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NÚCLEO DE PESQUISA E EDUCAÇÃO ANTIRRACISTA (NUPEA): UM ESPAÇO

DE (RE)EXISTÊNCIA E DIÁLOGOS COM A COMUNIDADE ESCOLAR, A


PARTIR DAS LEIS 10.639/03 E 11.645/08

Delmaci Ribeiro de Jesus1


Joab Silva Santos2

O objetivo deste artigo é descrever as atividades e aplicações práticas do projeto


pedagógico intitulado Educação antirracista: a escola enquanto espaço de (re)existência. A
discussão tem como foco de análise o Núcleo de Pesquisa e Educação Antirracista (NUPEA),
do Colégio Estadual Maria Isabel de Melo Góes, na cidade Catu, Bahia. A proposta pedagógica
foi elaborada para atender ao processo seletivo do edital SEC/SEPROMI nº 011/2021 –
Concurso público – Prêmio Jorge Conceição.3 Com a aprovação e início da execução, buscou-
se ressignificar a identidade escolar, desenvolver o sentimento de pertencimento dos discentes
para com a escola pública e promover uma educação libertadora, antirracista e contribuir para
o desenvolvimento da criticidade dos estudantes e a formação de cidadãos politizados.
A implementação de ações alinhadas às temáticas propostas nas Leis nº 10.639/03 e nº
11.645/08, para a educação básica, possibilita uma prática pedagógica distante da perspectiva
conteudista, se referindo à disciplina de História ou aos demais campos da Ciência. Como as
leis incentivam a construção de abordagens a partir da interdisciplinaridade e contextualização,
viabilizam a aplicação da proposta com as diretrizes da Base Nacional Comum Curricular
(BNCC), Diretrizes Curriculares do Novo Ensino Médio, do Plano Nacional de Implementação
das Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) para Educação das Relações Étnico-raciais e para
o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana e do Tema Integrador “Educação para
a Diversidade”, do Documento Curricular Referencial da Bahia, no que diz respeito ao Ensino
da História, Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena.

1
Graduado em História pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB) e Mestre em História da África, da
Diáspora e dos Povos Indígenas pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). Atualmente, diretor
do Colégio Estadual Maria Isabel de Melo Góes.
2
Graduado em História pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Integrante do Grupo de Pesquisa A Bahia
das Letras: História, Literatura, Trajetórias e participação política. Atualmente, coordenador do Núcleo de
Pesquisa e Educação Antirracista (NUPEA).
3
Edital publicado em dezembro de 2021 pela Secretaria de Educação do Estado da Bahia em parceria com a
Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (SEPROMI). O professor Jorge Conceição, homenageado no edital,
foi militante do movimento negro e docente do Programa de Pós-Graduação da UFBA.
Embora o Núcleo de Pesquisa e Educação Antirracista se configure enquanto proposta
pedagógica central para o ano de 2022, no Colégio Estadual Maria Isabel de Melo Góes, o
desenvolvimento de projetos com base nas Leis nº 10.639/03 e 11.645/08 começou em 2016
com a Fundação do Clube de História. O clube tinha como objetivo elaborar projetos de
Iniciação Científica que discutissem sobre questões étnico-raciais na comunidade catuense.
Articulado a partir da participação dos discentes da Educação Básica e com reverberações em
feiras nacionais, fundamentou as bases para o projeto atual.

DO CLUBE DE HISTÓRIA AO NUPEA: A EDUCAÇÃO ANTIRRACISTA NO


COLÉGIO ESTADUAL MARIA ISABEL DE MELO GÓES

O clube convida os estudantes da Escola Estadual Maria Isabel de


Melo Góes para questionarem a realidade na qual estão inseridos e,
através da pesquisa, propor a (re)construção de conhecimentos de
valorização das comunidades afrodescendentes que constituem o
município de Catu e arredores. Esses estudantes vêm produzindo
projetos de pesquisa exitosos, que são apresentados e premiados em
Feiras de Iniciação Científica Júnior, corroborando com a
qualificação do processo de ensino e aprendizagem da História da
Cultura Afro- -Brasileira, tendo como referência legal os parâmetros
curriculares nacionais e as Leis 10.639/03 e 11.645/08.4

