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RESUMO
1. INTRODUÇÃO
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HARSCHBACH, Paula Cristina Arcie Domingos Fonseca de aluna do curso de pedagogia.
Artigo apresentado como Trabalho de Conclusão de Curso.
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Professor Orientador do Centro Universitário Internacional UNINTER.
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detrimento das humanas- que eram o foco das escolas de primeiro letramento.
Erva de Vargas: Em 1932 a educação gratuita, e laica ganhou
forças. Onde em 1930 foram criados os Ministérios da Saúde e Educação,
porém em 1934, foi instituído aulas religiosas, quebrando então a ideia de que
as escolas eram laicas, isso ocorreu devido à presença fortíssima da Igreja
Católica na participação de muitas instituições, fato que causou muitas
discussões, sendo criado o ginásio (segundo ciclo do ensino fundamental),
quatro anos colegiado (ensino médio), e que adultos poderiam realizar seus
aprendizados em dois anos pelo ensino supletivo.
Ditadura Militar: Neste período abandonou-se a escola
democrática e surgiu uma escola em que os alunos eram formados para a
industrialização, sendo capazes de efetuar a tarefa, mas não necessariamente
de se pensar sobre ela, onde a escola primária era voltada para uma atividade
prática, e o ensino médio era técnico, voltado para o mercado de trabalho,
nesse contexto, todos os pensadores que se opunham ao modelo imposto
eram exilados, tornando difícil as discussões e a busca por direitos.
Pós ditadura e até os dias de hoje: Com o fim da ditadura, o
ensino tornou-se para todos, foi criado o piso para professores, houve a
destinação de um valor fixo para a educação brasileira, afim de que hajam
vagas a todos, surgindo a LDB- Leis de Diretrizes e Bases, a qual garante uma
universalização do ensino Brasileiro, e dividiu o ensino da maneira como temos
hoje, nota-se que a educação está sempre nas discussões políticas.
Na segunda metade do século XIX houve o surgimento das creches no
Brasil, pois as mulheres ingressaram no mercado de trabalho, e este fator
acarretou no abandono, desnutrição e aumento na mortalidade infantil, aí
houve a criação de creches como guarda diária de crianças pequenas. Deste
modo a creche é uma instituição criada de forma filantrópica, estruturada
através do merecimento patronal e fundamentada nas áreas da pediatria e
puericultura, utilizada de elementos de fé e ação cristão, onde se manteve por
obras sociais da igreja católica e apoiadores da organização de damas e
senhoras da sociedade que a patrocinava.
Foi criado em 1940, o Departamento Nacional da Criança- DNCr
(MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E SAÚDE) afim de orientas as creches que
neste momento estavam sob os cuidados da assistência privada ou pública.
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Por volta de 1970 iniciaram alguns movimentos sociais que foram organizados
por mulheres que viviam nas periferias e grandes centros urbanos que acabam
por findar com a tutela filantrópica das creches e estas instituições se
expandiram por todo o País.
Ao contrário das creches os jardins de infância ou escolas infantis
surgem como a resposta aos objetivos de socialização e preparação das
crianças de quatro-seis anos para a escolarização. Mesmo que o jardim de
infância ter se iniciado com as escolas privadas, sua raiz vem dos
estabelecimentos públicos. A ampliação das creches e jardins de infância foi
um processo lento e gradativo, que coincidiu com o final dos anos 70, os quais
obedeceram a várias situações como:
Aumento na demanda social em busca pela escolarização de crianças
com menos de sete anos;
Crescimento da participação de mulheres e jovens no mercado de
trabalho, onde muitas mulheres se apresentavam como chefes de
famílias/ possuíam filhos pequenos;
A maioria da população brasileira esta na zona urbana, ruas se tornam
perigosas, fato que exige a criação de ambientes institucionais para a
permanência de crianças;
Necessidade de creches como direito as mulheres trabalhadoras e
direito das crianças à educação;
Influência de propostas para políticas sociais de organizações
intergovernamentais como a UNESCO (Organização das Nações
Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), UNICEF (Fundo das
Nações Unidas para a Infância) e a OMS (Organização Mundial da
Saúde).
Tais eventos se deram num contexto de precária legislação social. A Lei
Federal nº 5.692/71 diz respeito a educação infantil em dois artigos, onde
caracteriza responsabilidade do Estado “velar” para que as instituições vigentes
ofertassem o atendimento necessário para as crianças até os sete anos.
Só foi possível que 1988, acontecessem mudanças significativas no
plano de legislação educacional, os quais foram resultado de anos de lutas e
reinvindicações. A Constituição Federal reconhece o direito da criança menor
de sete anos a educação como competência do Estado à garantia de
atendimento em creches e pré-escolas as crianças menores de sete anos,
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conforme diz o artigo 208, além dos avanços trazidos pela legislação, a
concepção de criança é alguém que possui direitos no tempo presente e não
no futuro, traduzem uma nova concepção de infância, os quais trazem
resultados na prática pedagógica e social. De acordo com Drago (2011), a
educação infantil é um campo educacional que tem avançado nos últimos
anos, levando em consideração o ponto de vista conceitual, político e prático.
