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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL

MARISTELA FAUST MACHADO

UNIDADE DIDÁTICA DE HISTÓRIA

CURITIBA
2016
MARISTELA FAUST MACHADO

CADERNO TEMÁTICO DE HISTÓRIA


MATERIAL DIDÁTICO PEDAGÓGICO- UNIDADE DIDÁTICA
FICHA DE IDENTIFICAÇÃO

Título A Educação Histórica: uma proposta metodológica para o ensino da


história Africana e afro-brasileira

Autor Maristela Faust Machado

Disciplina História

Escola Colégio Estadual La Salle

Município da Curitiba
Escola

Núcleo Regional Curitiba

Professora Ana Claudia Urban


Orientadora

Instituição de Universidade Federal do Paraná- UFPR


Ensino Superior

Relação Língua Portuguesa, Geografia


Interdisciplinar

Resumo
O estudo e as contribuições desse trabalho têm como objetivo,
conscientizar e promover ações que levem o aluno a repensar suas atitudes e
conceitos, compreender que o preconceito, é prejudicial à sociedade. De
acordo com a Lei n° 10639/03, que orienta a Política Nacional de Educação, é
obrigatório o ensino da história africana e afro-brasileira, de forma articulada,
em todos os níveis e modalidades do processo educativo, tendo como objetivo
combater este problema.

A aprendizagem da História Africana e afro-brasileira através da


metodologia da Educação Histórica, onde serão propostas várias atividades de
pesquisa, leitura de documentos a respeito desta temática e de como a
Educação Histórica, que apresenta uma forma própria de ensinar e aprender
em História, propondo o estudo das fontes com a finalidade de formar a
consciência histórica, pode ajudar a entender este tema.

Palavras Chave Educação-Histórica, narrativas, Lei 10639/03, História africana, afro-


brasileiro

Formato do Unidade Didática


Material Didático

Público Alvo Uma turma do 8º ano do Ensino Fundamental


1. Apresentação

O presente trabalho caracteriza-se como uma Produção Didática Pedagógica


intitulada “Unidade Didática”. É parte do Programa de Desenvolvimento Educacional-
PDE -2016, a linha de estudo é Diálogos Curriculares com a diversidade, a ser
aplicada no 8º ano do Ensino Fundamental, no Colégio Estadual La Salle Ensino
Fundamental e Médio, durante o primeiro semestre de 2017.
O principal objetivo desta proposta é discutir a história africana e afro-brasileira
através da Lei 10639/03, especificamente utilizando a metodologia da Educação
Histórica, ou seja, investigar o conhecimento dos alunos sobre a temática e, ao mesmo
tempo, oportunizar aos professores um caminho para a pesquisa no campo do ensino
de História.
Esta metodologia chamada Educação Histórica é desenvolvida por vários
pesquisadores, inclusive alguns que embasaram este trabalho, como BARCA,
RUSEN, LEE, e especificamente na Universidade Federal do Paraná, no Laboratório
de Pesquisa em Educação Histórica, SCHMIDT, URBAN, GEVAERD.
O interesse em estudar a temática surgiu da observação da relação do
conteúdo aprendido em sala de aula e a forma como os educandos o relacionam com
a vida cotidiana, o questionamento ocorreu durante uma aula de história, quando o
assunto sobre cotas raciais era discutido no vestibular. Durante uma conversa os
alunos do segundo ano do Ensino Médio, os mesmos afirmaram que todos possuem
as mesmas chances e, logo, as cotas seriam privilégio conseguido por um grupo.
Mesmo quando questionados sobre o conhecimento que tinham sobre os motivos da
instauração das cotas e sobre a história e cultura africana e afro-brasileira, observou-
se que seus argumentos estavam carregados de conceitos discriminatórios.
A sala de aula é um espaço onde o que acontece na sociedade surge na
oralidade dos educandos, e desta forma é possível observar que as questões
referentes a esta temática, apesar de recorrentes, ainda são necessárias. Então como
podemos explicar que ainda hoje este assunto gere tantas discussões? Como o
trabalho do professor pode contribuir para melhorar o conhecimento destes conteúdos
e que método utilizar?
A utilização de diferentes métodos de ensino é uma necessidade indiscutível
da escola atual e pode se tornar uma ferramenta facilitadora para o ensino. É
importante proporcionar situações que valorizem as referências dos alunos, levando-
os a uma motivação e consequente compreensão dos conteúdos, para a Educação
Histórica o uso dos documentos é essencial para a aprendizagem.
O uso de diferentes documentos propicia aos alunos a formação da consciência
histórica, que segundo Rusen ( 2001, p.58) é “ o conjunto das operações mentais com
as quais os homens interpretam sua experiência”, estes documentos são chamados
de fontes históricas, e são fragmentos ou indícios de situações vividas e que podem
ser exploradas, analisadas.
Atendendo a carência de orientação sobre a temática da Lei 10639/03 dos
alunos do 8º ano, a problemática deste estudo é: Como os pressupostos da Educação
Histórica podem contribuir no aprendizado da história e cultura africana e afro-
brasileira? De que maneira o uso de documentos históricos sobre a temática ‘História
e cultura africana e afro-brasileira’ podem proporcionar aos estudantes uma visão
mais ampla sobre os conteúdos que envolvem esta temática?

1.2 Objetivos:
Geral:
- Investigar como ocorre a aprendizagem histórica sobre a história e cultura
africana e afro-brasileira, tendo como referência a lei 10639/03, na perspectiva da
Educação Histórica.
Específicos:
- Analisar como o livro didático adotado pela escola aborda a temática ‘história
e cultura africana e afro-brasileira;
- Investigar como os alunos se relacionam com a ideia de África;
- Utilizar diferentes tipos de documentos para pesquisar a temática, para
proporcionar aos estudantes diferentes possibilidades de análise sobre o conteúdo;
- Analisar as narrativas produzidas pelos estudantes para perceber como os
mesmos expressam sua relação com a história africana e afro-brasileira.

1.3 A Lei 10639/03


Atualmente sabemos que o conhecimento histórico não é um dado pronto e
acabado, mas uma constante reelaboração e construção que se dá a partir de
necessidades e problemas colocados pelo cotidiano.
Não podemos esquecer que o conhecimento histórico é repassado em espaços
sociais que extrapolam os limites da escola, como em relatos familiares, em espaços
religiosos, na escola, na manutenção de crenças e hábitos sociais locais, além disso
o passado é usado como referência na constituição de identidades, discursos políticos
e representações que compõem diferentes setores da sociedade.
Estas tradições culturais muitas vezes servem para justificar estruturas sociais
existentes, como é o caso no Brasil da história africana e afro-brasileira. Assim
percebemos que a sociedade brasileira ainda é preconceituosa e situações do
passado ainda são utilizadas para justificar esses comportamentos sociais, como
xingamentos em redes sociais, agressões e violência empregados a determinados
grupos como é o caso dos negros.
Os índices de crimes em nosso país ainda são cometidos em sua maioria por
negros e afrodescendentes, estes dados são divulgados oficialmente por órgão de
pesquisa, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), isso ilustra as
diferenças sociais e para alguns serve como justificativa para determinados
comportamentos.
No caso brasileiro podemos exemplificar com a chamada democracia racial,
este termo foi utilizado em 1944 por Roger Bastide, esta expressão define “A
concepção de que o Brasil era um país sem barreiras que impediam a ascensão
social” ( SILVA, 2014, p.249).
Segundo Munanga (2004) “O racismo, no Brasil, em especial em relação a
indígenas e negros, é um racismo ambíguo, que se afirma por sua negação, bastante
amparado num imaginário de mestiçagem”.
Ao retomarmos o significado de raça é que conseguimos entender os
problemas sociais, ou seja, o tratar determinados grupos como inferiores:

