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A interpretação de texto é a capacidade de uma pessoa compreender o que está escrito em uma
mensagem textual, podendo pensar e refletir a partir daquilo que absorveu após a leitura.
Quanto maior for a habilidade de alguém na interpretação de textos, mais facilidade essa pessoa
terá em qualquer atividade da vida que tenha relação com leitura.
De acordo com o site Gestão Educacional, a interpretação de texto é algo que começa a ser
estudado ainda na infância e abrange justamente as situações cotidianas verbais e não-verbais.
O simples fato de atravessar um semáforo quando o sinal está verde e parar diante do vermelho
já é uma interpretação, porém não-verbal.
Em contrapartida, quando estamos diante de uma placa de PARE, nos deparamos com
interpretação de texto. Neste caso, desde crianças somos instruídos a pararmos quando
estamos diante de uma sinalização dessas. Eis um bom exemplo de boa interpretação de texto,
por mais que seja uma única palavra.
Embora a interpretação de textos esteja presente o tempo todo em nossa vida, é importante
aprimorarmos essa habilidade quando falamos de textos maiores.
É neles que está a maior dificuldade de interpretação, e, na maioria das vezes, quem desenvolve
uma maior habilidade de compreensão, obtém melhores resultados no vestibular, faculdade,
concursos e até em seleções de emprego que contenham provas escritas.
Confira algumas dicas que vão ajudar você a melhorar na interpretação de textos.
Pode parecer óbvio, mas quanto mais você ler, melhor ficará sua interpretação de textos. Não
esqueça que a leitura é um exercício, e à medida em que for mais incorporada à rotina, sua
compreensão ficará mais fácil e natural.
Sempre que você terminar de ler um texto, post ou reportagem de jornal, faça uma reflexão
sobre o que aprendeu. Todo o texto tem pelo menos uma mensagem a ser compreendida.
É importante ler devagar e com atenção, pois alguns textos são mais complexos e exigem
bastante concentração para que a compreensão seja plena
Tão importante quanto entender é se fazer entender, não é mesmo? Então, que tal expor suas
ideias?
Seja num post na rede social, num blog ou até mesmo num bloco de notas, é importante que a
pessoa também exercite a escrita. Isso fará com que ela sinta a necessidade de criar argumentos
para justificar o que está escrevendo, ampliando o vocabulário.
Desta forma, quando estiver lendo um texto, ao natural acabará se concentrando nos
argumentos de quem escreveu, melhorando a compreensão da leitura.
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3. Use o dicionário
Você já passou por aquela situação de se deparar com uma palavra desconhecida em meio a um
texto? Se sim, o que fez?
Caso tenho buscado a resposta no dicionário, você fez a coisa certa. Hoje em dia, na internet,
existem versões on-line de dicionários famosos, como o Michaelis, por exemplo.
Também estão disponíveis diversos dicionários no formato de aplicativos para celular, tais quais
o Dicio e Aurélio. O site AppGeek separou uma lista com 8 opções de dicionários para baixar no
smartphone.
Uma simples busca pela palavra que causou estranheza já vai aumentar seu vocabulário. Desde
que a interpretação seja boa, claro!
Vivemos tempos nos quais a rapidez da informação é regra. Entretanto, para uma leitura
adequada e rica em interpretação correta, é necessário que seja feita com calma e atenção.
Se estiver lendo um livro cujo conteúdo cai no vestibular, evite mexer no celular enquanto está
se dedicando à essa leitura. O mesmo vale para a TV e outras distrações. Tente focar sua atenção
numa coisa de cada vez, especialmente quando está lendo.
Para estas situações, a recomendação é buscar um lugar tranquilo, com o mínimo de barulho
possível.
5. Faça pausas
Sabemos que especialmente na faculdade somos expostos a leituras complexas. Tente ler de
maneira pausada, um capítulo após o outro, fazendo pequenos intervalos para que seu cérebro
possa assimilar as informações, tornando o processo de aprendizado mais efetivo.
De nada adianta ler um livro inteiro rápido e sem atenção. Ao chegar à última página,
provavelmente terá aprendido muito pouco. Evite ler “passando os olhos” sobre as palavras.
Quem está se preparando para o vestibular não tem outra maneira de se sair bem na prova se
não praticar a leitura diariamente. Por isso, é fundamental interpretar bem os textos, sejam eles
de literatura e português, de história e geografia, matemática, química e física.
Isso sem falar na redação, que é indispensável para quem busca a aprovação. Para escrever um
bom texto, é importante entender o que diz o enunciado e ter o que escrever sobre o tema
proposto.
Quando falamos de redação para vestibular, o estudante tem que ter um repertório de ideias e
visões de mundo que o permitam uma argumentação consistente e relacionada com o tema
proposto. Para isso, é fundamental ter uma rotina de leitura diária, feita com atenção.
Apresente o seu ponto de vista logo na introdução e depois desenvolva a argumentação a partir
do seu conhecimento e opinião sobre o assunto;
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Apresente dados, fatos históricos ou referências atuais para embasar o desenvolvimento de suas
ideias;
Crie perguntas a partir do tema proposto. A ideia é que você possa esses questionamentos como
ponto de partida para apresentar seus próprios argumentos;
Evite opiniões infundadas, sem argumentação. Todo o ponto de vista que você usar numa
redação dissertativa precisa ter o porquê de aparecer no texto.
Com o passar do tempo, especialmente no ensino médio, esses problemas matemáticos ganham
complexidade e, para decifrar as minúcias, é importante entender o que o enunciado da questão
pede.
O site Só Matemática destaca em um artigo que o aluno que não conseguir interpretar
adequadamente as informações de uma questão, dificilmente conseguirá resolver o problema
quanto estiver diante dos números.
Mesmo alguém que tenha facilidade com os números e não tenha o mesmo desempenho com
textos precisa se esforçar para também se sair bem com as palavras.
Digamos que você está lendo de maneira mais atenta, lentamente e tentando extrair ao máximo
o que um texto quer dizer, mas ainda não está seguro se a interpretação está boa.
Uma ótima maneira para descobrir isso é fazer exercícios. Eles podem ajudar você a saber se
está no caminho certo, especialmente os de múltipla escolha.
O portal Brasil Escola separou alguns exercícios para que o estudante consiga avaliar a qualidade
de sua interpretação textual. Caso queira testar como está sua habilidade interpretativa, é
possível fazer os exercícios neste link.
Quem já fez o Enem sabe que ao longo da prova é necessário fazer muitas interpretações de
texto e enunciados.
E para que todo o seu estudo não vá por água abaixo no dia da prova, é importante interpretar
bem o que as questões e textos querem dizer.
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Leia e releia o texto quantas vezes forem necessárias até você entender e criar um senso crítico
e opinião sobre o assunto.
Treinar redações ao longo do período de estudos é uma excelente forma chegar no dia da prova
com a compreensão temática em dia. Mas às vezes é preciso uma ajudinha a mais para evitar
que isso aconteça.
Destrinche a proposta
Toda folha de redação do ENEM possui uma proposta de tema, que deve ser seguido com
algumas regras. Há um enunciado explicando essas normas e você deve destrinchá-las para
partir para sua redação com o tema em foco, sem chance de fugir dele.
Ou seja, você deve defender um ponto de vista em relação ao tema, mostrando se concorda ou
discorda, apresentando soluções, fatos e dados.
A proposta de redação do ENEM, de modo geral, apresenta uma coletânea para ajudar na
formulação de argumentos e embasar ideias. Pode ser um texto e uma charge, dois textos, uma
matéria jornalística e um gráfico, enfim, são informações que são colocadas ali para auxiliar
você.
São de dois a três dados nessa coletânea, que devem ser analisados muito bem antes de iniciar
a sua redação, pois eles que vão nortear a sua escrita. Eles funcionam para não haver uma
margem grande diante de um tema que pode ser amplo, por exemplo: educação de jovens.
Quando pensamos em educação de jovens pode vir à mente a educação familiar, da formação
do jovem como indivíduo, ou então a educação institucional e a sua formação escolar. O tema
em si pode ser ambíguo e por isso a coletânea de informações vai ajudar você nesse sentido a
dar o foco que o enunciado pede.
Inicialmente, escreva a sua redação do ENEM na folha de rascunho. Depois de finalizada, faça
uma leitura completa, parte por parte, para verificar não só erros de português, mas para ver se
você fugiu do tema em algum momento.
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Descrição
A descrição é uma tipologia textual dedicada a detalhar determinados objetos, pessoas, lugares
ou ações. Assim, o autor, ao utilizar esse recurso, procura transmitir suas impressões e
sensações sobre algo de maneira que o seu leitor possa visualizar a cena relatada como uma
fotografia.
Sobre a noção de tipologia, Marcuschi (professor e linguista) a define como uma “sequência
subjacente ao texto” marcada pela sua natureza linguística (aspectos sintáticos, lexicais,
relações lógicas e de estilo etc.). Em outros termos, a tipologia textual tem marcas linguísticas
que podem ser:
Em cada uma delas, há uma série de marcações textuais evidenciando suas principais
características. O pesquisador ainda explica que, em uma produção textual, é possível encontrar
diversas tipologias.
Características da descrição
Por se tratar de uma tipologia textual, a descrição está presente em uma diversidade de gêneros
(carta pessoal, conto, notícia etc.) e sua estrutura depende do gênero ao qual ela está associada.
Contudo, há um conjunto de características que nos permite tipificar elementos no texto e
classificá-los como descritivos. Na descrição, temos:
Tipos de descrição
Descrição objetiva
Veja um exemplo:
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O acidente ocorreu às 14 h e a vítima encontra-se em estado grave devido às lesões na cabeça
sofridas mediante forte pancada. Até o momento, sabe-se que se trata de um homem, jovem,
com cerca de 30 anos de idade, 1,75 de altura e magro.
Descrição subjetiva
Veja um exemplo:
No sonho, eu andava sob um mar de tristezas e, ao chegar à ilha, deitava sobre areias alegres.
Meu humor mudou, do mar para a areia, da tristeza para a alegria. Da turbulência para a
calmaria. Da ansiedade para o sono profundo.
Narração
A Narração é um tipo de texto que relata uma história real, fictícia ou mescla dados reais e
imaginários. O texto narrativo apresenta personagens que atuam em um tempo e em um
espaço, organizados por uma narração feita por um narrador.
- Narrador-personagem: é aquele que conta a história na qual é participante. Nesse caso ele é
narrador e personagem ao mesmo tempo, a história é contada em 1ª pessoa.
- Narrador-observador: é aquele que conta a história como alguém que observa tudo que
acontece e transmite ao leitor, a história é contada em 3 pessoa.
Clímax: é o ponto da narrativa em que a ação atinge seu momento crítico, tornando o desfecho
inevitável.
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A apresentação direta é quando o personagem aparece de forma clara no texto, retratando suas
características físicas e/ou psicológicas, já a apresentação indireta se dá quando os personagens
aparecem aos poucos e o leitor vai construindo a sua imagem com o desenrolar do enredo, ou
seja, a partir de suas ações, do que ela vai fazendo e do modo como vai fazendo.
Elementos da narração
"Elementos da narrativa
Os textos narrativos podem apresentar cinco elementos que são característicos desse tipo
textual. São eles:
personagens;
acontecimento;
tempo;
espaço;
modo;
causa;
Os elementos que são considerados essenciais aos gêneros narrativos são as personagens, pois
protagonizam os fatos ocorridos; a ação ou fato, pois toda narrativa se baseia em uma sequência
de acontecimentos relacionados entre si; e o narrador ou foco narrativo, que se refere àquele
que conta a história (se participa ou não dos fatos), e a perspectiva pela qual ele conta (com o
olhar infantil, o olhar mais velho, se de uma visão total ou parcial dos acontecimentos).
Além desses, os elementos secundários são relevantes, em diferentes níveis, aos textos
narrativos. O tempo pode dividir-se em tempo cronológico — ordena a sequência de fatos em
ordem linear de horas, dias, meses e anos — ou em tempo psicológico — ordena os fatos a partir
dos pensamentos ou memória de um personagem e/ou narrador.
O espaço é o elemento que marca os locais onde os acontecimentos ocorrem. Essa categoria
pode designar um espaço macro (como cidades grandes, estados, países, etc.) ou micro (como
a casa, o trabalho, a praça, o quarto, etc.).
A categoria modo responde à pergunta “como?”. Ela se propõe a detalhar os meios que
possibilitam ou caracterizam os acontecimentos da narrativa. Por fim, o elemento “causa”
responde à pergunta “Por quê?”."
"Gêneros narrativos
Romance
Conto
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Crônica
Fábula
Parábola
Notícias
Relatos
História em quadrinhos
Filmes
Teatro
Estrutura da narrativa
O tipo narrativo apresenta diferentes estruturas, a depender do gênero textual no qual está
inserido. Em outras palavras, o gênero textual narrativo influencia as características linguísticas
e estruturais, pois pode priorizar alguns aspectos e ignorar outros. Além disso, a organização da
estrutura pode ser modificada intencionalmente, caso muito comum nas narrativas ficcionais.
Clímax: ápice da história. É a parte que apresenta o acontecimento máximo, o fato mais
relevante.
Para fazer uma boa narração, é necessário, primeiramente, observar o gênero textual no qual
ela será aplicada. Cada gênero terá suas exigências específicas, que devem ser consideradas.
Feitas as considerações acima, algumas dicas podem ajudar na construção narrativa.
Selecione seus personagens (reais ou não) e analise suas prioridades em relação aos fatos.
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Selecione as informações.
“No tempo em que o lobo e o cordeiro estavam em tréguas, desejava aqueles que se oferecesse
ocasião para as romper. Um dia que ambos se acharam na margem de um regato, indo beber,
disse o lobo mui encolerizado contra o cordeiro:
Respondeu mansamente:
‘Senhor fulano lobo, como posso eu turbar a vossa mercê a fonte, se ela corre de cima, e eu
estou cá mais abaixo?’
‘Como podia eu cometer um crime haverá um ano, se eu não tenho ainda de idade mais que
seis meses?’
‘Pois, se não fostes vós, foi fulano carneiro vosso pai.’ E, investindo ao pobrezinho, o levou nos
dentes.
Assim fazem os ímpios e maliciosos a quem não há inocência que satisfaça nem desculpa que
contente.”
“DE REPENTE, Honório olhou para o chão e viu uma carteira. Abaixar-se, apanhá-la e guardá-la
foi obra de alguns instantes. Ninguém o viu, salvo um homem que estava à porta de uma loja, e
que, sem o conhecer, lhe disse rindo:
Para avaliar a oportunidade desta carteira, é preciso saber que Honório tem de pagar amanhã
uma dívida, quatrocentos e tantos mil-réis, e a carteira trazia o bojo recheado. A dívida não
parece grande para um homem da posição de Honório, que advoga; mas todas as quantias são
grandes ou pequenas, segundo as circunstâncias, e as dele não podiam ser piores. Gastos de
família excessivos, a princípio por servir a parentes, e depois por agradar à mulher, que vivia
aborrecida da solidão; baile daqui jantar dali chapéus, leques, tanta cousa mais, que não havia
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remédio senão ir descontando o futuro. Endividou-se. Começou pelas contas de lojas e
armazéns; passou aos empréstimos, duzentos a um, trezentos a outro, quinhentos a outro, e
tudo a crescer, e os bailes a darem-se, e os jantares a comerem-se, um turbilhão perpétuo, uma
voragem.
-- Tu agora vais bem, não? dizia-lhe ultimamente o Gustavo C..., advogado e familiar da casa.