Em 1996 ocorreu a introdução da creche e da pré-escola nas Leis de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional, sendo esta a primeira etapa da
educação básica, trouxe um novo significado a esses estabelecimentos que
deixam de ser locais para a compensação de carências sócio afetivas,
alimentares, culturais ou cognitivas para crianças vindas da classe baixa e
De acordo com Kuratani (2004) lúdico é derivado do latim ludus que tem
por significado brincar. Porém, Machado (2004), argumenta que definir o que é
lúdico torna-se uma tarefa difícil por sua abrangência, pois, esta relacionada
com sentimentos de satisfação, prazer e divertimento, os quais são
possibilitados através de brinquedos, jogos e brincadeiras. Para Emerique
(2004) vale ressaltar que ao falar de brinquedo não se pode pensar apenas
naqueles que são comprados, mas sim os que podem ser utilizados como
instrumentos lúdicos.
A existência dos jogos e brinquedos é tão especial por eles estarem
presentes durante todas as fases da vida dos seres humanos, sendo o lúdico a
essência da infância, afirma Kuratani (2004), mas que não se limita apenas à
criança, pois se manifesta também em adolescentes e adultos de formas
diferentes para cada grupo, de acordo com as necessidades de cada um
(ALMEIDA, 1990 apud MACHADO, 2004).
Emerique (2004) afirma:
[...] penso que o próprio processo de aprendizagem possa ser visto
como uma grande brincadeira de esconde-esconde ou de caça ao
tesouro: tanto uma criança pré-escolar brincando num tanque de
areia quanto um cientista pesquisando no laboratório de uma
universidade estão lidando com sua curiosidade, com o desejo da
descoberta, com a superação do não-saber, com a busca do novo,
que sustentam a construção de novos saberes (EMERIQUE, 2004, p.
4).
É determinado pelo ECA- Estatuto da Criança e do Adolescente- 2004,
na Lei nº 8.069/90 estando no capitulo IV, art. 53, previstas como direito da
criança e do adolescente a educação, cultura e lazer. Onde estas três
instâncias estão diretamente ligadas as manifestações lúdicas
(BUSTAMANTE,2004).
do que faz e saber justificar a utilização do lúdico, de modo, que fique claro os
objetivos que pretende alcançar, devendo também preparar a aula e os
materiais anteriormente bem como preparar os alunos para a participação da
atividade. Também é dever do professor avaliar se aquele jogo ou brincadeira
proposta é uma atividade educativa, pois não é qualquer atividade lúdica que
promove o desenvolvimento de habilidades cognitivas, motoras e psicológicas
dos alunos e ainda se esta atividade está de acordo com o nível de
escolarização dos mesmos (SILVA; SILVEIRA, 2005).
Dever e prazer poderão tornar-se aliados no processo de aprendizagem,
sem que um torne-se mais importante que o outro. Essa metodologia na
educação contribui para o trabalho, tornando esses futuros trabalhadores
críticos e criativos, onde os quais buscam experiências prazerosas no ambiente
de trabalho. (BUSTAMANTE, 2004).
De acordo com Emerique (2004), mesmo com todas as contribuições
trazidas pelo lúdico à educação, ainda existe muita resistência por parte da
escola com relação as brincadeiras. A escola possui o enfoque principal que é
a formação para o trabalho, e por este motivo, o lúdico se vê excluído das
aulas. Todo o prazer existente no ato de ensinar e aprender é dificultado e
limitado pela escola, acarretando na formação de sujeitos não estimulados a
criar, ousar, saber fazer escolhas próprias, questionar, realizar-se como ser
humano, o qual possui desejos e vontades (BUSTAMANTE, 2004).
Embora seja um direito reconhecido pelo Estatuto da Criança e do
Adolescente de 2004, no artigo 58, capítulo IV, que no processo educacional
devem-se respeitar os valores culturais e criar acesso às fontes de cultura,
reconhecer o lúdico como expressão cultural e inseri-lo nas práticas escolares
não é tarefa fácil, por depender de ações e reflexões dos que trabalham nesse
espaço. O que se pode fazer é começar a refletir sobre essa manifestação
humana, tão importante na realização pessoal do ser humano (BUSTAMANTE,
2004).
Inserir atividades lúdicas nas aulas é uma forma de que a mesma se
torna mais atrativas, deste modo o aluno aprender e diverte-se ao mesmo
tempo. Quando o professor elenca a aula teórica com atividades lúdicas, o
mesmo facilita o processo de ensino aprendizagem, pois associa algo
agradável e divertido ao conteúdo. Apesar de possuir uma definição complexa
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4. METODOLOGIA
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS