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Plano de Curso Língua Portuguesa

Docente: Francisca Maria Alencar

Público alvo

C1, C2, C3, C4, D1, D2, D3 e D4

INTRODUÇÃO

No entanto, cabe mencionar que durante esta etapa, os sujeitos transformam-se, o que
quer dizer, que mudanças nos aspectos físicos, cognitivos, afetivos, sociais e emocionais ocorrem
nas crianças e nos adolescentes. Pode-se traduzir esta situação ao mencionar que a criança
acessa o Ensino Fundamental aos 6 anos e finaliza essa etapa aos 14 anos, ou seja, durante o
processo de escolarização no Ensino Fundamental o sujeito tem elementos da infância e da
adolescência. Dito isso, o Currículo deve minimizar os impactos dessas fases e transformações,
considerando os ritmos dos sujeitos e possibilitando estratégias de aprendizagem que não
demonstrem rupturas entre as fases do Ensino Fundamental (anos iniciais e anos finais). Para tal,
o Parecer das Diretrizes Curriculares Nacionais indica que: A escola deve adotar formas de
trabalho que proporcionem maior mobilidade às crianças na sala de aula, explorar com elas mais
intensamente as diversas linguagens artísticas, a começar pela literatura, utilizar mais materiais
que proporcionem aos estudantes oportunidade de racionar manuseando-os, explorando as suas
características e propriedades, ao mesmo tempo em que passa a sistematizar mais os
conhecimentos escolares (BRASIL, p. 121, 2013).

O Plano de Trabalho Docente (PTD), documento caracterizado no contexto das escolas


públicas como o currículo em ação, é parte integrante das discussões e dos objetivos das
semanas pedagógicas que acontecem no início de cada semestre letivo. Entendendo que o
PTD é um instrumento necessário para a prática pedagógica, bem como para a contínua
reflexão acerca dessa prática, tem-se como objetivo geral refletir sobre o processo de
constituição do PTD da disciplina de Língua Portuguesa. Sob essa perspetiva, no que se refere
às concepções de planejamento e plano, fundamentamo-nos nas discussões teóricas que
concebem o planejamento como um processo coletivo que molda intenções pedagógicas, e o
PTD como uma sistematização desse processo que encerra em ações pedagógicas.
No âmbito da disciplina de Língua Portuguesa, o PTD revela, por meio dos conteúdos,
objetivos, metodologia e sistema de avaliação, as concepções de linguagem e de ensino-
aprendizagem que fundamentam o trabalho com a oralidade, a leitura, a produção textual e a
análise linguística em sala de aula. A linha de pensamento para o ensino de Língua Portuguesa é
a concepção interacionista da linguagem. Buscamos, neste trabalho, pensar o PTD como uma
atividade de mediação entre os professores e a sua prática em sala de aula orientada, ao mesmo
tempo, externa e internamente. Conforme constatação (METZ; ANGELO, 2008), o trabalho com
o plano de trabalho recente nas escolas ainda não vai muito além do preenchimentos de tabelas
para cumprimento de questões burocráticas da escola cujo propósito foi verificar quais as
concepções de linguagem e de ensino-aprendizagem que subjazem aos planejamentos de
Língua Portuguesa de 5ª séries do Ensino Fundamental de escolas públicas, revelou-nos que os
conteúdos, os objetivos e a metodologia expostos nesse documento não estão vinculados às
situações reais de uso da língua.

OBJETIVOS

O objeto seguinte é leitura e compreensão textual de distintos gêneros textuais.