A verdade é que ia mal. Poucas causas, de pequena monta, e constituintes remissos; por
desgraça perdera ultimamente um processo, cm que fundara grandes esperanças. Não só
recebeu pouco, mas até parece que ele lhe tirou alguma cousa à reputação jurídica; em todo
caso, andavam mofinas nos jornais.”
Dissertação
A dissertação é um gênero textual que utiliza a argumentação como base para a defesa de um
ponto de vista. Dessa forma, o autor, ao discorrer sobre o tema e apresentar a sua tese, deve
afirmá-la com o uso de dados, estatísticas, pesquisas, fatos, exemplos e citações, dentre outros.
A redação dissertativa tem como objetivo convencer o leitor sobre uma perspectiva.
Isso nada tem a ver com o fato de ele concordar com que está escrito, mas, sim, de aceitar que
aquela opinião é válida e tem consistência.
Por essa razão, a partir da dissertação, é possível reconhecer se o candidato tem raciocínio lógico
e é capaz de apresentar os argumentos certos para defender seu ponto de vista.
Afinal, como mencionamos, a escrita é uma etapa classificatória para os candidatos que
pretendem entrar no ensino superior ou conquistar uma vaga de emprego.
Embora essas sejam ótimas razões para aprender a escrever bem, elas não são as únicas.
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É só parar para pensar um pouco que você consegue se lembrar de vários momentos do dia em
que envia mensagens de texto e e-mails, por exemplo.
Se você se expressar equivocadamente, seja por um erro ortográfico ou por palavras mal
colocadas, as chances de que o outro não compreenda a sua ideia é grande.
Além disso, pode causar um mal entendimento, fazendo com que a relação seja prejudicada.
Introdução
A introdução, como o nome já sugere, é o início do texto e a parte em que as ideias são
apresentadas de forma sucinta, geralmente, em um parágrafo.
Nela, o autor deve mencionar o tema da redação e contextualizar o que o leitor verá nas
próximas linhas.
Desenvolvimento
Isso porque, na etapa de desenvolvimento, é onde o autor apresenta todas as cartas que têm
na manga para defender o seu ponto de vista.
Desenvolvimento
Uma das partes mais importantes de uma produção textual é a argumentação utilizada para
defender seu ponto de vista sobre o assunto. Uma dica primordial para que o texto apresente
um conteúdo completo e impressione o leitor é organizar suas ideias de forma lógica e coesa.
Confira a seguir alguns passos importantes para ajudá-lo a criar o “corpo do texto” completo e
bem estruturado.
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Como o número máximo de linhas exigidas nos processos seletivos costuma ser 30, evite
apresentar muitas ideias. Geralmente dois tópicos são suficientes para desenvolver um bom
texto. Dessa maneira, é possível dividir sua redação em dois parágrafos de desenvolvimento.
A afirmação ou tópico frasal costuma ser o primeiro parágrafo utilizado para abordar a ideia
central do tema. É um período utilizado para resumir os argumentos que serão desenrolados
em seguida. Por isso, a frase deve ser curta e objetiva.
E, por fim, a conclusão! Nessa parte da redação você deverá fazer o desfecho do texto,
apresentando uma síntese do que foi abordado na introdução e desenvolvimento. É
imprescindível que o autor se posicione dentro do contexto, revelando soluções ou resultados
para os possíveis problemas.
(Imagem: Shutterstock)
Em uma redação, além de dominar o assunto, o autor precisa apresentar ideias convincentes ao
longo do texto. Para dar respaldo às propostas apresentadas, deixar a leitura mais atrativa e,
claro, persuadir o leitor, selecionamos algumas estratégias de argumentos para você que tem
dificuldade ou ainda não sabe como fazer o desenvolvimento de uma redação.
Argumento por Exemplificação: uma das maneiras mais simples de fundamentar sua opinião.
Esse é um recurso argumentativo que pode ser utilizado com o intuito de deixar o ponto de vista
mais compreensível. Geralmente, costuma-se utilizar alguns termos como: para contextualizar,
por exemplo, a título de exemplificação, como acontece no caso, etc.
Argumento por Comparação ou Analogia: Como o próprio nome sugere, são feitas analogias
com obras literárias, filmes, novelas, séries de TV, etc. Ao escolher essa estratégia, o autor do
texto revela uma semelhança ou diferença do assunto abordado com outra situação existente.
Argumento por alusão histórica: apesar de muito parecido com o recurso anterior, essa
estratégia diz respeito a uma comparação específica do argumento com um fato histórico. A
intertextualidade é a palavra-chave desse tipo de argumento, em que o autor da redação deverá
tecer uma opinião crítica em relação ao recorte histórico escolhido.
Argumento por evidência (ou por comprovação): o uso de dados estatísticos ou informações de
domínio público divulgadas em pesquisas de órgãos importantes, são excelentes alternativas
para respaldar o seu ponto de vista na redação. Contudo, vale ressaltar que, ao optar por este
tipo de argumento, a fonte das informações utilizadas no texto deve ser citada.
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Enumeração: refere-se à listagem de fatos que ratificam a sua tese. Termos como
primeiramente, outro fator importante, além disso, ademais, etc, costumam ser utilizados nesse
contexto.
Conclusão
A conclusão de uma redação é o parágrafo que conecta o que foi apresentado na introdução e
no desenvolvimento do texto. Partindo do princípio de que a estrutura de uma redação deve ter
introdução, desenvolvimento e conclusão, esses três pontos devem estar bem alinhados, sem
contradições.
Portanto, a conclusão de uma redação corresponde ao parágrafo final, com poucas linhas, que
contém a reafirmação do raciocínio desenvolvido. Tem como características ser uma síntese do
que foi apresentado, confirmando a posição abordada no texto.
A conclusão de uma redação apresenta uma síntese do que foi abordado na introdução e no
desenvolvimento. (Foto: Pixnio).
Depois de ter feito a introdução e desenvolvido o tema, é na conclusão de uma redação que
deve estar o resumo do que foi escrito, de maneira objetiva, fazendo uma conexão com todo o
texto.
Para iniciar uma conclusão, pode-se usar alguma conjunção conclusiva como: logo, portanto,
assim, por isso, em vista disso, conseguinte, etc.
Para exemplificar, veja como exemplo uma redação que tirou nota mil no Enem:
Introdução
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Desde o início da expansão da rede dos meios de comunicação no Brasil, em especial o rádio e
a televisão, a mídia publicitária tem veiculado propagandas destinadas ao público infantil,
mesmo que os produtos ou serviços anunciados não sejam destinados a este. Na década de
1970, por exemplo, era transmitida no rádio a propaganda de um banco utilizando personagens
folclóricos, chamando a atenção das crianças que, assim, persuadiam os pais a consumir.
Desenvolvimento
É sabido que, no período da infância, o ser humano ainda não desenvolveu claramente seu senso
crítico, e assim é facilmente influenciado por personagens de desenhos animados, filmes, gibis,
ou simplesmente pela combinação de sons e cores de que a publicidade dispõe. Os adolescentes
também são alvo, numa fase em que o consumo pode ser sinônimo de autoafirmação. Ciente
deste fato, a mídia cria os mais diversos produtos fazendo uso desses atributos, como brindes
em lanches, produtos de higiene com imagens de personagens e até mesmo utilizando atores e
modelos mirins nos comerciais.
Muitos pais têm então se queixado do comportamento consumista de seus filhos, apelando para
organizações de defesa dos direitos da criança e do adolescente. Em abril de 2014, foi aprovada
uma resolução que julga abusiva essa publicidade infantil, gerando conflitos entre as empresas,
organizações publicitárias e os defensores dos direitos deste público-alvo.
Entretanto, tal resolução configura um importante passo dado pelo Brasil com relação ao
marketing infantil. Alguns países cujo índice de escolaridade é maior que o brasileiro já possuem
legislação que limita os conteúdos e horários de exibição dos comerciais destinados às crianças.
Outros, como a Noruega, proíbem completamente qualquer publicidade infantil.
Conclusão
A legislação brasileira necessita, portanto, continuar a romper com as barreiras impostas pela
indústria publicitária, a fim de garantir que o público supracitado não seja alvo de interesses
comerciais por sua inocência e fácil persuasão. No âmbito educacional, as escolas devem auxiliar
na formação de cidadãos com discernimento e capacidade crítica. Desta forma, é importante
que sejam ensinados e discutidos nas salas de aula os conceitos de cidadania, consumismo,
publicidade e etc., adequando-os a cada faixa etária.
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É possível perceber nessa redação que o autor usou a conjunção “portanto” para exprimir a
conclusão. Poderia ser “A legislação brasileira necessita, assim, continuar” que não haveria
perda de sentido da frase.
É por meio dela que o candidato é avaliado, pois independentemente da área escolhida, faz-se
necessário saber expressar-se pela escrita. Por isso, apesar dos conhecimentos específicos que
serão importantes para o desempenho futuro, também é importante saber usar os recursos da
gramática associando ao conhecimento geral sobre diversos assuntos.
Existem bancas, como a do Enem, que propõem redações pautadas em temas objetivos e, na
maioria das vezes, com abordagem social. Mas, também é possível encontrar redações com
abordagem subjetiva, cujos temas estão relacionados à experiência do redator.
Por isso, saber o tipo de redação que será feita ajuda na hora de fazer a conclusão. Isso porque
cada abordagem pede um fechamento.
Para temas objetivos, como as redações do Enem, em que os temas abordam assuntos de
conhecimentos sociais, a conclusão deve trazer soluções para um determinado problema. Já
para as redações que pedem uma abordagem mais subjetiva, a partir da vivência de cada
redator, a conclusão dispensa sugestões.
Linguagem
Podemos dizer que a linguagem, sobretudo no que se refere à sua função e ao tipo, é a
característica mais relevante dos textos publicitários, já que se trata do principal recurso que o
autor da peça (texto) publicitária tem para que os efeitos de sentido gerados sejam aqueles
desejados pelo autor para alcançar os leitores.
Quanto à função da linguagem dos textos publicitários, ela pode ser abordada de várias formas:
linguagem referencial (quando o texto tem o objetivo de divulgar uma informação real),
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linguagem emotiva (quando o texto pretende alcançar seu objetivo por meio da emotividade
dos leitores) e linguagem apelativa ou conativa (quando o texto tem o objetivo de convencer
alguém a fazer ou comprar alguma coisa, é conhecida como retórica).
Com relação ao tipo de linguagem, os textos publicitários podem ser criados a partir das
linguagens verbal (oral ou escrita), não verbal (imagens, fotografias, desenhos) e mista (verbal
e não verbal).
É relevante ressaltarmos também que a linguagem dos textos publicitários é pensada no sentido
de atingir um grande número de interlocutores, ou seja, as massas, e, por essa razão, deve ser
de fácil compreensão, objetiva, simples e acessível a interlocutores de todos as classes e faixas
etárias.
Criatividade
De maneira geral, para conseguir causar efeitos de sentido e seduzir, chamar a atenção dos
interlocutores, os autores das peças publicitárias fazem trocadilhos e trabalham as linguagens
verbal e não verbal de maneira criativa.
Objetividade
Geralmente, os textos publicitários têm extensão bem reduzida, já que circulam em suportes
cujo espaço também é reduzido e o valor de cada anúncio depende de seu tamanho. A seção
dos classificados de jornal, que é um exemplo de texto publicitário, é um bom exemplar para
que possamos observar essa característica. Outro exemplo que ilustra a objetividade dos textos
publicitários é a criação de slogan (uma frase curta e de fácil memorização) ou manchetes, os
quais resumem em um único enunciado as informações e os objetivos do texto.
Exemplos de slogan:
Publicidade e o público
Em virtude de seu caráter persuasivo e pelo fato de alcançar as grandes massas, o texto
publicitário exerce grande influência e poder sobre o público. Esse texto promove o
compartilhamento de ideias, produtos e serviços e, de certa forma, orientações ideológicas.
Devido ao seu papel importante na nossa cultura, existe uma autorregulamentação para a
divulgação/publicação de textos publicitários, a qual define limites de atuação e aprovação (ou
não) quanto à veiculação de alguns anúncios. Essa autorregulamentação é necessária porque,
conforme o Código de Defesa do Consumidor (CDC), os textos publicitários respondem pela
qualidade dos produtos e serviços que estão sendo oferecidos, portanto, não devem realizar
propaganda enganosa, que é crime.
Ainda de acordo com o CDC, propaganda enganosa significa qualquer modalidade de informação
falsa, capaz de induzir o consumidor ao erro no que diz respeito à natureza, característica,
qualidade, quantidade, propriedades, origem, preço e quaisquer outros dados sobre produtos e
serviços.
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Estrutura do texto publicitário
O texto publicitário é composto, muitas vezes, por imagem, título, texto, assinatura e slogan. A
assinatura é o nome do produto/serviço e do anunciante. Slogan, como já dissemos, é um
enunciado conciso e de fácil associação ao produto e lembrança do leitor. O título/headline é
um enunciado breve com o objetivo de captar a atenção do leitor, incitando sua curiosidade. O
texto deve incitar no consumidor o interesse, o desejo por aquilo que está sendo
oferecido/anunciado.
Existem duas vertentes filosóficas do texto publicitário, ambas com origens filosóficas: a
apolínea e a dionisíaca.
Apolínea
Dionísica
Nos dias atuais, o texto jornalístico é provavelmente o gênero textual mais lido, pois possui o
maior alcance nos diversos setores da sociedade.
Uma característica importante dos textos jornalísticos é sua efemeridade, visto que favorecem
o conhecimento de informações atuais com o propósito de difundir o que acontece de novo.
jornais
A Linguagem Jornalística
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A linguagem jornalística é em prosa e deve ser clara, simples, imparcial e objetiva de modo a
expor para o emissor as informações mais relevantes sobre o tema.
No tocante à sua estrutura gramatical, normalmente o texto jornalístico apresenta frases curtas
e ideias sucintas, as quais favorecem a objetividade do texto.
Além disso, trabalham com o recurso das repetições que auxiliam na memorização e assimilação
das informações. O mais comum é o uso da ordem direta nas construções frasais, ou seja: sujeito
+ verbo + complementos e adjuntos adverbiais.
Esses textos possuem uma linguagem denotativa, ou seja, isenta de ambiguidades e que possui
um único sentido,
Aqui, vale lembrar que o jornal é um veículo portador de diferentes gêneros textuais. Portanto,
eles podem apresentar uma linguagem conotativa (figurada), na medida em que desenvolve os
diversos tipos de textos:
narrativo
descritivo
dissertativo-opinativo
injuntivo
expositivo
Lide
Um recurso jornalístico muito utilizado é o “lide” (forma aportuguesada) ou “lead” (no inglês),
que significa “guia”, “principal”, “liderança” ou “o que vem à frente”.
Assim, o “lide” é um recurso jornalístico essencial e que deve ser bem elaborado, objetivo e
coerente. Isso porque favorece o interesse do leitor, sendo comum que muitos dos leitores
leiam apenas o lide de cada matéria jornalística.
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Pirâmide Invertida
Sendo assim, o conteúdo mais importante localizado na base da pirâmide (parte mais larga),
permanece na parte de cima da folha. Por outro lado, o conteúdo mais superficial ou menos
relevante, chamado de “ápice” ou “vértice”, está situado embaixo do texto.
Texto Informativo
Os textos informativos são um dos gêneros mais presentes nos textos jornalísticos. Eles
englobam as produções textuais objetivas em prosa, baseadas na linguagem clara e direta
(linguagem denotativa).
São textos que têm como objetivo principal transmitir informação sobre algo, estando isento de
duplas interpretações.
Assim, o emissor (escritor) dos textos informativos preocupa-se em expor brevemente um tema,
fatos ou circunstâncias a um, ou vários receptores (leitor).