“[...] podemos compreender que raça é, na realidade um misto de construções


sociais, políticas e culturais nas relações sociais e de poder ao longo do
processo histórico. Não significa, de forma alguma, um dado da natureza. É
no contexto da cultura que nós aprendemos a enxergar as raças” (GOMES,
2005, p. 49).
Historicamente, a democracia racial serviu para criar a concepção que o Brasil
era um país sem barreiras que impediam a ascensão social, esta ideia foi amplamente
aceita pela sociedade, especialmente entre os anos de 1930 e 1970. Neste período a
“negação da existência de discriminação e desigualdades raciais serviu como forma
de ocultar a dominação racial. ” (SILVA, 2014, p.244)
Durante o período da ditadura militar a questão racial não foi considerada
importante, devida a perspectiva da redução da desigualdade racial e social.
Após a Ditadura Militar o movimento negro intensifica a organização das lutas
antirracistas, com o objetivo de construir a identidade negra valorizando as origens
culturais africanas.
Após este período ocorrem mudanças na sociedade e a educação passa por
uma reforma educacional em nível nacional a LDB- Lei de Diretrizes e Bases da
Educação, Lei 9394/96 que foi sancionada em 20 de dezembro de 1996, que
normatiza a educação nacional, tendo como base:

Art. 2º A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de


liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno
desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e
sua qualificação para o trabalho. ( LDB Lei 9393/96)

A LDB também define muito bem quais são os princípios em que devem basear
a educação nacional:
Art. 3º O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o
pensamento, a arte e o saber;
III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas;
IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância;
V - coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
VII - valorização do profissional da educação escolar;
VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da
legislação dos sistemas de ensino;
IX - garantia de padrão de qualidade;
X - valorização da experiência extra-escolar;
XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.
XII - consideração com a diversidade étnico-racial. (Incluído pela Lei nº
12.796, de 2013) . ( LDB Lei 9393/96)
.
Além de se adequar a legislação federal, a nível estadual também começam as
discussões para a construção das novas Diretrizes Curriculares Estadual, que busca
na perspectiva da inclusão social contemplar as demandas sociais, como também a
diversidade cultural e a memória paranaense: o cumprimento da Lei n. 13.381/01, que
torna obrigatório, no Ensino Fundamental e Médio da Rede Pública Estadual, os
conteúdos de História do Paraná;( DCE, 2006, p.45)
Neste período, segundo as diretrizes curriculares estadual, ocorrem discussões
sobre o currículo que possibilitam aos professores fundamentar sua prática
pedagógica pois participam da construção e da organização dos conteúdos
estruturantes de sua disciplina, que seriam levados para a escola para serem
socializados por meio de metodologias críticas de ensino-aprendizagem.
No cenário nacional o movimento negro consegue uma grande vitória: a
aprovação da Lei 10639/03, que promove mudanças sobre o ensino da temática da
História e Cultura Afro-Brasileira, alterando a Lei 9394/03, com os seguintes artigos:

"Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e


particulares, torna-se obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira.
§ 1 O conteúdo programático a que se refere o caput deste artigo incluirá o estudo da
o

História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira
e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo
negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à História do Brasil.
§ 2 Os conteúdos referentes à História e Cultura Afro-Brasileira serão ministrados no
o

âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de Educação Artística e de


Literatura e História Brasileiras.
"Art. 79-B. O calendário escolar incluirá o dia 20 de novembro como ‘Dia
Nacional da Consciência Negra’." ( Lei 10639/03)

Esta lei obriga mudanças não só no currículo, como no conteúdo das


disciplinas de Artes, Literatura e Língua Portuguesa e História, e também nos
materiais utilizados nas escolas.

1.4 O Livro Didático

Seria importante salientar que durante muitos anos o Livro Didático foi a única
fonte de pesquisa para professores e alunos, especialmente nos locais menos
favorecidos pelo desenvolvimento econômico e tecnológico, servindo como orientação
para as atividades de produção e reprodução do conhecimento.
O Livro didático é o material que se propõe a uma ação educativa, cujo conteúdo
é pensado e elaborado tendo em vista as concepções de valores que o produtor/autor
consideram desejáveis, assim é preciso questionar o aspecto ideológico explícitos e
implícitos presentes nos conteúdos, assim sendo, os livros didáticos não podem
veicular preconceitos e estereótipos, informações erradas ou desatualizadas.
Assim sendo, o grande problema deste material, não é o aspecto pedagógico e
didático do livro escolar, mas sim o aspecto ideológico e dos valores explícitos ou
implícitos, presentes nos conteúdos, cabe ao professor o papel de escolha do manual
e no caso da disciplina de História observar qual é a concepção historiográfica
presente.
Como exemplo destas diferentes concepções podemos tomar como base a
definição sobre o livro didático de Abud (1984, p.51): “é um dos responsáveis pelo
conhecimento histórico que constituiu o que poderia ser chamado de conhecimento
do homem comum. É ele o construtor do conhecimento histórico daqueles cujo saber
não vai além do que lhe foi transmitido pela escola...”.
O professor deve mostrar que os historiadores, ao escreverem a história, e os
manuais didáticos, utilizam-se de questões sobre algum acontecimento que não
conhecem, no entanto, existem “pequenos pormenores que fazem da História algo de
lógico: as fontes diretas e o conhecimento do contexto que as enquadram” (LEE, apud
BARCA, 2001, p.14)
Tendo em vista essas concepções entendemos o papel do professor como decisivo
na escolha do livro, este deve aproximar a teoria com o cotidiano dos alunos, permitir
diferentes leituras dos fatos e não se tornar a única fonte de conhecimento.
Como exemplo de possibilidade de trabalho com livro didático podemos
analisar as imagens e seu papel na aquisição do conhecimento, pois a escola
frequentemente não atrai a atenção dos alunos frente ao mundo contemporâneo,
afinal não consegue explicar e contextualizar as leituras da vida, principalmente no
atual advento da informática e da utilização maciça de imagens.
A questão central a ser enfrentada diz respeito à subjetividade, uma vez que
muitos materiais costumam ser associados a um grau de “autenticidade” da
informação, como no caso dos manuais didáticos que durante anos representaram a
cultura afro-brasileira somente através do viés da escravidão, onde a imagem do
negro era associada a submissão e aos castigos que recebiam. Essa representação
acabou se tornando uma verdade para todos os alunos e professores que as
interpretam. Mas então, o que seria um bom livro didático?
Segundo Russen (1997, p 93 ):

“ o livro de História é o guia mais importante da aula de História e este deve


ter algumas condições para que seja considerado um “livro ideal”, e com isso
possibilite a aprendizagem da História que, no seu entender, é um processo
de desenvolvimento da consciência histórica no qual se devem adquirir
competências da memória histórica.”