Nesse sentido, sendo pautada basicamente na leitura de textos, a resolução das questões do
referido exame se dá a partir da leitura de gêneros diversos. Entretanto, a necessidade de
dominar gêneros em si e por sinão compactua com a ampla meta a ser alcançada com esse
objetivo, como sendo a de compreender a língua como fenômeno cultural, histórico, social,
variável, heterogêneo e sensível aos contextos de uso.
O exame da BNCC começou pelo estudo das competências gerais da Educação
Básica, passando progressivamente pelas áreas do conhecimento, para então compreender
e identificar em que níveis e como são abordadas as questões referentes à emoção, mais
especificamente no Ensino Médio. Para tanto, foram feitas leituras sucessivas da introdução,
onde estão contidos os marcos legais que embasam a BNCC e os fundamentos pedagógicos,
e do pacto interfederativo. Logo após, houve o estudo da estrutura do documento a fim de
melhor conhecer como comparece a ideia de habilidades socioemocionais. Foi realizada uma
busca por termos visando localizar temas correlatos às habilidades socioemocionais, para
então identificar os conteúdos ou momentos aos quais estão relacionados.
Os objetos de ensino que sucedem são: texto literário e a importância da Língua
Portuguesa. Ambos os temas são pertinentes para o ensino de língua portuguesa, mas, ao
observar que “o fato de a significação do texto literário ser construída a partir da participação.
Quando o educando concebe a cultura literária como uma forma de sistematizar os saberes
literários e não literários, o discente insere na vida a oportunidade de construir e inserir uma
segunda cultura em contexto histórico e cultura.
A BNCC coloca que as aprendizagens essenciais que estipula devem colaborar com o
desenvolvimento de dez competências gerais, além das específicas de cada área de estudo.
Nessas competências gerais, encontram-se tanto competências cognitivas, quanto socio
emocionais. 5 Em relação a essas últimas, ela afirma o seu compromisso com a educação
integral e reconhece que a Educação Básica deve visar à formação e ao desenvolvimento
humano global. (BRASIL, 2018).
Cada vez mais a escola tem portado alunos com altos índices de ansiedade, de baixa
autoestima, com problemas psicológicos de diversos tipos – principalmente, depressivos – e
também alunos que não sabem respeitar os turnos de fala, que não sabem esperar a sua
vez, que têm dificuldades de lidar com a opinião dos outros e que, tampouco, sabem se
colocar no lugar do outro. Tais problemas têm sido debatidos e, sobretudo, tem-se buscado
superá-los, pois de nada adianta um aluno proficiente em leitura ou em cálculo, que não está
pronto para conviver na sociedade de maneira saudável.
METODOLOGIA

O plano de ensino anual aqui analisado comporta abordagens a serem trabalhadas nos 4
(quatro) bimestres do ano letivo e se apresenta em 3 (três) etapas: conteúdo, estratégias e metas
bimestrais. Inicialmente, podemos afirmar que, considerando o vínculo deste trabalho com a
perspectiva dialógica de linguagem dentro da área da Linguística Aplicada, não se podem
determinar conteúdo a serem trabalhados pelos professores na sala de aula, uma vez que tal
trabalho compete ao próprio professor.
As metas encontradas no plano são: o reconhecimento da língua como instrumento de
construção identitária de seus usuários e da comunidade a que pertencem e a compreensão da
escrita como simbolização da fala, respectivamente. Na primeira, é visível a preocupação em
entender a língua pelo seu viés social, remetendo à compreensão de que o ensino precisa girar
em torno das práticas de linguagem que povoam as interações entre os sujeitos em sala de aula,
mas não a consideramos apenas instrumento subjetivo, uma vez que, na perspectiva dialógica, “A
língua vive e se forma historicamente justo aqui, na comunicação discursiva concreta [...]”
(VOLOCHINOV, 2017, p. 220). Em relação à segunda meta, percebemos que a escrita não se
constitui como uma simbolização da fala, nem vice-versa. A fala/oralidade e a escrita são
modalidades distintas que, a nosso ver, precisam de uma atenção igualitária nas práticas de
ensino e aprendizagem.

EDUCAÇÃO INFANTIL
1- Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo
físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar
aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e
inclusiva.
2- Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências,
incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade,
para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e
criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes
áreas.
3- Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às
mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-
cultural.
4- Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e
escrita), corporal, visual, sonora e digital, bem como conhecimentos das linguagens
artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações,
experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que
levem ao entendimento mútuo.
5- Compreender, utilizar e criar Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação de
forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo
as escolares) para se comunicar, a cessar e disseminar informações, produzir
conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida
pessoal e coletiva.