Gêneros Jornalísticos
editorial
notícia
reportagens
entrevistas
textos publicitários
classificados
artigos
crônicas
resenhas
charges
cartas do leitor
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Medicamentos Genéricos
Os medicamentos genéricos estão identificados com a sigla MG nas embalagens. Eles são
aprovados pela INFARMED, que disponibiliza uma lista de medicamentos genéricos online. A
cada medicamento é atribuída uma A.I.M. (Autorização de Introdução no Mercado) com um
respetivo número de registo. Segundo a lei, estes medicamentos podem unicamente ser
comercializados depois do período de proteção de patente do medicamento de referência ter
expirado (um período aproximado de 20 anos).
Medicamentos de Marca
Os medicamentos genéricos podem ter, no entanto, substâncias não ativas diferentes dos
medicamentos originais, como corantes, açúcares e amidos, podendo diferir em tamanho, sabor
ou forma destes. Apesar das substâncias ativas (os chamados excipientes) distinguirem-se entre
medicamentos de marca e medicamentos genéricos, as diferenças não acusam normalmente no
efeito terapêutico
Pode simular na página da DECO os medicamentos mais baratos entre medicamentos de marca
e medicamentos genéricos.
Isso vale também para os novos tipos textuais. Em função das tecnologias mais recentes, como
a internet e o smartphone, novas situações comunicacionais passaram a fazer parte de nosso
cotidiano.
De maneira geral, a comunicação por meio dessas novas ferramentas apresentam estruturas de
textos próprias, adaptadas para os novos veículos de comunicação.
Uma das principais características desses novos formatos é apresentar períodos mais curtos e
diretos. Além disso, é comum notar a presença de elementos audiovisuais e também de
hiperlinks. Abreviaturas e linguagem interativa, como os chamados “emojis”, também fazem
parte desses novos gêneros.
gêneros digitais
Existem diferentes gêneros textuais digitais que estão presentes nas mídias digitais e, com o
passar do tempo, é bem provável que outros surjam. Contudo, quando pensamos em exames
vestibulares, vale a pena conferir aqueles tipos que são citados pela BNCC. Veja abaixo.
Currículo web
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O currículo é uma das principais ferramentas para conseguir um emprego. Durante muito
tempo, era comum que as pessoas entregassem pessoalmente esse documento nos lugares que
pretendiam trabalhar.
Com o avanço da tecnologia, em especial da internet, essa realidade foi alterada. Hoje, grande
parte das pessoas e empresas, optam por trabalhar com currículos web.
Nesse sentido, uma plataforma digital é utilizada para fazer o currículo. Nela, são
disponibilizadas ferramentas para que o candidato apresente documentos, fotos e, se
necessário, até mesmo arquivos de vídeo e voz.
O GIF é um formato bastante comum nos meios digitais, em especial nas redes sociais. De
maneira geral, esse gênero trata-se de uma montagem de imagens que se sucedem de maneira
repetida, como uma espécie de vídeo de curta duração.
Geralmente, os GIFs são utilizados juntamente de textos verbais e não verbais. O principal
objetivo desse tipo textual é tornar a comunicação mais rápida, dinâmica e mais eficiente,
abrindo maior espaço para compreensões subjetivas.
Fanfiction
A Fanfiction, também conhecida apenas pela abreviatura, Fanfic, é um dos gêneros digitais mais
utilizados por fãs de literatura e cinema. Muitas vezes, ela pode ser compreendida como um
novo tipo literário, desenvolvido pelos fãs de determinada obra.
Em geral, aquelas pessoas que consomem um determinado conteúdo (filme, livro, série, game
etc.) se propõem a narrar uma história ficcional a partir dos roteiros e narrativas já existentes.
Dessa forma, esse gênero é fruto das próprias interações no espaço virtual, tendo nascido, se
desenvolvido e se popularizado por meio das plataformas digitais. Quem mantém as fanfics vivas
são os próprios fãs, que também são, ao mesmo tempo, autores e leitores.
Vlog
O vlog é outro gênero muito popular. Em grande parte, ele se assemelha aos famosos “blogs”.
Contudo, existe uma diferença primordial: enquanto os blogs são formatos escritos, os vlogs são
vídeos.
Wiki
A Wiki é um gênero bastante antigo dentro da internet, contudo, tem ganhado cada vez mais
espaço com o passar do tempo. De maneira geral, esse formato é marcado pela escrita
colaborativa. Por meio de um código aberto, qualquer pessoa pode editar o conteúdo exposto.
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Carta do leitor
A carta do leitor é um tipo de carta veiculada geralmente em jornais e revistas, onde os leitores
podem apresentar suas opiniões.
Esse gênero epistolar possui uma função relevante para os meios de comunicação, de modo que
a carta do leitor assegura uma resposta (feedback) de seus leitores.
Esse espaço reservado aos leitores é um importante instrumento de comunicação, pois eles
podem interagir com o meio de comunicação, expondo assim, seu ponto de vista sobre uma
notícia, reportagem, pesquisa ou qualquer outro assunto atual.
Assim, as opiniões, sugestões, críticas, perguntas, elogios e reclamações dos leitores são
publicadas e podem ser visualizadas por qualquer indivíduo.
Além disso, o leitor pode sugerir algum tema a ser abordado. Por esse motivo, é uma importante
ferramenta de produção de pauta para os veículos de comunicação.
Devemos lembrar que a carta do leitor possui um remetente (emissor ou locutor) e destinatário
(receptor ou interlocutor).
Antes de ser publicada ela passa pela equipe de revisão, a qual adaptará o texto e corrigirá
possíveis erros.
Por esse motivo, não existe um modelo específico, uma vez que segue o padrão de apresentação
e o espaço destinado para esse fim determinado pelo meio de comunicação.
Vale lembrar que a carta do leitor é uma pequena seção do veículo de comunicação, a qual pode
ser publicada na íntegra, ou somente trechos relevantes.
Como será publicada, as expressões de baixo calão, ou posições preconceituosas não devem ser
pronunciadas.
Além disso, o leitor deve evitar expressões populares, gírias, vícios de linguagem, apresentando
seu texto numa linguagem formal, ou seja, que segue a norma culta da língua.
Importante destacar que, de acordo com o público, a linguagem pode ser mais descontraída,
por exemplo, numa revista para adolescentes.
Geralmente as cartas dos leitores não seguem uma estrutura padrão, no entanto, devem
apresentar alguns elementos estruturais:
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Vocativo: aparece o nome da revista ou do jornal e pode vir acompanhada de local e data
(chamado de cabeçalho).
Introdução: pequeno trecho que aborda o assunto que será apresentado e explorado pelo leitor.
Conclusão: o leitor arremata suas ideias, e geralmente inclui uma sugestão para o assunto
abordado.
Assinatura: O leitor assina seu nome, o qual pode aparecer em forma de sigla, por exemplo,
Afonso Miguel Pereira dos Santos (A.M.P.S.)
Para compreender melhor o conceito de carta do leitor, segue abaixo dois exemplos, onde o
primeiro apresenta uma linguagem formal e o segundo uma linguagem informal:
Exemplo 1
Antes de mais nada, gostaria de agradecer a matéria publicada no mês de outubro intitulada
“Lugares Inóspitos do Planeta” pela riqueza de detalhes e beleza das fotos.
Artigo de opnião
Quem costuma ler jornal, revistas ou portais, com certeza já se deparou com um artigo de
opinião.
Isso porque esse gênero textual é habitualmente publicado nesses tipos de veículos.
O artigo de opinião faz parte do grupo de textos argumentativos. Nele, o ponto de vista do autor
sobre determinado assunto é evidenciado.
Para comprovar a tese defendida, devem ser usados dados, fatos e outros elementos.
É fundamental ainda que o artigo respeite as normas da língua portuguesa e utilize uma
linguagem de fácil compreensão.
É permitido usar verbos na primeira pessoa do singular, mesmo que muitos autores optem pela
terceira pessoa.
O artigo de opinião é, geralmente, curto, para se encaixar aos espaços pré-determinados dos
canais de imprensa, e assinado.
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Agora que você já sabe o que é um artigo de opinião e conhece as características do gênero,
podemos avançar e entrar em outra parte importante deste conteúdo: a estrutura do texto.
Em outros tipos textuais, como a redação dissertativa, por exemplo, a introdução é uma parte
breve do conteúdo - de, em média, um parágrafo -, que introduz o tema do texto.
No artigo de opinião, embora a introdução também seja indicada para falar da tese, o número
de linhas não é tão limitado.
É o momento, portanto, de expor todos os recursos disponíveis para defender o seu ponto de
vista.
Vale dizer que aqui também há espaço para contra-argumentar. Ou seja, se antecipar aos
possíveis questionamentos de leitores com opiniões contrárias.
Conclusão
O artigo de opinião se encerra com uma conclusão. Nela, o autor deve fazer uma síntese do que
foi dito e reforçar a tese defendida.
Se você pretende redigir um artigo de opinião, deve saber que é necessário fazer uma pesquisa
completa sobre o assunto em questão.
Afinal, não só a sua teoria precisa de base, como os leitores também querem entender as razões
por trás da sua posição.
Em outras palavras, a sua abordagem não pode, de forma nenhuma, ser rasa. Esse é o primeiro
passo, portanto, para começar um artigo de opinião.
Depois de fazer a sua investigação sobre o tema e listar os argumentos relevantes para a defesa
da sua tese, é hora de colocar a mão na massa.
Quando for escrever um artigo de opinião, reflita a respeito do público que vai ler o conteúdo.
Faça uma boa introdução, com clareza, para que o leitor possa compreender rapidamente sobre
o que se trata o artigo.
O título não precisa entregar o assunto tão explicitamente, mas deve estar relacionado e ser
criativo.
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Se possível, apresente uma solução para o problema apresentado. Essa proposta pode servir
como desfecho do artigo de opinião.
Agora, de um jeito mais prático, veja como construir o seu artigo de opinião em poucos passos.
Primeiramente, faça uma reflexão sobre o seu texto. Certifique-se do tema que será abordado,
do seu ponto de vista e dos argumentos que têm na manga.
Em seguida, pense na organização dos parágrafos e defina o conteúdo de cada um deles. Com
esse guia, ficará mais fácil colocar as ideias no papel.
Rascunho
O rascunho é um projeto do artigo, que deve conter todas as informações que serão retratadas
no texto.
Nele, é possível fazer edições na forma como o conteúdo é apresentado, mas não é indicado
que haja grandes desvios na proposta inicial.
Revisão
Aqui, além de procurar por erros de português, também é importante fazer uma avaliação
minuciosa das ideias apresentadas, a fim de identificar falhas de lógica nos argumentos.
A essa altura, não restam dúvidas sobre como fazer um artigo de opinião, certo?
No entanto, para redigir textos cada vez melhores, é possível adotar técnicas e práticas para
aprimorar a habilidade da escrita.
Você pode ler artigos de opinião de autores diversos em vários veículos de comunicação.
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Extraímos um trecho de um texto publicado por Cida Barbosa no jornal Correio Braziliense.
Confira!
Um mal camuflado
Somente agora, já adulta, uma professora do interior da Bahia conseguiu superar o temor e
revelar que sofreu abuso sexual na infância e na adolescência. Numa mensagem em vídeo,
denunciou dois tios e um amigo da família. “Tenho 26 anos, e ainda dói bastante”, contou Flávia
Santos. “Todos esses anos sofrendo calada, quieta. Até que minha irmã teve coragem e postou
no grupo da família que foi molestada quando criança pelo mesmo tio que me molestou. Então,
resolvi falar, denunciar.” Ela também registrou um boletim de ocorrência.
Na postagem, a professora alertou para “um mal inserido no nosso dia a dia, um mal silencioso,
camuflado”. É o que apontam estatísticas: a maioria dos abusos ocorre no ambiente familiar, o
que torna o crime ainda mais sórdido e difícil de ser combatido.
Dados do Disque 100 - canal de denúncias do governo federal - mostram que os predadores
sexuais são, principalmente, pais e padrastos. Tios, irmãos, avôs e amigos da família também
aparecem com frequência. Ou seja, a casa, onde deveriam estar em segurança, é o lugar onde
crianças e adolescentes ficam mais à mercê de seus algozes. Os demais integrantes do núcleo
familiar não percebem a atrocidade ou se calam para preservar sua “harmonia”.
Há outra face cruel dessa barbaridade. Quando crianças e adolescentes denunciam a violência
são, comumente, desacreditados, inclusive, pela própria família. Foi o que aconteceu, agora,
com Flávia, mesmo já adulta. A mãe questionou as acusações dela, e parte dos parentes a
defenestrou. “Perguntaram como eu tinha coragem de fazer isso, se não pensava na dor deles.
Acaba que não pensam no que aconteceu com a gente”, lamentou.
Vítimas de abusos podem não conseguir denunciar, mas emitem sinais: tornam-se agressivas,
têm comportamentos sexuais, queda de rendimento escolar, depressão, insônia, falta de
apetite. Pais ou responsáveis devem orientar as crianças. Explicar, por exemplo, quais são as
partes do corpo que não podem ser tocadas por outras pessoas e questionar se alguém as
tratam de forma desconfortável. Informadas, elas vão conseguir contar mais rápido se forem
vitimadas. O diálogo ajuda a prevenir ou a descobrir violações.
Quem souber de abusos contra meninos ou meninas deve denunciar nos conselhos tutelares,
em qualquer delegacia, por meio do Disque 100 ou do aplicativo Proteja Brasil. Flávia destacou
a importância da iniciativa. “Esse meu tio está sob suspeita de ter molestado também a enteada
(de 14 anos). Talvez, se eu tivesse falando antes, ele não teria feito isso com ela também. O
melhor a se fazer, gente, é denunciar. Denuncie, denuncie. Vamos proteger nossas crianças.
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Editorial
"Editorial é um texto de cunho jornalístico e opinativo que serve para apresentar o
posicionamento crítico de determinado grupo (empresa, jornal ou direção) sobre os principais
assuntos do momento da publicação. Possui uma linguagem formal e padronizada na norma
culta, com argumentação impessoal. Sua estrutura se compõe na apresentação do tema,
discussão, fundamentação e conclusão, sendo comumente indicada no topo ou canto da página
com algum indicativo como “carta ao leitor”."
Por ser um texto profissional e direcionado a amplo público, o trato com a linguagem é exigente
e padronizado, buscando garantir, com isso, uma identidade do texto jornalístico, bem como a
impessoalidade e a acessibilidade à leitura, tendo em vista a diversidade de tipos de leitores que
podem se dedicar ao texto.
Nesse sentido, é essencial que se utilize a língua na norma culta, evitando, contudo, palavras e
expressões muito específicas ou arcaicas, pois podem dificultar a inteligibilidade do texto. Ainda
é comum uma estrutura sintática na voz passiva, com verbos na terceira pessoa do presente do
infinitivo. Além disso, por ser um texto que representa um coletivo de pessoas, é escrito
conjuntamente e não apresenta assinatura individual. Comumente aparece nos jornais como
“carta ao leitor”.
introdução;
desenvolvimento;
conclusão.
Cada uma dessas partes cumpre uma função importante para garantir ao texto sua unidade de
sentido. Abaixo segue uma breve explicação do que deve conter em cada uma das partes.
Introdução: deve apresentar uma contextualização do tema, situando, assim, o leitor dentro do
cenário no qual se insere o ponto de vista apresentado. Por isso, ela deve trabalhar com as
informações mais conhecidas para dar um ponto de partida para a seguinte discussão. Nesse
sentido, também é comum que os editoriais apresentem uma tese a respeito dos problemas ou
questões levantadas.