Desde sua introdução nos programas públicos referentes à educação ele é sem
dúvida a mais importante referência para o trabalho do professor, muitas vezes
passando a assumir o papel de currículo ( o professor segue a sequência didática
apresentada no manual), como também na definição de estratégias para o ensino dos
conteúdos, assim como a imagem presente nos mesmos se torna a única fonte visual
para ao aluno, além da sua abrangência e pela sua duração do programa, são mais
de 80 anos do início do programa.
Com a ampliação do PNLD (Programa Nacional de Livro Didático) nos últimos
anos e a elaboração de critérios de escolha e o acesso a novas fontes tecnológicas
os livros precisam se adequar às novas demandas sociais como é o caso da Lei
10639/03, são obrigados a tratarem os conteúdos de história da África e do Brasil de
forma afirmativa, ou seja, ocorrem adaptações tanto na historiografia quanto na
pictografia. O PNLD passa a analisar as obras de acordo com a lei.

1.5 A Educação Histórica

O uso de diferentes documentos propicia aos alunos a formação da consciência


histórica, que segundo Rusen ( 2001, p.58) é “ o conjunto das operações mentais com
as quais os homens interpretam sua experiência”, estes documentos são chamados
de fontes históricas, e são fragmentos ou indícios de situações vividas e que podem
ser exploradas, analisadas.
Para Schmidt (2007, p.10) “o documento tornou-se um importante auxiliar
pedagógico do professor porque tira do aluno de sua passividade e reduz a distância
entre a experiência do aluno, do seu mundo e dos períodos passados ou alheios. ”
Os documentos possibilitam aos alunos analisarem as diferentes concepções,
experiências, opiniões de quem fez, escreveu ou viveu em outros momentos
históricos- sociais, o que permite uma experiência com elementos do passado como
as permanências e rupturas além de relacionar passado e presente.

[...] diferentemente dos historiadores, os alunos nas escolas não


buscam gerar “novo” conhecimento por meio de evidências e
narrativas históricas, mas geram novas compreensões históricas
pessoais. Assim, uma das formas como os alunos e professores
confere significado ao passado é pensar acerca da construção
de narrativas ou versões deste passado. (SCHMIDT,2009,p.45)

As fontes devem ser utilizadas como recurso metodológico, esta metodologia


é chamada de educação histórica, e tem como referencial autores como Lee, Barca,
Rusen, Ashby, Schmidt, Gevaerd, Urban. Como referencial da pesquisa realizada
pelos alunos, a fonte deve ser sempre comparada com outros documentos para
desenvolver a construção de conceitos históricos, as fontes não são só um recurso
metodológico, mas sim parte de uma metodologia pautada na própria História e
contribui com a construção do pensamento.

As compreensões históricas exercidas pelos alunos são expressas por meio


de narrativas históricas construídas pelos próprios alunos após intervenções
pedagógicas, dentro do que Peter Lee chama de conceitos de segunda ordem; tais
conceitos englobam o pensamento histórico operante por meio de evidências,
narrativas e mudanças, que estão envolvidos em qualquer história independente do
conteúdo, em contrapartida aos conceitos de segunda ordem, encontram-se as
substâncias da história, também chamados de conceitos substantivos, que
correspondem aos conteúdos. Os “conceitos substantivos em história envolvem uma
complicação não frequentemente encontrada nos conceitos práticos da vida
cotidiana: seus significados mudam com o tempo, bem como com o espaço. ” (LEE,
2006, p.136)

A Disciplina de História se utiliza do patrimônio enquanto fonte histórica, capaz


de fornecer informações do passado das sociedades sob as representações da
memória coletiva, desenvolvendo a formação do pensamento histórico dos alunos. No
processo de formação da consciência histórica são consideradas as experiências dos
alunos em relação à sua cultura e ao seu cotidiano, estas interpretações formuladas
pelos alunos são expressas por meio de narrativas históricas, obviamente quando
narram o passado histórico, não buscam gerar novo conhecimento histórico por meio
desta narrativa (isso caberia ao historiador), mas buscam interpretar o passado
histórico, numa perspectiva pessoal, que objetiva gerar uma identidade e/ou
reconhecimento histórico voltado a sua vida prática. Neste sentido:
A narrativa constitui (especificamente) a consciência histórica na
medida que recorre a lembranças para interpretar as
experiências do tempo. A lembrança é, para a constituição da
consciência histórica, por conseguinte, a relação determinante
com a experiência do tempo. […] O passado é, então, como uma
floresta para dentro da qual os homens, pela narrativa histórica,
lançam seu clamor, a fim de compreenderem, mediante o que
ecoa, o que lhes é presente sob forma de experiência do tempo
(mais precisamente: o que mexe com eles) e poderem esperar
e projetar um futuro com sentido. (RÜSEN, 2001, p. 62)

O aprendizado histórico depende da disposição de se confrontar com


experiências que possuíam um caráter especificamente histórico. Que experiências
são essas, e do que necessita para fazê-las? Não se trata apenas da apreensão de
que algo foi o caso no passado. Nada é histórico só porque ocorreu. O caráter histórico
de algo consiste numa determinada qualidade temporal. A experiência de que se fala
aqui é a da distinção qualitativa entre passado e presente, que o passado é
qualitativamente outro tempo do que o presente. (RÜSEN, 2007b:110).
Segundo ISABEL BARCA (2005), para conhecermos as ideias históricas das
crianças e jovens é necessário entendermos a forma como esses estudantes
interpretam os acontecimentos do passado, o que nos leva a perceber as suas
carências de orientação em relação ao tempo. Essas carências de orientação da vida
prática humana no tempo despertam um interesse cognitivo pelo passado, então, o
professor intervém no sentido de preencher essas lacunas e desenvolver uma
cognição histórica, ou seja, uma aprendizagem específica relacionada à epistemologia
da História.

2. ATIVIDADES

Roteiro do 1º Encontro

Conteúdo da aula:
 História da África: repensar e registrar aspectos relevantes que estão em sua
memória, resgatando os fatos importantes para a construção da sua história
e identidade.

Objetivos:
 Levantar dados sobre os conhecimentos que os alunos possuem sobre a
história africana e afro-brasileira.
 Propiciar ao professor entender quais são as carências de conteúdo sobre a
história africana e afro-brasileira.
 Repensar e registrar aspectos relevantes da memória sobre o conteúdo.

Metodologia:

 Buscar através de um documento elaborado pelo professor, saber o que os


alunos conhecem sobre a África.
 Análise dos dados coletados para levantamento das carências de conteúdos
apresentados pelos alunos.

Atividades:

 No início da aula será entregue aos alunos um documento elaborado pelo


professor (a): uma folha para que os alunos registrem os conhecimentos
prévios que possuem sobre o tema, esta atividade é individual e sem
interferência do professor.
 As informações serão listadas e categorizadas para serem levantados quais
são as carências de conteúdos dos alunos sobre o tema.

O conceito de carências, está sendo aqui entendido como carências de


orientação temporal que crianças e jovens podem expressar em suas
narrativas, como por exemplo, questões de anacronismo e preconceitos.