ENSINO FUNDAMENTAL

Para os estudos independentes de recuperação, deverá ser elaborado, pelo professor


responsável pelo componente curricular, um plano de estudos, com orientações e atividades
que contemplem o(s) objeto(s) do conhecimento e a(s) habilidade(s) que não foram
consolidadas pelo estudante.
Os resultados das avaliações internas da aprendizagem, realizadas pela escola, e os
resultados das avaliações sistêmicas, promovidas ou apoiadas pelo Órgão Central da SEE,
devem ser considerados para o planejamento das ações de intervenção pedagógica que
promovam a efetiva aprendizagem dos estudantes.
1.Compreender a língua como fenômeno cultural, histórico, social, variável,
heterogêneo e sensível aos contextos de uso, reconhecendo-a como meio de construção de
identidades de seus usuários e da comunidade a que pertencem.
2. Apropriar-se da linguagem escrita, reconhecendo-a como forma de interação nos
diferentes campos de atuação da vida social e utilizando-a para ampliar suas possibilidades
de participar da cultura letrada, de construir conhecimentos (inclusive escolares) e de se
envolver com maior autonomia e protagonismo na vida social.
3. Ler, escutar e produzir textos orais, escritos e multissemióticos que circulam em
diferentes campos de atuação e mídias, com compreensão, autonomia, fluência e criticidade,
de modo a se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos, e
continuar aprendendo.
4. Compreender o fenômeno da variação linguística, demonstrando atitude respeitosa
diante de variedades linguísticas e rejeitando preconceitos linguísticos.
5. Empregar, nas interações sociais, a variedade e o estilo de linguagem adequados à
situação comunicativa, ao (s) interlocutor(es) e ao gênero do discurso/gênero textual.
6. Analisar informações, argumentos e opiniões manifestados em interações sociais e
nos meios de comunicação, posicionando-se ética e criticamente em relação a conteúdos
discriminatórios que ferem direitos humanos e ambientais.
7. Reconhecer o texto como lugar de manifestação e negociação de sentidos, valores
e ideologias.
8. Selecionar textos e livros para leitura integral, de acordo com objetivos, interesses e
projetos pessoais (estudo, formação pessoal, entretenimento, pesquisa, trabalho etc.).
9. Envolver-se em práticas de leitura literária que possibilitem o desenvolvimento do
senso estético para fruição, valorizando a literatura e outras manifestações artístico-culturais
como formas de acesso às dimensões lúdicas, de imaginário e encantamento, reconhecendo
o potencial transformador e humanizador da experiência com a literatura.
10. Mobilizar práticas da cultura digital, diferentes linguagens, mídias e ferramentas
digitais para expandir as formas de produzir sentidos (nos processos de compreensão e
produção), aprender e refletir sobre o mundo e realizar diferentes projetos autorais.

Recursos

 Textos diversos;
 Livro didático;
 Atividades lúdicas fotocopiadas para colorir, identificar ortografias;
 Caça-palavras, trava-línguas, cruzadinhas;
 Lápis de cor, canetas coloridas;
 Aulas expositivas;
 Atividades escritas;
 Atividades orais;
 Livro didático;
 Recortes de jornais e revistas;
 Uso do dicionário;
Cronograma

1º Bimestre
 Fonema e letra;
 Linguagem verbal e linguagem não verbal;
 Interlocutor;
 Verbete;
 Variedade linguística;
 A gíria;
 Ortografia;
 Pontuação;
 Sinônimos;
 Antônimos;
 Leitura de variados tipos de textos;

2º Bimestre

 Divisão silábica;
 Sílaba átona e sílaba tônica;
 Oxítona, paroxítona, proparoxítona;
 Dígrafo;
 Encontro consonantal;
 Encontros vocálicos;
 Prefixo e sufixo;
 Substantivo;
 Adjetivo;
 Pontuação;
 Ortografia;
 Leitura de variados tipos de textos;

3º Bimestre

 Verbo;

 O numeral;

 Artigo;

 Acentuação;

 Pontuação;

 Ortografia;
 Sentido próprio e figurado;

 Figuras de linguagem;

 Discurso direto e indireto;

 Leitura de variados tipos de textos;

4º Bimestre

 O pronome;

 Advérbio;

 Acentuação;

 Tipos de frase;

 Frase, oração e período;

 Período simples e composto;

 Ortografia;

 Pontuação;

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:

Diagnóstica, através da:

- Oralidade;

- Produção e análise de textos;

- Leitura e apresentação de atividades

- Envolvimento e interesse em todas as atividades propostas

- Realização de atividades escritas e orais de forma individual e em grupo

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