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RESUMO
1. Introdução
A educação formal no Brasil é caracterizada por avanços e retrocessos. Desde que
inicia o período colonial no Brasil o objetivo da educação trazida pelos colonizadores era a de
dominar os povos originários. Ao atender os filhos dos colonos e a elite a educação passou a
ser específica para cada grupo, ainda que houvesse o intuito de evangelizar todos os
educandos. Assim, a educação brasileira começou com o intuito de explorar e dominar e em
seguida com uma diferenciação educacional conforme a classe social atendida. Apesar de em
diversos momentos a educação ser defendida como direito de todos, como no caso do
período imperial e da Primeira República, o acesso ainda era muito limitado as classes
dominantes, e havia distinção do que era ensinado relativo ao gênero e classe social.
O Brasil foi berço de muitos educadores e pesquisadores da educação que
contribuíram para o desenvolvimento de teorias e práticas reconhecidas mundialmente. Na
educação brasileira, além da contribuição teórica, os educadores cobraram que os governos
melhorassem a qualidade e o acesso à educação. No entanto, em quase todos os momentos
da história brasileira, os dirigentes do Estado ignoraram o quanto puderam os pensadores e
educadores para atender as necessidades das elites e do mercado, ou seja, do lucro para um
pequeno grupo social. Ainda assim, houve diversos avanços legais, ainda que muitos tenham
sido impossibilitados de serem colocados em prática.
Recentemente, em 2017, foi regulamentada a Base Nacional Comum Curricular –
BNCC, que traz os temas contemporâneos transversais como obrigatórios. Esse documento
normativo pode oportunizar espaços escolares a buscarem o desenvolvimento integral dos
estudantes, para que esses tenham condições de defenderem uma sociedade mais justa e
tolerante. Portanto, é necessário compreender como utilizar a BNCC e os temas
contemporâneos transversais para que sua aplicabilidade seja efetuada, não ficando apenas
no marco legal, como ocorreu com muitas leis. A ideia é que esse documento normativo
possibilite que escola avance com temáticas contemporâneas que permitam que os
estudantes compreendam questões diversas da atual sociedade e tenham um
desenvolvimento integral a partir da consciência em relação ao planeta, ao seu próprio
consumo, sua produção, sua relação com os demais seres humanos e com seu próprio
autocuidado.
Para compreender a história da educação foram utilizados os marcos políticos e
econômicos da educação brasileira, com foco no educador Dermeval Saviani, professor,
filósofo e pesquisador da educação brasileira que critica a exclusão histórica que ocorre na
educação brasileira.
Em relação as ideias representadas nos temas contemporâneos transversais foram
estudadas a partir de textos de autores que defendem a utilização desses temas, com foco
nas ideias de Montserrat Moreno, espanhola, professora e psicóloga que pesquisa a
desigualdade de gênero no ambiente escolar e defende uma escola não sexista.
O artigo apresenta um capítulo sobre a história da educação, organizado
cronologicamente; outro sobre os temas contemporâneos transversais, considerando sua
construção e seus ideais; e as considerações finais, que reflete sobre os a importância de
documentos normativos na história da educação e a necessidade de sua aplicabilidade.
2. Metodologia
Para desenvolver esse artigo foi realizada uma pesquisa qualitativa, elaborada a partir
de uma pesquisa bibliográfica através de livros, artigos científicos e textos documentais que
orientam a educação brasileira. A análise foi realizada de forma cíclica e concomitante, como
defende Antônio Carlos Gil em seu livro, “Métodos e técnicas da pesquisa social”, 2008.
Os textos utilizados na pesquisa sobre a história da educação foram pautados em
estudiosos que tenham base na história-crítica, tendo como referência principal para esse
capítulo o educador Dermeval Saviani.
Para compreender a criação, a importância e a utilização dos temas contemporâneos
transversais foram estudadas documentos legais, sendo o principal a Base Nacional Comum
Curricular – BNCC e autores que defendem esses temas, sendo a principal teórica Montserrat
Moreno.
3. História da educação brasileira
Foi no período da ditadura militar brasileira que as escolas privadas aumentaram, pois
foi retirado “o percentual mínimo que a União, o Distrito Federal e os Estados deveriam
utilizar na Educação, permanecendo apenas obrigatoriedade aos municípios”. Portanto, a
gratuidade e qualidade do ensino para todos ficou apenas na constituição, e para aumentar o
número de vagas houve rebaixamento dos salários dos professores e aumento da carga
horária de trabalho (HANSSEN, 2021, p. 07).
A volta a um regime democrático se deu de forma lenta no Brasil. Apesar da Nova
República ter início em 1985, desde 1974, no ainda no governo do general Ernesto Geisel.
