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Cumbuca #9
Comissão de heteroidentificação racial
Participação especial: Nilton Santos
OABSP: 308888
Introdução
Objetivo
Detalhar trilha de aprendizado da temática racial, incorporando momentos de disseminação para o time e
fora da Falconi.
• Existe um grupo de pessoas que possui privação de direitos baseados em seu fenótipo
[...] no exercício de sua tarefa heteroidentificatória, a comissão deve corrigir eventual autoatribuição
identitária equivocada, à luz dos fins da política pública, iniciativa que não se confunde com lugar para
a confirmação de percepções subjetivas ou satisfação de sentimentos pessoais, cuja legitimidade não se
discute nem menospreza, mas que não vinculam, nem podem dirigir, a política pública;
(Roger Raupp Rios, 2018 p. 215)
A intervenção da banca
Esse procedimento é regulamentado pela portaria a Portaria Normativa n º 4, de 6 de abril de 2018, que
instaura as bancas heterogêneas (formadas por pessoas de diversas cores, gênero e naturalidade distintas)
como dispositivo complementar à autodeclaração, para fins de preenchimento das vagas reservadas para
candidatos negros nos concursos públicos federais.
A intervenção da banca
• O objetivo da heteroidentificação racial é garantir que os candidatos que ingressarem nas vagas
reservadas para pessoas negras sejam realmente negras.
• A entrada de candidatos não reconhecidos socialmente como negros através das cotas raciais gerou a
necessidade de assegurar os direitos da população negra ao ensino superior, na graduação e na pós-
graduação, e aos empregos públicos através da confirmação da sua etnia/cor por uma comissão,
qualificada e que usa critérios rigorosos, criada especificamente para este fim.
Então quais são os sinais?
• Para reconhecer uma pessoa socialmente como negra as bancas de heteroidentificação utilizam o
conceito de raça social, que é explicado pelo antropólogo Kabengele Munanga como uma categoria
construída a partir das diferenças fenotípicas como a cor da pele, o tipo do cabelo e outros critérios
morfológicos que denotem o indivíduo como afro-brasileiro (largura dos lábios e do nariz).
• Não são consideradas as características biológicas, genéticas ou a sua ascendência, ou seja, se tem
pais ou avós negros. Essas características são estigmatizantes e dão base ao preconceito de marca e à
discriminação pela aparência aqui no Brasil, como ensinou o sociólogo Oracy Nogueira.
Reflexões que podem orientar o debate em caso de dúvidas
• A representatividade dos negros em ambientes de prestígio seria ampliado com a presença desse
candidato?
• Considerar o aspecto subjetivo da autodeclaração para a decidir (não importa se o indivíduo se acha
ou não negro ou se já sofreu discriminação)
• Transição e exclusão
RAMATIS JACINO
• O branqueamento do trabalho
RAMATIS JACINO
Obrigado!