Recursos:

 Sala, documento de investigação elaborado pelo professor (anexo 1)

 Dica para o professor

Este documento pode ser substituído, por exemplo, por uma


chuva de ideias, ou com alunos menores através de ilustrações.

 DICA DE LEITURA PARA O PROFESSOR:

BARCA, Isabel. Aula Oficina: do Projeto à Avaliação. In. Para uma educação de qualidade:
Atas da Quarta Jornada de Educação Histórica. Braga, Centro de Investigação em Educação
(CIED)/ Instituto de Educação e Psicologia, Universidade do Minho, 2004, p. 131 – 144.

Duração:

 Tempo previsto: 3 horas/aulas.


ROTEIRO do 2º encontro

Conteúdo da aula:
 O uso de documentos familiares

Objetivos:

 Conhecer fontes históricas primárias e secundárias


 Repensar e registrar aspectos relevantes que estão em sua memória e
documentos familiares.
 Propiciar aos alunos o pensar sobre sua identidade, sua história, suas raízes
étnicas e familiares, resgatando e valorizando sua história pessoal, familiar e
social.

Metodologia:

 Dinâmica de apresentação dos documentos históricos pessoais (fotografia).


 Produção de narrativas sobre a história pessoal.

Atividades:

 O professor deverá explicar aos seus alunos o que são fontes históricas.

Fontes primárias podem ser entendidas como relatos, objetos, construções, diários,
lendas, mapas, pinturas, fotografias, filmes, depoimentos orais, entre outras.
Fontes secundárias são as produzidas a partir das fontes primárias, por exemplo, a
narrativa do historiador.

 Cada aluno trará uma fotografia pessoal que possui em casa. Em sala de aula
deverá descrever o que vê na foto através de um documento de investigação
elaborado pelo professor:
Como utilizar a fonte em aula de história:
 Identificação da fonte:
 Data:
 Autor:
 Algumas informações sobre o autor:
 Algumas informações sobre a fonte:
Referência: Adaptado de SCHMIDT e CAINELLI, 2009, p.118-122.



RECURSOS:
 Sala de aula, sala de informática ou cópias dos documentos utilizados,
cadernos dos (as) alunos (as), fotografias pessoais, professor(a).
 Dica para o professor:

Seu aluno pode não conseguir todas as informações, ele deverá escrever as informações
que possui, porém, ao trabalhar com os fragmentos de diários é bom mostrar a ele que
as informações são importantes.

 Após o registro do documento sobre a fonte histórica (fotografia pessoal) o


aluno deverá elaborar uma narrativa histórica sobre seu documento, no
caderno.
 Os alunos devem socializar suas descobertas com os colegas. O importante é
que percebam que todos fazem parte da história, todos vivem
simultaneamente, porém cada um tem uma história diferente.

 Mostrar fragmentos de diários para os alunos perceberem a importâncias das


fontes históricas primárias, que são guardadas em arquivos familiares como
cartas, fotografias, diários.
 DICA PARA O PROFESSOR: uso de trechos de diários conhecidos:

Trecho do Diário de Anne Frank


http://youtruth.weebly.com/uploads/1/3/1/8/1318459/o_diario_de_anne_frank_-
portuguese.pdf

DIÁRIO Domingo, 14 de junho de 1942 Na sexta-feira, 12 de junho, acordei às seis horas.


Pudera! Era dia do meu aniversário. É claro que eu não tinha permissão para levantar àquela
hora, e por isso tive de refrear a minha curiosidade até as quinze para as sete. Aí então não
agüentei mais e corri até a sala de jantar, onde recebi as mais efusivas saudações de Moortie
(a gata). Logo depois das sete fui dar bom-dia à mamãe e ao papai, e, depois, corri à sala de
estar para desembrulhar meus presentes. O primeiro que me saudou foi você, possivelmente o
melhor de todos. Sobre a mesa havia também um ramo de rosas, uma planta e algumas
peônias; durante o dia chegaram outros. Ganhei uma porção de coisas de mamãe e papai e fui
devidamente presenteada por vários amigos. Entre outras coisas, deram-me um jogo de salão
chamado Câmara Escura, muitos doces, chocolates, um quebra-cabeça, um broche, os Contos
e lendas dos Países Baixos, de Joseph Cohen, Daisy e suas férias nas montanhas (um livro
espetacular) e algum dinheiro. Agora posso comprar Os mitos da Grécia e Roma — que legal!
Lies veio então apanhar-me para irmos à escola. No recreio, distribuí biscoitinhos doces para
todo mundo, e então tivemos de voltar às aulas. Agora preciso parar. Até logo. Acho que
vamos ser grandes amigos.

Trecho do diário de Amyr klink , publicado no Livro: Paratii entre dois pólos (1992)
Relato da viagem de 642 dias entre a Antártida e o Ártico a bordo do veleiro Paratii no período
de 1989 a 1991.

http://www.devrybrasil.edu.br/fanor/noticias/conheca-publicacoes-de-amyr-klink
Paratii entre dois pólos (1992)
Relato da viagem de 642 dias entre a Antártida e o Ártico a bordo do veleiro Paratii no
período de 1989 a 1991.

"Bem-vindo a bordo. Você vai começar a fazer uma viagem inesquecível. Aliás, duas
viagens. Uma, calma, saborosa, sem sobressaltos ou tédio. A outra, plena de aventuras,
repleta de emoções, rumo ao desconhecido.
Ambas têm como comandante uma figura rara. Alguém capaz de navegar com rara
competência pelo mundo das letras e pelos oceanos do mundo. Amyr Klink é mesmo um
brasileiro notável. Como poucos sabe viver experiências incomuns, o que por si só justifica
uma existência. Além disso, é também extremamente talentoso para contar sua epopéia.
Além de usar os trechos de diários como documentos, o professor pode utilizá-los
como exemplos para os alunos analisarem seus documentos.

 DICA DE LEITURA PARA O PROFESSOR


GERMINARI, Geyso Dongley. Arquivar a vida: uma possibilidade para o ensino de
História. Roteiro, [S.l.], v. 37, n. 1, p. 51-70, jun. 2012. ISSN 2177-6059. Disponíve
em: <http://editora.unoesc.edu.br/index.php/roteiro/article/view/1424>.
Acesso em: 05 Dez. 2016.

PARA UMA DEFINIÇÃO DE DOCUMENTOS EM ESTADO DE ARQUIVO FAMILIAR


Atualmente os documentos históricos são guardados em centros de documentação,
bibliotecas, museus, bancos de dados e arquivos especializados na conservação e classificação
de acervos documentais. Os arquivos, na perspectiva de Paes (1997), podem ser classificados,
entre outras formas, segundo as entidades mantenedoras. Eles podem ser: públicos (Federal,
Estadual, Municipal), institucionais (escola, igreja, associações, sindicatos), comerciais
(empresas, corporações) e familiares ou pessoais. O arquivo público pode ser definido como um
“[...] conjunto de documentos produzidos ou recebidos por instituições governamentais de
âmbito federal, estadual ou municipal, em decorrência de suas funções administrativas,
judiciárias ou legislativas.” (PAES, 1997, p. 24).
Estas instituições fornecem serviços direcionados ao levantamento, leitura e
reprodução de documentos e, além disso, possuem condições técnicas para conservar grandes
acervos documentais. Como afirma Camargo (1988, p. 58), “[...] no âmbito do público como
equivalente de estatal e de oficial, os arquivos são, antes de mais nada, depositários da fé
pública.” Ainda, segundo a autora:

A valorização do arquivo como órgão que conserva os documentos


emanados de autoridades públicas vem de uma longa tradição
jurídica, baseada na presunção de autenticidade dos atos praticados
pelos que detêm cargos e ofícios públicos. É na esfera pública –
mediante registros autênticos e seguros – que evidenciam a
veracidade e a validade dos fatos. (CAMARGO, 1988, p. 59).