Assim, em 1979 é dada a “Lei da Anistia”, na presidência de João Baptista Figueiredo. Essa lei
declarava “perdão”, concedido pelo poder legislativo, aos perseguidos políticos, antes
chamados de subversivos pela ditadura militar.
A “transição democrática” se fez, pois, segundo a estratégia da conciliação pelo
alto, visando a garantir a continuidade da ordem socioeconômica em consonância,
portanto, com a visão dos grupos dominantes, à frente a burguesia, que interpretam
a “transição democrática” na linha da estratégia da conciliação, reduzindo-a a um
mecanismo de preservação, numa forma que incorpora o consentimento dos
dominados, dos próprios privilégios (SAVIANI, 2018, p. 292).
Essas políticas não garantiam melhoria no sistema de ensino, mas tentava com pouco
investimento preparar as pessoas para que fossem capazes de operar as novas tecnologias.
Essas ações tinham objetivo de expandir a economia e atender as exigências dos organismos
internacionais. Principalmente o FMI – Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial
tinham como intuito controlar as políticas desenvolvidas na América Latina. Para isso,
decidiram “(...) estabelecer um corte significativo na produção do conhecimento nesses
países” e “incentivar a exclusão de disciplinas científicas, priorizando o ensino elementar e
profissionalizante (ANDREOLI apud RESENDE, 2019, p.9).
No caso Brasil, os organismos de forças exteriores influenciaram as reformas
educacionais na pós-ditadura. A redemocratização do ensino brasileiro mesmo
ferindo os princípios da então aprovada Constituição Federal de 1988, elaborada de
forma participativa, sob o agrupamento dos diversos grupos sociais, organismos
como Banco Mundial, Banco Interamericano de Desenvolvimento se infiltraram no
sistema educacional brasileiro mesmo depois de governo populista de Luiz Inácio
Lula da Silva (GUIMARÃES, 2015, p. 101).
No governo Lula houve o interesse de inclusão social por meio da educação, sendo
um dos intuitos a redução da pobreza no Brasil. No entanto, diversos programas e modelos
educacionais do governo anterior ainda vigoraram. Principalmente no segundo governo de
Lula os educadores tiveram mais protagonismo, “convergindo para a I e II CONAEs
(Conferências Nacionais de Educação) tendo como tema central a construção do Sistema
Nacional de Educação e do novo Plano Nacional de Educação” (SAVIANI, 2018, p. 94). No
governo de Lula e de Dilma houve avanços para uma educação integrada, que buscava
colocar fim na dualidade entre educação geral para a classe dominante e educação tecnicista
para a classe trabalhadora. Por exemplo, em 2015 a Base Nacional Comum Curricular - BNCC
começou a ser debatida, sendo homologada em 2017.
o conceito de educação integral, com o qual a BNCC está comprometida, refere-se à
construção intencional de processos educativos que promovam aprendizagens
sintonizadas com as necessidades, as possibilidades e os interesses dos alunos e,
também, com os desafios da sociedade contemporânea, de modo que se forme
pessoas autônomas, capazes de se servir dessas aprendizagens em suas vidas
(FIRMO et al, 2020, p. 46)
Moreno aponta que é preciso distinguir os ideais gregos que ainda são positivos para
a educação atual e avançar para as necessidades contemporâneas. Ela também alerta sobre
a responsabilidade da escola com a formação intelectual e social dos estudantes. No livro
“Falemos de sentimentos”, de autoria de Moreno e mais três autores, apontam algumas
mudanças necessárias para que homens e mulheres se vejam como parte da história e das
ciências, sem perder os aspectos importantes da vida cotidiana.
(...) as alunas não vêem refletidas, no modelo cultural que a escola lhes oferece, as
características que a sociedade valoriza em relação a elas, nem sentem como seu o
protótipo de pessoa que lhes é proposto como ideal (os heróis da História não são
do sexo feminino, nem as façanhas elogiadas são as que a sociedade espera de uma
mulher). Os homens, por sua parte, sofrem também as consequências de uma visão
parcial da sociedade, em que aspectos tão importantes como os sentimentos, os
conhecimentos derivados das relações interpessoais e todos aqueles inerentes à
vida cotidiana em que estão – também eles – inseridos lhes são escamoteados; ou
seja, é oferecida aos homens uma imagem empobrecida de pessoa, incapaz de se
desenvolver com autonomia na vida cotidiana (MORENO, 2002, p. 37)
Esses autores defendem que vários temas que foram ignorados ao longo da história
precisam estar presentes nos currículos “impregnando os demais conteúdos” e
desenvolvendo atitudes e valores para a formação de seres humanos que saibam ter
autocuidado e cuidar das coisas e pessoas a sua volta, na busca de uma sociedade mais
equitativa (MORENO, 2002, p. 38). Dessa forma, Monteserrat Moreno fala da importância o
trabalho de temas transversais, ou temas contemporâneos transversais, que sejam baseados
em princípios para que a escola possa contribuir para o desenvolvimento de pessoas que
busquem uma sociedade mais justa e cidadã dentro dos currículos.
