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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ - PORTO ALEGRE/EAD

LETRAS/INGLÊS - LICENCIATURA

ISABEL PISCHING

PRÁTICA COMO COMPONENTE CURRICULAR (PCC) DE HISTÓRIA DA


EDUCAÇÃO NO BRASIL: Entendendo a Prática Pedagógica da disciplina de História
no Brasil

Teutônia
2021

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ISABEL PISCHING

HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO NO BRASIL:


Entendendo a Prática Pedagógica da disciplina de História no Brasil

Trabalho apresentado ao curso de Letras/Inglês -


Licenciatura da Universidade Estácio de Sá, para
a Prática de Componente Curricular na disciplina
de História da Educação Brasileira.

Teutônia
2021

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1. METODOLOGIA

Para o desenvolvimento do presente trabalho, o conteúdo estudado na disciplina de


História da Educação no Brasil foi revisado, e a partir de tais conhecimentos adquiridos,
utilizados como base desta pesquisa, buscou-se então o Plano Pedagógico de uma escola de
ensino básico e seu componente curricular da disciplina de história.
A escola contemplada aqui será o Colégio Teutônia (CT), localizado na cidade de
Teutônia, interior do Rio Grande do Sul. Fundada em 1952, a instituição é de confissão
luterana e integrante da Rede Sinodal de Educação. Em 1953, a escola iniciou seus trabalhos,
contando com 24 alunos. Nesta época, era conhecida como Escola Agrícola Teutônia e
oferecia o curso de Administrador Agrícola. Com o decorrer dos anos, a instituição foi
acrescentando novas funções que abrangiam cada vez mais segmentos da comunidade e foi se
adaptando às mudanças que ocorriam na educação.
Finalmente, no ano de 2000, a denominação da escola passou a ser Colégio Teutônia.
Atualmente, conta com Berçário, Educação Infantil, Ensino Fundamental I e II, Ensino Médio
e Educação Profissional.
Tendo por objetivo uma análise comparativa, foi efetuada a leitura da Base Nacional
Comum Curricular (BNCC) e também do Plano Pedagógico e Componente Curricular da
disciplina de História da escola em questão, no Ensino Fundamental I e II e no Ensino Médio.
Após uma leitura minuciosa, dados e informações pertinentes à pesquisa foram registrados
para o desenvolvimento do trabalho, embasados nas seguintes perguntas norteadoras:
A escola menciona as 10 competências que devem ser trabalhadas na Educação
Básica?
A proposta pedagógica menciona e trabalha as aprendizagens essenciais declaradas
na BNCC?
Os conteúdos que todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas e
modalidades da Educação Básica estão esclarecidos de modo a assegurar os direitos de
aprendizagem e desenvolvimento do aluno, em conformidade com o que preceitua o Plano
Nacional de Educação?
A escola discorre sobre o ensino de História baseando seu projeto nos três
procedimentos básicos para o processo de ensino e aprendizagem da História, descrito na
BNCC?

2. INTRODUÇÃO
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2.1. BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR (BNCC)

As 10 competências da Base Nacional Comum Curricular a serem trabalhadas na


Educação Básica que devem ser contempladas pelo Plano Pedagógico da escola são as
seguintes:

1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo


físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar
aprendendo e colaborar para com a construção de uma sociedade justa, democrática
e inclusiva.
2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências,
incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade,
para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e
criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes
áreas.
3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às
mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção
artístico-cultural.
4. Utilizar diferentes linguagens - verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita),
corporal, visual, sonora e digital - bem como conhecimentos das linguagens artística,
matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências,
ideias e sentimentos em diferentes áreas.
5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de
forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo
as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir
conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal
e coletiva.
6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de
conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do
mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu
projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.
7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular.
negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e
promovam os direitos humanos , a consciência socioambiental e o consumo
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responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação
ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.
8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se
na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica
e capacidade para lidar com elas.
9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação , fazendo-se
respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento
e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes,
identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.
10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade,
resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos,
democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários. (BNCC, 2019, págs. 9 e 10)

2.1.1. A ÁREA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS

Voltando-se à Área de Ciências Humanas e Sociais aplicadas, onde se encontra a


disciplina de História, juntamente com Geografia, Sociologia e Filosofia, quanto ao Ensino
Fundamental, a BNCC propõe “a ampliação e o aprofundamento das aprendizagens essenciais
desenvolvidas no Ensino Fundamental, sempre orientada para uma formação ética.” (BNCC,
2017, pág. 561). A base deste compromisso educativo são as ideias de justiça, solidariedade,
autonomia, liberdade de pensamento e de escolha, ou seja, a compreensão e o reconhecimento
das diferenças, o respeito aos direitos humanos e à interculturalidade, e o combate aos
preconceitos de qualquer natureza.
Ainda quanto ao Ensino Fundamental, a exploração dos conhecimentos próprios da
Geografia e da História, como temporalidade, espacialidade, ambiente e diversidade (de raça,
religião, tradições étnicas, etc.), modos de organização da sociedade e relações de produção,
trabalho e poder, considerando os processos de transformação de cada indivíduo, da escola, da
comunidade e do mundo, são previstos pela BNCC como papel dos estudantes.
Já em relação ao Ensino Médio, estas mesmas questões são também exploradas,
porém sob uma perspectiva mais complexa, em função da capacidade cognitiva dos jovens ser
maior, e isto permitir-lhes ampliar seu repertório conceitual e sua capacidade de articular
informações e conhecimentos. O jovem estudante, graças ao desenvolvimento de suas
capacidades de observação, memória e abstração, é portador de percepções mais acuradas da

