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Atividade de Biologia
Você sabe a importância de estudar interpretação de texto para o vestibular?
Ano após ano, milhões de estudantes brasileiros prestam vestibulares e exames como o Enem no intuito
de garantir uma vaga em uma boa universidade — pois isto significa o início da construção de seu futuro
profissional. Você já percebeu que, cada vez mais, avaliações como essas buscam testar não apenas os
conhecimentos obtidos durante o ensino médio mas também, e principalmente, se os candidatos sabem
aplicar a teoria na prática?

Torna-se cada vez mais comum esses exames cobrarem habilidades e competências como leitura
cuidadosa, interpretação de texto e associação de conceitos. E fica fácil entender o porquê: estamos
deixando para trás um modelo focado na memorização e caminhando em direção a um sistema que
valoriza outras maneiras de aprender e que cobra do estudante a capacidade de compreender a
sociedade e de tomar um posicionamento crítico em relação a ela.

Aqui entra o papel da interpretação, pois saber transformar conhecimento teórico em soluções efetivas
requer a correta leitura e entendimento de uma situação! Mas qual é a ligação entre leitura e
interpretação? Como cultivar o hábito da leitura? Qual é o diferencial entre que lê e sabe interpretar
corretamente uma mensagem e quem não desenvolve essa habilidade?

Se você tem alguma dúvida a respeito da importância da interpretação textual para seus estudos e, mais
tarde, para sua vida social e profissional, acompanhe os argumentos que listamos ao longo dos próximos
parágrafos. Fique atento!

Por que é importante saber interpretar um texto?

Você pode não ter se dado conta ainda, mas a capacidade de interpretar corretamente as informações
que nos cercam é acionada o tempo todo. Parte-se do seguinte pressuposto: para que possamos lidar
com as demandas de nosso dia a dia, precisamos primeiro compreendê-las. Se você não souber
identificar adequadamente uma mensagem, como poderá reagir a ela?

O ato de interpretar está ligado à percepção de estímulos, sejam eles visuais, olfativos, sonoros, entre
outros, presentes ao nosso redor. Quando crianças, desenvolvemos aos poucos a capacidade de
“perceber” e “compreender” o universo que nos cerca por meio do tato, do paladar etc. Já durante a fase
de alfabetização, aperfeiçoamos essa capacidade ao conseguirmos decodificar os sinais linguísticos que
formam nosso idioma materno.

A partir desse ponto, tanto a leitura quanto a interpretação passam a ser indispensáveis para uma boa
aprendizagem e para o desenvolvimento saudável das estruturas mentais. Ao longo da educação básica
e superior, a interpretação mais estimulada e testada nos estudantes é a textual, pois a forma escrita é a
modalidade pela qual a educação formal acontece.

Dentro desse panorama, em que a linguagem escrita é o método oficial para transferir, construir e medir
conhecimento, a interpretação textual torna-se uma habilidade amplamente valorizada. Assim, chegamos
ao ponto central da questão: a capacidade de ler um texto, de interpretar suas estruturas gramaticais
(palavras e frases) e semânticas (os significados) resulta na compreensão da mensagem que se quis
passar e do que precisa ser feito em relação a ela.

A importância de decodificar a mensagem

Decodificar uma informação ou mensagem equivale a extrair seu significado. Apenas decodificando o
texto que está à sua frente, ou seja, percebendo o que ele quer dizer, é que você irá entender a situação
ou o problema vigente, podendo, então, resolvê-lo! Há, assim, uma sequência de ações que precisam
ocorrer sucessivamente:

1. leitura;
2. decodificação;
3. e interpretação.

Caso contrário, a compreensão não ocorrerá e você passará a agir a partir de um entendimento
incompleto ou equivocado, o que provavelmente o levará a um resultado incorreto.
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Tanto para pré-vestibulandos quanto para candidatos a concursos e exames em geral, é especialmente
importante saber ler, decodificar e interpretar mensagens, pois a cada questão da avaliação essa
habilidade será posta à prova.

A importância de fazer perguntas

Mas como decodificar corretamente os enunciados, os textos de apoio e o comando das questões de um
exame? Como entender o que eles querem de você? Bem, uma estratégia bastante utilizada para garantir
o bom entendimento de um texto é fazer perguntas a ele. É isso mesmo! Questione:

 quem diz?;
 como diz?;
 qual é o objetivo?;
 a quem se destina?.

Você pode começar a treinar suas habilidade interpretativas assim: selecione questões de avaliações ou
simulados anteriores e aplique esses questionamentos. Tente extrair seu significado antes de partir para a
resolução da questão em si. Se precisar, desenhe uma tabela e vá anotando as respostas, preenchendo
os espaços com as informações que conseguir.