O Colégio Estadual Maria Isabel de Melo Góes, ao longo dos 70 anos de fundação, vem
se notabilizando por desenvolver ações que valorizam o protagonismo dos estudantes, num viés
acolhedor, e enaltece a coletividade de sujeitos que formam a comunidade escolar. Nesse
contexto, o Clube de História (CH) colaborou para a percepção do problema em questão: a
ausência de propostas pedagógicas que abordem, de forma contínua, as questões apontadas nas
Leis nº 10.639/03 e 11.645/08. Além disso, é possível afirmar que o CH auxiliou os discentes
no desenvolvimento de um olhar crítico e questionador, tornando-os capazes de identificarem
problemáticas sociais no cotidiano, mesmo as naturalizadas ou camufladas na suposta ideia de
democracia racial.
Entre 2015 e 2019, o CH se constituiu como um grupo de pesquisa e estudos, no qual
estudantes do Ensino Médio desfrutaram da oportunidade de desenvolver pesquisas, analisar
fontes, desenvolver a leitura, analisar dados e apresentar os resultados em feiras de Iniciação

4
OLIVEIRA, Marcelo Souza; DE JESUS, Delmaci Ribeiro. Clube de História: experiências no estudo e na
pesquisa da história e cultura afro-brasileira no Colégio Estadual Maria Isabel de Melo Góes, Catu-BA. Revista
História Hoje, v. 10, n. 19, p. 189-213, 2021.
Científica a nível municipal, regional e nacional. A proposta de um ensino por investigação,
com temáticas que dialogam com a educação antirracista, foi amadurecendo e/ou caracterizando
o CEMIMG enquanto um espaço de (re)existência, tendo em vista que a maioria dos estudantes
são negros e oriundos das zonas periféricas e rurais.
Reconhecer que as instituições de ensino são reprodutoras de verdades a priori e
realidades descontextualizadas é o primeiro passo para buscar alternativas que possibilitem a
inserção de uma política de valorização das raízes e ancestralidades, e são essas questões que
verdadeiramente constituem o povo brasileiro em sua totalidade. É fundamental recusar apenas
a reprodução de um recorte branco, influente principalmente nas regiões Sul e Sudeste do
Brasil.
Aliado a esse problema, é preciso considerar que a História ensinada na maior parte dos
municípios da região Nordeste tem como referência básica os manuais didáticos produzidos em
sua maioria no Centro-Sul do Brasil, o que se constitui como um problema, tendo em vista que
alunos e professores não estão representados. Para Nilma Gomes,

No contexto da produção teórica educacional e no cotidiano das práticas


pedagógicas e dos currículos das escolas e universidades brasileiras,
nem sempre esse histórico de lutas e os saberes nele produzidos são
considerados enquanto tais. É nesse contexto que se faz necessária uma
crítica radical à forma como conhecimento e saber são interpretados
pela ciência moderna, resultando em um tipo de racionalidade que
exclui as outras formas de pensar e conceber o mundo produzidas fora
do cânone considerado científico.5

Dessa forma, ensinar e aprender sobre a cultura afro-brasileira no Nordeste do país, após
130 anos de uma abolição que se concretizou do ponto de vista legal, mas ainda apresenta
importantes lacunas sociais, é perceber que, ao mesmo tempo, existe um movimento para
esquecer e há também aqueles que se levantam contra o esquecimento, para que a memória
continue sempre viva, em uma resistência para não silenciar seu passado e preservá-lo.
Com o avanço da pandemia SARS-CoV-2 (COVID 19) em 2020 as ações de pesquisa
foram suspensas e, em 2021, com o retorno das atividades, o fortalecimento da premissa de
valorização e identidade da escola pública enquanto espaço de (re)existência foi ganhando
novas faces, resultando, no final do mesmo ano, no projeto Educação antirracista: a escola
enquanto espaço de (re)existência.

5
GOMES, Nilma Lino. O movimento negro no Brasil: ausências, emergências e a produção dos saberes. Política
& sociedade. Volume 10 – Nº 18 – abril de 2011, p. 144.
NÚCLEO DE PESQUISA E EDUCAÇÃO ANTIRRACISTA (NUPEA): UM OLHAR
SOBRE AS OBRAS UTILIZADAS