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realidade, também de raciocínios mais complexos, e de um domínio maior sobre diferentes
tipos de linguagens, favorecendo os processos de simbolização e abstração.
Sendo assim, as propostas da BNCC da área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas
giram em torno do desenvolvimento da capacidade de estabelecer diálogos, considerado o
elemento essencial para a aceitação da alteridade e adoção de uma cultura ética em sociedade,
definindo habilidades concernentes ao domínio de conceitos e metodologias próprios dessa
área.
A BNCC dessa área ainda indica que, no Ensino Médio, “sejam enfatizadas as
aprendizagens dos estudantes relativas ao desafio de dialogar com o Outro e com as novas
tecnologias”. (BNCC, 2019, pág. 562). Também, apresenta como necessário o favorecimento
do protagonismo juvenil, “investindo para que os estudantes sejam capazes de mobilizar
diferentes linguagens (textuais, imagéticas, artísticas, gestuais, digitais, tecnológicas, gráficas,
cartográficas, etc.), valorizar os trabalhos de campo (entrevistas, observações, consultas a
acervos históricos, etc.), recorrer a diferentes formas de registros e engajar-se em práticas
cooperativas, para a formação e resolução de problemas”. (BNCC, 2019, pág. 562).
A organização da BNCC da área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas foi feita e
pensada de modo a tematizar e problematizar algumas categorias da área, fundamentais à
formação dos estudantes. Esta organização se dá da seguinte forma: Tempo e Espaço;
Territórios e Fronteiras; Indivíduo, Natureza, Sociedade, Cultura e Ética; e Política e
Trabalho. A Base Nacional Comum Curricular ainda afirma que “cada uma delas pode ser
desdobrada em outras ou ainda analisada à luz das especificidades de cada região brasileira,
de seu território, da sua história e da sua cultura”. (BNCC, 2019, pág. 562).
Cabe ainda ressaltar aqui as competências específicas de Ciências Humanas e Sociais
Aplicadas para o Ensino Médio, especificadas a seguir:
1. Analisar processos políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais nos âmbitos
local, regional, nacional e mundial em diferentes tempos a partir da pluralidade e de
procedimentos epistemológicos, científicos e tecnológicos, de modo a compreender e
posicionar-se criticamente em relação a eles, considerando diferentes pontos de vista
e tomando decisões baseadas em argumentos e fontes de natureza científica.
2. Analisar a formação de territórios e fronteiras em diferentes tempos e espaços,
mediante a compreensão das relações de poder que determinam as territorialidades e
o papel geopolítico dos Estados-nações.
3. Analisar e avaliar criticamente as relações de diferentes grupos, povos e sociedades
com a natureza (produção, distribuição e consumo) e seus impactos econômicos e
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socioambientais, com vistas a proposição de alternativas que respeitem e promovam a
consciência, a ética socioambiental e o consumo responsável em âmbito local,
regional, nacional e global.
4. Analisar as relações de produção, capital e trabalho em diferentes territórios,
contextos e culturas, discutindo o papel dessas relações na construção, consolidação
e transformação das sociedades.
5. Identificar e combater as diversas formas de injustiça, preconceito e violência,
adotando princípios éticos, democráticos, inclusivos e solidários, e respeitando os
Direitos Humanos.
6. Participar do debate público de forma crítica, respeitando as diferentes posições e
fazendo escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com
liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade. (BNCC, 2019, pág.
570).

