Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ALEXANDRE CARMINATTI
RELATÓRIO DE ESTÁGIO
RELATÓRIO DE ESTÁGIO
A gestão escolar é uma das áreas de atuação na educação que tem a finalidade de
fazer o planejamento, a organização, a estruturação, a orientação, a mediação, a
coordenação, o monitoramento e a avaliação do desenvolvimento fundamental para a
efetivação das propostas de educacionais direcionadas para a melhor realização do
processo de ensino-aprendizagem e formação dos alunos.
Como cita Libâneo (2003, p. 318) a gestão consiste na “[...] atividade pela qual
são mobilizados meios e procedimentos para atingir os objetivos da organização,
envolvendo, basicamente, os aspectos gerenciais e técnico-administrativo. ” Além disso,
é o conceito de direção, que é um princípio e característica própria da gestão, a qual
promove o trabalho coletivo da comunidade escolar, orientando-as e inserindo-as nos
caminhos a serem seguidos na instituição.
Como área de atuação, a gestão escolar consiste num meio para realização dos
princípios, diretrizes e metas educacionais como o melhor atendimento a toda
população, respeitando e reconhecendo as diferenças existentes em todos os alunos que
estudam na instituição, propiciando o acesso e a construir um conhecimento a partir das
atividades educacionais participativas, promovendo condições para que o educando
tenha a possibilidade de encarar com um olhar crítico os obstáculos de tornar-se um
cidadão que atua e transforma sua realidade.
De maneira ampla, a gestão escolar é composta pela direção da escola, a
coordenação pedagógica, a orientação educacional e a secretaria. A gestão escolar na
perspectiva democrática e participativa é um processo de gestão que em se insere a
participação não só dos professores, mas também da comunidade escolar como um todo,
buscando garantir a qualidade para todos os alunos.
Segundo Libâneo (2003, p. 325):
Com a carga horaria mínima de 800 horas distribuídas em 200 dias letivos de
trabalho escolar, em seu artigo de nº 8 conforme a resolução de nº 7, o ensino
fundamental a população na faixa etária de 6 a 14 anos de idade, sendo obrigatória a
matricula das crianças com 6 anos completos, ou que completaram até o dia 31 de
março do ano em que a matrícula será efetivada.
O currículo, assunto discutido nesta resolução, é compreendido como:
Para isso, esse componente curricular foi organizado em três unidades temáticas
que servem de orientação na elaboração de currículos dessa área, sendo elas: matéria e
energia; vida e evolução e; terra e universo. Assim, deve-se realizar atividades que
estabeleçam diversas relações e que façam que os alunos relacionem os saberes
trabalhados nessa área com suas ações do cotidiano, de forma que esses conhecimentos
sejam significativos.
O conhecimento na área de matemática é necessário já que possui uma grande
aplicação na sociedade em que vivemos, já que contribui na formação de cidadãos
críticos. Por isso, o professor do ensino fundamental deve ter compromisso com o
desenvolvimento do letramento matemático, pois:
A alfabetização deve ocorrer como citado nos dois primeiros anos do Ensino
Fundamental, ou seja, no 1º e 2º ano. O professor deve focar na alfabetização dos alunos
neste período para melhor desenvolvimento nos próximos anos escolares, pois aprender
a ler e escrever amplia suas chances de construir conhecimentos nos diferentes
componentes que permeiam a educação básica, sendo inserido numa cultura letrada e
participando com maior autonomia e protagonismo na sua vida em sociedade.
Na área das linguagens é de suma importância que o aluno vivencie, reconheça,
imagine as manifestações de artes e agir sobre elas. O pedagogo tem o dever de
compreender o que o aluno precisa aprender em cada uma das etapas do ensino.