Durante o século XIX, a arquivística enfatizou o aspecto público dos arquivos em razão
da ideia de autenticidade dos documentos, pois o ato de arquivar documentos sendo uma
prática social refletia em suas atividades o pensamento oitocentista, sobretudo, o ideário
positivista, o qual influenciou a noção historiográfica de documento histórico como prova dos
fatos passados.
Os documentos em estado de arquivo familiar não fazem parte da vida de
personagens do cenário político ou midiático. Estes documentos podem ser encontrados
no interior das mais diversas residências, arquivados em gavetas, em caixas de papelão,
esquecidas temporariamente em cima de armários. Encontram-se aí, velhas fotografias
amareladas, certidões de nascimento, escrituras de terreno, agendas, cartas, bilhetes
confidenciais, carteiras de trabalho. Essa definição corrobora com as ideias de Artières
(1998, p. 31), para quem “[...] arquivar a própria vida não é privilégio de homens ilustres
(de escritores ou de governantes). Todo indivíduo, em algum momento da sua existência,
por uma razão qualquer, se entrega a esse exercício.”
Ao longo da vida, em diferentes situações, as pessoas guardam cartões postais;
cartas recebidas; fotografias; certidões de nascimento, casamento e óbito,
espontaneamente ou por obrigação social. A classificação dos documentos pessoais
ocorre diariamente, segundo Artières (1998, p. 10) “[...] passamos assim o tempo a
arquivar nossas vidas: arrumamos, desarrumamos, reclassificamos.” Este autor analisa a
rela- ção complexa entre o indivíduo e seus documentos, detendo-se na natureza das
exigências sociais, que levam as pessoas, cotidiana e silenciosamente, a manter arquivos
de suas vidas.
No sentido amplo do conceito de documento histórico empregado pelas
correntes historiográficas atuais, todos os artefatos produzidos e guardados pelas
pessoas comuns são considerados fontes primárias para a escrita da História e, portanto,
passíveis de serem utilizadas no ensino de História.
Os documentos em estado de arquivo familiar são registros que podem revelar
parte da memória do indivíduo e da coletividade. A memória, para Williams (1969),
permanece de duas maneiras: a primeira insere-se numa “tradição comum da
humanidade”, constituída ao longo de toda a História das sociedades; a segunda está
conservada em arquivos de forma sistemática, por meio da preservação organizada dos
documentos, do passado e do presente. Por outro lado, grande parte da memória
coletiva e individual é perdida pela escassez de registros.
O uso de documentos no ensino de História tem sido um tema amplamente
debatido nas últimas décadas. Para Ferraz (1999, p. 682), “[...] é relativamente grande o
volume de artigos, ensaios e livros relacionados, de uma maneira ou de outra, ao exercício
do conhecimento histórico através do trabalho documental.” A maioria dos estudos
aborda o uso escolar de documentos localizados em acervos já constituídos e organizados
em instituições especializadas na coleta, organização e conservação das fontes
documentais. O acervo documental de arquivos institucionais dificulta o planejamento do
ensino centrado na vivência histórica das pessoas comuns, pois a memória dos grupos
sociais populares não está sistematicamente preservada nas instituições públicas
especializadas.
Os documentos de arquivos familiares são qualitativamente diferentes daqueles
encontrados nos arquivos públicos. O uso escolar desse tipo de documento requer um
trabalho específico de coleta, seleção e organização, que considere suas especificidades.
Isso juntamente com uma metodologia que articule concepção de história, concepção de
documento histórico e uma seleção de conteúdo adequada.

Duração:
Tempo previsto: 6 horas/ aula

Relação Interdisciplinar:
 Língua portuguesa: escrita de diários.
Roteiro do 3º encontro

Conteúdo de aula:
-O uso de documentos histórico na sala de aula: A Lei 10639/03

Objetivos:
 Conhecer a Lei 10639/03;
 Refletir sobre o que é preconceito e racismo e os problemas causados por
ambos.

Metodologia:
 Elaborar questões para os alunos responderem;
 Uso de documento oficial: a Lei 10639/03;
 Uso de letra de música para debater a temática.

Atividades:

 Iniciar a temática com algumas questões que os (as) alunos (as) responderão
no caderno para socializar com o (a) professor (a):
- Você sabe o que é preconceito?
- Você já presenciou alguma situação de preconceito?
- Você conhece ou já ouviu falar sobre a Lei 10639/03?
- Você sabe por que esta lei foi elaborada?

 Levar o documento com a Lei 10639/03 para sala de aula, este documento
pode ser em cópias impressas ou na versão online, que pode ser acessada no
link:

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato20112014/2013/Lei/L12796.htm#art1
 Levar a letra da música de Gabriel O Pensador: Racismo é burrice para
contrapor o documento.

Gabriel O Pensador
Racismo É Burrice (nova Versão de Lavagem Cerebral)

Salve, meus irmãos africanos e lusitanos, do outro lado do oceano


"O Atlântico é pequeno pra nos separar, porque osangue é mais forte que a água do
mar"
Racismo, preconceito e discriminação em geral;
É uma burrice coletiva sem explicação
Afinal, que justificativa você me dá para um povoque precisa de união
Mas demonstra claramente
Infelizmente
Preconceitos mil
De naturezas diferentes
Mostrando que essa gente
Essa gente do Brasil é muito burra
E não enxerga um palmo à sua frente
Porque se fosse inteligente esse povo já teria agidode forma mais consciente
Eliminando da mente todo o preconceito
E não agindo com a burrice estampada no peito
A "elite" que devia dar um bom exemplo
É a primeira a demonstrar esse tipo de sentimento
Num complexo de superioridade infantil
Ou justificando um sistema de relação servil
E o povão vai como um bundão na onda do racismoe da discriminação
Não tem a união e não vê a solução da questão
Que por incrível que pareça está em nossas mãos
Só precisamos de uma reformulação geral
Uma espécie de lavagem cerebral

Racismo é burrice

Não seja um imbecil


Não seja um ignorante
Não se importe com a origem ou a cor do seu semelhante
O quê que importa se ele é nordestino e você não?
O quê que importa se ele é preto e você é branco
Aliás, branco no Brasil é difícil, porque no Brasilsomos todos mestiços
Se você discorda, então olhe para trás
Olhe a nossa história
Os nossos ancestrais
O Brasil colonial não era igual a Portugal
A raiz do meu país era multirracial
Tinha índio, branco, amarelo, preto
Nascemos da mistura, então por que o preconceito?
Barrigas cresceram
O tempo passou
Nasceram os brasileiros, cada um com a sua cor
Uns com a pele clara, outros mais escura
Mas todos viemos da mesma mistura
Então presta atenção nessa sua babaquice
Pois como eu já disse racismo é burrice
Dê a ignorância um ponto final:
Faça uma lavagem cerebral