2.1.2. A ÁREA DE CIÊNCIAS HUMANAS


A Área de Ciências Humanas trata, então, mais especificamente das disciplinas de
História e Geografia, contribuindo para que os alunos desenvolvam a cognição in situ, não
dispensando da contextualização marcada pelas noções de espaço e tempo, conceitos
fundamentais da área.
É necessário que, no ensino Ciências Humanas, a abordagem das relações espaciais e
o consequente desenvolvimento do raciocínio espaço-temporal favoreçam a compreensão, da
parte dos alunos, dos tempos sociais e da natureza de suas relações com os espaços, sendo que
a exploração destas noções de espaço e tempo deve se dar por meio de diferentes linguagens,
no intuito de permitir que o aluno se torne produtor e leitor de mapas dos mais variados
lugares vividos, concebidos e precedidos. O espaço e o tempo devem ser abordados de forma
a possibilitar uma leitura geo-histórica dos fatos e uma análise com perspectivas históricas,
sociológicas e geográficas simultâneas.
Tempo, espaço e movimento são consideradas categorias básicas na área de Ciências
Humanas, porém, a crítica sistemática à ação humana, às relações sociais e de poder e,
especialmente, à produção de conhecimentos e saberes, devem ser levadas em consideração.
O papel das Ciências Humanas, o objetivo desta área é “estimular uma formação ética,
elemento fundamental para a formação das novas gerações, auxiliando os alunos a construir
um sentido de responsabilidade para valorizar: os direitos humanos; o respeito ao ambiente e
à própria coletividade; o fortalecimento de valores sociais, tais como a solidariedade, a
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participação e o protagonismo voltados para o bem comum; e, sobretudo, a preocupação com
as desigualdades sociais”. (BNCC, 2019, pág. 354). Além disso, cultivar a formação de
alunos intelectualmente autônomos, capazes de articular categorias de pensamento histórico e
geográfico em face do seu próprio tempo.
Durante o período de formação na Educação Básica, é necessário que haja a
oportunidade de explorações sócio cognitivas, afetivas e lúdicas com a capacidade de
potencializar sentidos e experiências com saberes sobre a pessoa, o mundo social e a natureza,
gerando, desta forma, uma contribuição da área das Ciências Humanas, através do seu ensino,
para a concentração de conhecimentos sobre a participação no mundo social e a reflexão
sobre questões éticas, sociais e políticas. Como consequência, a formação dos alunos é
fortalecida, assim como o desenvolvimento da autonomia intelectual.
No período do Ensino Fundamental, tanto a disciplina de Geografia quanto a História
trabalham o reconhecimento do Eu e o sentimento de pertencimento dos alunos à vida da
família e da comunidade, reconhecimento do Outro e do Nós. É a partir dos Anos Iniciais que
os alunos começam a desenvolver procedimentos de investigação em Ciências Humanas,
como a pesquisa sobre diferentes fontes documentais, a observação e registro e o
estabelecimento de comparações. É também nesse período inicial que o desenvolvimento da
capacidade de observação e de compreensão dos componentes da paisagem contribui para a
articulação do espaço vivido com o tempo vivido - espaço biográfico.
Já na fase dos Anos Finais do fundamental, onde o aluno pode ser analisado como ator
inserido em um mundo em constante movimento de objetos e populações e com exigência de
constante comunicação, faz-se mais que necessário o desenvolvimento de habilidades
voltadas para o uso concomitante de diferentes linguagens, dentre elas oral, escrita,
cartográfica, estética e técnica. Ao longo deste período final, o ensino proporciona uma
ampliação de perspectivas e de variáveis, tanto do ponto de vista espacial quanto temporal,
sendo que as noções de temporalidade, espacialidade e diversidade são abordadas em uma
perspectiva mais complexa.
Os Anos Finais tem como incumbência dar continuidade à compreensão dessas
noções, aprofundando os questionamentos sobre as pessoas, os grupos humanos, as culturas e
os modos de organizar a sociedade; as relações de produção e de poder; e a transformação de
si mesmos e do mundo.
Em síntese, o papel da área de Ciências Humanas é “propiciar aos alunos capacidade
de interpretar o mundo, de compreender processos e fenômenos sociais, políticos e culturais e

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de atuar de forma ética, responsável e autônoma diante de fenômenos sociais e naturais”.
(BNCC, 2019, pág.356).
Cabe ainda salientar aqui as competências específicas de Ciências Humanas,
relacionadas a seguir:
1. Compreender a si e ao outro como identidades diferentes, de forma a exercitar o
respeito à diferença em uma sociedade plural e promover os direitos humanos.
2. Analisar o mundo social, cultural e digital e o meio técnico-científio-informacional
com base nos conhecimentos das Ciências Humanas, considerando suas variações de
significado no tempo e no espaço, para intervir em situações do cotidiano e se
posicionar diante de problemas do mundo contemporâneo.
3. Identificar, comparar e explicar a intervenção do ser humano na natureza e na
sociedade, exercitando a curiosidade e propondo ideias e ações que contribuam para
a transformação espacial, social e cultural, de modo a participar efetivamente das
dinâmicas da vida social.
4. Interpretar e expressar sentimentos, crenças e dúvidas com relação a si mesmo, aos
outros e às diferenças culturais, com base nos instrumentos de investigação das
Ciências Humanas, promovendo o acolhimento e a valorização da diversidade de
indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades,
em preconceitos de qualquer natureza.
5. Comparar eventos ocorridos simultaneamente no mesmo espaço e em espaços
variados, e eventos ocorridos em tempos diferentes no mesmo espaço e em espaços
variados.
6. Construir argumentos, com base nos conhecimentos das Ciências Humanas, para
negociar e defender ideias e opiniões que respeitem e promovam os direitos humanos
e a consciência socioambiental, exercitando a responsabilidade e o protagonismo
voltados para o bem comum e a construção de uma sociedade justa, democrática e
inclusiva.
7. Utilizar as linguagens cartográfica, gráfica e iconográfica e diferentes gêneros
textuais e tecnologias digitais de informação e comunicação no desenvolvimento do
raciocínio espaço-temporal relacionado à localização, distância, direção, duração,
simultaneidade, sucessão, ritmo e conexão.