O trabalho focado no aluno dependerá de o professor planejar, propor e
coordenar atividades que sejam significativas e desafiadoras, capazes de impulsionar o
desenvolvimento da criança e ampliar suas experiências, afinal:
Dentre todas as ações pedagógicas existentes em sala de aula, uma das mais
importantes é o ato de avaliar. Ela é indispensável no dia a dia do professor, mas ele
também precisa ter em mente que a avaliação não é somente provas e trabalhos e sim
através da observação, planejamento e da reflexão sobre as práticas pedagógicas, pois
nem toda criança aprende no mesmo tempo e do mesmo modo, algumas tem maior
dificuldade, e a partir disso o professor precisa buscar uma metodologia que de
resultado aos seus alunos. A avaliação precisa ser principalmente afetuosa e acolhedora,
para com que os alunos se sintam bem no processo de aprendizagem.
O professor, portanto,
Art. 32 A avaliação dos alunos, a ser realizada pelos professores e pela escola
como parte integrante da proposta curricular e da implementação do
currículo, é redimensionadora da ação pedagógica e deve:
I – assumir um caráter processual, formativo e participativo, ser contínua,
cumulativa e diagnóstica, com vistas a:
a) identificar potencialidades e dificuldades de aprendizagem e detectar
problemas de ensino;
b) subsidiar decisões sobre a utilização de estratégias e abordagens de acordo
com as necessidades dos alunos, criar condições de intervir de modo imediato
e o mais longo prazo para sanar dificuldades e redirecionar o trabalho
docente;
c) manter a família informada sobre o desempenho dos alunos;
d) reconhecer o direito do aluno e da família de discutir os resultados de
avaliação, inclusive em instâncias superiores à escola, revendo
procedimentos sempre que as reivindicações forem procedentes.
II – utilizar vários instrumentos e procedimentos, tais como a observação, o
registro descritivo e reflexivo, os trabalhos individuais e coletivos, os
portfólios, exercícios, provas, questionários, dentre outros, tendo em conta a
sua adequação à faixa etária e às características de desenvolvimento do
educando;
III – fazer prevalecer os aspectos qualitativos da aprendizagem do aluno
sobre os quantitativos, bem como os resultados ao longo do período sobre os
de eventuais provas finais, tal com determina a alínea “a” do inciso V do art.
24 da Lei nº 9.394/96;
IV – assegurar tempos e espaços diversos para que os alunos com menor
rendimento tenham condições de ser devidamente atendidos ao longo do ano
letivo;
V – prover, obrigatoriamente, períodos de recuperação, de preferência
paralelos ao período letivo, como determina a Lei nº 9.394/96;
VI – assegurar tempos e espaços de reposição dos conteúdos curriculares, ao
longo do ano letivo, aos alunos com frequência insuficiente, evitando, sempre
que possível, a retenção por faltas;
VII – possibilitar a aceleração de estudos para os alunos com defasagem
idade-série.
Precisamos acolher nossas crianças e adolescentes para com que se sintam bem
para aprender e compartilhar as suas experiências, dar mais atenção aos seus aspectos
afetivos, mas também não podemos esquecer dos aspectos cognitivos, no qual
trabalhando com os dois juntos trazem um resultado positivo.
A avaliação é de fundamental importância para os Anos Iniciais, pois ela busca
identificar as consistas alcanças pelas crianças, além de provar ao educador que o seu
método de ensino está funcionando e está de acordo com a faixa etária. A avaliação não
deve ser de caráter classificatório, e sim de caráter mediador, na qual o educador
acompanha o desenvolvimento dos seus educandos enquanto estão investigando,
observando e refletindo. E o educador precisa sempre estar registrando os
desenvolvimentos e crescimentos de seus alunos.
No entanto avaliar não é somente, fazer uma observação e julgar pelos atos das
crianças. Por isso a importância de um planejamento, com objetivos de uma maneira
adequada que possibilite uma observação e que a mesma seja realizada, registrada e
avaliada.
