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Algumas características dos períodos de 1549 até os dias atuais.

Rosemeire de Freitas Gonçalves

No Período Pombalino, entre (1760 e 1808), o Marquês de Pombal criou as Aulas


Régias, eram aulas autônomas e isoladas, para substituir as escolas jesuítas
expulsas que separou a educação da influência da Igreja e pretendia impor em
Portugal e na Colônia um modelo educacional focado no modelo capitalista. Esse
período teve a modernização do ensino com objetivo claro de formação apenas dos
nobres para atender os interesses do Estado. Conclusão disso tudo, é que a reforma
proposta por Pombal foi um desastre e a educação passou por momentos de
“trevas‟ neste período.

No Período Joanino (1808-1821), com a chegada da família real portuguesa ao


Brasil, houve a criação de instituições de ensino, como escolas e academias, além
da abertura de bibliotecas e museus, o governo interino cria cursos na colônia com o
objetivo de formar “profissionais liberais” para atender a demanda de mão de obra.
Intelectuais e professores europeus foram trazidos, contribuindo para a
modernização da educação. Também foi fundada a Imprensa Régia, permitindo a
circulação de livros e jornais no Brasil. Evidentemente, as ações de D. João
sacudiram a economia do Brasil bem como amenizaram a agonizante situação que
se encontrava a educação na colônia, mas foi insuficiente. Apenas a elite da
população conseguia estudar. Além disso, verifica-se que as ações de D. João são
isoladas, atendendo algumas províncias, como Bahia e o Rio de Janeiro.

No Período Imperial (1822-1889)acontece a Independência no Brasil, deixa de ser


colônia e passa a ser independências, foram criados vários decretos e leis na
tentativa de impulsionar a educação primária, secundária e superior da nação. O
imperador Dom Pedro II promoveu avanços no sistema educacional, criando escolas
e instituições de ensino superior. No entanto, os mais pobres, não eram beneficiados
por essas leis, mas sim a elite brasileira.

Na Primeira República (1889-1929),nesse período foi proclamado a República,


nova reforma, Brasil se torna Republicano, final da monarquia. Em 1891 foram
criados espaços escolares para o ensino fundamental, superior e secundário às
cidades, primeira organização escolar para educação, obrigatoriedade aos Estados
criar e atribuir instituições.
Na Segunda República (1930-1936), nesse período acontece o primeiro plano
nacional de educação(direitos sociais), educação como sistema de ensino, regras,
formação e realização de concurso público para contratação de professores com
liberdade de cátedra, disciplinas e poderiam escolher o que queria estudar.

No Período do Estado Novo (1937-1945) no Brasil, a educação foi controlada e


manipulada pelo governo de Getúlio Vargas para reforçar o regime autoritário. O
ensino foi usado como ferramenta de propaganda para promover a ideologia do
Estado e a figura do presidente. As escolas foram controladas pelo governo central,
com conteúdos educacionais alinhados aos interesses do governo e uma forte
censura à liberdade de pensamento e expressão. O ensino técnico e a formação de
mão de obra para a indústria foram priorizados, enquanto a educação humanística e
a formação crítica foram negligenciadas. A educação no período do Estado Novo foi
marcada por um controle político e ideológico do ensino e uma ênfase na formação
técnica e profissional.

Na Nova República (1946-1963), polêmica também enfrentada pelos constituintes


de 1934 e que dizia respeito à titularidade do dever de educar, cujos sujeitos
continuavam sendo a família e o Estado. A Carta Magna estabeleceu, no artigo 168,
os princípios que deveriam ser obedecidos pela legislação, dentre eles: o ensino
primário obrigatório e em língua nacional; o ensino oficial ulterior para aqueles que
provassem insuficiência de recursos, bem como a manutenção de ensino primário
pelas empresas industriais, comerciais e agrícolas com mais de cem trabalhadores;
e exigência de concurso de provas e títulos para as cátedras do ensino secundário
oficial, bem como do superior, oficial ou livre. Também foram garantidas a liberdade
de cátedra e a vitaliciedade aos professores concursados.

No Período Militar (1964-1985) no Brasil, a educação foi fortemente controlada e


influenciada pelo regime autoritário. O governo militar promoveu uma visão
conservadora e nacionalista da educação, com forte ênfase na moralidade e no
civismo. Houve uma centralização do sistema educacional e uma censura rigorosa,
com perseguição a professores e estudantes considerados subversivos. O conteúdo
curricular foi alterado para reforçar os valores patrióticos e combater o que o regime
considerava como ideias subversivas. A educação foi usada como instrumento de
propaganda e manipulação ideológica para legitimar o regime militar e controlar o
pensamento crítico. A qualidade do ensino também foi afetada, com poucos
investimentos na formação de professores e na melhoria da infraestrutura escolar. A
educação no período militar foi marcada por um controle político e ideológico, com
restrições à liberdade acadêmica e uma abordagem conservadora e autoritária do
ensino.

No Período de Abertura Política até os dias atuais, a educação no Brasil passou


por avanços na democratização do acesso, inclusão social, valorização dos
professores, investimentos em infraestrutura e uso da tecnologia. Foram criados
programas de avaliação educacional. No entanto, desafios persistem, como a
melhoria da qualidade do ensino e a redução das desigualdades educacionais. A
educação contínua sendo uma área de prioridade e discussão no país.

Referências:
CRISTINA, Maria Teixeira. O Direito à Educação nas Constituições Brasileiras.
Revista da Faculdade de Direito (pág.146-168).
FORTES, Elenilson de Vargas. Análise dos Métodos Educacionais no Brasil:
Descobrimento ao final do Império. Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia de Goiás – IFG. Revista Eletrônica do curso de Pedagogia do Campus
Jateí IFG. Vol. 02. 2012.

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