2.1.3. DISCIPLINA DE HISTÓRIA.

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Ao se pensar o ensino da disciplina de História, é necessário levar em consideração a
utilização de diversos tipos de fontes e documentos, sendo estes escritos, iconográficos,
materiais, imateriais, que sejam capazes de facilitar a compreensão da relação tempo e espaço
e das relações sociais que os geraram.
Através da prática de questionamento dos significados das coisas do mundo, como
forma de estimular a produção de conhecimento histórico em âmbito escolar, conduz os
discentes e docentes a desempenhar o papel de agentes do processo de ensino e aprendizagem,
assumindo assim uma “atitude historiadora” diante dos conteúdos propostos, pensando-se na
adequação à esfera que compõe o Ensino Fundamental.
Como forma de estimular e desenvolver o pensamento, são colocados em prática os
processos de identificação - exercido a partir de determinadas perguntas que servem de
auxílio para a efetivação deste processo, levando a diferentes formas de percepção e interação
com um mesmo objeto, o que favorece uma melhor compreensão da história, das mudanças
ocorridas no tempo, no espaço e nas relações sociais; de comparação - que, na disciplina de
história, que exerce o papel de guiar ao ver melhor o Outro; de contextualização - considerada
uma tarefa imprescindível para o conhecimento histórico, pois ajuda o aluno a distinguir
contextos e localizar pessoas, sem deixar de lado o que é particular em uma dada
circunstância, e estimula a percepção de que povos e sociedades, em tempos e espaços
diferentes, não são tributários dos mesmos valores e princípios da atualidade; de
interpretação - fundamental na formação do pensamento crítico, também permitindo
compreender o significado histórico de uma cronologia e realizar o exercício da composição
de outras ordens cronológicas; de análise de um objeto - é uma habilidade bastante complexa
por pressupor a problematização da própria escrita da história e considerar que, apesar do
esforço de organização e de busca de sentido, trata-se de uma atividade em que algo sempre
escapa, sendo impossível de ser concluído e incapaz de produzir resultados finais, exigindo do
sujeito uma compreensão estética e, principalmente, ética do objeto em questão.
Portanto, um dos importantes objetivos da disciplina de História, no Ensino
Fundamental, é estimular a autonomia de pensamento e a capacidade de reconhecer que os
indivíduos agem de acordo com a época e o lugar de onde vieram, de forma a preservar ou
transformar seus hábitos e condutas. Esse estímulo pela busca de autonomia requer também o
reconhecimento das bases da epistemologia da História, a saber: a natureza compartilhada do
sujeito e do objeto de conhecimento, o conceito de tempo histórico em seus diferentes ritmos
e durações, a concepção de documento como suporte das relações sociais, as várias
linguagens por meio das quais o ser humano se apropria do mundo.
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No que se refere ao ambiente escolar, o objetivo da BNCC é estimular ações nas quais
os professores e alunos sejam sujeitos do processo de ensino e aprendizagem, sendo que eles
próprios devem assumir uma atitude historiadora diante dos conteúdos propostos no âmbito
do Ensino Fundamental.
É de extrema importância destacar aqui as competências específicas de História para o
Ensino Fundamental, a saber:
1. Compreender acontecimentos históricos, relações de poder e processos e
mecanismos de transformação e manutenção das estruturas sociais, políticas,
econômicas e culturais ao longo do tempo e em diferentes espaços para
analisar, posicionar-se e intervir no mundo contemporâneo.
2. Compreender a historicidade no tempo e no espaço, relacionando
acontecimentos e processos de transformação e manutenção das estruturas
sociais, políticas, econômicas e culturais, bem como problematizar os
significados das lógicas de organização cronológica.
3. Elaborar questionamentos, hipóteses, argumentos e proposições em relação a
documentos, interpretações e contextos históricos específicos, recorrendo a
diferentes linguagens e mídias, exercitando a empatia, o diálogo, a resolução
de conflitos, a cooperação e o respeito.
4. Identificar interpretações que expressem visões de diferentes sujeitos, culturas
e povos com relação a um mesmo contexto histórico, e posicionar-se
criticamente com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos,
sustentáveis e solidários.
5. Analisar e compreender o movimento de populações e mercadorias no tempo e
no espaço e seus significados históricos, levando em conta o respeito e a
solidariedade com as diferentes populações.
6. Compreender e problematizar os conceitos e procedimentos norteadores da
produção historiográfica.
7. Produzir, avaliar e utilizar tecnologias digitais de informação e comunicação
de modo crítico, ético e responsável, compreendendo seus significados para os
diferentes grupos ou estratos sociais.

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2.1.4. DISCIPLINA DE HISTÓRIA NO ENSINO FUNDAMENTAL - ANOS INICIAIS.