Racismo é burrice

Negros e nordestinos constroem seu chão


Trabalhador da construção civil conhecido como peão
No Brasil, o mesmo negro que constrói o seuapartamento ou o que lava o chão de u
ma delegacia
É revistado e humilhado por um guarda nojento
Que ainda recebe o salário e o pão de cada diagraças ao negro, ao nordestino e a to
dos nós
Pagamos homens que pensam que ser humilhado não dói
O preconceito é uma coisa sem sentido
Tire a burrice do peito e me dê ouvidos
Me responda se você discriminaria
O Juiz Lalau ou o PC Farias
Não, você não faria isso não
Você aprendeu que preto é ladrão
Muitos negros roubam, mas muitos são roubados
E cuidado com esse branco aí parado do seu lado
Porque se ele passa fome
Sabe como é:
Ele rouba e mata um homem
Seja você ou seja o Pelé
Você e o Pelé morreriam igual
Então que morra o preconceito e viva a união racial
Quero ver essa música você aprender e fazer
A lavagem cerebral
Álbum : MTV ao Vivo: Gabriel o Pensador ano 2003

 Os alunos devem comparar a letra da música com a Lei 10639/03 e comparar


quais são as ideias presentes nos dois documentos.
 Assistir o vídeo do programa CQC sobre racismo para debater o assunto com
os alunos no link:

https://www.youtube.com/watch?v=29kzSogJESU
 Para ajudar os alunos a pensarem sobre este assunto o professor pode
elaborar algumas questões para os alunos:
- Que fontes são estas? De quando são? Quem as elaborou?
- Elas podem ser consideradas uma pista para chegarmos ao passado?
- As fontes apresentam versões diferentes sobre o fato do passado?
-Que ideias as fontes representam.

Recursos:
 Sala de aula, sala de informática ou cópias impressas dos documentos, rádio,
caderno dos alunos, professor (a).

Duração:
Tempo previsto: 6 horas/aulas
Roteiro do 4º Encontro

Conteúdo da aula:
 O aprisionamento dos africanos e a vinda para o Brasil.

Objetivos:
 Refletir sobre o processo de aprisionamento de africanos em seu continente;
 Conhecer os motivos da vinda dos africanos para o Brasil;
 Entender o processo de escravidão dos africanos no Brasil dos séculos XVI até
XIX.

Metodologia:
 Pesquisar sobre o processo de aprisionamento e venda de africanos para a
América.
 Usar recorte do filme Amistad e vídeos de sites.

Atividades:
 Formar grupos de alunos para realizarem uma pesquisa na internet sobre o
aprisionamento dos africanos, como a atividade será desenvolvida com alunos
do 8º ano do Ensino Fundamental é importante que o professor indique quais
os sites que o aluno pode utilizar para a pesquisa, indico alguns links sobre o
assunto:

http://www.geledes.org.br/lista-com-nomes-de-navios-negreiros-
escancara-cinismo-dos-comerciantes-de-seres-humanos-no-oceano-
atlantico/#gs.8X2JPRs

http://www.pordentrodaafrica.com/cultura/a-rota-do-escravo-uma-visao-
global-assista-ao-documentario-produzido-pela-unesco

http://www.pordentrodaafrica.com/cultura/o-filme-a-rota-do-escravo-
a-alma-da-resistencia-conta-a-historia-do-comercio-de-escravos
Pedir aos alunos que anotem no caderno suas descobertas.
 Assistir ao recorte do filme Amistad, segue link com o recorte:

https://drive.google.com/open?id=0B4kq1znMgczuM3NaQXFtd0lkV0U

Este recorte também está disponível no site dia a dia educação.

 Após assistir o recorte do filme o professor (a) deve pedir aos alunos
compararem os dois materiais e anotarem as diferenças que existem entre
os dois documentos.

Para que os alunos percebam as diferenças o professor pode passar algumas


questões como, por exemplo:
No documentário aparecem atores encenando a viagem dos africanos para o Brasil,
o que você entendeu destas cenas? Elas representam o que aconteceu realmente?
Ou poderia se perguntar se o documentário e o filme retratam da mesma forma os
acontecimentos, ou o que há de diferente entre os dois documentos.

 DICA DE LEITURA PARA O PROFESSOR

RODRIGUES, RN. Os africanos no Brasil [online]. Rio de Janeiro: Centro Edelstein de Pesquisas
Sociais, 2010. 303 p. ISBN: 978-85-7982-010-6.

http://static.scielo.org/scielobooks/mmtct/pdf/rodrigues-9788579820106.pdf

RECURSOS:
 Sala de aula, sala de informática, tv-pendrive, caderno dos (as) alunos (as),
professor(a).
Duração:
Tempo previsto: 5 horas/aula
Relação Interdisciplinar:
 Geografia: Pintura de mapa do continente africano.
Roteiro do 5º encontro

Conteúdo da aula:
 O uso do livro didático

Objetivos:
 Analisar se o livro ajuda os alunos a compreenderem o conteúdo sobre a
história africana e afro-brasileira.
 Identificar se o livro adotado está de acordo com a Lei 10639/03.
 Refletir sobre os exercícios do livro didático, se ao realiza-los o (a) aluno (a)
consegue identificar o papel do africano na sociedade colonial brasileira.

Metodologia:
 Utilizar o Livro didático escolhido pelo PNLD.
 Realizar as atividades para analisar se elas estão de acordo com a Lei
10639/03

Atividades:
 Realizar a leitura dos textos do livro didático dos alunos (estes foram escolhidos
pelo PNLD 2017).
 Após a leitura, escolher um exercício do livro para os alunos resolverem, este
ano o livro utilizado é História, Sociedade e Cidadania, autor: Alfredo Boulos
Junior, da editora FTD, para o 8º ano. O exercício escolhido foi o número 6 da
página 27, é um exercício onde os alunos vão trabalhar com fontes, são três
documentos: um fragmento de um texto de Reis,João José; Gomes, Flávio dos
Santos. Liberdade por um fio. São Paulo: Companhia das Letras, 1996, p.9 e
duas imagens: quadros de John Clarke e Henry Chamberlain, os dois de 1821,
ambos da Pinacoteca de São Paulo.
 É necessário que o professor analise se o exercício permite aos (as) alunos
(as) desenvolverem a consciência histórica, ou seja, se permite que o aluno
consiga descrever, analisar, entender, explicar, demonstrar e interpretar.
 DICA PARA O PROFESSOR

Professor não esqueça que os conteúdos devem ser trabalhados de forma


afirmativa, neste momento sugiro que você analise se o livro didático escolhido
por você e seus colegas trabalha os conteúdos afirmativamente.