Conclusão: faz uma síntese do que foi dito anteriormente, apresentando, em certa medida, um
resumo geral do que se pretendeu afirmar com o texto. É também comum uma reafirmação da
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tese apresentada, bem como a retomada de informações-chaves, além de indicações de
possíveis caminhos para o enfrentamento das questões.
Tipos de editorial
Os editoriais apresentam-se no topo ou lateral da folha com algum indicativo, como “carta ao
leitor”.
Os editoriais possuem uma estrutura bem semelhante, entretanto é comum, em alguns jornais,
que o editorial venha por setor, ou seja, para cada grande área (economia, esporte, educação,
segurança, etc.), há um editorial. Sendo assim, apesar de não falarmos de tipos em termos de
estrutura, é preciso observar as variações temáticas.
Antes de realizar a escrita, é importante reunir o grupo responsável pelo editorial, a fim de se
debater os assuntos do momento, indicar posicionamentos e ideias, para que, após um primeiro
consenso, o texto possa ser iniciado de fato na escrita. A tarefa de escrita e revisão do texto
pode ser dividida de diferentes modos, a depender do jornal e da equipe envolvida.
Em relação à estrutura, é importante definir qual tese será defendida sobre o momento,
identificar as informações que já são conhecidas e desconhecidas ao grande público, pesquisar
informações e dados que contribuam na defesa do ponto de vista, para organizar o material
dentro da estrutura do editorial.
É pertinente que o texto se inicie com o que é mais conhecido ao leitor, apontando para
problemas que indicarão a sua tese. Em seguida, no desenvolvimento, aproveitar para
aprofundar o assunto, apresentar outras leituras, colocar os argumentos, fundamentar as
defesas, tudo em direção ao convencimento do leitor. Na conclusão, propor um desfecho crítico
ou propositivo para o assunto."
Partindo deste pressuposto, temos a noção de quão importante é a estruturação dos parágrafos,
que permitem que o pensamento seja distribuído de forma lógica e precisa, com vistas a permitir
uma efetiva interação entre os interlocutores. Obviamente que outros fatores relacionados à
competência linguística do emissor participam deste processo, entre estes: pontuação
adequada, utilização correta dos elementos coesivos, de modo a estabelecer uma relação
harmônica entre uma ideia e outra, dentre outros.
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acabada, visto que a habilidade do emissor determinará o momento de realizar a transição entre
um posicionamento e outro, permitindo que o discurso seja compreendido em sua totalidade.
Quanto aos textos narrativos, os parágrafos costumam ser caracterizados pelo predomínio dos
verbos de ação, retratando o posicionamento dos personagens mediante o desenrolar do
enredo, bem como pela indicação de elementos circunstanciais referentes à trama: quando, por
que e com que ocorreram os fatos.
Referindo-se aos textos descritivos, sua utilização está relacionada pela minuciosa exposição dos
detalhes acerca do objeto descrito, representado por uma pessoa, objeto, animal, lugar, uma
obra de arte, dentre outros, de modo a permitir que o leitor crie o cenário em sua mente.
Tópico Frasal
De maneira resumida, podemos definir tópico frasal como a introdução de uma ideia em um
parágrafo. É a primeira frase que abre cada parágrafo, indicando qual é o argumento ou ideia
principal dele. O restante serve para contextualizar ou explicar melhor a sentença, ampliando o
seu sentido.
É bom lembrar que uma redação do Enem costuma ser dividida em quatro ou cinco parágrafos.
O primeiro é a introdução, o último é a conclusão e os demais são o desenvolvimento, ou seja,
os argumentos que defendem um ponto de vista. No entanto, podemos dizer que cada
parágrafo contém uma ideia central, que pode ter a sua introdução.
Assim, o tópico frasal é importante para apresentar uma ideia de forma mais clara e objetiva. É
um recurso usado em qualquer tipo de texto, mas na dissertação assume um papel fundamental
ao organizar as ideias e reter a atenção do leitor. Afinal, desde o início da leitura do parágrafo
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ele já consegue identificar qual é a opinião do autor, continuando a ler o texto para entendê-la
melhor.
Os tópicos frasais não devem ser vistos como um limitador da criatividade do autor. Por isso
mesmo, existem formas diferentes de escrevê-los. Conheça cada uma delas a seguir.
Declaração inicial
É o tipo mais comum, que traz uma afirmação ou negação importante logo na abertura do
parágrafo. Costuma ser mais usado nos primeiros parágrafos, com o desenvolvimento dos
argumentos nos seguintes. É preciso ter cuidado nesse tipo de construção, uma vez que muitos
candidatos usam chavões e clichês.
Considere como exemplo o parágrafo: “O derretimento das geleiras no ártico está diretamente
relacionado às mudanças climáticas. Isso porque a grande emissão de gases de efeito estufa tem
provocado o aumento da temperatura em todo o globo, alterando a dinâmica de inúmeros
ecossistemas.”
Definição
Consiste em uma frase que define o termo central do tema da redação. Assim, seguindo o tema
do exemplo anterior, podemos escrever: “O aquecimento global é a consequência da ambição
e do consumo desenfreado de uma sociedade capitalista. Nele, podemos perceber que a ação
de um grupo de indivíduos não afeta apenas a eles, mas têm impactos negativos em todos os
povos.”.
Nesse caso, o aquecimento global é definido como uma consequência da ambição e do consumo
desenfreado.
Contraste ou comparação
Ocorre quando um mesmo tópico frasal apresenta ideias opostas, mas relevantes para a defesa
de um argumento, organizadas de forma criativa e crítica. Esse tópico frasal é marcado por
expressões como: de um lado, enquanto, se, etc.
Veja o exemplo: “De um lado, estão os grandes capitalistas que anseiam pelo lucro. De outro,
pessoas marginalizadas, que sofrem as consequências de grandes desastres ambientais.”.
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Divisão
Na divisão, a estrutura do tópico frasal traz uma separação de elementos. Ainda que mais
simples, as ideias são apresentadas de forma clara e didática. “Na verdade, as mudanças
climáticas afetam os pobres, a classe média e os ricos. A diferença é que, no curto prazo, a classe
média e os mais ricos podem superá-las mais facilmente, seja por melhores condições de
moradia, seja pela aquisição de produtos que deixem seu dia a dia mais confortável”.
Alusão histórica
Nesse caso, o tópico frasal é relacionado a um fato do passado, servindo tanto para explicar uma
ideia quanto para entreter o leitor. Por exemplo: “Com a assinatura do Protocolo de Kyoto, as
nações indicavam uma tendência à redução na emissão dos gases de efeito estufa. O problema
é que nem todas as metas foram cumpridas, pois, o compromisso com o meio ambiente
esbarrou no protecionismo sobre os meios de produção de muitos países.”
Interrogação
Por fim, o tópico frasal também pode ser escrito na forma de pergunta, que propõe uma reflexão
sobre o tema. Para o sentido não ficar vago, esse questionamento precisa ser respondido no
restante do parágrafo. Veja o exemplo a seguir.
“Os meios de produção poderiam gerar menos impacto ambiental? Ora, diversas iniciativas
demonstram que é possível adotar modelos mais sustentáveis, que emitam menos gases de
efeito estufa e com mais benefícios para a população de modo geral. Entre elas, podemos citar
a produção orgânica de alimentos pela agricultura familiar.”
Saber o que é um tópico frasal é importante, mas é necessário atentar para certos detalhes.
Confira algumas dicas.
Planeje o texto: antes de começar a escrever a redação, defina as ideias que serão abordadas
em cada parágrafo. Assim, você não fica perdido na construção dos tópicos frasais e na forma
como eles vão ser interligados.
Apresente a ideia principal com clareza: o tópico frasal não deve conter divagações ou ser de
difícil compreensão.
Faça frases curtas: os tópicos frasais devem ser frases curtas, objetivas e que tragam uma ideia
imediata. Caso contrário, podem confundir o leitor.
Use conectivos: os conectivos são fundamentais para dar coesão ao texto e relacionar os
parágrafos, podendo vir no tópico frasal e no restante do parágrafo.
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Varie entre os tipos: não use o mesmo tipo de tópico em todos os parágrafos, pois a leitura pode
ficar chata. O ideal é diversificá-los, dando mais fluidez e criatividade ao texto.
Foque no tema: os tópicos são ótimos recursos para que o candidato se mantenha no tema
proposto, ou seja, use as frases para reforçar a sua opinião sobre o assunto.
Agora que você já entendeu o que é tópico frasal e seus tipos, é hora de treinar bastante a
escrita. Esperamos que os exemplos dados sirvam de inspiração, porém, é fundamental praticar
em temas variados e atuais.
Parágrafos argumentativos
Alguns dos principais vestibulares do país, tais como o Enem e a Fuvest, solicitam a seus
candidatos que façam uma redação no estilo dissertativo-argumentativo, também conhecido
como dissertação escolar. Nesse tipo de texto, o redator deve apresentar um ponto de vista e
defendê-lo com bons argumentos. No caso específico do Enem, é necessário, também,
apresentar propostas de intervenção.
Características
Estrutura
Introdução
Tese é o mesmo que ponto de vista, ou seja, uma opinião do autor do texto acerca do tema
proposto.
Por exemplo, acerca do assunto “Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil”,
uma tese possível seria “o preconceito contra as religiões de matriz africana dificulta o combate
à intolerância religiosa no Brasil.”
Argumentação
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Na fundamentação, o autor deve buscar provas de que seu ponto de vista está correto. São
considerados fundamentos citações de autoridade, referências históricas, conceitos teóricos
consagrados, notícias publicadas em jornais de qualidade, etc.
Segundo a Comissão de Combate à Intolerância Religiosa do Rio de Janeiro, 70% de 1.014 casos
de ofensas, abusos e atos violentos registrados no Estado entre 2012 e 2015 são contra
praticantes de religiões de matrizes africanas. Esse dado alarmante comprova que o racismo
estrutural brasileiro, advindo da herança escravocrata do país, é um dos fatores que mais
dificultam o combate à intolerância religiosa no Brasil.
Conclusão
No caso da síntese, o autor deve resumir os argumentos e repetir sua tese, concluindo o
raciocínio construído desde a introdução.
No caso da conclusão com proposta de solução, é preciso que o redator apresente soluções
práticas e detalhadas acerca dos problemas levantados no texto. Se, por exemplo, o problema
discutido na argumentação foi o preconceito contra religiões de matriz africana, a solução deve
ser direcionada a essa questão. Uma proposta detalhada, é importante ressaltar, deve
determinar:
Veja, a seguir, um exemplo de dissertação nota mil na prova no Enem de 2017, cujo tema
solicitado foi “Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil”:
Na mitologia grega, Sísifo foi condenado por Zeus a rolar uma enorme pedra morro acima
eternamente. Todos os dias, Sísifo atingia o topo do rochedo, contudo era vencido pela
exaustão, assim a pedra retornava à base. Hodiernamente, esse mito assemelha-se à luta
cotidiana dos deficientes auditivos brasileiros, os quais buscam ultrapassar as barreiras as quais
os separam do direito à educação. Nesse contexto, não há dúvidas de que a formação
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educacional de surdos é um desafio no Brasil o qual ocorre, infelizmente, devido não só à
negligência governamental, mas também ao preconceito da sociedade.
A Constituição cidadã de 1988 garante educação inclusiva de qualidade aos deficientes, todavia
o Poder Executivo não efetiva esse direito. Consoante Aristóteles no livro "Ética a Nicômaco", a
política serve para garantir a felicidade dos cidadãos, logo se verifica que esse conceito
encontra-se deturpado no Brasil à medida que a oferta não apenas da educação inclusiva, como
também da preparação do número suficiente de professores especializados no cuidado com
surdos não está presente em todo o território nacional, fazendo os direitos permanecerem no
papel.
Portanto, indubitavelmente, medidas são necessárias para resolver esse problema. Cabe ao
Ministério da Educação criar um projeto para ser desenvolvido nas escolas o qual promova
palestras, apresentações artísticas e atividades lúdicas a respeito do cotidiano e dos direitos dos
surdos. - uma vez que ações culturais coletivas têm imenso poder transformador - a fim de que
a comunidade escolar e a sociedade no geral - por conseguinte - conscientizem-se. Desse modo,
a realidade distanciar-se-á do mito grego e os Sísifos brasileiros vencerão o desafio de Zeus.
Conjunções coordenativas
As conjunções coordenativas são responsáveis por unir dois ou mais termos que exerçam a
mesma função sintática e morfológica, por exemplo, substantivos que sejam sujeitos. Além
disso, elas têm a função de conectar duas orações independentes, isto é, cuja compreensão do
sentido de uma dispensa a observação da outra.
aditivas;
adversativas (oposição);
alternativas;
conclusivas;
explicativas.
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Tipos de
conjunções Conjunções mais recorrentes
coordenativas
Aditiva E, nem, não só, mas também.
Mas (sempre no início da oração), porém, entretanto, no entanto,
Adversativa
contudo, todavia, não obstante.
Ou… ou (pode vir duplicada ou não), ora… ora, quer… quer,
Alternativa
seja… seja, nem… nem.
Portanto, logo, assim, pois (após o verbo), por conseguinte, por
isso, diante disso (repare que as três últimas são locuções
Conclusiva
conjuntivas, ou seja, mais de uma palavra exerce o papel de
conjunção).
Explicativa Porque, que, porquanto, pois (antes do verbo).
→ Conjunções aditivas: expressam soma. A conjunção permite que à primeira oração seja
acrescida uma informação.
Exemplos
Exemplos
Gisele desistiu de comprar um automóvel, porém ela tem vontade de possuir um veículo.
Exemplos
Exemplos
→ Conjunções explicativas: apresentam um motivo, uma razão, ou seja, uma das frases justifica
o conteúdo da outra.
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A festa foi um desastre, pois a energia elétrica foi cortada.
A escolha da roupa foi equivocada, porque não foi compatível com a sugestão presente no
convite de casamento.
(Oposição)
(Consequência/conclusão)
(Explicação enfática)
(Situação/assunto)
(Finalidade)
Mas
(Restrição)
(Situação/assunto)
(Atenuação)
(Retificação)
O que é conjunção?
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As conjunções são palavras que, assim como os advérbios e preposições, fazem parte de uma
classe, conforme os linguistas nomearam, heterogênea, tendo em vista a diversidade de funções
e formas que elas desempenham. Além disso, todas têm em comum o fato de serem palavras
tidas como invariáveis, ou seja, mantêm as suas estruturas fonéticas (sons) e gráficas (escrita)
intactas, já que não se modificam para adequar-se ao gênero, número, grau, pessoa e tempo.
Dada a presença dessas características tanto nas conjunções quanto nas preposições e nos
advérbios, é necessário conceituar o primeiro caso, permitindo que ele se diferencie dos demais.
Assim, conjunção é um vocábulo que estabelece uma conexão entre orações ou entre palavras,
desde que elas estejam na mesma oração e exerçam funções sintáticas iguais.
As conjunções podem ser divididas em: subordinativas, as quais conectam duas orações, sendo
que uma delas é fundamental para a construção do sentido completo da outra; e coordenativas,
que ligam elementos independentes, ou seja, unem orações ou termos de idêntica função
gramatical detentores de sentido completo.
Conjunções subordinativas
As conjunções subordinativas são palavras invariáveis, cuja função é unir orações, pois uma
delas exerce o papel principal, e a outra, o papel de subordinada, ou seja, dependente da
primeira para a construção completa de seu sentido. Tendo em vista o tipo de ponte que essas
palavras constroem, pode-se diferenciá-las em integrantes e adverbiais.
causais;
condicionais;
conformativas;
concessivas;
comparativas;
consecutivas;
proporcionais;
temporais;
finais.