O NUPEA está dividido em cinco atividades centrais: Cine NUPEA; NUPEA: diálogos,
NUPEA leitor; NUPEA: na estrada e o NUPEA itinerante. O primeiro tem como objetivo
discutir sobre questões étnico-raciais a partir de filmes nacionais e internacionais, aproximando
o debate do cotidiano dos discentes. O segundo busca estabelecer conexão com a comunidade,
convidando docentes, artistas e militantes do movimento negro para dialogarem com os
estudantes. O terceiro tem como finalidade o incentivo à leitura, apresentando bibliografias
específicas sobre o tema de estudo. O quarto almeja expandir os espaços de aprendizagem a
partir de viagens para museus e pontos históricos na Bahia. O quinto dissemina o aprendizado
construído no NUPEA para os discentes do Ensino Fundamental II nas Escolas Municipais de
Catu.
Embora o projeto Educação antirracista: a escola enquanto espaço de (re)existência se
configure como proposta pedagógica para o ano letivo do CEMIMG, balizando o planejamento
de todos os componentes (Filosofia, sociologia, química, física, matemática), os encontros do
NUPEA não estão atrelados às atividades avaliativas. Os discentes que participam não recebem
pontuação nas disciplinas curriculares e os docentes envolvidos realizam os encontros em
momentos à parte das aulas.
O projeto segue uma perspectiva pedagógica para além do capital, tomando de
empréstimo o termo do filósofo húngaro Instván Mészáros, ou podemos dizer que ele está
distante do sistema bancário, para descrever o NUPEA a partir do vocábulo conceitual de Paulo
Freire.6 Essa afirmação pode ser realizada porque os conceitos-chave norteadores do processo
pedagógico têm a premissa de uma Aprendizagem Significativa e o desenvolvimento da
Consciência Histórica.
Para Adriana Pelizzari, analisando o conceito de Aprendizagem Significativa
desenvolvido por David Ausubel, o estudante se distancia da aprendizagem mecânica quando
as temáticas abordadas se aproximam do conhecimento e das experiências adquiridas no
cotidiano.7 Logo, é fundamental pensar o planejamento pedagógico das escolas considerando a
origem de seus discentes e a realidade municipal e estadual. Essa mesma abordagem é

6
MÉSZÁROS, István. A educação para além do capital. São Paulo: Boitempo, 2008; FREIRE, Paulo.
Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 2011.
7
PELIZZARI, Adriana et a. Teoria da Aprendizagem Significativa segundo Ausubel. In: Rev. PEC, Curitiba, v.2,
n.1, p.37-42, jul.2001-jul.2002. Disponível em:
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/materiais/0000012381.pdf. Acesso em: 18 set. 2022.
encontrada nos estudos de Flávia Caimi. Para a pesquisadora, “para ensinar história a João é
preciso entender de ensinar, de história e de João”, visto que não há sentido em continuar com
exposições eurocentradas e alegar vínculo com as Leis nº 10.639/03 e 11.645/08. 8 Somente a
partir dessa conjunção o discente poderá desenvolver a Consciência Histórica.9
Vejamos a aplicação prática das questões conceituais ao analisarmos três subdivisões
do NUPEA: o Cine NUPEA, o NUPEA leitor e o NUPEA: diálogos. Como já comentado, o
primeiro tem o objetivo de discutir sobre questões étnico-raciais a partir de obras
cinematográficas. Entre os filmes utilizados, podemos comparar dois: Histórias Cruzadas (The
help) e Infiltrado na Klan (BlacKkKlansman). Embora ambos problematizem a questão racial
nos Estados Unidos do pós-abolição, ratificada depois de uma Guerra Civil, as narrativas
descrevem os personagens centrais em patamares sociais distintos, apesar de alegarem um
protagonismo negro nos desfechos. Se em Infiltrado na Klan, Spike Lee, um cineasta negro e
com destaque em suas obras por tratar de temáticas raciais, colocou John David, o personagem
central, como um indivíduo capaz de investigar e condenar os membros da Ku Klux Klan
(KKK), em Histórias Cruzadas, Tate Taylor, por sua vez, elegeu Eugenia Phelan, uma
descendente de senhor de engenho, como socorrista – fazendo alusão ao título original do filme
– das empregadas domésticas negras, uma porta-voz.
Mesmo diante das questões já apontadas, vale lembrar que, “a forma como o filme
reflete a sociedade não é, em hipótese alguma, direta e jamais apresenta-se de maneira
organizada (em círculos lógicos e coerentes), mesmo que assim aparente”.10 O filme é uma obra
coletiva, apesar de carregar um caráter individualista. É fundamental, para uma análise
significativa, observar a estética, o enquadramento e dissecar os sentidos ocultos. As
informações podem escapar mesmo aos diretores e roteiristas, o que se enquadra na
denominação de Marc Ferro de “zonas ideológicas não visíveis”.11
Apesar dos filmes se apresentarem como possíveis obras para complementar as
discussões em sala de aula, alinhados às Leis nº 10.639/03 e 11.645/08, é necessário
problematizar as narrativas postas, tendo em vista a forma como elas descrevem a participação
da população negra. O filme é construído socialmente e, assim sendo, é evidente que, se a

