
original apresenta os argumentos esperados no gabarito de respostas, sem reproduzi-los de forma mecanizada.
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Explicação: Observe que, no exemplo de resposta escrita com originalidade, há uma
sistematização própria, uma organização que não copia o gabarito de respostas (ou
algum texto da internet ou livro didático). Nessa sistematização, a resposta original
apresenta os conceitos trabalhados na disciplina quanto aos gêneros gramaticais e os
aplica à análise do fragmento textual que serviu de base para a resolução da questão.
Há, também, clareza na apresentação das ideias e um posicionamento próprio (que,
diferente do gabarito, apresenta, na sua arguição, a diferença de usos linguísticos com
base na norma padrão da língua portuguesa). Nesse caso, podemos identificar uma
resposta que atende a todos os critérios avaliativos, demonstrando a aprendizagem
acadêmica.
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Como os linguistas advertem, escrever, obviamente, não é a mesma coisa que falar!
Para o processo de escrita, especialmente o mais planejado, precisamos obedecer “a um
sistema particular de regras que não coincide com a fala em muitos pontos essenciais”,
como a organização textual, construção e articulação de sentenças mais complexas,
acentuação gráfica das palavras, ortografia padrão etc. (Faraco; Tezza, 2010, p. 12).
DICAS
Você já sentiu dificuldade para realizar a revisão do seu próprio texto? Esse sentimento
pode ser bastante comum. Por isso, a professora Dra. Luciana Moraes, em seu canal de
Youtube “lu.dissertese”, fala sobre a importância de realizarmos a revisão dos nossos
textos que passarão por algum tipo de avaliação, apresentando sugestões para a
correção textual no seu dia a dia.
https://www.youtube.com/watch?v=r2SRjXkMvp4
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Além das dicas de revisão, a Dra. Luciana Moraes também fala sobre o uso da vírgula de
uma forma descomplicada, partindo do conhecimento intuitivo sobre a língua que todo
o falante possui. Assista ao vídeo se quiser dicas sobre o processo de pontuação, para
deixar seu texto mais claro:
https://www.youtube.com/watch?v=32bfPTvP8zo
3. QUESTÕES
DISSERTATIVAS
COMENTADAS
Para que você compreenda melhor as orientações discutidas até este momento,
procuramos apresentar, aqui, possíveis resoluções de avaliações discursivas. Para isso,
reunimos quatro questões comentadas, de diferentes áreas do conhecimento, com
explicações contextualizadas sobre o conteúdo e a estrutura das questões, além de
sugestões de resposta.
QUESTÃO 1
Acesse o vídeo sobre a Questão Comentada da disciplina de Antropologia para assistir à expli-
cação do professor Marcio José Cubiak.
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QUESTÃO 2
Acesse o vídeo sobre a Questão Comentada da disciplina de Comunicação e Linguagem para
assistir à explicação da professora Raquel da Silva Yee.
QUESTÃO 3
Acesse o vídeo sobre a Questão Comentada da disciplina de Computação Forense e Testes
de Invasão para assistir à explicação da professora Simone Erbs da Costa.
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QUESTÃO 4
Acesse o vídeo sobre a Questão Comentada da disciplina de Gestão Financeira para assistir à
explicação do professor Fernando Eduardo Cardoso.
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Atente-se, portanto, à coerência externa, ligada à relação pertinente entre fatos,
informações, conceitos, etc., compatíveis com a realidade. Observe, ainda, a coerência
interna do texto, que pressupõe a continuidade, a não contradição e a articulação dos
argumentos (ligada à coesão).
É bem provável que essa sentença tenha parecido estranha para você de alguma
forma, não é mesmo?
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Se ajustarmos essa coerência textual, será que a sentença poderá ser avaliada
como uma boa sentença? Observe: * Os substantivos possuam dois gêneros, feminino
e masculino, há substantivos que nunca flexionam em gênero (como a criança, a casa, o
hospital etc.).
Sem alguns recursos de coesão, o texto, às vezes, pode ficar bastante repetitivo,
tirando sua objetividade e desinteressando o leitor. Observe esse fenômeno no
fragmento a seguir:
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As palavras podem mudar de classe gramatical, dependendo do seu
emprego na frase. Quando as palavras podem mudar de classe gramatical,
dependendo do seu emprego na frase, pode ocorrer a substantivação, que consiste
em atribuir funções de substantivo a outra palavra, que pode ser um verbo, um adjetivo
ou um advérbio.
Em 1963, Labov publica seu célebre trabalho sobre a comunidade da ilha de Martha’s
Vineyard, no litoral de Massachusetts, em que sublinha o papel decisivo dos fatores
sociais na explicação da variação linguística, isto é, da diversidade linguística observada.
Nesse texto, o autor relaciona fatores como idade [...].