Faça isso até que a prática se torne um hábito e que seu cérebro comece a questionar automaticamente
as informações escritas que encontrar. Como o tempo é um fator crucial na hora da prova, quanto mais
habituado a interpretar mensagens você estiver, mais rápido conseguirá compreender enunciados e
direcionamentos.

Como você pôde perceber, a interpretação textual faz parte da rotina de todo estudante, tenha ele
consciência desse fato ou não, domine ele ou não as estratégias interpretativas!

Como a interpretação de texto pode ser um diferencial

Quem consegue ler e decodificar adequadamente um texto, isto é, compreender suas ideias e
significados, possui inúmeras vantagens sobre grande parte dos candidatos a exames. Isto porque, no
Brasil, muitas pessoas têm dificuldades para ler, compreender e, consequentemente, se expressar sobre
os mais diversos assuntos.

Anualmente, lemos notícias sobre estudantes que zeraram em suas redações por não abordarem o
assunto proposto na argumentação, ou simplesmente por não terem entendido qual era o tema. Isso sem
falar nas questões, que estão cada vez mais contextualizadas e interdisciplinares, cobrando a associação
de conceitos de matérias distintas, como Geografia e Biologia, por exemplo.

Quem lê e compreende aquilo que lê, vai aumentando seu repertório de assuntos e argumentos,
identificando com mais facilidade os gêneros textuais e sabendo utilizá-los quando necessário. Temos
textos jornalísticos ou argumentativos, um estilo bastante comum na mídia e no meio acadêmico, sob a
forma de reportagens, críticas, dissertações, teses e ensaios.

Ler e decodificar as características desse estilo de comunicação permitirá que você desenvolva um
pensamento analítico, objetivo. A redação do Enem e dos tradicionais vestibulares, por exemplo, costuma
seguir essa proposta argumentativa. Nela, as palavras são usadas em seu sentido literal e direto, não há
muito espaço para imaginação, mas sim para raciocínio lógico, identificação de causa e consequência.

O outro lado da moeda são os textos literários, como romances, crônicas, contos e poesia. Muitos leitores
começam com esse estilo de escrita, que tende a ser mais livre e utiliza a imaginação e a linguagem
poética como base de apoio. Aqui, as palavras costumam designar algo além de seu sentido mais óbvio,
trazendo conexões e conotações implícitas, que, para serem descobertas, exigem que o leitor treine sua
habilidade de associar informações.

Uma tendência para o futuro


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Saber interpretar um texto, identificar seu estilo e extrair dele significados por meio das perguntas que
listamos anteriormente são indícios de que você dispõe de habilidades como associação, dedução e
análise crítica. Isto quer dizer que está apto a desempenhar as tarefas mais cobradas ao longo da
trajetória de um estudante.

Cada vez mais, nota-se que a tendência de exames como o vestibular é se distanciar da memorização,
habilidade que já teve exclusividade na aquisição e avaliação do conhecimento. Hoje, as bancas
avaliadoras entendem que um estudante universitário ou profissional bem-sucedido precisa apresentar
outros recursos além de apenas saber decorar conceitos.

Na era da informação, com a facilidade comunicativa promovida pela internet, é necessário saber analisar
e se posicionar em relação ao que está sendo dito. Como nunca antes, precisamos compreender qual é o
propósito daquele texto ou notícia que aparece em nossa tela. Portanto, a tendência é valorizar, cada vez
mais, quem sabe interpretar o que lê.

Nem sou de Humanas, para que interpretar texto?

Bem, imagine a seguinte situação: você está diante de uma questão de física, disciplina que domina com
facilidade, lê o enunciado, faz alguns cálculos e marca sua resposta. Dias depois, ao conferir o gabarito,
vê que a alternativa correta era outra. Mas o que aconteceu? Você tem a mais plena certeza de que seu
raciocínio estava certo, então o que pode ter dado errado? Ao reler o enunciado, você percebe alguns
detalhes cruciais, elementos que você não soube interpretar corretamente e que não levou em conta ao
iniciar a resolução.

Resumo da ópera: você domina aquele conteúdo específico, mas, por não compreender exatamente o
que o enunciado pedia, errou uma questão. E sabemos que algumas questões perdidas por falta de
interpretação podem ser a diferença entre ver seu nome selecionado por uma universidade e ter que
tentar mais uma vez.

As Ciências Humanas, de fato, representam uma área de atuação em que o formato do conhecimento é
sobretudo teórico, e isso requer muita leitura e interpretação textual. Se você parar para pensar,
entretanto, verá que todas as áreas demandam dos estudantes essa capacidade, pois historicamente
todas as invenções, descobertas e avanços foram documentados e registrados na forma escrita, sendo
ensinados assim até hoje.

Ler e interpretar, portanto, não são saberes específicos de um campo ou outro, mas sim competências
que todo estudante, profissional e cidadão devem possuir se quiserem entender o mundo que os rodeia.
Tratam-se de ferramentas que permitem a sobrevivência e o aperfeiçoamento do intelecto e do
conhecimento humano.