A Base Nacional Comum Curricular, primeiramente, contempla a construção do


sujeito, processo este que se inicia no momento em que a criança toma consciência da
existência de um “Eu” e de um “Outro”. Esse exercício leva o indivíduo a tomar consciência
de si, desenvolvendo a capacidade de administrar a sua vontade de maneira autônoma, como
parte de uma família, uma comunidade e um corpo social.
O aprendizado, ao longo do Ensino Fundamental, mais especificamente dos Anos
Iniciais, passa a ser mais complexo à medida em que o sujeito reconhece que existe o “Outro”
e que cada um apreende o mundo de forma particular.
A autonomia do aluno se desenvolve através do processo de percepção da distância
entre objeto e pensamento, sendo o aluno tomado como produtor de diferentes linguagens. Tal
autonomia é o que funda a relação do sujeito aluno com a sociedade, e nesse sentido é que a
História depende das linguagens com as quais os seres humanos se comunicam, entram em
conflitos e negociam.
Quanto às grades temáticas do Ensino Fundamental - Anos Iniciais, do 1º ao 5º ano, as
habilidades trabalham com diferentes graus de complexidade, mas o objetivo primordial é o
reconhecimento do "Eu”, do “Outro” e do “Nós”. O que se busca no início é o conhecimento
de si, das referências imediatas do círculo pessoal, da noção de comunidade e da vida em
sociedade. Após isso, por meio da relação diferenciada entre sujeitos e objetos, é possível
separar o “Eu” do “Outro”, sendo este o ponto de partida.
No 3º e no 4º contemplam-se a noção de lugar em que se vive e as dinâmicas em torno
da cidade, com ênfase nas diferenciações entre a vida privada e a vida pública, a urbana e a
rural. Nesse momento, também são analisados processos mais longínquos na escala temporal,
como a circulação dos primeiros grupos humanos.
Essa análise se amplia no 5º ano, cuja ênfase está em pensar a diversidade dos povos e
culturas e suas formas de organização. A noção de cidadania, com direitos e deveres, e o
reconhecimento da diversidade das sociedades pressupõem uma educação que estimule o
convívio e o respeito entre os povos.
É necessário observar que é pressuposto dos objetos de conhecimento, no Ensino
Fundamental - Anos Iniciais, analisar como o sujeito se aprimorou na pólis, tanto do ponto de
vista político quanto ético. Porém, respondendo aos desafios contemporâneos marcados por
grandes movimentos populacionais e pela globalização, considerou-se uma nova dimensão
para o projeto pedagógico.
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2.1.5. DISCIPLINA DE HISTÓRIA NO ENSINO FUNDAMENTAL - ANOS FINAIS.

O processo de Ensino e de Aprendizagem, nos anos finais do Ensino Fundamental,


está pautado por três procedimentos básicos, sendo de grande importância citar aqui estes
procedimentos, a saber:
1. Pela identificação dos eventos considerados importantes na história do Ocidente
(África, Europa e América, especialmente o Brasil), ordenando-os de forma
cronológica e localizando-os no espaço geográfico.
2. Pelo desenvolvimento das condições necessárias para que os alunos selecionem,
compreendam e reflitam sobre o significado da produção , circulação e utilização de
documentos (materiais ou imateriais) elaborando críticas sobre formas já
consolidadas de registro e de memória, por meio de uma ou de várias linguagens.
3. Pelo reconhecimento e pela interpretação de diferentes versões de um mesmo
fenômeno, reconhecendo as hipóteses e avaliando os argumentos apresentados com
vistas ao desenvolvimento de habilidades necessárias para a elaboração de
proposições próprias.
Se a ênfase nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental está na compreensão do espaço
e do tempo, no sentido de pertencimento a uma comunidade, nos Anos Finais do Ensino
Fundamental, a dimensão espacial e temporal vincula-se à mobilidade das populações e suas
diferentes formas de inserção ou marginalização nas sociedades estudadas.
As temáticas enunciadas pela BNCC, do 6º ao 9º ano são, de forma resumida, as
seguintes:
- No 6º ano, contempla-se uma reflexão sobre a história e suas formas de registro. São
recuperados os aspectos da aprendizagem dos Anos Iniciais e discutidos
procedimentos próprios da História, o registro das primeiras sociedades e a construção
da Antiguidade Clássica, com a necessária contraposição com outras sociedades e
concepções de mundo. Ainda no mesmo ano, avança-se para o período medieval na
Europa e às formas de organização social e cultural em partes da África.
- No 7º ano, as conexões entre Europa, América e África são ampliadas e acontecem
debates sobre aspectos políticos, sociais, econômicos e culturais ocorridos a partir do
final do século XV até o final do século XVIII.
- No 8º ano, o tema é o século XIX e a conformação histórica do mundo
contemporâneo. Destacam-se os múltiplos processos que desencadearam as
independências nas Américas, com ênfase no processo brasileiro e seus
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desdobramentos. África, Ásia e Europa são objetos de conhecimento, com destaque
para o nacionalismo, o imperialismo e as resistências a esses discursos e práticas.
- No 9º ano, aborda-se a história republicana do Brasil até os tempos atuais, incluindo as
mudanças ocorridas após a Constituição de 1988, e o protagonismo de diferentes
grupos e sujeitos históricos. O estudo O estudo dos conflitos mundiais e nacionais, da
Primeira e da Segunda Guerra, do nazismo, do fascismo, da guerra da Palestina, do
colonialismo e da Revolução Russa, entre outros, permite uma compreensão
circunstanciada das razões que presidiram a criação da ONU e explicam a importância
do debate sobre Direitos Humanos, com a ênfase nas diversidades identitárias,
especialmente na atualidade.
De forma geral, a abordagem se vincula aos processos europeus, africanos, asiáticos e
latino-americanos dos séculos XX e XXI, reconhecendo-se especificidades e aproximações
entre diversos eventos, incluindo a atualidade.

2.2. PLANO PEDAGÓGICO E COMPONENTE CURRICULAR COLÉGIO


TEUTÔNIA.