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Conjunções mais recorrentes
Conjunções subordinativas
Causais Porque, pois, por isso que, uma vez que, já que, visto que, que, porquanto.
Condicionais Se, caso, salvo se, desde que, contanto que, dado que, a menos que, a não ser que.
Conformativas Conforme, segundo, como, consoante.
Por mais que, por menos que, apesar de que, embora, conquanto, mesmo que, ainda que, se
Concessivas
bem que.
Mais, menos, menor, maior, pior, melhor, seguidas de que ou do que. Qual depois de tal.
Comparativas
Quanto depois de tanto. Como, assim como, como se, bem como, que nem.
Tal, tão, tamanho, tanto (em uma oração, seguida pelo que em outra oração). De maneira que,
Consecutivas
de forma que, de sorte que, de modo que.
Proporcionais À proporção que, ao passo que, à medida que, à proporção que.
Depois que, até que, desde que, cada vez que, todas as vezes que, antes que, sempre que, logo
Temporais
que, mal, quando.
Finais A fim de que, para que.
Integrantes Que, se.
Exemplos
→ Conjunções condicionais: iniciam a oração que contém uma condição ou uma hipótese
relacionada a um acontecimento expresso em outra oração.
Exemplos
Marina cometeu um erro, a menos que haja duas maneiras de fazer este tipo de bolo.
→ Conjunções conformativas: introduzem uma oração que expressa uma concordância, uma
associação com o que está contido na outra oração.
Exemplos
Conforme Caetano Veloso canta, “Gente é pra brilhar. Não pra morrer de fome”.
→ Conjunções concessivas: introduzem uma oração na qual se percebe um fato diverso, mas
não capaz de anular o que foi estabelecido na outra oração. Há uma convivência entre as duas
informações.
38
Exemplos
Apesar de a empresa estar em crise, ela mantém a carga horária dos funcionários.
→ Conjunções comparativas: iniciam uma oração responsável por fazer um paralelo, uma
comparação com o que foi manifestado em outra oração.
Exemplos
Os estudos mostram uma incidência maior de cloreto de sódio nos alimentos industrializados.
Exemplos
A violência dos ladrões foi tamanha que levou a mulher a ter um infarto.
Exemplos
O curso de Medicina continua atraindo muitas pessoas, ao passo que a maioria delas não sabe
sobre as dificuldades enfrentadas pelos médicos.
Exemplos
→ Conjunções finais: introduzem uma oração que expõe a finalidade, o objetivo de uma ação
presente numa outra oração.
Exemplos
Victor, faça a tarefa de casa para que a professora não chame a sua atenção.
→ Conjunções integrantes: apresentam uma oração que figura como sujeito, objeto direto ou
indireto, predicativo, complemento nominal ou aposto de uma outra oração.
Exemplos
39
Tive receio, percebi que tinha cometido um erro.
Veja se me compreende.
Mesmo que as conjunções subordinativas construam, na maioria das vezes, sentidos específicos,
elas são capazes de assumir outros significados de acordo com a situação na qual se encontram.
Observe, a seguir, alguns casos que exemplificam esse caráter mutável das conjunções
subordinativas:
Como
(Comparação)
(Causa)
Como Fernando afirmou, temos que nos unir neste momento difícil.
(Conformidade)
Se não era muito inteligente, ainda assim conseguiu conquistar muitas coisas.
(Concessão)
(Condição)
Se
Se não era muito inteligente, ainda assim conseguiu conquistar muitas coisas.
(Concessão)
(Condição)
O que é conjunção?
As conjunções são palavras que, tais quais os advérbios e preposições, integram uma classe tida
como heterogênea, em razão da multiplicidade de formas e funções que exercem. Além disso,
destacam-se pelo fato de que compartilham com os advérbios e preposições a característica de
serem invariáveis, ou seja, de não se alterarem para moldarem-se ao gênero, pessoa, número,
tempo e grau de outros termos que estejam ao seu redor.
Tendo em vista que as classes citadas possuem algumas características iguais, é imprescindível
dizer o que, de fato, são as conjunções, de modo a distingui-las das demais. Assim, conjunção é
40
um elemento gráfico, sonoro e semântico que estabelece uma união entre orações ou entre
palavras, desde que elas exerçam idênticas funções sintáticas e estejam na mesma oração.
Dicas de coesão
A coesão e a coerência textual são sempre analisadas e tendem a ser elementos decisivos para
a qualidade de um texto. A coesão é a conexão harmoniosa das partes que compõem a estrutura
do texto. Nesse sentido, é um mecanismo linguístico para ligar os elementos dentro do texto.
Assim, para escrever um bom texto, seja uma resposta discursiva, um texto literário, jornalístico
ou uma redação de vestibular, é preciso garantir a coesão. Confira, então, 3 dicas fundamentais
para escrever com coesão.
1. Use conectores
Primeiramente, é indispensável fazer o bom uso dos conectores. Então, busque sempre articular
o seu texto com variados conectores. Além disso, tenha cuidado ao usar articuladores que
tenham carga semântica, pois eles direcionam o texto.
2. Evite ambiguidades
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Outra questão importante para manter o texto coeso é trabalhar a escrita de modo a evitar
ambiguidades. A ambiguidade pode gerar uma interpretação inadequada do conteúdo do texto.
Desse modo, é preciso ter atenção para não criar contextos que gerem confusão de sentidos.
Muitas vezes é melhor ser mais direto e se fazer claro do que tentar “enfeitar” o texto e
confundir o leitor.
41
É possível evitar a ambiguidade com o uso de conectores e com o emprego adequado das regras
de concordância. Além disso, reler o texto distanciando-se do lugar de escritor também ajuda a
identificar possíveis pontos de confusão de sentido para corrigi-los.
Por fim, lembre-se que entre os parágrafos também é muito importante fazer uso dos
conectores. As ligações entre os parágrafos deve estar de acordo com o encadeamento lógico
das ideias expostas no texto. Desse modo, cuide para que os conectores garantam a
complementaridade de ideias e a progressão delas a cada bloco do seu texto.
A crase serve para evitar que se escreva a a (vou a a padaria), porque quem vai, vai a algum lugar
e padaria é um substantivo feminino, então, antes dele colocamos um "a" = a padaria.
2. Na indicação de horas
No entanto, quando falamos em horas contadas, não usamos crase. Por exemplo: As duas horas
de aula pareciam não ter fim.
A crase também não é usada se antes das horas estiverem as preposições após, desde, entre,
para. Por exemplo: Venha após as 14h.
Exemplos:
São locuções prepositivas: à(s) custa(s) de, à exceção de, à mercê de, à proporção de, à volta de,
às expensas de.
4. Com os pronomes aquele, aquela, aquilo, quando eles fazem contração com a preposição “a”
Essa contração serve para evitar a repetição a aquela (Não empreste dinheiro àquela pessoa.).
42
Diferenças entre à e há
A dúvida no uso de a, á, à, há e ah surge porque todas essas formas são pronunciadas de igual
maneira. Apesar disso, apresentam sentidos distintos, devendo ser usadas em situações
diferentes.
Quando usar a?
A vogal a, quando escrita isoladamente e sem acento, indica principalmente um artigo definido
ou uma preposição.
a mãe;
a amiga;
a despedida;
a bola;
a verdade;
a escolhida;
Enquanto preposição, estabelece diversas relações de sentido, como direção, distância, modo,
tempo, espaço, entre outros:
a todos;
a Deus;
a prazo;
a pé;
a partir de:
a fim de;
Quando usar á?
A vogal a acentuada com acento agudo é usada apenas em palavras, para marcar a sua sílaba
tônica. Nunca deverá ser escrita isoladamente:
água;
águia;
árvore;
43
sabiá;
sinhá.
lápis;
fácil;
Quando usar à?
Quando a vogal a é escrita com acento grave (à) indica que ocorre crase, ou seja, que ocorre a
contração de duas vogais idênticas. A contração mais comum é a da preposição a com o artigo
definido feminino a. Assim, a contração à nunca é utilizada antes de uma palavra masculina ou
de uma palavra que não se determina, como um verbo.
à tarde;
à esquerda;
às vezes;
à vista;
à exceção de;
à custa de;
à medida que;
É também usada em verbos cuja regência é feita com a preposição a e há um objeto indireto
determinado com um artigo:
ir à praça brincar;
agradecer à amiga;
Usa-se ainda a contração à (ou a forma no plural às) na indicação exata e determinada de horas:
à meia-noite;
à uma da tarde;
às quatro da tarde;
às 17h;
às 20h;
À utiliza-se apenas isoladamente, no singular (à) ou no plural (às), e nas seguintes palavras:
àquele;
44
àqueles;
àquela;
àquelas;
àquilo;
àqueloutro;
àqueloutros;
àqueloutra;
àqueloutras.
Há comida na geladeira.
Ocorre também quando o verbo haver indica tempo passado, sendo sinônimo de faz ou tem:
Há quanto tempo!
Ah é uma interjeição, ou seja, é uma palavra usada para expressar sensações e emoções,
transmitindo um determinado estado de espírito.
A interjeição ah é muito usada pelos falantes. Pode transmitir alegria, admiração, alívio, dor,
tristeza, indignação,...
45
Concordância Nominal
Concordância nominal é a relação entre palavras que garante que os substantivos concordem
com artigos, adjetivos, pronomes e numerais.
Quando há mais do que um substantivo, o adjetivo deve concordar com aquele que está mais
próximo. Exemplo:
Mas, se os substantivos forem nomes próprios, o adjetivo deve ficar no plural. Exemplo:
Debaixo dos Caracóis dos seus Cabelos é uma composição dos grandes Roberto Carlos e Erasmo
Carlos em homenagem a Caetano Veloso.
Quando há mais do que um substantivo, e o adjetivo vem depois dos substantivos, deve
concordar com aquele que está mais próximo ou com todos eles. Exemplos:
Quando um substantivo é caracterizado por mais do que um adjetivo, a concordância pode ser
feita das seguintes formas:
46
Conhece as literaturas brasileira e inglesa.
Nos casos em que há números ordinais ANTES do substantivo, o substantivo pode ser usado
tanto no singular como no plural. Exemplos:
Nos casos em que há números ordinais DEPOIS do substantivo, o substantivo deve ser usado no
plural. Exemplo:
Abaixo, explicamos a concordância entre as expressões que trazem mais dúvidas: anexo,
bastante, meio, menos. é proibido, é bom, é necessário.
Anexo
Bastante(s)
Quando tem a função de adjetivo, a palavra "bastante" deve concordar em gênero e número
com o substantivo. Exemplos:
Meio
Quando tem a função de adjetivo, a palavra "meio" deve concordar em gênero e número com o
substantivo. Exemplos:
47
Quando tem a função de advérbio, a palavra "meio" não varia. Exemplos:
Menos
As expressões "é proibido, é bom, é necessário" não variam, a não ser que sejam acompanhadas
por determinantes que as modifiquem. Exemplos:
É proibido entrada.
É proibida a entrada.
Verdura é bom.
A verdura é boa.
Paciência é necessário.
A paciência é necessária.
Dessa forma, temos que a concordância verbal caracteriza-se pela adaptação do verbo
aos quesitos “número e pessoa” em relação ao sujeito. Exemplificando, temos:
Nesse caso, o verbo apresenta-se na terceira pessoa do singular, pois faz referência a um sujeito,
assim também expresso (ele).
Esse, portanto, é o princípio básico da concordância verbal. Observe agora os casos de sujeito
simples e sujeito composto:
48
2) Nos casos referentes a sujeito representado por substantivo coletivo, o verbo permanece na
terceira pessoa do singular:
Observação:
5) Em casos em que o sujeito é representado pela expressão “mais de um”, o verbo permanece
no singular:
6) Quando o sujeito for composto da expressão “um dos que”, o verbo permanecerá no plural:
No caso de o primeiro pronome estar expresso no plural, o verbo poderá com ele concordar,
como poderá também concordar com o pronome pessoal:
49
8) No caso de o sujeito aparecer representado pelo pronome “quem”, o verbo permanecerá na
terceira pessoa do singular ou poderá concordar com o antecedente desse pronome:
Fomos nós quem contou toda a verdade para ela. / Fomos nós quem contamos toda a verdade
para ela.
9) Em casos nos quais o sujeito aparece realçado pela palavra “que”, o verbo deverá concordar
com o termo que antecede essa palavra:
Nesta empresa somos nós que tomamos as decisões. / Em casa sou eu que decido tudo.
10) No caso de o sujeito aparecer representado por expressões que indicam porcentagens, o
verbo concordará com o numeral ou com o substantivo a que se refere essa porcentagem:
50% dos funcionários aprovaram a decisão da diretoria. / 50% do eleitorado apoiou a decisão.
Observações:
- Caso o verbo aparecer anteposto à expressão de porcentagem, esse deverá concordar com o
numeral:
11) Nos casos em que o sujeito estiver representado por pronomes de tratamento, o verbo
deverá ser empregado na terceira pessoa do singular ou do plural:
12) Casos relativos a sujeito representado por substantivo próprio no plural encontram-se
relacionados a alguns aspectos que os determinam:
Diante de nomes de obras no plural, seguidos do verbo ser, este permanece no singular,
contanto que o predicativo também esteja no singular:
Casos em que o artigo figura no singular ou em que ele nem aparece, o verbo permanece no
singular:
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1) Nos casos relativos a sujeito composto de pessoas gramaticais diferentes, o verbo deverá ir
para o plural, estando relacionado a dois pressupostos básicos:
2) Nos casos em que o sujeito composto aparecer anteposto ao verbo, este permanecerá no
plural:
3) No caso em que o sujeito aparecer posposto ao verbo, este poderá concordar com o núcleo
mais próximo ou permanecer no plural:
4) Nos casos relacionados a sujeito simples, porém com mais de um núcleo, o verbo deverá
permanecer no singular:
Minha vitória, minha conquista, minha premiação são frutos de meu esforço. / Minha vitória,
minha conquista, minha premiação é fruto de meu esforço.
Eis que você estabeleceu familiaridade com os casos referentes a ambas as particularidades.
Assim, no intuito de dar prosseguimento aos seus estudos, você poderá conferir outros casos
por meio do texto "Concordância verbal"."
a) Quando o sujeito composto estiver antes do verbo, esse último ficará no plural.
b) Quando o sujeito vier depois do verbo, esse último ficará no plural ou com o núcleo do sujeito
que estiver mais próximo ao verbo.
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c) Quando os núcleos do sujeito constituírem uma gradação, o verbo fica no singular.
Exemplo: O sorriso, a paz, a felicidade fez com que me sentisse muito bem hoje.
d) Quando um pronome indefinido (tudo, nada, ninguém, alguém) resumir os núcleos do sujeito,
o verbo fica no singular.
Exemplo: As tribulações, o sofrimento, as tristezas, nada nos separa de quem nos ama e amamos
de verdade.
f) Quando o sujeito for representado pela expressão “um e outro”, o verbo concorda ou no
singular, ou no plural.
g) Quando o sujeito for representado por uma das expressões “um ou outro”; “nem um nem
outro”, o verbo fica no singular.
h) Quando o sujeito for formado por infinitivos, o verbo fica no singular. Caso os infinitivos sejam
antônimos, o verbo concorda no plural.
Subir e descer escadas são ações que todos deveríamos praticar mais.
i) Quando o sujeito composto for ligado por com, o verbo fica ou no singular ou no plural,
dependerá da ênfase que se quer dar: ou a algum dos núcleos do sujeito ou aos dois.
Exemplo: Não só o uso de drogas, mas também a companhia errada trazem prejuízos
irreversíveis ao indivíduo.
