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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO

CEARÁ- IFCE – CAMPUS TIANGUÁ

ATIVIDADE 02 – N1
Caro estudante, dentre as temáticas abaixo, escolha aquela que preferir, procure ler
sobre a mesma e construa um pequeno texto com no mínimo duas laudas.
ASSUNTOS
1. A Educação no período colonial, com ênfase no legado dos Jesuítas para a
Educação no Brasil;
2. A educação no período Imperial
3. A Educação no período Republicano;
4. A educação na Era Vargas;
5. A educação na Período Militar

Ricardo Vieira Lima1

Tema: A Educação no período colonial, com ênfase no legado dos Jesuítas para a
Educação no Brasil

A Educação no Brasil teve início ainda na sua época colonial, por volta de
1549 após a chegada dos jesuítas, os quais faziam parte da companhia de Jesus. O
principal intuito deles era antes de tudo catequizar os indígenas, pois a religião católica
estava a perder membros por conta do protestantismo que se alastrara por toda a Europa
e estava em crescimento meteórico em relação ao catolicismo. O protestantismo teve
como sócio majoritário Martim Lutero o qual fazia duras críticas às indulgências,
chegando ao ápice de sua ação, publicou 95 teses que iam contra o sistema catòlico
romano no portão do castelo de Wittenberg, e consequentemente o sistema católico
corria sério risco não apenas no que diz respeito a fé católica, mas também a todo seu
sistema financeiro que por séculos estava lado a lado com os grandes reinos da época

1 Dados do discente (graduando;letras;semestre 5).


em questão e por vezes estava até mesmo sobre os reinos, devido ao seu alto poder de
persuasão sobre os povos desde a idade antiga.
Diante dessa estrutura social maquiavélica, educação pensada pela igreja
católica se constituiu da seguinte maneira: os indígenas assistem às aulas em um local
totalmente improvisado, pois eles não possuíam conhecimento acerca da estruturação de
um ambiente escolar de aprendizagem adequado, além disso, os padres transmitiam
apenas conhecimentos básicos para esse povo, com o intuito de deixá-los presos a uma
estrutura social totalmente estamental, isto é, os integrantes de determinadas classes
sociais permaneceriam na mesma do início até o fim de suas vidas, sem possibilidade
de mudanças profundas no sistema econômico predominante à época em questão.
em contrapartida havia também a escolarização dos filhos dos colonos, todavia
à educação que estes recebiam iam em um eixo de organização completamente distinto
do modelo de aula proposto para os povos indígenas os quais estavam expostos a
conteúdos com cunho político-religioso, os filhos dos colonos além de receber
conteúdos voltados a preceitos religiosos, esses recebiam aulas com conteúdos voltados
ao letramento, isto implica dizer que os jovens colonos tinham uma visão mais ampla de
sua função diante daquele contexto, entretanto esses estavam sob julgo dos interesses da
igreja católica, a qual andara lado a lado com as ganas da coroa Portuguesa.
Mesmo com um ensino avantajado aos filhos dos colonos em relação aos
indígenas, permanecia o seguimento das diretrizes de um documento chamado Ratio
Studiorum o qual tinha uma espécie de conteúdos programáticos a serem seguidos
como: o ensino da gramática média, da gramática superior, das humanidades, da
retórica, da filosofia e da teologia. Este documento de matriz curricular foi de grande
importância para a edificação dos interesses de Portugal e da igreja católica, uma vez,
que um de seus fins era gerar uma hierarquização social a partir dos conteúdos
articulados pelo Ratio Studiorum, ou seja, os filhos dos colonos se sobressairiam em
relação ao indígenas, todavia, ainda estariam bem abaixo dos filhos dos constituintes da
nobreza, pois os conteúdos eram fortes divisores de classes estamentais, como ainda é
algo bastante recorrente ainda no século XXI.
No entanto, no ano de 1759 o sistema educacional passaria por grandes
mudanças na sua organização, por conseguinte aos conflitos entre Sebastião de
Carvalho e Melo ( marquês de Pombal) ocupante do cargo de primeiro ministro de
Portugal contra os jesuítas os quais perderam o embate e com isso todo as suas escolas
foram suprimidas. Com a supressão das escolas jesuíticas, “a educação brasileira (...)
Vivenciou uma grande ruptura histórica num processo já implantado e consolidado
como modelo educacional” (BELLO, 1992).
No ano de 1772 houve a reforma Pombalina na Educação, cuja causou grandes
impactos no sistema educacional vigente como por exemplo ,o ensino laico, pois não
haviam vínculos com os preceitos católicos, no entanto, houve uma grande diminuição
no número de pessoas contempladas com o letramento básico, uma vez que,
diferentemente do modelo educacional jesuítico o qual tinha como intuito alfa alcançar
um alto número de novos integrantes de sua religião a partir da educação com viés
religioso o sistema pombalino tinha como fito estruturar espaços escolares com o
professor como figura principal, fator esse que acabou tornando o ensino ensino mais
elitista, deixando fora deste sistema povos indígenas e pessoas menos favorecidas
socialmente e politicamente. Todos esses fatores citados anteriormente foram de suma
importância para o início da educação escolarizada no Brasil, mas é importante salientar
que também foram extremamente negativos para a formação de uma sociedade mais
igualitária, pois os efeitos da educação negada aos antigos habitantes do ecoam até os
dias atuais nas periferias e regiões interioranas do país.

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