Com todas essas mudanças que está ocorrendo em nosso país, o desafio do
pedagogo está na sala de aula, assim precisando de uma reflexão do seu papel enquanto
professor. E para com que essas várias transformações que estão ocorrendo o professor
devem estar de corpo inteiro em sala de aula, não só de corpo, mas de alma, ter caráter,
compreensão, afetividade, ter um bom entendimento dos conteúdos/ conhecimentos
científicos, ser uma pessoa respeitosa e se aproximar dos alunos através do diálogo. O
professor precisa ser autêntico fazer o uso de técnicas, mas nuca esquecer de ser
humano e saber ouvir os seus alunos. E para que isso é importante que o educador tenha
uma formação sensível, que trabalhe as atitudes e valores, juntamente com a formação
em grupo, que é de extrema importância, pois em uma escola quando todos trabalham
juntos, ocorre o auto aprimoramento de todos os colaboradores da escola.
3.1 FÁBULA
A preferência dos autores que contam fábulas e que as criam, é que seu
personagem seja caricato, ou seja, possuam uma característica própria.Um exemplo
disso, é que quando será dito que uma história de leão será contada, já se imagina
características do animal, como força, rei da selva, grande caçador. Se for contada uma
história sobre rato, pensa-se em características como traição, sujeira. Nesse sentido, é
possível perceber que os aspectos característicos de cada personagem são tipicamente
usados nesses textos. Por isso, quando uma fábula é criada, esses elementos
normalmente são levados em consideração.
Porém, é possível que os autores quebrem esses paradigmas, criando, por
exemplo, uma raposa que não seja traidora ou esperta, mas que seja honesta, que
contrarie os estereótipos.
Apesar dos personagens serem animais, a fábula é uma história sobre o ser
humanos. Segundo Moisés (2004, p. 184), "[...] esse gênero é protagonizado por
animais, cujo comportamento, preservando as características próprias, deixa
transparecer uma alusão satírica ou pedagógica aos seres humanos."
As mensagens, críticas, morais e reflexões são todas destinadas ao ser humano,
já que nas fábulas os animais se comportam como eles. Essa característica nasceu a
partir do fato de que muitos fabulistas buscavam velar por parte de animais, os seus
pensamentos contrários a situações de desigualdades e injustiças que viviam ou
presenciavam na época.
Como no caso do fabulista Esopo, escravo que, devido a sua condição, precisava
tomar cuidado ao contar histórias que vivenciava em seu cotidiano, para evitar que mais
tarde fosse castigado pelo seu senhor.
Sousa (2003) enfatiza que a fábula foi uma alternativa engenhosa e inteligente
que Esopo, na condição marginalizada de escravo, usou para criticar a sociedade de sua
época, tornando-se um porta-voz dos oprimidos.
O mesmo ocorreu com Fedro, que também era escravo, e La Fontaine e
Monteiro Lobato que apesar de não serem escravos, adquirem essa forma de criticar
certas atitudes humanas.
A fábula é um texto narrativo milenar e clássico, assim como a parábola e o
apólogo, que são três gêneros irmãos. Ambos são textos muito parecidos por ter uma
estrutura semelhante, por isso, muitas vezes são confundidos.
De acordo com Moisés (2004, apud Köche, Marinello e Boff, 2015, p. 125-126)
o apólogo é protagonizado por objetos inanimados - plantas, pedras, rios, relógios,
moedas, estátuas. Enquanto a parábola, é protagonizada por seres humanos, e comunica
uma lição ética por vias indiretas ou simbólicas.
As pessoas costumam a confundir esses gêneros textuais porque eles possuem a
função de dar uma lição de moral. Enquanto na fábula a lição de moral é transmitida por
meio dos animais com características humanas, na parábola a lição é ética e é passada
através de situações e de seres humanos, e o apólogo, por fim, trata em seus textos
situações reais e vários tipos de lições de vida.