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k) Quando os núcleos do sujeito são representados por pronomes pessoais do caso reto, o verbo
fica no plural.
3. Ela e ele estudam mais do que o necessário por dia. (eles – plural)"
E-mail
O E-mail ou Mensagem Eletrônica é um gênero textual epistolar do meio eletrônico muito
explorado na atualidade.
Características do e-mail
O e-mail substitui, em partes, as antigas cartas, enviadas pela agência de correios. Ainda que
tenha se proliferado de uma maneira muito marcante, as cartas ainda fazem parte do mundo
atual.
Para que os e-mails sejam enviados, as pessoas o criam numa página específica chamada de
"provedor". Ou seja, as empresas destinadas a esses serviços, por exemplo, o yahoo, hotmail,
globomail, gmail, msn, dentre outras.
Para acessar a página de e-mail, é necessário que a pessoa crie uma senha (“password” em
inglês) que será identificada sempre que quiser entrar na página e verificar sua caixa de e-mail.
Esse sistema de segurança impede a invasão de privacidade.
Já na linha abaixo, surge o assunto (“subject” em inglês) do e-mail. Para que ele seja enviado há
uma caixa abaixo com a palavra “enviar” (ou “send” se estiver em inglês).
Além disso, existem dois campos de preenchimento opcionais abaixo do “Para”. Eles são
observados pelas siglas “Cc” (com cópia) e Cco (com cópia oculta). No primeiro caso, pode ser
inserido outro (s) endereço (s) de e-mail (s) onde as pessoas que o recebem conseguem
visualizar para quem ele foi enviado.
Por sua vez, o campo “Cco” indica que a mensagem será enviada com cópia para outros e-mails.
No entanto, as pessoas que o recebem não conseguem visualizar os outros receptores
(remetentes).
53
De maneira automática, a data e hora são enviadas com a mensagem. Assim, o usuário não
precisa preencher esses campos ou mesmo indicar acima, como ocorre nas cartas.
Tudo fica gravado no sistema e ainda separados por pastas, por exemplo, os e-mails recebidos
(entrada), enviados, importantes, rascunhos e lixeira. O próprio utilizador pode criar pastas e
organizar as informações da maneira que preferir.
Com o endereço de e-mail, você pode enviar uma mensagem e ainda arquivos em anexo (fotos,
documentos, imagens, vídeos, etc.) em tempo real, sem custo e de maneira eficaz.
Embora seja bastante usado no âmbito pessoal, os e-mails são utilizados largamente por
empresas, instituições, associações, entre outros.
Tal qual as cartas, o e-mail pode ter no final do corpo da mensagem um pós-escrito (sigla P.S.)
que indica informações ou observações que o emissor gostaria de acrescentar. Geralmente, os
e-mails são textos curtos e objetivos e além de seguir uma estrutura parecida com a carta,
podem ser comparados com os bilhetes.
Assunto
Representa o tema do e-mail preenchido na caixa de diálogo que aparece acima do corpo da
mensagem.
Vocativo
Já no corpo da mensagem, coloca-se o nome do receptor, ou seja, para quem a mensagem está
sendo destinada, por exemplo:
“Caro Senhor Rodrigues”, numa linguagem mais formal; ou simplesmente o nome do amigo
“Carol” numa linguagem mais coloquial ou informal, que pode surgir de maneira abreviada.
Texto
No corpo de texto (ou corpo da mensagem) são colocadas as informações que o emissor quer
expressar segundo o assunto da mensagem.
Como exemplo, vamos sugerir uma mensagem com o tema “Vaga de Emprego”:
“Venho por meio desta afirmar meu interesse na vaga de Marketing oferecida pela Empresa
Risus. Para tanto, envio em anexo meu currículo para análise.
54
“Quero saber como foi o desfecho da festa. Me conte todos os detalhes, por favorrrr!!! Mande
notícias quando puder.
P.S.: Você tem a prova de geografia comentada? Preciso entregar o exercício semana que vem.
Help Me Please!!!”
Despedida
Assinatura
Ata
A ata é um instrumento utilizado para que empresas, instituições, congressos, ONG, entre
outros, possam fazer um registro expositivo de fatos e decisões tomadas em uma reunião,
assembleia ou sessão.
A ata possui alguns mecanismos para evitar fraudes, como não deixar espaços em branco para
que informações sejam preenchidas e não escrever números em algarismos arábicos ou
romanos. Em caso de erros, não se pode rasurar, mas existem algumas recomendações
específicas a serem tomadas que explicaremos mais adiante.
A ata possui uma forma fixa, isto é, ela não admite abertura de parágrafo. Essa medida é utilizada
para evitar que a ata possa ser alterada ou falsificada. Ela também precisa conter dados sobre a
data e o local da reunião.
É extremamente formal e deve ser assinada por todos os integrantes e registrada em cartório
como um documento oficial. Possui cinco partes:
55
3) Expediente registro informativo: apresentação dos nomes presentes e ausentes e devidas
justificativas, caso hajam.
4) Ordem do dia: é o corpo do texto propriamente dito com todas as discussões a serem feitas
ou mesmo as decisões tomadas durante a reunião.
Ela é informal e tem como característica o registro das informações consideradas mais
relevantes ou importantes durante a reunião. Seus principais tópicos são:
1) Abertura: assim como na ata formal, essa parte é reservada para informações como a data, o
local, o horário e o nome da instituição.
Exemplos de ata
ATA
Às 10h15, do dia 24 de maio de 2004, na Sala de Reunião do Cedi, a Sra. Maria da Silva, Diretora
da Coordenação, deu início aos trabalhos com a leitura da ata da reunião anterior, que foi
aprovada, sem alterações. Em prosseguimento, apresentou a pauta da reunião, com a inclusão
do item “Projetos Concluídos”, sendo aprovada sem o acréscimo de novos itens. Tomou a
palavra o Sr. José da Silva, Chefe da Seção de Marketing, que apresentou um breve relato das
atividades desenvolvidas no trimestre, incluindo o lançamento dos novos produtos. Em seguida,
o Sr. Mário dos Santos, Chefe da Tipografia, ressaltou que nos últimos meses os trabalhos
enviados para publicação estavam de acordo com as normas estabelecidas, parabenizando a
todos pelos resultados alcançados. Com relação aos projetos concluídos, a Diretora esclareceu
que todos mantiveram-se dentro do cronograma de trabalho preestabelecido e que serão
encaminhados à Gráfica na próxima semana. Às 11h45 a Diretora encerrou os trabalhos, antes
convocando reunião para o dia 2 de junho, quarta-feira, às 10 horas, no mesmo local. Nada mais
havendo a tratar, a reunião foi encerrada, e eu, Ana de Souza, lavrei a presente ata que vai
assinada por mim e pela Diretora.
Diretora
Secretária
56
Ofício
Em manuais anteriores, havia três tipos de expedientes, os quais se diferenciavam pela sua
finalidade, sendo eles: aviso, o qual era expedido apenas pelos Ministros de Estado para
autoridades de mesma hierarquia; ofício, utilizado pelas demais autoridades; além do
memorando, o qual era expedido entre unidades administrativas de um mesmo órgão.
Desse modo, selecionamos um documento oficial presente no próprio Manual de Redação, com
o intuito de analisar as diferentes partes do Padrão Ofício, bem como a sua formatação e
apresentação:
1 – Cabeçalho
2 – Identificação do expediente
3 – Local e data
Alinhados à margem direita da página, é necessário informar a cidade em que está sendo
expedido o documento, sem nenhuma menção sobre o estado, além de informar a data do
documento.
4- Endereçamento
Nesta parte haverá a informação de quem receberá o documento. Desse modo, é necessário a
presença de alguns dados do destinatário, como o vocativo correto, o seu nome, cargo e
endereço. Sendo estas informações alinhadas à esquerda da página.
5 – Assunto
O assunto deve dar uma ideia geral do conteúdo do documento, de forma sucinta.
6- Texto do documento
7 – Fechos
Os fechos de comunicações oficiais objetivas são utilizados para saudar o destinatário, além de
arrematar o texto. É utilizado o termo “Respeitosamente” para autoridades de hierarquia
superior e “Atenciosamente” para hierarquia inferior e demais casos.
57
8 – Identificação do signatário
Salvo as comunicações assinadas pelo Presidente da República, todos os ofícios devem conter o
signatário, ou seja, a identificação do remetente, com o seu nome e cargo ocupado. Seu
alinhamento é centralizado.
Tipos de Documentos
Conjunto Circular: quando mais de um órgão envia o mesmo expediente para mais de um órgão
destinatário.
Exposição de Motivos
FIQUE ATENTO: Este tipo de expediente é a principal modalidade de comunicação oficial dirigida
pelos ministros ao Presidente da República, sendo que, em alguns casos, é possível o
encaminhamento de uma cópia aos demais Poderes da União (Poder Legislativo e Judiciário).
A sua estrutura deve obedecer, obrigatoriamente, a algumas regras. Por exemplo, é importante
apontar, já na introdução, o problema ou tema principal, detalhar o assunto no
desenvolvimento, além de propor a medida a ser tomada na conclusão.
FIQUE SABENDO: No seu endereçamento pode ser utilizado apenas o pronome de tratamento,
sem o nome e o cargo do receptor. Além disso, não há o campo de assunto.
Atualmente, com a evolução tecnológica, foi criado um sistema de comunicação eletrônica entre
os Ministérios e a Presidência da República, o qual é utilizado na elaboração, redação, alteração,
controle, tramitação, administração e gerência das exposições de motivos, sendo ele chamado
de Sistema de Geração e Tramitação de Documentos Oficiais (SIDOF).
Mensagem
A mensagem é utilizada apenas para a comunicação oficial entre os Chefes dos Três Poderes
Públicos. Desse modo, quando o Presidente da República, o Presidente do Congresso Nacional
e o Presidente do Supremo Tribunal Federal quiserem se comunicar de maneira oficial sobre
assuntos que sejam de interesse da Nação, será utilizada a mensagem.
58
Um exemplo é a mensagem que o Presidente da República pode enviar para o Congresso
Nacional durante a análise pelo Poder Legislativo do orçamento público anual, com o intuito de
alterar algum elemento das leis orçamentárias.
Além disso, o Poder Executivo pode enviar ao Legislativo, através da mensagem, propostas de
emenda constitucional ou projetos de lei, bem como a comunicação de veto ou de sanções de
leis, entre outras situações.
De maneira similar aos outros atos assinados pelo Presidente da República, a mensagem não
precisa conter a identificação do signatário.
Correio Eletrônico
Aqui está o meio de comunicação formal mais utilizado atualmente, não só na administração
pública, mas também no meio empresarial particular, devido ao seu baixo custo e celeridade.
É importante pontuar que, para que uma mensagem eletrônica via e-mail possua valor
documental, é necessário a presença de certificação digital, de modo a atestar a identificação
do remetente.
Mas não pense que as comunicações entre os órgãos da administração pública pela internet
podem ser realizadas de qualquer maneira. Apesar de haver uma maior flexibilidade ao redigir
um texto por e-mail em relação aos demais expedientes oficiais, é importante que algumas
orientações sobre sua estrutura sejam seguidas.
Assim, é recomendado que o seu assunto, preenchido no seu campo correspondente, seja o
mais claro e específico possível, de modo a indicar o tópico principal da mensagem. Além disso,
saudações iniciais e fechos devem ser utilizados, bem como a assinatura do e-mail, com o nome
completo do remetente, órgão, unidade e telefone. Por outro lado, não é necessário colocar o
local e a data da mensagem, sendo elas apresentadas pelo próprio sistema.
ABSTRACT
The Portuguese language among the languages spoken in the world, linking us to various people
and simultaneously separated us according to some historical and cultural aspects of each
nation. For this very reason, over time, the Portuguese language has undergone constant
59
change, of which some will be discussed in this article, more specifically, the New Orthographic
Agreement of the Portuguese language signed by the countries of the Community of Portuguese
Language Countries (CPLP ), to unify the two spellings of the Portuguese officers, one adopted
by Brazil and another, by other countries lusophone. This work, after presenting a retrospective
of the Portuguese spelling of the agreements, then the literature review on the current spelling
reform, it also and reviews some of the problems that emerge with the New Accord. Thus, the
theoretical and methodological guidance is directed for the spelling of the language question,
without attention to an analysis of considerations about vagueness, inconsistencies or
incompleteness that the New Accord may offer.to the issue of spelling language without
attention to an analysis of considerations about vagueness, inconsistencies or incompleteness
that the New Accord may offer.
2. INTRODUÇÃO
Desde tempos remotos o sistema ortográfico passou por grandes mudanças, especialmente, na
tentativa de uniformizar os mecanismos de comunicação. Se é um fato a variação lingüística na
fala o seu registro ideal em termos da representação escrita é, também, um grande problema
para os países usuários do português, uma vez que as distinções vocabulares tendem por minar
as formas escritas desses vocábulos e, assim, oferecer certas dificuldades em termos operativos,
sobretudo quando de transações comerciais e/ou sistemáticas de comunicação internacional.
As mudanças e variações sempre existiram. São parte das línguas vivas. Mesmo assim,
estudiosos buscam uma maneira de unificar a escrita, melhorando-a para torná-la mais acessível
e lógica.
Seguindo esta linha, no ano de 2009, entrou em vigor o Novo Acordo Ortográfico da Língua
Portuguesa que visa a unificação da escrita nos países que adotam o Português como língua
oficial, respectivamente Portugal, São Tomé e Príncipe, Brasil, Angola, Moçambique, Guiné-
Bissau, Cabo Verde e Timor-Leste, países integrantes da Comunidade dos Países de Língua
Portuguesa (CLPL), cuja criação oficial data de 17 de julho de 1996 (SANTOS IN SARAIVA,
2001:17).
Entretanto percebemos que embora amplamente divulgado pela mídia, o conteúdo da nova
reforma ortográfica, bem como a Lei que a regulamenta, ainda é desconhecida ou ignorada
pelos usuários da língua, até mesmo no universo acadêmico. Desconhecemos os fatores que
possam servir de entrave aos ditames do que é exigido para o conhecimento das regras oficiais
implicadas na reforma ortográfica, mas inferimos ser um problema possível em matéria de
investigação sobre a língua.
Assim, este trabalho visa transpor a barreira existente entre o novo acordo e o público falante,
mais especificamente estudantes dos níveis fundamental, médio e superior.
60
Para efeito de desenvolvimento do nosso tema e para melhor determinar as nossas
considerações o texto aqui apresentado compreende, inicialmente, a exposição da
problemática, seguida de breve uma revisão da literatura sobre a reforma ortográfica.
Após uma breve fundamentação teórica, passaremos a tratar das referências de ordem do
acordo em função dos países que fazem parte da comunidade internacional de língua
portuguesa e sobre os principais problemas que o mesmo poderá estar fazendo aflorar.
Por fim, apresentaremos as nossas considerações finais tecidas com base no que estudamos ao
longo da vivência em termos operativos para a elaboração do presente estudo. Claro, não são
formulações conclusivas cabais, mas um modo de manifestar um ponto de vista bem pessoal
sobre o assunto.
3.1. Problemática
Concordar com algo implica, grosso modo, a existência de uma questão divergente ou, ao
menos, problemática em termos de uniformização. Certamente, em termos do Novo Acordo
Ortográfico da Língua Portuguesa as mudanças estão ainda, em termos operativos, seguindo
caminhos bastante divergentes em termos de conhecimento e aceitação por parte dos usuários
da língua materna.