 DICA DE LEITURA PARA O PROFESSOR

ações afirmativas, isto é, conjuntos de ações políticas dirigidas à correção de


desigualdades raciais e sociais, orientadas para oferta de tratamento diferenciado
com vistas a corrigir desvantagens e marginalização criadas e mantidas por estrutura
social excludente e discriminatória. Ações afirmativas atendem ao determinado pelo
Programa Nacional de Direitos Humanos bem como a compromissos internacionais
assumidos pelo Brasil, com o objetivo de combate ao racismo e a discriminações,
tais como: a Convenção da UNESCO de 1960, direcionada ao combate ao racismo em
todas as formas de ensino, bem como a Conferência Mundial de Combate ao Racismo,
Discriminação Racial, Xenofobia e Discriminações Correlatas de 2001.
http://www.espacoacademico.com.br/040/40pc_diretriz.htm

Links sobre Educação Histórica e Fontes Históricas:

Rosi Gevaerd: A narrativa histórica como uma maneira de ensinar e aprender história: O
caso da história do Paraná, disponível em:

http://www.lapeduh.ufpr.br/arquivos/2010-02-28-10-07-18-rosigevaerd2009.pdf

Ana Claudia Urban: A CONSTITUIÇÃO DO CÓDIGO DISCIPLINAR DA DIDÁTICA DA


HISTÓRIA NAS PROPOSTAS DOS CURSOS DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES, disponível
em:

http://www.lapeduh.ufpr.br/revista2013/REDUH.pdf

RECURSOS:
Sala de aula, alunos, cadernos dos alunos, sala de informática.
Duração:
Tempo previsto: 3 horas/aulas
Roteiro do 6º encontro

Conteúdo da aula:
 A cultura africana e afro-brasileira

Objetivos:
 Reconhecer a influência dos africanos e afrodescendentes na cultura brasileira.
 Identificar vocábulos africanos em nossa língua.
 Mostrar a presença de traços africanos na música, esportes, religião.

Metodologia:
 Pesquisa bibliográfica de negros que se destacaram/destacam na música,
esportes, religião, no mundo.
 Confecção de cartazes sobre estes personagens, em pequenos grupos.
 Apresentação dos materiais confeccionados pelos alunos.

Atividades:
 O professor vai organizar a turma em pequenos grupos, cada equipe pode ficar
encarregada de um tema, por exemplo a música, outro sobre o esporte, outro
sobre a religião.
 Após cada equipe ter sido formada, o professor faz a escolha do tema (ou
sorteia).
 Cada equipe irá realizar sua pesquisa (pode ser elaborado um roteiro de
pesquisa, mas a ideia é que cada grupo pesquise seu tema sem a interferência
do professor). É importante o professor avaliar se os alunos (as) conseguem
se organizar a respeito de informações relacionadas ao presente/passado.
 Cada equipe irá confeccionar um cartaz sobre as informações escolhidas pelo
grupo.
 Após o termino dos cartazes o professor pode organizar uma exposição dos
materiais confeccionados pelos alunos.
Recursos:
Sala de aula, sala de informática, cartolinas.
Duração:
Tempo previsto: 2 horas/aulas

 Dica para o professor

Professor (a):

Estes conteúdos foram selecionados de acordo com as carências de conteúdo de meus


alunos, os seus alunos podem apresentar outras carências em relação a temática.
Roteiro 7º encontro

Conteúdo da aula:
 História Local

Objetivos:
 Compreender a participação de africanos e afrodescendentes na história local
a partir de documentos;
 Identificar personagens negros da história local;
 Reconhecer locais públicos como pertencentes a etnia afrodescendente.

Metodologia:
 Uso de documentos oficiais sobre a história de personagens negros na história
local
 Leitura de bibliografia de personagens afrodescendentes da história local.
 Uso de imagens de locais públicos pertencentes a etnia negra.

Atividades:
 O professor pode começar a aula com o seguinte questionamento:
- Existiu trabalho escravo em Curitiba (ou a sua cidade)?
-O que você sabe sobre isso?
- Onde podemos pesquisar sobre estes assuntos?
 De acordo com as respostas dos alunos o professor pode indicar sites para
pesquisa:
- Câmara Municipal de Curitiba:
http://www.cmc.pr.gov.br/ass_det.php?not=20491
- Jornal Gazeta do Povo:
http://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/legado-afro-em-solo-
paranaense-0b6um2bmnfdjfwju0o1wy009a

- Fundação Cultural de Curitiba:


http://www.fundacaoculturaldecuritiba.com.br/noticias/linha-preta-um-passeio-
pela-historia-da-populacao-negra-de-curitiba/
- Arquivo Público do Paraná:
www.arquivopublico.pr.gov.br/
- Biblioteca Pública do Paraná:
www.bpp.pr.gov.br/

 O professor selecionará um documento sobre a história de africanos ou


afrodescendentes que viveram em sua região (o professor poderá pesquisar
em locais ou sites que falem sobre a história local), pode pesquisar online ou
trazer cópias do documento para sala de aula.
- Neste caso foi escolhida uma fotografia da Igreja do Rosário, em Curitiba.

Fonte: https://www.google.com.br
 Analisar o documento:
- Fonte:
-Autor da fonte:
- data:
- Algumas identificações sobre a fonte.
-
 O professor poderá categorizar o documento observando se os alunos
conseguem identificar:
- Ideias de tempo: por exemplo, antigamente, hoje.
- Relacionam passado/presente.
 Pesquisar a bibliografia de algumas pessoas negras que se destacaram na
história da cidade:
- Os irmãos Rebouças
- Enedina Alves Marques
 Produção de uma narrativa sobre a presença dos negros na história de Curitiba(
ou a sua cidade)

 Dica de leitura para o professor

Texto: HISTÓRIA E MEMÓRIA DA ESCRAVIDÃO NO PARANÁ: POSSIBILIDADES DE


UMA PRODUÇÃO NA PERSPECTIVA DA HISTÓRIA PÚBLICA .Joseli Maria Nunes
Mendonça. Disponível em:

http://www.escravidaoeliberdade.com.br/site/images/Textos7/joseli_mendona.pdf
acesso em 25/11/2016

site: Centro Cultural Humaita

https://informativocentroculturalhumaita.wordpress.com/

Recursos:
 Sala de aula, sala de informática, cópias impressas dos documentos,
Cadernos dos alunos, documento para elaboração da narrativa.
Duração:
 Tempo previsto: 3 horas/aulas
Roteiro do 8º encontro

Conteúdo da aula:
 Narrativas Históricas

Objetivos:
 Produção de narrativas sobre a temática africana.
 Analisar se a metodologia da Educação Histórica ajudou a desenvolver a
consciência histórica sobre a temática da história africana e afrodescendente.

Metodologia:
 A partir do trabalho com as fontes históricas serão produzidas narrativas
históricas sobre a temática, onde será avaliado se a metodologia baseada na
Educação Histórica possibilita a compreensão dos fatos e a noção de
temporalidade necessários para melhor compreensão dos conteúdos sobre a
história africana e afro-brasileira.

Atividades:
 O professor entregará aos (as) alunos (as) uma folha com um fragmento de
texto ou uma imagem para os alunos escreverem sobre os conhecimentos que
adquiriram durante o desenvolvimento deste projeto.
 Após a produção das narrativas o professor irá analisar as narrativas e
categorizá-las, então fará a análise das respostas para avaliar se os alunos
conseguiram desenvolver a consciência histórica.