De acordo com Köche, Marinello e Boff(2015, p. 126), é possível encontrar
fábulas construídas em versos e em prosa, sendo que nesse gênero a prosa a linguagem é
comum, ou seja, fácil de ser compreendida. Segundo Moisés (2004), as fábulas eram
escritas em versos até o século XVIII, quando passam então a adotar a prosa. Ou seja,
quando a literatura infantil começou a surgir a fábula ainda era construída em versos. O
autor entende a fábula como hibrida, além de destacar pode ser feitas em versos, muitos
outros textos que não seja a poesia.
Em sua estrutura, a fábula conforme Menegassi (2005 apud Sales, 2016, p. 10):
1. Situação inicial – Neste momento o narrador irá apresentar as personagens,
destacando no exato momento em que ocorrem os fatos.
2. Tempo e Espaço - a indicação de tempo e espaço, serão estritamente o
necessário para situar os animais. Como por exemplo, indicação de um
córrego, onde o cordeiro está bebendo água (lobo e o cordeiro); a de uma
árvore, em que um corvo está empoleirado (O corvo e a raposa).
3. Ação – Uma das personagens dá início a ação, geralmente questionando a
outra; ou solicitando ajuda; fazendo uma provocação; desdenhando o
oponente, entre outras possiblidades.
4. Reação – A outra personagem responde ao questionamento, concordando
ou não com o que foi solicitado. Então nesse dialogo, as personagens dizem
uma coisa querendo na verdade dizer outra, são astutas ou impõem o seu
poder através da força bruta ou do medo.
5. Situação Final – É a representação do resultado que gera consequências de
acordo com a ação ou reação das personagens. Na verdade, é o momento em
que o narrador enfatiza o ensinamento, confirmando a verdade proposta pela
fábula. A lição de vida que a Fábula pretende transmitir.
6. Moral – Agora de acordo com o ensinamento destacado na Fábula, a lição
é finalizada por um proverbio conhecido ou não.
[...] aparecem, nas fábulas, expressões temporais como "certo dia", "um dia",
"depois", "era uma vez", "no dia/manhã seguinte". O tempo verbal
costumeiro é o da narrativa: pretérito perfeito. No que se refere aos tipos de
discurso, na fábula é empregado, basicamente, o discurso direto ou indireto.
Segundo Lopes (2012), Lobato foi um homem que optou por assumir uma
posição diante de muitos assuntos recorrentes de sua época, sendo essa uma das
características mais marcantes de sua literatura: a busca por um Brasil melhor e
modernizado.
Em suas histórias, personagens e ambientes, Monteiro Lobato busca fazer
alusões a tudo que se encontra no Brasil. Seus personagens costumam a ser animais que
constituem a fauna nacional, além de buscar utilizar palavras e expressões usadas
popularmente.
Infelizmente, usar o gênero como recurso não foi suficiente para evitá-lo de
passar pelas drásticas consequências, como a prisão e o exílio, já que segundo Sousa
(2009),a lei da imprensa, originária da censura e opressão militar, proibia toda e
qualquer manifestação contrária à Ditadura.
Por fim, Millôr Fernandes, assim como Esopo, em suas histórias, possuem
animais humanizados e racionais, apresentando situações que ocorrem no cotidiano do
ser humano, aludindo valores humanos, expressando suas opiniões.
Fazer com que a criança sinta o gosto por aprender e também despertar o seu
interesse pela leitura é um grande desafio enfrentado pelos professores no cotidiano
escolar. A leitura é um componente essencial para que a criança construa o seu
conhecimento de mundo, além de desenvolver sua imaginação, criatividade e
criticidade.
Para formar uma criança leitora, é de suma a importância fazer com que ela
possua experiências significativas com a leitura e que isso não ocorra de maneira que
ela se sinta obrigada, mas sim que essa ferramenta seja mostrada a ela e trabalhada de
maneira prazerosa e familiar, através de obras que despertem nelas o desejo e o prazer
pela leitura, promovendo, assim, uma maneira na qual ela viva e converse com o texto.