O colégio selecionado para este trabalho tem suas ações pedagógicas, referentes ao
Ensino Fundamental, pautadas na Resolução CNE/CEB nº 07/2010, que fixa as Diretrizes
Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 anos (BRASIL, 2010b), na Base
Nacional Comum Curricular (BNCC, 2019) e nos Princípios Pedagógicos da Rede Sinodal de
Educação (IECLB, 2005).
Quanto aos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, ou seja, do 1º ao 5º ano, as
habilidades e competências, neste nível de escolarização, foram elaboradas a partir da Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (1996) e da BNCC (Base Nacional Comum
Curricular). Porém, no desenvolvimento e elaboração dos Planos de Estudos destes níveis, o
Colégio compreende o currículo como algo que não deve ser pronto e acabado.
Os objetivos desenvolvidos para o 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental foram feitos de
acordo com as capacidades dos estudantes, é essencial e necessário que tais objetivos sejam
redimensionados anualmente, levando em consideração as necessidades e características de
cada turma.
O currículo é sempre estruturado de acordo com a BNCC, apresentando por
habilidades e competências referentes às turmas de 1º ao 5º ano:

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1. Oportunizar a vivência da cidadania, através da participação em tomada de
decisões coletivas, confrontação de ideias e sensibilização para práticas
sociais que levem em conta o princípio da humanização.
2. Instrumentalizar o estudante para que possa utilizar diferentes linguagens:
verbal, matemática, gráfica, plástica, musical, corporal, como forma de
expressão, comunicação e apropriação de toda forma de cultura.
3. Possibilitar aos estudantes a conquista de habilidades e competências
necessárias para a mobilização dos saberes nas diferentes situações da
realidade vivida.
4. Propiciar situações de interação com o ambiente natural, social, cultural, que
levem ao desenvolvimento da criticidade, autonomia, compreensão e
transformação da realidade.
5. Desafiar o estudante a formular problemas, buscar soluções, fomentar a
pesquisa, utilizando-se para isso, do pensamento lógico, da criatividade e da
capacidade de análise.
O currículo concernente aos Anos Iniciais do Ensino Fundamental foi organizado de
forma a visar um processo pedagógico que procura desenvolver nos alunos a criticidade, a
criatividade, o confronto com a realidade, a construção de conhecimento através de uma
postura investigativa e de pesquisa, além da valorização da diferença.
Para que os objetivos sejam cumpridos, o dia-a-dia das turmas é organizado em forma
de projetos de trabalho, que incentivam o estudante a aprender a pesquisar, a buscar
informações, a trabalhar com diferentes possibilidades e interesses, de forma que ninguém
fique desconectado e cada um encontre um lugar para sua participação ativa na aprendizagem.
As aulas especializadas também podem ser integradas aos projetos ou mesmo a partir destas
áreas.
O papel do professor de 1º ao 5º ano é de um pesquisador e aprendiz, que visualiza
seus estudantes como sujeitos sociais e constrói diferentes olhares sobre a realidade. Os
alunos, por sua vez, têm o papel de atuar durante todo o processo de aprendizagem, colocando
suas opiniões, formulando hipóteses, pesquisando, propondo tarefas, fazendo registros,
participando do processo de avaliação. Tudo isso, voltado para o desenvolvimento da
autonomia, pois neste momento de compartilhar suas ideias com o grupo e refletir sobre os
desafios propostos, o aluno vai se sentir capaz de desenvolver sua aprendizagem.
A relação aluno-professor envolve um processo de negociação coletiva, no qual a
cooperação, o envolvimento e a responsabilidade são essenciais, sendo que o professor
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assume a coordenação do processo, e é alguém que tem autoridade na sala de aula, porém, não
impondo sua lógica como única.
O currículo do 1º ao 5º ano também conta com um auxiliar de professora, em
consonância com o princípio de uma educação inclusiva. O professor auxiliar acompanha e
encaminha adequações curriculares junto à professora da turma, para estudantes com
necessidades educacionais especiais, incluídos na escola.
Quanto aos Anos Finais do Ensino Fundamental, o Colégio Teutônia apresenta como
objetivos referente a esta etapa de escolarização, do 6º ao 9º ano, proporcionar aos estudantes
a compreensão da cidadania como participação social e política, exercendo os seus direitos e
deveres, adotando, no dia-a-dia, atitudes de solidariedade, cooperação, respeitando o outro e,
além disso, saber se posicionar de maneira crítica, responsável e construtiva, utilizando o
diálogo como forma de mediar conflitos e tomar decisões coletivas.
Além disso, outros objetivos que o Colégio busca construir nos Anos Finais são a
valorização da pluralidade sociocultural, que faz com que o estudante saiba se posicionar
contra qualquer tipo de discriminação, aceitando e respeitando as diversidades existentes,
provocar no estudante a sua percepção como integrante e agente transformador do ambiente,
com o qual pode e deve contribuir para melhorar, além de conscientizar sobre a importância
de conhecer o próprio corpo, adquirindo como tais conhecimentos, hábitos de vida saudáveis.
Intencionando o desenvolvimento das capacidades expressas nos objetivos, o Colégio
construiu o plano pedagógico dos Anos Finais de forma que as áreas de conhecimento se
constituem como marcos da leitura e interpretação da realidade, considerado essenciais para
garantir a possibilidade de participação do cidadão na sociedade, de forma autônoma.
Como procura-se evidenciar a dimensão social que a aprendizagem cumpre no
percurso da construção da cidadania, em todas as áreas de conhecimento, os conteúdos
trabalhados no Ensino Fundamental devem ter uma relevância social, além de serem
potencialmente significativos para o desenvolvimento de habilidades e competências.
Do 6º ao 9º ano, é levado em conta, principalmente, as experiências e os
conhecimentos culturais dos estudantes. A observação, a realização de experiências concretas
com as aprendizagens e o estabelecimento de relações entre as diferentes áreas do
conhecimento são o eixo condutor da construção do conhecimento, que é elaborado e
reelaborado cotidianamente, a partir das interações provocadas entre as aprendizagens
escolares e culturais. No processo de ensino e de aprendizagem, o estudante tem a
possibilidade de construir estratégias de estudo que o instrumentalize para aprender e
aprender.
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2.2.1 A DISCIPLINA DE HISTÓRIA

Nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, a disciplina de História é trabalhada em


conjunto com a disciplina de Geografia, nomeado como Estudos Históricos e Geográficos,
sendo que cada um dos anos, separadamente, tem suas próprias habilidades especificadas e os
conteúdos trabalhados.

1º ANO - ENSINO FUNDAMENTAL

As habilidades desenvolvidas durante o primeiro ano do ensino fundamental são a


construção da imagem pessoal, corporal e positiva do aluno, com o objetivo de ampliar a
autoconfiança e a formação da identidade pessoal; percepção, por parte do aluno, como
sujeito integrante de uma família, valorizando os diferentes grupos familiares; ampliação dos
conhecimentos sobre o espaço vivido, a escola; e ampliação dos conhecimentos relativos à
algumas datas comemorativas, reconhecendo sua importância para a sociedade.
Os conteúdos trabalhados são:
● Eu como sujeito histórico.
● Eu e a minha família.
● Eu e a escola.
● Datas comemorativas:
- Dia do Livro Infantil
- Dia do Índio
- Dia das Mães
- Aniversário do município de Teutônia
- Aniversário da Escola
- Dia dos Pais
- Semana da Pátria
- Revolução Farroupilha
- Dia da Criança
- Reforma Luterana
- Natal

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2º ANO - ENSINO FUNDAMENTAL

Quanto ao segundo ano do ensino fundamental, as habilidades contempladas são


situar-se no tempo/espaço das habilidades através de relógio, calendário, horário semanal,
agenda escolar, entre outros; comparar brinquedos e brincadeiras em diferentes tempos,
identificando semelhanças e diferenças; perceber-se como um ser integrante da sociedade,
dotado de direitos e deveres; perceber a moradia como um direito do cidadão, analisando a
sua evolução; observar e descrever o bairro da escola, refletindo sobre sua organização, suas
características, valorizando seu espaço de viver; identificar e respeitar hábitos e costumes da
cultura indígena, reconhecendo suas formas de expressão; ampliar os conhecimentos relativos
a algumas datas comemorativas, reconhecendo sua importância para a sociedade.
Os conteúdos abordados neste nível da educação são os seguintes:
● Brinquedos e brincadeiras: antigas e atuais
● Direitos e deveres das crianças
● Lugar de morar: moradias do passado e atuais
● O bairro da escola
● Povos indígenas
● Datas comemorativas:
- Dia do Livro Infantil
- Dia do Índio
- Dia das Mães
- Aniversário do município de Teutônia
- Aniversário da Escola
- Dia dos Pais
- Semana da Pátria
- Revolução Farroupilha
- Dia da Criança
- Reforma Luterana
- Natal

3º ANO - ENSINO FUNDAMENTAL

No que diz respeito ao terceiro ano do ensino fundamental, as habilidades a serem


evoluídas neste nível de aprendizagem são situar-se no tempo/espaço através de relógio,

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calendário, horário semanal, agenda escolar, entre outros; ampliar os conhecimento relativos a
algumas datas comemorativas, reconhecendo sua importância para a sociedade; reconhecer e
valorizar os pontos turísticos do município, destacando a cultura e a história do povo
germânico; identificar permanências e transformações do espaço geográfico que se expressam
na paisagem, percebendo a importância e a influência do espaço na fisicidade das coisas e na
geograficidade da existência; Ler imagens, gráficos, mapas, cenas do cotidiano, de modo a
interpretar e analisar informações sobre o espaço geográfico, bem como produzir diferentes
formas de representação do mesmo; caracterizar o clima, vegetação e a hidrografia do
município; identificar e utilizar medidas de tempo; identificar as etapas do processo de
ocupação do município; identificar os fatos históricos que deram origem às atuais
características do município; comparar épocas diferentes e estabelecer relações entre elas;
conhecer e identificar os símbolos do município; reconhecer, no lugar no qual se encontra
inserido, as relações existentes entre o mundo urbano e rural.
Os conteúdos estudados no decorrer deste período são:
● Município de Teutônia:
- localização
- relevo
- clima
- vegetação
- hidrografia
- economia
- colonização
- símbolos
- organização política
- turismo
- zona rural e zona urbana
- bairros
- serviços públicos

● Datas comemorativas:
- Dia do Livro Infantil
- Dia das mães
- Aniversário do Município de Teutônia
- São João
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- Aniversário da Escola
- Dia dos Pais
- Semana da Pátria
- Revolução Farroupilha
- Dia da criança
- Reforma Luterana
- Natal