No Brasil, o termo “temas transversais” aparece em documento educacional pela
primeira vez nos Parâmetros Curriculares Nacionais, em 1996. Eram seis os temas apontados
pelos PCNs: saúde; ética; trabalho e consumo; orientação sexual; meio ambiente; pluralidade
cultural.
Na década de 1990, os Temas Transversais eram recomendações de assuntos que
deveriam ser abordados nas diversas disciplinas, sem ser uma imposição de
conteúdo. O fato de não serem matérias obrigatórias não minimizava sua
importância, mas os potencializava por não serem exclusivos de uma única área do
conhecimento, devendo perpassar todas elas. Ou seja, os conhecimentos científicos
deveriam ser trabalhados de maneira alinhada à vida social e cidadã dos estudantes
(BRASIL, 2019, p. 9)
Os PCNs defendiam que as disciplinas alinhassem seus conteúdos com a realidade dos
estudantes e as necessidades para exercer a cidadania. “Mas os Temais Transversais nos
PCNs eram apenas referenciais e não obrigatórios” (HANSSEN, 2021, p. 08). Na Base Comum
Curricular, que foi elaborada a partir de 2015, “por um grupo composto de educadores (as),
técnicos (as) de secretarias e pesquisadores (as) de universidades”, é colocada a
obrigatoriedade do trabalho desses temas nas escolas (FIRMO et al, 2020, p. 21).
A “BNCC recomenda incorporar aos currículos e às propostas pedagógicas a
abordagem de temas contemporâneos que afetam a vida humana em escala local, regional e
global, preferencialmente de forma transversal e integradora” (BRASIL, 2019, p. 15). O
próprio nome, transversais, significa que não pertence a uma disciplina específica, mas que
pode atravessar os conteúdos “(...) a transversalidade é um princípio que desencadeia
metodologias modificadoras da prática pedagógica, integrando diversos conhecimentos e
ultrapassando uma concepção fragmentada (...)” (BRASIL, 2019, p. 04). A recomendação é
que seja nos currículos, de toda forma esses temas são “referência nacional obrigatória para
a elaboração ou adequação dos currículos e propostas pedagógicas” (BRASIL, 2019, p. 15).
A Diretrizes Curriculares Nacionais norteiam a BNCC, que segue os princípios da
Educação Básica dessas diretrizes. Por isso, a Base aponta a importância de trabalhar de
forma interdisciplinar nas escolas, ou seja, que ocorra “(...) o trabalho de integração das
diferentes áreas do conhecimento, um real trabalho de cooperação e troca, aberto ao
diálogo e ao planejamento (BRASIL in FIRMO et al, 2021, p. 76). As DCNs também indicam
que é responsabilidade da escola formar os estudantes para o exercício pleno da cidadania e,
portanto, é preciso estudar temas que são relevantes para a vida cidadã.
A BNCC pontua que a formação integral dos estudantes é um dos principais focos da
educação e por isso seleciona os Temas Contemporâneos Transversais que considera mais
relevantes, são eles: Meio ambiente – educação ambiental e educação para o consumo;
ciência e tecnologia – ciência e tecnologia; economia – trabalho, educação financeira e
educação fiscal; multiculturalismo – diversidade cultural, educação para valorização do
multiculturalismo nas matrizes históricas e culturais brasileiras; saúde – saúde e educação
alimentar e nutricional; cidadania e civismo – vida familiar e social, educação para o trânsito,
educação em direitos humanos, direitos da criança e do adolescente, processo de
envelhecimento e respeito e valorização do idoso (BRASIL, 2019, p, 13).
O maior objetivo dessa abordagem é que o estudante conclua a sua educação formal
reconhecendo e aprendendo sobre os temas que são relevantes para sua atuação na
sociedade. Assim, espera-se que a abordagem dos Temas Contemporâneos
Transversais (TCTs) permita ao estudante compreender questões diversas, tais como
cuidar do planeta, a partir do território em que vive; administrar o seu dinheiro;
cuidar de sua saúde; usar as novas tecnologias digitais; entender e respeitar aqueles
que são diferentes e quais são seus direitos e deveres como cidadão, contribuindo
para a formação integral do estudante como ser humano, sendo essa uma das
funções sociais da escola (BRASIL, 2019, p. 04).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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