Quais as principais mudanças implantadas mediante o Novo Acordo Ortográfico? Qual o grau de
aceitação no universo estudantil e até que o ponto a sua aplicação é viável para o ensino de
Língua Portuguesa, são parte dos questionamentos que nos fazemos no momento de trabalhar
com a materialidade do Novo Acordo Ortográfico. Para tanto, traçamos os seguintes objetivos,
a saber:
3.2. Objetivos:
3.2.1. Geral:
Promover a socialização do conhecimento acerca das regras do Novo Acordo Ortográfico, bem
como da sua importância enquanto mecanismo de aproximação entre os países lusófonos.
3.2.2. Específicos:
-Contribuir para a divulgação das bases do novo acordo ortográfico nas instituições de ensino.
61
elaborados os vocabulários ortográficos das duas academias, o português em 1940 e o brasileiro
em 1943. No entanto, houve divergências neste acordo que mais atendia a ortografia de
Portugal, e o Brasil decidiu ficar com as bases de seu vocabulário de 1943.
Depois dessa divergência, em 1945, no governo de Gaspar Dutra, o Decreto – lei nº 8286 de 05
de fevereiro de 1945 regulamentava o acordo ortográfico com a cisão dos dois sistemas oficiais,
o do Brasil de 1943 e o de Portugal, acompanhadas pelos africanos em 1945.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV, da
Constituição, e
Considerando que o Congresso Nacional aprovou, por meio do Decreto Legislativo no 54, de 18
de abril de 1995, o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, assinado em Lisboa, em 16 de
dezembro de 1990;
DECRETA:
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Parágrafo único. A implementação do Acordo obedecerá ao período de transição de 1o de
janeiro de 2009 a 31 de dezembro de 2012, durante o qual coexistirão a norma ortográfica
atualmente em vigor e a nova norma estabelecida.
Art. 3o São sujeitos à aprovação do Congresso Nacional quaisquer atos que possam resultar em
revisão do referido Acordo, assim como quaisquer ajustes complementares que, nos termos do
art. 49, inciso I, da Constituição, acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio
nacional.
Considerando que o texto do acordo que ora se aprova resulta de um aprofundado debate nos
Países signatários,
a República da Guiné-Bissau,
a República de Moçambique,
a República Portuguesa,
acordam no seguinte:
Artigo 1o
É aprovado o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, que consta como anexo I ao presente
instrumento de aprovação, sob a designação de Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa (1990)
e vai acompanhado da respectiva nota explicativa, que consta como anexo II ao mesmo
instrumento de aprovação, sob a designação de Nota Explicativa do Acordo Ortográfico da
Língua Portuguesa (1990).
Artigo 2o
63
comum da língua portuguesa, tão completo quanto desejável e tão normalizador quanto
possível, no que se refere às terminologias científicas e técnicas.
Artigo 3o
Artigo 4o
4. REVISÃO DA LITERATURA
O texto sobre o Novo Acordo Ortográfico prevê a padronização da grafia das palavras entre os
países de Língua Portuguesa: Brasil, Portugal, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Angola,
Moçambique, Guiné-Bissau e Timor Leste. Todos estes, antigas colônias de Lisboa.
(...) qualquer prática de línguas deverá trabalhar a unidade e a diversidade. Não se trata de pólos
de contradição, mas de eixos de transição. A unidade é uma razão do Estado e a diversidade
ou variedade é a matéria lingüística própria da comunidade, pois reflete a língua em uso, ou
seja, as linguagens verbais, por meio das quais os indivíduos se comunicam. A unidade é
resguardada pelo padrão oficializado em um modelo de gramática e a variedade se faz
representar nas diversas gramáticas práticas e pragmáticas de um Estado lingüístico
(FAULSTICH, In.: SARAIVA, 2001, p.107).
64
Em vista disso, observa-se que o tema gerou certa polêmica. No âmbito estudantil as discussões
em torno da aceitação (ou não) do Acordo Ortográfico consideram principalmente a adaptação
às novas regras gramaticais.
“Acredito que esse acordo irá dificultar o processo de ensino-aprendizagem, uma vez que os
alunos já estão adaptados com a gramática antiga”.
“O Novo Acordo facilita para as crianças que estão iniciando o ensino-aprendizagem, mas para
nós que já temos conhecimento sobre a língua causa uma certa confusão”
“Facilita sim, o problema é que as pessoas não entendiam as regras do Acordo anterior”
“Sim facilita, pois a retirada do acento de algumas palavras diminuirá as dificuldades na Língua
Portuguesa”
“Dificulta, pois a mesma terá que ser trabalhada minuciosamente que possa haver rendimento
no processo de ensino-aprendizagem”.
Os dados apontam uma preocupação com o ensino- aprendizagem das normas gramaticais.
Nesse sentido, vale lembrar que, segundo Irandé Antunes:
(...) nenhuma regra gramatical tem garantida a sua validade incondicional. O valor de qualquer
regra gramatical deriva de sua aplicabilidade, de sua funcionalidade na construção dos fatos
sociais da comunicação verbal, aqui e agora. Por isso, tais regras são flexíveis são mutáveis,
dependem de como as pessoas as consideram. Assim, essas regras vêm e vão. Alteram-se cada
vez que os falantes descobrem alguma razão, mesmo inconsciente, para isso. (ANTUNES, 2003,
p.89)
A jornalista Maria do Céu Novaes, da Agência Lusa, mostrou-se favorável a essa ideia
acrescentando que, “de resto não tem conseqüências na língua que se fala, sendo basicamente
um mecanismo que a torna fácil de ser ensinada” (idem).
Assim sendo, ainda que a maioria dos estudantes considere a dificuldade de aprendizagem das
novas regras, as respostas dadas no questionário de atividade prática mostram que, embora a
grande afirme desconhecer as regras do Novo Acordo ortográfico, são capazes de utilizá-las
adequada e implicitamente, e, portanto, parecem corroborar com as afirmações dos estudiosos
da língua.
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“A uniformização da escrita da língua em toda a comunidade da Língua Portuguesa é um fato
política e mercadologicamente importante”.
“O Novo Acordo unificará a ortografia dos países de Língua Portuguesa, e isso é muito
enriquecedor para o intercâmbio entre esses países”.
“O Novo Acordo possibilitará uma maior amplitude da Língua Portuguesa, ou seja, uma maior
divulgação do que é produzido nos países que falam essa língua”.
As respostas dadas pelos entrevistados demonstram existir uma identificação com a visão de
especialistas no assunto, a exemplo de José Gonçalves, angolano com vasta experiência nos dois
lados do Atlântico Sul que, ao escrever sobre as Relações Econômicas e Cooperação na CLPL,
esclarece que:
Os laços econômicos entre os países da CLPL têm bases culturais criadas por um passado colonial
semelhante. A existência de aspectos culturais muito próximos – como a língua e parte do
comportamento dos consumidores – é bastante importante para o estabelecimento e reforço
das ligações econômicas (GONÇALVES,In.: SARAIVA, 2001, p.149).
Sabe-se que o português é a quinta língua mais falada do mundo. Com o Novo Acordo, os
signatários pretendem dar um passo importante para a defesa da unidade essencial da Língua
portuguesa e seu prestígio internacional, pois a existência de duas ortografias atrasaria sua
difusão.
Desde o século XX, Portugal e Brasil defendem que a ortografia deveria estar o mais próximo
possível da pronúncia das palavras, e, portanto, uma simplificação na ortografia das palavras
seria o passo essencial para alcançar esse objetivo. E cabe às reformas ortográficas esse papel
de simplificação e unificação na ortografia lusófona.
O referido acordo ainda não entrou em vigor nos países lusófonos por causar muitas
divergências e pela dificuldade em se implantar uma mesma proposta em vários países
diferentes.
66
Sabemos que a maioria dos falantes do português no mundo tem baixa escolaridade, e a maior
parte dos países lusófonos são pobres, e prestam serviços educacionais fracos.
As letras k, y e w serão reconhecidas no nosso alfabeto, que passará a ter 26 letras. Dessa forma,
nos nomes próprios derivados de outros idiomas, bem como nas siglas, símbolos e medidas
internacionais serão empregadas normalmente. Quanto à classificação, o “k” seráconsoante. Já
o “w”, nas palavras de origem inglesa será vogal ou semivogal com pronúncia idêntica ao “u”.
Entretanto, é consoante, pronunciado como o “v” em palavras de origem alemã. (BECHARA,
2008).
O trema:
O uso do trema foi abolido da Língua Portuguesa, todavia poderá aparecer em casos específicos,
a exemplo das palavras derivadas de nomes próprios estrangeiros, como Müller, Hübner, entre
outros. Nos dicionários e vocabulários ortográficos o trema poderá ainda figurar apenas para
marcar a pronúncia do “u” em palavras como lingüiça, pois vale lembrar que as mudanças serão
apenas na ortografia, de modo que as pronúncias típicas variam de acordo com cada país (Idem).
– Não houve alterações significativas na acentuação das oxítonas. Assim continuam acentuadas:
Ex: avó (s), paletó (s), olá, até chaminé (s), só (s), está etc.
Ex: réu, herói, anéis, chapéu (s), papéis, céu, véu etc.
Mudam:
Nos hiatos que possuam oo, seguido ou não de s, o acento deixa de ser usado.
67
Perdem o acento as palavras homógrafas (que são escritas de forma igual) a artigos, contrações,
preposições e conjunções átonas.
Ex: para (á – flexão de parar) e para (preposição); pela (é – substantivo e flexão de pelar) e pela
(ê – combinação de per+la) etc.
Continuam:
as palavras terminadas em –l, -n, -r, -x e –ps, bem como suas respectivas formas do plural (exceto
as terminadas em –ens) continuam acentuadas.
Continuam acentuadas as formas verbais têm e vêm nas 3ª pessoas do plural presente do
indicativo ou 2ª pessoas do singular do imperativo afirmativo para diferenciarem-se das formas
tem e vem.
Pôde continua acentuado para se diferenciar de pode (3ª pessoa do singular do presente do
indicativo), assim como pôr (verbo) e por (preposição);
Ex: cerca (substantivo,advérbio,e elemento da locução prepositiva cerca de) e cerca (flexão de
cercar); piloto (substantivo) e piloto (flexão de pilotar); deste (flexão de dar) e deste (contração
da preposição de com o demonstrativo este) etc.
ATENÇÃO: Agora existe o acento opcional na palavra forma (substantivo) ou fôrma (substantivo
e verbo). O circunflexo deve ser usado apenas quando houver ambiguidade.
Quando o 1° termo está representado por forma substantiva, adjetiva, numeral ou verbo:
Exemplos
Nas formas empregadas adjetivamente : afro, anglo, luso , euro, etc., continuarão a ser grafadas
sem hífen nos casos:
68
Entretanto, os outros compostos com a forma verbal para- seguirão separados por hífen: para-
brisa, para-choque, para-lama
Quando o 1° elemento está representado pelas formas além, aquém, bem e sem.
Quando o 1° elemento está representado pela forma mal e o 2° elemento começa por vogal, h
ou l:
Porém quando o 2° elemento começa por outro diferente destes citados acima, não se usa hífen:
Nos nomes geográficos começados por grã, grão, ou por forma verbal, ou ainda por artigo:
Nos adjetivos que se referem ao lugar onde se nasce (adjetivos gentílicos) derivado de nomes
geográficos:
2. Nas locuções:
3. Nas sequências de palavras: Emprega-se o hífen para ligar duas palavras que se combinam
formando encadeamentos vocabulares ou combinações históricas. Ex: Liberdade-Igualdade-
Fraternidade, Austro-Hungria, Angola-Brasil, etc.
69
Ex: anti-ibérico, auto-observação, micro-ondas, contra-almirante, etc.
Porém, se o 1° elemento terminar por vogal diferente daquela que inicia o 2° elemento,
escreve-se junto, sem hífen:
Nas formações com os prefixos co-, pro- e pre-, estes se unem ao 2° elemento, mesmo quando
iniciado por e ou o:
Entretanto, nos casos em que ocorre o prefixo pré- (acentuado), emprega-se o hífen:
Devem ficar como estão: reidratar, reumanizar, reabitar, pois são formas já consagradas.
Todavia, não se emprega hífen com os prefixos des- e in- quando o 2° elemento perde o h- inicial:
Emprega-se ainda o hífen, quando o 1° elemento é ab-, ob-, sob-, sub- ou ad-:
Nos casos em que o 1° elemento termina por vogal e o 2° elemento começa por r- ou s-, não se
usa o hífen e essas consoantes devem duplicar-se:
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Emprega-se o hífen apenas nas palavras terminadas por sufixos de origem tupi-guarani, que
representam formas adjetivas, quando o 1° elemento termina por vogal ou quando a pronúncia
exige distinção dos dois elementos. Ex: capim - açu, Ceará - mirim, etc.
Considerações finais
Nesse texto refletimos acerca da mutabilidade da Língua Portuguesa, que, assim como outros
idiomas, surgiu do Latim e passou por uma série de mudanças. Para Possenti, “ (...) o português
não foi sempre o português, não foi sempre como é. (...) não há língua que permaneça uniforme.
Todas as línguas mudam.” (POSSENTI, 1996, p. 37-38).
Com base nesse ponto de vista, fica claro que inúmeros termos linguísticos- bem como muitas
regras- foram substituídas por outras, cujo domínio se deu através de práticas significativas, à
medida que foram sendo incorporadas no cotidiano. A esse respeito, invocamos novamente as
considerações de Possenti, que afirma: “(...)como aprendemos a falar? Falando e ouvindo. Como
aprenderemos a escrever? Escrevendo e lendo, e sendo corrigidos, e reescrevendo, e tendo
nossos textos lidos e comentados muitas vezes, com uma freqüência semelhante à freqüência
da fala e das correções da fala. (Idem).
Sustentamos ainda que essas mudanças nos ajudarão a nos socializarmos mais com a nossa
língua, reconhecendo-a não apenas como traço definidor de nacionalidade, mas como um
importante símbolo da unidade essencial dos povos da CPLP.
O referido questionário foi utilizado como instrumento para a coleta de dados, e as questões
relacionadas aos objetivos do estudo de forma a abranger diferentes pontos de vista.
Iniciamos os estudos a partir da obra de Evanildo Bechara, “O que muda com o novo Acordo
Ortográfico”(2008), cujo conteúdo teórico nos serviu de base para a elaboração dos
questionários. Discutimos ainda algumas publicações de periódicos nacionais no intuito de
desvendar as principais dúvidas e posicionamentos críticos a respeito do assunto.
71
Acento diferencial
Como o próprio nome já diz, o acento diferencial faz a distinção entre palavras que têm a mesma
grafia.
Com a reforma ortográfica, este acento caiu em alguns pares, como: para (á) (do verbo parar) e
para (preposição); pela (é) (do verbo pelar) e pela (proposição); pelo (ê) (substantivo) e pelo
(preposição), etc.
Assim, os pares acima ficam sem acento e são distinguidos apenas pelo contexto, como em:
Observação: O acento diferencial do par pôde/ pode prevalece. Dessa forma, pôde (pretérito
perfeito do indicativo da 3ª pessoa do singular) é acentuado com circunflexo e pode (presente
do indicativo da 3ª pessoa do singular) não. Isso aconteceu para que o tempo verbal de “poder”
possa ser identificado em uma oração.
Fique atento: a pronúncia não mudou, apenas a acentuação. Portanto, as vogais que eram
pronunciadas fechadas (pêlo de animal = pelo) e as abertas (pára com isso = para) continuam da
mesma forma!
Hífen
Você já deve ter percebido que nossa querida língua portuguesa, apesar de bela e única,
apresenta inúmeras especificidades que fazem dela uma língua completamente analítica.
Diferentemente de muitos idiomas, o português apresenta vários sinais gráficos-, entre eles um
sinal que é bastante comum, o famoso (e complicado!) hífen.
