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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

CENTRO DE EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE PSICOPEDAGOGIA
DISCIPLINA: HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA

ALUNO: CURSO: PSICOPEDAGOGIA


MATRÍCULA: PROFESSORA:

Resumo sobre “Educação no Brasil Império”

A partir da revolução francesa, que visou abolir o Antigo Regime e seu


absolutismo, a Europa em si enfrentou problemas políticos estruturais e econômicos. Dito
isso, entendemos que Portugal, não acompanhando a revolução que se instaurava na
Europa, fortalece o estado para tentar suprir tal déficit. O primeiro ministro Marquês de
Pombal, que foi o gestor dessa reorganização política e econômica no Brasil, afim de
manter o poder centrado na coroa, destitui toda forma de oposição ao governo, inclusive
os próprios Jesuítas pelo poder econômico e político que possuiam, além de sua
participação em alguns atos contrários ao pensamento monárquico. O conjunto de
revoltas, como a Revolta de Villa Rica ou a Conjuração Mineira, e revoluções, como a
modernização e urbanização advindas da reformulação econômica, mudaram
consideravelmente a forma de ensino da educação e da escolarização nacional, sendo
alguns de seus principais pontos de mudanças a saída dos Jesuítas, a criação de novas
escolas, a saída dos dogmas tradicionalistas e entrada da laicidade em algumas das novas
escolas, que valorizavam, diferentemente das escolas Jesuíticas, as ciências. Nesa época a
população tinha sua maioria de analfabetos, pela dificuldade do povo de se matricular em
escolas, como também do declínio Jesuítico que gerou uma arrasadura na educação
brasileira, sendo a mesma não valorizada pelo ministro que somente mais de uma década
depois implantou o ensino público oficial. Mesmo com a sua implantação, o ensino
continuava a enfrentar diversos problemas como a falta de capacitação dos professores,
má remuneração e má estruturação da grade curricular com cursos desconexos que não
tinham nenhum pré-requisito. Além disso, um importante marco na educação brasileira
foi a vinda, em 1808, da família real para o Brasil, devido atritos com Napoleão, que foi a
razão de muitas mudanças principalmente culturais no nosso país como a instalação do
Museu Real e da Biblioteca Nacional, criação da Imprensa Régia além de novas vertentes
acadêmicas como o Jardim Botânico, que dava valor aos estudos de botânica e zoologia
além de fazer o levantamento da variedade de espécies de plantas e animais no país, a
Escola Nacional de Belas Artes e também a criação do ensino superior. Com a chegada
da corte portuguesa no Brasil, é também descentralizado o ensino, de forma que as
escolas de ensino superior ficam a cargo da coroa, já o ensino elementar e secundário
ficam a cargo das províncias, com essa descentralização a escolarização se torna ainda
mais distante de um padrão orgânico sendo impossibilitada a criação de uma grade única
de ensino. A implantação do ensino superior teve foco nas necessidades do país para
aquele momento, por isso deu-se a criação de novos cursos para militares, médicos,
oficiais da marinha, química e agricultura como também cursos de cunho jurídico. Nessa
contexto o diploma de cursos superiores traziam "enobrecimento" para os estudantes,
devido a presença em altos cargos administrativos e o distanciamento do trabalho manual,
que na época era visto com maus olhos e atribuídos apenas aos escravos e pessoas de
baixa classe social. Já no ensino secundário a maioria das aulas era ministrada de forma
muitas vezes individual e por professores particulares, mas logo são criados os liceus que
dão à nata da sociedade imperial o privilégio do ensino. É também criado o colégio D.
Pedro II que visa ser padrão de ensino e é ministrado pela coroa, sendo o único com
autorização para realização de exames que meçam o grau dos estudantes, para que os
mesmo tenham acesso ao ensino superior. Além dele, são também criados diversos outros
colégios, católicos e laicos, sendo os laicos mais progressistas e iluministas além de
ofertarem o ensino gratuito. Na educação elemental encontrava-se um descaso ainda
maior sendo desvalorizado socialmente devido ao público analfabeto e rural, com a não
necessidade de conclusão elementais para ingresso nas demais escolas os nobres
educavam seus filhos em casa e as poucas escolas elementais ficaram para os demais
seguimentos. O Brasil Império não valorizava a educação popular, em destaque a
educação da mulher que somente em meados de 1970 começou a ser vista. Em sua
maioria os professores não tinham uma formação adequada com cursos que fugiam da
didática e dinâmica enfrentada nas salas de aula. Voltava-se apenas para cursos de
profissões mais liberais destinadas à minoria privilegiada. A educação, mesmo com
esperanças pelas novas reformas educacionais da época, continuou precária e destinada às
minorias, a população brasileira em 1920 tinha um total de 60,1% de analfabetismo.

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