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Essa reiteração pode se dar a partir de uma característica do termo referente
(ex.: gato – felino; feminino – gênero etc.), ou, quando se trata de pessoas, podemos nos
referir à função social que exercem. Quando citamos um autor, em nosso texto, é comum
fazermos pelo sobrenome, mas, para não o repetir, podemos pensar justamente nas
funções que ele exerce e que sejam relevantes ao texto (como engenheiro, juiz, filósofo,
linguista, educador etc.). Observe:
Bagno (2011), na obra Gramática do Português Brasileiro, faz uma crítica à organização
das palavras em classes gramaticais. O autor defende que as palavras podem
exercer diferentes funções, conforme o contexto em que são aplicadas. Diante desse
entendimento, o linguista alerta sobre a necessidade de uma nova perspectiva quanto
ao ensino do português brasileiro.
Fonte: as autoras.
Outro recurso textual que você pode utilizar para manter a objetividade no seu
texto é a omissão de um termo facilmente identificável (o que chamamos de coesão por
elipse). Observe:
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Nesse exemplo, omite-se a composição verbal “estão abrindo” e o termo “vagas”,
uma vez que sua repetição é desnecessária ao entendimento do texto.
É claro que devemos evitar repetições desnecessárias em nosso texto, mas como
o professor Dr. Ernani Terra (2022, on-line) ressalta, em seu blog, “A repetição intencional
de um mesmo item lexical também pode favorecer a coesão textual por enfatizar uma
ideia, mantendo-a em foco. Nesse caso, a repetição confere ênfase e força argumentativa
ao enunciado, visando conseguir a adesão do leitor ou do ouvinte”. No excerto a seguir,
temos um exemplo:
- Várias pessoas ao redor do mundo vão para a cama com fome todos os dias. E a fome
mata mais que muita doença grave.
Existem outros elementos utilizados para a coesão textual que não foram
mencionados aqui, como os operadores argumentativos que, por meio de recursos
linguísticos, como conjunções, por exemplo, possibilitam a ligação entre termos de uma
frase, entre orações ou mesmo entre frases ou parágrafos.
- Compareceu à festa, embora não simpatizasse com algumas pessoas ali presentes.
- Não obteve êxito na sua apresentação, logo o trabalho precisou ser reescrito.
- Ela gostaria de ir à praia, mas a previsão para o fim de semana é de chuva.
- José não veio porque está doente.
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Nesses exemplos, pode-se observar que as conjunções destacadas ligam orações,
cada uma delas trazendo um sentido específico para a frase em que se insere. A conjunção
“embora” passa a ideia de conceção; “logo”, de conclusão; “mas”, de adversidade; e “porque”,
de explicação. Ou seja, temos diferentes tipos de conjunções, nomeadas de acordo com
a função que exercem: concessivas, conclusivas, adversativas, explicativas, aditivas,
etc. Porém, não vamos nos ater a essas nomenclaturas. Aqui, ressaltamos, apenas, a
importância de conhecer esse recurso e lançar mão dele de forma adequada ao sentido
da mensagem que se deseja passar.
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4.2 ERROS MAIS COMUNS PARA EVITAR
NA ESCRITA/ERROS DE ESCRITA
Neste ponto da sua leitura, você já deve saber o que esperamos de um texto em
termos de coesão e coerência, certo!? A coerência, como vimos, está ligada ao aspecto
lógico do conteúdo, estabelecendo relações sintático-semânticas que unem as partes de
um texto. Um texto é coerente quando não há contradição entre suas partes. A coesão
é complementação disso, sendo responsável, mais precisamente, pela ligação textual, de
natureza gramatical, entre as partes do texto (sentença, parágrafo...).
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Imprecisão sintática: dificuldade de organização textual, falha na progressão
de ideias, frases mal estruturadas, incompletude de ideias, falta de pontuação, de
divisão dos parágrafos, etc.
Vocabulário impreciso: termos mal-empregados, coloquialismo, marcas de
oralidade, uso de gírias, grafia e acentuação incorreta das palavras.
Cópia integral ou parcial: falta de sistematização autoral na resposta; cópia
deliberada de textos de outras autorias, sem o reconhecimento da fonte consultada;
ou ainda, resposta construída, basicamente, com citações diretas, demonstrando
pouca ou nenhuma reflexão do estudante respondente.
FONTE: as autoras.
DICA DE LEITURA
No livro “Falsas Elegâncias”, de Marcos Bagno (distribuído de forma on-line pela Parábola
Editorial), você encontrará um conteúdo muito interessante sobre casos de hipercorreção
em textos escritos, com dicas para uma produção escrita mais clara, além de exercícios
para a sua correção textual.
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5. REFERÊNCIAS
ALKMIN, T. M. Sociolinguística: parte 1. In: MUSSALIM, F.; BENTES, A. C. (org.).
Introdução à linguística: domínios e fronteiras. v. 1. São Paulo: Cortez, 2001.
TERRA, E. Coesão (elipse, repetição e conexão). Blog do Ernani Terra: um espaço para
falar de língua e literatura. Disponível em: bit.ly/3EDCMt4. Acesso em: 22 nov. 2022.
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