Mas você sabe dizer qual é a utilidade do hífen na língua portuguesa? Ora, se cada sinal
apresenta sua função, não seria diferente com o hífen. Muitas pessoas apresentam dúvidas
sobre como e quando usá-lo, sobretudo após a recente reforma ortográfica pela qual passou
nosso idioma. Para ajudar você a sanar possíveis dificuldades, o sítio de Português preparou um
guia prático e fácil sobre como usar o hífen. Bons estudos!
O hífen é um sinal gráfico complementar de união semântica utilizado nas seguintes situações:
→ Em palavras formadas por derivação prefixal: Conforme o Novo Acordo Ortográfico, o hífen
deverá ser utilizado quando:
72
O prefixo do primeiro elemento terminar com a mesma vogal que inicia o segundo: arqui-
inimigo; auto-observação;
O prefixo do primeiro elemento for “circum” e “pan” e a primeira letra do segundo elemento
for uma vogal ou as consoantes “h”, “m” ou “n”: pan-americano; circum-navegação;
O prefixo do primeiro elemento for “hiper”, “inter” e “super” e o segundo elemento for iniciado
pela letra “r”: hiper-realismo; inter-racial; super-romântico;
Nas palavras cujo prefixo for “e” e “vice”: ex- marido, vice-diretor.
O prefixo do primeiro elemento for “pós”, “pré” e “pró”: Pós-doutorado; pró-reitoria; pós-
modernismo;
→ Em locuções: Será empregado nas locuções com significado próprio. Exemplos: água-de-
colônia; cor-de-rosa; mais-que-perfeito. Não será empregado nas locuções adjetivas,
pronominais, adverbiais, prepositivas ou conjuncionais. Exemplos: dia a dia, café com leite, à
vontade;
→ Na colocação pronominal-: Será empregado nos casos de ligação dos pronomes pessoais
oblíquos aos verbos, criando assim a mesóclise e a ênclise. Exemplos: Falar-nos-ão; tornou-se;
Redação narrativa
Redação dissertativa
Pode ser dissertativo-argumentativa, que utiliza argumentos para defender uma tese, e
dissertativo-expositiva, que expõe as informações com o intuito de informar o leitor.
Redação descritiva
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Pode ser descritiva objetiva, que utiliza elementos concretos como características físicas, ou
descritiva subjetiva, que utiliza opiniões pessoais do autor.
Em provas, eles costumam estar relacionados a algumas categorias, como educação, saúde,
meio ambiente, cultura, economia, entre outros.
>>> Leia também: como fazer a proposta de intervenção da redação do Enem + Exemplos
Agora que você já sabe o que é um tema de redação e conhece as características dos diferentes
tipos, podemos avançar ainda mais no assunto deste artigo.
É muito comum as bancas definirem os temas de redação com base em assuntos atuais e
controversos.
Por isso, é fundamental se manter atualizado sobre o que acontece no Brasil e no mundo.
Crie o hábito de assistir aos noticiários e ler diariamente alguns portais ou jornais impressos.
74
Primeiro, você precisa saber como é a redação do Enem: você recebe um tema, que geralmente
é uma questão problema, e textos motivadores. Em seguida, tem que dissertar sobre o assunto,
lançando, ao final, uma proposta de intervenção para solucionar o referido problema.
O seu texto será corrigido pelo corretor, que levará em conta as cinco competências avaliadas
na redação do Enem. O respeito aos direitos humanos faz parte da competência nº 5:
De acordo com o Manual de Redação do Enem, quando o participante apresenta a sua proposta
de intervenção, deve respeitar os direitos humanos, ou seja, não romper com os valores de
cidadania, liberdade, solidariedade e diversidade cultural.
Até o Enem 2016, desrespeitar os direitos humanos era um dos motivos que zeravam e
anulavam a redação do Enem. Às vésperas da aplicação do exame, em decisão polêmica, o
Superior Tribunal Federal (STF) manteve liminar do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-
1) que impedia a redação ser zerada por esse motivo.
Desrespeitar os direitos humanos não pode mais zerar a redação do Enem, porém quem comete
esse deslize continua perdendo pontos.
Então, para evitar comprometer sua nota, a recomendação é que revise seu texto e analise,
cuidadosamente, se sua proposta incita ódio, preconceito ou crime. Se sim, altere seus
argumentos quanto antes.
Exemplos
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• “Fazer sofrer da mesma forma que a pessoa que cometeu o crime”
• “O governo deveria punir e banir essas outras “crenças”, que não sejam referentes a Bíblia”
Além dos direitos humanos, é necessário ficar atento a outros itens. Veja alguns:
A proposta de intervenção
Uma proposta de intervenção é uma sugestão de ação ou medida direcionada a determinado
problema social, com o intuito de atuar positivamente na questão.
Para que uma proposta seja considerada boa, ela precisa estar bem contextualizada com a
realidade do problema, apresentando propostas coerentes e viáveis.
Para isso, você deverá recorrer a todo conhecimento aprendido na escola nas diversas
disciplinas, sempre considerando a diversidade sociocultural.
A proposta deve estar bem detalhada e apresentar conexão com os argumentos desenvolvidos
ao longo do texto.
Como viabilizá-la?
É necessário estar atento aos detalhes que são exigidos no Enem, pois cada elemento serve para
responder a perguntas essenciais da medida.
Agente;
Ação;
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Modo/meio;
Finalidade;
Detalhamento.
Os elementos exigidos são respostas essenciais para o sentido da proposta. É preciso evidenciar:
Finalidade: qual o intuito? Como isso pode ajudar? Qual o propósito disso no problema?
Detalhamento: quais são os detalhes importantes para essa ação dar certo? Como as coisas
serão relacionadas? Com ajuda ou participação de quem será feito?
Situações-problema:
Propostas de intervenção:
O debate de obras literárias nas escolas que reflitam sobre o papel da mulher ao longo das
épocas e como essa ganhou grande destaque no campo artístico e social, a fim de promover sua
valorização;
O poder público deve criar medidas que fiscalizem a desigualdade de salários entre os gêneros
nas empresas e atribuir uma multa àqueles que não cumprirem com os anseios da Constituição.;
77
A fim de criar uma sociedade mais reflexiva, a instalação de projetos culturais com a presença
de atrizes influentes na mídia pode atrair o público a participar de rodas de debate sobre o papel
da mulher na sociedade contemporânea;
A mídia pode contribuir com a exposição de mulheres que fizeram a diferença ao longo dos
séculos e inspiram jovens a persistirem a lutar pelo respeito ao próximo e conscientizar os
indivíduos de que devemos ter uma sociedade ética e democrática. Mulheres como Frida Kahlo,
Madre Tereza de Calcutá, Zuzu Angel, Evita Perón, Joana D’arc, entre outras, podem ser
utilizadas como referência.
Situação-problema:
Com o aumento do caso de crimes cometidos por jovens, o debate sobre a redução da
maioridade penal dos 18 para os 16 anos foi levantado.
No entanto, essa não é a solução para os crimes, e os muitos países que já reduziram a
maioridade penal são o maior exemplo disso.
Além disso, esse debate revela que nós, brasileiros, temos a péssima mania de preferir o
tratamento – insuficiente – à prevenção.
Agimos apenas depois que os problemas acontecem e estão fora de controle, além de
querermos atacar as extremidades do problema, evitando encarar a raiz.
Propostas de intervenção:
O melhor caminho para esse caso é, sem dúvida, investir na educação do Brasil, que é muito
deficitária. Tirar os jovens das ruas e colocar na escola é o caminho.
Além disso, é importante tornar a punição, já existente para os jovens infratores, mais eficaz.
Uma boa alternativa seria investir na ressocialização, fazendo-os aprender uma profissão,
estudar, praticar esportes.
Situações-problema:
Propostas de intervenção:
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A mídia pode ajudar na exposição da internet como difusora de conhecimento e informação,
além de abordar casos que contribuíram para o engajamento político dos internautas na
sociedade, como as Manifestações de 2013 e a Primavera Árabe, em 2011;
ONGs devem ser mais ativas nas redes sociais, a fim de que fiquem mais próxima do contato
entre os jovens e estimule-os a participar de projetos educacionais e culturais, como a presença
de cursos online e a orientação de encontros em grupo para debates.
Situações-problema:
O chamado “consumo virtual”, ou seja, a quantidade utilizada de água pelas empresas para a
produção de produtos.
Propostas de intervenção:
O incentivo a projetos escolares que ensinem a reutilização da água é uma ótima maneira para
incentivar os pequenos a adquirirem consciência sobre o uso desse bem hídrico;
O tratamento de águas de esgoto pode ser uma medida eficaz para que as empresas reutilizem
esse líquido para a produção de seus produtos, a fim de evitar os impactos do consumo virtual;
O estímulo a descontos no valor das contas de água e luz faz com que os usuários busquem
economizar neste momento de crise e comecem a refletir sobre a situação atual do Brasil;
Como há distribuição irregular de água entre os países, uma maneira de promover uma
harmonização e alavancar a economia entre os estados seria a troca de interesses de cada
região. Assim, todas as áreas seriam beneficiadas e ajudariam a reduzir a crise hídrica frente aos
estados que estão com os reservatórios de água em situação de carência.
Projeto de texto
[…] planejamento prévio à escrita da redação. É o esquema que se deixa perceber pela
organização estratégica dos argumentos presentes no texto. É nele que são definidos quais os
argumentos que serão mobilizados para a defesa de sua tese, quais os momentos de introduzi-
los e qual a melhor ordem para apresentá-los, de modo a garantir que o texto final seja
articulado, claro e coerente. Assim, o texto que atende às expectativas referentes à
Competência 3 é aquele no qual é possível perceber a presença implícita de um projeto de texto,
ou seja, aquele em que é claramente identificável a estratégia escolhida por quem está
escrevendo para defender seu ponto de vista.
Assim, o projeto de texto refere-se à organização da argumentação. Ele funciona como uma
espécie de “mapa”, onde são estabelecidos os principais pontos a serem expostos na redação.
Nele, também devem ser determinados os momentos de introduzir argumentos e a melhor
ordem para apresentá-los, de modo a garantir a progressão textual.
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ler a proposta de redação, como tema e textos motivadores que o acompanham;
interpretar, com muita atenção, todas as informações que acompanham o tema proposto;
optar por uma via de análise, tomando por base as informações analisadas e as possibilidades
de desenvolvimento;
integrar à análise outras informações pertinentes que não tenham sido fornecidas com o tema
proposto.
É importante salientar que o projeto de texto não é um rascunho. Trata-se de um plano geral,
onde são expostos aspectos essenciais a serem abordados e, além disso, do tipo de relação que
você irá estabelecer entre as informações que serão apresentadas na redação.
Intertextualidade
"A intertextualidade se refere à presença de elementos formais ou semânticos de textos, já
produzidos, em uma nova produção textual. Em outras palavras, refere-se aos textos que
apresentam, integral ou parcialmente, partes semelhantes ou idênticas de outros textos
produzidos anteriormente.
Essa intertextualidade pode ser indicada explicitamente no texto ou pode vir “disfarçada” pela
linguagem do autor. Em todo caso, para que o sentido da relação estabelecida seja
compreendido, o leitor precisa identificar as marcas intertextuais e, em alguns casos, conhecer
e compreender o texto anterior.
A intertextualidade também pode ocorrer no nível formal, quando o autor repete elementos da
estrutura anterior, mas altera outros aspectos, construindo, com isso, um novo texto, com
ligações explícitas com a produção anterior. É muito comum nos gêneros artísticos, como poesia
e música, em textos publicitários etc.
Tipos de intertextualidade
A intertextualidade também ocorre com textos visuais, como nesta releitura de “A Última Santa
Ceia”.
Alusão – é o ato de indicar ou insinuar um texto anterior sem, no entanto, aprofundar-se nele.
Esse método de intertextualidade apresenta de forma superficial e objetiva informações, ideias
ou outros dados presentes em texto ou textos anteriores.
80
Exemplo: Como diria o poeta, amanhã é outro dia.
Exemplo:
Eu morro sufocado
em terra estrangeira.
Murilo Mendes
Exemplo:
81
Eu tão esquecido de minha terra…
“Apesar de você
amanhã há de ser
outro dia.”
Chico Buarque
Citação – é quando o autor referencia outro texto por ter pertinência e relevância com o
conteúdo do novo texto. A citação pode ocorrer de forma direta, quando se copia o trecho na
íntegra e o destaca entre aspas, ou pode ser indireta, quando se afirma o que o autor do texto
original disse, mas explicando os conceitos com novas palavras, relacionando a abordagem com
o novo conteúdo.
Exemplo:
Segundo Sócrates, “Sábio é aquele que conhece os limites da própria ignorância”, logo, de nada
adianta ter acúmulo de informações, quando não se aplica a autocrítica e a reflexão como
ferramentas de reconhecimento das potências e limites do nosso conhecimento.
Veja também: Anúncio publicitário – gênero cuja função é de apresentar produtos/marcas para
um público amplo
Exemplos de intertextualidade
82
A intertextualidade é presente em diferentes gêneros textuais, mas tem um espaço privilegiado
nos gêneros artísticos. Nesses contextos, ela é utilizada, também, como ferramenta de
inspiração e criatividade, pois provoca uma ressignificação de textos já conhecidos, em novos
contextos. Segue alguns exemplos de intertextualidade em gêneros textuais artísticos:
Na música:
Só você,
Só você
(Lenine)
A música do cantor brasileiro Lenine apresenta uma declaração de amor do eu lírico à sua musa
inspiradora. Na letra, o poeta faz referência a diferentes musas, já reconhecidas socialmente,
que são inspirações de outros, mas não dele, pois a sua única musa é sua amada, verdade
confirmada em “só você”, contrapondo-se à enumeração de musas referenciadas.
Na literatura:
Os passarinhos daqui
(Oswald de Andrade)
83
apresenta elementos que evidenciam essa relação, como a repetição de expressões como
“Minha terra”, "palmares”, “gorjeia”, “daqui”, “lá”."
Coerência
Coerência é a característica daquilo que tem lógica e coesão, quando um conjunto de ideias
apresenta nexo e uniformidade.
Para que algo tenha coerência, este objeto precisa apresentar uma sequência que dê um sentido
geral e lógico ao receptor, de forma que não haja contradições ou dúvidas acerca do assunto.
A origem da palavra “coerência” está no latim cohaerentia, que significa “conexão” ou “coesão”.
Coerência textual
Para que um texto seja compreensível e faça sentido para quem está lendo, este precisa
apresentar uma continuação lógica das ideias que são apresentadas ao longo da narrativa.
Cada palavra tem um significado individual, porém quando estão juntas em uma frase ou texto,
formam um significado diferente. Se a construção das palavras não forem feitas de modo
correto, o sentido geral da oração fica incompreensível.
A coerência textual consiste justamente no modo como aplicar cada palavra em um texto para
que este tenha a intencionalidade pretendida.
Quando um texto apresenta erros na sua coerência textual, o sentido da frase não tem lógica.
Exemplo: “Estava muito calor que até começou a nevar” / “A parede estava sentada” / “Eu odeio
comer carne, por isso vou pedir um bife mal passado”.
A coerência textual é a não contradição das ideias das palavras de um texto, sendo a coesão
parte essencial para esta função.
A coesão textual se limita ao uso correto dos conectivos e articulação gramaticais, que permitem
um sequenciamento harmonioso das frases e dos parágrafos de um texto.
Tipos de coerências
Para que uma redação tenha coerência textual, o cumprimento de algumas regras são
necessárias, como a coerência sintática, temática, semântica, pragmática, genérica e estilística.
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