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MATÉRIA ETEC/KK

Em 28 de Setembro de 1911 foi publicado o Decreto nº 2118-B, organizando e


regulamentando as duas primeiras escolas profissionais da Capital: a Escola Profissional
Feminina e a Escola Profissional Masculina- atualmente conhecidas como Etec´s Carlos de
Campos e Getúlio Vargas, as “coirmãs”. Ambas implantadas no Brás, que vivia um período de
intensa atividade fabril e comercial, com grande concentração de operários e imigrantes. O
Governo visava contribuir para a qualificação de mão de obra, atendendo às necessidades do
setor fabril, tornando o operário brasileiro competitivo com o estrangeiro e educando o novo
trabalhador “com ordem, disciplina, devoção ao trabalho e elevado espírito patriótico”, o que
se considerava o oposto do trabalhador imigrante, influenciado por ideias libertárias e
anarquistas.

A Carlos de Campos foi a primeira Escola Profissional Feminina, fundada em 1911. Na antiga
Etec Carlos de Campos, alunas maiores de 12 anos tinham aulas de Português, Aritmética,
Geografia e Desenho Geométrico, além de atividades práticas em oficinas. A mais procurada
era a de Confecção, seguida pela de Rendas e Bordados e de Flores e Chapéus.

A Escola Profissional Feminina instalou-se, em primeiro lugar, num antigo sobrado na rua
Monsenhor de Andrade, já demolido, onde anteriormente funcionava o Colégio Azevedo
Soares. Em meados da década de 20, o edifício adquirido em 1911 e considerado adequado, na
época, passou a sofrer críticas de diversos segmentos da sociedade, o que levou o Governo do
Estado a construir um novo prédio para a escola, de acordo com os “preceitos de higiene,
harmonia e beleza”. Em 1930, foi entregue a primeira etapa da construção, sendo que a
segunda nunca foi concluída.

A ETEC Carlos de Campos funciona, até hoje, no mesmo endereço, no edifício construído nos
anos 30 e em outra ala, construída mais recentemente. Com o tempo, os cursos foram sendo
desdobrados, acompanhando as alterações na estrutura e na legislação do ensino profissional.
Atendendo às demandas da sociedade, a Escola Profissional Feminina passou por várias
transformações, mudou o seu nome muitas vezes e ofereceu várias modalidades de ensino e
de cursos. Deixou de ser uma escola essencialmente feminina e passou a atender alunos de
ambos os sexos.

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