Conforme Coelho (2000, p. 29)
[...] narrativa de uma situação vivida por animais que alude a uma situação
humana e tem por objetivo transmitir certa moralidade. A fábula é uma
narração alegórica, quase sempre em versos, cujos personagens são,
geralmente animais, e que encerra em uma lição de caráter mitológico,
ficção, mentira, enredo de poemas, romance ou drama. Contém afirmações de
fatos imaginários sem intenção deliberada de enganar, mas, sim de promover
uma crença na realidade dos acontecimentos.
Sendo então a fábula um texto que faz alusão ao ser humano e suas atitudes e
comportamentos, torna-se uma grande ferramenta para a inserção da literatura no
contexto escolar, podendo desenvolver o senso crítico do discente, fazendo com que
possa refletir sobre as mensagens e ensinamentos partilhados nessas histórias.
Segundo Barbosa (2001), esse gênero narrativo registra as experiências e as
maneiras como as pessoas vivem. Além disso, ressalta que é por meio destas histórias
que aprendemos lições importantes para o convívio em sociedade.
A fábula pode ser vista como um gênero didático, podendo, através da moral
contida nela, trabalhar conceitos morais e éticos, dessa forma agregando na formação de
valores em situações que, muitas vezes, ocorrem dentro de contextos vividos pelas
crianças.
Também, a fábula por ser um texto leve e curto, contribui para a introdução das
crianças no universo literário, pois, conforme a faixa etária, algumas vezes, mostram
dificuldades em compreender textos longos e complexos.
Nesse sentido, Mesquita (2002, p.68 apud FERNANDES, 2008, p.06) afirma:
[...] a moral contida nas Fábulas é uma mensagem animada e colorida. Uma
estória contém moral quando desperta valor positivo no homem. A moral
transmite a crítica ou o conhecimento de forma impessoal, sem tocar ou
localizar claramente o fato. Isso levou a pensar que essa narrativa da
moralizante nasceu da necessidade crítica do homem, contida pelo poder da
força e das circunstâncias
[...] o homem participa inteiro e com toda a vida: com os olhos, os lábios, as
mãos, a alma, o espírito, todo o corpo, os atos. Aplica-se totalmente na
palavra, e essa palavra entra no tecido dialógico da vida humana, no simpósio
universal.
Então, a fábula pode ser inserida nesse contexto e explorada durante a contação
de histórias, já que nas faixas etárias que compõem essa etapa da educação ainda não
sabem ler e escrever.
Dessa forma, o educador pode desenvolver a oralidade, a socialização e a
imaginação de seus alunos através da escuta deles, além de elaborar e mediar atividades
que permitam que os alunos tenham contato com as histórias e os fazendo compreender
que existe uma relação entre a fala, a escrita e a imagem.
Em relação ao ensino fundamental, os PCNs (1997, p. 66) indicam alguns
objetivos que se buscam desenvolver nos alunos, sendo eles:
Fotografia 3 – Lembracinha
O ato de ouvir e contar histórias está, quase sempre, presente nas nossas
vidas: desde que nascemos, aprendemos por meio das experiências concretas
das quais participamos, mas também através daquelas experiências das quais
tomamos conhecimento através dos que os outros nos contam. Todos temos
necessidade de contar aquilo que vivenciamos, sentimos, pensamos,
sonhamos. Dessa necessidade humana surgiu a literatura: do desejo de ouvir
e contar para, através desta prática, compartilhar (KAERCHER, 2001, p. 83).
Por fim, juntamente com a apostila, além das lembrancinhas, foram enviados um
livro de histórias em quadrinhos da biblioteca, já que esse era um dos temas definidos
pela professora titular e elaborado pelo estagiário. Entre essas histórias, estavam gibis e
almanaques da Turma da Mônica e gibis da coleção “Pateta Faz História”, muito
conhecidos pelos alunos, segundo a docente.