4º ANO - ENSINO FUNDAMENTAL

As habilidades contempladas no decorrer do quarto ano do ensino fundamental são


identificar características históricas e geográficas do Vale do Taquari e Porto Alegre; ampliar
os conhecimentos relativos a algumas datas comemorativas, reconhecendo sua importância
para a sociedade; compreender as relações espaciais, sabendo localizar-se e orientar-se no
espaço; construir as relações espaciais sabendo localizar-se e orientar-se no espaço; construir
leituras de imagens, gráficos e mapas de diferentes fontes, de modo a interpretar e analisar
informações sobre o espaço geográfico; interpretar e criar gráficos e tabelas como registros de
fatos da realidade; representar os espaços significativos através de maquetes e desenhos;
conhecer diferentes culturas e reconhecer sua forma de expressão.
Os conteúdos que são trabalhados durante o quarto ano do ensino fundamental são os
seguintes:
● Vale do Taquari:
- localização
- relevo
- clima
- vegetação
- hidrografia
- economia
- colonização
- turismo
- municípios que compõe o Vale do Taquari

● Porto Alegre:

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- localização
- colonização
- turismo
- a capital do nosso Estado

● Datas comemorativas:
- Dia do Livro Infantil
- Dia do Índio
- Dia das mães
- Aniversário do município de Teutônia
- São João
- Aniversário da Escola
- Dia dos Pais
- Semana da Pátria
- Revolução Farroupilha
- Dia da Criança

5º ANO - ENSINO FUNDAMENTAL

As habilidades a serem contempladas no quinto ano do ensino fundamental são


compreender os espaços como construções dos homens em determinado tempo de uma
sociedade; reconhecer e compreender, no seu cotidiano, diferentes manifestações da natureza
e as transformações causadas pelas ações dos homens na construção do espaço; ler imagens,
gráficos, mapas, cenas do cotidiano, de modo a interpretar e analisar as informações sobre o
espaço geográfico, bem como para produzir diferentes formas de representação do mesmo;
identificar as diferentes formas de relevo peculiares ao estado; caracterizar o clima e a
vegetação gaúcha; observar, comparar, levantar hipóteses, descrever, analisar, ler e interpretar
textos com diferentes linguagens sobre os temas de estudo trabalhados; compreender os fatos
históricos como ações humanas significativas em determinado período histórico; utilizar a
história como um instrumento de interpretação e análise dos diferentes modos de vida e
organização social ao longo do tempo; identificar as etapas do processo de ocupação do RS;
identificar os fatos históricos que deram origem à atuais características do Estado; distinguir
versões diferentes para um mesmo acontecimento histórico; comparar épocas diferentes e
estabelecer relações entre elas; conhecer e identificar símbolos do Estado; compreender a
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relação entre a economia e recursos naturais; identificar as relações de poder estabelecidas
entre sua localidade e os demais centros políticos, econômicos culturais, em diferentes
tempos; valorizar as ações que repercutem na melhoria das condições de vida das localidades;
identificar a importância das vias de transporte para a sociedade; explicar as funções dos
poderes públicos; reconhecer-se como cidadão responsável, sabedor de seus direito e
cumpridor de seus deveres, buscando o bem pessoal e coletivo.
Os conteúdos que são trabalhados nesse nível de ensino são:
● Geografia: paisagem, lugar e espaço geográfico;
● Observando, representando, lendo e compreendendo os lugares cotidianos
(município, região turístico e estado);
● Localização e orientação espacial;
● Localização e características do território gaúcho;
● A formação e a transformação das terras do Rio Grande do Sul (Relevo,
Águas, Vegetação, e Clima);
● Ocupação do território do RS;
● História do RS: formação étnica, influências culturais;
● Aspectos populacionais do RS;
● Símbolos oficiais do RS;
● Cultura do RS (lendas, tradições e festas);
● Aspectos econômicos do RS;
● Estrutura administrativa do RS;
● Missões/Reduções jesuíticas: localização, história, turismo.

3. CONCLUSÃO.
Em conclusão, pode-se observar e analisar que, tendo por base as perguntas
norteadoras apresentadas na metodologia, a escola em questão está com seu plano pedagógico
em conformidade com as competências e habilidades da Base Nacional Comum Curricular
(BNCC), claro que com as devidas alterações, considerando-se o perfil das turmas, e
baseando-se não só na BNCC, como também Diretrizes Nacionais e nos Princípios
Pedagógicos da Rede Sinodal de Educação (IECLB), mas sem diferir daquilo que é o
essencial.
Sendo assim, conclui-se que a escola menciona as competências a serem trabalhadas
na Educação Básica, diluídas dentro do Plano Pedagógico nos níveis de Ensino, mencionando
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e trabalhando as aprendizagens essenciais declaradas na BNCC. Além disso, os conteúdos a
serem desenvolvidos e trabalhados no decorrer das etapas da Educação Básica apresentam-se
esclarecidos no Plano Pedagógico, de forma a assegurar os direitos de aprendizagem e
desenvolvimento do aluno, e encontra-se em conformidade também com o que preceitua o
Plano Nacional de Educação. E, por fim, o ensino de História está detalhadamente
especificado no projeto, estando baseado nos três procedimentos básicos para o processo de
ensino e aprendizagem da disciplina de História, tal qual descrito na BNCC.

4. BIBLIOGRAFIA

História Colégio Teutônia: http://www.colegioteutonia.com.br/historia/#

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018.

PLANO PEDAGÓGICO, Colégio Teutônia, Teutônia, 2021.

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