Antes de se aprofundar e dominar um assunto ou uma disciplina, portanto, é essencial aguçar sua
capacidade interpretativa, pois de nada adianta possuir conhecimento e não saber como aplicá-lo ou
passá-lo adiante, não é mesmo?

Cultive o hábito da leitura

Para poder interpretar, é preciso ler. “Mas não gosto ou não costumo ler, como adquirir esse hábito?”
Praticando a leitura. Não há outro jeito. Quando mais você praticar, menos trabalhoso será lidar com as
palavras, tanto na fala quanto na escrita, e mais você irá querer continuar.

A verdadeira leitura acontece não quando o leitor enxerga as palavras e reconhece o estímulo visual, mas
quando há um entendimento a respeito do que o autor quis dizer, do significado que ele pretendeu
passar. Há uma troca, você entende o sentido de um texto e, ao mesmo tempo, tenta relacionar as ideias
com o que já conhece, com o que já viveu. Em outras palavras: quando lemos sobre determinado
assunto, acionamos todo o conhecimento prévio que possuímos sobre ele.

Estudantes que tiram de letra a redação e que conseguem um desempenho consistente são, acima de
tudo, bons leitores. O hábito da leitura é o componente-chave para treinar e lapidar a capacidade de
interpretar textos e resolver situações-problema, pois ler amplia significativamente seus horizontes.
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Comece com textos mais curtos, histórias em quadrinhos, charges, crônicas, enfim, encontre o formato
que mais prende sua atenção em uma narrativa; ele será sua porta de entrada para o mundo da leitura e
seus inúmeros benefícios. Não fique se policiando com o tempo e nem desanime se não conseguir
terminar um livro logo no início, vá com calma, descubra o que mais corresponde a seus interesses,
planos e pensamentos.

Os 3 momentos cruciais

Como estudante, o que você precisa entender é que gostar e ter facilidade com a leitura irá ajudar em três
frentes: na hora de estudar; na hora de realizar a prova; e na hora de compor a redação.

Quando falamos do ato de estudar, estamos nos referindo ao momento que você dedica à sedimentação
do conhecimento passado em sala de aula. Se você faz da leitura um hábito, não há limites para o que
pode aprender por conta própria, nem para as inusitadas ideias que pode ter, ou para a quantidade de
informações às quais terá acesso.

O momento da prova, por outro lado, exige um tipo de concentração e foco diferentes de quando você
estuda em casa, pois a resolução de cada questão é pautada pelo fator tempo. Quanto mais você praticar
a leitura, e conseguir dialogar com o texto, isto é, conectá-lo ao que você já sabe sobre o assunto, mais
estará otimizando sua capacidade interpretativa, podendo empregá-la de forma mais ágil, sem ter que
fazer tanto esforço.

Por fim, temos a redação, um verdadeiro desafio pelo qual todos os futuros universitários precisam
passar. Nela, todas as suas leituras e experiências de vida o ajudarão a compreender o tema proposto, a
pensar nas melhores maneiras de abordá-lo e a elaborar os argumentos certos para convencer o corretor
de seu ponto de vista.

Para quem lê, a estruturação de uma redação em introdução, desenvolvimento e conclusão por exemplo,
deixa de ser um tormento e passa a acontecer naturalmente. É somente transformando a leitura em
hábito que você se tornará um expert em interpretação e construção textual. Os benefícios da leitura,
entretanto, vão muito além disso.

Elaboramos, a seguir, uma lista de estruturas mentais que a leitura ajuda a desenvolver e de vantagens
que ela proporciona.

Confira!

Vocabulário ampliado

Como toda língua românica, o português possui uma infinidade de vocábulos, de estruturas linguísticas e
combinações possíveis. Imagine que todos esses elementos são os dados que compõem um sistema
(que é o idioma). Acontece que ao ler textos diversificados, você estará acumulando dados e construindo
uma base ampla de referências.

Quanto mais você lê, mais você acumula, mais simples e natural torna-se a interpretação e a
compreensão de significados. Além disso, quando você possui um bom repertório de palavras e
expressões, consegue externar melhor as próprias ideias e convencer os outros com maior facilidade.

Empatia garantida

Conseguir se colocar no lugar dos personagens de um livro ou do autor de um texto é algo essencial. Por
que? Porque sentir o que o protagonista da obra está sentindo, compartilhar das sensações descritas pelo
autor, certamente o ajudarão a ser mais empático. Mas o que isto significa, “ser empático”? Bem, significa
ter a capacidade de entender o que as outras pessoas sentem e porque elas agem do jeito que agem.