O jogo foi confeccionado por meio de uma folha A4, colada em folha dura
colorida, em que cada monte tivesse uma cor definida para a melhor organização e
manuseio das cartas. Esse jogo pode ser realizado tanto individualmente, quanto em
grupo, podendo ser adaptado de outras maneiras pelo aluno que o recebeu.
Nas respostas das perguntas referentes a fábula, também foi possível perceber
que os alunos entenderam bem o que leram e que trouxeram uma ótima moral para a
fábula, sendo essa a última pergunta a ser respondida. Essas perguntas se referiam ao
espaço no qual a narrativa acontecia, aos personagens que aparece na história, a ação e a
reação, envolvendo as causas discutidas no texto, e a situação final, respeitando e
explorando os elementos que caracterizam a fábula.
5 CATEGORIA DE ANÁLISE: A CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS COMO
FERRAMENTA PEDAGÓGICA EM TEMPOS DE PANDEMIA
Desde aqueles tempos até o dia de hoje, utiliza-se das histórias para a
transmissão de valores, de gerações para outras gerações, mantendo a tradição de contar
histórias, impulsionando o ato de ouvir, contar e recontar as histórias.
Além disso, a história permite o contato das crianças com o uso real da
escrita, levando-as a conhecerem novas palavras, a discutirem valores como o
amor, família, moral e trabalho, e a usarem a imaginação, desenvolver a
oralidade, a criatividade e o pensamento crítico, auxiliam na construção de
identidade do educando, seja esta pessoal ou cultural, melhoram seus
relacionamentos afetivos interpessoais e abrem espaço para novas
aprendizagens nas diversas disciplinas escolares, pelo caráter motivador da
criança (CARDOSO, 2016, p. 08).
Sabendo que, na maioria dos casos, a escola acaba sendo o único espaço em que
a criança possui contato com histórias e livros de literatura infantil, já que faz parte da
metodologia de muitos professores, sendo inclusive um suporte para o desenvolvimento
da língua escrita e oral. O incentivo desse hábito torna-se muito importante para que
muitos desses objetivos e benefícios que a leitura e a contação de história trazem na
vida da criança, portanto, em tempos de distanciamento social, nada é mais justo do que
nos aproximarmos por meio dessa estratégia pedagógica tão prazerosa, divertida e
fundamental na escola.
AMARILHA, Marly. Estão mortas as fadas? 2 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 1997 -
Natal: EDUFNR
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. História da educação. São Paulo: Moderna, 1989.
288 p. ISBN 8516004201
COELHO, Novaes Nelly. Literatura infantil: teoria, análise, didática. 1. ed. São Paulo:
Moderna, 2000.
CUNHA, Maria Antonieta Antunes. Como ensinar literatura infantil. São Paulo,
Bernardo Alves, 1968.
ESTÉS, Clarissa Pinkola. A terapia dos contos. In.: ESTÉS, Clarissa Pinkola (Ed.).
Contos dos irmãos Grimm. Rio de Janeiro: Rocco, 2005.
GÓES, Lucia Pimentel. Introdução à literatura infantil e juvenil. 2. Ed. São Paulo:
Pioneira, 1991.
LIBÂNEO, José Carlos 1945-; OLIVEIRA, João Ferreira de; TOSCHI, Mirza Seabra.
Educação escolar: políticas, estrutura e organização. São Paulo: Cortez, 2003. 408 p.
(Docência em formação) ISBN 8524909447.
MASSAUD, Moisés. Dicionário de termos literários. 12 ed. São Paulo: Cultrix. 2004.
SANTOS, Irene da Silva Fonseca dos. PRESTES, Reulcinéia Isabel. VALE, Antônio
Marques do. Brasil, 1930-1961: escola nova, ldb e disputa entre escola pública e escola
privada. 22 n. Campinas: HISTEDBR, 2016.