Recursos:
 Sala de aula, documento para elaboração das narrativas.

Duração:
Tempo previsto: 3 horas/aulas
Referências

ABUD, K. M. O livro didático e a popularização do saber histórico. In: SILVA, M. A.


(Org.). Repensando a história. Rio de Janeiro: Marco Zero, 1984.

BARCA, I. Verdade e perspectivas do passado na explicação em história: uma visão


pós-desconstrucionista. Revista O Estudo da História – O ensino da História:
problemas da didática e do saber histórico, Lisboa, A. P. H. Associação de Professores
de História, n.3, 1998, p. 163-173.

GERMINARI, Geyso Dongley. Arquivar a vida: uma possibilidade para o ensino de


História. Roteiro, [S.l.], v. 37, n. 1, p. 51-70, jun. 2012. ISSN 2177-6059.

GOMES, N. L. Alguns termos e conceitos presentes no debate sobre relações raciais


no Brasil: uma breve discussão. In: Educação anti-racista: caminhos abertos pela Lei
Federal 10639/2003. Secretaria da Educação Continuada, Alfabetização e
Diversidade. - Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Continuada,
Alfabetização e Diversidade, 2005.

LEE, Peter .Em direção a um conceito de Literacia Histórica. A escolha de recursos


na aula de História. In: Educar em Revista. Curitiba, PR: Ed. UFPR, n° especial, 2006.
P. 131-150

MUNANGA, K. Uma abordagem conceitual das noções de raça, racismo, identidade


e etnia. Palestra proferida no 3º Seminário Nacional Relações Raciais e Educação-
PENESB-RJ, em 5 nov. 2003.

___________ Rediscutindo a mestiçagem no Brasil. Belo Horizonte : Autêntica, 2004.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de História.


Curitiba: SEED, 2008.
RÜSEN, J. Razão histórica: teoria da história: fundamentos da ciência histórica. Trad.
Estevão de Rezende Martins. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2001.

_____. História viva: teoria da história: formas e funções do conhecimento histórico.


Trad. Estevão de Rezende Martins. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2007.

SCHMIDT, Maria Auxiliadora. “O uso escolar do documento histórico.” In: Caderno de


História. Curitiba: UFPR, 2007, n. 2.

______. Cognição histórica situada: que aprendizagem é esta? Aprender história:


perspectivas da educação histórica. Org. Maria Auxiliadora Schmidt, Isabel Barca.
Coleção cultura, escola e ensino. Ijuí: Ed. Unijuí, 2009.

_____. Razão histórica: teoria da história: fundamentos da ciência histórica. Trad.


Estevão de Rezende Martins. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2000
SILVA, P.V.B. Apontamentos sobre o racismo no Brasil. Curitiba: UFPR,2014.

Sites:

BRASIL. Ministério da Educação. Presidência da República. Lei n. 10.639 de 9 de


janeiro de 2003. Altera a Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as
diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de
Ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”, e dá outras
providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-
2014/2013/Lei/L12796.htm#art1 acesso em 30/ 07/2016

Conferência Mundial de Combate ao Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e


Discriminações Correlatas de 2001. Disponível em:
http://www.espacoacademico.com.br/040/40pc_diretriz.htm Acesso em 25/07/2016

GERMINARI, Geyso Dongley. Arquivar a vida: uma possibilidade para o ensino de


História. Roteiro, [S.l.], v. 37, n. 1, p. 51-70, jun. 2012. ISSN 2177-6059. Disponível
em: <http://editora.unoesc.edu.br/index.php/roteiro/article/view/1424>. Acesso em: 05
Dez. 2016.
KLINK, Amyr .Paratii entre dois pólos (1992)Relato da viagem de 642 dias entre a
Antártida e o Ártico a bordo do veleiro Paratii no período de 1989 a 1991.
http://www.devrybrasil.edu.br/fanor/noticias/conheca-publicacoes-de-amyr-klink
acesso em 01/12/2016

LAPEDUH: A CONSTITUIÇÃO DO CÓDIGO DISCIPLINAR DA DIDÁTICA DA


HISTÓRIA NAS PROPOSTAS DOS CURSOS DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES,
Ana Claudia Urban, disponível em:
http://www.lapeduh.ufpr.br/revista2013/REDUH.pdf acesso em: 05/07/2016

MENDONÇA, Joseli Maria Nunes.HISTÓRIA E MEMÓRIA DA ESCRAVIDÃO NO


PARANÁ: POSSIBILIDADES DE UMA PRODUÇÃO NA PERSPECTIVA DA
HISTÓRIA PÚBLICA. Disponível em:
http://www.escravidaoeliberdade.com.br/site/images/Textos7/joseli_mendona.pdf
acesso em 12/11/2016.

O Diário de Anne Frank. Disponível em:


http://youtruth.weebly.com/uploads/1/3/1/8/1318459/o_diario_de_anne_frank_-
portuguese.pdf acesso em 01/12/2016

RODRIGUES, RN. Os africanos no Brasil [online]. Rio de Janeiro: Centro Edelstein de


Pesquisas Sociais, 2010. 303 p. ISBN: 978-85-7982-010-6. Available from SciELO
Books .Disponível em:
http://static.scielo.org/scielobooks/mmtct/pdf/rodrigues-9788579820106.pdf acesso
em: 28/11/2016

VAGALUME: Letras de Músicas: Gabriel o Pensador. Disponível em:


https://www.vagalume.com.br/gabriel-pensador/racismo-e-burrice-nova-versao-de-lavagem-
cerebral.html#print acesso: 01/12/2016

Imagem:
https://www.google.com.br
ANEXO 1

Documento de investigação prévia elaborado pela professora PDE

Caro aluno, gostaria de poder contar com você nesta pesquisa sobre a História africana, na
visão dos alunos. A mesma faz parte do Programa PDE e tem como objetivo investigar
quais são os conhecimentos que você possui sobre esta temática.
Conto com você.

Data:______/______/______ Série/Ano_____ Turma:___________

IDENTIFICAÇÃO DO ALUNO
1.Nome___________________________________________________________________

1.1 Nascimento _____/______/_____

1.2 Sexo: ( ) masculino ( ) feminino

CONHECIMENTOS PRÉVIOS DOS ALUNOS

2. O que você sabe sobre a África?


__________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________.

2.1 Como você imagina que era a vida dos africanos antes de serem trazidos ao
Brasil?
__________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________.

2.2 O que você sabe sobre a vinda dos africanos para o Brasil?
__________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________.

2.3 Com quem você aprendeu (ouviu falar) sobre a África?

( ) amigos(as) ( )professor( a) ( ) programas de televisão ( ) internet


( ) livros de literatura ( ) livro didático ( ) família ( ) filmes ( ) documentários

2.4 O que você gostaria de saber sobre a história africana e afro-brasileira?


__________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________.

2.5 Você tem alguma ideia sobre como é a vida dos africanos nos dias de hoje?
__________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________.

2.6 Você já ouviu falar ou sabe algo sobre pessoas africanos que se destacaram? Escreva
um pouco sobre o que sabe.
__________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________.

2.7 Em nossa cidade existem personagens negros que se destacaram? Você lembra de
algum?

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