8
CAIMI, Flávia Eloisa. O que precisa saber um professor de História?. História & ensino, Londrina, v. 21, n. 2,
jul./dez. 2015, p. 111.
9
ALVES, Ronaldo Cardoso. Consciência Histórica e cultura Escolar: um estudo das especificidades que atuam na
construção e aplicação do conhecimento histórico. Associação Nacional de História – ANPUH. XXIV Simpósio
Nacional de História – 2007, p. 1-9.
10
NOVA, Cristiane. O cinema e conhecimento da história. O olhar da história: Revista de História
Contemporânea, Salvador, n.3, nov. 1996, p. 219.
11
FERRO, Marc. Coordenadas para uma pesquisa. O filme: uma contra-análise da sociedade. In: Cinema e
história. Rio de Janeiro: Paz e terra, 1992. p. 79-115.
sociedade exerce influência sobre a atividade cinematográfica, a recíproca é verdadeira. Esse
vínculo é de simples compreensão se lembrarmos do cinema como atividade comercial. Com
base em Ferro para suporte de análise:

O filme aqui não está sendo considerado do ponto de vista semiológico.


Também não se trata de estética ou de história do cinema. Ele está sendo
observado não como uma obra de arte, mas sim como um produto, uma
imagem-objeto, cujas significações não são somente cinematográficas.
Ele não vale somente por aquilo que testemunha, mas também pela
abordagem sócio-histórica que autoriza.12

Buscando uma outra perspectiva para a produção de conhecimento, o NUPEA leitor tem
como objetivo discutir bibliografias específicas sobre a temática étnico-racial. Até o mês de
setembro de 2022, período de escrita deste artigo, dois livros foram utilizados: Racismo
Estrutural, de Silvio Almeida, e Negociação e conflito: a resistência negra no Brasil
escravagista, de João Reis e Eduardo Silva. Para o segundo, a ênfase maior foi para o capítulo
intitulado O jogo duro do 2 de julho, tendo em vista os 200 anos de Independência do Brasil.
No entanto, mesmo que a proposta busque ampliar o aporte conceitual e histórico dos discentes
da Educação Básica do Colégio Estadual Maria Isabel de Melo Góes, sobretudo porque os livros
didáticos são rasos nas proposições indicadas, foi necessário alongar a dimensão do significado
de construção de conhecimento para alcançar as produções dos Movimentos Sociais, em
especial o Movimento Negro.
Diante dessa questão, surgiu o NUPEA: diálogos. Os encontros têm como premissa o
compartilhamento de saberes construídos no Movimento Negro, convidando membros da
comunidade para contribuírem com a proposta pedagógica. Para Nilma Gomes, “o acúmulo de
saberes produzidos pelo movimento negro faz parte de uma história ancestral de luta e
resistência que ganha mais força na sua demanda pela educação a partir do início do século XX.
Essa luta se intensifica a partir do início do século XXI”. 13 Uma das principais reverberações
das reivindicações e busca por reparação histórica foi a promulgação da Lei nº 10.639, em
janeiro de 2003. Ainda em Gomes, “as ações afirmativas são compreendidas, aqui, não só como
movimento de luta política pela correção das desigualdades raciais, mas também como lócus

12
FERRO, Marc. Coordenadas para uma pesquisa. O filme: uma contra-análise da sociedade. In: Cinema e
história. Rio de Janeiro: Paz e terra, 1992. p. 89.
13
GOMES, Nilma Lino. O movimento negro no Brasil: ausências, emergências e a produção dos saberes. Política
& sociedade. Volume 10 – Nº 18 – abril de 2011, p. 147.
em que confluem princípios gerais de um outro modelo de racionalidade e saberes
emancipatórios”.14

CONCLUSÃO

O objetivo deste artigo foi descrever as atividades em desenvolvimento do Núcleo de


