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A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO NO BRASIL

- DA COLÔNIA AO IMPÉRIO

Em 1549 chega ao Brasil o primeiro grupo de seis padres jesuítas, chefiados por Manuel de Nóbrega juntamente com o
primeiro governador geral Tomé de Souza, juntos edificaram a primeira escola elementar brasileira.
O ideal jesuíto era além de tudo a propagação da fé e assim como toda a Cia de Jesus usavam como método de ensino
Ratio Studiorum.

· No Brasil o objetivo estava tanto em converter os indígenas quanto manter os colonos na fé cristã.
· Em 1760 os Jesuítas são expulsos do Brasil.

A educação Jesuíta tinha como objetivo servir aos interesses da fé, já Pombal tinha interesses comerciais, portanto
pensou em organizar a escola para servir aos interesses do Estado .
No momento da expulsão os jesuítas tinham 25 residências 36 missões e 17 colégios e seminários, a escola brasileira
com isso sofreu uma grande ruptura histórica num processo já implantado e consolidado como modelo de educação.

· Através do álvara de 28 de junho de 1759 Pombal criava as aulas régias de Latim, Grego e Retórica .
· Cada aula régia era autônoma e isolada, com professor único.
· Os professores eram geralmente mal preparados , já que eram improvisados.
· Para manutenção dos ensinos primário e médio institui - se o "subsídio literário" , uma taxação sobre alguns
produtos alimentícios, contudo esse imposto não era cobrado regurlamente e os professores ficavam longos
períodos sem receber.

Com a chegada da Família Real ao Brasil em 1808, surge além das adaptações administrativas, um incremento
nas atividadesculturais, antes proibidas. A colônia finalmente começa a romper com o pacto colonial.

Em 1808:
· É fundado uma escola de esducação, onde se ensinavam as línguas portuguesa e francesa, Retórica, Aritmética,
Desenho e Pintura.
· É criada a Academia de Marinha no Rio de Janeiro.
· São criados cursos de cirurgia no Rio de Janeiro e na Bahia.
· É criada uma cadeira de Ciência Econômica na Bahia.
· D. João funda a nossa primeira biblioteca.
· 1812 - São criados cursos de Agricultura na Bahia . É criada a escola de serralheiros, oficias de lima e
espingardeiros, em Minas Gerais . É criado o laboratório de Química no Rio de Janeiro.
· 1816 - É criada a Escola Real de Ciências , Artes e Ofícios.
· 1817- É criado um curso de Química na Bahia.
· 1818 - Surge um curso de desnho com o objetivo de "beneficiar muitos ramos da indústria" . É criado o Museu
Nacional do Rio de Janeiro.
· 1820 - A Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios muda para a Real Academia de Pintura, Escultura e Arquitetura
Civil e depois para Academia de Artes.

Período Imperial : 1822-1828


No primeiro reinada há dificuldade de sistematização da educação elementar.
O ensino era propedêutico, isto é, voltado para os interesses do ingresso nos cursos superiores.
Em 1822 o Decreto de 1° de Março criava no Rio de Janeiro uma escola baseada no método lancasteriano ou de
ensino mútuo. Ou seja, somente um professor para cada escola.
A Constituição outorgada pela Assembléia Constituinte, dizia no seu artigo 179, que a instrução primária era
gratuita a todos os cidadãos.

· Em 1826 um decreto criava as escolas primárias, Liceus, Ginasios e Academias.


· Em 1827 um projeto de leis propunha escolas para meninas, seleção para nomeação de professores e escolas
primárias em todas as vilas do império.
· Em 1834 a educação primária e secundária fica a cargo de cada província.
· Em 1872 o Brasil contava com uma população de 10 milhões de habitantes e apenas 150000 alunos matriculados
em escolas primárias. O índice de analfabetismo era 66,4%.

OBS: Após a proclamação da República, algumas reformas pontuais foram realizadas. A primeira delas foi do
ministro da Instrução, Benjamin Constant, realizada em 1890, com foco no ensino superior. As escolas de base,
no entanto, não entraram nas prioridades dos primeiros governos republicanos. Uma das heranças do período
imperial brasileiro na Constituição Republicana de 1891 foi a manutenção da dualidade do sistema escolar: boas
e poucas escolas para as elites e escolas de qualidade duvidosa para os demais. Basicamente, as escolas
mantidas pelo governo federal eram destinadas aos mais ricos. Sobravam para as camadas mais pobres os
colégios do sistema estadual, que, mesmo com um investimento maior após a lei republicana, eram locais com
estrutura carente e composto por professores de baixa qualificação. 
A tentativa de mudar essa realidade teve maior impulso a partir da década de 1920. O movimento da Escola
Nova ganhou força no ambiente educacional, que sofreu reformas estaduais inspiradas nas ideais
escolanovistas. A Escola Nova, no Brasil, ficou marcada pela tentativa de tornar a educação mais inclusiva.
Ainda na década de 1920, é fundada a Associação Brasileira de Educação (ABE), criada por Heitor Lira. A enti-
dade tinha a função era promover os primeiros grandes debates sobre a educação em nosso país.

· A Constituição de 1934 foi a primeira a incluir em seu texto um capítulo inteiro sobre a educação.
· Mas foi só após o governo varguista que a educação apareceu na Constituição como “um direito de todos”.

Em 1961, é promulgada a primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB). Histórico, o documento institui
um núcleo de disciplinas comuns a todos os ramos. Em 1971, fica obrigatória a conclusão do primário, fixado
em oito anos, e passam a ser utilizados os termos 1º grau e 2º grau - nesta segunda fase escolar, procura-se im-
primir um caráter mais técnico, por preferência dos militares que comandavam o país. Essa ideia prevalece até
1982. Essa estrutura permanece até LDB de 1996, quando entra em vigor a denominação de Ensino Fundamen-
tal e Ensino Médio. A mudança ocorrida naquele ano incluiu ambos os períodos como etapas da educação
básica, e integrou, oficialmente, a educação infantil, que ganhou mais relevância no cenário nacional. 
Embora o Ensino Fundamental esteja praticamente universalizado no Brasil, o acesso à educação para crianças
entre 4 e 5, que se tornou obrigatório, é de 90%. O dado é ainda pior nas faixas entre 15 e 17 anos, cuja taxa de
escolarização é de 87,2%.
Apesar da construção educacional brasileira ter uma trajetória de quase 500 anos, o país ainda enfrenta gargalos
na área. E o analfabetismo é um deles. O Plano Nacional de Educação (PNE), por exemplo, estabelece que o
problema deve ser erradicado até 2025.

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