A cada novo texto, um novo mundo é aberto e, como leitor, você é convidado a explorar suas
possibilidades, a experimentar sensações até então desconhecidas e entender o ponto de vista de
diferentes indivíduos, percebendo suas motivações. Quem lê aprende não apenas com as próprias
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experiências, mas também com as alheias, e passa a ser mais tolerante com opiniões dissidentes,
mesmo não concordando com elas.

Concentração potencializada

Além de ampliar consideravelmente seu vocabulário e estimular a empatia, a leitura aumenta a


capacidade de concentração por longos períodos. Quando você está imerso em uma narrativa de ficção,
por exemplo, você expande o período que seu cérebro consegue permanecer focado em uma única
atividade. Essa melhora na performance, é claro, trará vantagens na hora de estudar até mesmo aquelas
disciplinas com as quais você não costuma se importar.

Evitar distrações, especialmente de fontes eletrônicas como smartphones e tablets, é uma postura que
todo estudante deve treinar para otimizar seu aproveitamento do conteúdo estudado. Ela o ensinará a
canalizar o foco e a atenção para uma fonte de informação ou tarefa de cada vez, potencializando, assim,
seu rendimento.

Argumentação coerente

Ter contato com diferentes ideias e visões de mundo facilitará a construção de seus próprios argumentos,
seja na redação do vestibular, seja em um debate ou apresentação de trabalho já na universidade. Ler
significa não apenas acumular palavras, mas também ter recursos para sustentar seu ponto de vista e
suas opiniões.

Quem tem acesso a um leque de opções pode se dar ao luxo de escolher aquelas com as quais mais se
identifica, ou as que mais se aproximam de seu pensamento. Quem, por outro lado, não lê encontrará
profundas dificuldades para enxergar alternativas, embasar suas ideias e até mesmo expressá-las.

Criatividade estimulada

Outro enorme benefício promovido pela leitura contínua é o estímulo à criatividade! Criatividade é a
capacidade de inventar soluções inusitadas para os problemas, de interagir com o mundo de forma
autêntica, enxergando e desenhando saídas onde antes elas não existiam.

A criatividade sempre foi o ingrediente-chave para a evolução humana, aquele empurrãozinho para
poetas e cientistas darem um passo além e inventarem mundos, descobrirem leis e cunharem teorias que
continuam moldando nossa existência até hoje, no século 21.

Fontes diversificadas

Como mencionamos anteriormente, o ato de ler não está restrito à palavra escrita. Lemos o tempo todo,
lemos tudo o que nos rodeia. Leitura e interpretação de músicas, de audiovisuais, de imagens também
são iniciativas válidas que o ajudarão a construir seu repertório de argumentos e ideias, aguçando sua
curiosidade e trabalhando habilidades como associação, abstração, de análise e de memória.

Conclusão

Bem, chegamos ao final deste conteúdo, cujo objetivo era explicar e esclarecer a real importância que a
leitura e a interpretação de texto têm ao longo de nossas vidas, sendo estas habilidades especialmente
cobradas na fase estudantil. Tal cobrança ocorre porque a palavra escrita é, de fato, o método mais
comum de transmissão de conhecimento, certo?

Vimos a importância da interpretação para poder reagir adequadamente a um texto ou problema,


principalmente em exames como o vestibular. De nada adianta dominar um assunto ou matéria se você
não souber interpretar o que o enunciado de uma questão propõe, ou o tema da redação. Portanto, dizer
que “interpretar é coisa de estudante de ciências humanas” não corresponde à realidade!
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Você pôde compreender também como decodificar uma mensagem por meio de determinadas perguntas,
no intuito de extrair seu significado e objetivo. E se a decodificação é o segundo passo em direção à
interpretação e à compreensão, então podemos dizer que a leitura é o primeiro, certo?

Transformar a leitura em hábito é uma iniciativa que deve ser tomada por todo estudante que deseja
garantir seu sucesso universitário e profissional, pois é somente lendo que alguém treina suas habilidades
interpretativas!

Estamos na era da informação compartilhada, da conectividade, e saber interpretar corretamente uma


informação é quase como um requisito básico de sobrevivência, de desenvolvimento pessoal e
profissional. A interpretação está presente em nosso cotidiano de várias maneiras, quer tenhamos
consciência disso ou não!

E então? Percebeu a relevância da interpretação textual para seus estudos e para garantir um bom
desempenho em avaliações? Curtiu nossas ideias? Então confira nosso artigo sobre a importância de
cultivar o hábito da leitura!

https://www.una.br/blog/voce-sabe-a-importancia-de-estudar-interpretacao-de-texto-para-o-vestibular/ acesso dia


16/05/2022.

Agora que você leu faça uma reflexão sobre


o que você tem feito a respeito disso.
Escreva todos os pontos positivos e o que
pode ser melhorado ou adaptado para sua
realidade nesse momento.

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