Pesquisa e Educação Antirracista, do Colégio Estadual Maria Isabel de Melo Góes, em Catu,
Bahia. A proposta pedagógica tem como finalidade a promoção de um espaço de (re)existência
na instituição e comunidade escolar. Apesar de, neste artigo, discutirmos somente sobre duas
das cinco subdivisões do NUPEA, todos os encontros partem da mesma premissa bibliográfica
e conceitual, intentando ressignificar a formação discente e docente.
O NUPEA na estrada articulou encontros no Centro Histórico de Salvador, com
visitação ao Elevador Lacerda, Igreja e Convento de São Francisco, Igreja da Ordem Terceira
de São Francisco, Fundação Casa de Jorge Amado, Museu Tempostal, Museu Udo Knoff de
Azulejaria e Cerâmica e Praça da Sé. Além de Salvador, esteve no Município de Cachoeira,
com acesso à Ponte Dom Pedro II, Estação Ferroviária, Porto rio Paraguaçu/ Jardim Grande,
Igreja D’Ajuda, Fundação Hansen Bahia, Igreja e Matriz Nossa Senhora do Rosário, Museu
Casa de Câmara e Cadeia/ Independência e Museu do Cinema.
Para incentivar o desenvolvimento das atividades, realizamos uma reforma no acervo
bibliográfico com a aquisição de mais de 70 exemplares de obras como: Insubmissas Lágrimas
de mulheres, de Conceição Evaristo, Racismo estrutural, de Silvio Almeida, Rebelião escrava
no Brasil, de João Reis, O sol é para todos, de Harper Lee, Sem perder a raiz: corpo e cabelo
como símbolos da identidade negra, de Nilma Lino Gomes, Terra Sonâmbula, de Mia Couto,
O espetáculo das raças, de Lilia M. Schwarcz, Sobrevivendo no inferno, de Racionais Mc’s e
outros. Atualmente, contamos com a participação de mais de 60 membros, contabilizando
estudantes, docentes e convidados externos.

BIBLIOGRAFIA

ALVES, Ronaldo Cardoso. Consciência Histórica e cultura Escolar: um estudo das especificidades que
atuam na construção e aplicação do conhecimento histórico. Associação Nacional de História –
ANPUH. XXIV Simpósio Nacional de História – 2007, p. 1-9.

14
GOMES, Nilma Lino. O movimento negro no Brasil: ausências, emergências e a produção dos saberes. Política
& sociedade. Volume 10 – Nº 18 – abril de 2011, p. 148.
BLACKKKLANSMAN. Direção de Spike Lee. Produzido por Charlie Wachtel, David Rabinowitz e
Kevin Willmott. Estados Unidos: Focus Features, 2018.

BRASIL. Lei nº. 10.639 de 09 de janeiro de 2003. Diário Oficial da União, Brasília, 2003.

BRASIL. Lei 11.645/08 de 10 de Março de 2008. Diário Oficial da União, Poder Executivo,
Brasíl.

CAIMI, Flávia Eloisa. O que precisa saber um professor de História?. História & ensino, Londrina, v.
21, n. 2, p. 105-124, jul./dez. 2015.

CUNHA, Olívia Maria Gomes da. 1933: o ano em que fizemos contato. Revista SUP (28): p, 142-163,
dez./ fev., 95/96.

FERRO, Marc. Coordenadas para uma pesquisa. O filme: uma contra-análise da sociedade. In: Cinema
e história. Rio de Janeiro: Paz e terra, 1992. p.79-115.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e
Terra, 2011.

GOMES, Nilma Lino. O movimento negro no Brasil: ausências, emergências e a produção dos saberes.
Política & sociedade. Volume 10 – Nº 18 – abril de 2011.

_________________. Relações étnico-raciais, educação e descolonização de currículos. Currículo sem


Fronteiras, v. 12, n. 1, p. 98-109, jan./abr., 2012.

MÉSZÁROS, István. A educação para além do capital. São Paulo: Boitempo, 2008.

NOVA, Cristiane. O cinema e conhecimento da história. O olhar da história: Revista de História


Contemporânea, Salvador, n.3, nov. 1996.

OLIVEIRA, Marcelo Souza; DE JESUS, Delmaci Ribeiro. Clube de História: experiências no estudo e
na pesquisa da história e cultura afro-brasileira no Colégio Estadual Maria Isabel de Melo Góes, Catu-
BA. Revista História Hoje, v. 10, n. 19, p. 189-213, 2021.

PELIZZARI, Adriana et a. Teoria da Aprendizagem Significativa segundo Ausubel. In: Rev. PEC,
Curitiba, v.2, n.1, p.37-42, jul.2001-jul.2002. Disponível em:
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/materiais/0000012381.pdf. Acesso em: 18 set. 2022.

SCHWARCZ, Lilia Moritz. O espetáculo das raças: instituições e questão racial no Brasil (1870-
1930). São Paulo: Companhia das Letras, 1993.

THE HELP. Direção: Tate Taylor. Produção de Tate Taylor e Kathryn Stockett. Estados Unidos:
DreamWork SKG, 2011.

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